PCGuia 163

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PCGUIA JUNHO 2009

163 NETBOOKS

PCGUIA

COMO ACABAR COM OS CONFLITOS DE SISTEMA PROVOCADOS POR DRIVERS

TECNOLOGIA SEM LIMITES

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JUNHO DE 2009

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TESTÁMOS OS PORTÁTEIS MAIS PEQUENOS, LEVES E BARATOS DO MERCADO

DÊ AO XP O LOOK DO WINDOWS 7 ADAPTE O SISTEMA DE ACTUALIZAÇÕES DO WINDOWS ÀS SUAS NECESSIDADES

TESTE EM GRUPO A MOTHERBOARDS DE NOVA GERAÇÃO

VOLUME II

VALE A PENA FAZER O UPGRADE?

Nº 163 | 4,95 (CONT.) 0 0 1 6 3 5

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NETBOOKS

CONSTRUA UMA REDE USANDO A INSTALAÇÃO ELÉCTRICA DE SUA CASA

CONCEPTRONIC MEDIA TITAN EM ANÁLISE

PRÉMIOS LEITOR PCGUIA 2009 OS MELHORES NAS CATEGORIAS DE HARDWARE, SOFTWARE E SERVIÇOS




EDITORIAL

Director Pedro Tróia Redacção João Trigo (Editor) Susana Esteves, João Pedro Faria, Carlos Marçalo, Cláudia Sargento, Luísa Dâmaso, Lurdes Marujo [Secretária de Redacção) lurdesmarujo@ revistas.cofina.pt, Teresa Resende (Revisão)

Pedro Tróia director

PEQUENOS GRANDES COMPUTADORES

troia@pcguia.cofina.pt

Segundo os últimos dados da IDC, o mercado português de computadores pessoais cresceu 71,4% no primeiro trimestre de 2009, chegando às 537 mil unidades vendidas entre computadores de secretária e portáteis. Há várias razões importantes para este crescimento, destacando-se duas dessas razões: a chegada dos netbooks, os portáteis que fazem quase tudo o que os outros mais “tradicionais” fazem e custam menos de metade do preço, e os vários projectos e-escolas, incluindo o Magalhães, que permitiram mesmo às famílias com menos recursos terem um computador com acesso à Internet a preços muito convidativos. Mas, apesar do sucesso, que têm de especial os netbooks, qual é o melhor? Decidimos responder a estas perguntas com um teste em grupo onde colocámos frente-a-frente várias máquinas à venda em Portugal. A comparação contemplou parâmetros como o peso, o preço e as ofertas contidas nos pacotes. É também nesta edição de Junho que atribuímos os Prémios Leitor PCGuia. Os galardões são distribuídos por categorias e são fruto dos votos de todos os nossos leitores. Este ano, tivemos algumas surpresas em várias categorias que há já bastante tempo eram dominadas pelas mesmas marcas.

Arte Hélio Falcão (Director Adjunto) e Teresa Silva Colaboradores – Texto Susana Rodrigues, Patrícia Grilo, José Luís Porfírio, Paulo Barbosa, Artur Martins, Leonel Miranda e Patrícia Cordeiro Imagem Helder Oliveira/ Agência Who (ilustração da capa), António Moutinho, Vitor Gordo (fotos) Produção Gráfica Carlos Dias (Coordenador), Jorge Fernandes, José Carlos Freitas, Paulo Glória, Paulo Fernandes, Carlos Campos e Fátima Mesquita (Assistente) Circulação Madalena Carreira (Coordenadora), Jorge Gonçalves e Denise Amorim Publicidade Virgínia Melo virginiamelo@revistas. cofina.pt (Directora Comercial de Divisão); Daniela Correia danielacorreia@pcguia.cofina.pt (Gestor de Conta); Fátima Malaca fmalaca@revistas.cofina.pt (Coordenadora de publicidade), Rute Dias rdias@revistas. cofina.pt e Susana Fernandes susanafernandes@cofina. pt (Assistentes de Publicidade) Marketing Sónia Santos, Miguel Barreto, Susana Ventura (Assistente) Assinaturas Margarida Matos email assine@cofina.pt Linha de Apoio a Assinaturas Sandra Sousa, Ana Pereira e Filipa Cerqueira Telefone directo 213 307 777, Av. João Crisóstomo, 72, Galeria, 1069-043 Lisboa Venda de Edições Anteriores Caso pretenda adquirir números anteriores desta revista contacte o 219 253 248 ou revistasanteriores@revistas. cofina.pt Distribuição de Assinaturas JMTOSCANO, LDA. Tel: 214 142 909; Fax: 214 142 951; jmtoscano.com@netcabo.pt Pré-impressão H2M - Artes Gráficas, SA Av. Almirante Gago Coutinho, 44-A - 1700-031 Lisboa

ESTE MÊS...

Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90-Casal de Santa Leopoldina-2745-553 Queluz de Baixo Capa Printover fornecido por Sarriópapel Distribuição VASP – Soc. de Transportes e Distribuição, Lda, Complexo CREL – Bela Vista/Rua da Tascoa, 4.º Piso – Massamá – 2745 Queluz Directora Editorial Divisão Tecnologias Cristina Magalhães

João Trigo editor joaotrigo@pcguia.cofina.pt

...tive umas férias de que há muito precisava e aproveitei para me dar às lides campestres da vinha e da florestação. Mesmo assim, a minha placa 3G acompanhou-me (naturalmente), assim como o portátil, o media player, o leitor de MP3, o GPS, os telemóveis e a Playstation portátil. Há qualquer coisa de mágico em usar as últimas tecnologias no mais recôndito e inacessível pedaço de terra do nordeste transmontano. Susana Esteves jornalista susanaesteves@pcguia.cofina.pt

...instalei a RC do Windows 7 no meu netbook, numa tentativa de perceber se o novo sistema operativo não era areia a mais para a camioneta do pequeno. O processo correu sem problemas, foi extremamente rápido, e o sistema reconheceu automaticamente todos os componentes. A experiência é, até agora, muito positiva, não só em termos de rapidez (melhor que o XP), como de estabilidade. Vamos ver o que dizem os testes futuros. João Pedro Faria jornalista jfaria@pcguia.cofina.pt

...tive o prazer de ter em mãos as melhores propostas de netbooks que o seu dinheiro pode comprar. O seu e, de certa forma, o meu, já que lá em casa há quem esteja “interessada” em adquirir uma destas pequenas maravilhas, que eu vou depois obviamente pedir “emprestada” quando tiver que viajar em trabalho. São máquinas que podem não fazer tudo o que um notebook faz. Mas sem dúvida que realizam sem problemas as tarefas que a grande parte dos utilizadores de portáteis precisa que sejam feitas.

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Edirevistas Sociedade Editorial, S.A. grupo Cofina Media – SGPS, SA Conselho de Administração Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Laurentina Martins e António Simões Silva Directora de Arte Sofia Lucas Directora Comercial Olga Henriques Director de Produção Avelino Soares Directora de Marketing Maria João Costa Macedo Director Comercial Online José Manuel Gomes Director de Informática Rui Taveira Director de Recursos Humanos Nuno Mariz Directora Administrativa e Financeira Alda Delgado Director de Assinaturas João F. Almeida Director de Circulação Mário Rosário Directora de Research Ondina Lourenço Sede: Administração, Redacção, Publicidade: Avenida João Crisóstomo, 72, 1069-043 LISBOA. Telf.: 21 330 77 00; Fax: 21 330 77 99 Propriedade/Editora • EDIREVISTAS - SOCIEDADE EDITORIAL, SA • Capital social: €5.915.669 • CR.C.Lx n.° 500 061 130 • Contribuinte n.° 500 061 130 • Principal accionista: COFINA, SGPS, SA (99,46%) • N.º Registo E.R.C. 119 452 • Depósito legal: 97 116/96 • Tiragem média: 52 500 exemplares



ÍNDICE

46 GRANDES PARA QUÊ? 48 Acer Aspire One D150 48 Asus Eee PC 1000HE 49 Gigabyte M912M-2GB 49 LG X110-LAP710P 50 Toshiba NB100-12D 50 Tsunami Jumper T101

Regulares 8 Notícias 16 L ançamentos 18 Entrevista

Braço-de-Ferro 38 Motherboards

Guias

ASSISTÊNCIA TÉCNICA 100 Pergunte ao especialista

Banco de Testes HARDWARE 21 Toshiba NB 200 22 Conceptronic Media Titan 23 P avilion DV2 1010ep 24 Asus Eee Top 26 Phenom II X3 720 Black Edition 27 Asus GTX 275 28 Gigabyte GTS 250 OC 28 Chieft ech CFT-850-14C 30 Sapphire Radeon HD 4890 32 HP Officejet Pro 8500 32 Caviar Green 2TB TECNOMUST 34 HTC Touch Cruise II 34 Intuos4 34 ION Universal Mobile Power Bank 35 Thin Notebook Power Adapter 35 Choiix Air Through C-HL01-WS 36 Telemóveis

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53 60 62 67 68 70 72 74 80

SOFTWARE Explore o novo Windows Reinstale o Office Edite o Registo em segurança Edite o Windows Update Resolva os conflitos de sistema Mova os dados para um novo PC Organize a sua música Proteja os seus dados Dê ao XP o look do Windows 7

REDES 82 Proteja uma ligação Wi-Fi 84 Escolha o descodificador TDT 86 Use uma rede powerline HARDWARE 88 Monit ores 3D 92 Tecnologia quase invisível

Especial 94 Prémios Leitor PCGuia 2009

Entretenimento 105 Cryostasis 108 The Godfather II 110 World in Conflict: Soviet Assault

PCGuiaPro 113 NOTÍCIAS 118 SOFTWARE DE GESTÃO Filosoft antevê ano positivo 120 FORMAÇÃO Escola Digital prepara novo ano tecnológico 122 CASE STUDY Banco Mais implementa VPN-IP da Colt 124 OPINIÃO Soluções interactivas no ensino 126 HOTSPOT Computação em nuvem



PCG G

R E | S O FTWA R E | E N G E N H O C A S | T E ST E E M G R U P O

AMD GANHA TERRENO À INTEL O fabricante de microprocessadores aumentou em 4,6 por cento a quota de mercado

De acordo com a IDC, a AMD ganhou quota de mercado à Intel no primeiro trimestre deste ano. A empresa de estudos de mercado refere que as vendas de microprocessadores desceram quase 11 por cento no período entre o último trimestre do ano passado e o primeiro trimestre de 2009 – um decréscimo menos acentuado daquele que se havia verificado entre o terceiro trimestre de 2008 e o quarto trimestre do mesmo ano (17%). Nesta conjuntura negativa, a AMD aumentou a quota de mercado em 4,6% (dados relativos ao primeiro trimestre de 2009), pelo que o fabricante de microprocessadores detém agora uma quota de mercado total de 22,3%. A Intel perdeu 4,7% de quota. A multinacional americana é responsável por 77,3% de quota neste mercado de processadores para computadores de secretária e notebooks.

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NOTÍCIAS

MAGALHÃES DÁ LIDERANÇA À JP SÁ COUTO O mercado de computadores pessoais cresceu 71,4% no primeiro trimestre do ano. Os portáteis continuam a liderar a preferência dos portugueses

BREVES JUIZ DO PIRATE BAY PÕE EM CAUSA PROCESSO Tomas Norstrom, o juiz que sentenciou os responsáveis pelo site de partilha de conteúdos Pirate Bay, é membro de duas organizações de protecção de direitos de autor, o que, de acordo com os advogados dos réus, representa um conflito de interesses. Ficamos à espera de mais desenvolvimentos do julgamento mais mediático dos últimos tempos.

STEVE JOBS DE VOLTA

De acordo com o popular site The Inquirer, Steve Jobs deverá voltar ao trabalho já em Junho. O homem-forte da Apple afastou-se em Janeiro por motivos de saúde e desde então a empresa não fez quaisquer revelações sobre o seu estado de saúde e acerca da evolução do cancro no pâncreas de que Jobs sofre. No entanto, numa recente conference call, Peter Oppenheimer (CFO da Apple) anunciou que Jobs estará sentado à secretária e em funções no próximo mês de Junho.

O mercado nacional de PC cresceu 71,4% no primeiro trimestre deste ano (537 mil unidades), um valor que dá a Portugal o título de país com a maior subida da Europa Ocidental, que cresceu apenas 0,2%. Os números hoje divulgados pela IDC, no IDC EMEA PC Tracker, mostram ainda que o segmento de computadores portáteis continua a ser o principal catalisador deste crescimento no nosso mercado, ao registar 447 mil unidades vendidas nos primeiros três meses, o que representa uma subida de 89,7%. De acordo com o ranking Top 10 Vendors deste relatório, o Magalhães oferece a liderança do mercado de PC à JP Sá Couto, com 219 mil unidades vendidas, uma quota de mercado de 40,8% e uma taxa de crescimento de 1308,5%, relativamente ao mesmo período de 2008. No segundo lugar aparece a HP com 100 mil unidades vendidas. Separando “as águas”, e ao contrário da tendência que tem vindo a ser enfatizada por analistas e companhias que operam no sector, o segmento dos desktops revelou uma retoma no crescimento das vendas, no primeiro trimestre de 2009, face ao mesmo período do ano anterior, ao somar mais de 90 mil unidades vendidas, um acréscimo de 16% comparativamente ao mesmo período de 2008.

Neste segmento a liderança do mercado está nas mãos da HP, que detém 62,5% de quota do mercado, valor para o qual contribuiu o acordo deste fabricante com o Governo, que envolve cerca de 110 mil computadores. A segunda posição é ocupada pela JP Sá Couto, com 8 mil máquinas, apesar do decréscimo de 19,7% face a 2008. No campo dos portáteis, o pequeno Magalhães volta a catapultar o nome da JP Sá Couto para o primeiro lugar da lista. A companhia nacional vendeu 212 mil unidades e apresentou um crescimento de 3311,4%, o que representa 47,3% da quota do mercado de portáteis. A Toshiba ocupa a segunda posição do ranking, com 73 mil unidades vendidas, seguida da HP. «Este desempenho positivo do mercado nacional de PC está directamente associado ao Plano Tecnológico da Educação e aos programas e-escolas e e-escolinhas, que contribuíram decisivamente para que o mercado nacional de PC não tivesse registado uma ligeira quebra no primeiro trimestre de 2009», comentou Gabriel Coimbra, research & consulting director da IDC Portugal, sublinhando ainda que, «sem o programa e-escolas e o Magalhães, o mercado de portáteis em Portugal teria crescido menos de 10% neste trimestre». S.E.

STAPLES TEM NOVA LOJA

A Staples abriu uma nova loja em Palmela. A 33.ª loja da cadeia tem o nome do CEO da empresa, Ronald L. Sargent, que inaugurou pessoalmente o espaço. A nova unicidade comercial vai servir uma população de 60 mil habitantes.

AMERICANO FAZ AMEAÇAS NO TWITTER

«Começarei a matança agora!» Foi desta forma que Daniel Hayden, de 52 anos, anunciou as suas intenções na popular rede social Twitter. O FBI conseguiu identificá-lo e prendê-lo. O cibernauta foi presente a um juiz que decidiu libertá-lo por não o considerar uma ameaça pública.

ISRAEL OFERECE BÍBLIA EM MICROCHIP

O governo israelita deu ao Papa Bento XVI uma cópia do Antigo Testamento num chip de silício do tamanho de um pionés. Este chip está colocado numa caixa de vidro com uma lupa, e com as explicações técnicas para a leitura da Bíblia em hebraico e em inglês e com os primeiros 13 versos do Livro do Génesis. A lente aumenta o texto 10 mil vezes.

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AIRLIVE LANÇA WN-300R A Ovislink enriquece a família de routers com a norma N O AirLive WN-300R é um router baseado no padrão de rede sem fios 802.11n – garante, portanto, uma velocidade máxima de 300Mbps – e está equipado com quatro portas LAN para ligação de computadores à rede. A família WN-300 da AirLive foi desenvolvida para providenciar maiores velocidades e uma cobertura mais ampla do que os produtos compatíveis com o padrão 802.11, usando as tecnologias MIMO, Turbo G e XR. O equipamento conta com duas antenas independentes e destacáveis e o fabricante garante uma configuração

muito simples. Entre as características conta-se o botão de ligação WPS, a garantia de múltiplos SSID, isolamento de SSID, bloqueio de portas e firewall SPI. QoS e gestão de largura de banda de banda permitem maior controlo e eficiência. Oferece ainda vários modos de operação, como Modo AP, Modo Bridge (ponto a ponto e ponto multiponto) e Modo Repetidor (WDS e Universal), que permitem que o WN-300/301R se encaixe perfeitamente a qualquer ambiente de redes. O preço sugerido pelo fabricante é de cerca de 53 euros. J.T.


TDT OFICIALMENTE DISPONÍVEL A televisão digital terrestre arrancou com 40% do país já coberto A Portugal Telecom (PT) arrancou oficialmente com a televisão digital terrestre (TDT). Na apresentação do serviço, o presidente executivo da PT, Zeinal Bava, designou esta iniciativa como «piloto industrial», visto cobrir actualmente 40 por cento do território português. O executivo salientou o facto de Portugal ter conseguido avançar rapidamente com este projecto e de, em três anos, ter chegado a 29 concelhos, quando estava inicialmente estimada uma cobertura entre 10 a 15 localidades. Com isto, referiu Bava, «Portugal poderá antecipar o switch off do sinal analógico, uma vez que a PT prevê a cobertura total do território até ao final de 2010, 16 meses antes da data prevista pela União Europeia». Segundo a previsão deste operador, 80% do território já deverá estar coberto até ao final deste ano. A rede TDT irá substituir a actual teledifusão analógica terrestre, que emite os quatro canais generalistas, RTP Madeira e RTP Açores. Maior qualidade de imagem, de som e acesso a um vasto número de funcionalidades foram as três vantagens associadas a este novo formato. Algumas das opções anunciadas estarão apenas disponíveis para as pessoas que tiverem descodificadores mais completos, leia-se, com disco rígido. É o caso, por exemplo, da Pausa TV, que permite ao espectador parar o programa em tempo real e retomá-lo mais tarde (este fica gravado no disco da caixa), ou a gravação digital. À parte destas opções, existirá ainda um Guia TV, que indicará a programação de cada canal e uma barra de programação que indica qual o programa que está a ser emitido. Existirá ainda um canal de alta definição, disponível gratuitamente, que terá emissão em simultâneo de forma rotativa, com um dos canais de definição standards. As pessoas que não tiverem televisores, já com sintonizador digital incluído, terão de adquirir um aparelho descodificador, à venda no mercado. Quer os descodificadores, quer os equipamentos de televisão terão de ser compatíveis com a norma europeia DVB-T e com o formato MPEG4/H.264. Para facilitar a identificação destes aparelhos e poder assegurar que são compatíveis com o formato português, existirá um dístico em cada caixa que assegurará a compatibilidade. A PT já avançou que assume o compromisso de subsidiar as caixas receptoras a famílias com rendimentos mais baixos e cidadãos com necessidades especiais. Para já, existem dois modelos de caixas descodificadoras, uma mais simples com capacidade de visualização de televisão e acesso ao guia de televisão electrónico, e um modelo com funcionalidades avançadas de televisão como gravação e Pausa TV. Segundo a PT, os preços serão ditados pelo evoluir do mercado. Existem caixas que para já vão custar cerca de 90 euros, mas a tendência é para que estes preços desçam com a dinamização do mercado e o aumento da oferta, acredita a operadora. A Novabase e a Sagem foram dois dos fabricantes de caixas escolhidos. S.E.


NOTÍCIAS

NA BERRA OPENOFFICE 3.1.0

A comunidade portuguesa do OpenOffice.org anunciou o lançamento da versão 3.1, em português, que resulta de um projecto de colaboração com o Ministério da Educação. Em 2008, foi instalado o OpenOffice.org em 500 mil computadores Magalhães.

VIDEOJOGOS

Boas notícias para os fãs de jogos: Jerry Bruckheimer, o conhecido produtor norte-americano de televisão e cinema e responsável por sucessos como Piratas das Caraíbas e CSI, contratou dois executivos de topo para liderarem o seu estúdio de videojogos, o Jerry Bruckheimer Games.

PRIVACIDADE

Um reparador de dispositivos electrónicos de Hong Kong foi condenado a oito meses e meio de prisão depois de ter tornado acessíveis a clientes suas fotografias privadas de Edison Chen. O caso remonta a 2006, quando o actor levou o seu computador portátil a uma loja para ser reparado.

INTEL

O fabricante recorreu da decisão, mas conheceu a mão pesada de Bruxelas ao ser obrigado a pagar uma multa recorde de 1,06 mil milhões de euros por práticas anticoncorrenciais e abuso de posição dominante de mercado, ao recorrer a acções que dificultavam a entrada de produtos rivais no mercado.

PIRATARIA

O França avançou com uma lei que prevê o corte do acesso à Internet para quem fizer downloads ilegais. O projecto foi aprovado pela Assembleia Francesa e deverá ser ratificado pelo Senado. O tema é controverso na União Europeia, mas a medida de combate à pirataria poderá dar origem a outras iniciativas.

INTERNET EXPLORER

De acordo com a consultora Net Applications, o browser Internet Explorer poderá terminar o ano de 2011 com uma perda de quota de mercado significativa, ficando abaixo dos 50 por cento. O Firefox aproxima-se aos poucos, devendo registar uma quota de 25% já em Novembro próximo.

A BERRAR

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À ESPERA DO WINDOWS 7 Mike Nash falou com a PCGuia sobre o que se pode esperar do próximo sistema operativo da Microsoft A PCGuia esteve numa conferência em exclusivo para Portugal com Mike Nash, corporate vice president Windows Product Management, e ficou a saber algumas das novidades e preocupações dedicadas ao Windows 7, o próximo sistema operativo da Microsoft. O responsável pelo desenvolvimento da plataforma realçou a forma como a Microsoft «construiu o novo sistema operativo em cima da tecnologia aplicada no Windows Vista». Além disso, confessou que as principais dificuldades à adopção do Vista foram estudadas e ultrapassadas no Windows 7. Mike Nash fez especial referência à necessidade de criação de um plano que impusesse menos alterações técnicas após o lançamento do sistema operativo. Este responsável admitiu que muitos utilizadores esperaram muito tempo para adoptar o Windows Vista, dadas as alterações e correcções que a Microsoft efectuou ao longo do tempo. Além disso, referiu Mike Nash, «houve algumas falhas de comunicação com os parceiros da Microsoft», o que fez com que estes não soubessem bem como preparar o software e o hardware para o sistema. O responsável da Microsoft garantiu que essas questões foram ultrapassadas com o Windows 7, até porque não houve necessidade de fazer mudanças de fundo no novo sistema operativo quando comparado com o Windows Vista. Para além disso, a Microsoft desenvolveu e forneceu versões beta com todas as opções necessárias para que as equipas de desenvolvimento e os parceiros pudessem compreender o funcionamento do sistema operativo e desenvolver os seus produtos de acordo com as especificidades.

NOVIDADES DO SO Entre as principais novidades do sistema operativo encontra-se o designado “modo XP”, que permite executar aplicações num ambiente semelhante ao criado pelo anterior sistema operativo, e gerado por uma máquina virtual no Windows 7. Os utilizadores que queiram fazer o upgrade deverão ainda utilizar o Windows 7 Upgrade Advisor, uma ferramenta «que ajuda a perceber que aplicações funcionam no sistema operativo e quais as necessidades para que determinados programas sejam executados no Windows 7».

Mike Nash afirmou que a Microsoft se preocupou particularmente em garantir que «os dispositivos que funcionam no Windows XP também poderão ser utilizados sem falhas no Windows 7», e esclareceu ainda que «a arquitectura de suporte dos dispositivos utilizada no Windows Vista é a mesma usada no Windows 7», pelo que a compatibilidade deverá estar assegurada. Essa compatibilidade estende-se ao software, que, salvo algumas excepções (como aplicações de segurança ou aplicações de VPN), deverá funcionar sem problemas no Windows 7. O mesmo responsável explicou que com o Windows 7 a Microsoft quer transformar o Windows Live Essencials numa extensão da área de trabalho do Windows e referiu que existem melhorias significativas na rede, nomeadamente, na partilha de conteúdo multimédia entre computadores na mesma rede doméstica, uma opção à qual não é estranho o trabalho extra realizado com dispositivos dlna. J.T. e S.E.

SISTEMA OPERATIVO COM DUAS VERSÕES PRINCIPAIS

Com o lançamento previsto ainda para este ano, (alguns players apontam Setembro; há rumores de que será em Outubro), o Windows 7 sairá para o mercado em quatro versões comerciais, mas existirão apenas dois grandes lançamentos: o Windows 7 Home Premium e o Windows 7 Professional, para os mercados de consumo e profissional, respectivamente. A par destas duas versões será também disponibilizado o Windows 7 Ultimate, orientado para um público mais exigente. O Windows 7 Enterprise só estará disponível através de licenciamento, para as médias e grandes empresas. Questionado sobre as características do polémico Windows 7 Starter, para netbooks, Marcos Santos indicou que ainda se desconhece que tipo de limitações terá esta versão (falava-se de apenas permitir três aplicações activas em simultâneo), e avançou que a Starter estará apenas disponível para OEM. Em Portugal, o interesse pelo novo sistema operativo da Microsoft tem sido muito. A prová-lo está o número de downloads registados da versão beta, que ultrapassou os 100 mil.


FULLSIX DEMONSTRA SURFACE A empresa mostrou as potencialidades da plataforma da Microsoft

Tiago Andrade e Silva, chief technology officer da Fullsix

A Microsoft confiou durante alguns dias uma plataforma Surface à sua parceira Fullsix para demonstrar as potencialidades das aplicações já desenvolvidas, como também daquelas que a agência de marketing interactivo está a desenvolver para os seus clientes. Relativamente à plataforma, trata-se de uma black box fechada sobre a qual se encontra um enorme ecrã multi-touch com 30 polegadas. Esta combinação de software e de hardware, que tem por base o Windows Vista, conta com um projector DLP XGA que projecta a imagem no ecrã e cinco câmaras de infravermelhos que detectam os movimentos junto do ecrã, sendo possível criar um máximo de 52 pontos de contacto em simultâneo. A interacção é também facilitada pela compatibilidade com dispositivos wireless, bastando programar a plataforma para reconhecer determinados equipamentos e colocá-los sobre o ecrã para estabelecer a comunicação. Por exemplo, é possível integrar um telemóvel e gerir a partir do software do Surface a lista de contactos, chamadas ou mensagens, tal como se faz no equipamento. «As possibilidades são praticamente ilimitadas, basta pensar em algo que se possa colocar sobre o Windows Vista», refere Tiago Andrade e Silva, CTO da Fullsix, que nos mostrou ainda alguns jogos que desenvolveu «numa tarde» e que revelaram as excelentes capacidades de física da plataforma. Apesar de se tratar de um tipo de programação habitualmente utilizado no framework.Net, o desenvolvimento obedece a algumas regras próprias do ambiente em questão, em que existe uma API que permite tirar partido das tecnologias multi-touch e do reconhecimento de objectos, sendo feita com o auxílio de um teclado e rato próprios. O modelo de comercialização das soluções concebidas para esta plataforma ainda está a ser estudado. Tendo em conta o elevado preço da black box, estimado entre os 10 e os 11 mil euros, poderá ser estudada a compra de várias plataformas à Microsoft que serão depois colocadas temporariamente nos clientes. Recorde-se que a plataforma foi apresentada oficialmente há cerca de dois anos com o nome de código Milan. J.P.F.

ERRATA

No teste em grupo da PCGuia de Maio, indicámos erradamente o preço do projector WX200 da Toshiba. Muito embora a avaliação tenha sido feita tendo em conta o seu preço real, a verdade é que publicámos um valor que não é o correcto. O WX200 da Toshiba está à venda por 1650 euros. À Liscic e aos nossos leitores apresentamos as desculpas.


CIÊNCIA & TECNOLOGIA

BREVES PEIXE-ROBÔ MEDE POLUIÇÃO

Um peixe-robô equipado com sensores químicos capazes de detectar poluição e descobrir potenciais poluentes perigosos, provenientes de vazamentos de embarcações ou oleodutos submersos, é a mais recente proposta de uma equipa de cientistas britânicos do BMT Group. O projecto prevê o envio para o mar, já em 2010, dos primeiros cinco peixes-robôs, que têm o formato de uma carpa, medem 1,5 metros de comprimento e conseguem imitar os movimentos dos peixes reais, navegando sem qualquer intervenção humana. A informação captada é transmitida através de uma rede sem fios, Wi-fi.

TECNOLOGIA CONTROLA DOENTES DE PARKINSON O neuroestimulador, já disponível em Portugal, visa reduzir os tremores e a rigidez muscular Foi lançado em Portugal um novo dispositivo de estimulação cerebral profunda, destinado a melhorar a qualidade de vida dos doentes com Parkinson. O neuroestimulador é implantado debaixo da pele na zona do peito e conectado a eléctrodos introduzidos nas áreas cerebrais responsáveis pelo controlo motor, e permite regular a incidência do estímulo eléctrico, no lado esquerdo ou direito, dependendo do local onde os sintomas se mostram mais evidentes. Este novo dispositivo da Medtronic, designado por Activa PC, para além de ser mais pequeno do que os anteriores dispositivos disponíveis, tornando-se por

isso mais cómodo, possibilita ao médico escolher entre diferentes níveis terapêuticos o que melhor se adequa às actividades diárias do paciente. Futuramente chegará uma segunda versão deste aparelho ao nosso país, o Activa RC, o único neuroestimulador, que, por ser recarregável, reduz o número de cirurgias a que os doentes com distonia estão sujeitos – por regra, de dois em dois anos. Com o novo aparelho este tempo prolonga-se para aproximadamente 10 anos. A intervenção pioneira foi feita no Hospital de São João, no Porto. Em Portugal, existem mais de 20 mil pessoas que sofrem a doença de Parkinson.

ALÉRGICOS JAPONESES MAIS PROTEGIDOS

Uma equipa de investigadores japoneses desenvolveu uma espécie de robôs que indicam às pessoas a intensidade das substâncias causadores de alergias existentes no ar. Os aparelhos, em forma de globo, possuem luzes LED que mudam de cor, dependendo, por exemplo, da quantidade de pólen que existe na rua. Os robôs foram instalados em lares por todo o Japão, onde uma em cada cinco pessoas sofre de rinite. Em Tóquio, o pólen dos cedros é o maior causador de problemas alérgicos.

FATO ROBÓTICO AJUDA PESSOAS A ANDAR A nova tecnologia, desenvolvida no Japão, auxilia pessoas com dificuldades motoras Chama-se Robot Suit HAL (Hybrid Assistive Limb) e não é mais do que um fato robótico, fabricado com sistemas e sensores capazes de captar os sinais nervosos enviados do cérebro para os músculos. Desenvolvido pela empresa Cyberdyne, esta tecnologia destina-se a ser usada na reabilitação de pessoas que tenham problemas motores, tornando-as menos dependentes da ajuda de terceiros. Por enquanto, o fato apenas vai ser comercializado no Japão, mas o plano da companhia é disponibilizar a solução também na Europa.

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LANÇAMENTOS

NERO LANÇA NERO BACKITUP & BURN O produto simplifica três processos essenciais para quem tem de trabalhar diariamente com um PC Cópias de segurança simplificadas, gravações rápidas e recuperações de ficheiros para garantir a sua segurança, tudo num mesmo pacote. É isto que oferece o Nero BackItUp & Burn, a mais recente solução da marca. Este pacote não é mais do que uma suite que inclui três aplicações completas que permitem efectuar o backup dos dados, a recuperação de ficheiros e a gravação dos mesmos. A Nero garante que esta solução possui ferramentas que simplificam todos estes processos, tornando-os acessíveis ao utilizador comum. Este poderá fazer a cópia

de segurança dos ficheiros directamente para o seu disco ou para um espaço de armazenamento online, além de calendarizar os backups e definir que pretende receber um e-mail sempre que o processo de cópia terminar. A aplicação de gravação permite gravar vídeos, música, fotos ou simples ficheiros de dados para FTP, cartões de memória, CD, DVD e Blu-ray. Adicionalmente, o utilizador poderá sincronizar ficheiros e pastas e restaurar ficheiros perdidos a partir de suportes de armazenamento que estejam danificados.

WINDOWS 7 VAI TER MODO XP

Numa tentativa de convencer os utilizadores a deixarem o velho XP, e optarem pela futura versão do seu sistema operativo, a Microsoft vai incluir no Windows 7 um “modo Windows XP”. Significa que o próximo sistema operativo vai conseguir virtualizar o ambiente XP, permitindo aos utilizadores executarem aplicações desenhadas para este último sistema. De acordo com o site noticioso CNet, o modo de compatibilidade é assegurado pela tecnologia Vitual PC, que a Microsoft adquiriu em 2003.

UBUNTU 9.04 JÁ DISPONÍVEL A nova versão oferece várias melhorias, nomeadamente, na interface A versão 9.04 do Ubuntu surge com uma série de novidades na interface, graficamente muito mais apelativa. Não só apresenta as várias aplicações no local certo, como simplifica todo o seu manuseamento, mesmo se estiverem a ser executadas várias aplicações em simultâneo. As opções de shutdown e reboot aparecem agora à direita no menu, existe um novo sistema de notificações e o arranque do sistema pode ser feito em apenas 25 segundos. É também mais fácil instalar aplicações.

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A nova plataforma de comunicação unifica todos os alertas recebidos num sistema integrado, que cruza os métodos de notificação das várias aplicações e apresenta a informação de maneira simples. A versão traz ainda um esquema de transição entre ambientes Wi-Fi e 3G optimizado, com suporte alargado para uma gama mais ampla de dispositivos wireless e placas 3G. O Ubuntu 9.04 inclui também o OpenOffice.org 3.0, que oferece aos utilizadores um pacote completo de ferramentas compatíveis com o Microsoft Office.



ENTREVISTA

NVIDIA ATACA EM VÁRIAS FRENTES A empresa garante que está atenta ao mercado, aos concorrentes e às tecnologias emergentes e que fará o que for preciso para estar na linha da frente do mercado

TEXTO SUSANA ESTEVES FOTOS ARQUIVO PCGUIA

O

s desafios tecnológicos são muitos, e a pressão vinda dos principais concorrentes é grande, mas Sebastien Januário, product public relations coordinator da Nvidia para Portugal e Espanha, garantiu à PCGuia que a empresa não só pretende atacar o mercado em várias frentes, como vai continuar a trabalhar para estar um passo à frente das necessidades dos consumidores. Para já, a área multimédia assume um lugar de destaque na estratégia e a impulsioná-la está o Ion, a plataforma com a qual esta multinacional pretende arrecadar a grande fatia do mercado e que está, há algum tempo, a gerar uma guerra de palavras com a gigante Intel. Entre netbooks, notebooks, desktops de jogos ou equipamentos móveis, a companhia não distingue alvos prioritários. A meta é estar sempre onde está a necessidade e a melhor oferta possível, algo que a empresa diz conseguir garantir devido às componentes inovação e qualidade. Sebastien Januário falou-nos das cenas dos próximos capítulos com a Intel, das próximas tecnologias e dos desafios do mercado.

Sebastien Januário, product public relations coordinator da Nvidia para Portugal e Espanha 18 | PCGUIA

PCGuia – Em que ponto está a história Nvidia Ion versus Intel? Sebastien Januário – O mercado dos computadores está a mudar devido às tendências e às necessidades dos utilizadores. Existe uma crescente escolha por máquinas mais orientadas para o acesso à Internet, para o processamento de conteúdos de alta definição, ou então por portáteis desenhados para os jogos. A Nvidia continua a tentar estar sempre na linha da frente da inovação, por isso, concebeu o Nvidia Ion Graphics Processor, que funciona na plataforma Ion. Uma vez que necessitamos de um processador para correr o sistema operativo, a nossa escolha recaiu sobre o Intel Atom, por gastar pouca energia. Hoje em dia, a plataforma Nvidia Ion consegue reproduzir conteúdos HD, permite que os utilizadores desfrutem da Internet e de alguns jogos, tudo isso com a ajuda do Intel Atom. Com a tecnologia PureVideo HD, por exemplo, poderá descodificar todos os


formatos HD. Este é apenas um exemplo de uma tarefa que nunca irá consumir 100% dos recursos do processador, algo que o Intel Atom sozinho nunca conseguiria fazer. PCG – Os objectivos traçados para este chipset podem ficar comprometidos devido a este problema? S.J. – De modo nenhum. O Atom encontrou no Ion o seu melhor amigo para todas as tarefas que um utilizador básico necessita de ver cumpridas. Independentemente dos argumentos, a verdade é que sem Ion, o Intel Atom não consegue reproduzir vídeo HD com uma carga de processamento baixa, por exemplo. A nossa estratégia sempre passou por aproveitarmos as melhores soluções possíveis para fazermos avançar a tecnologia, e para estarmos sempre na vanguarda. PCG – Até onde estão preparados para levar esta guerra? S.J. – A Nvidia tentará sempre responder às expectativas do mercado, seja com Intel ou com qualquer outro. Os nossos engenheiros sempre trabalharam com base no princípio de estarem sempre prontos para responder ao mercado e aos seus movimentos constantes. PCG – A VIA pode ser uma alternativa? S. J. – Vamos ver. Se o futuro passar pela VIA, a Nvidia com certeza estará pronta para esse desafio. PCG – Quais são os grandes planos que a Nvidia tem preparados para o Ion? S.J. – Com as potencialidades oferecidas pelos Ion, a Nvidia tem a primeira plataforma que responde, atempadamente, às necessidades do mercado de hoje. O Ion basicamente permite aos utilizadores terem acesso a tudo o que é tradicionalmente disponibilizado ou oferecido por uma máquina de maior dimensão, à excepção de jogos com alta qualidade. Se tivermos em conta que os utilizadores das máquinas às quais nos estamos a referir querem navegar na Internet, reproduzir vídeos HD, ligar as suas plataformas ao televisor que têm na sala, e jogar um jogo básico num computador de baixo consumo, (as plataformas actuais com Ion consomem até 30 watts em carga máxima), pensamos que temos a plataforma mais adequada para oferecer ao mercado. Quanto maior for o nível de exigência dos consumidores, e quanto mais exigentes forem as necessidades, mais esforços faremos com o Ion, sem dúvida. Se quiser uma resposta mais simples: os planos da Nvidia para o Ion passam por colocá-lo no topo das expectativas do mercado. PCG – Qual é a principal fatia de mercado que pretendem agarrar com este chipset? S.J. – Queremos estar em todo o lado e nas mãos de todos os utilizadores que privilegiem o acesso a um conjunto alargado de funcionalidades, incluindo multimédia, através de uma plataforma que assegure um consumo energético baixo e que esteja disponível a um preço acessível. O Ion endereça a componente

QUANTO MAIOR FOR O NÍVEL DE EXIGÊNCIA DOS CONSUMIDORES, MAIS ESFORÇOS FAREMOS COM O ION

multimédia, pelo que pode ser usado para vários fins. Actualmente conseguiria obter uma experiência Full HD, com som 7.1, numa caixa pequena, como o Acer AspireRevo, com outra coisa que não um PC equipado com um Ion? PCG – Como é que a Nvidia vê os netbooks dentro de dois ou três anos? S.J. – Os notebooks, netbooks e nettops vão aparecer cada vez em maior número no mercado. Nos próximos tempos, irão continuar a ser plataformas multimédia, mas acredito que futuramente vamos conseguir jogar em Full HD. Actualmente, já é possível codificar vídeo HD, reproduzir todos formatos, navegar no Youtube, usar o Cooliris Google Earth, e muito mais, tudo graças ao Ion. Quando surgir a necessidade de mais, trabalharemos para oferecer mais, porque vai ser possível. PCG – Qual é a estratégia da Nvidia para computadores e demais dispositivos móveis? S.J. – Entrámos no chamado mercado de Visual Computing há pouco tempo. A nossa arquitectura GeForce 8, que saiu em Novembro de 2006, já estava pronta a ser unificada. Devido ao facto de trabalharmos um mercado cada vez mais exigente, temos de assegurar que conseguimos dar resposta às necessidades, com ofertas capazes de cobrir diversas áreas, estejam estas relacionadas com GPU, Heavy Computing, Professional, EMbedded, entre outras. Já temos o Ion para os notebooks e para os netbooks, e a Tegra para os dispositivos portáteis. Queremos estar ao nível das expectativas trabalhando com a oferta que já temos. PCG – Qual será o próximo grande desafio em termos de chips gráficos? S.J. – Primeiro, adaptarmo-nos aos conteúdos do mercado e à potência necessária para assegurar o desempenho espectável. Mas não nos podemos também esquecer dos avanços tecnológicos que aí vêm; temos de estar sempre um passo à frente. Por exemplo, teremos de trabalhar numa GPU compatível com todas as funções do DX11, para termos sempre produtos viáveis e adequados ao mercado. PCG – Em que medida é que o DirectX11 do Windows 7 vai alterar os roadmaps da Nvidia?

S.J. – Não é um segredo, hoje em dia, para ninguém que a Nvidia foi a primeira a ter drivers para Windows 7, especialmente elaborados para este novo sistema operativo, disponíveis para o público. O Windows 7 trabalhará em Herogeneous Computing, pelo que dará tanto uso ao CPU como à GPU. Já temos tudo preparado para esta nova geração, aliás, estaríamos a “dar um tiro no pé” se não tivéssemos já tudo pronto. O mercado hoje em dia não liga muito ao DX11, mas, quando mudar, estaremos prontos. PCG – Os sistemas MultiGPU (Crossfire e SLI) estão num mercado limitado a jogadores ou servem um mercado mais abrangente? S.J. – Os sistemas MultiGPU permitem aos jogadores desfrutar da potência máxima permitida, em todo o tipo de jogos. Mas o seu potencial não acaba aqui. Com a nossa tecnologia Quadro SLI, podemos finalmente oferecer ao mercado profissional um conjunto de configurações ainda mais completo, dando aos utilizadores o acesso a níveis de desempenho nunca antes visto, e incluímos aqui a Nvidia e a concorrência. PCG – Como é que a Nvidia está a pensar combater a chegada do CPU/GPU híbrido Fusion da AMD, previsto para 2011? S.J. – Volto a frisar uma coisa que já disse anteriormente. Estaremos sempre prontos para responder ao mercado. PCG – O Larabee é visto como uma verdadeira ameaça à Nvidia? S.J. – Infelizmente não podemos tecer grandes comentários, porque não sabemos. Quase não temos informações nenhumas acerca do Larabee. PCG – Para quando os dispositivo com Nvidia Tegra APX? S.J. – As demos que foram feitas durante o CES (http://www.youtube.com/user/TegraByNvídia) são o testemunho perfeito para mostrar que o produto já está pronto para o mercado. Em breve teremos produtos disponíveis, no Verão deste ano, mais propriamente. Precisamos de finalizar algumas parcerias para tornarmos este produto oficialmente disponível.

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PCG G

ST | H A R D WA R E | S O FTWA R E | T E ST E E M G R U P O

BANCO DE TEST

TOSHIBA NB 200 NB 100 versão 2.0, ou mais do que isso? TECLADO

AUTONOMIA

DISCO

VEREDICTO 9

Não foi incluído no tema de capa deste mês porque ainda não existem unidades à venda na altura em que fazemos o comparativo a netbooks, mas por esta análise pode ter uma ideia do que esperar. O fabricante nipónico equipou o NB200 com um ecrã de 10,1”, maior do que o do NB100 (8,9”). Além disso, conta com um disco que poderá ir até 160 GB de capacidade e, neste caso, com um processador Atom N280 (1.66 MHz), com 1 GB de RAM (vão estar à venda modelos com módulo 3G). Os netbooks dispõem da tecnologia de protecção de disco da Toshiba, com uma webcam colocada no topo do ecrã (1.3Mp), bluetooth e wi-fi e pesam 1,18kg. As três portas USB oferecem ainda a tecnologia Sleep and Charge. O chassis apresenta um slot de leitura de cartões SD, muito embora, como é natural, não tenha drive de leitura óptica. Além desta versão em castanho, existe uma máquina preta. O teclado “chiclete” é uma das principais vantagens face ao irmão mais velho, assim como a autonomia de cerca de 4 a 9 horas (dependendo da bateria de 3 ou 6 células). O NB200 é uma evolução para melhor em quase todas as características do NB100. As mais notórias são o teclado e o ecrã, mas, no geral, as melhorias sentem-se logo após alguns minutos de utilização. J.T.

FABRICANTE TOSHIBA ■ PREÇO 299 A 399 EUROS ■ CONTACTO 707 265 265 ■ SITE WWW.TOSHIBA.PT

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HARDWARE

CONCEPTRONIC MEDIA TITAN Continuamos a experimentar os leitores de media de nova geração. Agora chegou a vez do Conceptronic Media Titan COMANDO À DISTÂNCIA

COMPATIBILIDADE

FALTA DE 1080P

VEREDICTO 7

FABRICANTE CONCEPTRONIC ■ PREÇO 389 EUROS ■ CONTACTO 707 787 879 ■ SITE WWW.CONCEPTRONIC.NET

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A Conceptronic enviou-nos o seu Media Titan, um leitor de áudio, vídeo e fotos com capacidade para reproduzir conteúdos em alta definição através de rede ou através do disco rígido integrado de 500 GB. Mas, ao contrário dos aparelhos deste tipo que testámos há dois meses, o Media Titan dispõe de uma funcionalidade que o distingue de todos os outros: a presença de um sintonizador de DVBT (televisão digital terrestre), que, além de lhe permitir ver emissões em directo, também serve para gravar os seus programas favoritos. No que respeita ao design, o Media Titan é uma caixa preta com três LED frontais e uma entrada USB. Na parte de trás estão a entrada de rede com fios (10/100 mbps), a saída de áudio e vídeo digital HDMI, a saída de vídeo composto, a saída de áudio analógico, as ligações do sintonizador, as entradas USB (duas para a ligação de dispositivos externos e mais uma para ligar a um PC) e a entrada para o transformador. Neste campo, uma das coisas que saltam mais à vista é a ausência de uma saída de vídeo por componentes, o que faz com que este dispositivo não possa ser utilizado para conteúdos de alta de definição em televisões que não tenham HDMI. O Media Titan também inclui uma ligação de rede sem fios 802.11n capaz de uma velocidade máxima de 300 mbps. O comando à distância tem muito estilo e inclui uma scroll wheel que lhe permite navegar confortavelmente pelos vários menus. Para além disto tudo, o que realmente interessa neste tipo de aparelhos é a compatibilidade com os vários ficheiros disponíveis e, neste caso, a Conceptronic não se fez rogada: Vídeo: H.264 MKV, XviD, WMV9, MOV, M2TS, TS, ISO, MPEG 1/2/4, AVI, SVCD, VCD

Fotos: BMP, GIF, JPEG, PNG Áudio: MP3, OGG, WAV, WMA, (VBR) Se pretender criar um servidor de media em casa, o Media Titan é compatível com a norma DLNA, o que permite usar, por exemplo, o Windows Media Player ou outras soluções dedicadas, como o Twonky Media Server. Mas, ao contrário dos dispositivos deste tipo que já testámos, este Conceptronic Media Titan não suporta imagens em formato 1080p. Quando se tenta reproduzir algo deste tamanho, é feito o downscaling para 1080i. Não é que haja muita coisa com esta resolução, mas se, por exemplo, quiser fazer o rip da sua colecção de discos blu-ray e usufruir da qualidade de imagem total, não vai conseguir. Testámos o Media Titan com vários ficheiros MKV em 720p, 1080i e 1080p e a qualidade de imagem ficou dentro do esperado. Não detectámos nenhum soluçar na imagem mesmo em bitrates mais altos, e usando a rede sem fios, a qualidade do som também está dentro do esperado. No entanto, quando o dispositivo faz o downscale da imagem para 1080i, as cores têm tendência para ficar um nada mais saturadas. Este fenómeno pode ter que ver com um qualquer bug com o firmware que pode vir a ser resolvido numa versão futura. Infelizmente, não testámos as funcionalidades de DVBT, visto não termos conseguido captar nenhum dos sinais de teste que estão a ser difundidos agora. No geral, o Media Titan é um bom leitor de media de nova geração, com uma compatibilidade de ficheiros muito alargada. Só não entendemos a inclusão de uma saída de vídeo composto, quando este é um dispositivo para utilizar com conteúdos de alta definição, e também o facto de não suportar 1080p. P.T.


TECLADO

PREÇO

SEM E-SATA

VEREDICTO 8

PAVILION DV2 1010EP A nova aposta da HP fez uma paragem na nossa redacção Não tem como pretensão ser a máquina mais rápida do mercado, nem a mais poderosa. Com este DV2, a Hewlett-Packard (HP) quer propor uma máquina com uma relação qualidade/preço equilibrada e com uma oferta apetecível no que concerne à configuração. Nesse aspecto, cumpre os desígnios. O desempenho está na linha do que seria de esperar de uma máquina com estas características. Os 1568 marks (PCMark Vantage), 1263 marks (suite de gaming) e as 3h18 de autonomia são convincentes. O design é uma das suas mais-valias, assim como a qualidade de imagem e as opções de conectividade. Uma vez que o notebook é muito fino, não existe muito espaço de manobra dentro do chassis, o que apresenta as suas vantagens. O teclado, por exemplo, é de excelente qualidade. As teclas são resistentes e de dimensões generosas (à excepção das teclas de função), pelo que é um prazer usar o teclado. A máquina pesa 1,73 kg sem a drive óptica que é externa e se liga a uma das portas USB. Esta configuração está equipada com o Windows Vista e mostra que está mais do que à altura de gerir este sistema operativo. A verdadeira questão está em saber se vale a pena adquirir este dv2 por 799 euros. Dado o seu tamanho, a tentação de comparação com netbooks é inevitável. Mas este Pavilion apresenta uma performance mais convincente, consegue reproduzir conteúdo em alta definição e lidar com jogos de computador que não sejam graficamente muito exigentes. Por este preço, é uma boa compra. J.T. FABRICANTE HP ■ PREÇO 799 EUROS ■ CONTACTO 808 201 492 ■ SITE WWW.HP.PT ■ FICHA TÉCNICA: CPU AMD ATHLON NEO 1,6 GHZ; 2 GB RAM; DISCO 500 GB SATA; ATI MOBILITY RADEON HD3410; DRIVE ÓPTICA GRAVAÇÃO DE DVD EXTERNA DUAL LAYER; 3 PORTAS USB; 1 HDMI; ECRÃ HP LED WXGA DE 12,1”, WEBCAM; LEITOR DE CARTÕES DE MEMÓRIA; WINDOWS VISTA HOME BASIC 32 BITS


HARDWARE

ASUS EEE TOP O primeiro de muitos desktops com ecrã táctil – esperamos nós ECRÃ TÁCTIL

PREÇO/QUALIDADE

OPÇÕES WIRELESS

VEREDICTO 9

FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 579 EUROS ■ CONTACTO 808 789 888 ■ SITE HTTP://PT.ASUS.COM

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O Asus Eee Top tem o mérito de ser um PC de baixo custo que segue as linhas sobejamente conhecidas do iMac da Apple e as mistura com as excelentes funcionalidades da gama TouchSmart da HP. Trata-se, pois, de uma combinação de monitor/computador que oferece um ecrã sensível ao toque. E se o notebook Eee já era de si impressionante q.b., o Eee Top acaba por ser uma carta ainda mais valiosa da Asus – trata-se do computador perfeito para a cozinha ou para a sala, desde que se faça dele um segundo PC. Para além do design muito agradável, a qualidade de construção e o chassis também merecem uma nota positiva. No entanto, o Eee Top é todo ele o ecrã. E apesar de se tratar de uma unidade de baixo custo, não deixa de ser também impressionante, sendo capaz de transmitir uma imagem clara e nítida na pouco habitual resolução de 1366 x 768. As funcionalidades permitidas pela interface táctil não ficam a dever nada às funcionalidades presentes nos melhores smartphones ou tablet PC. Tudo isto consegue-se graças à excelente adaptação do Windows XP, que foi feita de forma a parecer-se com a versão baseada em separadores do Xandros Linux, que equipava o Eee PC original, mas que aqui se instala sobre o Windows XP Home Edition e se integra muito bem com o já muito respeitável sistema operativo da Microsoft graças à utilização de uma barra de acesso rápido. Trata-se claramente de um computador para a família e não para o trabalhador móvel ou o estudante, para o qual o Eee PC se destina. Aliás, a interface gráfica táctil vai não só fazer as delícias dos adultos, como também apresenta uma enorme intuitividade, sendo facilmente utilizada pelos mais novos. As aplicações estão categorizadas por tipo, incluindo

quatro grandes categorias: comunicações, que lida com funcionalidades como o Skype, o e-mail ou as aplicações e serviços que usam a Internet (Windows Live Mail, Gmail, Facebook, MySpace e Blogger); diversão, onde se inclui o software que lida com a componente multimédia (semelhante ao Windows Media Center); trabalho, onde residem as aplicações de produtividade, um leitor de ficheiros PDF e ainda uma calculadora; e ferramentas, onde se encontra por defeito o InternetExplorer. Todas estas áreas podem ser acedidas pressionando simplesmente os respectivos ícones no ecrã. Se quiser evitar ter as impressões digitais de toda a gente espalhadas pela superfície, poderá usar o estilete fornecido, sendo possível guardá-lo na traseira do teclado. Tal como qualquer outro fabricante de PC, a Asus tende a incluir nas suas máquinas as suas próprias ferramentas. Apesar de muitos utilizadores não gostarem desta opção, neste caso, é benéfico, pois permite tirar melhor partido da sua mais-valia: o ecrã táctil. Do ponto de vista do hardware, o sistema apresenta 1 GB de RAM e um disco rígido portátil de apenas 5400 rpm. No entanto, o desempenho não sai comprometido. Seis postas USB 2.0 garantem as opções de expansão, sendo que uma terá obrigatoriamente de ter sempre ligada uma drive óptica externa, algo que falta de raiz no Eee Top. Apesar de ser uma lufada de ar fresco em termos de originalidade e mesmo tendo em conta o preço, acreditamos contudo que o Eee Top não vai gozar da mesma popularidade dos seus “primos” portáteis. Mas, se porventura estiver à procura de um segundo PC e o orçamento for apertado, não procure mais.



HARDWARE

OVERCLOCKING

POSSIBILIDADE DE NÚCLEO GRÁTIS

MULTITHREADING

VEREDICTO 9

PHENOM II X3 720 BLACK EDITION Três é o número mágico ANÁLISE TÉCNICA

À velocidade de série do relógio, o novo Phenom II X3 fica aquém dos chips de quatro núcleos nos benchmarks de multi threading. Se aumentarmos a frequência, no entanto, não só anula a diferença, como também revela um excelente comportamento em modo singlethread. DESEMPENHO EM RENDERIZAÇÃO Cinebench R10

TEMPO DE RENDERIZAÇÃO: Quanto menos, melhor

PHENOM II X3 720 BLACK EDITION

1m42s

PHENOM II X3 @ 3.7GHZ

1m29s

PHENOM II X4 810

1m20s 30s

1m

1m30s

2m

2m30s

DESEMPENHO EM CODIFICAÇÃO X264

FRAMES POR SEGUNDO: QUANTO MAIS, MELHOR

PHENOM II X3 720 BLACK EDITION

11

PHENOM II X3 @ 3.7GHZ

14 14

PHENOM II X4 810

3

6

9

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DESEMPENHO EM JOGOS DO MUNDO REAL X264

FRAMES POR SEGUNDO: QUANTO MAIS, MELHOR

PHENOM II X3 720 BLACK EDITION

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PHENOM II X3 @ 3.7GHZ

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PHENOM II X4 810

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Se o leitor tem acompanhado a cacofonia criada online em torno do novo processador Phenom II X3 da AMD, pode não saber muito bem o que pensar deste processador. Além disso, deverá lembrar-se de que o chip de três núcleos da AMD não passa de um processador de quatro núcleos com um núcleo desactivado. A barafunda começou quando um entusiasta coreano dos PC descobriu que era possível activar o núcleo adormecido na nova versão de 45 nm do chip X3 da AMD alterando uma opção do BIOS. Quatro núcleos pelo preço de três? É uma grande vantagem, certo? Uma inspecção mais atenta revela alguns senãos. Para começar, é preciso um chip cujo código revisto (“stepping code”) comece pelo número 904. É preciso ter também uma motherboard AMD 790FX com um BIOS baseado na AMI. Como se isto não fosse já de si específico, essa placa baseada na AMI também deve ter sido fabricada pela Biostar ou Asrock. Se possui o equipamento exigido, entre no BIOS, active a opção Advanced Clock Calibration nas funcionalidades do processador e veja o seu trio passar a quarteto. Depois disso, talvez note que tem um sistema de quatro núcleos estável, ou talvez não. Muitos chips X3 são de três núcleos por uma boa

razão. Certamente pode activar o quarto core, só não parta do princípio de que irá funcionar. Nós garantimos que o X3 é um chip com qualidade, independentemente destas aventuras de activação do núcleo. Tal como sucede com o recente Phenom II X4 de 45 nm, o novo modelo X3 é propenso a altas frequências. O 720 Black Edition vinha com a velocidade de série do relógio de 2,8 GHz, mas obtivemos uma velocidade de 3,7 GHz poucos minutos depois de arrancar. Uma tarde passada a limar as arestas permite adicionar 200 MHz a esse valor. O resultado final é um X3 com overclocking invulgarmente perto do desempenho de um chip X4 com o relógio à velocidade de série em aplicações multithreading intensivas. Melhor ainda, porém, é o desempenho em aplicações que não se ajustam a múltiplos núcleos e respondem favoravelmente à velocidade bruta do relógio. Sim, adivinhou: jogos! Por isso, se anda à procura de um processador para jogos ao preço da chuva, que tenha também características adequadas para multithreading, o Phenom II X3 é uma boa solução. O facto de ser compatível com as motherboards AM2 existentes, bem como com as placas com socket AM3 abona totalmente em seu favor.

FABRICANTE AMD ■ PREÇO 106,40 EUROS ■ SITE WWW.AMD.COM ■ FICHA TÉCNICA DIE SIMPLES DE TRÊS NÚCLEOS; 45 NM; VELOCIDADE DE RELÓGIO 2,8 GHZ; CACHE 7,5 MB. MEMÓRIA SUPORTADA: DDR2, DDR3; SOCKETS AM2, AM2+, AM3


PREÇO/ DESEMPENHO

FUSE PROTECTION

PSU COM 550W

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ASUS GTX 275 A melhor relação preço/desempenho para quem procura uma placa de jogos capaz de disponibilizar ainda algum desempenho extra A Asus ENGTX275/HTDI/896MD3 é uma placa gráfica vocacionada para os jogadores que procuram uma solução não só robusta e com uma qualidade de construção acima de qualquer suspeita, mas também capaz de fazer um overclocking seguro, de modo a retirar dos jogos mais alguns frames por segundo. No breve contacto que tivemos com um dos primeiros modelos disponíveis em Portugal pudemos constatar que se trata de uma placa à imagem da configuração topo de gama da Asus, com uma disposição de duplo slot por culpa do generoso e elegante dissipador. O cooler, como habitualmente, não se faz notar desde que não se “puxe” muito pelo GPU. Passando os 60 por cento de utilização, nota-se um ligeiro assobiar que vai aumentando até aos 100%, valor em que é impossível não notar a gráfica em funcionamento. A nova Asus baseia-se num GPU a 633 MHz e inclui uma interface PCIExpress 2.0, 896 MB de RAM DDR3 (que funcionam a 2,268 GHz), sendo o buffer de memória de 256 bit e a velocidade do shader de 1,404 GHz. A resolução máxima é de 2560 x 1600 em monitores com interface DVI (2048 x 1536 nos mais antigos ecrãs CRT). Nas saídas podem encontrar-se todas as fichas habitualmente necessárias, com destaque para o suporte de HDMI (através do adaptador DVI/HDMI) e de HDCP. O software é o habitual – utilitários e drivers. Apesar de nos termos deparado com alguns problemas de estabilidade de sistema (que não tinham a ver com a gráfica, pelo que preferimos não publicar os valores), pudemos constatar que o desempenho base está muito próximo da sua irmã mais velha GTX 285. Aliás, apesar de ter um preço que se pode considerar pouco acessível para a maioria das bolsas, a verdade é que a GTX 275 da Asus apresenta um valor largas dezenas abaixo da fasquia imposta pela sua irmã mais velha e consegue obter via overclocking um desempenho que pode até bater o desta. As especificações são mais limitadas, é certo, mas a relação preço/ desempenho é muito mais apelativa e qualidade geral mantém-se. J.P.F. FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 294 EUROS ■ CONTACTO 808 789 888 ■ SITE HTTP://PT.ASUS.COM


HARDWARE

GIGABYTE GTS 250 OC Reconstruída, renomeada e relançada. É uma 9800GTX com outro nome? RESOLUÇÕES ELEVADAS

OVERCLOCKING

TECNOLOGIA ANTIGA

VEREDICTO 7

DISTRIBUIDOR NIPOSOM ■ PREÇO 159,90 EUROS ■ CONTACTO 218 440 200 ■ SITE WWW.GIGABYTE.COM.TW

Tem corrido muita tinta acerca da decisão de lançamento da GTS 250 da Nvidia. Principalmente devido ao facto de os componentes de 512 MB serem idênticos aos da moribunda 9800 GTX. Esta, por sua vez, era uma reconstrução limitada da antiquíssima 8800GTX. Já estamos há algum tempo à espera que o universo das placas gráficas comece a simplificar a sua nomenclatura. Fez-se isso com a alteração da marca deste GPU G92, o que é, obviamente, uma coisa boa. Infelizmente, é difícil descobrir actualmente um lugar para esta placa. Com a recente baixa nos preços da GTX 260, estas duas placas andam muito perto uma da outra no que diz respeito a preços, mas a quilómetros de distância em termos de performance. A estrutura de preços perpetua a mentira que a GTS 250 proporciona uma alternativa viável à sua companheira de marca. A versão da Gigabyte não passa de uma 9800 GTX com outra designação. Esta proposta de 1GB com overclocking não tem o GPU G92b de tamanho reduzido, mas conta com um PCB redesenhado. A Gigabyte utiliza a sua própria tecnologia de motherboard para aumentar a estabilidade da voltagem, acrescenta um sistema de refrigeração modificado para ajudar a baixar a

temperatura do GPU abaixo do normal e possibilita uma aumento de relógio de 62 MHz acima da 9800 GTX. Mas nenhuma destas modificações nos faz deixar de pensar que com um pequeno esforço orçamental pode comprar uma placa com uma performance superior. Essencialmente, a GTS 250 está a funcionar com uma tecnologia que já tem alguns anos de idade. Em alguns benchmarks, teve metade do desempenho da GTX 260. A GTS 250 está posicionada para fazer concorrência directa à 4850 da AMD. No que concerne a resoluções mais baixas, a 4850 porta-se muito bem. Mas assim que acelerar um pouco, a memória extra da GTS 250 começa a mostrar o que vale. Não nos surpreende nada que a Nvidia tenha entrado nesta fase de reformulação da marca. Já tinha uma placa a concorrer com as AMD de meio da gama, embora os consumidores escolham sempre e inevitavelmente a que tiver sido lançada mais recentemente. É uma boa ideia no aspecto comercial, sendo mesmo talvez vital para a continuação do desenvolvimento da Nvidia. Ainda assim, se tiver um monitor que aproveite bem as resoluções mais elevadas, é melhor poupar durante mais algum tempo e adquirir uma GTX 260.

CHIEFTECH CFT-850-14C Silêncio e eficácia por um preço abaixo dos 150 euros 2X 6 PCI-E + 2X 6+2 PCI-E

ARREFECIMENTO

4X SATA

VEREDICTO 8

Manter a corrente que passa pelos componentes do PC num nível estável e fazer uma utilização da energia que entra na fonte de alimentação o mais próxima possível do nível óptimo são duas questões que todos os utilizadores de informática devem ter como fundamentais. Primeiro, porque isso faz com que a longevidade do hardware aumente; segundo, porque permite baixar a factura da electricidade, algo que ganha uma maior importância numa altura de apertar os cordões à bolsa. Para este efeito, nada melhor do que instalar uma fonte de alimentação com gestão modular dos cabos e com certificação 80+, ou seja, capaz de funcionar sempre de modo a disponibilizar 80% da capacidade independentemente das necessidades de energia instantânea. Inserida na linha de fontes de alimentação Turbo, a CFT-850-14C responde afirmativamente a estes dois aspectos, apresentando ainda um leque de especificações muito interessante, atendendo ao seu preço – abaixo da “barreira” dos 150 euros. Começando pelos cabos, é possível encontrar no seu interior uma ligação de 24 pinos para a motherboard, de oito pinos para o CPU e de quatro pinos também para CPU, duas fichas para drives tipo floppy, seis

fichas molex e outras quatro SATA para ligação a discos rígidos e drives de armazenamento óptico. Sendo compatível com configurações gráficas multiplaca, inclui duas fichas de seis pinos e outras duas de oito (tipo 6+2) pinos. Neste aspecto, a única crítica vai para as escassas fichas SATA disponíveis – em nosso entender, o número de molex devia ser antes de quatro, para o de fichas SATA ser de seis, face às necessidades de hardware mais modernas neste capítulo. Este modelo conta ainda com sistemas de protecção contra sobrevoltagem, corrente excessiva, curto-circuito e sobreaquecimento e apresenta um interessante sistema de arrefecimento baseado numa ventoinha de 14 centímetros de diâmetro, comandada por um sistema inteligente que lhe confere um funcionamento praticamente inaudível. Com Active Power Factor Correction (99%), é um modelo a ter em conta sobretudo para quem precisa de uma ordem de potência bem acima dos normais 500 a 600 watts necessários para um sistema dito normal, o que envolve necessariamente utilizar um sistema SLI ou CrossFire com uma gama de potência considerável. J.P.F.

DISTRIBUIDOR JP SÁ COUTO ■ PREÇO 149 EUROS ■ CONTACTO 229 993 999 ■ SITE WWW.CHIEFTECH.COM

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HARDWARE

SAPPHIRE RADEON HD 4890 A guerra das placas gráficas entre a Nvidia e a AMD não mostra nenhuns sinais de abrandamento, nem nestes tempos de crise. A PCGuia analisou a última arma da AMD, a 4890

PREÇO

VERSÁTIL

DRIVERS

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR TECHCOMPUTERS ■ PREÇO 225 EUROS ■ CONTACTO 249 849 178 ■ SITE WWW.SAPPHIRETECH.COM

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Como resposta ao chip 285 da Nvidia, a AMD apresentou recentemente o novo RV790, que vem dar uma nova vida à série 4000 sob a forma da Radeon HD 4890. Este chip continua a ser fabricado segundo o processo de 55 nm, foi puxado para os 850 MHz, mais 100 MHz do que o seu antecessor, e tem mais 3 milhões de transístores, passando assim para 959 milhões. Na Radeon HD 4890, a memória mantém-se em 1 GB de RAM GDDR5, mas a velocidade foi aumentada para 975 MHz. A interface é PCIExpress 2.0 e, devido à configuração do sistema de refrigeração, ocupa dois slots. Pode ligar dois monitores através das tomadas DVI, pode também usar um adaptador para converter uma dessas tomadas numa HDMI capaz de transportar áudio e vídeo com encriptação HDCP, o que a torna compatível com qualquer software de reprodução de, por exemplo, discos Blu-ray. Existe também uma tomada mini-DIN que serve para a utilização de configurações analógicas, como vídeo composto ou componentes. A alimentação da placa é feita por duas tomadas de seis pinos. Outras funcionalidades incluem a possibilidade de aceleração de codificação/ descodificação de vídeo de alta definição, o suporte para DirectX 10.1, suporte para Shaders Model 4.1 e som 7.1. A instalação da Radeon HD 4890 e respectivos drivers é muito fácil. Quero, porém, salientar que os drivers da AMD são, no mínimo, maus. Se quiser construir um sistema de duas placas gráficas Crossfire, conte com uma reinstalação do Windows só para pôr o sistema a funcionar como deve ser. É uma pena. Testámos a 4890 num sistema com um processador Intel Core i7 920 sem qualquer overclocking, uma motherboard Intel X58, 6 GB de RAM e 70 GB de

disco. O sistema operativo é o Windows Vista Home Pro de 64 bit para que possamos aproveitar ao máximo a memória. Do lado do software utilizámos o já conhecido 3D Mark Vantage, o Crysis, Far Cry 2 e o World in Conflict. Nos benchmarks sintéticos do 3D Mark Vantage obtivemos 10190 em modo Performance e 6150 em modo High. No Crysis utilizámos uma resolução 1920x1200, o que corresponde a um monitor de 24” sem anti-aliasing e obtivemos 43 frames por segundo. Se ligássemos o anti-aliasing, obteríamos 33 frames por segundo à mesma resolução. O teste feito com o Far Cry 2 é o benchmark embutido no jogo que puxa bastante pelo hardware gráfico. Assim, obtivemos 27 frames por segundo a 1920X1200 com anti-aliasing. Por fim, no World in Conflict utilizámos também o benchmark embutido no jogo. Este é provavelmente um dos testes mais pesados que se pode fazer a um sistema – há centenas de objectos a voar pelo ecrã ao mesmo tempo, o que faz com que mesmo o hardware mais poderoso soluce um bocado. Com tudo no máximo, a 1920X1200, obtivemos um valor médio de 27 frames por segundo. Qual é a conclusão que se pode tirar de tudo isto? À saída da caixa, esta placa não chega para a 285 da Nvidia. Claro que tudo isto é relativo. Se tiver um sistema mais poderoso, por exemplo, um Core i7 Extreme, e se afinar a memória, consegue ir buscar mais um pouco de performance. Como já dissemos, os drivers da AMD também não ajudam. Todavia, para o preço que custa, não deixa de ser uma excelente placa gráfica, capaz de digerir em condições os jogos mais exigentes, permitindo uma experiência de jogo bastante confortável, mas sem quaisquer luxos. P.T.



HARDWARE

HP OFFICEJET PRO 8500 A HP, inventora do conceito da impressora tudo-em-um, lançou mais um modelo, desta vez, dedicado ao mercado profissional QUALIDADE DE IMPRESSÃO

PERDE A CONFIGURAÇÃO SE FALTAR A ENERGIA

QUALIDADE DAS IMAGENS DIGITALIZADAS

VEREDICTO 6

O Officejet Pro 8500 tem um módulo de impressão a cores capaz de imprimir folhas dos dois lados (duplex) com uma resolução máxima de 4800x1200 dpi (pontos por polegada) – o módulo de scanner tem uma resolução máxima óptica de 4800 dpi e uma resolução melhorada de 19200 dpi. Dispõe ainda de um módulo de fax capaz de transmitir documentos a cores e a preto e branco. A bandeja de papel tem capacidade para 250 folhas. O sistema de impressão empregue nesta Officejet Pro difere um pouco do habitual que é usado pela HP, visto que a cabeça de impressão está desligada dos depósitos de tinta. Resta falar das ligações. O Officejet Pro pode ser ligado através de rede com fios 10/100 mbps, rede sem fios 802.11 b/g e USB 2.0. Pode também imprimir documentos através do leitor de cartões multiformato, compatível com CompactFlash, Memory Stick, SD, MMC e xD. No que respeita ao design, há que salientar a utilização de um ecrã táctil a cores, a acessibilidade dos comandos associados aos vários botões do painel frontal. A ligação ao PC é muito simples, sendo guiada pelo processo de instalação do driver e software associado. A propósito de configuração, detectámos um problemazinho. Se faltar a corrente eléctrica, as configurações ligadas à rede sem fios são apagadas... Em termos de funcionamento, o Officejet Pro tem dois aspectos distintos: a impressão é de muito boa qualidade, apesar de as folhas saírem um pouco húmidas quando se imprimem fotos em papel normal. A qualidade das imagens digitalizadas é sofrível em qualquer nível de resolução – apresentando “fantasmas” nos objectos com mais contraste – e o software inventa cores que não estão no original. Em termos de velocidade de impressão, os valores que conseguimos estão dentro do anunciado pelo fabricante, tendo obtido cerca de três páginas por minuto a cores na melhor qualidade, cerca de 4,5 ppm a preto branco na melhor qualidade, 34 ppm a preto e branco em draft e 19 ppm em modo normal a cores. No geral, é um excelente equipamento para pequenos escritórios e grupos de trabalho, só é pena as questões da perda das definições de rede quando falta corrente e a fraca qualidade do scanner para trabalhos mais sérios. PT FABRICANTE HP ■ PREÇO 229 EUROS ■ CONTACTO 808 201 652 ■ SITE WWW.HP.PT

CAVIAR GREEN 2TB O mais moderno dos dilemas: velocidade ou capacidade? 2TB

DESEMPENHO

SEM A VELOCIDADE DE SSD

A lendária empresa de fabrico de discos rígidos Western Digital parece por enquanto evitar criar sloid state drives, ficando-se pelos discos tradicionais. O seu último dispositivo, o Caviar Green, apresenta uns generosos 2 TB. Mas como é que a Western Digital conseguiu uma capacidade tão grande num único disco de 3,5 polegadas? O Google não respondeu a essa pergunta. Assim, achamos que se trata de uma mistura de gravação magnética perpendicular e magia negra. Mas há mais indícios de artes mágicas: mesmo com uma carga intensa de trabalho, o disco aquece muito pouco. Temos as mãos com cicatrizes de mexer em discos rígidos aquecidos ao rubro, mas a Western Digital parece ter resolvido o problema do calor. A performance também parece ser coisa do Diabo. Nunca atingiu as velocidades loucas de um dispositivo SSD como o da OCZ, embora continue melhor do que um disco rígido comum. Os fabricantes dizem que o disco gira a 5400rpm, mas consegue, mesmo assim, tempos de acesso mais parecidos com os de modelos de 7200rpm. Há outro factor a ter em conta quando se compara um disco rígido convencional com um solid state. Um SSD tem tendência a durar menos tempo. É difícil de prever exactamente quando vão avariar, mas, como se diz no filme Blade Runner – Perigo Eminente, a chama que brilha duas vezes mais dura apenas metade do tempo. Apesar das suas inúmeras peças móveis, os discos giratórios tendem a durar mais tempo. Se forem bem tratados, até duram muitos anos. No mundo dos discos rígidos, são pouco imaginativos mas são de fiar. O preço do Caviar Green pode parecer um pouco estranho, tendo em conta que se podem adquirir dois discos de um terabyte gastando menos. Mas o disco de dois terabytes tem todo esse armazenamento num único disco, um feito nada desprezível. Se o espaço na caixa for muito reduzido e quiser baixar a conta da electricidade, o Caviar Green da Western Digital é o dispositivo de armazenamento maior e mais eficiente do momento. A configuração ideal para um PC seria um SSD para a sua instalação do Windows e jogos e um destes gigantes da Western Digital para backup e para a sua colecção de música e filmes. DISTRIBUIDOR NANOCHIP ■ PREÇO 282 EUROS ■ CONTACTO 219 917 924 ■ SITE WWW.WDC.COM

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VEREDICTO 9



TECNOMUST

HTC TOUCH CRUISE II A HTC tem conseguido melhorar a usabilidade dos seus telefones a cada novo modelo lançado. No Touch Cruise, quase podemos pôr de lado a caneta. A interface, Touch Flo, é simples, os ícones são suficientemente grandes para evitar os erros e as opções necessárias estão, por regra, à mão. Aliás, para um uso diário, quase que nos esquecemos que o Windows Mobile lá está. Para os que não são fãs do ecrã táctil, a roda central que está abaixo do ecrã permite controlar praticamente todas as opções que vão sendo propostas. Este é um telefone que acumula a função de navegador, ou, para sermos mais correctos, deveríamos pôr as coisas ao contrário: um navegador com funções de telefone. As teclas que aparecem abaixo do ecrã são direccionadas para duas funções de navegação e as opções extra estão também orientadas para esta funcionalidade. À parte do software de navegação, o CoPilot Mobile 7 que vem no cartão de 1 GB, o telefone oferece aplicações que aproveitam as potencialidades do GPS, como a Footprints, que permite ao utilizador criar uma espécie de favoritos de todos os locais por onde vai passando. Tendo em conta que esta aplicação vive da fotografia, uma câmara acima dos 3.2 megapixels não teria ficado mal, mas não é má. HSDPA e Wi-fi equipam o terminal em termos de ligação à Internet. Uma outra coisa que temos de destacar é o conjunto de acessórios que vêm no pacote: auscultadores, suporte para carro e carregador para isqueiro. S.E. INTERFACE

OPÇÕES GPS

AINDA UM POUCO LENTO

VEREDICTO 8

FABRICANTE HTC ■ PREÇO 499 EUROS ■ SITE WW.HTC.COM.PT

INTUOS4

SENSIBILIDADE

Temos de admitir que a invenção do rato foi um dos grandes avanços da tecnologia informática, uma vez que serviu para massificar a utilização do computador através das interfaces gráficas. Mas, apesar de tudo, o rato não é um instrumento muito prático quando se quer desenhar com precisão usando o computador. Daí a invenção das mesas digitalizadoras, que permitem a utilização de uma “caneta” e proporcionam uma precisão muito superior à de um rato. O maior fabricante de material deste tipo, a Wacom, apresentou recentemente a nova geração de mesas digitalizadoras Intuos dedicadas ao mercado profissional. As Intuos existem em tamanhos que vão desde A5 até aproximadamente A2. A ligação ao computador é feita através de um cabo USB. Mas as grandes novidades são: a nova tecnologia que permite 2048 níveis de pressão do bico da caneta na mesa, o que dá ainda mais controlo ao utilizador, e também novos botões laterais que dão acesso às ferramentas mais usadas. Dentro da caixa também encontra um rato que substitui o do seu computador. Estas mesas digitalizadoras podem ser invertidas de forma a serem usadas por pessoas canhotas ou dextras. Se usar um computador com Windows Vista, basta ligar a mesa para obter funcionalidades mínimas. Se quiser programar as teclas, terá de instalar o software incluído. P.T. VERSATILIDADE

PREÇO

VEREDICTO 7

DISTRIBUIDOR MINITEL ■ PREÇO 499 EUROS ■ CONTACTO 213 810 900 ■ SITE WWW.WACOM.COM

ION UNIVERSAL MOBILE POWER B ANK O fenómeno “multimédia” tornou a autonomia das baterias numa questão fulcral, pelo que há cada vez mais consumidores a procurar aparelhos que amplifiquem a autonomia dos seus portáteis, telemóveis, leitores, entre outros dispositivos. O Ion por nós testado agradou-nos bastante nesse aspecto, e também pela sua flexibilidade e dimensão. Ao contrário de alguns modelos que já existem no mercado, este é bastante leve, pequeno (tem a dimensão de um cartão de visita comum) e consegue carregar não só iPods e iPhones, como também qualquer aparelho com entrada USB, desde máquinas fotográficas a consolas como a PSP. Por exemplo, permite estender a autonomia da bateria de um iPod Nano até 50 horas e de uma PlayStation Portable até 5 horas. Como extras, inclui uma bolsa de transporte e dois adaptadores. O facto de não incluir cabos longos facilita o uso. S.E. DISTRIBUIDOR JP SÁ COUTO ■ PREÇO 42,50 EUROS ■ CONTACTO 229 993 999 ■ SITE WWW.FSPGROUPUSA.COM/ION.ASP

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VERSÁTIL

DIMENSÃO

PREÇO

VEREDICTO 9


RATO MOGO O Mogo leva a ideia de um rato mini ao máximo. É totalmente plano, tem a dimensão de um cartão de crédito e funciona não só como rato, mas também como controlo remoto para aplicações multimédia. À primeira vista começamos logo por duvidar que ele seja confortável, mas não se deixe enganar pelo tamanho, este é um rato de quatro botões, com scroll. Os botões esquerdo e direito são cómodos, até porque têm uma cavidade para encaixe dos dedos que facilita a utilização e navegação. O scroll é totalmente controlado através de um pequeno touch pad. A instalação é simples (não é mais do que um emparelhamento de um aparelho bluetooth). Atrás, o aparelho possui uma patilha que facilita o uso como rato, já que permite que este fique inclinado. Tem limitações? Sim. É bluetooth, logo, a menos que tenha um portátil com esse suporte, ou um adaptador, será impossível utilizá-lo. Depois, só pode ser carregado via porta ExpressCard/54. Fora isso, é óptimo para quem quer viajar, uma vez que é leve, e assegura até 10 horas de autonomia. É caro se tivermos em conta que é um rato para portátil. S.E. PEQUENO

DISTRIBUIDOR MÉDIO INFORMÁTICA ■ PREÇO 45 EUROS ■ CONTACTO 229 997 760 ■ SITE WWW.MOGOMOUSE.COM

CONFORTÁVEL

PREÇO

VEREDICTO 7

KENSINGTON THIN NOTEBOOK POWER ADAPTER Não há nenhum utilizador de computadores portáteis que não tenha amaldiçoado o peso e o espaço que o transformador do computador ocupa na mala. Principalmente quando tem que ir a correr de um terminal de aeroporto para outro para apanhar aquele voo de ligação... Para minimizar este problema, a Kensigton oferece uma linha de adaptadores de corrente compatíveis com quase todas as marcas e modelos de computadores portáteis que são mais leves e finos do que a maioria dos adaptadores de série. Estes adaptadores oferecem energia até um máximo de 21 volts a 2,5 A e são compatíveis com computadores Dell, HP, Compaq, IBM, Lenovo, Toshiba, Sony, Gateway e Acer. A compatibilidade é conseguida através de pontas instaladas no cabo que liga ao computador. E se quiser levar o seu telemóvel ou leitor de MP3, também o pode carregar através da ligação USB que está na parte lateral do transformador, que suporta até um máximo de 5 V a 0,5 A. Este transformador é provavelmente uma das compras mais úteis que pode fazer se for utilizador de um portátil. P.T. LEVE E FINO

COMPATIBILIDADE

O ENCAIXE DE ALGUMAS PONTAS

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR MINITEL ■ PREÇO 69 EUROS ■ CONTACTO 213 810 900 ■ SITE WWW.KENSINGTON.COM

CHOIIX AIR THROUGH C-HL01-WS

DESIGN

DISSIPAÇÃO DE CALOR

RUÍDO DAS VENTOINHAS

VEREDICTO 8

É uma plataforma elegante e bem equipada, que não se resume a servir de suporte e a arejar um pouco “o ambiente”. Este modelo da Choiix inclui duas ventoinhas de 60 mm, que podem ser ligadas ou desligadas através de um botão que se encontra à direita. Num ambiente silencioso, fazem algum ruído, mas, se estiverem ligadas num local de trabalho mais ruidoso, por exemplo, quase não damos por elas. Não existe nenhuma forma de poder controlar a velocidade das ventoinhas. Este modelo inclui ainda quatro portas USB, o que para quem tem computadores portáteis dá bastante jeito. Não é propriamente um suporte portátil, devido à dimensão, mas também não é a plataforma mais pesada que já vimos. Com isto queremos dizer que se o objectivo é ter o Choiix Air Through C-HL01-WS em cima da secretária, é uma boa opção. Tem uma estrutura capaz de suportar computadores portáteis a partir de 17 polegadas e a inclinação que tem é bastante confortável, mesmo após algumas horas de trabalho. S.E. DISTRIBUIDOR SAGATRADE ■ PREÇO 49,99 EUROS ■ CONTACTO 214 398 406 ■ SITE WWW.CHOIIX.COM

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TECNOMUST

LG ARENA INTERFACE

BEM EQUIPADO

BATERIA

VEREDICTO 8

A elegância destaca-se no Arena da LG logo à primeira vista. É mais um telefone rectangular com um grande ecrã, semelhante a muitos outros disponíveis no mercado actualmente, mas com alguns pontos a seu favor. Na verdade, é complicado nomearmos uma coisa que o Arena não tenha, tanto em termos de tecnologias de conectividade, como de opções de música, vídeo e imagem. É definitivamente um terminal bem apetrechado. A interface foi bem desenhada e responde ao toque. Não é muito lento na execução de tarefas, ou mesmo no carregamento das aplicações. O esquema de cubo em 3D facilita o acesso aos conteúdos, para além de ganhar pontos visualmente. O facto de os menus serem personalizáveis permite ter sempre à mão apenas aquilo que realmente é necessário. Uma boa opção. Em termos de estrutura, é um telefone leve, dando quase a sensação de ser de plástico. No entanto, o corpo é feito de alumínio, e, a acreditar no que a própria marca diz, bastante resistente. Podemos confirmar que o ecrã é resistente a riscos, mas preferimos não efectuar o teste de arremesso. O que não gostámos tanto? A bateria não é a melhor que já nos passou pelas mãos, e às vezes o acesso a opções de segunda linha pode ser um pouco confuso, mas nada que a experiência não ultrapasse. S.E. FABRICANTE: LG ■ PREÇO: 490,90 EUROS ■ CONTACTO: 808 785 454 ■ SITE: HTTP://PT.LGE.COM/

MOTOROLA AURA

No que respeita à estética, este telefone destaca-se de tudo o resto. O Motorola Aura tem um ecrã circular, com 16 milhões de cores, coberto com uma lente de safira de grau 1, com 1.62 carats. Todo o terminal é inspirado nos relógios de luxo, é fabricado na Suíça e é composto por mais de 700 partes individuais. O corpo, de aço inoxidável, possui uma parte frontal que demora cerca de duas semanas a ser criada. O mecanismo rotativo, desenhado propositadamente para este equipamento e é composto por mais de 200 peças individuais de alta precisão, protegidas com o mesmo revestimento utilizado nos motores de alta performance dos carros de competição. Possui uma câmara fotográfica de 2 MP, bluetooth, 2 GB de memória e pesa apenas 140 gramas. O Aura já está disponível nas lojas El Corte Inglés e nos operadores, pelo preço recomendado de 1500 euros. S.E.

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SAMSUNG ANDROID

A Samsung lançou o primeiro telefone da marca com o sistema Android. O modelo I7500 vem muito bem equipado em termos de funcionalidades. Traz consigo um ecrã táctil de 3.2 polegadas, 320x480 pixels HVGA, HSDPA, Wi-fi, bluetooth 2.0, uma câmara de 5 megapixels e 8 GB de memória interna, extensível até 32 GB. Os utilizadores têm ainda acesso a todos os serviços da Google para computação móvel, como o Gmail, o Youtube, o Google Search, o Google Maps, o Google Talk e o Google Calendar. O modelo I7500 tem um receptor GPS integrado que usa as potencialidades oferecidas pelo Google Maps, como é o caso dos serviços My Location, Google Latitude e Google Street View. À parte destas aplicações, o utilizador poderá fazer o download de outras soluções a partir da loja da Google, a Android Market. O Samsung I7500 vai estar disponível na Europa a partir de Junho. S.E.

SONY ERICSSON C510

O telefone C510 foi lançado sob a marca Cyber-shot e é quase uma máquina fotográfica com um telemóvel, e não o contrário, como seria de esperar. Com 3,2 megapixels, um sistema de focagem automática e um sensor de movimento que permite orientar o sentido das fotografias tiradas, este terminal joga o trunfo face a outros modelos rivais com a inclusão da funcionalidade Smile Shutter, que faz a máquina disparar quando a fotografado sorri, bem como o modo de detecção de rosto, que ajuda a focar as pessoas. O C510 permite ainda enviar directamente para o YouTube os vídeos gravados. Tem rádio FM, e a aplicação TrackID que, a pedido, indica o nome da canção, o intérprete e álbum. Um ecrã QVGA (320x240), 100 MB de memória interna, extensível até 8 GB, e conectividade UMTS/HSPA 2100 são algumas das restantes características que completam esta oferta. S.E.



TESTE EM GRUPO

TEMPOS DE

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MUDANÇA Uma nova geração de motherboards para jogos e multimédia acaba de chegar ao mercado. Mas, valerá a pena mudar já para DDR3 e para Core i7?

COMO TESTÁMOS Embora tenhamos dividido os seis modelos em três pares distintos, todos eles foram concebidos para estar no centro de um PC de jogos e multimédia decente. O que quer dizer que os passámos cruelmente pelos mesmos testes habituais; World in Conflict foi o nosso benchmark principal para jogos, com as definições visuais em Very Low e a resolução a uns fracos 800 x 600 para garantir que não havia engarrafamento de dados na placa 3D. O Sisoft Sandra encarregou-se dos testes DDR2 vs. DDR3, enquanto o Cinebench deu que fazer ao multi-threading. Depois, sentámo-nos com um cronómetro na mão enquanto as placas codificavam um mpeg de 1080p para X264. Finalmente, verificámos o overclocking de cada placa sem alterações à voltagem.

MSI X48 PLATINUM P40

Esta é uma altura complicada para comprar uma motherboard. Habituámo-nos tanto ao velho socket LGA775 da Intel, apresentado em 2005 com o Pentium 4, que nos esquecemos dos tempos em que era preciso pesar vários prós e contras para perceber que chip correspondia às nossas necessidades. Parece que voltámos atrás. Actualmente, escolher uma nova motherboard é optar entre sacrificar a capacidade de evolução e gastar uma pequena fortuna num novo processador e em RAM. Algo terrivelmente injusto, poder-se-á pensar. Não há que ter receio, pois, com este artigo, a PCGuia guia-o no labirinto das motherboards. No final, vai ver que o cenário não é assim tão confuso quanto parece. Os culpados principais desta confusão tecnológica são o (mais ou menos) novo tipo de memória DDR3 e o novíssimo processador Core i7 da Intel. Há já muitos anos que a especificação DDR2 nos tem servido bem, mas tudo indica que está finalmente de saída. Isto porque o formato DDR3 se tem tornado no novo padrão no que concerne às gamas de CPU Core 2 da Intel e Phenom II da AMD. Enquanto o aumento de desempenho conseguido através da cominação de memória DDR3 com um CPU Core 2 ou Phenom 2 é basicamente nulo, optar agora por RAM DDR2 ou por uma motherboard de DDR2 significa fechar a porta a muitas opções de actualização. Por outro lado, a compra de uma motherboard DDR3 implica uma probabilidade muito elevada de se

FOXCONN P45AL

FOXCONN A78AX-K P40

comprar memória também DDR3. Felizmente, o preço escandaloso que afectava este tipo de memória conheceu recentemente uma queda, sendo que um kit com 4 GB custa (ainda assim) aproximadamente cem euros. Para complicar mais as coisas, surgiu no mercado o Core i7. Esta arquitectura de processador apresenta um aumento de 25 por cento no desempenho em relação aos modelos Core 2 com a mesma velocidade de relógio. Por outro lado, é o único chip actualmente no mercado capaz de fazer uso da enorme largura de banda da memória DDR3. Emparelhada com um processador Core i7, a RAM DDR3 pode ler e escrever a cerca de 13 Gbps, quase o dobro face aos cerca de 7 Gbps que se obtêm com os mesmos módulos acoplados aos chips Core 2, mesmo aos mais poderosos. Sem sombra de dúvida que este é o processador a comprar. Só é pena haver três senãos. Em primeiro lugar, os modelos Core i7 não são nada baratos, variando aproximadamente entre os 265 euros por um i7 básico e 950 euros para o melhor de todos. Em segundo lugar, utiliza o socket LGA1366, o que quer dizer que obriga à compra de uma motherboard nova. Em terceiro lugar, estas motherboards também não são nada baratas; desejamos-lhe boa sorte para encontrar uma placa 1366 por menos de 200 euros. Ou seja, uma quantidade considerável de dinheiro (ainda que bem gasto) compra-lhe a paz de espírito, traduzida numa máquina à prova de futuro e num

GIGABYTE MA790FXT-UD5P P42

GIGABYTE EX58-UD4P P42

P44

ASUS P6T DELUXE PALM OC EDITION P404

PCGUIA

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TESTE EM GRUPO

PC incrível – pelo menos, teoricamente. Tenha em conta que a combinação do i7 com DDR3 não lhe fará grande diferença na maioria dos jogos, uma vez que poucos têm um suporte decente para multithreading. Vai notar, isso sim, uma aceleração na codificação de vídeo e em trabalhos de grande dimensão no Photoshop. Mas, se gosta mais de entretenimento, por agora uma configuração i7 completa só lhe dá benefícios menores. A menos que utilize vários processadores gráficos recentes, como, por exemplo, uma configuração SLI ou Crossfire X. Nesse caso, terá melhorias mais significativas, pois a performance do seu PC não será prejudicada pela placa gráfica. Claro que se já tiver três GPU do melhor que há, então sem dúvida que é rico e aventureiro q.b. para comprar uma configuração de topo baseada em i7 sem ter de se preocupar. Assim, embora tenhamos visto com entusiasmo um par de boards X58 (o primeiro chipset 1366 da Intel) neste teste, aconselhamos que espere pelo menos seis meses antes de comprar um i7. Nessa altura, haverá uma selecção de placas muito maior e, sem sombra de dúvida, serão muito mais baratas. As coisas ficam bem mais simples quando olhamos para as propostas baseadas em AMD. Embora os seus processadores (disponíveis a preços acessíveis)

Comparação entre DDR2 e DDR3 nos benchmarks Sandra

pareçam atrasados em termos de desempenho em relação à vasta gama Core da Intel, o upgrade não tem tantos perigos associados. As recentes e rápidas mudanças do socket AM2 para AM2+ e agora para AM3 parecem bastante limitativas, mas há duas regras que simplificam tudo. Primeira: regra geral, qualquer chip AM2 funciona em qualquer placa AM2+ e vice-versa (excepto se o fabricante da motherboard não tenha disponibilizado actualizações do BIOS para as suas placas AM2 mais antigas). Segunda: os chips AM3 funcionam em placas AM2 ou 2+, desde que, mais uma vez,

existam actualizações do BIOS. Mas os chips AM2 ou 2+ não funcionam nas placas AM3. Se procura fazer o upgrade do seu AM2 Athlon 64 ou Phenom para um dos recentes chips Phenom II, arranje definitivamente a versão AM3 e não os modelos AM2+. Assim, não deverá precisar de arranjar um novo processador quando decidir adoptar o suporte para DDR3 do socket AM3. Os controladores de memória nos Phenom II para AM3 são compatíveis com memória DDR2 e DDR3. Teoricamente, pode basear a compra da sua motherboard na RAM que já possui. Mas, ao

SOCKET 775 FOXCONN P45AL Overclocking

Preço/desempenho

Extras ✖

VEREDICTO 8

Apesar do excedente de modelos Intel X48 e nForce 790 no mercado, o velho chipset P35 permanece a arma de eleição dos mais dedicados ao overclocking com processadores Core 2. O chipset P45 presente nesta motherboard Foxconn de preço médio representa uma última investida da combinação de RAM DDR2 e com processadores Intel. No cômputo geral, está praticamente a par com a MSI X48 com DDR3, o que faz dela uma sólida aposta para quem procura criar um sistema Core 2 com memória DDR barata mas potente, isto enquanto espera pelo Core i5. O preço é sinónimo da falta de extras, mas, se quiser ter suporte para CrossFire, poderá comprar o modelo P45A (com duas slots PCI-e x16) por pouco mais. No entanto, tenha em conta que a disposição “atafulhada” desta placa não é nada agradável para as placas 3D de maior dimensão.

MSI X48 PLATINUM Robustez

Overclocking

Evolução ✖

VEREDICTO 8

A maior parte das boards Core 2 adoptou o suporte para a especificação DDR3, mas a verdade é que funciona igualmente com DDR2. Tendo isso em conta, analisámos uma placa 775 para cada tipo de RAM. O teste de largura de banda da memória (SiSoft Sandra) ilustrou bem que, embora a plataforma da AMD não tenha exactamente o poder da arquitectura Core 2, o seu controlador de memória integrado ainda lhe dá uma vantagem. Esta motherboard DDR3 está um pouco à frente da Foxconn com DDR2 em termos de largura de banda, mas, além disso, os valores mantiveram-se quase sempre idênticos. É a prova de que não é necessário fazer o upgrade para DDR3, a menos que acrescente um i7 à mistura. Posto isto, a sua reputação como plataforma robusta capaz de alojar um Core 2 da maior qualidade permanece intacta. Infelizmente, já não é à prova de futuro. DISTRIBUIDOR JP SÁ COUTO ■ PREÇO 265 EUROS ■ CONTACTO 229 993 999 ■ SITE WWW.MSI.COM

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FABRICANTE FOXCONN ■ PREÇO 78 EUROS ■ SITE WWW. FOXCONN.COM



TESTE EM GRUPO

contrário dos Core i7 da Intel, se emparelhar um Phenom II com DDR3 em vez de DDR2 não vai fazer muita diferença no dia-a-dia, como verá nas comparações entre motherboards AM2+ e AM3 mais adiante. No entanto, o preço agora razoável da nova memória faz com que a DDR3 seja o tipo de RAM a adoptar na altura de criar um sistema novo. Como dissemos no início, esta é uma altura complicada para se comprar uma motherboard. A era da DDR3 acaba de chegar e a diversidade dos sockets da Intel ainda vai ser maior. Por volta de Julho deve chegar o Core i5, uma revisão do i7 para o público em geral, que vai usar outro socket, o LGA1156. Ao que tudo indica, teremos a sua estreia com o novo chipset P55, que esperamos vir a ser muito mais barato face ao valor absurdo que custam hoje as boards X58. Partindo do princípio de que não é rico, vale a pena esperar e ver o que nos vai trazer o Verão. Para um futuro mais distante, a AMD está a preparar um chip de 32 nm com o nome de código Bulldozer que, ao contrário dos Phenom, deverá ser uma reestruturação total da sua microarquitectura. No entanto, isso significa quase de certeza que precisará de uma plataforma nova, especialmente quando se fala que esta novidade será a metade CPU daquilo que se pretende que seja o híbrido

1

3

4 2

(1) SOLIDEZ Com o tempo, as motherboards têm vindo a afastar-se da utilização de condensadores electrolíticos na direcção dos modelos de polímeros sólidos, que duram mais tempo e não correm o risco de explodir. Não altera a vida a ninguém, mas dá mais paz de espírito.

(2) TRÊS É DEMAIS O Core i7 é o primeiro CPU a afastar-se do conceito de RAM de canal duplo que utilizamos há já muitos anos, usando o canal triplo. Nesta nova vertente, a memória DDR3 é vendida em pacotes de três módulos, o que faz com que as seis ranhuras de RAM se tornem o padrão das boards.

(3) MAIS RANHURAS, MENOS PIADA Comprar uma motherboard com suporte para SLI ou CrossFire nunca foi tão fácil. Mas porque a maioria das pessoas não usa vários processadores gráficos, é quase uma pena ver tantas motherboards com esta opção.

(4) OVERCLOCKING Nos tempos que correm, as motherboards para overclockers tendem a ter interruptores de energia e de reposição montados no PCB. Finalmente, alguém reconheceu que mexer em pins de energia com uma chave de parafusos não é adequado.

GERAÇÕES PHENOM GIGABYTE MA790FXT-UD5P Extras

Desempenho

Preço ✖

VEREDICTO 7

Tal como a X58 da Gigabyte, esta placa de excelente aspecto exibe a sua tecnologia Ultra-Durable. O nome parece estranho, mas foi a melhor forma que a Gigabyte encontrou para baptizar 56 gramas de cobre concebidos para afastar o calor dos pontos habitualmente quentes. Teoricamente, isso faria dela a rainha do overclocking, mas só aguenta um aumento de frequência de 200 para 250 MHz. Esta motherboard com chipset AMD 970A é à prova de futuro e tem mais funcionalidades que a Foxconn. Mas visto que custa muito mais e disponibiliza o mesmo desempenho, não vale a pena escolhê-la se já tiver uma board AM2+ decente. No entanto, tem o dobro das ranhuras de memória e uma segunda slot PCI-e para CrossFire, pelo que pode estar na base de um PC de jogos melhor.

FOXCONN A78AX-K Preço

Desempenho

DISTRIBUIDOR NIPOSOM ■ PREÇO 159,90 EUROS ■ CONTACTO 218 440 200 ■ SITE WWW.GIGABYTE.COM.TW Overclocking ✖

VEREDICTO 8

Neste comparativo, quisemos ver como os gráficos se alteram quando se combina um Phenom II com DDR3 em vez de DDR2. Resultado: nada. De facto, esta board DDR2 barata portou-se melhor no teste de largura de banda de memória que o modelo DDR3 (ao lado), o que vem dar armas ao argumento de praticamente não haver diferença entre elas em termos práticos. Se procura um PC para jogos barato, então esta motherboard Foxconn sem extras fará bem esse trabalho. No entanto, não é especialmente adequada para o overclocking, apesar de ter uma série de opções no BIOS. Mas os bloqueios activaram-se rapidamente, o que acaba por limitar a intervenção. Pior ainda foi haver apenas duas míseras ranhuras de RAM. Fora isso, tem o preço certo. Por tudo isto, é uma escolha recomendada para quem procura uma board barata com socket AM2+. FABRICANTE FOXCONN ■ PREÇO 67 EUROS ■ SITE WWW. FOXCONN.COM

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TESTE EM GRUPO

Fusion (CPU/GPU). Uma vez que o Fusion não deve chegar até nós antes de 2011, não vale a pena deixar que essas informações afectem a decisão de comprar agora uma motherboard. Comparados directamente, o Phenom II perde para o i7, mas trabalha bem, é fiável e tem a vantagem de ser retrocompatível e suficientemente jovem para ser uma solução à prova de futuro. Para além disso, é relativamente acessível e significa que a AMD está disposta a abrir as portas a quem quiser tentar fazer um chipset compatível. Assim, fica com imensas soluções AM2+ e AMD3 ao preço da chuva. A Intel não é tão generosa, nem por sombras. Quanto a escolher uma motherboard específica, é normalmente um caso de obter aquilo por que pagou. O que esperar? Bem, as mais caras estão cheias de portas USB, dissipadores de calor de metal pesado e várias luzinhas com maior ou menor utilidade; as baratas dispensam os extras – o que não é mau se estiver à procura de um PC para utilizar no dia-a-dia, mas certifique-se de que compra uma placa capaz de alojar diversos acessórios. A disposição das placas é outro aspecto importante a ter em conta, mas, mais vital ainda é o acesso às portas. Por exemplo, as portas SATA para os lados são necessárias se quiser instalar uma placa gráfica grande, como uma GTX 260.

Deixámos as definições de WiC baixas para evitar engarrafamento de dados

Também deve pensar no espaço para upgrades. Seis ranhuras de RAM em vez de quatro tornam a vida muito mais fácil no que toca a expandir a memória do seu sistema para os conjuntos de 6 e 12 GB, que começam a aparecer pouco a pouco. Com mais dinheiro pode comprar também mais slots PCI-E, nas variedades de dois ou três. Mas o SLI e o CrossFire continuam a ser soluções mais visadas pelos entusiastas, portanto, não gaste mais do que pretende só para ficar com uma ranhura PCI-e extra, que provavelmente nunca usará. Embora o chipset que decida usar não vá implicar uma grande diferença no desempenho do dia-a-dia,

a razão principal de gastar mais euros por uma motherboard melhor é aceder ao seu potencial para overclocking. E os Core 2 e os Phenoms foram criados tendo o overclocking em conta. No entanto, algumas das placas mais baratas não conseguem lidar com a pressão necessária, e outras omitem cruelmente as opções no BIOS para fazer os ajustes necessários. Mesmo se não estiver interessado nas funcionalidades que acompanham as motherboards mais caras, é melhor gastar um pouco mais num chipset robusto, caso deseje usufruir dos ganhos de performance oficiosos que a maioria dos CPU tem escondidos na manga.

SOCKET 1366 ASUS P6T DELUXE PALM OC EDITION Desempenho

Funcionalidades

Preço ✖

VEREDICTO 8

GIGABYTE EX58-UD4P Desempenho

Funcionalidades

Overclocking ✖

VEREDICTO 8

É engraçado ver as tentativas dos fabricantes para justificar os preços das motherboards X58. A Gigabyte lamenta-se pela quantidade de cobre que é utilizado nesta placa e pelo facto de ter condensadores japoneses. Mas será que aquela fila de LED era mesmo necessária? Mesmo assim é uma motherboard que funciona bem e que apresenta uma boa disposição. E apresenta três slots PCI-E 2.0 para GPU, o que faz dela uma das boards mais acessíveis do género entre as que recorrem ao chipset X58. Tendo os modelos UD5 e Extreme acima e o UD4 abaixo, esta parece ser a melhor aposta da gama. E se houver quedas de preços nos meses próximos, melhor ainda. Em termos de desempenho e funcionalidades, não há muito que a distinga da P6T Deluxe da Asus, mas é definitivamente mais apetecível. DISTRIBUIDOR NIPOSOM ■ PREÇO 229,90 EUROS ■ CONTACTO 218 440 200 ■ SITE WWW.GIGABYTE.COM.TW

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Apesar do preço, este é o modelo de gama baixa X58 da Asus. Mesmo assim, é um pouco mais acessível que o modelo acima dela, que dá pelo nome de Rampage II e que tem um preço que faz qualquer um entrar no reino da loucura total, sobretudo em tempo de crise. A Asus adicionou-lhe um ecrã controlador externo (semelhante a um PDA) com ligação por interface USB, a partir do qual pode vigiar o desempenho e fazer (pouco) overclocking. A sua utilidade não é grande, mas pode sempre atrair os adeptos do modding. No entanto, pode adquirir uma P6T sem essa unidade por alguns euros menos. Por outro lado, esta Asus está bastante a par com a outra X58, embora o BIOS tenha opções de overclocking muito mais básicas. Dito isto, sacou um pouco mais do nosso Core i7 refrigerado a ar antes de sucumbir. FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 315 EUROS ■ CONTACTO 808 789 888 ■ SITE PT.ASUS.COM


TESTES E RESULTADOS DESEMPENHO EM JOGOS World in Conflict

Frames por segundo; quanto maior, melhor 202

GIGABYTE EX58-UD4P ASUS P6T DELUXE

214

MSI X48 PLATINUM

130

FOXCONN P45AL

132

GIGABYTE MA790FXT-UD5P

125

FOXCONN A78X-K

134

50

100

150

200

250

300

350

400

450

DESEMPENHO MULTI-CORE CInebench R10

Tempo para a reprodução; quanto menor, melhor

GIGABYTE EX58-UD4P

1m 05s

ASUS P6T DELUXE

1m 04s

MSI X48 PLATINUM

1m 17s

FOXCONN P45AL

1m 14s

GIGABYTE MA790FXT-UD5P

1m 44s 1m 44s

FOXCONN A78X-K

20

40

60

80

100

120

140

160

180

TRÁFEGO NA MEMÓRIA Sisoft Sandra 2009 SP

Gigabits por segundo; quando maior, melhor

GIGABYTE EX58-UD4P

13.2

ASUS P6T DELUXE

12.9

MSI X48 PLATINUM

6.1

FOXCONN P45AL

5.5

GIGABYTE MA790FXT-UD5P

8.3

FOXCONN A78X-K

10.5

2

4

6

8

10

12

14

16

18

DESEMPENHO DE CODIFICAÇÃO Tempo de codificação X.264

Quanto menor, melhor

GIGABYTE EX58-UD4P

14m 16s

ASUS P6T DELUXE

15m 08s

MSI X48 PLATINUM

24m 14s

FOXCONN P45AL

24m 26s

GIGABYTE MA790FXT-UD5P

22m 02s 21m 03s

FOXCONN A78X-K

5

10

15

20

25

30

35

40

45

DESEMPENHO COM OVERCLOCKING Core i7

FSB (MHz); quando maior, melhor

GIGABYTE EX58-UD4P

170

ASUS P6T DELUXE

180

100 Core 2

200

300

400

500

600

700

800

900

FSB Overclock (MHz): Quando maior, melhor

MSI X48 PLATINUM

475

FOXCONN P45AL

460

100 Phenom 2

200

300

400

500

600

700

800

900

FSB Overclock (MHz): Quando maior, melhor 250

GIGABYTE MA790FXT-UD5P

220

FOXCONN A78X-K

Clock de base

Overclock

100

200

300

400

500

600

700

800

900

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TEMA DE CAPA

GRANDES PARA QUÊ? A PCGuia apresenta-lhe seis propostas à medida das suas necessidades e, principalmente, do seu bolso – não só em termos de tamanho, mas também de preço TEXTO JOÃO PEDRO FARIA; FOTOS VÍTOR GORDO

COMO TESTÁMOS Testar um netbook não é o mesmo que testar um portátil. No entanto, e respeitando as diferenças, baseámos a nossa análise em vários critérios de avaliação, que foram ponderados da seguinte forma para achar a nota final de cada máquina: Preço 25% Autonomia (Battery Mark) 25% Peso 25% Desempenho (PCMark 2005) 15% Acessórios 10% Medimos ainda o tempo de arranque de cada sistema, ou seja, o tempo que decorre entre premir o botão de energia e ter o sistema operativo totalmente disponível.

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Os netbooks vieram para ficar. Aliás, a informática de consumo não pára e estes pequenos computadores portáteis são a prova mais actual desta verdade indiscutível e indesmentível. Trata-se de um mercado em franco crescimento, para o qual os fabricantes guardam as melhores expectativas durante os próximos anos, baseando-se nas suas previsões e nos dados que vão sendo avançados por parte das empresas de estudos de mercado. As razões para o sucesso não são difíceis de imaginar. Numa altura em que os orçamentos domésticos são cada vez mais apertados (apesar de Portugal ser apontado como um dos países da União Europeia que mais gasta em electrónica de consumo), os netbooks representam um investimento muito interessante. Apesar de terem menores dimensões face aos portáteis tradicionais, o custo é mais baixo, a autonomia é mais elevada e o baixo peso facilita

não só o transporte como também o manuseamento. O desempenho (ainda) não é uma das suas virtudes, mas não é para isso que os netbooks servem. De facto, trata-se de um tipo de computadores que tem uma utilização muito bem definida, servindo principalmente para tarefas como edição de texto e de folhas de cálculo, comunicação por vídeo através de redes (com ou sem fios) com recurso à webcam, navegação online ou simplesmente para consulta do correio electrónico. Este mês a PCGuia dá-lhe a conhecer seis das melhores propostas (baseadas na plataforma Intel Atom) que o seu dinheiro pode comprar – três modelos de 10 polegadas, outros três de 8,9 polegadas e, dentro destes, dois modelos com ecrã táctil giratório. Se está a ponderar comprar um netbook, esperamos que as próximas páginas sirvam para dissipar algumas dúvidas.

NAS PÁGINAS SEGUINTES

ACER ASPIRE ONE D150

ASUS EEE PC 1000HE P48

P48

LG X110-LAP710P

GIGABYTE M912M-2GB

P49

P49

TOSHIBA NB100-12D P50

TSUNAMI JUMPER T101 P50

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TEMA A DE CAPA GRANDES PARA QUÊ? GR

ACER ASPIRE ONE D150 É impossível não gostar do Aspire One, agora com 10 polegadas. Trata-se de uma máquina bem construída e elegante, que mistura um chassis branco com um interior preto e que apresenta um ecrã TFT com níveis de contraste e de brilho muito agradáveis graças à utilização da tecnologia Acer CrystalBrite. Face ao modelo anterior de 8,9”, o tamanho extra conferido pelo ecrã de 10” deu ao Aspire One mais espaço para o teclado, que é agradável de manusear apesar de não haver um grande espaçamento entre teclas. O peso não foi muito sacrificado, ficando-se pelos 1,19 kg. Os comandos e as luzes LED de aviso estão bem identificados e dispostos. Quem quiser utilizar vídeo, poderá recorrer à webcam com microfone incorporada. ECRÃ

ARRANQUE

AUTONOMIA

VEREDICTO 7

Apesar de ser um aspecto que pouco conta nesta categoria, o Acer foi o mais rápido nos testes efectuados, com um esperados magros 1573 marks e uns agradáveis 40 segundos como tempo de arranque. É muito razoável em matéria de ligações e de especificações, mas a autonomia média – 2h48, de acordo com o BatteryMark – poderia ser mais longa. De referir ainda que o Aspire One D150 inclui algum software proprietário, como são os casos das aplicações Acer eRecovery Management, Acer Launch Manager. O Acer teria certamente chegado mais longe neste comparativo, não fosse a curta autonomia. Mesmo assim, os 349 euros ajustam-se à qualidade do produto, sendo um netbook com qualidade.

FABRICANTE ACER ■ PREÇO 349 EUROS ■ CONTACTO 808 300 033 ■ SITE WWW.ACER.PT ■ FICHA TÉCNICA CPU INTEL ATOM N280, 1 GB DE RAM, DISCO 160 GB, ECRÃ 10,1” WSVGA 1024X600, PLACA GRÁFICA ONBOARD, WEBCAM, WIRELESS 802.11B/G, LEITOR DE CARTÕES, 3X USB 2.0, 1X RJ45, 1X VGA OUT, KENSINGTON LOCK, WINDOWS XP HOME PORTUGUÊS

ASUS EEE PC 1000HE O Eee PC 1000HE apresenta, juntamente com os modelos da Acer e da LG, dos chassis mais volumosos deste comparativo, precisamente por incluírem todos eles ecrãs de 10 polegadas. No entanto, não deixa de merecer um aplauso pelo facto de ser a máquina mais leve deste braço-de-ferro, com apenas 1,02 kg. Para além do peso, o Asus leva nota máxima em matéria de acessórios graças à bolsa de protecção e ao pano de limpeza, bem como ao software oferecido (Super Hybrid Engine, Dolby Soundroom, MS Works e Intervideo DVD xPack) e de autonomia – e aqui o Eee PC 1000HE deixa a concorrência a léguas de distância com uma espantosa média de 7h46 de funcionamento com bateria. Em termos de características, o Eee PC destaca-se por ser o único compatível com redes Wi-Fi 802.11n, incluindo ainda suporte para Bluetooth 2.0, webcam e leitor de cartões SD/MMC com suporte para SDHC. Em matéria de armazenamento poderia não se destacar (todos os modelos com a excepção do Tsunami recorrem a uma unidade SATA com 2,5” e 160 GB de capacidade), mas fá-lo ao incluir uma

AUTONOMIA

WI-FI 802.11N

PREÇO

VEREDICTO 8

drive extra em servidor com 10 GB de capacidade, denominada Eee Storage. Todas as teclas e comandos/funções de atalho e apoio estão bem identificados num teclado muito agradável de utilizar – aliás, faz lembrar o teclado do lendário ZX Spectum 48 K, precursor da informática de consumo para muitos de nós.

De sublinhar ainda a qualidade do ecrã e o tempo de arranque de 42 segundos, que juntamente com os 1533 marks faz do Asus um dos netbooks mais rápidos deste teste. Só não chegou ao ouro devido ao facto de o preço ainda estar acima de outras propostas muito idênticas neste teste, como são os casos da Acer e da Toshiba.

FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 379 EUROS ■ CONTACTO 808 789 888 ■ SITE HTTP://PT.ASUS.COM ■ FICHA TÉCNICA CPU INTEL ATOM N280, 1 GB DE RAM, DISCO 160 GB + 10 GB EEE STORAGE, ECRÃ 10” WSVGA 1024X600, PLACA GRÁFICA ONBOARD, WEBCAM, WIRELESS 802.11N, BLUETOOTH 2.0, LEITOR DE CARTÕES, 3X USB 2.0, 1X RJ45, 1X VGA OUT, KENSINGTON LOCK, WINDOWS XP HOME PORTUGUÊS

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LG X110-LAP710P SOFTWARE

DISSIPAÇÃO

AUTONOMIA

VEREDICTO 7

GIGABYTE M912M-2GB ECRÃ TÁCTIL ROTATIVO

EXPRESSCARD

PREÇO

VEREDICTO 7

A Gigabyte fez-nos chegar uma edição especial limitada com características muito próprias, que misturam os universos netbook e tablet PC. Trata-se do M912M-2GB, um netbook com ecrã táctil de 8,9” capaz de rodar em 180 graus. Graças a isto, a componente prática ganha bastante, apesar de este tipo de funcionalidade ter um peso grande em termos de impacte no preço final – e neste aspecto o Gigabyte é a proposta mais cara deste comparativo, sendo aliás 80 euros mais dispendiosa do que o outro netbook com o mesmo tipo de características, da Tsunami. Existem dois outros elementos, estes sim únicos, que diferenciam o M912M-2GB. Estamos a falar dos 2 GB de RAM DDR2 667 e da entrada para ExpressCard, que poderá fazer falta para um tipo de utilização mais específica. Em matéria de ligações, marcam presença todas as tecnologias mais utilizadas, nomeadamente Wi-Fi 802.11b/g e Bluetooth 2.0. Apesar de ter um desempenho razoável, com 54 segundos de tempo de arranque e um registo no PCMark 05 de 1543 marks e de incluir bolsa de transporte e algum software, o Gigabyte é penalizado em grande parte também pela autonomia, das mais fracas registadas neste comparativo, com uma média de 2h24. Apesar de ter apenas 8,9 polegadas, o facto de o ecrã ser táctil também se reflecte no peso, dos mais elevados, com 1,38 kg. Pesando os pratos da balança, e apesar de ser uma boa escolha para quem pretende dar uso ao ecrã táctil, o M921M-2GB acaba por ficar na cauda da tabela classificativa. DISTRIBUIDOR NIPOSOM ■ PREÇO 529 EUROS ■ CONTACTO 218 440 262 ■ SITE WWW.GIGABYTE.PT ■ FICHA TÉCNICA CPU INTEL ATOM N270, 2 GB DE RAM, DISCO 160 GB, ECRÃ TÁCTIL 8,9” WSVGA 1024X600 COM ROTAÇÃO A 180 GRAUS, PLACA GRÁFICA ONBOARD, WEBCAM, WIRELESS 802.11B/G, BLUETOOTH 2.0, LEITOR DE CARTÕES, 3X USB 2.0, 1X RJ45, 1X VGA OUT, 1X EXPRESSCARD, KENSINGTON LOCK, WINDOWS XP HOME PORTUGUÊS

Pode dizer-se que, em termos estéticos, o LG é o oposto do Acer, sendo preto por fora e branco por dentro. De resto, o ecrã é em tudo semelhante, com 10 polegadas e um contraste e brilho agradáveis. A configuração do teclado também é muito parecida, sendo o toque agradável e a disposição dos comandos e das funções bem conseguida. As luzes LED de diagnóstico não passam despercebidas, sobretudo a de energia, que pode causar algum cansaço à vista numa utilização em ambientes com pouca luz. Apesar de a plataforma de processamento ser em tudo idêntica à da concorrência, o X110-LAP710P apresenta um desempenho de 1455 marks e um tempo de arranque maior de 1,10 minutos, o que pode resultar do tempo extra que o netbook leva a processar o software incluído, nomeadamente as aplicações da IP Operator, LG Magnifier, Cyberink YouCam e SRS Trusurround HD. O peso de 1,20 kg é aceitável. Já a média de 2h15 que a bateria consegue disponibilizar é criticável, tendo aliás o LG a autonomia mais fraca deste comparativo. Aspectos que são contrabalançados pelo preço, apesar de ser um pouco mais elevado face ao de outra proposta igualmente válida e que obteve a mesma nota final – estamos a falar mais uma vez do netbook da Acer. Uma palavra final para o eficaz sistema de dissipação de calor utilizado, que se destaca pela saída de ar com generosas dimensões, e para a garantia de um ano sobre a bateria, oferecendo a LG mais seis meses de protecção do que é habitualmente oferecido.

FABRICANTE LG ELECTRONICS ■ PREÇO 359,90 EUROS ■ CONTACTO 808 785 454 ■ SITE HTTP://PT.LGE.COM/ ■ FICHA TÉCNICA CPU INTEL ATOM N270, 1 GB DE RAM, DISCO 160 GB, ECRÃ 10” 1024X600, PLACA GRÁFICA ONBOARD, WEBCAM, WIRELESS 802.11B/G, LEITOR DE CARTÕES, 3X USB 2.0, 1X RJ45, 1X VGA OUT, KENSINGTON LOCK, WINDOWS XP HOME PORTUGUÊS

PCGUIA

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TEMA MA DE CAPA GRANDES PARA QUÊ? GRA

TOSHIBA NB100-12D Não é o netbook mais bonito – aspecto indiscutivelmente subjectivo, é certo –, mas é sem dúvida uma máquina com qualidade. A prova disso mesmo é a excelente classificação que o NB100-12D obteve, pese o facto de ser talvez a máquina mais antiga entre todas as seis que nos chegaram às mãos. Também é das mais leves, com 1,08 kg de peso. Ostenta um ecrã com 8,9 polegadas com tecnologia TruBrite, capaz de transmitir uma qualidade de imagem muito boa, mesmo num formato de pequenas dimensões. Outra área em que a Toshiba marca pontos é em termos de ofertas, graças à suite de software incluído, que abrange as aplicações Toshiba ConfigFree e Microsoft Works, entre outras. De realçar ainda o facto de as portas USB serem sleep-and-charge, um elemento que ganha uma maior importância numa máquina com as limitações de energia inerentes ao formato netbook.

CARACTERÍSTICAS

PREÇO

TECLADO

VEREDICTO 8

Aliás, em termos de autonomia, pode dizer-se que o desempenho do Toshiba é muito razoável, com uma média de 3h28, sendo a terceira melhor depois do Asus e do Tsunami. O tempo de arranque de 47 segundos também é uma marca a reter em termos de poder de processamento. Em matéria de PCMark 05, o NB100-12D atingiu 1516 marks, um valor na média da concorrência mais directa. De salientar também a presença de suporte para Bluetooth 2,1 + EDR, uma característica que apenas o Toshiba apresenta neste comparativo. Apesar de se tratar de um modelo em fase de transição (o novo NB200 só não entrou neste braço-de-ferro porque não reunia as condições necessárias para o comparativo à data de fecho da edição), o NB100 tem um preço justo – o mais baixo dos seis, sublinhe-se) e mostra que ainda tem uma palavra a dizer. O aspecto mais criticável continua a ser o teclado.

FABRICANTE TOSHIBA ■ PREÇO 329 EUROS ■ CONTACTO 707 265 265 ■ SITE WWW.TOSHIBA.PT ■ FICHA TÉCNICA CPU INTEL ATOM N270, 1 GB DE RAM, DISCO 160 GB, ECRÃ 8,9” WSVGA 1024X600 PLACA GRÁFICA ONBOARD, WEBCAM, WIRELESS 802.11B/G, BLUETOOTH 2.1 + EDR, LEITOR DE CARTÕES, 3X USB SLEEP AND CHARGE, 1X RJ45, 1X VGA OUT, KENSINGTON LOCK, WINDOWS XP HOME PORTUGUÊS

TSUNAMI JUMPER T101 Para este comparativo, a Tsunami concorreu com o novo Jumper T101, uma máquina que reúne as mesmas características da proposta da Gigabyte, tendo um ecrã táctil de 8,9 polegadas rotativo, sendo neste caso possível girá-lo em 360 graus. O resultado é uma proposta interessante, ainda que a escolha de materiais deixe um pouco a desejar, tendo o Jumper um aspecto demasiado plástico. Aliás, e pegando nas lacunas, não podemos deixar de dizer que o Jumper T101 sofre de algumas. Por exemplo, e à semelhança do NB100 da Toshiba, o teclado apresenta um espaçamento muito curto, dificultando o seu correcto manuseamento. Outro ponto que merece um aplauso mas ao mesmo tempo um reparo é a webcam, que apesar de ser giratória em 180 graus faz com que, quando se tenta abrir a tampa pelo centro (como é habitual), acaba por se fazer apenas girar a câmara, ficando a tampa fechada. É ainda a

ECRÃ TÁCTIL ROTATIVO

AUTONOMIA

DISCO DE 60 GB

VEREDICTO 7

50 | PCGUIA

máquina mais pesada entre as seis propostas analisadas, com 1,38 kg, e a mais fraca em termos desempenho, com 1297 marks e 1,14 minutos de tempo de arranque. Tudo isto acaba por não ser penalizador, sendo acima de tudo pontos a rever. Já a utilização de um disco rígido de 60 GB de capacidade é muito discutível, tanto mais que estamos a falar de uma máquina sem unidade de gravação óptica. O Jumper T101 destaca-se pela boa autonomia proporcionada pela bateria, que nos nossos testes atingiu uma média de 4h43, a melhor logo a seguir ao Asus. Tendo em conta que o público-alvo deste modelo dará certamente uso ao ecrã táctil, a Tsunami oferece um estilete que se poderá guardar lateralmente, evitando assim que este se perca ou que se parta. Outra vantagem é o preço, mais baixo 80 euros face à outra proposta netbook com as mesmas características presente neste comparativo.

FABRICANTE TSUNAMI ■ PREÇO 449 EUROS ■ CONTACTO 229 993 999 ■ SITE HWW.TSUNAMI.PT ■ FICHA TÉCNICA CPU INTEL ATOM N270, 1 GB DE RAM, DISCO 60 GB, ECRÃ 8,9” WSVGA 1024X600 COM ROTAÇÃO EM 360 GRAUS, PLACA GRÁFICA ONBOARD, WEBCAM COM ROTAÇÃO EM 180 GRAUS, WIRELESS 802.11B/G, BLUETOOTH 2.0, LEITOR DE CARTÕES, 2X USB 2.0, 1X RJ45, 1X VGA OUT, WINDOWS XP HOME PORTUGUÊS


SE TEM PRESSA... O MAIS BARATO

Toshiba NB100-12D

329 euros

MAIOR AUTONOMIA

Asus Eee PC 1000HE

7h46

O MAIS LEVE

Asus Eee PC 1000HE

1,02 kg

O MAIS RÁPIDO

Acer Aspire One D150

1573 PCMarks

CARACTERÍSTICAS E DESEMPENHO Marca e modelo

Acer Aspire One D150

Asus Eee PC 1000HE

Gigabyte M912M-2GB

LG X110-LAP710P

Toshiba NB100-12D

Tsunami Jumper T101

PLATAFORMA

Intel Atom N270

Intel Atom N280

Intel Atom N270

Intel Atom N270

Intel Atom N270

Intel Atom N270

VELOCIDADE

1,6 GHz

1,6 GHz

1,6 GHz

1,6 GHz

1,6 GHz

1,6 GHz

MEMÓRIA

1 GB

1 GB

2 GB

1 GB

1 GB

1 GB

ARMAZENAMENTO

SATA 160 GB

SATA 160 GB + 10 GB

SATA 160 GB

SATA 160 GB

SATA 160 GB

SATA 60 GB

10”, fixo

8,9”, fixo

8,9”, táctil e rotativo em 360º

ECRÃ

10,1”

fixo 10”, fixo

8,9”, táctil e rotativo em 180º

RESOLUÇÃO

1024 x 600

1024 x 600

1024 x 600

1024 x 600

1024 x 600

1024 x 600

LIGAÇÕES USB

3x 2.0

3x 2.0

3x 2.0

3x 2.0

3x Sleep-and-Charge

2x 2.0

LEITOR DE CARTÕES

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

EXPRESS CARD

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

WEBCAM

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Windows XP Home Pt

Windows XP Home Pt

Windows XP Home Pt

Windows XP Home Pt

Windows XP Home Pt

SISTEMA OPERATIVO

Windows XP Home Pt

DESEMPENHO (PCMARK 05)

1573 marks

1533 marks

1543 marks

1455 marks

1516 marks

1297 marks

TEMPO DE ARRANQUE

40 s

42 s

54 s

70 s

47 s

74 s

AUTONOMIA (BATTERYMARK)

2h48m

7h46m

2h24m

2h15m

3h28m

4h43m

PESO

1,19 kg

1,02 kg

1,37 kg

1,20 kg

1,08 kg kg

1,38 kg

PREÇO

349 euros

379 euros

529 euros

359,90 euros

329 euros

449 euros

GARANTIA (excluindo bateria)

2 anos

2 anos

2 anos

2 anos

2 anos

2 anos

VEREDICTO

7

8

7

7

8

7

E O VENCEDOR É... Apesar de as plataformas serem idênticas, alguns modelos destacaram-se pelas razões que passamos a explicar Analisadas as vantagens de todos os concorrentes, reunidos os resultados e definidos os veredictos, duas propostas destacam-se das restantes – as da Asus e da Toshiba. No caso do Eee PC 1000HE, é o modelo mais apelativo deste comparativo sobretudo por causa da autonomia de 7h46, um valor muito pouco visto em matéria de computação portátil. O facto de ter o peso mais baixo e de ser a proposta mais interessante em termos de ofertas de extras e acessórios é outro aspecto decisivo, que ganha ainda

mais ênfase quando combinado com a capacidade de processamento (o tempo de arranque é dos mais baixos) e o preço aceitável, apesar de ser o mais caro de entre os modelos com ecrã de 10 polegadas. Por tudo isto, o Eee PC 1000HE merece ser a Escolha da Redacção. Com a mesma nota mas por motivos diferentes, o Toshiba acabou por merecer um lugar de destaque graças à qualidade de construção, ao interessante leque de características e ainda aos baixos preço e

peso e à boa autonomia. No entanto, e apesar de todos estes atributos e da excelente classificação, trata-se de um modelo em fase de substituição (veja o produto do mês na página 21). Outro modelo que merece uma palavra nesta conclusão final é o Acer Aspire One D150. Apesar de ter atingido a mesma classificação das restantes máquinas, é uma proposta muito interessante e que só não foi mais além por causa da autonomia média, que fica pouco aquém das três horas.

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PCG

R E | S O FTWA R E | R E D E S | T E ST E E M G R U P O

GUIAS

EXPLORE O NOVO

WINDOWS

Quer fazer um test drive ao novo sistema operativo da Microsoft, sem ter de criar um dual boot? O Virtual PC dá-lhe uma ajuda

Os mais entusiastas das tecnologias já estão em contagem decrescente para o lançamento do sucessor do Vista, o Windows 7. Foi exactamente a pensar neles, e em tantos outros curiosos, que a Microsoft lançou a primeira beta do novo sistema. A ideia é dar um “cheirinho” do que aí vem, e deixar os utilizadores brincarem um pouco com as novidades e com a interface proposta. Por muito giro e bem conseguido que esteja, o que está disponível é apenas uma versão prévia do sistema, o que significa que ainda não poderão ser adicionadas novas funcionalidades, retiradas outras e feitos alguns ajustes. Não recomendamos por isso que use a beta do Windows 7 como sistema operativo principal da sua máquina. Sendo assim, qual é a melhor forma de o poder testar? Existem alguns utilizadores, os mais sortudos, que têm duas máquinas em casa. Se assim for, o problema está resolvido. Os restantes milhares de utilizadores podem recorrer ao Virtual PC da Microsoft. Um dos métodos mais conhecidos que permite a alguém trabalhar com dois SO numa mesma máquina é o sistema dual boot. Ao montar um sistema de arranque duplo poderá escolher o sistema com que pretende trabalhar. Isto é relativamente simples de configurar, embora,

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SOFTWARE

NO SITE DA MICROSOFT FICARÁ A SABER MAIS SOBRE O QUE ESTE SISTEMA TEM PARA LHE OFERECER

lojas. O test drive por que ansiosamente espera pode ser concretizado com a ajuda do Virtual PC. Vale a pena referir que o processo de instalação de um sistema operativo num PC virtual não é semelhante ao que ocorreria num computador normal. Devido ao facto de o sistema que está a correr no PC virtual estar a partilhar recursos com o sistema instalado no computador, qualquer software que for instalado na máquina virtual não deverá oferecer um desempenho excelente, a menos que tenha um PC topo de gama. Apesar deste último ponto, não nos podemos esquecer que o Virtual PC é gratuito e é uma óptima alternativa a um segundo computador.

CONHEÇA OS SEUS LIMITES

CONHEÇA MELHOR O WINDOWS 7 Para instalar o Windows 7, terá de efectuar o download do sistema para o seu PC. Vá ao site da Microsoft escolha o idioma que pretende e inicie o processo de transferência. A Release Candidate, que saiu no dia 5 de Maio, terá uma data de expiração diferente da versão beta, uma vez que permanecerá activa até ao dia 1 de Junho de 2010. O Windows 7 RC estará inicialmente disponível em inglês, alemão, japonês, francês e espanhol e oferecerá edições em 32 e 64 bits. Até à data de fecho deste artigo, a Microsoft indicava que a RC será a última versão de testes deste novo sistema operativo, antes do lançamento.

reconhecemos, possa não estar ao alcance de todos. Também existem inúmeros utilizadores para os quais esta opção não está sequer contemplada. O Virtual PC oferece uma alternativa. Além de ser gratuito, o que é importante nos tempos que correm, pode ser facilmente usado para criar uma ou mais máquinas virtuais dentro do Windows XP ou do Windows Vista, capazes de executar outros sistemas Windows ou alternativas como o Linux.

INSTALAR O NOVO WINDOWS Para muitas pessoas o lançamento do Vista revelou-se uma grande desilusão. Não temos dados científicos, mas a realidade é que existem inúmeros utilizadores que optaram por não fazer o upgrade para o Vista e esperar pela versão 7. Ela já está na linha do horizonte, por isso, se realmente quer dar uma vista de olhos ao que aí vem, não tem de esperar que ela esteja disponível nas prateleiras das

Trabalhar num sistema virtual tem algumas limitações. À parte do processador instalado e da quantidade de memória que está alocada ao computador virtual, não existe forma alguma de poder adicionar mais hardware à máquina para optimizar o desempenho do seu sistema. Todos os computadores criados no Virtual PC têm o mesmo pacote de hardware: uma placa de som básica, uma gráfica perfeitamente standard e capacidades de rede partilhadas com o computador hospedeiro. Também não existe suporte nativo para aparelhos USB no programa. Isto significa que não poderá instalar impressoras ou adicionar discos externos directamente, apesar de poderem ser partilhados a partir do PC hospedeiro. Estas limitações não o deixarão aproveitar ao máximo todas as funcionalidades do Windows 7, no entanto, a emulação de hardware é bastante boa e o desempenho alto, especialmente se tiver em

COMO INSTALAR O VIRTUAL PC

01

Faça o download do Virtual PC. Siga até http://snipurl. com/b82a4 e clique em Download para a versão de 32 ou de 64 bits, dependendo da versão do Windows que estiver a executar.

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02

Instale o software. Guarde o ficheiro de setup na sua área de trabalho e execute-o. Siga as indicações do assistente; não será necessário efectuar alterações às configurações apresentadas. Clique em Finish quando o processo estiver completo e corra o programa.

03

Configure o Virtual PC. Clique em New, Next. Seleccione Create e carregue em Next. Introduza o nome e a localização pretendida. Seleccione de seguida Other, Next e escolha Adjust the RAM. Clique em Next. Crie uma nova drive virtual.



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consideração que está a executar duas cópias do Windows em simultâneo Portanto, instalar o Windows 7 já é um começo. O que pode esperar dele? Numa palavra, muito. Desde que a beta do Windows chegou à Net que ninguém pode negar o sucesso junto dos que o experimentaram. Este sistema operativo conseguiu reunir o que de melhor têm o XP e o Vista, cortou, redefiniu e eliminou algumas das funcionalidades que estavam menos bem conseguidas e adicionou outras tantas. Sempre que alguém trabalha com o Windows, a barra de tarefas é uma das ferramentas mais usadas. Pois bem, esta foi uma das áreas que sofreu uma maior transformação neste sistema. A barra de lançamento rápido desapareceu. Agora, os atalhos para os programas e os links para as janelas partilham o mesmo espaço. O agrupamento de botões do XP e do Vista foi também redefinido para permitir uma navegação mais fácil e intuitiva. A navegação, no geral, foi simplificada, graças a novos atalhos de teclas e a um esquema de pré-visualização das janelas abertas, designado por Aero Peek e activado sempre que navega sobre uma secção na barra de ferramentas. A nova localização do botão Show Desktop (em português, Mostrar o Ambiente de Trabalho) oferece uma funcionalidade semelhante. As janelas podem ser maximizadas de uma forma ainda mais simples: arrastando-as para o topo do ecrã ou minimizada arrastando-as para a lateral. Tal como seria de esperar, a segurança está mais apertada e o desempenho está ao mesmo nível do conseguido com o Vista, senão melhor, pressupondo que se está a usar o mesmo hardware. Mas a melhor forma de poder realmente ver o que o Windows 7 traz de novo é instalá-lo e fazer o tal test drive.

CRIE UM DISCO DE INSTALAÇÃO Quase todos os programas de gravação de CD, como os conhecidos Roxio e Nero, conseguem trabalhar com imagens ISO. Terá apenas de executar o programa apropriado, seleccionar a opção que lhe permite gravar um ficheiro de imagem e escolher a ISO. Se não tiver software à altura para completar esta tarefa, faça uma visita ao site www.cdburnerxp.se. Este espaço permite-lhe efectuar o download de uma cópia gratuita do CDBurnerXP. Execute o programa e seleccione a opção Burn ISO Image, que aparece no menu principal. Navegue até ao local onde tem a ISO, insira um DVD virgem na drive e clique em Burn Disc, que está na barra de tarefas.

INSTALE A BETA DO WINDOWS 7

01

Arranque a partir de uma ISO. Na janela principal do Virtual PC, clique duas vezes sobre a entrada da máquina virtual e escolha CD, capture ISSO Image. Seleccione a imagem ISSO do Windows 7 e carregue em Action, Reset.

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02

Instale o Windows 7. A máquina virtual irá usar a imagem ISSO como se esta fosse uma drive de DVD e irá usá-la para iniciar o arranque e proceder à instalação. Siga os passos e introduza a chave da versão beta do produto.

03

Instale as adições necessárias. Para melhorar o desempenho, pressione a tecla Alt e clique em Action, Instal or Update Virtual Machine Additions. Clique em Run setup.exe e siga o processo de instalação.



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O QUE HÁ DE NOVO NO WINDOWS

01

Os botões da barra de tarefas que aparecem contornados indicam que programas estão abertos. Os restantes funcionam apenas como atalhos. Existem também múltiplas referências a um mesmo programa, que se diferenciam pela moldura. O menu pop-up facilita os acessos.

A resolução dos problemas é agora bastante menos frustrante devido ao facto de tudo estar devidamente integrado numa única interface. O Action Center lista os problemas que foram encontrados e dá simultaneamente acesso a ferramentas que os podem resolver, e a links para ferramentas de sistema úteis.

03

A opção User Account Control também sofreu algumas alterações. Existem quatro configurações disponíveis, uma delas permite desactivar todo o controlo de utilizadores, ou simplesmente eliminar os efeitos das janelas de alerta e de pedido de autorização, tornando estas funcionalidades menos intrusivas.

04

Os widgets fazem agora parte da área de trabalho, podem ser posicionados em qualquer local e facilmente acedidos através de um único clique no botão Show Desktop, que aparece à direita da barra de tarefas.

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O Windows 7 introduz bibliotecas para o ajudar a organizar os ficheiros. Estas pastas virtuais podem ser usadas para arrastar conteúdos a partir de pastas reais. A opção de pesquisa do menu Start aparece melhorada. A gestão de ficheiros nunca foi tão fácil.

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Melhor segurança, melhor desempenho e compatibilidade. Estas são apenas três das novas características do IE8. A navegação privada apaga toda a actividade do utilizador online, que passa também a ter acesso ao que a Microsoft designou por Web slices, pequenas amostras do conteúdo Web que está a ser acedido, num único espaço.



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REINSTALE O OFFICE JÁ COM AS A CTUALIZAÇÕES Use o Office Integrator para criar uma instalação que inclua já os updates, os Service Packs e as suas definições preferidas

Descarregue os mais recentes SP e todas as actualizações importantes que tenham sido entretanto disponibilizadas

Depois do Windows, o Office será muito provavelmente o software mais completo que todos nós instalamos no computador. E tal como faz para o Windows, a Microsoft disponibiliza com regularidade actualizações e Service Packs para que o Office se mantenha a funcionar da melhor forma. Se por alguma razão tiver que reinstalar o Office, terá de aplicar novamente cada actualização que já tivesse eventualmente feito. Quem já o teve de fazer sabe certamente quanto custa partir do zero. O caso piora quando se trata de uma versão mais antiga, que envolve necessariamente um maior número de actualizações. Felizmente, o Office Integrator (http://integrator.

TRABALHO DE PREPARAÇÃO Antes de usar o Office Integrator precisa de ter a certeza de que tem todos os ficheiros necessários à sua mão. Para o fazer, copie primeiro os conteúdos do seu disco de instalação do Office para uma pasta no seu disco rígido. Crie a nova pasta, insira o CD original e navegue no seu conteúdo através do Explorador do Windows. Seleccione todos os conteúdos e arraste-os para a nova pasta. Espere que a cópia termine e depois vá até ao Office Online (http://office.microsoft.com) e escolha Downloads. Seleccione a versão do Office e descarregue o mais recente Service Pack completo disponível, bem como quaisquer ficheiros isolados de actualização que tenham sido lançados entretanto. Grave todos os ficheiros numa pasta facilmente acessível.

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siginetsoftware.com) permite produzir facilmente um disco de instalação que reúna já tudo o que é necessário para evitar ter de passar por esta situação. Ou seja, terá não só o Office como também todas as actualizações importantes, a chave de registo do produto e a informação de registo. Uma vez feito um CD de instalação, tudo o que resta fazer é colocá-lo na drive óptica do seu PC e executar o utilitário de configuração.

INTEGRE O OFFICE O Office Integrator funciona com todas as versões do MS Office desde o Office XP. Requer a cópia de todos os ficheiros de instalação para o disco rígido de modo a que o programa possa modificá-los, bem como o download manual das actualizações a incluir no disco final. Quanto ao download de Service Packs, assegure-se de que descarrega a versão completa, ou seja, aquela que não requer o download de mais ficheiros a partir dos servidores da Microsoft. Este conselho pode parecer estranho mas existem algumas distribuições do género que precisam de ir buscar mais ficheiros à Web durante o processo de instalação. O Office Integrator permite-lhe não só criar uma imagem ISO para gravar directamente num disco óptico, como também gravar os ficheiros de instalação numa pasta dentro de uma partição ou disco rígido diferente.


USE O OFFICE INTEGRATOR

01

Inicie o Office Integrator e seleccione a sua versão do Office. Pode também escolher o método de integração, apesar de a única opção válida para o Office 2007 ser a Admin Install Point. Use Direct Integration para outras versões.

Vá até ao ficheiro de configuração do Office, na pasta para a qual copiou os ficheiros. É a partir deste ficheiro que o Office Integrator identifica a versão correcta. Forneça a sua chave do produto e a pasta de destino. Opte por criar uma imagem ISO.

03

Mude para o separador Service PK. Clique em Options e depois em Add to List. Navegue até ao ficheiro completo do Service Pack que descarregou anteriormente e clique em Open. Repita o processo para outros Service Packs que possa querer integrar.

04

No separador Hotfix poderá adicionar quaisquer actualizações que tenham sido lançadas após a disponibilização dos últimos SP. Acrescente cada uma delas da mesma forma que utilizou para os ficheiros dos SP (passo 3). Provavelmente, irá adicionar mais actualizações do que SP.

05

06

Seleccione o separador Config 1. Poderá introduzir o nome de utilizador e da empresa usados no Office de modo a não precisar de o fazer durante a instalação. Defina o modo de lista Full, para ver todas as caixas de diálogo durante a instalação, ou Basic, para as suprimir.

02

Regresse ao separador principal e clique em Integrate. Será levado para o separador Log e poderá ver a evolução do processo através de um indicador gráfico. Uma vez terminado, poderá gravar os ficheiros para um novo disco ou usar a imagem ISO, caso tenha optado por criar uma.

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EDITE O REGISTO EM SEGURANÇA Descubra como simples alterações do Registo podem melhorar significativamente o desempenho e comportamento do seu PC

DICA

Se não conseguir ver alguns dos valores mencionados nas nossas dicas, clique com o botão direito do rato quando estiver na chave adequada e crie o valor.

Não o censuraríamos se pensasse que a melhor maneira de aumentar o desempenho do seu computador seria gastar rios de dinheiro com ele. Evidentemente, actualizar a memória ou substituir o processador produz resultados perceptíveis de uma só vez. No entanto, alterações deste tipo devem ser sempre um último recurso, especialmente durante os tempos de dificuldade económica que atravessamos, quando todos temos melhores coisas onde gastar as poupanças. Agora que estabelecemos que abrir a caixa do computador e mexericar lá por dentro não é a única opção, provavelmente está a perguntar a si mesmo que outras vias para aumentar o desempenho do PC tem à sua disposição, certo? A resposta simples é que

CADA TAREFA QUE É EXECUTADA NO WINDOWS DEPENDE DE INFORMAÇÕES GUARDADAS NO REGISTO

há um conjunto de melhoramentos que pode conseguir através de alterações no Registo. Ao longo das próximas páginas, reunimos uma selecção das melhores modificações que o ajudarão a ter mais controlo sobre o seu sistema e a aumentar o desempenho. Melhor ainda, não terá de gastar um único cêntimo.

EFECTUAR ALTERAÇÕES Cada tarefa que é executada no Windows depende de informações guardadas no Registo. Esta área do sistema contém detalhes de cada item de hardware e software instalado no computador. Contém também as definições de configuração do monitor, as preferências das aplicações e os perfis de utilizador. Recorrendo ao Editor de registo, consegue implementar alterações no sistema que, na maioria dos casos, não estariam ao seu alcance através das definições normais da interface. Uma palavra de aviso antes de se pôr a trabalhar e a fazer alterações. Convém estar ciente dos perigos de mexer com o Registo. Este é uma área crítica do sistema, pelo que editar a chave ou o valor pode ter efeitos desastrosos e generalizados. Por conseguinte, é importante que tenha uma cópia de segurança actualizada dos ficheiros antes de efectuar alterações na base de dados do Windows.

CRIAR CÓPIAS DE SEGURANÇA Antes de alterar seja o que for, precisa de criar uma cópia de segurança do Registo. No entanto, não é

PERSONALIZE A UNIDADE ÓPTICA

01

Vá até HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\ CurrentControlSet\Services\Cdrom. Procure o valor DWORD AutoRun. Altere-o para 0 e os seus discos deixarão de ser executados automaticamente.

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02

Vá até HKEY_CURRENT_USER\Software\Microsoft\ MediaPlayer\Player\Settings. Modifique ou crie o valor de cadeia EnableDVDUI. Escreva No para desactivar as capacidades de reprodução de DVD.

03

Vá até HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\ CurrentControlSet\Control\Class\{4D36E965-E325-11CE¬BFC1-08002BE10318}. Elimine os valores UpperFilters e LowerFilters e reinicie.


Edite o Registo com cuidado, para optimizar o desempenho da sua máquina

necessário copiar tudo. Em vez disso, basta que faça uma cópia das áreas com as quais irá trabalhar. Abra o Editor de registo e, no painel esquerdo, evidencie a chave na qual pretende trabalhar, clicando depois em Ficheiro, Exportar. Em Guardar com o tipo, clique na seta da caixa pendente, o que faz aparecer vários formatos de ficheiro diferentes. O recomendado para este tipo de cópia de segurança é Ficheiros de ramo de registo. Esta opção copia a chave seleccionada, as respectivas subchaves e todos os valores. Depois de efectuar as alterações no Registo, pode acontecer que ache que as alterações não

CORRIJA OS LIMITES DOS DISCOS RÍGIDOS

Elimine a falsa informação dos tamanhos dos discos rígidos No caso de se ter visto obrigado a reinstalar o Windows XP do zero, a partir do CD original por qualquer motivo, talvez se tenha interrogado por que razão aquele passou a não indicar o tamanho real do disco rígido. Isso acontece porque, antes do Service Pack 1, o sistema operativo não reconhecia mais do que 137 GB. Evidentemente, os tamanhos dos discos rígidos têm aumentado rapidamente ao longo dos anos – unidades de 500 GB são vulgares hoje em dia, pelo que o “limite” de 137 GB é um disparate. Este problema foi corrigido no Service Pack, mas também podia ser reparado com uma alteração do Registo. Em HKEY_LOCAL_ MACHINE\System\CurrentControlSet\Services\Atapi\Parameters, bastava modificar o valor EnableBigLba para 1.


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funcionarem conforme esperava. Por conseguinte, terá de restaurar a chave original a partir do ficheiro da cópia de segurança. Para tal, abra o Editor de registo e ponha novamente em evidência a mesma chave. Clique em Ficheiro, mas desta vez escolha Importar e seleccione o ficheiro de ramo guardado na respectiva localização. Como medida de segurança, é-lhe pedido que confirme que tem conhecimento de que a chave actual e respectivas subchaves serão substituídas pelo ficheiro que está a importar.

HARDWARE E REGISTO A edição do Registo permite realizar um vasto leque de modificações do sistema, desde ajustamentos básicos a avançados. Pode inclusive servir para apresentar informações ocultas do sistema. Por exemplo, no Windows XP clique em Iniciar, Executar, escreva regedit e prima [Return]. Vá até HKEY_LOCAL_MACHINE\ HARDWARE\DESCRIPTION\System\ CentralProcessor\0. Aqui pode ver detalhes do processador do sistema, bem como a sua velocidade, marca e modelo.

EDIÇÃO ESSENCIAL

CÓPIA DE SEGURANÇA ALTERNATIVA Quando cria uma cópia de segurança de uma chave do Registo, um tipo de ficheiro alternativo é .reg, cujo conteúdo pode ser lido por qualquer programa de edição de texto, como o Bloco de notas. Isto permite-lhe ver e editar o seu conteúdo longe do próprio Registo. Além disso, é possível inserir o conteúdo de um ficheiro .reg no Registo tal como se faz com um ficheiro de ramo, substituindo quaisquer chaves, subchaves e valores. Deve ter cuidado quando trabalha com ficheiros .reg – clicar duas vezes num destes ficheiros não o abre para visualização. Em vez disso, insere automaticamente o seu conteúdo no Registo. Consulte “Alterar o comportamento do Registo” para saber como lidar em segurança com este problema.

As portas USB num computador Windows XP são verificadas uma vez por milissegundo a fim de detectar se foram ligados quaisquer dispositivos USB. Esta verificação continua mesmo que nada seja ligado. No passado, alguns utilizadores relataram problemas que impediam o PC de entrar em suspensão automaticamente. Regra geral, isto deve-se ao facto de o computador estar a realizar outra tarefa: neste caso, o problema poderia ser a interrogação sequencial das portas USB. Ao aumentar o intervalo entre cada período de interrogação, é possível reduzir as probabilidades de a dita interrogação das portas USB ser a causa da falta de descanso. No Editor de registo, vá até HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\ CurrentControlSet\Control\Class\{36FC9E60C465-11CF-8056-444553540000}\0000. Clique com o botão direito do rato no painel direito e seleccione Novo, Valor DWORD. Dê-lhe o nome IdleEnable. Clique com o botão direito do rato neste valor recém-criado, seleccione Modificar e escreva 1 como novo valor. A inactividade encontra-se agora activada. Reinicie o computador para que as alterações entrem em vigor. A partir de agora, o sistema deverá entrar no modo de poupança de energia sem qualquer problema.

ALTERE O COMPORTAMENTO DO REGISTO

01

O duplo clique num ficheiro .reg insere o respectivo conteúdo no Registo. Altere as definições para abrir em vez disso um ficheiro .reg com o Bloco de notas a fim de ver o seu conteúdo – muito mais útil.

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02

No Editor de registo, vá até HKEY_CLASSES_ROOT\regfile\ shell. No painel direito, clique com o botão direito do rato em (Predefinição) e escolha Modificar. Em Dados do valor escreva edit, a seguir clique em OK e feche o Editor.

03

A partir de agora, quando clicar duas vezes num ficheiro .reg, abre-se uma janela do Bloco de notas.



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EDIÇÕES RELACIONADAS COM HARDWARE

01

Pode ver informações do BIOS no Windows. Vá até HKEY_LOCAL_MACHINE\HARDWARE\ DESCRIPTION\System. Encontra aqui as subchaves SystemBiosDate, SystemBiosVersion, VideoBiosDate e VideoBiosVersion.

02

03

O hardware instalado que não está ligado não é visível. Para vê-lo, vá até HKEY_LOCAL_ MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control\Session Manager\Environment. Atribua a DEVMGR_SHOW_NONPRESENT_DEVICES um valor de 1.

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Force o Gestor de dispositivos a mostrar informações mais detalhadas. Vá até HKEY_ LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control\Session Manager e atribua a DEVMGR_SHOW_DETAILS um valor de 1.

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Aumente a quantidade de recursos do sistema que são atribuídos à impressão. Vá até HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Services\Print. Dê a SpoolerPriority um valor de 1.

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Mesmo que os altifalantes não estejam ligados, verá que o altifalante interno emite um bip. Pode desactivá-lo em HKEY_CURRENT_USER\Control Panel\Sound. Encontra aqui um valor chamado Beep. Altere-o para Yes ou No.

Vá até HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control\Session Manager\ Memory Management. Atribua a SecondLevelDataCache um valor igual à cache de segundo nível do processador.


EDITE O WINDOWS UPDATE Saiba como pode livrar-se da irritante prompt que o obriga a reiniciar a máquina quando é feita uma actualização Por defeito, o Windows Update actua por sua conta, ou seja, vai automaticamente buscar aos servidores da Microsoft as actualizações assim que estas forem sendo disponibilizadas, descarrega-as para a máquina e instala-as. Até aqui tudo bem. Só que há um pequeno problema em torno desta situação: o Windows precisa de ser reiniciado a certa altura da instalação, quer goste, quer não goste. Só quem passa por isto sabe o quanto irritante esta situação se pode tornar, pois a promt de restart (ou comando para reiniciar) não inclui uma opção que permita esperar até que o utilizador tenha terminado a sua sessão no computador. Apenas poderá adiar a situação por minutos ou horas, e assim que o tempo de adiamento chegar ao fim, lá voltará ela para irritar mais um pouco. Curiosamente, esta prompt tornou-se ainda mais incomodativa no Windows Vista, na medida em que existe sempre o perigo de as actualizações e respectivas instalações demorarem uma eternidade a serem realizadas, impossibilitando o acesso normal ao PC sabe-se lá por quanto tempo. A razão pela qual o Windows foi desenhado desta forma, de ser necessário reiniciá-lo assim que possível, tem que ver com o facto de ser preciso, a determinado ponto da instalação em que o processo ainda está numa fase parcial, de assegurar que o processo termina num ambiente o mais estável possível.

DESACTIVE O WINDOWS UPDATE O comando que iremos utilizar permite na verdade desactivar a função Windows Update para a sessão em curso. Como tal, deverá assegurar-se de que desliga o PC após terminar a sua utilização. Se tem por hábito deixar o computador sempre ligado, mesmo quando não o está a utilizar, faça um restart. De outra forma, o Windows Update poderá ficar desactivado indefinidamente, e certamente que não vai querer que isso aconteça. Em alternativa, poderá tomar o controlo da irritante prompt alterando a forma como o Windows Update opera. Em vez de o fazer instalar as actualizações automaticamente, ordene-o para fazer os downloads mas para lhe pedir sempre a autorização para fazer as consequentes instalações.

O WINDOWS PRECISA DE SER REINICIADO A CERTA ALTURA DA INSTALAÇÃO, QUER GOSTE, QUER NÃO GOSTE

TORNE AS ACTUALIZAÇÕES MENOS IRRITANTES

01

Introduza cmd na barra de pesquisa e prima Ctrl + Shift + Enter. Depois, escreva net stop “windows update” – incluindo as aspas – e prima Enter.

02

Abra uma caixa Linha de comandos e escreva cmd. Agora, use o comando net stop “automatic updates”, incluindo novamente as aspas, e prima Enter.

03

Vá a Painel de controlo, Windows Update, Alterar definições. Verá que existe uma opção que permite Transferir actualizações mas escolher as respectivas transferências e instalações.

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SOFTWARE

RESOLVA OS CONFLITOS DE SISTEMA Não desespere se o Windows começar a ficar parado sem razão aparente

As paragens inesperadas do sistema são um dos problemas mais frustrantes que se podem ter num PC. Em alguns casos devem-se a questões relacionadas com o mau funcionamento do hardware. No entanto, nove em cada dez vezes estarão relacionadas com conflitos de software. Ou seja, saber diagnosticar exactamente a origem do problema é a chave para o resolver rapidamente. Para fazer uma identificação correcta deverá colocar a si mesmo algumas questões, de modo a

MUITOS PROGRAMAS SÃO CARREGADOS NO INÍCIO, REMOVÊ-LOS UM POR UM PODERÁ TORNAR-SE NUMA TAREFA INGRATA eliminar algumas possibilidades. É perfeitamente credível que a origem do problema esteja num aquecimento excessivo ou noutra espécie de falha de sistema. Use uma ferramenta de medição da temperatura, como aquela que tem à sua disposição nos utilitários do BIOS, e verifique se o ambiente dentro da caixa está demasiado quente, o

USE AS FERRAMENTAS DO WINDOWS A ferramenta do Windows que verifica o estado de saúde do sistema chama-se Monitor de desempenho e fiabilidade e permite registar alterações feitas no sistema de modo a compará-las com possíveis alterações de estabilidade, disponibilizando a informação desta relação de uma forma gráfica. No Monitor de desempenho, clique no botão direito do rato dentro da janela e escolha Adicionar contadores. O utilitário grava o estado de todos os contadores que poderá encontrar em Contadores disponíveis – se tiver dúvidas, clique em Mostrar descrição. Poderá combinar os resultados com um relatório da saúde do sistema do Vista. Vá ao Painel de Controlo e escolha Informações de Desempenho e Ferramentas, Ferramentas Avançadas, Gerar um relatório de estado de funcionamento do sistema.

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que pode levar a que alguns componentes essenciais deixem de funcionar. Também poderá acontecer o disco rígido estar a falhar. No entanto, a verdade é que na maior parte dos casos a origem do problema está relacionada com software, particularmente com conflitos entre dois ou mais programas que competem entre si por recursos.

CONFLITOS TSR O Windows utiliza programas Terminate-and-Stay-Resident (TSR), que ficam em memória depois de serem executados de modo a que possam ser carregados mais rapidamente. Apesar de isto contribuir para um sistema mais eficaz, também poderá causar bloqueios ao sistema. Poderá desactivar temporariamente os programas TSR para evitar potenciais conflitos e para evitar que esses programas sejam carregados cada vez que o PC arranca. Uma vez que muitos programas TSR são carregados automaticamente, removê-los da memória manualmente um por um sempre que o seu PC inicia poderá tornar-se numa tarefa ingrata. Por isso, clique em Iniciar, Todos os programas, Arranque, clique no botão direito do rato sobre cada um dos programas que deseja remover e escolha Eliminar. Se não conseguiu localizar o programa, use o utilitário MSconfig (no Vista clique em Iniciar e escreva msconfig na caixa de pesquisa para localizar o utilitário) e remova a selecção no item pretendido dentro do separador Iniciar (Startup). Consulte a caixa passo a passo ao lado para obter mais dicas sobre identificação de erros.


ACABE COM OS PROBLEMAS NO SISTEMA

01

Caso se depare com bloqueios, poderá verificar rapidamente o que se passa relativamente aos processos e aos programas que estão a correr, podendo até terminá-los para resolver o problema. Prima Ctrl + Alt + Del para aceder ao Gestor de tarefas do Windows. Seleccione um item e clique em Terminar.

Os bloqueios mais graves podem fazer com que o Gestor de tarefas do Windows não funcione. Para resolver a situação, deverá recorrer a um programa como o AntiFreeze (www.resplendence.com/antifreeze), que suspende a execução de quaisquer programas caso prima Ctrl + Alt + Win + Início.

03

As paragens de sistema podem ser causadas por erros no disco rígido. No entanto, isto pode querer dizer que existem problemas no sistema de ficheiros. Faça um diagnóstico ao disco – clique no botão direito do rato sobre a drive C e escolha Propriedades, Ferramentas, Verificação de erros. Clique em Verificar agora.

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06

Se estiver a passar por problemas enquanto corre o Windows, poderá usar esta ferramenta para determinar se esses problemas estão a ser causados pela RAM. Descarregue o teste a partir de http://oca.microsoft.com/en/windiag.asp.

02

Use a ferramenta Gestão de discos dentro de Gestão de computadores (execute compmgmt.msc) para pesquisar possíveis conflitos de controladores. No XP, poderá executar este utilitário enquanto o Windows funciona, mas no Vista terá de agendar a tarefa para ser realizada na próxima vez que o sistema arrancar.

O Windows tem o seu próprio utilitário de recuperação do sistema. Ao arrancar prima F8 para abrir o menu de reparação e ter assim acesso a uma lista de opções. Para além disso, poderá usar o disco de recuperação do Windows ou o disco original de instalação para reparar o sistema. PCGUIA

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MOVA OS SEUS DADOS PARA UM NOVO PC Como transferir tudo o que tem no seu velho computador para o novo? Continue a ler... A maioria dos novos computadores traz já o Windows Vista. Isto quer dizer que os computadores mais recentes já incluem as ferramentas necessárias para que possa transferir tudo o que tem na sua velha máquina, para o novo PC. O nome que tem de saber: Windows Easy

UM PONTO IMPORTANTE A TER EM CONTA É QUE NO SEU PC ANTIGO DEVE ESTAR INSTALADO O WINDOWS XP SP2 OU POSTERIOR Transfer. Um ponto importante a ter em conta é que no seu PC antigo deve estar instalado o Windows XP SP2 ou posterior. Comecemos pelos possíveis problemas. O que acontece habitualmente é que os utilizadores já não têm os discos de instalação de alguns dos programas existentes no computador antigo. O

ESCOLHA O MÉTODO DE TRANSFERÊNCIA Seleccione a opção que melhor responde às suas necessidades Há três formas principais de transferir ficheiros e definições a partir do seu antigo PC: via ligação de rede, utilizando um cabo dedicado ou através de um dispositivo intermédio, como um disco externo, uma unidade Flash ou um CD/DVD. Cada um tem prós e contras. A opção da ligação de rede é a melhor quando ambos os computadores estão ligados à rede através de um cabo Ethernet – a ligação sem fios torna as coisas mais lentas. O cabo dedicado é o método mais rápido para muitos, mas requer portas USB2.0 nos dois computadores.

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Windows Easy Transfer consegue transferir ficheiros e algumas definições de programas, mas não os programas inteiros. Com isto queremos dizer que se precisar realmente de um programa completo, do qual já não tem o CD de instalação, ou se o seu PC antigo corre uma versão anterior do Windows XP SP2, sugerimos que considere o PCmover (www.laplink.com/pcmover). Depois de instalar todos os programas cujas definições pretende transferir para o novo computador, terá de escolher o método de transferência. Consulte a caixa ao lado e siga o guia para transferir tudo de um computador para outro.

NÃO É PRECISO ANDAR À PRESSA Verifique cuidadosamente se os dados e as definições foram devidamente transferidos. Se necessário, volte a correr o assistente e escolha Opções avançadas para transferir os ficheiros ou as definições individualmente, ou transfira-os manualmente usando uma ligação de rede ou um disco externo. Depois de verificar tudo, use um programa como o File Shredder (www.fileshredder.org) para apagar com segurança possíveis dados sensíveis do seu velho PC antes de desinstalar quaisquer programas comerciais que já tenha transferido para o novo computador. Quando tiver terminado, está pronto para se desfazer do seu velho computador de forma responsável.


COPIE A INFORMAÇÃO EM SEIS PASSOS

01

Clique em Iniciar, escreva Easy Transfer na caixa de procura. Clique duas vezes em Windows Easy Transfer quando este aparecer, seguido de Continuar. Quando o assistente surgir, clique em Seguinte e seleccione Iniciar uma nova transferência, O meu novo computador.

É-lhe perguntado se tem um Cabo Easy Transfer. Partindo do princípio que não tem, clique em Não, mostrar-me mais opções. Quando for interrogado sobre a instalação do Windows Easy Transfer no seu antigo computador, seleccione por agora uma das duas opções Sim.

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Em seguida, seleccione se pretende transferir utilizando uma ligação de rede ou um suporte de dados amovível e tome medidas para configurar a firewall se isso lhe for pedido. A seguir, escolha Não, preciso de uma chave, tome nota da chave e mude a atenção para o computador antigo.

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Se no seu computador antigo estiver a correr o XP, obtenha o Windows Easy Transfer a partir do disco de instalação do Windows Vista ou transfira-o de http://www. microsoft.com/downloads/details.aspx?FamilyID=2b6f1631973a-45c7-a4ec-4928fa173266&DisplayLang=pt-pt. Uma vez instalado e a correr, clique em Seguinte e seleccione o método de transferência.

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Seleccione Sim, tenho uma chave e insira-a a partir do terceiro passo. Em seguida, escolha o que pretende transferir: todas as contas de utilizador, a sua conta de utilizador ou uma selecção personalizada (escolha Opções avançadas e assinale o que quer transferir).

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Siga os passos para fazer corresponder as contas de utilizador entre PC e, se necessário, mapear as letras de unidade entre computadores. A transferência irá ser iniciada. Se for necessário, mude para o novo computador quando lhe for pedido a fim de concluir o processo.


SOFTWARE

ORGANIZE A SUA MÚSICA Use o MediaMonkey para catalogar e organizar a sua biblioteca de ficheiros de som

SICRONIZAÇÃO COM IPOD

Ligue o seu iPod e abra o iTunes. Seleccione o dispositivo e, no separador Sumário, desactive a opção Abrir o iTunes quando se liga este iPod, seleccionando Gerir música e vídeos manualmente e Permitir a utilização como disco. No separador Música active Mostrar capas de álbum no iPod. Remova o iPod e feche o iTunes. Inicie o MediaMonkey e ligue novamente o iPod ao PC. Escolha Tools, Options, Portable/Audio Devices e seleccione o seu iPod. Verifique se a compatibilidade das definições está activada no separador Device Compatibility. Mude para Auto-Sync Options e active a opção Delete tracks that aren’t on the list. Sincronize o iPod, bastando para isso clicar em Sync to portable/Audio device.

A maior parte das colecções de música digital cresce de uma forma desorganizada, envolvendo ficheiros comprados e descarregados via Internet, ripados directamente do CD e até outros digitalizados a partir de suportes mais antigos, como o LP de vinil ou a cassete. Todos estes ficheiros foram criados em alturas diferentes e têm tamanhos distintos, contendo ainda informações relacionadas com a faixa que variam entre si. Em muitos casos, as faixas foram movidas através de um diferente número de programas leitores de media e sincronizadas com diversos leitores de MP3, telemóveis e iPod. O resultado é uma mistura de nomenclaturas, de informação incompleta, de estruturas de pastas e codecs para determinados tipos de ficheiros que torna toda a colecção ainda mais difícil de gerir.

UNIFORMIZAÇÃO ACIMA DE TUDO É frustrante que diferentes tipos de leitores de media

suportem diferentes tipos de formatos. O MediaMonkey (www.mediamonkey.com) apresenta-se como uma solução para resolver este tipo de problemas. Poderá usá-lo para pesquisar a sua biblioteca de ficheiros de áudio no PC e depois abri-los de acordo com um critério que abrange diversos elementos, para que nunca mais perca a localização dos seus ficheiros de som. O programa suporta os formatos de áudio e os codecs mais comuns e disponibiliza funcionalidades de preenchimento que permitem arranjar as pontas soltas no que toca à informação sobre cada faixa, nomeadamente, no que diz respeito à imagem do álbum, à informação da música e ao nome dos ficheiros. O MediaMonkey pode sincronizar as faixas, a informação e a chamada arte do álbum com a maior parte dos leitores de MP3, incluindo os iPod, os dispositivos compatíveis com Windows Media e os leitores de áudio genéricos.

COMO FUNCIONA O MEDIAMONKEY

01

Instale e inicie o programa. Na primeira vez em que correr, o MediaMonkey pede-lhe para especificar quais as pastas que deseja pesquisar por ficheiros de media de modo a acrescentá-los à biblioteca. Por defeito, todos os discos rígidos são escolhidos.

02

Se o MediaMonkey detectar outros leitores de media no sistema, pede-lhe para confirmar se deseja importar a informação das faixas guardadas por esses programas. Seleccione quaisquer músicas que deseje importar e clique em OK.

A biblioteca é desenhada para que possa lá encontrar as faixas de diversas formas. Use a área de trabalho à esquerda para ver um diagrama em árvore relativo à localização, título, artista, compositor, género ou outro tipo de classificações.

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As faixas incluídas num determinado grupo são exibidas na área de trabalho principal. Faça um duplo clique sobre uma delas para a reproduzir, seguindo-se as faixas que se encontrem por baixo dela na lista. Os controlos de reprodução estão no fundo da janela.

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Os botões para repetir e para reprodução aleatória encontram-se na direita ao fundo da janela de reprodução. Basicamente, são comandos de ligar e desligar. Clique no equalizador e active a opção Enable Equalizer para obter um controlo gráfico que lhe permita modificar a sonoridade.

03

Para produzir uma lista de faixas a tocar numa determinada sequência, adicione-as à lista de reprodução. Navegue até à faixa, clique no botão direito do rato sobre ela e escolha Send to, Playlist, New Playlist. Atribua um nome à lista e adicione quantas faixas quiser.


FAÇA A GESTÃO DA SUA COLECÇÃO DE ÁUDIO

01

Quando inicia a reprodução de um CD com o MediaMonkey, o programa automaticamente reúne a informação da faixa e a imagem de capa a partir da Internet. No entanto, poderá ter já na sua biblioteca músicas que contêm todos os dados necessários errados ou incompletos. Nesse caso, poderá fazer com que o MediaMonkey corrija a situação. Navegue pela biblioteca musical até à faixa pretendida e clique sobre ela com o botão direito do rato. Seleccione Auto-tag from Web. O MediaMonkey usa a informação disponível relativa a essa faixa e compara-a com os dados que encontra na Web, incluindo qualquer entrada relativa a esse álbum específico que tenha sido listada na Amazon. Se a informação estiver correcta, clique em Auto-tag.

02

Quando a catalogação automática não funciona poderá ser necessário modificar manualmente a informação da faixa. Seleccione-a e clique no botão direito do rato. Escolha Properties e introduza a informação correcta, ou tanto quanto saiba sobre essa música. Neste caso, poderá experimentar carregar em OK e depois escolher Auto-Tag para ver se a informação que adiantou serve de pista para que o programa consiga identificar correctamente os dados em falta. Em alternativa, experimente procurar a informação na capa ou no livro do CD. Para adicionar uma imagem vá até ao respectivo separador e clique em Add. Navegue até à pasta onde se encontra a imagem pretendida e clique em Open. Opte por guardar a imagem a catalogar e a pasta da mesma. Clique em OK para gravar as alterações.

03

Pode movimentar ficheiros de pasta em pasta a partir do MediaMonkey. Seleccione as faixas da biblioteca que quer mover, premindo Ctrl para seleccionar múltiplos ficheiros se necessário. Expanda o separador Location na área de trabalho à esquerda para exibir a pasta de destino. Arraste os ficheiros para essa pasta. Poderá editar qualquer uma das informações identificadas em cada faixa directamente na biblioteca. Clique no item que deseja alterar e introduza os dados correctos. Isto também se aplica à alteração do nome do ficheiro. Para organizar automaticamente as faixas, seleccione-as e escolha Tools, Auto-Organise files. Deste modo, todos os nomes são actualizados de acordo com um esquema comum de nomenclatura.


SOFTWARE

PROTEJA

OS SEUS DADOS No que diz respeito aos dados, mais vale prevenir do que remediar. Por isso, revelamos-lhe como fazer cópias de segurança de forma rápida, segura e automática

Fazer cópias de segurança é algo que devia estar sempre no topo da lista de prioridades de toda a gente que usa um computador. Por muito que todos digam que guardam os seus dados em segurança e que efectuam cópias dos mesmos, não o fazem tão assiduamente quanto deveriam. Poderá achar que somos repetitivos, mas a verdade é que apesar dos inúmeros artigos que fazemos acerca desta temática, dos guias onde explicamos passo a passo o que deve fazer para duplicar e salvaguardar os seus dados ou dos programas gratuitos de backup que podem ajudá-lo em todas estas tarefas, continuamos a receber inúmeros e-mails e telefonemas sobre dados, ficheiros, fotos, mensagens de e-mail e todo um conjunto de conteúdos que aparentemente desapareceram sem deixar rasto. É claro, que nenhum destes problemas seria um drama se o utilizador azarado tivesse uma cópia de segurança de toda a sua informação devidamente actualizada. Bastava repô-la e já está. Mas, quantas vezes isso acontece? É para tentarmos diminuir o número deste tipo de pedidos de ajuda que voltamos a

A PERDA DE UM SÓ FICHEIRO PODE CRIAR UM PROBLEMA GRAVE COM NO SEU SISTEMA OPERATIVO

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apresentar-lhe este especial. A escolha é sua: ou gasta um pouco do seu tempo a ler estas próximas páginas e a seguir os nossos conselhos, ou não se queixe quando aquelas fotos das férias, do seu bebé, ou o relatório que passou os últimos meses a fazer desaparecerem da sua vista. Os ficheiros são extremamente frágeis, e apesar de no exemplo que damos falarmos apenas de dados que desaparecem, a verdade é que uma boa cópia de segurança dá igualmente jeito quando um ficheiro aparece corrompido. A perda de um só ficheiro pode ser bastante mais problemática do que um problema grave com o seu sistema operativo. Porquê? Neste último caso, basta recorrer ao CD de recuperação para repor o sistema; no caso de perder um ficheiro importante, já não prometemos nada.

CÓPIAS DE SEGURANÇA FÁCEIS DE FAZER Está pronto para pôr mãos à obra? Fazer cópias de segurança dos seus documentos, dos seus e-mails e das suas fotos é algo bastante simples. Aliás, pode também efectuar backups dos níveis de personalização de programas e da própria instalação do Windows. O que realmente custa mais é o primeiro passo, porque assim que tiver tudo definido e ajustado, pode programar a sua ferramenta de backup para efectuar cópias de segurança em intervalos de tempo estipulados previamente por si, de forma a garantir que as cópias dos seus dados estão sempre actualizadas. Em primeiro lugar, necessita de um bom suporte para guardar as suas cópias. Poderá fazer os backups para um CD ou um DVD, mas após um mês irá começar a acumular uma grande quantidade de suportes magnéticos, a ponto de toda a gestão se tornar complicada. Isto, para não falar que terá de gastar algum dinheiro em CD. Neste caso, é melhor arranjar uma unidade de armazenamento externa,


Em caso de necessidade, pode recorrer a um serviço de recuperação de dados, mas o preço a pagar é extremamente elevado e o final feliz nem sempre é assegurado. Está disposto a arriscar?

ARQUIVOU EM CD OU FEZ BACKUP?

Se gravou todas as suas fotos para um CD ou DVD e de seguida apagou esses ficheiros do seu computador não efectuou qualquer tipo de cópia de segurança. Fazer backups ou arquivar ficheiros num CD não é a mesma coisa, mais não seja porque neste último caso apenas transferiu os seus dados de um lado para o outro. Se esse CD se partir, riscar ou simplesmente avariar, ficará sem a informação nele gravada. Uma cópia de segurança implica sempre uma duplicação da informação num segundo suporte de armazenamento.

com alguma capacidade, para poder guardar todos os seus backups. Um disco rígido externo é o que lhe aconselhamos. Hoje em dia, o preço deste tipo de equipamentos tem vindo a cair significativamente, pelo que consegue comprar um disco de 160 GB por umas dezenas de euros. Se acha que o investimento num disco externo não vale a pena, consulte quanto custa a recuperação de um disco rígido. É claro que nenhum backup é 100% seguro, pelo que existe sempre a hipótese de alguma coisa falhar. Existem ferramentas que conseguem verificar a

integridade dos backups para que não existam surpresas, no entanto, no que toca às cópias de segurança, alguns cuidados extra nunca são demais. Com isto queremos dizer que se tiver um documento muito importante, pode reforçar um pouco a segurança guardando-o num segundo local de armazenamento, ou mesmo online. Imagine que tem um conjunto vasto de fotos e documentos importantes que já não vão ser alvo de qualquer tipo de edição. Pode guardar todos estes ficheiros num CD ou DVD, ou recorrer a um serviço de backup online.

FAÇA BACKUPS ONLINE É sempre boa ideia colocar pelo menos a cópia de segurança dos documentos que considera vitais num local completamente diferente e afastado de potenciais “agressões”. Que tal online? Estamos a colocar este cenário extra negativo de propósito. O mais certo é ter os dispositivos onde guarda as suas cópias de segurança no mesmo local onde tem o seu PC e os ficheiros originais. Imagine que há um incêndio, ou um roubo e lhe levam todo o equipamento informático. Não só vai perder os ficheiros originais como também as cópias dos mesmos. É para estas realidades possíveis que temos de o alertar. É pouco provável que algo do género aconteça? Sim, mas e se acontecer? Está preparado para perder tudo? Os backups online são fantásticos para alojar os seus dados num local seguro, ao qual pode aceder em qualquer altura e a partir de qualquer local. A falta de segurança também não se coloca. Os seus dados são encriptados e transferidos pela Internet para um servidor remoto e seguro, que é também ele alvo de backup, para não comprometer de forma alguma os dados. Se alguma coisa acontecer ao seu PC, pelo menos tem a certeza de que a sua informação está guardada de forma segura. Algumas ferramentas de backup, como o Genie, permitem-lhe efectuar cópias de segurança para um servidor FTP, por isso, se não tiver disponível muito espaço de alojamento na Web, pode recorrer a esta opção. Mas se a sua prioridade for a segurança, a facilidade e a confiança, não deixe de pesquisar serviços de backup online. Não precisará de muito para perceber como tudo funciona e quais as principais opções que existem no mercado. Estes serviços permitem que qualquer pessoa possa simplesmente seleccionar as pastas e as configurações que pretende arquivar, garantindo simultaneamente uma contínua actualização sempre que novos ficheiros são criados ou são feitas alterações em ficheiros existentes. Há inclusive serviços que armazenam múltiplas versões do mesmo ficheiro, permitindo ao utilizador a consulta de versões anteriores. Existem pelo menos três serviços que vale a pena avaliar: o Humyo (www.humyo.com), o Mozy (www.mozy.com) e o Carbonite (www.carbonite.com). Os preços dos serviços variam, mas, em

média, poderá ter de pagar cerca de 50 euros por ano. De qualquer forma, experimente primeiro as três licenças gratuitas para avaliação ou as contas limitadas que lhe oferecem o Mozy e o Humyo, antes de assinar o seu “contrato”.

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SOFTWARE

FAÇA BACKUP DE FICHEIROS E CONFIGURAÇÕES Proteja os seus documentos, e-mails, imagens e preferências

A ferramenta de cópias de segurança que vem já incluída no Windows Vista consegue satisfazer as necessidades da grande maioria dos utilizadores

VERIFIQUE OS BACKUPS Não tem a certeza de que um ficheiro crítico foi incluído no backup feito pelo Vista? Abra a janela Estado e Configuração da Cópia de Segurança, escolha Restaurar ficheiros e seleccione a opção Procurar, a fim de verificar se o ficheiro em questão foi, ou não, devidamente copiado.

Apesar de sermos acérrimos defensores das cópias de segurança, não é necessário efectuar cópias de todos os ficheiros que possui na sua máquina. Se optar por essa via, tudo bem – mostramos-lhe mais à frente como fazê-lo –, no entanto, pode apenas efectuar o backup dos ficheiros que considera insubstituíveis. A primeira coisa que deve fazer é avaliar quais os documentos, as fotos, os e-mails ou outros ficheiros pessoais que não podem ser refeitos ou substituídos em caso de perda. Esse levantamento vai resultar numa lista de ficheiros prioritários para o seu backup. Também poderá fazer cópias de segurança de algumas configurações dos seus programas mais importantes, isto para que não tenha de perder tempo a personalizar aplicações, a configurar contas de e-mail ou a criar novas listas de preferidos no seu browser da Internet em caso de desastre. Todo este processo exige algum tempo, até porque terá de ser feito à mão, mas no mundo da informática aparece sempre uma ajuda de qualquer lado. Os utilizadores do Vista estão bem servidos no que a este tópico diz respeito. O Centro de Cópia de Segurança e Restauro aparece nesta versão do Windows com alguns melhoramentos, é muito mais eficaz, mais simples de configurar e de gerir. Se estiver a trabalhar com uma versão mais antiga do Windows existem outras ferramentas às quais pode recorrer, como é o caso da Genie Backup Manager Pro. Em baixo mostramos-lhe como efectuar cópias

de segurança através deste programa. Se for ao site www.genie-soft.com poderá fazer o download da versão gratuita de 30 dias. Se o quiser comprar, custa 59,95 euros. Este programa é bastante completo, mas ao mesmo tempo é simples de usar. É capaz de efectuar um backup de todo o sistema e recuperá-lo em caso de necessidade, ou seja, faz todo o trabalho difícil por si.

CÓPIAS DE SEGURANÇA NO VISTA Os utilizadores do Vista que ainda não iniciaram o processo de backup devem fazê-lo rapidamente, até porque se trata de um trabalho bastante simplificado com as ferramentas que este sistema operativo oferece. Basta carregar no botão Iniciar e escrever no campo de procura a palavra cópia. Da lista de opções apresentada escolha Estado e Configuração da Cópia de Segurança. Nesta janela poderá obter várias informações, nomeadamente, que ainda não foi activada a cópia automática de ficheiros. Clique em Configurar a cópia de segurança automática de ficheiros para iniciar todo o processo. A ferramenta irá analisar os dispositivos de armazenamento que estão disponíveis para receber a sua cópia de segurança. Excepto no Windows Home Basic, o Vista apresenta-lhe também como alternativa um local na rede. Escolha o local de destino do backup e confirme a sua decisão. De seguida, terá de especificar quais os discos

CRIE CÓPIAS DE SEGURANÇA COM A AJUDA DO GENIE

01

Execute o Genie e siga o processo de início que lhe é apresentado. De seguida, clique no botão Backup a partir do ecrã principal para dar início ao trabalho.

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Atribua um nome à sua cópia de segurança e clique em Next. Agora, escolha o local onde pretende alojar o seu backup: CD, DVD, discos rígidos externos ou mesmo num espaço online FTP.

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O espaço My Profile contém as definições de e-mail, Internet e de outros programas. Em My Folders poderá encontrar as pastas e os ficheiros; em My PlugIns poderá fazer o backup de configurações específicas de programas. Clique em Download new scripts para ter acesso a mais opções online.


que contêm dados que pretende copiar. O seu disco de sistema aparecerá automaticamente seleccionado, pelo que só terá de especificar quais as restantes drives ou partições com ficheiros a incluir no backup. Como pode fazê-lo? Simples. Basta seleccionar os quadrados que antecedem a opção ou remover a selecção. A próxima janela dá-lhe a oportunidade de escolher exactamente quais os ficheiros que pretende copiar. Passe o cursor do rato sobre uma opção para ver que ficheiros e configurações irão ser guardados pelo programa. A ferramenta é bastante eficaz, mas há sempre alguns tipos de ficheiros específicos que podem faltar, algo que poderá causar alguns problemas com produtos que não sejam da família Microsoft. Os utilizadores do Firefox ou do Thunderbird, por exemplo, não vão poder efectuar backup da sua lista de favoritos devido à incapacidade desta ferramenta arquivar ficheiros .js. Se não for um fiel seguidor da Microsoft e usar alguns programas alternativos, aconselhamos o uso do Genie Backup Manager 8. Assim que tiver seleccionado todos os ficheiros pode seguir para a janela seguinte. Se tiver alguma dúvida relativamente a um ficheiro, mais vale seleccioná-lo do que deixá-lo de fora e depois arrepender-se. Se estiver a usar o Vista Home Basic, não terá acesso a uma funcionalidade que consideramos extremamente útil: a que lhe permite a calendarização dos backups automáticos. No entanto, nas restantes versões, poderá escolher e especificar se pretende que o backup automático seja feito mensalmente, semanalmente ou mesmo diariamente. Esta escolha está, obviamente, dependente da quantidade de vezes que procede a alterações nos seus ficheiros. Lembre-se que se tiver de proceder a um restauro este será feito com base no último backup efectuado, portanto, se não tiver as suas cópias de segurança devidamente actualizadas, ficará com ficheiros antigos. Uma cópia semanal é sempre a

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Escolha o tipo de backup que pretende efectuar. O Noemal assegura que todas as alterações são guardadas. Poderá comprimir a sua cópia de segurança para poupar algum espaço, bem como encriptar os dados e atribuir uma palavra-passe para garantir protecção.

Em qualquer altura, pode actualizar manualmente a sua cópia de segurança ou alterar as configurações do backup no Vista

mais indicada para o utilizador médio. Escolha Guardar definições e Iniciar cópia de segurança. O Vista deita mãos à obra de imediato.

O restauro dos ficheiros a partir do seu backup é feito com o auxílio desta mesma ferramenta. Na janela Estado e Configuração da Cópia de Segurança escolha Restaurar ficheiros e siga as opções apresentadas. Pode restaurar ficheiros para um computador diferente, ou mesmo restaurar versões antigas de ficheiros a partir de backups anteriores.

Se estiver a usar o Genie, só tem de carregar no botão Restore e seleccionar que tipo de trabalho de backup lhe interessa a partir da lista fornecida (se tiver reinstalado o Windows, irá necessitar de executar manualmente o backup feito a partir da pasta onde a cópia de segurança foi armazenada). Siga o assistente, e quando tiver de fazer o restauro de pastas individuais, certifique-se de que escolhe Alternative, a partir de Restore files to. Esta opção é crucial se estiver a efectuar o restauro para uma pasta diferente daquela a partir da qual foi feito o backup original.

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RESTAURO DE FICHEIROS

Clique em Next, Backup. Agora deixe que o Genie efectue a cópia de segurança de todos os seus ficheiros e configurações pela primeira vez. Assim que este processo estiver completo, clique em Yes para verificar a integridade do seu backup. Este é um passo essencial no processo de cópia.

Escolha Startup Page, Schedule Wizard, Create New Schedule. Escolha o backup a efectuar e clique em Next. Indique exactamente quando pretende que a cópia de segurança seja iniciada e escolha Next seguido de Finish.

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SOFTWARE

CRIE UMA CÓPIA DO DISCO As ferramentas de imagem podem efectuar uma cópia de segurança de toda a sua instalação do Windows

Da próxima vez que for forçado a reinstalar o Windows, seja a partir de uma partição de recuperação, seja a partir de um disco de instalação, vai certamente lembrar-se de que tinha sido uma boa ideia ter recorrido àquela ferramenta que permitia criar uma imagem do disco porque isso lhe facilitaria imenso a vida. Pois é, geralmente os utilizadores só se lembram das vantagens que este tipo de serviço traz quando lhes faz falta. Nestes momentos complicados, quanto não vele um disco capaz de reinstalar o Windows, todas as suas configurações de hardware e actualizações, todos os seus programas favoritos e todas as suas configurações pessoais? Quanto é que vale um disco capaz de fazer tudo isto sem serem precisas horas em frente ao computador? É aqui que as ferramentas que permitem criar imagens dos discos entram em

acção e são rapidamente consideradas uma das melhores amigas de quem lida com informática e com momentos SOS. A Paragon Drive Backup é um bom exemplo do que estivemos a falar. Os CD de recuperações feitos pelos fabricantes são criados da mesma forma que uma imagem do disco: o computador é configurado e preparado para que seja criada uma imagem. O que o programa Paragon faz é dar-lhe o controlo total dessa imagem, ou seja, poderá neste caso criar uma imagem totalmente personalizada da sua instalação do Windows para que, quando tiver de reinstalar o sistema, tudo seja reposto conforme os seus gostos. Assim que este processo terminar, terá novamente a sua máquina antiga totalmente funcional sem ter de voltar a configurar e a ajustar todas as suas preferências.

GRAVE UM “ESPELHO” DO SEU DISCO RÍGIDO

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Execute o Paragon e seleccione Backup hard disks or selected partitions, Next. Para fazer uma cópia integral de um disco, escolha Basic Hard Disk 0. Clique em Next.

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A melhor opção é colocar a cópia de segurança numa unidade de armazenamento externo ou num disco em rede. Se optar por colocar a cópia num CD/DVD, necessitará de bastantes discos e não poderá efectuar o backup do MBR. Clique em Next.

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Se apenas deseja fazer o backup da partição do Windows, que está integrada num disco com mais partições, escolha First Hard Disk Track, para fazer a cópia do Master Boot Record (MBR) e a respectiva letra do seu disco. Clique em Next.

Deixe seleccionada a opção backup Now e clique em Next. Verifique as suas configurações e carregue em Next, Finish. Para efectuar a cópia de segurança, escolha Apply e deixe o Paragon trabalhar.


UMA PALAVRA DE ATENÇÃO A imagem do disco não é mais do que uma réplica exacta, byte por byte, do seu disco rígido ou partição, ou seja, é uma espécie de fotografia que foi tirada àquela drive numa determinada altura. Ao restaurar essa réplica, ela irá colocar no disco tudo aquilo que este lá tinha quando a imagem foi feita, destruindo completamente qualquer informação que nele esteja armazenada, tal como acontece com um CD de recuperação. É exactamente por isto que necessita sempre de tomar algumas precauções. Se os seus dados estiverem armazenados na mesma partição que a sua instalação do Windows, necessitará de efectuar uma cópia de segurança de tudo o que lá tem, antes de usar a imagem do disco. Aproveite agora que vai ter de arrumar “a casa” para separar o sistema e os programas dos seus documentos pessoais. É claro que isto envolve um segundo disco ou uma partição, mas vale a pena o trabalho. Ficheiros pessoais e sistema não devem estar armazenados no mesmo local.

AVALIAÇÃO E RESTAURO Instale o Paragon. Instale os drivers que forem necessários e reinicie o sistema para completar a instalação. Siga depois o passo a passo que lhe apresentamos em cima para criar a tal imagem do

O programa Paragon Drive Backup poderá ser um auxiliar essencial em caso de crise

seu disco. Assim que o processo estiver terminado, não arrume as coisas. Teste tudo para ver se funciona. Seleccione Wizards, Check Archive Validity. Quando a temática é reinstalar o Windows usando uma imagem do disco personalizada, recomendamos que o arranque da máquina seja feito através de um disco de arranque. Assim que este ponto estiver cumprido, seleccione Wizard, Simple Restore Wizard e siga os passos até completar o restauro da sua partição ou disco, a partir da cópia de segurança.

CRIE UM DISCO DE RECUPERAÇÃO

Assim que tiver instalado o Paragon, crie um CD de recuperação (seleccionando Tools, Recovery Media Builder). Desta forma, poderá restaurar o seu PC mesmo que não consiga arrancar com o Windows.


SOFTWARE

DÊ AO XP O LOOK DO WINDOWS 7 Se não tem uma máquina suficientemente forte para instalar o novo SO da Microsoft, nada como dar um novo aspecto ao respeitável Windows XP Nada pode travar o caminho do progresso. E a verdade é que, quando já nos começávamos a habituar ao Windows Vista, eis que surge uma nova aposta da Microsoft em matéria de sistemas operativos. Estamos obviamente a falar do Windows 7, já disponível em versão beta e que deverá ser comercializado ainda este ano.

Manter um PC actualizado é cada vez mais um desafio nos tempos modernos, sobretudo numa época marcada por uma palavra: crise. Quando o dinheiro é pouco, todos sabemos que os investimentos em informática são deixados para o fim da lista das prioridades. Por outro lado, muitas pessoas continuam a utilizar o Windows XP e,

EMULE O ASPECTO DO PRÓXIMO SISTEMA OPERATIVO DA MICROSOFT

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Se tem o SP2 instalado, descarregue o patch a partir de http://tinyurl.com/qp9kh. Se tiver o SP3, deverá descarregar o patch desde http://tinyurl.com/5tj7os. Inicie o programa e faça Patch. Clique em Cancel quando lhe for pedido o disco do XP.

Vá buscar o tema a http://tinyurl.com/9g6j5h. Faça o download do ficheiro zip e descomprima-o para o ambiente de trabalho. Verá três pastas: Fonts, Styler Toolbar e Theme. Precisará de aplicar estes programas na ordem correcta.

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Comece pela pasta Fonts. Abra-a e inicie o ficheiro Fonts.exe para arrancar com a instalação que permite adicionar a fonte SegeoUI à pasta Windows Font. Clique em Install para aplicar as alterações. Regresse à pasta principal e abra a Styler Toolbar.

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Esta pasta dá acesso a dois executáveis: ao Styler e a um outro que contém os detalhes da nova barra de ferramentas. Inicie o First Install Me e, quando tiver terminado, inicie o Then Run Me. No final, volte à pasta principal e abra a Theme.


segundo parece, continuam satisfeitas com este sistema operativo. Contudo, ninguém gosta de viver no passado. O desafio é simples: como é que alguém que não tem dinheiro para gastar em informática consegue manter-se actualizado face às novas tendências? A resposta é fácil: fazendo batota.

NOVO TEMA O Windows 7 inclui uma série de melhoramentos que não são imediatamente observáveis, apesar de o próprio aspecto da interface parecer imediatamente diferente face ao look já bastante familiar do XP. No entanto, basta aplicar um tema engenhoso criado por Vishal Gupta e fazer algumas alterações para se conseguir que o humilde Windows XP pareça um

sistema operativo moderno. Na caixa passo a passo damos mais detalhes sobre a forma de fazê-lo. Muito sucintamente, precisará de correr diversos programas na ordem correcta para que tudo funcione perfeitamente. Também terá de fazer uma pequena alteração no Registo para aperfeiçoar a barra de tarefas. E não se esqueça de fazer um backup antes de tudo. Uma vez instalado o tema, poderá fazer ainda mais melhoramentos. Por exemplo, existe uma calculadora semelhante à da versão do Windows 7 em http://tinyurl.com/5ok9fz, e poderá ainda ir buscar um conjunto de cursores bem ao estilo do novo sistema operativo da Microsoft em www. mediafire.com/?mmiwmjmy1z.

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Agora pode aplicar finalmente o tema SevenVG Refresh. Inicie o ficheiro Theme.exe e instale os ficheiros do tema para a localização predefinida. A seguir, clique no botão direito do rato sobre o ambiente de trabalho, escolha Propriedades e escolha o separador Theme.

A partir da lista de opções do tema escolha SevenVG Refresh. Clique em Apply e espere que o tema seja activado. Verá que se assemelha quase em tudo ao do Windows 7, mas é preciso fazer com que a barra de ferramentas apenas mostre os ícones.

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Faça Iniciar, Executar e escreva Regedit. Clique em OK. Vá até HKEY_CURRENT_USER\ Control Panel\Desktop\WindowMetrics. Clique no botão direito do rato sobre o ecrã à direita e escolha Novo, Valor da cadeia. Chame-lhe MinWidth e atribua-lhe o valor de –255.

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Para ter a certeza de que todas as alterações foram aplicadas, reinicie o PC. Agora, terá uma boa emulação do Windows 7. Não é perfeita, mas existem várias alterações que poderá fazer para melhorar ainda mais o aspecto. Divirta-se a fazê-lo.

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REDES

PROTEJA UMA LIGAÇÃO WI-FI SEM COMPLEXIDADE Use o protocolo Wi-Fi Protected Setup para estabelecer uma ligação sem fios segura entre o seu computador e o router e sem ter de fazer configurações ou parametrizações A tecnologia wireless veio revolucionar a forma como se constroem as redes informáticas, tendo como grande benefício a vantagem de não ser necessário ter fios e fios espalhados por todo o lado. No entanto, para que seja eficaz, uma rede sem fios deve ser, acima de tudo, segura. E este é um aspecto que pode dissuadir muitos utilizadores a experimentarem montar uma rede sem fios em suas casas. Todos os dias são conhecidos casos de redes sem fios invadidas por hackers, mas muitas acabam por sê-lo por descuido dos utilizadores. Não só porque ou deixam a rede sem fios aberta, convidando todos os que se encontrem no seu raio a utilizar os serviços disponíveis, em termos de partilha de ficheiros e também de aproveitamento da ligação à Internet, ou tentam blindá-la a olhares curiosos, fazendo-o com chaves facilmente decifráveis ou com lacunas na configuração. Por muitos tutoriais que existam a mostrar como se deve configurar uma rede sem fios para que ela seja praticamente inviolável, a verdade é que os utilizadores, sobretudo aqueles que têm mais limitações no que à informática diz respeito, acabam por não o fazer com medo de poderem estar a configurar ou parametrizar erradamente os dispositivos de gestão da rede. Existem ainda aqueles que compraram um router sem fios mas

acabam por tê-lo ligado via cabo Ethernet ao PC, desligando a parte wireless, que pode ser aproveitada ligando, por exemplo, o portátil, tendo assim uma mobilidade acrescida relativamente à Internet. A pensar neste tipo de utilizadores, o consórcio Wi-Fi Alliance desenvolveu e estandardizou o Wi-Fi Protected Setup, um protocolo que tem como objectivo simplificar o processo de configurar a segurança das redes sem fios, auxiliando os utilizadores com poucos ou nenhuns conhecimentos a ultrapassar a natural intimidação que este tipo de questões habitualmente provoca. No entanto, é preciso utilizar dispositivos compatíveis com esta norma, que felizmente vão sendo cada vez mais. De facto, este protocolo coloca uma maior ênfase na parte prática da questão, razão pela qual se tornou popular enquanto método para a criação de uma rede sem fios segura em poucos minutos. Em vez de se comprar um router e uma placa de rede sem fios por cada máquina a acrescentar à rede, tendo depois de se fazer toda a (trabalhosa e morosa) configuração manualmente, basta adquirir um stick USB, ligar à máquina e premir dois botões. Em poucos segundos, já está, como veremos mais adiante. Apesar de este método não ter a certificação da Wi-Fi Alliance, os fabricantes viram uma oportunidade tendo

WPS É COMPATÍVEL COM OS DIVERSOS DRAFT-N EXISTENTES NO MERCADO

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em conta a simplicidade que o processo envolve, sendo que existem hoje diversos modelos de equipamentos à escolha no mercado, nomeadamente da Asus, da Belkin ou da Sitecom. O único senão acaba por ser o preço, pois cada stick USB é mais caro quando comparado com uma placa de rede de tecnologia equivalente, seja ela 802.11b/g ou 802.11n. Refira-se a este propósito que o WPS é compatível com os diversos Draft-N existentes no mercado, desde que se faça uma configuração entre router e stick USB da mesma marca. Enquanto a norma 802.11n não é totalmente ratificada pela Wi-Fi Alliance – apesar de isso já não fazer tanta importância, tal a quantidade de dispositivos compatíveis com os vários Draft-N, o processo foi novamente atrasado, desta vez para Janeiro de 2010 – é melhor não arriscar comprar dispositivos de marcas diferentes sob pena de não comunicarem (apesar de a grande diferença não ser a marca mas sim o chip utilizado, sendo que uma actualização do firmware deverá assegurar a compatibilidade entre vários fabricantes). Um último pormenor que deve ser sublinhado tem que ver com o facto de o WPS não ser um protocolo de segurança no sentido que vem adicionar novas funcionalidades; o que ele faz é usar as tecnologias de segurança wireless disponíveis no router, aplicando-as automática e correctamente. Para usufruir do WPS bastam apenas três passos rápidos. Primeiro, deverá ligar o router entre o modem e o PC (ou directamente ao PC, caso não tenha configurado o acesso à Internet), e instalar o software fornecido. Depois, deverá pegar no stick USB e ligá-lo a uma porta disponível na outra máquina. Finalmente, bastará ligar os dois sistemas e premir durante dois segundos o botão identificado como WPS, primeiro no router e depois no stick USB. Feitos estes três passos, a ligação segura estará configurada e pronta para utilizar. Não esquecer que ambos os dispositivos devem ser da mesma marca e devem ser compatíveis com o protocolo WPS. J.P.F.



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ESCOLHA O DESCODIFICADOR TDT CORRECTO Se não tiver uma televisão compatível com a norma portuguesa, terá de adquirir um descodificador

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SUSANA ESTEVES

Quanto custa um descodificador? Que modelos existem? Qual o mais indicado? Como posso ver se o descodificador é compatível? Estas são as principais questões que nasceram após a apresentação da TDT, e que estão a suscitar algumas dúvidas junto dos consumidores. Em primeiro lugar, terá de ter em conta que as televisões ou descodificadores têm de ser compatíveis com a norma adoptada em Portugal, a Mpeg 4. Há países que optaram por lançar a TDT

MPEG-4 VS MPEG-2 A diferença entre estas duas normas está no sistema de compressão. O MPEG-4 é mais recente, mais eficiente e permite melhor qualidade de sinal. Pelo facto de conseguir comprimir mais o sinal, permite difundir mais canais no mesmo espectro radioeléctrico, comparativamente ao MPEG-2. Por exemplo, os canais gratuitos que irão ser disponibilizados, incluindo aquele que será emitido em alta definição, ocuparão apenas o espaço destinado a um canal analógico, algo que seria impossível com MPEG-2. O MPEG-4 necessita também de maior capacidade de processamento para descomprimir o sinal em relação ao MPEG-2, algo que vai penalizar, por exemplo, a autonomia das baterias, no caso de o acesso estar a ser feito através de um equipamento portátil.

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em Mpeg2. Esta é uma indicação que deverá vir sempre na caixa comercial do produto. Ainda assim, numa tentativa de melhorar a compreensão desta alínea, a Portugal Telecom indicou que vai lançar um selo de conformidade, que os fabricantes de televisões podem solicitar, e que identificará os equipamentos adequados para Portugal. Alguns aparelhos de TV mais recentes já possuem descodificadores integrados DVB-T, com a norma MPEG-4/H.264. Aqui terá de haver uma atenção redobrada, uma vez que existem vários modelos de TV que apenas descodificam a norma MPEG-2. Se não tiver um televisor compatível, mas se já vê os quatro canais da televisão gratuita através de uma antena UHF e respectiva cablagem, em princípio, apenas necessitará de adquirir o descodificador compatível Cada televisão terá de ter um descodificador de TDT compatível com a tecnologia DVB-T e com a norma MPEG-4/H.264, uma vez que todos os comandos efectuados pelo utilizador, desde a simples mudança de um canal, ao controlo do volume, terão de passar pelo descodificador. Estão actualmente a ser estudados esquemas que permitam descodificar o sinal da TDT, e distribuí-lo para todas as habitações do prédio e divisões da casa com cabo de ligação à antena, mas esta será uma solução viável a médio prazo e não deverão conseguir suportar a totalidade das funcionalidades da TDT. Existem já bastantes modelos de descodificadores disponíveis no mercado, alguns deles a atingirem preços nada acessíveis. Lá fora, por exemplo, o preço médio ronda os 100/150 euros, valores nada acessíveis para uma fatia grande dos portugueses. A pensar nisso, a Portugal Telecom já avançou que assume o compromisso de subsidiar as caixas receptoras para famílias com rendimentos mais baixos e cidadãos com necessidades especiais. Para já, existem dois modelos de caixas descodificadoras, uma mais simples com capacidade de visualização de televisão e acesso ao guia de televisão electrónico e um modelo com funcionalidades avançadas de televisão como gravação e Pausa TV. Segundo a PT, os preços serão ditados pelo evoluir do mercado. Existem caixas que vão custar cerca de 90 euros, mas a tendência é para que estes preços desçam com a dinamização do mercado e o aumento da oferta, acredita a operadora. A Novabase e a Sagem foram dois dos fabricantes de caixas escolhidos. Apesar de não terem disco, os descodificadores simples deverão ter saídas SCART que podem ser ligadas a um VCR/DVD, para gravação de conteúdos.



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USE UMA REDE POWERLINE Tire maior partido da infra-estrutura eléctrica de sua casa para construir uma rede fiável e estável capaz de partilhar a sua ligação à Web

As redes sem fios têm vantagens, mas também não estão isentas de inconvenientes, sendo um dos melhores exemplos o alcance do sinal – mesmo daquelas baseadas na mais recente tecnologia 802.11n. No entanto, a utilização complementar de um bom kit de rede powerline poderá ajudar a resolver este tipo de handicap. Apesar de a tecnologia rede powerline já andar entre nós há algum tempo, só recentemente é que conseguiu tornar-se mais fiável e sair do anonimato, sendo hoje uma solução com provas dadas e capaz de justificar o investimento. Muitos fabricantes afirmam que os seus equipamentos baseados em powerline conseguem atingir débitos de até 200 Mbps através do cabo de electricidade, mas a verdade é que qualquer coisa acima dos 20 Mbps já é muito bom. A tecnologia powerline é conveniente não só porque toda a gente tem tomadas eléctricas em casa, mas também porque o sinal não se perde à medida que a distância aumenta, pelo menos não tanto quanto acontece nas redes sem fios, que dependem da transmissão rádio. Os kits powerline são de instalação e configuração simples. Geralmente, é preciso ter apenas um cabo

ligado do router a uma tomada, colocando nas demais um terminal que se liga depois (também por cabo) ao PC ou a qualquer outro dispositivo que requeira uma ligação à Internet. Cada um desses dispositivos permite encriptar os dados que circulam na rede habitualmente com o algoritmo de encriptação AES (Advanced Encryption Standard) a 128 bits, de modo a assegurar a segurança da informação. A activação da encriptação pode ser feita através de um simples premir de botão, como acontece nos modelos da Devolo.

AUMENTE A SEGURANÇA MAC Cada ficha tem também o seu próprio endereço MAC, pelo que basta ir ao painel de administração do router e adicionar o endereço MAC à lista de filtragem MAC para obter a máxima segurança. À medida que for ligando fichas pela casa é só acrescentar os respectivos endereços MAC na lista. Fisicamente falando, a tarefa é tão simples quanto ligar o dispositivo na tomada e depois ligar o cabo de rede entre o PC e esse mesmo dispositivo. Assim que estiver ligado e a rede em funcionamento, a nova tomada será acrescentada à rede.

FAÇA A GESTÃO DA REDE ELÉCTRICA

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A maior parte das unidades powerline tem luzes de estado que lhe permitem saber o que é que se está a passar. Uma vez ligado o cabo na ficha Ethernet do dispositivo e na porta respectiva do router, está tudo a postos para ligar o equipamento. Deverá ver luzes a piscar e depois a fixarem-se, o que quer dizer que a ligação está feita. Quando adicionar outro adaptador ele deverá ser automaticamente colocado na rede. Alguns dispositivos têm botões de ligação na parte frontal, bastando premi-los para sincronizar os equipamentos de rede, encriptando ainda os dados. No entanto, qualquer filtragem MAC tem de ser feita a partir do painel de administrador do router.

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Se os HomePlug estiverem a funcionar correctamente terá acesso à Internet a partir de uma das unidades e deverá conseguir ver a luz relativa à transmissão de dados a piscar. Apesar de não necessitarem de drivers (uma vez que é o router que tem de lidar com o tráfego), poderá ainda assim actualizar o firmware da unidade. Geralmente, isto envolve a instalação de software a partir do disco disponibilizado com o equipamento, nomeadamente um ficheiro utilitário dedicado que pode até ser obtido a partir do site do fabricante. Todas as unidades devem ser actualizadas ao mesmo tempo

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Os HomePlug são fiáveis e podem estar a funcionar poucos minutos após terem saído da caixa. Se passar por alguns problemas, a solução estará no router. Poderá ter de verificar as definições de TCP/IP, na janela de propriedades de Internet do Windows, para ver se existe algum conflito com qualquer outro equipamento de rede que esteja a usar. Clique na LAN correspondente e escolha Propriedades. Seleccione TCP/IP e active a opção Obter um endereço IP automaticamente. Reinicie os HomePlug e até mesmo o router, caso seja preciso. Se ainda assim não conseguir estabelecer uma ligação e o router estiver a funcionar bem, experimente entrar no painel de administrador e verifique as definições do router.



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MONITORES 3D Tirámos os óculos de cartão da gaveta e mergulhámos no mundo do ecrã tridimensional

Lembra-se da primeira vez que viu no filme de Spielberg um tubarão quase a saltar para fora do ecrã? Ou quando quase sentiu na pele o ataque em Sexta-Feira 13, Parte III? O vídeo 3D tem sido o sonho dos realizadores de cinema e dos criadores de jogos, mas graças a uma má implementação e soluções low-tech foi motivo de troça durante muito tempo. Mesmo assim, as coisas evoluíram muito desde a altura em que era preciso pôr uns óculos de papel com lentes verdes e vermelhas. Com os aperfeiçoamentos na informática, o vídeo e os jogos 3D estão a chegar. Ainda há uma variante da

O POTENCIAL DESTA TECNOLOGIA NO UNIVERSO DOS JOGOS É INCRÍVEL

tecnologia dos óculos, mas também há cada vez mais ecrãs com a capacidade de mostrar imagens 3D sem ser preciso o espectador usar dispositivos na cara. A Zalman produziu um dos primeiros ecrãs tridimensionais, lançado no ano passado, na categoria que faz uso de óculos. Trabalhando em conjunto com os drivers da Nvidia, o ecrã filtra a luz emitida pelo monitor através de dois elementos polarizados na superfície do ecrã. Os óculos também têm lentes polarizadas, que funcionam em conjunto com os filtros polarizadores do monitor para

CONTROLAR MONITORES 3D As imagens tridimensionais podem ser importantes, mas também o é a maneira como interagimos com o ecrã. O rato é, por natureza, um dispositivo totalmente bidimensional. Tentar utilizá-lo para controlar um ponteiro num espaço tridimensional seria impossível. O ecrã de toque também está limitado às duas dimensões, por mais táctil que seja. A solução

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para este problema poderia ser algo parecido com o comando Wii, uma ideia adoptada pela empresa californiana Sixense Entertainment. Utilizando dois controladores e um sensor de base para mapear a posição relativa de ambos os controladores no espaço, poderá manipular completamente os objectos em três dimensões.

permitir que apenas um tipo de luz chegue a cada olho, o que dá uma perspectiva ligeiramente diferente em cada olho do que está a acontecer no ecrã, criando assim o efeito 3D. Infelizmente, estes monitores têm um ângulo de visão muito limitado. Nota-se especialmente isso no movimento vertical, mais do que no lateral. E os pequenos movimentos da cabeça dessincronizam a imagem estereoscópica, destruindo a ilusão de 3D. A SeeFront é uma empresa alemã que tem tentado acabar com a necessidade de usar óculos adaptando ao monitor um anexo lenticular. Ainda utiliza o efeito estereoscópico, mas, em vez de filtros, o método da SeeFront usa pequenas elevações no ecrã para enviar uma versão ligeiramente diferente da imagem a cada olho. Esta tecnologia tem em conta os problemas da visão angular, e recorre a uma tecnologia que segue os olhos de modo a garantir que estes recebem sempre a imagem óptima. Tivemos hipóteses de brincar com este dispositivo na conferência Nvision realizada este ano. Embora este protótipo não estivesse configurado para jogos, o presidente da empresa, Christoph Grossman, garantiu-nos que «os jogos são uma área importante» e que «a renderização em tempo real em ecrãs tridimensionais será mais popular». Os aperfeiçoamentos no hardware são para a SeeFront um factor importante no futuro dos visuais tridimensionais. «Veremos os monitores tridimensionais a aparecer em grande escala durante os próximos anos», assegura Christoph Grossman. A Nvidia está à frente deste esforço tecnológico, pois é a única entre as duas grandes marcas de placas gráficas actualmente envolvida na criação de controladores estereoscópicos para os jogos tridimensionais de hoje em dia. Isto significa que, se actualmente quiser jogar nalgum ecrã tridimensional, terá de o fazer com um GPU da Nvidia e utilizando o Vista. A última versão do XP já tem muitos anos e não abrange todos os títulos, enquanto que a actualização mais recente se restringiu apenas ao Vista.



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Imagem para o olho esquerdo Imagem para o olho direito

Preparação das duas imagens

Polarização do lado direito

Polarização circular do lado direito

Polarização do lado esquerdo

Polarizador

Imagem composta

Polarização circular do lado esquerdo Filme 3D

LCD panel (RGB) Reconhecimento 3D Bloqueio da polarização circular do lado esquerdo Passagem da polarização circular direita

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Passagem da polarização circular esquerda Bloqueio da polarização circular do lado direito

Como o GPU faz a renderização de duas imagens distintas, a driver estereoscópica puxa imenso pelo hardware. No entanto, o futuro das três dimensões parece risonho. Com cada vez mais empresas a concorrer para criarem a aplicação ou

A CONCORRÊNCIA A Nvidia é a única empresa a trabalhar activamente em drivers estereoscópicos, mas a AMD está a prestar atenção ao assunto. «Os jogos S3D não tiveram grande aceitação devido à má qualidade da imagem e do desempenho em 3D», disse-nos um porta-voz da AMD. «No entanto, as novas tecnologias dos monitores e os poderosos GPU de três dimensões proporcionam aperfeiçoamentos significativos, dando uma experiência agradável aos jogos S3D». Desde 2002 que a comunidade AMD/ATI pede drivers estereoscópicos para as suas placas, mas é um pedido que se foca na concentração no processo de criação de placas, e não na optimização dos controladores. Disto isto, as placas da AMD são compatíveis com alguns ecrãs de 3D. «Por exemplo, a iZ3D tem um driver que funciona com os seus GPU para dar várias técnicas de saída S3D, como Anaglyph (óculos

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vermelhos/verdes) e uma solução proprietária única para o seu monitor 3D», explica a AMD. O monitor iZ3D utiliza dois ecrãs distintos proporcionando imagens ligeiramente diferentes, que passam por um filtro de polarização para criar o efeito através de vidros polarizados passivos.

o hardware melhor que há, o utilizador é quem fica a ganhar. Vimos o potencial – e é imenso, especialmente nos jogos. Apostamos que não se passará muito tempo até que esse potencial seja posto em prática.



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TECNOLOGIA QUASE INVISÍVEL A PCGuia divulga as extraordinárias descobertas que investigadores do MIT estão a fazer no campo da nanotecnologia Bem-vindo à fábrica do futuro (limpe os pés à entrada, por favor). Evidentemente, os seres humanos são agora quase obsoletos: estas instalações estão cheias de robôs a zumbir e passar velozmente por nós. Trabalham no protótipo de um novo motor que os génios idealizaram na noite passada, entre sessões de Quake XIII. Olhando para um robô mais próximo, podemos ver os seus braços a alternar entre descargas

VENCER O MURO Sabemos que o fabrico de processadores enfrenta um muro de tijolos indistinto no qual está toscamente pintada a inscrição: «Não vai ficar mais pequeno.» A investigação da Intel tem vindo a sugerir há algum tempo que os fabricantes de semicondutores não serão capazes de encolher os transístores para lá de 2021. Mesmo nos nossos dias, o processo de fabrico digital de 45 nm não foi uma transição fácil a partir do processo de 65 nm. De facto, dependia de um certo número de melhoramentos. A fotolitografia, em particular, lutou para fugir às leis da Física, mas há um limite para o tamanho mínimo da imagem que é possível focar numa bolacha. O tamanho mínimo depende do comprimento de onda da luz, e uma vez que o comprimento de onda ficou mais curto, os fabricantes tiveram de recorrer à luz ultravioleta profunda, que possui um comprimento de onda de 193 nm. Que diferença pode o projecto de origami microscópico do MIT fazer no desenho do processador do futuro? Na teoria, uma diferença enorme. Pode aliviar a pressão sobre as técnicas de desenho 2D, que estão a perder fulgor, e oferecer o potencial do desenho 3D aos fabricantes. Por isso, embora possamos esperar ver um processo de fabrico de chip de 16 nm em 2018, mais vale desviarmo-nos do muro de tijolos e deixá-lo para trás.

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de feixes de iões de hélio e a gerar um forte campo magnético para dobrar e moldar um material em polímero macio. Depressa constrói uma cópia fiel de um desenho 3D, que fica a girar no ecrã de um terminal de controlo à sua frente. Num gesto de retoque final, o robô grava a inscrição “Intel Inside” na parte traseira e envia-a ao longo de um tapete rolante para ser verificada por um técnico aborrecido. Não ficou impressionado? Ok, considere que a fábrica que acabámos de descrever podia caber num cabelo humano e aí ficar confortavelmente instalada, pois seria 100 vezes mais fina do que o cabelo. O técnico aborrecido teria de espreitar através de um microscópio electrónico de alta potência para conseguir inclusive ver o motor minúsculo. O fabrico à nanoescala dá-nos frequentemente a sensação de estarmos a ler um romance de ficção científica, mas uma equipa de investigadores do MIT descobriu uma técnica que transformou a ficção científica em facto. Apelidada de “nano-origami”, permite dobrar materiais verdadeiramente minúsculos. O chefe da equipa de investigadores, George Barbastathis, professor associado de Engenharia Mecânica, acredita que o método, apesar de estar a dar os primeiros passos, poderá ser utilizado para construir motores minúsculos e supercondensadores e conduzir potencialmente a um armazenamento mais eficiente da memória


LUZ CONGELADA E se pudéssemos congelar a luz? As noções de luz lenta e computação por impulsos de luz pertenceram ao domínio da ficção científica durante décadas, e embora investigadores tenham conseguido abrandar o progresso da luz no passado, foi a Universidade de Warwick que finalmente a congelou por completo, sendo capaz de libertá-la, um fotão de cada vez. À parte a absoluta espectacularidade desta tecnologia, e do potencial mercado para brinquedos, estamos à beira de algo novo em informática. De acordo com Rudolf Roemer, do Departamento de Física, «isto tem implicações significativas no desenvolvimento da computação baseada na luz, que requer um mecanismo eficaz e fiável para manipular a luz». Ao que parece, o problema até aqui tem-se prendido unicamente com a forma de controlar os “excitões”. Trata-se de um electrão que foi marcado com um fotão para deixar um orifício na concha, ou órbita, do núcleo de um átomo. O electrão excitado mantém-se ligado a essa abertura e, quando acalma, sai disparado de volta para o espaço e emite um fotão. O truque, portanto, tem sido

informática e a microprocessadores muito, muito mais rápidos. Por que razão poder dobrar coisas incrivelmente minúsculas faz tanta diferença? A resposta é: 3D. Algumas técnicas inteligentes já são utilizadas no micro e nanofabrico, como a litografia por raios X e a nanoimpressão, mas embora funcionem na perfeição, estão limitadas ao mero desenho 2D. Apenas esta nova técnica origami consegue dar o próximo passo e construir estruturas 3D – ou como diz o investigador do MIT Tony Nichol: «Queremos pegar em todas as belas ferramentas que desenvolvemos para 2D e fazer coisas 3D.» O objectivo agora é fazer mais e mais dobras, pois até à data a equipa demonstrou um condensador 3D à nanoescala com apenas uma dobra. Quantas mais camadas os génios conseguirem adicionar ao condensador, mais rapidamente fluirá a informação e mais energia poderá acumular.

O CAMINHO DA DOBRA Antes de mais é muito complicado descobrir maneiras de fazer dobrar nanomateriais. Até agora os génios descobriram que depositar metais, como crómio, no ponto de dobra pretendido faz o material encaracolar-se, enquanto imprimir na superfície do material com feixes de iões de hélio leva o material a dobrar-se uma vez removido o padrão. Os investigadores do MIT conseguiram mesmo alcançar um certo grau de automontagem ao incorporarem modelos de fio de ouro no material em estado bruto. O acto de carregar os fios e adicionar um campo magnético cria a força – uma força de Lorentz, na verdade – que levanta o polímero. Na realidade, é possível ver este processo em acção no YouTube (tinyurl.com/by33wa). Presentemente, a dobra do MIT funciona com SU-8,

encontrar algo que preencha essa abertura, de modo que o excitão não possa regressar e a luz fique efectivamente congelada no tempo. Numa estranha cadeia de acontecimentos, a solução certa veio a ser um produto derivado da criação de pontos quânticos, os quais são utilizados no estudo da computação quântica. Ao colocarem pontos quânticos numa superfície, os investigadores descobriram igualmente pequenas e engraçadas gotas em forma de donut. Não só estas “nanoargolas” cabem na abertura, como, mediante a aplicação de uma combinação de campos magnéticos e eléctricos, ajudam a controlar e congelar a luz. Esta técnica também poderá servir para criar “vidro lento”, através da qual o tampão de fotões em aproximação é mantido no vidro e liberto sequencialmente mais tarde. Se tem dificuldade em imaginar o que isso pode ser, imagine o sol do Algarve a ser captado num painel e depois emitido lentamente na sua sala de estar, ou, melhor ainda, leia o conto de Bob Shaw, Light of Other Days.

Polímero a dobrar-se – o bordo de cada face tem cerca de 800 mícrones

um tipo de polímero macio, e os favoritos da indústria, silício e nitrato de silício, pelo que na teoria a técnica poderá ser posta em acção muito brevemente. Na prática, existem uns quantos detalhes diabólicos que é preciso resolver. Fazer com que os materiais se dobrem para trás e para a frente em formas semelhantes a um acordeão tem sido uma enorme dor de cabeça, a par de conseguir alinhar com precisão as faces e os bordos. No que equivale a um remendo próprio de intelectuais, os investigadores estão a tentar alinhar os bordos e as faces: «Já percebemos os componentes essenciais, e agora estamos apenas a divertir-nos a descortinar algumas aplicações», afirma Nichol. A equipa tentou vários truques até agora: um com ímanes e outro que utiliza pontos de polímero derretido para selar as faces entre si. O método mais promissor envolve abrir orifícios num bordo do

polímero e preenchê-lo com uma ponta em polímero à medida que o material se dobra – possivelmente a versão mais pequena de um grampo de papel do mundo. Além de corrigir os erros, o MIT reflecte sobre as aplicações. O chefe do projecto, professor associado de Engenharia Mecânica George Barbastathis, não se sente preparado para especular precipitadamente, mas o potencial é impressionante. «O supercondensador (que demonstrámos) revela um desempenho comparável (em termos da densidade de armazenamento de energia) ao dos dispositivos comerciais, porém com o factor de forma na ordem de (centenas de mícrones) ^2, pelo que poderá caber facilmente no chip de um processador. Estamos a trabalhar em versões multicamadas, as quais oferecerão uma densidade de armazenamento de energia ainda mais elevada com a mesma pegada...»

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ESPECIAL

PRÉMIOS LEITOR PCGUIA 2009 Seria impossível enumerar neste pequeno espaço as inovações tecnológicas que marcaram 2008/09, fora as que ainda aí vêm. Mas dificilmente conseguimos encontrar uma categoria que não tenha registado upgrades, novidades ou alterações. Os resultados dos prémios Leitor PCGuia deste ano comprovam novamente que, por regra, os consumidores mantêm-se fiéis aos produtos e marcas que conseguem oferecer qualidade e satisfazer as suas exigências. Numa altura em que os consumidores estão mais exigentes, em que o mercado está cada vez mais competitivo e em que a oferta em termos de produtos e de marcas é também mais vasta, conseguir fidelizar clientes é um luxo que às vezes nem a melhor das máquinas de marketing consegue fazer. Não temos Óscares, nem passadeira vermelha, mas temos o voto do que de mais valioso as empresas têm: os seus clientes. Agradecemos os muitos milhares de votos que recebemos por parte dos nossos leitores.

MELHOR TECNOLOGIA NACIONAL MAGALHÃES Este é um prémio especial atribuído pela redacção da PCGuia à tecnologia nacional que mais se destacou ou contribuiu para o desenvolvimento e promoção do nosso país. É o primeiro ano que é atribuído, e a decisão foi unânime. Pelo contributo dado na modernização e formação do país e pelo facto de ter potenciado o acesso a computadores a todas as classes sociais, este vai para o Magalhães.

HA HARDWARE

MELHOR PC HP

MELHOR SMARTPHONE HTC

Apesar de os portáteis e os próprios netbooks estarem a roubar os holofotes ao velho computador de secretária, este continua a ser uma ferramenta essencial para qualquer utilizador e promete continuar a dar cartas em 2009. A HP conseguiu, este ano, roubar o prémio à Tsunami.

Os smartphones são, indiscutivelmente, grandes ferramentas de trabalho, entretenimento e comunicação. A sua evolução tem sido pautada por constantes evoluções tecnológicas, que não têm passado ao lado dos consumidores. Nota para a entrada dos Blackberry na lista dos mais votados pelos nossos leitores.

MELHOR PORTÁTIL TOSHIBA Com o preço dos portáteis a baixar de ano para ano, com os incentivos dados pelo programa do Governo e com o aparecimento dos netbooks, já quase não há desculpa para um utilizador não ter um notebook. Apesar da oferta variada, a Toshiba permanece de pedra e cal no primeiro lugar. MENÇÕES HONROSAS ■ TSUNAMI ■ APPLE

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MENÇÕES HONROSAS ■ ASUS ■ HP

MENÇÕES HONROSAS ■ BLACKBERRY ■ NOKIA


MELHOR CAIXA DE COMPUTADOR/ACESSÓRIO DE MODDING ASUS

A oferta que existe no mercado é vastíssima, aliás, é quase impossível não encontrar um terminal capaz de satisfazer todas as suas necessidades. Com esta variedade veio também uma baixa dos preços que permite a muita gente ter um ou dois equipamentos sobresselentes em casa, para ir trocando. O consumidor fica feliz, e as marcas agradecem. A Sony Ericsson subiu ao top três este ano.

Maior espaço para personalização, maior preocupação com a questão da refrigeração e novas funcionalidades, como pequenos ecrãs LCD, são alguns dos pormenores que as novas caixas exibem. Este ano, a Asus entra na corrida por esta categoria e vai directamente para o primeiro lugar, destronando o eterno vencedor. A Antec subiu também ao pódio pela primeira vez.

MENÇÕES HONROSAS ■ SONY ERICSSON ■ SAMSUNG

MENÇÕES HONROSAS ■ COOLERMASTER ■ ANTEC

MELHOR TELEMÓVEL NOKIA

MELHOR MONITOR SAMSUNG

MELHOR IMPRESSORA HP

E a história repete-se. Samsung e LG continuam à luta pelo primeiro lugar desta categoria e conquistam o topo da lista à vez. No campo dos monitores, o tamanho continua a importar, bem como as evoluções tecnológicas. As marcas mantêm-se fiéis à linha que desenvolvem, até porque vêm novas oportunidades com o crescimento dos laptops.

Quando se fala em comprar uma impressora já ninguém pensa apenas em impressão de documentos, mas também nas fotografias que qualquer pessoa que tenha uma máquina digital quer imprimir em casa. Neste caso, os tinteiros e o custo por impressão são duas das temáticas mais abordadas pelos consumidores.

MENÇÕES HONROSAS ■ LG ■ SONY

MENÇÕES HONROSAS ■ CANON ■ EPSON

MELHOR MULTIFUNÇÕES HP

MELHOR PROJECTOR EPSON Nada de novo nesta categoria. A Epson continua no topo da lista, seguida pelas mesmas duas rivais de sempre. O facto de os projectores estarem cada vez mais pequenos e potentes tem estado a atrair as atenções do mercado profissional.

Mais um prémio para a área de impressão, mais um prémio para a HP. A marca mantém-se na lista de preferências dos nossos leitores com a sua oferta de multifunções. Estas máquinas têm sofrido uma redução de tamanho e um upgrade a nível estético que parece estar a agradar aos consumidores. MENÇÕES HONROSAS ■ EPSON ■ CANON

MENÇÕES HONROSAS ■ SONY ■ TOSHIBA

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ESPECIAL PRÉMIOS LEITOR PCGUIA 2009

MELHOR DISPOSITIVO DE REDE SMC

MELHOR LEITOR DE ÁUDIO/VÍDEO DIGITAL SONY

Se há área que está em alta é a de redes. Existem cada vez mais pessoas que pretendem criar uma rede doméstica, de preferência wireless, de forma a conseguirem aproveitar ao máximo as potencialidades dos vários aparelhos que têm em casa e que permitem comunicações sem fios. Simplicidade e fiabilidade são dois dos atributos mais privilegiados.

E eis que depois de muitos anos, a Sony volta ao topo da lista. Estes gadgets estão naquela categoria que agrada a miúdos e graúdos, que pretendem não só trazer a música consigo, como poder aproveitar o tempo livre para ver vídeos, ler livros, ver filmes, aceder à Internet, ou mesmo jogar alguns jogos.

MENÇÕES HONROSAS ■ LINKSYS ■ ASUS

MENÇÕES HONROSAS ■ CREATIVE ■ APPLE

MELHOR GRAVADOR CD/DVD/BLU-RAY SONY Com os discos rígidos a ganharem cada vez mais capacidade de armazenamento e a ficarem mais baratos, a gravação de CD e DVD já não é o que era. No entanto, a nova era Blu-ray está agora a começar e promete trazer um novo mundo cheio de alta definição e de grandes potencialidades.

MENÇÕES HONROSAS ■ LG ■ SAMSUNG

MELHOR MOTHERBOARD ASUS

MELHOR PLACA GRÁFICA ASUS A Asus é um dos fabricantes que mais aposta em AMD e Nvidia, pelo que facilmente reúne a preferência dos utilizadores, nomeadamente, dos que privilegiam a componente gráfica, como é o caso dos gamers.

MENÇÕES HONROSAS ■ GIGABYTE ■ SAPPHIRE

MELHOR TECLADO/RATO LOGITECH

A Asus foi a primeira empresa a ganhar esta categoria, e mantém-se invencível. É sem dúvida alguma o componente mais complexo e importante, ou não fosse ela a base de tudo, (inclusive de parte dos problemas com o PC).

Já perdemos a conta a quantos prémios já ganhou a Logitech nesta categoria. Os teclados e ratos já não são apenas periféricos comuns. A oferta contempla os consumidores que querem um equipamento mais fashion, mais pequeno, mais sensível, com muitas funcionalidades e atalhos, ou com maior precisão. Os gamers são os mais exigentes e a oferta para eles tem crescido bastante. Este ano, a NGS entrou para a lista.

MENÇÕES HONROSAS ■ GIGABYTE ■ ABIT

MENÇÕES HONROSAS ■ MICROSOFT ■ NGS

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MELHORES COLUNAS DE SOM CREATIVE

MELHOR MÁQUINA FOTOGRÁFICA CANON

A Creative continua a dar música aos leitores da PCGuia, e a julgar pelos votos, eles continuam a aprovar. A oferta de colunas de som já ultrapassou as fronteiras dos PC há muito, e cada vez mais a procura também se direcciona para os dispositivos móveis, sejam eles portáteis ou telefones. Nota para a entrada da Bose no Top 3.

As máquinas fotográficas digitais são cada vez mais complexas e potentes em termos tecnológicos, mas também mais simples de controlar e manusear para o consumidor. Apesar de enfrentarem novos rivais no mercado, os telefones móveis continuam a conquistar as atenções de profissionais e amadores. Os megapixels continuam a aumentar, mas, lembre-se, não são o mais importante.

MENÇÕES HONROSAS ■ LOGITECH ■ BOSE

MENÇÕES HONROSAS ■ SONY ■ NIKON

MELHOR EQUIPAMENTO GPS TOMTOM

MELHOR CONSOLA DE JOGOS PS3

O sucesso dos GPS tem sido um fenómeno interessante. Mesmo que não viaje muito, ou passe horas na estrada, é um gadget que quase todos acham que vale a pena ter, mais não seja porque vai acabar por ser útil um dia qualquer. A prová-lo está o facto de os telemóveis com GPS estarem a ser um sucesso.

Seja a vencedora PS3, a inovadora Wii ou a histórica XBox, é já raro a casa portuguesa que não tenha uma. E se não tinha o ano passado, a euforia à volta de jogos como Guitar Hero levaram certamente muitos pais natais ou pais simpáticos a comprarem uma para os filhos. Longe de serem apenas plataformas de jogos, estas consolas jogam agora o trunfo na área multimédia.

MENÇÕES HONROSAS ■ GARMIN ■ NDRIVE

MENÇÕES HONROSAS ■ XBOX ■ WII

SOFTWARE E

MELHOR SOFTWARE EDUCATIVO DICIOPÉDIA

MELHOR JOGO PRO EVOLUTION TION SOCCER 2009

O software educativo ou didáctico mantém-se como uma categoria de enorme interesse para os leitores da PCGuia. Este ano, a preferência mantém-se inalterada, tendo o prémio sido ganho pela Diciopédia. Prova de que a Porto Editora continua a produzir um software sólido e interessante.

Não é só a Redacção da PCGuia que é viciada neste jogo da Konami – os leitores também o são, tendo mais uma vez votado em força, atribuindo-lhe novamente a posição cimeira na categoria de melhor jogo. A luta foi renhida, mas a inteligência artificial mais apurada e o modo Rumo ao Estrelato terão pesado na altura de fazer a escolha.

MENÇÕES HONROSAS ■ ESCOLA FLIP ■ APRENDER COM MINICLICK

MENÇÕES HONROSAS ■ THE SIMS ■ FIFA 09

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ESPECIAL PRÉMIOS LEITOR PCGUIA 2009

MELHOR SOFTWARE DE SEGURANÇA AVG

MELHOR SOFTWARE DE GESTÃO PRIMAVERA

Os dois primeiros classificados da edição do ano passado trocaram de posição entre si. Ou seja, a AVG, que tinha entrado para o Top 3 em 2008, passou a ser a preferida dos nossos leitores. A Norton continua a ser uma das marcas mais votadas. Destaque ainda para a Panda, que passa a figurar no quadro de honra.

Depois de ter merecido uma menção honrosa no ano passado, a Primavera surge este ano mais forte, na opinião dos nossos leitores, a ponto de conquistar o prémio de melhor software de gestão e de trocar de posição com a PHC. Uma palavra ainda para a SAP, que entra pela primeira vez no quadro de honra.

MENÇÕES HONROSAS ■ NORTON ■ PANDA

MENÇÕES HONROSAS ■ SAP ■ PHC

SE SERVIÇOS

MELHOR ISP SAPO

MELHOR ACESSO DE BANDA LARGA MÓVEL TMN

As mudanças que se faziam prever e que acabaram por acontecer no ano passado não se repetiram, o que equivale a dizer que está tudo na mesma face à votação de 2008. Talvez para o ano existam novidades, tendo em conta que a verdadeira banda larga, com velocidades de acesso na ordem dos 50 e dos 100 Mbps, só agora está a chegar ao mercado.

As três empresas mantêm a preferência dos nossos leitores, apesar de este ano a Kanguru e a Vodafone terem trocado a ordem enquanto menções honrosas. A TMN continua a ser o acesso de banda larga móvel preferido do nosso público, um tipo de serviço que tem vindo a ganhar um número cada vez maior de utilizadores.

MENÇÕES HONROSAS ■ NETCABO ■ CLIX

MENÇÕES HONROSAS ■ KANGURU ■ VODAFONE

MELHOR PONTO DE VENDA DE HARDWARE WORTEN

MELHOR PONTO DE VENDA DE SOFTWARE FNAC

A estratégia da Worten em matéria de atendimento ao cliente deu os seus frutos, tendo passado de menção honrosa para vencedora da categoria de melhor ponto de venda de hardware. A Chip7 mantém a mesma posição de 2008 e ganha este ano a companhia da FNAC, que regressa depois de ter saído do quadro de honra na votação do ano passado.

Já tinha ganho o prémio de melhor ponto de venda de software em 2008. Em 2009, mantém o ceptro nesta categoria, o que mostra mais uma vez que o estatuto e o nome contam para os leitores de PCGuia. Destaque para a entrada da Sector Zero para o quadro de honra. A Worten voltou a merecer uma palavra especial dos votantes.

MENÇÕES HONROSAS ■ CHIP7 ■ FNAC

MENÇÕES HONROSAS ■ SECTOR ZERO ■ WORTEN

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MELHOR PONTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA HP

MELHOR CENTRO DE FORMAÇÃO NHK

A votação deste ano deu origem a uma revolução no pódio de uma categoria de grande importância para o nosso público. A HP passa a liderar as preferências, destronando a Chip7, que todavia se mantém no Top 3. A menção honrosa para a AquaPC é outra grande novidade, apesar de não ser uma surpresa.

A Rumos ainda subiu uma posição mas, mesmo assim, não conseguiu retirar a NHK do topo da lista. Para este centro de formação, que há muito se habituou a liderar esta categoria, é o segundo ano consecutivo comemorado no primeiro lugar depois de um interregno em 2006. A Citeforma é novidade, entrando para o quadro de menções honrosas.

MENÇÕES HONROSAS ■ AQUAPC ■ CHIP7

MENÇÕES HONROSAS ■ RUMOS ■ CITEFORMA

INTERNETT

MELHOR SITE NOTICIOSO SAPO

MELHOR SITE DE BANCA ONLINE CGD

Depois de alguns anos a reunir a preferência dos nossos leitores, o site do Público cedeu a primeira posição para a área noticiosa do Sapo, que entra directamente para o lugar cimeiro. Galardoados com menções honrosas no ano passado, Sol e TSF foram este ano preteridos, tendo o nosso público votado noutra novidade em 2009: o site Negócios PT.

À semelhança do que se verificou noutras categorias, os dois primeiros classificados em 2008 trocam de posição em 2009. A CGD passa assim a ser a mais votada, sendo outra novidade a entrada do site do Montepio Geral para o quadro de menções honrosas, ocupando a posição do BES obtida no ano passado.

MENÇÕES HONROSAS ■ PÚBLICO ■ NEGÓCIOS PT

MENÇÕES HONROSAS ■ MILLENNIUM BCP ■ MONTEPIO GERAL

MELHOR SITE DE SERVIÇO PÚBLICO DGCI A administração pública online tem no site relacionado com a área das Finanças um dos seus melhores exemplos. O nosso público reconheceu mais uma vez essa importância, atribuindo com o mesmo peso a menção honrosa ao Portal do Cidadão. A entrada da DECO para o quadro de honra mostra que os portugueses estão cada vez mais interessados pela defesa dos seus direitos. MENÇÕES HONROSAS ■ PORTAL DO CIDADÃO ■ DECO

MELHOR SITE DE COMÉRCIO ELECTRÓNICO NACIONAL FNAC Também nesta categoria se assistiu a uma revolução, tendo sido excluídos os três ocupantes do ano passado. A FNAC passa a liderar as preferências, seguida pela Pixmania e pelo site de leilões Miau. A procura por informática e electrónica de consumo fica assim facilitada, bastando alguns cliques para fazer compras. MENÇÕES HONROSAS ■ PIXMANIA ■ CONTINENTE ONLINE

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ASSISTÊNCIA TÉCNICA NOTÍCIAS

João Trigo, editor

Pergunte ao Especialista Este mês, procurei diversificar as perguntas dos leitores. É uma forma de tentar “acudir a todas as fogueiras” antes de começar o período de férias de Verão

P R

: Posso definir a localização onde os programas gravam os ficheiros no Vista? Quero gravar dados numa drive de rede... : A maioria dos programas usa a pasta Os Meus Documentos por defeito, razão pela qual pode sempre mover a pasta para a

localização na rede que pretende. Para tal, clique na pasta com o botão direito, escolha Propriedades e vá até ao separador Localização. Se não considerar esta hipótese particularmente prática, terá de descobrir, programa a programa, onde são guardados os ficheiros de cada aplicação. Confira o ficheiro de ajuda da aplicação, o website da editora ou a documentação em papel que costuma acompanhar as caixas com os programas. Tomemos como exemplo as aplicações do Microsoft Office. Cada um dos programas (Word, Excel, entre outros) grava os ficheiros separadamente. No programa, vá a Ferramentas, Opções e clique no botão do Office seguido do botão Opções para esse programa específico. Explore os menus até encontrar a pasta que, por defeito, guarda os documentos da aplicação. Aí, pode fazer as alterações que quiser.

PROBLEMAS A QUEIMAR CD

P

: A drive óptica do meu portátil grava CD, mas consegue queimar DVD e ler qualquer disco óptico. Não é estranho? Utilizo o Nero 6.

R

: Assim parece, mas é um problema mais vulgar do que o que se julga. Geralmente, a culpa recai sobre o software. Experimente desinstalar a aplicação utilizada para queimar os discos. Vá a www.nero.com/eng/support-nero6-tools-utilities. html e use a ferramenta Nero 6 Clean. Depois, reinicie o sistema. Vai ver que a drive desapareceu como por magia. Agora terá de apagar entradas no registo. Pode

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encontrar um guia e instruções em http://support. microsoft.com/kb/314060. Siga as instruções cuidadosamente, já que a eliminação de entradas do registo que não são as correctas poderá colocar em risco a estabilidade da sua máquina.

P R

: Como resolvo o erro 0X8007007B do Restauro de Sistema no Windows Vista?

: É um problema vulgar no mais recente sistema operativo da empresa de Redmond, mas felizmente pode ser resolvido em poucos minutos. Vá a Iniciar, clique com o botão direito do rato em O Meu Computador, escolha Propriedades e depois escolha Protecção de Sistema. Clique em Continuar, remova o certo de C:Missing e assinale Local Disk C: (Sistema). Clique OK e o Restauro de Sistema irá funcionar bem novamente.


P: PRECISO DE UM UPDATE AO MEU BIOS? INÍCIO Os updates do BIOS fazem reset às definições do BIOS. Pode anotar as alterações num papel ou utilizar a ferramenta de backup do BIOS, que encontra em http://tinyurl.com/dcfnf6. Clique no link My Software (DOS) para gravar os settings. Vai precisar de uma disquete, de um CD de recuperação ou de uma pen drive USB para executar o programa. Há mais instruções incluídas na aplicação.

SIM

FAZER UM UPDATE AO BIOS NÃO É UM BICHO-DE-SETE-CABEÇAS, SE SEGUIR O NOSSO GUIA. COMECE AQUI.

NÃO

Mexeu nas definições do BIOS anteriormente?

NÃO

SIM

Sabe qual é o nome e o modelo da motherboard e a designação de quem desenvolveu o BIOS?

NÃO

SIM

Já localizou e fez download da última actualização do BIOS para a sua máquina?

SIM

Visite o site do fabricante da sua motherboard. Navegue até à área de suporte ou de Downloads e ignore os BIOS mais recentes – a última versão inclui todas as alterações efectuadas até então. Grave os ficheiros para a área de trabalho.

Faça o download da ferramenta WinFlash de http://tinyurl.com/ag5tvp e siga as instruções em http://tinyurl.com/ofe9t para a actualização do BIOS no Windows.

NÃO

O seu BIOS é da Award?

O Everest Ultimate Edition (www.lavalys. com) é uma ferramenta de sistema que lhe faculta este tipo de detalhes. Veja na secção Motherboard toda a informação que precisa.

Alguns fabricantes de motherboards, como a Asus, têm utilitários para Windows que tornam a actualização do BIOS num processo intuitivo e rápido. Se não funcionar, terá de fazer o update a partir de uma disquete ou de uma pen drive. Consulte quaisquer ficheiros readme que venham junto do BIOS ou procure mais instruções no site do fabricante.

Agora que o processo de download está completo, guarde as definições do seu BIOS antes de fazer a actualização. Utilize a ferramenta de backup do BIOS para restaurar o BIOS antigo após o update, se tal for necessário. Além disso, convém dar uma vista de olhos para se certificar de que a actualização foi bem efectuada.

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ASSISTÊNCIA TÉCNICA NOTÍCIAS

FAÇA UM UPGRADE AO SEU DISCO RÍGIDO A DRIVE JÁ DEU O QUE TINHA A DAR? SIGA OS NOSSOS CONSELHOS PARA FAZER A ESCOLHA ACERTADA

P R

: O disco rígido do meu portátil está muito lento. Uso-o intensamente há mais de cinco anos e estou a pensar substituí-lo. Devo ter alguma preocupação em especial? : Substituir a drive de sistema não é bem a mesma coisa que simplesmente adicionar um novo disco rígido à sua configuração. As dicas que se seguem partem do princípio de que quer substituir

uma drive que ainda funciona.

UM PRIMEIRO DIAGNÓSTICO Tem a certeza absoluta de que precisa de substituir o seu disco rígido? Instale o HDD Health (www.panterasoft.com) – se usar o Windows Vista, execute a aplicação como administrador – e ele irá dar-lhe uma ideia do estado geral da drive.

IDENTIFIQUE O DISCO O HDD Health faz uma listagem das suas drives por fabricante e número de modelo – escreva esta informação num motor de busca para recolher informações essenciais sobre os discos existentes na configuração.

TOME NOTAS Anote as especificações seguintes: tipo de conexão (IDE/PATA ou SATA), velocidade do dispositivo (rpm), capacidade (GB) e cache (MB). Veja ainda qual é o tamanho físico da drive (2.5” para notebooks e 3.5” para desktops).

INSPECÇÃO VISUAL Se não encontrar informações sobre o seu disco rígido na Internet, terá de abrir o chassis e ver o disco. Use o guia em www.support-pcs. co.uk/quicklinx/driveupgrade.html.

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CERTIFIQUE-SE DA CAPACIDADE MÁXIMA Se a sua drive é um modelo IDE/PATA com uma capacidade inferior a 137 GB, então é provável que não consiga “ver” a total capacidade do novo disco (que vai além dos 137 GB certamente). Certifique-se de que o seu computador suporta ATA/ATAPI 6 ou superior e que o sistema operativo suporta LBA 48 bit.

REQUISITOS DE SISTEMA PARA LBA 48 BIT O LBA 48 bit é suportado no Windows 2000 SP4 ou posterior, no Windows XP SP1 ou posterior e em todas as mais recentes versões do Windows, incluindo no Vista. Instale o service pack mais recente, caso seja necessário.

ESCOLHA UM DISCO SUBSTITUTO Quando estiver a escolher o seu novo disco, assegure-se de que o tipo e o tamanho são compatíveis com o modelo que vai remover. Pode optar ainda por um dispositivo com mais cache (8-16 MB), uma velocidade superior (5400 rpm para portáteis e 7200 rpm para computadores de secretária) e o máximo de capacidade possível.

CONSIDERAÇÕES PARA LAPTOPS As drives com velocidades superiores (rpm) geram mais calor. Enquanto que no caso do desktop isso não deverá ser um problema, se estiver a substituir a drive de um portátil, então considere a hipótese de adquirir uma unidade de arrefecimento de disco, que deve ser colocada por debaixo do mesmo. Este aparelho mantém a temperatura mais baixa e aumenta o tempo de vida do disco rígido (e do notebook).

CLONE O DISCO VELHO Precisa de encontrar uma forma de passar as informações do disco antigo para o novo. Se a nova drive não tem informações sobre como fazê-lo, veja o guia em www. support-pcs.co.uk/quicklinx/driveupgrade. html.

INSTALE O HARDWARE Depois de fazer a clonagem da drive antiga, remova-a e instale o novo disco na slot. Certifique-se, no caso de se tratar de um disco IDE, de que as definições referentes ao jumper são iguais às da drive antiga.


ENTRADAS INDESEJADAS

P

: O meu computador desligou-se enquanto estava a desinstalar uma aplicação e agora não consigo removê-la do painel de controlo...

01

Clique em Iniciar, Todos os Programas, EasyCleaner. Como alternativa, clique no atalho na área de trabalho.

R

: Em condições normais, o Windows disponibiliza-lhe a possibilidade de apagar entradas que apresentem problemas na opção de Adicionar/Remover Programas do Painel de Controlo. Se tal hipótese não lhe for facultada, tem duas hipóteses: editar o registo à mão ou recorrer a um programa gratuito como o EasyCleaner (http://personal.inet.fi/business/toniarts/ecleane.htm).

02

Quando vir o primeiro menu, vai ter acesso a uma listagem das várias secções do programa. Clique em Add/Remove.

03

Agora vão aparecer as aplicações que são mostradas em Remover Programas (no XP) ou Programas (Vista). Escolha a entrada responsável pelos problemas. Clique em Delete seguido de OK.



P CRYOSTASIS Carregue as armas, apague as luzes e prepare-se para momentos de intensa adrenalina e medo, muito medo GRANDE ATMOSFERA E HISTÓRIA

ÁUDIO IMPRESSIONANTE

HÁ SHOOTERS MELHORES

VEREDICTO 8

Cryostasis é um jogo incrível. Na verdade, o termo “jogo” não lhe faz justiça. Neste caso, estamos mais no campo das novas experiências. Digamos que é um daqueles títulos que se recomenda a toda a gente e que é tema de conversa às refeições e idas ao café. Jogámo-lo do princípio ao fim, e gostávamos imenso de lhe contar o final, mas não o vamos fazer. É essencialmente um jogo baseado na luta pela sobrevivência, um género recentemente liderado pelo sinistro, mas divertido, Dead Space. Existem inclusive alguns paralelismos entre ambos. A saúde é medida de uma forma mais discreta, através da temperatura do corpo, contudo, os dois títulos têm monstros cuja principal missão não é esventrar-nos, mas sim provocar-nos momentos de expectativa e grandes sustos. O terror em Cryostasis é mais psicológico, por isso, é capaz de chamar mais a atenção dos que jogavam Penumbra ou o Call of the Cthulu. O ambiente alternativo é conseguido, em parte, devido à capacidade Mental Echo da personagem, que permite alterar as acções dos mortos, que por sua vez conseguem alterar a moldura temporal. Isto significa que tanto poderá abrir novas

PCGUIA

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ENTRETENIMENTO

estado está o navio, mas rapidamente se torna evidente que algo horrendo aconteceu e está a acontecer. O navio quebra-gelo é um cenário fantástico, com áreas envolventes deprimentes e histórias sinistras para contar. Uma das componentes centrais do jogo prende-se com a necessidade de manter o corpo suficientemente quente, sob pena de gelarmos até à morte. Isto acrescenta pressão aos acontecimentos, quer estejamos nas entranhas do navio ou a lutar para passar os compartimentos nos decks superiores. Existem muitos pontos onde podemos aquecer as mãos, como fogueiras improvisadas, lâmpadas e canalizações quentes. No entanto, nem sempre é fácil chegar ao próximo sítio quente.

OUVISTE ISTO?

Como a redacção da PCGuia fica a ver após o dia de fecho da edição

portas, como derrubar barreiras. Independentemente do resultado, esta é uma funcionalidade que oferece uma série de elementos de um puzzle que dão vida à história. Assumimos o papel de um tal Alexander Nesterov, um meteorologista que foi enviado para investigar o North Wind, um navio quebra-gelo russo que está a passar por dificuldades. Chegamos durante uma tempestade, pelo que é impossível dizer em que

Para além do tempo, outro factor que diminui o calor do nosso corpo são os residentes do North Wind. Transformados pelos acontecimentos, estas criaturas, mortos-vivos, começam por nos fazer saltar da cadeira e acabam a arrancar-nos pedaços. Este é o ponto mais fraco do jogo, porque não é um shooter como deveria ser. As armas podem demorar uma eternidade a operar, o que aumenta a tensão numa primeira fase, mas, num nível superior, quando o jogo começa a ficar mais difícil e existem cada vez mais monstros atrás de nós, irrita. Nesta fase, a gestão das munições torna-se mais importante. É o nível de envolvimento, ajudado por um enredo impressionante, que nos leva a destacar alguns pontos. O som, por exemplo, vale a pena ser

ASSASSINO A SANGUE FRIO 1 Os prisioneiros são máquinas

assassinas aterradoras. 2 A saúde de Alex é representada pela temperatura do corpo – o anel exterior reflecte a temperatura ambiente, enquanto o anel amarelo representa a resistência. Recarregam-se quando perto de uma fonte de calor. 3 Quando atingidos pelo fogo de um monstro, somos recompensados com grandes cubos de gelo no ecrã. Não é tão bom como parece, porque reduz a temperatura corporal. 4 O recarregamento é lento e, se for feito em combate, pode levar a uma morte brusca. No entanto, permite trocar de armas rapidamente, pelo que é sem dúvida a melhor táctica.

1

3

4 2

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Luzes, fogueiras e canalizações quentes servem para aquecer as mãos

sublinhado. Aliás, arriscamos dizer que já temos o vencedor do jogo com melhor som de 2009. Se não acredita experimente desligar as luzes e colocar os auscultadores. Quando começar a entrar no navio, tudo, desde o ranger do casco, até ao pingar do gelo a derreter, está extremamente bem conseguido. Apesar de reconhecermos que Cryostasis é um jogo lindíssimo, existem algumas imperfeições a mencionar. Consegue oferecer uma experiência única, com tanto de excitação como de terror. Mas a decisão de lançar o jogo como first person shooter divide opiniões, tendo em conta que surpreende pouco. No cômputo geral, é uma boa aquisição para a sua prateleira de jogos.

MÁQUINA PRONTA? O jogo Cryostasis exige uma máquina robusta, especialmente no que à componente gráfica diz respeito. Isto é surpreendente tendo em conta o baixo polígono. Mas a verdade é que as exigências no que toca às texturas e aos bons pós-processamentos, incluindo o gelo no UI e um efeito de saturação quando se utiliza a capacidade Mental Echo, são elevadas. O motor AtmosFear 2.0 proporciona um ambiente consistente, mesmo nas configurações mais baixas.

DISTRIBUIDORES FNAC, WORTEN, MEDIA MARKT ■ PREÇO 39,99 EUROS ■ SITE WWW.CRYOSTASIS-GAME.COM ■ REQUISITOS MÍNIMOS CPU 2.4 GHZ, 1 GB RAM, PLACA 3D 256MB SM 2.0


ENTRETENIMENTO

THE GODFATHER II Vista a pele do chefe de uma das famílias mais disfuncionais de sempre ESQUEMA DE GESTÃO

REPETITIVO

MUITOS BUGS

VEREDICTO 7

EDITORA EA ■ PREÇO 49,95 EUROS ■ CONTACTO 707 200 712 ■ SITE WEB GODFATHER2.EA.COM ■ REQUISITOS MÍNIMOS CPU DUAL CORE, 2 GB DE RAM, PLACA 3D DE 512 RAM

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As diferenças que existem entre a fórmula usada no jogo Godfather original, Scarface: The World is Yours, e no novo The Godfather II não são muitas. Aliás, existem momentos em que parece que os responsáveis pelo título juntaram apenas água, mexeram um pouco, e já está! Neste novo jogo, o sucesso atingido tanto pode depender dos recursos humanos colocados ao serviço dos crimes mais violentos, como da capacidade de enfiar uma caçadeira pela garganta abaixo de alguém que o chateou ligeiramente. O que queremos dizer com isto é que este jogo tem tanto de básico como de complexo. Vejamos outro exemplo: o jogador tem como ritual de inicialização no mundo da máfia a tarefa de convencer um proxeneta a fazer algo, através do rebuscado método do murro, mas depois existe à sua volta todo um esquema de guerra entre famílias altamente complexo. Quando não está em missão (estas seguem a história do segundo filme), o jogador terá de trabalhar para dar fama ao seu nome, roubando operações criminosas e negócios de lavagem de dinheiro pertencentes a famílias rivais. É com este tipo de trabalhos que poderá ganhar dinheiro para pagar, por exemplo, a guarda-costas capazes de o protegerem de vinganças pessoais. Lembre-se de que sempre que provocar algum tipo de dano a uma família rival, esta vai fazer questão de lhe pagar na mesma moeda, mas com o dobro dos estragos. Existe um sistema de mapas, designado por The Don

View, que o ajuda a controlar as imediações de Nova Iorque, Miami e Havana ao estilo do Monopólio. É com base neste sistema que pode delinear melhor todos os seus movimentos, independentemente de estes envolverem o envio de homens em missões bombistas, controlar funcionários corruptos que fazem parte da sua lista de pessoas a abater ou detectar alvos que tem de mutilar ou destruir em troca de favores. À parte de toda a envolvente violenta poderá também controlar as despesas. Este é um bom sistema, mas tende a tornar-se bastante complexo à medida que os chamados Made Men seguem fielmente todos os seus passos. Cada um tem a sua especialidade no que respeita a missões (cortar arames, rebentar com paredes, etc.), e até são úteis pela ajuda que trazem no capítulo da segurança. No entanto, existem falhas ao nível da IA que são irritantes. Este sistema funciona e funciona bem. Ajuda-o bastante a fortalecer a sua posição, a efectuar determinadas aquisições com sucesso, a planear a próxima jogada de forma inteligente e a eliminar a concorrência. Aliás, pode inclusive eliminar os Made Men rivais, uma vez que os locais onde estão podem ser revelados por quem encomenda uma morte ou duas. É claro que isto tem um ponto negativo. No jogo, toda a gente, desde o homem de negócio mais mal-encarado, até à bela modelo em biquíni, quer matar e roubar alguém de forma repetitiva. Isto acaba por originar um cenário caótico, que piora significativamente se lhe adicionarmos o sistema de combate e condução, que


O jogo começa como o filme, com a revolução cubana a irritar a família do Padrinho

Execuções apenas com um botão. Bonito

está a anos-luz daquele existente no GTA IV. Basicamente, o problema é que o enredo é tão maçador e a fórmula é tão previsível, que é impossível divertirmo-nos durante algum tempo com este jogo. Depois, na maior parte das vezes, o jogador nem chega bem a perceber porque foi feito prisioneiro ou como foi morto. Isto implica, claro, repetir uma missão vezes sem conta, o que se torna irritante e desmotivante. Mais ainda, o jogo tem tantos bugs que é necessário usar os patches. De outro modo, verificará que depressa se torna num título muito difícil de jogar. A Don View também devia ter sido mais optimizada para a

utilização do rato e do teclado. Pode parecer bonita, mas é complicado navegar nos diversos menus. Também achamos que a microgestão, especificamente as opções que dizem respeito às estatísticas e armas dos Made Men, podia ter sido melhorada. Globalmente, nota-se que houve um esforço para fazer alguma coisa de interessante com The Godfather II: criar um modelo de negócio que pudesse complementar o negócio tradicional da família, o crime. Se este é o tipo de jogo que lhe enche as medidas, força. De outro modo, dê uma vista de olhos a outras opções.

VIDA EM FAMÍLIA 1 Eis um prédio em construção que agora

2

1

está em seu poder, guardado por 13 dos seus capangas. Se se apoderar de três áreas em construção no jogo, passa a controlar toda a operação e ganha um bónus: os seus edifícios que tiverem sido bombardeados recuperam com o dobro da velocidade. 2 Uma família rival contratou 17 guardas para tornar mais seguro o ambiente de trabalho destas meninas. O que eles não sabem é que já enviou dois dos seus Made Men e um subchefe para os assassinar. 3 A maioria das empresas tem um cofre que se pode abrir, mas se precisa de uma injecção de capital, é mais fácil recorrer ao banco local. Claro que, assim, a polícia vai andar atrás de si. Mas se cobrar um favor antigo, pode tornar as coisas mais fáceis e fazer a lei olhar para outro lado.

3

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ENTRETENIMENTO Se gosta de demolir pitorescas cidades francesas, este jogo é para si

WORLD IN CONFLICT: SOVIET ASSAULT COMPLETE EDITION Volte a dizer “dos vedanya” aos seus inimigos ACESSÍVEL

EXPLOSÕES LINDAS

POUCAS NOVIDADES PARA VETERANOS

GUERRA DOS MUNDOS Uma nova funcionalidade da expansão é um controlo vocal rudimentar para chamar reforços e ataques, como Tom Clancy’s End War. É giro, mas a fórmula antiga é já tão rápida que não vale a pena ligar um microfone.

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VEREDICTO 9

Não temos a certeza se se pode considerar loucura, mas não será saudável olhar amorosamente (da forma como nós o fazemos) para uma explosão nuclear e suspirar com um sorriso nos lábios. Um ano após o lançamento do original, World in Conflict continua a ser responsável por nuvens de fogo mortíferas, e a garantir a continuidade do vício dos jogadores em novas formas de genocídio. É também um dos melhores jogos de estratégia em tempo real dos últimos anos, embora não tenha atraído o público que merecia. Tendo isso em conta, Soviet Assault não é somente uma expansão; é uma tentativa de voltar a lançar o jogo. Há duas maneiras de adquirir Soviet Assault: ou através de download, para quem tem o jogo original, ou dentro do pacote World in Conflict: Complete Edition. Infelizmente, os jogadores que referimos em primeiro lugar, ou seja, os leais, obtêm muito menos coisas do que os segundos. É estranho, pois o centro do novo conteúdo de Soviet Assault é uma campanha para um jogador que conta a história de uma Guerra Fria alternativa vista do lado russo.

Como acontece com a campanha original de WiC, as seis missões deste título dão só um cheirinho daquilo que é o jogo em modo multiplayer. Infelizmente, foram colocadas entre as missões originais. Isto exige bastante experiência de jogo aos principiantes – o ponto de vista duplo faz o jogo parecer-se com The Wire, com mais tanques. Quem o joga há algum tempo, fica com muitas coisas repetidas. A situação melhora com os dois novos mapas para multiplayer. É no modo para vários jogadores que WiC mostra o que vale, dando um papel a cada jogador – tanques, infantaria, força aérea ou suporte – que permite a todos participarem de verdade, em vez de estarem só a mexer nos detalhes da microgestão. Jogado em equipa, é o sonho dos adeptos de RTS – guerra total com uma resposta instantânea e explosiva. Os novos mapas não tiram nada à fórmula e, felizmente para os detentores de WiC original, são de download gratuito. Os principiantes encontram neste jogo um excelente RTS transformado e melhorado.

EDITOR UBISOFT ■ PREÇO AINDA NÃO DISPONÍVEL ■ CONTACTO 707 200 172 ■ MULTIPLAYER 2 A 6 JOGADORES ONLINE ■ SITE WWW.UBI.COM ■ REQUISITOS MÍNIMOS PROCESSADOR 2 GHZ, 512 MB RAM, PLACA 3D DE 128 MB


LANÇAMENTOS

Jogos online BATTLEFIELD 1943

Seja enquanto artilheiro, comandante ou piloto, a tarefa é dar o melhor nas batalhas cheias de acção da campanha do Pacífico da II Guerra Mundial. Independentemente de lutar ao lado dos Marines dos Estados Unidos ou da Marinha Imperial Japonesa, a promessa é de muita acção com tanques, caças, ataques bombistas e adrenalina. Battlefield 1943 consegue ser facilmente transformado numa versão personalizada de uma das mais famosas campanhas da História. Pode-se jogar com 24 jogadores online em três destrutíveis cenários no Pacífico. PLATAFORMA PS3 ■ EDITORA EA

WII SPORTS RESORT Wii Sports Resort surge no seguimento do já conhecido Wii Sports original, mas acrescenta-lhe alguns pormenores que serão bastante bem recebidos pela comunidade de fãs. Existe um conjunto de novas actividades que mergulham o jogador na acção de uma forma nunca antes vista. Para começar, poderão desfrutar de um cenário tropical, especificamente, uma ilha paradisíaca. O foco do jogo é o mesmo da primeira versão. Mas o ponto mais positivo relativamente a este título é o facto de aproveitar as potencialidades oferecidas pelo novo acessório Wii MotionPlus, que vai chegar também às lojas portuguesas em Junho, e proporcionará uma maior precisão no controlo dos jogos da Nintendo Wii. Permitirá, concretamente, uma maior precisão na condução de uma moto aquática, num combate de esgrima ou no arremesso de discos voadores, os três novos desportos que constam no pacote Sports Resort (Sword Play, Power Cruising, e Disc Dog, onde a personagem é um cão). PLATAFORMA WII ■ EDITORA NINTENDO

MANA KHEMIA Explorar o mundo fantástico da alquimia é o que oferece o jogo Mana Khemia. Os jogadores começam a história na Academia Al-Revis, na pele de Vayne Aurelius, um aprendiz de alquimia que tem como objectivo resolver os problemas colocados pelo professor. Este terá de superar 12 tarefas específicas e obter a classificação necessária para conseguir a graduação na Academia Al-Revis. Cada missão é avaliada em função do nível desejado e do tempo gasto a superá-la. A versão PSP pode ser jogada em modo multijogador, onde os participantes têm a possibilidade de formar equipas para perseguirem os diversos alvos. A versão PSP traz também outra novidade, que é a função de pré-instalação do jogo no cartão de memória para um carregamento mais rápido. Este título estará disponível em duas versões, Mana Khemia: Student Alliance para Playstation Portable e Mana Khemia: Alchemists of Al Revis para Playstation 2. PLATAFORMA PLAYSTATION 2 E PSP ■ EDITORA DIGITAL BROS

HARRY POTTER E O PRÍNCIPE MISTERIOSO

No jogo Harry Potter e o Príncipe Misterioso, os jogadores voltarão a Hogwarts para ajudar o feiticeiro a sobreviver ao sexto ano. Terão de travar emocionantes duelos, misturar ingredientes mágicos nas aulas de poções e subir aos ares para comandar a equipa de Quidditch Gryffindor e levá-la à vitória. Durante a jornada terão ainda de descobrir o segredo por trás da identidade do príncipe, lidar com as complicações românticas dos bruxos adolescentes e sobreviver ao sexto ano na escola de Magia de Hogwarts. PLATAFORMA WII, PLAYSTATION3, XBOX 360, PLAYSTATION2, PSP, NINTENDO DS, WINDOWS PC, MACINTOSH E TELEMÓVEIS ■ EDITORA EA

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SHOPPING

UM VERÃO MAIS AZUL... E NÃO SÓ Um Verão cheio de cor e diversão é o que Agatha Ruiz De La Prada propõe com a mais recente colecção de acessórios. Malas plastificadas, resistentes aos banhos salgados e aos restos dos castelos de areia que teimam em acompanhar os meninos para casa, ou peixinhos e nuvens para as pequenas princesas são algumas das propostas para os mais novos. Nos pés a aposta mantém-se na cor e nas aplicações. Sejam sandálias, ténis ou sabrinas..

LINIC OFERECE... UM ALFA ROMEO SPIDER!

DÊ UM B AO SEU AVATAR A B lançou uma edição especial dos seus sumos, que desafia os mais jovens a viver os seus avatares. A nova imagem das embalagens Tetra Prisma de 330 ml pede irreverência, atitude e criatividade. De Abril a Julho, a campanha Vive o teu Avatar desafia os consumidores e premeia a sua criatividade, atribuindo prémios mensais. O www. viveoteuavatar.com é o habitat natural dos avatares e será o palco onde vai decorrer toda a acção promocional. A única coisa que terá de fazer é criar e enviar um avatar. Os mais surreais e mais loucos serão premiados mensalmente. Uma PS3 com o jogo LittleBigPlanet será o primeiro prémio. No final da acção, a B premeia o melhor entre os vencedores com um voucher A vida é Bela. Esta edição especial está disponível nos sabores limonada, laranja e maçã.

A Linic vem mais uma vez comprovar que não é apenas mais um champô anti-caspa no mercado. A marca recorre à tecnologia para garantir a melhor solução para um cabelo saudável, mas não só. A Linic estabeleceu uma parceria com a Alfa Romeo e vai dar prémios. Durante a campanha, que começou no dia 8 de Maio e se prolonga durante 60 dias, a Linic oferece um depósito de gasolina por dia e um fim-de-semana de luxo, com carro e hotel à disposição, por semana. No final dos 60 dias será sorteado, de entre todas as participações, um Alfa Romeo Spider, o grande prémio final desta acção.

BURBERRY COM EDIÇÃO LIMITADA A essência do Verão perfeito é o que esconde a nova edição limitada da Burberry. O perfume de homem é fresco e leve, e deixa atrás de si uma fragrância a citrinos e madeira. O próprio frasco traduz o espírito fresco do perfume que aloja. O Burberry Summer for Men, de 100 ml, custa 43 euros.

HOMEM MADURO, PELE JOVEM A Dior lança dois novos produtos topo de gama, para homens que só querem soluções topo de gama para fazer face ao problema “efeito do tempo”. O Dior Homme Dermo System Soin Fermeté Age Control e o Dior Homme Dermo System Sérum Yeux Tenseur Défatigant destinam-se ao homem, dos 35 aos 65 anos, que gosta de cuidar de si. O segredo destes dois produtos está em três tecnologias: a ß-Ecdisona, que aumenta a resistência da superfície da pele e melhora a regeneração celular, o fosfato de vitamina E, que reforça as defesas da pele contra as agressões dos radicais livres e protege os componentes vitais das células, e o novo complexo Retensium, que exerce uma acção refirmante a todos os níveis da pele. É o adeus à pele flácida e ao olhar cansado, promete a Dior.

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PARA HOMENS COM H GRANDE Instinct é o nome da nova fragrância da Axe, criada para o homem ideal. E como é o homem ideal? Confiante, viril, másculo, mas sentimental. Para a Axe, é o Neo-Sexual. É para este tipo de homem que a Axe cria a linha Instinct, que visa transportar para os dias de hoje uma imagem de masculinidade intemporal, e a inegável sensualidade olfactiva que arrasou tantos corações femininos. A linha Axe Instinct é composta por desodorizante em spray, roll-on e gel de banho que perfumam o corpo, deixando nele o aroma de cabedal..


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| F O R M A Ç ÃO Ã O | C A S E S T U DY | O P I N I ÃO | H OTS P OT

PROFISS

LINHAS PROFISSIONAIS DA TSUNAMI RENOVADAS A marca apresenta novas configurações

As linhas profissionais Tsunami Performer e Tsunami Master da portuguesa JP Sá Couto foram renovadas. As fontes de alimentação são certificadas e actualizadas. A renovação desta linha estende-se também à tecnologia utilizada. É o caso da gama Tsunami Performer, em que uma das grandes novidades é a introdução da nova board Intel de última geração, que inclui o chipset Intel G41, permitindo que a máquina apresente uma performance superior. O destaque vai ainda para o chip gráfico Intel Graphics Media Accelerator X4500 com suporte para Direct X10 para maior rendimento. Na linha Tsunami Master foi introduzida a board Intel com ChipSet Intel Q45 e a nova VGA ATI com chip HD3450. Esta linha conta ainda com suporte da tecnologia Intel Vpro, agora actualizada com novas funcionalidades para aumentar a produtividade das empresas. J.T.

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FÓRUM DAS TELECOMUNICAÇÕES ADOPTA CONSENSO DE LISBOA

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Entre as seis conclusões do documento, contam-se ideias relacionadas com as políticas públicas no âmbito da Internet, das redes de nova geração e do acesso à banda larga

MAGALHÃES ENCERRA FÓRUM O mais novo membro da família Magalhães foi apresentado fisicamente na sessão de encerramento do 4º Fórum Mundial de Políticas de Telecomunicações. Depois da sua apresentação à imprensa, no passado dia 8 de Janeiro, João Paulo Sá Couto, administrador da JP Sá Couto, explicou que a apresentação pública do novo modelo, naquele contexto específico, «fez todo o sentido». Na realidade, durante três dias estiveram à disposição dos delegados 816 computadores Magalhães sendo que, no final do Fórum foi já possível «testar, explorar e apreender todas as potencialidades do novo portátil». Com lançamento no mercado previsto para o último trimestre de 2009, o novo Magalhães vem alargar a linha de produtos da marca e é fruto de um Memorando de Entendimento assinado entre a JP Sá Couto, a Intel e a CEIIA no passado mês de Novembro.

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Lisboa recebeu o 4º Fórum Mundial de Políticas de Telecomunicações, evento organizado pela União Internacional das Telecomunicações (UIT), o organismo das Nações Unidas para o sector. Com o intuito de debater soluções para a crise financeira global e forjar as estratégias futuras para o sector das telecomunicações, a discussão centrou-se em torno de quatro áreas: convergência, redes de nova geração, assuntos emergentes relacionados com políticas de regulação das telecomunicações e regulamento internacional das telecomunicações. No final dos três dias de debate foram adoptadas seis conclusões, designadas Consenso de Lisboa e que abrangem áreas tão importantes como as políticas públicas relacionadas com a Internet, as redes de nova geração (RNG) e o acesso à banda larga. Tocam ainda na relação entre tecnologias de informação e comunicação (TIC) e ambiente, na área das parcerias estratégicas para criar um clima de confiança e de segurança no uso das TIC, na criação de competências no apoio à adopção de IPv6 e na regulação internacional das telecomunicações. Por seu lado, em matéria de Internet, o Fórum de

Lisboa ficou marcado «por um clima de confiança mútua que abrirá o caminho a todos os governos para participar de modo equitativo na sua gestão», conforme assegurou o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), em comunicado de imprensa. Quanto às RNG, os 850 delegados dos 118 países participantes acordaram o princípio de que os Estados poderão financiar a construção das respectivas infra-estruturas para combater o «fosso digital, criando simultaneamente um regime regulatório capaz de encorajar a concorrência». Na qualidade de presidente do Fórum, o secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, defendeu a necessidade da criação de um clima de confiança no sector das telecomunicações, capaz de acelerar a retoma da economia global. Já o secretário-geral da UIT, Hamadoun Touré, salientou a importância de existir «um Plano Marshall Digital para superar a crise financeira mundial». No decorrer da conferência, e através de uma intervenção previamente gravada, a comissária europeia para a área das tecnologias de informação, Viviane Redding, referiu a intenção da Comissão Europeia de avançar com uma proposta para um pacote regulador para as telecomunicações, «que reforce a previsibilidade das normas das RNG e que preveja incentivos aos actuais operadores para aderirem à implementação das novas redes». Em resposta a esta declaração, Mário Lino, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, disse estar «de acordo com uma eventual proposta da Comissão Europeia nesse sentido», sendo «favorável a mais incentivos à migração para as RNG». O Fórum permitiu ainda ao Governo português estabelecer uma parceria com a UIT para o lançamento conjunto do Programa E-School International, cujo objectivo passa por promover a infoinclusão à escala global. Também em conjunto foi instituído um prémio anual com o objectivo de promover as iniciativas com vista ao desenvolvimento da sociedade de informação móvel, nomeadamente, nas áreas de m-learning, m-government e m-desenvolvimento. Este prémio surge na sequência do Memorando de Entendimento firmado entre Portugal e a UIT, em Dezembro de 2007, tendo sido concretizado no 4.º Fórum Mundial de Políticas de Telecomunicações. C.S.


MAIS INTERNAUTAS PORTUGUESES NOS SITES DO GOVERNO Mais de dois terços dos utilizadores de Internet em Portugal navegam em endereços governamentais Segundo dados do estudo Netpanel da Marktest, durante o ano de 2008, qualquer coisa como 77 por cento dos internautas nacionais visitaram sites do Governo quando acederam à Internet a partir dos seus lares. Na realidade, o Netpanel contabilizou 3,183 milhões internautas residentes no Continente com quatro e mais anos que acederam a sites do Governo durante o ano. Este valor representa 77,3% dos internautas nacionais. A análise em causa considera apenas os sites do Governo central, não estando por isso em análise páginas Web de autarquias locais. Durante o ano, foram visitadas 607 milhões de páginas destes sites, uma média de 191 por utilizador. No total do ano, foram dedicadas perto de 5,5 milhões de horas aos sites do Governo, uma média de 1 hora e 44

minutos por utilizador. Ainda segundo o Netpanel, no mês de Abril foi quando mais internautas visitaram sites do Governo, com 1,747 milhões utilizadores únicos. Por seu turno, foi durante o mês de Março que mais páginas destes sites foram visitadas, num total de 83 milhões. Março foi também o mês em que se contabilizou maior tempo de acesso, qualquer coisa como 931 mil horas. Março é assim o mês com maior actividade nos sites do Governo, o que se liga com o facto de ser em Março que muitos portugueses entregam pela Internet a sua declaração de rendimentos, colocando o site das declarações electrónicas no topo desta categoria. O www.e-financas.gov.pt foi o que liderou tanto em utilizadores únicos, como em páginas visitadas ou tempo despendido e a uma distância muito

significativa dos restantes. Durante o ano, foi visitado por 1 918 mil utilizadores diferentes (46,6% dos internautas nacionais), que visualizaram 218 milhões de páginas e lhe dedicaram cerca de 2,7 milhões de horas. O Netpanel diz ainda que o www.meteo.pt foi o segundo tanto em visitantes, como em páginas ou tempo despendido. Durante o ano recebeu 1250 visitantes diferentes, que visualizaram 106 milhões de páginas e lhe dedicaram mais de 697 mil horas. O www.portaldocidadao.pt foi o terceiro em utilizadores únicos, com 849 mil, ao passo que o www.netemprego.gov.pt assegurou o terceiro lugar em páginas consultadas (com 66 milhões) e em tempo despendido (com mais de 267 mil horas). C.S.

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HP PROCURVE ALARGA PORTFOLIO DE SEGURANÇA A marca enriqueceu a gama ProActive Defense Como parte integrante do portfolio de segurança ProActive Defense, a A HP ProCurve apresentou o novo HP ProCurve Threat Management Services Module, um equipamento que possui funções de firewall, virtual private network (VPN) e prevenção de intrusões (IPS). Este módulo de segurança multifunções elimina a necessidade de uma appliance separada por se integrar fisicamente nos switches HP ProCurve 8212 e 5400 e proteger as redes, os servidores e os dados em trânsito. Esta solução também integra com as já existentes soluções wireless IPS da HP ProCurve de forma a oferecer serviços de gestão de ameaças em toda a rede, com ou sem fios. Adicionalmente, a HP revelou a nova versão da suite P HProCurve Manager Plus, desenhada para ajudar as empresas a tornarem a gestão de rede segura e simples. O HP ProCurve Manager Plus permite que empresas

de todas as dimensões previnam falhas de segurança ao gerir centralmente o acesso dos utilizadores em redes com e sem fios. «Os clientes são capazes de reduzir os custos totais de segurança enquanto simplificam a complexidade da segurança de rede com o switch e os produtos de mobilidade da HP ProCurve», disse Frederico Martins, responsável da ProCurve Networking Business Portugal. Outra das novidades disponibilizadas pela HP ProCurve foi a suite de visibilidade de rede e gestão de segurança HP ProCurve Manager Plus 3.0. Esta plataforma de gestão permite aos utilizadores mapear, configurar e monitorizar redes com e sem fios. A plataforma oferece uma vista simples e em janela de toda a rede, permitindo que os clientes adicionem, personalizem e restrinjam o acesso à gestão de rede. C.M.

Frederico Martins, responsável da ProCurve Networking Business Portugal

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NOTÍCIAS

ATLANTIC FERRIES IMPLEMENTA BILHÉTICA DE CONTACTO O sistema permite controlar as lotações das embarcações de passageiros, aumentar a rapidez de acesso ao transporte e realizar a gestão e monitorização integrada de todas as transacções de venda, validação e fiscalização

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A Atlantic Ferries – Tráfego Local, Fluvial e Marítimo atribuiu à Indra a implementação de um sistema de bilhética no serviço de transporte fluvial. O projecto surgiu na sequência da aquisição por parte da Atlantic Ferries – Tráfego Local, Fluvial e Marítimo de duas embarcações ferries, cada uma delas com capacidade para 60 veículos e 500 pessoas, e duas embarcações de passageiros com capacidade para 350 pessoas. Actualmente, a exploração do serviço de ferries está a ser efectuada recorrendo ao cais existente em Setúbal e a um novo cais entretanto construído em Tróia (Sul). Para os passageiros dos futuros catamarãs serão construídos dois terminais, um no já existente cais da Ponta do Adoxe (Tróia Norte) e outro em Setúbal. O projecto entregue à Indra abrangerá o transporte colectivo de passageiros, veículos ligeiros e pesados e mercadorias entre Setúbal e Tróia. O sistema visa o fornecimento, instalação, documentação, formação, colocação em serviço e apoio ao arranque do sistema de bilhética baseado em tecnologia sem contacto ISO 14443 A/B e a respectiva assistência técnica ao referido sistema durante seis anos. Com um período de execução previsto de 27 semanas, será realizado em duas fases. A primeira está associada à colocação em serviço da venda de títulos de transporte para veículos e passageiros dos ferries (venda e controlo assistidos). A segunda fase está dependente da conclusão das obras de construção dos terminais e consistirá na colocação em serviço da

venda de títulos de transporte para passageiros dos catamarãs (venda e controlo automáticos). Com a entrada em produção deste sistema, a Atlantic Ferries vai poder efectuar o controlo automático das lotações das embarcações de passageiros e aceder de uma forma mais rápida ao transporte através de validação automática sem contacto. A companhia vai realizar a gestão e monitorização integrada de todas as transacções de venda, validação e fiscalização, com integração informática na contabilidade da empresa prestadora do serviço, assim como proteger o ambiente, através do uso de bilhetes reutilizáveis durante um a dois anos. No que diz respeito à vertente de bilhética, o sistema contempla as funcionalidades de venda de títulos de transporte para veículos e passageiros e respectiva assistência pós-venda; controlo dos embarques em termos da validade dos títulos de transporte e da lotação das embarcações; monitorização do funcionamento dos equipamentos, no âmbito da exploração e manutenção dos mesmos; obtenção de dados estatísticos e de indicadores de gestão e comunicação com o sistema de contabilidade SAP. Incluirá ainda bilheteiras e máquinas automáticas para venda de bilhetes e torniquetes e portas automáticas para validação e contagem de passageiros, além de terminais portáteis para venda, validação e fiscalização de bilhetes. C.M.


ERICSSON PRONTA PARA A IPTV

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O fabricante está a desenvolver uma série de soluções que suportam esta tecnologia

Hans-Erhard Reiter, presidente da Ericsson em Portugal

Apesar de Portugal estar ainda a viver a primeira geração da IPTV, a Ericsson vê com bons olhos o crescimento deste mercado no nosso país. Depois de ter desenvolvido uma estratégia de soluções end-to-end completa, que abrange desde a infra-estrutura até ao cliente final, passando pelo middleware, o fabricante está a revelar a sua gama de soluções, que tem como base a plataforma IP Multimedia Subsystem (IMS) e que se destina tanto ao mercado de consumo, como ao segmento empresarial. Uma das dúvidas que se levantam perante as redes de fibra óptica, enquadradas no contexto das redes de nova geração (Next Generation Networks, ou NGN), é se existe realmente uma necessidade de se ter uma largura de banda de até 100 Mbit/s disponível em casa. Para Hans-Erhard Reiter, presidente da Ericsson em Portugal, «há pouco mais de uma década também se perguntava para que é que era preciso ter 96 Kbps... Para já, pode não haver a necessidade dos 100 Mbit/s, mas ainda estamos na primeira geração da IPTV; de resto, a história mostra-nos que sempre que a capacidade existe, ela é aproveitada». O presidente da Ericsson recorda que a empresa criou há dois anos uma área de negócio que agrega todo o segmento multimédia e hoje vê-se que tinha razão para o fazer. «A televisão vai ter sempre um papel central nas nossas vidas, e isso constata-se pela aposta dos operadores de comunicações. Aliás, o futuro é muito interessante, pois, não só existe uma infra-estrutura pronta para débitos elevados, como a própria televisão evoluiu do linear para o interactivo, e alguns operadores já introduziram IPTV, ainda que de primeira geração, em Portugal.» Apresar de a IPTV ainda estar numa fase inicial, prevê-se que se torne num serviço de massas nos próximos anos. De acordo com os dados disponíveis, o mercado para os serviços de IPTV é tão grande quanto o da banda larga fixa, que nos próximos cinco anos rondará os 600 milhões de linhas de acesso. A Ericsson estima que o número de subscritores IPTV cresça de aproximadamente 14 milhões de lares registados no final de 2007 para cerca de 140 milhões esperados em 2013. Relembre-se que a Ericsson é co-fundadora e chairman do Open IPTV Fórum, um consórcio da indústria que define as especificações de interoperabilidade end-to-end para o fornecimento de serviços de IPTV. J.P.F.


SOFTWARE DE GESTÃO

FILOSOFT ANTEVÊ ANO POSITIVO Consolidar o negócio e aumentar significativamente as vendas são as principais metas para 2009

TEXTO JOÃO PEDRO FARIA

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Carlos Lopes, gerente da Filosoft Software

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Num ano em que a palavra crise domina o discurso das empresas, a Filosoft Software espera conseguir atingir objectivos ambiciosos. De acordo com Carlos Lopes, gerente, para este ano a empresa de Leiria prevê «a consolidação e o aumento da área de revenda com um aumento significativo das vendas». Deste modo, acredita que apoiará os parceiros nos contactos que estes fazem com os seus clientes habituais, proporcionando-lhes oportunidades de negócio no que concerne à comercialização de software desenvolvido pela Filosoft. A estratégia da empresa visa ainda a disponibilização serviços complementares e um conjunto multifacetado de soluções, todas elas assentes em princípios básicos de actuação bem identificados – objectivos concretos, qualidade de serviço, versatilidade, variedade e inovação, competência, transparência e total

responsabilização. Ao mesmo tempo, a empresa pretende fazer uma aposta na vertente online, estando planeado o lançamento do novo site. A Filosoft aposta em software totalmente criado e programado em Portugal. Entre as vantagens que as suas soluções oferecem, destaca-se o facto de não haver incompatibilidades legais e de as alterações de toda e qualquer novidade fiscal serem realizadas de forma automática, o que significa que a adaptação por parte do utilizador é fácil e acessível, não necessitando de formação exaustiva, ainda que a empresa defenda que o investimento nesta área seja importante e imprescindível. Outro ponto que a Filosoft realça na sua oferta é o facto de as aplicações se poderem integrar, garantindo ao utilizador a possibilidade de agrupar toda a informação sem que exista dispersão das tarefas de exploração do software, o que se traduz numa maior rapidez de análise dos dados para a tomada de decisão. «As soluções Filosoft estão em constante evolução, sendo colocadas anualmente novas versões no mercado para a maioria dos produtos», salienta Carlos Lopes. A empresa está ainda aberta às solicitações e sugestões apresentadas, de forma a poder adaptar as aplicações às necessidades dos utilizadores. Para facilitar a comunicação e o suporte com a sua rede, a Filosoft dispõe de um call center «constituído por colaboradores com grau académico superior e por especialistas em produtos Filosoft capazes de responder a qualquer dúvida não só relacionada com os produtos, como também, e em muitos casos, às dúvidas respeitantes à actividade que os produtos tratam», esclarece o gerente. Para além de visar as PME e as grandes empresas, os produtos da Filosoft direccionam-se a diversos nichos de mercado, nomeadamente cartórios e mediadoras de seguros, entre outros. O objectivo principal do software produzido pela empresa leiriense é dar resposta a todos os problemas decorrentes da actividade das empresas de qualquer ramo, abrangendo um vasto leque de produtos feitos à medida e de acordo com as especificidades de cada procedimento. A Filosoft – Soluções Informáticas, Lda. tem vindo a desenvolver software de gestão desde 1987. Sediada em Leiria, tem instaladas cerca de 22 000 licenças, conta com uma rede de aproximadamente 300 parceiros e 6 000 clientes e apresenta uma equipa de 20 colaboradores com know-how e formação superior nas áreas da informática, da gestão e da contabilidade, que garante aos utilizadores uma aposta na criação de valor acrescentado, no rigor da produção, no controlo da qualidade, na facilidade de utilização, na rapidez das actualizações e na qualidade técnica.



FORMAÇÃO

ESCOLA DIGITAL PREPARA NOVO ANO TECNOLÓGICO A oferta curricular abrange a área de Informática e pretende dar aos alunos competências culturais, científicas e técnicas ARQUIVO PCGUIA

TEXTO SUSANA ESTEVES

Luís Sebastião, director adjunto da Escola Digital

A Escola Profissional de Tecnologia Digital abriu oficialmente as inscrições para o ano lectivo de 2009/2010. A oferta curricular assegurada pela Rumos Educação abrange a área de Informática e apresenta cinco cursos no âmbito do Ensino Profissional, para os alunos que finalizam agora o 9º ano de escolaridade. Estes cursos têm a duração de três anos e dão equivalência ao 12º ano, com um certificado profissional da União Europeia (Nível III). Existem ainda três cursos que dão equivalência ao 9º ano de escolaridade. Estes encontram-se ao nível dos cursos de Educação e Formação de Jovens e dão acesso a um certificado profissional da União Europeia (Nível II). Em declarações à PCGuia, o director adjunto da Escola Digital, Luís Sebastião, fez saber que, neste momento, o número de inscrições é semelhante para a maioria dos cursos profissionais disponibilizados. No entanto, os cursos de Fotografia e de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos têm registado mais inscrições do que os restantes. Para este ano, a tendência verificada nas pré-inscrições coloca no top três os cursos de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Técnico de Fotografia e Técnico de Multimédia. Os planos curriculares dos cursos do ensino profissional são constituídos por cinco disciplinas de cariz sociocultural, duas disciplinas de cariz científico e quatro disciplinas técnicas. Todas as disciplinas estão organizadas em módulos. O aluno terá de concluir todos eles, desenvolver e defender com sucesso um projecto de final de curso demonstrativo da aptidão profissional adquirida, e realizar um estágio profissional de 420 horas.

OFERTA CURRICULAR EQUIVALÊNCIA AO 12º ANO • Técnico de Multimédia • Técnico de Fotografia • Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos • Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos • Técnico de Informática de Gestão

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EQUIVALÊNCIA AO 9º ANO • Instalação e Reparação de Computadores – Tipo II e III • Instalação e Operação de Sistemas Informáticos – Tipo II e III • Operação de Fotografia Digital – Tipo III

Esta oferta dirige-se a dois targets: alunos que tenham o 9º ano e pretendam uma equivalência ao 12º ano de escolaridade, e alunos que tenham, no mínimo, o 6º ano, e queiram terminar a escolaridade obrigatória. Luís Sebastião referiu que o número de alunos tem vindo a aumentar de ano para ano, facto que atribui não só ao destaque que o Ministério da Educação tem dado aos cursos profissionais e ao investimento no Programa Novas Oportunidades, mas também à qualidade que a escola faz questão de garantir em termos de docentes, de cursos especializados e de oportunidades. Todos estes cursos se encontram isentos de propinas. No final de cada curso, o aluno tem a oportunidade de fazer um estágio numa empresa parceira da Escola Digital na área profissional. «A Escola Digital possui um Gabinete de Estágios e Integração Profissional que funciona como uma UNIVA e que se encarrega, em conjunto com o director de cada curso, de colocar os alunos em estágio, agendando as entrevistas e acompanhando a sua integração», explicou Luís Sebastião. A Rumos, o Grupo PT, a Novabase, a KPI Solutions, o INATEL, a CM de Lisboa e a Trendis são apenas algumas das empresas que recebem os recém-formados. Este executivo garantiu que cerca de 60% dos alunos conclui o curso no final do triénio respectivo, e os restantes no ano seguinte. «Estes 40% dos alunos, embora sem o curso concluído, estão na esmagadora maioria já activos e devidamente integrados profissionalmente numa área de actividade próxima do curso frequentado», sublinhou Luís Sebastião. A pré-inscrição pode ser feita em http://www.escoladigital.com/cand_alunos.rumos, ou presencialmente nos serviços de Secretaria ou Mediateca, no Campo Grande 56. Após a validação dos dados pessoais, habilitações e escolhas de curso, é pedida aos uma prova de selecção onde são aferidos alguns conhecimentos base de Matemática e Português, demonstrativos de que o aluno possui um nível de conhecimentos adequado às exigências do curso a que se candidata. Conhecido o seu resultado, os candidatos são entrevistados pelo responsável do curso que escolheram, que avaliará os aspectos psicotécnicos e a motivação do candidato. O processo de selecção dos alunos pré-inscritos terá início em Junho.



CASE NOTÍCIAS STUDY

João Galvão, responsável pelo Departamento de Informática do Banco Mais

BANCO MAIS IMPLEMENTA VPN-IP DA COLT A rede interliga o negócio em Portugal e além-fronteiras e servirá de base à instalação de serviços mais avançados TEXTO JOÃO PEDRO FARIA FOTOS VÍTOR GORDO O Banco Mais, SA é uma empresa financeira especializada no crédito ao consumo. Focalizada no financiamento de veículos automóveis usados, marca presença em Portugal, Hungria, Espanha, Eslováquia e Polónia, países onde detém 38 balcões, ou estruturas comerciais e pontos de apoio aos comerciantes de veículos automóveis. Desde o início, em 1987, que o Banco Mais aposta forte nas tecnologias de informação, consideradas como um factor crítico de sucesso. O estabelecimento de uma rede de balcões e a sua interligação com o ponto central que albergasse toda a estrutura de sistemas, facilitando o controlo e a gestão de toda a informação, foi desde logo estabelecido como prioridade estratégica para a realização do negócio da empresa. «O Banco Mais acompanhou sempre as evoluções tecnológicas em termos de comunicações, tendo inicialmente estabelecido uma rede em X25, subsequentemente passado para Frame-Relay até à actual Virtual Private Network em IP (VPN-IP), considerando sempre a relação custo/benefício de cada

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solução», esclarece João Galvão, responsável pela Direcção de Informática. Nesse sentido, a implementação de uma rede VPN-IP foi um passo importante para o negócio do Banco Mais na medida em que «permitiu incrementar funcionalidade e disponibilidade aos sistemas que actualmente utilizamos».

EVOLUÇÃO DA VPN-IP Há vários anos que o Banco Mais utiliza uma VPN-IP. Porém, João Galvão considera que a implementação realizada recentemente pela Colt «foi a mais completa até agora feita na empresa», sendo vista como «um enorme passo no sentido de possuir uma estrutura de comunicações estável e com um desempenho que até então não tinha sido possível obter». A rede definida e implementada em conjunto com a Colt abrange não apenas os dados, como também os sistemas de voz, permitindo ao Banco Mais ter uma maior versatilidade na abertura de novos balcões e outros pontos da rede, e ainda obter poupanças em todas as

vertentes da comunicação, nomeadamente na voz. Em termos de infra-estrutura de rede, o Banco Mais possui um centro de dados em Lisboa no qual estão instalados os sistemas que servem todas as operações. Para além dos sistemas de base de dados e de serviços, também estão instalados centralmente os switches de voz (que servem todos os países), havendo no entanto gateways de voz no nó principal de cada país. «Existem ainda dois pontos de operação alternativos, instalados em Portugal e na Hungria, que permitem continuar a operação com o mínimo de impacte no negócio em caso de desastre», salienta João Galvão. O nó principal em Lisboa possui linhas redundantes de 34 Mbit/s em fibra óptica. A interligação com os balcões é feita a 2 Mbit/s quer através de linhas directas, quer através de ADSL. A interligação com as operações internacionais é feita por linhas de 4 Mbit/s. Segundo o nosso interlocutor, «toda a rede foi configurada em full mesh para que seja possível que os diversos pontos comuniquem entre si sem a dependência do ponto central».


Todos os pontos de rede possuem ainda meios de backup, que vão desde os pontos menos críticos, em que são utilizadas linhas RDIS ligadas à VPN, até aos mais críticos, em que se recorre a redundância de linha quer com dupla ligação, quer com garantia de caminho alternativo. «É o caso do centro de recuperação na Hungria, assegurado pela Colt através do seu nó em Viena, na Áustria», explica João Galvão. Ainda de acordo com o responsável, «a utilização da VPN-IP permitiu encapsular sobre este meio de comunicação os diversos protocolos utilizados internamente, e que incluem puro TCP-IP, HTTP, HTTP, RDP e VoIP, entre outros». Por sua vez, o serviço prestado pela Colt através da VPN-IP «consiste na interligação e gestão de todos estes pontos de rede, no fornecimento da maioria dos sistemas e serviços de voz, sendo que a Colt fornece e mantém ainda os equipamentos necessários a esta interligação».

OBSTÁCULOS E MOTIVOS DA ESCOLHA Um dos maiores obstáculos que o projecto enfrentou prende-se com a diversidade e dispersão dos pontos de rede que era necessário interligar, bem como a panóplia de serviços a que a VPN-IP teria que responder. «A interligação dos diversos pontos da rede do Banco Mais a um nó central, permitindo no entanto que os diversos pontos comuniquem entre si, era algo que só poderia ser realizado, de uma forma segura e bem-sucedida, por um operador internacional com capacidade de possuir uma rede tão alargada como a Colt possui», justifica João Galvão. Outro dos desafios para o qual nos foi possível obter uma resposta com esta solução tem a ver com a instalação de um cal center central que servisse as operações de Portugal e Espanha, com gateways de voz locais, «permitindo assim economias de escala consideráveis». Segundo João Galvão, o processo de implementação demorou cerca de um ano, tendo sofrido alterações ao longo do percurso. «Os primeiros passos foram no sentido de substituir o operador internacional, ligando todos os pontos centrais (sedes de cada país). De seguida, foi feita a ligação das delegações de Portugal bem como os sistemas de backup. Por último, foram conectadas as delegações de Espanha sobre sistemas de ADSL.» Apesar de não haver até agora qualquer envolvimento com a Colt (as comunicações nacionais e internacionais do Banco Mais eram feitas através de diversos operadores), João Galvão destaca alguns factores que fizeram a diferença na altura de escolher: «Durante a fase em que recolhemos propostas, verificámos que a Colt era a empresa que oferecia a solução globalmente mais credível, tendo tido sempre a preocupação, quer durante a fase inicial, quer já depois na fase de implementação, de procurar ajustar a sua oferta às reais necessidades do Banco Mais.» Por outro lado, pesou a estratégia do Banco Mais de, «tal como em todas as parcerias que faz, ter um e só um fornecedor para determinada área de negócio como forma de obter um serviço abrangente, de qualidade e um processo facilitado de gestão», destaca João Galvão. O projecto não poderia ter sido implementado sem uma estreita colaboração com a equipa de TI do Banco

Mais. No âmbito geral desta parceria, os serviços prestados vão muito para além do simples fornecimento e gestão dos meios de comunicação, envolvendo também questões como os acessos à Internet, a transferência e gestão de domínios, o fornecimentos e a gestão através das plataformas da Colt de números inteligentes 800, 808 e 700, a portabilidade e a disponibilização de numeração telefónica nacional e internacional, a disponibilização de primários E1, de linhas analógicas e de RDIS e ainda a interligação a outras entidades com as quais o Banco Mais necessita de estabelecer comunicações. «O planeamento foi essencial para a implementação de todo o projecto; para isso foi necessário a colaboração de todas as partes envolvidas», sustenta João Galvão. Em termos de qualidade de serviço, a gestão da VPN é feita pela Colt, sendo que existem acordos de SLA estabelecidos e uma cadeia de escalamento de incidentes, bem definida, em caso de necessidade. De acordo com o responsável pela informática do Banco Mais, «a interface de ligação entre as duas organizações é feita essencialmente através de Portugal; em muitos pontos existem contactos locais que nos permitem aceder directamente aos serviços da COLT em cada país». João Galvão salienta que «esta forma de gestão facilita muito todo o processo de implementação e mitigação de avarias, trazendo ainda benefícios mútuos, até porque a barreira linguística é assim ultrapassada».

BALAÇO E PERSPECTIVAS Contando com aproximadamente 550 funcionários (dos quais cerca de 350 operam em Portugal), o Banco Mais faz até ao momento um balanço bastante positivo da parceria que estabeleceu com a Colt. «Existe, muito para além do negócio, uma preocupação genuína de adequação do serviço às necessidades do Banco Mais, permitindo assim uma relação de confiança entre as duas empresas.» Nos próximos anos, o Banco Mais pretende expandir a sua rede quer em termos nacionais, quer em termos internacionais. João Galvão defende que o processo de comunicação deve ser encarado de forma global. «Se no nosso caso os dados e voz já se encontram sob uma mesma plataforma, no futuro, também a imagem deve ser encarada da mesma forma, permitindo-nos assim facilitar o processo de comunicação interno e até o serviço aos nossos clientes.» Será a Colt o parceiro eleito para esta futura expansão da rede? A resposta do responsável de informática é clara. «Num mundo em que os processos de negócio estão em constante mutação e em que o time to market é fundamental, é importante que as empresas possuam fornecedores com capacidade de as acompanhar nestes processos; e, neste caso, é convicção do Banco Mais que a Colt é, na área das comunicações, o parceiro indicado para atingir esse objectivo.»

«O PLANEAMENTO FOI ESSENCIAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE TODO O PROJECTO»

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OPINIÃO

José Paulo Santos, teaching and learning consultant to Portugal da Promethean

SOLUÇÕES INTERACTIVAS NO ENSINO SÃO OBRIGATÓRIAS PARA AS NOVAS GERAÇÕES

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uatro paredes, um professor, um giz usado, livros deteriorados e mesas escritas com os mais diversos símbolos do tipo «Zé esteve aqui». Recorda-se como eram as aulas antigamente? Na era da educação digital os cadernos interactivos substituem os cadernos tradicionais, os colegas podem estar a vários quilómetros de distância e podem conversar através de videoconferência, graças à interface digital dos quadros interactivos. Os professores fascinam com as suas aulas baseadas em sistemas electrónicos de regulação das aprendizagens e lições audiovisuais. Assim será a aula do futuro ou, melhor dizendo, do presente. Há quem veja este desenvolvimento como uma ameaça face aos métodos tradicionais de ensino, que “digitaliza” a aula e limita as relações sociais, quando os quadros nada substituem mas sim complementam os métodos de ensino tradicionais. Se pensarmos bem, temos em nosso redor a prova de que vivemos numa era digital e da modernização e de como dependemos cada vez mais das tecnologias. O mundo move-se cada vez mais rápido e dependemos dos professores para preparar a nova geração para os desafios que temos pela frente. Os conhecimentos informáticos e de aprendizagem de tecnologia são, por isso, aptidões imprescindíveis para o futuro. Com todo o direito do mundo, as crianças converteram-se nos campeões desta era digital, estando muito habi-

tuadas à utilização de computadores, consolas e outros elementos tecnológicos, ao viver num mundo de três dimensões com luzes, movimento e munidos de cada vez mais tecnologia. Para chamar a sua atenção, as aulas, que estão agora com duas dimensões, devem sofrer uma revolução. Navegar pelo Amazonas, ouvir um furacão, falar com um poeta… as possibilidades da educação multiplicam-se até ao infinito graças às novas soluções educativas. Como profissional e pai de filhos com idades para frequentarem a primária sempre me mantive em contacto com professores e pais de alunos e, como eles, preocupado com a pouca presença de elementos tecnológicos na sala de aula. Os nossos filhos crescem num mundo interactivo e digital e as aulas são para eles um ambiente desfasado que pouco tem que ver com a realidade actual. Esta nova forma de aprendizagem não só beneficia os alunos, como também os professores. Trabalhos relacionados com o armazenamento de avaliações manuais dos alunos ou a recompilação da informação de cada lição vêem-se drasticamente reduzidos, graças às novas soluções interactivas para as aulas. É para isso também fundamental a constituição de comunidades online de intercâmbio de informação entre profissionais empenhados no uso de ferramentas interactivas, centros de armazenamento centrais onde os professores possam encontrar lições gratuitas, inspiração interactiva e ideias para a utilização de tecnologias interactivas distintas. Desta forma, o professor dispõe de mais tempo e

ESTA NOVA FORMA DE APRENDIZAGEM NÃO SÓ BENEFICIA OS ALUNOS, COMO TAMBÉM OS PROFESSORES

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recursos para investir no desenvolvimento e avaliação das capacidades do aluno. Outro dos benefícios que as tecnologias interactivas trouxeram foi a possibilidade de oferecer um apoio adicional aos alunos e a todos os níveis do sistema. Desde sempre, os métodos de aprendizagem centraram-se na capacidade de memorização, e todos os que tinham menor capacidade de atenção ou falta de confiança em si mesmos possuíam uma tremenda desvantagem. Um exemplo de como a aprendizagem interactiva reduziu este problema é a capacidade de resposta personalizada, sistemas pessoais de mão desenhados para animar e fazer participar todos os alunos na aula. As respostas podem ser anónimas, permitindo que apenas o professor saiba de quem é cada uma, assegurando assim que até o aluno mais inseguro tenha voz. Por outro lado, permite que o professor saiba onde dar mais ênfase nas suas lições. A aprendizagem interactiva é uma forma revolucionária, não só por potenciar o nível de atenção dos alunos e aumentar a confiança que estes têm em si mesmos, como também para ajudar todos os que têm necessidades especiais, como é o caso da dislexia. A sociedade começa a ter consciência da importância da tecnologia na sala de aula, nomeadamente o Ministério da Educação português, que efectuou agora um acordo para munir as escolas nacionais com tecnologias de ensino interactivo. Este passo inovador surgiu depois da abertura de um Concurso Público Internacional, promovido pelo Plano Tecnológico da Educação, que levou ao estudo das várias tecnologias disponíveis no mercado. O Ministério da Educação português vai equipar todas as escolas do 2º e 3º ciclos e do Ensino Secundário com tecnologias interactivas, dando às escolas os alicerces para desenvolverem um ensino interactivo e com vista ao futuro, melhorando as aprendizagens de milhares de alunos. As investigações realçam o facto de cada aluno aprender e recordar de forma totalmente distinta. Aponta também para os variados índices de confiança e capacidades dos mesmos. Os sistemas de ensino interactivo oferecem um mundo de soluções para todos os estilos de aprendizagem e para cada aluno do ponto de vista individual, todos os dias e sempre que seja necessário. É com base nestas tecnologias que podemos dizer que o ensino nunca mais será o mesmo.



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COMPUTAÇÃO EM NUVEM DOMINA ATENÇÕES Será o cloud computing a próxima grande evolução tecnológica, ou apenas mais do mesmo com uma nova designação? TEXTO SUSANA ESTEVES FOTOS ARQUIVO PCGUIA

Se há expressão que está “na moda” nas conferências, debates e discursos sobre as mais variadas temáticas é cloud computing, ou como foi adoptado em português, computação em nuvem. Apesar de já existir uma parcela do mercado a perceber o que este “palavrão” arrasta atrás de si, há ainda uma fatia

ESTE CONCEITO É USADO ACTUALMENTE SEMPRE QUE QUALQUER PESSOA ACEDE AO WEBMAIL

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considerável na fase da curiosidade pelo assunto, a tal fatia que os grandes nomes que levam esta bandeira pretendem evangelizar. Empresas como a Amazon, a Dell, a HP, a IBM, a Intel, a Microsoft e a Yahoo já anunciaram planos e investimentos na área, e a Gartner, ainda não há muito tempo, referiu-se ao cloud computing num dos seus relatórios como «uma das três mais importantes tendências emergentes nos próximos três a cinco anos». Importância difícil de refutar? Apesar de a computação em nuvem ter como evangelizadores alguns dos maiores nomes do mercado das tecnologias da informação, existem vozes que fazem questão de questionar certos predicados e vantagens atribuídos a este conceito, contrariando os pontos-chave promovidos. O desequilíbrio começa na própria definição, ironicamente indicada como ainda “nublada” por alguns especialistas. A computação em nuvem aparece definida como um modelo em que a computação (processamento, armazenamento e software) está alojada num local remoto, ao qual as empresas acedem via Internet.


Transpondo isto para um uso mais prático, significa que as empresas clientes não necessitarão de ter mais do que um PC ou laptop na sua empresa, uma vez que toda a componente de computação, aplicacional e de serviços está a ser garantida por uma empresa que assume toda esta responsabilidade. O cliente terá acesso a tudo o que teria, se fosse dono de uma infra-estrutura alojada nas suas instalações, mas este é feito remotamente, de forma totalmente transparente para o utilizador, que está despojado das responsabilidade de gestão, actualização, disponibilização e segurança de todo o sistema e soluções em uso. Soa a “já visto”? Na realidade, o cloud computing não inventou a roda. Este conceito é usado actualmente sempre que qualquer pessoa acede ao webmail (Hotmail, Gmail, Yahoo Mail ou qualquer outro). O acesso à conta é feito remotamente, a qualquer hora e em qualquer lugar, e as mensagens, contactos e histórico estão armazenados num servidor alheio. O mesmo acontece quando trabalhamos com o Google Docs, ou quando guardamos ficheiros, fotos, ou vídeos em serviços online. O que está a prender as atenções é que tudo o que o cloud computing acarreta está agora a ser transposto para um campo empresarial, onde os argumentos custo e simplificação de processos ganham cada vez mais peso. Mas, mesmo neste cenário, há quantos anos o sector já ouve falar em serviços de ASP, de alojamento, de grid computing, entre outros? Afinal, qual é a diferença entre o que existia antes e o que se oferece agora como sendo o futuro? A oferta da computação em nuvem é global e não se restringe às aplicações ou à contratação de um ciclo de computação. Um dos pilares do cloud computing é a consolidação dos recursos de hardware. O cliente tem sempre acesso à estrutura de hardware que necessita e não tem de a gerir ou sequer actualizar, o que lhe proporciona uma economia de custos. Um dos exemplos mais mediatizados foi o da Amazon.com que, para responder ao acréscimo significativo de acessos registados na época do Natal, investiu alguns milhões no reforço da sua infra-estrutura, subaproveitada o resto do ano, sublinhe-se. Em 2006, a empresa lançou dois serviços abertos ao público que lhe deram estatuto de caso em estudo no cloud computing: o Simple Storage Solution (S3), que permite a compra de espaço de armazenamento para ficheiros, e o Elastic Compute Cloud (EC2), que possibilita a utilização de máquinas virtuais. O New York Times, por exemplo, recorreu a estes serviços da Amazon (EC2 e S3) para gerar, no espaço de 24 horas, PDF dos 11 milhões de artigos que tinha arquivados. Se traduzirmos isto para o cenário empresarial português, a escala é obviamente diferente, mas o cerne da questão é o mesmo. O recurso a este esquema significa para as empresas o acesso a uma economia de escala. Estas não precisam de investir em hardware, sistemas, gestores de sistemas, formação de recursos, entre outros itens, simplesmente porque são apenas “assinantes” de um serviço garantido por alguém que assegura tudo isso. No caso português, isto significa, em último caso, que a empresa pode ter no escritório apenas um laptop com acesso à Internet, e não tem de

ORACLE Pedro Lopes, principal sales consultant Technology Solutions

A estratégia da Oracle para o cloud computing pa ssou pela criação de novos modelos de licenciamento dos seus produtos e pela criação de novas ofertas e serviços para a nuvem. A Amazon inaugurou a lista de parceiros (em Setembro de 2008). Actualmente existem imagens (Amazon Machine Images, AMI) de software Oracle prontas a correr na cloud. Os clientes Oracle podem licenciar a ba se de dados Oracle11g, as soluções Fusion Middleware, Oracle Enterprise Manager e Oracle Enterprise Linux e corrê-las na Amazon Web Services’s Elastic Compute Cloud (EC2). Para efectuar cópias de segurança, existe também uma solução. Com o Oracle Secure Backup Cloud Module é possível utilizar o Amazon Simple St orage Service (Amazon S3) como destino para os backups. As vantagens do cloud computing pa ssam por uma redução de custos com hardware e serviços de inst alação (redução do CapEx), o que faz com que se consiga disponibilizar uma no va aplicação (serviço) em menos t empo. Os acordos de níveis de serviço (SLA) com penalizações financeiras por incumprimento também protegem o cliente. Por outro lado, existe alguma perda de controlo (por exemplo, dos dados). Terão que ser estabelecidas regras mais apertadas de utilização, partilha e segurança. A restrição actual nas redes de comunicação e a taxa de crescimento da informação poderão também ser limitativos. Para além de todos os mecanismos de segurança existentes na plataforma cloud computing da Amazon, é possível mitigar o risco de e xpor os dados na “nuvem”, recorrendo a funcionalidades únicas da Oracle, como o Database Vault. A actual crise financeira mundial propicia um ambiente favorável à adopção do cloud computing. O segmento de mercado que terá mais apetência será o das PME, pela pressão que existe para reduzirem custos e mostrarem resultados mais depressa. As grandes empresas sentirão alguma resistência em adoptar, num futuro próximo, este tipo de modelo público de cloud computing, e devido a algumas pressões internas poderão ter que adoptar um modelo próprio de cloud computing (interno à organização). Com esta abordagem conseguirão manter o controlo e segurança, bem como dar uma mais r ápida resposta a necessidades de negócio, controlando custos.

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PRO CASE STUDY HOTSPOT NOTÍCIAS

EXISTEM DOIS PONTOS DE ATAQUE PRINCIPAIS: SEGURANÇA E CONFIANÇA

investir milhões a pensar no futuro, uma vez que pode ir ajustando os serviços contratados à medida que o seu negócio vai crescendo.

O “MAS” DO COULD COMPUTING Que nódoa então poderá cair neste pano aparentemente tão limpo? Existem dois pontos de ataque principais: segurança e confiança. No entanto, fala-se também de questões como a latência e os níveis

EMC Vítor Baptista, EMEA South partner development manager da EMC A principal razão para a adopção de uma solução de cloud computing é a utilização de um serviço de TI (e-mail, aplicação, entre outros), sem ser necessário adquirir e manter uma infra-estrutura de TI. Desta forma, as organizações procuram reduzir os custos, por vezes elevados, associados à aquisição, operação e manutenção dos serviços de TI fundamentais para a sobrevivência da organização. Neste sentido, esta abordagem começa a ser avaliada pelas organizações como uma alternativa a uma abordagem tradicional, inclusivamente pelas organizações nacionais e, em particular, pelas pequenas e médias empresas. Na realidade, a maioria das organizações pretende adoptar o cloud computing em áreas específicas e não de forma global. Actualmente a procura está focalizada na externalização de serviços de e-mail, ba ckup, disaster recovery ou aplicações, como a Fofice. Pode-se dizer que é uma adopção faseada, que procura testar a eficiência do modelo e validar aspectos que normalmente estão associados aos serviços de TI, como validação dos níveis de serviço contr atados, segurança ou análise do custo/benefício. No que diz respeito ao mercado nacional podemos dizer que ainda estamos numa fase algo incipiente, ou seja, apesar de já e xistir alguma oferta nesta área, por exemplo, da EMC Portugal, as organizações ainda mostram alguma retracção quando têm que decidir entre o modelo in-house e o cloud computing. Também é de destacar o forte desenvolvimento dos modelos de outsour cing e hosting, que em Portugal têm registado um crescente interesse e adopção, seja em grandes organizações, seja em PME. Na área do cloud computing, a EMC Corpor ation tem tido um papel fulcral através da evangelização do mercado e da criação de soluções desenhadas de raiz. Foi inclusive criado um novo departamento na EMC dedicado ao cloud computing: www.decho.com.

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de serviço. Se há algo com que o cliente vai ter de se preocupar e ver garantidas são as condições de segurança. Se a empresa 123 & Filhos possuir uma estrutura própria, por muito complexa que seja, terá menos possibilidade de sofrer um ataque hacker direccionado, do que uma grande empresa que forneça serviços de cloud computing a uma lista de clientes apetecíveis. É obrigatório questionar que garantias são dadas aos dados em caso de ataque ou acidentes, e como é que o fornecedor do serviço responde a problemas de segurança e de arquitectura. O outro ponto diz respeito à confidencialidade dos dados. Estamos aqui a falar de todas as empresas que simplesmente trabalham com dados críticos ou sensíveis. Confiar este tipo de informação a terceiros significa que o cliente terá de saber com quem está a trabalhar, uma vez que estes estão a ser processados num local exterior à empresa, se calhar num outro país. Neste caso, será que os dados do cliente estão abrangidos pelas leis de privacidade de dados do seu país de origem, ou têm de aceitar a jurisdição do local onde estão os servidores? E se o fornecedor falir? A empresa terá direito aos dados e controlo dos mesmos? Isto pode exagerado, mas a verdade é que

GOOGLE Carlos Gracia Armendáriz, director da Google Enterprise Portugal e Espanha.

Cloud computing poderá definir-se como qualquer conjunto de dados e aplicações executáveis remotamente, fora da sua infra-estrutura. No entanto, esta definição pode ser feita a partir de diversos ângulos. Podemos falar da sua arquitectura como um conjunto de serviços e dados que coabitam num mesmo espaço, ou podemos encarar o termo cloud computing do ponto de vista dos serviços prestados via Internet, a utilizadores e empresas. Associada a estes serviços está a dinâmica e a capacidade de reconfiguração sem necessidade de intervenção dos utilizadores, o desaparecimento de versões de software e a cobrança pelo seu uso na modalidade de licenciamento que conhecemos por SaaS (software as a service). O cloud computing tem como principais vantagens a poupança, diminuição dos custos, e a melhoria na qualida de do serviço com uma r edução substancial das tarefas de administração e implementação. Os custos anuais directos e indirectos dos serviços de corr eio electrónico, por via das plataformas tradicionais são bastante elevados: cerca de 175 euros, contra os 40 euros do Google. O serviço Apps par a empresas, da Google, inclui também uma plataforma informática online, de ferramentas de comunicação e colaboração, que confere às empresas uma maior eficiência e rentabilidade. A decisão de adoptar o cloud computing poderá suscitar incerteza, principalmente quando se abordam matérias como a segurança, privacidade e protecção de dados. Assegurar a inviolabilidade das três áreas é o grande desafio dos fornecedores de cloud computing, e os departamentos de TI não podem pura e simplesmente converter estes pontos vitais em meras objecções sem que antes os compreendam e avaliem detalhadamente. Qual é o administrador de correio electrónico que verá com bons olhos a e xternalização do correio electrónico da empresa? A Google acredita que por detrás destas objecções está inerente o medo, compreensível, da mudança. Porém, estas alterações estão aí e vão acrescentar valor à empresa.


existe um exemplo muito pouco inspirador. A fornecedora Linkup cessou inesperadamente toda a sua actividade no dia 8 de Agosto de 2008, informando depois que apenas 55% dos dados dos seus clientes foram resgatados. O problema começou quando a empresa tentou iniciar um programa de migração de dados. Os mais críticos estendem ainda os contras do cloud computing ao green IT. Se há uma facção que defende que a computação em nuvem é o esquema de computação mais amigo do ambiente, porque consegue concentrar em locais específicos grandes blocos de servidores, existe outra que questiona se isto será realmente verdade, alegando que até agora esta é apenas uma teoria, uma vez que as empresas que providenciam estes serviços nunca divulgaram o consumo energéticos das chamadas farm servers. Independentemente das opiniões, a verdade é que o cloud computing está a conseguir prender a atenção de muitas empresas que procuram simplificar o seu negócio e que acham que a nuvem vai permitir remover uma camada do seu organigrama bastante complexa, de difícil gestão e que carreta regularmente alguns custos.

MICROSOFT Henrique Carreiro, director da

unidade de negócio Soluções para Infotrabalho

Conhecida por disponibilizar soluções tecnológicas para computadores de secretária, com o advento da Internet, a Microsoft foi desenvolvendo uma gradual estratégia de expansão do alcance dessas soluções para os domínios da rede e hoje é incontornável um utilizador considerar o portfolio de produtos da empresa como um complemento linear e simbiótico entre o software residente nos computadores e os serviços efectuados na e a partir da Web. A materialização deste conceito de computação onde a informação reside ora nos computadores, ora na rede é designada, no léxico da Microsoft, por Software + Serviços. E para corporizar a aposta estratégica em serviços como complemento do software residente, a Microsoft está a transformar alguns dos seus produtos emblemáticos, para os colocar a funcionar a partir dos dois mundos: o físico e o online. Em Abril, a Microsoft passou a disponibilizar para Portugal uma linha de soluções online, que inclui a s versões do Exchange (correio electrónico), do Sharepoint (colaboração e gestão documental) e Livemeeting (áudio/vídeo conferência). Adicionalmente, irá disponibilizar o Office Communications Online, para mensagens instantâneas e de presença, e o Business Pr oductivity Online Deskless Worker Suite, o serviço mais económico de corr eio electrónico, de agenda e de colaboração para o utilizador ocasional. Os novos serviços de computação na rede, a partir da Web, criam novas possibilidades, permitindo às empresas controlar custos e fazer mais com menos recursos, sem afectar a produtividade dos colaboradores. A pensar neste novo modelo de negócio, a Micr osoft tem vindo a investir em tecnologias de segurança e na gestão de sistemas remotos, de modo a permitir aos clientes usufruírem dos mesmos níveis de segur ança quer os sistemas residam na empresa, quer em fornecedores externos. Estes serviços são disponibilizados em conjunto com os parceiros Microsoft, que têm assim a possibilidade de introduzir e acompanhar os seus clientes nesta nova forma de encarar as plataformas de TI empresariais. Os clientes têm a possibilidade de aceder a uma ver são de teste gratuita em www. microsoft.com/online.

IBM José Eduardo Fonseca, chief technologist officer, IBM Portugal

Vivemos hoje num ambiente económico desafiante que tem motivado as empresas a repensarem os seus modelos de negócio e de TI. É nest e contexto que surge o cloud computing, assumindo-se como uma vantagem competitiva forte para as empresas, na medida em que ajuda a ender eçar a redução dos custos associados às tecnologias da informação, potenciando a capacidade disponibilizada pelos produtos actualmente existentes. Apesar de ainda não estar numa fase madura de adopção, o mercado português começa agora a despertar para esta tendência na forma de gerir e disponibilizar tecnologia. As vantagens são evidentes: através da virtualização, por exemplo, é possível r eduzir a despesa com hardware, software e facilities (com especial enfoque na componente de espaço e energia). Também a estandardização pode reduzir os custos operacionais e, quanto mais longe chegar, mais hipóteses terá de reduzir a componente de esforços de gestão e indisponibilidades, claramente dos itens que mais têm crescido em termos de custos operacionais com TI. Sendo a segurança uma das condições para garantir o sucesso deste modelo, a IBM t em vindo a investir na s duas vertentes de cloud computing (clouds pública s e privadas). As clouds privadas têm um controlo elevadíssimo de segurança, devido à sua pr ópria arquitectura e, no caso das clouds públicas, a IBM disponibiliza um conjunt o de soluções de serviços e gestão de segurança. O reconhecimento do cloud computing pelo mercado nacional será, por tudo isto, incontornável e a cur to prazo.

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NOTÍCIASDO GATO BLOGUE

QUE SORTE TÊM OS CANADIANOS! Ainda bem que continua a haver pessoas de bom senso..

Veio a público recentemente que os parlamentares canadianos não querem que os vídeos dos trabalhos dos comités e das comissões de inquérito cheguem às mãos do público, escudando-se atrás das leis de copyright do país. Já pensaram se isso acontecesse em Portugal? Acabava aquela coisa a que se chama ARTV. Penso que ninguém ficava muito desgostoso, para além da audiência média de 10 pessoas, as únicas que têm paciência para ver aquilo. É que nem para os que têm insónia aquilo serve porque não passa à noite... Por outro lado, o Parlamento Europeu decidiu votar a favor das alterações à lei europeia das

telecomunicações, que servem para proteger o direito à privacidade de todos os que navegam na Internet. Lembro que, se a lei tivesse sido aprovada como estava, passava para o lado dos ISP a tarefa de policiar a Internet, dando-lhes o direito de cortar a ligação a todos os que acedessem ou tentassem aceder a sites com conteúdos considerados piratas, ou qualquer coisa parecida. Tudo isto sem qualquer tipo de supervisão por uma entidade judicial... Eu não sou a favor da pirataria, mas também acho que este é um daqueles problemas que não têm resolução, por várias razões. Por exemplo: a falta de censura social no que respeita à cópia de conteúdos, a falta de informação, a falibilidade de todos os sistemas de protecção presentes e futuros, a ganância de todos os que residem nas várias instâncias das cadeias de distribuição de conteúdos, as leis de copyright, etc. Eu até posso dar um exemplo prático. Porque é que não se pode comprar um livro em formato digital na Europa através da loja online de livros da Sony ou da Mobipocket? Mas, se se quiser, já se pode comprá-lo em papel na Amazon. Podem dizer-me qual é a diferença? Não há... Mas, segundo a lei de copyright invocada por essas lojas, existe diferença, ainda que imaginária. Depois, o que é que acontece? As pessoas vão ao Piratebay, Mininova, Emule ou qualquer coisa do género e descarregam o que querem. À borla. E quem é que fica a perder? Todos os que podiam ganhar dinheiro com estas transacções, desde o Estado aos autores. Depois há quem se queixe, faça lobby junto dos governos e dos parlamentos de forma a causar um efeito que leva à criação de mais leis absurdas e que não servem para nada, fazendo com que os problemas se perpetuem em vez de serem resolvidos com bom senso. Voltando aos canadianos. O facto de estarem mesmo ao lado dos EUA faz com que as pressões sobre o Governo e o Parlamento sejam enormes, o que mais cedo ou mais tarde vai resultar na passagem de leis de copyright mais restritivas. Nós ao menos ainda temos o Atlântico de permeio. Sorte macaca, a dos canadianos!

Veja mais em

bloguedogato.blogspot.com 130 | PCGUIA




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