PCGuia 159

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PCGUIA FEVEREIRO 2009 159

PCGUIA TESTE EM GRUPO A DISCOS RÍGIDOS EXTERNOS DE 1 TB

TECNOLOGIA SEM LIMITES

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FEVEREIRO DE 2009

RECUPERE OS SEUS FICHEIROS

RECUPERE OS SEUS FICHEIROS COMO TRAZER DE VOLTA A INFORMAÇÃO APAGADA DE DISCOS RÍGIDOS, PEN DRIVES E CARTÕES DE MEMÓRIA

PARTILHA DE FICHEIROS SEM SEGREDOS AFINE O BROWSER ● LIGUE-SE EM SEGURANÇA ● DESCUBRA OS MELHORES SITES ●

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Passatempo p Esta capa foi feita por um leitor da

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ACABE COM OS CRASHES DE SISTEMA DESCODIFIQUE OS ECRÃS AZUIS DO WINDOWS

INSTALE UM NOVO DISCO RÍGIDO EDITE AS SUAS FOTOS ONLINE

VOLUME II

ALTERNATIVAS GRATUITAS PARA PROGRAMAS DE TRATAMENTO DE IMAGEM



EDITORIAL

DESEJO DE ANO NOVO Director Pedro Tróia

Construí uma máquina de propósito para experimentar a versão beta do novo Windows 7. Depois de instalar o sistema, descobri que a grande maioria dos drivers para Windows Vista funciona no novo Pedro Tróia director sistema operativo. Isto poupa muitas chatices aos utilizadores e aos troia@pcguia.cofina.pt fabricantes porque assim não há necessidade de desenvolver novos drivers e também evita que os utilizadores estejam à mercê dos calendários de desenvolvimento dos fabricantes para poderem usar o seu hardware, como aconteceu com o Vista e, antes deste, com o XP. Por isso, gostava de pedir à Microsoft que facilitasse a vida a todos e mantivesse este nível de compatibilidade na versão final. Não custa nada...

Redacção João Trigo (Editor) Susana Esteves, João Pedro Faria, Carlos Marçalo, Cláudia Sargento, Luísa Dâmaso, Lurdes Marujo [Secretária de Redacção) lurdesmarujo@revistas.cofina.pt, Teresa Resende (Revisão)

Quem é que nunca perdeu um ficheiro por pura aselhice, falta de atenção ou mesmo por razões que escapam ao nosso controlo? O tema de capa deste mês mostra-lhe como recuperar ficheiros de discos, pen drives e cartões de memória, apagados por acidente, através de soluções simples. Pode tentar fazê-lo em casa ou, se o caso for mais sério, através de soluções profissionais especializadas. A PCGuia mostra-lhe ainda como é que uma câmara-de-ar de um pneu de bicicleta pode reduzir aquele ruído irritante que o seu disco produz.

Circulação Madalena Carreira (Coordenadora), Jorge Gonçalves e Denise Amorim

Arte Hélio Falcão (Director Adjunto) e João Carlos Pinto Coelho Colaboradores – Texto Susana Rodrigues, Patrícia Grilo, José Luís Porfírio, Paulo Barbosa, Artur Martins, Leonel Miranda e Patrícia Cordeiro Imagem Nuno Mendes (ilustração da capa), António Moutinho, Vitor Gordo (fotos) Produção Gráfica Carlos Dias (Coordenador), Jorge Fernandes, José Carlos Freitas, Paulo Glória, Paulo Fernandes, Carlos Campos e Fátima Mesquita (Assistente)

Publicidade Virgínia Melo virginiamelo@revistas. cofina.pt (Directora Comercial de Divisão) Ana Castro acastro@revistas.cofina.pt (Directora de Publicidade); Bruno Guedes brunocosta@pcguia.cofina.pt (Gestor de Conta); Daniela Correia danielacorreia@pcguia.cofina. pt (Gestor de Conta); Fátima Malaca fmalaca@revistas. cofina.pt (Coordenadora de publicidade), Rute Dias rdias@revistas.cofina.pt e Susana Fernandes susanafernandes@cofina.pt (Assistentes de Publicidade) Marketing Sónia Santos, Miguel Barreto, Susana Ventura (Assistente) Assinaturas Margarida Matos email assine@cofina.pt Linha de Apoio a Assinaturas Sandra Sousa, Ana Pereira e Filipa Cerqueira Telefone directo 213 307 777, Av. João Crisóstomo, 72, Galeria, 1069-043 Lisboa Venda de Edições Anteriores Caso pretenda adquirir números anteriores desta revista contacte o 219 253 248 ou revistasanteriores@revistas. cofina.pt Distribuição de Assinaturas JMToscano, Tel: 214 142 909/34 Pré-impressão H2M - Artes Gráficas, SA Av. Almirante Gago Coutinho, 44-A - 1700-031 Lisboa

ESTE MÊS...

Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90-Casal de Santa Leopoldina2745-553 Queluz de Baixo Capa Printover fornecido por Sarriópapel Distribuição VASP – Soc. de Transportes e Distribuição, Lda, Complexo CREL – Bela Vista/Rua da Tascoa, 4.º Piso – Massamá – 2745 Queluz Directora Editorial Divisão Tecnologias Cristina Magalhães

João Trigo editor joaotrigo@pcguia.cofina.pt

...foi um tempo de muito frio e, consequentemente, de bastantes horas passadas à frente do computador. Entre a criação de álbuns fotográficos em serviços online à instalação de jogos como Fallout 3, passando pela reorganização do arquivo multimédia e pela configuração da rede sem fios, houve de tudo um pouco. Nos intervalos destas tarefas, Pro Evolution Soccer, claro. Susana Esteves jornalista susanaesteves@revistas.cofina.pt

…fiz um upgrade à minha máquina que quase morria para correr o Vista. É claro que uma coisa puxa a outra, e o que se resumia ao processador e à RAM acabou por se estender à fonte, à gráfica, a mais um disco, enfim... Os poucos momentos de relax deste Natal foram passados a jogar Guitar Hero World Tour, o mais giro, difícil e viciante de todos, na minha opinião. Estou à espera da minha ligação de fibra óptica. João Pedro Faria jornalista jfaria@pcguia.cofina.pt

…a fibra óptica também chegou lá ao prédio. Mas não vou aderir às chamadas Redes de Nova Geração – pelo menos para já. As velocidades prometidas chegam aos 100 Mbit/s, o que não deixa de ser apelativo. Vou ficar prudentemente à espera para ver se, tal como aconteceu com as ofertas de banda larga actuais, os operadores não vão acabar por colocar também nos acessos baseados em fibra o célebre “até” ou limites de tráfego mensal. Não faz qualquer sentido, mas...

Edirevistas Sociedade Editorial, S.A. grupo Cofina Media – SGPS, SA Conselho de Administração Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Laurentina Martins e António Simões Silva Directora de Arte Sofia Lucas Directora Comercial Olga Henriques Director de Produção Avelino Soares Directora de Marketing Maria João Costa Macedo Director Comercial Online José Manuel Gomes Director de Informática Rui Taveira Director de Recursos Humanos Nuno Mariz Directora Administrativa e Financeira Alda Delgado Director de Assinaturas João F. Almeida Director de Circulação Mário Rosário Directora de Research Ondina Lourenço Sede: Administração, Redacção, Publicidade: Avenida João Crisóstomo, 72, 1069-043 LISBOA. Telf.: 21 330 77 00; Fax: 21 330 77 99 Propriedade/Editora • EDIREVISTAS - SOCIEDADE EDITORIAL, SA • Capital social: €5.915.669 • CR.C.Lx n.° 500 061 130 • Contribuinte n.° 500 061 130 • Principal accionista: COFINA, SGPS, SA (99,46%) • N.º Registo E.R.C. 119 452 • Depósito legal: 97 116/96 • Tiragem média: 52 500 exemplares

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ÍNDICE

Tema de capa 42 Apagamento acidental em disco 44 Recuperação após formatação 46 Apagamento acidental em cartões e pens 48 A ajuda dos especialistas 52 Formatação completa e definitiva

RECUPERE OS SEUS FICHEIROS A perda de dados não é o fim do mundo. Pare, respire fundo, mantenha a calma e siga as recomendações da PCGuia, pois a situação pode não ser tão grave quanto parece

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Regulares 7 Notícias 14 L ançamentos 18 Entrevista ASSISTÊNCIA TÉCNICA 105 Pergunte ao especialista SHOPPING 116 Sugestões

Banco de Testes HARDWARE 21 IOGear Portable Media Player 22 ATI Radeon HD 3850 256 MB 22 Mithus Heitor 24 Apple Macbook 13” 25 Epson Stylus Photo PX800FW 26 OCz EliteStream 1000W 26 HP HDX18-1080EP 27 HP Officejet Pro k5400N 28 Fritz!Box Fon Wlan 7270 ENGENHOCAS E TECNOMUST 30 Nokia 5800 XpressMusic 30 Notebook Docking Station 30 Emporio Armani Night Effect 31 Imation Atom 8GB 31 Ndrive Touch 31 Sony Ericsson C902

Braço-de-Ferro Discos externos de 1 TB 36 Maxtor OneTouch 4 Plus 36 Western Digital MyBook Home Edition 37 LaCie Hard Disk Neil Poulton 37 Buff alo DriveStation TurboUSB 38 Freecom Hard Drive Classic 38 TrekStor DataStation Maxi m.u

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Entretenimento 109 111 112 114

Call of Duty: World at War FM 2009 WoW: Wrath of the Lich King Tomb Raider: Underworld

Guias SOFTWARE 55 Coloque uma barra lateral do Vista no XP 57 Recarregue as baterias do Windows 68 Acabe com os crashes do sistema 72 Edite fotos online REDES 76 Partilhe ficheiros rapidamente 88 Corrija problemas de rede 94 Controle todas as suas caixas de correio HARDWARE 96 Silencie o seu disco 98 Instale discos rígidos 100 Viagem ao mundo dos processadores

PCGuiaPro 117 NOTÍCIAS 120 FORMAÇÃO The.edge quer crescer em 2009 122 CASE STUDY Amtrol Alfa ultrapassa limites tecnológicos 124 SOFTWARE DE GESTÃO Softpack aguarda ano favorável 125 HOTSPOT Casas inteligentes com QI controlado

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CIÊN CI ÊNCI CIA A & TE ECNOLOGIA | LANÇAMENTOS | ENTREVISTA

NOTÍC

ANO NOVO, MAGALHÃES NOVO O mais recente modelo apresenta alguns upgrades tecnológicos e uma estrutura 100% made in Portugal

O novo membro da família Magalhães foi apresentado assim mesmo, sem um nome específico, apenas como um segundo modelo que estará à disposição dos portugueses a partir do próximo ano lectivo. João Paulo Sá Couto, administrador da JP Sá Couto, justificou este lançamento como uma necessidade de cobrir melhor as necessidades das crianças e de se adequar às tendências do sector, e fez questão de sublinhar que os dois equipamentos coabitarão no mercado. O novo Magalhães é maior do que o antecessor. O ecrã passa de 8” para 10,1”. Existe agora uma saída VGA, que permite ligar o portátil a uma televisão, uma slot interna para uma ligação 3G Wimax e um leitor de cartões 4-em-1. A introdução destas novas tecnologias wireless pode revelar-se especialmente importante em países onde as redes Wi-fi não estejam tão desenvolvidas. A caneta que antes era vendida separadamente aparece como parte integrante do pacote. Permite ao utilizador escrever manualmente sobre uma superfície e passar o conteúdo directamente para o computador. Lá dentro, a nova máquina irá alojar um disco rígido de 80 a 160 GB. A máquina traz ainda instalado um software que facilita a leitura em diferentes ambientes de luz O preço será mais elevado do que o do primeiro, no entanto, o porta-voz do distribuidor nacional não quis revelar preços, avançando apenas um valor de 30 a 40 euros acima do antecessor. Quanto à inclusão deste modelo no programa e-Escolinhas, João Paulo Sá Couto indicou que essa é uma decisão a ser tomada pelos operadores. S.E.

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NOTÍCIAS

APPLE REVELA MACBOOK PRO DE 17” O novo modelo apresenta um design Unibody e uma bateria de elevada autonomia

JOBS AFASTA-SE A notícia surgiu perto da data de fecho da PCGuia: Steve Jobs, CEO da Apple, vai abandonar as suas funções na multinacional americana. Numa carta dirigida aos trabalhadores da empresa, Jobs afirma que o seu afastamento se fica a dever a questões de saúde. Tudo indica que o problema tem que ver com um desequilíbrio hormonal que impede que o seu corpo absorva os alimentos. O destino da Apple vai ficar entregue a Timothy D. Cook, actual Chief Operating Officer (COO).

A Apple apresentou o MacBook Pro de 17 polegadas. O novo modelo assenta numa caixa Unibody (chassis de peça única) em alumínio e inclui uma bateria que, de acordo com Steve Jobs, CEO da empresa, «proporcionam até oito horas de utilização com um ciclo de carga completo e até 1000 recargas, valor que triplica a vida útil média das baterias de portáteis convencionais. Baseado num ecrã panorâmico brilhante ultrafino de alta resolução (1920 x 1200) com retroiluminação LED, o novo MacBook Pro de 17” conta ainda com o mesmo Trackpad Multi-Touch de grandes dimensões em vidro já apresentado em Outubro juntamente com a nova família MacBook. A gama de processadores utilizada incide sobre a família Intel Core 2 Duo com velocidades até 2,93 GHz e a memória principal RAM DDR3 ascende até um máximo de 8 GB. No que concerne à parte gráfica, a arquitectura é Nvidia, existindo a

possibilidade de alternar entre um sistema baseado no modelo GeForce 9400M integrado para uma maior duração da bateria ou no GPU GeForce 9600M GT para obter um desempenho mais elevado. Em matéria de disco (5400 rpm) o espaço máximo é de 320 GB, sendo possível optar por uma unidade semelhante mas já a 7200 rpm, bem como por unidades de disco SSD com 128 GB e 256 GB de capacidade. À semelhança do que acontece com a nova família MacBook, este modelo inclui um Mini DisplayPort padrão que lhe permite ligar-se ao Apple LED Cinema Display de 24”. Tendo em conta os 2,48 centímetros de espessura e o peso de 2,99 quilogramas, a Apple defende que se trata do portátil de 17 polegadas mais fino e leve do mundo. Está disponível a partir do final de Janeiro na Apple Store (www.apple.com/pt) e nos revendedores Apple autorizados com um PVP aconselhado de 2499 euros. J.P.F.

SAMSUNG EVOLUI LINHA BLU-RAY Os modelos BD-P4600 e BD-P3600 foram apresentados na CES 2009 A Samsung Electronics aproveitou a International Consumer Electronics Show 2009, de Las Vegas para apresentar não um, mas dois leitores de Blu-ray. Trata-se dos modelos BD-P4600, o primeiro leitor Blu-ray de montagem na parede, e BD-P3600, caracterizado pela versatilidade de utilização e desempenho. De salientar que o BD-P4600 foi distinguido com o prémio Best of Innovations na CES.

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Os novos modelos incluem BD Live (Profile 2.0), suporte Bonus View (Profile 1.1), reprodução de vídeo Blu-ray full HD 1080p com upscaling de DVD e suporte total de HD soundtrack. Ambos incluem ainda a reprodução de CD e suporte para imagens JPEG e vídeos DivX, o que acrescenta maior valor e versatilidade aos novos leitores da Samsung. Os leitores BD-P4600 e BD-P3600 podem ser ligados sem qualquer fio às mais recentes tecnologias

Blu-ray quando o adaptador USB 802.11b/g/n Wi-Fi (já incluído) está ligado a uma das duas portas USB 2.0, ou então através da tradicional ligação de rede Ethernet. Com uma memória flash interna de 1 GB, ambos os modelos podem aceder às mais recentes funcionalidades do Blu-ray BD Live e do Bonus View, deixando as portas USB 2.0 para a rede wireless e as funções de memória para quando forem necessárias. J.P.F.


ASUS DESTACA NOVIDADES NA CES 2009 A feira internacional de Las Vegas foi o palco eleito para a apresentação das novas gamas Durante a Computer Electronic Show 2009, que terminou há poucas semanas em Las Vegas, a Asus demonstrou a sua mais recente oferta. No caso da linha Eee, revelou os modelos S101 e S101H e o Eee Stick, um controlo sem fios especialmente criado para jogos no PC. Destaque ainda para o Eee Top, um computador all-in-one com um ecrã táctil que permite melhorar as funcionalidades habituais do desktop, e para o Eee Box, um PC compacto de baixo consumo energético que aposta na simplicidade de utilização. No campo dos portáteis, o G71 concentrou as atenções. Especialmente criado para os gamers, este laptop prima pelo desempenho elevado graças à combinação de uma família de processadores Intel Quad Core com placas gráficas de gama alta. A Asus destaca ainda a qualidade de som e variedade de componentes de desempenho multimédia. Outros modelos da série G, em matéria de computadores para gaming, incluem o G50Vt e G70Sg, que apostam em placas gráficas de elevado desempenho para fornecerem não só imagens de elevada qualidade como também para incluírem funcionalidades exclusivas da Asus. É o caso do Direct Messenger, um ecrã secundário que permite aos gamers manterem-se actualizados relativamente a e-mails e a mensagens instantâneas. Outro componente de hardware destacado prende-se com o mercado das motherboards. A Asus Republic of Gamers (ROG) Rampage II Extreme realça o espírito do gaming extremo, incorporando as mais recentes inovações e componentes na sua arquitectura para impulsionar as capacidades da plataforma Intel Core i7 ao limite. Foi ainda revelada a série M4 de motherboards da Asus, que irá suportar os mais recentes processadores AMD. J.P.F.

GTX295 E GTX285 JÁ ESTÃO À À VENDA A Asus lançou entretanto no mercado as novas gráficas topo de gama com arquitectura Nvidia. Baseados na mais recente geração de GPU GeForce GTX 295 e GTX 285, os modelos ENGTX295, ENGTX285 ULTIMATE, e ENGTX285 TOP asseguram, respectivamente e segundo o fabricante, 10 e 5 por cento de melhorias em termos de experiência de jogo quando comparadas com as placas de referência. A pensar nos adeptos do gaming as séries ENGTX295 e ENGTX285 incluem um cupão especial para obter cerca de 23 euros em valor ou 10% de desconto em cinco jogos ou aplicações Cuda na webpage da NZone. Esta nova gama de placas está já a ser comercializada por preços de venda recomendados que rondam os 540 euros no modelo ENGTX295/2DI/1792MD3 e os 406 eros no que toca ao modelo ENGTX285/ HTDP/1GD3.


NOTÍCIAS

NA BERRA WINDOWS 7 BETA

A fila online para descarregar a primeira versão pública do Windows 7 beta chegou a ter várias horas de espera. A reacção do público foi tão positiva que a Microsoft teve de colocar a beta offline durante algumas horas para reforçar os servidores, suspendendo ainda o limite anunciado de 2,5 milhões de dowloads.

AMD

As novas arquitecturas quad-core Phenom II (uma das peças fundamentais da nova plataforma de jogos Dragon) e Opteron (nome de código Shangai) estão a receber um feedback muito positivo por parte da crítica especializada nas áreas de desktop e servidor, respectivamente.

INTEL

A concorrência não dorme. A Intel decidiu baixar os preços dos CPU quad-core de gamas baixa e mainstream. Por outro lado, a empresa aproveitou a International Computer Electronic Show 2009 para abordar a especificação USB 3.0, que será dez vezes mais rápida do que a actual 2.0, e para anunciar uma nova arquitectura de processador dedicada aos portáteis ultraleves de gamas média e alta, que assim não irá competir com o Atom.

MALWARE NO YOUTUBE

A PandaLabs alerta que o sistema de envio de mensagens do YouTube está a ser utilizado para distribuir malware Autodelete G. Se receber uma mensagem que aponta para um link e um texto como “spy camera (...)”, nem sequer a abra; apague-a.

LOGITECH HARMONY 1100 DISPONÍVEL EM FEVEREIRO O novo comando da Logitech foi apresentado na CES No Consumer Electronics Show (CES), a Logitech apresentou o comando avançado universal Logitech Harmony 1100, com que pode controlar todos os dispositivos electrónicos através de um ecrã a cores de 3.5 polegadas sensível ao toque. O Harmony 1100 recebeu o prémio CES 2009 de Design e Engenharia na categoria de Melhor Inovação em Acessórios para Entretenimento. Com um simples toque, o Harmony 1100, concebido para se adaptar à palma da mão, coloca as opções de controlo do sistema de entretenimento doméstico nas mãos do utilizador. Com um software totalmente redesenhado, o ecrã QVGA oferece uma base a partir da qual pode controlar os sistemas. Além do toque no ecrã personalizável, o Harmony 1100 oferece ainda detalhes simples que tornam a

sua utilização mais fácil, como guias tácteis, localizados em redor do ecrã e que ajudam a posicionar os dedos para escolha do comando adequado. A parte superior do comando em alumínio preto escovado e a base de toque suave tornam este equipamento confortável de manejar. O Harmony 1100 é recarregável, pelo que nunca precisa de substituir as pilhas. O Harmony 1100 vem equipado com capacidade RF. Através do uso do Harmony RF Extender (vendido separadamente) o utilizador pode controlar os dispositivos localizados na sala dentro de um móvel fechado ou em qualquer outra parte isolada da casa (até uma distância de 30 metros). Esta engenhoca vai estar disponível na Europa, a partir de Fevereiro, com um preço recomendado de 449,00 Euros. J.T.

MALWARE NO LINKEDIN

Quem usa esta útil ferramenta de contacto com outros profissionais ou antigos colegas deve ter cuidado com os falsos perfis associados a celebridades, dando acesso a supostas fotos com nus das respectivas não passa de uma tentativa de instalar malware no PC.

WI-FI GRATUITO

Os nova-iorquinos e os turistas que visitam a cidade que nunca dorme que o digam. A Wi-Fi Salon, empresa que fornece as ligações, vai retirar sete hotspots do emblemático Central Park, deixando assim de permitir que os seus visitantes acedam gratuitamente à Internet via Wi-fi. Diz o operador que faltam patrocinadores que ajudem a financiar os 400 a 500 mil dólares mensais necessários...

A BERRAR

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YOUTUBE RESTRINGE CONTEÚDO O popular site de partilha de vídeos retirou o som de vídeos que estão protegidos por direitos de autor A questão dos direitos de autor na Internet não é recente, mas sites com um elevado número de visitantes parecem estar a tomar precauções contra potenciais acções legais. Desta vez, foi o YouTube (www.youtube.com) que decidiu remover o som de vídeos com imagens protegidas por direitos de autor. A medida tem como origem algumas queixas acerca de «utilização não autorizada de conteúdo». De acordo com o popular site de vídeos, os utilizadores visados pela remoção do áudio foram aconselhados a criar vídeos completamente originais. J.T.



CIÊNCIA & TECNOLOGIA

BREVES MULHER ROBÔ MAIS “PRENDADA”

Um inventor canadiano decidiu criar a mulher perfeita para si: um robô que consegue limpar a casa, servir bebidas e ler os jornais. Aiko, assim foi baptizada, fala Inglês e Japonês, reconhece rostos e sabe efectuar cálculos matemáticos. O ex-programador já investiu na sua nova mulher mais de 15 mil euros, e promete não ficar por aqui, já que o seu objectivo é torná-la cada vez mais humana. S.E.

DAR LUGAR À INFOINCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA A Portugal Telecom entregou à Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel (APCSM), nos Açores, quatro computadores e software desenvolvidos para pessoas com necessidades especiais, designadamente com paralisia cerebral. Os equipamentos incluem a solução PT Minha Voz, que contempla as versões Grid, IntelliTalk, IntelliPics Studio e IntelliMathics, vocacionadas para cidadãos com disfunções neuromotoras, problemas na fala e deficiências cognitivas. No geral, estas soluções permitem a utilização de um sistema de teclados virtuais no ecrã do computador, que possibilitam o acesso a todas as funções e comandos Windows através de um dispositivo apontador ou de varrimento. Isto significa também que estes utilizadores poderão controlar o ambiente físico (por exemplo, acesso ao telefone, televisão, equipamentos de áudio e vídeo)

através de um controlador de infravermelhos universal. Está ainda disponível um processador de texto interactivo que, com recurso a um sintetizador de voz, permite o acesso a actividades multimédia e lê em voz alta qualquer texto escrito. O espaço, integrado com a Ludoteca da APCSM passa a ter também disponível Internet de banda larga. A PT garante, ao abrigo do programa, a realização de acções de formação com terapeutas e professores desta instituição, no âmbito da criação de um Centro de Inclusão Digital nesta associação. As Soluções Especiais PT, desenvolvidas pela Fundação PT, constituem uma linha de equipamentos e serviços vocacionada para o combate à infoexclusão de pessoas com deficiência, com doenças severas e idosas em risco, colocando ao seu dispor todas as potencialidades das tecnologias da informação. S.E.

UMA DAS MELHORES INVENÇÕES DE 2008

A primeira mão biônica, designada i-limb, que já está disponível no mercado, foi considerada uma das 50 melhores invenções de 2008 pela revista americana Time. Criada pela Touch Bionics, a mão está coberta por uma camada de silicone que se assemelha à pele, dispõe de cinco dedos capazes de movimentação independente, que podem ser removidos para substituição, o que significa que o paciente não terá de abdicar de toda a prótese. A i-limb é capaz de segurar objectos finos e estreitos e itens com algum pesado. Esta mão foi comercializada pela empresa após 20 anos de trabalho e já foi aplicada em 400 pessoas. S.E.

SISTEMAS DE SEGURANÇA DOS AEROPORTOS TÊM DIAS CONTADOS Parece cena de filme futurista, mas está longe de o ser. A tecnologia já existe e poderá fazer parte do diaa-dia de quem viaja de avião mais cedo do que se imagina. Empresas de segurança israelitas, como a Athena CS3, propõem substituir os tradicionais detectores de metais por sistemas capazes de medir e avaliar as variações emocionais das pessoas. Existem várias soluções em estudo, nomeadamente, algumas que medem variações de stress na voz e alterações comportamentais. Devido às constantes ameaças que existem no país, as empresas israelitas têm

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apostado fortemente nesta área. É o caso de uma segunda empresa, a WeCU, que trabalha sobre uma solução que combina tecnologia de infravermelhos, sensores remotos e imagens subliminares que exibem fotos de Osama bin Laden, por exemplo. As equipas de desenvolvimento defendem que esta fórmula e estas tecnologias são capazes de detectar a reacção de uma pessoa a um determinado estímulo, a partir de variantes como a temperatura corporal, o ritmo cardíaco e a respiração. Estas empresas de segurança alegam ainda que

enquanto que os detectores de metais podem ser discriminatórios, estas soluções de avaliação comportamental não só poderão revelar-se mais exactas, como também mais baratas. Assim que estas tecnologias estiverem implementadas, os passageiros podem passar por um sem número de portas de segurança, sem sequer se aperceberem. As empresas já estão em negociação com alguns aeroportos a nível mundial e acreditam que alguns deles possam já ter estes sistemas implementados em 2010. S.E.



LANÇAMENTOS

FLIP PARA MAC

ACTUALIZAÇÃO DE LEOPARD DISPONÍVEL A Apple já disponibilizou uma nova actualização do seu sistema operativo Leopard. Ao todo, a versão OS X 10.5.6 inclui mais de 40 optimizações que conferem ao sistema maior segurança e estabilidade. Os 372 MB de actualizações trazem melhorias que afectam soluções como o iChat, o correio electrónico, o browser safari e o hardware da ATI para jogos. S.E Gratuito ■ SITE http://support.apple. com/downloads/Mac_ OS_X_10_5_6_Update

O FLiP:mac 2 já está disponível em duas versões: uma para o Português europeu e outra para o Português do Brasil. Estas são as primeiras versões do FLiP com suporte adequado ao Acordo Ortográfico e incluem um corrector ortográfico, nove dicionários temáticos, um dicionário de sinónimos e um hifenizador. Este corrector mantém a compatibilidade com as aplicações do Microsoft Office (2004 e 2008) e alarga a cobertura ao serviço de correcção ortográfica do Mac OS X, servindo aplicações como o TextEdit, o Mail, o Pages, o Keynote, o Adium, o OpenOffice.org e o NeoOffice. Os nove dicionários temáticos e a possibilidade de usar o Acordo Ortográfico estendem-se a todas essas aplicações. Dada a impossibilidade de testar o FLiP:mac 2 com todas as aplicações que utilizam o corrector ortográfico nativo do Mac OS X, a Priberam criou uma secção especial no site do FLiP onde irá PREÇO 49,99 EUROS ■ SITE www.priberam.pt

CHROME JÁ TEM VERSÃO FINAL É oficial. Cem dias após o lançamento da primeira versão de teste do browser Chrome, a Google anunciou a disponibilização da versão final. Segundo a empresa, existem actualmente mais de 10 milhões de utilizadores deste navegador, que colaboraram activamente nas consecutivas actualizações e modificações que o programa foi sofrendo até à versão final. Vale a pena referir que, desde a primeira beta, a empresa já tinha avançado com 14 actualizações. A versão oficial do navegador

FLICKR LANÇA APLICAÇÃO PARA SMARTPHONES O Flickr seguiu a tendência do mercado e deu a conhecer o seu mais recente espaço dedicado aos utilizadores que acedem ao serviço através de dispositivos móveis. Estes podem aceder a vídeos, efectuar o download de imagens, inserir comentários, entre outras opções. O site m.flickr.com disponibiliza ainda actualizações do programa para smartphones. Nesta fase, os uploads obrigam ao pagamento de uma taxa. S.E Gratuito ■ SITE m.flickr.com

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actualizando essa lista de aplicações e explicando como se configuram para utilizar o FLiP:mac 2. Ambas as versões estão disponíveis na loja online da Priberam, a partir do dia 5 de Dezembro, por 49,99 euros. Esta licença pode ser instalada num máximo de três computadores para estudantes ou utilizações domésticas. Estão previstos descontos especiais para pessoas ligadas à Educação e licenças múltiplas com descontos crescentes em função do número de licenças adquiridas. S.E.

Gratuito ■ SITE www.google.com/chrome

foi melhorada em relação à velocidade de carregamento de dados, à reprodução de vídeos e aos controles de segurança e privacidade. Este browser suporta Favoritos, mas continua a não contemplar RSS. Os utilizadores de Mac e Linux ainda terão de esperar um pouco por uma versão compatível do Chrome. A Google promete lançar dentro de pouco tempo extensões e temas, para permitir uma maior personalização do browser, como acontece no Firefox, da Mozilla. S.E.



CONCURSO

“Faça a capa da PCGuia” Recebemos centenas de propostas, e aqui apresentamos algumas das capas vencedoras Ao longo dos últimos meses, não tivemos mãos a medir para a quantidade de CD e mensagens de correio electrónico que recebemos com propostas de capas para a PCGuia. Elegemos as nossas preferidas, depois de um processo selectivo que passou pela avaliação dos temas propostos e da ilustração criada.

Feito o balanço, foi um passatempo que valeu mesmo a pena, não apenas pelo número de concorrentes, mas acima de tudo pela qualidade dos trabalhos apresentados, que comprova as capacidades técnicas e a imaginação dos nossos leitores. Aqui mostramos os projectos que ficaram de terceiro a sétimo lugares. A capa deste mês foi

3º PRÉMIO Nuno Silva

5º PRÉMIO

Pedro Albergaria

6º PRÉMIO

Cristina Batista

concebida pelo Nuno Mendes, o vencedor do passatempo. Não publicamos a imagem da capa criada por José Paulo Amorim Reis, que ficou no segundo lugar, uma vez que estamos a ponderar utilizá-la brevemente num tema de capa. Ficam os nossos sinceros parabéns a todos os concorrentes!

4º PRÉMIO

Pedro Portugal

7º PRÉMIO Artur Faria



ARQUIVO PCGUIA

ENTREVISTA

Eva Chen, CEO da Trend Micro

VINTE ANOS A LIDAR COM VÍRUS Duas décadas depois da criação da empresa, a Trend Micro labora num mercado cada vez mais competitivo. As ameaças na Internet crescem a olhos vistos. Instalar suites de segurança é apenas o início da política de protecção

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PCGuia – Como vê o desenvolvimento do mercado de segurança informática nos últimos 20 anos?

Eva Chen – A indústria criou uma sobrevalorização das capacidades dos seus produtos, algo que indicou aos seus clientes a direcção errada durante anos. Nenhuma companhia só por si consegue oferecer

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TEXTO JOÃO TRIGO

segurança adequada contra a enorme quantidade de ameaças na Internet. Assim, nos últimos 20 anos, a indústria de segurança deu uma ideia errada de si mesma. Ninguém consegue detectar 5,5 milhões de vírus. Hoje, já não há grandes surtos de vírus, mas o malware é uma ameaça crescente e nós apostamos na plataforma Smart Protection Network. As ameaças à segurança informática evoluíram muito depressa. A banda larga oferece cada vez


mais desempenho e permite que o malware se dissemine com maior facilidade. No início, os hackers eram estudantes ou pessoas que queriam ser diferentes e ganhar notoriedade. Neste momento, o objectivo é fazer dinheiro. Uma vez que as motivações dos cibercriminosos se alteraram nos últimos 20 anos, também as soluções de segurança o devem fazer. PCG – Quais considera serem as datas-chave da Trend Micro na sua história? E.C. – Bom, a data de criação da empresa em Los Angeles, 1988, que é também a data do lançamento da primeira solução para o mercado de consumo – o PC-cillin. Em 1990, apresentámos o nosso primeiro produto para o mercado empresarial (ServerProtect) e dois anos mais tarde abrimos escritórios no Japão. Em 1998, entrámos na bolsa nipónica, com acções no valor de 8300 ienes (67 euros). E claro, 2008 é o ano em quem cumprimos 20 anos de história. PCG – Considera que o utilizador doméstico de Internet está ciente das ameaças que enfrenta na maior das redes? E.C. – Sim, penso que tem, mas é preciso dizer que o nível de ameaças está directamente ligado com aquilo que o utilizador faz com a sua máquina na Internet. É preciso ainda alertá-lo para ameaças relacionadas com a simples navegação, a troca de mensagens de correio electrónico, as transacções online e a partilha de vídeo e de áudio. Cada uma destas actividades expõe o cibernauta a cada vez mais ameaças, como vírus, cavalos de Tróia, spam, phishinhg, spyware e adware, para mencionar apenas algumas. PCG – O phishing é a nova epidemia online? E.C. – É uma ameaça importante. Considero que, nos dias que correm, qualquer pedido de informação confidencial deve ser encarado com algumas reticências. Nenhum negócio credível – e estou a incluir bancos, empresas de cartões de crédito ou sites de leilões – utiliza o e-mail como ferramenta para verificar dados pessoais dos seus clientes. Por defeito, o utilizador deve sempre considerar este tipo de pedidos como uma ameaça à segurança dos seus dados privados. PCG – A melhor forma de combater as ameaças online é através de uma solução unificada, como suites de segurança, ou prefere produtos específicos, orientados para ameaças específicas? E.C. – Penso que a arquitectura cloud-client, presente na solução Trend Micro Smart Protection Network é um bom exemplo de uma solução que pode parar os hackers e eliminar as ameaças. Esta solução recorre à comparação de padrões nos agentes cloud e cliente. As bases de dados das empresas são actualizadas a cada 15 ou 30

EM 2009, OS UTILIZADORES DE INTERNET PODEM ESPERAR MAIS CIBERATAQUES QUE TÊM POR FONTE A MAIOR DAS REDES minutos, com informações de ameaças de malware descobertas entretanto. Além disso, a estrutura que criámos fomenta a comunicação entre o computador cliente e a cloud, mas apenas e só quando é necessário, de forma a minimizar a necessidade de upload de ficheiros para a cloud. PCG – Que tipo de ameaças vamos enfrentar nos próximos anos? E.C. – Em 2009, os utilizadores de Internet podem esperar mais ciberataques que têm por fonte a maior das redes, e não as mensagens de e-mail. A razão é simples: as soluções de segurança para o correio electrónico disseminaram-se, mas o tráfego na Internet ainda carece de soluções de segurança. A segurança da porta 80, utilizada para estabelecer comunicação com a rede e para navegar na Internet através do protocolo HTTP, continua a ser uma prioridade e um desafio. Não se pode bloquear a porta 80, como sabe. Temos que saber proteger o utilizador eficazmente quando este navega na Net.

clientes protecção total e liberdade para navegar à vontade na Internet. PCG – O responsável pela Trend Micro em Portugal saiu recentemente da empresa, que está a ser reestruturada no nosso país. Quais são os objectivos? E.C. – Bom, acima de tudo, queremos fortalecer a nossa presença no mercado português nos vários segmentos de mercado. Consideramos Portugal um mercado emergente importante para nós. Muitas companhias, a maioria das quais no segmento de micro e médias empresas, necessitam da tecnologia que a Trend Micro faculta nas suas soluções.

PCG – Se tivesse que dar três conselhos de segurança aos nossos leitores, quais seriam? E.C. – Para estarem devidamente protegidos, os utilizadores devem manter as soluções de antivírus e firewall actualizadas. Deve recorrer-se ao bom senso quando se navega na Internet e, por exemplo, evitar sites de conteúdo duvidoso ou bloquear programas que se queiram instalar sem que o cibernauta o tenha pedido. Além disso, deve perder-se algum tempo a ler-se os acordos de utilização e as licenças de utilização antes de fazer download das aplicações, para evitar surpresas desagradáveis no futuro. PCG – Qual é a estratégia para o mercado de consumo em 2009? E.C. – Vamos apostar nos nossos mais recentes produtos para este mercado, a Trend Micro Internet Security e a Internet Security Pro, que maximizam a protecção e optimizam o desempenho da máquina onde estão instaladas. Foram concebidas “em cima” do Trend Micro Smart Protection Network para garantir aos nossos

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PCG G

ST | H A R D WA R E | S O FTWA R E | T E ST E E M G R U P O

BANCO DE TESTES

IOGEAR PORTABLE MEDIA PLAYER

Leve os seus ficheiros multimédia para onde quer que vá. É a proposta da IOGear PORTABILIDADE

SUPORTE PARA DVD

COMANDO

VEREDICTO 7

Este é um disco rígido de 2,5 polegadas media player, com uma capacidade de 120 GB, desenhado para a portabilidade. É compatível com os tipos de ficheiro multimédia mais comuns incluindo .ifo, o que quer dizer que pode ripar os seus DVD e usá-los no IOGear como se estivessem inseridos num leitor de DVD comum acedendo a todos os menus. Os ficheiros são carregados no disco através da interface USB 2. Só é pena que se tenha de usar a fonte de alimentação quando se liga o disco ao computador. A embalagem inclui o disco, comando à distância, cabos, fonte de alimentação e uma bolsa para arrumação e transporte. O Portable Media Player é um objecto bonito em metal com uma aplicação em plástico transparente esverdeado. Este disco oferece uma coisa que não é comum em discos deste género com este tamanho: pode usá-lo sem recorrer ao comando à distância, porque na peça onde se encontram as ligações estão 12 botões que permitem o controlo completo do dispositivo. O comando à distância é do tipo “cartão de crédito”, com todos os inconvenientes que este género de comandos têm, como a pouca ergonomia e ser necessário estar com o comando alinhado com o dispositivo para que funcione como deve ser. As ligações com a TV podem ser feitas através de componentes ou vídeo composto usando os cabos conversores incluídos. Se usar componentes pode obter resoluções de vídeo até 1920X720p. A instalação é muito fácil e o manual é claro e sem ambiguidades. A qualidade da imagem é muito boa em componentes, já em vídeo composto nota-se um pouco de bleed das cores mais berrantes. O pós-processamento da imagem também podia ser melhor, mas não é nada que não se resolva com uma actualização do firmware. Mas a grande vantagem é mesmo a possibilidade de transportar os seus ficheiros de media quando viaja de uma forma confortável. P.T.

Distribuidor PingPost ■ Preço 239 eurost ■ Contacto 915 773 407 ■ site www.iogear.com

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HARDWARE

ATI RADEON HD 3850 256 MB Recomendada para quem espera qualidade de imagem e desempenho medianos A gama de placas gráficas ATI destina-se cada vez mais a um público que tem o seu orçamento muito bem contado até ao último cêntimo e procura uma solução gráfica que permita obter o melhor desempenho com um preço mais em conta. Isto é particularmente evidente desde que a ATI passou a fazer parte do universo AMD e lançou no mercado a nova gama de chips Radeon HD 2000. Passados cerca de 18 meses sobre esta gama, que baptizou a entrada da AMD/ATI na era do DirectX 10, já foram lançadas as famílias Radeon HD 3000 e HD 4000, gamas estas que elevaram um pouco mais na batalha com a Nvidia. No caso da HD 3850 aqui em teste, tem como principal premissa a competitividade. É sem dúvida um modelo com funcionalidades muito interessantes (DirectX 10.1, PCI-E 2.0, Unified Vídeo Decoder, suporte para CrossFireX e Full HD e ATI PowerPlay são bons exemplos). Para além de enfatizar as capacidades multimédia e de baixo consumo da 3850, a AMD sublinha ainda o modo de operação silencioso em que a placa opera. De facto, e apesar de ser uma unidade de referência e por isso montar um cooler

HDMI

PESO E DIMENSÕES

INGLÊS

VEREDICTO 8

padrão de slot único (com dimensões generosas, cobrindo uma grande parte do PCB) e uma ventoinha convencional, a dissipação térmica é eficaz q.b. sem forçar a gama de rotação do cooler, o que faz com que o ruído seja efectivamente baixo. Não se assuste quando a ouvir girar no máximo assim que liga a máquina, pois isso acontece apenas durante o arranque do sistema. As frequências utilizadas são de 670 MHz no core e de 1660 MHz nas memórias, sendo a largura de banda disponível nos 256 MB de DDR3 de 53 GB/s. Para a alimentar, basta usar uma ficha de seis pinos. O suporte para CrossFire X está presente através das duas bridges disponibilizadas no lado oposto da interface PCI-E. Nos testes que realizámos verificámos duas coisas: a placa é realmente económica (consome entre 10 W em idle e 65 W em carga); e o cooler faz efectivamente um bom trabalho, mantendo o GPU abaixo dos 90º mesmo em carga máxima (o limite que atingimos foram 89ºC e 26 dBa de ruído, sendo que mesmo assim não se verificou qualquer índice de instabilidade). J.P.F.

PREÇO/DESEMPENHO

ÁUDIO 5.1

COOLER NÃO REGULÁVEL

VEREDICTO 7

Fabricante AMD/ATI ■ Preço 76 euros ■ Site www.amd.com

MITHUS HEITOR Multimédia no seu bolso Na edição de Novembro do ano passado, analisámos uma série de Media Players, dando resposta aos crescentes pedidos dos nossos leitores. Na altura, não incluímos esta oferta no conjunto de equipamentos que testámos, mas não quisemos deixar de lhe dar a devida atenção. Tem à sua disposição opções de 150 GB e de 320 GB, contudo, a caixa é igual. Como principais vantagens assinalamos o leitor de cartões de memória SD/MMC embutido e a saída HDMI (720p; 1080i), bem como outra saída para vídeo composto. As dimensões e o reduzido peso fazem dele um companheiro muito portátil. O comando à distância é fácil de utilizar e, em funcionamento, é difícil ouvir o barulho do disco rígido. A interface é intuitiva e está traduzida para a língua de Camões, muito embora tenhamos encontrado um menu de setup ainda com opções em Inglês – uma questão que, não temos dúvidas, será facilmente ultrapassada por uma actualização do software. O aparelho lê os mais utilizados formatos de vídeo, incluindo ficheiros .VOB, MPG e AVI, assim como ficheiros JPEG das suas fotografias e ficheiros MP3, WMA, AC3 e OGG, para que possa levar a sua música para todo o lado. Bem vistas as coisas, é um bom Media Player. Existem equipamentos com mais espaço de armazenamento, mas incluem, como pode ver no teste que mencionámos no início do texto, discos de 3,5 polegadas. Neste caso, estamos a falar de um aparelho com um disco rígido de 2,5”, o que o torna mais leve, mas que, por razões técnicas, reduz a capacidade de armazenamento. Mesmo assim, é uma boa compra. J.T.

Distribuidor Dx4 ■ Preço 250GB - 119 euros; 320GB - 134.90 euros ■ Contacto 239 980 400 ■ Site www.mithus.eu

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HARDWARE

APPLE MACBOOK 13” O novo McBook é uma máquina bonita, mas tem um problema no mínimo original. A PCGuia explica BONITO

RÁPIDO”

VELOCIDADE SEM A BATERIA

VEREDICTO 7

Fabricante Apple ■ Preço 1499 euros ■ Contacto 800 207 758 ■ Site www.apple.pt ■ Ficha técnica: Processador Core 2 duo 2,4 GHz, 2 GB de RAM, GeForce 9400M, 250 GB de disco rígido, leitor/gravador de DVD, 2 ligações USB, rede sem fios 802.11n

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A Apple lançou recentemente uma nova gama de Macbooks. Os mais recentes membros da família são totalmente construídos a partir de uma única peça de alumínio, cortada com uma precisão impressionante. O desenho tem elementos que fazem lembrar o Macbook Air, com a tampa e a parte de baixo arredondadas, mas as semelhanças acabam aí. No que respeita às proporções, o novo Mackbook é muito parecido com os Macbook da série anterior. No lado esquerdo, situam-se as ligações. Existem apenas duas entradas USB, rede com fios, o novo Display Port para ligar um monitor externo e entradas e saídas de áudio. Deste lado encontra-se ainda o medidor de carga da bateria, que veio recambiado da parte de baixo do computador. Do lado direito, localiza-se a ranhura do leitor/gravador de DVD. Pode aceder a redes sem fios até à especificação 802.11n (100 mbps) e usar dispositivos Bluetooth. Devido ao volume, e ao facto de ser feito em metal, parece que este computador é mais pesado do que os 2 kg anunciados. Mas não anda longe disso: pesa 2,06 kg, para sermos precisos. No interior, o novo Macbook tem um processador Intel Core 2 Duo a 2,4 GHz, 2 GB de RAM DDR3 a 1066 MHz, um disco de 250 GB. A placa gráfica é baseada no chip Nvidia GeForce 9400M que pode alocar até 256 MB de memória de sistema. O painel

LCD tem uma resolução máxima de 1280X800 pixels e é retroliminado usando tecnologia LED. Quando se abre a tampa, nota-se logo a moldura preta brilhante à volta do painel LCD, o teclado com teclas pretas retroiluminadas e um trackpad gigante com função multitouch, que permite usar dois ou mais dedos para algumas funcionalidades, como o redimensionamento de fotos. O trackpad já não tem um botão na zona junto ao rebordo da máquina, como nas gerações anteriores; agora o trackpad é o próprio botão podendo ser accionado clicando na zona do meio para baixo. Testámos o Macbook com o Geekbench 2006, um programa de testes de performance para Mac OSX, e obtivemos um resultado de 253,1, com a máquina ligada à corrente e bateria inserida, e 199, também com ela ligada à corrente mas com a bateria retirada. A razão para esta diferença de resultados tem que ver com o facto de a Apple ter limitado a velocidade do processador quando se retira a bateria de forma a poupar a fonte de alimentação. Isto é completamente novo. Como termo de comparação, obtivemos um resultado de 252,5 no nosso Imac também com um Core 2 Duo a 2,4 GHz e 2 GB de RAM DDR2. Este é um digno sucessor do Macbook, tem um aspecto mais moderno e robusto, mas há alguns pormenores a rectificar, como os 2 USB e o problema da bateria. P.T.


EPSON STYLUS PHOTO PX800FW Inovação com qualidade e design apurado INTERFACE TÁCTIL

FUNCIONALIDADES

IMPRESSÃO DE TEXTO

VEREDICTO 8

Quem lida com informática no dia-a-dia tem a ideia de que os equipamentos multifuncionais são todos “quadradões” e “cinzentões”. Esse não é de todo o caso do Epson Stylus Photo PX800FW, um dispositivo que tenta – e consegue – fugir às linhas tradicionais, graças não só à elegante e prática tampa superior, mas também ao painel frontal táctil de inclinação regulável onde estão os comandos. Aliás, a grande novidade deste multifunções, que reúne quatro tipos de operação – impressão, digitalização, cópia e fax –, é mesmo a interface táctil que domina o painel de controlo e que se resume numa palavra: simplicidade. Não só é bastante intuitiva em termos de operação, como a disposição e correcta dimensão dos comandos permite um manuseamento sem problemas, tanto dos comandos permanentes, como dos botões virtuais que constam no ecrã LCD efectivo de 3,5 polegadas. Qualquer uma das funções é executada sem problemas. Como é apanágio da Epson, o digitalizador é uma mais-valia graças à elevada qualidade aplicada nos detalhes e nas cores, sendo ainda rápido. A função de impressão também é rápida na execução dos trabalhos. Contudo, sofre de algumas lacunas. Apesar de contar com um sistema de seis tinteiros que beneficia em muito as impressões fotográficas, notámos algumas imperfeições na impressão de texto – nada de grave, mas suficiente para se assinalar. Naturalmente que este problema acaba por afectar a função de cópia. No que diz respeito às ligações, trata-se de um modelo muito versátil, contando com Wi-fi e ainda com Ethernet, fax e ADF. Na frente, a porta USB é compatível com PictBridge e, quando combinada com o leitor de cartões multiformato, permite fazer o backup para disco externo de todos os dados contidos no cartão. J.P.F.

Fabricante Epson ■ Preço 299 euros ■ Contacto 213 035 400 ■ Site www.epson.pt


HARDWARE

OCZ ELITESTREAM 1000W Potência e qualidade. Mas a que preço? POTÊNCIA

SILENCIOSA

NÃO É MODULAR

VEREDICTO 8

O nome diz quase tudo. Chama-se Elite e não é por acaso. Esta fonte da OCz foi pensada para utilizadores com máquinas que necessitam de elevado débito energético. Os 1000 w de que dispõe são facultados mesmo a temperaturas de 50.º e o fabricante garante uma eficiência de 82 por cento, que ultrapassa os requisitos do standard 80Plus. A unidade está equipada com quatro conectores PCI-E, dois dos quais podem ser convertidos do formato de seis pinos para oito pinos, garantindo assim a alimentação necessária para as mais recentes placas gráficas. Repare que conta com apenas um rail de 12v. À partida, é uma desvantagem, mas muitas fontes com vários rails deste género acabam por limitar a potência a ~20a por rail, o que é um problema se existir uma configuração cuja combinação de componentes exceda este limite. Neste caso, temos um rail de 12v com potência total. Dentro da caixa vai encontrar oito cabos PATA e mais outros oito SATA. Cada cabo dispõe de quatro conectores, o que permite que utilizadores com muitas drives no sistema tenham garantias de ligação para todas elas. Infelizmente, a EliteStream não é modular. Uma vez que não é possível remover os cabos não utilizados, o leitor terá de os prender com atilhos e arrumá-los cuidadosamente num local que não prejudique a circulação de ar dentro da caixa. Em funcionamento, é extremamente silenciosa, mesmo com tarefas de elevada necessidade de débito. Conta com uma ventoinha de 120 mm que garante boa dissipação. Em situações de muito “trabalho”, a temperatura interna da fonte nunca ultrapassou ou 38.º. Uma boa aposta. J.T. Distribuidor Tech Computers ■ Preço 190 euros ■ Contacto 249 849 178 ■ Site www.liscic.pt ■ Ficha técnica Fonte de 1000 w; single rail +12VDC; protecção contra picos; eficiência 82%; 24-Pinos, 8-Pinos, 8-SATA, 8-Standard, 1-Mini; ligações 4PCI-E e 17 para drives; suporta SLI

HP HDX18-1080EP Feito para agradar aos adeptos dos sistemas de entretenimento portáteis CONFIGURAÇÃO

ECRÃ

DESEMPENHO

VEREDICTO 8

São vários os argumentos que o HDX18-1080EP esgrime no campo do entreternimento: ecrã brilhante de 18,4 polegadas com resolução com tecnologia BrightView Infinity e resolução full HD (1920 x 1080), auxiliado por uma placa gráfica dedicada Nvidia GeForce 9600M GT com 512 MB de memória base, leitor Blu-Ray Lightscribe ROM com SuperMulti DVD+/-RW de dupla camada, sintonizador de televisão digital terrestre (DVB-T) integrado, software de leitura de multimédia HP Mediasmart com controlos dedicados de menu no teclado e botões para música e DVD, controlo remoto HP Mobile ScrollSmart, altifalantes Altec Lansing com subwoofer integrado e com sistema Dolby Home Theater e um conector HDMI para ligação a televisores Full HD são os melhores exemplos. Ainda no que diz respeito às ligações, este HP conta com várias soluções, sendo possível identificar quatro interfaces USB 2.0, uma ficha eSATA, uma FireWire, as habituais portas VGA, RJ45 e Ethernet (gigabit, neste caso), IEEE 1394 e ainda uma slot ExpressCard/54 (que suporta também ExpressCard/34). A arquitectura Intel Centrino garante também a compatibilidade com redes sem fios 802.11a/b/g, sendo ainda possível ligar o HDX18-1080EP a redes Bluetooth. O sistema operativo é o Windows Vista Home Premium de 64 bits com Service Pack 1, tirando total partido dos 4 GB de memória RAM disponibilizados de raiz (e que podem ser alargados a um máximo de 8 GB). Outras características que vão agradar são a webcam com microfone integrado e o leitor de impressões digitais. Um pormenor que nos agradou é o botão dedicado sobre o touchpad que permite activá-lo ou desligá-lo, não sendo necessária qualquer combinação de teclas para o efeito. Uma última palavra para o desempenho. Apesar de vir equipado com um processador Core 2 Duo a 2,26 GHz e com um sistema de dois discos SATA com 250 GB, ficou-se pelos 3566 marks no PCMark Vantage e pelos 5755 marks no 3DMark Vantage. Trata-se de uma margem suficiente para a reprodução de vídeo de alta definição mas que se torna facilmente curta em matéria de jogos.J.P.F. Fabricante HP ■ Preço 1499 euros ■ Contacto 808 201 492 ■ Site www.hp.pt

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HP OFFICEJET PRO K5400N Qualidade de impressão por um preço em conta PREÇO/DESEMPENHO

QUALIDADE TEXTO

DESIGN

VEREDICTO 7

A HP não é de todo uma empresa nova nestas andanças da impressão a jacto de tinta, pelo que se espera que dos seus laboratórios saiam sempre produtos capazes de satisfazer as necessidades dos seus utilizadores. Ainda mais no caso do segmento profissional, em que se insere este modelo Officejet Pro k4500N. Um dos argumentos pelo qual este tipo de equipamentos se pode diferenciar da concorrência é a poupança de tinta. No caso deste HP, é utilizado um sistema de duas cabeças de impressão semipermanentes dispostas para amarelo e preto e para ciano e magenta. Com isto, sempre que é necessário mudar o tinteiro não se tem de mudar a cabeça, o que à partida diminuirá o custo de substituição. No entanto, tudo depende sempre do custo da tinta em

si. Mas sem dúvida que ajuda em muito o ambiente, facilitando a reciclagem. Os quatro tinteiros são individuais e encaixam-se facilmente no lado esquerdo sobre o mecanismo que tem as duas cabeças de impressão. Na primeira vez em que isto é feito a impressora faz os testes normais de calibração e alinhamento das cabeças, o que obriga a algum tempo de espera. Sendo um equipamento de gama profissional não há muito a dizer sobre o design desta máquina, a não ser que é minimalista. Na frente conta com as bandejas de entrada (única, com capacidade máxima para 250 folhas) e de saída do papel e na parte superior apresenta quatro botões de função que dão ordem para aceder à rede, carregar o papel, cancelar o trabalho e ligar/desligar. Não há lugar para um ecrã LCD, o que se entende para esta gama de preço. Ao lado dos botões estão seis luzes LED que indicam eventuais falhas nos tinteiros e nas cabeças de impressão. As ligações possíveis são Ethernet e USB

2.0. O software que acompanha o equipamento é simples de instalar e fácil de utilizar, resumindo-se ao HP Solution Center e ao controlador para o sistema operativo. Uma das qualidades que apresenta é a capacidade de corrigir fotografias. Uma das missões do k5400N é substituir equipamentos do género a laser, sendo que a HP afirma que é capaz de imprimir até 10 ppm em modo de qualidade semelhante a esta tecnologia. Nos testes realizados, a velocidade pode não ser tão rápida quanto a de uma laser (cerca de 1/3 mais lenta) mas a qualidade é igual e até superior em texto, tendo ainda a vantagem de imprimir melhor gráficos e imagens. Quanto aos custos de impressão, o tal elemento que pode determinar a escolha, os valores descem de forma acentuada quando se utilizam tinteiros de alta capacidade. J.P.F. Fabricante HP ■ Preço 127,93 euros ■ Contacto 808 201 492 ■ Site ww.hp.pt


HARDWARE

FRITZ!BOX FON WLAN 7270 Um equipamento repleto de opções técnicas muito úteis DECT

PORTA USB

PREÇO

VEREDICTO 9

Distribuidor Op3Racional ■ Preço 251,09 euros ■ Contacto 210 107 260 ■ Site ww.avm.de/en ■ Ficha técnica Modem/router ADSL; rede wireless; 4 portas LAN; suporte para telefones DECT wireless e analógicos e fax; suporte RDIS

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Depois de um breve olhar para a lista de características, reparamos que as mais sonantes são o suporte DECT para telefones sem fios e o 802.11n, mas não são seguramente as únicas. Entre as restantes opções que merecem relevo encontram-se funcionalidades como o suporte para fax (converte o fax em PDF e envia para a sua conta de correio electrónico), o atendedor automático com cinco gravadores de mensagens (convertidas em ficheiros .Wav e também estes enviados para a sua caixa de e-mail), a possibilidade de mapeamento IP de um disco externo ligado à porta USB do 7270, o servidor de impressão embutido, para partilhar uma impressora na sua rede, uma opção de QoS configurável para definição de prioridades de protocolos... A lista é longa e muito rica, para sermos francos, mas estas são claramente maisvalias num equipamento deste género e são também a principal razão de ser do seu preço de venda ao público. Uma palavra ainda para o suporte de rede sem fios a 5Ghz – uma opção útil se tiver muitas redes wireless na sua zona. Assegure-se, porém, que todos os seus equipamentos de rede suportam esta opção. O fabricante dispõe de um adaptador USB (Fritz!WLAN USB Stick - 89,76 euros) que pode conferir este suporte a computadores portáteis, por exemplo. Infelizmente, a interface do equipamento não está em português. Terá de configurar o modem/ router com as opções na língua de Shakespeare.

Gostámos particularmente do suporte para dois telefones com fios e para seis telefones wireless (o 7270 pode gerir quatro chamadas telefónicas em simultâneo – uma através da rede fixa e três através de contas VoIP). Utilize um gravador de mensagens para cada uma das contas de VoIP e terá as mensagens de voz entregues em cada uma das caixas de e-mail dos utilizadores da rede. Além disso, a possibilidade de ter uma unidade de rede (um disco externo de 1 TB, por exemplo) e uma impressora ligados a um hub USB que por sua vez está ligado à porta USB do 7270 é uma mais-valia convincente. Além de partilhar o dispositivo de impressão, tem um disco rígido partilhado pelos utilizadores da rede e facilmente acessível através de um IP específico. A configuração é simples, mas a grande vantagem da interface de configuração é que esta permite que o utilizador vá explorando as opções avançadas à medida que se vai sentindo mais à vontade com o equipamento. Numa fase inicial, o leitor quererá apenas configurar o acesso à Net, mas mais tarde pode, por exemplo, definir prioridades através da configuração de regras de QoS. A flexibilidade do software permite que esta progressão gradual seja possível e, até certa medida, intuitiva. O Fritz!Box é uma opção a considerar, especialmente se o leitor tiver um pequeno negócio que necessite de uma infra-estrutura de acesso à Net e de partilha de rede com opções específicas, como as que enumerámos nesta análise. Recomendado. J.T.



TECNOMUST

NOKIA 5800 XPRESSMUSIC Deitámos as mãos ao primeiro telefone com ecrã táctil da Nokia, que vai tentar furar o mercado já conquistado pela moda dos terminais tácteis. Como é que a Nokia se saiu? Bem, podemos já adiantar. A interface facilita a componente táctil. Os ícones são grandes e simples, não há nada que nos deixe de “boca aberta”, mas funciona. Agora uma coisa que não percebemos: por que é que em algumas opções temos de clicar apenas duas vezes, e em outras temos de dar dois cliques? É que nem sequer existe um padrão equilibrado... não percebemos o objectivo. Existem três formas de inserir texto: através de um teclado QWERTY, um alfanumérico ou um sistema de reconhecimento de escrita. Este é um telefone virado para a música, e neste campo só temos coisas boas a dizer, não só ao nível das funcionalidades, como da qualidade de som e da facilidade de uso. A media bar que é activada com um clique num botão que está acima do ecrã permite ter estes atalhos multimédia sempre presentes. O preço é muito simpático se tivermos em conta que vem com um cartão de 8 GB e que não dispensa algumas funcionalidades/tecnologias importantes, como é o caso do Wi-fi. S.E.

Fabricante Nokia ■ Preço 364 euros ■ Site www.nokia.pt

BEM EQUIPADO

PREÇO

INCONSISTENTE NO ACESSO ÀS OPÇÕES

VEREDICTO 8

NOTEBOOK DOCKING STATION É uma solução a considerar para aumentar as opções de conectividade do seu computador portátil. Esta Docking Station liga-se ao notebook através da porta USB e faculta ligações para rato e teclado, rede, monitor, e-Sata, e duas portas USB no painel traseiro. No painel frontal vai poder encontrar mais duas portas USB, saídas para colunas (a estação tem uma placa de som embutida) e uma entrada para microfone e ainda slots de leitura de cartões de memória SD, micro SD, MMC, TF, MS, MS duo e CF. Se utiliza o seu laptop em cima da secretária e quer maior abrangência de ligações, esta solução da Digitus é uma opção que deve ponderar. J.T.

Distribuidor EBC ■ Preço 89,50 euros ■ Contacto 213 841 080 ■ Site www.digitus.info

CONECTIVIDADE

EMPORIO ARMANI NIGHT EFFECT Numa altura em que quase todos os telemóveis que nos passam pelas mãos são verdadeiras peças tecnológicas que conseguem desempenhar mil e uma funções, incluindo fazer e receber chamadas, testar estes Emporio Armani foi quase como uma viagem ao passado. Nada disto que acabámos de dizer é necessariamente negativo, simplesmente significa que o terminal é básico e apresenta um esquema de menus muito semelhante ao que reinava há pouco tempo atrás. Impossível não saber operar com ele. É simples, prático e funcional. Tem todas as funções fundamentais de um telefone, expostas de uma forma gráfica num ecrã que nem aposta muito na cor. É um telefone 3G, com um leitor de música e uma câmara de 3.1 megapixels. Na lateral do telefone encontram-se os controlos multimédia. A contornar parte do aparelho está um led que permanece aceso sempre que o telefone está a ser utilizado. O utilizador pode alterar a cor do mesmo, de azul para vermelho ou verde, ou desligá-lo caso ache desadequado. Este é um telefone elegante e sóbrio e cumpre as funções base de um terminal deste género. O preço é bastante mais atractivo que o do seu antecessor (o que justifica o uso de materiais muito mais fracos), mas elevado, se em vez de uma análise isolada, o compararmos com o que outros terminais vendidos a este preço têm para oferecer. Aqui, o peso da marca conta. S.E. Fabricante Samsung ■ Preço 359,90 euros ■ Contacto 800 220 118 ■ Site www.samsung.com/pt

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PREÇO

SEM SUPORTE PARA PORTÁTIL

VEREDICTO 9

SIMPLES

LEVE

MATERIAIS

VEREDICTO 6


IMATION ATOM 8GB A gama de pen drives Atom oferece capacidades que vão desde 1 GB até 8 GB numa caixa pouco maior do que um clip. Os Atom foram desenhados para poderem ser usados com o sistema Readyboost do Windows Vista, o qual serve para acelerar o sistema transferindo parte da memória virtual do sistema para uma pen drive que, normalmente, oferece uma velocidade superior à de um disco rígido. A Imation inclui também um programa de segurança, o Imation Lock que serve para manter os seus dados privados através da criação de uma partição segura onde são gravados os seus ficheiros. Só poderá ler esta partição se tiver a password correcta. Fizemos um teste muito simples: pegámos num ficheiro com cerca de 500 MB e copiámo-lo para e a partir do Atom. No teste de escrita, demorámos 30 segundos, e no de leitura, 5 segundos. Se procura uma pen drive para levar as suas coisas de um computador para outro sem lhe pesar no bolso, estes Atom são uma excelente opção. Tenha só cuidado para não os perder dentro do bolso... P.T. RÁPIDO

PEQUENO

PERDE-SE FACILMENTE

VEREDICTO 9

Fabricante Imation ■ Preço 27,99 euros ■ Site www.imation.com

NDRIVE TOUCH Temos que admitir que a primeira coisa que pensámos foi... parece um GPS de brincar. É extremamente leve, mais fino do que os seus antecessores e bastante. À parte da componente física, este modelo Touch aparece muito bem equipado, com o que a marca designa por mapas Premium da Península Ibérica. Na prática, o utilizador pode facilmente aceder a informação turística relativa a pontos de interesse em Portugal e Espanha. Outro ponto que foi acrescentado e que tem o nosso aval é o sensor de luz, que permite o ajuste automático do brilho, algo que constitui um problema em alguns modelos. As fotografias em 3D não foram esquecidas. O Touch traz ainda consigo a versão 3.3 do sistema de navegação da NDrive. Para além de permitir uma navegação através de fotografias mais fluida, 10 imagens por segundo), é agora possível efectuar diferentes operações no ecrã, sem que a navegação seja interrompida, isto significa que pode marcar pontos de interesse no mapa, por exemplo, ou consultar outros locais livremente, uma vez que os mapas já não estão bloqueados à rota. O preço é bastante apelativo. S.E. DESEMPENHO

FACILIDADE DE USO

MAIS FRÁGIL

VEREDICTO 8

Fabricante NDrive ■ Preço desde 160 euros ■ Contacto 228 320 440 ■ Site www.ndriveweb.comcom/

SONY ERICSSON C902 Foi promovido como o telefone do 007 em Quantum of Solace, e é uma das mais recentes apostas da Sony Ericsson. Este C902 é um telefone robusto, pesado (leia-se sólido), e com umas linhas elegantes e masculinas. Enquanto telefone não há nada de novo a dizer. A interface segue o estilo a que a Sony Ericsson já nos habituou, e bem, e o equipamento cumpre as suas funções sem problemas. O destaque vai para a câmara, ou não estivesse ela sob o signo Ciber-shot da Sony. Com 5 megapixels, esta câmara tem autofoco, um sistema de reconhecimento de rosto e um conjunto de funcionalidades que envergonha alguns modelos de câmaras que andam por aí. A qualidade das fotos é muito boa (o ecrã ajuda), algo que já não podemos dizer do vídeo, principalmente se a cena for muito agitada. Sentimos falta de um ecrã maior, principalmente porque este é mais pequeno do que parece. A moldura preta que o contorna acaba por resultar como espaço perdido, que apenas é justificado quando no modo de câmara passa a alojar seis comandos virtuais tácteis que dão acesso a uma série de funções da máquina fotográfica. O C902 não é o mais rápido na resposta e às vezes torna-se irritante. SE. QUALIDADE DE CÂMARA

Fabricante Sony Ericsson ■ Preço 309 euros ■ Contacto 808 204 466 ■ Site www.sonyericsson.com

MATERIAIS

UM POUCO LENTO NA RESPOSTA

VEREDICTO 8

PCGUIA

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TECNOMUST

SAMSUNG D980 Foi com agrado que pudemos comprovar a evolução que a Samsung impôs nos seus terminais Dual desde o primeiro modelo. O D980 que testámos está já na nova geração de terminais e consegue oferecer ao utilizador grande parte das funcionalidades que “estão na moda”. O ecrã mantém a qualidade a que a marca já nos habituou e é agora táctil. Não podemos é dizer que dispensa o uso da caneta, porque o nível de exactidão que oferece não permite que todas as operações possam ser feitas com o toque do dedo. O utilizador tem acesso à interface TouchWiz que facilita todo o manuseamento e gestão do terminal. Esta continua a não apresentar dificuldades extra por contemplar dois cartões SIM. Pelo contrário, todo o controlo dos cartões

continua a ser simples. Temos aqui de ter em atenção dois pormenores que merecem a nossa aprovação. Sendo um terminal mais orientado para um ambiente profissional, com utilizadores que usam tipicamente dois números de telefones diferentes, não faz sentido ser apenas triband já que restringe a flexibilidade em termos de viagens, bem como não ter 3G ou wi-fi (neste caso não há desculpa). Nota positiva para alguns pormenores, como a câmara de 5 megapixels com flash e capacidade de gravação de vídeo e o visualizador de documentos. Continua a ser uma óptima opção para quem tem dois cartões e não quer andar com dois telefones, mas apenas para aqueles utilizadores cujas necessidades em termos de Web não sejam muito elevadas. S.E.

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FABRICANTE: SAMSUNG ■ PREÇO: 409,90 EUROS ■ CONTACTO: 808 220 118 ■ SITE: WWW.SAMSUNG.COM/PT/

NOKIA 6260 SLIDE

O novo Nokia 6260 slide é o primeiro dispositivo S40 a integrar um receptor interno de GPS. Permite a partilha de fotografias e vídeos facilmente através da comunidade online Share on Ovi, e oferece acesso directo, no ecrã inicial, a motores de busca e pontos de interesse. Integra ainda uma inovadora tecla de navegação com amplitude de 360º, que proporciona uma elevada experiência em termos de Internet móvel. As tecnologias wi-fi e HSDPA asseguram a ligação à Web. A câmara fotográfica de 5 megapixels e o leitor áudio garantem as opções de entretenimento. Este modelo deverá estar à venda por cerca de 299 euros.

32 | PCGUIA

AEG SÉNIOR PHONE

Depois de um tempo fora deste mercado, a AEG decidiu apostar novamente nos telefones móveis e anunciou a disponibilização de um terminal especialmente vocacionado para a população sénior. Designado por AEG Auro Comfort 1010 – Senior Phone, este aparelho possui um visor amplo com números e letras de maior dimensão, dispõe de teclas maiores (uma delas de SOS para chamadas de emergência), lanterna e som ampliado. Segundo a empresa, este telefone foi pensado para os utilizadores que não estão habituados a lidar com as novas tecnologias. Estará à venda por 104,90 euros.

NDRIVE S400

A NDrive lançou um novo dispositivo que associa as capacidades de um telemóvel às funcionalidades de um GPS. O modelo S400 joga mais com a componente estética e com novas opções em termos de entretenimento e navegação. Por exemplo, disponibiliza fotografias aéreas de Portugal, permite visualizar conteúdos televisivos e traz várias tecnologias que asseguram a ligação à Internet, como HSDPA e wi-fi. Vem com o sistema Windows Mobile 6.1 e estará à venda por 479 euros.



TESTE EM GRUPO

34 | PCGUIA


1 TB NUNCA É DEMAIS Os discos externos de elevada capacidade são uma boa opção a ter em conta, sobretudo numa altura em que os preços estão ao alcance de todas as bolsas O espaço disponível em disco sempre foi a última fronteira no que diz respeito a alargar os horizontes dos conteúdos de multimédia. Os utilizadores mais experientes no universo dos computadores devem ainda lembrar-se do tempo em que o IBM PC era vendido sem qualquer disco rígido, sendo nos casos extremos fornecido com um disco de 10 MB para armazenar as aplicações DOS e os dados. Hoje, o cenário é bem diferente: o objectivo é encher os discos rígidos com filmes em alta definição, vídeos particulares editados, fotografias digitais com resoluções elevadas e colecções gigantescas de música em formato MP3. Sendo mais do que garantido que os programas e os dados irão sempre ser capazes de preencher o espaço disponível em disco, por muito que ele

MAXTOR ONETOUCH 4 PLUS 1TB P36

WESTERN DIGITAL MYBOOK HOME EDITION 1TB P36

LACIE HARD DISK NEIL POULTON 1 TB P37

BUFFALO DRIVESTATION TURBOUSB 1TB P37

seja, a forma mais rápida e simples de solucionar o problema é acrescentar espaço extra com recurso a uma unidade de armazenamento externa, como é o caso de um disco rígido ligado a uma das portas de expansão do computador, seja ela USB, FireWire ou eSATA.

COMO FUNCIONA Mesmo os discos rígidos externos mais recentes guardam a informação através dos mesmos princípios que os seus “antepassados”, combinando electrónica, mecânica e magnetismo. Alguns discos ou pratos são cobertos com material magnético que pode ser polarizado de modo a representar código binário (zero e um), sobre o qual todos os dados de qualquer computador são colocados.

FREECOM HARD DRIVE CLASSIC 1 TB P38

TREKSTOR DATASTATION MAXI M.U 1TB P38

PCGUIA

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TESTE EM GRUPO

COMO TESTÁMOS ■ CARACTERÍSTICAS A maior parte das

MAXTOR ONETOUCH 4 PLUS 1TB DESEMPENHO USB ✔

A mais recente geração de drives OneTouch oferece um leque de funcionalidades topo de gama por um preço surpreendente. Não existe qualquer ventoinha, pelo que o ruído de funcionamento é praticamente nulo. Não inclui uma interface eSATA. Contudo, a porta USB é acompanhada por duas ligações FireWire 400. Numa palavra, e segundo os nossos testes, o desempenho é espectacular mesmo usando a porta USB. Os tempos de escrita e leitura são muito rápidos, sendo até na ordem do dobro face aos valores apresentados por alguns modelos. A facilidade de utilização também não merece reparos. Melhor ainda, o software que acompanha este produto oferece uma variedade de opções sem paralelo. As características em matéria de segurança também são versáteis permitindo a protecção por password e a encriptação de quaisquer pastas na drive de modo a manter esses dados privados. A cereja no topo do bolo é a garantia oferecida pelo fabricante: cinco anos!

■ FACILIDADE DE UTILIZAÇÃO Alguns itens

auxiliam o dono de um disco externo na sua experiência de utilização: a existência de um botão de configuração, de um toque para backup ou para sincronização.

■ DESEMPENHO Ligámos os discos

externos via USB 2.0 a um PC com Windows Vista Home Premium e um disco rígido SATA interno. Medimos as velocidades de escrita e leitura tendo como base a cópia de uma selecção de pastas de e para a drive externa.

MELHOR LIGAÇÃO As mais recentes drives externas são habitualmente equipadas com os mesmos discos rígidos SATA usados nos novos PC, pelo que têm o mesmo potencial em matéria de desempenho. No entanto, existe um ponto de estrangulamento – a ligação ao computador hóspede, que pode reduzir de forma muito notória as velocidades de

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DESIGN✖

VEREDICTO10

drives é formatada previamente, encontrando-se pronta a usar no momento em que se retira da caixa após a compra. Testámos as unidades de acordo com uma utilização dita normal e verificámos as características de cada modelo, tais como o ligar/desligar automático. Tivemos ainda em conta o software para backup, encriptação e protecção de password.

Para gravar e escrever dados na superfície dos pratos, são montadas cabeças em braços oscilantes para poderem ser posicionadas directamente sobre qualquer ponto nos pratos, que giram habitualmente a 7200 rotações por minuto e que permitem por isso tempos de acesso rápidos a taxas de transferência de dados elevadas. A mais recente geração de drives com 1 TB de capacidade oferece uma ampla capacidade de armazenamento num só disco rígido, o equivalente a cerca de 1000 GB. Ainda muito recentemente apenas era possível atingir esta marca com duas unidades de 500 GB de capacidade combinadas dentro do mesmo chassis. É claro que esta marca não foi atingida sem que houvesse problemas pelo caminho. O maior obstáculo teve que ver com o efeito superparamagnético que resulta da tentativa de encaixar demasiados dados num espaço muito pequeno. Nas drives de grande capacidade, os grãos magnéticos microscópicos que formam a superfície de gravação de um disco rígido tornam-se tão pequenos e tão prensados que perdem a capacidade de reter a orientação magnética. Isso pode originar uma espécie de contaminação cruzada que resulta naquilo a que se costuma chamar de flipped bits, que advém da inversão espontânea dos pólos magnéticos, causando a corrupção dos dados gravados. Uma solução eficaz para o efeito superparamagnético é a gravação perpendicular. Enquanto que a gravação tradicional em disco rígido é um processo longitudinal, sendo as faixas dispostas horizontalmente sobre a superfície dos pratos, a gravação perpendicular alinha os bits verticalmente, com os ângulos correctos face à superfície do disco. Este método permite criar mais espaço e, consequentemente, maior densidade na gravação, sendo assim possível colocar 1 TB de armazenamento num disco rígido com um formato tradicional de 3,5 polegadas.

SOFTWARE ✔

DISTRIBUIDOR Power One ■ PREÇO 196,90 euros ■ CONTACTO 225 500 373 ■ SITE www.maxtor.com

WESTERN DIGITAL MYBOOK 1TB LIGAÇÕES ✔

FUNCIONALIDADES ✔

SOFTWARE ✖

VEREDICTO 9

O Digital MyBook Home Edition com 1 TB de capacidade conta com ligações USB, FireWire (dupla) e eSATA a 3 Gb/ segundo. O único senão é o facto de algumas das funcionalidades do sistema apenas funcionarem com as ligações USB e FireWire. O desempenho geral, a qualidade de construção e o design são elementos a ter em conta. No entanto, o pacote de aplicações Memeo, que inclui software de backup, sincronização e segurança, tem uma utilização gratuita durante apenas 30 dias. DISTRIBUIDOR Pixmania ■ PREÇO 179 euros ■ CONTACTO 707 782 121 ■ SITE www.westerndigital.com


LACIE HARD DISK 1TB DESEMPENHO

ESATA...

...A 1,5 GB/SEGUNDO

VEREDICTO 8

transferência de dados. Por exemplo, a velocidade de bus dos discos rígidos internos com a mais recente interface SATA II é de uns fantásticos 3 Gb (gigabits) por segundo – duas vezes mais rápido face ao padrão SATA e 22 vezes mais rápido face ao anterior padrão de interface Parallel ATA (PATA), usado durante vários anos nos discos rígidos. Também é seis vezes mais rápido do que a especificação USB 2.0, que é como se sabe vulgarmente utilizada para ligar os discos rígidos externos ao PC e que oferece uma modesta taxa de transferência de dados de 480 Mb (megabits) por segundo. Também existem as interfaces FireWire 400 e 800 como opção, com velocidades máximas de 400 Mb e de 800 Mb por segundo, respectivamente. Com as capacidades das drives a aumentarem, aumenta também o desejo de movimentar cada vez maiores quantidades de dados de um lado para o outro, e rapidamente a interface USB 2.0 vai tornar-se numa opção lenta para as necessidades. Daí alguns dos modelos em análise estarem já mais virados para as necessidades do futuro, uma

Ao contar com portas USB, FireWire 400 (duas) e eSATA, a proposta da Lacie é muito bem fornecida no que toca a ligações. De facto, é uma das duas unidades neste teste a contar com uma interface eSATA, apesar de ser neste caso a versão de 1,5 Gb por segundo. O acabamento em preto confere-lhe um toque de classe e, em funcionamento, apresenta um efeito em néon azul que dá ainda mais estilo, sendo a luz emitida a partir da base do dispositivo – um toque que vai agradar aos gamers, certamente. Caso queira apenas a versão com USB, poderá poupar cerca de 30 euros. DISTRIBUIDOR Minitel ■ PREÇO 129 euros ■ CONTACTO 213 810 900 ■ SITE www.lacie.com

FREECOM HARD DRIVE CLASSIC 1TB CONSTRUÇÃO

PREÇO ✔

FUNCIONALIDADES

VEREDICTO 7

e ad

id

ic bl

Pu

O número de ligações que uma unidade de armazenamento externo apresenta é muito importante

Esta é uma das unidades mais penalizadas do teste em termos de preço/ funcionalidades, apesar de o seu preço ser também dos mais baixos. No entanto, apesar de falhar ao não incluir características mais avançadas, apresenta tempos de leitura e escrita muito interessantes. A qualidade de construção é elevada. DISTRIBUIDOR HCosta Inf. ■ PREÇO 119 euros ■ CONTACTO 214 302 627 ■ SITE www.freecom.com


TESTE EM GRUPO

UTILIZE O VISTA PARA FAZER CÓPIAS

01

COPIAR O Vista copia novos ficheiros e pastas na pasta de destino, mas não sobrepõe os ficheiros já existentes nem adiciona novos ficheiros em subpastas com o mesmo nome. Por exemplo, poderá adicionar ficheiros MP3 acabados de comprimir sem que com isso os confunda com os existentes.

02

UNIR PASTAS Uma vez que os novos ficheiros e pastas tenham sido adicionados, o Vista pergunta-lhe se deseja unir as pastas. Se a resposta for positiva, serão copiados novos ficheiros e subpastas para dentro da estrutura da pasta existente, sendo esta a pasta principal, mas sem gravar dados por cima.

vez que incluem uma interface eSATA (External SATA) para além da porta USB 2.0, oferecendo assim as mesmas taxas de transferência de dados registadas pelos discos rígidos internos.

FUNCIONAMENTO FRESCO

03

COPIAR FICHEIROS Diga ao Vista como pretende gerir os ficheiros e as subpastas existentes, tanto individual como globalmente. Poderá gravar por cima dos ficheiros existentes, ignorar a cópia ou mantê-los e gravar as novas versões com um outro nome decorrente daquele usado pelos ficheiros ou pastas principais.

BUFFALO DRIVESTATION TURBOUSB 1TB MODO POWER SAVING

Todas as drives presentes neste teste contam com um mecanismo de arrefecimento, materializado nalguns casos num conjunto de pequenas ventoinhas. Não se assuste, pois o seu funcionamento é muito pouco ruidoso e o consumo energético não é penalizado, rondando uns meros 10 watts. Alguns modelos vão ainda mais longe, como é o caso da DriveStration da Buffalo, que monitoriza o disco de forma contínua e que corta o consumo para apenas 2,7 W em modo de poupança de energia. Algumas drives permitem ligar-se e desligar-se automaticamente quando o PC é ligado ou desligado,

FUNCIONALIDADES ✔

DESEMPENHO ✖

VEREDICTO 7

Repleto de funcionalidades e de características, o DriveStation TurboUSB 1TB da Buffalo peca por apresentar um desempenho pouco convincente, com velocidades medianas. É caso para perguntar para que serve a denominação Turbo, pois a ligação por USB revelou ser mesmo lenta.

Algumas drives permitem ligar-se e desligar-se automaticamente quando o PC é ligado ou desligado

DISTRIBUIDOR Niposom ■ PREÇO 119 euros ■ CONTACTO 218 440 266 ■ SITE www.buffalo-technology.com

TREKSTOR DATASTATION 1TB ROBUSTO

LIGAÇÕES/PREÇO ✖

DESEMPENHO ✖

VEREDICTO 6

Tendo em conta o preço, seria de esperar que o TrekStor DataStation Maxi m.u 1TB disponibilizasse um maior número de ligações e um leque de funcionalidades sem tantas limitações. As velocidades de leitura e escrita são lentas, fazendo com que os backups demorem uma eternidade. DISTRIBUIDOR Pixmania ■ PREÇO 105 euros ■ CONTACTO 707 782 121 ■ SITE www.trekstor.de


sendo assim impossível deixá-las ligadas acidentalmente. Outros extras incluem a oferta de software para backup, encriptação de dados e protecção da password, tornando o armazenamento mais seguro. Consulte a tabela de comparação para ver os detalhes de cada oferta. Em suma, as mais recentes ofertas no que concerne aos discos rígidos externos com 1 TB de capacidade compreendem uma capacidade de armazenamento suprema e um excelente investimento em termos de valor, permitindo o acesso a cópias de todo o género em simultâneo – multimédia, música, backup completo do sistema, tudo isso caberá em 1000 GB de espaço em disco. Pelo menos, por agora.

Numa drive externa um dos elementos a ter em conta é a qualidade de construção

TIRE MAIS PARTIDO DOS EXTRAS

01

BACKUP AUTOMÁTICO O Maxtor OneTouch é um bom exemplo de uma drive externa bem pensada em termos de funcionalidades adicionais. Na secção Backup poderá definir através de um simples clique uma rotina automática para salvaguardar as suas pastas pessoais todos os dias pelas 22 horas, ou então definir um conjunto personalizável de pastas e agendar o backup.

02

SINCRONIZAR DRIVES Outra opção muito interessante é a sincronização de pastas entre a drive de backup externa e quaisquer computadores que lidem com ela habitualmente, seja em casa ou no trabalho. Neste caso, a mais recente versão de quaisquer ficheiros e subpastas será copiada automaticamente para a drive externa ou a partir dela para o PC.

03

PRIMEIRO A SEGURANÇA É muito fácil que a informação caia nas mãos erradas – basta que o disco de armazenamento externo se perca. Por este motivo, as drives externas podem incluir uma secção que visa a gestão do disco em matéria de segurança, o que envolve a criação de uma password de protecção ou até de encriptação opcional para os ficheiros e pastas que desejar proteger.

CARACTERÍSTICAS Buffalo DriveStation TurboUSB 1TB

Freecom Hard Drive Classic 1TB

Lacie Hard Disk Neil Poulton 1TB

Maxtor OneTouch 4 Plus 1TB

TrekStor DataStation Maxi m.u 1TB

Western Digital MyBook Home Edition 1TB

Preço

119 euros

119 euros

129 euros

196,90 euros

105 euros

179 euros

Site

www.buffalotechnology.com

www.freecom.com

www.lacie.com

www.maxtor.com

www.trekstar.de

www.westemdigital.com

USB

USB

USB, FireWire 400, eSATA 1,5 Gb

USB, FireWire 400

USB

USB, FireWire 400, eSATA 3 Gb

6m 47s (12,3 MB/s)

6m 34s (12,7 MB/s)

6m 01s (13,9 MB/s)

3m 51s (21,6 MB/s)

7m 52s (10,6 MB/s)

6m 37s (12,6 MB/s)

4m 33s (18,3 MB/s)

4m 30s (18,5 MB/s)

4m 32s (18,4 MB/s)

3m 32s (23,6 MB/s)

4m 27s (18,7 MB/s)

3m 59s (20,9 MB/s)

Sim

Não

Não

Sim

Não

Sim (não com eSATA)

Nero BackitUp 2 Essentials Password para backups 250, 320, 400, 500, 640, 750

Memeo AutoBackup (trial 30 dias) Memeo AutoSync (trial 30 dias)

Modelo

Ligações Velocidade de escrita – teste (5 GB) Velocidade de leitura – teste (5 GB)

Auto power-on/off Software de backup

Memeo Autobackup

Não incluido

Opções de segurança

Password + encriptação Nenhuma

Nenhuma

Outras capacidades disponíveis (GB)

320, 500, 640, 750

320, 500, 640, 750

500, 750

320, 500, 750

Dimensões (L x P x A)

45 x 156 x 175 mm

115 x 200 x 40 mm

117 x 193 x 45 mm

64 x 150 x 171 mm

205 x 115 x 35 mm

54 x 137 x 166 mm

Peso

1 Kg

0,75 Kg

1 Kg

1 Kg

1,1 Kg

1,2 Kg

Garantia

Dois anos

Dois anos

Dois anos

Cinco anos

Um ano

Três anos

Veredicto

7

7

8

10

6

9

Lacie 1-Click

Maxtor OneTouch

Password + encriptação Password + encriptação (trial 30 dias) Password para backups

320, 500, 640, 750

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GettyImages

TEMA DE CAPA

RECUPERE OS SEUS FICHEIROS A perda de dados não é o fim do mundo. Pare, respire fundo, mantenha a calma e siga as recomendações da PCGuia, pois a situação pode não ser tão grave quanto parece TEXTO JOÃO PEDRO FARIA E PEDRO TRÓIA 40 | PCGUIA


Todas as sextas-feiras, no dia de atendimento telefónico ao leitor, a redacção da PCGuia recebe pelo menos uma chamada relacionada com esta questão. Há sempre alguém que ou formatou o disco e esqueceu-se que tinha lá ficheiros importantes que ficaram fora do backup, ou voltou de férias e reparou que algumas imagens de momentos inesquecíveis tinham sido acidentalmente eliminadas, ou que, de um momento para o outro, fica sem acesso ao disco rígido. Independentemente do motivo, a questão é sempre a mesma: e agora? Felizmente, existe uma solução para a perda de dados acidental. Seja por formatação do dispositivo de memória, das partições do disco ou até mesmo por falha física do dispositivo, e mesmo que tenha passado algum tempo sobre o apagamento ou tenham sido aplicadas diversas formatações ao dispositivo de memória, é sempre possível recuperar os dados perdidos – apesar de estes dois factores poderem condicionar em muito as probabilidades de conseguir recuperar tudo aquilo que se deseja. Aliás, há que sublinhar que nem tudo são boas notícias. Por exemplo, nos casos em que existam danos muito graves na superfície de um disco ou em que tiver havido uma sobregravação total das informações pretendidas, a taxa de sucesso será seguramente nula, sendo assim impossível recuperar a informação total ou parcialmente. No entanto, a estatística revela que este tipo de situações acontece apenas uma vez em cada dez. Se perdeu ficheiros e quer recuperá-los, há que manter a calma acima de tudo e ter uma ideia clara sobre os procedimentos a seguir. O primeiro é claro: pare de usar imediatamente o suporte de armazenamento assim que se der pela falta desses dados. Depois, existem duas hipóteses. Caso seja um utilizador com um à vontade suficiente face ao PC poderá arriscar fazer a recuperação pelas suas próprias mãos, recorrendo a software dedicado disponível gratuitamente na Internet. Se não tiver essa confiança, ou se os problemas no suporte magnético forem demasiado complexos a nível lógico (e sobretudo se envolverem danos físicos), o melhor é recorrer a ajuda especializada caso queira mesmo conseguir recuperar os ficheiros. Pode ainda acontecer ter um disco rígido que deseja dar ou vender a alguém, sendo nesse caso necessário garantir que os conteúdos que lá se encontram, tanto na forma visível como na invisível, são definitivamente apagados. Em qualquer um destes casos, a PCGuia dá-lhe algumas dicas.

NAS PRÓXIMAS PÁGINAS Apagamento acidental em disco Recuperação após formatação Cartões de memória A ajuda dos especialistas Formatação completa e definitiva

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TEMA DE CAPA

APAGAMENTO ACIDENTAL EM DISCO Com o software correcto e alguma sorte poderá recuperar ficheiros, mesmo que tenham sido eliminados há anos Apagar acidentalmente ficheiros importantes, contenham eles dados de naturezas tão distintas como imagem, som, vídeo ou texto, pode tornar-se numa tragédia. E não é preciso ser-se um utilizador inexperiente para que tal aconteça. Aliás, o factor experiência pode muitas vezes jogar contra, pois a confiança que o utilizador tem face ao PC leva ocasionalmente a deslizes deste tipo. Caso o erro seja detectado em tempo útil, a tragédia pode ser evitada. Basta ir à Reciclagem e restaurar os ficheiros eliminados por engano. No entanto, isso nem sempre é possível. Uma grande parte dos utilizadores tem por hábito limpar a Reciclagem

BASTA IR À RECICLAGEM E RESTAURAR OS FICHEIROS ELIMINADOS POR ENGANO

assim que ela vai sendo preenchida. Outros preferem atribuir uma quota de zero por cento do espaço em disco para guardar temporariamente os dados eliminados, sendo neste caso os ficheiros eliminados para sempre. Mas, mesmo que seja essa a opção, os ficheiros não ficam inacessíveis permanentemente. O utilizador doméstico tem muitas formas de recuperar ficheiros acidentalmente eliminados, sem ser necessário pagar. Basta ir a uma motor de busca ou a um site de downloads e procurar pelas aplicações mais indicadas para o efeito. Certifique-se apenas de que se trata de uma aplicação freeware sem riscos de segurança para o sistema. Um desses programas é o Recover Files 2 (http://www. download.com/Recover-Files/ 3000-2094_410715455.html), um freeware muito conhecido e premiado, capaz de recuperar ficheiros apagados após terem sido eliminados por engano quer da Reciclagem, quer da rede, tanto em modo de compatibilidade DOS, como através do Explorador do Windows via Shif + eliminar. Funciona com partições NTFS ou FAT, suportando sistemas de ficheiros em disco rígido ou disquete de natureza FAT12/16/32, NTFS/ NTFS5 (pode ainda ajudar com tipos de media portáteis mais recentes, tais como cartões de memória). A interface ajuda bastante o utilizador nesta ingrata tarefa de tentar recuperar os dados preciosos e o programa é compatível com Windows 95, 98, Me, NT, 2000, 2003, XP e Vista. Outro freeware muito

USE O RECOVER FILES 2

01

PARÂMETROS DE RECUPERAÇÃO Após a instalação, a janela principal do programa dá-lhe acesso a uma série de elementos. Poderá escolher a(s) drive(s) onde a busca deve ser feita, definir filtros, indicar elementos que ajudem (nome, dimensão e datas de alteração do ficheiro). Poderá deixar estes campos vazios e fazer Analyze.

42 | PCGUIA

02

RELATÓRIO DETALHADO No final da análise, cujo tempo depende da quantidade a recuperar, é possível ter uma lista dos ficheiros passíveis de recuperação por tipo, sendo ainda possível determinar nomes, localizações, datas, tamanhos e, mais importante, hipótese de recuperação – muito boa, boa, razoável, má e impossível.

03

EMENDAR O ERRO Seleccione os ficheiros que deseja recuperar e clique em Undelete. Deixe a última opção activa e, caso deseje manter a hierarquia de pastas, seleccione também Keep folder structure. Clique em Ok para terminar o processo. No final, verá uma mensagem a informá-lo sobre os ficheiros que foram recuperados com sucesso ou não.


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procurado na Internet para este efeito é o Pandora Recovery 2.0.7 (http://www. pandorarecovery.com/). Este software apresenta todas as funcionalidades presentes no Recovery Files 2 e é capaz de recuperar ficheiros eliminados meses antes da sua instalação (alguns relatos apontam para o sucesso na recuperação de ficheiros eliminados cinco anos antes). Pode funcionar em sistemas de ficheiros FAT12/16/32, NTFS, NTFS5 e NTFS/EFS e apresenta uma interface baseada em assistentes de busca, que beneficiam muito a facilidade de utilização e que, consequentemente, facilitam a tarefa do utilizador. O Pandora Recovery 2.0.7 tem uma consola

de funcionamento dividida em três secções: Browse (navegação), Search (pesquisa) e Surface Scan (busca de superfície). No primeiro modo é possível recuperar nomes, atributos e data streams de ficheiros, mesmo que fragmentados. Os dois modos seguintes visam a recuperação de ficheiros com uma tabela de alocação danificada ou inexistente, bem como daqueles cuja Master File Table foi reutilizada, ou daqueles cujas drives foram simplesmente formatadas. Sendo mais recente que o Recover Files 2, este programa é também mais limitado em termos de suporte no que concerne ao Windows – é apenas compatível com as versões 2000, 2003 Server, XP e Vista. J.P.F.

CONFIGURE O PANDORA RECOVERY 2.0.7

01

ATENÇÃO AO ADWARE Apesar de não pedir ao utilizador qualquer pagamento para que este possa recorrer livremente às funcionalidades, a aplicação não está livre de adware. De qualquer forma, o melhor é retirar a selecção sobre estes dois itens durante a instalação para evitar futuros dissabores

02

03

04

MODO DE NAVEGAÇÃO Este é o aspecto da janela principal do Pandora Recovery 2.0.7. Na área do lado esquerdo encontram-se as drives onde é possível fazer uma busca. Basca clicar na drive pretendida para que o programa inicie uma indexação das pastas e ficheiros que essa drive contém.

ASSISTENTE DE UTILIZAÇÃO Um útil assistente pode ajudá-lo a tirar o melhor partido do programa. Poderá segui-lo até ao fim ou então fechá-lo. Caso não o queira voltar a ver, desactive a respectiva opção. Se não o fizer, o assistente manter-se-á activo durante a utilização, o que até pode ser útil para quem não conhece a aplicação.

RECUPERAÇÃO RÁPIDA A recuperação depende sempre muito da qualidade dos dados eliminados, o que é medido pela taxa de possibilidade de recuperação. Depois de seleccionado(s) o(s) ficheiro(s), indique uma localização de destino onde deseja gravar o resultado da recuperação. Mantenha as opções seleccionadas para maximizar a taxa de sucesso. Clique em Recover now.

PCGUIA

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TEMA DE CAPA

RECUPERAÇÃO APÓS FORMATAÇÃO É possível resolver o problema mesmo que tenha formatado o disco sem antes ter resgatado toda a informação preciosa Com a formatação, perdeu-se definitivamente a possibilidade de recuperar as imagens daquelas férias únicas ou os vídeos gravados quando o bebé começou a andar. Apesar de esta ideia ser completamente errada, é a percepção que muitos utilizadores continuam a ter relativamente à forma como o disco rígido gere os dados – com a formatação, inicia-se uma nova etapa, sendo que o que foi apagado fica definitivamente eliminado. Felizmente, é possível tentar reverter a situação. É claro que tudo depende da finalidade da formatação. Caso se trate de uma formatação devida a problemas físicos, o melhor será tentar

COM A FORMATAÇÃO, INICIA-SE UMA NOVA ETAPA, SENDO QUE O QUE FOI APAGADO FICA DEFINITIVAMENTE ELIMINADO

procurar ajuda especializada para manter o disco em condições e conseguir recuperar os dados que se pretende. Mas também poderá acontecer ter formatado uma partição que julgava estar vazia e que afinal continha ainda documentos valiosos para si. Neste caso, sobretudo se a formatação tiver sido feita há muito pouco tempo, vale a pena arriscar. Isto porque há programas sem qualquer custo associado disponíveis na Internet capazes de recuperar os dados para o estado anterior à formatação. É o caso do PC Inspector File Recovery 4 (www. pcinspector.de), um programa que suporta os sistemas de ficheiro FAT 12/16/32 e NTFS e que encontra drives (locais ou em rede) mesmo quando o Boot Sector foi corrompido ou a FAT eliminada. A sua tecnologia permite-lhe não só reconstruir ficheiros com a hora e data dos originais como também reconstrói ficheiros para os quais já não existe indicação do índice. Possui ainda uma função Special Recovery que suporta os formatos de ficheiros ARJ (Archiver Robert Jung, ou compactados), AVI (Áudio Vídeo Interleave, com áudio e vídeo encapsulado), BMP (Windows Bitmpap, que contém gráficos), CDR (extensão para arquivos de desenhos do Corel Draw), DOC (documento do Word), DXF (AutoDesk Drawing Interchange, de intercâmbio para modelos de Computer-Aided Design, ou

DOMINE O PC INSPECTOR FILE RECOVERY 4

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BOAS-VINDAS Depois de seleccionar a língua que pretende usar, o primeiro ecrã dá-lhe a indicação de tudo o que software é capaz de fazer por si, resumindo as acções disponíveis em cada um dos separadores e a forma de funcionamento do programa.

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PROCURAR A DRIVE A procura de uma drive, seja ela lógica ou física, tem de ser sempre feita para que o PCInspector File Recovery 4 possa encontrar os dados que lhe estão a fazer falta. O processo é relativamente rápido. No final, deverá seleccionar os ficheiros, recuperá-los e gravá-los.

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FUNÇÃO PREVIEW No caso de uma drive lógica, é possível fazer uma pré-visualização que dá ao utilizador informações de carácter lógico (o tipo de FAT, sectores por cluster, número total de sectores e nome do volume) e ainda uma imagem desordenada do conteúdo das pastas na drive.


CAD), DBF (base de dados) e XLS (folha de cálculo do Excel). Outro software que poderá ajudar é o TestDisk & PhotoRec 6.10 (http.//www.cgsecurity.org/wiki/ Main_Page). Trata-se de um pacote que inclui dois utilitários – o TestDisk e o PhotoRec. O primeiro permite auxiliar o utilizador na restauração de dados, tendo sido desenhado para lidar com a recuperação de partições perdidas e para fazer com que discos de sistema que não arrancam sejam capazes de o voltar a fazer, sempre que os sintomas sejam causados por software corrompido, determinados tipos de vírus ou falha humana, sendo a eliminação acidental da tabela de particionamento o erro mais comum. O segundo é um programa também de recuperação de dados, mas mais vocacionado para lidar com a recuperação de imagens ou ficheiros em memórias de suporte digital, como Compact Flash, Memory Stick, SecureDigital, USB ou Microdrive, entre outras. No entanto, também funciona com suportes de armazenamento tradicional, como é o caso do disco rígido e do CD. Uma particularidade interessante do programa é o facto de ele nunca escrever os dados salvos na drive ou no suporte de memória a partir do qual está a fazer a recuperação, colocando-os na pasta a partir do qual se está a correr o programa. Ambos os utilitários correm em diversos ambientes, como DOS ou Windows (NT4, 2000, XP, 2003 e Vista). J.P.F.

CUIDADOS A TER NA RESTAURAÇÃO Existem alguns aspectos que influenciam as probabilidades de recuperação. Mas também há alguns cuidados a ter e procedimentos a seguir para que o utilizador não comprometa a integridade dos dados que ainda podem ser salvos.

✔ Atenção ao tamanho e à data de eliminação. Apesar de ser possível recuperar ficheiros de grande dimensão ou eliminados há muito tempo, quanto menor for o tamanho do arquivo e quanto mais recente tiver sido a perda da informação, maior será o grau de sucesso. ✔ Guarde o arquivo recuperado noutra unidade de disco. Desta forma não há o risco de o sistema escrever o ficheiro restaurado sobre um outro arquivo que poderia ser recuperado. ✔ Não corra utilitários genéricos ou de natureza dúbia. Utilize sempre software dedicado apenas à recuperação de dados e não recorra aos ambientes de peer-to-peer para os descarregar da Internet; procure freeware e vá sempre ao site do fabricante ou então a um site de confiança, como www. download.com. ✔ Esteja atento aos sinais emitidos pelo disco rígido. O aumento de ruídos mecânicos parasitas quando o disco está em actividade (os “estalos” são os mais facilmente detectáveis), um maior tempo no acesso ao dados ou dificuldades de leitura e de escrita são indícios claros de que o disco está com problemas físicos, sendo eminente a perda dos dados. Recomenda-se um backup imediato. ✔ Evite tentar resolver problemas físicos. Neste caso, não há software que lhe valha; o melhor é procurar ajuda profissional. ✔ Não arrisque caso não domine o software. Se não tem a certeza absoluta sobre o que está a fazer ou se não tem a confiança suficiente para arriscar, não exponha a parte lógica a maiores perigos; procure ajuda especializada.

USE O TESTDISK & PHOTOREC 6.10

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ARRANQUE MANUAL Nenhum dos programas requer instalação, devendo ser iniciados a partir da root. Assim, depois de descarregar o ficheiro compactado entre na pasta testdisk-6.10 e depois na pasta win. Verá logo os dois executáveis – testdisk_win.exe e photorec_win.exe. Se tiver dúvidas, abra o readme.txt.

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TESTDISK 6.10 Abra o primeiro ficheiro. Verá uma janela de DOS com três opções – escolha se deseja criar ou não um novo log ou se quer adicionar a informação a um log existente. Clique em Enter e escolha a drive onde vai incidir a pesquisa. Faça Enter em Proceed. Escolha o tipo de tabela de particionamento – Intel, no caso de um PC – e a opção recomendada para este fim – Analyse. Siga as indicações que vão surgindo e, caso tenha dúvidas, opte pela recomendação dada pelo programa.

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PHOTOREC 6.10 Depois de abrir o respectivo ficheiro, verá que a interface é em tudo semelhante à do utilitário examinado no passo anterior. Neste caso, verá uma janela em DOS com as drives passíveis de serem examinadas. Siga as mesmas recomendações dadas no passo 2 e siga as recomendações caso tenha dúvidas. No final, escolha uma outra localização para guardar os ficheiros recuperados.

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TEMA DE CAPA

APAGAMENTO ACIDENTAL EM CARTÕES E PENS Apagou sem querer o cartão de memória que tinha as fotos da festa de fim de ano antes de as descarregar para o PC? A PCGuia ajuda-o a recuperá-las Não há nada mais frustrante do que, depois de tirar uma grande quantidade de fotos, apagar o cartão de memória acidentalmente perdendo tudo, às vezes, momentos que não podem ser duplicados. Mas não desespere, porque nem tudo está perdido! Na grande maioria dos casos, consegue-se recuperar facilmente os ficheiros usando software próprio para esse efeito. Antes de mais, há que perceber o que se passa quando grava ou apaga um ficheiro num qualquer suporte digital. Todos os suportes digitais, sejam eles magnéticos, como os discos rígidos, ou de “estado sólido”, como as pen drives e cartões de memória, qualquer que seja o sistema de ficheiros utilizados, partilham o mesmo

RECUPERE DADOS EM UNIDADES AMOVÍVEIS

princípio de funcionamento no que respeita à forma como os dados são gravados e apagados. Existe uma zona onde é guardada uma listagem de todos os ficheiros e a sua localização física no suporte. Esta listagem chama-se FAT (File Allocation Table), Volume Bitmap, nos sistemas Mac, ou MFT (Master File Table), nos sistemas que usam NTFS. A listagem é necessária para que o sistema saiba qual é o espaço livre no dispositivo e onde é que esse espaço está localizado. Quando se grava um ficheiro, o sistema lê a listagem e grava os dados nos espaços livres indicados e depois actualiza-a anunciando que esse espaço está ocupado a partir desse momento. Quando precisa de ler um ficheiro, o sistema lê a listagem para saber em que zona do disco está o ficheiro. Quando apaga um ficheiro, o sistema actualiza a listagem apagando as referências a esse ficheiro. Isto acontece para acelerar estas operações, porque, se fosse apagar todos os dados bit a bit directamente, demoraria muito tempo. Quando se formata um qualquer suporte em modo rápido é escrita uma nova listagem em branco fazendo com que, para o sistema, esse suporte esteja vazio, mas os ficheiros ainda lá estão todos. Se fizer um formato completo, o sistema limpa cada sector do suporte apagando fisicamente todos os ficheiros que lá estiverem.

O QUE FAZER Como pode ver, a janela correspondente à nossa pen drive de 1 GB está completamente limpa; aparentemente não há ficheiros nesta unidade.

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Depois, clica-se no botão Search Deleted Files. Terminada a busca, aparece esta caixa de diálogo a perguntar se queremos fazer uma busca mais exaustiva – o programa percorre todos os sectores da unidade em busca de vestígios de ficheiros que lá estiveram guardados. Este processo pode demorar algum tempo, dependendo do tamanho da unidade em causa.

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Pomos o programa a funcionar e seleccionamos a unidade que queremos recuperar.

Finalmente, basta clicar no nome do ficheiro que está na lista e depois no botão Restore by Copying, para que o programa copie o ficheiro apagado para uma nova localização. Note que não há garantia de que o ficheiro esteja utilizável, mas, na grande maioria dos casos, consegue recuperar mais de 90% da informação que perdeu.

A primeira coisa a fazer depois de se aperceber que apagou qualquer coisa acidentalmente é não usar esse cartão de memória ou pen. Isto porque o espaço que o ficheiro apagado ocupava está agora dado como livre, e se continuar a usar esse suporte de gravação existem muitas hipóteses de o sistema colocar lá outro ficheiro, impedindo assim a recuperação. Segundo esta ordem de ideias, também não pode recuperar os dados para o mesmo suporte. Se o fizer, diminui as possibilidades de recuperar seja o que for. Se precisar de recuperar ficheiros de um cartão de memória, aconselhamos a utilização de um leitor de cartões, isto porque normalmente são processos que demoram algum tempo. No tutorial de recuperação de dados que acompanha este artigo vamos usar um programa gratuito chamado Restoration que é capaz de recuperar dados a partir de discos, cartões de memória ou pens em sistemas Windows 95/98/ Me/NT/2000/XP/Vista. Encontra-o em http:// www3.telus.net/mikebike/RESTORATION. html. Este programa não requer qualquer instalação para ser usado. P.T.



TEMA DE CAPA

A AJUDA DOS ESPECIALISTAS Quando a confiança não é suficiente ou o motivo da perda de dados é muito grave, o melhor é não arriscar e recorrer a ajuda especializada Nem sempre é possível ou recomendável tentar fazer a recuperação de dados pelas suas mãos. Não só pode acontecer o hardware avariar por desgaste natural ou por manuseamento descuidado do utilizador, como também pode haver algum software ou vírus que impeçam a recuperação dita normal, que explorámos nas

últimas páginas. Intempéries, problemas de origem eléctrica e uma intervenção humana inadequada também não são de excluir. Nessas situações, é necessário recorrer a ajuda especializada. Se é esse o seu caso, não se preocupe – fizemos o trabalho de casa por si. Damos a conhecer-lhe algumas alternativas.

DATA RECOVER CENTER

GettyImages

Ao seu laboratório principal em Linda-a-Velha chegam desde discos com ficheiros eliminados ou partições formatadas, até discos externos que caíram. Os picos de tensão na corrente eléctrica, os defeitos de fabrico nos dispositivos de armazenamento, as más condições de utilização (temperaturas inadequadas, erros de software) também são causas comuns de problemas. De acordo com David Marques, director técnico da DRC, «o que determina o sucesso da recuperação são as acções que o utilizador efectua desde que ocorre a perda de informação até ao momento em que entra em contacto com uma empresa especializada, pois algumas vezes neste “meio tempo”, em que o utilizador actua indevidamente ou que técnicos não especializados intervêm, as hipóteses de recuperação diminuem significativamente». Os valores de reparação variam de acordo com o tipo de problema diagnosticado e com a complexidade do trabalho a realizar, orçando entre os 200 e os 1500 euros. Em todos os casos, o diagnóstico e o orçamento são gratuitos e executados no prazo máximo de duas horas. Apresentada a solução e custo de recuperação, cabe ao cliente decidir se pretende ou não avançar com o trabalho. «Os valores praticados nunca dependem da quantidade de informação a recuperar, mas sim da complexidade do trabalho a realizar», salienta David Marques. A Data Recover Center tem vários prazos de trabalho, de forma a adaptar-se às necessidades do cliente: Normal (8 a 12 dias úteis), Prioritário (4 a 7 dias úteis) e Urgente (1 a 3 dias úteis). Para além destes prazos, em casos de necessidade por parte do cliente a DRC trabalha ininterruptamente 24x7, para resolver o problema o mais rapidamente possível e com o

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mínimo de tempo de paragem para o cliente. «Já tivemos casos em que conseguimos entregar os dados requeridos num período inferior a 24 horas», aponta o director técnico. Mesmo no prazo de trabalho mais alargado, o Normal, o tempo médio de trabalho é «inferior ao estimado». A DRC reclama para si diversos pontos favoráveis. «Como primeira e grande vantagem, e até prova em contrário, somos a única empresa nacional a possuir um laboratório de recuperação de dados com capacidade para resolver qualquer tipo de situação que ocorra com dispositivos de armazenamento», sublinha David Marques. A DRC actua neste mercado específico há mais de uma década, que lhe confere «um know-how bastante sólido» traduzido nas diversas ferramentas desenvolvidas in house, «especificamente para nos ajudar a resolver problemas fora do comum e que outros ainda não conseguiram». Deste modo, «os riscos inerentes ao transporte de dispositivos, que implicitamente já têm problemas para laboratórios no estrangeiro, são desde logo anulados». O investimento feito em investigação, formação e desenvolvimento, o facto de os valores orçamentados apenas serem cobrados em caso de sucesso na recuperação dos dados, a taxa de sucesso que ronda os 90 por cento e os milhares de clientes, «incluindo a maioria das grandes empresas nacionais, que ao longo dos anos têm depositado a sua confiança nos serviços» da DRC são outros dos principais trunfos da empresa.

ONDATA Entre outros motivos, a Ondata trabalha tipicamente discos que sofreram de formatação acidental, arquivos apagados, avarias mecânicas (falhas na PCB ou bloqueio no motor e nas cabeças) ou quedas. O custo de cada recuperação depende do tipo de avaria que o disco tenha. Sem adiantar valores, Carlos Sanchez, director-geral da Ondata International, relembra que «uma recuperação de dados varia em média no mesmo intervalo de valores de há dois anos, não havendo previsão de aumento para 2009». Já o tempo médio de recuperação está dependente da avaria, havendo recuperações que são efectuadas em 48 horas e outras que têm de ir até aos dez dias úteis; o tempo médio situa-se entre os seis dias úteis. «A Ondata International conta com uma grande equipa de profissionais peritos no campo da recuperação de dados, independentemente do tipo de meio magnético, que realiza todos os esforços possíveis para garantir que a recuperação


seja eficaz», salienta o director-geral. A taxa de sucesso da Ondata ronda 82% das suas intervenções, valor que «está muito superior à média do sector». A empresa recupera informação de dispositivos danificados que trabalhem com a maioria dos sistemas operativos, incluindo sistemas obsoletos e também desenvolve ferramentas e software para poder recuperar informação sobre dispositivos, tais como cartões de memória e pen drives. «A Ondata conta nas suas instalações com tecnologia adequada para tais efeitos, possibilitando um ambiente livre de impurezas e humidade Classe 100», remata Carlos Sanchez.

PC CLINIC Os casos mais frequentes que chegam à PC Clinic têm que ver com a recuperação de dados de cariz lógico. «Os custos de recuperação de dados para danos lógicos têm um preço fixo de 99 euros, enquanto que o intervalo de preços para a recuperação de problemas físicos está compreendido entre os 299 e os 1180 euros», informa Ricardo Pereira de Sousa, da gerência da PC Clinic. O tempo padrão estimado para uma recuperação é de 48 horas. No entanto, e porque cada caso é um caso – o suporte de dados pode não estar nas melhores condições, o que dificulta a recuperação. Nesses casos, o acesso ao suporte tem que ser feito de forma cautelosa para não agravar a condição em que se encontra. Para Ricardo Pereira de Sousa, «a rapidez é uma das maiores qualidades da PC Clinic», sendo igualmente importante «a presença em centros comerciais 14 horas por dia», uma vez que «permite um contacto quase permanente com o cliente». «A forte presença em todo o território nacional, o laboratório especializado em recuperação de dados com mais de 1500 discos rígidos e dispositivos USB recuperados/as, correspondendo a cerca de 200 Terabytes de informação recuperada, é outra mais-valia», salienta o responsável.

RECOVERY LABS De acordo com a empresa, 49 por cento dos pedidos que lhes são confiados devem-se a problemas de hardware, 28% são motivadas por erro humano, problemas de software ou vírus e 1,2% são devidas a catástrofes naturais. No que concerne ao custo de uma recuperação, depende sempre da complexidade da avaria no dispositivo. Para avarias lógicas os custos têm por base os 375 euros; para avarias físicas, começam nos mil euros. «Estes preços só são aplicados nos casos em que a recuperação é satisfatória, ou seja, se não recuperamos a informação do cliente ele não terá qualquer custo», esclarece Samantha Molina, responsável de marketing da Recovery Labs. O tempo da recuperação depende directamente do tipo de serviço contratado pelo cliente. O prazo mais típico é o Standard, que envolve entre cinco e seis dias úteis). «Também dispomos de

um serviço Urgente, no qual o trabalho de recuperação durante o horário laboral é prioritário e feito de forma contínua até finalizar o processo, bem como um serviço Nocturno Fim-de-semana , em que os técnicos não param de trabalhar até finalizarem o processo de recuperação de dados, 24 horas ao dia, 7 dias por semana», sublinha Samantha Molina. No entanto, os preços destes serviços diferem daqueles já mencionados, que correspondem a um serviço standard. De acordo com a responsável, «o laboratório da Recovery Labs conta com Certificado de Qualidade ISO 9001:2000 a nível de processos de Recuperação de Dados e conta com uma Câmara Limpa ISO 7 (Classe 1000) equipada com cabinas de fluxo laminar (Classe 100)». Existe uma outra vantagem, que é a da continuidade da garantia dos principais fabricantes caso seja necessário realizar a abertura do dispositivo. A recuperação de dados pode ser feita em quaisquer suporte e sistema operativo. «A Recovery Labs dispõe de protocolos de segurança que garantem a total confidencialidade dos dados, procede à recolha gratuita do dispositivo, executa o diagnóstico gratuito em

PODE ACONTECER O HARDWARE AVARIAR POR DESGASTE NATURAL OU POR MANUSEAMENTO DESCUIDADO DO UTILIZADOR menos de seis horas, faz a listagem dos arquivos recuperáveis e providencia um orçamento personalizado em função da avaria», garante Samantha Molina.

TECNOSUPRA «A Tecnosupra desenvolveu equipamentos incólumes para a inspecção dos suportes de dados, cuja prática é mais usada pelas empresas de maior dimensão», começa por dizer Celestino Silva, director-geral da empresa. Os custos de recuperação variam entre os 60 e os 950 euros, sendo que a média dos preços praticados «é entre 10 a 25 vezes mais baixa que a média praticada por outros laboratórios». A duração do trabalho pode durar entre um dia e quinze dias, dependendo dos danos no suporte dos dados. De acordo com Celestino Silva, «a principal vantagem do serviço da Tecnosupra reside no facto de o cliente saber sempre quanto paga através das

nossas propostas online». Por outro lado, «o processo de diagnóstico sem abrir os discos é inédito no nosso laboratório, caracterizando-se pela visualização ecográfica de alta definição em plasmas de grande dimensão, o que nos permite perscrutar o interior dos suportes de dados sem os abrir e desselar; com este método avançado, não existe razão para o cliente recear pela perda da garantia do fabricante, sendo que o suporte ser-lhe-á entregue intacto caso não aceite as propostas». A política de preços agressiva também é, do ponto de vista do director-geral, uma vantagem no serviço. «Os clientes podem reduzir ainda mais os custos pelo método de contracto, algo que é mais requisitado por empresas de maior dimensão e que assegura um serviço contínuo com descontos, que podem atingir 80% sobre os preços públicos praticados.» A Tecnosupra destaca ainda as 40 parcerias internacionais. destaca Celestino Silva. J.P.F.

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TEMA DE CAPA

FORMATAÇÃO COMPLETA E DEFINITIVA Às vezes, é mesmo preciso apagar um disco definitivamente. A PCGuia ensina-o a manter privados os seus segredos

Temos estado para aqui a falar nas melhores maneiras de recuperar os seus dados quando os desastres acontecem. Mas há alturas em que é preciso apagar mesmo tudo o que está num qualquer suporte de armazenamento, de forma a ser praticamente impossível recuperar seja o que for. Vamos supor que quer oferecer um computador a uma organização de caridade, mas o disco rígido está cheio de informação sensível. Para compor ainda mais as coisas, e como já viu nas secções anteriores deste artigo, é muito fácil recuperar os dados mesmo depois de ter sido feita uma formatação completa. A melhor forma de se certificar que é impossível recuperar seja qual for a informação do disco é escrever qualquer coisa em cada um dos sectores do

mesmo. Existem vários métodos para fazer isto, desde os mais simples, em que são escritos apenas zeros em cada sector, até à escrita de padrões aleatórios várias vezes. Estes métodos de apagamento foram desenvolvidos por várias agências governamentais dos EUA de forma a manter secretas as informações guardadas nos seus computadores. Mais tarde, estes algoritmos chegaram ao domínio público permitindo a criação de aplicações para este fim. Existem muitos programas comerciais e de shareware para apagar discos completamente. O sistema operativo do Mac permite apagar ficheiros e discos completos gravando algo por cima até 23 vezes por sector. O que muitos não sabem é que a grande parte

APAGAR UM DISCO TOTALMENTE

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Antes de mais, temos que avisar que este processo destroi completamente a informação que pode estar no disco, por isso, prossiga por sua conta e risco. Neste tutorial vamos usar o software de diagnóstico da Samsung que só funciona com discos desta marca. O programa só funciona em modo DOS; depois de o descarregar terá que o gravar para um CD ou disquete (se ainda as usar) e depois reiniciar a máquina com o CD ou disquete dentro da drive.

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Depois de detectadas as drives, o programa apresentalhe um menu do lado esquedo do ecrã com várias opções de diagnóstico; vamos escolher “Low Level Format”.

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PROGRAMAS DISPONIBILIZADOS PELOS FABRICANTES DE DISCOS RÍGIDOS Seagate/Maxtor www.seagate.com\ SeaTools for DOS Western Digital www.westerndigital.com Data Lifeguard Tools 11 Samsung www.samsung.com (Aceder à página do Reino Unido) ES-Tool

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No ecrã seguinte pode escolher o que quer fazer. Se escolher “Erase MBR”, o programa apagará o Master Boot Record, mas não toca na informação. Isto é o equivalente a fazer uma formatação rápida no Windows. Se escolher “Low Level Format”, o programa apaga todos os sectores do disco, escrevendo 0 em cada um.

Este é o ecrã que aparece depois de concluído o processo de apagamento. Depois é só reiniciar a máquina e reinstalar o Windows; ou se for uma drive secundária, reiniciar no Windows e clicar com o botão direito no ícone “Meu Computador”. A seguir, escolha Gerir e clique no ícone do Gestor de Discos para criar as partições e formatá-lo e para que o possa utilizar.


dos fabricantes de discos disponibiliza utilitários gratuitos que também permitem apagar os respectivos discos na totalidade. Normalmente, estes utilitários não funcionam em Windows, por isso, criam disquetes ou CD de arranque próprios para funcionarem sem problemas. Seguidamente, vamos ensinar-lhe a apagar um disco na totalidade com muito poucas hipóteses de recuperação, portanto, tenha cuidado. Se quiser experimentar a operação, faça uma cópia de todos os dados que quiser conservar.

ANATOMIA DE UM DISCO De certeza que já viu um disco rígido; é aquela caixa rectangular com uma parte superior prateada e uma parte inferior, normalmente, preta, onde está uma pequena placa de circuito impresso com alguns chips. Mas lá dentro é que a magia acontece. No interior dessa caixa estão vários discos (Platters) cobertos por uma camada de material magnético que reage à polarização imposta pela cabeça de leitura/escrita. No que respeita à organização dos dados, os discos estão organizados da seguinte forma: FAIXAS (TRACKS) As faixas são divisões concêntricas em cada um dos discos. CILINDROS Os cilindros são compostos pelas mesmas faixas em cada um dos discos. Por exemplo, o cilindro 1 é composto pela faixa 1 de todos os

discos individuais que estão dentro da caixa de um disco rígido. SECTORES Cada uma das faixas é subdividida em sectores de 512 bytes, nos discos magnéticos, ou 2048 bytes, nos discos ópticos. CLUSTER Um Cluster é um conjunto de sectores. Os sistemas operativos trabalham com Clusters de forma a optimizarem a alocação de espaço nos discos.

FORMATAÇÃO DE BAIXO NÍVEL Antigamente, os discos necessitavam que fosse feita a chamada formatação de “Baixo Nível”, a qual servia para limpar possíveis erros ocorridos quando se gravavam e apagavam ficheiros ao longo do tempo. Esta formatação apagava todos os sectores do disco, preparando-o para a formatação de “Alto Nível” feita através do sistema operativo. Até havia um truque que permitia aumentar a capacidade do disco através deste processo manipulando o tamanho e a densidade cada sector. Apesar de os discos modernos já não necessitarem que se façam formatações de baixo nível frequentemente, os fabricantes disponibilizam utilitários que, além de permitirem fazer diagnósticos aos discos, também permitem preencher todos os sectores do disco com zeros, o que equivale, na realidade, a uma formatação de baixo nível.

A Faixa B Sector Geométrico C Sector D Cluster

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PCG

E | H A R D WA R E | R E D E S

COLOQUE UMA BARRA LATERAL DO VISTA NO XP Instale na sua máquina um ambiente digno do mais recente sistema operativo da Microsoft sem adquirir a solução nem ter os habituais problemas de recursos

Não estamos a exagerar quando dizemos que para a maioria dos utilizadores um upgrade do o Windows Vista é ainda impraticável, não apenas pelo investimento que representa a compra deste sistema, mas também pelo que é necessário gastarem com as suas máquinas, uma vez que é necessária mais capacidade para suportar os exigentes requisitos do novo produto da Microsoft. Isto não significa que os detentores do velho e fiável sistema XP não possam ter algumas das vantagens do Vista.

A BARRA Uma das funcionalidades mais úteis do Vista é a barra lateral, não pela barra em si, mas pelos widgets que podemos lá colocar. Realmente, podem facilitar imenso o acesso e a gestão à informação pessoal e do sistema. Existe uma versão freeware desta barra do Vista que oferece ao XP as mesmas funcionalidades básicas da barra lateral original. Poderá efectuar o download da Thoosje Vista Sidebar no site www.thoosje.com. É simples de instalar e começa a funcionar instantaneamente. A Thoosje Sidebar inclui um calendário, que, em termos de funcionalidade, deixa muito a desejar. Diz-lhe apenas o mês e o dia, não mais do que isso. Ou seja, não difere muito do mais básico calendário de papel.

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SOFTWARE

Queremos com isto dizer que vai ter de procurar algo melhor, se necessitar realmente deste tipo de ferramenta. Nesse caso, a nossa recomendação é para que instale o Rainlender, uma pequena mas potente ferramenta que suporta lembretes e alarmes. Sempre que inserir uma data de aniversário, ou outro tipo de dados, receberá na data indicada uma mensagem a notificá-lo do evento. Um dos grandes contras do Rainlender é que não é integrável com nenhuma barra lateral, pelo que a única coisa que poderá fazer é arrastálo para cima da barra, como se fizesse parte integrante dela. Não é a solução perfeita, mas também não é a pior de todas.

PODERÁ EFECTUAR O DOWNLOAD DA THOOSJE VISTA SIDEBAR NO SITE WWW.THOOSJE.COM

FUNCIONALIDADES DO VISTA NO XP

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INSTALE A BARRA THOOSJE Faça o download e instale a Toosje Vista Sidebar. O programa é bastante fácil de usar. Pode instalar ao mesmo tempo a Google Toolbar, mas isto é meramente opcional.

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CRIE O SEU CALENDÁRIO Instale o Rainlender e encerre as listas Events e Todo, a menos que pretenda ficar com elas. Existem vários temas disponíveis, por isso, clique com o botão direito sobre o calendário para os conseguir visualizar e aplicar. Existem mais temas disponíveis no site do Rainlender.

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ADICIONE GADGETS Assim que a estiver instalada, execute a aplicação. A barra irá aparecer vazia, por isso, poderá enchê-la com o que quiser. Para tal, só precisa de clicar sobre o botão + que aparece no topo da barra. Para adicionar um destes gadgets, clique sobre ele uma vez e arraste-o para a barra.

INSIRA DATAS Adicione os eventos e lembretes que pretende. Clique duas vezes sobre uma data e indique a hora de início do evento e se este dura todo o dia. Não se esqueça de definir se pretende activar o alarme. Finalmente, clique com o botão direito sobre a opção Properties. Depois, em General options, Position, active On Top.


SOFTWARE

RECARREGUE AS BATERIAS DO WINDOWS Dê ao seu sistema uma nova vida reinstalando o Vista. Parece-lhe complicado? A PCGuia desmistifica essa ideia

Devolver o Windows ao estado em que estava logo após uma nova instalação pode resolver muitos problemas. No entanto, o processo é visto por muita gente como complexo. Mas não há razão para entrar em pânico. Se seguir os passos correctos, no final terá boas razões para sorrir. Para que tudo corra bem, organize-se, ou seja, assegure-se de que tem os backups dos dados importantes antes de começar. O início do processo passa pela formatação de pelo menos uma drive ou partição, o que significa destruir os dados que se encontrem nesse local. Dependendo da forma como tem a máquina organizada, todos os dados que se encontram na sua unidade de armazenamento poderão ser ou não eliminados. Mas ter um backup adequado é apenas uma parte da solução. Também precisa de ter a certeza de que tem à mão todos os ficheiros de instalação necessários para todos os programas que vai utilizar, bem como todos os controladores dos dispositivos. Sem estes, provavelmente não conseguirá usar

algum do hardware presente no seu PC. Também deverá ter em conta o tipo de CD de instalação que possui. A maior parte dos computadores é vendida com o Windows já instalado, pelo que deverá verificar se tem já um disco de instalação do sistema operativo ou se o vendedor apenas lhe forneceu um disco com um programa de recuperação de dados. Esta segunda abordagem é menos flexível, apesar de ser muitas vezes mais simples de gerir devido ao facto de as instruções serem fornecidas com o programa, possibilitando uma recuperação fácil de todos os programas e drivers que vinham instalados no PC no momento da compra. Verifique no site do fabricante se consegue encontrar mais detalhes, caso não disponha da documentação necessária. Se por acaso tiver já um disco de instalação completa do Windows, então o processo será diferente, dando-lhe maior controlo sobre as operações, sendo da sua escolha o que deve e não deve ser instalado.

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SOFTWARE

PARA QUÊ REINSTALAR O WINDOWS? Desde crashes a vírus, são muitas as razões para instalar de novo o sistema operativo

Qualquer instalação do Windows degrada-se com o tempo. À medida que instala programas e dispositivos, navega pela Internet ou faz alterações na configuração são produzidas alterações nos ficheiros de sistema armazenados no disco rígido. Estas alterações levam a um declínio gradual da eficácia do computador, o que produz invariavelmente erros no software. Apesar de o Windows se ter tornado mais robusto em cada nova versão disponibilizada pela Microsoft, o processo de reinstalação ainda se mantém como um mal necessário nos dias de hoje. De facto, a única forma de o evitar é não usar o computador, o que é pura e simplesmente impossível – se assim fosse, nem sequer valia a pena ter um PC. Outra hipótese, já que a anterior está completamente fora de causa, é assegurar que o computador funciona em boas condições durante o máximo período de

QUALQUER INSTALAÇÃO DO WINDOWS DEGRADA-SE À MEDIDA QUE O TEMPO PASSA

USE OS DISCOS DE RECUPERAÇÃO Em vez de disponibilizarem o disco de instalação do Windows, alguns fabricantes fornecem ferramentas de recuperação que permitem voltar a colocar os programas tal como estavam quando comprou a máquina. Os discos de recuperação são mais simples de operar e envolvem muitas vezes a activação de uma partição

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escondida durante o arranque ou o arranque a partir do CD, para assim dar início ao programa de recuperação propriamente dito que permite recuperar a imagem do disco. No entanto, isto geralmente envolve a perda de todos os dados adicionais guardados no disco rígido, pelo que deverá fazer backups antes de continuar.

tempo, atrasando assim a inevitável perda de desempenho, perda essa que leva a uma única saída: a reinstalação do Windows.

PROBLEMAS ESPECÍFICOS Nem todas as reinstalações têm como objectivo combater problemas de desempenho. Algumas são levadas a cabo para ultrapassar problemas específicos, problemas esses que requerem um recomeço do Windows a partir do zero. A maior parte dos erros relativos a configurações tem soluções mais simples, mas, nalguns casos, pode de facto haver necessidade de reinstalar o sistema operativo. É uma decisão difícil, contudo, representa o fim de qualquer problema, seja ele de que natureza for. E a verdade é que muitas vezes acaba por ser mais fácil optar por esta via do que tentar reparar determinados problemas que, apesar de parecerem simples, rapidamente se revelam complexos. A falha de hardware também pode ter como resultado a reinstalação do Windows. Se um componente vital do seu PC deixar de funcionar e tiver de ser substituído, poderá ser inevitável reinstalar o Windows para que tudo volte a funcionar correctamente. Isto aplica-se particularmente aos casos da motherboard e do disco rígido, mas também terá de ser feito, caso sejam alterados diversos componentes ao mesmo tempo. Geralmente, mudar a RAM ou a placa gráfica não envolve a reinstalação do sistema; já alterar um componente-chave obriga a fazê-lo. Tudo em nome da estabilidade do sistema operativo, mas também da necessidade de activar o Windows sempre que o hardware é modificado.


VISTA SEM COMPLICAÇÕES Siga o nosso diagrama para minimizar a hipótese de erro Início

Tem um backup amovível dos seus documentos e ficheiros pessoais?

NÃO

Consegue entrar no Windows para fazer um backup?

SIM

SIM

É fundamental ter um backup completo num suporte amovível antes de tentar reinstalar o Windows.

NÃO

Tem uma cópia de todos os controladores e programas?

Consegue entrar no Windows para obter uma cópia dos drivers?

NÃO

SIM

SIM

NÃO

Os seus dados estão numa drive ou partição diferente daquela onde se encontra instalado o Windows?

Use o DriverMax para fazer o backup dos controladores. Faça uma cópia num disco óptico para maior segurança. Localize todos os ficheiros de instalação para os programas e copieos também.

Use um disco de arranque para recuperar os dados a partir de um computador que se recusa a iniciar o Windows.

Use as dicas de particionamento da página 62 para redimensionar a sua partição principal e criar assim uma partição separada para armazenar os dados. Isto fará com que a reinstalação no futuro seja mais rápida e simples.

NÃO

Integre actualizações e controladores no disco de instalação do Windows.

SIM SIM

Pretende reinstalar o Windows com regularidade ou quer integrar actualizações no Windows?

NÃO

Restaure todos os dados guardados nos backups que fez. Este passo não é necessário, caso já tenha uma partição de dados, pois, desta forma, ela não terá sido eliminada.

Os seus dados estão intactos numa partição ou drive diferente?

NÃO SIM

Execute tarefas pós-instalação. Restaure os controladores e as definições pessoais. Adicione as actualizações do Windows e do software e proteja o sistema.

Reinstale o Windows a partir do disco de instalação.

Fim

PCGUIA

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SOFTWARE

SALVAGUARDE DADOS VITAIS O aspecto mais assustador de uma reinstalação é perder informação de elevada importância

BACKUP INCREMENTAL

Quando usa uma ferramenta de backup regular pode optar por fazer uma cópia de segurança incremental. Após o primeira backup, apenas os ficheiros que tenham sido alterados são copiados.

Quando estiver a fazer o backup deverá ter a certeza de que todos os ficheiros pessoais são copiados para um local seguro. Também é importante fazer uma cópia de segurança das definições e das preferências, incluindo o correio electrónico, favoritos, controladores de dispositivos e quaisquer programas que tenha instalado desde que comprou o seu computador. Se usa o Internet Explorer e o Windows Mail, uma forma de ter a certeza de que a maior parte dos tópicos é coberta passa por usar o Windows Easy Transfer para fazer o backup destes ficheiros. Consulte a caixa passo a passo para obter mais detalhes.

GRAVE PARA O DISCO Poderá usar um programa de gravação de CD/

DVD como o CDBurner XP (http://cdburnerxp. se) para copiar os ficheiros para um disco removível e exportar itens como os favoritos de todos os seus browsers. Também pode fazer o backup do Windows Mail num só passo através do Windows Mail Backup, que está disponível em www. staticbackup.com/windows-mail-backup por cerca de 20 euros. No entanto, poderá fazer o equivalente de graça. Para isso, basta iniciar o Windows Mail e escolher ferramentas, opções, avançadas, manutenção, armazenar pasta. Navegue agora até este local e copie a pasta para o seu backup. Existe ainda um programa de backup disponível em Acessórios, Ferramentas do sistema que oferece a possibilidade de fazer um backup de ficheiros contínuo e automático.

FAÇA CÓPIAS DE SEGURANÇA COM O WINDOWS EASY TRANSFER

01

INICIE O PROGRAMA Escolha Iniciar, Todos os programas, Acessórios, Ferramentas do sistema, Windows Easy Transfer para dar início ao assistente. Clique em Seguinte.

ESCOLHA O MÉTODO DE TRANSFERÊNCIA Poderá optar entre usar o CD/DVD ou outro tipo de media removível. Desta forma, poderá fazer o backup a partir deste PC e fazer o restauro para a nova instalação.

03

04

MEDIA REMOVÍVEL Especifique o tipo de media que quer usar. Se tiver um disco rígido externo, será a opção mais rápida, pois, assim não terá de trocar discos.

60 | PCGUIA

02

SELECCIONE OS DADOS Aponte o assistente na direcção do media removível e especifique que dados quer transferir. Opte entre contas de utilizador, ficheiros e definições. Complete o assistente.


RECUPERE OS DADOS PERDIDOS Se o seu PC não arrancar, salve-o com um Live CD Linux Uma das razões para reinstalar o Windows é o PC iniciar incorrectamente. Isso acontece quando o processo passa a revelar ficheiros de sistema corruptos, deixando o utilizador com um sistema operativo pouco funcional. Ora, o problema da reinstalação tem que ver com o facto de implicar a perda total dos dados que se encontrem nesse disco ou partição, isto caso não tenham sido objecto de um backup. No entanto, há sempre esperança de conseguir recuperar dados: desde que o disco rígido não tenha sido fisicamente danificado, é possível aceder aos seus dados, mesmo que o Windows teime em não carregar. A opção mais simples é iniciar o PC através de um Live CD em Linux que inclua o software necessário para aceder ao disco, que dê a opção para gravar CD e que permita a ligação à Internet para que possa obter os ficheiros valiosos do seu disco rígido.

CONHECE O BART PE? O Bart PE é outra das opções possíveis. Trata-se de um CD de arranque que usa os ficheiros do Windows para criar o mesmo ambiente do Live CD. No entanto, é preciso que o utilizador o crie a partir dos ficheiros do Windows, o que se pode transformar num processo maçador. O Live CD de Ubuntu (www.ubuntu.com/getubuntu) tem a forma de um ficheiro ISO que pode ser gravado num CD através do CDBurnerXP (http://cdburnerxp.se/) noutro computador. Em alternativa, pode pedir que o CD seja enviado para sua casa e esperar pela entrega (http://shipit.ubuntu.com). Uma vez que tenha arrancado a partir do CD de Ubuntu, poderá aceder ao disco rígido e gravar quaisquer ficheiros num CD ou num DVD. Veja a explicação na caixa que acompanha estas linhas para ver como funciona o ambiente do Ubuntu Live Desktop.

LIVE CD

Trata-se de um disco que contém um sistema operativo completo capaz de correr directamente a partir do CD ou na RAM. Pode ser usado para experimentar um sistema operativo ou para aceder a um disco rígido quando o computador não arranca com o sistema.


SOFTWARE

DICAS PARA CRIAR PARTIÇÕES Aproveite a reinstalação para organizar melhor o seu disco

PARTIÇÕES OCULTAS É comum os fabricantes guardarem os ficheiros de restauro na drive do PC, numa partição oculta. Esta partição não é vista pelo Windows mas, quando se activa o CD de recuperação fornecido com a máquina, o PC pode usá-la para recuperar dos problemas. Se usou o Gparted para redimensionar a partição e criar uma nova partição, talvez seja capaz de ver esta partição oculta. Se isso acontecer, deixe-a estar sossegada. Poderá fazer na mesma as alterações na partição existente e recuperar desta forma o sistema.

A grande maioria dos computadores usa apenas uma partição no disco rígido para gerir tanto o Windows como os demais ficheiros. Este esquema funciona bem até chegar ao dia em que é necessário reinstalar o sistema operativo, pois isso vai significar a perda de todos os dados que se encontrem nessa partição. Pode sempre fazer um backup desses ficheiros para os recuperar mais tarde, após a reinstalação, mas é mais fácil se conseguir manter uma cópia intacta na sua drive para além de todas as cópias de segurança que

possa ter criado. Para tal, basta particionar a drive. Uma partição é uma divisão do disco que a maior parte dos sistemas operativos trata como se de uma drive isolada se tratasse. Ao usar software no Live CD Ubuntu poderá redimensionar a partição existente num disco rígido e fazer uma nova sem danificar os dados. Depois, poderá copiar os ficheiros de dados da partição com o Windows para a nova partição para não perder por completo os dados quando tiver de formatar a partição do Windows.

ESQUEMAS POSSÍVEIS

Ficheiros do Windows Vista e de dados combinados numa só partição

Ficheiros do Windows Vista Ficheiros antigos do Windows Ficheiros de dados

É desta forma que os computadores são vendidos. Se reinstalar o Windows, irá apagar não só o sistema operativo como também todos os ficheiros de dados.

Ficheiros do Windows Vista

Ficheiros de dados

Ao manter os dados separados dos ficheiros do sistema operativo assegura-se que estes se mantêm intactos mesmo que reinstale o Windows. Para evitar problemas, a partição de arranque do Windows deve ser sempre a primeira da drive.

USE O GPARTED PARA CRIAR UM ESPAÇO SÓ PARA DADOS

01

CD DE ARRANQUE Arranque o computador com o Live CD Ubuntu. Escolha Sistem, Administration, Partition Editor. O programa analisa o disco rígido para ver que partições já estão configuradas.

62 | PCGUIA

02

REDIMENSIONE A PARTIÇÃO Seleccione a partição e clique em Resize/Move. Clique e arraste a partição para o tamanho que deseja e clique novamente em Resize/Move. Clique para seleccionar o espaço a atribuir. Escolha New.

03

NOVA PARTIÇÃO Crie uma partição Extended e clique em Add. Seleccione esta partição e clique em New. Escolha uma partição Logical e um sistema de ficheiros NTFS. Clique em Add, Apply para aplicar as alterações.


ADICIONE O SP E AS ACTUALIZAÇÕES AO DISCO DE INSTALAÇÃO

01

INSTALE O VLITE Para isso, vá a www.vlite.com. Descarregue também o SP1 do Vista. Instale o Windows Kit (http://tinyurl.com/2mabcz). Copie o ficheiro wimgapi.dll (C:\Programas\ Windows AIK\Tools\x86) para C:\Programas\vLite.

FICHEIROS DO VISTA Insira o DVD de instalação do Vista e inicie o vLite. Vá até à drive de DVD para apontar o programa no ficheiro de instalação do Vista. Crie uma pasta no disco rígido para onde estes ficheiros possam ser copiados.

03

VERSÃO A ESCOLHER Seleccione a versão do Vista que deseja configurar. Terá de fazer uma selecção, uma vez que cada versão do Vista é fornecida em cada um dos discos de instalação.

04

FAÇA A COMBINAÇÃO Seleccione todas as tarefas oferecidas. Clique em Next, Slipstream. Vá até ao local onde gravou o Service Pack 1 e abra-o. O vLite começará a fazer a combinação logo de seguida.

05

06

OUTRAS TAREFAS Quando o processo estiver concluído clique em Next. Pode integrar outras actualizações, controladores e até desactivar componentes que não deseje ver instalados.

02

GRAVE A IMAGEM Clique em Next e grave a imagem ISO para DVD. Escolha o método Direct e coloque um disco vazio na drive. Clique em Apply e aguarde que o novo disco de instalação seja criado.

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SOFTWARE

REINSTALE O WINDOWS Tudo o que precisa de saber para ter uma instalação sem problemas

Chegamos à parte mais simples: reinstalar o Windows. Desde que tenha os backups feitos e que os ficheiros controladores e outros programas de instalação se encontrem num suporte óptico à mão, não haverá, em princípio, problemas de maior nesta fase. O assistente de instalação pede que sejam introduzidos os dados necessários antes de fazer todo o trabalho e depois basta fazer alguma parametrização nas opções antes de o Windows iniciar pela primeira vez.

DAR A INFORMAÇÃO CORRECTA Para começar, coloque o disco de instalação do Windows na drive e reinicie o PC, premindo

qualquer tecla para arrancar a partir do CD. No guia passo a passo poderá ver ao detalhe como actuar e que informações deve dar, nomeadamente, a chave do produto, a localização para efeitos de moeda e de configuração do teclado e ainda o fuso horário. Também terá de seleccionar a drive na qual deseja instalar o Windows. Se configurou duas partições, então deverá optar por colocar o sistema operativo na primeira e deixar a segunda para os dados. Por exemplo, se tiver um disco com 80 GB de capacidade use 20 GB para o Windows e o resto para os dados. Tenha atenção, pois, este valor é apenas uma possibilidade; se está

COMO PROCEDER PARA NÃO ERRAR

01

DISCO DE ARRANQUE Insira o disco de instalação e reinicie o PC. Prima qualquer tecla para arrancar a partir do CD e aguarde que o Windows carregue o ambiente de suporte à instalação.

DEFINIÇÕES LOCAIS Seleccione a língua para a instalação, a localização para a hora e moeda e a configuração do teclado. Clique em Seguinte e dê início ao processo de instalação.

03

04

CHAVE DO PRODUTO Introduza a chave do produto e active a opção para operacionalizar automaticamente o Windows. Pode fazer a instalação sem a chave, mas terá de fazer a activação em 30 dias.

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02

INSTALAÇÃO PADRÃO No ecrã seguinte seleccione uma instalação normal. Esta é a opção que precisa escolher para instalar uma cópia limpa do Windows na drive ou na partição designada para o efeito.



GUIA COMPLETO SOFTWARE

Mesmo que não consiga encontrar a chave do produto, o Vista permite-lhe que o instale, desde que introduza uma chave válida antes de activar o sistema

a pensar em instalar muito software sobre o sistema operativo ou até mesmo poucas aplicações, mas que fazem uso de directórios enormes, como são os casos dos programas de som e de edição de vídeo, talvez seja melhor duplicar a capacidade para 40 GB, por exemplo. Assegure-se de que a partição onde vai instalar o Windows está devidamente formatada. Recomenda-se que use o sistema de ficheiros NTFS (a não ser que tenha uma boa razão para escolher outra opção) e que faça uma formatação completa. Desta forma, terá a certeza de que a anterior instalação do Windows não interferirá no que quer que seja com a nova. Assim que a instalação começar sinta-se à vontade para ir buscar um café e beba-o calmamente enquanto o

processo avança. Conte com uma espera na ordem dos vinte minutos, dependendo obviamente da velocidade do seu PC.

CONFIGURE A SUA CONTA Já com um aspecto novo, de cara lavada, precisará agora de fornecer os dados relativos à sua conta: nome de utilizador, password e imagem de log in. Poderá configurar mais contas, mas deverá fazê-lo mais tarde. Para já, não perca tempo a arranjar uma conta para cada membro da sua família. Verifique se as actualizações automáticas estão ligadas e active o Windows. Se o processo falhar online, poderá fazê-lo por telefone através de um número gratuito. Basta seguir as indicações no ecrã.

REINSTALE O WINDOWS

COMO PROCEDER PARA NÃO ERRAR

05

LOCAL DE INSTALAÇÃO Escolha a drive na qual deseja instalar o Windows e clique em Formatar para a limpar, destruindo assim todos os dados que nela se encontrem. Se quiser criar ou eliminar partições, este é o local para o fazer.

06

07

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DETALHES DE LOG IN Seleccione uma imagem para a sua conta de utilizador e introduza um nome e uma palavra-passe. Também poderá fornecer uma pista para a password, caso se esqueça dela mas tarde. Clique em Seguinte.

66 | PCGUIA

INSTALAÇÃO DE FICHEIROS Uma vez terminada a formatação, seleccione a drive e clique em Seguinte. O Windows começará a extrair e copiar todos os ficheiros para o disco rígido, sendo que poderá reiniciar o PC várias vezes.

PROTEJA O WINDOWS Introduza um nome para o computador e verifique se a hora e o fuso horário estão correctos. Use as definições recomendadas para as actualizações e para a segurança.


ALTERAÇÕES PARA DEPOIS DA INSTALAÇÃO Torne o Windows mais estável e seguro e só depois recupere os backups O Windows está agora a funcionar bem mas, mesmo assim, ainda há coisas a fazer: instalar os controladores dos dispositivos que não foram aplicados automaticamente pelo Windows é uma delas. Também precisa de verificar se o antivírus está funcional e se a protecção anti-spyware está ligada. Igualmente importante é a verificação de actualizações do Windows, tendo de ser feito o download de algumas centenas de megabytes em ficheiros para tornar o Windows mais estável e seguro, como é o caso do Service Pack 1.

NÃO ESQUEÇA OS DRIVERS

instalação. Se usar um router, então já deverá estar ligado. Assim que os drivers estiverem instalados, poderá então reinstalar o software. Comece pelo antivírus e pela firewall; actualize as bases de dados assim que terminar a instalação destes programas. Não se esqueça de complementar o conjunto com um programa como o Ad-Aware SE, o Spybot ou o Windows Defender. Finalmente, recupere os dados para a nova partição. Clique no botão direito do rato em Documentos no menu Iniciar e escolha Propriedades, Localização. Clique em Mover, navegue até ao novo local e seleccione-o como novo destino.

Qualquer dispositivo que mostre um alerta amarelo como este precisa provavelmente de uma instalação manual do driver

É sempre uma excelente ideia ter um backup dos drivers num local acessível. Para ver quais os controladores que estão correctamente instalados, escolha Iniciar e clique no botão direito do rato sobre Computador para entrar nas Propriedades. Em Tarefas, clique em Gestor de Dispositivos. Qualquer dispositivo listado com um sinal de exclamação ao lado terá um problema de funcionamento, que, nesta fase, em 99 por cento dos casos está relacionado com a falta de instalação de drivers. Clique no botão direito do rato sobre o dispositivo e escolha Actualizar controlador de Software. Verá um assistente através do qual poderá indicar a pasta em que se encontra o backup dos seus controladores, mas também pode precisar de ir à Internet buscar alguns drivers. Portanto, ir online para arranjar controladores e actualizações do Windows é uma prioridade. Se tiver um CD do seu ISP, poderá ser capaz de resolver desta forma a questão da configuração do acesso. Se usa um modem de banda larga, pegue no CD fornecido pelo seu operador de Internet e faça a

ACTUALIZE O SISTEMA EM TRÊS PASSOS

01

INSTALE O AUTOPATCHER Faça o download do actualizador AutoPatcher a partir de www.autopatcher.com/autopatcher-vista. Seleccione a versão que pretende usar, descarregue-a e instale-a.

02

SELECCIONE AS ACTUALIZAÇÕES Aceite os termos de licenciamento assim que iniciar o AutoPatcher. O programa examina o seu PC e mostra as actualizações disponíveis. As que estiverem a azul já foram instaladas.

03

DESCARREGUE UPDATES Seleccione as actualizações e faça Next. O AutoPatcher descarrega e instala todos os updates. Repita o processo depois de se assegurar de que todas as actualizações dependentes de updates anteriores podem ser instaladas.

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SOFTWARE

Execute o Event Viewer escrevendo EventVwr. msc na caixa Run

Um belo exemplo de um terrível ecrã azul

ACABE COM OS CRASHES DO SISTEMA Quem nunca sofreu na pele os efeitos dos ecrãs azuis ponha o dedo no ar. Eis algumas dicas para resolver este problema

68 | PCGUIA

A expressão em inglês é blue screen of death (ecrã azul da morte). Cá em Portugal desdramatizámos um pouco a tradução, mas os efeitos que o famoso ecrã azul provoca nos utilizadores são transversais a todos os países. Senão vejamos: é irritante, frustrante, deixa-nos habitualmente com as mãos na cabeça, obriga-nos frequentemente a dizer asneiras e faz-nos sentir impotentes, porque, na verdade, nunca sabemos ao certo o que vai acontecer quando reiniciarmos a máquina. Os ecrãs azuis traduzem algo que correu muito mal, a aponto de o Windows não poder efectuar qualquer tipo de recuperação. Os ecrãs azuis estão também cheios de palavras estranhíssimas, que ninguém consegue compreender, e de números hexadecimais. O que pode fazer quando aparece um ecrã azul? Nada. A única coisa que tem de fazer é reiniciar o seu computador (e rezar). Poderá ser

confrontado com um erro, mas esta é uma barreira facilmente ultrapassável, até porque na maioria dos casos é indicado o causador do problema. É o caso de um erro causado por um driver defeituoso, algo até bastante frequente quando instala um novo hardware ou faz alguma actualização. A solução neste caso é voltar a instalar o driver anterior ou ir à Internet buscar outro driver para o hardware, no caso de um novo equipamento. Infelizmente, nada em relação ao ecrã azul é assim tão fácil, pelo contrário, exige algum trabalho de investigação. Comece por pensar em alterações que tenha feito recentemente ao seu PC, tudo desde novas instalações de software a hardware. Tente introduzir a mensagem de erro que lhe aparece num motor de busca. Na maioria dos casos, vai conseguir perceber qual a causa do erro e como pode resolvê-lo. Damos-lhe uma dica: no Google



SOFTWARE

introduza a mensagem de erro seguida pelo site msdn.com. Desta forma irá restringir a pesquisa à Microsoft Developer Network.

CONSULTE OS RELATÓRIOS Se não se consegue lembrar de nada que tenha feito e que poderá estar na base deste problema, use a opção Fiabilidade e Desempenho. Se as dicas apontam para uma falha ao nível do hardware, execute alguns testes de diagnóstico a partir do Device Manager. Clique com o botão direito sobre a opção Computador, no menu Iniciar, escolha Gerir e depois Gestor de Dispositivos. Se suspeita de problemas com a RAM, use a ferramenta do Windows Memory

Diagnostic. Visite o site http://oca.microsoft. com/en7windiag.asp. Se lhe parece que o problema se deve a uma falha no disco, tente consultar a ajuda que lhe oferece a Western Digital. Poderá ter acesso ao Data Lifeguard Diagnostic a partir do site http:// support.wdc.com/download. Se depois do ecrã azul não conseguir reiniciar o Windows, tente arrancar com o sistema em modo de segurança. Remova qualquer tipo de software ou driver que possa eventualmente estar na origem deste problema. Se não conseguir arrancar em modo de segurança, deverá tentar salvar toda a sua informação, ou através da remoção dos seus discos rígidos, ou usando um Live CD Linux.

RESOLVA PROBLEMAS DE ECRÃ AZUL

01

ANALISE A MENSAGEM DE ERRO Sempre que for confrontado com um ecrã azul, a primeira coisa que quer fazer é ver-se livre dele o mais depressa possível. Pelo contrário, deverá mantê-lo o tempo suficiente para perceber o tipo de erro que ele está a reportar, tire notas e copie as mensagens. Se o seu computador se reiniciar automaticamente tem de impedir que isto suceda. Clique com o botão direito sobre a opção Computador, no menu Iniciar e escolha Propriedades, Definições Avançadas do Sistema, Avançadas, Arranque e Recuperação, Definições, Reiniciar Automaticamente, que aparece sob Falha do Sistema.

02

CONTROLE A ESTABILIDADE DO SEU PC Para aceder ao Reliability and Performance Monitor no Windows Vista, escreva fiab na barra de pesquisa e clique em Minitor de desempenho e fiabilidade. Poderá verificar que existe um gráfico no topo que avalia a estabilidade do seu sistema e um relatório que documenta as principais falhas registadas no sistema. Estes dados aparecem organizados por data, de forma a facilitar a pesquisa do utilizador. Deste modo, poderá verificar quais os erros registados na altura do incidente.

03

FAÇA CÓPIAS DE SEGURANÇA Se o seu PC não arrancar após um ecrã azul, a primeira coisa com que se deve preocupar são os seus dados, que é como quem diz, em recuperá-los. Se o seu problema estiver no disco ou na instalação do Windows, poderá usar um Live CD Linux, um sistema operativo que corre a partir de um CD. Siga até www.puppylinux.org e faça o download do ficheiro ISO. Use o programa ISO Recorder para gravar o CD. Insira-o na sua drive e, se tudo correr bem, a sua máquina deverá arrancar sem problemas.

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REDES

EDITE FOTOS ONLINE Veja na Internet as alternativas gratuitas aos programas avançados de imagem As máquinas fotográficas dos dias de hoje são desenhadas para funcionarem à prova de erro. Basta apontar e disparar – o processo não poderia ser mais simples. A verdade é que, apesar da ajuda da tecnologia, é tão fácil hoje tirar uma foto má como sempre foi. Quantas vezes é que uma foto que devia ser perfeita foi arruinada porque a mão tremeu e a imagem ficou tremida, ou porque o enquadramento ficou péssimo ou os olhos ficaram vermelhos? Felizmente, com as imagens digitais é possível ter uma segunda hipótese. Uma utilização inteligente de software de edição de imagem pode transformar uma foto desapontante numa obra de que se pode

AO USAR UM EDIT OR ONLINE PODE FAZER AS CORRECÇÕES E OS AJUSTES NECESSÁRIOS NUMA QUESTÃO DE MINUTOS

orgulhar. Este mesmo software está agora disponível online, e repare que não estamos a falar apenas de downloads gratuitos – é melhor do que isso, pois na verdade não há nada para instalar. Basta entrar na Internet e encontrar um site que ofereça este serviço. Depois é só usar o programa online. Na maior parte dos casos, não vai custar nem mais um cêntimo.

CLOUD COMPUTING O facto de poder editar as suas imagens online significa que não precisa de estar agarrado a um só local. Imagine que está longe de casa em férias e que tirou algumas fotografias que deseja partilhar, mas que precisam ainda assim de um ligeiro toque antes de os seus familiares e amigos as verem. Ao usar um editor online pode fazer as correcções e os ajustes necessários numa questão de minutos. Este afastamento das aplicações tradicionalmente guardadas no PC levou ao aparecimento da expressão inglesa cloud computing, sendo a nuvem (cloud) a Internet. Na prática, significa que em vez de ter tudo instalado num único computador, pode agora usar online as aplicações do dia-a-dia. Nesse sentido, um PC com ligação à Internet pode ter uma cadeia de programas à sua disposição. O motor de busca preferido de todos já entrou nesta onda com o Google Apps (www. google.com/apps). Até a Microsoft tem o seu

EDITE AS FOTOS COM O SERVIÇO PICNIK

01

ENTRE NO SITE DO PICNIK Poderá fazê-lo por intermédio de vários sites de serviços de partilha de imagens, como o Flickr, ou vá directamente através de www.picnik.com. Se optar por esta via não será preciso registar-se.

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02

ENCONTRE UMA FOTO Mude para o separador Photos e clique em Get Photo. Seleccione uma imagem a partir do seu disco rígido ou da memória flash. Suporta todos os formatos mais populares, incluindo jpg, bmp, tif e png.

03

CORRIJA OS PROBLEMAS Use a ferramenta de zoom no canto inferior direito para ver a imagem em maior detalhe. Para problemas de iluminação e focagem, experimente fazer Autofix. Poderá também tentar manualmente.


desktop virtual em www.mesh.com. A tendência acabou por envolver também os editores de imagem online. Aliás, os mais atentos nestas andanças sabem que este tipo de facilidades para as imagens digitais não é algo de novo. No entanto, o que mudou foi o número de editores online disponíveis e a quantidade de ferramentas que eles contêm. De facto, é possível fazer-se muito mais do que o simples cortar e rodar a imagem.

BOM ASPECTO Quer esteja em casa ou em movimento, editar as

fotos online é algo extremamente conveniente. Se já utiliza um site de partilha de imagens então está pronto para começar, pois alguns deles disponibilizam as suas próprias ferramentas de edição, permitindo-lhe fazer alterações às suas fotografias digitais. Contudo, muitas destas ferramentas são básicas, para sermos optimistas. Daí ser preferível recorrer a um serviço de edição dedicada online. Se faz partilha de fotos no Flickr, no Facebook ou no MySpace, então a sua conta dar-lhe-á acesso a um serviço chamado Picnik. Trata-se de uma ferramenta de edição de fotos online que poderá

EDIÇÃO RÁPIDA NO PHOTOSHOP O mais galardoado dos editores de imagem já chegou à Internet Se não quiser editar as suas fotos num ambiente online de partilha de imagens, então experimente o Adobe Photoshop Express (www.photoshop.com/express). Tem o aspecto e a forma de uma aplicação instalada e não tanto de um software disponível online através de uma página na Web. Uma vez que tenha feito o upload das imagens, estará pronto para trabalhar. Ajuste o tamanho do thumbnail de prévisualização e seleccione uma imagem. Todas as ferramentas de que precisa estão disponíveis na paleta à esquerda. A ferramenta Resize é uma ajuda preciosa, caso esteja a tentar reduzir o tamanho de uma imagem em alta resolução. Existem opções previamente estabelecidas que podem preparar as imagens para diferentes ambientes, incluindo imagem de perfil, anexo de mensagem de correio electrónico ou imagem de fundo de telemóvel.

Edite as fotos online e depois faça o respectivo upload para a galeria, caso as queira partilhar com alguém

04

IMAGEM MAIS NÍTIDA Se na altura do disparo a mão tremeu e não deu por isso, não desespere. Experimente a ferramenta Sharpen. Não abuse, ou seja, evite fazer um Sharpen sobre o outro, caso contrário, a imagem ficará pior.

05

EFFECTS Mude para o separador Create para transformar as suas fotos em algo especial. Debaixo de Effects use uma das ferramentas. Por exemplo, Soften dará à sua foto um aspecto a imitar um sonho.

06

FRAME A opção Frames é óptima para dar às fotos digitais o sempre bem-vindo toque final. A opção User Border é ideal para adicionar uma simples frame. Em alternativa, experimente Polaroid para evitar que a foto caia na vulgaridade.

PCGUIA

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REDES

vão ter no resultado final. Muitas são as aplicações deste género que partem do princípio que o utilizador sabe o que fazer com os vários aspectos cobertos pelo software.

FERRAMENTAS ARTÍSTICAS

Use um dos muitos editores de imagem online para reparar e melhorar as suas imagens digitais numa questão de segundos

começar a usar assim que tiver registado a sua conta de partilha de imagens. Também poderá visitar directamente o site, em www.Picnik.com, para usar a ferramenta de forma independente. O Picnik inclui um conjunto de utilitários muito facilmente compreensíveis que se ligam directamente com qualquer programa independente de edição de imagem na sua forma de ser. Permite cortar, alterar a dimensão e rodar a foto de modo a obter o formato ideal. O que mais nos agrada no Picnik é o facto de ele permitir obter uma explicação de qualquer que seja a ferramenta que se está a utilizar. Aliás, o programa até aconselha o utilizador relativamente ao impacte que as alterações

Uma vez que tenha tratado quaisquer elementos indesejados na imagem, clique na opção Create. É neste ponto que começa a diversão, pois este comando coloca à sua disposição diversas ferramentas que o vão ajudar a melhorar as fotos. Por exemplo, poderá acrescentar um efeito artístico, frames, texto personalizado ou sombras. Uma boa parte destas ferramentas é gratuita, mas poderá pagar para fazer a actualização para a versão premium do programa, podendo assim usar todas. A edição de imagens online é ideal para o utilizador médio que deseja fazer algumas alterações às suas imagens digitais. A maior parte dos serviços online disponibiliza ferramentas e efeitos em número suficiente para melhorar as fotos. No fundo, tem tudo que ver com conveniência; não vão ser capazes de substituir as poderosas aplicações de edição de imagem, nem sequer vão precisar de ser instaladas no seu PC – por enquanto. Se não estiver a trabalhar no seu computador mas ainda assim quiser alterar as imagens, então poderá fazê-lo alcançando até resultados impressionantes. À medida que nos vamos afastando do mundo do PC desktop e nos vamos dedicando cada vez mais aos notebooks e a outros tipos de dispositivos portáteis, é expectável que cheguemos a ver um crescimento imenso não só neste tipo de aplicações, como também noutros semelhantes.

EDIÇÃO DE IMAGEM COM O PICTURE2LIFE

01

CARREGUE UMA IMAGEM No Picture2Life, há uma vasta gama de ferramentas de edição. Depois de se registar, faça o upload das suas fotos, escolha uma e clique em Edit this picture.

74 | PCGUIA

02

APLIQUE UM QUICK FIX Irá encontrar as ferramentas mais comuns debaixo de Quick Fixes. Também terá acesso à pré-visualização de cada correcção. Escolha Apply para usar as definições padrão ou Custom para fazer ajustes.

03

FILTRE OS EFEITOS A gama de filtros disponibilizada é impressionante. De facto, há centenas por onde escolher. Não tem de gastar muito tempo a experimentar; é automaticamente prestada uma pré-visualização.


USE O ADOBE PHOTOSHOP EXPRESS

01

EDIÇÃO EXPRESSO Comece por ir a www.photoshop.com/express. Clique em Join Now e registe-se para começar a editar as suas fotos. Seleccione Upload Photos para adicionar as imagens que quer usar no programa.

02

ESCOLHA UMA FOTO Seleccione a imagem e clique em Edit Photo. As ferramentas disponíveis dividem-se em três categorias: Basics, Tuning e Effects. A maior parte dá uma pré-visualização das alterações aplicadas.

03

ADICIONE UM EFEITO Se tirou uma foto que pensa ser impossível de remendar, não desespere. Debaixo de Effects poderá dar à imagem uma nova vida graças a ferramentas como Pop Color, Tint ou Sketch.


REDES

PARTILHE FICHEIROS RAPIDAMENTE Precisa de passar dados de um PC para outro? A PCGuia revela tudo o que tem de saber sobre transferências rápidas de ficheiros Há sempre um momento em que é necessário transferir um ficheiro de um PC para outro. Se ambos os computadores estiverem na mesma divisão ou casa, pode servir-se apenas de um disco rígido intermédio ou de um dispositivo como um CD em branco ou uma flash drive USB. É uma excelente ideia para as transferências isoladas. Mas se transfere ficheiros com regularidade, esta experiência pode tornar-se frustrante em pouco tempo. Os princípios de transferência de ficheiros numa rede são os mesmos que se usam para a Internet – colocar o ficheiro numa localização acessível ao outro computador e deixar que este se encarregue do processo da transferência. É mais rápido e conveniente. Mas é possível tornar o processo ainda mais fácil e simples.

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TRABALHO EM COLABORAÇÃO Uma coisa são os ficheiros que apenas quer transferir. Outra coisa são os ficheiros ou os documentos em que deseja colaborar. Para este caso, existe uma nova geração de aplicações Web que permite a pessoas em diferentes países trabalharem simultaneamente no mesmo documento – e de graça. Nas páginas seguintes veremos as diversas maneiras de partilhar e colaborar em ficheiros e revelamos sugestões e técnicas para transferências mais rápidas. Vai ficar surpreendido com o tempo que pode poupar com um pouco de informação. Continue a ler e aprenda a arte da partilha de ficheiros.


REDIMENSIONE OS FICHEIROS Na base de uma transferência mais rápida de ficheiros estão boas técnicas de compressão A maneira mais eficiente de acelerar a transferência de ficheiros é diminuir o tamanho dos dados que vai enviar, para que, desde logo, o pacote a transferir seja mais pequeno. Pondere comprimir os ficheiros para um único recipiente, como ZIP, RAR ou ARC. O ZIP é a escolha óbvia. Os Windows XP e Vista têm suporte incorporado, pelo que este formato é de longe o mais acessível. Os ficheiros ZIP podem ser abertos directamente, bastando para isso clicar duas vezes sobre os respectivos ícones. A criação de um arquivo ZIP também é simples: é só seleccionar todos os seus ficheiros e pastas, clicar com o botão direito do rato por cima de um deles e escolher Enviar para, Pasta comprimida (vulgarmente designada como “zipada”). Se precisar de aceder a um tipo diferente de ficheiro comprimido ou desejar experimentar diversos recipientes para ver qual funciona melhor, instale o IZarc, fornecido no DVD. No entanto, lembre-se de que quem for receber o ficheiro comprimido sem ZIP precisará do IZArc ou de um programa semelhante para o abrir.

ESCOLHA UM FICHEIRO COMPRIMIDO Os ficheiros ZIP servem melhor para distribuir um grande conjunto de ficheiros ou de pastas num pacote conveniente. Mas, se estiver a trabalhar com um tipo de ficheiro específico, de imagem ou de música, por exemplo, pode guardá-lo num formato já com compressão incorporada. Se desejar transferir um ficheiro de imagem, pode guardá-lo como GIF (para imagens de line art ou tons de cinzento), PNG ou JPEG. Na caixa, poderá ver sugestões e técnicas a seguir para reduzir o tamanho dos seus ficheiros de imagem.

Os ficheiros comprimidos em formato ZIP podem ser vistos directamente no Windows XP e Vista; não é preciso instalar software de descompressão de outros fabricantes

Os ficheiros de música e som podem também ser comprimidos de modo a serem mais fáceis de enviar. Um ficheiro WAV não comprimido tem cerca de 10 MB por minuto. Em contrapartida, os formatos MP3 e WMA podem reduzir esse valor até 901 por cento, embora reduzindo a qualidade do áudio. Para obter o melhor equilíbrio entre a qualidade do som e o tamanho do ficheiro, escolha uma compressão de 128 bits para WMA ou de 256 bits para MP3. Também é possível reduzir os ficheiros removendo-lhes as informações indesejadas. Procure uma opção na aplicação mãe para compactar ou comprimir ficheiros.

EMAGREÇA AS SUAS FOTOGRAFIAS

01

REDIMENSIONE A IMAGEM Uma imagem com 8 megapixels por comprimir pode ocupar um espaço de 30 MB. Reduza-a para 2000 x 1500 (serve muito bem para as impressões normais) e passará a ter apenas 11,4 MB.

02

REDUZA A PROFUNDIDADE DE COR PNG Faça experiências com o número de cores na sua imagem. Com técnicas de dithering, os 8 bits ainda são legíveis, reduzindo o tamanho da imagem em mais de 80%.

03

ESCOLHA JPEG O PNG não está à altura do JPEG quanto ao tamanho da imagem. A 80% da qualidade, o nosso exemplo reduziu-se de 11,4 MB para apenas 545 KB. A 60% ficou apenas com 369 KB, mas a qualidade ressentiu-se notavelmente.

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REDES

PERSONALIZAR

Clique aqui para alterar o nome da rede e alternar entre Pública (para uma maior segurança) ou Privada (para redes domésticas).

DETECÇÃO DE REDE

Active-a para que o seu computador fique visível aos outros. É um pré-requisito para poder partilhar ficheiros na rede.

TAREFAS

Escolha Ver computadores e dispositivos para procurar recursos partilhados na sua rede ou utilizar as outras opções para configurar a sua rede.

PARTILHA PROTEGIDA POR PALAVRA-PASSE

O Vista permite-lhe proteger as pastas partilhadas através de uma palavra-passe, ficando assim definido que utilizadores têm acesso a que recursos.

TRANSFIRA FICHEIROS ATRAVÉS DE UMA REDE Aproveite melhor a rede partilhando os seus ficheiros e pastas

GRUPO DE TRABALHO Uma rede peer-to-peer utiliza-se para agrupar os computadores na mesma rede com o objectivo de partilharem entre eles ficheiros, impressoras e outros recursos.

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A maneira mais rápida de partilhar ficheiros entre dois ou mais PC em casa é através de uma rede. Partindo do princípio que a sua rede está configurada, só tem de seguir alguns passos para partilhar ficheiros e aceder a outros recursos partilhados na sua rede. Primeiro, certifique-se de que todos os seus computadores estão no mesmo grupo de trabalho, para serem vistos com facilidade pelos outros computadores. Clique em Iniciar e depois no botão direito do rato em Computador ou O meu computador e seleccione Propriedades. Os utilizadores do Vista deverão clicar em Definições de Nome de Computador, Domínio e Grupo de Trabalho, e depois em Continuar. Os que têm o XP deverão seleccionar o separador Nome do computador. Depois, é necessário clicar em Alterar para modificar o grupo de trabalho de forma a ser

o mesmo do resto da rede. Clique em OK duas vezes e reinicie quando tal lhe for pedido.

PARTILHE OS DADOS A seguir precisa de activar a partilha de ficheiros. Assim, clique com o botão direito do rato na pasta que deseja partilhar e escolha Propriedades, Partilhar. Se for necessário, active a partilha de ficheiros (se lhe for pedido, não execute o assistente. Escolha apenas activar a partilha de ficheiros), dê um nome à pasta, defina se o ficheiro é ou não apenas para leitura e clique em OK. Pode também precisar de configurar a sua firewall para permitir a partilha de ficheiros. Veja na respectiva documentação as informações que precisa. Uma vez feito isto, a pasta deverá estar visível aos outros utilizadores na rede e pronta para a partilha de ficheiros.


FAÇA UPLOADS VIA FTP É a melhor forma de colocar rapidamente ficheiros num servidor O File Transfer Protocol (FTP) é a maneira tradicional de carregar ficheiros para a Internet. Continua a ser popular porque é rápido e fácil de utilizar. Embora seja possível carregar ficheiros por FTP no Internet Explorer ou através do Windows, essa maneira não é a mais eficiente. Uma maneira muito melhor é utilizar um cliente FTP, que lhe dá um acesso rápido e fácil ao espaço do seu servidor, seja o espaço gratuito que lhe proporciona o seu Internet Service Provider, seja a capacidade extra do seu hospedeiro de Web. Uma das melhores ferramentas que há, actualmente, é o FileZilla, que pode encontrar no

DVD. Para ter acesso ao seu armazenamento online, precisa de três coisas: um endereço FTP, um nome de utilizador e uma palavra-passe para obter acesso a esse espaço de armazenamento. O seu ISP poderá dar-lhe estes dados; consulte a secção de ajuda online para saber essas informações.

ARRASTAR E LARGAR Quando tiver iniciado a sessão no seu espaço Web ou de armazenamento, pode utilizá-lo como se fosse uma drive do Windows: crie pastas para ajudar a organizar os seus uploads e depois

carregue os seus ficheiros para lá. Embora seja possível navegar pelo seu disco rígido utilizando o FileZilla, normalmente é mais rápido arrastar e largar de uma janela do explorador para o seu espaço de Web, representado na janela da direita do FileZilla. A velocidade dos uploads dependerá do seu ISP e programa, mas não conte que seja, nem de perto nem de longe, tão rápida como a dos seus downloads. Por exemplo, o pacote de 10 MB da Virgin Media pode-se descarregar por até 1 MB por segundo, mas a velocidade dos uploads é, tipicamente de cerca 60 a 70 KB/S.

PLUG-INS DO BROWSER Escreva ftp://server.pt na barra de endereços do seu browser (sendo que server.pt é o endereço FTP do seu servidor) e prima Enter. Ser-lhe-á pedido o nome de utilizador e a palavra-passe da sua conta FTP – introduza-os e depois arraste e largue. Mas não é uma solução elegante. Quando carrega ficheiros grandes, por exemplo, pode parecer que o browser “crashou”. Os utilizadores do Firefox deverão dar uma vista de olhos ao FireFTP (http://fireftp.mozdev.org), um add-on gratuito para o browser. Uma vez instalado, seleccione Tools, FireFTP para o abrir num novo separador, onde pode configurar uma ligação e depois utilizá-lo do mesmo modo que o FileZilla, com suporte completo para drag-and-drop, assim como acesso de dentro do browser.

CONFIGURE O ACESSO AO SEU SERVIDOR DE FTP COM O FILEZILLA

01

PRIMEIROS PASSOS Abra o FileZilla e escolha File, Site Manager para configurar os dados do seu site. Clique em New Site e introduza o nome da sua ligação. Depois escreva o endereço FTP do seu servidor na caixa Host.

02

INTRODUZA OS DADOS DE INÍCIO DE SESSÃO Altere Logontype para Normal e introduza o nome de utilizador e a palavra-passe do seu FTP. Se desejar criar directorias remotas e locais predefinidos, vá ao separador Advanced.

03

DEFINA AS DIRECTORIAS INICIAIS Clique em Browse para escolher uma pasta no seu disco rígido como predefinida para quando se liga ao servidor. Escreva manualmente a directoria remota na caixa abaixo e clique Connect.

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REDES

FICHEIROS SELECCIONADOS

Todas as torrents vêm aqui listadas. Se o estado estiver em Seeded, quer dizer que o ficheiro foi descarregado e está disponível aos outros.

TAXA/DISPONIBILIDADE

Uma taxa menor que 1,000 quer dizer que descarregou mais do que carregou. A disponibilidade indica quantas cópias completas do ficheiro estão disponíveis no swarm.

ATRIBUIÇÃO DA LARGURA DE BANDA

Altere-a para High se não utilizar a Internet para mais nada, ou Low se estiver a interferir com as outras actividade da Internet. Pode também definir manualmente aqui as velocidades de download/upload.

ESTATÍSTICAS DOS FICHEIROS

Dão-lhe uma representação gráfica de que partes do ficheiro foram descarregadas, assim como quais as partes disponíveis para download através do swarm corrente.

RECORRA AO PEER-TO-PEER Tem má reputação, é certo, mas o P2P é uma das melhores maneiras de partilhar dados

Quando se pensa na partilha de ficheiros através de peer-to-peer (P2P) vem-nos logo à cabeça os adolescentes inconscientes que trocam downloads ilegais de música e de filmes cheios de vírus até os pais receberem uma intimação do tribunal que os pode levar à ruína. Até o processo de instalação de um cliente de P2P está recheado de perigos, pois muitos deles estão cheios de spyware e de adware. Nos últimos anos, essa imagem mudou. A maior

parte das redes ilegais de partilha de ficheiros ou acabou ou ficou legítima. Por exemplo, a Kazaa serve agora como página de redireccionamento da AltNet, um site onde se assina para fazer downloads legais. Mesmo o software cliente de P2P se tem tornado legítimo, embora ainda tenha de ter cuidado na escolha do cliente. Sem estas desvantagens, o P2P fica uma opção imbatível quando se procura uma maneira eficiente

O P2P, A LEI E O UTILIZADOR Qual a posição das leis dos direitos de autor em relação à partilha de ficheiros de P2P? Em si, a partilha de ficheiros não é ilegal, mas está a violar a Lei se descarregar ou partilhar material sujeito a direitos de autor.

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Como é que sei se um ficheiro é legal ou não? Se não detém os direitos de autor do ficheiro que está a pensar partilhar ou descarregar, saiba quais são as restrições à respectiva utilização antes de lhe aceder.

Posso obter legalmente ficheiros com direitos de autor através do P2P? Sim. Precisa de aderir à rede P2P e pagar pelo material com direitos, na forma de uma taxa única (para aluguer ou compra).



REDES

de partilhar ficheiros pela Internet. Nas formas tradicionais da partilha pela Internet, armazena-se um ficheiro num único servidor, cuja largura de banda tem de ser partilhada entre todos os computadores que tentarem aceder a esse servidor ao mesmo tempo. É por isso que alguns ficheiros se descarregam muito mais rapidamente do que outros.

ABORDAGEM MÚLTIPLA As redes P2P contornam esta restrição aproveitando o facto de haver vários computadores com os mesmos ficheiros. Assim, estão disponíveis mais canais de download, o que resulta num melhor desempenho. O P2P é especialmente popular por partilhar ficheiros grandes, como vídeo e música. E embora a ameaça dos vírus e do spyware permaneça, é uma maneira excelente de aceder e partilhar ficheiros grandes. Só lhe resta escolher uma rede P2P – a BitTorrent é a rede da nossa preferência devido ao seu tamanho e popularidade – e um cliente adequado. O cliente oficial da BitTorrent (uTorrent) pode-se descarregar de www.bittorrent.com. As tecnologias de partilha de ficheiros suspeitas estão a desaparecer

GÍRIA DO P2P LISTA NEGRA DA PCGUIA P2P P2P é o diminutivo de peer-to-peer, um tipo de rede onde os ficheiros são partilhados entre dois ou mais PC. As ligações fazem-se através de um servidor que cataloga onde os ficheiros se podem encontrar, mas estes são hospedados nos computadores dos utilizadores finais da partilha de ficheiros. Dois exemplos de tecnologias de partilha de ficheiros são BitTorrent e Ares.

PEER Um PC na rede P2P que tem uma cópia parcial do ficheiro partilhado, disponibilizando essa porção para upload.

CLIENTE Um programa utilizado para se ligar a um serviço de partilha de ficheiros, como o uTorrent pata as redes de BitTorrent.

SEEDER Um computador que tem uma cópia completa do ficheiro e que o continua a disponibilizar para download de outrem.

SWARM O termo colectivo para todos os computadores – peers e seeders – que partilham um ficheiro.

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TRACKER Um servidor que contém as informações sobre os ficheiros que são partilhados e os computadores que os partilham. A isto chama-se frequentemente o swarm, que actualiza este servidor com informações sobre quais as partes do ficheiro que estão disponíveis em que peer.

TORRENT O ficheiro que comunica o endereço do tracker ao computador e contém as informações sobre todas as partes do ficheiro que estão a ser descarregadas.

SHARE RATIO Esta é calculada dividindo a quantidade carregada pela descarregada. Se a ratio é maior do que 1, o utilizador é recebido mais favoravelmente pelo resto da comunidade do BitTorrent por carregar mais do que descarrega.

LEECH Um computador que tem má fama na partilha de ficheiros com os outros. Por outras palavras tem uma share ratio de menos que 1. Isto pode dever-se às circunstâncias – pode ter acabado de aderir ao seu primeiro swarm, por exemplo – ou pode ser de propósito, deixando de partilhar o ficheiro assim que o tiver descarregado.

Certifique-se de que descarrega o software cliente de P2P dos endereços de Web que aqui lhe damos. Normalmente trata-se da homepage do cliente de P2P. Há muitos exemplos de sites suspeitos que oferecem clientes de p2p aparentemente legítimos que foram alterados ou ajustados com objectivos pouco “católicos”. Alguns clientes de P2P vêm com barras de ferramentas que comprometem a privacidade das pessoas, mas que são mencionadas durante a instalação. Alguns programas, como o Blubster (www.blubster.com) e o BitComet (www. bitcomet.com), permitem-lhe optar por não instalar esses componentes. Outros, como o BearShare (www.bearshare.com), Shareaza (www.shareaza.com) e o iMesh (www.imesh. com), instalam-nos, mas dão-lhe a hipótese de os desactivar e dão-lhe a possibilidade de os remover depois. Outros clientes de P2P avisamno sobre o software acompanhante, mas não funcionam se esse não for instalado. Exemplos destes são o Kiwi Alpha (www.kiwialpha.com) e o Piolet (www.piolet.com). Uma maneira de se proteger contra os clientes de P2P suspeitos é instalando a barra de ferramentas gratuita McAfee SiteAdvisor (www. siteadvisor.com). Se o seu cliente de P2P tiver uma classificação de amarelo ou vermelho, examine-o bem antes de continuar o download.


COMO FUNCIONA O BITTORRENT Eis a rede de P2P mais eficaz do mundo Como é que o sistema P2P transfere os ficheiros da Internet para o seu PC? Primeiro, precisa de instalar no seu PC um cliente de BitTorrent, como o uTorrent (www.utorrent.com). Isto feito, navegue pela Web procurando os sites com os links para ficheiros especiais com a extensão .torrent. Estes são muito pequenos e contêm simplesmente as informações sobre o ficheiro que deseja descarregar. Clicando duas vezes num ficheiro .torrent deve abrir um link a um servidor central (chamado tracker) na Internet, que tem dados sobre o ficheiro e os outros computadores que actualmente o estão a descarregar e a partilhar (que, colectivamente, se chama o swarm).

C

ESTABELEÇA O CONTACTO Estes dados são depois carregados para o seu PC, que lhe permite fazer contacto directo com os outros membros do swarm para começar a descarregar o ficheiro. Este está dividido em pedaços mais pequenos, e estes segmentos são trocados entre os membros do swarm (repare que se podem carregar e descarregar vários segmentos em simultâneo, para maximizar a utilização da largura de banda e melhorar o desempenho. Quando todos os pedaços tiverem sido descarregados, são montados de modo a reconstituir o ficheiro original.

SEEDING O processo de deixar um ficheiro descarregado no seu PC para que os outros membros do swarm possam descarregá-lo, aumentando a sua taxa de upload/download.

C C SETAS AZUIS Representam a comunicação de cada PC com o servidor que tem o ficheiro de torrent, juntamente com as informações actualizadas sobre o swarm. SETAS VERMELHAS Representam partes do ficheiro a ser descarregado para o seu PC dos membros do swarm. SETAS VERDES Representam as partes do ficheiro que já carregou e que são partilhadas pelos membros que precisam delas.

B

A

A O SEU PC O seu PC junta-se a todos os outros PC que partilham o mesmo ficheiro, o swarm. Todos os pedaços do ficheiro que deseja descarregar deverão estar presentes no swarm. B SERVIDOR Este hospeda o ficheiro de torrent que é utilizado para comunicar entre si e os outros membros do swarm. É actualizado regularmente à medida que as pessoas entram e saem do swarm. C SEED

Se tiver sorte, pelo menos um membro do swarm terá descarregado o ficheiro completo e continua a disponibilizá-lo aos outros. A este PC chama-se uma seed.

D

D

D

D PEER

Os outros PC que ainda estão a descarregar o ficheiro partilhando as partes que já possuem são chamados peers. A maioria dos membros de um swarm será composta por peers.

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SOFTWARE

ACELERE OS TORRENTS

01

FAÇA O TESTE DE VELOCIDADE Inicie o uTorrent e escolha Options, Speed Guide. Faça um teste de velocidade para verificar a velocidade de upload e download e depois altere a Connection Type de modo a ficar de acordo com o teste.

REENCAMINHAMENTO DE PORTAS Clique em Test if port is forwarded properly. Se o resultado for negativo, consulte a documentação do seu router para verificar como fazer o forwarding da porta indicada no endereço IP do seu computador.

03

ALTERE A PORTA Se acha que o seu ISP está a restringir o tráfego de BitTorrent, seleccione Options, Preferences, Connection e defina uma porta nova (actualize as definições de forwarding da porta do seu router).

04

05

06

OPTIMIZE A LIGAÇÃO TCP/IP Se estiver a utilizar o XP ou anterior, descarregue o SG TCP Optimizer (www. speedguide.net/downloads.php) e utilize-o para fazer as definições do Windows ficarem iguais às da velocidade da sua ligação.

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02

LIMITE A VELOCIDADE DAS TRANSFERÊNCIAS Escolha Options, Preferences, Bandwidth e desseleccione Automatic. Defina a velocidade de upload a 80% do seu máximo, de download a 95% do seu máximo.

UTILIZE UMA DRIVE NAS COMPATÍVEL Os dispositivos Network Attached Storage actuais suportam BitTorrent, permitindo-lhe definir a ligação do seu NAS e deixá-lo a funcionar sozinho sem atrasar o seu PC.



REDES

CLIENTES E SITES DE BITTORRENT A nossa selecção dos melhores sites e ferramentas para conteúdo de BitTorrent UTORRENT

VUZE 4.0

ENCONTRE O CONTEÚDO O Vuze tem um motor de buscas incorporado, que lhe permite encontrar torrents e outros downloads directamente do interior do programa, em vez de ter de utilizar um Web browser.

UTILIZA MUITO POUCOS RECURSOS

O uTorrent é um download minúsculo de 971 KB. Assim, não consome memória, nem potência do processador, nem espaço no disco. O resultado é um cliente de BitTorrent pequeno e rápido muito difícil de bater.

NOVA INTERFACE

O Vuze 4.0 tem uma interface mais amigável para visualizar as suas torrents à medida que se descarregam, mas a vista mais antiga e mais pormenorizada está apenas a um clique de distância, na barra de ferramentas View.

LEITOR MULTIMÉDIA INCORPORADO

Na continuação do tema da integração, pode ler os ficheiros multimédia que descarregou de dentro do Vuze, que tem um leitor multimédia integrado.

OFICIAL

O uTorrent foi adoptado pelo BitTorrent. com como programa cliente oficial. É difícil haver melhor recomendação.

DESEMPENHO DO MELHOR QUE HÁ Não se deixe enganar pelo pequeno tamanho do ficheiro e o mínimo de exigência. O uTorrent está entre os melhores no que diz respeito às melhores velocidades de download e upload.

OS MELHORES SITES DE TORRENTS FREE DOWNLOAD MANAGER

DOWNLOAD DE VÍDEO FLASH

O Free Download Manager permite-lhe descarregar vídeos de flash de sites de vídeo como o YouTube e o Video Google e converter o formato FLV para formatos de vídeo mais populares.

GESTÃO DOS DOWNLOADS O Free Download Manager é principalmente uma ferramenta para acelerar os downloads de ficheiros (descarregando-os de vários locais em simultâneo), e pode retomar muitos downloads interrompidos.

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SUPORTE A BITTORRENT

Os downloads de BitTorrent são tratados na mesma aplicação, o que significa que tem uma única aplicação para tratar de todos os downloads de ficheiros da Internet.

Comece a sua busca no ISOHunt (www.isohunt.com), que é actualizado todas as horas. Dê também uma vista de olhos a Mininova (www.mininova.org), que lhe permite filtrar as buscas por categorias, como software, filmes e música. Se quiser evitar coisas de uma legalidade duvidosa, procure em www.youtorrent. com, que se especializou em proporcionar links para downloads legais. Se quiser experimentar mais sites de torrents, veja o top 35 de sites de torrents de Aboutcom (http://tinyurl.com/djqgz).



REDES

CORRIJA PROBLEMAS DE REDE A PCGuia explica-lhe como tirar o máximo partido da sua rede doméstica no Windows Vista e resolver problemas comuns

Quando se tem mais do que um computador em casa, a maneira mais fácil de partilhar informação entre eles é ligá-los em rede. Cada versão do Windows gaba-se de tornar este processo mais fácil. Temos de concordar que o processo de ligação de equipamentos em rede no Windows avançou a passos largos, no entanto, está ainda longe de estar livre de problemas, infelizmente, para nós. Não é raro ouvir utilizadores a queixarem-se de complicações a este nível. Os problemas da ligação em rede podem ser dos mais frustrantes para quem com eles se depara. É que basta uma definição ficar incorrecta para que uma configuração supostamente perfeita fique incapacitada, pelo que não admira que continue a existir um estigma associado a este tipo de tecnologia. Ela é tida como sendo complicada de montar e configurar, mas nada é impossível. Trabalhe na sua configuração seguindo um processo lógico e evitará quaisquer contrariedades.

POR ONDE COMEÇAR? O Vista dispõe de um guia de ligação em rede que o ajudará a começar. Porém, mesmo com esta mãozinha, por vezes, é complicado saber que opções seleccionar. Isto pode resultar numa configuração que não é a ideal para a sua situação. Ao compreender melhor as definições de privacidade e segurança que pode usar, conseguirá escolher as opções certas à primeira. Quando se liga pela primeira vez a uma rede no Windows Vista, tem de seleccionar uma localização de rede. Isto é crucial. No caso de saltar este passo por não ter a certeza, a localização escolhida será Pública. A localização de rede que seleccionar estárelacionada com o tipo de rede que provavelmente irá encontrar e à qual se ligará. Por exemplo, se tem um portátil, quando anda de volta dos seus afazeres não o utiliza da mesma maneira como faz em casa.

QUANDO SE LIGA PELA PRIMEIRA VEZ A UMA REDE NO WINDOWS VISTA, TEM DE SELECCIONAR UMA LOCALIZAÇÃO

PARTILHAR UMA IMPRESSORA

01

PREPARE A REDE A partilha de uma impressora entre vários computadores em sua casa é um processo simples. Ligue a impressora a um PC na rede e certifique-se de que todos os outros computadores estão a funcionar.

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02

PARTILHE A IMPRESSORA Vá a Painel de controlo, Impressora. Clique com o botão direito do rato na impressora que pretende partilhar e escolha Executar como administrador, Partilhar. Seleccione Partilhar esta impressora e dê-lhe um nome adequado.

03

REMOVA AS LIMITAÇÕES Se um utilizador conseguir ver a impressora mas não puder imprimir, clique na impressora com o botão direito do rato e seleccione Propriedades, separador Avançadas. Certifique-se de que não há limites de tempo em vigor.


MELHORE O SINAL WI-FI Quase não é preciso referir que as redes sem fios são óptimas quando funcionam. No entanto, um sinal fraco pode resultar na interrupção do fluxo de dados ou, pior ainda, na perda por completo da ligação à Internet. O mau posicionamento do router, aliado à presença de paredes de cimento e andares a perturbar o sinal, pode ter um efeito adverso. Felizmente, há uma maneira de dar um empurrão ao sinal. Recorrendo a um dispositivo chamado repetidor ou extensor de alcance, consegue aumentar o alcance da sua rede actual e transmitir o sinal sem fios mais longe. Se realmente optar por comprar um repetidor, convém arranjar um da mesma marca do router. Isto simplifica o processo de configuração.

Há três opções de localização à escolha no Vista: Casa, Trabalho e Local público. A escolha de Casa ou Trabalho não implica qualquer alteração importante no seu sistema. Tudo o que vê é um ícone diferente a indicar cada uma. Quando qualquer uma delas está seleccionada, o Windows Vista activa a Detecção de Rede. Isto permite que outros computadores na rede o vejam e vice-versa. Se tem dificuldade em comunicar com outros dispositivos na sua rede, pode ser este o motivo. A terceira opção – Local público – serve para quando se liga a um hotspot sem fios e não quer que mais ninguém detecte a sua presença na rede. Permite-lhe manter a sua privacidade.

PROBLEMAS DE SEGURANÇA DAS REDES SEM FIOS Se a sua rede não está protegida, então encontra-

Certifique-se de que a detecção do SSID está desactivada. Assim, os caçadores casuais de sinais Wi-fi não verão o seu router

-se vulnerável ao ataque de oportunistas e sequestradores. A primeira tarefa consiste em alterar a palavra-passe predefinida do seu router. Por predefinição, o nome de utilizador encontrase definido como Admin ou Administrador. A palavra-passe poderá estar em branco ou ser algo tão óbvio como palavra-passe. Um hacker não demorará muito a alterar a configuração de um router desprotegido. Além da segurança do programa de configuração do router, precisa de proteger a sua rede. O router dá-lhe a possibilidade de escolher a encriptação WEP ou WPA. Escolha a última sempre que possível por ser mais segura. Finalmente, existe outra definição no programa do router, chamada detecção do SSID. Certifique-se de que está desactivada: agora qualquer pessoa que ande casualmente à procura de sinais Wi-fi não verá o

FACTOS

● Quanto tempo demora?

Sete minutos ● O que é que preciso?

Windows Vista e dois ou mais computadores, uma impressora ● O que vou aprender? Partilhar ficheiros e pastas Partilhar uma impressora Utilizar segurança em redes sem fios

RESOLVA PROBLEMAS DE REDE COMUNS

01

DADOS PARTILHADOS No caso de não saber que ficheiros um utilizador está a partilhar e a Detecção de Rede estiver desactivada, há um truque rápido que o ajuda a descobrir. Clique em Iniciar, escreva \\username e prima [Return].

02

VERIFIQUE A ENCRIPTAÇÃO Um erro comum é a perda de dados de uma ligação sem fios à Internet e a sua ligação ser tratada como “local apenas”. Normalmente isto deve-se a uma palavra-passe digitada incorrectamente.

03

STREAMING DE MULTIMÉDIA No Windows Media pode transmitir ficheiros multimédia para outros dispositivos ligados à rede. Caso não consiga fazê-lo, é porque a sua rede está definida como Pública em vez de Privada.

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REDES

Se a sua ligação Wi-fi parece estar activa mas não consegue navegar na Net, verifique novamente as definições DNS

DICIONÁRIO

ENCRIPTAÇÃO WEP/WPA Um hacker dedicado não terá qualquer dificuldade para contornar a encriptação WEP. A WPA é mais segura; emprega uma frase-passe mais complexa para garantir que a chave de encriptação gerada resiste aos ataques.

seu router. De nada vale que a sua ligação sem fios esteja disponível para todos os utilizadores do computador. Não é necessário configurá-la para cada pessoa. No entanto, esta pode não ser a situação ideal, em particular se está a tentar restringir o acesso à Internet. Uma coisa que pode fazer é criar uma ligação que apenas é utilizada pela pessoa que tenha uma sessão aberta. Para tal,

PODE CRIAR UMA LIGAÇÃO QUE APENAS É UTILIZADA PELA PESSOA QUE TENHA UMA SESSÃO ABERTA

PARTILHA DE FICHEIROS SEM COMPLICAÇÕES

Se a mera ideia de configurar uma rede chega para deixá-lo apavorado, respire fundo e descontraia-se. A maneira mais fácil de partilhar ficheiros entre dois ou mais computadores consiste em configurar uma rede dita ad hoc. É ideal no caso de querer partilhar informação directamente entre dispositivos sem fios. Abra o Centro de Rede e Partilha. Clique em Configurar uma ligação ou rede

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e escolha Configurar uma rede ad hoc sem fios (computador a computador) Se desejar, dê um nome à sua rede e em seguida atribua-lhe um nível de segurança escolhendo uma frase-passe convenientemente complexa. Quem quiser juntar-se à rede precisará desta frase-passe. Assim que a rede estiver criada, aparecerá na lista de redes sem fios disponíveis.

abra o Centro de Rede e Partilha no Painel de controlo e seguidamente clique em Gerir Ligações de rede. Clique em Tipos de perfil e seleccione Utilizar os perfis para todos os utilizadores e por utilizador. Quando configurar uma ligação sem fios, ser-lhe-á perguntado se pretende que a mesma esteja disponível para todos os utilizadores ou apenas para si. Isto só se aplica às novas ligações, portanto, elimine e volte a criar uma ligação existente para modificar o protocolo. Com a sua rede em plena actividade, chegou o momento de tirar proveito dela. Tal como sucedia nas anteriores encarnações do Windows, para partilhar ficheiros e pastas, basta clicar com o botão direito do rato no item e seleccionar a opção Partilhar. Para proteger os seus dados de intrusos indesejados, clique com o botão direito do rato na mesma pasta, clique em Propriedades e aceda ao separador Segurança. Aqui pode restringir as permissões de computadores externos e proteger os seus dados partilhados.



REDES

Problemas de rede

EVITE PROBLEMAS DE REDE E PARTILHA

01

CONTROLE OS UTILIZADORES Conceder o controlo total sobre um ficheiro ou pasta a outro utilizador pode não ser o ideal. Clique com o botão direito do rato no item que pretende partilhar, seleccione Propriedades e vá até ao separador Segurança. Aqui pode ajustar o acesso individualmente para cada utilizador.

DEFINA PERMISSÕES Em Nomes de grupo ou de utilizador, seleccione os utilizadores cujo acesso pretende controlar. Para alterar as permissões, clique em Editar e assinale a caixa ao lado da permissão que quer atribuir-lhes.

03

PRESERVE ESPAÇO NO DISCO Evite ficar sem espaço no disco rígido e imponha um limite à quantidade de espaço que pode ser utilizado. Abra Computador, clique com o botão direito do rato em Disco local (C:) e escolha Propriedades. Seleccione o separador Quota e clique depois em Mostrar definições de quota.

04

05

06

O QUE ESTÃO TODOS A PARTILHAR? Se não sabe ao certo que itens estão a ser partilhados noutro computador, clique em Iniciar, Rede. Isto indica-lhe todos os dispositivos disponíveis na sua rede. Clique duas vezes num item para ver detalhes de ficheiros e pastas individuais.

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UTILIZE QUOTAS Seleccione Activar gestão de quotas e defina um limite global. Clique em Entradas de quota para poder impor limites por utilizador e impedir assim que o disco rígido fique cheio com ficheiros desnecessários.

SAIBA O QUE ESTÁ A PARTILHAR No Centro de Rede e Partilha, clique em Mostrar todos os ficheiros e pastas que estou a partilhar, no fundo do ecrã. Esta opção faz aparecer uma vista do Explorador com todos os itens que os outros utilizadores podem ver.



REDES

CONTROLE TODAS AS SUAS CAIXAS DE CORREIO Gerir múltiplas contas pode ser cansativo e caótico. O serviço de Webmail GMX é a resposta às suas preces

DICIONÁRIO POP3 Post Office Protocol versão 3 (POP3) é um método de extrair e-mail a partir de um servidor remoto. É suportado por quase todas as aplicações de e-mail. O IMAP (Internet Message Access Protocol) é um segundo protocolo também usado.

O GMX assemelha-se a qualquer aplicação normal de webmail, mas consegue importar para um mesmo espaço toda as suas contas de e-mail

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A maioria das pessoas possui entre três a cinco contas de e-mail. Independentemente do uso que fazem delas, uma coisa é certa: não é fácil gerir todas as mensagens, todos os perfis e andar constantemente a saltar entre serviços de webmail. Faça um pequeno exercício matemático e conte quantas tem: a do seu ISP, uma conta com mais de dez anos do Hotmail, uma do Gmail, a sua conta profissional, entre outras. Verificar cada uma destas contas, mesmo que não seja diariamente exige algum tempo disponível, mais não seja para efectuar a sua autenticação, para se ligar e para consultar as mensagens. E se pudesse ter todas as caixas de correio numa única interface? Alguns programas como o Windows Mail ou o Outlook Express permitem-lhe adicionar outras contas de e-mail, no entanto, isto só é possível com serviços que suportem POP3 e IMAP e nem sempre funciona da melhor forma. Porquê? Configurar contas de e-mail em programas como o Windows Mail obriga a que o utilizador especifique alguns detalhes do servidor para as contas, o que pode não ser uma tarefa exactamente fácil, para além de que não poderá aceder à sua caixa de correio em todo o lado, por exemplo, quando vai de viagem. O GMX é um novo serviço de webmail desenvolvido pelo United Internet Group. O

serviço está criado para acomodar contas de e-mail de terceiros e para trabalhar com um aglomerador deste tipo de conteúdos. Este importa as contas de forma simples e providencia um endereço e uma palavra-passe. Consegue reconhecer os principais fornecedores do mercado, incluindo o Hotmail, e a única coisa que pede em troca é o seu endereço de e-mail e uma palavra-passe para importar as caixas de correio.

SOLUÇÃO SIMPLES Apesar de algumas aplicações como o Windows Mail também permitirem estas funcionalidades, a facilidade de acesso ao GMX a partir de qualquer local e a simplicidade que oferece na adição de novas contas fazem dele o serviço de e-mail da nossa eleição. À parte das opções de reunião de contas de e-mail, o GMX possui ainda algumas funcionalidades extra bastante úteis. O serviço oferece-lhe 5 GB de espaço livre para alojamento de ficheiros e dá-lhe ainda acesso a uma ferramenta que permite arrastar e largar os ficheiros, o que torna o processo de carregamento de ficheiros e pastas simples e natural. Esta é uma opção surpreendentemente útil, que nem a Microsoft integrou nos seus produtos.


CAIXAS DE CORREIO

IMPORTE O SEU E-MAIL EM TRÊS PASSOS

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REGISTO Siga até ao site www.gmx.com e registe-se para poder usar uma conta gratuita. O serviço é ainda relativamente recente, por isso, existe uma forte possibilidade de este aceitar à primeira o nome de utilizador que sugerir. Pode utilizar ainda uma pequena ferramenta na página inicial para ter uma noção dos endereços que estão disponíveis. Assim que tiver criado a sua conta de e-mail GMX, pode usá-la para adicionar outras contas. Ligue-se ao serviço. Irá deparar-se com uma janela que lhe irá apresentar a interface principal da sua conta de e-mail. Aqui terá acesso à sua caixa de correio do GMX.

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IMPORTE O CORREIO ELECTRÓNICO Para começar a adicionar contas de e-mail de terceiros, clique no link Mail Collector que aparece disponível no menu Settings. Clique em New Account e escolha o fornecedor de email que usa, como o Hotmail, ou o Gmail, a partir da lista. O próximo menu irá pedir-lhe que introduza o nome de utilizador e a palavra-passe relativa a essa conta. Nesta fase, já poderá alterar algumas opções como apagar automaticamente os e-mails da caixa de correio original, enviar o seu e-mail para a caixa de correio do GMX e não para uma pasta separada, entre outros pormenores.

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CONFIGURAÇÕES Este último processo terá de ser repetido sempre que pretender adicionar uma conta. Assim que tiver tudo OK, vai poder consultar as mensagens de todos os seus clientes de e-mail a partir do mesmo local. Sempre que quiser enviar um e-mail, clique em Compose e não se esqueça de ajustar o endereço a partir do qual pretende enviar a mensagem para que o destinatário não fique confuso.

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HARDWARE

SILENCIE O SEU DISCO RÍGIDO Bastam poucos minutos para abafar os ruídos metálicos emitidos com o funcionamento

A era do Pentium 4 teve sem dúvida alguma vários aspectos positivos. No entanto, também serviu para catapultar os níveis de som de vários componentes de um PC. Os dois casos mais evidentes são o CPU e o GPU, cujos coolers passaram a ter mais trabalho para manter as operações dentro de temperaturas aceitáveis. Mesmo assim, rapidamente surgiram soluções silenciosas para resolver o problema. Um terceiro caso menos evidente mas que por muitas vezes se faz sentir de forma irritante é o disco rígido. Neste artigo, vamos ver como é possível silenciá-lo sem praticamente gastar dinheiro. É claro que, quem o quiser fazer, poderá ir a uma loja física ou online e procurar uma das várias soluções que existem para abafar o ruído produzido pelos discos rígidos. Algumas envolvem a utilização de borracha nas partes de montagem

do disco, embora esta solução não resolva o problema das vibrações que, na grande maioria dos casos, são a origem do ruído mais irritante. A oferta topo de gama que é possível encontrar nas lojas da especialidade tem que ver com dispositivos de metal com 5,25” nos quais se pode colocar a drive e que permitem eliminar as vibrações, o ruído e até arrefecer a temperatura de funcionamento. Já vimos vários métodos “faça você mesmo” online, uns mais elaborados do que outros. No nosso caso, optamos pela utilização de duas faixas de borracha que servem para suspender o disco, fixando-se no local apropriado através de uma técnica muito simples: a da elasticidade. Para isso, forçamos as duas tiras a cruzarem-se com o disco no meio. As tiras foram obtidas a partir de uma câmara de ar de um pneu de bicicleta furado.

AS TIRAS FORAM OBTIDAS A PARTIR DE UMA CÂMARA DE AR DE UM PNEU DE BICICLETA FURADO

COMO CALAR O HARDWARE

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Este projecto é simples e rápido de executar. Reúna em sua volta um par de tesouras, um tubo de borracha (como uma câmara de ar), alguns parafusos e porcas e estará pronto para avançar.

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Meça as baías de 5,25”, que devem ter cerca de 16 centímetros de largura. Duplique este valor e adicione-lhe a quantidade de borracha que vai ser necessária para envolver a baía do disco e ainda um comprimento extra para cobrir eventuais erros de cálculo.

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Para o nosso projecto fizemos um cálculo de 38 centímetros e demos 2 centímetros de margem. Corte o pedaço de borracha necessário e divida-o em metades, pois não precisamos de uma borracha muito grossa.


COMO CALAR O HARDWARE

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Passe a faixa de borracha em volta da baía da drive e veja quanto é que sobra. Verifique se as duas extremidades da tira não se tocam à justa; não queremos que fique esticada com muita tensão.

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Quando tiver a certeza de que tudo está pronto para avançar, coloque cada tira de borracha em volta da baía e use porcas para as prender bem, sem contudo as apertar demasiado.

Faça os buracos na borracha com uma ferramenta afiada para os fazer passar.

Estão reunidas as condições para colocar a drive entre as duas tiras de borracha. Faça-o como se estivesse a colocar normalmente o disco no socket.

Use dois parafusos para segurar cada uma das tiras.

Ajuste a tensão da borracha caso seja necessário. Verifique se os parafusos e as porcas ficam fora da baía da drive.

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Mesmo que as tiras de borracha não pareçam estar muito tensas, esteja descansado: o disco está agora bem preso e seguro.

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HARDWARE

Adaptadores para fazer conversões

SUPORTE SATA

Neste conversor de IDE para SATA é necessário ligar esta ficha a uma porta IDE do disco rígido. Faça-o quando a energia estiver desligada e coloque o cabo com firmeza, para que não se solte sozinho.

ENERGIA AUXILIAR

Além de o disco rígido precisar do fornecimento directo de energia, esta placa adaptadora também requer energia para funcionar correctamente. Ligue o cabo de quatro pinos recomendado para o efeito.

LIGAÇÃO DE CONVERSÃO

Com a placa no sítio certo, pode agora ligar o cabo SATA neste terminal. Desta forma, poderá usar aqueles discos mais antigos numa nova motherboard que suporte SATA.

MÉTODOS DE LIGAÇÃO

A conversão de IDE para SATA é engenhosamente ligada ao disco rígido, enquanto que a conversão de SATA para IDE é ligada directamente na motherboard.

INSTALE DISCOS RÍGIDOS Substituir ou acrescentar unidades de armazenamento internas é mais simples do que se imagina

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Não interessa qual é o tipo ou a marca do seu PC. A verdade é que é muito simples alterar a configuração do(s) disco(s) rígido(s) da sua máquina, quer se trate de o(s) substituir ou de acrescentar novas unidades. No entanto, primeiro precisa de saber qual é o tamanho físico do disco que tem no seu computador e qual é o tipo de ligação à motherboard. Descobrir o tamanho exterior é muito fácil. Se o seu PC é um desktop, então será um disco de 3,5 polegadas; se for um notebook, então o disco terá certamente 2,5 polegadas de dimensão. Para averiguar qual o tipo de interface, deverá procurar o cabo de ligação no seu disco actual. Caso se trate de um fio vermelho e pequeno, então está a usar um

disco SATA. Se o cabo for comprido e tiver vários fios dispostos em linha, então a ligação será IDE, mais antiga, portanto. Já com o seu novo disco rígido em mãos, o passo seguinte é configurar o jumper correctamente. Se a ligação for IDE, terá de o definir de forma a colocar o disco como master, slave ou cable select. Se pretender que a drive seja a unidade de armazenamento principal, defina-a com master. De outra forma, será suficiente colocá-la como slave. Se estiver com dúvidas, cable select é a melhor opção na medida em que a ordem de ligação de um dispositivo IDE num cabo IDE define a hierarquia entre dispositivos. No caso do


padrão IDE mais recente (de 80 fios), o master é definido como a última drive do cabo, sendo o slave o disco colocado na ligação intermédia.

FIXE BEM NO LOCAL Ligue agora uma ficha de alimentação compatível e o cabo de dados correcto. Quanto terminar, fixe o disco rígido a uma slot disponível na respectiva área. Para o fazer, use quer os parafusos habitualmente utilizados, quer os clips de fixação. Tudo depende da caixa que tiver. O sistema irá encontrar a drive após a respectiva formatação. Depois, é só usá-la como bem entender.

SE A LIGAÇÃO FOR IDE, TERÁ DE DEFINIR O DISCO COMO M ASTER, SLAVE OU CABLE SELECT

ADICIONE UM DISCO AO SISTEMA

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CONFIGURE O JUMPER A drive poderá não funcionar em condições se o jumper estive colocado de forma incorrecta. Para evitar problemas, defina-o na posição cable select. As drives SATA não precisam de jumper.

INSIRA A DRIVE Coloque-a numa baía vazia e fixe-a no chassis da caixa, quer com parafusos, quer com o auxílio de clips. Tudo depende da caixa utilizada. No nosso caso, socorremo-nos dos clips de fixação.

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LIGUE O CABO Nas drives SATA, basta ligar o cabo vermelho. Nos discos IDE, ligue-o na ficha da ponta do cabo, para o colocar em master, ou na do meio, se o quiser ter como slave. As ligações modernas só permitem a ligação de uma forma.

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DÊ-LHE ENERGIA Todos os discos rígidos precisam de corrente eléctrica. Para isso, ligue a ficha de quatro pinos – deverá tê-las em abundância a saírem da fonte de alimentação. Se não tiver, poderá precisar de um splitter.

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HARDWARE

VIAGEM AO MUNDO DOS PROCESSADORES Alguma vez imaginou como é que pequenos grãos de areia transformam números em jogos 3D assombrosos? Como o tempo passa depressa. Parece que foi ontem que o primeiro microprocessador da Intel conheceu a luz do dia e afinal já passaram 30 anos sobre essa efeméride. De facto, corria o ano de 1978 quando a empresa hoje conhecida em todos os cantos do Planeta apresentou o 8086, o seu primeiro microprocessador de 16 bits. No entanto, foi a versão mais barata de oito bits deste processador, a 8088, que chegou até ao núcleo de inteligência principal do IBM PC e que mudou o mundo da computação tal como o conhecíamos: não nos esqueçamos de que tanto o Core 2, como o Phenom dos dias de hoje foram desenhados para executarem código baseado naquilo a que ainda se chama conjunto de instruções x86. De facto, os processadores actuais continuam a partilhar algumas características fundamentais com o venerável (e há muito aposentado) 8086. A razão pela qual a família x86 foi a mais bem sucedida fica para contar noutra altura. Os chips da Intel estavam longe do poder demonstrado pelos processadores mais poderosos e avançados disponíveis nessa altura (finais da década de 70) e tinham até alguns bugs. Aliás, alguns anos mais tarde alguns tiveram mesmo de ser substituídos pela IBM sem quaisquer custos adicionais. No entanto, nos anais do nosso tempo essa memória será vista como irrelevante, sendo a história contada de outra

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forma: este foi o processador de uso genérico que veio dar início à revolução do desktop. Curiosamente, um dos seus concorrentes – o Zilog Z80, que era o processador dos computadores domésticos Sinclair – continua a ser fabricado nos dias de hoje. Já o 8086 passou mesmo à história. Porque é que trazemos estas curiosidades para aqui? Porque estamos a viver uma altura em que se volta a fazer história no universo da computação, com o lançamento da décima sétima geração do processador x86. Estamos a falar obviamente do Core i7 (Nehalem), que a Intel descreve como a maior alteração arquitectónica na história da empresa. Desta vez, estamos mesmo quase a acreditar. A chave do sucesso do x86 é, claro está, a retrocompatibilidade. Algures no complexo desenho do Core i7 estão as mesmíssimas 116 instruções que o 8086 era capaz de executar, actualizadas obviamente com as alterações que foram sendo aplicadas com o passar do tempo. E o mesmo se aplica também ao Phenom da AMD. Estes são os comandos lógicos e aritméticos base – tais como ADD, MUL, OR e XOR – juntamente com algumas instruções mais específicas que dizem que pedaço de memória pertence a que bloco de memória ou registo de sistema.


De facto, as coisas não poderiam ser hoje mais diferentes. O 8086 corria a 4 MHz, tinha uma contagem total de transístores inferior a 30000 e era empacotado num chip de 40 pinos com linha dupla: fisicamente falando, era um objecto preto longo, estranho, com uma espécie de patas em fila a saírem de ambos os lados como se de uma aranha metálica se tratasse. O Core i7 é o contrário de tudo isto. Pode ter dois, quatro ou oito núcleos, chegando neste último caso aos 1,4 mil milhões de transístores. No lançamento terá uma velocidade superior, bem acima dos 3 GHz. Possui 1567 pinos visíveis e inclui um FCLFA (flip chip land grid array), plano que será comum a todos os processadores da linha Core 2. O caminho percorrido para aqui chegar é longo. Os CPU dos anos 70 assemelhavam-se a organismos monocelulares, muito longe da complexidade que dos chips dos dias de hoje. São necessárias equipas com centenas de pessoas a trabalhar vários anos para desenharem um novo CPU.

DEBAIXO DO CAPOT Para se conseguir perceber o fundamental acerca dos processadores é preciso olhar para certos princípios básicos na concepção de um CPU. Tecnicamente falando, um CPU é um processador qualquer que seja capaz de executar código de programação. Mas para não tornar as coisas mais complexas vamos apenas falar sobre os modernos chips x86. Apesar de o esquema dos processadores actuais não ter praticamente nada de semelhante com o dos 8086 originais, os procedimentos no núcleo seguem o mesmo ciclo. A tarefa de um CPU divide-se em quatro etapas: obter, descodificar, executar e enviar. As instruções são chamadas a partir de um local na memória para os registadores. Estes são depois interpretados, processados e o resultado é registado e enviado, digamos, para uma placa gráfica ou um disco rígido, ou então é chamado de novo para o CPU para ser novamente processado. Não interessa quão complexo ou elaborado um processador é; estes quatro passos estão sempre presentes na sua acção e são uma boa forma de se perceber como é que eles funcionam e porque é que estão desenhados desta forma. É claro que o ciclo pode ser acelerado, bastando para isso que se aumente a velocidade de relógio do CPU e, consequentemente, o número de ciclos que ele é capaz de realizar por segundo. A Intel descobriu da pior forma que a chave para construir um processador realmente rápido não é só olhar para os gigahertz em bruto. Se um único ciclo requer uma determinada quantidade de electricidade para ser executado, mais ciclos por segundo vão significar mais electricidade e maior consumo energético. E, mais importante ainda, maior calor produzido. Estamos a dizer isto porque a teoricamente arquitectura escalável do Pentium 4 deparou-se com uma barreira à partida impensável quando se verificou que o chip tinha chegado a um limite de velocidade não por limitação tecnológica, mas porque arrefecê-lo a partir desse ponto era praticamente impossível. Como se pode ver, por

muito inteligentes e engenhosas que as equipas técnicas de desenvolvimento sejam, nem sempre são capazes de prever tudo. Da mesma forma que a tecnologia gráfica evoluiu para para o shading unificado por forma a fazer uma utilização mais eficaz do poder de processamento disponível, os objectivos do desenho de um CPU são manter todas as suas partes a trabalhar com informação útil – sublinhamos útil.

QUATRO PROCESSOS Na sua forma mais simples, um CPU pega num conjunto de dados, estuda o que pode fazer com eles, executa e faz o output do resultado. O problema inerente diz respeito ao facto de apenas ser possível trabalhar num conjunto de dados de cada vez, e enquanto está a processar para o motor de execução os dados as restantes áreas do CPU ficam em modo idle, à espera de trabalho. A solução para resolver este problema passa por introduzir uma forma de paralelismo ao pipeline. Por exemplo, começar por algo como ter o módulo de captura de dados a obter um determinado conjunto de informação enquanto o módulo de execução se encarrega de operar outro bloco de dados diferente. Esta técnica foi desenvolvida na última versão do Pentium 4, representando 31 etapas no seu pipeline. No entanto, o problema dos pipelines longos tem que ver com o facto de nem sempre serem eficazes, na medida em que nem sempre estão cheios de

OS PROCESSADORES ACTUAIS AINDA PARTILHAM ALGUMAS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS COM O VENERÁVEL 8086

informação útil. Na sua viagem pelo pipeline, um conjunto de dados pode devolver um erro ou tornar-se dependente de outras informações produzidas pelos registadores – e se não for aqui, o resultado terá de ser despachado enquanto um novo conjunto de dados é obtido e o resto do pipeline se mantém em pausa. A forma como os processadores modernos contornam esta questão está na construção de áreas lógicas dedicadas às previsões. Por outras palavras, tentam adivinhar que pedaços de dados vão ser necessários a seguir e encarregam-se de os deixar prontos para serem inseridos no pipe assim que sejam solicitados. É claro que estas divisões de previsão não são infalíveis, e se a informação errada for chamada então cria-se uma situação em que uma grande parte

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HARDWARE

A microarquitectura Intel Nehalem Uncore

Cache de instruções quádrupla associativa com 32 KB 128-entry TLB-4K 7TLB-2/4M por thread 128 Buffer de prefetch (16 bytes)

Quick path Enterconnect

Branch Prediction Global/bimodal, loop jmp indirecto

Pré-descodificação e Instruction Length Decorder

4x 20 bits, 6,4 GT/s

Fila de instruções 18 x86 instruções Alinhamento Fusão MacroOp

Controlador de memória DDR3 3x 64 bits, 1,33 GT/s

Descodificador complexo

Loop Stream Decoder

Descodificador simples

Descodificador simples

Descodificador simples

Fila de instruções descodificadas (28 entradasentries) OP) Fusão MicroOp

2 x Retirement Register File

Cache L3 comum 8 MB Micro Instruction Sequencer

2 x Regiter Allocation Table (RAT) AT) Fusão de buffer reordenado (128-entry) d

Store Address Unit Fusão de estação de reserva (128-entry)

Diagrama: Appaloosa, http://en.wikipedia.org/wiki/Intel_Nehalem_(microarchitecture)

Port 4

Port 3

Store Data

Port 5

Port 2

AGU

AGU

Store r. Address Unit

Load Address Unit

Port 1

Inteiros/ MMX ALU, Branch

Inteiros/ MMX ALU

SSE ADD Move

SSE ADD Move

128

256 KB 8-vias, linha de cache de 64 bytes, cache L2 privada

Port 0

FP ADD

FP MUL

Inteiros/ MMX ALU, 2x AGU

SSE MUL/ DIV Move

128

512-entry L2-TLB-4K

128 Bus de resultados 256

Memory Order Buffer (MOB) 128

128 Cache de dados óctupla associativa com 32 KB 64-entry TLB-4K 32-entry TLB-2/4M

GT/s: gigatransferências por segundo Diagrama obtido em: Appaloosa, http://en.wikipedia.org/wiki/Intel nehalem (microchi(microarchitecture) ≠

do processador cai em desaproveitamento. Uma parte considerável do design do CPU passa assim por tentar encontrar um balanço harmonioso entre o comprimento do pipeline e os ciclos do CPU perdidos durante o percurso. Por exemplo, parte do segredo para o sucesso do Core i7 tem que ver com a utilização de pipelines de média dimensão, incluindo um Second-Level Branch Target Buffer – ou seja, um pedaço extra de memória para armazenar temporariamente a informação e permitir que a divisão (branch) volte à forma inicial caso algum problema surja. Existem outras formas para acelerar o débito dos dados. A caixa de entrada do CPU está sempre cheia de trabalho à espera de ser executado mas ele procura rapidamente o melhor trabalho a ser feito e não aquele que lhe é atribuído em primeiro lugar. A ordem pela qual as instruções são executadas é decidida por uma espécie de tabela de agendamento que estabelece de uma forma independente a sequência mais eficaz para o efeito. Talvez isto possa significar ver para além da thread que está a ser processada no momento e retirar

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comandos que não estejam dependentes da operação em curso – algo que é vulgarmente conhecido como processamento desordenado ou, no caso de um núcleo de processador capaz de trabalhar em mais do que uma thread de uma só vez, começar a trabalhar através de um loop de instruções totalmente diferente que não precisa das mesmas partes do pipeline daquele que está a ser utilizado. Para acelerar ainda mais as coisas, o Core i7 pode executar até quatro instruções por ciclo. Também vale a pena verificar que um conjunto de instruções de um CPU – a linguagem de programação na qual todos os comandos são eventualmente descodificados – não é totalmente colocada de raiz no design. Existe uma camada de software que gere a maior parte da interpretação. Conhecida como micro código, é uma forma de firmware não actualizável gravada numa ROM onboard que funciona como um pequeno sistema operativo. Trata-se de uma ferramenta útil para fabricantes de chips, uma vez que o micro código não é terminado até o chip ir para produção, podendo ser rescrito para um novo processo de produção. Desta forma, quaisquer problemas ou melhorias que se descubram depois de o silício ter sido processado podem mesmo assim ser alterados no software. É claro que é mais simples voltar atrás no desenho de uma board e ter de pensar novamente na configuração de mais um ou dois milhões de transístores.

PARTES DEDICADAS Basta olhar para o diagrama dos blocos do Core i7 publicado neste artigo para ver que o motor de execução está dividido em áreas dedicadas para tarefas como operações com números inteiros, cálculo de vírgula flutuante e instruções SSE. Esta última é um acrónimo de um acrónimo – o Streaming SIMD Engine, em que SIMD significa Single Instruction Multiple Data. Na prática, trata-se de um processador vectorial onboard capaz de realizar a mesma transformação em vários bocados de informação de uma só vez. Faz parte dos chips da Intel e da AMD e tem como missão acelerar tarefas, tais como o processamento de vídeo, em que o mesmo comando deve ser executado em todos os pixels do ecrã simultaneamente. Também existe a parte mais importante de um CPU e sobre a qual ainda não falámos: a memória. Mais perto do pipeline de instruções encontram-se os registadores: são no total 32 num chip de 64 bits e cada um deles pode ou guardar um pedaço genérico de informação ou ter uma tarefa específica ou tarefas que se podem combinar. Contudo, de forma a conseguir ajudar os motores de colocação de dados em memória de que já falamos anteriormente, existem dois níveis de memória de cache rápida para guardar os dados que podem ser necessários para o processo actual, ou que tenham sido gravados mas que podem voltar a ser chamados. A memória cache é muito mais rápida do que a memória de sistema e evita que todo o sistema sofra um engarrafamento enquanto a RAM


é lentamente pesquisada por instruções ou dados. Para os chips multicore, em que dois ou mais processadores são colocados no mesmo die, existe ainda na maior parte das vezes uma terceira área de cache que está estruturada de modo a permitir que os diferentes núcleos troquem a informação de uma forma rápida. A AMD sempre liderou em matéria de velocidade de acesso à memória: desde a introdução do Athlon 64 que os seus processadores têm sido capazes de comunicar directamente com a memória através de um bus proprietário rápido. Entretanto, os chips da Intel tiveram que passar a partilhar o acesso à memória no mesmo bus genérico de sistema – o Front Side Bus – por onde passa toda a informação. No entanto, no Core i7 a Intel introduziu finalmente uma tecnologia a que chama QuickPath Interconnection, ou QPI. Largamente semelhante à Hypertransport, permite que o CPU comunique directamente com componentes como a memória sem ter de passar através do Northbridge da motherboard, que actua de forma parecida à de um router na sua rede doméstica, servindo como hub central para o transporte de dados – e atenção pois pode ficar mesmo muito congestionado. Isto deverá evitar que o Core i7 sofra bottlenecks, apesar da enorme procura por informação.

PODER LOUCO Muitas outras melhorias marcaram os processadores após a geração do humilde 8086. Uma delas tem a ver com os sistemas de gestão de energia, que estão agora embutidos directamente no die. Estes sistemas servem diversos propósitos: desligar o chip quando fica muito quente para o proteger de eventuais danos ou desligar áreas que não estão a ser usadas para poupar energia são apenas dois exemplos. Este último é particularmente útil não só para aumentar a autonomia da bateria dos portáteis mas também para ajudar os centros de dados a pouparem energia

Dois dies dual-core num PCB. Fantástico!

preciosa nesta altura de crise, em que 50 W por chip num total de milhares de servidores pode fazer uma grande diferença de poupança num ano, especialmente neste caso em que se pode até retirar potência ao ar condicionado que mantém o ambiente fresco. Talvez o avanço mais sonante seja a forma como estas arquitecturas complexas se conseguem adaptar na forma de transístores sobre um die de silício. Uma grande parte de nós, utilizadores de informática, está familiarizada com as nomenclaturas e expressões utilizadas pelos fabricantes na ornamentação dos seus processadores – 45 nm, 60 nm, e assim sucessivamente. Estes valores referem-se à dimensão básica dos componentes de um chip e são pequenos de tal forma que é até impossível de imaginar. Tornálos ainda mais pequenos tem as suas vantagens – em termos de desempenho, o mesmo chip num processo de fabrico menor pode funcionar de uma forma mais fresca e mais rápida; mas ainda mais importante é o facto de ser possível encolher (talvez espremer seja mesmo a palavra mais indicada) os componentes de forma a permitir libertar espaço físico. E isto significa, em última análise, um custo menor. O processo base de produção não se alterou muito

QUEM TEM MEDO DOS GP-GPU? Falámos com Ronak Singal, chefe de arquitectura do Nehalem, sobre os processadores gráficos de utilização genérica PCGuia – O desenvolvimento de chips é um trabalho árduo que envolve um conhecimento profundo. Ainda existe alguém no mercado que domine na íntegra o CPU? Ronak Singhal – Num plano elevado, muitas pessoas são capazes de explicar o que fazem aqui, ali e acolá – muitas, mesmo. Mas está a tornar-se difícil encontrar uma pessoa que seja capaz de reunir todos os detalhes técnicos do ponto de vista interno de uma arquitectura, pois são muitos os componentes presentes no die. É cada vez mais complicado encontrar técnicos que estejam à vontade para falar de unidades de execução ou controladores de memória num nível muito detalhado. A equipa que desenvolveu o Nehalem foi a mesma que produziu o processador Pentium Pro em meados dos anos 90. Nessa altura, cada um dos arquitectos foi capaz de interiorizar todos os aspectos chave num nível razoavelmente baixo. Hoje, estamos muito para além desse ponto: a palavra de ordem é complexidade.

PCG – Quantas pessoas são precisas? R.S. – Depende da forma como se define o trabalho. Há algumas actividades em que as pessoas se mantêm ligadas por quatro ou cinco anos, outras que requerem um vínculo de apenas 12 meses, passando depois para outro projecto. Se olharmos para o pico de colaboradores, são várias centenas.

PCG – A tecnologia Hyperthreading também é uma obra sua? R.S. – A minha equipa é a única na Intel que seria capaz de reestruturar e de implementar a tecnologia Hyperthreading. Já o tínhamos feito antes, percebemos as partes boas e as partes más, e decidimos aceitar o desafio. Temos muita gente na equipa que tem vindo a trabalhar nesta tecnologia desde o primeiro dia do Pentium 4.

PCG – Qual é a melhor característica no novo Core i7? R.S. – Em cada nova geração de processadores há algo de evolucionário, algo de revolucionário. Mas o que é realmente diferente neste CPU é a parte de gestão de energia – é ela que vai ficar na História como o elemento revolucionário.

PCG – O Nehalem é suficiente para afastar a ameaça que os GP-GPU colocam ao mercado dos PC domésticos? R.S. – O grande benefício do i7 face aos GP-GPU tem a ver com os ambientes de programação. É possível usar ferramentas padrão em vez de ter de se recorrer a kits especializados. As ferramentas x86 estão muito maduras. A segunda vantagem tem a ver com o facto de a nova arquitectura da Intel apresentar uma retrocompatibilidade, o que garante também que as aplicações que forem escritas hoje serão compatíveis com as próximas gerações de processadores – algo que ainda não foi visto no caso das placas gráficas.

PCG – A sua experiência com o Pentium 4 é a razão pela qual coloca tamanho empenho nesta área? R.S. – Todos percebemos bem a necessidade de preservar e conservar a energia. No Core i7, assegurámo-nos de que esta questão não voltaria a ser um problema.

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HARDWARE

Os waffers de silício são divididos em pequenos processadores individuais por lâminas muito pequenas, pelo que nem todos irão sobreviver

nestes últimos 30 anos: pega-se numa bolacha de silício purificado e aplica-se um processo foto litográfico para construir camadas de outros materiais sobre ela, camadas essas que se ligam para criar caminhos para os dados e passagens lógicas. No entanto, os materiais e as ferramentas estão sempre a ser refinados de modo a aumentar a precisão necessária para se conseguir criar estas dimensões microscópicas e reduzir o efeito de fuga. Por outras palavras, este efeito acontece quando os electrões começam a ultrapassar as barreiras entre os pontos de conexão, barreiras essas que eles não deviam ser capazes de subir, e isso torna-se num problema maior à medida que o processo de fabrico vai sendo menor. Neste momento, a Intel está na frente com o seu processo de 45 nm, que se tornou possível graças a um material derivado do háfnio usado nas ligações dos transístores. A Inter afirma que a próxima geração do Core i7 vai ser produzida de acordo com um processo de fabrico ainda mais pequeno de 32 nm.

MAIS POR VIR O desenho e o fabrico do CPU não mostram sinais de abrandamento. A Lei de Moore – uma previsão feita pelo fundador da Intel, Gordon Moore, em que o número de transístores que pode ser colocado num circuito irá duplicar em cada dois anos – pode não ter sido desenvolvida sobre uma qualquer base científica relativa às capacidades de produção futuras, mas manteve-se particularmente verdadeira durante os últimos 43 anos. De facto, este pode muito bem ser um marco que inicia uma revolução de arquitecturas que vai muito para além daquilo que o Core i7 possa fazer pensar. A AMD e a Intel estão determinadas em passar mais funcionalidades

para o CPU, começando com um processador gráfico básico com o objectivo de criar um sistema de um só chip simples e energeticamente eficaz, que possa fazer com que o PC caiba sobre uma unha. Entretanto, a Nvidia e a ex-ATI (agora AMD) começam a reconhecer que o próximo grande salto na tecnologia de motores gráficos afinal está mais longe do que se fazia prever. Enquanto ela não chega, os seus GPU paralelos vão sendo capazes de desempenhar tarefas importantes tais como imagens médicas e relatórios financeiros, fazendo-o até melhor do que uma server farm repleta de processadores. Talvez um caminho que nos vai levar a conseguir atingir os resultados mais rapidamente é a utilização de recursos de hardware para criar ambientes de virtualização que estão a ser colocados dentro dos núcleos dos processadores, permitindo-lhes correr diversos sistemas operativos em simultâneo sem qualquer penalização no desempenho. Onde é que todas estas inovações nos vão levar – e atenção, pois são centenas delas – é ainda incerto. Mas antes de tentar colocar a cabeça no futuro, pense no seguinte: existe outro aniversário este ano porventura ainda mais do que o do 8086. Em Setembro de 1958 a Texas Instruments deu as boas vindas ao primeiro microprocessador da sua linha de produção – era apenas um pequeno transístor num filamento de germânio, recorde-se, mas serviu para por a bola da idade da informação a girar. Alguém nessa altura alguma vez pensou em algo como o jogo World of Warcraft ou o processador de texto Microsoft Word? A única coisa que podemos dizer é: parabéns, computadores; continuem a surpreender-nos daqui por cinquenta anos com algo proporcionalmente impensável.

O DESAFIO DOS PROCESSADORES NAS PLACAS GRÁFICAS Muito tem sido feito com os novos processadores gráficos, sendo hoje capazes de fazer mais do que processamento gráfico. Tanto a Nvidia como a AMD têm vindo a chamar a atenção para as propriedades GP-GPU (General Purpose GPU) dos seus chips DirectX 10, bem como das linguagens de programação proprietárias que os codificadores podem usar para destrancar características anunciadas. No caso da Nvidia, trata-se do ambiente de desenvolvimento CUDA; quanto à AMD, a tecnologia GP-GPU tem um nome mais agradável de FireStream. Ambas as tecnologias são bastante promissoras, mas algo deve ficar bem claro desde já: aconteça o que acontecer, elas não constituem uma ameaça à actual arquitectura do

seu CPU. Um processador como o Core 2 ou o Phenom foi desenhado para ser capaz de fazer várias coisas a várias velocidades ao mesmo tempo. Poderá assim estar a correr Windows, o Outlook e uma rotina pesada de inteligência artificial num jogo em simultâneo. Ou poderá por exemplo estar a correr a interface de utilizador de um programa de telefonia hospedado na máquina. É claro que isso requer um tipo particular de chip que não um gráfico. Já há muito que se suspeita que a Nvidia deseja entrar no mercado dos processadores. Caso isso aconteça, não será certamente com uma variante da gama GeForce. Com a introdução de shaders unificados as empresas de gráficos deram por si com alguns designs em mãos bem

interessantes. Essencialmente, os GPU DX10 são incríveis em processamento paralelo: podem ser configurados on the fly para recolherem um conjunto de dados semelhantes entre si e executarem a mesma operação em todos esses conjuntos. Podem até ter sido desenhados para tomar todos os pixels debaixo de uma mesma fonte de luz de modo a adicionarem um brilho verde sobre todas as luzes, mas também são úteis para algo que dá pelo nome de aplicações High Performance Computing (HPC). Os melhores exemplos destas são os simuladores de meteorologia, os sistemas de imagem médica, os modelos moleculares, a análise geofísica e até os sistemas financeiros das empresas de seguros ou das bolsas de valores. Antigamente, confiavam todas em enormes quintas de servidores preenchidas por processadores x86 para fazerem os cálculos vectoriais mais depressa; no entanto, para este tipo de operações, uma placa gráfica é potencialmente cem vezes mais rápida do que um servidor de lâminas. Não vai haver um GP-CPU mas a Nvidia já apresentou a primeira aplicação CUDA para as suas placas gráficas de desktop, tornando-as capazes de simular hardware PhysiX num chip GeForce G80.

A aceleração PhysiX também está disponível em algumas placas ATI graças ao SDK CUDA


ASSISTÊNCIA TÉCNICA

João Trigo, editor

Pergunte ao Especialista Peço mais uma vez desculpa pelo atraso nas respostas colocadas por e-mail. Prometo tentar agilizar os processos e responder mais rapidamente.

P R

: Por que não são mostradas as minhas imagens no documento de texto do Word 2007? : O problema ocorre no modo de visualização de impressão, quando as imagens estão definidas para aparecerem alinhadas

com o texto. Elas são impressas quando o leitor imprime o documento, mas não as consegue ver neste modo de visualização. A solução? Clique no botão do Office e vá a Opções. Escolha Avançadas e procure a opção para mostrar o conteúdo do documento. Aí vai encontrar a opção que lhe permite resolver a questão. Lembre-se que um documento do Word consiste em três layers: o cabeçalho e rodapé, o layer de texto e o layer de gráficos. Quando uma imagem importada é formatada para estar alinhada com o texto, é colocada no layer de texto, pelo que, em determinadas situações, desaparece. Para mais informações sobre este assunto, veja http:// words2007.tips.net. Procure em Multimédia, Graphics, Pictures don’t show up in a document.

RECUPERE PASSWORDS

P

: Tenho medo de perder uma ou mais palavras-passe. Se tal acontecer, como posso recuperá-las?

R

: Bom, na verdade, tudo depende do tipo de palavras-passe que perde. Na próxima página pode ver uma caixa com vários passos para recuperação de passwords de log in do Windows 2000, XP ou Vista. Mesmo assim, o passo a passo baseia-se no princípio de que o leitor não encriptou a informação.

Se tem ficheiros encriptados e precisa de os recuperar, visite o endereço www.loginrecovery. com, a partir de onde pode descarregar ficheiros necessários para criar uma disquete ou um CD de arranque capazes de extrair a palavra-chave encriptada. Depois, é feito o upload com essa informação para o site da editora do programa. Agora pode esperar 72 horas para lhe ser facultada a informação ou pagar cerca de 23 euros para que ela lhe seja fornecida logo. O Password Viewer (www.windowspassword.com) tenta recuperar palavras-chave perdidas ou

esquecidas para o seu endereço de e-mail, aplicações de rede ou aplicações de mensagens instantâneas. Revela ainda chaves de produtos Microsoft, caso as tenha perdido, mas o seu software antivírus deverá bloquear a aplicação. Assim, antes de a usar, desligue a ligação à Internet e desligue o antivírus. Poucas pessoas se dão ao trabalho de colocar palavras passe no BIOS. Se o fez e se esqueceu da password, experimente o PC CMOS Cleaner. É semelhante ao Password Viewer e pode encontrá-lo em www.pcmos.com. 105 | PCGUIA


ASSISTÊNCIA TÉCNICA NOTÍCIAS

RECUPERE PALAVRAS-PASSE DO WINDOWS

01

FAÇA O DOWNLOAD DA FERRAMENTA Vá até http://home.eunet.no/pnordahl/ntpasswd e faça o download da versão de disquete ou de CD do Offline NT Password & Registry Editor.

CRIE UMA DISQUETE OU UM CD Faça unzip ao ficheiro. Se for a versão para disquete, clique no ficheiro intall.bat para criar a disquete. Se for a versão de CD, queime o ficheiro ISO num CD.

03

ARRANQUE A PARTIR DO CD Coloque o CD na drive e reinicie o sistema, certificando-se primeiro de que o CD é o primeiro dispositivo de arranque. Quando aparecer este ecrã, prima Enter.

04

05

06

ENCONTRE AS PALAVRAS-PASSE Premia Return quando lhe for pedido que localize a directoria do Registo. Por defeito, está correcta. Agora clique em Enter para aceder à secção de palavras-passe.

106 | PCGUIA

02

ESCOLHA A INSTALAÇÃO Aguarde que todas as mensagens lhe sejam mostradas. Quando lhe for pedido que seleccione uma instalação do Windows, prima Return. Se tiver mais do que uma instalação, escolha a correcta.

APAGUE OU MUDE A PASSWORD Siga os passos para escolher o seu nome de utilizador e depois apague ou altere a palavra-passe. Reinicie a máquina, mas retire o CD da drive.


P: O QUE ACONTECE SE O MEU PC FOR INFECTADO?

IN ÍC IO

SIM

Consegue ligar o PC e não vê qualquer mensagem de erro?

SIM

NÃO

O vírus faz com que tenha que desligar a sua máquina? Aparece uma caixa de diálogo que mostra uma contagem de 60 até 0 antes de desligar?

Aborte a contagem clicando em Iniciar, Executar e escrevendo shutdownl.exe –a. Agora consegue reiniciar o sistema?

Tem um softwaree antivírus instalado e está devidamente actualizado?

NÃO SIM

Se o seu PC arranca mas não consegue ver a sua área de trabalho, prima Ctrl + Alt + Del para aceder ao gestor de tarefas. Vá até ao separador de aplicações, abra uma nova aplicação, escreva Explorer.exe e prima Enter. Tem um antivírus instalado?

SIM

NÃO Instale um antivírus. Pode encontrar uma versão gratuita em http:// free.avg.com. Execute um scan completo. O programa encontra um vírus específico?

Execute um scan completo ou recorra a um scan online. Foi identificado algum vírus?

Tente recuperar o sistema com um live CD de Ubunto.

SIM

NÃO

NÃO

Utilize o Google para descobrir como funciona o vírus em causa. Procure ajuda colocando na caixa de procura o nome exacto do vírus. Veja os conselhos técnicos em sites de empresas como a Symantec, a McAfee ou a AVG. Parta do princípio que é possível remover o vírus. A reinstalação do sistema deverá ser encarada como o último recurso.

NÃO

Clique em Iniciar, Executar e escreva msconfig. Procure entradas “estranhas” no separador Startup, que possam indiciar vírus. Remova itens desnecessários e reinicie o PC.

NÃO

SIM

SIM

Se o seu computador apresenta um comportamento “estranho”, instale software antimalware. Procure em www.microsoft.com/ downloads. O problema está resolvido? NÃO

Utilize o seu software antivírus para reparar a infecção. Ser-lhe-á facultada uma opção para colocar o ficheiro infectado em quarentena ou apagá-lo. Escolha a segunda opção se possível.

Faça um scan com outras ferramentas como o Windows Defender (no Vista) e execute novamente o antivírus depois de reiniciar o sistema.

SIM

SIM

Instale e execute o Dr. Web (www.freedrweb.com). Esta aplicação irá identificar e remover as ameaças e as infecções da sua máquina. Consegue utilizar a Internet?

NÃO

Tente recuperar o seu sistema com um live CD de Ubunto.

Verifique as ligações de rede e certifique-se de que a sua firewall está bem configurada.

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P CALL OF DUTY:

WORLD AT WAR A acção volta a reunir os mais desejados inimigos em jogos da Segunda Guerra Mundial e introduz um novo cenário: o Pacífico MISSÃO RUSSA

MODO COOPERATIVO

CANSATIVO

VEREDICTO 8

Mesmo que seja em jogo, a guerra nunca muda. É certo que Call of Duty: World at War (CoD: WaW) é um jogo diferente, mas mesmo assim representa um regresso às configurações familiares dos títulos sobre a Segunda Guerra Mundial. Depois do sucesso colossal de CoD 4: Modern Warfare, parece que damos um passo atrás, isto é, que voltamos atrás no tempo. Voltamos assim ao cliché dos Nazis, talvez considerados como os melhores inimigos de sempre em títulos neste ambiente. Mas será que voltar aos bons velhos tempos é bom? Para apimentar um pouco mais as coisas, desta vez metade das missões têm o Pacífico como cenário, levando o jogador a percorrer vastos arrozais e a abater soldados japoneses – ou Tojo, como são chamados pela artilharia americana. Tudo tem que ver com um jogo característico da Segunda Guerra Mundial, sendo o objectivo acabar com a ameaça japonesa no Pacífico e encurralar os alemães até Berlim. Inevitavelmente, a parte mais “divertida” acaba por ser o combate com os Nazis. No entanto, é a missão russa que salva o modo single-player de CoD: WaW. Desde a cruel história do

DISTRIBUIDOR Ecofilmes ■ PREÇO 49,99 euros ■ CONTACTO 256 836 200 ■ SITE www.callofduty.com ■ REQUISITOS DE SISTEMA CPU single-core, 1 GB de RAM, placa 3D com 256 MB e Shader Model 3.0

PCGUIA

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ENTRETENIMENTO

ZOMBISMO 1 Por cada Nazi zombie abatido, ganham-se pontos extra que depois se podem utilizar em novas armas ou na abertura de novas áreas no nível. 2 Inicialmente, apenas se tem acesso a uma pequena área inferior com uma selecção limitada de armas para defesa, com coisas como granadas espalhadas sabe-se lá por onde. 3 Cada janela começa por estar barricada, mas os zombies vão gradualmente deitar abaixo as barricadas para conseguirem entrar, por isso, vale a pena perder algum tempo a reconstruí-las.

3

1

2

soldado que se esconde entre os corpos dos seus camaradas enquanto a Wehrmacht acaba com a miséria dos seus companheiros feridos até ao final (marcado por gritos de entusiasmo sanguinário no Reichstag), a história avança a um ritmo raro.

Ao lado, a missão russa salva o modo single-player. Em baixo, mais do mesmo...

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O símbolo da granada aparece demasiadas vezes apenas depois de o jogador já ter sido abatido. Apesar dos pontos fracos do jogo, notoriamente mais negativos face ao seu antecessor na série, se a campanha for completamente jogada em modo cooperativo e for feita a transposição para o excelente modo multiplayer de CoD 4, os aspectos maus são esquecidos com relativa rapidez. A introdução de veículos nos elementos online não é assim tão bem-vinda, mas o jogo que pode ser desbloqueado vale a pena jogar – funciona quase como um certo jogo da Valve que todos conhecemos, mas com Nazis. Conseguimos chegar a um edifício de abrigo e depois vemos quanto tempo conseguiremos sobreviver contra as hordas de zombies Nazis. Já que mencionámos os pontos negativos, resta-nos enumerá-los. O modo single-player é terrivelmente parecido com o de Call of Duty 2 e o de um grande número de outros FPS da Segunda Guerra Mundial; o modo multi-player é como um CoD 4 “coxo”. Só o elemento cooperativo faz de Call of Duty: World at War um jogo especial. PCG


O motor 3D pode não ser perfeito, mas assim que a comunidade começar a fazer alterações, as imagens dos estádios vão melhorar

FOOTBALL MANAGER 2009

Começámos o período do ano em que dormimos menos.. e de quem é a culpa? POUCAS FALHAS

VICIANTE

DIFÍCIL PARA INICIADOS

VEREDICTO 9

DISTRIBUIDOR Ecofilmes ■ PREÇO 49,99 euros ■ CONTACTO 256 836 200 ■ SITE www.footballmanager.com ■ REQUISITOS MÍNIMOS Processador 1.4 GHz, 1 GB de RAM, placa SM 3.0 128 MB

O novo modo de visualização vai agradar aos fans da série FM

Para algumas pessoas, o motivo de algumas horas de sono a menos dá pelo nome de World of Warcraft, para outras tem que ver com consumo exagerado de chocolate e café. No entanto, para nós, o culpado é o Football Manager (FM). Todos temos pequenos vícios, pequenas dependências e esta é a da nossa Redacção. Desde os primeiros dias do Championship Manager da Collier Brother’s, nenhum outro jogo de gestão chegou tão perto do realismo e drama dos jogos desta editora. Não somos os únicos irremediavelmente viciados no FM. A versão do ano passado ainda é um sucesso de vendas em Portugal. Como é possível melhorar algo que já é um sucesso? Essa é a grande pergunta. A parte mais difícil de produzir um novo jogo da mesma série todos os anos é conseguir criar uma nova razão para os fãs voltarem a comprar um título semelhante ao que adquiriram um ano antes. É que a simples actualização da base de dados pode nem sempre ser suficiente.... Não nos surpreende que o núcleo do jogo tenha poucas diferenças em relação à última versão, mas além de pequenos, embora salutares, melhoramentos, há uma mudança verdadeiramente importante: o motor 3D. A Sports Interactive tem tentado introduzir um motor 3D no jogo nos últimos dois anos, contudo, a equipa nunca ficou satisfeita com o resultado. Pelo menos até agora. Umas das principais razões para o motor 3D ter finalmente visto a luz do dia é a parceria com a SEGA. Esta parceria permitiu à SI

voltar do Japão com todas as rotinas de animação do parceiro Virtua Striker. Isso não quer dizer que esta implementação do motor 3D esteja perfeita; não está sequer perto disso. As pernas dos jogadores podem estar a movimentar-se no sentido certo, mas a maior parte do tempo continua a parecer que estão a deslizar no gelo. Também não parecem fintar e chutar como deve ser. E embora o patch lançado no primeiro dia tenha resolvido alguns dos problemas, continua a haver a tendência para de alguma maneira “magnetizar” a bola. Mas o modo 2D original (ainda disponível, claro está) dificilmente era a representação mais real de futebol, e a verdade é que tem outro charme ver os jogadores celebrarem os golos. A maior preocupação com a introdução do 3D não foi retirar algo do núcleo do jogo. A SI assegurou o encaixe entre imagens e motor de simulação do jogo, e não o contrário. Por isso, continua a ser a melhor simulação de futebol que conhecemos. Esta é a parte que nos deixa mais cépticos. O realismo neste jogo de gestão de futebol é tão grande que, por muitos tutoriais ou dicas que a SI dê sobre ele, é incrivelmente complexo para um leitor que só agora comece a jogar Football Manager. Continua a ser difícil aprender a jogar e “entrar” realmente no título. Mas se gosta realmente do desporto-rei, é um jogo incontornável. PCG

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ENTRETENIMENTO

Olá, o meu nome é Arthas e sou um megalomaníaco em recuperação… Não devasto uma vila há cinco anos

WRATH OF THE LICH KING O que o Natal trouxe a 11 milhões de jogadores? WoW, claro… ARTE ESPECTACULAR

MISSÕES A SOLO

PVP

VEREDICTO 9

112 | PCGUIA

World of Warcraft (WoW) é mais do que um jogo. Muito mais. Já entrou na psique das massas e acredite que conseguiu atrair 11 milhões de subscritores. Sim, são 11 milhões de pessoas que pagam activamente cerca de 12 euros por mês. O termo “jogo” começa a não fazer muito sentido para aquilo em que se transformou WoW. Mas será que a Blizzard consegue manter todos satisfeitos com esta segunda expansão? Numa palavra: sim. O conteúdo do jogo tem sido criticado pela sua simplicidade desde o lançamento, e a decisão de fazer de Naxxramas o núcleo do jogo final está a ser ridicularizada por aqueles grupos que o jogam desde o primeiro dia. É inegável que essas opiniões negativas são de uma minoria, pois, para a maioria dos jogadores, Wrath of the Lich King (WLK) representa uma imagem mais limpa e mais focada de Azeroth. Muito do que decepcionava no WoW and the Burning Crusade (TBC) original foi removido em prol da simplicidade de jogo. Por exemplo, a reputação opressiva que existia no coração de

TBC foi posta de lado, a favor do sistema que distribui a reputação dependendo do capote que o jogador tem vestido. Por isso, se precisar de reputação para a Argent Crusade, pode usar o seu capote quando executa uma missão.

NOVA CLASSE DEATH KNIGHT A Blizzard aprendeu também umas quantas lições no que diz respeito a missões e conseguiu agora facultar uma experiência mais agradável – sem dúvida a melhor experiência de missão a solo que existe. Para quem gosta de missões, há muitas do género matar X, juntar Y e tomar Z, mas muito foi pensado em relação ao reino para o manter sempre estimulante. Um dos aspectos mais surpreendentes de WLK é que não há um grande salto no que respeita à mecânica do jogo. Com WLK foi introduzida uma nova classe, a Death Knight, a primeira classe heróica do título. A começar no nível 55, garante personagens muito versáteis para qualquer equipa. O PvP (player vs. player) continua a parecer ter sido concebido no último momento, uma vez que tem apenas um


Nem tudo está gelado, algumas coisas apenas estão muito, muito frias

O dragão do Tróia nunca teve esta aparência tão maléfica, mas continua a ser uma boa forma de viajar

paisagens estonteantes e as sombras acrescentam também um hábil elemento ao jogo. No geral, WLK aumenta a grandiosidade de WoW e melhora alguns dos momentos irritantes e aborrecidos. Deslumbra com alguns instantes cinematográficos (o evento Wrathgate é excepcional) e transmite-nos ainda com mais força a sensação de épico. De facto, tudo parece maior, mais bonito e mais bem feito do que anteriormente, e para a grande maioria de jogadores esta é a evolução perfeita de WoW. PCG

novo campo de batalha. Wintergrasp é uma zona PvP, mas nem mesmo isso consegue igualar as batalhas frenéticas de Warhammer Online. No entanto, WLK levanta mais uma vez a fasquia dos jogos online para multijogadores. Os designers fizeram maravilhas com os modelos limitados que tinham à disposição, principalmente com a paleta de cores. Na verdade, a direcção de arte é ainda melhor do que em TBC – a draw distance (distância de cenário que consegue ver) aumentada ajuda a obter

DISTRIBUIDOR Infocapital ■ PREÇO 34,99 euros ■ CONTACTO 210 174 900 ■ SITE www.wow-europe. com■ REQUISITOS DE SISTEMA Processador 1.3 GHz, 512 MB RAM, placa 3D 32 MB

3

A ARTE DA GUERRA 1 Quando atingir o nível 80, terá mais

habilidades do que botões disponíveis na sua barra, mas existem muitos add-ons para ajudar. 2 As alterações feitas no último patch antes do lançamento de WLK introduzem a maioria das alterações da classe. Já não é necessário respeitar os níveis. 3 A draw distance aumentada oferece paisagens verdadeiramente apelativas, embora necessite de um computador com uma configuração exigente para conseguir o máximo desta melhoria. 4 Os adversários apresentam-se em várias formas e tamanhos, mas com tiros suficientes na cabeça, podem ser todos reduzidos a uma única massa disforme...

2

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PCGUIA

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ENTRETENIMENTO

TOMB RAIDER: UNDERWORLD Lara volta ao computador para dar o melhor de si NÍVEIS EXCELENTES

GRÁFICOS

EFEITOS COM A CORDA

VEREDICTO 9

Quando sabemos do lançamento de um novo jogo de Lara Croft ficamos cheios de curiosidade. Tem mais polígonos? A Lara suja o uniforme? O inimigo apresenta uma inteligência artificial mais adequada? Mas, para sermos francos, quem é que quer saber disso? Será que a Crystal Dynamics tem pelo menos uma ideia do que é realmente bom nos jogos Tom Raider? Por acaso até parece que sim. Conseguiu “agarrar” bem o conceito e a prova disso é notória logo no início do jogo. Não é apenas coincidência que o melhor Tomb Raider desde o primeiro tenha sido o oitavo – um remake do original. Ambos ofereciam o mais essencial dos jogos de aventura, e qualquer DISTRIBUIDOR Ecofilmes ■ PREÇO 49,99 euros ■ CONTACTO 256 836 200 ■ SITE www.tombraider. com ■ REQUISITOS MÍNIMOS Processador 3 GHz, 1 GB RAM, placa 3D SM 3.0 512 MB

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desvio desta estratégia provou ser um erro. Underworld é 90 a 95 por cento “tomb raiding”. Tudo passa por uma menina de calções num labirinto cavernoso, logo seguido de outro enorme labirinto cavernoso de pedra antiga e fria. E isso excita-nos muito mais do que seria de esperar... O que nos entusiasma mesmo são os locais. O primeiro Tomb Raider tinha o seu mundo esculpido em vários blocos de pedra – a unidade mais pequena utilizada era uma rocha de oito metros cúbicos. Underworld é significativamente mais detalhado, mas continua a ter muito esse ambiente: os níveis são espaços muito grandes, com quantidades de granito impensáveis e com um número de pessoas inconcebível há milhares de anos. Mas Underworld tem uma nova característica brilhante. Alguém na Crystal Dynamics deve ter pensado: «Sabem uma coisa? Não é muito divertido repetirmos coisas que já fizemos e também não é adequado perdermos tempo num combate, quando o combate não é o objectivo do jogo ou pelo menos a razão que nos levou a comprar o jogo. Vamos mudar alguma coisa.» Esta pessoa deve receber um prémio. Underworld permite-lhe ajustar a dureza de Lara e a dos seus inimigos (consequentemente, o nível de dificuldade), o que é óptimo, mas o que ainda é mais importante é que o sistema grava automaticamente o jogo. E a frequência

desses saves automáticos é impressionante. O jogador nunca perde mais do que alguns segundos de progresso.

É FÁCIL GOSTAR DE LARA Neste título, nenhuma morte é frustrante – isso é muito importante. Além disso, nunca tem de pensar em ir salvando o jogo, por isso, pode preocupar-se apenas com o mundo de Lara. Mais ainda: o pequeno som metálico que se ouve quando está a salvar funciona como um aviso. E por último, quando ouve esse som, sabe que está na direcção certa. Desvalorizámos as difíceis configurações de combate apenas porque não precisamos delas. Em Underworld, o combate é raro e surpreendentemente tolerável – por vezes até é divertido. Apenas tivemos de repetir algumas vezes o combate com um zombie Viking, porque é uma das poucas ocasiões em que o progresso não é guardado automaticamente logo a seguir. No passado, Lara falhou algumas vezes quando tentou ser mais como Indiana Jones ou Prince of Persia. A Lara é a Lara, e é assim mesmo que deve ser. O jogo Anniversary parece ter lembrado à Crystal Dynamics do que Tomb Raider deve ser na sua essência, e a editora conseguiu finalmente fazer um jogo completamente novo, tão excitante, exótico e intrigante quanto o original. Este é o nosso jogo favorito da série Tomb Raider e já estamos à espera da continuação e de mais sequelas. PCG


LANÇAMENTOS

Jogos Online THE LORD OF THE RINGS: CONQUEST

FACEBREAKER K.O. PARTY Está melhor e maior do que nunca. Pelo menos é o que anunciam os responsáveis pelo desenvolvimento do novo Street Fighter, um título que dispensa apresentações. A nova versão proporciona um regresso ao passado e aos antigos golpes e batalhas. Os amantes do género certamente reconhecerão alguns golpes e técnicas de luta famosos do Street Fighter II original. Os jogadores jogam com algumas das personagens clássicas, como Ryu, Ken, Chun-Li e

Guile. Mas há também novos lutadores, como é o caso de Crimson Viper, Abel, El Fuerte e Rufus. As personagens e os cenários aparecem em 3D, no entanto, o cenário do jogo assume a clássica 2D de Street Fighter. O sistema de jogo volta a integrar comandos de seis botões, juntamente com uma gama de novos golpes e funcionalidades especiais. Existem ainda golpes especiais, incluindo focus attacks (ataques concentrados), supercombos (supercombinações) e sistema ultracombo (ultracombinações). S.E.

Já não era sem tempo. Finalmente, os fãs de The Lord of the Rings podem jogar um épico, a uma escala épica. Os criadores de Star Wars Battlefront e Star Wars Battlefront II oferecem agora The Lord of the Rings: Conquest, um jogo que proporciona aos jogadores tudo aquilo a que têm direito: várias batalhas da trilogia épica, desde as tenebrosas Minas de Moria até ao selvagem combate de Helms Deep ou ao colossal confronto nos Campos de Pelennor. O jogador tem ainda a possibilidade de travar nove batalhas do lado do mal contra as forças do bem. Isto significa que pode jogar com as suas personagens favoritos, sejam elas heróis ou vilões: Aragorn, Legolas, Gimli, Gandalf e até o próprio Sauron são alguns exemplos. O sistema de classes de personagens tanto inclui Guerreiros e Arqueiros, como classes de apoio e especializadas, como os Feiticeiros e Batedores. Estão também disponíveis novos modos de jogo: poderão entrar um máximo de 16 jogadores nas batalhas épicas de The Lord of the Rings, ou até quatro jogadores na acção online em cooperação. S.E. Plataforma PS3 ■ Editora SCEE

PLATAFORMA Wii ■ EDITORA EA

KILLZONE II

HALO WARS

O antecipado jogo de estratégia em tempo real baseado no popular universo de Halo está a chegar e promete uma série de extras: três mapas multijogador para Halo 3 (Assembly, Orbital e Sandbox), um romance intitulado Halo Wars: Genesis, que tem como meta desvendar o porquê do interesse dos Covenant pelo mundo de Harvest, seis cartas Leader, que podem ser usadas durante as batalhas, entre outros. A edição de coleccionador incluirá também seis cartões Líderes, um veículo exclusivo e um oficial da tripulação Spirit of Fire. S.E. PLATAFORMA XBox 360 ■ EDITORA Microsoft

FLOWER

Este é um jogo diferente de tudo o resto, com regras, objectivos e cenários diferenciadores. Em Flower, o ambiente é a personagem principal. O jogador assume o papel do vento e dá origem a um conjunto de pétalas através da interacção com outras flores e o ambiente circundante. Os objectivos e a viagem em cada nível variam, mas todos envolvem voo, exploração e interacção com o nível. Flower é uma escapadela visual, sonora e interactiva na PS3. S.E.

O Killzone 2 é um dos FPS mais aguardados para a PlayStation 3. Os jogadores serão colocados num cenário de guerra muito detalhado e realista, que aproveita ao máximo as capacidades do sistema PS3. A história passa-se dois anos depois do assalto Helghast em Vekta. A ISA vai levar a guerra até à casa do inimigo, o mundo de Helghan. O objectivo da ISA está bem definido: capturar o líder Helghast, o Imperador Visari, e parar a máquina de guerra Helghast. A personagem principal desta história chama-se Sev, e é um veterano membro da unidade de forças especiais conhecida por Legion. Prepare-se para ambientes realistas e destrutivos, que retratam fielmente as condições violentas de um planeta destruído. Pode controlar um arsenal de armas novas, veículos e alguns clássicos de Killzone, como a M82-G e a StA-52 LA. Não perca o modo multijogador. S.E. Plataforma PS3 ■ Editora Capcom

PLATAFORMA PS3 ■ EDITORA SCEE

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SHOPPING

UM NAMORO COM GARANTIA Esqueça o velho perfume e o tradicional peluche. Neste dia dos namorados atreva-se a oferecer algo diferente, útil, que resista aos efeitos do tempo e consiga acompanhar os anos de paixão que tem pela frente: uma mala ou mochila da Eastpak. A marca está longe de ter apenas produtos para as alunas de liceu. Os produtos têm linhas sofisticadas, materiais resistentes e são extremamente funcionais. Espreite os diferentes estilos personalizados da marca e ofereça um acessório com 30 anos de garantia. No dia dos namorados a Eastpak deseja que o seu amor seja tão resistente como as suas mochilas!

NASCEU UMA ESTRELA É a mais recente estrela da companhia, chama-se Suria Star e surge com a promessa de abrilhantar o olhar de qualquer um. Este novo modelo da Adidas EyeWear tem a assinatura do designer nova-iorquino Matthew Langille, que colocou a lua e as estrelas como os dois elementos decorativos principais. Urbanos e sofisticados, com hastes em azul profundo, decoradas com cristais Swarovski ultrabrilhantes, estes óculos apresentam uma lente máscara em vidro lacado com partículas brilhantes que oferece protecção 100% UVA, B e C e brilha ao sol sem prejudicar o campo de visão. Foi premiado com o red dot Design Award 2008.

À PROVA DE FRIO Nestea Hot’n Cold promete aquecer os mais friorentos e refrescar os momentos mais quentes, sem truques. Basta encher a caneca e aquecer o chá no microondas, ou simplesmente usufruir do novo sabor a laranja, mel e cravinho directamente saído do frigorífico. Quem não gosta de uma noite fria com uma caneca de chá bem quente?

PAIXÃO TODO O TERRENO HORA DA ELEGÂNCIA Foi no coração dos Alpes que a Pulsar encontrou a inspiração para criar o seu mais recente modelo da colecção, o Chamonix. Esta peça traz 27 cristais Swarovski incrustados num suporte de duas linhas rectas que envolvem a caixa de vidro em cristal mineral. A correia de pele branca joga com a elegância, enquanto que a sobriedade do modelo em preto oferece um destaque cheio de classe e charme.

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Se há muitos que dizem que o amor é como uma caminhada que se pretende que dure toda a vida, por que não optar por seguir este caminho com estilo e preparado para ultrapassar facilmente qualquer obstáculo? A Cat dispensa apresentações no que à qualidade do seu calçado diz respeito e promete manter-se fiel a esta premissa. A garantia que tem é a de um look atlético, atraente e muito confortável para qualquer altura do ano.


ARQUIVO PCG

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| F O R M A Ç ÃO | C A S E ST U DY D | O P I N I ÃO O | H O TS S P OT

STORAGECRAFT DÁ A CONHECER SHADOWPROTECT A solução visa a protecção em tempo real dos dados e a disponibilidade do sistema

Depois de a StorageCraft ter entrado formalmente em Portugal através da representação exclusiva da Multiplicar Negócios, a empresa do Grupo Leading Capital deu a conhecer a aposta no que concerne ao backup de dados e recuperação e segurança de sistemas. Trata-se do ShadowProtect, um software que conta com três edições – Servidor, Desktop e TI – e que visa a protecção de dados em tempo real, permitindo a recuperação de um sistema Windows em apenas alguns minutos para a mesma máquina ou para uma máquina diferente e que inclui já uma solução de Disaster Recovery, sendo capaz de recuperar um servidor avariado em cerca de 12 minutos (tempo médio). A perda de dados é mínima graças à automaticação de cópias em cada 15 minutos, sendo o backup feito para disco, um meio de armazenamento mais económico, flexível e fiável face à tradicional solução de tape. O ShadowProtect possibilita uma recuperação rápida de apenas um ficheiro ou pasta e proporciona uma redução geral de custos e de complexidade no backup dos dados da empresa. Permite fazer um backup melhorado através da tecnologia VSS da Microsoft, incorporando um driver específico concebido pela própria StorageCraft e certificado pela Microsoft, garantido suporte completo de VSS para servidores Exchange e SQL. Uma vez que produz ficheiros de imagem editáveis, permite que o utilizador trabalhe em qualquer imagem de backup como se fosse um volume real. A versão TI dá ainda a possibilidade de se fazer um backup sem instalação, proporcionando o acesso a imagens completas de backup sem que seja necessário instalar qualquer software. A venda é feita exclusivamente do canal, mesmo que seja no caso de venda a particulares. Neste momento, existem seis parceiros certificados mas espera-se que o rol aumente, uma vez que a lista de candidatos é vasta. A entrada de parceiros que complementem e completem o ShadowProtect também está a ser equacionada. O primeiro caso quase garantido é o da WallFuture, empresa nacional que poderá complementar a oferta através do fornecimento de hardware. J.P.F.

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NOTÍCIAS

XEROX DIGITALIZA E ARQUIVA DOCUMENTOS DA CASA DO DOURO

JOÂO TRIGO

Melhorar o serviço de disponibilização de documentos, preservando património histórico e cultural foi a aposta desta entidade

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A Casa do Douro (CD) possui nos seus arquivos cerca de 600 mil documentos relativos a propriedades, vinhas e outras temáticas associadas à sua actividade. Com frequência, viticultores, proprietários de vinhas ou engenheiros da CD necessitam de consultar estes documentos e, a cada um destes pedidos, os funcionários da CD têm de se deslocar ao arquivo, pesquisar o mesmo, e depois fotocopiar o documento de forma a disponibilizá-lo ao requerente, processo que demorava em média cerca de cinco dias desde o pedido até à entrega da cópia do documento. Para responder às necessidades desta entidade, a Xerox desenvolveu uma solução de digitalização e arquivo que permite preservar o património documental da CD, ao mesmo tempo que melhora a celeridade dos tempos de resposta aos pedidos de documentação feitos à instituição e aumenta os níveis de produtividade, além da garantia de preservação de documentos com muitos anos de história. Esta entidade possui documentos datados desde 1932, e muito deste espólio apresentava-se bastante degradado, tornando difícil a sua duplicação, além de que o manuseamento dos mesmos, apenas para fazer uma simples de fotocópia, contribuía para a deterioração e dificultava futuras utilizações e a preservação de um arquivo histórico riquíssimo. Este foi o grande desafio que um dos concessionários autorizado Xerox, a I-Colours, aceitou, procurando uma solução que passasse pela melhoria do processo de consulta e duplicação e permitisse a preservação

dos originais, juntamente com a redução dos tempos de resposta relativos aos pedidos de cópia de documentos originais. Assim, e após um trabalho de consultoria com vista a verificar os tipos de documentos existentes e analisar os processos, workflows e as necessidades de cada tipo de documento da CD, a I-Colours implementou uma solução Xerox, que passou pela prestação de serviço de outsourcing para a gestão de processos documentais. Foram recolhidos os originais, submetidos a um processo de indexação e controlo e, posteriormente, digitalizados, classificados e arquivados em formato electrónico PDF com o texto pesquisável, de forma a poderem ser classificados por diversos tipos de palavraschave e tornar as futuras pesquisas simples e rápidas. Os documentos foram depois disponibilizados para pesquisa e consulta num portal de acesso restrito. Para a implementação deste projecto, foi instalado um centro de digitalização com base em quatro equipamentos Xerox Workcentre 7345 com plataforma Extensible Interface Plataform (EIP). Com esta infra-estrutura tecnológica, a CD passa a ter capacidade de digitalizar 200 páginas por minuto, tendo a plataforma EIP possibilitado a integração directa com o portal de acesso restrito e a classificação online dos documentos digitalizados. Desta forma, reduz os processos intermédios de classificação, bem como a possibilidade de existirem erros em algum dos processos intermédios entre a captura e o arquivo dos documentos. Graças a esta implementação, a CD passa a ser capaz de disponibilizar os documentos requeridos (pesquisa e impressão) em apenas poucos segundos, com resultados claros em termos de ganhos ao nível da produtividade dos seus funcionários internos, bem como numa maior satisfação dos requerentes, pela prestação de um serviço mais rápido e eficiente, em apenas uma deslocação. A consulta de documentos tornou-se também mais eficaz e simples com a possibilidade de consulta de qualquer local, mediante acesso à Internet e um controlo de acessos ao portal. A aplicação desta solução veio ainda permitir salvaguardar a preservação dos documentos originais, contribuindo para a preservação de um património histórico e cultural de valor incalculável. Para Manuel António Araújo dos Santos, presidente da CD, a implementação da plataforma EIP – Extensible Interface Plataform, da Xerox, «veio melhorar significativamente o serviço prestado pela Casa do Douro». Segundo o presidente, com a entrada em produtivo deste projecto, verificou-se «um aumento dos níveis de satisfação interna e externa e ao mesmo tempo contribuído para a preservação de documentos únicos, que, de outra forma, corriam o risco de perecer ao manuseamento e à passagem do tempo». C.M.


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Fernando Ceia, director-geral da Data Recover Center

ACTIVE IT SECURITY É A NOVA APOSTA DA DRC O novo serviço optimiza a segurança e a gestão dos recursos

A Data Recover Center desenvolveu um novo serviço para o mercado que visa servir de ferramenta de suporte à gestão. Designado por Active IT Security, o serviço tem como missão recolher e processar dados dos diversos componentes do sistema de informação instalado, fornecendo resultados concisos e objectivos que permitem ao decisor actuar atempadamente e decidir de forma proactiva, no sentido de melhorar e optimizar a segurança e a gestão dos recursos disponíveis na empresa. Destinado a todo o tipo de organizações, independentemente da dimensão ou do ramo de negócio, este novo serviço apoia-se numa metodologia e numa arquitectura modular que lhe permite implementar um conjunto de serviços multiplataforma capazes de reforçar e dinamizar os componentes de segurança existentes no sistema informático. Na prática, o Active IT Security permite que as empresas tenham ao seu dispor uma solução escalável

e integrada, capaz de monitorizar e auditar todo o tipo de acções promovidas internamente pelos seus colaboradores, garantindo uma segurança interna alargada. Desenvolvido à medida das necessidades do cliente e tendo em conta a topologia de rede existente, os relatórios são também personalizados, constando um conjunto de informações que podem ir desde acessos indevidos à Internet, cópia de dados confidenciais da empresa, análise de erros em portas de activos de rede, disponibilidade de servidores aplicacionais, entre outros aspectos. Entre as principais vantagens, esta solução analisa eventos em tempo real ou por agendamento de tarefas, monitoriza, alerta e reporta eventos de redes, sistemas aplicativos e humanos com impacte na segurança da empresa, possibilita o processamento de grandes quantidades de informação de uma forma rápida, segura e eficaz, não necessita de base de dados ou servidores dedicados, permite controlar o Service Level Agreement em diversas vertentes, possibilita a optimização de políticas de utilização e segurança e identifica ameaças e riscos, proporcionando o estabelecimento de acções correctivas. De acordo com Fernando Ceia, director-geral da Data Recover Center, «havia uma lacuna na nossa oferta e este novo serviço permite detectar evidências sem violar a privacidade dos dados para que a empresa possa depois usar como bem entender». Para que se consigam obter os elementos de análise, são instalados pequenos agentes em pontos-chave da rede que

recolhem os dados para um repositório central. O desenvolvimento, todo ele feito in house, é de muito baixo nível, o que permite ter um impacte no desempenho do servidor praticamente nulo. No final, o director de TI da empresa limita-se a receber relatórios com a informação em formato PDF, embora a solução possa ser configurada para avisar o responsável em tempo real, à medida que os alarmes vão sendo disparados pelos agentes. «Os processos são perfeitamente automatizados, tendo o projecto-piloto decorrido dentro da própria Data Recover Center», esclareceu António Semedo, gestor de produto. O Active IT Security representa um trabalho de seis meses de desenvolvimento e de um forte investimento de grande parte do capital reunido durante este ano pela Data Recover Center, naquele que foi nas palavras do seu director-geral «o melhor ano de sempre, com um crescimento no lucro de 50 por cento face a 2007». Aliás, o responsável máximo salienta que «tudo o que foi ganho este ano foi reinvestido», o que demonstra bem a capacidade de engenharia desta empresa portuguesa. Quanto ao modelo de comercialização do serviço, cujos primeiros clientes deverão surgir no início de 2009, o preço será determinado com base quer na dimensão do parque informático da empresa interessada, quer nos níveis de serviços contratados. De salientar ainda que a Data Recover Center vai explorar o Active IT Security directamente e através de parceiros, sendo no entanto o suporte ao cliente final prestado directamente pela empresa. J.P.F.

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FORMAÇÃO

THE.EDGE QUER CRESCER EM 2009 A modelação 3D, o design gráfico e o web design continuam a ser as apostas fortes deste centro de formação TEXTO JOÃO TRIGO

SABIA QUE...

A the.edge tem anualmente cerca de 400 formandos a frequentar os seus cursos, o que resulta em cerca de 70 acções de formação distribuídas em horários de manhã, tarde, noite e sábados.

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A the.edge é uma escola de formação na área de TI criada em 2002, fruto da vontade dos membros fundadores de criarem um centro de formação ligado ao universo de animação e imagem digital. O objectivo foi, desde o início, «facultar cursos curtos e intensivos, mas com a qualidade que permitisse ao formando dar um “salto” qualitativo nas suas competências nestas áreas». Quem o diz é Tiago Castro, sócio-fundador da the.edge, que sublinha ainda que «os cursos leccionados não pretendem substituir uma formação teórica», mas «complementam esses conhecimentos e asseguram a aproximação do formando à realidade do mercado de trabalho». O responsável da the.edge garante que existem três áreas fundamentais no centro de formação: imagem 3D, design gráfico e web design. Em imagem 3D está englobada a formação em 3Ds Max, segmentada em três vertentes: Architecture, Character e Special Effects. A vertente de arquitectura é ainda complementada com os cursos Revit e Autocad. De acordo com Tiago Castro, «esta é a área de maior enfoque e representa cerca de dois terços da facturação da empresa». As duas restantes áreas têm dimensão semelhante. Em 2009, a the.edge irá manter a aposta na região Norte, mais especificamente em Gaia, com os cursos 3Ds Max. O ano que agora teve início servirá ainda para «manter ou aumentar onde

possível a diferenciação qualitativa dos cursos da the.edge». O centro de formação espera fazê-lo através da publicação dos projectos finais dos alunos no site da empresa e «expandindo o conceito às áreas de Graphic Design e Web Design». Isto porque os responsáveis da escola consideram que o site «é uma “montra” privilegiada para o trabalho dos formandos». Tiago Castro assegura que a the.edge quer «continuar a crescer em termos de facturação e número de formandos», apostando em workshops e «maior participação em eventos». O e-Learning não está esquecido, mas o projecto criado nesta área está ainda num estado embrionário e aguarda pela resolução de aspectos técnicos que impedem, por ora, a sua materialização.

PARCERIAS SÃO CHAVE As parcerias são parte integrante da estratégia de formação desta escola. «A the.edge mantém uma parceria de há longa data com a Caixa Digital», explica Tiago Castro, que sublinha ainda o facto de esta parceria permitir «oferecer aos formandos descontos na aquisição de licenças em algumas das aplicações abordadas nas aulas» e ainda garantir descontos nos cursos para os clientes da Caixa Digital. Outra das vantagens desta pareceria, segundo o sócio da the.edge, deriva do facto de a escola poder, desta forma, fazer uma análise cuidada do mercado, «integrando duas perspectivas forçosamente diferentes e reorientado estratégias de actuação no mercado». O mesmo responsável destaca ainda a associação entre a Caixa Digital e a Caixa d’Imagens, produtora de conteúdos, com a qual a escola partilha por vezes meios humanos e «tem inclusivamente prevista para 2009 a possibilidade de estágios». Aliás, a the.edge irá apostar na formação em After Effects e Maya – no segundo caso, uma possibilidade garantida pela parceria com a Caixa Digital. Questionado acerca dos alunos da the.edge, Tiago Castro traça o seguinte perfil dos formandos: «É relativamente jovem (26/27 anos em média), sendo cerca de metade composta por estudantes universitários das áreas de Design e Arquitectura.» Um terço dos alunos do centro de formação retorna à the.edge para tirar mais cursos, o que, de acordo com Tiago Castro, «espelha bem o sucesso do centro de formação». O mesmo responsável garante que os formandos «são exigentes em termos de objectivos de aquisição de conhecimentos e valorizam particularmente a experiência de trabalho no mercado, detida pelos formadores».



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CASE NOTÍCIAS STUDY

Vista geral das instalações da Amtrol-Alfa metalomecânica, em Guimarães

AMTROL ALFA ULTRAPASSA LIMITES TECNOLÓGICOS A actualização do ERP Oracle e a adopção de ferramentas de BI marcam uma nova fase no planeamento da estratégia da companhia TEXTO LUÍSA DÂMASO Perante a necessidade de deter internamente ferramentas com novas funcionalidades, que permitissem agilizar, corrigir e melhorar processos de negócio (a reestruturação dos armazéns com utilização de módulos de apoio à respectiva gestão, melhoria do processo de vendas e de expedição, melhoria de todo o processo de qualidade nomeadamente nas áreas de engenharia, planeamento e produção), a Amtrol-Alfa procedeu à actualização do software de gestão ERP Oracle, da versão R11.0 para a R11i. De acordo com Paulo Sardinha, director de Sistemas de Informação, a versão antiga «restringia a Amtrol Alfa operacionalmente e tecnologicamente, não permitindo à empresa ser proactiva em relação ao mercado competitivo em que está inserida». Para responder também a estas exigências, a empresa decidiu investir em soluções de BI, que permitissem tomar decisões de investimentos, efectuar previsões

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de planeamento e controlo financeiro das matériasprimas, assim como avaliar melhorias de processos internos. «A implementação desta ferramenta de BI estava pendente do upgrade do software da EBusiness Suite ERP», esclarece este responsável. Segundo ele, a versão antiga do ERP Oracle tinha «limites tecnológicos», que não permitiam avançar para a melhoria de processos da empresa e dar resposta à estratégia da empresa. Por outro lado, não existia nenhuma ferramenta de BI até aqui, sendo que as ferramentas que garantiam esta resposta eram folhas de Excel e/ou relatórios desenvolvidos à medida. «A informação era dispersa e não fiável, uma vez que existiam diversas fontes de origem da informação», constata Paulo Sardinha. A integração das ferramentas de BI foi standard, uma vez que estas fazem parte do leque das ferramentas Oracle. Este projecto foi desenvolvido em três grandes fases,


MANUEL AGUIAR

que consistiram no upgrade tecnológico da solução em todos os seus componentes e módulos, na implementação de novas funcionalidades e novos módulos e melhoria de processos, e na implementação da ferramenta de Business Inteligence. Em termos de plataforma de hardware, a Amtrol-Alfa, aquando do primeiro projecto, m 1999, tinha optado por instalar toda a tecnologia Oracle numa plataforma HP em Unix. Passados sete anos, investiu novamente em hardware totalmente novo, e continuou a utilizar Unix como plataforma para toda a componente de base de dados e aplicações. «Foram adquiridos dois servidores Unix HP RP 3440 para as máquinas de produção e desenvolvimento, um sistema de storage EVA 4000 e um sistema de backup MSL 6930SCSI», detalha o mesmo responsável. Paulo Sardinha afirma que a Amtrol-Alfa estava consciente de que esta nova plataforma de hardware teria custos, de alguma forma, elevados, no entanto, poderia ter escolhido outra plataforma de software servidor, Linux ou mesmo Windows Server, que acarretaria menores custos. Segundo este responsável, a escolha recaiu no Unix, por duas razões. Primeiro porque durante os sete anos anteriores o sistema nunca teve tempos mortos, não há registos de crashs ou outro tipo de ocorrência que tenha posto em causa a operacionalidade das aplicações. A segunda razão tem que ver com o elevado knowhow interno dos elementos do SI em Unix que não deveria ser posto de parte. «Estas duas razões davam garantias de operacionalidade e continuidade», assegura o especialista. Em termos de investimentos, a componente de hardware absorveu cerca de 140 mil euros, enquanto os investimentos em serviços de consultoria ascenderam os 80 mil euros. «Os custos internos não estão contemplados», relembra Paulo Sardinha. A Amtrol Alfa confiou à TimeStamp o desenvolvimento das várias fases do projecto. De acordo com o director de sistemas de informação, este parceiro é «composto pelos melhores consultores de EbusinesSuite da Oracle no mercado de consultores seniores com

A COMPONENTE DE HARDWARE ABSORVEU CERCA DE 140 MIL EUROS

mais de sete anos de experiência, e com o conhecimento do negócio». A TimeStamp considera o projecto na Amtrol Alfa como um dos projectos de referência no seu negócio. «A confiança que já tinha com o cliente permitiu que o projecto fosse realizado como se todos fossem empregados da Amtrol», sublinha Pedro Ferreira, administrador da TimeStamp. Por outro lado, este responsável destaca a capacidade de decisão rápida por parte do cliente bem como a simplicidade de resolução dos problemas que surgiram no decorrer do projecto. Concluído com sucesso e dentro dos tempos planeados, este projecto de renovação tecnológica trouxe vantagens significativas para a Amtrol Alfa. A melhoria dos processos do negócio, tais com a possibilidade de reestruturação do armazéns, introdução de códigos de barras na movimentação de materiais e respectiva optimização de toda a gestão logística, a melhoria dos processo de qualidade, a implementação de novos processos tal como a consignação, e a possibilidade do avanço para novas ferramentas de apoio à decisão são apenas algumas destacadas pelo director de sistemas de informação da empresa. «Com esta actualização a empresa passou a ter uma ferramenta actualizada ao mercado actual, e permitiu evoluir não só na tecnologia como também na melhoria dos processos de negócio», assegura o administrador da TimeStamp.

SINOPSE DA IMPLEMENTAÇÃO Primeira fase: upgrade para a versão actual do EbusinessSuite da Oracle (Versão R11.0 para R11i) com inclusão do upgrade de base de dados e actualização do hardware. Segunda fase: implementação de novos módulos e melhoria de processos de negócio com implementação de novas funcionalidades. Terceira fase: implementação do BI. Nome das soluções: EBusinessSuite Oracle (R11i – 11.5.10.2), módulos Finanças (GL, AP, AR), Logística (PO,INV, OM, MSCA) e Manufacturing ( ENG, BOM, WIP, QUAL), e implementação do Balanced Scorecard e BI Siebel Empresa fornecedora: Timestamp Duração do projecto: Oito meses Duração da formação: Um mês

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NOTÍCIAS DE GESTÃO SOFTWARE

SOFTPACK AGUARDA ANO FAVORÁVEL A empresa prepara-se para entrar em novos segmentos de mercado, reforçar o canal de parceiros e apostar na Web como ferramenta de negócio TEXTO JOÃO PEDRO FARIA

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Depois de o ano de 2008 ter sido marcado por um crescimento nulo face a 2007, a Softpack espera registar um aumento do negócio em 2009. «Acreditamos ser possível atingir um crescimento considerável, apesar dos constrangimentos do mercado, já que iremos ter novos produtos que nos permitirão chegar a segmentos de mercado que anteriormente não explorávamos», salienta Luís Cunha, sócio-gerente.

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Outra aposta que visa acelerar o ritmo dos negócios passa pelo reforço da presença online através do site da Softpack, que irá evoluir no sentido de o tornar num canal de comunicação privilegiado para com os clientes utilizadores e parceiros. Para Luís Cunha, «esta será a plataforma a curto prazo para uma abordagem de outros mercados com os nossos produtos makemkt – Plano de Marketing e makebiz – Plano de Negócios, cuja localização para o mercado de língua espanhola está já em curso». Desde a sua criação em 1992 que a Softpack produz software para gestão que visa as micro e as pequenas empresas. O modelo de negócio assenta em duas vertentes no que toca à distribuição, dividindo-se na parceria com o retalho de informática e nas grandes superfícies especializadas, entre as quais se destacam nomes como Vobis, Worten, FNAC, Media Markt e El Corte Inglés. «Possuímos um help desk de apoio aos utilizadores e também aos parceiros», reforça Luís Cunha. O produto da software house mais procurado é o Gestwin – Gestão Comercial. «Só agora é que as versões POS para Alimentação, Cafetaria, Moda, Saúde e Beleza, Restauração e Universal foram introduzidas no mercado», esclarece o sócio-gerente. «Interessante tem sido também a procura dos produtos makemkt – Plano de Marketing e makebiz – Plano de Negócios, que vêm ao encontro da necessidade de planear e antecipar as estratégias

comerciais e de investimento», adianta o responsável, revelando ainda que «o movimento empreendedor e de criação de empresas está intrinsecamente ligado a estes produtos, que não têm concorrência no mercado nacional, sendo também muito utilizados no meio académico». Desde o início da actividade que a Softpack tem tido o cuidado de desenvolver software em coerência com o target – as micro e pequenas empresas. «São soluções muito fáceis de utilizar mas também de instalar e de começar a funcionar, sem contudo abdicarem de um elevado número de funcionalidades, a par das aplicações dirigidas a empresas de maior dimensão», explica Luís Cunha. Exemplo disso, é a nova gama de Gestwin POS, que surge segmentada em seis áreas de negócio relevantes no sector do retalho. «Esta abordagem permite colocar ao dispor do cliente uma aplicação perfeitamente ajustada ao modelo de negócio, previamente parametrizada e configurada, com bases de dados do universo de produtos adequados ao comércio em questão, pronta a funcionar». O sóciogerente sublinha ainda que «são também aplicações com uma política de preços coerente com a dimensão das empresas alvo, flexível, e que possibilita a aquisição apenas pelo período de utilização, com licenças anuais». A título de exemplo, a partir dos 55 euros por ano é possível a uma empresa utilizar na plenitude o Gestwin – Gestão Comercial. Para que a estratégia de crescimento funcione, as parcerias têm sido determinantes para a Sofpack, e naturalmente continuarão a sê-lo no futuro. A empresa conta com uma rede de parceiros a nível nacional, composta principalmente por revendedores de informática mas também por algumas empresas de contabilidade e consultoria. Resultante da introdução dos produtos Gestwin POS no mercado, a Softpack estabeleceu entretanto parcerias com os principais importadores e representantes de hardware e periféricos, assegurando a compatibilidade do seu software com os equipamentos disponíveis. «Os planos de expansão no território nacional, passam sobretudo por reforçar as parcerias já existentes e alargá-las a novos players no mercado, que se identifiquem com os nossos produtos e níveis de serviço prestado», destaca Luís Cunha. A Softpack possui cerca de 80 parceiros activos em todo o país, estando também presente com os seus produtos em cerca de 120 pontos de venda de grandes superfícies especializadas. Quanto ao número de utilizadores das aplicações, estima que o valor ultrapasse actualmente os oito mil.


CASAS INTELIGENTES COM QI CONTROLADO

As soluções que existem tanto poupam energia, como proporcionam os melhores luxos. O nível de automação é quase total, mas sempre controlado por quem de direito TEXTO SUSANA ESTEVES

A casa inteligente

Casa inteligente não é sinónimo de cenário futurista, de espaço robotizado ou apenas de estores eléctricos. Casa inteligente é sinónimo de investimento em soluções integradas e em infra-estruturas tecnológicas que permitem automatizar procedimentos, criar conforto e controlar custos. Ainda assim, esta não é mais do que uma abordagem geral do que está por traz do conceito de automação doméstica. Um espaço inteligente permite a quem nele habita usufruir de uma vasta gama de aplicações e serviços, tais como segurança, gestão de energia, conforto, automação de tarefas domésticas, entretenimento, teletrabalho, teleassistência e operação e manutenção local e remota da própria habitação. Há muito que se fala de casas inteligentes, mas as potencialidades de toda a tecnologia envolvida no equipamento destes espaços são retratadas sempre como algo futurista e parcialmente inacessível, o que não é verdade. Ainda que tenhamos de admitir que algumas das soluções não estão ao alcance de todas as carteiras, existem outras opções que podem perfeitamente ser adquiridas

pela comum dona-de-casa, inclusive através da Internet (ver caixa). Por outro lado, também é verdade que parte destas soluções mais completas tem de ser vista como um investimento com retorno a médio prazo. Senão vejamos: é relativamente simples perceber o retorno de um sistema de vigilância, mas a mediação do retorno do investimento numa solução que aproveita os recursos naturais para reduzir o consumo/custo energético só será sentida a médio prazo. Um dos grandes pontos de atracção destes sistemas é a possibilidade de o utilizador poder controlar uma série de funcionalidades remotamente, a partir de qualquer ponto do mundo, actuando sobre dispositivos existentes na instalação domótica. Por exemplo, pode ligar/ desligar a climatização, a água, o gás, a iluminação ou os electrodomésticos, seleccionar a temperatura desejada ou receber os alarmes de intrusão, incêndio, fugas de água ou gás, falta de energia, entre outros. Este controlo pode ser feito através do telefone ou de um computador. A designada domótica assume o papel principal, ao assegurar a comunicação entre um conjunto de unidades ou dispositivos, como sensores de temperatura ou segurança, de actuadores que controlam elementos como motores, iluminação, electroválvulas, de controladores que gerem a informação passada pelos sensores, a interface e equipamentos específicos, como é caso de modems ou routers. A domótica incide sobre quatro vectores fundamentais: energia, comunicação, conforto e segurança, e apesar de esta última conseguir chamar a si a grande parte das atenções, os players que trabalham este sector admitem um interesse crescente pela componente energética. A PCGuia foi falar com algumas empresas ligadas a este mercado, que exploram diferentes áreas, com o objectivo de não só divulgar a oferta existente, como também transmitir os seus benefícios.

O TRABALHO POR TRÁS DO CONCEITO Uma definição actual da domótica é a de que esta é a utilização simultânea da electricidade, da electrónica e das tecnologias da informação no ambiente residencial. A domótica torna-se assim um dos pilares fundamentais do novo conceito de habitação digital. António Roque é o homem

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HOTSPOT NOTÍCIAS

Central Casa

forte à frente da Casa Inteligente, uma empresa que há muito é tida como referência nesta área, razão pela qual lhe pedimos para desmistificar algumas das dúvidas e satisfazer a curiosidade que existe relativa a pontos mais complexos. Da oferta actual, o cliente pode optar por uma solução com, ou sem fios. A tecnologia sem fios é muito fiável se for implementada por radiofrequência a 434/868 Mhz e é a adequada para casas já construídas. É o caso do sistema Hometronic da Honeywell, distribuído pela Casa Inteligente. Mas, segundo António Roque, a tecnologia com fios é a mais fiável e segura, embora deva ser implementada durante a construção da casa, uma vez que exige uma rede de tubos e caixas. Isto não quer dizer que um sistema domótico não possa ser integrado numa habitação já existente. O utilizador pode a qualquer altura instalar um sistema que lhe permite controlar a climatização, a iluminação, os estores, a segurança, a videovigilância, os alarmes técnicos, o áudio

A QUESTÃO DA INTERNET DE BANDA LARGA É IMPORTANTE SE PRETENDER CONTROLAR OS SISTEMAS À DISTÂNCIA

multizona e muito mais, sem ser necessário obras e com um tempo de aplicação muito reduzido (1 ou 2 dias, dependendo da solução). Estes sistemas funcionam por radiofrequência e por Wi-fi «e são os únicos aconselháveis a aplicar a casas já construídas», indicou. É claro que a suportar tudo isto está a Internet, e a recomendação vai para uma estrutura de banda larga, já que esta faz com que o valor atribuído a um sistema domótico seja muito maior. Tudo pode ser visto e controlado a partir de qualquer dispositivo que permita acesso à Internet como telemóveis, PDA ou PC. A Casa Inteligente trabalha unicamente com distribuidores autorizados, que implementam um leque de soluções que contempla os sistemas Vivimat (versões Integra, Confort e Video), Hometronic (domótica sem fios), Emotics (software de controlo de casas com domótica KNX), Vidiweb (servidores de videovigilância), de home cinema, de áudio e vídeo Multizona, redes informáticas e Internet, formação e consultoria. Quanto é que tudo isto custa? Instalar um desses sistemas domóticos numa casa de quatro assoalhadas, com as funções mais comuns, como controlo do aquecimento à distância, sensores de fumo, gás e água, detecção de intrusão, comando centralizado de estores, integração com videoporteiro usando o mesmo painel da domótica, entre outras funcionalidades, custa cerca de 1500 euros, com instalação e colocação em serviço incluídos, indicou este mesmo responsável, dando como exemplo o sistema Vivimat Integra Video. A questão da Internet de banda larga é particularmente importante se pretender controlar os sistemas à distância. O sistema domótico terá de possuir um web server de modo a permitir o respectivo acesso. No caso da Casa Inteligente, o sistema de videovigilância IP Vidiweb permite o visionamento das imagens em tempo real, bem como de imagens previamente gravadas. Se houver problemas, o próprio sistema envia um e-mail com o registo do ocorrido. O sistema Vidiweb permite igualmente actuar sobre as instalações de iluminação e outras, sendo uma aplicação ideal para locais como casas de fim-de-semana. Além do aumento de conforto e de segurança, António Roque lembrou que uma rede domótica pode cobrir aplicações muito simples, como providenciar um botão de alarme a um idoso que esteja em casa para que este o prima sempre e quando prever alguma aflição, a utilização de videovigilância IP para, no caso de se receber um e-mail do sistema de segurança, poder visualizar a casa e todo o espaço envolvente ou ter acesso aos ficheiros MP3 que estão no PC doméstico ou num servidor de áudio e distribuí-los por toda a casa utilizando um sistema de distribuição de áudio.

MADE IN PORTUGAL Actualmente, existem disponíveis em Portugal algumas das marcas mais importantes em termos

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europeus. É o caso da Vivimat, da Hometronic, da Emotics, entre muitas outras. No entanto, há uma que nasce em solo nacional. O Mordomus é o primeiro sistema de domótica desenvolvido e produzido em Portugal e consegue cobrir todas as vertentes relativas ao controlo inteligente de uma casa. Por exemplo, controla o sistema de rega, comanda os portões através dos automóveis da casa, controla a iluminação e a segurança, faz a contagem de energia, permite efectuar videovigilância e videoporteiro, tem campainha inteligente, sistemas de climatização e som ambiente, realiza a análise meteorológica remota e local, acede ao sistema por GSM e Internet, entre outras áreas. «Acima de tudo, juntámos todas as tecnologias num único sistema melhorando as capacidades de todo o conjunto, partilhando recursos, o que resulta numa significativa redução de custos e um enorme aumento das características e aproveitamentos», disse José Luís Pinto, director da IOLine, responsável pelo produto. O sistema tem estratégias de gestão de energia implementadas para um melhor aproveitamento dos períodos energéticos, bem como a desactivação automática de sistemas que estejam a usar energia sem necessidade. As várias áreas de gestão interagem entre si, por exemplo, os interruptores, sensores e comandos de viaturas comandam, para além de toda a iluminação, todos os recursos e funções inteligentes da habitação (alarmes, estores, tomadas, climatização, entre outras). O videoporteiro dispõe de um histórico de eventos mostrando fotografias de quem tocou à campainha do morador durante a sua ausência. E, brevemente, o módulo de comunicação remota irá permitir

O MORDOMUS É O PRIMEIRO SISTEMA DE DOMÓTICA DESENVOLVIDO E PRODUZIDO EM PORTUGAL

que o dono da casa consiga conversar com quem estiver à sua porta ou possa deixar mensagens áudio no videoporteiro que são depois activadas assim que a campainha for premida. O utilizador pode ainda contar com alarmes técnicos que despoletam funções automáticas, alarmes de intrusão e vários tipos de sensores. Neste campo, o Mordomus disponibiliza detectores volumétricos de movimento, quebra de vidros, arrombamento para portas e janelas ou feixes de infravermelhos. O controlo de todo o sistema tem na sua base uma consola táctil. A monitorização pode ser feita à distância, através de um PDA por rede Wifi ou por GPRS, ou de um telefone. Neste caso, o cliente terá de marcar o número GSM de sua casa, acedendo aos menus e comandos que vão sendo falados pelo sistema. Para além de todo o pacote de funcionalidades, Luís Jorge Pinto garante que o preço fica a 1/3 do preço da oferta dos concorrentes.

Mordomus

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PRO CASE STUDY HOTSPOT NOTÍCIAS

DOMÓTICA ONLINE Se não quiser recorrer aos serviços de uma empresa, poderá adquirir algumas soluções semelhantes às referidas através da loja online www.eurox10.com. Trata-se de um portal europeu dedicado à temática da

domótica, associado à empresa CentralCasa. Além de funcionar como espaço informativo, o site oferece um conjunto de soluções que cobrem as mais variadas áreas, como a segurança e os sistemas de som e de vídeo.

INTELIGENTE ATÉ QUE PONTO?

Linkuti

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Para a Linkuti, cada vez mais clientes procuram altos níveis de segurança, conforto, flexibilidade, eficiência e expansibilidade. A empresa recebeu recentemente a adjudicação do projecto de domótica associado ao empreendimento EstorilSol Residence, atingindo assim o patamar de um milhão de euros de obras adjudicadas, tendo já outro a caminho que envolve uma área de 5000 m. Aproveitámos esta experiência de trabalho no terreno para pedir à empresa um exemplo de algumas soluções que podem estar ao alcance de qualquer consumidor. A Linkuti descreveu um projecto numa moradia com aproximadamente 650 m2 de implementação. No caso divulgado foram implementadas funcionalidades como o controlo de iluminação, de estores, blackouts, ar condicionado, aquecimento, segurança, vigilância, controlo de acessos, ventilação, entre outros pontos. O sistema é composto por 82 circuitos de iluminação, dos quais 15 têm regulação de fluxo e 14 estão ligados a tomadas controladas. Estes circuitos têm várias formas de serem controlados. Alguns deles acendem e apagam

automaticamente (no caso das zonas de passagem e WC), dependendo se é de dia ou noite (existe um sensor crepuscular que passa a informação ao sistema da luminosidade existente). Existem ainda 26 estores motorizados e nove cortinas blackouts. Estes circuitos podem ser controlados manualmente actuando nos botões associados, mas também podem ter um funcionamento automático de acordo com a posição solar e a estação do ano, fazendo assim um maior aproveitamento da luz solar no Inverno (ajudando a aquecer a casa) e a manter os estores e blackouts fechados durante o período mais quente do dia no Verão (evitando assim um aquecimento desnecessário das divisões). Neste caso, também são controladas de forma automática todas as janelas de tecto existentes nos WC, para que seja feita a renovação do ar e o controlo de humidade. Relativamente ao aquecimento, todo o sistema de aquecimento é feito de uma forma automática, bastando ao utilizador definir a temperatura que deseja em cada divisão. O próprio sistema é que se vai encarregar de ligar/desligar os vários equipamentos de aquecimento com o objectivo de manter a temperatura estável. Tem também vários cenários programados para cada divisão. Isto significa, por exemplo, que sempre que um botão específico for premido a iluminação é regulada para um nível baixo, a temperatura passa para modo conforto, o plasma liga-se e o DVD inicia o filme. Na sala pode-se activar o cenário jantar: o plasma é automaticamente rodado para a sala de jantar, os estores fecham, a iluminação é automaticamente regulada e a temperatura passa para o modo conforto. Com o cenário lazer, o plasma roda para a zona da sala de estar e o ambiente é modificado para a zona da sala de estar. Quanto ao sistema de segurança, estão presentes em toda a moradia detectores de gás na zona da cozinha e casa das máquinas, detectores de fumo em cada piso, detectores de inundação em todas as divisões onde possa haver uma possível fuga de água, electroválvulas de água e gás, que são automaticamente cortadas no caso de fugas, e 40 detectores de movimento dispersos pela moradia. Destes, 28 têm uma dupla função: actuar nos circuitos de iluminação e funcionar como alarme de intrusão, dando a informação ao sistema de que uma porta ou janela está aberta (útil para o controlo de aquecimento, pois, se estiver uma porta ou janela aberta durante muito tempo, o sistema de aquecimento é desligado, poupando assim energia). Sempre que um dos alarmes ficar activo, é emitido um sinal sonoro (pela sirene exterior ou pelos detectores de fumo e gás), é enviada uma SMS para o telemóvel do detentor do sistema e um e-mail de aviso. Em todo o perímetro da moradia existem câmaras de videovigilância com infravermelhos, que gravam os acontecimentos em disco rígido apenas quando detectam movimento. Há ainda a


possibilidade de fazer o controlo remoto, podendo aceder de qualquer parte do mundo às funções vitais da moradia, de qualquer computador, PDA ou telemóvel, sem ser preciso instalar quaisquer plug-ins.

OFERTA VARIADA, PARA BOLSAS DIFERENTES Como fez questão de focar à PCGuia a Central Casa, as mais-valias oferecidas pelas casas inteligentes podem ser colocadas ao serviço de um target bastante mais vasto do que o mero cliente que pretende melhorar a sua qualidade de vida. Por exemplo, estas soluções podem optimizar a autonomia e a mobilidade de uma pessoa com necessidades especiais, tais como idosos e deficientes. No mesmo registo, a NFive salientou que a domótica é também uma solução para os espaços públicos. «Temos as ruas, muitas vezes, iluminadas ainda de dia ou aspersores de rega a funcionarem quando chove. Duas situações que, em termos de consumos públicos, acabam por afectar-nos a todos e que a automação pode resolver. Achamos que devemos contribuir para um crescimento sustentado», afirmou o responsável da companhia, Paulo Morais. Através de uma interface pensada para o utilizador, de acordo com as suas necessidades e capacidades, este poderá executar as suas tarefas sem qualquer esforço. Um sistema de automação bem implementado permite reduções de consumos até 30% (as funcionalidades só estarão activas em caso de necessidade) e é capaz de resolver grande parte dos problemas automaticamente. A NFive trabalha maioritariamente com parceiros em projectos de diferentes dimensões, sendo que está actualmente envolvida no desenvolvimento de um sistema de automação para um hotel, que deverá ser inaugurado em 2010. A grande aposta da Central Casa empresa, em termos de soluções nesta área, chama-se Rita. Trata-se de um sistema que se propõe gerir uma série de funções quotidianas numa habitação, controladas pelo utilizador através de uma interface gráfica. A solução consiste num GateWay residencial, hardware de segurança, sensores vários e diferentes actuadores para o controlo de cargas como luzes, estores, aparelhos, sistemas de climatização, entre outros. Possui funções de vigilância de perímetro, videoporteiro avançado e baby monitor, e permite a centralização/consulta de valores relativos ao consumo energético e outros parâmetros ambientais. Por exemplo, através da interface RITA poder-se-á controlar em tempo real os equipamentos associados ao sistema, como luzes, estores, aparelhos eléctricos, sistemas de climatização. O sistema Rita permite também a definição de diferentes privilégios para os diversos instaladores, bem como um acesso instalador que permite funções “fechadas” ao utilizador. No caso do cliente particular, que se mantém mais atento à segurança, a proposta desta companhia é o kit de segurança/domótica HomeProtector+, um sistema

de segurança R.F. com comunicador telefónico integrado, que permite interagir com 16 equipamentos automatizados pelo protocolo X10. Desta forma, o utilizador poderá ter um sistema de intrusão e pânico (pendentes de pânico, sensores de fumo ou inundação) que reporta para o telemóvel qualquer situação de pânico ou intrusão. Através do HomeProtector+, o utilizador pode igualmente controlar quatro zonas de climatização e ter acesso remoto à habitação através de chamada telefónica. O utilizador poderá armar, desarmar a consola, controlar 16 equipamentos ou circuitos, entre muitas outras funções. A título de curiosidade, podemos avançar que o kit de segurança/domótica de quatro peças custa 216,06 euros. E por que não todas estas soluções associadas ao factor estético? É para aqui que a Prestécnica orienta a sua oferta. A aposta chama-se Teletask, está a ser especialmente promovida junto de construtoras, promotoras, gabinetes de arquitectura, de instalações eléctricas e do mercado consumidor em geral e permite a interligação e a automatização total da casa, com a integração de todos os equipamentos eléctricos possíveis. A diferença assenta no facto de a marca ter desenvolvido módulos de comunicação com outros fabricantes de prestígio mundial e interfaces para sistemas Bang & Olufson, Bose, Audio Acess MRX, Xantech, AirZone HVAC e Daikin. Já em fase final de desenvolvimento para 2009, a Teletask conta apresentar um novo software de comunicação e comando entre diferentes sistemas.

NFive

Prestécnica

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NOTÍCIASDO GATO BLOGUE

Ó TEMPO, VOLTA PARA TRÁS... Ao contrário de Back to the Future, não se pode ir ao passado para corrigir o presente. Mas ainda há quem continue a tentar Apesar das cíclicas campanhas da Assoft para a legalização do software utilizado nas empresas, ainda há aqueles que vivem no passado, senão vejamos: numa empresa minha conhecida, era utilizado um software para uma tarefa crítica que foi instalado em modo de demonstração. Como qualquer pessoa que perceba minimamente de computadores sabe, após um período de tempo mais ou menos longo, qualquer software de demonstração fica com as funcionalidades reduzidas ou deixa mesmo de funcionar.

Ora, após dois meses, o software decidiu que era tempo de parar de funcionar, a menos que se adquirisse uma licença válida. Como não tinham ainda a referida licença de utilização e a tarefa desempenhada pelo software era mesmo importante para o funcionamento da empresa, os inteligentíssimos responsáveis pela informática da empresa decidiram tentar enganar o software atrasando o relógio do computador, para que se conseguisse continuar a trabalhar. Já para não falar da ilegalidade de tudo isto, este método já não funciona desde que a Amstrad deixou de fazer computadores pessoais, nos finais dos anos 80 do século passado... E, por favor, não me digam que não houve tempo para comprar uma licença porque dois meses é tempo mais do que suficiente. Compram-se casas de 1 milhão de euros em menos tempo... A solução para este problema foi desencantar outro computador e voltar a instalar o software em modo de demonstração. A moral disto tudo é que, às vezes, quem não tem cão tem que ser muito mais inteligente para conseguir caçar com gato... Quero deixar uma última nota para o comunicado do Papa da Apple, Steve Jobs, que admitiu que tinha um problema de saúde que, apesar das especulações, não lhe ameaça a vida. Os acólitos do culto do Mac podem ficar descansados que o líder supremo vai durar ainda mais algum tempo e afinal o céu já não lhes vai cair em cima da cabeça. Se puderem, dêem uma vista de olhos ao documentário MacHeads (www. macheadsthemovie.com) e vão ver o que quero dizer com tudo isto.

Veja mais em

bloguedogato.blogspot.com 130 | PCGUIA




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