PCGuia 162

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PCGUIA MAIO 2009

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PCGUIA

EXCLUSIVO EM PORTUGAL EEEPC 1004DN e SONY E-BOOK READER PRS700

TECNOLOGIA SEM LIMITES

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MAIO DE 2009

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WWW.PCGUIA.PT

SOFTWARE A CUSTO ZERO

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VOLUME II

COMO PROTEGER DADOS EM PEN DRIVES



EDITORIAL

Director Pedro Tróia Redacção João Trigo (Editor) Susana Esteves, João Pedro Faria, Carlos Marçalo, Cláudia Sargento, Luísa Dâmaso, Lurdes Marujo [Secretária de Redacção) lurdesmarujo@ revistas.cofina.pt, Teresa Resende (Revisão) Arte Hélio Falcão (Director Adjunto) e Teresa Silva Colaboradores – Texto Susana Rodrigues, Patrícia Grilo, José Luís Porfírio, Paulo Barbosa, Artur Martins, Leonel Miranda e Patrícia Cordeiro Imagem Helder Oliveira/ Agência Who (ilustração da capa), António Moutinho, Vitor Gordo (fotos) Produção Gráfica Carlos Dias (Coordenador), Jorge Fernandes, José Carlos Freitas, Paulo Glória, Paulo Fernandes, Carlos Campos e Fátima Mesquita (Assistente) Circulação Madalena Carreira (Coordenadora), Jorge Gonçalves e Denise Amorim Publicidade Virgínia Melo virginiamelo@revistas.cofina. pt (Directora Comercial de Divisão) Daniela Correia danielacorreia@pcguia.cofina.pt (Gestor de Conta); Fátima Malaca fmalaca@revistas. cofina.pt (Coordenadora de publicidade), Rute Dias rdias@revistas.cofina.pt e Susana Fernandes susanafernandes@cofina.pt (Assistentes de Publicidade) Marketing Sónia Santos, Miguel Barreto, Susana Ventura (Assistente) Assinaturas Margarida Matos email assine@cofina.pt Linha de Apoio a Assinaturas Sandra Sousa, Ana Pereira e Filipa Cerqueira Telefone directo 213 307 777, Av. João Crisóstomo, 72, Galeria, 1069-043 Lisboa Venda de Edições Anteriores Caso pretenda adquirir números anteriores desta revista contacte o 219 253 248 ou revistasanteriores@revistas. cofina.pt Distribuição de Assinaturas JMTOSCANO, LDA. Tel: 214 142 909; Fax: 214 142 951; jmtoscano.com@netcabo.pt Pré-impressão H2M - Artes Gráficas, SA Av. Almirante Gago Coutinho, 44-A - 1700-031 Lisboa Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90-Casal de Santa Leopoldina-2745-553 Queluz de Baixo Capa Printover fornecido por Sarriópapel Distribuição VASP – Soc. de Transportes e Distribuição, Lda, Complexo CREL – Bela Vista/Rua da Tascoa, 4.º Piso – Massamá – 2745 Queluz

UMA AJUDA PARA OS TEMPOS DE CRISE

Pedro Tróia director troia@pcguia.cofina.pt

Uma das coisas em que pode poupar um pouco nestes tempos de crise que atravessamos é no software. Existem programas que permitem fazer tudo o que as propostas comerciais fazem, mas sem ter de gastar um tostão. Não, não estamos a falar de pirataria; estamos a falar de software gratuito. Começando pelos sistemas operativos, pode usar o Linux. Trata-se de um sistema de fonte aberta, ou seja, toda a comunidade pode participar no seu desenvolvimento. Este SO faz exactamente o que o Windows faz, mas não custa dinheiro. Ainda por cima inclui um grande conjunto de programas que vão desde a edição de imagem e de vídeo até ao tradicional conjunto de aplicações de produtividade, onde se inserem, por exemplo, um processador de texto, uma folha de cálculo, apresentações e base de dados. Se quiser continuar a usar o Windows, também existem muitas propostas gratuitas que substituem os programas comerciais fazendo exactamente o mesmo que eles. Todas estas questões são abordadas no tema de capa deste mês com a vantagem de lhe oferecermos guias que o podem ajudar, nomeadamente, a instalar e começar a usar o Linux. Quero destacar ainda um outro guia, que ensina a encriptar a informação gravada numa pen USB. As pens USB são as disquetes de hoje em dia e já são tão pequenas que se perdem facilmente. Não há nada pior do que perder uma pen contendo informação confidencial e não saber onde foi parar. Assim, mostramos-lhe como impedir que essa informação fique à mercê de quem encontrar a sua pen drive.

ESTE MÊS...

Directora Editorial Divisão Tecnologias Cristina Magalhães

João Trigo editor joaotrigo@pcguia.cofina.pt

Edirevistas Sociedade Editorial, S.A. grupo Cofina Media – SGPS, SA Conselho de Administração Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Laurentina Martins e António Simões Silva Directora de Arte Sofia Lucas Directora Comercial Olga Henriques Director de Produção Avelino Soares Directora de Marketing Maria João Costa Macedo Director Comercial Online José Manuel Gomes Director de Informática Rui Taveira Director de Recursos Humanos Nuno Mariz Directora Administrativa e Financeira Alda Delgado Director de Assinaturas João F. Almeida Director de Circulação Mário Rosário Directora de Research Ondina Lourenço Sede: Administração, Redacção, Publicidade: Avenida João Crisóstomo, 72, 1069-043 LISBOA. Telf.: 21 330 77 00; Fax: 21 330 77 99 Propriedade/Editora • EDIREVISTAS - SOCIEDADE EDITORIAL, SA • Capital social: €5.915.669 • CR.C.Lx n.° 500 061 130 • Contribuinte n.° 500 061 130 • Principal accionista: COFINA, SGPS, SA (99,46%) • N.º Registo E.R.C. 119 452 • Depósito legal: 97 116/96 • Tiragem média: 52 500 exemplares

...pude testar o meu netbook como um verdadeiro auxiliar de viagem, enquanto estive em Los Angeles. Muito embora alguns destes portáteis continuem a apresentar baterias com autonomia aquém do que seria de esperar, não há dúvida de que são boas aquisições para quem precisa de máquinas leves, transportáveis e para tarefas simples. Encontrei o novo vício no meu desktop. Chama-se Empire: Total War e está realmente fantástico. Veja a análise neste número. Susana Esteves jornalista susanaesteves@pcguia.cofina.pt

...arranjei um router Gigabit porque aquele que tinha em casa não me conseguiu oferecer um sinal wireless suficientemente forte nas várias divisões. É o mal do equipamento que vem na solução de pacote do operador. A bateria do meu Macbook morreu novamente. Com dois anos e meio, o portátil já levou duas baterias, que, ao final do primeiro ano, literalmente morrem. Nada a fazer, diz a Apple, tem de comprar uma nova... ou não (digo eu). João Pedro Faria jornalista jfaria@pcguia.cofina.pt

...marca muito possivelmente a abertura oficial de uma nova categoria dentro dos desktops – a dos nettops, computadores tudo-em-um que apenas incluem um ecrã sensível ao toque, um teclado e um rato (sem fios). À imagem dos netbooks, são uma solução muito apelativa do ponto de vista financeiro, sobretudo tendo em conta o actual contexto de desaceleração económica e estagnação do mercado de desktops. Prevê-se que os nettops cresçam acima dos seis milhões de unidades já este ano. Uma área que a PCGuia vai acompanhar certamente com particular interesse.

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ÍNDICE

Tema de capa 65 68 70 76 77 78

Instalação de um sistema operativo Linux Utilização de programas de Windows em Linux Use aplicações multimédia gratuitas Tire mais do Firefox Produtividade sem gastar um cêntimo Linux para todos os gostos

64 SOFTWARE A CUSTO ZERO Regulares 6 Notícias 16 L ançamentos 18 Entrevista ASSISTÊNCIA TÉCNICA 100 Pergunte ao especialista

Banco de Testes HARDWARE 21 Sony PRS-700 22 Asus EEEPC 1004 22 iPod Shuffle 23 PowerColor HD 4890 1GB GDDR5 24 Gigabyte GA-MA790 FXT UD5P 24 OKI C710dtn 26 T sunami Workstation 27 Conceptr onic CM3H500 28 Dr obo 29 Sapphire HD4850 Vapor-X 30 iMac 24 polegadas 30 Gigabyte HD Radeon 4850 1GB 31 Asus Xonar Essence STX TECNOMUST 32 Choiix Ergonomic Metal Sleeve 32 Samsung Ultra Touch

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32 Digitus Mini Stereo Headset 33 Ak asa P2NES 33 Pickpocket Protection System 33 Kesington Visor Car Kit

Braço-de-Ferro

Entretenimento 105 Empire: Total War 108 Men of War 110 Burnout Paradise: The Ultimate Box

34 Projectores para todos os bolsos

Guias 43 58 60 62 80

82 84 86 88 90

SOFTWARE Construa o seu próprio site Encripte drives USB Reactive o Windows Vista Melhore fotografias com erros Edite todos os seus vídeos sem complicações REDES Mova os contactos do Gmail Transfira vídeos do YouTube Partilhe a sua ligação de rede Optimize o router sem fios Guarde as suas fotos online

HARDWARE 92 Tudo sobre o Zii 94 Upgrade com dinheiro contado

PCGuiaPro 113 NOTÍCIAS 118 SOFTWARE DE GESTÃO Grupo Soft mantém aposta na SyneL 120 FORMAÇÃO Alta Lógica reforça TIC 122 CASE STUDY Escola Salesianos adopta quadros interactivos 124 OPINIÃO Criação de valor com S.I. 126 HOTSPOT Software livre ao serviço das empresas nacionais



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R E | S O FTWA R E | E N G E N H O C A S | T E ST ST E E M G R U P O

NOTÍC

TSUNAMI REVELA T9 O novo netbook combina um custo baixo com funcionalidade e estilo

Com menos de um quilo, ecrã TFT de 8,9 polegadas e um preço acessível (249 euros), o ultraportátil Tsunami T9 responde às actuais necessidades do mercado. De salientar que o peso mencionado (960 gramas) inclui já a bateria, o que faz deste modelo um dos mais leves ultraportáteis disponíveis no mercado. Fácil de transportar, é uma solução a ter em conta para quem procura cortar nos custos. Isto não significa que se tenha de cortar também nas especificações. O T9 trabalha com um processador Intel Atom N270 a 1,6GHz, um disco de interface SATA com 160 GB de capacidade e conta com 1GB de memória SODIMM DDR2. No que concerne ao software, o sistema operativo é o Windows XP Home Português, trazendo também uma versão de experimentação durante 30 dias do Quiq-Movies, um software que permite importar, catalogar e gerir filmes em DVD, e ainda uma versão trial de 90 diasdo anti-vírus Kasperksky Internet Security (versão OEM). Na lista de características encontram-se ainda itens como um microfone, uma webcam de 1,3 megapixel, suporte para redes sem fios (802.11b/g), três portas USB, ficha RJ-45, leitor de cartões (compatível com os formatos MMC, SD e MS), duas colunas stereo, saída para headphones e colunas, saída VGA e entrada de áudio, entre outros. J.P.F.

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NOTÍCIAS

BREVES CRÍTICO DE CINEMA DESPEDIDO POR VER FILME

Roger Friedman trabalhava com a Fox há 10 anos até ter posto no site da estação uma crítica ao filme X-Men Origins: Wolverine, feita com base num ficheiro que descarregou ilegalmente. No texto, o crítico salienta que fazer o download foi «muito mais fácil do que andar à chuva». O filme vai ser distribuído pela 20th Century Fox, que pediu ajuda ao FBI e à Motion Picture Association of America para identificar a pessoa responsável por ter colocado o título online muito antes do lançamento oficial.

PT INTEGRA CONSÓRCIO DE FIBRAX

A Portugal Telecom vai investir cerca de 40 milhões de euros na construção de um cabo submarino de fibra óptica que ligará a Europa ao continente africano. Esta acção enquadrase num consórcio internacional que o grupo integrou com outros operadores, sendo que o projecto West Africa Cable System reunirá no total um investimento de aproximadamente 453 milhões de euros. A participação da PT no consórcio é feita em parceria com a CV Telecom, operadora de telecomunicações de Cabo Verde, detida em 40 por cento pela PT.

ACER ASPIRE TIMELINE GANHAM ATRIBUTOS Os novos portáteis estão mais autónomos, leves e finos A Acer baseou os novos computadores portáteis Aspire Timeline numa ideia simples mas revolucionária: em vez de criar computadores portáteis com baterias mais volumosas e pesadas para maior autonomia, criou uma série de computadores portáteis mais eficientes e capazes de reduzir ao mínimo o consumo de energia, de forma a oferecer ao utilizador todo o tempo de que necessita, sem peso acrescido. Como resultado, conseguiu atingir uma autonomia da bateria superior a oito horas. Para isso, a Acer equipou a nova gama com a tecla Acer Smart Power, que permite aumentar as capacidades de economia de energia e prolongar assim a autonomia da bateria. De modo a poder proporcionar um consumo eficaz de energia, a série Aspire Timeline inclui processadores de muito baixa tensão Intel Core 2 Duo e tecnologia Intel Display Power Savings Technology (Intel DPST), que reduz a luz de fundo do ecrã com um impacto visual mínimo, permitindo economizar até 33 por centro de energia em comparação com os computadores portáteis tradicionais. Como resultado, aumenta a

eficiência do sistema, reduzindo o consumo de energia e incrementando a autonomia da bateria até 40%. Outro aspecto que a Acer teve em mente foi criar portáteis mais finos e mais leves para uma utilização duradoura. Mais fino do que nunca, o Aspire Timeline apresenta uma espessura mínima de apenas 24 mm e, graças à tampa de alumínio, é extremamente leve, variando entre 1,6 kg para o modelo de 13,3 polegadas, e 2,4 kg para o modelo de 15,6 polegadas. Finalmente, mas não menos importante, os novos modelos 3810, 4810T e 5810T apresentam um sistema de arrefecimento desenvolvido em colaboração com a Intel. Denominado Laminar Wall Jet, explora uma tecnologia utilizada com êxito nas lâminas das turbinas de arrefecimento, e isto graças à adição de grelhas de ventilação às ventoinhas de admissão de ar, que fazem com que o fluxo de ar de arrefecimento seja redireccionado ao longo do lado inferior da estrutura do computador portátil, levando o ar fresco exactamente para onde é necessário. J.P.F.

BROTHER APRESENTA MFC 790CW O novo modelo destaca-se visualmente pelo ecrã LCD de 4,2 polegadas

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Tendo em vista melhorar a produtividade empresarial, o multifunções a jacto de tinta MFC790CW permite imprimir, enviar e receber faxes, bem como copiar e digitalizar documentos. O ecrã táctil LCD a cores de 4,2 polegadas possibilita o acesso a várias funcionalidades da máquina através de um simples toque, bem como retocar imagens e fotografias para impressão. Este modelo pode ainda ser ligado a uma rede sem ou com fios para partilhar o equipamento com múltiplos utilizadores e inclui um auscultador telefónico para receber e realizar chamadas. A função de reconhecimento automático de chamadas de voz ou dados facilita a gestão destas duas funções. As impressões são obtidas às velocidades de 33 páginas por minuto (ppm) a preto e 27 ppm a cores. O MFC-790CW imprime fotografias de formato 10x15 sem margens em 30 segundos. O alimentador automático de documentos (ADF) visa aumentar a produtividade, facilitando e agilizando não só o envio

de faxes, como também a execução de tarefas, por exemplo, cópia e digitalização de documentos de múltiplas páginas. O dispositivo dá ao utilizador a possibilidade de fazer a correcção de sombras e a orientação do papel de forma automática enquanto copia documentos encadernados. A bandeja de papel fotográfico facilita a utilização simultânea em diferentes formatos de papel. Não só é compatível com a norma PictBridge, possibilitando a impressão directa a partir de uma câmara fotográfica, como também inclui um leitor de cartões de memória e de dispositivos de armazenamento flash USB. Aliás, permite fazer digitalizações directamente para estes suportes sem que seja necessário ligar o computador. O sistema de jacto de tinta baseia-se em quatro cartuchos de tinta individuais que podem ser substituídos de forma independente. O preço de venda recomendado é 214,80 euros, com IVA incluído. J.P.F.



NOTÍCIAS

NA BERRA APPLE

Já não existe nenhuma música à venda na loja iTunes que utilize a tecnologia de gestão de direitos de autor DRM. As músicas mais populares passam a custar 1,29 euros, as músicas menos populares 69 cêntimos e as restantes manterão os 99 cêntimos. No entanto, as músicas já compradas com DRM mantêm a protecção.

ANDROID

Soube-se que a Hewlett-Packard está a estudar a possibilidade de utilizar o sistema operativo Android nos seus netbooks. Apesar de já haver vários testes a decorrer, a empresa ainda não tomou uma decisão definitiva sobre que produtos que irá lançar com este SO. A grande maioria dos netbooks é disponibilizada com Windows, havendo ainda uma pequena parte que recorre à distribuição Linux.

RTP MULTIMÉDIA

O serviço público presta-se também online. No centro multimédia da RTP é possível encontrar rápida e facilmente tudo o que tenha passado na televisão ou na rádio. Para isso, muito contribui a interface e a correcta categorização dos conteúdos.

TWITTER

Um rapaz norte-americano de 17 anos chamado Michael “Mikeyy” Mooney admitiu ter sido o responsável pelas falhas que afectaram os utilizadores do Twitter durante um final de semana, mas cujos efeitos ainda persistem à data de fecho desta edição. O jovem oriundo de Brooklyn disse ter criado o código porque «estava entediado».

CÁBULAS TECNOLÓGICAS

Que o digam (pelo menos) oito cidadãos chineses, que ajudaram os filhos a cabularem nos exames de acesso à universidade com o auxílio de telemóveis e de auscultadores sem fios. A táctica envolveu ainda a contratação de estudantes universitários pagos para responderem às questões. A estratégia foi vencida quando as autoridades identificaram «sinais de rádio anormais» junto da escola onde tudo ocorreu, em 2007.

BEST BUY

Já houve quem tenha comprado um disco WD VelociRaptor de 250 GB e tenha depois recebido em casa uma caixa selada do respectivo mas contendo um Quantum Fireball da Maxtor com 30 GB e oito anos de idade; já houve quem tenha comprado uma drive óptica que foi depois enviada com um bónus (um filme pornográfico) dentro da própria drive.

A BERRAR

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LG QUER TERCEIRO LUGAR DO MERCADO A empresa ambiciona liderar o segmento dos telefones touch e messaging e subir ao pódio como a terceira maior marca em Portugal O novo LG Arena marca não só o compromisso da empresa com a nova tendência de mercado, que envolve telefones touch, com interfaces desenhadas à imagem do utilizador, como também a entrada na corrida pelo terceiro lugar da lista dos maiores fabricantes de telefones móveis nacionais. Como indicou o director de vendas de telecomunicações da LG Electronics, Ruy Conde, a estratégia da divisão de comunicações móveis da LG Electronics passa por um reforço da quota de mercado e do volume de vendas no nosso país, sustentado num portfolio diversificado e orientado para os setes segmentos de mercado eleitos pela companhia. No entanto, destacou, o grande impulso deverá vir da aposta reforçada em duas áreas de produto específicas: a dos telefones Touch Generation e Messaging Generation, áreas que a companhia pretende liderar até ao final do ano. Como explicou Ruy Conde, os utilizadores a que estes terminais se destinam, designados pelo fabricante como power users e tecnho-chic, representam 43% do mercado nacional, uma fatia apetecível. À margem da conferência, o director de Marketing, Frederico Paiva, indicou que a interface criada pela própria LG é uma das bandeiras para 2009. Destacando que a diferenciação dos terminais, hoje em dia, é muito marcada pela experiência que cada terminal é capaz de oferecer ao utilizador, este executivo disse acreditar que a escolha se prende cada vez mais

pelo que o telefone oferece em termos de simplicidade, funcionalidade e intuitividade. Ou seja, na visão da LG, a tónica passa a estar na forma como o utilizador pode explorar e usar as funcionalidades que necessita, em detrimento de um volume grande de opções, que depois não são aproveitadas.

TELEFONE COM PERSONALIDADE O Arena é o «primeiro de muitos equipamentos que ainda estão para vir», que encaixa nesta nova abordagem ao mercado. O telefone destaca-se pelo ecrã, pela interface exclusiva 3D (S-Class) e por estar bem “artilhado”, no que toca às funcionalidades e tecnologias incluídas. Os menus aparecem dispostos num cubo tridimensional, que pode ser controlado através do toque, e que é totalmente personalizável. Um ecrã WVGA, sistema Dolby Mobile Surround Sound, uma câmara de 5 megapixels, HSDPA, Wi-fi e memória que pode ir até aos 40 GB (8 GB internos, com suporte até 32 GB em cartão) são mais algumas das características que compõem este terminal. No caso do segmento Messaging Generation, a LG fez saber que o KS360 foi muito bem recebido no mercado. Este terminal foi, recentemente, o protagonista do primeiro campeonato nacional de SMS, uma iniciativa que contou com a participação de mais de 7 mil jovens em todo o país. S.E.



NOTÍCIAS

HP LANÇA NOVA GAMA DE SCANNERS Eficiência e segurança dos processos de trabalho com um só fim: aumentar a produtividade

A HP anunciou uma nova gama de scanners concebidos para aperfeiçoar o workflow e facilitar a integração com os documentos nos processos de negócio. Destinados ao mercado empresarial, os cinco novos modelos incluem um conjunto de ferramentas de software de segurança e gestão que permitem às organizações reduzir os seus custos e automatizar os processos baseados na gestão documental que, em alternativa, poderiam ser completados manualmente. Criado para pequenos grupos de trabalho sem recursos de TI dedicados, o HP Scanjet N6350 é um scanner versátil e simples de utilizar, com rede integrada para múltiplos utilizadores que dá para partilhar e enviar facilmente ficheiros digitais para o e-mail ou para uma pasta em rede. Com segurança opcional através de password, os utilizadores podem proteger e gerir o acesso ao scanner e a documentos na rede. Já o HP Scanjet 5000 Sheet-feed Scanner inclui as funcionalidades de digitalização rápida e manuseamento de documentos, permitindo digitalizar uma ampla gama de documentos com diferentes formatos, desde materiais com as dimensões habituais a cartões de visita. Inclui ainda uma vasta selecção de software intuitivo que ajuda

os utilizadores a gerir os ficheiros digitais, converter as digitalizações em textos editáveis e criar bases de dados de contactos profissionais. Por sua vez, o HP Scanjet 7000 Sheet-feed Scanner permite melhorar os processos de trabalho para os clientes empresariais, sendo um scanner rápido que pode ser usado como um sistema de gestão isolado ou integrado no sistema de workflow ou na gestão de documentos existente. Concebido para melhorar e simplificar o workflow de documentos, o novo e compacto HP Scanjet Enterprise 7000n inclui funcionalidades robustas de segurança que convertem de forma rápida e segura um conjunto de documentos impressos, tais como formulários, facturas e outros registos em formato electrónico. Finalmente, o HP Scanjet 9000 Sheet-feed Scanner foi optimizado para clientes empresariais que necessitam de uma solução de digitalização dedicada e robusta para melhorar o workflow documental. O arquivo seguro de documentos no disco torna-se possível através das funcionalidades de manuseamento de papel com a tecnologia HP Precision Feed Technology, que inclui detecção ultra-sónica de dupla alimentação e eliminação multicor. J.P.F.

NINTENDO DSI APOSTA NA INOVAÇÃO A nova consola proporciona entretenimento em todo o lado A nova Nintendo DSi inclui um leque de novas funcionalidades, que colocam a tónica no entretenimento e na interactividade. A consola permite criar, personalizar e partilhar fotografias com terceiros, ouvir música, jogar mais de mil jogos Nintendo DS e fazer download de novos títulos e aplicações directamente para a consola, através da ligação à Internet também permitida. Uma das alterações mais bem recebidas foi a inclusão de duas câmaras, uma interior e outra exterior, devidamente acompanhadas por um software que marca a diferença face aos restantes aparelhos. Este software traz 11 filtros que permitem aos utilizadores tirar fotografias e aplicarlhes inúmeros efeitos especiais: uma lente de distorção para criar caricaturas de amigos e família (e que podem ser partilhadas com eles) ou expressões cómicas, como bigodes e traços de banda desenhada. Este programa também pode ser usado para criar diários fotográficos.

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As câmaras incorporadas têm ainda um papel na área dos jogos, uma vez que reconhecem o movimento do utilizador. Isto significa que os jogadores podem usar movimentos das mãos e da cabeça para jogar, acrescentando uma dimensão completamente nova aos títulos da Nintendo DSi. Com acesso à Internet garantido, a DSi permite que o utilizador descarregue jogos e aplicações directamente para a consola, a partir da Nintendo DSi Shop, agora possível devido ao facto de ter memória interna. Os utilizadores podem usar Nintendo Stars cada vez que comprarem um novo jogo (tanto para a Nintendo DSi, como para a Nintendo Wii). Estas estrelas podem ser trocadas por Nintendo Points que, por sua vez, são usadas para descarregar novos títulos. Os utilizadores podem ainda comprar Nintendo Points na Nintendo DSi Shop ou comprar Nintendo Points Cards nas lojas. S.E.


SYMANTEC RECUPERA NORTON UTILITIES O destaque vai para o lançamento da versão 3.0 do Norton 360, que passa a incluir o serviço Safe Web

A Symantec aproveitou o lançamento das novidades de Primavera para reintroduzir o Norton Utilities no mercado, recuperando um produto considerado clássico e que reúne certamente algumas saudades entre os utilizadores de informática que recorriam às conhecidas ferramentas de optimização de desempenho do PC. O Norton Utilities mantém a filosofia original, dispondo de várias funcionalidades: um Gestor de Arranque e um Gestor de Serviços, responsáveis pela gestão de programas configurados para iniciarem quando o sistema arranca; um utilitário para Limpeza de Registo, que corrige o registo relativamente às entradas desnecessárias criadas durante a instalação e remoção de software e com o trabalho normal num PC; um módulo Registo de Desfragmentação, que analisa o registo por erros e reconstrói-o por completo (mesmo do zero, caso seja necessário) e que desfragmenta e corrige quaisquer erros estruturais; uma ferramenta de Limpeza de Disco, capaz de remover os ficheiros temporários, os cookies e outros dados desnecessários do disco rígido; um Teste de Desempenho, um benchmark para PC que utiliza uma variedade de testes com velocidades diferentes e compara os resultados antes e depois de as mudanças serem aplicadas. O Norton Utilities tem um preço de venda recomendado de 39,90 euros. Inclui suporte 24x7 gratuito via Internet, chat e e-mail e suporte telefónico com os custos inerentes às chamadas. A Symantec anunciou ainda a disponibilidade da versão 3.0 do Norton 360, uma solução destinada à protecção de PC e das actividades online. A recente versão do Norton 360 inclui melhorias de

desempenho e segurança, que mantêm os computadores protegidos e a funcionar nas melhores condições, e um aumento da flexibilidade de backup online, que salvaguarda os ficheiros mais importantes. O Norton 360 estende, mais ainda, a protecção a actividades online através da versão completa do novo serviço de classificação de websites, o Norton Safe Web, que permite classificar websites. Cerca de 60 por cento dos sites inseguros identificados pelo Norton Safe Web contêm ameaças que podem infectar os computadores sem necessitar da execução de um download ou da instalação de ficheiros. O Norton Safe Web tira partido de uma monitorização acertada, de um Intelligent Aging Algorithm único e dos 20 milhões de membros que compõem a Norton Community Watch. O programa mantém o suporte gratuito via chat, e-mail, Internet e telefone (sem contar com o custo da chamada) durante o período de um ano. Adicionalmente, existe o acesso ao One-Click Support que permite obter apoio imediato e directamente da interface de produto. O preço de retalho sugerido é de 89,99 euros e inclui a subscrição, por um ano, do serviço de utilização do produto e actualizações de protecção da Symantec, podendo ser instalado em três máquinas. Esta versão standard do Norton 360 inclui 2 GB de armazenamento online, que podem ser aumentados via compra. Já o Norton 360 Premier Edition custa 98,99 euros e inclui 25 GB de armazenamento online. Os clientes actuais do Norton 360 com a subscrição activa podem receber uma actualização com as novas configurações sem custos adicionais. J.P.F.


CIÊNCIA & TECNOLOGIA

BREVES LIXO NO ASFALTO

E se pudéssemos usar lixo electrónico para pavimentar as nossas estradas? Segundo um grupo de investigadores chineses, isto é algo que vai ser possív el num futuro a médio prazo. Estes cientistas descobriram uma forma de pegar nos resíduos electrónicos, separar os desperdícios perigosos e aproveitar o que sobra para, por exemplo, criar um asfalto.

VULCANO AVALIA NÍVEIS DE CARBONO Os mapas 3D do Google estão a servir de base para o desenvolvimento de uma aplicação que tem como objectivo medir as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera nas diferentes regiões dos Estados Unidos. O projecto designa-se Vulcan e nasceu sob a tutela da NASA, ao abrigo do North American Carbon Program (NACP). Está ainda numa fase inicial, pelo que não contempla todas as actividades que contribuem para os elevados níveis deste gás na atmosfera. No entanto, a universidade de Purdue, responsável pelo desenvolvimento da aplicação,

MODELO ROBÔ NA MODA JAPONESA

A semana da moda japonesa vai contar com uma nova modelo, mas não de carne e osso. Trata-se de um robô, de seu nome HRP-4C, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão. Tem 1,58 metros, pesa 43 quilos e espelha a beleza japonesa. Esta modelo consegue sorrir e manifestar um leque alargado de emoções, devido à existência de oito motores que possui no rosto. Também reconhece a voz e imita os movimentos do corpo humano.

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possui já dados sobre a actividade industrial, a produção de energia em centrais termoeléctricas, a venda de combustível fóssil (gasolina e diesel), entre outras fontes. A universidade planeia divulgar, no espaço de três anos, dados fidedignos sobre a emissão de dióxido de carbono relacionada com actividades domésticas e agrícolas. Os Estados Unidos da América é um dos países que mais contribuem para a poluição da atmosfera e para o presumível aquecimento global. Este projecto tem o apoio do governo americano. S.E.

TELEASSISTÊNCIA AO SERVIÇO DOS MAIS IDOSOS O concelho de Beja disponibilizou a um grupo de idosos um serviço de assistência por vídeo que permite que estes sejam monitorizados remotamente por uma equipa especializada. Estão disponíveis quatro serviços: o Emergência 24, que pressupõe o envio urgente de médicos, ambulância, polícia, bombeiros, entre outros; o Voz amiga, que funciona como um serviço de companhia; o Mediphone 24, que envolve assessoria médica por telefone; e o Assistência ao

Lar, que envia profissionais para resolver problemas ou reparações em casa do utente. O doente possui um equipamento de alarme, que funciona premindo um botão sempre que necessita de algum tipo de assistência. O serviço, gratuito a título experimental durante 11 meses, poderá ser subscrito pelo idoso, com a possível ajuda da Câmara de Beja e da instituição que presta apoio domiciliário ao idoso, segundo indicação da Lusa. S.E.



LANÇAMENTOS

MCAFEE SUPORTA WINDOWS 7 BETA

A McAfee anunciou o suporte para o Windows 7 Beta, disponibilizando uma versão beta do McAfee Total Protection para utilizadores finais. Os utilizadores que estejam interessados em testar esta versão do McAfee (antivírus, anti-spyware e firewall) para o Windows 7 Beta podem encontrar as respectivas actualizações e instruções de instalação em http://beta.mcafee.com Quando a Microsoft Corp lançar o Windows 7, os consumidores que tiverem subscrições do McAfee activas vão receber actualizações ou instalações gratuitas da solução de segurança. GRATUITO ■ SITE HTTP://BETA.MCAFEE.COM

GMAIL MÓVEL ACTUALIZADO PARA IPHONE E ANDROID O Mobile Gmail da Google sofreu uma actualização para o iPhone e para o Android. A nova versão inclui melhorias no desempenho; agora, tem uma barra que facilita a gestão das mensagens e garante que o acesso à conta Gmail é mantido mesmo após ligação telefónica. GRATUITO ■ SITE HTTP://GMAIL.COM

PRIBERAM OFERECE MAIS VOCABULÁRIO NA NET

A Priberam disponibilizou online novo vocabulário em português, nas variedades europeia e do Brasil, pré e pós-acordo ortográfico. Esta ferramenta gratuita surge no seguimento de uma série de recursos para a língua portuguesa, de acesso livre, que a Priberam oferece há muito tempo nos seus sites. Com o novo serviço, disponível a partir de www.flip.pt/vocabulário, a Priberam quer chegar aos que ainda têm dúvidas sobre o que mudou com o Acordo Ortográfico. No caso de uma consulta não ser esclarecedora, é possível colocar questões directamente ao serviço de dúvidas linguísticas da Priberam (www.flip.pt/duvidas) a partir da página de consulta do vocabulário. Além de em língua portuguesa, o site da Priberam inclui também 12 auxiliares de tradução, que permitem a tradução de mais de 180 mil palavras e expressões entre quatro línguas (Português, Espanhol, Inglês e Francês). GRATUITO ■ SITE WWW.FLIP.PT/VOCABULÁRIO

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ACTUALIZAÇÃO 2.70 PARA PLAYSTATION3 Conversar através de chats de texto, fazer cópias de segurança dos conteúdos da PlayStationStore, ouvir música a um volume constante e obter uma melhor experiência de navegação na Internet são as principais vantagens do upgrade 2.70, já disponível para a PlayStation 3. No primeiro caso, o utilizador tem apenas de configurar uma sala de chat, seleccionar quem quer incluir na lista e convidá-los a entrar (até um máximo de 16 pessoas). O normalizador dinâmico para música consegue impedir o aumento repentino de volume entre faixas de música,

VODAFONE MOBILE TV NO IPHONE A Vodafone criou, em parceria com a WIT Software, uma aplicação de Mobile TV para o iPhone 3G. Os clientes interessados poderão aceder à App Store da Apple e descarregarem gratuitamente a aplicação Vodafone Mobile TV, disponível na categoria Entertainment (www.itunes.com/appstore/). O serviço conta actualmente com um leque de 23 canais de televisão, de onde se destacam os três canais generalistas nacionais (RTP Mobile, SIC e TVI) e outros internacionais, como o AXN, a MTV Music, o Panda, entre outros. O acesso pode ser feito mediante a subscrição de uma das opções de adesão ao serviço: subscrição 24 horas, 7 dias ou 30 dias.

GRATUITO ■ SITE WWW.ITUNES.COM/APPSTORE/

oferecendo uma experiência musical sem sobressaltos do princípio ao fim. O controlo optimizado de Internet dá ao utilizador a possibilidade de saber mais sobre o jogo que descarregou. Basta seleccionar Pesquisa de Internet, para ter acesso a um leque de informação. A actualização 2.70 também permite cortar e colar texto, bem como enviar ficheiros com mensagens até 3 MB.

GRATUITO ■ SITE WWW.PLAYSTATION.COM



ENTREVISTA

Karel Obluk, CTO da AVG Technologies

AVG ALERTA UTILIZADORES E EMPRESAS A crise trouxe à tona muitas das lacunas de segurança na Internet. Reconhecer que elas existem é apenas o primeiro passo

K

arel Obluk é o chief technical officer (CTO) da AVG e um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento dos produtos de segurança da empresa. Aproveitando o lançamento do Internet Security 8.5, a PCGuia falou com ele e ficou a saber que a empresa vai continuar a disponibilizar uma versão gratuita do seu antivírus. Além disso, o fundador da AVG garante que ainda existe muita gente que não tem noção dos perigos que corre online. No mercado empresarial, a situação é um pouco diferente, mas não se pode baixar as defesas. PCGuia – Quais são as principais ameaças de se-

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TEXTO JOÃO TRIGO FOTOS ARQUIVO PCGUIA

gurança para o utilizador doméstico nos próximos anos? Karel Obluk – A maior ameaça é que muitos utilizadores não têm consciência de que estão em perigo e subestimam a necessidade de protecção. As perdas podem ser desde dinheiro retirado da sua conta bancária, a experiência destruída em termos de jogabilidade online (mundo virtual e avatars roubados), fugas de dados corporativos vendáveis e até rusgas policiais a sua casa, pois o seu computador pode estar a ser utilizado para propósitos ilegais – atacando outros sistemas ou utilizados para hospedar conteúdos ilegais, como pornografia infantil.

K.O. – Infelizmente, muitas pessoas continuam a não estar cientes das ameaças, e subestimam-nas. É necessário continuar a educar todos os utilizadores de computadores, explicando-lhes que a Internet pode ser um local realmente perigoso e de que têm de estar protegidos.

PCG – Diria que as pessoas que navegam na Net conhecem os perigos? O que precisa de mudar?

PCG – As companhias têm orçamentos de TI cada vez mais curtos. Estão a gastar menos em software

PCG – E no tecido empresarial? K.O. – Penso que a situação nas empresas é ligeiramente melhor, sobretudo nas grandes companhias. Muitas pequenas empresas ainda não têm consciência de que os seus sistemas podem ser muito interessantes para os cibercriminosos.


de segurança? K.O. – Penso que a crise mundial teve impacte em toda a gente. Contudo, na actual situação, os cibercriminosos estão ainda mais activos, utilizando meios de ataque sociais para roubar ainda mais gente. Parece-me que os profissionais de TI têm essa consciência, pelo que não temos visto grandes decréscimos no investimento nesta área PCG – Quais são os custos, a longo prazo, de operar com uma infra-estrutura de TI com um sistema de segurança deficiente? K.O. – Será muito diferente de companhia para companhia. As perdas podem ir desde largura de banda e de mau uso de recursos ou dinheiro a ser roubado de contas empresariais, oportunidades perdidas devido à fuga de informações confidenciais até danos sérios ao nome da companhia. PCG – Quais são as suas expectativas para o AVG 8.5? K.O. – O novo AVG 8.5 traz muitas melhorias à suite de segurança existente, como uma significante redução do uso de memória. Contudo, a grande adição e nova funcionalidade foi a inclusão do módulo de Protecção de Roubo de Identidade, que é baseado numa segurança comportamental. No Internet Security 8.5, é disponibilizado como um add-on opcional que pode ser instalado lado a lado com o AVG e oferecer uma protecção adicional especialmente contra ameaças 0-day. PCG – A inclusão da opção anti-roubo de identidade representa a evolução natural após a compra da Sana? K.O. – Este módulo é baseado na tecnologia da Sana que adquirimos no início deste ano e que estamos agora a dar aos nossos utilizadores sem nenhum custo adicional, como parte da edição Internet Security. PCG – A AVG está a ponderar mais alguma aquisição para breve? K.O. – Como uma companhia com um crescimento muito rápido, estamos sempre abertos e interessados nas oportunidades que possam surgir, tanto para expandir a nossa presença em novos mercados, como para expandir a nossa linha de produtos e incluir novas tecnologias interessantes. PCG – A empresa vai continuar a disponibilizar uma versão gratuita do AVG no site? E irá melhorar as suas características? K.O. – Sem dúvida. Nada irá mudar o nosso suporte existente para o AVG Free edition. Com o lançamento do AVG Free 8.5, também alargámos a protecção base de forma a cobrir ameaças web e exploits. PCG – Quantos utilizadores da versão gratuita acabam por comprar uma versão paga? K.O. – Na verdade, muitos dos nossos clientes actuais AVG Internet Security ou business edition tiveram a sua experiência com o AVG Free edition. Não tem sempre que ver com o upgrading para a versão paga

MUITAS PESSOAS CONTINUAM A SUBESTIMAR AS AMEAÇAS NA INTERNET

mas muitas vezes a experiência dos utilizadores que usam a versão gratuita em casa faz com que recomendem ou comprem a versão paga para os seus negócios. Juntos, existem mais de 80 milhões de utilizadores que utilizam as várias versões do AVG em todo o mundo. PCG – Deveriam os ISP responsabilizar-se pela filtragem dentro da rede? Deve recair sobre eles a obrigatoriedade de garantir menos spam e maior cuidado com as emaças online? K.O. – Penso que muitos dos ISP já têm um papel muito activo nesta área e estão a tentar proteger as suas redes – ao fim ao cabo, é do seu interesse. Contudo, muito embora essa protecção possa ser boa e eficaz no que concerne ao spam, não é suficiente para ser uma protecção completa para utilizadores finais. Os computadores têm de estar sempre protegidos por módulos antivírus adicionais, como firewalls, antivírus e sistemas de scan como o AVG Identity Protection. Quantas mais camadas existirem, mais eficaz é a protecção. PCG – A Microsoft tem vindo a incluir opções de segurança nos seus sistemas operativos. Esta estratégia pode ser uma ameaça para empresas como a AVG? K.O. – Algumas das mudanças e melhorias que a Microsoft fez no seu sistema operativo mais recente são definitivamente focadas no aumento da segurança desses sistemas. Damos as boas-vindas a muitas dessas mudanças pois oferecem uma melhor protecção para o utilizador final. Contudo, uma vez que o Windows é ainda a plataforma preponderante e é usada pela maioria dos utilizadores, continua a ser o target principal para os cibercriminosos e a maioria dos ataques e sistemas malware. Continua a ser necessário oferecer uma segurança e sistemas avançados adicionais, assim como oferecer alguma diversidade em termos dos fornecedores. PCG – E agora? O que reserva a AVG para o futuro próximo? K.O. – Estamos a trabalhar continuamente em novas funcionalidades e melhorias e os nossos utilizadores podem esperar a melhoria contínua da protecção na resposta às novas ameaças. Ao mesmo tempo, iremos adicionar novas funcionalidades e componentes, mas ainda não posso partilhar detalhes dessas novidades.

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PCG

S T | H A R D WA R E | S O FTWA R E | T E ST E E M G R U P O

BANCO DE T

SONY PRS-700 A quarta versão do leitor de e-books da Sony oferece novas funcionalidades para tornar a utilização destes dispositivos mais natural. A PCGuia foi ler para a praia... ECRÃ TÁCTIL

ILUMINAÇÃO

QUANDO É QUE CHEGA CÁ?

VEREDICTO 9

Os leitores digitais de livros que usam tecnologia e-ink já existem há algum tempo, tendo sido a Sony a primeira empresa a lançar um produto comercial deste tipo, o Librié, que apenas esteve disponível no mercado japonês. Depois, apareceu o PRS-500, que marcou a entrada no mercado americano; a seguir, o PRS-550, e agora, o 700. Este novo modelo partilha grande parte das soluções técnicas e de usabilidade do PRS-550, incluindo os dois slots para expansão da memória usando cartões SD Card ou Memory Stick Pro Duo. As dimensões do dispositivo e o ecrã com 16 tons de cinzento também são iguais aos do modelo anterior. Permite a leitura de ficheiros próprios da Sony BbeB (extensão .LRF), PDF, DOC e TXT, além de ouvir música ou audiobooks em MP3 e ver fotos em JPEG. O PRS-700 está envolvido numa capa de pele que, infelizmente, usa o mesmo sistema de fixação do 550 (nas extremidades do dispositivo), o que implica forçar um pouco os apoios para virar a capa para trás e poder ler só com uma mão. Mas as semelhanças acabam aqui, porque a Sony incluiu um ecrã táctil que permite emular o gesto da passagem de páginas de um livro tradicional passando os dedos pelo ecrã. Este novo modelo inclui também uma caneta que serve para fazer anotações e sublinhados nas páginas digitais. Se quiser fazer uma marca para voltar a uma determinada página, basta fazer duplo clique no canto superior direito dessa página. Outra novidade é a inclusão de iluminação própria usando LED brancos, colocados à volta do ecrã e que servem para permitir a leitura em ambientes com pouca luz. Um dos handicaps do modelo anterior era a velocidade de actualização das páginas, problema que foi resolvido no 700. Agora, o sistema arranca mais depressa e a passagem de páginas é muito mais rápida. A duração da bateria é igual à dos modelos anteriores, que se ficava nas mais de 7000 páginas lidas, isto sem a utilização da retroiluminação nem da escuta simultânea de MP3. Infelizmente, o PRS-700 não está disponível para compra “legal” fora dos EUA. Se não conseguir ir à América do Norte buscar um, encontra bastantes no eBay e a preços mais convidativos do que os praticados pela própria marca. Quanto aos conteúdos, a loja da Sony também está vedada aos não residentes nos EUA ou Canadá. Mas há forma de dar a volta a isto usando cartões pré-pagos, que se podem também encontrar no e-Bay, ou usando um programa maravilhoso (e gratuito) chamado Calibre, o qual tem o dom de formatar e converter praticamente qualquer ficheiro de texto para o formato próprio dos leitores da Sony. Este novo modelo 700 é provavelmente o melhor leitor de e-books jamais construído pela Sony e o que mais se assemelha à leitura de um livro em papel. P.T. FABRICANTE SONY ■ PREÇO AINDA NÃO DISPONÍVEL NA EUROPA ■ SITE WWW.SONY.PT

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HARDWARE

ASUS EEEPC 1004 A marca pioneira nos netbooks acaba de lançar o primeiro modelo com drive de DVD e a PCGuia testou-o em primeira-mão

ACABAMENTO

DRIVE DE DVD

BATERIA

VEREDICTO 7

FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 699 EUROS ■ CONTACTO 808 789 888 ■ SITE HTTP://PT.ASUS.COM

Até agora, um dos maiores handicaps que os computadores de baixo custo, convencionalmente chamados netbooks, tinham era o facto de não disporem de uma drive óptica, o que dificultava muito a instalação de software ou a simples visualização de filmes quando se estava em viagem. A Asus resolveu este problema com o EEEPC 1004. Trata-se de um netbook construído com base na plataforma Atom da Intel e que tem como principal novidade a inclusão de uma drive DVD com capacidades de gravação de discos + e – R/RW. Por fora, consegue-se ver muito bem o ADN do design da marca de Taiwan, tanto no desenho, como nos materiais empregues na construção. Todo o chassis tem ângulos rectos; até os botões para ligar e desligar são pequenos rectângulos. Os altifalantes estão escondidos por baixo de uma rede metálica, logo abaixo do ecrã, o que é uma solução típica da Asus. O acabamento é num material dourado que imita o cobre escovado. Como é costume nos portáteis modernos, o EEEPC 1004 tem as entradas dos lados do chassis. Do lado direito está a drive de DVD, uma entrada USB e a entrada de rede com fios. Do lado esquerdo está a tomada para a ligação de um monitor externo, mais duas USB, a entrada para cartões Express Card e as entradas para os auscultadores e microfone. As teclas são um pouco maiores do que as dos outros modelos e o desenho do teclado é um pouco “à lá Sony”, em que as várias teclas estão separadas, como no ZX Spectrum. À

direita do mousepad está o leitor de impressões digitais. Como já foi mencionado, existem dois botões acima do teclado; o da esquerda serve para alternar entre os vários modos de poupança de energia e o da direita para ligar e desligar. O ecrã é de 10 polegadas e inclui uma câmara de 1.3 megapixels. Para além da ligação com fios, este netbook também pode usar redes sem fios 802.11n com velocidades até 300 mbps e Bluetooth. Neste modelo, a Asus utilizou uma bateria de seis células que promete cerca de seis horas de vida entre cargas. Nos nossos testes, o 1004 aguentou 4 horas e 13 minutos. Por dentro, o EEEPC 1004 usa um processador Atom N280 a 1,66 GHz e disponibiliza 1 GB de memória RAM. O disco rígido tem 120 GB de capacidade. O sistema operativo é o Windows XP Home Edition. A inclusão de acabamentos melhores, a bateria com mais capacidade e o DVD penalizou um pouco o peso total que subiu para 1,4 kg. Para averiguar a velocidade desta nova proposta da Asus, usámos o software de testes sintéticos PCMark 2005 e obtivemos 1408 PCMarks. O melhor resultado obtido nos vários testes foi no disco com 2669 PCMarks e uma velocidade máxima de 54 MB por segundo no teste de verificação de vírus. No geral, o Asus EEEPC 1004 está mais próximo de um portátil dito normal do que de um netbook. A inclusão da drive de DVD é muito bem vinda, principalmente, se gostar de ver filmes em viagem, ou se precisar de fazer backups. P.T.

Pela imagem consegue perceber a dimensão real do novo leitor da Apple. Nesta pequena engenhoca (disponível também em preto) estão 4 GB de espaço disponível para armazenamento de música que pode depois ser reproduzida no modo shuffle (reprodução aleatória). O controlo da reprodução fica a cargo do sistema embutido nos auscultadores. Além do volume da música, pode avançar ou recuar na lista de músicas ou nas playlists e – algo totalmente novo – pedir ao leitor de música que lhe diga o nome da música que está a ser reproduzida. Esta opção chama-se VoiceOver e foi introduzida no novo Shuffle (ainda não é sabido se vai ser incluída em futuros dispositivos Apple). Para poder usá-la, tem de descarregar a última versão do iTunes, através da qual é possível definir em que língua quer que a voz lhe indique o nome da música. O sistema funciona muito bem. Nos nossos testes (com a língua

portuguesa) conseguiu reproduzir correctamente o nome de músicas em português, mas adaptou-se ao inglês e ao espanhol quando apareciam músicas de bandas destes países. De resto, a qualidade de som é boa. O sistema de controlo no fio dos auscultadores é um pau de dois bicos. É prático e funciona bem, mas, se por triste acaso do destino se estragar, o utilizador fica sem hipótese de controlar o aparelho. Uma vez que não pode usar auscultadores “normais”, terá sempre de comprar outros auscultadores Apple para Shuffle (os dos outros iPod também não permitem controlar a reprodução) ou auscultadores de empresas com a qual o gigante norte-americano tenha acordos, como a Klipsch ou a Scosche. À imagem do que acontece com toda a linha Shuffle, não existe visor, pelo que não consegue ver o nome da música e da banda que está a ouvir. Mas existe desta vez a alternativa: o VoiceOver. J.T.

IPOD SHUFFLE Mais pequeno do que nunca, e agora também fala consigo DIMENSÕES PARA 4 GB

VOICEOVER

AUSCULTADORES PROPRIETÁRIOS

VEREDICTO 7

FABRICANTE APPLE ■ PREÇO 75 EUROS ■ CONTACTO 800 207 758 ■ SITE WWW.APPLE.COM/PT

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PREÇO/ DESEMPENHO

OVERCLOCKING

RUÍDO

VEREDICTO 8

POWERCOLOR HD 4890 1GB GDDR5 Gráficos de gama média/alta com um preço abaixo da fasquia dos 250 euros Empacotada numa caixa de pequenas dimensões (talvez por uma questão de preço), a PowerColor HD 4890 é, no entanto, uma boa placa gráfica, que mostra que os modelos modernos fazem mesmo cada vez mais por menos dinheiro, o que são excelentes notícias para todos nós, consumidores. Tendo uma configuração de duplo slot, esta gráfica, que ostenta o GPU RV790XT (55 nm) com o core a 850 MHz e que inclui de série 1 GB de memória GDDR5 a 975 MHz (da Quimonda) num bus de 256 bits, enquadra-se acima da HD 4870 em termos de chip AMD e fica entre as GTX 260 (muito pouco acima desta, aliás) e 275 no que concerne à concorrente Nvidia. Submetida ao PCMark Vantage, atingiu 31035 marks em Entry (1024 x 768), 11245 em Performance (1280 x 1024), 6994 em High (1680 x 1050) e 4701 em Extreme (1920 x 1200), sempre com os níveis predefinidos para cada teste. O cooler passivo é o habitual nas placas AMD desta natureza, com dimensão generosa, cobrindo toda a área de chips, e a ventoinha é suficiente para prestar um bom arrefecimento, libertando o calor em excesso pela traseira do PC, fazendo-se contudo notar sobretudo quando é preciso acelerá-la um pouco. As duas fichas de energia de seis pinos estão convenientemente colocadas na extremidade oposta às ligações de vídeo (duas DVI Dual-link e uma HDTV) para facilitar a colocação dos cabos. Deverá ter uma fonte já preparada para o efeito, senão terá de arranjar um adaptador de seis pinos por sua conta, visto que o mesmo não faz parte do pacote. Neste capítulo, a embalagem inclui outros acessórios sempre úteis, tais como os adaptadores DVI para D-Sub, DVI para HDMI, HDTV para RCA e HDTV para compósito, bem como o manual, o CD com os controladores (entretanto recebemos por e-mail drivers mais actualizados, os quais usámos para este teste) e o bridge para CrossFire (X). Uma palavra final para o overclocking, algo sempre apetecível nas gráficas do segmento médio/superior. A margem que obtivemos foi razoável, de aproximadamente 15% para o GPU e quase 9% para a memória, o que dá sempre mais algumas frames por segundo. É provável que a margem de desempenho se torne mais sólida à medida que os drivers disponibilizados forem ficando mais estáveis. Claro que há um preço a pagar: para estes níveis é necessário colocar o cooler a 100%, o que gera um “assobiar” constante muito desagradável. J.P.F.

DISTRIBUIDOR NIPOSOM ■ PREÇO 229 EUROS ■ CONTACTO 218 440 200 ■ SITE WWW.POWERCOLOR.COM ■ FICHA TÉCNICA: GPU RX790XT COM RELÓGIO A 850 MHZ, 1 GB DE MEMÓRIA GDDR5 A 975 MHZ, BUS DE 256 BITS, SUPORTE DX 10.1, SUPORTE CROSSFIRE X, INTERFACE PCI-E 2.0, SUPORTE HDMI, SAÍDAS DUAL DVI E TV OUT


HARDWARE

GIGABYTE GA-MA790 FXT UD5P Vai mudar o sistema e comprar uma nova motherboard? Leia primeiro esta análise OVERCLOCKING

UD3

BOTÃO CMOS

VEREDICTO 9

Ainda vem quente. A nova motherboard da Gigabyte foi concebida para processadores AMD Phenom 2 (socket AM3) e é baseada no chipset 790FX com um Southbridge SB750. Apresenta o novo design Ultra Durable 3 (UD3), que aumenta a quantidade de cobre no processo de fabrico do hardware e baixa a temperatura de funcionamento, melhorando assim o desempenho. A utilização dos processadores Phenom 2 pode ser complementada com o controlador de memória DDR3 (até 16 GB a 1666+) – o suporte para esta velocidade só é garantido com a utilização dos CPU mencionados, e não com processadores anteriores – e com tecnologia HyperTransport 3.0, interfaces dual PCI Express 2.0 (x16) e Crossfire. Às seis interfaces Sata II do Southbridge o fabricante acrescentou mais quatro portas (total de 10, portanto) e pode utilizar o bracket externo oferecido para transformar dois destes conectores internos em portas e-Sata. Tem ainda oito portas USB (mais headers para mais quatro), duas portas firewire e placa de rede gigabit (dual). O design é dos melhores que já vimos até agora. De resto, neste campo, o valor da Gigabyte é-lhe reconhecido. O posicionamento dos componentes é invejável (poderá ter alguns problemas em chegar ao botão CMOS se utilizar placas gráficas mais longas), o código de cores é muito útil – muito especialmente nos conectores do painel frontal da caixa. É muito simples ajustar as voltagens do CPU e da memória. Com o nosso X4 810, conseguimos colocar o processador a funcionar a 3.58 GHz (memória a 1465 MHz) sem qualquer problema na estabilidade do sistema. Esta possibilidade é especialmente importante no que concerne à avaliação do desempenho. No PCMark 05 e com estas definições, registámos 13.640 marks de média. O 3dmark Vantage revelou 13.879 marks – valores convincentes e que fazem com que qualquer utilizador se queira aventurar no overclocking. Além disso, a possibilidade de utilização da aplicação OverDrive (muito intuitiva) para alterar os settings do sistema é uma mais-valia. Feitas as contas, é uma placa a um preço justo e com um desempenho base e sob overclocking que atrai quem pretende capacidades de processamento puro. É uma boa escolha, muito especialmente se estiver a pensar em fazer o upgrade do processador para o Phenom 2. J.T. DISTRIBUIDOR NIPOSOM ■ PREÇO 162,90 EUROS ■ CONTACTO 218 440 260 ■ SITE WWW.GIGABYTE.COM.TW

OKI C710DTN Uma impressora grande para necessidades de impressão exigentes ALIMENTAÇÃO

LCD

IMPRESSÃO RUIDOSA

VEREDICTO 8

Não é o formato de impressora mais usual nas páginas da PCGuia. No entanto, desde há algum tempo (já considerável) que as impressoras laser de formato médio (A4) representam uma opção interessante para outros cenários fora daquilo que se considera ser o habitual – isto é, os ambientes empresariais e os grandes grupos de trabalho. Mas é um dispositivo que ganha cada vez mais importância para quem tem o escritório montado em casa e precisa de imprimir documentos de vários formatos de forma rápida. Nos últimos anos tem havido lugar a uma interessante conjugação de elementos que beneficiou em muito o consumidor. Por um lado, a resolução, sobretudo a cores, tem melhorado, dando a estes dispositivos uma maior abrangência de utilização (desde que não se esteja à espera de imprimir fotografias com a mesma qualidade das impressoras a jacto de tinta, apesar de ainda assim esta componente ser hoje substancialmente melhor tratada face a modelos ainda não muito antigos). Por outro lado, o preço da tecnologia laser está hoje bem mais competitivo e os custos por página, sobretudo no modo monocromático, são bastante convincentes. A velocidade de execução dos trabalhos de impressão é outro dos maiores trunfos das laser A4. No caso desta OKI C710dtn (“d” porque faz duplex, “t” porque tem um segundo tabuleiro e “n” porque se pode ligar em rede), diz que faz (e faz mesmo) 30 páginas por minuto (ppm) a cores e 32 ppm a preto e branco, sendo que a primeira impressão demora pouco menos de 10 segundos. A tecnologia ProQ2400 Multi-level permite tratar as imagens em duas resoluções, desde 600 x 600 dpi a 1200 x 600 dpi. O processador a 700 MHz e os 256 MB de RAM são suficientemente expeditos para tratar as 1160 folhas (530 no alimentador principal, 530 no alimentador extra e 100 no alimentador manual), sendo que as bandejas de saída permitem acomodar 450 folhas (350 com face para baixo e 100 com face para cima). Em termos de emulações, compatibilidades e ligações, a OKI C710dtn tem tudo o que faz falta. O software de configuração é intuitivo e o painel LCD embutido ajuda na gestão. O ruído não surpreende (até 59 dB em funcionamento e até 37 dB em modo de repouso). E, como não podia deixar de ser, é um modelo para deixar ficar no lugar, dados os seus 36,6 kg. J.P.F. FABRICANTE OKI SYSTEMS ■ PREÇO 1258,80 EUROS ■ CONTACTO 214 704 420 ■ SITE WWW.OKI.PT ■ FICHA TÉCNICA LASER, 30 PPM A COR, 32 PPM A MONO, RESOLUÇÃO ATÉ 1200 X 600 DPI, ALIMENTAÇÃO 530+530+100 FOLHAS, SAÍDA 350+100 FOLHAS, DUPLEX, LIGAÇÕES USB, 10/100-TX ETHERNET, E PORTA PARALELA

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HARDWARE

TSUNAMI WORKSTATION Quer fazer um filme em 3D com aspecto profissional? Dê uma vista de olhos a esta estação de trabalho da JP Sá Couto com uma placa gráfica Nvidia Quadro FX Existem diferenças fundamentais entre gráficos 3D para o mercado doméstico e gráficos 3D para o mercado profissional. No primeiro caso, em teoria, todos os objectos estão optimizados de forma a que aplicação em causa, seja um jogo ou qualquer outra coisa, fique o mais leve possível para que possa funcionar em condições mesmo com hardware menos potente. No segundo caso, está-se a trabalhar com formas tridimensionais e texturas em bruto. O problema aqui agudiza-se quando se têm de fazer trabalhos em que é necessária muita precisão, como a engenharia e a arquitectura. Para resolver esta questão, existem placas gráficas

feitas de propósito para aplicações profissionais que diferem dos modelos domésticos em alguns pontos: são muito mais potentes, têm uma maior largura de banda e têm muito mais memória, que ainda se pode expandir alocando RAM do sistema. Do lado do software, os drivers destas placas também são diferentes dos das placas domésticas porque se interligam directamente com os sistemas de renderização dos programas. Os fabricantes disponibilizam também software que se interpõe entre o software e o hardware para acelerar programas que não sejam suportados directamente pelo driver. Esta é a primeira vez que estamos a ensaiar um

sistema construído usando uma placa gráfica Quadro FX. Esta estação de trabalho concebida pela JP Sá Couto inclui um processador Intel Core i7 965 a 3.2 GHz com 6 GB de memória RAM. A armazenagem está a cargo de um disco SSD da Intel com 75 GB para o sistema operativo e de um sistema RAID 0 com 2 TB para os dados. Como já dissemos, a placa gráfica é uma Nvidia Quadro FX 4800 com 1,5 GB de RAM. O sistema operativo é o Windows Vista Business de 64 bit. O disco SSD faz com que o arranque da máquina seja rapidíssimo, uma vez que utiliza memória Flash em vez dos tradicionais discos magnéticos. Para ensaiar o conjunto, utilizámos o software Spec Viewperf, que faz testes usando os motores de renderização dos mais populares programas de desenho técnico e 3D, nomeadamente, 3Dstudio Max, CATIA, MAYA, Pro/Engineer, Ensight, Solid Works e UGS NX 3. Nos testes são utilizados modelos tridimensionais com vários níveis de textura e iluminação de forma a reproduzir o fluxo de trabalho desde a concepção do modelo até à renderização final. Os valores são depois apresentados em frames por segundo, tal como acontece nos testes 3D tradicionais. De forma a facilitar a leitura, decidimos fazer uma média dos valores atingidos em cada um dos programas. Threads

1 2 4

RÁPIDO

MODULAR

PREÇO

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR JP SÁ COUTO ■ PREÇO 4470 EUROS ■ CONTACTO 229 993 999 ■ SITE WWW.TSUNAMI.PT

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3DS Max

Catia

Maya

ProEng

41,43

42,62

59,80

106,64 99,28 209,98 149,41

95,97

151,84

Solid Works

Ensight

UGS

52,38

59,80

47,32

30,29

91,12

218,79

x

36,16

80,33

180,61

x

34,10

Como se pode ver, os resultados são penalizados pela arquitectura específica do Core i7 em conjunto com o Windows Vista, que não gosta nada de processadores com Hyper-Threading, como é o caso das novas máquinas da Intel. Assim, os testes revelam ser mais eficazes usando apenas dois cores do que usando quatro cores. Em princípio, este problema vai desaparecer com o Windows 7. Mas consegue ver-se que a Quadro permite a obtenção de resultados espectaculares demonstrados nas 209 frames por segundo de média obtidas no Maya e nas 218 no Solid Works. Lembre-se de que se estão a fazer cálculos em tempo real de objectos com milhares de polígonos que também incluem iluminação dinâmica. Se precisar de mais potência de cálculo, pode sempre adicionar mais outra Quadro criando um sistema SLI. Este sistema é o ideal para gabinetes de projectos e para quem quer trabalhar em 3D, como, por exemplo, produtoras de conteúdos que necessitam de criar objectos rapidamente. P.T.


CONCEPTRONIC CM3H500 A PCGuia experimentou o último disco mediaplayer da Conceptronic, agora com ligação HDMI

HDMI

CAPACIDADE

SUPORTE AVI NÃO LÊ H.264

VEREDICTO 6

Os discos rígidos que se ligam à TV para se poder desfrutar de ficheiros de média digitais estão a fazer furor, isto porque são relativamente baratos e também por serem capazes de reproduzir a maioria dos ficheiros de áudio, vídeo e fotos. A Conceptronic lançou recentemente o seu novo modelo da família Grab ‘n Go, o CM3H500, que dispõe de um disco de 500 GB e saída HDMI compatível com as televisões de alta definição até 1080i. Este leitor é compatível com clips de vídeo codificados em XVid, MPEG 1, 2 e 4 e gravados em ficheiros AVI, MPEG e VOB. No campo do áudio é compatível com ficheiros WAV e MP3. Os ficheiros de imagem suportados ficam-se pelos JPG. Também lê ficheiros de imagem de DVD ISSO, o que possibilita aceder a todas as funcionalidades oferecidas por um DVD físico, como os menus e as legendas. Por falar em legendas, o CM3H500 suporta ficheiros de legendas em formato SRT, SMI, SUB e SSA. O disco tem um acabamento de metal prateado. O frontal tem botões de navegação que são bastante úteis se não se souber onde está o comando à distância. Na parte de trás, estão ligações de vídeo composto, componentes e a HDMI. Além disso, conta com ligações de áudio

RCA, coaxial e óptica. Existe também uma entrada USB para o ligar ao PC. A fonte de alimentação é externa. O comando à distância é ergonómico e o disco responde bem aos comandos. Só é pena que alguns botões que se usam bastante sejam um pouco pequenos demais. No campo das compatibilidades, este disco da Conceptronic é um pouco esquisito com o que aceita. Não tivemos problemas com ficheiros de imagem ISO, mas não conseguimos fazer com que ele lesse nenhum ficheiro Avi codificado em Xvid, por muito que tentássemos. Os menus de navegação são muito simples, como deve ser. O facto de este disco ter uma ligação HDMI facilita muito as ligações, porque um único cabo transporta os sinais de áudio e de vídeo. A reprodução em alta definição é correcta, mas não espectacular, tendo em conta que está limitada aos tipos de ficheiro que o disco suporta. Faz muita falta o suporte para H.264. Se apenas descarregar ficheiros AVI ou se quiser ter um disco no quarto dos miúdos para eles verem os DVD deles sem estragarem os discos, este mediaplayer serve perfeitamente. Se quiser ver filmes e séries em alta definição, pense antes no Media Titan, também da Conceptronic. P.T.

FABRICANTE CONCEPTRONIC ■ PREÇO 129 EUROS ■ CONTACTO 707 787 879 ■ SITE WWW. CONCEPTRONIC.NET


HARDWARE

DROBO Veja a nossa análise ao Drobo, um dos sistemas de armazenagem mais avançados feitos para o mercado doméstico

PODEROSO

SILENCIOSO

PREÇO

VEREDICTO 9

DISTRIBUIDOR JR & PINTO ■ PREÇO 515 EUROS (DROBO); 220 EUROS (DROBOSHARE) ■ CONTACTO 226 063 392 ■ SITE WWW.DROBO.COM

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Drobo? Mas o que é um Drobo? Trata-se de um sistema de armazenagem externo que usa vários discos rígidos. Poderá questionar a novidade desta solução, tendo em conta que os sistemas de armazenagem externa com um ou mais discos são uma tecnologia comum. Passamos a explicar. O Drobo usa um sistema que vai buscar a sua essência ao RAID para espalhar a informação pelos vários discos, mas é muito mais versátil, uma vez que permite a substituição dos discos em tempo real sem desligar o sistema, mantendo os conteúdos inalterados. Na prática funciona do seguinte modo: supondo que se adquire o sistema com dois discos de 1 TB, se mais tarde necessitar de mais espaço, basta adicionar mais discos, até um máximo de quatro, mas estes não têm que ter a mesma capacidade; podem ter mais ou menos. Ao contrário dos sistemas RAID, as capacidades dos discos vão sendo somadas. O Drobo também inclui um sistema de protecção de dados automático que reserva algum espaço para esse fim. Por fora, o Drobo é uma caixa preta, com um frontal amovível de plástico brilhante que permite visualizar os LED de estado e a actividade dos discos. Uma característica engraçada são os 10 LED azuis que permitem ver de relance o espaço livre no sistema. Esta peça está fixa ao sistema através de ímanes, o que permite aceder aos slots dos discos de uma forma rápida. Na traseira estão as ligações: uma USB 2.0 e duas FireWire 800 que permitem fazer “daisy-chain” de vários dispositivos deste tipo. Acima das ligações está a saída do sistema de refrigeração activo. A alimentação é feita através de um transformador de corrente externo. O fabricante do Drobo disponibiliza um módulo externo opcional, denominado Droboshare, que permite ligar o sistema em rede transformando-o num NAS. Este módulo oferece conectividade Ethernet 10/100/1000 Mbps, o que aumenta em muito a sua versatilidade. No entanto, sofre de um pequeno problema: a ligação com o disco é feita através de USB... É uma questão de aritmética: se tiver uma ligação de rede a 1 Gbps e usar uma interligação a 400 Mbps (USB 2.0), só está a usar 40 por cento do total de largura de banda disponível. Mesmo usando um buffer grande vai ter sempre problemas de velocidade. Se tiver vários utilizadores simultâneos, o problema será ainda maior. Porque é que não usaram as portas FireWire?

Têm uma velocidade máxima de 800 Mbps, sempre é 80 por cento... O Drobo permite a instalação de software que aumenta ainda mais a versatilidade do sistema. Existe, por exemplo, um servidor dLNA, FTP, Web e muito mais. Todo este software é gratuito e pode ser descarregado do site do fabricante. A instalação é facílima, bastando arrastar os ficheiros para dentro de pasta Droboapps e reiniciar o sistema. Visto que este sistema não é um verdadeiro NAS, não dispõe de uma interface HTML para configuração e gestão. Para tal, inclui um programa que se chama Drobo Dashboard, que serve para desempenhar todas essas tarefas quer esteja ligado directamente, quer esteja ligado em rede. Como seria de esperar, a velocidade do Drobo quando está em rede é completamente diferente da velocidade quando está ligado via USB. Note-se que só testámos usando USB e rede visto não dispormos de nenhum computador com FireWire 800. É lógico que as velocidades usando este tipo de ligação sejam muito maiores. Pode dizer-se que quando o Drobo está ligado através do USB parece quase um disco interno, senão veja: 700 MB (1 ficheiro) 30 Seg Drobo-PC 700 MB (1 ficheiro) 20 Seg PC-Drobo 4 GB (1 ficheiro) 1 minuto e 20 segundos PC-Drobo 4 GB (1 ficheiro) 2 minutos Drobo-PC 10 GB (1500 ficheiros) 10 minutos PC-Drobo 10 GB (1500 ficheiros) 14 minutos Drobo-PC Já não se pode dizer o mesmo quando se liga através de rede: 700 MB (1 ficheiro) 1 minuto e 20 segundos Seg Drobo-PC 700 MB (1 ficheiro) 2 e 30 Segundos PC-Drobo 4 GB (1 ficheiro) 6 minutos e 30 segundos PC-Drobo 4 GB (1 ficheiro) 6 minutos e 45 segundos Drobo-PC 10 GB (1500 ficheiros) 33 minutos PC-Drobo 10 GB (1500 ficheiros) 30 minutos Drobo-PC O Drobo é uma solução muito interessante para quem quer ter um sistema de armazenagem modular, sem necessitar de grandes conhecimentos para o ir expandindo. Só é mesmo pena a ligação entre o Droboshare e o disco ser USB, uma vez que lhe tira velocidade no funcionamento em rede. P.T.


SAPPHIRE RADEON HD4850 VAPOR-X 512 MB Se prefere um sistema silencioso em vez de puro poder de processamento, continue a ler

SILENCIOSA

REFRIGERAÇÃO

DESEMPENHO

VEREDICTO 7

A primeira dúvida que lhe deve estar a surgir tem certamente que ver com a diferença entre esta versão Vapor-X e a normal Sapphire 4850. Não vamos entrar em detalhes técnicos acerca do método de refrigeração do hardware. Bastará dizer que o sistema que o fabricante implementou permite optimizar o sistema de arrefecimento. O objectivo é transformar esta placa de gama média num dispositivo mais silencioso e com um desempenho superior. Conta com uma ventoinha de 80 mm silenciosa e ocupa dois slots. A velocidade de relógio ronda os normais 625 MHz (1986 MHz para os 512 MB de memória GDDR3). Testado no FarCry 2, obteve 39 fps (1680 x 1050; 4xAA), baixando para 33.7 fps quando aumentámos a resolução para 1920 x 1200; 4xAA). No jogo Call of Duty 4 registou 63.1 fps (1680 x 1050; 4xAA) e 53.4 fps (1920 x 1200; 4xAA). São desempenhos medianos, mas que ficam abaixo dos valores apresentados pela versão “normal” da Radeon 4850.

Quanto ao arrefecimento que todo este processamento implica, nada a dizer. O sistema de cooling da Vapor-X manteve a placa sempre a temperaturas baixas (máximo de 60 graus quando em elevadas necessidades e cerca de 36 graus em idle). Quando comparados com o desempenho de uma Radeon HD4850 normal, os resultados revelam uma performance ligeiramente inferior a troco de um arrefecimento muito mais eficiente e de menor ruído em funcionamento. Por esta altura, as suas dúvidas deverão estar dissipadas. Mas talvez subsista ainda uma última questão: se a versão normal apresenta melhor desempenho e é mais barata, porquê comprar a Vapor-X? Se o que pretende é somente performance, não deve fazê-lo. Ao oferecer uma HD4850 com um sistema de arrefecimento especial, a Sapphire garante uma oferta para o mercado de média gama que privilegia o funcionamento silencioso e uma temperatura inferior em detrimento de puro débito de frames por segundo. J.T.

DISTRIBUIDOR TECHCOMPUTERS ■ PREÇO 145 EUROS ■ CONTACTO 249 849 178 ■ SITE WWW.SAPPHIRETECH.COM


HARDWARE

IMAC 24 POLEGADAS A Apple lançou novas versões dos seus iMac e a PCGuia foi experimentá-los

MAIS RÁPIDO

FACILIDADE DE UTILIZAÇÃO

TECLADO MAIS PEQUENO

Isto de ensaiar novos Mac é sempre uma experiência dupla. Quero dizer, estamos sempre à espera de qualquer coisa espectacular, mas, normalmente, a Apple fica um bocado curta no que respeita a novidades. Senão vejamos. Este novo Mac inclui um processador Intel Core 2 Duo a 2,66 MHz e 4 GB de RAM. A placa gráfica é uma Nvidia GeForce 9400 com 256 MB de RAM. O disco é de 600 GB e a drive de gravação DVD suporta velocidades até 16X na gravação de DVD e 56x na gravação de CD. No que respeita a ligações, o iMac inclui o mesmo número de entradas USB, 4, uma entrada FireWire 800, rede com fios Gigabit, rede sem fios 802.11n com 300 Mbps de velocidade máxima e, finalmente, uma saída DisplayPort, que permite a ligação de mais um monitor (mas infelizmente, para já, só pode ser um monitor Apple, porque ainda não existem outros monitores que usem este tipo de ligação). O monitor de 24 polegadas, com uma resolução máxima de 1920X1200, utiliza agora retroiluminação por LED, o que reduz bastante os consumos de electricidade. Uma novidade que “não estava no programa” foi a redução do teclado, que agora se assemelha muito ao de

um portátil. Se quiser um teclado numérico, vai ter de o comprar como extra. Por fora, o novo iMac é exactamente igual ao modelo anterior, com um frontal de alumínio. A entrada da drive de DVD está do lado direito e as ligações estão todas na parte de trás, que tem um acabamento de plástico preto. Notam-se bastantes melhorias no que respeita à performance, as quais podem estar ligadas ao aumento da quantidade de memória e ao aumento da largura de banda disponível também na memória, isto porque agora são utilizados módulos DDR3. O sistema operativo de série é o Mac OS X 10.5.6, mas, se tiver mesmo de usar aplicações de Windows, pode instalar o Bootcamp, que vem incluído no sistema e permite reservar um espaço em disco para o Windows XP ou Vista, criando assim um sistema em “dual-boot”. Também pode usar o Parallels Desktop ou qualquer outro software de virtualização para usufruir dos dois sistemas operativos ao mesmo tempo. Se procura uma máquina que ofereça um ambiente de trabalho sem as chatices do Windows, este Mac é para si. P.T.

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR INTERLOG ■ PREÇO 1399 EUROS ■ CONTACTO 211 201 500 ■ SITE WWW.APPLE.COM/PT

GIGABYTE HD RADEON 4850 1GB Uma placa com um sistema passivo mas capaz de um desempenho convincente SILENCIOSA

UD2

OVERCLOCKING

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR NIPOSOM ■ PREÇO 154,90 EUROS ■ CONTACTO 218 440 260 ■ SITE WWW.GIGABYTE.COM.TW

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Repare na imagem. Vê alguma ventoinha? Não. Não vê porque a Gigabyte incluiu nesta 4850 (GVR485MC-1GH) um sistema de refrigeração totalmente passivo. A vantagem é que poupa alguns dB de ruído na sua caixa. A desvantagem é que tarefas como overclocking podem impor um esforço incomportável à placa. Além disso, ocupa o espaço de duas slots, dada a sua espessura. A placa conta com a tecnologia Ultra Durable 2 (proprietária), o que garante, de acordo com o fabricante, mais eficiência, temperatura de funcionamento inferior e maior tempo de vida. O seu desempenho é bom e revela um acréscimo de performance quando comparada com a mesma versão de 512 MB da mesma placa. Nos testes com o FarCry 2 (Dx10) obteve o valor médio de 38.3 fps (1920 x 1200 sem AA; Ultra High Quality) e 28.7 fps (mesma definição, mas com 4xAA). Executando o Crysis a 1280 x 1024 (2xAA; 8xAF, Dx10) o sistema registou 20 fps, sendo que o valor baixou para 14.9 fps quando aumentámos a resolução para 1920 x 1200 (sem AA; 8xAF). Reparámos ainda

que o relógio do processador funciona a 640 MHz (a ATI recomenda 625 MHz), muito embora a memória tenha sofrido uma redução dos 1986 MHz recomendados para 1920 MHz. Quando em overclocking, a placa atinge, como seria de esperar, temperaturas muito elevadas, o que acaba, a partir de determinado nível, por colocar em causa a sua estabilidade. Apenas com a inclusão de uma ventoinha a puxar ar fresco para a localização da 4850 se consegue baixar a mesma. No entanto, isso coloca em causa o princípio fundamental da refrigeração passiva: a inexistência de ventoinhas. A GV-R485MC-1GH oferece um cabo de conversão DVI-VGA, outro de DVI para HDMI, um dongle S-Video – vídeo composto, um conector Crossfire e um CD com o utilitário GamerHUD da Gigabyte. Tendo em consideração as características da placa, a questão que se coloca é se vale a pena apostar no sistema passivo. Se a sua preocupação é uma máquina silenciosa, sim. Se quer desempenho puro para jogos e maior liberdade para overclocking, então a versão com ventoinha é uma opção mais indicada. J.T.


ASUS XONAR ESSENCE STX Som de primeira linha apenas para quem sabe e pode Vamos começar pelo fim: a Asus Xonar Essence STX não é uma placa de som para quem quer tirar o melhor partido dos jogos ou do entretenimento; é, acima de tudo, uma placa de som para quem espera obter a melhor experiência sonora possível do seu PC. Aliás, a própria Asus faz questão de dizer que se trata de uma placa de som para audiófilos, tendo por isso sido criteriosa na escolha dos componentes e no desenvolvimento de funcionalidades para tirar o melhor partido possível do seu enorme potencial (tão grande, aliás como o preço). O resultado é um produto fantástico, capaz de convencer mesmo os mais cépticos que defendem que áudio premium e PC não combinam. Começando pela embalagem, não há lugar para qualquer reparo. A placa principal, uma Xonar Essence STX 2 Channel PCI Express, vem muito bem instalada, sendo possível encontrar arrumados por baixo desta um cabo adaptador em Y de RCA para ligação de 3,5 mm, um adaptador com banho a ouro

DESEMPENHO

de 6,3 mm para 3,5 mm e ainda um outro óptico S/ PDIF Toshlink. No meio, podemos encontrar o manual, o CD com os drivers e um relatório dos testes de certificação da placa. Por fora, a maior diferença prende-se com a ausência das tradicionais ligações de I/O, substituídas por dois conectores RCA (esquerdo e direito), duas fichas de 6,3 mm (uma para auscultadores e outra para microfone ou linha de entrada) e ainda uma saída óptica. Todas as ligações têm banho a ouro. A parte analógica da placa é toda ela coberta para garantir uma protecção electromagnética dos seus componentes, de modo a diminuir ainda mais as interferências e proteger os sinais, visando a redução do ruído. Neste capítulo, a Asus diz que a solução ostenta um Signal to Noise Ratio (SNR) de 124 dB, o que representa uma enorme melhoria face às soluções de áudio HD onboard, cujas taxas de SNR ficam habitualmente na gama dos 83 a 88 dB. De resto, os valores apresentados pelo fabricante foram comprovados pelos nossos testes, que

FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 182 EUROS ■ CONTACTO 808 789 888 ■ SITE HTTP://PT.ASUS.COM

COMPONENTES

SOFTWARE

VEREDICTO 9

permitiram aferir a excelente consistência de som, mesmo nas amplitudes mais elevadas. Uma última palavra para o software Xonar Audio Center, que permite fazer uma gestão e configuração de diversos elementos graças aos módulos Audio Center, Mixer Playback, Mixer Record, Effects, Karaoke, FlexBass e Vocal Effects. Talvez este seja o elo mais fraco do produto – alguns módulos aceitam-se, uns faltam (como o ajuste manual de equalizador) e outros estão a mais (como o Karaoke). Percebe-se que tudo isto é importado de outras soluções Xonar, mas, por se tratar de uma solução diferente, também o software devia ser diferente. De qualquer modo, esta é uma placa recomendada apenas para quem quer obter o máximo prazer do áudio, sendo para isso recomendado que se utilize com uns bons auscultadores ou um bom conjunto de colunas. O preço está bem acima da média, mas a qualidade também. Aliás, pode até considerar-se uma solução muito acessível face a outras profissionais. J.P.F.


TECNOMUST

CHOIIX ERGONOMIC METAL SLEEVE Esta mala para portátil funciona como um dois-em-um: cumpre a função de transporte, mas pode ser usada como suporte para notebooks, uma vez que integra, num dos lados, uma base de alumínio, semelhante àquelas que são vendidas separadamente. Em termos práticos, o detentor do portátil só tem de tirar o equipamento da mala, virá-la ao contrário e usá-la como mesa de trabalho e dissipador de calor, escusando assim, de trabalhar com o computador no colo, por exemplo. Como se trata de um material rígido, a estabilidade é garantida Todo o conceito está bem pensado, mas existem alguns pontos que acabam por ser penalizados, em prol da ergonomia. O facto de não ser uma mala totalmente fechada, expõe o portátil a algumas agressões, e uma vez que não tem qualquer tipo de bolsa de arrumação adjacente, o transporte do carregador, por exemplo, torna-se mais complicado. Para além disso, esta é uma mala para transporte de computadores de 14 polegadas. Após algum tempo, as pegas começam a magoar as mãos, pelo facto de não serem almofadadas e por causa do peso do laptop. S.E.

PRÁTICO

DISTRIBUIDOR SAGATRADE ■ PREÇO 39,90 EUROS ■ CONTACTO 214 398 406 ■ SITE WWW.CHOIIX.COM

SUPORTE PARA DISSIPAÇÃO DE CALOR

SEM ESPAÇO PARA CARREGADOR

VEREDICTO 6

SAMSUNG ULTRA TOUCH É sem dúvida um dos telefones mais elegantes que já nos passou pelas mãos, a todos os níveis. Para além da componente estética, a qualidade dos materiais que o compõem e a atenção aos pormenores fazem deste equipamento um telefone muito apetecível. Por exemplo, o ecrã é à prova de riscos e, quando se activa o slide, não há qualquer desnível na lateral do dispositivo, entre o ecrã e o teclado. Mas vamos ao recheio. Este telefone conseguiu colmatar algumas das falhas registadas no Omnia. Agora, é mais rápido e responde de uma forma bastante mais precisa ao toque – referimo-nos à interface TouchWiz. Além disso, junta o melhor de dois mundos: o teclado e a tecnologia táctil. O ecrã (tecnologia Amoled) é excelente. Consegue oferecer nitidez e definição acima da média, o que significa que está no bom caminho para se tornar num gadget multimédia. A câmara de 8 megapixels, com LED Flash, foi muito bem recebida. Tendo em conta o preço do aparelho, não percebemos por que razão deixou de ter Wi-fi, uma vez que os utilizadores já podem fazer download de widgets. S.E ECRÃ

DESIGN

SEM WI-FI

VEREDICTO 8

FABRICANTE SAMSUNG ■ PREÇO 479,90 EUROS ■ CONTACTO 808 207 267 864 ■ SITE WWW.SAMSUNG.COM/PT

DIGITUS MINI STEREO HEADSET É um pequeno adaptador bluetooth para emparelhar aparelhos como o telemóvel. Depois, pode ligar os seus auscultadores ou as colunas para reproduzir a chamada telefónica. Tem a vantagem de funcionar com serviços como o MSN ou o Skype e pode ser utilizado como interface para streaming de música. O emparelhamento funciona até 15 m de distância. A proximidade dos botões de controlo faz com que nem sempre seja simples atender e fazer chamadas (ou fazer redial) ou aumentar e diminuir o volume do som. J.T.

DISTRIBUIDOR EBC ■ PREÇO 69,90 EUROS ■ CONTACTO 213 841 080 ■ SITE WWW.DIGITUS.INFO/PT/PRODUCTOS

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SUPORTE MSN E SKYPE

INSTALAÇÃO

PREÇO

VEREDICTO 7


AKASA P2NES Quando se pensa em comprar um disco externo, existem duas soluções. Ou se compra um equipamento totalmente integrado, ou se compra uma caixa e um disco rígido em separado. É nesta segunda abordagem que se enquadra a proposta da Akasa, uma agradável caixa de alumínio capaz de receber discos de 2,5 polegadas. E permite fazê-lo para os formatos IDE, SATA ou SSD, o que não é de todo vulgar para uma caixa desta calibre. No entanto, será por isto que a caixa é mais comprida do que o desejável, embora a bolsa de transporte faça esquecer esse pormenor. No que diz respeito à ligação ao PC, pode ligar-se via USB 2.0 ou – boas notícias – eSATA, com todos os cabos necessários, incluindo o de USB para energia auxiliar. Dependendo do modelo de disco escolhido, poderá aquecer um pouco, mas nada de preocupante. J.P.F. DISTRIBUIDOR VOBIS ■ PREÇO 35,90 EUROS ■ CONTACTO 808 102 222 ■ SITE WWW.AKASA.COM.TW

IDE/SATA EM 2,5”

LIGAÇÃO ESATA

TAMANHO

VEREDICTO 9

BLUEWATCHDOG PICKPOCKET PROTECTION SYSTEM É distraído, perde frequentemente as coisas, ou anda geralmente com objectos de valor capazes de atrair as atenções dos ladrões? Então este gadget é para si. O BlueWatchDog é um pequeno aparelho, mais pequeno do que um cartão de crédito e bastante fino, que se conecta via bluetooth com o telemóvel e funciona como um alarme, emitindo um sinal sonoro sempre que se afasta uns tantos metros do terminal. Em traços gerais, o sistema funciona da seguinte forma: o utilizador necessita de instalar uma aplicação no telemóvel, via SMS enviando uma mensagem escrita para um determinado número (custa 2 euros), ou fazendo o download do software através da Internet (gratuito). Assim que a aplicação estiver instalada no telemóvel, o utilizador pode especificar a quantos metros de distância pretende que o alarme se active, o volume do sinal sonoro, entre outros. Assim que o objecto protegido se afastar mais do que, por exemplo, 5 metros, o pequeno dispositivo emite um sinal sonoro (perfeitamente audível, acredite!), e o telemóvel começa a tocar e a vibrar. Esta é uma solução que pode ser especialmente útil para quem viaja, uma vez que pode inserir o cartão na bagagem. S.E. PEQUENO E LEVE

SINAL SONORO

PREÇO

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR MINITEL ■ PREÇO 69 EUROS ■ CONTACTO 213 810 900 ■ SITE WWW.SECU4.COM

KESINGTON HANDS-FREE VISOR CAR KIT

FÁCIL DE USAR

FUNCIONAL

COMPLICADO DE AJUSTAR NO CARRO

VEREDICTO 8

Este gadget da Minitel vai facilmente fazer as maravilhas daqueles utilizadores a quem dava jeito ter um sistema mãos-livres no automóvel, mas que não pretendem ir com o carro à oficina para instalar um. É extremamente fácil de configurar e muito simples de usar. O que terá de colocar na viatura não é mais do que um altifalante, pequeno e bastante leve, que comunica com o seu telefone via bluetooth. Assim que o telefone tocar, basta carregar numa tecla do aparelho para atender a chamada. O aparelho tem três teclas às quais pode atribuir três números de telefone, facilitando posteriores marcações. Um dos pontos positivos deste equipamento da Kesington é que não necessita de estar ligado ao isqueiro do carro, uma vez que é alimentado por uma bateria. No pacote comercial vem ainda uma bateria extra e um carregar que pode ser ligado via USB, ou isqueiro. Não foi constante durante todos os testes que efectuámos, mas, por vezes, esteve sujeito a algumas interferências. S.E. DISTRIBUIDOR MINITEL ■ PREÇO 79 EUROS ■ CONTACTO 213 810 900 ■ SITE WWW.KESIGNTON.COM

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TESTE EM GRUPO

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COMPANHEIROS PARA

O GRANDE ECRÃ Se o que procura é tamanho de imagem, então deve dar aos projectores de alta definição a oportunidade de lutarem por um Óscar Os grandes televisores ainda são muito caros. Particularmente no mundo dos ecrãs planos e plasmas, onde qualquer equipamento acima de 50 polegadas tem quatro dígitos no preço. Para se aventurar acima das 60 polegadas, precisa de um tio rico particularmente generoso ou de uma herança inesperada... Mas qual a razão para gastar milhares de euros num ecrã de 60 polegadas quando existe uma alternativa que oferece resultados muito convincentes por um valor muito apetecível? Trata-se de uma tecnologia em que o factor condicionante do tamanho do ecrã é a largura da sua sala de estar, e não o conteúdo da sua carteira. Falamos, claro está, do modesto projector, o mais ignorado dispositivo de reprodução de imagem que existe. Instalou-se uma inquietante euforia por LCD que se baseia mais no aspecto elegante de uma grande televisão de ecrã plano por estrear do que propriamente na qualidade de imagem. Isto explica por que razão há tanta gente a comprar grandes televisões LCD com uma qualidade de imagem sofrível. A tecnologia LCD melhorou significativamente, mas isso não muda o facto de não ser adequada para grandes ecrãs multimédia. Os ecrãs de plasma são manifestamente um pouco melhores, mas continua a não haver qualquer comparação entre o mais exótico plasma de quase 12 mil euros e um projector decente no que toca às emoções transmitidas pelo grande ecrã. Na verdade, os projectores são plataformas privilegiadas para visualização de filmes e jogos no grande ecrã. Basta que alguém mostre um projector de alta definição a

OPTOMA GAMETIME GT-7000 P36

reproduzir um filme Blu-ray ou um estonteante jogo 3D, como Crysis, para que se converta à causa num abrir e fechar de olhos. Evidentemente, os críticos argumentam que algumas coisas a respeito dos projectores nunca mudarão. Falta-lhes flexibilidade e a sua utilização é relativamente complexa. Não se pode colocar um projector em cima de um suporte ou pendurá-lo na parede mais próxima e deixá-lo no mesmo local meses a fio. É necessário um pouco de senso comum ao nível da instalação para conseguir os melhores resultados. Mesmo então, os projectores revelam-se um tanto ou quanto desadequados para serem utilizados durante o dia ou em qualquer outro cenário com iluminação abundante. A necessidade de manter uma linha de visão desobstruída entre o projector e a superfície de visualização, independentemente de ser apenas uma parede ou um ecrã dedicado, também pode ser um compromisso que poucos utilizadores estão dispostos a assumir. Finalmente, por tendência, os projectores têm tempos de vida útil mais curtos do que os ecrãs planos. As lâmpadas dos projectores possuem uma vida útil de milhares de horas e as substituições são caras, podendo custar centenas de euros. Portanto, um projector não satisfaz como único dispositivo de visualização. Em vez disso, defendemos que faz muito sentido comprar um pequeno LCD ou um monitor de PC e gastar num projector o dinheiro que se poupa ao não investir num LCD ou plasma de grandes dimensões. Dessa forma, obtém-se o melhor dos dois mundos –

SONY VPL-EW5

ACER H5350 P36

BENQ W5000 P38

COMO TESTÁMOS Em primeiro lugar, submetemos cada projector a um conjunto de testes objectivos da qualidade de imagem. Depois, examinámos tudo minuciosamente, desde o contraste e os níveis de preto às escalas de cores e geometria. Evidentemente, os testes objectivos são úteis para detectar fraquezas específicas, mas na verdade nada substitui um par de olhos experientes e várias horas de visualização de filmes e jogos. Isso significa uma esgotante maratona de testes com vídeo, ambientes de trabalho e jogos de alta definição, tanto durante o dia como à noite. Perfeito para separar o trigo do joio neste teste comparativo a projectores de alta definição.

EPSON EMP-TW1000 P38

TOSHIBA WX200

P40

P40

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TESTE EM GRUPO

diversão épica no grande ecrã juntamente com a ergonomia visual e a longevidade do dia-a-dia. Vamos directos ao assunto e abordar o mercado de projectores. A grande novidade é que a tecnologia de alta definição verdadeira já chegou ao último degrau do mercado de projectores. Uma profusão de modelos de 720p está agora disponível por valores bastante convidativos, pelo que deixou de ser necessário ponderar o valor da alta definição. É um dado adquirido. No entanto, continua a ser preciso pesar os prós e contras da definição 720p em relação à experiência integral a 1080p. A segunda acarreta um aumento substancial do preço. Em certa medida, a escolha é pessoal. O fosso entre um stream de vídeo bem codificado com uma taxa de bits elevada num projector de 720p e o seu equivalente de 1080p não é tão óbvio como a diferença entre vídeo com definição normal e conteúdo a 720p.

ESCOLHER A RESOLUÇÃO CERTA Mesmo assim, para os utilizadores mais exigentes, a resolução 1080p tem muito para oferecer, particularmente se reproduzida em grandes letras numa parede de 3 m da sala de estar. Para começar, a grelha de pixéis que compõem a imagem é muito menos aparente. A distâncias de visualização normais, torna-se efectivamente invisível, conferindo à imagem um pouco mais de solidez e profundidade. Em contrapartida, os projectores de 720p sofrem ligeiramente do chamado efeito “screen door”, que pode ser incómodo. A resolução e a nitidez extra da 1080p também aumentam os níveis de imersão, tanto nos jogos como nos filmes. Com tanto detalhe à disposição, é muito mais fácil perdermo-nos na acção. A vantagem final da 1080p é uma útil combinação de resistência aos avanços do futuro e paz de espírito. Demorará muitos anos até que conteúdos de vídeo codificados com resoluções superiores a 1080p estejam amplamente disponíveis. Por isso, pode comprar agora e estar plenamente confiante de que o seu projector de 1080p continuará a ser o último grito, pelo menos no que se refere ao futuro previsível. No fim, provavelmente o custo ditará a sua escolha. Se pode dar-se a esse luxo, a definição de 1080p vale a pena.

OPTOMA GAMETIME GT-7000 Compacto

Qualidade de imagem

Som ✖

VEREDICTO 9

É agradável saber que a Optoma deu voltas à cabeça e surgiu com um pequeno e encantador produto que inclui num pacote verdadeiramente portátil tudo aquilo de que precisa para criar um sistema de cinema em casa de alta definição. O próprio projector GT-7000 é uma unidade DLP compacta de 720p. Trata-se de um projector competente e pequeno, com níveis de preto decentes e cores agradáveis, apesar de haver alguns sinais de compressão nas nossas escalas de teste. A parte realmente inteligente é o sistema de colunas portátil de peça única e a mochila de transporte, que fazem parte do pacote. Dificilmente se pode dizer que a qualidade de som impressiona, mas as colunas produzem um som aceitável e entram facilmente na mochila de transporte compacta, juntamente com o projector. Basta adicionar um computador portátil e tem tudo o que precisa. DISTRIBUIDOR EXPANSYS ■ PREÇO 679,99 EUROS ■ CONTACTO 707 500 059 ■ SITE WWW.OPTOMA.EU

TECNOLOGIA A SELECCIONAR Resolução à parte, o outro grande enigma é a tecnologia de projecção propriamente dita. Existem actualmente três tipos nos projectores de consumo, LCD, DLP e LCOS. Graças, em parte, à decisão da Intel de retirar a LCOS do mercado, a última referência representa uma tecnologia de nicho reservada principalmente aos projectores de alta resolução. Por conseguinte, a batalha está entre o LCD e DLP. A tecnologia LCD tem-se revelado melhor para as tarefas rotineiras com

SONY VPL-EW5 Modo de alta potência

Cores vibrantes

Pretos ✖

VEREDICTO 8

A qualidade de imagem de um projector LCD económico costumava ser um elemento determinante. Mas estamos em 2009 e as coisas evoluíram. Mesmo assim, a Sony não está a lançar o EW5 como um modelo de cinema em casa, mas sim como um dispositivo versátil, para vários tipos de utilização. Contudo, isso não quer dizer que não consegue lidar com filmes. As cores são surpreendentemente ricas e vibrantes, provavelmente mais ainda do que as dos dois modelos LCD para orçamentos mais generosos analisados neste comparativo. Os níveis de preto também não são de todo maus, apesar de ficarem muito aquém de todo o poder DLP do Optoma GT-7000. Em contrapartida, inclui um modo de lâmpada de alta potência que faz deste projector a ferramenta mais eficaz do grupo para ver vídeo ou jogar durante o dia. A resolução e a nitidez extra da definição 1080p aumentam a imersão nos jogos

36 | PCGUIA

FABRICANTE SONY ■ PREÇO 1110 EUROS ■ CONTACTO 808 200 185 ■ SITE WWW.SONY.PT



TESTE EM GRUPO

1

3

ACER H5350 Portátil

Cores

Controlos ✖

VEREDICTO 7

À primeira vista, este projector parece estar condenado a uma má nota. Afinal de contas, como pode um dispositivo com este preço alguma vez competir com o majestático monstro da BenQ? O BenQ W5000 dá-lhe uma tareia em todos os parâmetros, excepto no que diz respeito à portabilidade, que é um ponto forte do H5350 graças às suas proporções diminutas e à pequena e elegante bolsa de transporte. E contudo este Acer partilha com o seu rival maior muito do equilíbrio de cores naturais e vibrantes derivadas da tecnologia DLP. É certo que os pretos não são tão carregados e oferece apenas a resolução nativa de 720p. Porém, não deixa de ser uma pequena máquina cinemática plenamente satisfatória. A nossa única picuinhice tem que ver com a falta de controlos no chassis principal. Isso representa um grande problema no caso de o comando à distância não funcionar, como aconteceu com a nossa amostra. FABRICANTE ACER ■ PREÇO 699 EUROS ■ CONTACTO 808 300 012 ■ SITE WWW.ACER.PT

4

2 (1) ZOOM A menos que tenha uma sala de estar enorme, vai querer um projector com uma relação de projecção e um alcance de zoom razoáveis. É a combinação dos dois que determina o tamanho da imagem. (2) CONFUSÃO COM CONTRASTE As especificações de contraste de um projector são assoladas pelo problema da estática versus dinâmica. A relação estática é a capacidade crucial – relações de 1.000:1 e superiores são suficientemente sólidas para o cinema em casa. (3) BATALHA DOS PROJECTORES A luta entre tecnologia DLP e LCD está mais perto do que nunca do fim graças aos rápidos melhoramentos da segunda nos últimos anos. (4) O PREÇO DA PERFEIÇÃO Os projectores de alta definição de 720p apresentam um preço muito acessível, ao passo que uma configuração integral a 1080p continua demasiado cara. Nota: a definição 720p é mais do que suficiente para jogar.

BENQ W5000 Pretos

1080p

Ainda é caro ✖

VEREDICTO 8

O W5000 já existe no mercado há praticamente um ano. Isso faz dele um dinossauro em termos de electrónica de consumo. Mas em vez de estar quase extinto, é uma espécie de favorito dos consumidores. Com efeito, o seu porte imponente está disponível a um preço muito competitivo. Para cinema em casa, é a melhor unidade deste grupo. O processador DLP TI DarkChip 2 e a íris dinâmica aliam-se para oferecer simultaneamente os melhores níveis de preto e as cores mais fluidas, naturais e saturadas. Se somarmos a isso a resolução 1080p integral e a relação de contraste de 10.000:1, obtemos gráficos de deixar os olhos completamente esbugalhados. No entanto, será que justifica a diferença de preço para o Acer? Na nossa opinião, não. Mas se pudéssemos comprá-lo, mesmo assim seria difícil resistir-lhe. DISTRIBUIDOR POWER ON ■ PREÇO 762,90 EUROS ■ CONTACTO 225 519 217 ■ SITE HTTP://BENQ.PT

38 | PCGUIA

dados, como apresentações comerciais. A capacidade para iluminar através da luz ambiente constitui aqui o requisito fundamental – subtilezas como níveis de preto são muito menos cruciais. Isto deve-se ao facto de o funcionamento dos projectores LCD ser muito semelhante ao de um monitor LCD. À medida que a luz passa através de um pequeno painel LCD (os projectores de consumo possuem três painéis, um para cada cor primária), os cristais líquidos em cada pixel individual são manipulados para bloquearem a luz ou deixá-la atravessar através da óptica até à superfície de projecção. O problema é que nenhum painel LCD consegue bloquear completamente a luz. Isso resulta numa fuga e na incapacidade para representar pretos realmente profundos. A tecnologia DLP tem uma abordagem muito diferente. Uma série de espelhos minúsculos, um para cada pixel, pode ser inclinada para captar luz e reflecti-la através da óptica ou na direcção de um dissipador de calor, que a absorve por completo. Este método permite apenas uma fuga de luz muito pequena e, como tal, pretos muito mais profundos. E normalmente isso significa que os projectores DLP têm sido uma melhor aposta para ver filmes numa sala escurecida, ao estilo do cinema em casa. A DLP, claro está, tem os seus próprios pontos fracos. O maior problema é o efeito de “arco-íris” causado pelas rodas de cores que a maioria dos DLP usa para gerar uma paleta de tonalidades completa. Recentemente, contudo, a suposição de que a tecnologia LCD é para dados e a DLP para filmes começou a perder força. O melhoramento da tecnologia de painéis LCD, a par de técnicas como controlos dinâmicos da íris, permitiram à LCD colmatar a brecha com a DLP em termos de níveis de pretos e contraste. Entretanto, algumas empresas desenvolveram projectores DLP mais brilhantes adequados para tarefas relacionadas com dados. Esta falta mais recente de regras firmes nas compras de projectores reflecte-se no sexteto de magníficos dispositivos que alinhámos para si neste número. Trata-se de uma divisão perfeita: três unidades LCD e três DLP. Estranhamente, duas das nossas três unidades de 1080p relativamente topo de gama são modelos LCD destinados ao espaço do cinema em casa. Por outras palavras, não julgue um projector antes de o tirar da caixa. Pode ser que consiga surpreendê-lo.



TESTE EM GRUPO

EPSON EMP-TW1000 Zoom

Pretos

Preço ✖

VEREDICTO 8

Apesar da boa qualidade de construção, infelizmente, neste caso as impressões iniciais não são boas. As ópticas são fracas e debatem-se para conservar a respectiva posição uma vez calibradas. Mesmo quando entra em acção, o dispositivo apresenta algumas falhas. O equilíbrio global das cores podia ser melhor. Dito isto, os pretos estáticos revelam-se ligeiramente mais convincentes que o habitual, ao passo que a íris dinâmica apresenta um funcionamento subtil. Mais importante ainda, o TW1000 possui um zoom de alcance épico, o que faz dele uma máquina versátil em termos de instalação.

FABRICANTE EPSON ■ PREÇO 1999 EUROS ■ CONTACTO 213 035 400 ■ SITE WWW.EPSON.PT

TOSHIBA WX200 Peso

Brilho

SOM ✖

VEREDICTO 8

Senhor de um brilho notável na gama dos 2200 lúmenes - o Toshiba WX200 é, aliás, o equipamento mais potente nesta matéria -, tem a particularidade de poder ser gerido através de rede Ethernet ou wireless (802.11b/g) graças à interface Windows Vista Network. As ligações mais requisitadas estão todas no painel traseiro e na lista de compatibilidade de formatos de vídeo é possível encontrar tudo o que faz falta. Só é pena que a resolução máxima suportada não vá além dos 1600 x 1200, sendo assim um projector HD-Ready. A resolução nativa é de 1280 x 800 WXGA. Graças ao brilho extra é possível verificar cores mais brilhantes, sem serem cometidos excessos, dando uma maior vivacidade às imagens. Os tons escuros também são bem tratados. As colunas de som de 1 W de potência são mono, pelo que não recebem naturalmente grandes elogios. Uma palavra final para o peso de 2 Kg, sendo dos mais leves projectores da sua gama. DISTRIBUIDOR LISCIC ■ PREÇO 679,99 EUROS ■ CONTACTO 707 500 059 ■ SITE WWW.LISCIC.PT

CARACTERÍSTICAS Modelo

Optoma GameTime GT-7000

Sony VPL-EW5

Acer H5350

FABRICANTE

Optoma

Sony

PREÇO

679,99

1110

SITE

www.optoma.eu

TECNOLOGIA DO PROJECTOR

BenQ W5000

Epson EMP-TW1000

Toshiba WX200

Acer

BenQ

Epson

Toshiba

699

762,90

1999

679,99

www.sony.pt

www.acer.pt

http://benq.pt

www.epson.pt

www.liscic.pt

DLP

LCD

DLP

DLP

LCD

LCD

RESOLUÇÃO NATIVA

1.280 x 720

1.280 x 800

1.280 x 720

1.920 x 1.080

1.920 x 1.080

1.280 x 800

RESOLUÇÃO SUPORTADA

Até 1.920 x 1.080

Até 1.920 x 1.080

Até 1.680 x 1.050

Até 1.920 x 1.080

Até 1.920 x 1.080

Até 1.600 x 1.200

BRILHO

1.600 lúmenes

2.000 lúmenes

2.000 lúmenes

1.200 lúmenes

1.200 lúmenes

2.200 lúmenes

DURAÇÃO DA LÂMPADA

3.000 horas

3.000 horas

4.000 horas

3.000 horas

3.000 horas

3.000 horas

RUÍDO

29 dB

33 dB

28 dB

25 dB

26 dB

32 dB

HDMI

Sim

Sim

Sim

Sim x2

Sim

Sim

DVI

Não

Não

Não

Não

Não

Não

VGA

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

OUTRAS ENTRADAS

Vídeo composto, vídeo componente, S-Vídeo

Vídeo composto, S-Vídeo

EXTRAS

Altifalantes, bolsa de transporte, comando à distância

Comando à distância, bolsa de transporte

Comando à distância, bolsa de transporte

Comando à distância

Comando à distância

Comando à distância, bolsa de transporte

DIMENSÕES

259 x 73 x 188 mm

314 x 109 x 269 mm

267 x 187 x 80 mm

492 x 180 x 420 mm

310 x 406 x 124 mm

293 x 70 x 192 mm

PESO

2 kg

3 kg

2,3 kg

9,6 kg

5,6 kg

5,2 kg

GARANTIA

1 ano

3 anos (90 dias para a lâmpada)

2 anos (90 dias para a lâmpada)

3 anos (90 dias para a lâmpada)

3 anos ou 1.700 horas

2 anos (1 anos/500 horas para a lâmpada)

VEREDICTO

9

8

7

8

8

8

40 | PCGUIA

Vídeo composto, vídeo Vídeo composto, vídeo Vídeo composto, vídeo Vídeo composto, vídeo componente, S-Vídeo componente, S-Vídeo componente, S-Vídeo componente, S-Vídeo




PCG

R E | S O FT FTWA W R E | R E D E S | T E ST E E M G R U P O

GUIAS

CONSTRUA O SEU

PRÓPRIO SITE Se seguir as nossas dicas, garantimos-lhe que terá, no espaço de umas horas, um site totalmente operacional e à sua medida

A maioria das pessoas acredita que a criação de um site não é para todos. Não fizemos um estudo acerca desta questão, mas a verdade é que quase toda a gente pensa que a construção de um website exige um conhecimento aprofundado de programação e que mesmo com a ajuda de algumas ferramentas que existem para o efeito, o processo é complicado. O que nós temos a dizer acerca disto? Que todas estas pessoas têm razão, pelo menos em parte. Basta dar uma pequena olhadela às linhas de código envolvidas na criação de um espaço online para percebermos que é algo que está mais ao alcance de um profissional do sector ou de um geek. No entanto, as tais ajudas que existem na Internet, que consistem em ferramentas fáceis de usar e que fazem todo o trabalho árduo pelo utilizador, permitem que qualquer comum mortal consiga criar um site, só seu, personalizado e cheio de funcionalidades. Se recorrer às ferramentas certas e se artilhar a sua máquina com tudo o que precisa para dar início ao processo num sábado à noite, prometemos que terá o seu site a funcionar no domingo ao final da tarde. Isto sem ter de aprender uma única linha de código HTML. Todas as pessoas que usam o designado Desktop Publishing Software (DTP), ou software de edição, sabem que não é difícil para alguém sem grandes conhecimentos dominar as técnicas básicas de design. Basta ir arrastando e largando elementos numa página. Construir um website não é muito diferente. Na verdade, programas como o Serif WebPlus funcionam de forma semelhante aos programas DTP,

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SOFTWARE

A FASE DE PREPARAÇÃO É ESSENCIAL, SOB PENA DE PODER TER ALGUMAS DORES DE CABEÇA MAIS TARDE

ou seja, fazem o trabalho árduo necessário para que o criador se preocupe apenas com duas coisas: a componente estética do site e os conteúdos.

O QUE VAI APRENDER Nas próximas páginas vamos explicar-lhe todos os processos necessários para criar e fazer o upload do seu site na Internet. Comece pelo princípio, ou seja, por planear a estrutura que pretende dar ao espaço. Depois, pense nos elementos que pretende incluir, tanto textos, como imagens. De seguida, irá descobrir como pode criar o seu site no Serif WebPlus, usando ferramentas extremamente simples de manusear, e a interface WYSIWYG (que quer dizer: what you see is what you get), que lhe permitirá acompanhar passo a passo a evolução do website, em tempo real. Também vamos falar em alojamento, ou seja, onde poderá colocar o seu site e como poderá fazer o upload do mesmo para a Internet. Por fim, vamos indicar-lhe algumas ferramentas e recursos online que poderá utilizar para optimizar ainda mais o seu site e desenvolver as suas competências na Web. Temos tudo isto para lhe oferecer nas próximas páginas. Não tenha medo. Agarre este projecto com as duas mãos. Verá que não se vai arrepender.

PREPARE-SE A fase de preparação é essencial, sob pena de poder ter algumas dores de cabeça mais tarde Compreendemos que seja bastante mais giro saltar esta página e ir logo para a seguinte, para começar a brincar com o Serif WebPlus, fazer experiências, tentar ver como tudo funciona, entre outras coisas. O nosso conselho é: não o faça. Se perder um pouco de tempo com a fase de planeamento, conseguirá recolher frutos mais tarde. Esta é a fase mais importante. A primeira coisa em que tem de pensar é: o que é que eu quero fazer com o meu site? Independentemente de se tratar de um site pessoal ou profissional, terá sempre de ter em mente que mensagem pretende passar aos visitantes e que tipo de informação quer incluir neste seu espaço. De seguida, pense como pretende estruturar o site, tendo por base a informação que quer incluir. Os websites estão divididos em páginas individuais, interligadas por links ou hiperligações, a partir da página de entrada, ou homepage, como é vulgarmente conhecida. Isto não quer dizer, porém, que estas estejam directamente ligadas a ela. Por exemplo, pode ter uma página principal ligada a

secções distintas, que por sua vez, têm uma série de páginas próprias. Estas últimas podem nem estar ligadas a nenhuma das secções anteriores, ou à própria página principal. É exactamente por isto que o aconselhamos a esquematizar a estrutura do seu site. Isto porque quando o estiver a criar vai perder-se nos links e originar erros atrás de erros. Se gastar um pouco mais de tempo a planear tudo isto, vai ver que conseguirá poupar imenso tempo a fazer correcções. Use a velha e sempre útil folha de papel. Coloque a sua página principal no topo da página e vá criando as páginas e subpáginas que pretende incluir. Se o seu site for mais simples, terá apenas uma página principal à qual estão ligadas várias secções. Se a estrutura for um pouco mais complexa, então, possivelmente, já terá de desenhar as páginas individuais de cada uma das secções.

REÚNA TODO O MATERIAL Assim que tiver a certeza de quais as páginas que vão constar do seu site, pode começar a preparar o conteúdo a incluir em cada uma dessas páginas. Convém escrever exactamente o conteúdo de cada página num processador de texto ou num editor de texto, para só ter de se preocupar com a parte estética quando estiver a trabalhar com o WebPlus. Assegurese de que não troca os conteúdos das páginas, ou seja, identifique bem que conteúdo vai para que página, para evitar trocas. Alterar o que já está feito é sempre mais complicado. Se guardar tudo em documentos separados ajuda. Finalmente, só terá de reunir as imagens que pretende incluir. Verifique se estas não têm direitos – não queremos que infrinja a Lei – e confirme se estão no formato jpeg, png ou gif. Redimensione as imagens maiores para que não demorem anos a carregar quando estiverem no site. Sugerimos 800 pixels para imagens grandes e 400 ou 200 pixels para as outras.

SELECCIONE UM ESPAÇO DE ALOJAMENTO Para que o seu site fique disponível ao público em geral, necessitará de encontrar o local onde este vai ficar armazenado. Apesar de ser possível alojar o site no seu próprio PC, não é algo prático e é uma opção que está inclusive bloqueada por alguns ISP (Internet Service Providers). Existem essencialmente duas opções em cima da mesa: pode procurar um serviço de alojamento gratuito na Internet ou pagar um montante mensal a uma empresa pelo alojamento do seu espaço online. Se o seu site servir um propósito profissional, ou se estimar que ele vai gerar muito tráfego, então aconselhamo-lo a seguir esta última opção. Em Portugal, existem inúmeras empresas a trabalhar nesta área. Visite, por exemplo, os sites www.amen.pt, www.arsys.pt, ou www.hostingportugal.pt. Algumas oferecem nomes de domínio gratuitos, como parte do pacote. Isto significa que o seu site ficará com o endereço www. onomedoseusite.pt, em vez de www.nomedoprestador/webpage/oseusite, ou algo semelhante e bastante complicado de decorar. Se pretender recorrer aos serviços gratuitos de alojamento, verifique se o seu ISP não lhe oferece espaço gratuito, mas não espere milagres. Não terá muito espaço disponível e terá de aproveitar bem qualquer coisa como 20 MB, que é a dimensão típica A segunda opção é assinar um serviço de alojamento gratuito online. É claro que, neste caso, há uma série de contrapartidas. Afinal, ninguém dá nada a ninguém. Terá de abrir um espaço no seu site para banners publicitários, entre outras coisas. Por isso, pense bem. Siga até ao site www.free-webhosts.com para ter acesso à lista de sites e às funcionalidades e pacotes disponíveis.

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PREPARE AS SUAS IMAGENS PARA A WEB

01

Junte numa pasta todas as imagens que pretende incluir no seu site e que ainda não foram convertidas. Se colocar imagens de diferentes dimensões, organize-as em diferentes subpastas por tamanhos.

Analise cada imagem e corrija eventuais erros que possam existir. Se usar fotografias, verifique se nenhuma tem sombras, olhos vermelhos ou outros problemas. Use um editor de imagem para preparar todas as imagens.

03

04

Active a opção Use advanced options (Resize…) e clique em Advanced Options. Escolha Use Resize/Resample, seleccione Width que se encontra em PreDefined State e indique a dimensão que deseja atribuir às suas imagens.

05

06

Instale o FastStone Image Viewer, por exemplo. Siga até à pasta onde estão as imagens a converter, seleccione Tools, Batch Convert/Rename. Abra a subpasta e clique em Add all.

Para colocar uma marca de água nas suas imagens, siga até ao separador Text, escolha Use Text e experimente, com a ajuda dos controlos, criar uma marca de água. Clique em OK assim que tiver terminado.

02

Indique o formato jpg como o final e clique em Select, junto à Output folder para indicar qual a pasta onde pretende guardar as imagens após a sua conversão. Clique em Start para converter as imagens.

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SOFTWARE

DESENHE O SEU WEBSITE Torne os seus sonhos realidade e inicie finalmente a construção do site que tanto desejou

A construção de um site envolve a criação de páginas que têm por base diversos tipos de código de programação. Estamos, por exemplo, a falar de CSS ou HTML. Se dominar este tipo de linguagem de programação, conseguirá controlar cada milímetro do seu site; se desconhecer por completo qualquer tipo de código, vai necessitar de muita ajuda. O problema com a construção de sites é exactamente o conhecimento que o utilizador tem de ter de algumas linguagens, nada fáceis de aprender em algumas horas. É claro que em informática há sempre solução para quase tudo e, como tal, os mais leigos têm à disposição uma série de atalhos. Com isto queremos dizer que o que não falta por aí são programas que ajudam qualquer utilizador a criar um site à sua medida. Aliás, apenas tem de indicar onde pretende colocar as coisas.

Como é que funcionam? Depende do programa que estamos a falar, mas, no geral, todos apresentam uma interface bastante simples, semelhante àquela oferecida pelos programas de edição. Ou seja, o utilizador só tem de arrastar e largar os vários elementos na página, a seu gosto, como se de uma página de um jornal ou de uma brochura se tratasse. O exemplo que lhe damos neste artigo, no que toca a programas capazes de fazer um bom trabalho, é o SerifWebPlus 8 (a versão mais actual é a WebPlus X2, mas a versão 8 cobre perfeitamente as necessidades dos utilizadores comuns).

PRIMEIROS PASSOS Depois de instalar e executar o programa, poderá escolher entre criar um site a partir do zero, ou recorrer à ajuda de um assistente. Esta última opção

CONHEÇA MELHOR O WEBPLUS

1 BARRA DE FERRAMENTAS

2 STUDIO

Esta opção dá-lhe acesso a um leque de ferramentas e recursos. Usa o separador Attributes do elemento seleccionado, texto ou imagem.

É nesta área que poderá seleccionar os diferentes elementos que podem constituir a sua página Web, desde caixas a tabelas, imagens, zonas de hiperligação ou clipes de vídeo.

3 BOTÃO SNAPPING

Clique nesta opção para activar ou desactivar a funcionalidade snap-to-guides, que permite que as caixas sejam primorosamente posicionadas de acordo com as guias estabelecidas.

5 CHANGEBAR

Esta barra funciona como complemento da área Attributes do Studio, que permite que o utilizador possa visualizar e editar rapidamente propriedades dos elementos seleccionados.

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4 ÁREA DE TRABALHO

A página na qual está a trabalhar é exibida neste espaço e o produto final que o utilizador consegue visualizar é bastante semelhante àquele que irá constar mais tarde nessa mesma página, quando estiver online. As guias e as caixas irão ajudá-lo a posicionar os elementos de forma mais precisa.



SOFTWARE

MÃOS À OBRA

01

Crie uma nova publicação e clique em Studio, separador Pages. Carregue duas vezes sobre Master 1, em Master Pages para a seleccionar. Tudo o que fizer nesta página irá reflectir-se nas restantes; mantenha sempre esta regra presente.

02

Clique no separador Schemes para seleccionar o esquema de cores que pretende usar no seu site. Para criar o seu próprio esquema, clique com o botão direito num esquema e escolha Schemes Manager. Siga até ao separador Custom. Seleccione uma imagem de fundo.

Seleccione File, Layout Guides, para desenhar margens, colunas e linhas de orientação. Estas vão ajudá-lo a posicionar os diferentes elementos da melhor forma na sua página. Para ajustar estes elementos às guias criadas, clique no botão Snapping (em baixo á direita).

04

O separador Gallery permite-lhe adicionar rapidamente elementos pré-criados como logótipos, fundos e botões para hiperligações. Estes tendem a ser um pouco garridos, por isso, use-os com cuidado.

05

Seleccione o botão e escolha Arrange, Ungroup Objects. Clique dentro de uma caixa de texto para poder editá-lo. Para conseguir reagrupar novamente o botão, seleccione todos os elementos que o compõem e escolha Arrange, Group Objects.

06

O WebPlus inclui um editor de logótipos. Clique na seta para baixo, que se encontra na barra de ferramentas Tools e escolha a opção LogoPlus (o botão que tem um “a”). Clique e arraste até ao local onde pretende colocar o seu logótipo.

07

08

09

Seleccione um modelo ou escolha Blank e clique em OK. Introduza o seu texto na caixa superior. O seu logo pode perfeitamente ser texto ou uma mistura de texto e elementos gráficos. Quando tiver acabado, carregue no botão verde, que se encontra ao fundo.

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Uma zona de hiperligação permite-lhe seleccionar uma parcela de uma página para funcionar como uma hiperligação, sempre que alguém clicar sobre ela. Seleccione a ferramenta Insert Hotspot e arraste o rectângulo para que este contorne o botão de hiperligação.

03

Clique no botão A page in your publication, e escolha a página-alvo. Carregue em OK para que o link seja criado. Repita este processo para todos os restantes botões de navegação.



SOFTWARE

VALE A PENA EXPERIMENTAR CRIAR UM SITE A PARTIR DE UM MODELO JÁ EXISTENTE

dá-lhe acesso a cerca de 50 modelos, pré-concebidos, que se encontram divididos entre estilo profissional e pessoal. Estes modelos facilitam o seu trabalho ao máximo, já que tratam por si de toda a componente associada ao design, ou seja, já oferecem toda a estrutura de um site com um leque de páginas. O utilizador apenas tem de escolher o conteúdo que pretende inserir e as imagens que quer usar. Se optar por seguir esta opção, escolha o separador Pages, que se encontra na barra de ferramentas Studio, para ter acesso a todas as páginas que constituem o site. Elas aparecerão sob a forma de miniaturas. Basta clicar duas vezes sobre qualquer uma delas para as ir alternando. Cada uma das páginas apresenta um esquema gráfico diferente, mas partilham do mesmo estilo. Vale a pena experimentar criar um site a partir de um modelo já existente, para conseguir perceber o que pode fazer. Clique dentro de uma frame ou caixa de texto para editar o seu conteúdo. Pode clicar e arrastar o contorno de uma caixa para alterar a sua dimensão ou para movê-la para outro local. Este tipo de acção é em tudo semelhante ao tipo de

WEBPLUS 8 E WINDOWSVISTA Não são 100% compatíveis, por isso, aprenda com a nossa experiência

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Numa operação normal, o WebPlus deverá funcionar perfeitamente, se optar por o executar enquanto administrador. As excepções aqui são o LogoPlus e o TablePlus. Para aceder ao LogoPlus, guarde o seu trabalho, feche o WebPlus e execute-o no modo normal, pelo menos enquanto o estiver a usar. Aparentemente, o TablePlus crasha o Vista, seja qual for o modo em que o executar. Recorra às ferramentas básicas para criação de tabelas, a menos que esteja a usar o XP.

Salve regularmente o seu trabalho, de forma a impedir acidentes, ou altere a configuração do programa para que este passe a guardar automaticamente o seu trabalho a cada dois minutos. Seleccione Tools, Options, separador General.

5

Para conseguir visualizar os ficheiros de ajuda no Vista, terá de fazer download do Win32Hlp a partir do site Http://go.microsoft.com/fwlink/?LinkID=82148.

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configuração que pode efectuar numa janela do Explorer. Pode adicionar novos elementos a uma página a partir da barra de ferramentas que se encontra à esquerda.

CRIAÇÃO A PARTIR DO ZERO Se se sente com coragem e pretende criar um site a partir do nada, é preciso que se lembre de uma coisa. No que ao design de um site diz respeito, existe uma regra de ouro: não crie nada demasiado complicado ou rebuscado. O seu site deverá ser legível, atractivo e funcional, por isso limite o uso de muitas cores e de diferentes tipos de letra. Mantenha o site simples. Antes de começar a puxar pela sua veia criativa, estipule o tamanho das suas páginas Web. Por regra, elas aparecerão ajustadas a um ecrã com 800x600, mas pode perfeitamente alterar este ponto. Siga até File, e entre no separador Page Setup. De seguida, crie o número de páginas que pretende usar, e clique em OK. Todas as páginas que vão nascer a partir deste processo vão aparecer designadas como Untitle. Para lhes atribuir um nome específico terá de se dirigir até ao separador Pages. Clique duas vezes sobre a primeira página e escolha File, Website Properties. Introduza o nome que pretende dar à estrutura que criou anteriormente e clique em OK. Repita este processo para as restantes páginas que constituem o seu site. É claro que cada página aparecerá em branco. A maior parte dos websites usa elementos comuns nas diferentes páginas que integram, como é o caso da barra de navegação e do título. Se colocar estes elementos na página-mestra, ou Master como é designada no programa, eles aparecerão automaticamente em todas as restantes páginas que compõem o seu site. Consulte o nosso passo a passo para perceber como pode configurar e adicionar elementos a uma página-mestra, como o logótipo do seu site e a barra de navegação. Se pretender incluir mais elementos comuns às diferentes páginas, pode fazê-lo a qualquer altura, sempre na página-mestra. Lembre-se de que as alterações serão automaticamente feitas nas restantes páginas.

ENCHA AS SUAS PÁGINAS Assim que tiver concluído o trabalho na página-mestra, estará pronto para começar a encher as restantes páginas com conteúdos, sejam eles texto, imagens ou outros elementos. O texto tem obrigatoriamente de ser inserido dentro de caixas de texto, ou de frames como identifica este programa. Para criar uma caixa de texto terá de seleccionar a ferramenta Frame. Assim que a caixa estiver criada. Clique sobre ela e arraste-a até ao local desejado. Para ajustar a sua caixa a algumas guias que possa ter criado, escolha a ferramenta Snapping. Assim que a caixa de texto estiver devidamente criada, e inserida no local correcto, seleccione-a novamente para poder introduzir o texto. Este pode ser incluído de três formas diferentes: pode escrever directamente na caixa, seleccionar a opção Edit, Edit Story, para usar a ferramenta WritePlus do Serif, ou



SOFTWARE

escolher Insert, Text File, para poder importar um ficheiro de texto que tenha criado previamente. O texto que tiver criado pode ser facilmente editado e formatado com recurso a ferramentas bastante semelhantes àquelas que está habituado a usar no processador de texto. Se tiver bastante texto, pode dividi-lo criando duas ou mais colunas, por exemplo (clique com o botão direito na caixa e escolha Frame Setup), ou inserir imagens dentro da própria caixa de texto. Veja mais pormenores acerca desta temática em baixo.

INSERIR IMAGENS Poderá inserir facilmente imagens na sua página Web de duas formas: criando uma caixa de imagem própria e perfeitamente independente do texto, ou inserindo a imagem dentro da caixa de texto, para que este apareça ajustado à volta dela. Se pretender destacar apenas a imagem na página, certifique-se de que a caixa de texto não está seleccionada. Se pretender inseri-la na caixa de texto, coloque o cursor na parcela de texto, onde pretende colocá-la. Sugerimos que opte pela criação de caixas de imagem específicas, em vez de as inserir numa caixa de texto, simplesmente pelo facto de este tipo de programas não lidar muito bem com a colocação de texto à volta das imagens. Assim que esta parte estiver feita, seleccione a ferramenta Import Picture. Escolha o ficheiro, e certifique-se de que a imagem Link aparece seleccionada, antes de carregar em OK. Se a imagem estiver destinada a ir para uma caixa sua, clique e arraste a imagem até que ela assuma a dimensão pretendida. Pode, nesta fase, movimentar livremente a imagem pela página, mas esteja atento, porque, se a mover para cima de uma parcela de texto, este não se ajustará automaticamente à volta dela; ficará por baixo da imagem. Se estiver a colocar a imagem dentro de uma caixa de texto, clique em Yes assim que gostar do resultado. Irá aparecer uma pequena miniatura da imagem. Esta poderá ser redimensionada, mas apenas até à dimensão da coluna.

ENTRE ONLINE Agora que já tem algumas noções básicas, poderá começar a explorar as potencialidades das ferramentas do SerifWebPlus 8. Pode criar tabelas, inserir animações, entre outros elementos. As ferramentas funcionam todas de forma bastante semelhante às do PagePlus e de outros programas de edição, por isso, acreditamos que conseguirá “apanhar-lhe o jeito” facilmente. Para poder visualizar como as suas páginas vão ficar quando forem colocadas online, escolha File, Preview Website in a Browser. Quando estiver finalmente pronto para colocar o seu site na Internet, seleccione primeiro a opção Tools, Layout Checker e siga o assistente para detectar a existência de eventuais problemas. Quando tudo estiver finalizado, poderá fazer o upload do seu site para a Web. Consulte o nosso passo a passo.

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COLOQUE O SEU SITE ONLINE

01

Necessitará de ter o endereço FTP do seu serviço de alojamento, o nome de utilizador e a palavra-passe para esse mesmo FTP. Terá ainda de ter a pasta para a qual irá fazer o upload do seu site. Poderá ter toda a ajuda necessária no site da empresa que vai garantir o alojamento do seu site.

02

Entre no WebPlus e escolha File, Publish Site, To Web. Se esta for a primeira vez que publica o site, escolha All under Page Range. Se não for a primeira vez, seleccione apenas as páginas que pretende carregar.

03

Introduza os dados que recolheu anteriormente e clique em OK. Se tiver inserido tudo correctamente, deverá conseguir ver se os seus ficheiros foram carregados como deve ser. Clique em OK, e siga até ao endereço Web que seleccionou para ver a sua obra-prima final disponível online.



SOFTWARE

ENRIQUEÇA O SEU SITE Eleve o seu trabalho até ao nível seguinte com esta colecção de add-ons gratuitos FREE DHTML MENU BUILDER

FORUM FOR FREE

www.coffeecup.com/free.dhtml

www.forumforfree.com

1 ESTRUTURA COM MÚLTIPLAS CAMADAS

1 SEM INSTALAÇÃO DE SOFTWARE

Esta ferramenta permite criar submenus. É perfeita para websites que tenham sido divididos em múltiplas secções e subsecções.

2 MENUS FÁCEIS DE CRIAR

Não há qualquer problema em trabalhar com botões e hiperligações, mas, se quer menus com um aspecto mais profissional, então este programa pode fazer maravilhas.

3 HORIZONTAL OU VERTICAL

O menu pode ser criado para aparecer na horizontal, posicionado no topo ou no fundo do site, ou na vertical, especificamente na zona inferior esquerda.

O Forum for Free é um serviço gratuito de alojamento de mensagens. Não se destina a principiantes, mas é bastante mais simples de usar e de administrar do que os programas que necessitam de ser instalados no PC.

2 CENTRO DE ADMINISTRAÇÃO

É nesta zona que pode gerir o seu quadro de mensagens. Poderá controlar todos os membros, e banir aqueles que quebrem as regras impostas. Tudo isto é muito fácil de fazer.

WEB ALBUM MAKER 2.2

KOMPOZER

www.web-album-maker.com

http://kompozer.net

3 TOTALMENTE PERSONALIZÁVEL

Pode criar um número ilimitado de fóruns, que podem depois ser organizados em categorias. Alguns deles podem, inclusive, exigir a introdução de uma palavra-passe, ou serem dedicados a grupos específicos.

1 EDITOR CSS 2 EDITOR WYSIWYG

Não é tão fácil de trabalhar como o Serif WebPlus, no entanto, este Kompozer permite-lhe editar o site num editor WYSIWYG. Desta forma, conseguirá visualizar facilmente o seu site enquanto toma forma.

1 PROCESSO DE TRÊS PASSOS

Seleccione as suas fotografias a partir do seu disco rígido, escolha um modelo e crie um álbum. Pode depois fazer o upload do mesmo para o seu espaço Web, através do FileZilla, ou de um programa de FTP semelhante.

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2 PERFEITO PARA PARTILHA DE FOTOS

O Web Album Maker está desenhado para gerar webpages capazes de exibir um conjunto vasto de fotos, sem grande esforço por parte do utilizador.

O Kompozer traz um editor CSS que lhe permite criar e usar uma série de estilos que poderá aplicar, por exemplo, ao seu texto, de forma a garantir uma uniformização de todo o site.

3 DIFERENTES MODOS DE VISUALIZAÇÃO

O Kompozer também lhe permite editar e visualizar o seu site de diferentes modos. Siga até ao separador Source para conseguir aceder e trabalhar código HTML.



SOFTWARE

FILEZILLA

NOTEPAD ++

http://filezilla-project.org

http://notepad-plus.sourceforge.net/uk/site.htm

1 UPLOAD PARA FTP

1 PARA CÓDIGOS HTML

Se a ferramenta de FTP incluída no WebPlus for demasiado básica para as suas necessidades, tente o FileZilla. Carregue o seu site numa pasta no seu disco rígido e depois faça o upload da mesma usando o FileZilla.

2 LIGAÇÃO DUPLA

Pode efectuar o download e o upload de ficheiros com o FileZilla, bem como estabelecer um conjunto de conexões com diferentes sites ou diferentes partes do seu site através da ferramenta Site Manager.

3 ARRASTAR E LARGAR Com o FileZilla não necessita de navegar até à pasta que contém o seu site. Abra apenas a pasta no seu PC e arraste e largue os ficheiros na janela Remote site.

Se quiser escrever código em HTML, pode recorrer a qualquer editor de texto. No entanto, o Notepad++ torna esta tarefa um pouco mais fácil, já que coloca à disposição do utilizador uma série de funcionalidades bastante úteis.

2 ATALHOS

Pressione Ctrl+Space para activar uma janela que lhe permite introduzir rapidamente comandos HTML introduzindo apenas os primeiros caracteres. Clique depois no Enter. Totalmente personalizável

3 MARCAÇÕES COLORIDAS

Abra um ficheiro HTML ou escolha HTML a partir do menu de linguagens. Todos os comandos que estiverem nesta linguagem aparecerão marcados com cores diferentes.

RECURSOS WEB GRATUITOS Logos, botões, imagens ou mesmo modelos completos de sites que podem ser rapidamente usados como base para criação de novos espaços Web. Actualmente a Internet tem tudo, basta saber o que quer procurar. Pode até pretender criar um site à sua imagem a partir do nada, mas uma ajudinha de vez em quando nunca fez mal a ninguém, seja para ir buscar umas ideias, ou mesmo algumas peças soltas para criar um conjunto ainda melhor. Existem inúmeros sites que oferecem imagens de todas as formas e feitios, desde fotos, a botões ou outros elementos. Onde procurar? Existe um site que lhe indica os melhores locais na Internet onde pode ir buscar os elementos que necessita para criar a sua obra-prima, de forma gratuita. Em www.thefreesite.com/FreeGraphics poderá encontrar tudo aquilo que procura, e mais algumas coisas... Se está à procura de formas rápidas e fáceis de melhorar o seu espaço Web com a ajuda de ferramentas online, siga até a www.hypergurl.com/generators. Aqui poderá encontrar ferramentas gratuitas para gerar imagens, botões, menus e caixas e ter acesso a dicas úteis em javascript e Flash. Basta trabalhar com os controlos até ter o produto final desejado. De seguida, basta gerar o código. Quando ele aparecer, só tem de o copiar e colar nas suas páginas Web. Se quiser usar como ponto de partida o modelo pré-concebido de um site, fica também desde já a saber que pode fazer todo o tipo de ajustes no Kompozer. Existem milhares de modelos de sites online, gratuitos. Deixamos aqui como exemplo três sites: o Open Designs www.opendesigns.org, o Open Web Design (www.openwebdesign.org) e o OSWD (www.oswd.org). Estes três espaços permitem a qualquer pessoa construir um site sem ter preocupações de qualquer ordem. Só tem mesmo de escolher os conteúdos que quer inserir. Se pretender saber mais sobre os prós e os contras da linguagem HTML e CSS, deverá dirigir-se a um site como o W3 Schools (www.w3schoools.com), que oferece um leque bastante alargado de guias e tutoriais muito completos. Existe um outro local que vale a pena visitar. Siga até www.html.net para ter acesso a vários tutoriais divididos em vários capítulos.

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A Internet oferece um sem número de ferramentas que o podem ajudar a construir o site perfeito



SOFTWARE

ENCRIPTE DRIVES USB Use o Rohos Mini Drive para tornar mais segura a informação que transporta em pequenos dispositivos de armazenamento

As drives USB de armazenamento portátil disponibilizam uma forma excelente de transportar ficheiros importantes, sobretudo quando se pretende fazê-lo de uma forma leve ou quando não é possível levar um computador portátil atrás. De facto, uma drive USB pode ser preenchida com documentos pessoais e usada num quiosque de Internet ou no computador de outra pessoa. E se a drive se perder? É um cenário que pode perfeitamente acontecer. Nesse caso, os dados contidos na drive podem ser acedidos por qualquer pessoa que tenha um computador. Ou seja, podem cair nas mãos erradas, dependendo do tipo de

ficheiros que estiverem armazenados na drive. E isso pode levar a consequências desastrosas.

ENCRIPTAÇÃO PORTÁTIL É aqui que entra em acção o Rohos Mini Drive, um programa que pode ajudar, na medida em que pode ser usado para criar uma partição oculta e encriptada com até 1 GB de capacidade, e que apenas pode ser acedida por um utilizador que tenha em sua posse a senha correspondente. Apesar de o Rohos Mini Drive requerer a instalação num computador para que possa ser criada a partição escondida e aplicada a encriptação, pode ser usado como

PROTEJA A INFORMAÇÃO COM O ROHOS MINI DRIVE

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Descarregue uma cópia do Rohos Mini Drive a partir de www.rohos.com/free-encription. Clique no link Download, seguido da opção Download Now. Faça duplo clique no ficheiro descarregado para o PC e complete o processo de configuração.

Inicie o programa através do atalho no Ambiente de Trabalho. Clique no link chamado Setup USB Key e insira a sua drive USB. Se a drive for detectada como errada, clique no primeiro dos links identificados como Change e seleccione a drive pretendida antes de premir OK.

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Uma partição oculta será criada automaticamente. Poderá personalizá-la, bastando para isso que clique no segundo link em Change. Use as opções para escolher a letra a atribuir à drive, o tamanho da partição até um máximo de 1 GB, o sistema de ficheiros e o tipo de encriptação. Faça OK.

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Volte à caixa de diálogo Setup USB Key e introduza e confirme uma senha que deverá ser usada para tornar a partição oculta segura. Para uma maior facilidade de acesso, poderá criar um atalho no ambiente de trabalho antes de clicar em Create Disk para completar o processo.


uma aplicação portátil. Os ficheiros necessários são automaticamente copiados para a drive USB, permitindo que os ficheiros encriptados possam ser acedidos a partir de qualquer computador, independentemente de o software estar ou não instalado. Se alguém encontrar a drive USB, o único conteúdo visível será a versão portátil do Rohos Mini Drive – não haverá qualquer indicação de que a drive possa conter outros dados, se bem que qualquer espaço que sobre possa ser usado para guardar os ficheiros encriptados. Trata-se simplesmente de uma ferramenta de encriptação de utilização simples que torna a segurança mais elevada.

UMA DRIVE USB PODE SER PREENCHIDA COM DOCUMENTOS PESSOAIS E USADA NUM QUIOSQUE DE INTERNET

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Haverá uma pequena espera enquanto a partição é criada e encriptada. Clique em OK e a partição poderá ser então acedida através do atalho no desktop, caso este tenha sido criado, ou através de um simples clique no ícone disponível na área de notificação do sistema, escolhendo depois Explore.

Quando optar pelo método anterior, a partição encriptada poderá ser usada normalmente. Ela irá aparecer no Meu Computador na forma habitual. Para encriptar conteúdos, clique no botão direito do rato sobre o ícone na área de notificação do sistema e escolha Disconnect.

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Para aceder à partição no seu PC principal, insira a drive USB e depois faça duplo clique no atalho disponível no ambiente de trabalho, ou então clique no botão direito do rato sobre o ícone na área de notificação do sistema. Escolha Connect Disk ou então use a janela principal do programa antes de introduzir a senha.

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Para usar a drive USB num PC sem o Rohos Mini Drive instalado, abra a drive e faça duplo clique no ficheiro Rohosmini.exe e forneça a senha. Para proteger conteúdos, clique no botão direito do rato sobre o ícone na área de notificação do sistema e seleccione Disconnect.

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SOFTWARE

REACTIVE O WINDOWS VISTA Instale o Vista como uma trial na sua máquina e continue a utilizá-lo para lá do período de 30 dias de teste

Pode recorrer ao reset para prolongar a fase de teste do V ista até 120 dias

Tendo em consideração que a Microsoft vive no medo diário de que as pessoas roubem os sistemas operativos que a empresa produz, é estranho que o Windows Vista possa ser instalado e utilizado sem ser necessária uma activação imediata. Na verdade, existe um período de 30 dias em que não tem de o fazer e é mesmo possível estender esse prazo. De resto, o leitor pode recorrer ao reset para prolongar esta fase de utilização. Precisa somente de uma cópia legítima do Vista para consegui-lo, pelo que nada neste artigo lhe indica que não deve comprar na mesma o último sistema operativo da Microsoft. No entanto, se utilizar máquinas virtuais ou quiser somente verificar como se comporta o seu sistema com o Windows Vista instalado, esta é uma excelente forma de fazer o teste. Não se esqueça de que pode ainda recorrer ao Windows 7 para este projecto, e deve fazê-lo especialmente se estiver a pensar em utilizar um desktop ou um portátil mais antigo. Aliás, tendo em consideração a forma como as distribuições de Linux (como o Ubuntu) estão a ganhar adeptos, ter uma configuração para testar sistemas operativos é uma boa ideia.

COMO REUTILIZAR O SISTEMA OPERATIVO

01

A forma como pode alargar o período de tempo de teste do Vista depende da altura em que tenta fazê-lo. Acima de tudo, depende do facto de o período de 30 dias ter ou não expirado. Se ainda não findou, é simples fazê-lo. Terá de dar uma vista de olhos à ferramenta de Windows Software Management, ou executar o comando SLMGR (DOS).

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02

Não se esqueça de que terá de executar a command prompt com direitos de administrador de sistema – mantenha premidas as teclas CTRL + Shift antes de carr egar no Enter no comando da tecla Windows + R (depois de escrever cmd.exe). Quando se encontrar na linha de comandos, escreva slmgr –rearm para fazer reset ao período de testes de 30 dias. Pode fazê-lo três vezes, o que significa que terá à sua disposição um período de trial de 120 dias, caso seja necessário.

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Se o período de testes já acabou, o V ista facultará apenas opções básicas, o que implica que não conseguir á aceder à linha de comandos com privilégios de administr ador. Mas existe uma alternativa. Reinicie a máquina e escolha a opção que lhe dá acesso ao sistema com “funcionalidades r eduzidas”. Nestas circunstâncias, o Windows apenas lhe faculta o Internet Explorer 7. Agora escreva file://c: para executar o explorador do Windows. Navegue até c:\Windows\System32 e execute o Taskmgr.exe. A partir desta localização, poderá seleccionar File, New Task. Escreva CMD e execute novamente o comando slmgr – rearm, como foi explicado anteriormente.



SOFTWARE

MELHORE FOTOGRAFIAS COM ERROS Use as ferramentas de transformação do GIMP para corrigir aspectos irritantes nas suas imagens digitais Nos dias do filme de câmara de 35 milímetros poucos eram os desastres fotográficos que podiam ser resolvidos, mesmo na câmara escura. Felizmente, a era digital deu-nos a possibilidade de resolver praticamente qualquer problema relativo a uma imagem, apesar de ser mesmo assim uma tarefa que requer bastante tempo e trabalho, o que acaba muitas vezes por dissuadir os utilizadores de informática de tentar executar este trabalho que, afinal, não é assim tão complicado nem demorado.

O GIMP TEM UM LEQUE DE FERRAMENTAS DE TRANSFORMAÇÃO QUE PERMITE CORRIGIR DISTORÇÕES

Neste tutorial vamos mostrar-lhe como é possível corrigir as fotografias a partir de dois simples truques. No final, verá que vale a pena colocar a sua perícia à prova, mesmo por muito pequena que ela seja.

USE O GIMP Fiel ao seu nome, o GNU Image Manipulation Program – GIMP – tem um leque de ferramentas de transformação que permite corrigir distorções numa imagem, ou até criá-las. Descubra mais sobre o programa em www.gimp.org e aproveite para o instalar no seu PC. Infelizmente, demasiados utilizadores acabam por experimentar resultados pouco satisfatórios que ou são falsos, ou não permitem corrigir totalmente o problema original. Na verdade, os truques que propomos são tão simples quanto isto: não confie apenas nos ajustes manuais. Em vez disso, use os guias do GIMP e as ferramentas de medição para corrigir as imagens na perfeição. Dois dos mais habituais desastres são corrigidos neste tutorial. Se tem uma fotografia que precisa de sofrer o mesmo tipo de tratamento, não perca tempo e ponha mãos à obra.

NIVELE UMA IMAGEM TORTA

01

Pode ir a Tools, Transform Tools, Rotate para realçar a ferramenta de transformação de layer e ajustar assim a imagem a olho. No entanto, se estiver a corrigir um horizonte ou outro tipo de linha plana, escolha a ferramenta de medição e clique e arraste uma linha ao longo da superfície.

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02

A barra de estado ao fundo da imagem mostra o ângulo medido. Basta introduzir o oposto a este ângulo (para obter horizontalidade) e a sua imagem ficará perfeita. Lembre-se de que terá de cortar a imagem pouco depois.


CORRIJA A PERSPECTIVA

01

Os fotógrafos que se especializam em fotos arquitectónicas usam lentes especiais para obter o aspecto correcto. Por contraste, a maior parte das pessoas fotografa num ângulo aberto, o que faz com que todos os elementos verticais convirjam para um único ponto. Não se trata de algo negativo, mas é um aspecto que pode ser corrigido. E não são só as imagens de edifícios que sofrem deste problema; se tirar uma fotografia a qualquer coisa com um ângulo atípico (como um sinal, por exemplo) ou com uma lente aberta, o aspecto final será semelhante.

02

Clique nas réguas de marcação em cada lado da foto para arrastar guias para a imagem principal. Posicione-as num dos cantos dos edifícios (neste caso). Também deverá adicionar guias verticais. Coloque-as em pontos convenientes ao longo do fundo. Também poderá colocar uma guia no topo, mas, se tentar corrigir a imagem na margem superior, poderá não ter o resultado final mais indicado; por isso, coloque apenas uma guia.

03

Seleccione Tools, Transform Tools, Perspective Tool. Clique nos cantos da imagem e arraste-os para fora a partir do topo de modo a que fiquem alinhados com os verticais. É melhor seguir todos os cantos em sequência, pois qualquer ajuste que faça irá alterar os outros. Experimente a ferramenta para ver como ela funciona. Se mantiver três linhas fixas e a de topo aberta, deverá ser possível forçar a imagem a obedecer à forma correcta. Dependendo de quanto tiver de manipular na imagem, poderá precisar de escalar o resultado ligeiramente em baixa para esconder quaisquer áreas que estejam obviamente esticadas.


TEMA DE CAPA

SOFTWARE A CUSTO Quem disse que tem de gastar dinheiro para equipar o seu PC com as principais aplicações? TEXTO JOÃO TRIGO, JOÃO PEDRO FARIA, PEDRO TROIA E SUSANA ESTEVES ILUSTRAÇÃO HELDER OLIVEIRA

NAS PRÓXIMAS PÁGINAS Instalação de um sistema operativo Linux Utilização de programas de Windows em Linux Use aplicações multimédia gratuitas Tire mais do Firefox Produtividade sem gastar um cêntimo Linux para todos os gostos

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ZERO

INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA OPERATIVO LINUX O Linux é um sistema operativo gratuito que está ao alcance de qualquer pessoa. A PCGuia mostra-lhe como pode começar a usá-lo O Linux é dos poucos sistemas operativos gratuitos que pode usar legalmente na sua máquina. Este sistema é baseado no Unix, um dos primeiros a implementarem o conceito de multitarefa. Na essência ainda está muito ligado ao sistema operativo que lhe deu origem, ou seja, partilha a estrutura base de organização do disco e alguns comandos são similares nos dois sistemas, bem como o sistema de atribuição de permissões aos ficheiros. Devido a estes aspectos, quando apareceu, o Linux era um sistema operativo que estava apenas ao alcance dos utilizadores mais experientes, principalmente devido à necessidade de terem de saber comandos de Unix só para conseguirem levar a cabo uma instalação do sistema e da respectiva interface gráfica. Outro entrave ao sucesso destes sistemas

ESTE SISTEMA É BASEADO NO UNIX, UM DOS PRIMEIROS A IMPLEMENTAREM O CONCEITO DE MULTITAREFA

operativos no mercado doméstico prende-se com a ideia de que os ficheiros que são criados nas aplicações Linux apenas podem ser utilizados neste ambiente. Por fim, a impressão que não há tanto software para Linux como há para Windows também impede os potenciais utilizadores de “darem o salto”.

QUAIS SÃO AS VANTAGENS DE USAR LINUX? Em primeiro lugar, é completamente gratuito. Claro que se quiser o sistema com manual, CD e caixas terá de pagar; mas, se não tiver problemas em fazer downloads da Internet e gravar CD, o sistema fica a custo zero. Em segundo lugar, e ao contrário das várias versões do Windows, que têm


TEMA DE CAPA SOFTWARE A CUSTO ZERO

INSTALAÇÃO DO UBUNTU EM PORTUGUÊS

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Depois de gravado o CD, insira-o na drive e reinicie o computador. Este é o primeiro ecrã a aparecer, em que lhe é perguntado em que língua quer usar o sistema de instalação. Note que pode usar português de Portugal ou do Brasil. Isto acontece porque os brasileiros usam termos diferentes, como “tela” para se referirem aos ecrãs.

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De seguida, aparece este menu de arranque, em que pode usar o Ubuntu em modo “Live” sem instalação, ou instalar o sistema. Escolha “Instalar Ubuntu”.

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Aqui escolhe a disposição de teclado que vai usar. Note que os teclados brasileiros também são um pouco diferentes dos portugueses.

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Este é um dos ecrãs mais importantes do processo de instalação, em que escolhe a alocação do espaço disponível. Neste caso, como estamos a instalar um sistema do zero, vamos usar todo o espaço disponível. Também pode fazer uma divisão manual do espaço.

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No passo seguinte ser-lhe-á perguntado qual é o Login e a Password que quer usar. Este é o login de administração do sistema que é necessário usar, por exemplo, quando instala software ou quando faz actualizações ao sistema. Este login também dá acesso total a todas as funcionalidades do sistema, por isso, se partilhar a máquina com alguém, tenha o cuidado de escolher uma password que não seja fácil de adivinhar por outras pessoas.

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Depois de concluído o processo de recolha de informação, o programa de instalação formata o disco e instala o sistema. Se tiver ligação à Internet, o programa de instalação faz ainda o download de alguns elementos que não estejam presentes no CD ou que estejam desactualizados.

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Após a instalação, o sistema reinicia. Depois, aparece este ecrã em que lhe são pedidos o nome de utilizador e a password que definiu anteriormente para que possa entrar no sistema.

Neste ecrã é-lhe perguntado em que língua quer usar o sistema. Mais uma vez, escolha português.

Só falta mais um passo. Tal como no Windows, o Linux está sempre a ser aperfeiçoado, por isso, a primeira coisa que o novo sistema vai fazer é tentar ligar-se à Internet para se actualizar. Depois de reiniciar mais uma vez, aparece-nos o desktop base do Ubuntu que não é assim tão diferente do Windows. O menu está no canto superior esquerdo e o equivalente à área de notificação no canto superior direito. É só começar a explorar.


um tempo de vida maior, o Linux está sempre a evoluir e a serem adicionadas novas funcionalidades. Em terceiro lugar, é um sistema muito mais leve, que pode ser executado em computadores mais antigos ou menos potentes. Não é por acaso que muitos dos netbooks disponíveis no mercado vêm de série com Linux.

PARA QUE POSSA INSTALAR O LINUX, TERÁ DE DESCARREGAR A IMAGEM A PARTIR DA INTERNET E DEPOIS GRAVÁ-LA PARA UM CD

E AS DESVANTAGENS? Às vezes, o Linux pode ser um bocado denso para quem não tem muita experiência, isto porque certos problemas que podem surgir têm de ser resolvidos através da utilização da linha de comandos. Nesta parte do artigo de capa demonstramos que a instalação de um sistema operativo gratuito não é nenhum bicho-de-sete-cabeças e que qualquer um que já tenha instalado o Windows alguma vez consegue instalar Linux e pô-lo a funcionar em alguns minutos. Mais à frente falaremos também no modo de pôr aplicações Windows a funcionar no Linux através de um programa de emulação. As distribuições de Linux existem, normalmente, em duas versões: as de instalação, em que, tal como com o Windows, tem de seguir os vários passos de instalação para conseguir usá-lo, e as versões Live, que podem ser usadas sem se instalarem, e que são ideais para experimentar os vários sistemas sem fazer qualquer tipo de alteração ao seu computador, no entanto, são mais limitadas. Os CD com Linux podem ser descarregados

gratuitamente da Internet. Normalmente, vêm sob a forma de imagens ISO. Os ficheiros ISO chamam-se imagens porque contêm todos os dados que estão num CD ou DVD e possibilitam a criação de cópias integrais desses suportes. Para que possa instalar o Linux, terá de descarregar a imagem a partir da Internet e depois gravá-la para um CD usando um programa apropriado, como o Nero Burning Rom (comercial) ou o ISOBurn (freeware). Depois de gravado o CD, está na hora de iniciar o processo de instalação. Neste exemplo usamos o popular Ubuntu, que pode encontrar em www.ubuntu.com em versões para sistemas de 32 e 64 bit. Se tiver um computador moderno, com 2 ou 3 anos, pode usar a versão de 64 bit. Mas estas instruções podem ser usadas com praticamente todas as outras distribuições de Linux.

SISTEMAS DUAL BOOT Se já tiver um computador com Windows, pode criar um sistema denominado Dual Boot (arranque duplo). Neste caso, quando o sistema arranca, é-lhe mostrado um menu que permite escolher o sistema que quer usar. Se o não fizer, ao fim de algum tempo, o programa escolhe por si o sistema operativo, e este fica definido por defeito. A configuração deste sistema é completamente automática; permite-lhe dividir um disco existente ou usar um segundo disco para o Linux.

PROCESSO DE INSTALAÇÃO DUAL BOOT

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A instalação inicia-se da mesma forma. Arranque o sistema com o CD do Ubuntu na drive e escolha Instalar. Quando chega à janela do programa de particionamento do disco é mostrada a forma como estava o sistema antes e depois de particionado. Normalmente, as configurações automáticas funcionam bem, mas, se quiser, pode fazer a alocação do espaço manualmente.

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Depois de clicar em Avançar, o sistema vai arranjar espaço livre no disco para criar a partição do Linux. Este processo pode demorar alguns minutos dependendo da fragmentação do disco.

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Depois de concluído o processo de instalação e reiniciada a máquina, aparece este menu. Por defeito, o Linux é o sistema preferido, mas, se pretender, pode alterar esta configuração no ambiente gráfico do Linux.

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TEMA DE CAPA SOFTWARE A CUSTO ZERO

UTILIZAÇÃO DE PROGRAMAS DE WINDOWS EM LINUX Se precisar mesmo de usar programas do Windows, siga estes conselhos Como foi mencionado anteriormente, um dos grandes entraves à massificação do Linux, para além da aparente complexidade deste sistema operativo, é o facto de existirem menos aplicações ou, por outra, não existirem as aplicações que um utilizador de Windows está habituado a usar, como, por exemplo, jogos. Para resolver o problema da execução de software Windows, foi criado o Wine (www.winehq.com). Este sistema emula as funcionalidades base do Windows de forma a permitir a execução de programas. Neste momento, o Wine suporta a execução de mais de 12 000 programas Windows, entre os quais, os muito populares World of Warcraft, EVE Online ou Photoshop. No Windows, quando precisa de instalar software, pode fazê-lo de duas formas: através de suportes como CD e DVD ou descarregando os ficheiros de instalação a partir da Internet. No Linux, para além destas duas formas, existem também os repositórios de software. Estes arquivos online de software podem ser acedidos directamente a partir do sistema operativo e são mantidos pela comunidade e pela entidade que criou o sistema operativo. A forma mais simples de instalar o Wine é através do repositório próprio do programa. Faz-se do seguinte modo (estas instruções são para o Ubuntu, mas

podem ser reproduzidas nas outras distribuições de Linux com muito poucas alterações): Arranque com o sistema Linux. Certifique-se de que está ligado à Internet. Aceda ao menu Sistema, Administração, Fontes de Software. Aparecerá uma janela; clique no separador Software de Terceiros e depois no botão +Adicionar. Aparecerá outra janela por cima desta; no campo, escreva um destes endereços (dependendo da sua versão do Linux): Ubuntu Jaunty (9.04): deb http://wine. budgetdedicated.com/apt jaunty main #WineHQ Ubuntu 9.04 “Jaunty Jackalope” Ubuntu Intrepid (8.10): deb http://wine. budgetdedicated.com/apt intrepid main #WineHQ - Ubuntu 8.10 “Intrepid Ibex” Ubuntu Hardy (8.04): deb http://wine. budgetdedicated.com/apt hardy main #WineHQ Ubuntu 8.04 “Hardy Heron” Depois, clique em +Adicionar. A janela fecha. A seguir terá que indicar ao sistema que pode descarregar software deste repositório. Descarregue este ficheiro usando o browser: http://wine. budgetdedicated.com/apt/Scott%20Ritchie.gpg e grave-o no desktop. Na janela Fontes de Software, clique no separador Autenticação e em Importar Chave. Escolha o ficheiro que acabou de descarregar. A janela fica com o aspecto que se vê na imagem. Pode fechar a janela. Para proceder à

instalação do programa, vá ao menu Aplicações e depois escolha Adicionar/Remover. Para que não tenha de andar à procura, pode escrever Wine na caixa de busca, no canto superior esquerdo. Quando aparecer a indicação do Wine é só clicar no quadrado para pôr um visto e depois clicar no botão Aplicar para descarregar e instalar o programa. O Wine é o que geralmente se denomina por “camada de compatibilidade”, a qual se interpõe entre o programa a executar e o sistema operativo. Este sistema é muito versátil e permite “enganar” o programa, fazendo-o “pensar” que está a funcionar numa qualquer versão do Windows que começa na versão 2.0 e vai até ao Vista. Se um determinado programa não funcionar, pode ir ao site do Wine procurar perfis que permitem afinar o programa para que este seja compatível com o software que quer correr. Para automatizar um pouco as coisas decidmos usar um programa que age como sistema de configuração do Wine e que se chama PlayOnLinux. Este programa permite-lhe configurar automaticamente o Wine para um grande número de programas Windows e também trata da respectiva instalação. Pode encontrá-lo em http://www.playonlinux.com/en/ em conjunto com todas as instruções de instalação.

INSTALAR E EXECUTAR UM JOGO WINDOWS NO LINUX

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Depois de instalado o PlayonLinux, é-nos apresentada uma janela em branco, visto ainda não termos instalado nenhum programa de PC. Para começar, clicamos no botão +Install. Aparece uma nova janela em que podemos escolher um programa das categorias à esquerda ou clicar no link em baixo para instalar um programa que não esteja na lista. Se usar os programas da lista tem a garantia de que funcionam com poucos ou nenhuns problemas.

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Neste exemplo vamos instalar o Steam. Trata-se de um programa que está ligado a uma loja de jogos online. Clique em Games; a lista central é povoada pelos jogos que o sistema conhece e está ordenada por ordem alfabética. Desça até encontrar o Steam. Clique no botão Apply.

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Depois, o programa inicia o processo de instalação do programa escolhido. Este processo é exactamente igual ao do Windows. No final, é criado um ícone no desktop que permite aceder directamente ao programa.



TEMA DE CAPA SOFTWARE A CUSTO ZERO

USE APLICAÇÕES MULTIMÉDIA GRATUITAS Recorra ao software gratuito para editar imagens, produzir apresentações, criar vídeos, editar clips e muito mais

Pode criar facilmente apresentações com o MemoriesOnTV

Está farto de ter imagens clonadas no seu disco rígido? Então instale o VisiPics 1.3

Apesar de ter uma importância vital enquanto plataforma para um funcionamento estável de qualquer computador, o sistema operativo por si só de pouco vale sem aplicações que o complementem e dêem razão de ser. No caso da vertente multimédia, o Windows inclui já alguns utilitários que podem ser utilizados para editar imagem ou fazer vídeo, como são os casos do Paint ou do Windows Movie Maker. Mas porque isso pode ser pouco, nada como ir à Internet procurar por alternativas gratuitas simples de usar para os mais diversos fins. Foi o que a PCGuia fez. Melhor ainda; a maior parte dos programas pode ser instalada em português, ainda que nem sempre seja no de Camões – o que pouca diferença faz, agora que o acordo ortográfico se prepara para se instalar definitivamente na nossa forma de escrever.

EDIÇÃO E PARTILHA DE IMAGENS É certamente uma das áreas mais exploradas num computador. Qualquer pessoa lida com imagem digital, sejam as fotos que se tiram através da própria máquina fotográfica, sejam as imagens que se recebem por e-mail ou via sites de partilha. Felizmente, são também várias e boas as soluções. Dois nomes de programas que se destacam nesta matéria são o The Gimp (que significa GNU Image Manipulation Program) e o Google Picasa. O primeiro é um software desenvolvido em código aberto para várias plataformas, tendo sido 70 | PCGUIA

projectado inicialmente em 1995 por Spencer Kimball e Peter Mattis como uma alternativa ao Photoshop. Hoje é desenvolvido por uma equipa de voluntários que funcionam em comunidade, tendo as sucessivas versões que vão sendo disponibilizadas correcções aos bugs entretanto diagnosticados. No entanto, não deixa de ser um programa de edição de imagem poderoso que pode ser usado não só por amadores para criar e editar imagens, como também por profissionais para aplicar efeitos avançados ou editar trabalhos gráficos. Quanto ao Picasa, permite organizar automaticamente toda uma colecção de imagens digitais estática ou dinâmica, sendo compatível com ficheiros JPEG, GIF, BMP, PSD e de vídeo. Aliás, é capaz de detectar uma câmara ligada por USB e capturar os ficheiros que se encontrem em memória para álbuns organizados. As ferramentas incluem os habituais correctores de efeito de olho vermelho e de nível cromático, bem como as funções mais básicas, como cortar e colar, ou mais avançadas, como fazer retoques nas imagens ou criar apresentações por cima de músicas em MP3 ou partilhar imagens via e-mail ou chat. Também permite a criação de cópias de segurança. Na versão 3 melhoraram-se questões como os efeitos de colagem e a sincronização online, tendo ainda sido incluído um editor de vídeos. Expressamente dedicado à partilha de conteúdos, o Memeo Share permite evitar o envio de imagens e vídeos por e-mail, possibilitando fazê-lo através de


O VSO Image Resizer é um programa grátis, pequeno em tamanho mas enorme em utilidade Com o Memeo Share, partilhar imagens de forma segura nunca foi tão fácil

um simples arrastar e largar. O programa permite fazer a partilha com protecção de modo a que só veja as imagens quem estiver habilitado para o fazer e, melhor de tudo, não é preciso comprimir ou diminuir o tamanho dos ficheiros de imagem. O Memeo Share integra-se em várias plataformas, tais como PC, Mac, iPhone, Smartphone e até Facebook.

OPTIMIZAÇÃO E ANTICLONAGEM A questão da partilha de fotos online pode tornar-se num problema. Apesar de as ligações à Internet permitirem taxas de upload cada vez maiores, não é fácil ter uma série de 50 fotos com dois ou três megabytes cada para enviar do PC para o servidor. Uma solução passa por encontrar programas que permitam comprimir as imagens sem perda de qualidade. É o que faz o VSO Image Resizer. São pouco mais de 6 MB que dão acesso a um enorme rol de funcionalidades, sendo ideal para quem precisa de trabalhar rapidamente com as imagens digitais em disco, no sentido de redimensioná-las, comprimi-las, copiá-las, importá-las ou organizá-las. A interface é bastante simples mas funcional q.b. e o efeito final é do mais prático e directo que pode haver em informática. Mais vocacionado para a optimização das imagens, o Ashampoo Photo Optimizer Free permite, tal como o nome indica, limpar os erros gravados nas fotos digitais, resultantes quer da inexperiência do utilizador, quer da interferência de elementos naturais, como o excesso de luz (ou a falta dela), que podem facilmente estragar uma fotografia. Ou seja, qualquer pessoa que tenha uma máquina fotográfica digital deve ter este programa instalado no PC e submeter as imagens tiradas ao olhar examinador deste precioso e eficaz software. Quem tem uma máquina fotográfica digital também sabe o quanto fácil é encher cartões e

cartões de memória com imagens, que depois acabam por encher o(s) disco(s) rígido(s) do PC. E muitas vezes sem necessidade – quantas fotos semelhantes não terá guardadas no seu disco? A solução é instalar um software como o VisiPics. Este download, que nem 2 MB de espaço em disco ocupa, permite-lhe varrer os suportes de memória em busca de ficheiros de imagem duplicados ou idênticos de modo a poder seleccionar os ficheiros excedentes ou as imagens sem qualidade, libertando espaço em disco (e guardar mais imagens). Apesar de ser um programa pequeno, usa critérios de busca avançados, como nome, tipo ou espaço ocupado em

disco, e faz uso do sistema de Hyperthreading ou de todos os núcleos de um processador nos casos em que seja possível fazê-lo.

PARA A FAMÍLIA E AMIGOS Nada melhor do que criar apresentações para mostrar aos mais próximos os momentos especiais em família e amigos, como são as férias, os aniversários ou momentos únicos, como são os primeiros passos de um filho. O MemoriesOnTV tem as características necessárias para esse fim, permitindo construir slideshows a partir de imagens ou vídeos e usando um gravador próprio para passar

DÊ MAIS VIDA AO DESKTOP Está farto do seu estático e chato ambiente de trabalho? Então vá buscar o Roxio MediaTicker, um pequeno utilitário que vai dar mais cor e alegria ao seu desktop. Na prática, trata-se de uma barra de navegação horizontal que se instala no fundo do seu ambiente de trabalho (apesar de poder ser disposta de outras duas formas) e que permite ir passando não só as imagens que tem armazenadas no PC, como também os feeds noticiosos que vai recebendo pelos canais informativos RSS. Para abrir um determinado conteúdo, é só passar o rato sobre o respectivo rectângulo e clicar. No fundo, o Roxio MediaTicker é uma ferramenta de gestão e administração multimédia, que será certamente muito bem-vinda ao seu PC para se manter actualizado sobre as mais recentes notícias do mundo e imagens no seu computador.

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VÍDEO DE VÁRIOS FORMATOS

É MUITO IRRITANTE TER UM FICHEIRO DE VÍDEO PARA VER E NÃO TER UM LEITOR COM O CODEC NECESSÁRIO PARA O INTERPRETAR SIGA O LINK Consulte estes endereços para descarregar todo o software de que lhe falámos neste artigo. The Gimp http://www.gimp.org/downloads/ Google Picasa http://picasa.google.pt/ Memeo Share www.memeo.com/memeoshare.php VSO Image Optimizer http://vso-image-resizer.en.softonic.com/ Ashampoo Photo Optmizer Free http://www2.ashampoo.com/webcache/html/1/ product_2_0057___USD.htm VisiPics http://download.cnet.com/VisiPics/3000-2193_4-10424234. html?tag=mncol;pop MemoriesOnTV http://www.codejam.com/download.htm Collage Maker http://download.cnet.com/Collage-Maker/300012511_4-10073063.html?tag=mncol;pop&cdlPid=11018573 GOM Media Player www.gomlab.com/eng/GMP_download.html FLV Player http://applian.com/flvplayer/download_flv_player.php Avidemux http://fixounet.free.fr/avidemux/download.html DebugMode Wax http://www.debugmode.com/wax/download.php Roxio MediaTicker http://download.cnet.com/Roxio-MediaTick er/3000-2193_4-10584210.html?tag=mncol

Instale o Movies Extractor Scout Lite 3 e extraia filmes e jogos Flash de modo a poder voltar a abri-los mais tarde sem usar o browser

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o resultado final para DVD, Flash, AVI ou MPEG. Apesar de esta versão ter alguns limites, nomeadamente no que se refere aos menus, possui excelentes efeitos de transição, destacando-se os multiangulares. Durante a instalação deverá ter em atenção a versão escolhida – ao não colocar qualquer número de série estará a optar pela versão Demo, que permite experimentar livremente. Na página de download deverá descer um pouco mais abaixo do respectivo link e procurar o ficheiro DLL com o Language Pack em português. Um tipo de imagem que costuma resultar muito bem é a colagem de fotos. Para fazer uma colagem não é preciso tirar todas as fotografias nas mesmas condições – basta usar um programa como o Collage Maker para preencher o ecrã com várias fotos de diversos feitios e formatos, como se de um painel de parede se tratasse. Inclui 300 ornamentações para imagens, 200 texturas, imagens de fundo e máscaras, bem como efeitos de cor gradiente e edição de texto.

É muito irritante ter um ficheiro de vídeo para ver e não ter um leitor com o codec necessário para o interpretar, reproduzindo-se apenas o som. O entanto, o GOM Media Player resolve em grande parte esse problema, sendo um leitor que inclui de raiz suporte para os formatos mais populares, nomeadamente AVI, DAT, MPEG, DivX, XviD, WMV, ASF e MOV e ainda FLV1, AC3, OGG, MP4 e H264. Mas este programa vai mais além. Quantas vezes não tentou abrir um ficheiro de vídeo AVI e acabou por não conseguir passar de certo ponto porque os dados estavam danificados? O que o GOM Media Player faz é passar à frente desses blocos de dados, evitando-se assim a paragem, apesar dos cortes. Também permite reproduzir ficheiros trancados ou cujo download se encontre numa fase parcial. Suporta ainda drag and drop, streaming por HTTP, legendas e outras funcionalidades mais avançadas habitualmente presentes nos programas de instalação e configuração de codecs, que no entanto recomendamos que fiquem tal como estão após a instalação. A mais recente versão inclui também suporte melhorado para descodificação áudio Vorbis. Outra questão que muitas vezes nos irrita é não conseguir guardar para o disco aquele filme em Flash que queríamos mostrar mais tarde ou então um ou outro jogo neste popular formato, daqueles para passar o tempo. Uma opção é ir ao YouTube, ao Google Vídeo através de um qualquer browser e marcar os respectivos URL no índice dos Favoritos. A outra é instalar um programa como o Movies Extractor Scout Lite 3, um utilitário freeware que permite não só extrair esses vídeos e jogos da


O Avidemux é provavelmente o editor de vídeo gratuito mais completo e simples de utilizar

Internet como reproduzi-los mais tarde. É compatível com os formatos SWF, EXE, FLV e Shockwave, e permite inclusive a criação de screenshots, capturando frames isoladas a partir de um filme transformando-as em imagens BMP. A interface é excelente e a única crítica vai para a integração com o sistema de cache do browser, pois, quando esta é limpa, os ficheiros de Internet e de Flash são eliminados, o que impossibilita que os jogos e os filmes voltem a ser reproduzidos, tendo de ser novamente extraídos. Ainda no que concerne aos filmes Flash, qualquer utilizador precisará apenas de um browser e do plugin da Macromedia para os abrir. No entanto, esta combinação disponibiliza apenas um leque de funcionalidades básico, pelo que quem quiser ter um maior controlo sobre a reprodução deste género de ficheiros terá de optar pela instalação de um programa dedicado. Uma boa hipótese é o FLV Player, uma sugestão que convence pelos seus controlos simples que permitem, por exemplo, avançar ou recuar num filme em Flash FLV ou H.264 (MPEG-4). Igualmente importante é conseguir editar vídeo, o que envolve tarefas como cortar, colar, filtrar ou codificar. Suportando diversos formatos de ficheiros, incluindo AVI, MPEG (compatível com DVD), MP4 e ASF, o Avidemux é um programa totalmente gratuito que vem trazer algo de novo a este mundo. Desenvolvido em código aberto, apresenta uma série de ferramentas que facilitam e simplificam em muito as várias tarefas, sem contudo comprometer a eficácia. Por exemplo, cortar um trecho de um filme é tão simples quanto seleccionar toda a secção desejada e premir a tecla Eliminar. Para quem gosta de experimentar o papel de editor de vídeo, é certamente uma ferramenta interessante que vai surpreender não só pelas possibilidades como também pela facilidade de utilização. Outro editor de vídeo interessante é o DebugMode Wax, na medida em que permite a criação de efeitos especiais em 2D e 3D profissionais.

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TIRE MAIS DO FIREFOX O browser da Mozilla é uma óptima escolha para a sua máquina. Mas ainda se pode tornar melhor. Explicamos porquê O Firefox é uma excelente opção para uma configuração baseada em software aberto (e mesmo para usar numa máquina com o Windows). Pode encontrar a versão em português no site www. mozilla-europe.org/pt/firefox. Depois de a descarregar e instalar, é possível pedir que os favoritos de outro browser (como o Internet Explorer) sejam importados para o novo navegador. A partir daí, pode começar a visitar os seus sites preferidos. Muito embora falemos muitas vezes do Firefox na PCGuia, resolvemos reunir nesta página algumas dicas para optimizar o browser e para assegurar que os nossos leitores tiram o máximo proveito do que este programa tem para oferecer.

(1) MAIS ESPAÇO NO ECRÃ? Vá a Ver, Barras de Ferramentas, Personalizar e assinale a caixa Utilizar Ícones Pequenos.

(2) PESQUISAS MAIS RÁPIDAS? Se existe um motor de busca que utiliza muito frequentemente (a base de dados da IMDB.com, por exemplo), clique com o botão direito do rato em cima da área de busca e clique em Adicione uma Palavra-Chave para esta Pesquisa. Confira-lhe um nome de atalho simples de memorizar (“actor”, por exemplo) e grave. Quando quiser usar esta busca, escreva na barra de endereço do Firefox “actor e o nome do actor que procura” (sem as aspas) e prima Enter.

(3) ATALHOS DE TECLADO? Para facilitar a sua vida, eis alguns atalhos que lhe irão poupar muitos cliques de rato: ✔ Barra de espaços: descer a página ✔ Shift & B. Espaços: subir a página ✔ Ctrl & F: procura de texto ✔ Ctrl & D: adicionar página aos favoritos ✔ Ctrl & T: novo separador ✔ Ctrl & +: aumentar tamanho de letra ✔ Ctrl & -: diminuir tamanho de letra ✔ Ctrl & W: fechar separador ✔ F5: actualizar página ✔ Alt & Home: ir para homepage

(4) ATALHOS DO RATO? Se utiliza muito o rato, pode recorrer a estas opções para poupar tempo na navegação Web: ✔ Clique no botão do meio: abrir novo separador ✔ Shift & scroll para baixo: página anterior ✔ Shift & scroll para cima: próxima página ✔ Ctrl & scroll para cima: reduz o tamanho da fonte ✔ Ctrl & scroll para baixo: aumenta o tamanho da fonte ✔ Clique no botão do meio em cima do separador: fechar separador

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Pode adicionar uma palavra-chave para pesquisa rápida no Mozilla Firefox

(5) COMPLETAR AUTOMATICAMENTE? Experimente escrever apenas o nome do site que quer visitar na barra de endereço, sem o www ou o domínio (por exemplo: Ferrari). Depois, mantenha a tecla Ctrl premida enquanto carrega em Enter. Repare que o browser completa o link com o .com e o www. Para endereços .net, prima Shift & Enter. Para endereços com o domínio .org, Ctrl, Shift & Enter.

(6) APAGAR ITENS DO HISTÓRICO? O Firefox consegue “lembrar-se” dos links que o leitor já visitou. Assim, se começar a escrever um site já visitado na barra de endereços, ele vai mostrar-lhe as opções com esse nome. Se quiser que determinado endereço deixe de ser mostrado, use o cursor para o assinalar e depois clique em Delete.

(7) INDEXAR UMA PALAVRA A UM MARCADOR? Vá aos seus marcadores (Menu Marcadores) e clique com o botão direito do rato em cima de um deles. Escolha Propriedades. No campo Palavra-chave, defina um termo. Clique em Gravar Mudanças. Agora escreva essa palavra na barra de endereços e veja o que acontece.

(8) MAIS VELOCIDADE? Se tem uma ligação de banda larga e quer optimizar o tempo que o Firefox demora a carregar as páginas, escreva “about:config” na barra de endereço (sem as

aspas). Agora escreva “network.http” no campo de filtros e altere, com o botão direito, “network.http. pipelining” para “true” (em Valor); “network.http. proxy.pipelining” para “true”; “network.http. pipelining.maxrequests” para 30 – permite 30 pedidos simultâneos. Clique com o botão direito em qualquer lado e escolha Novo, Inteiro. Chame-lhe “nglayout.initialpaint.delay” e defina o valor “0”. É o tempo que o browser espera antes de actuar sobre os pedidos que recebe.

(9) LIMITAR O USO DE MEMÓRIA? Se o browser está a consumir muita memória na sua máquina, vá novamente a “about:config”, escreva “browser:cache” e escolha “browser.cache.disk. capacity”. Está definida para 50000, mas pode alterar. Se usar entre 512 MB e 1 GB de RAM, escolha 15000.

(10) REMOVER O BOTÃO DOS SEPARADORES? Por vezes, o leitor quer ir para determinado separador mas clica sem querer no botão de encerramento do separador, certo? E que tal remover este botão? Vá novamente a “about:config”. Edite as preferências da opção “browser.tabs.closeButtons”. Se quiser que o botão desapareça por completo, seleccione o valor 2; prefere que apareça apenas no separador que está a usar? Então, escolha 0. Para voltar a ver os botões de encerramento em todos os separadores, clique em 1.


PRODUTIVIDADE SEM GASTAR UM CÊNTIMO O Word é apenas a face mais visível da suite Open Office Toda a gente que faz trabalho de produtividade reconhece o mérito da suite Microsoft Office, mas a verdade é que existe uma alternativa gratuita disponível na Internet. No mês passado, abordámos o Open Office na página 66 (temos vindo a fazê-lo frequentemente), mas não se pode falar em equipar uma máquina sem gastar dinheiro não mencionando este pacote, razão pela qual devemos referi-lo no tema de capa. Aquando da redacção deste artigo (início de Abril), a última versão estável em português é a 3.0.1 e pode encontrá-la em http://pt.openoffice.org/download/ download.htm. Se descarregar este ficheiro de 115 MB, vai poder instalar as aplicações que fazem parte da suite de código aberto. O Writer é o editor de texto; o Calc diz respeito a folhas de cálculo; o Impress permite a elaboração de apresentações; o Base lida com bases de dados; o Draw é a ferramenta de desenho; o Math ajuda-o com fórmulas matemáticas. No momento da instalação, o utilizador pode escolher o software que quer instalar na sua máquina. No entanto, existem programas para lidar com as normais tarefas diárias.

O Writer é a face mais visível, uma vez que é o programa mais usado. Precisa apenas de alguns minutos para compreender o funcionamento da aplicação de edição de texto. De resto, a interface de utilização de qualquer um dos programas é intuitiva, e se já utilizou o Microsoft Office, então vai encontrar um ambiente de trabalho familiar. Repare que existe compatibilidade total com as aplicações da Microsoft. Quer isto dizer que pode abrir um documento Word no Writer e gravar um documento de texto no Writer para que os seus amigos que trabalham com o Word o possam abrir sem problemas. De resto, pode verificar esta compatibilidade aquando da gravação, escolhendo o formato do ficheiro. Repare que extensões como .rtf, .doc e .txt são suportadas. Por defeito, a extensão utilizada pelo Writer é .odt, um formato que o Microsoft Word não consegue abrir. Para alterar o formato em que o Writer grava os ficheiros, vá a Ferramentas, Opções, Carregar/Guardar e altere a opção Guardar Sempre Como. Escolha o formato .rtf para evitar problemas de compatibilidade.

GESTOR DE CORREIO ELECTRÓNICO GRATUITO

Este tipo de software faz parte da suite de produtividade, mas quem consegue viver sem e-mail? Existem várias aplicações de gestão de correio electrónico que não implicam a aquisição de software. O Eudora (www.eudora.com/ download/) e o Thunderbird (www.mozillaeurope.org/pt/products/thunderbird/) são apenas duas opções à sua disposição e ambas funcionam muito bem. O Thunderbird serve de gestor de e-mail, de aplicação para receber mensagens RSS e mensagens de grupos de discussão. A criação de contas de utilizador é semelhante ao processo no Outlook e suporta e-mail POP3, pelo que conseguirá, por exemplo, usar a sua conta de correio do Sapo ou Gmail. Veja detalhes sobre a configuração nos ficheiros de ajuda destes serviços. O funcionamento dos programas é intuitivo e semelhante às mais conhecidas aplicações de gestão de correio electrónico.


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LINUX PARA TODOS OS GOSTOS Existem inúmeras distribuições disponíveis, desenhadas para servir as necessidades e conhecimentos dos diferentes tipos de utilizadores Ainda prevalece a ideia de que Linux só há um, e mais nenhum. Na verdade, não é bem isto que acontece. Linux é apenas um kernel, a parte central de um sistema operativo. O que habitualmente vemos instalado nos computadores são distribuições de Linux, sistemas completos que, além de Linux, incluem outros programas comuns, como ambientes gráficos, processadores de texto e outras ferramentas. Há soluções para todos os gostos, desde as mais simples de trabalhar que apostam fortemente nos elementos gráficos, às mais complexas, desenhadas para os utilizadores que percebem um pouco deste assunto. No global, há registo de mais de 300 distribuições activamente mantidas pelo mercado, no entanto, apenas 20 a 25 são bem conhecidas. Um dos pontos fortes de algumas destas distribuições é o facto de estarem disponíveis em Live CD, a melhor forma de testar se gosta ou não do que uma determinada distribuição tem para oferecer, isto porque não há compromisso. Com um Live CD, o utilizador anda literalmente com o sistema operativo atrás de si. Nada é instalado na máquina quando está a correr o sistema a partir de um Live CD. Eis alguns dos principais produtos disponíveis.

Windows Vista. O Vixta tem uma versão exclusivamente em português.

CAIXA MÁGICA – WWW.CAIXAMAGICA.PT

FEDORA – HTTP://FEDORAPROJECT.ORG/

O Linux Caixa Mágica é a distribuição de Linux portuguesa mais falada no nosso país, sobretudo agora, que está relacionada com os computadores Magalhães. Apesar de algumas versões do Linux Caixa Mágica estarem disponíveis para download, outras podem ser adquiridas, como é o caso da Caixa Mágica 12 Pro, que faculta, para além do software, manuais, descontos em formação, suporte técnico telefónico e por email. Existem duas versões para 32 e 64 bits. A nova versão, Caixa Mágica 14, sai em Maio.

Fedora é a versão que a Red Hat criou para o mercado residencial. Até pode ser considerada uma das mais complexas, mas a verdade é que é muito fácil de usar e de instalar, e traz uma lista de software muito completa. A versão mais recente, a 10, inclui uma série de melhoramentos, como um ambiente de arranque muito mais rápido, uma optimização do PackageKit, para actualização e instalação de programas, novas ferramentas de virtualização, entre outros.

ALINEX – WWW.ALINEX.ORG

OUTRAS DISTRIBUIÇÕES Mandriva – www.mandriva.com Slax – www.slax.org Slackware – www.slackware.com Gentoo – www.gentoo.org Arco Linux – www.archlinux.org Damn Small Linux – www.damnsmalllinux.org Puppy Linux – www.puppylinux.org/

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O Alinex foi desenvolvido na Universidade de Évora, no seguimento de uma parceria feita com a Junta da Estremadura Espanhola. É um sistema operativo que aparece especialmente orientado para utilizadores portugueses. Oferece uma instalação acessível, com o software necessário para uso individual ou profissional. Pode ser utilizado em desktops, portáteis, servidores, PDA, quiosques, POS, entre outros. A versão 2.2 inclui todas as características finais da distribuição: manuais em português, software Office e ambiente gráfico Gnome.

VIXTA – HTTP://VIXTA.SOURCEFORGE.NET/ O Vixta é uma distribuição de GNU/Linux, baseada no Fedora, com uma interface muito semelhante à do

UBUNTU – WWW.UBUNTU.COM Arriscamos dizer que é aquela que reúne uma das maiores comunidades de fãs e utilizadores, ou não fosse a distribuição que mais se aproxima das “massas”. Aposta fortemente na interface e na simplicidade de uso. Mesmo os mais habituados ao Windows conseguirão, sem problemas, trabalhar com este sistema O sucesso está tão comprovado que existem actualmente inúmeras versões ou variantes que têm por base o Ubuntu, como é o caso do Ubuntu (Gnome), o Kubuntu (KDE) e o Xubuntu (XFCE). A próxima versão é a 9.04.

DEBIAN – WWW.DEBIAN.ORG O Debian é um sistema operativo livre, que usa kernel, Linux, e GNU. O Debian é especialmente conhecido pelo sistema de gestão de pacotes, chamado APT, que permite actualizações e instalações de novos pacotes quase sem esforço, e remoções limpas dos pacotes antigos. O projecto Debian é mantido por doações através de uma organização sem fins lucrativos.

OPENSUSE – WWW.OPENSUSE.ORG O OpenSUSE é uma distribuição do sistema Linux, desenvolvida pelo projecto comunitário openSUSE, que está actualmente sob a asa da Novell. Extremamente acessível, esta solução traz consigo tudo o que o utilizador precisa para navegar na Internet, gerir os seus e-mails e fotos, trabalhar (ferramentas de produtividade), reproduzir vídeos ou músicas, entre outros. A versão actual é a 11.1.

KNOPPIX – WWW.KNOPPIX.ORG/ Trata-se de uma distribuição disponibilizada na forma de um Live CD. Ou seja, o utilizador consegue correr o sistema directamente a partir do CD, sem ter de instalar nada. Aliás, nem necessita de disco, uma vez que o Knoppix não altera os dados armazenados. É uma distribuição leve que oferece um conjunto de aplicações muito completas.



SOFTWARE

EDITE TODOS OS SEUS VÍDEOS SEM COMPLICAÇÕES Não lhe prometemos o Oscar de melhor realizador, mas garantimos que a montagem dos seus vídeos, além de mais fácil, passará a ter um toque profissional SUSANA ESTEVES

Se é detentor de uma câmara de filmar, ou de uma máquina fotográfica digital, com capacidade para gravar vídeos, apostamos que tem em sua casa uma série de pequenos vídeos, que imortalizam pequenos grandes momentos da sua vida, provavelmente, identificados (ou não), mas quase todos por editar. De facto, editar vídeos pode ser algo complicado para quem não costuma trabalhar muito com tecnologias, apesar de hoje em dia já existirem programas que ajudam a juntar algumas pontas soltas. Mas, é apenas isso que pretende fazer aos seus vídeos? Colar algumas partes para que em vez de 40 pequenos ficheiros do aniversário do seu filho, existam apenas dois ou três, com cenas mais ou menos dispostas de forma cronológica? Pode fazer tudo isso e ainda criar pequenos filmes de qualidade, com efeitos, música e esquemas de passagem de imagens bem feitos. Uma das aplicações do pacote de software que equipa os computadores portáteis Vaio, da Sony, promete ajudá-lo bastante nesta tarefa. Temos de admitir que partimos para este projecto com alguma curiosidade, mas também muito cepticismo. O que não falta hoje na Net são pequenos programas que prometem ajudar os utilizadores a montar os seus

TOQUES DE MESTRE Se o resultado final não lhe encher as medidas, pode ainda efectuar alguns ajustes mais específicos. Assim que carregar em Start, o programa irá começar a montar os seus vídeos, segundo as escolhas que efectuou anteriormente. Irá abrir-se uma janela, na qual poderá visualizar o filme que acabou de criar e efectuar algumas alterações de última hora. Clique no botão Tweak Movie para abrir uma janela com um conjunto de opções que lhe permitem, entre outras coisas, seleccionar fragmentos específicos do vídeo e destacar algumas cenas em detrimento de outras. Seleccione a sequência que pretende e clique em Adjust Scene. Escolha o segmento que quer incluir no seu filme, usando o slider. Active a caixa Only play the selected segment, se pretender incluir só a parcela escolhida, eliminando as restantes. Faça a pré-visualização da sua escolha antes de clicar em OK. A opção Enter Comments permite incluir notas em cenas específicas. Pode escrever o texto que pretende, o tipo de letra que quer usar, a cor e a dimensão. A ordem das cenas pode ser alterada. Basta clicar numa delas e arrastá-la até ao local pretendido. Pode também alterar o conteúdo do seu filme. Escolha Change Content, exclua a cena que quer eliminar e arraste aquela que pretende incluir. Se não gostou, de todo, do resultado final, pode simplesmente carregar em Recreate para iniciar novamente todo o processo.

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vídeos caseiros, e, apesar de alguns deles serem interessantes, a maioria permite apenas meia dúzia de operações básicas, que assentam essencialmente no corta e cola. As ajudas que o utilizador tem não são muitas e o resultado final, por vezes, acaba por ser um filme fatiado, com uma banda sonora totalmente dessincronizada com a história. O Vaio Movie Story não é bem assim. O que este programa promove é a capacidade de produzir filmes domésticos e apresentações profissionais, em três passos simples, dando ao utilizador um resultado final digno de qualquer software de edição de vídeo. Tudo isto nos parece bem, mas é apenas o que diz “na caixa”. O que nos interessa é como é que ele se comporta no terreno. Foi por isso que pusemos mãos à obra. Tínhamos alguns pequenos filmes rotineiros e com eles propusemo-nos a criar uma obra não digna de qualquer festival da Sétima Arte, mas capaz de deixar a nossa plateia de boca aberta e a olhar para nós como verdadeiros mestres na arte da edição de vídeo.

TRÊS, DOIS, UM, ACÇÃO! O Vaio Movie Story coloca-lhe à frente três passos simples, durante os quais apenas tem de fazer opções relativamente ao curso que pretende dar ao seu filme e carregar nos botões que são colocados à sua frente. Pode seleccionar as cenas que pretende incluir, os títulos, fazer comentários, escolher a música, entre outras coisas. O programa faz o resto por si. Uma das funcionalidades mais interessantes que podemos encontrar nesta solução tem o patrocínio da tecnologia inteligente de detecção de faces, que assegura que as imagens de pessoas são devidamente enquadradas e não há cabeças cortadas. À primeira vista, isto parece nem ser o mais importante, mas acredite quando lhe dizemos que dá muito jeito. Relativamente à banda sonora, uma tecnologia designada por 12 Tone Analisys adapta a imagem ao ritmo da música. Na prática, significa que, sem esforço, o ritmo do seu filme vai estar devidamente ajustado com o da música que corre em fundo. Comece por importar os vídeos. De seguida, seleccione o tema e a banda sonora que pretende. Por fim, clique em Finish. Se não acredita que já está. Siga o nosso passo a passo na página seguinte. Assim que der por terminado todo o processo de edição poderá importar e gravar o produto final facilmente, para DVD, Blu-ray, disco externo ou pen. O VAIO Movie Story pode importar qualquer imagem e uma grande variedade de ficheiros de vídeo, como DVD, BD, AVCHD, HDD-Cam e Cyber-shot. Tudo este processo de edição é bastante rápido, a vários níveis, inclusive o tratamento das imagens. Não nos esqueçamos que estamos aqui ao nível das gravações em alta definição. Terá à sua disposição quatro menus, e uma barra de ferramentas extremamente simples. Não há que enganar.


CRIE UM FILME EM SEIS PASSOS

01

A primeira coisa que tem de fazer é importar os seus ficheiros. Pode fazê-lo directamente a partir da câmara ou seleccionar a pasta onde estes estão alojados. Clique em Add, Import files from Device. A janela vai exibir-lhe todos os ficheiros disponíveis. Seleccione aqueles que pretende usar e carregue em Import

À direita, existem vários modelos que pode seleccionar. Cada um deles inclui um conjunto de esquemas pré-formatados que, quando aplicados ao conjunto de ficheiros que possui, estruturam toda a sequência do seu filme. Como a nossa filmagem era de crianças, escolhemos a secção Children e o modelo Summer Vacation. No entanto, pode seleccionar diversas temáticas, desde casamentos a desporto.

03

Para cada modelo existe já uma faixa pré-seleccionada, que é exibida no menu drop down Track, em cima à direita. Escolha aquela que melhor preenche os seus requisitos. O menu sugere-lhe três faixas recomendadas para o template escolhido, mas ainda assim pode clicar em Select file para escolher outra faixa de música. Neste caso, irá aparecer uma nova janela com uma série de opções disponíveis. Poderá escutar cada uma das faixas antes de as seleccionar. Faça a sua escolha e clique em OK.

04

Clique no botão Advanced para ter acesso a algumas opções de configuração. Irá aparecer a janela Advanced Movie Settings. No separador General poderá escolher se pretende sincronizar o filme com o tempo de duração da faixa, ou especificar um período de tempo. Escolhemos a primeira opção e o formato 16:9. No separador Content poderá especificar se pretende seguir o que os templates incluem, ou efectuar pequenas alterações.

05

06

A barra de ferramentas que se encontra logo acima das miniaturas contém opções relacionadas com os filtros. É aqui que pode estabelecer as suas prioridades. Caras sorridentes, planos com muitas pessoas, ou só com uma pessoa, grandes planos, entre outros. Pode ainda escolher se pretende incluir vídeos com gargalhadas ou com conversação. Faça vários testes e pré-visualize o trabalho final. Basta clicar no botão preview, na barra de ferramentas principal.

02

Quando estiver tudo a seu gosto, clique em Export para gravar o seu filme. Pode seleccionar o formato de ficheiro em que pretende gravar o trabalho final. As opções variam desde o mais vulgar MPEG-2 ao AVC HD ou HDV 1080i. Escolha a qualidade de vídeo, a pasta de destino e faça algumas alterações de última hora relativas ao formato, por exemplo. Basta carregar em Change. No final clique em Start. Os separadores em cima – Disc, File, Device/Media – indicam o suporte final que irá alojar a sua gravação.

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REDES

MOVA OS CONTACTOS DO GOOGLE MAIL O Google Mail armazena os contactos num formato diferente daquele que o Windows suporta. A PCGuia mostra-lhe como convertê-los

Uma das vantagens das aplicações de webmail, como o Google Mail, é que, desde que possa iniciar a sessão, tem acesso ao seu livro de endereços de qualquer lado (se tiver ligação à Internet, claro). No entanto, é também útil ter uma cópia da sua lista de contactos armazenada no seu computador, para as alturas em que não tem acesso à Web, ou se quiser fazer impressões em série, ou outras operações úteis. Isto pode ser um problema, pois o Google armazena os contactos num formato diferente daquele que o Windows suporta. Para poderem ser utilizados como contactos do Windows, precisa de passar por um processo de exportação e importação.

SELECÇÃO DO FORMATO Não leva necessariamente muito tempo, desde que seleccione o formato correcto para exportar as informações dos contactos e verifique se os campos de importação correspondem uns aos outros. O Google propõe três tipos de ficheiro para onde exportar os dados: Google CSV, Outlook CSV e

VCard. CSV quer dizer Comma Separated Values (valores separados por vírgulas). Estes são essencialmente ficheiros de texto que incluem os dados na forma de uma tabela, começando pelos cabeçalhos, cada um separado por vírgulas seguidas dos próprios dados, também separados por vírgulas. O formato VCard é um formato padrão para os cartões de visita electrónicos que inclui informações dos contactos. Apesar desta estandardização, é melhor utilizar o formato CSV e escolher o formato Outlook que o Windows compreende melhor. As outras opções podem funcionar, mas esta é a que dará resultados mais fiáveis. Quando importar o ficheiro CSV guardado, é importante verificar que os campos para o nome, morada, correio electrónico etc. correspondem exactamente. Uma alteração de enquadramento a esta altura pode causar problemas, como ficarem trocados os campos de número de telefone e morada. Uma vez isto verificado, o seu livro de endereços deverá ser transferido com toda a facilidade.

O VCARD É UM FORMATO PADRÃO PARA OS CARTÕES DE VISITA ELECTRÓNICOS QUE INCLUI INFORMAÇÕES DOS CONTACTOS

CONVERTA OS CONTACTOS DO GOOGLE PARA WINDOWS

01

Inicie a sessão na conta do Gmail. Seleccione Contacts e clique em Export. Seleccione o grupo de contactos que deseja exportar ou escolha Everyone.

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02

Escolha Outlook’s CSV format, Export. Guarde o ficheiro. Escolha Iniciar, Todos os programas, Windows Mail, Ficheiro, Contactos do Windows.

03

Seleccione CSV e clique em Importar. Navegue para o ficheiro gravado e clique em Seguinte. Verifique se os campos estão correctamente alinhados e clique em Terminar para importar.



REDES

TRANSFIRA VÍDEOS DO YOUTUBE Saiba como pode usar os sites de partilha de vídeos para conseguir visualizar os seus clipes de vídeo favoritos vezes sem conta

O YouTube pode ser o site que recebe todos os aplausos, mas trata-se apenas de um dos muitos sites de partilha de vídeos que existem. Também o aconselhamos a não levar à letra o conceito de “partilha”, pois esta normalmente só vai até um certo ponto. O visitante é livre de visualizar um determinado vídeo centenas de vezes, se assim o quiser, mas se quiser transferir o ficheiro de vídeo propriamente dito, o caso muda de figura, e já nada é tão fácil. Convenhamos, há certos vídeos que vai querer ver uma e outra vez, pelo que a melhor maneira de fazê-lo é ter esses vídeos no

Guarde os seus vídeos online favoritos usando conversores e utilitários especializados

computador ou noutro dispositivo para não ser um escravo da sua ligação à Internet.

TRANSFERIR VÍDEOS A maioria dos sites de partilha de vídeos não lhe coloca à disposição um botão que lhe permite transferir o ficheiro que pretende. Se pretende colocar um determinado ficheiro de vídeo no seu disco, por exemplo, vai ter de recorrer à ajuda de programa ou de um plug-in do browser que actue como gestor de transferência de vídeos. Em alternativa, pode utilizar um serviço online que realize a conversão através de uma página Web. Um serviço deste tipo apenas exige que o utilizador corte e cole o endereço URL do vídeo que pretende transferir no site em questão. Este será depois prontamente transferido num formato de ficheiro à sua escolha. De facto, o formato de ficheiro que escolhe é um aspecto importante da conversão de um vídeo em streaming para transferência. Deve certificar-se de que obtém o vídeo num formato que possa ser reproduzido no destino final. Digamos que pretende pôr um vídeo no seu telemóvel. Não faz sentido utilizar um serviço que converta vídeos do YouTube para FLV (Flash Video), se este não for suportado pelo seu dispositivo. Antes de proceder a qualquer conversão, verifique se o dispositivo a suporta. De seguida, escolha o programa ou serviço mais indicado. Os guias que fizemos vão mostrar-lhe como transferir vídeos a partir da Internet e de um programa autónomo.

CAPTE E CONVERTA VÍDEOS

01

Vá até www.youtube.com e procure um vídeo que queira guardar. No browser pode ver que o vídeo tem o seu próprio endereço Web. Clique com o botão direito do rato neste endereço e escolha Copiar. Vá até www.mediaconverter.org. Clique em Convert a video or music by URL e cole esse endereço Web. Clique em Next Step e escolha um tipo de ficheiro. Experimente AVI para o PC, MP4 para o iPod ou MPG para um telefone. Clique em Next Step e aguarde. No fim do processo, clique em Download Now e guarde o ficheiro no computador.

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02

Trata-se de um gestor de transferências que pode utilizar para transferir vídeos a partir de sites como o YouTube. Está disponível gratuitamente em www.orbitdownloader.com. Uma vez instalado, verá que é incrivelmente simples de usar. Vá primeiro ao YouTube e procure o URL do vídeo que quer guardar. Em seguida, no Orbit Downloader, clique em New e insira o endereço URL do vídeo. Clique em Browse e, depois de escolher a localização onde pretende guardar o ficheiro, indique um nome para o mesmo em Save as. Clique em OK para começar a transferir o ficheiro para o computador.

03

O Videora, em www.videora.com/en-us/Converter/iPod, é um utilitário gratuito. Permite-lhe converter os seus ficheiros de vídeo existentes para que possa reproduzi-los num iPod. O programa funciona com um conjunto de formatos diferentes, incluindo AVI, MPEG e FLV. Quando corre o Videora pela primeira vez, pode escolher o seu modelo exacto de iPod. Isto garante que a criação dos ficheiros de vídeo emprega a máxima resolução possível para o seu dispositivo específico. Use a opção Downloader App para transferir ficheiros directamente do YouTube.



REDES

PARTILHE A SUA LIGAÇÃO DE REDE Basta ter um computador portátil com suporte wi-fi para conseguir partilhar a sua ligação, sem ter de recorrer a um router

Por regra, todo os ISP (Internet Servisse Providers), como parte integrante do pacote/serviço de instalação da sua ligação à Internet, colocam gratuitamente um router em sua casa. O único problema desta questão é que o router será sempre de uma gama mais baixa (logo, mais básico) e, dependendo dos ISP, pode nem ser wireless. Isto quer dizer, que terá de abrir os cordões à bolsa para adquirir um equipamento novo. Todos sabemos, que um bom router não é exactamente barato, muito menos um com capacidades wireless. Se por acaso for apenas detentor de um desktop e de um computador portátil com acesso wi-fi, será que este investimento vale realmente a pena? É neste contexto que uma ligação à Internet had hoc vem sempre a calhar. Supondo que o seu PC suporta ligações wireless, poderá facilmente partilhar a sua ligação com fios à Net, através deste tipo de rede, com outro dispositivo que tenha em sua casa. Ou seja,

colocando isto por outras palavras, pode configurar a sua máquina para que esta passe a funcionar como um ponto de acesso à rede, capaz de partilhar a ligação à Internet, como se de um router se tratasse.

AD HOC, POR FAVOR Para conseguir dar o pontapé de partida, necessitará de alterar o seu tipo de ligação na janela Propriedades de Ligação de Redes sem Fios, para Rede ad hoc, criando depois um SSID para que o seu ponto de acesso possa “abrir as portas” a dispositivos wireless externos. Neste caso, terá de estar especialmente atento a um detalhe: todos poderão ver o seu ponto de acesso, por isso, certifique-se de que toma as devidas precauções no que à segurança diz respeito, assim que a sua ligação for estabelecida. Recomendamos que active a encriptação da sua rede e introduza apenas IPs autorizados na sua firewall, para que ninguém se aproveite a sua ligação.

CONFIGURE UMA REDE AD HOC

02

01

Em Ligações de rede, clique no botão direito do rato sobre o ícone da sua ligação em rede com fios (Rede local) e escolha Propriedades, Avançadas. Na zona da caixa de diálogo identificada como Partilha do acesso à Internet, active a opção que permite a outros utilizadores ligarem-se à sua máquina para partilharem a ligação à Internet.

Entre nas propriedades da ligação sem fios e, debaixo do separador Redes sem fios, clique no botão Avançadas. Escolha a opção que faz com que o computador procure apenas redes ad hoc computador a computador.

03

04

Não existem redes preferidas nesta área. Para criar uma, clique em Adicionar e designe um SSID para o seu ponto de acesso. Nesta altura, poderá configurar a encriptação, mas devemos aconselhá-lo a deixar tudo como está até ter tudo a funcionar.

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Repita o passo 3 para outros PC e procure o novo ponto de acesso em todas as máquinas, incluindo aquela que estiver a partilhar a ligação. Ligue tudo a essa rede. Uma vez ligado, deverá conseguir navegar na Internet a partir de qualquer um dos PC.



REDES

OPTIMIZE O ROUTER SEM FIOS 802.11N Aumente o alcance do seu router N e crie uma rede Wi-Fi mais rápida e segura

À medida que utilizamos cada vez mais os conteúdos das nossas redes locais e da Internet, a fiabilidade torna-se essencial. Velocidades de ligação baixas, alcance reduzido e até a ocasional interrupção da ligação são todos aspectos frustrantes de uma rede sem fios, mas a norma mais recente, a 802.11n, visa eliminar estes

UMA PARTE IMPORTANTE DOS NOVOS ROUTERS 802.11N DIZ RESPEITO À INTEGRAÇÃO DA TECNOLOGIA WPS

problemas de uma assentada. A tecnologia dos routers sem fios N emprega múltiplas antenas externas para maximizar a velocidade e o alcance do sinal sem fios. Desta

forma, os equipamentos superam significativamente os routers em conformidade com a norma 802.11g, que tem sido utilizada habitualmente desde 2003. As antenas num router sem fios N utilizam o ambiente doméstico ao fazerem ressaltar múltiplos sinais sem fios em paredes e tectos para contornar obstáculos, o que possibilita uma ligação mais desobstruída e mais constante. As velocidades também saem beneficiadas, sendo possível alcançar realisticamente valores entre os 80 e os 115 Mbps.

WI-FI PROTEGIDO Uma parte importante dos novos routers 802.11n diz respeito à integração da tecnologia Wi-Fi Protected Setup (WPS), que torna ainda mais fácil o processo de configuração e protecção. Esta funcionalidade reduz o número de passos necessários para proteger a rede e toma habitualmente a forma de premir fisicamente um botão no router durante alguns segundos, realizando depois o mesmo procedimento num adaptador USB correspondente. É semelhante ao modo como se sincroniza um teclado sem fios, embora não seja 100 por cento infalível. Felizmente, o tradicional utilitário de gestão de rede sem fios para proteger uma rede não foi abandonado com o aparecimento desta nova tecnologia.

PORQUE DEVE INVESTIR NA TECNOLOGIA 802.11N A velocidade de dados potencial da norma 802.11n vai dos 54 Mbps da 802.11g até ao máximo de 600 Mbps, enquanto o equipamento N actual suporta uma velocidade de 300 Mbps, com a utilização de dois fluxos espaciais com uma largura do canal de 40 MHz. Isto traduz-se num débito realista de 100 Mbps. A utilização de três antenas também contribui para melhorar a qualidade do sinal, particularmente nas zonas difíceis. Um router sem fios N emprega transmissores de múltiplas entradas e múltiplas saídas (Multiple Input Multiple Output, ou MIMO) para procurar os meios mais fortes de recepção do sinal. Além de representar o que há de melhor em termos de sinal e velocidades, a norma sem fios N permite-lhe ainda continuar a transmitir com as normas sem fios mais antigas para fins de compatibilidade.

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CONFIGURE A LIGAÇÃO SEM FIOS EM SUA CASA

01

Para um router ADSL, precisa de ligar pelo menos um cabo de rede num computador e um cabo de linha no modem. No caso de um modem/router, a ligação é feita na tomada do telefone. Ligue o dispositivo – a luz de estado indica actividade.

02

Precisa de um adaptador sem fios 802.11n para poder tirar partido de velocidades sem fios N no PC ou portátil. Hoje em dia os adaptadores são USB por uma questão de comodidade. Agora, trata-se apenas de fazer com que o adaptador estabeleça ligação com a sua nova rede.

03

04

A maioria dos routers modernos, em particular os 802.11n, suporta a tecnologia WPS, muitas das vezes por meio de um botão de pressão. Quer isto dizer que tem de premir o botão WPS no router durante alguns segundos e em seguida repetir o procedimento no adaptador USB.

Alguns procedimentos WPS envolvem um sistema de código PIN. No nosso exemplo, temos de saber o código PIN do cliente sem fios e mudá-lo para o modo WPS, preenchendo em seguida o código PIN do cliente sem fios através da interface de configuração do router.

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06

Para aceder ao painel de configuração do router, precisa de escrever 192.168.0.1 na barra de endereço do browser. Procure no router o nome de utilizador e a palavra-passe. Mude o seu nome de rede a partir do nome do fabricante na secção SSID.

Para proteger a sua ligação sem fios, aceda às áreas Security ou Firewall do router e defina as senhas. Não se esqueça de alterar ambas as senhas de acesso tanto ao próprio router como à rede.

PCGUIA

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REDES

GUARDE AS SUAS FOTOS ONLINE Combine o GPhotospace com o Google Mail para ter um espaço de arquivo mais do que suficiente e sem custos Existem vários serviços de hosting que permitem guardar álbuns de imagens, mas a verdade é que muitos deles têm várias restrições, desde mostrar apenas um determinado número de fotos, disponibilizando uma pequena quantidade de espaço de armazenamento, à existência de limites nas opções de upload. Agora, imagine que tem à disposição 7 GB de espaço permitido pela quota de uma conta do Google Mail – é isso que faz o GPhotospace. Basta que seleccione as suas fotos e que faça o respectivo upload para a conta de Google Mail. No entanto, não as conseguirá ver a partir da interface do programa de correio electrónico do Google, pelo

O GPHOTOSPACE PERMITE COMPRIMIR E FAZER O UPLOAD DAS IMAGENS RAPIDAMENTE

que não criará confusão na Inbox ou acrescentará pastas invisíveis ao modo de visualização habitual. Mas, se usar o plug-in para Firefox, poderá então guardar, ver e partilhar as suas fotos facilmente.

COM OU SEM COMPRESSÃO? A partilha é a característica básica do GPhotospace. Vai ficar contente por saber que, apesar de o programa permitir a duas pessoas que tenham uma conta Google Mail e o GPhotospace instalado transferirem álbuns de fotografias entre si, também funciona com as contas Google, independentemente de se ter ou não o GPhotospace instalado. Neste segundo caso, o álbum de fotos chegará como um simples e-mail com um número extenso de anexos. O GPhotospace permite comprimir e fazer o upload das imagens rapidamente, mesmo que sejam toneladas delas, e é aqui que está a grande vantagem desta aplicação, mas ao mesmo tempo o maior problema. É uma vantagem porque o upload é mesmo ágil e a partilha de imagens tornase num processo verdadeiramente rápido, sendo os e-mails enviados pouco obstrutivos. É também uma desvantagem porque o GPhotospace comprime as imagens em altura (512 pixles), o que impossibilita impressões em alta qualidade ou manipulações. Se quer partilhar fotografias de forma a preservar a resolução das imagens, o melhor será optar por algo como o Flickr.

CRIE UM ÁLBUM NA INTERNET

01

Vá a Tools, GPhotospace e entre com a sua conta Google Mail. Clique em Create New Album e uma nova página surgirá.

90 | PCGUIA

02

Dê um nome e uma descrição ao álbum e depois clique em Add Photos. Irá aparecer uma janela de navegação – localize e seleccione as suas fotos.

03

Depois de clicar em Save Album Now, será conduzido para a secção My Albums. Para partilhar álbuns, seleccione-os e depois clique em Share.



HARDWARE

TUDO SOBRE O ZII O que parecia ser um tiro no pé é afinal uma jogada inteligente da Creative Apesar de todo o investimento aplicado no Zii, a mais recente novidade da Creative começou por não conseguir reunir um consenso quando no início deste ano foi conhecida a sua forma final e a sua natureza; pensar-se-ia que vinha aí um leitor de MP3 capaz de fazer frente e até destronar o iPod.

CADA ELEMENTO DO PROCESSADOR DO ZII É CAPAZ DE ALTERNAR FUNÇÕES MILHARES DE VEZES POR MILISSEGUNDO No entanto, trata-se de um conceito interessante e de um passo muito grande para a Creative, um passo que a leva para longe das placas de som, mercado do qual se tornou praticamente num sinónimo durante anos. De facto, a Creative ficou de tal forma entusiasmada com o Zii que decidiu juntar o seu 3DLABS e

alguns técnicos no processo para criar a ZiiLABS, uma subsidiária que acabou por ser revelada ao mesmo tempo que o chip que lhe dá nome. Vale a pena salientar que o Zii não representa um conceito novo. Na verdade, baseia-se num chip da 3DLABS conhecido como DMS-02. A Creative obviamente decidiu que Zii seria um nome mais chamativo, tendo o novo processador sido intitulado como ZMS-05. Mas o que é exactamente o Zii? A Creative descreve-o como uma forma de computação celular, o que não quer necessariamente dizer que se trata de uma experiência que tem como objectivo abrir novos horizontes – infelizmente. Em vez disso, o nome refere-se às células base que formam os organismos multicelulares, aqueles que, como nós, são capazes de se reproduzir. De facto, esta é uma boa analogia para o Zii. O processador é capaz de converter os seus elementos – as 24 células que formam o chip – para diferentes tarefas, tais como processamento de vídeo, gráficos 3D e som. Esta aproximação diverge da arquitectura de processamento paralelo tradicional, na qual os elementos de processamento podem executar apenas uma tarefa. Para além disso, no Zii cada elemento do processador é capaz de alternar entre funções milhares de vezes em cada milissegundo. Segundo a Creative, a vantagem deste sistema tem que ver com o facto de as partes não utilizadas do chip poderem ser desligadas para poupar energia. De facto, a Creative defende que o Zii consome cem vezes menos que um supercomputador.

ARGUMENTO DE VENDA

GRANDEYE FAZ A ESTREIA Uma das primeiras empresas a usar a tecnologia Zii dá pelo nome de Grandeye e fabrica câmaras CCTV de 180 graus. Os seus modelos diferem dos tradicionais num único aspecto – não têm partes móveis, sendo capazes de observar toda uma áreaa de uma só vez. Para o fazerem, usam um sensor de de câmara normal em conjunto com uma lente circular ular convexa, à imagem dos espelhos utilizados em cruzamentos rodoviários ou nos corredores de uma uma loja. O desafio, neste caso, passa por processar uma ma grande quantidade de dados de uma só vez, e éé essa essa a tarefa que o chip Zii tem de desempenhar – ee desempenha, segundo a empresa, com mérito, o, pois pois permite reduzir o consumo energético e os custos. custos.

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O Zii também pode ser escalado infinitamente – se tiver um milhão de chips, todos irão funcionar juntos tal como um único processador de um supercomputador. Claro que, nesse caso, teria de ser um dispositivo gigante. É precisamente aqui que entra o argumento de venda do Zii – o pequeno tamanho do chip. De facto, trata-se de um chip minúsculo, cujo conceito a Creative está a “vender” sobretudo para o mercado dos dispositivos móveis. Mas a verdade é que, colocado numa motherboard, poderá aparecer em qualquer tipo de dispositivo – até num portátil. Para demonstrar o Zii, a Creative usou uma plataforma semelhante à de um PC com o tamanho de uma folha A4. Deu para ver como ele é capaz de lidar com vídeo de alta definição sem quebras e exibir gráficos 3D como os de Half-Life. O paradigma que se segue é fazer com que o Zii seja capaz de fazer o output de um pequeno terminal móvel para um ecrã Full HD a 1080p – o que, a conseguir-se, vai ser


DENTRO DO ZII Conectividade

Vídeo – I/O

USB 2.0 OTG

Porta de vídeo-0

I2C

ARM-0 926-EJS

ARM-1 926-EJS

S/PDIF

Porta de vídeo-2

GPI0s UART-0

Codificador de TV

Cache Memória

UART-1 SDIO-0 SDIO-1 SDIO-2

Porta de vídeo-1

Sistema PLL-0

Media Processing Array 24 Elementos de processamento

PLL-1

HIS

RTC

I/F geral

JTAG

verdadeiramente impressionante. O Zii inclui todos os codecs necessários à exibição de vídeo e de gráficos 3D, bem como de páginas Web e de imagens. A Creative espera colocá-lo nas mãos dos fabricantes, que depois o poderão trabalhar de modo a ver qual a melhor forma de o integrar nas diversas áreas possíveis. A plataforma disponibilizada com o chip inclui um sistema operativo baseado em Linux, o kit de desenvolvimento de software e ainda as plataformas e o ecossistema de hardware.

QUAL O PREÇO CERTO? O factor que fará com que o Zii pegue ou morra é indiscutivelmente o preço. A Ceative está a conseguir obter um custo baixo por chip e a capacidade de poupar energia do chip será certamente atractiva para quem procura um dispositivo desta natureza. No entanto, para já, tudo isto ainda está no papel. Quando chegar a altura de testá-lo, logo veremos se o Zii terá direito ao tapete vermelho.

VÍDEO NO ANDROID A Grandeye não é a única a beneficiar do Zii. A Creative mostrou também o poder do Zii no Android, uma plataforma aberta do Google baseada em ambientes móveis. A demonstração decorreu no Mobile World Congress, em Barcelona, e consistiu num dispositivo Android baseado no Zii a reproduzir vídeo de alta definição a 1080p – algo que os actuais telemóveis Android, como o H1 da T-Mobile, são incapazes de fazer. Aliás, esta característica deverá demorar ainda alguns anos a ser atingida e massificada. O que a ZiiLABS fez foi construir o seu próprio SDK em Linux, bem como bibliotecas optimizadas, de modo a tirar o melhor proveito da combinação da arquitectura ZMS, caracterizada por ser escalável, com a plataforma Android, capaz de uma aceleração de multimédia muito interessante, incluindo vídeo HD e gráficos avançados. A Creative deverá disponibilizar a plataforma Android aos OEM durante este Verão e, por se tratar de código aberto, os programadores poderão facilmente aceder às funcionalidades do Zii. Com alguma sorte, arriscamo-nos dizer que será possível ver telemóveis baseados em Zii antes do próximo Natal.

PCGUIA

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HARDWARE

UPGRADE

COM DINHEIRO CONTADO

Não estamos em época de esbanjar dinheiro, mas há coisas que não podem esperar, e o upgrade de uma máquina em estado terminal é uma delas

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Se há algo que consegue rapidamente arruinar aquela euforia inicial que qualquer utilizador tem quando adquire um PC novo, rápido e eficiente, é o seu estado decadente passado algum tempo. Os computadores têm um tempo de vida (temos de dizer isto) estupidamente curto. A evolução tecnológica constante não ajuda e o grau de exigência dos consumidores também vai aumentando com o tempo. Resumindo: passado algum tempo sentirá necessidade de fazer alguns ajustes, leia-se, upgrade ao seu PC. No meio disto tudo, a boa notícia é que não necessita de gastar mais mil e alguns euros para melhorar a sua máquina, basta que os upgrades sejam feitos no sítio certo para que ela consiga ganhar um novo fôlego É claro que se não se controlar, o budget pode facilmente ser rebentado; basta juntar àquele novo processador que anda a namorar na loja de informática do seu bairro, uma motherboard condizente e memória RAM à medida. Só nestas três coisas, não há máquina de calcular no mundo que lhe dê um valor abaixo dos 400 euros. Quando decidir fazer um upgrade tem de

estabelecer prioridades, o que deve actualizar primeiro? Depende da utilização que faz do PC. É uma máquina multimédia, que liga frequentemente a um televisor de grande dimensão? É uma máquina que tem de lidar com filmes em 1080p? É uma máquina que funciona como media center? É uma máquina de jogos? Fomos buscar dois velhos PC, deveras empoeirados, ao canto mais escuto da nossa sala de testes para tentarmos explicar-lhe as duas distintas abordagens que poderá seguir. De um lado do ringue temos um PC da velha guarda, um AMD 939, com um Athlon X2 4800 e uma Nvidia 7900GS. Do outro temos um Core 2 Duo a 2GHz, com uma Radeon X1900TX. O primeiro PC representa uma máquina de gama média; o Intel, um PC de gama alta, comprado há cerca de um ano. Será que estes modelos valem todo o esforço e dinheiro envolvidos num upgrade, ou mais vale passar estes computadores a outros membros da família, para ter uma desculpa plausível para comprar outro, bastante mais moderno e bem artilhado?


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HARDWARE

PLACAS A MÁQUINA INTEL

GRÁFICOS - INTEL PC Far Cry 2

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

18

9600gt

22

hd850

23

gtx260

23 20

WiC

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

15

9600gt

18

hd850

14

gtx260

15 20

GRID

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

24

9600gt

31

hd850

29

gtx260

33 20

96 | PCGUIA

40

60

80

100

Por onde é que tem de começar se quiser que o seu computador volte a oferecer aquele desempenho crucial necessário para os jogos da moda? Se pensar como nós, a primeira coisa que lhe vem à cabeça é a placa gráfica. Já se está a ver a tirar a placa da slot e a instalar uma novinha em folha, capaz de fazer tudo o que promete na caixa e muito mais? Pense na qualidade dos gráficos e nos detalhes a que vai ter acesso, quando estiver a jogar os seus jogos favoritos. Hummm, este cenário é muito bonito, mas não é assim tão real nem simples como pode aparentar. A diferença e a dificuldade entre efectuar um upgrade e apenas comprar uma placa nova, topo de gama, está no facto de nove em cada dez vezes ter de estudar a sério e identificar todos os pontos fracos do seu sistema, ver onde é que este se anda a engasgar, ou seja, tem de conhecer o seu sistema por dentro e por fora. É exactamente esta análise aprofundada que o vai ajudar a fazer as actualizações certas nos locais exactos, tornando o seu investimento nos novos componentes o mais acertado e rentável possível. Afinal de contas, de que vale comprar a placa gráfica XPTO, topo de gama, se depois o seu sistema não consegue acompanhar o ritmo? O nosso sistema base, o Intel dual-core a 2 GHz, equipado com a X1900XTX, foi rei no mundo dos jogos há uns anos, e o utilizador que teve a sorte de poder contar com ele teve, na altura, de desembolsar uma quantia significativa de dinheiro. Actualmente, a 1900XTX ainda consegue oferecer uma qualidade razoável, mesmo com um grau de exigência alto, o que significa que não será necessária uma intervenção ou mudança extrema para colocar novamente o sistema no palco principal. Começamos o nosso upgrade com uma 9600GT da Nvidia. Esta edição com overclok pode ser sua por um preço bastante razoável, e apesar de já b não ser exactamente uma novidade, irá exac conseguir oferecer uma qualidade acima da média, se incluída no sistema certo. Infelizmente não nos conseguiu oferecer muito mais do que nós já conseguíamos com a X1900XTX. Estamos aqui a falar de X1900 8fps no GRID e mais três ou quatro frames nos outros jogos. jogo Aqui nós admitimos que estávamos à espera esper que esta placa nos oferecesse muito mais, até porque chegou a servir-nos por bastante bem no passado. pa O próximo upgrade upgrad que escolhemos, já no patamar dos 100 euros eu para cima, foi a Radeon

HD4850. Mais uma vez, estamos a falar de uma placa DX10, com uma relação preço/qualidade bastante boa e que consegue dar aos polígonos aquele empurrão necessário. Infelizmente, este equipamento também não nos conseguiu oferecer nenhuma mais-valia em termos de desempenho. Aliás, para sermos correctos, detectámos uma quebra de performance quando comparada com a anterior 9600GT, no jogo World of Conflict. Afinal o que se passa? Podemos desde já avançar que o acréscimo ao nível do desempenho que pretendíamos não está ligado às placas de gama média, e percebemos bem isto quando instalámos a excelente Gigabyte GTX260 OC e continuámos com o mesmo desempenho, ou com uma ou duas frames extra. Sejamos sinceros, investir mais de 200 euros por uma melhoria de desempenho que nem sequer é perceptível, é literalmente deitar dinheiro fora. Parte do problema está, na realidade, em pormenores relacionados com a motherboard. A board que temos, da velha guarda, uma 650i, não está a conseguir lidar com a quantidade elevada de informação que as placas gráficas lhe estão a passar. Em linguagem popular, é muita areia para a camioneta dela. A outra metade do problema está no processador, que também já deu o que tinha a dar. Este é o coração do sistema, e quando começa a não aguentar o ritmo, não há grande coisa a fazer. Se mudar o processador, verá que irá conseguir um aumento de desempenho de pelo menos 10 frames por segundo, com a 9600GT, e talvez do dobro se quiser usar o modelo da Gigabyte, que mencionámos anteriormente. Infelizmente, fazer upgrades acaba por arrastar novos upgrades. Isto porque quando alterar alguns dos componentes, perceberá rapidamente que existem outros itens na sua máquina que estão já a ultrapassar a data de validade, e que agora não conseguem fazer jus ao aumento de desempenho conseguido. É claro que para esta questão não temos a resposta. Podemos dizer-lhe que uma nova GPU irá dar-lhe umas frames extra, mas para que consiga perceber que existe uma melhoria significativa no seu sistema, terá de mudar pelo menos dois componentes, neste caso, o processador e a placa gráfica. Feita esta alteração, o mais provável é que perceba que a motherboard também podia seguir para a reciclagem e dar lugar a uma mais recente e potente, e já agora, a mais uns megas de memória… Seja como for, gastar umas centenas de euros numa placa gráfica, para melhorar o desempenho desta máquina seria puro desperdício de dinheiro.


GRÁFICAS

A MÁQUINA AMD Não é preciso uma jogada de mestre, nem um guru da informática para conseguir fazer uma actualização a esta máquina, digna de museu. Basta uma pequena peça com alguns anos para fazer toda a diferença, pelo menos teoricamente. Vamos começar pela parte mais fácil, ou seja, pela placa gráfica. Este é o componente mais fácil de alterar, e aquele que origina alterações mais visíveis na máquina. Basta uns pixels a mais para percebermos a diferença. Este cenário é especialmente verdadeiro se estiver a correr o Vista numa placa sem DirectX10. Neste caso, vai notar rapidamente os efeitos de um upgrade, por mais subtil que este seja. Pegámos numa Nvidia GeForce 7900GS, com três anos e fizemos a instalação necessária. Esta placa conseguiu correr o GRID perfeitamente, apesar de limitar a resolução a 1280x1024. No entanto, o caso mudou de figura quando executámos Far Cry e World of Conflict. Estes jogos correram, mas devagar. Esta placa ainda pode ser adquirida, mas pelo mesmo dinheiro, aconselhamos a comprar uma com DirectX10, ainda que mais fraquinha. Subimos um pouco o patamar e instalámos uma ATI X1900XTX, uma rival contemporânea da placa da Nvidia. As frames por segundo melhoraram com esta placa, pelo que já conseguimos correr o GRID numa resolução mais alta. No entanto, não conseguimos ainda executar o Far Cry com uma qualidade acima da média (mesmo muito mediana), ao nível dos detalhes. Subimos mais um nível, (desta vez mais do que um degrau), e deitámos a mão a uma 9600GT. Mais uma vez registámos uma evolução

significativa ao nível das frames. Tanto o jogo World of Conflict, como o GRID rebentaram a escala das 24fps, com uma configuração puxada ao extremo. O mais exigente Far Cry 2 continuava a não ver grandes melhorias de desempenho. Trouxemos à competição a AMD HD4850. Esta placa conseguiu reduzir algumas frames, com uma resolução inferior, mas conseguiu exceder-se com os requisitos máximos, duplicando os valores conseguidos pela 9600GT. Para já, as alterações sucessivas de placa gráfica que temos vindo a efectuar já conseguiram traçar um cenário realista das mudanças registadas. Qual cenário? Nenhuma delas foi capaz de nos oferecer grandes melhoramentos no que ao desempenho diz respeito. Podemos avançar que testámos também a HD 4870, que custa algumas dezenas de euros a mais do que a 4850, mas esta acabou por não revelar alterações significativas que conseguissem justificar o seu preço mais elevado. A próxima da lista foi a GTX 260 da Nvidia. O seu preço ascende aos 200 euros e quase não cabia dentro da nossa máquina (foi a parte divertida). Tivemos mesmo de ligar a ventoinha a outra porta da motherboard, o que acabou por resultar num espectáculo de luz e cor, muito pouco recomendável para a saúde do PC… Mas, vamos ao que interessa. A GTX 260 conseguiu oferecer-nos um aumento de desempenho visível das frames por segundo, mas nada que justifique as centenas de euros que teria de gastar nesta placa. Neste caso, a 9600GT foi a placa vencedora, com a relação qualidade/ desempenho/preço mais bem conseguida.

AMD PC Far Cry 2

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

16

9600gt

27

hd850

21

gtx260

32 20

WiC

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

11

9600gt

26

hd850

27

gtx260

28 20

GRID

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

N/D

9600gt

44

hd850

42

gtx260

49 20

40

60

80

100

PCGUIA

| 97


HARDWARE

MOTHERBOARD A MÁQUINA INTEL

INTEL CORE 2 DUO E6750 2.66GHZ Far Cry 2

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

23

9600gt

33

gtx260

38 20

WiC

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

19

9600gt

24

gtx260

27 20

GRID

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

26

9600gt

46

gtx260

53 20

40

60

80

100

INTEL CORE 2 DUO Q6600 2.4GHZ Far Cry 2

23

9600gt

35

gtx260

33 20

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

19

9600gt

22

gtx260

25 20

GRID

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

28

9600gt

49

gtx260

49 20

98 | PCGUIA

comparativamente ao anterior. Se combinarmos uma actualização a nível de CPU com uma actualização da placa gráfica, não precisa sequer de ser uma topo de gama, basta a 9600GT. Com ela conseguirá registar um amento de desempenho significativo. Percebemos também que a diferença de desempenho entre o dual-core mais rápido e o quad é bastante mais reduzida agora. A performance é melhor no que toca aos jogos, mas estamos aqui a falar de uma diferença de alguma frames, não de um aumento de 10fps, como aquele que foi registado quando aumentámos a velocidade de relógio do dual-core. Onde notará uma grande diferença é nas aplicações multimédia, por exemplo, quando estiver a ler conteúdos em alta definição. O que precisa de perguntar a si próprio é o seguinte: necessito de um computador para jogos, ou também para desempenhar outras tarefas? Se necessitar de uma máquina capaz de suportar tarefas e aplicações de produtividade, então o chip quad é o mais indicado para si.

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

WiC

Fazer a actualização da motherboard e do CPU num sistema da Intel é muito mais fácil do que no nosso sistema da AMD, especialmente sendo ele o verdadeiro pesadelo das máquinas do passado. A Intel tem vindo a usar DDR2 nos seus chipsets há muito mais tempo que a companhia rival. O próprio socket LGA775 já cá anda há muito tempo, pelo que a nossa motherboard 650i é mais do que capaz de correr os Core 2 Quads de 65nm. Mas também aqui existem os problemas de irregularidades do sistema. Se fizéssemos apenas um upgrade ao processador, os benefícios seriam perfeitamente negligenciáveis. Por muito boa que a X1900XTX tenha sido na sua época áurea, também ela, à semelhança do processador, empata mais do que ajuda e torna-se um factor limitador. Se fizermos um upgrade para um Core 2 Duo a 2.6 GHz conseguimos obter mais umas quantas frames por segundo, mas se puxarmos um pouco mais as coisas e tentarmos a sorte com um quad, mesmo de gama baixa, não vamos conseguir retirar uma grande vantagem extra,

40

60

80

100

A QUESTÃO DA RAM Uma das actualizações mais intangíveis é aquela que está associada á memória. Verá que não existem quase quaisquer benefícios em termos de frames por segundo ou leitura de conteúdos multimédia, basicamente porque são tarefas do pelouro do CPU e da placa gráfica. Então onde é que podemos ver a diferença? No desempenho do Windows em geral, nomeadamente, em ambientes de multitarefa. Se mudar de 2 GB para 4 GB a diferença será notória. A título de exemplo, é o que separa a eternidade de tempo que tem de esperar que um comando responda, da rapidez com que consegue colocar a máquina a funcionar através de Alt+Tab. De uma forma mais realista, apesar de os 2 GB serem mais do que suficientes para a maioria das necessidades, a verdade é que actualmente não fica caro inserir 2 GB extra na sua máquina, e, neste caso, o upgrade até pode valer a pena pelas vantagens que ganha. Por outro lado, compensa pelo pouco dinheiro que terá de investir na compra da memória. Não espere grandes alterações no que toca ao desempenho nos jogos, mas se trabalhar frequentemente com ferramentas de produtividade, ou com programas de manipulação de imagem, este upgrade será mais do que bemvindo. Também vale a pena lembrar que, apesar de a versão de 32 bits do Windows conseguir ver os 4 GB de RAM (e isto inclui a memória vídeo), se tiver uma placa gráfica de 1 GB, o Windows irá apenas usar 3 GB dessa memória.


E CPU AMD ATHLON X2 7750 (4GB DDR2) Far Cry 2

A MÁQUINA AMD Uma vez entretidos a desmontar a nossa velha máquina AMD, descobrimos que estávamos a usar, há algum tempo, DDR RAM e não DDR2 ou DDR3. Apenas a velinha DDR. É claro que isto não ajuda, mas foi engraçado percebermos que, mesmo com esta velha memória, conseguimos registar 50fps no GRID. Nada mau para uma máquina considerada obsoleta. O nosso próximo passo foi proceder à substituição do processador e da motherboard. Abdicámos do Athlon 64 X2 4800+ em prol do socket AM2+ 7750 Black Edition. Durante este processo, instalámos também 4 GB de memória DDR2 na nova motherboard AM2. Este upgrade não nos ficou sequer muito caro, passando um pouco da centena de euros, mas não estamos a incluir aqui a placa gráfica. No que aos gráficos diz respeito, quisemos fazer uma experiência e pegámos em dois modelos, um de gama mais baixa e outro de gama mais alta, com o objectivo de ver o que estes nos podiam oferecer. Com a nossa pequena Nvidia 7900GT, o upgrade deixou de fazer qualquer sentido. As frames que conseguimos eram em tudo semelhantes àquelas que registámos com a velha máquina, excluindo o World of Conflict que, estranhamente, baixou uma frame. Por isso, se pretender investir no upgrade do processador e da memória que falámos em cima, vai ter de gastar um bocadinho mais numa nova gráfica, porque, de contrário, não faz sentido sequer avançar. A 9600GT mostrou ser o par perfeito para este upgrade. Os benchmarks que corremos não revelaram resultados espectaculares, mas o World of Conflict ganhou algumas frames por segundo. O GRID não mostrou grandes alterações, mas as as continuou perfeitamente jogável. Atenção! Testámos o Far Cry 2 na configuração Ultra, que estica a gráfica até ao limite.

Quando adicionámos a GTX260 a este composto, os resultados que conseguimos foram ainda melhores. O desempenho de Far Cry 2 duplicou em ambas as resoluções, e o GRID atingiu valores nunca antes registados. Se tiver uma placa gráfica quase decente e tiver um orçamento apertado, o que lhe recomendamos é que actualize tudo o resto, e deixe a placa para o final. Dentro de algum tempo, o preço da GTX260 vai descer e terá a sua oportunidade. Fizemos mais uma experiência, daquelas em que abrimos o cordão á bolsa. Pegámos num processador Phenom 810, numa motherboard da Asus, e em 2 GB de memória RAM DDR3. O nosso total passou os 400 euros. É exactamente aqui que tem de pensar se vale a pena investir neste upgrade ou comprar um PC novo, já que estes estão bem mais baratos. Como é óbvio, com esta configuração os valores registados antes foram todos ultrapassados, facilmente, podemos acrescentar. Mas este acréscimo de desempenho tem um custo alto. Mesmo a velha 7900Gt conseguiu registar melhoramentos. Quando ligámos a 9600GT as alterações foram muito boas. A GTX260 levou mais uma vez o troféu para casa, por conseguir oferecer a melhor performance. Se fizer as contas a tudo isto, estamos a falar de uma configuração que pode ultrapassar facilmente os 650 euros (e estamos aqui a fazer as contas por alto). Será que vale a pena?

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

16

9600gt

17

gtx260

32 20

WiC

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

11

9600gt

32

gtx260

32 20

GRID

40

60

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100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

N/D

9600gt

45

gtx260

56 20

40

60

80

100

AMD PHENOM II 810 (2GB DDR3) Far Cry 2

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

18

9600gt

24

gtx260

38 20

WiC

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

13

9600gt

40

gtx260

45 20

GRID

40

60

80

100

frames por segundo: mais alto, melhor

Valor base

N/D

9600gt

59

gtx260

76 20

40

60

80

100

PCGUIA

| 99


ASSISTÊNCIA TÉCNICA NOTÍCIAS

João Trigo, editor

Pergunte ao Especialista Um conselho geral para todos os meus leitores: quando andarem à procura de adaptadores para discos externos e/ou hub USB, adquiram sempre hardware que tenha alimentação dedicada. A porta USB não é uma boa solução de alimentação

P R

: Não consigo aceder aos dados do meu disco com um adaptador externo. Podes ajudar-me? : Sim, posso tentar. Provavelmente, o adaptador que está a utilizar tem uma interface SATA/IDE para USB 2.0. Tem um cabo

de alimentação e um transformador? Pela conversa, parece-me que não. Nesse caso, o que está a acontecer é que o adaptador não consegue fornecer energia suficiente ao disco – está a facultar energia somente através da porta USB 2.0, o que é claramente insuficiente. Esta questão é particularmente incontornável se estivermos a falar de um computador portátil. Muitas vezes, a drive é detectada pelo sistema, mas fica inacessível. Arranje um adaptador com alimentação dedicada, ligue o disco e a energia e só depois ligue o cabo USB à sua máquina. O disco rígido irá ser reconhecido como uma drive externa e poderá navegar no seu conteúdo e aceder aos seus dados. E não se esqueça: neste tipo de adaptadores, compre sempre com alimentação dedicada.

NOVA MOTHERBOARD, SISTEMA NOVO

P

: Estou a fazer o upgrade à motherboard. Posso utilizar a imagem que criei do meu disco para reinstalar o sistema depois de colocar o novo hardware?

R

: Pode, mas não aconselho. A troca da motherboard é uma alteração muito importante, pelo que é preferível reinstalar o sistema de raiz. Faça um backup de segurança antes de trocar de motherboard e depois crie uma nova

100 | PCGUIA

imagem pouco depois de colocar a nova placa. É muito provável que tenha que reactivar o Windows depois de fazer o upgrade. Não é um problema se tiver um DVD do Windows com uma chave própria, mas, caso tenha uma máquina na com uma versão do sistema pré-instalada, terá muito provavelmente de adquirir uma nova chave. ve. Isto porque a chave antiga está ligada ao antigo sistema, com a motherboard que acabou de remover.


CONSTRUA A MELHOR IMAGEM DO DISCO QUER CRIAR UMA PARTIÇÃO OU UM DISCO DE RECUPERAÇÃO DO SISTEMA? NÓS AJUDAMOS

P R

: Quero substituir o disco de recuperação da minha máquina por um CD criado por mim. É possível? : Sim, claro. Antes de tudo, precisa de uma aplicação de criação de imagens de disco, como o Partition Magic 8.5, por exemplo. O ideal é combinar a criação do CD com uma reinstalação do

Windows, para acabar com uma imagem “limpa” aquando da instalação.

INSTALE AS ACTUALIZAÇÕES Assim que acabar a reinstalação do Windows, instale o mais recente Service Pack e qualquer actualização crítica adicional.

MOVA OUTRAS PASTAS (VISTA) Clique em Iniciar seguido do seu nome de utilizador no Vista, clique com o botão direito do rato em cima das pastas que considera mais importantes e seleccione Propriedades. Agora vá ao separador Localização para mover a pasta para o local pretendido.

INSTALE AS APLICAÇÕES MAIS IMPORTANTES Instale os programas que usa numa base regular, como o Microsoft Office e o software de segurança. Alguns podem ser actualizados após a instalação. Veja os sites das editoras do restante software para verificar se existem actualizações.

SEPARE OS DADOS DO SISTEMA OPERATIVO Sempre que possível, mantenha o Windows e os programas que usa numa partição separada dos restantes dados. Recorra a uma ferramenta como o EASEUS Partition Magic Home Edition (www.partition-tool.com/ personal.htm).

MOVA OUTRAS PASTAS (XP) Para mover o conteúdo da sua área de trabalho, de As Minhas Imagens, A Minha Música, os favoritos do Internet Explorer e as pastas de assistentes de documentos clique em Iniciar, Executar e escreva “%appdata%” e prima Enter. Arraste as pastas relevantes com o botão direito do rato e escolha Mover Para Aqui para deslocar o conteúdo e dizer ao XP onde ele fica agora guardado.

CONFIGURE O WINDOWS Gaste algum tempo a configurar o Windows e a personalizar o sistema operativo. Recorra a uma ferramenta de tweaks como a Tweak IV (www.totalidea.com/product.php) ou Tweak UI (http://tinyurl.com/tweakui).

MOVA OS MEUS DOCUMENTOS Vá a Iniciar, clique com o botão direito do rato em Os Meus Documentos e escolha Propriedades. Escolha o botão Mover e navegue até à drive ou partição que definiu para os dados. Clique em Sim para transferir a informação.

MOVA O CORREIO ELECTRÓNICO Os utilizadores do Outlook Express e do Windows Mail deverão seleccionar Ferramentas, Opções, separador Manutenção e depois Pasta de Arquivo. Clique em Alterar e depois navegue até à pasta criada para o efeito na nova partição.

OS CONTROLADORES MAIS RECENTES Certifique-se de que os seus drivers são os mais recentes. Visite o site fabricante do hardware da sua máquina. Reinstale os controladores desactualizados.

✔ ✔

NÃO ESQUEÇA A MANUTENÇÃO Antes de gravar a imagem da sua drive, execute uma verificação de sistema na partição com o sistema operativo e desfragmente o disco para que esta esteja sempre no seu melhor.


ASSISTÊNCIA TÉCNICA NOTÍCIAS

P

: O meu computador (Windows XP SP3, processador AMD de 64 bits) só consegue “ver” 3.4 GB dos 4 GB de memória instalados. Posso fazê-lo ver o restante?

R

: Não, lamento. É uma limitação dos sistemas operativos de 32 bits: não conseguem identificar mais de 4 GB de memória RAM. Uma vez que os seus 4 GB são partilhados pelo hardware que necessita de memória (placas de vídeo, discos rígidos, etc.), o Windows nem sequer tem os 4 GB só para si. Daí aparecerem os 3.4 GB.

P

: Tenho um computador ligado à minha rede wireless doméstica. Só que agora comprei outro computador e não me lembro da palavra-passe. Existe alguma forma de a recuperar através do outro PC?

R

: Não há forma de a recuperar através do outro PC. Mas, consegue entrar no router através do IP que lhe atribuiu? Se aceder às configurações da rede sem fios, pode definir uma outra password...

TRANSFERIR CORREIO ELECTRÓNICO PARA O GMAIL

P

: Posso fazer o upload de e-mails do programa que utilizo para o Gmail?

R

: Sim, claro. Se utilizar uma conta Google Apps Premier pode recorrer a uma ferramenta especial (http://mail.google.com/ mail/help/email_uploader.html) para fazer o upload directamente para a sua conta do Gmail a partir do Outlook Express/ Windows Mail, Outlook ou Thunderbird. Se não conseguir, siga este guia que aqui apresentamos para fazer a transferência manual. Recomendamos que transfira as mensagens em pequenos blocos para garantir que não há problemas.

01

Faça o log in na sua conta do Gmail. Clique em Settings e escolha Fowarding and POP/ IMAP. Seleccione Enable IMAP e Save Changes. Clique em Configurations Instructions para mais ajuda.

Siga as instruções facultadas. Escreva imap.googlemail.com no que se refere ao incoming server e smtp.googlemail.com para outgoing. Ligue o SSL e defina os valores para 465 (incoming) e 993 (outgoing).

03

04

Quando a sua conta de Google Mail aparecer na lista de mensagens, clique com o botão direito do rato e escolha New Folder. Crie as pastas nas quais quer guardar as mensagens dentro do servidor.

102 | PCGUIA

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Para mover as mensagens para o servidor Gmail, arraste-as da pasta de origem para as pastas do Google Mail. Mantenha a tecla CTRL premida enquanto as arrasta para fazer uma cópia.




P EMPIRE: TOTAL WAR Pelo rei e pela pátria. E por Deus. E por aquela mina de prata. E pelo ouro também

LINDÍSSIMO

CAMPANHA ENVOLVENTE

CONTROLO DE BARCOS

VEREDICTO 9

Isto de termos um panorama de jogos cada vez mais homogeneizado é uma faca de dois gumes. Por um lado, significa que acabamos todos por jogar os jogos mais recentes, seja qual for a plataforma que utilizamos, mas, por outro lado, a falta de títulos exclusivos para cada plataforma significa que existem poucos jogos que puxem pelas especificidades de cada máquina. O PC nem sempre é a máquina ideal para jogos de arcada, contudo, se há coisa em que é bom, é nos jogos de estratégia e Empire: Total War é um dos títulos deste género mais fortes e mais completos. No mês passado, vimos Dawn of War II, outro jogo de estratégia para PC com qualidade que acertou no alvo ao tentar simplificar a experiência de jogo para alcançar um jogo mais imediato. A Creative Assembly (CA) tornou o Empire num jogo que de uma assentada consegue ser mais detalhado, mais complicado e ainda com mais alcance do que qualquer um dos seus predecessores mas que continua a conseguir fazer novos adeptos na série Total War. A verdade é que a série de jogos Total War se cruzou de alguma forma com as preferências dos jogadores de PC, mas há quem tenha a ideia de ter chegado tarde demais ao universo Total War que, convenhamos, é bastante

PCGUIA

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ENTRETENIMENTO

DESEMPENHO

DEFINIÇÕES DO JOGO

QUALIDADE MÁXIMA: Com toda a profundidade do campo e efeitos de pós-processamento ligados, o mundo do jogo é vibrante e detalhado. No entanto, é necessário um GPU robusto para conseguir obter o melhor.

QUALIDADE MÍNIMA: É um motor gráfico marcante: mesmo nas configurações mais baixas, continua a ser um jogo muito atractivo. Tem até configurações SM2 para dar mais oportunidade de os GPU brilharem.

DISTRIBUIDOR ECOGAMES ■ PREÇO 49,99 EUROS ■ CONTACTO 256 836 200 ■ SITE WWW.TOTALWAR.COM/EMPIRE/ ■ REQUISITOS MÍNIMOS PROCESSADOR DUAL CORE, 2 GB RAM, PLACA 512 MB SM3

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complexo. No entanto, o jogo Empire consegue pôr o braço à volta dos ombros dos novatos para conseguirem ultrapassar este sentimento de alienação e alcançarem quem joga a saga Total War desde a primeira hora.

que já conseguiram expandir-se por todo o globo. O CPI funciona como um campo de treino para aquilo que é um jogo muito diferente – ainda que continue familiar.

NATIVOS! MILHARES DELES!

A grande mudança que a CA mais tem divulgado é a inclusão de batalhas navais jogáveis. Conseguir colocar os nossos navios em conflito é uma experiência muito diferente das batalhas em terra mais tradicionais e ajuda a quebrar o ritmo da campanha, impedindo que em alguma altura se torne enfadonha. Os gráficos nestes conflitos são incríveis: com a tripulação a encher o convés, snipers a ocuparem postos de ataque nos mastros e todos a saltarem para a sepultura aquática quando os barcos de madeira começam a meter água. Se tivermos a sorte de inflamar os barris de pólvora, conseguimos assistir a explosões magníficas. No entanto, infelizmente, as batalhas navais fazem-nos sentir que ainda estamos numa primeira abordagem para a colocação de veículos na série Total War. Controlar estas bestas pouco ágeis carregadas de canhões pode ser muito frustrante: as tácticas genuinamente navais rapidamente desaparecem enquanto lutamos para conseguir que os nossos canhões fiquem de frente para o inimigo. Não é muito mau quando temos um pequeno grupo de navios, mas quando começamos a trabalhar em maior escala, ficamos com a sensação de que estamos a tentar domar leões. Leões sem qualquer sentido de direcção e que podem virar-se uns contra os outros e morrer inexplicavelmente. Ainda assim, não conseguimos deixar de gostar da acção. Estas façanhas marítimas trazem algum ar fresco do mar para este jogo de campanha. As batalhas terrestres também são muito diferentes. A

Em todos os modos de batalhas históricas e de conflitos, o modo mais atractivo foi sempre a Grande Campanha. Agora, há uma campanha mais pequena – chamada Caminho para a Independência (CPI) – especialmente desenhada para os novos jogadores e para os guiar pela estrutura do jogo. É muito mais do que apenas um tutorial. O menor tempo de jogo e objectivos específicos tornam-no muito mais ligado à história e imediatamente envolvente. Desde o primeiro conflito com grupos de nativos americanos, até à Declaração de Independência americana, esta minicampanha acontece a um ritmo alucinante. São facultados ao jogador objectivos e um enorme mapa de campanha, embora continue a haver a liberdade de explorar e experimentar. Não ficaríamos surpreendidos se esta parte da história fosse um precedente para as inevitáveis expansões que se seguem. A campanha CPI é óptima para começar, até mesmo para jogadores experientes, porque a Grande Campanha é enorme e até mesmo um pouco desencorajadora. Os três grandes continentes (Europa, América e Índia) em conjunto com os quatro teatros comerciais (apenas navais) compõem toda a área de jogo e podem conduzir a guerras em muitas frentes se não formos cuidadosos. Nos jogos anteriores, a nossa facção começava por ser pequena e tínhamos tempo para expandir ao nosso ritmo. O jogo Empire atira-nos mesmo para o meio, onde já estão muitas facções tecnologicamente avançadas e

ESPAÇO AOS NAVIOS


Argh! Os piratas serão uma facção do jogo na versão multiplayer

era da pólvora mudou a maneira como temos um tête-à-tête com o inimigo em terra firme.

TUDO LIGADO Desta vez também está tudo interligado. Desde a campanha e a batalha IA até ao preços negociados por uma colher de açúcar. Se quisermos subir os preços de uma certa mercadoria, basta bloquear as portas de um rival do nosso império, cortar o fornecimento da mercadoria e assistir à subida do mercado. O que o jogo tem de bom é que não somos obrigados a jogar desde o nível de microgestão. Se apenas estamos interessados na guerra, então podemos passar de batalha em batalha. Mas se o que nos motiva é o estilo de estratégia arriscada, então podemos optar por deixar de fora os gráficos de IA. Se quisermos, também podemos meter as mãos no processo minucioso de construção do império no século XVIII, embora esta decisão não tenha necessariamente de ser tomada, permitindo-nos escolher o nível de desenvolvimento. O que seria do jogo Total War sem bugs de IA? Admitimos que a IA é na generalidade bastante melhor quando comparada com o último lançamento, contudo, continuam a existir momentos em que um exército inimigo está a atacar no mapa de campanha, apenas para manter as linhas no campo de batalha, recusando-se a mexer um milímetro que seja, São erros menores num jogo colossal. Os desafios apresentados pela Grande Campanha estabelecem o Empire como parte de uma lenda: é muito abrangente, massivo e muito cativante. Uma vez mais, a CA não ficou a gozar a fama e criou um jogo espectacular. Estamos preparados para passar umas noites acordados até tarde com a companhia de Empire.

PERSONALIDADES MÚLTIPLAS Falámos com Mark Sutherns, da Creative Assembly, para tentarmos perceber como é que a prometida versão beta de teste para campanha multiplayer irá funcionar. No início apenas vão existir duas facções numa campanha controladas pelos jogadores, mas vão ser exibidas exactamente como a IA, incluindo estar oculta pela neblina da guerra. Vai funcionar na mesma base de turnos que a campanha original, com os jogadores a definirem um tempo limite no início, de modo a que não tenham de ficar à espera demasiado tempo pela sua vez. A maior dificuldade é perceber o que o outro jogador faz quando estamos nós a combater. A CA está a dar a opção de controlar a IA caso queiramos dar algum dinheiro a ganhar ao nosso companheiro, mas também é provável que venha a existir um modo de espectador. Inicialmente vai ser lançado como uma beta de teste para poderem utilizar o feedback da comunidade no futuro. «Estou certo que os nossos maiores (desafios) serão apresentados assim que o público deitar as mãos à primeira beta», diz Mark. «Por isso, esta ideia de lançarmos como uma beta, para que possamos melhorar o que temos e introduzir gradualmente novas ideias com o feedback dos que querem este modo mais do que qualquer outra pessoa – a nossa comunidade.»

2

CENÁRIO DE JOGO 1 Cada cidade e capital têm uma certa

4 1

3

quantidade de espaços para construção. Os edifícios aí colocados podem ajudar no comércio, aumentar a felicidade (e o crescimento) ou dar mais opções de construção, pesquisa e recrutamento. 2 Os efeitos 3D, como a profundidade do campo no mapa de campanha, fazem-nos sentir que nos aproximamos de um modelo físico. 3 Os nossos agentes têm aparências diferentes, dependendo da nação, mas cada um deles segue o mesmo template. Os sábios ajudam na pesquisa ou na espionagem industrial, os padres podem mudar a religião de uma comunidade e os assassinos também podem espiar e sabotar outras cidades. 4 Colocar um exército em terreno específico (como uma floresta) faz com que este possa emboscar inimigos.

PCGUIA

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ENTRETENIMENTO

MEN OF WAR Há muito tempo que não nos passava pelas mãos um jogo de guerra tão bom

MOTOR

COMPLETO

MUITO DIFÍCIL

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR FNAC ■ PREÇO 39,99 EUROS ■ SITE WWW.MENOFWARGAME.COM ■ REQUISITOS MÍNIMOS CPU 2.6 GHZ, 1 GB DE RAM, PLACA DE 128 MB DX9C

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Confesso que estávamos um pouco apreensivos quando decidimos avançar para este jogo. Acabámos por lhe dar o benefício da dúvida, sobretudo porque transpirava estratégia da Segunda Guerra Mundial, e estamos sempre prontos para deitar as mãos a algo que nos ajude a preencher aquela nostalgia dos jogos deste género, mesmo que ofereça apenas 10% da magia de Company of Heroes. Foi com muito agrado que verificámos que estávamos enganados. À parte do título (muito banal), Men of War é tudo menos um mau jogo. Não é excelente, até porque existem algumas partes chatas, mas no geral o jogo é uma obra de arte no campo da estratégia. Podemos afirmar sem qualquer dúvida que Men of War (MoW) é de longe o jogo de estratégia de Segunda Guerra Mundial mais abrangente que alguma vez tivemos o prazer de jogar. É óbvio que há semelhanças entre este jogo e Company of Heroes (CoH). Terá à disposição três campanhas completas, que são jogadas sob o ponto de vista soviético, alemão e britânico, e outras cinco missões de bónus. Dentro das opções multiplayer poderá seleccionar o modo cooperativo, que lhe acrescenta os Estados Unidos e o Japão às facções disponíveis para jogar. As missões individuais também variam bastante, desde enormes batalhas desordenadas com centenas de tropas, até operações camufladas de pequena escala. O motor do jogo é suficientemente adaptável para que

consiga jogar todas as etapas sem ficar com o sentimento de que falhou algures alguma coisa. MoW joga-se como algo entre Company of Heroes, o velhinho Commandos e um RPG tradicional, como Hammer and Sickle (verdadeiramente medíocre). Cada um dos cerca de 50 tipos de unidades dispõe de um inventário, detalhes de blindagem, armamento e munições. Sim, balas individuais. Em algumas missões, poderá roubar cadáveres. Terá sempre de ter presente, durante o jogo, que está a trabalhar para poder evoluir, principalmente nas primeiras campanhas alemãs e britânicas, onde os recursos são muito limitados. Mas este jogo não tem pontos maus? Tem, muitos, começando pelo facto de não haver paciência para o jogar todo. Mas são coisas pontuais, que se misturam com detalhes muito agradáveis, o que acaba por contribuir para a nota que demos a este jogo. No geral, é um jogo que custa jogar e que exige muito do nosso tempo. Podemos salvar o jogo em qualquer altura (acreditem que vão precisar), mas cada missão demora no mínimo uma hora, muitas vezes mais tempo. É difícil, muito difícil. Mesmo quando jogamos na configuração fácil, consegue deitar-nos para baixo e atacar a nossa Europa fragilizada. Mesmo o jogador mais resistente vai perder a paciência quando, depois de jogar uma missão durante uma hora, falhar no final. Por muito que queiramos, deixa de haver vontade de voltar a jogar.


As alterações são oficialmente encorajadas: os cenários do jogo foram desenvolvidos segundo o feedback da comunidade de jogadores de Soldiers: Heroes of World War II Os modos multiplayer incluem Combate, Zona de Batalha, Linha da Frente, Cooperativo, Captura de Bandeira e Carga Pesada

Farto do tempo miserável? Experimente lutar na Grécia ou no deserto do Norte de África

HINOS DE BATALHA 1 O HUD segue as fórmulas tradicionais dos RTS, com as

unidades de grupo e individuais na lateral, para um acesso mais facilitado. No entanto, na base, vê-se a influência dos jogos RPG – na imagem individual de cada personagem, no inventário e nos botões de acção. 2 Tal como em CoH, depois de seleccionado o grupo, pré-visualiza-se o grupo para ver como irá estar alinhado o esquadrão. No entanto, é bastante mais detalhado do que a versão de CoH, indicando também as diferentes atitudes de cada indivíduo. 3 Se investigar as caixas, verá que os pontos à volta dos mapas podem produzir novos armamentos impressionantes, como a bela granada propulsionada por rocket. 4 Embora não haja gestão de construção/recursos, em algumas missões é possível pedir reforços fora do mapa.

2 3

4 1

PCGUIA

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ENTRETENIMENTO

Os dados guardados na versão trial podem ser transferidos para a versão de jogo completo

BURNOUT PARADISE: THE ULTIMATE BOX A estreia na plataforma PC pouco acrescenta ao objectivo já conhecido nas consolas: conduzir para destruir MOTOR DO JOGO

DIVERSÃO

REPETITIVO

VEREDICTO 8

EDITOR ELECTRONIC ARTS ■ PREÇO 49,95 EUROS ■ CONTACTO 707 200 172 ■ SITE WWW.BURNOUT.EA.COM ■ REQUISITOS MÍNIMOS PROCESSADOR A 2,6 GHZ, 1 GB DE RAM, PLACA 3D COM 128 MB E SM 3

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O franchise Burnout aparece pela primeira vez para a plataforma PC. Aparentemente, o seu mercado tem estado satisfeito com uma espécie de imitação (também dependente de acidentes) que é a série FlatOut. Onde este lançamento para PC difere, no entanto, é na configuração. Desta vez, somos lançados para uma cidade sem formas, onde podemos guiar como quisermos, parar nos cruzamentos para seleccionar e escolher acontecimentos diferentes. Em vez de haver rotas como base, os acontecimentos começam nos cruzamentos escolhidos e terminam numa das seis localizações pré-definidas no mapa. Em Burnout Paradise tudo tem que ver com o sistema de recompensas. Se ganharmos uma corrida, adquirimos pontos para a carta de condução – o contrário da vida real. Quando completarmos a quantidade certa de vitórias podemos actualizar a carta e ganhar acesso a carros maiores, mais robustos e mais rápidos. Também há novos carros que podemos “escolher” por abalroamento, ficando

disponíveis no nosso ferro-velho. Se não quisermos fazer parte dos acontecimentos, podemos desfrutar do jogo, vagueando pelas ruas à procura de rampas, atalhos ou guiando apenas o mais rápido que conseguirmos contra uma parede para vermos os resultados da deformação física. E é isto – que é no fundo o problema de Burnout Paradise. É um pouco uma perda de tempo; o curioso é que não o dizemos depreciativamente. É uma diversão jogar durante meia hora, amassar uns quantos carros, ganhar algumas corridas fáceis e voltar a colocar o jogo de lado. É algo de compulsivo até certo ponto... Até se tornar repetitivo. Mas depois ficamos com aquela comichão de querer saltar para o banco do condutor e voltar à saga de destruição. Os acrescentos do Ultimate Box permitem ter acesso a alguns extras, como o ângulo multiplayer. Também há o transporte de duas rodas, mas não se registam grandes variações nessa frente, e até menos eventos.


LANÇAMENTOS

Jogos online

POUNCH OUT

BATMAN: ARKHAM ASYLUM O famoso Joker é capturado pelo Batman e colocado no hospital psiquiátrico de Arkham, um local frequentado pelas mentes mais criminosas. O que está mal neste cenário? É que o Joker não foi capturado, deixou-se capturar e lidera agora uma verdadeira caça ao homem, com a ajuda de alguns dos maiores rivais do herói da história, como Killer Croc, Harley Quinn, Mr. Freeze, Scarecrow, entre outros. É este o mote de Batman: Arkham Asylum para consola. Há vários objectivos: impedir a fuga em massa da instituição, a morte das pessoas que trabalham no hospital e a sua própria morte. Pode esperar um jogo cheio de acção, com duelos corpo a corpo repletos de golpes e manobras especiais, no entanto, este jogo oferece mais do que apenas um cenário de combate. Nesta história, Batman tem também de puxar pela veia de detective, coleccionar pistas e decifrar enigmas. A eficácia dos combates depende de um sistema de evolução de habilidades. Cada vez que um inimigo é derrotado, Batman adquire pontos de experiência, já rudimentares nos RPG, que podem ser gastos na actualização de ataques ou armas. Este jogo não segue o Batman do cinema, mas sim o da banda desenhada, algo que se nota perfeitamente nos gráficos, na acção e na própria personagem, um herói “dark” que pode recorrer a gadgets como o boomerang e a pistola com gancho. A inteligência artificial está bem apurada e origina confrontos de fazer disparar os níveis de adrenalina. Arkham Asylum trabalha com Unreal 3.0, o motor usado em Gears of War 2 ou no recente 50 Cent: Blood on the Sand. Os cenários são muito bons e as personagens possuem um nível de detalhe bem conseguido.

O remake de Punch-Out já está a caminho da consola Wii, e traz algumas alterações interessantes. O jogador continuará a controlar Little Mac e a enfrentar novas personagens estranhas. O sistema de controlo vai servir-se de Nunchuk e do comando da Wii, para executar os movimentos da personagem, do mesmo modo que o jogo de boxe Wii Sports. No entanto, Punch Out será um jogo mais realista e terá melhor tempo de resposta por parte dos comandos. Para além disso, os golpes serão muito mais variados e complexos em função dos movimentos do jogador. Mantêm-se os clássicos Glass Joe, King Hippo, Von Kaiser e Doc Louis. PLATAFORMA: WII ■ EDITORA: CONCENTRA

PLATAFORMA: PS3 ■ EDITORA: EIDOS

MYSIMS PARTY MySims Party está já na lista de jogos disponíveis para as consolas da Nintendo (Wii e DS). Na versão para a Wii, mesmo o mais pequeno dos encontros pode facilmente transformar-se numa festa de arromba. Existem 50 minijogos disponíveis que prometem fazer furor, cada um deles organizado por uma personagem MySims diferente. Cada personagem MySims traz uma combinação diferente de capacidades, níveis de resistência, velocidade. O truque está em escolher o que melhor se adequa ao jogo. Na versão para a DS, este título disponibiliza apenas 40 minijogos, todos eles específicos para a DS. Poderá procurar fósseis de dinossáurios, partir com Gótico numa missão de tiros na primeira pessoa a uma casa assombrada ou tocar o melhor rock com Air-Guitar-Star. PLATAFORMA: WII E DS ■ EDITORA: EA

SCRABBLE

O tradicional jogo de tabuleiro Scrabble vai chegar à Nintendo DS e à PSP, e promete não defraudar os fãs. A versão para PSP terá cinco modos de jogo: Clássico, que oferece o jogo tradicional, Speed, onde os jogadores têm de competir em contrarelógio, e o modo de cartas Scrabble Slam. Neste último os jogadores têm como objectivo livrar-se de todas as cartas, fazendo palavras de quarto letras. Existe ainda a possibilidade de jogar contra terceiros, via Wi-fi. PLATAFORMA: PSP, NINTENDO DS ■ EDITORA: EA

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SHOPPING

HAMILTON RENOVA X- COPTER O novo X-Copter da Hamilton encontra-se integralmente equipado para a acção, com design e funcionalidades aerodinâmicas. O novo modelo de PVD ouro-rosa eleva-se a um patamar de performance nunca antes alcançado através do seu design e funcionalidades. Os contadores do cronógrafo são emoldurados por pequenos pontos, similares aos rebites utilizados na construção aeroespacial. O relógio tem um preço estimado de 995 euros até 1395 euros (dependendo do modelo).

TOSHIBA PROPÕE COR PARA O DIA DA MÃE A Toshiba sugere o Portégé A600, um portátil ultraleve que equilibra na perfeição funcionalidade e portabilidade – uma prenda que todas as mães gostariam de receber. A versão Lotus Pink reúne, em apenas 12,1 polegadas e menos de 1,5 kg, as mais avançadas tecnologias de computação móvel: processador Intel Centrino 2, memória de 3 GB expansíveis a 5 GB, e um módulo de comunicações 3G integradas, para transferência de dados com velocidade até 7.2 Mbps, Wi-Fi e Bluetooth. O Portégé A600 apresenta um sistema de protecção de disco rígido activado por sensores de aceleração 3D, que responde em situações de choque, e tecnologias EasyGuard, como a protecção com palavra-chave multinível e o logon por reconhecimento de impressão digital. Está disponível na Fnac e no El Corte Inglès, por um PVP de 1490 euros.

CAT INSPIRA-SE NAS ORIGENS Desenhado para caminhar pelas paisagens urbanas, o calçado da CAT nasceu a partir da Caterpillar, uma marca que se orgulha de estar na génese da construção das grandes metrópoles. Com o mesmo espírito de sempre – “Built for the City” – a equipa criativa da CAT volta a surpreender com modelos que reflectem as origens da marca: movimento, estrutura, tecnologia, durabilidade e progresso. A colecção Primavera/Verão 2009 é o resultado dessa procura de perfeição. Apresenta uma grande variedade de modelos para senhora, homem e criança, desde as famosas botas industriais, até aos ténis de “look” desportivo com o conforto a que já nos habituámos, passando por sapatos mais “casual”, pelas sandálias, por opções para quem anda por caminhos menos percorridos e por modelos que agradam aos fiéis da marca mais atentos às tendências da moda.

GEL DE BANHO COOL KICK O gel de banho Cool Kick da Nivea combina um refrescante aroma a mentol com um gel azul-glaciar que revitaliza e activa suavemente as peles masculinas. Contém um complexo único, o cool-care, especialmente desenvolvido para os homens activos, que desejam um banho de frescura e de energia para enfrentar o stress do dia-a-dia.

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FERRARI APRESENTA NOVA FRAGRÂNCIA O Ferrari Uomo representa o nascimento de uma nova direcção para as fragrâncias Ferrari. Criado para transmitir uma atmosfera única e exclusiva ligada a esta marca italiana, este perfume revela um carácter forte, sofisticado e distinto. O projecto foi desenvolvido por uma equipa de criativos que traçou como objectivo atingir a excelência com a linha Uomo. O perfume Ferrari Uomo pode ser comprado por 38 euros (30 ml), 48,50 euros (50 ml) ou 61 euros (100 ml). O after shave gel está disponível por 29 euros (100 ml) e o desodorizante em stick por 20 euros (75 ml).


PCG G

| FORMAÇÃ ÃO O | C A S E ST U DY | O P I N I ÃO | H OTS P OT

PROFISSION

MOTOROLA COM PDA PARA EMPRESAS Os novos dispositivos apostam na flexibilidade e no acesso a várias tecnologias

O MC55 é o mais recente modelo da família Motorola na área de Enterprise Digital Assistants (EDA), que aparece disponível também na versão MC55 EDA. Este último combina a capacidade de telefone móvel, rádio bidireccional, leitor de código de barras, câmara digital, e computador móvel num modelo compacto e muito leve. Inclui também, pelo facto de ter GPS integrado, aplicações de localização em tempo real, contendo instruções para motoristas, localização de frotas, geofencing e registo de frotas para despachantes. Tem um ecrã de 3,5 polegadas e um teclado completo e vem equipado com o processador Intel XScale PXA270 de 520 MHz e com o sistema operativo Microsoft Windows Mobile 6.1, algo que facilita toda a integração com a infra-estrutura empresarial existente. Existem distintas versões disponíveis, orientadas para trabalhadores com necessidades diferentes (trabalho dentro e fora da empresa). A primeira oferece conectividade bluetooth e WLAN 802.11a/b/g; a segunda está equipada com WAN sem fios (WWAN), LAN sem fios (WLAN) e bluetooth para chegar aos trabalhadores que estão no terreno. Ambos os equipamentos são compatíveis com VoIP, suportam PTT (pressionar para falar), clientes softphone e integração com soluções IP PBX instaladas. O novo MC55 EDA está especialmente desenhado para responder às exigências de sectores mais específicos, como os de retalho, saúde, segurança pública e governamental. S.E.

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NOTÍCIAS

HP RENOVA GAMA DE WORKSTATIONS Baseadas no processador Xeon, as máquinas foram concebidas para tarefas com elevadas necessidades de processamento JOÃO TRIGO, EM LOS ANGELES

MONSTERS VS. ALIENS – UM CASO EM ESTUDO Um dos primeiros clientes da HP a testar as novas workstations foi a DreamWorks Animation, a produtora do filme de animação Monsters vs. Aliens. De acordo com os responsáveis pela multinacional da indústria de Hollywood, o filme requereu «mais de 40 milhões de horas de processamento» – oito vezes mais do que o necessário na produção do primeiro Shrek e o dobro do utilizado em Kung Fu Panda. A DreamWorks utilizou «várias centenas» de xw8600 para o processamento e prepara-se agora para adquirir máquinas da nova linha. Na renderização de Monsters vs. Aliens foram ocupados mais de 100 TB de espaço. Se fosse utilizada apenas uma workstation, seria necessário mais de 1000 anos de processamento para terminar o filme.

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A Hewlett-Packard (HP) apresentou, na Califórnia, a nova série de workstations. As configurações foram pensadas para trabalho de elevadas necessidades de processamento, como seja a edição e renderização de vídeo de alta definição ou trabalho de design CAD. A linha Z conta com três máquinas: Z400, Z600 e Z800. Concebidos em parceria com o centro de design da BMW – BMW Designworks USA – que garantiu o aspecto exterior e a inclusão de pegas nas caixas, os computadores baseiam-se na plataforma Xeon da Intel, uma opção que se deve a motivos técnicos, mas que tem que ver essencialmente com garantias de mais capacidade de processamento e de maior margem de manobra no que concerne à distribuição do poder do processador por várias tarefas. De acordo com os responsáveis da HP, a não inclusão do Corei7 (também baseado na arquitectura Nehalem) está relacionada com a falta de suporte de memória ECC. A multinacional americana garantiu que o consumo médio da linha Z desce cerca de 35 por cento face às antigas workstations e foi ainda incluído um modo de poupança de energia, que possibilita uma redução de 5W de consumo quando em modo de suspensão. Quando em modo de hibernação, o computador poderá apresentar um consumo de apenas 0.8W. O interior da linha Z é baseado num sistema modular que permite retirar todo o hardware sem ser necessário recorrer a ferramentas.

A equipa de desenvolvimento das workstations teve particular cuidado no desenvolvimento de um sistema optimizado de circulação de ar, «de forma a garantir o menor ruído em funcionamento» (uma vez que as ventoinhas do sistema funcionam a uma rotação mais baixa). Para garantir a optimização do fluxo de ar, todos os cabos foram colocados num painel por detrás da motherboard. A HP incluiu na configuração uma fonte de alimentação especial, que pode ser retirada sem esforço da caixa e que faz um autodiagnóstico a pedido do utilizador. A Z800 e a Z400 estão preparadas para a inclusão de um sistema de water cooling (desenvolvido por terceiros, mas «de acordo com especificações da HP»). Terry Pilsner, VP of HP Workstation R&D, garantiu que «90 por cento do material utilizado nas workstations é reciclável». De resto, todas as workstations cumprem as normas Energy Star 5.0 – um requisito que será obrigatório na União Europeia a partir de Julho. De acordo com fontes da multinacional, as estações de trabalho garantem melhorias de performance entre os 300% e os 500% face a modelos anteriores. A Z400 (suporta até 16 GB de memória) está disponível por 999 euros, enquanto que a Z600 (24 GB de RAM, até 4,5 TB de espaço) pode ser adquirida por 1399 euros. A máquina topo de gama (Z800 – 192 GB de memória RAM e até 7,5 TB de armazenamento) está à venda por 1699 euros.


AUTODESK APRESENTA GAMA DE PRODUTOS A nova versão do AutoCAD é apenas uma das novidades da empresa, que lança no mercado português títulos nunca antes comercializados A Autodesk revelou os novos produtos do seu portfolio num encontro no qual Jorge Horta fez questão de salientar a necessidade de optimização de processos e de optimização das empresas nacionais face à conjuntura económica vigente. O managing director da Autodesk Portugal garantiu que as áreas que utilizam software CAD não fogem à regra, e que apenas as empresas mais competitivas e com maior qualidade estarão a operar no fim deste período mais complicado. O responsável acredita que o software da Autodesk «tem um papel crítico no que concerne à redução de custos e aumento das vendas dos seus clientes», já que as aplicações da empresa garantem, entre outras vantagens, que os trabalhos possam ser apresentados ao adjudicante com os custos ponderados e equacionados na proposta. Jorge Horta sublinhou que o sector das utilities, nomeadamente de infra-estruturas de redes de nova geração, é uma oportunidade de negócio e uma área onde o software da Autodesk se irá revelar particularmente importante num futuro próximo. Jorge Horta explicou ainda que a Autodesk adquiriu, em 2008, 12 empresas tecnológicas (a maioria das quais na área da simulação gráfica) de forma a garantir a diversidade da oferta e a especialização em mercados específicos. Entre as principais novidades reveladas contam-se as versões 2010 do Revit MEP Suite, AutoCAD Map 3D, Civil 3D, Robot Structural Analysis (para BIM), AutoCAD LT, AutoCAD Map 3D, 3Ds Max Design, AutoCAD Mechanical e, claro está, o AutoCAD 2010. Além destas ofertas, a empresa apresenta agora suites compostas por vários produtos e especialmente pensadas para mercados verticais. A AutoCAD Revit Architecture Visualization Suite 2010 (10 500 euros) é apenas um dos exemplos. É constituída pelo Revit (o produto do portfolio Autodesk com maior crescimento em Portugal no ano passado), pelo AutoCad, 3Ds Max Design e pelo Navisworks. Todas as aplicações da suite podem ser utilizadas recorrendo a apenas uma chave de activação. Produtos como o Autodesk Showcase Presenter (6 500 euros), Sketchbook Pró (110 euros), Autodesk Moldflow Adviser (Design – 5000 euros; Manufacturing – 15 000 euros; Advanced – 25 000 euros) e Topobase (11 500 euros) são lançados pela primeira vez em território nacional, muito embora a data de lançamento ainda não tenha sido divulgada. J.T.


NOTÍCIAS

INTEL PROMETE MAIS VELOCIDADE E EFICIÊNCIA Os novos processadores para servidores chegam ao mercado. São tecnologicamente superiores e amigos do ambiente

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O nome de código Nehalem-EP materializou-se comercialmente nos novos processadores Intel Xeon série 5500 da Intel Corporation. A empresa afirma que estes são os processadores para servidores «mais revolucionários» desde que se concentrou neste mercado, com o processador Pentium Pro, há cerca de 15 anos. «O processador Intel Xeon série 5500 constitui o alicerce para a próxima década de inovação», confirma Patrick Gelsinger, vice-presidente sénior e director-geral do Digital Enterprise Group da Intel. O processador Xeon série 5500 oferece várias tecnologias revolucionárias que melhoram radicalmente a velocidade e versatilidade do sistema incluindo as tecnologias Intel Turbo Boost Technology, Intel Hyper-Threading e as portas de energia integradas. Durante a conferência de imprensa, Rui Silva, porta-voz da área de Produto da Intel Portugal, destacou os vários componentes tecnológicos, incluindo a tecnologia Intel Virtualization (VT) que permite ao sistema adaptar-se ao crescimento do volume de dados actual, criando ambientes de armazenamento complementares.

Equipados com o triplo da largura de banda de memória de anteriores processadores para servidores, as plataformas baseadas no processador Intel Xeon série 5500 conseguem gerir uma variedade de cargas de trabalho e de condições. A tecnologia Intel Turbo Boost aumenta o desempenho do sistema baseado na carga de trabalho e ambiente do utilizador, ajustando dinamicamente a velocidade de relógio de um ou mais núcleos individuais de processamento. O Intel Xeon série 5500 oferece também melhoramentos autómatos de eficiência energética, proporcionando aos utilizadores um maior controlo das suas despesas com a energia. O nível de energia em repouso de apenas 10 watts constitui uma redução de 50 por cento em relação à anterior geração do produto. As novas portas integradas de energia, baseadas na tecnologia única de porta de metal high-k da Intel, permitem aos núcleos em repouso reduzir a energia independentemente. Os novos Xeon série 5500 colocam a energia inteligente num novo patamar com até 15 estados operacionais automatizados. De acordo com Rui Silva, os novos processadores garantem «18% de redução estimada dos custos de consumo energético de servidores com um núcleo». Estas e outras capacidades inteligentes dos processadores maximizam também o custo total de propriedade para aqueles utilizadores interessados numa transição suave para o processador Intel Xeon série 5500 a partir dos seus sistemas actuais. Rui Silva garante que estas características são muito importantes no actual cenário económico. Desta forma, os clientes podem substituir os servidores com processador Intel Xeon mais antigos pelo o processador Intel Xeon série 5500 e receber um retorno estimado em menos de oito meses, no caso dos servidores de um núcleo. A empresa anuncia a disponibilidade de 17 novos processadores para a classe empresarial, incluindo o L5518 e o L5508, que são versões dos processadores Intel Xeon concebidos especificamente para segmentos do mercado das comunicações. Estes processadores incluem opções ideais para aplicações de tamanho reduzido em ambientes termicamente constrangidos, tais como blades ou aplicações para infra-estruturas, segurança, armazenamento e aplicações médicas, servidor de carrier grade rackmount, módulos de router e tecnologia submarina. A Intel estima que sejam anunciados mais de 230 sistemas únicos baseados nos processadores Intel Xeon série 5500 por mais de 70 fabricantes de sistemas de todo o mundo – incluindo um novo cliente da Intel, a Cisco. L.D.


HP DISPONIBILIZA NOVOS PROLIANT G6 O maior anúncio de sempre na gama ProLiant teve como mote um raciocínio simples: fazer mais com menos JOÃO PEDRO FARIA, EM MADRID A Hewlett-Packard reuniu a imprensa ibérica no centro de Madrid para apresentar a nova linha de servidores HP ProLiant G6, uma gama que se baseia nos novos processadores Intel Xeon 5500 e que oferece o dobro do desempenho das gerações anteriores, permitindo ao mesmo tempo optimizar o retorno do investimento. As novidades ascendem a 11 modelos de formato blade, rack e tower, o que representa o maior anúncio alguma vez feito nos já vinte anos de história do brand ProLiant. Entre outras características, os novos G6 destacam-se do ponto de vista energético através de tecnologias como a HP Sea of Sensors, que permite detectar automaticamente actividade térmica através de 32 smart sensors. Estes sensores ajustam dinamicamente componentes do sistema tais como ventoinhas, memória e processamento de input/output para

optimizar a refrigeração do sistema e aumentar a eficiência. Por outro lado, o design Common Power Slot ajuda a minimizar o desperdício de energia, permitindo aos clientes escolher entre quatro modelos de fontes de alimentação para satisfazer a sua carga de trabalho específica. «Face aos anteriores G5, a nova gama ProLiant permite que as fontes de alimentação possam ser adaptadas de acordo com as necessidades específicas de cada caso, o que permite um funcionamento mais eficaz de modo a optimizar ainda mais o consumo energético», disse-nos Fernando Miranda, product manager Instustry Standard Servers da HP Portugal. Ainda segundo este responsável, «a HP desenvolveu ferramentas específicas que permitem ao cliente verificar qual a potência que realmente precisa», o que possibilita «maximizar a eficácia e baixar assim os consumos».

Igualmente interessante é a unificação dos recursos físicos e virtuais graças às ferramentas ProLiant Onboard Administrator para uma gestão mais simples, Insight Control Environment para uma redução dos gastos de gestão e Insight Dynamics-VSE e Virtual Flex-10 para a redução da complexidade dos ambientes virtualizados. O processo de migração para os ProLiant G6 é facilitado pelo HP Server Migration Pack, que transfere sistemas operativos, aplicações e a informação de um servidor para outro sem erros. A plataforma HP ProLiant G6 inclui os modelos rack DL380, DL370, DL360, DL180 e DL160, os blade BL490c, BL460c e BL-280c e os tower ML370, ML350 e ML150. A maioria das plataformas está já disponível, sendo que os servidores DL360, DL370 e BL280c apenas ficarão disponíveis durante as próximas semanas.


SOFTWARE DE GESTÃO

GRUPO SOFT MANTÉM APOSTA NA SYNEL A empresa lusa prepara-se para conquistar mais projectos complementando a sua oferta de software com os terminais de leitura biométrica israelitas A especialidade do Grupo Soft é o software de gestão, com uma especial ênfase na área da gestão de recursos humanos (RH). Segundo o seu administrador, António Fontinha, a empresa dispõe de duas ofertas para esta área: «Uma que visa a instalação de software nos equipamentos do cliente, em que a empresa licencia o produto; e uma outra, de outsourcing aplicacional, em que o cliente utiliza o software à distância estabelecendo comunicações com os servidores da empresa a partir de sua casa, não tendo assim que se preocupar com o hardware ou com a manutenção e até com a própria operacionalidade dos dados, uma vez que é o GrupoSoft que, de acordo com os termos contratuais, trabalha essa área.» Tendo em conta que a área de RH é muito alargada, com muitas subdivisões e sectores de actividade, o Grupo Soft, para lá das suas aplicações quer em utilização no computador do cliente, quer à distância via outsourcing aplicacional, complementa essa oferta com outros produtos que lhe permitam ter uma oferta mais ampla capaz de cobrir todas as necessidades do cliente. «Não fazia sentido que, sendo um dos módulos do nosso sistema o de Gestão de Pontos ou Gestão de Tempos, não pudéssemos oferecer uma solução de recolha desses mesmos tempos, da presença dos colaboradores das empresas», salienta António Fontinha. Daí que o Grupo Soft tenha, de há largos anos a esta parte, estabelecido um acordo com a israelita Synel Industries, uma das empresas líderes mundiais na área de tratamento e picagem e controlo de acessos, de recolha e gestão de tempos. «Quer isto dizer que só em casos muito, mas mesmo muito excepcionais, é que nós fazemos uma oferta exclusivamente de terminais ou de equipamento, seja ele de controlo de acesso ou de registo e controlo de tempos; de resto, são sempre soluções integradas e que são vendidas englobadas em pacote com as nossas soluções, seja na solução de software para instalação no equipamento do cliente, seja na de outsourcing», esclarece o administrador. Neste caso, a única diferença reside no facto de, na solução de outsourcing, os terminais relógios serem do Grupo Soft, fazendo parte do serviço que visa a disponibilização dos terminais para que os colaboradores da empresa façam a recolha dos dados. De acordo com António Fontinha, «os terminais da Synel têm muitas possibilidades quer de capacidade de leitura para lá da simples biometria – que é uma

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ARQUIVO PCG

TEXTO JOÃO PEDRO FARIA

António Fontinha, administrador do Grupo Soft

situação importante e que permite garantir que quem picou o ponto foi a pessoa que deve fazê-lo e não outrem a quem foi emprestado o cartão». A leitura e análise de uma impressão digital depende de diversos factores, tais como a temperatura, a humidade da pele e do ar e o nível de gordura da pele, entre outros. «Os terminais têm inclusive a capacidade de poderem ajustar a leitura em função do tipo de população que está a ser alvo da utilização dos próprios terminais», sublinha o responsável do Grupo Soft. Por outro lado, por Lei, tem de haver um registo de presenças em todas as empresas disponível para uma eventual visita de um inspector de trabalho. «Mais do que usar o velho livro de ponto, que já não é adequado», a utilização do software como apoio aos terminais tem a vantagem de não servir só para saber quem está ou não está, mas também para classificar ausências, tempos de presença extraordinárias, identificar entradas e saídas de turnos», defende António Fontinha. Isto é ainda mais evidente «para uma empresa com uma centena ou com uns milhares de pessoas». Os terminais da Synel podem também funcionar

como elementos para controlo de acessos, tendo a capacidade para fazer a ligação para a abertura de portas ou disparo de alarmes. A empresa usa o seu próprio software para dialogar com o equipamento, recebendo a informação e devolvendo-a. «Imaginemos que o empregado quer saber qual é o saldo das suas horas, se for uma situação de horário flexível, ou quer encontrar o tipo de justificação para sair mais tarde. Ora, os novos terminais funcionam como um quiosque, isto é, têm um ecrã táctil no qual desenvolvemos um teclado virtual, através do qual o utilizador pode introduzir dados.» Sempre que a empresa o disponibilize, o colaborador pode fazer todo o trabalho neste terminal sobre a Intranet. «Por exemplo, temos clientes que usam o SY 2000 para refeitórios, não só para fazer a marcação do prato que se pretende para o dia seguinte, como também para fazer o registo dos consumos do próprio dia – estes clientes usam o terminal precisamente por causa da simplicidade do ecrã táctil», salienta António Fontinha. O Grupo Soft conta actualmente com cerca de 160 clientes activos, dos quais 64 são clientes de outsourcing e os restantes de software aplicacional.



FORMAÇÃO

«DISTINGUIMOS ENTRE VENDER CURSOS E MINISTRAR FORMAÇÃO» Com uma metodologia de ensino orientada pela disponibilidade de cada aluno, a Alta Lógica vai reforçar a oferta de formação na área de TIC Já passaram quase 13 anos desde que a Alta Lógica apareceu no mercado nacional de formação técnica na área de tecnologias de informação. O projecto foi lançado por Aziz Issá, actual director de formação do centro, que aproveitou a sua experiência pessoal no ramo, nomeadamente no desenvolvimento de sistemas de informação. Desde o início que o enfoque na formação obedeceu a regras de aprendizagem gradual e ritmada pela disponibilidade de cada aluno. «O formando aprende ao seu ritmo com o apoio de um formador pró-activo e faz o seu próprio horário», explica Aziz Issá. As sessões formativas podem ser realizadas entre as 9h00 e as 21h30, de segunda a sexta-feira, e aos sábados das 9h00 às 14h00. O objectivo é facultar a formação necessária sem pressionar o aluno e garantir assim «uma aprendizagem progressiva e consistente» que possibilita que o formando «consolide os seus conhecimentos em cada etapa». De forma a experimentarem este método, os potenciais alunos podem realizar uma aula experimental gratuita. Esta estratégia tem uma razão de ser. O director de formação sublinha que «a Alta Lógica distingue entre vender um curso e ministrar formação». Para Aziz Issá, são conceitos muito diferentes, já que a compra de um curso faculta ao formando o direito a assistir a aulas segundo um calendário previamente definido. No final, tem direito a um certificado. «De facto, o participante pode dizer “fiz o curso tal”. Mas, será que aprendeu?», questiona Aziz Issá. O mesmo responsável esclarece que «fazer formação é assimilar conhecimentos e competências, em suma, aprender a fazer. Aí, o formando poderá dizer “agora sei fazer isto, como deve ser”». Aziz Issá garante que é esta a filosofia e o compromisso que a Alta Lógica assume com os seus alunos e também a razão pela qual o centro ministra formação e «não vende cursos».

WEB DESIGN É APOSTA IMEDIATA Este ano, a Alta Lógica aposta forte nas TIC, sobretudo em Web Design & Development (WDD), no Desenvolvimento em geral (vulgo programação), e na Utilização, nomeadamente em aplicações do

SABIA QUE...

...a Alta Lógica tem 1 253 formandos distribuídos por 33 cursos na área de TIC. Até agora, o centro foi responsável por 55 097 horas de formação.

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ARQUIVO PCGUIA

TEXTO JOÃO TRIGO

Os alunos têm direito a uma aula experimental gratuita

Microsoft Office e Desenho gráfico. A primeira «constitui uma das apostas mais fortes da Alta Lógica, que será reforçada nos próximos anos», refere Aziz Issá, que faz questão ainda de sublinhar o carácter abrangente do curso de Web Designer. A Alta Lógica pretende ainda alargar a oferta formativa relacionada com o desenvolvimento para as plataformas .Net e Java. Actualmente, o instituto oferece os cursos de VB.Net e Java, mas ao longo de 2009 serão adicionados C#, ASP.Net, Java Avançado, entre outros. Questionado acerca da importância da área de formação em TIC para a sua empresa, o responsável pela Alta Lógica dá a entender que é primordial para a estratégia do centro de formação. Aziz Issá explica que «existe uma grande procura de conhecimentos onde a Alta Lógica tem uma oferta muito competitiva» e mesmo os cursos de iniciação, como os que oferecem conteúdo programático no âmbito do utilizador, são muito concorridos. Os objectivos da Alta Lógica, «até ao fim deste ano e nos que se avizinham», passam por «reforçar a oferta formativa no domínio do desenvolvimento para a Web, aprofundar a oferta de cursos sobre a platafor-

ma VB.Net e Java» e «lançar a plataforma de E-Learning com horizonte internacional dirigida à lusofonia, numa primeira fase», sublinha. Além destas metas, Aziz Issá quer celebrar protocolos com empresas de TI onde os formandos do centro de formação possam estagiar, já que, por ora, e «de uma forma informal», a Alta Lógica divulga ofertas de trabalho quando as empresas do sector contactam o centro de formação à procura de profissionais na área. Neste momento, a empresa tem alguns protocolos estabelecidos com empresas no sector, que beneficiam de condições favoráveis no acesso aos cursos da Alta Lógica e que «transmitem quais as suas necessidades formativas». Além disso, há acordos com associações de estudantes. Estas têm à sua disposição descontos na aquisição de formação. Aziz Issá conclui dizendo que «a Alta Lógica está disponível para estabelecer parcerias com empresas de TIC». De resto, a PCGuia sabe que já há alguns processos em curso. Aziz Issá explica que são principalmente profissionais de TIC, pessoas que querem iniciar uma carreira profissional no sector e utilizadores de informática no geral que recorrem aos préstimos da Alta Lógica.



CASE NOTÍCIAS STUDY

António Marques, director do Departamento de Engenharia da Clasus e padre Tarcízio Morais, vice-director pedagógico e director do Ensino Secundário da escola Salesianos do Estoril

ESCOLA SALESIANOS DO ESTORIL ADOPTA QUADROS INTERACTIVOS Apesar de estarem há pouco tempo na escola, os novos quadros permitiram optimizar os métodos de ensino TEXTO SUSANA ESTEVES FOTOS VÍTOR GORDO A PCGuia voltou à escola primária, ao primeiro ano para sermos precisos. Quisemos ver no terreno de que forma os badalados quadros interactivos conseguem enriquecer as aulas, e optimizar a curva de aprendizagem dos alunos, o trabalho do professor e os métodos de ensino. Na sala de aula que visitámos, na instituição de ensino Salesianos do Estoril, o velho quadro de giz ainda lá está, mas quase votado à secção de peças de museu. Esta escola conta já com 22 quadros interactivos, colocados ao serviço de diversos anos de escolaridade, e o projecto ainda vai a meio. Na conversa que tivemos com o padre Tarcízio Morais, vice-director pedagógico e director do Ensino Secundário, este fez questão de começar logo por referir que as mais-valias deste equipamento são, na opinião de professores e directores, fácil e rapidamente mensuráveis. Na turma C do 1º ano, a velha pergunta “professor,

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posso ir ao quadro?” ganha com estes quadros um gostinho especial. Segundo o professor desta turma, António Salgueiro, não só o interesse das crianças é maior, como o ritmo de aprendizagem é bastante mais rápido. «Os alunos estão sempre prontos a participar», indicou, acrescentando que apesar de estes alunos não irem vulgarmente ao quadro, quando vão sabem exactamente onde ficam todas as opções e botões necessários para efectuar uma determinada operação. O facto de o professor poder brincar com a matéria e cativar mais facilmente os alunos pela componente visual, gráfica e interactiva que esta plataforma dispõe também facilita o seu trabalho de docente. Os quadros permitem, entre outras coisas, que o professor prepare a aula em casa, carregando depois os conteúdos no quadro, guardar todos os conteúdos, temáticas e exercício feitos durante a aula em ficheiros e usá-los mais tarde, entre outras opções. Num nível mais

avançado, o professor pode, inclusive, partilhar a sua aula remotamente com um aluno que esteja, por exemplo, doente em casa, através da função de videochamada permitida. Foi esta percepção, de que os quadros interactivos oferecem um valor significativo enquanto ferramenta pedagógica, que levou a escola a iniciar este projecto. «Foi um processo bem estudado; quisemos ir introduzindo isto nos diversos sectores, já que esta é uma escola dos 4 aos 18 anos», disse António Salgueiro. Para além disto, reconheceu, «no início não quisemos investir tudo, porque quisemos avaliar o funcionamento dos equipamentos e a reacção dos docentes e alunos, mas todos os professores receberam muito bem estas ferramentas. Hoje, é praticamente impensável não ter os quadros dentro da sala de aula. É um instrumento fundamental».


O feedback dos professores é, nas palavras de Tarcízio Morais, «extremamente positivo». Enaltecendo a simplicidade de manuseamento deste equipamento, este responsável da instituição de ensino indicou, a título de exemplo, que mesmo os professores com 30 anos de serviço, que não têm conhecimentos vastos na área de informática, trabalham muito bem com eles. No que toca aos alunos, se os mais pequenos conseguem conquistar um ritmo de aprendizagem muito maior, os mais velhos ganham na atenção e concentração. «Eles, com os quadros, podem ver as coisas, mexer nelas; é completamente diferente; é um esquema de ensino mais dinâmico», disse, elegendo como exemplo as disciplinas de Biologia e FísicoQuímica como duas das que mais ganham com a componente visual e gráfica proporcionada pelos quadros interactivos. A escolha da Clasus como fornecedora do equipamento não esteve apenas dependente da qualidade dos quadros interactivos. Como explicou o vice-director pedagógico, para além de se tratar de uma empresa portuguesa, o que facilita o acompanhamento de todo o processo, foi aquela que ofereceu uma solução global, que incluía a colocação dos quadros, os projectores, a formação e o acompanhamento do processo. «A qualidade do produto também nos pareceu muito boa, comparativamente às estrangeiras», acrescentou o director do colégio. O investimento que uma solução destas envolve é alto, mas, na opinião de Tarcízio Morais, é totalmente compensador. Quadro, projector e suporte custam cerca de 2000 euros, mais IVA. Compensa pelo facto de o consumo energético destes equipamentos ser baixo. A ligação ao quadro é feita via USB, ou seja, é alimentado através do computador, pelo que não necessita de energia eléctrica. Os equipamentos têm uma garantia de 5 anos, e apesar de não existir um contrato oficial de manutenção entre a Clasus e o colégio Salesianos do Estoril, Paulo Duarte, director comercial nacional da Clasus, assegurou que a companhia dá um serviço de assistência permanente e que, em caso de avaria, o equipamento é substituído. Este equipamento exige por arrasto uma infra-estrutura de rede capaz de suportar a transacção de todo o tipo de conteúdos, um investimento que a Escola dos Salesianos do Estoril realizou antes de avançar com os quadros da Clasus. O espaço dispõe de uma rede com fios e áreas wireless às quais os alunos e professores têm acesso, «suficientemente boa para suportar o acesso dos Magalhães», garantiu Tarcízio Morais. A escola espera conseguir equipar as restantes turmas com os quadros até ao final deste ano, para começar a pensar nos próximos passos: garantir uma interacção ainda maior entre escola e casa e criar quiosques a partir dos quais os alunos possam efectuar todo o tipo de consultas e marcações, como o almoço, por exemplo.

UM A-MIGO DO ESTUDO O software que integra o equipamento, denominado A-migo, não é vendido como licença, mas unicamente

OS QUADROS PERMITEM QUE O PROFESSOR PREPARE A AULA EM CASA

como parte integrante do quadro, sendo que a solução pode depois ser livremente difundida pela comunidade escolar. Ou seja, professores alunos e funcionários poderão instalar a solução no PC de casa. Para quê? Porque só desta forma poderão usufruir de algumas ferramentas, como a de colaboração. Neste campo, a solução de videoconferência conquista facilmente o palco principal. É através desta última aplicação que a instituição poderá permitir, por exemplo, a um aluno que está doente em casa assistir e participar activamente nas aulas, através de videochamada. Neste caso, o aluno só tem acesso às sessões (videoconferência) mediante autenticação. O professor tem sempre acesso à lista de pessoas que estão ligadas, a partir do exterior. A aplicação é bastante leve, asseguraram os responsáveis da Clasus, pelo que pode ser instalada em máquinas como o Magalhães. A versão actual do software é a 1.0, mas a 2.0 está já a caminho. Actualmente, a solução oferece a professores e alunos um conjunto de ferramentas virtuais, em tudo semelhantes àquelas com que habitualmente trabalham, como é o caso de compasso, régua, calculadora, mapas ou transferidor. Permite também a configuração de perfis, interacção com múltiplos formatos de ficheiros, reconhecimento automático de caracteres e formas geométricas, facilita a integração de outros programas externos, e o envio directo de conteúdos por e-mail para todos os utilizadores, algo especialmente importante quando futuramente as crianças puderem trabalhar com os seus próprios computadores portáteis dentro da aula. Segundo António Marques, director do Departamento de Engenharia da Clasus, a nova versão representa um grande aperfeiçoamento da linha. «Estamos a usar uma versão para Windows, mas o mercado espanhol tem requisitos muito fortes a nível de Linux, e há sectores com um parque de Mac OS grande. É um encargo muito grande conseguir desenvolver três boas aplicações, por isso, estamos a mudar a forma de desenvolvimento, para criar uma que possa ser usada em vários ambientes», fez saber António Marques. A nova versão terá, desta forma, a mesma estrutura base principal, mas permitirá o uso de diferentes interfaces, consoante as necessidades dos utilizadores. Justificando esta opção, António Marques indicou

que, «apesar de existir já uma interface muito boa, a verdade é que, neste caso, os utilizadores vão dos 4 aos 18 anos, e a forma de cativar um utilizador de 4 e de 8 anos não é igual. Este último terá de ter uma paleta de ferramentas maior». A eventual criação de várias aplicações orientadas para diferentes targets foi posta de parte, em prol do bom funcionamento da mesma. «Se criarmos duas aplicações diferentes vamos ter de assegurar compatibilidades, gerir instalações diferentes, entre outros pontos. Assim não. Temos um núcleo comum e em cima dele podemos desenvolver facilmente as interfaces que quisermos», explicou. Reforçando esta questão, o mesmo executivo avançou ainda que a Clasus está a trabalhar em alguns projectos, a nível internacional, que pressupõem a utilização de quadros interactivos em ambientes específicos, que, muitas das vezes, exigem a integração com outras aplicações. Com a versão 2.0 vêm também ferramentas e funcionalidades novas. São disso exemplo uma solução de videoconferência optimizada e a possibilidade de equipamentos externos poderem ser interligados, como é o caso dos microscópios. No campo dos itens a repensar, António Marques indicou que as opções poderão não ser removidas, apenas retiradas do primeiro plano. O exemplo citado foi o reconhecimento de caracteres, uma ferramenta muito específica que não enriquece o que a marca classifica como trabalho espontâneo. A Clasus não quis avançar a forma como este upgrade vai ser feito na base de clientes, mas indicou tratar-se apenas de um processo simples, que envolve apenas software. Paulo Duarte admitiu que o grosso das vendas está a ser feito para a área da educação e câmaras municipais, porque tutelam o Ensino Básico, no entanto, o mercado empresarial é também um forte alvo, nomeadamente as grandes empresas e os centros de formação profissional. «Temos algumas referências interessantes ao nível dos municípios, e ganhámos quase todos os concursos aos quais concorremos», disse. A Prosegur, as tintas CIN, a Fragata Corte-Real e o navio Escola Sagres são algumas das referências. A escola Salesianos do Estoril acabou por servir de exemplo para as demais escolas do grupo que, entretanto, já iniciaram um projecto semelhante.

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OPINIÃO

Pedro Lima, Partner da Leadership Business Technology

CRIAÇÃO DE VALOR COM OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

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o actual contexto económico, as empresas avaliam escrupulosamente todos os investimentos com base no retorno que deles se espera e, neste aspecto, os investimentos em sistemas de informação não são, nem devem ser, diferentes. No entanto, verifica-se que este método de selecção dos investimentos tem tido um impacto mais negativo nos orçamentos dos sistemas de informação do que nos de outras áreas. Isto ocorre porque é bastante difícil avaliar o retorno de um sistema de informação, embora seja relativamente fácil quantificar o seu custo, o que coloca estes investimentos em desvantagem face a outros numa comparação directa. Dada a relevância que hoje os sistemas de informação têm nas empresas, é importante garantir que os investimentos nesta área são avaliados em igualdade de circunstâncias com os restantes investimentos. Para tal, há uma questão de fundo à qual é fundamental responder: que valor geram os sistemas de informação para a organização? Esta questão não só não é de resposta fácil, como encerra um paradoxo interessante: como estabelecer uma relação de causa/efeito, se o valor dos sistemas de informação não é criado no mesmo local em que os custos são indexados (por exemplo, numa implementação de um Portal de compras a “factura” é paga pela Informática, mas o impacto decorrente do aumento das vendas sente-se no Departamento Comercial). Para assegurar que os sistemas de informação geram retorno positivo para as empresas recorre-se à Gestão Estratégica dos Sistemas de Informação. Esta preconiza três formas de utilizar os sistemas de informação: para a criação de valor; para a melhoria do desempenho organizacional; na redução de custos com os sistemas de informação. Os sistemas de informação são utilizados para criar valor através do alinhamento da estratégia de sistemas de informação com a estratégia da empresa, o

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que se consegue assegurando que cada projecto de SI esteja directamente relacionado com cada um dos objectivos estratégicos. Neste contexto, três iniciativas assumem particular relevância: a definição de um plano estratégico para os sistemas de informação, alinhado com a estratégia, que estabeleça as acções prioritárias, assegure o seu cumprimento e possibilite a sua monitorização; a implementação de mecanismos de gestão do portfolio de projectos que permitam gerir a procura interna de projectos alinhando-a com os recursos disponíveis, seleccionando os projectos mais relevantes em função da sua contribuição para o atingimento da estratégia da empresa; a utilização dos sistemas de informação como alavancas do negócio, contribuindo para iniciativas de aumento da geração de receitas ou de redução de custos; A contribuição dos sistemas de informação para a melhoria do desempenho organizacional passa pela implementação de iniciativas que permitam aumentar a eficiência e eficácia empresariais. Neste contexto, enquadram-se projectos de sistemas de informação que visem optimizar os processos de negócio (automatização de tarefas, desmaterialização, gestão documental, workflow, etc.), melhorar a quantidade e qualidade da informação disponível para a tomada de decisão (corporate e business intelligence), optimizar a organização de SI (IT Governance), implementar boas práticas processuais (ITIL, Cobit), aumentar a agilidade empresarial e fomentar a inovação (definição de arquitecturas de sistemas que permitam responder de forma ágil aos desafios de negócio), entre outros. O objectivo da redução de custos com os sistemas de informação é assegurar que o retorno é maximizado incorrendo-se no menor custo possível. Para este efeito, três tipos de iniciativas são possíveis: optimização dos activos de software ou hardware (uniformização de sistemas e tecnologias, consolidação de activos, aumento do grau de maturidade tecnológica, redução do custo total de posse), aumento da produtividade dos RH (reorganização, outsourcing) ou implementação de uma aborda-

gem de compras estratégicas (renegociação de contratos, redução de volume de aquisições, recurso a soluções open source). A adopção de uma, ou mais, destas três abordagens a um caso em concreto dependerá da análise do contexto da empresa em questão. Embora na actual situação económica muitas empresas optem pela abordagem mais imediatista, que é a redução de custos – dado que é a que tem um impacto mais visível e retorno imediato –, esta decisão pode ter um impacto negativo e, inclusivamente, comprometer a sobrevivência, a prazo, da empresa. Para tomar uma decisão estruturada sobre qual a abordagem a adoptar, é fundamental avaliar a situação actual da empresa e considerar a evolução que se pretende para o futuro, respondendo a algumas questões. Quais são os objectivos da empresa para o curto, médio e longo prazo? Quais as iniciativas estratégicas que foram definidas para os atingir? Quais os recursos necessários? É mais importante para a empresa a redução imediata de custos ou o incremento da flexibilidade organizacional, ainda que possa implicar que os custos sejam reduzidos de forma mais dilatada no tempo? É a resposta a estas e outras questões que permitirá determinar quais as iniciativas de sistemas de informação que deverão ser implementadas para maximizar o retorno do investimento para a organização. É, pois, o recurso à Gestão Estratégica dos Sistemas de Informação como ferramenta para definir as iniciativas e seleccionar as que maximizam o retorno que torna possível comparar num plano de igualdade os projectos de investimento em sistemas de informação com os projectos de outras áreas que concorrem pela utilização dos mesmos recursos, seleccionando aqueles que representam o maior benefício para a organização. Não sendo de implementação simples, a Gestão Estratégica dos Sistemas de Informação é a única forma de assegurar que, de uma forma consistente e continuada, os sistemas de informação são alinhados com os objectivos das empresas e que contribuem para a geração de retorno positivo.



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SOFTWARE LIVRE AO SERVIÇO DAS EMPRESAS NACIONAIS As empresas portuguesas ainda não conseguem acompanhar a tendência mundial a favor do open source, mas, segundo os players do mercado, estão no bom caminho TEXTO SUSANA ESTEVES FOTOS ARQUIVO PCGUIA

Menores custos de licenciamento, maior estabilidade e robustez, mais segurança e maior interoperabilidade entre sistemas. Estas são apenas algumas das vantagens das soluções open source citadas por empresas que operam no mercado. Estes players defendem que tem de haver uma sensibilização do mercado empresarial para esta temática, para que certos mitos possam ser desfeitos. Todas as empresas

contactadas pela PCGuia mencionaram que o uso errado de alguns termos leva à formação de conceitos também eles errados. O caso mais flagrante é o de software gratuito. Apesar de existirem soluções e distribuições open source gratuitas, num ambiente empresarial, este tipo de software é menos dispendioso do que soluções proprietárias, mas comporta custos de formação,

suporte e manutenção. Ou seja, a liberdade deste software não está relacionada com o aspecto financeiro, mas sim com o acesso livre por parte dos utilizadores, que lhes permite “manipular” o produto e ajustá-lo às necessidades. Segundo as empresas que contactámos, Portugal mostra-se um pouco reticente quanto ao uso destas soluções, comparativamente a outros países europeus, no entanto, esta tendência está a diminuir. O responsável da Sun Microsystems, Paulo Vilela, afirma que a sua empresa recebe cada vez mais consultas e faz cada vez mais propostas de software livre. «Há um conhecimento crescente do mercado, que é ainda mais espicaçado pela actual situação económica e pelas campanhas persecutórias lançadas contra o software pirata nas empresas», disse este arquitecto de sistemas.

NOVEL Com um cada vez maior número de grandes e pequenas empresas a aderir ao open source, a Novel acredita que há cada vez mais consciência do baixo custo que estas soluções envolvem e da maior flexibilidade que oferecem. João Baptista, director-geral, lembrou que, a nível mundial, continuamos a ver várias companhias a adoptar soluções open source. «O continente europeu é um espaço onde a utilização do Linux se tornou bastante agressiva. Infelizmente, Portugal não tem acompanhado o crescimento global», segundo João Baptista. A ideia de que há falta de suporte empresarial para este tipo de produtos e problemas de interoperabilidade com outros ambientes tecnológicos ainda persiste. Mas, sem razão. «Quer as empresas de software, quer os fabricantes de hardware, prestam suporte às soluções de open source integradas na sua oferta, e nota-se um crescente exponencial na oferta de serviços de integração com especializações em tecnologia de código aberto», comentou o director-geral, sublinhando que esta é uma tecnologia totalmente baseada em standards, o que permite a interacção com tecnologias que seguem o mesmo caminho. «Com a parceria estabelecida entre Novell e Microsoft, a interoperabilidade entre as duas tecnologias é actualmente uma realidade», salientou. A multinacional tem duas ofertas nesta área: sistemas

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operativos para servidor e para desktop (Suse Linux Enterprise) e pacotes de software colaborativo, compatível em ambientes Microsoft (Real-time collaboration, Team workspaces, Social networking, E-mail, Calendaring, Desktop productivity e Workgroup services foundation). «A Novell criou um bundle chamado Novell Open Workgrup Suite, baseado em Linux, que inclui sistemas de colaboração (e-mail), gestão e segurança, necessárias ao funcionamento regular de uma infraestrutura de TI, e que tem um custo aproximadamente 60% abaixo de qualquer tecnologia proprietária actualmente utilizada», avançou João Baptista. O director-geral disse ainda acreditar que existem actualmente excelentes oportunidades no open source em geral, e no Linux em particular. Justificando esta afirmação com alguns números, o executivo lembrou o crescimento de 200% em facturação e os 4700 clientes angariados pela sua empresa em 2008.

SUN MICROSYSTEMS Com uma base de novos clientes a aumentar, a Sun Microsystems é um nome automaticamente associado ao software open source. Paulo Vilela, arquitecto de sistemas, acredita que a tendência de crescimento destas soluções é real, e que alguns dos contras associados a este tipo de produto já não têm qualquer razão de ser. «O open source evoluiu de sistemas operativos como o Linux para aplicações como o MySQL, o SugarCRM e o Moodle. Evoluiu dos servidores para os netbooks, os PDA, os novos sistemas baseados no Google Android, e chegou às nuvens ao estar na base das soluções de Could Computing da Google, da Amazon, da Sun Microsystems e da IBM», enumerou Paulo Vilela. O mesmo responsável destacou algumas soluções promovidas sob a marca Sun Microsystems: a plataforma Java, que passou a existir no modelo open source, e que é uma das marcas mais conhecidas no mundo, quer através de aplicações empresariais como a Declaração Electrónica de Impostos e os sistemas de pagamento da Santa Casa da Misericórdia, quer através dos jogos Java nos telemóveis, ou do Cartão de Cidadão, que é um Java Card. O OpenOffice.org é «a mais conhecida aplicação de software livre identificada como tal e tem implementações crescentes em todo o mundo». O Open ESB (Enterprise System Bus) é a plataforma empresarial de interoperabilidade aplicacional utilizada em clientes como a Segurança Social, o Ministério da Justiça ou o grupo Modelo Continente. A estas três últimas juntam-se ainda a base de Dados MySQL, (a base de sistemas gigantes, como o da Wikipédia), o servidor aplicacional Glassfish e o software de desenvolvimento Netbeans, e o sistema operativo OpenSolaris. Paulo Vilela lembrou que a Peugeot-Citroen e o Banco do Brasil já migraram os seus desktops para software livre, e que a maioria das empresas Web 2.0 (Google, Facebook, Hi5) baseia os seus modelos em software livre. Aliás, a consultora Gartner prevê que

FORMAÇÃO LPI – Linux Professional Institute A DRI possui um leque alar gado de soluções direccionadas para as mais diversas áreas, desde o CRM, passando pelos blogues, bases de dados, sistemas operativos, plataformas, virtualização, redes sociais, entre outros, todos eles produtos open source. Mas foi na qualidade de Master Affiliate do LPI (Linux Professional Institute) que contactámos esta companhia. O LPI oferece um programa estandardizado para certificar especialistas em Linux. O pr ograma de certificações LPI tem uma distribuição neutra, segue as recomendações do padrão base de Linux e de outras convenções importantes de testes standard e profissionais. Os candidatos apenas necessitam de obter o LPI-ID através do registo no site oficial LPI, em www .lpi.org. A preparação para o exame poderá ser feita através de formação num parceiro certificado LPI, ou através de estudo autodidacta. A realização da certificação pode ser efectuada online, através de um centro Pearson VUE ou Prometric, ou de exame escrito, através da DRI, Master Affiliate do LPI em P ortugal. A certificação é composta por três níveis de conhecimento. O LPIC-1 (Junior Level) contempla os exames 101 e 102 e incide sobre as tarefas mais básicas em Linux, como a inst alação, configuração e gestão do software, o trabalho sobre a linha de comando Linux ou a r ealização de tarefas administrativas de manutenção. O LPC-2 (Advanced Level) é obtido através da realização dos exames 201 e 202 e inclui conhecimentos sobre o kernel Linux, sistemas de ficheiros, implementação, configuração e gestão de uma network e a dministração de serviços web. Por fim, o LPIC-3 (Enterprise Level) é composto pelo LPIC-301 Core e pelos exames especializados LPIC-302 Ambientes Mistos e LPIC-303 Segurança. O nível mais elevado da certificação em Linux tem como requisitos uma elevada experiência em arquitecturas e integração LDAP, planeamento de capacidade, trabalho em ambientes mistos ou conhecimentos avançados em alta disponibilidade e virtualização. Em Portugal, a formação em Linux é da da pelos

Diogo Rebelo, director-geral da DRI

parceiros oficiais nacionais LPI, que são a Sybase e a FLAG, enquanto o LPI tem a seu cargo os processos de certificação. «Por esse motivo, não dispomos do número exacto de formações dadas em 2008, mas podemos adiantar que, no ano tr ansacto, realizaram-se cerca de uma centena de exames de certificação LPI no nosso país», e xplicou o director-geral da DRI, Diogo Rebelo. Estas certificações são válidas por um prazo de 5 anos, a partir da data de atribuição do grau de certificação ao candidato, e um custo de 150 euros por exame, «sendo que é política comum do LPI estabelecer parcerias em eventos da área tecnológica de modo a pr omover descontos na realização dos exames até 50% do preço total das certificações», salientou. Questionado sobre as barreiras que ainda existem no nosso país a est e nível, o director-geral da DRI indicou que a s lacunas evidenciadas nesta área reflectem, de certa forma, as forças de bloqueio que a t ecnologia open source ainda vai encontrando no mercado empresarial. Segundo Diogo Rebelo, «a s organizações continuam na sua maioria a privilegiar as opções proprietárias para alavancar os seus processos de negócio, sendo que, felizmente, esta é uma tendência cada vez mais diluída, dada o reconhecimento maior da grande potencialidade das soluções abertas no que respeita à sua capacidade de personalização e à redução dos custos com software». Este executivo considera que a área da formação e certificação em Linux passa por uma fase de consolidação, tanto a nível empresarial como académico, «como o comprova a criação da Academia Linux em conjunto com o Ministério da Educação, bem como o int eresse cada vez maior que a s gerações mais jovens demonstram pelo software livre».

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PRO CASE STUDY HOTSPOT NOTÍCIAS

PARTE DAS EMPRESAS ATÉ PODE ESTAR A USAR OPEN SOURCE SEM SABER

90% das empresas em todo o mundo utilizem software open source em 2012.

SYBASE «Tendo em conta a actual conjuntura de crise internacional, este poderá vir a ser o ano do open source», afirmou Istvan Hubay Cebrian, OSS consultant da Sybase SBS Software. Durante os últimos anos, tem sido notória uma maior receptividade e procura relativa ao software livre por parte das empresas nacionais. É neste sentido que a Sybase tem vindo a trabalhar. Porém, como observou o OSS consultant da Sybase SBS Software, nas empresas que trabalham à margem do sector das TI existe ainda um desconhecimento das vantagens da utilização do open source, prevalecendo, por exemplo, a ideia de que têm de escolher entre software open source e software proprietário. «A verdade é que o open source pode ser utilizado conjuntamente com soluções proprietárias, e o Scalix é disso exemplo», frisou Istvan Hubay. Este programa, que funciona como a alternativa ao MS Exchange, pode ser interligado com o MS Active Directory (serviço de directórios), permitindo uma gestão de utilizadores mais centralizada. Istvan Hubay comentou também que existe a ideia de que o open source não é uma boa escolha para funções críticas da empresa, no entanto, «o que acontece é que parte das empresas até pode estar a usar open source sem saber». Grande parte da infra-estrutura da Internet está assente sobre software open source. Cada uma das moradas de Internet (web e mail) depende do sistema DNS. No coração dos DNS está um programa open source chamado BIND. Para além disto, aproximadamente 75% de todo o e-mail é gerado através do MTA (Mail Transport Agent) sendmail, que, por sua vez, é também utilizado no Scalix. O Apache (servidor web) é outro exemplo; serve aproximadamente 60% de todas a páginas na Internet. «Todo este software open source é invariavelmente utilizado pelas grandes empresas», acrescentou aquele responsável. No portfolio da Sybase, a Scalix (solução de e-mail e groupware), a KnowledgeTree DMS para gestão documental, a Sugar CRM (Customer Relationship Management) e o Joomla CMS para portais web são

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algumas das soluções fornecidas consoante as necessidades dos mais diversos clientes. A Sybase dispõe ainda do RedHat Enterprise Linux, um sistema operativo muito utilizado a nível empresarial em múltiplas áreas.

LOG Na visão de Gonçalo Salgado, partner Log, os mitos que ainda subsistem associados ao uso de software livre são muitos e passam por ideias como: «O software open source não tem suporte adequado; as grandes empresas não usam open source; o open source é uma moda.» Desmistificando estes pontos, o executivo lembrou, por exemplo, «que é o Apache que gere mais de 60% dos servidores web, muitos deles com necessidades críticas de escalabilidade e performance». Para Gonçalo Salgado, uma das grandes vantagens do open source é exactamente o suporte. «O facto de poderem existir centenas de programadores que são profundos conhecedores do software que um cliente está a usar, desmonopoliza logo o cliente do fornecedor», defende. O partner da Log recusa a ideia de que estes produtos estão na moda, e responde que há muito que eles já provaram ser soluções fiáveis, usadas como tecnologia core do negócio por muitas empresas. A prová-lo está o próprio portfolio de clientes da Log, que inclui empresas como a Portucel-Soporcel, a PT Comunicações, a Sonaecom, o Ministério da Saúde, a TAP e a Vodafone. «Durante vários anos, as soluções open source restringiram-se à camada da infra-estrutura, mas cada vez mais o mercado exige soluções open source na camada aplicacional, como CRM, ECM, ERP, entre outros», complementou Gonçalo Salgado. Neste campo, a Log possui, entre outras, soluções na área de migração e modernização de sistemas Legacy, Content Management System (CMS) e CRM. «Temos um portfolio único a nível nacional e tivemos a oportunidade de trabalhar além-fronteiras com a nossa tecnologia. Temos trabalho em clientes corporate no sector financeiro, na Administração Pública e telecomunicações», indicou aquele responsável. Para além disso, a empresa promove uma oferta em CMS e ECM (Enterprise Content Management System). «Temos utilizado diversos

produtos open source ao longo do nosso percurso, desde Wordpress, Liferay, a Bricolage», exemplificou. A Log é Silver Partner da solução SugarCRM, uma aplicação CRM de código aberto composto por um conjunto de características e processos que se propõem aumentar a eficácia a nível de marketing, vendas, satisfação dos clientes e desempenho do negócio.

CAIXA MÁGICA A Caixa Mágica é talvez, para o consumidor comum, uma das empresas mais conhecidas no nosso país a operar no sector do software livre. Paulo Trezentos, responsável máximo da companhia, garantiu que o negócio vai de vento em popa, tanto a nível residencial, como profissional, e reconheceu que a crise económica global está a criar maior sensibilidade para os custos no investimento e a conduzir a uma maior racionalidade na escolha, algo que favorece o software livre. Além do menor custo de licenciamento poder permitir canalizar os valores para serviços e formação, existe a grande vantagem de haver «independência face a um único fornecedor, uma maior flexibilidade na adaptação do software a novos desafios, segurança (principalmente vírus e malware) e desempenho/ uptime». Paulo Trezentos referiu também que o open source já não é exclusivamente apetecível para as empresas mais pequenas, com preocupações a nível de investimento. «As grandes empresas já estão a seguir esta tendência, não só a nível de infra-estruturas, servidores de e-mail e web, mas também ao nível do sistema operativo, da produtividade e da camada aplicacional de negócio.» Este ano, a Caixa Mágica pretende afirmar-se como a distribuição de Linux mais utilizada em Portugal, no desktop e no servidor, com mais de 630 mil clientes (500 mil Magalhães, 110 mil PC no Kit Tecnológico da Educação, 40 mil e-escolas e restantes por download). Esta estratégia contempla já a nova versão Linux Caixa Mágica 14, que irá aparecer em Maio. A empresa vai investir também no lançamento das appliances CAMES (soluções chave-na-mão de hardware e software Linux), em parceria com a Iportalmais. «Estas appliances simplificam a adopção de tecnologia open source, a nível de servidor nas PME», explicou o mesmo responsável. Relativamente aos mitos que ainda existem associados ao uso de soluções open source, Paulo Trezentos elegeu como principal a questão do suporte. «Muitas empresas não sabem que é possível ter SLA (service level agreement) para o software open source e obter até garantias de serviço mais elevadas do que com o software proprietário», defendeu.

TINTA DIGITAL Segundo José Carlos Correia, a TintaDigital pauta-se desde o início «por uma atitude de isenção tecnológica, não privilegiando fabricantes, marcas ou produtos, focando-se na melhor tecnologia e consequente solução para o cliente, numa postura de reforço da melhor relação custo/benefício». Em


conversa com a PCGuia, o director-geral da empresa afirmou que a sua empresa identifica o open source como a melhor solução em diversas áreas, das quais destaca o Web Content Management (WCM) e as bases de dados MySQL (da Sun Microsystems) e PostgreSQL. Este executivo lembrou que existem no mercado diversas soluções de WCM, mas é a opção open source que se diferencia pela inexistência de custos de licenciamento, permitindo a implementação de soluções com uma relação qualidade/preço e um retorno do investimento (ROI) mais eficiente. «Como empresa especialista em soluções de TI, disponibilizamos soluções de WCM open source que, adaptadas às necessidades e dimensões de cada organização, tornam o custo total da solução muito vantajoso», disse José Carlos Correia. A TintaDigital foi das primeiras empresas portuguesas parceiras MySQL, sendo que, desde 2007, todas as aplicações com bases de dados desenvolvidas para os clientes são suportadas por MySQL ou PostgreSQL. Alguns ISP portugueses, o Instituto Português de Corporate Governance – Cgov, a Fnac, a BRS Brasil, a NovaCidadania e a Egor são clientes da marca.

EUROTUX Os serviços profissionais Linux são uma das bandeiras da Eurotux, que possui uma oferta de soluções para a gestão de redes de serviços intra-empresariais, bem como para o acesso e presença na Internet. Com uma carteira de clientes onde constam nomes como a Caixatec (Grupo CGD), o grupo Impresa, as câmaras do Porto e de Barcelos, a Multicert, a Mobicomp e a TMN, esta companhia elege como grande vantagem do open source a rápida reacção a alterações profundas de ambiente ou de necessidades. «Sendo soluções baseadas em tecnologias abertas, não existem limites para a adaptação/alteração da solução de base», lembrou Jorge Paiva, director comercial da Eurotux Informática. Este responsável lembrou também que uma das questões que mais penalizam o crescimento deste tipo de produtos é o mito do custo. «Assume-se tipicamente que o custo de uma solução que tem por base software é livre é nulo. Mas é importante ter em consideração que existem custos de implementação e adaptação da solução às reais necessidades do cliente, bem como o custo de manutenção, que tanto na solução open source, como na solução proprietária tem um custo», explicou o director comercial da Eurotux. Da lista de soluções, a empresa destaca a ETMX – Filtragem de e-mail (antivírus, spam, aplicação de políticas, quarentena, arquivo), uma solução disponibilizada dentro de uma cloud de serviços cuja característica principal é a flexibilidade, e a ETFW, uma aplicação de segurança de perímetro, com a típica filtragem de pacotes, serviços de rede local, VPN site-to-site, terminação de VPN (integração com AD ou LDAP) e filtragem aplicacional (layer 7). «Ambas as soluções são comercializadas com ênfase no serviço de adaptação às necessidades ou ao ambiente específico do cliente, bem como ao nível e

tipo de suporte associado (8x5, 24x7, com ou sem SLA)», destacou Jorge Paiva.

IPORTALMAIS O director-geral da iPortalMais, Raul Oliveira, acredita que o surgimento de produtos como o IPBrick veio deitar por terra a ideia de que o open source, nomeadamente o Linux, implica um nível de formação elevado e conhecimentos muito aprofundados, e que é difícil e complexa a sua utilização. A tendência é para gradualmente aproximar o Linux do utilizador comum, e o melhor exemplo disso é o crescimento das quotas de mercado das distribuições de Linux nos netbooks e do próprio Firefox, cuja penetração já ultrapassa os 20%. Com uma oferta sustentada nesta tecnologia, a iPortalMais adicionou aos seus produtos estrela, IPBrick.IC e IPBrick.GT, o IPBrick For Oracle. Segundo Raul Oliveira, a instalação da base de dados e servidor de aplicações da Oracle realiza-se em menos de 30 minutos, quando anteriormente este procedimento necessitava de alguns dias de trabalho de técnicos especializados. A instalação de aplicações de terceiros que correm sobre a plataforma Oracle também foi melhorada. «Estas aplicações são agora instaladas em poucos minutos

através de um pacote RPM», disse Raul Oliveira. Na CeBIT 2009, a companhia deu especial relevo à integração da Central de Comunicações Unificadas IPBrick.GT com a plataforma de Gestão Documental iPortalDoc. Esta integração torna a IPBrick.GT na primeira central de comunicações unificadas do mundo a permitir gravar todas as formas de comunicação no seu gestor documental. «Deste modo, quando se activa a gravação de chamadas na IPBrick.GT, estas ficam de imediato guardadas no gestor documental e devidamente classificadas e associadas à entidade que fez a chamada de voz. O mesmo acontece com os faxes, os e-mails e as conversas instantâneas», explicou Raul Oliveira. Como prova da crescente aceitação desta tecnologia, por parte do mercado, o director-geral da iPortalMais avançou que, apesar de a solução IPBrick.SOHO estar agora a ser lançada, já está a ter uma boa aceitação nas pequenas empresas. Os produtos da iPortalMais estão implementados numa multiplicidade de sectores de actividade. O director-geral avançou nomes como o Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações, o Ministério da Economia, a BRISA, a Fertagus, a Pharmis, entre outros.

OPINIÃO O movimento do open source em Portugal O movimento do software open source (OSS em inglês) já redefiniu as regras do licenciamento e da utilização do software, levando a uma mudança do mercado de serviços em TI. Estudos de mercado recentes mostram que a adopção do OSS, em par ticular a sua adopção comercial, é guiada pelo interesse dos clientes ao verificarem lhes dá mais escolhas equiparáveis ou superiores a soluções proprietárias. O interesse das grandes empresas no OSS facilita igualmente o crescimento da taxa de adopção deste tipo de soluções. O crescimento do mercado português de software open source está numa fase de aceleração significativa. O volume de negócios est á, no entanto, aquém da divulgação do software open source... Isto faz sentido não só porque os serviços de suporte são distribuídos ao longo do período de utilização da aplicação, mas também porque existe mais utilização gratuita do que paga. Na Administração Pública, o crescimento do Open Source tem sido constante e sustentado, tendo sido divulgados diversos projectos bem sucedidos de adopção de soluções open sour ce a nível central e local. Este crescimento tem como suporte resoluções do Governo com vista ao desenvolvimento de software livre em Portugal. As grandes empresas procuram ajuda na construção de novos sistemas baseados em programas open source, nos quais não estão familiarizadas, junto de novos fornecedores ou de fornecedores da altura do boom dotcom que querem tornar-se o nome de r eferência nos serviços open source. Os programas open source, como, por exemplo, o sistema operativo Linux ou o servidor web Apa che, são utilizados frequentemente nas empresas.

José Carlos Pereira, secretário da direcção da Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesa

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NOTÍCIASDO GATO BLOGUE

O ATAQUE Infelizmente o Simplex também chegou à segurança dos computadores do governo

Há algum tempo, foi detectado por investigadores da Universidade de Toronto o maior esquema de espionagem cibernética de sempre. Milhares de computadores foram transformados em “escravos” e usados para espiar mais de 1000 outros computadores pertencentes a várias organizações em 103 países. Este esquema foi descoberto depois de um pedido feito pelo Dalai Lama para que a referida universidade fizesse uma auditoria à segurança dos seus computadores. Os endereços para onde a informação roubada estava a ser enviada estavam todos em território chinês. Para além de roubarem informação e corromperem ficheiros, os espiões podiam também ligar webcams e microfones remotamente. Isto só por si é uma notícia digna de nota, porque, hoje em dia, os potenciais James Bond já nem precisam de sair do escritório para espiar os inimigos. Mas o que é realmente impressionante é que houve computadores pertencentes ao Estado português a serem afectados, nomeadamente, os das embaixadas de Portugal na Alemanha e na Finlândia e os sistemas do Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER), de onde foram

copiados ficheiros considerados classificados. Sabe-se lá o que foi copiado. Tanto pode ter sido a receita de bolinhos de chocolate do nosso ministro da Finanças, como a folha de cálculo onde os empregados do Governo gerem a sociedade de apostas no Euromilhões, ou informações económicas e estratégicas sobre indivíduos e empresas. Eu sei que sou um mero gato sem qualquer importância, mas não agrada muito saber que informações sobre mim possam estar num qualquer computador pertencente aos serviços secretos chineses e que podem ser usadas sabe-se lá para quê. Na ânsia de dar uma imagem de modernidade e desatar a digitalizar tudo, o Governo esqueceu-se de proteger os sistemas informáticos que servem de base à “revolução digital”. A Universidade de Toronto até avisou o Governo da “extrema vulnerabilidade” dos seus sistemas informáticos. Bom, vamos lá dar uns conselhozitos, para ver se as cabeças pensantes começam a funcionar: - Não se pode permitir a utilização de suportes de armazenagem externos vindos sabe-se lá de onde, uma vez que são óptimos meios de disseminação de vírus e trojans – leia-se, pen drives, CD e DVD com as fotos das férias, da festa de anos dos miúdos ou com aqueles filmes que ainda não estrearam nas salas de cinema. - Os e-mails têm que ser FILTRADOS! A minha experiência diz-me que as pessoas quando recebem um e-mail têm tendência a abrir tudo o que é anexo, e, pronto, é vírus pela certa. - As portas TCP/IP têm que estar fechadas quando não estão a ser usadas. Já ouviram falar em firewalls? - Têm que contratar pessoas que percebam do que estão a fazer e não por serem filhos dos amigos (ou pior), que, por acaso, até dão a entender que sabem um bocado de computadores, porque são bons a instalar o driver da placa gráfica e a formatar discos, mas não passam de curiosos. Bolas! Ainda bem que não temos armas nucleares, porque, senão, tinha sido um espectáculo de luz e cor!

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