PCGuia 168

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PCGUIA

WINDOWS MOBILE 6.5 A PRIMEIRA ANÁLISE

ASUS MARS UMA PLACA GRÁFICA DE OUTRO PLANETA

NOVEMBRO 2009

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PCGUIA TECNOLOGIA SEM LIMITES

I

NOVEMBRO DE 2009

I

WWW.PCGUIA.PT

WINDOWS 7

GANHE

3 LICENÇAS DO

WINDOWS 7 ULTIMATE VEJA COMO NO INTERIOR

PARA LÁ DA TEORIA • INSTALAÇÃO EM DESKTOP E NETBOOK • ARRANQUE DUPLO • CONTROLADORES E CODECS • SOFTWARE ESSENCIAL • REDE COM O GRUPO DOMÉSTICO • VERSÕES E PREÇOS

WINDOWS 7

COMO INSTALAR UM NOVO DISCO RÍGIDO NUM PORTÁTIL FICHEIROS ONLINE PARTILHE DOCUMENTOS, FOTOS E VÍDEOS SEM PÔR EM RISCO A SUA PRIVACIDADE

UNIVERSIDADES PORTUGUESAS CONTRIBUEM PARA A INOVAÇÃO NAS EMPRESAS

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HOTSPOT CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Nº 168 | 4,50 (CONT.)

VOLUME II

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EDITORIAL

MELHOR REVISTA DE TI EM 2008 Director Pedro Tróia Redacção João Trigo (Editor) Susana Esteves, João Pedro Faria, Carlos Marçalo, Cláudia Sargento, Luísa Dâmaso, Lurdes Marujo [Secretária de Redacção) lurdesmarujo@revistas.cofina.pt, Teresa Resende (Revisão) Arte Hélio Falcão (Director Adjunto) e Teresa Silva Colaboradores – Texto Susana Rodrigues, Patrícia Grilo, José Luís Porfírio, Paulo Barbosa, Artur Martins, Leonel Miranda Imagem Helder Oliveira/Agência Who (ilustração da capa), António Moutinho, Vitor Gordo (fotos) Produção Gráfica Carlos Dias (Coordenador), Jorge Fernandes, José Carlos Freitas, Paulo Glória, Paulo Fernandes, Carlos Campos e Fátima Mesquita (Assistente) Circulação Madalena Carreira (Coordenadora), Jorge Gonçalves e Denise Amorim Publicidade Virgínia Melo virginiamelo@revistas.cofina.pt (Directora Comercial de Divisão); Daniela Correia danielacorreia@pcguia.cofina.pt (Gestor de Conta); Fátima Malaca fmalaca@revistas.cofina.pt (Coordenadora de publicidade), Rute Dias rdias@revistas.cofina.pt e Susana Fernandes susanafernandes@cofina.pt (Assistentes de Publicidade) Marketing Sónia Santos, Miguel Barreto, Susana Ventura (Assistente) Assinaturas Margarida Matos email assine@cofina.pt Linha de Apoio a Assinaturas Sandra Sousa, Ana Pereira e Filipa Cerqueira Telefone directo 213 307 777, Av. João Crisóstomo, 72, Galeria, 1069-043 Lisboa Venda de Edições Anteriores Caso pretenda adquirir números anteriores desta revista contacte o 219 253 248 ou revistasanteriores@revistas.cofina.pt Distribuição de Assinaturas JMToscano, lda. Tel: 214 142 909; Fax: 214 142 951; jmtoscano.com@netcabo.pt

WINDOWS 7

Pedro Troia director troia@pcguia.cofina.pt

Esta revista vai para as bancas no dia 20 de Outubro de 2009, dois dias antes do acontecimento do ano: o lançamento do Windows 7. O novo sistema operativo da Microsoft é uma evolução do Windows Vista, que ficou aquém daquilo que prometia. Já se escreveu muito acerca do Windows 7. O que se pode fazer com ele, se é ou não mais rápido do que as versões anteriores, que novidades traz… e muitos rumores, claro. Mas até agora ninguém em Portugal foi além da teoria. Este mês, oferecemos-lhe os primeiros guias nacionais com os aspectos principais do Windows 7, desde a instalação do sistema, tanto em computadores de secretária como em netbooks (que oferecem desafios maiores, tendo em conta que, de um modo geral, não têm drive óptica), à compatibilidade com aplicações, passando pelos codecs e pela possibilidade de utilizar um acesso de banda larga móvel ou de este ter de ser substituído. Já agora uma dica que não coube nos textos: se tiver muitas janelas abertas ao mesmo tempo no Windows 7 e quiser fechar todas menos a que está activa, clique na barra de título e, sem largar o botão do rato, abane-o. Todas as janelas se minimizam, menos a que está seleccionada. E se quiser maximizar uma janela tem agora mais uma opção para o fazer: clique na barra de título e faça um movimento para cima com o rato largando o botão. Essa janela maximiza-se automaticamente. Se está farto de teoria e o que quer saber mesmo acerca do novo Windows 7 são coisas práticas, abra a PCGuia na página 42

Pré-impressão H2M - Artes Gráficas, SA Av. Almirante Gago Coutinho, 44-A - 1700-031 Lisboa Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90-Casal de Santa Leopoldina-2745-553 Queluz de Baixo Capa Printover fornecido por Sarriópapel Distribuição VASP – Soc. de Transportes e Distribuição, Lda, Complexo CREL – Bela Vista/Rua da Tascoa, 4.º Piso – Massamá – 2745 Queluz

Edirevistas Sociedade Editorial, S.A. grupo Cofina Media – SGPS, SA Conselho de Administração Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Laurentina Martins e António Simões Silva Directora de Arte Sofia Lucas Directora Comercial Olga Henriques Director de Produção Avelino Soares Directora de Marketing Maria João Costa Macedo Director Comercial Online José Manuel Gomes Director de Informática Rui Taveira Director de Recursos Humanos Nuno Mariz Directora Administrativa e Financeira Alda Delgado Director de Assinaturas João F. Almeida Director de Circulação Mário Rosário Directora de Research Ondina Lourenço Sede: Administração, Redacção, Publicidade: Avenida João Crisóstomo, 72, 1069-043 LISBOA. Telf.: 21 330 77 00; Fax: 21 330 77 99 Propriedade/Editora • EDIREVISTAS - SOCIEDADE EDITORIAL, SA • Capital social: e5.915.669 • CR.C.Lx n.° 500 061 130 • Contribuinte n.° 500 061 130 • Principal accionista: COFINA, SGPS, SA (99,46%) • N.º Registo E.R.C. 119 452 • Depósito legal: 97 116/96 • Tiragem média: 52 500 exemplares

ESTE MÊS... João Trigo editor joaotrigo@pcguia.cofina.pt

...o Presidente da República parece ter dito mais do que suficiente para gerar manchetes de jornais cheias de títulos alarmistas sobre violação da privacidade dos dados e falhas na segurança informática. O problema não é de agora, nem se esgota no notebook do Sr. Presidente. Assisti atento enquanto se explanavam teorias absurdas de supostos “especialistas” sobre a matéria. E enquanto ia lendo e ouvindo o que se dizia, lembrei-me inúmeras vezes de uma das mais valiosas lições que a minha mãe me deu: «Quando não sabes do assunto, o melhor é estares calado.»

Susana Esteves jornalista susanaesteves@pcguia.cofina.pt

...começo a pensar que ou tenho muito azar com as baterias dos portáteis, ou tenho de ir à bruxa. Primeiro foi a do MAC, agora foi a do netbook. A parte mais hilariante foi quando o fabricante me disse que a bateria já só tinha seis meses de garantia (foi comprado há dois meses), porque o tempo começou a contar a partir da data que o operador adquiriu o equipamento ao fabricante. Para acabar em beleza, convidou-me a ir a uma loja, pedir uma bateria emprestada e ver se o problema era mesmo da bateria (depois de 20 testes que o comprovavam), para não terem de mandar recolher o equipamento. A resposta foi: devem estar a brincar!

João Pedro Faria jornalista jfaria@pcguia.cofina.pt

...um ISP que já tem fibra óptica disponível no prédio onde vivo ligou-me para casa a perguntar se eu estava interessado em aderir ao serviço triple play via ADSL. Respondi que não faz sentido mudar para ADSL quando se tem fibra à porta de casa. A confusão ficou resolvida e acabei por não aderir. Mas não posso deixar de ressalvar o argumento que o comercial esgrimia do outro lado da linha enquanto tentava convencer-me: «Mas olhe que ADSL e fibra é a mesma coisa!». Enfim... PCGUIA

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ÍNDICE

42 Tema de capa

CHEGOU O WINDOWS 7 Regulares 6 14 16 18

Notícias Ciência & Tecnologia Lançamentos Entrevista

ASSISTÊNCIA TÉCNICA 92 Pergunte ao especialista SHOPPING 111 Sugestões

Banco de Testes HARDWARE Asus Mars HP Pavillion dv3-2150ep Toshiba Satellite A500-149 NOX Krypton 900 W Funtwist ION Fiono 330/1 vs. Viewsonic PC mini VOT120 28 Memup Mediagate NX HD vs. Asus O! Play 21 24 24 25 26

SOFTWARE 30 Windows Mobile 6.5 32 McAfee Total Protection 2010 TECNOMUST 34 iPod Nano 34 ZTC B2i 34 Samsung GT B3310 4 | PCGUIA

35 LG GD900 Crystal 35 Toshiba Store Art 500GB 35 Camball SG-31

109 Resident Evil 5 110 Lançamentos

Braço-de-ferro 36 O poder certo para o PC

Guias

PCGuiaPro 113 NOTÍCIAS

SOFTWARE 57 Partilhe os seus ficheiros 66 Reduza a dimensão dos ficheiros de vídeo

116 SOFTWARE DE GESTÃO PHC Software caminha para o SaaS

REDES 68 Explore ainda mais o seu router 72 Proteja a sua privacidade

118 FORMAÇÃO New Horizons quer liderar mercado de formação em Portugal

HARDWARE 74 Escolha a impressora certa para as suas fotos 80 Actualize o disco do seu portátil 82 O problema dos SSD 84 O Core i5 está vivo 90 Abrande o ritmo do CPU

Entretenimento 101 Batman: Arkham Asylum 104 Wolfenstein 108 Red Faction: Guerrilla

120 CASE STUDY CM do Seixal adopta boas práticas ITIL 122 OPINIÃO O papel da Universidade e das empresas no empreendedorismo 124 HOTSPOT Universidades impulsionam evolução tecnológica



ACER LANÇA FERRARI ONE A marca juntou design e tecnologia na sua mais recente aposta na área de netbooks

A Acer brinda os utilizadores de pequenos netbooks com o lançamento de um novo modelo, o Acer Ferrari One. O computador mantém o vermelho, o selo da Scuderia e o design que caracterizam a marca Ferrari, mas revela também uma aposta na tecnologia. Com 11,6 polegadas e cerca de 1,5 kg de peso, um pouco maior e mais pesado do que a maioria dos netbooks do mercado, este modelo oferece um ecrã LCD LED com uma resolução 1366 x 768 HD, formato 16:9, suportado por uma placa gráfica ATi Radeon HD 3200, e um sistema de som com selo de qualidade Dolby Home Theater v3. No centro está o processador AMD Athlon X2 Dual Core MB, com concepção de CPU de baixo consumo, DDR2 a 800 MHz e tecnologia AMD HyperTransport 3.0 que procura garantir equilíbrio entre desempenho e autonomia da bateria prolongada. O Ferrari One vem já com o Microsoft Windows 7 Home Premium. Esta versão deverá entrar em Portugal aquando do lançamento do novo Sistema Operativo da Microsoft. A Acer ainda não revelou o preço final, mas assegurou que não irá ultrapassar os 600 euros. A par deste lançamento, a Acer deu também a conhecer o Aspire 5538, um portátil de 15,6” que tem na sua base a nova plataforma da AMD que promove o entretenimento em alta definição. S.E.

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NOTÍCIAS

BREVES MICROSOFT LANÇA ANTIVÍRUS GRATUITO

A Microsoft anunciou o lançamento de um antivírus gratuito, o Microsoft Security Essentials. Trata-se de um serviço que se propõe proteger os utilizadores de vírus, spyware e outro tipo de software nocivo. O download pode ser feito a partir do site ww.microsoft.com/security_essentials, não sendo necessário qualquer registo adicional aos utilizadores Windows. A versão em língua portuguesa estará disponível no início de 2010.

INTEL APRESENTA PROTÓTIPO DE NOTEBOOK

A Intel deu a conhecer um notebook, o Tangent Bay, ainda em fase de protótipo, que possui três pequenos ecrãs OLED, em cima do teclado, capazes de exibir aplicações. Estes ecrãs são sensíveis ao toque e permitem o controlo directo das aplicações em reprodução por parte dos utilizadores. Exibido durante o Intel Developer Forum, em São Francisco, o Tangent Bay vai possibilitar a optimização de algumas tarefas correntes, aproveitando as mais-valias oferecidas pelos ecrãs secundários. Durante a exibição, os três pequenos monitores executaram um leitor de música, um programa para visualização de fotos e uma calculadora.

DOMÍNIOS E MARCAS PESQUISÁVEIS

A Fundação para Computação Científica Nacional e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial anunciaram a disponibilização gratuita de uma ferramenta online, que permite a pesquisa simultânea de marcas e domínios .PT. A iniciativa nasce ao abrigo do programa Simplex 2009 e visa contribuir para a celeridade, racionalização e simplificação dos serviços prestados por estas entidades. A ferramenta agrega, numa interface comum, as bases de dados do DNS .PT e do INPI, permitindo a consulta de determinada marca/domínio em simultâneo e de forma gratuita. Esta ferramenta encontra-se já acessível nos sites de ambas as entidades envolvidas no projecto: www.dns.pt e www.inpi.pt.

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D-LINK ANUNCIA NOVO KIT POWERLINE DE 200 MBPS A solução permite downloads de vídeos em HD, música ou jogos através de tomadas eléctricas convencionais A D-Link acaba de apresentar o PowerLine DHP-343, capaz de criar ou ampliar uma rede doméstica ligando até quatro dispositivos a partir da instalação eléctrica de qualquer lar. O kit inclui o novo switch PowerLine HD (DHP-342) de quatro portas Ethernet e um adaptador PowerLine HD Ethernet (DHP-302), que dotam o utilizador de todos os recursos necessários para ligar facilmente até quatro dispositivos em rede, como consolas de jogos, servidores de impressão, computadores ou dispositivos de armazenamento, sem introduzir mais nenhum cabo, nem utilizar recursos de rede adicionais mais distantes das tomadas convencionais. O switch PowerLine HD (DHP-342) dispõe de quarto portas LAN para ligar equipamentos e colocá-los na rede por toda a casa, através de cabos eléctricos. A segurança da ligação entre os dispositivos fica garantida com a simplicidade de apenas tocar num botão que activa a encriptação da comunicação para assim evitar possíveis acessos não autorizados. O Kit PowerLine HD é capaz de oferecer

velocidades de transferência de até 200 Mbps, garantindo o desempenho das aplicações que requerem uma grande largura de banda, como o streaming de vídeo de alta definição, as chamadas de voz sobre IP ou as sessões de jogos online. O novo switch Powerline da D-Link inclui também tecnologia de prioritização do tráfego, baseado em tecnologia vQoS (Quality of Service), que garante a qualidade de comunicação necessária para desfrutar das aplicações multimédia mais avançadas, sem sofrer perdas de desempenho, ainda que outros utilizadores se liguem à Internet ou façam downloads de ficheiros ao mesmo tempo. A nova série PowerLine aproveita ainda as vantagens da tecnologia D-Link Green, com um modo de poupança de energia que reduz o seu consumo, configurando-se automaticamente no modo de espera de baixo consumo sempre que não se estejam a realizar transmissões de dados num determinado período de tempo. J.P.F.

PORTUGAL MENOS COMPETITIVO EM TECNOLOGIA Portugal caiu no ranking mundial da competitividade tecnológica 2009, descendo três lugares, para a 30ª posição. No entanto, em comunicado, o gabinete do Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico indica que o «estudo penaliza Portugal por considerar dados que não reflectem o impacto do Plano Tecnológico», justificando que Portugal foi fortemente penalizado pela dimensão Ambiente de Investigação e Desenvolvimento, a qual tem o maior peso relativo (25%) na nota final. A pontuação atribuída a cada país resulta da ponderação de seis áreas de análise. No entanto, foram considerados para os quatro indicadores que fazem parte desta análise valores que reportam a 2005 e 2006, não reflectindo por isso o impacto das várias medidas do Plano Tecnológico. «Verificando a evolução muito positiva de todos estes indicadores, esperamos uma forte subida de Portugal neste ranking quando os seus autores considerarem dados mais recentes, que já reflictam o impacto do forte esforço de modernização que muitos cidadãos, empresas e organismos públicos têm concretizado no âmbito do Plano Tecnológico», refere o mesmo comunicado. Considerando apenas os países da Europa Ocidental, Portugal surge na 15ª posição entre 16 países. S.E.



NOTÍCIAS

NA BERRA WINDOWS A DOBRAR

Este mês, a Microsoft lança no mercado o Windows Mobile 6.5 e o Windows 7. Se o segundo vai ter uma vida menos complicada, já o primeiro vai ter de lidar com uma concorrência cada vez mais forte.

CRIATIVIDADE LUSA

Emanuel Sampaio venceu o My Xbox My Way Competition, o passatempo de t-shirts para avatars da Xbox.com. A criação apresentada por este português de 19 anos foi considerada a melhor entre as mais de mil propostas vindas de toda a Europa.

VIEWSONIC ESTREIA-SE NOS NETBOOKS A ViewSonic Corporation, fabricante mundial que até agora actuava nas áreas dos monitores e projectores, lançou o netBook VNB 101, que representa a primeira novidade de entre as várias que a companhia tem reservadas até ao final do ano. Este netBook de 10 polegadas possui um processador Intel Atom N280, memória RAM com 1 GB, disco rígido de 160 GB para armazenamento de dados e vem disponível com o sistema operativo Microsoft Windows XP

Home. Possui um poder de restart de oito segundos e vem também equipado com conectividade Wi-Fi 802.11 b/g, Ethernet de 10/100 e Bluetooth. Com um design SuperSlim, apresenta 25 milímetros de espessura e pesa 1,1 quilogramas. A bateria de lítio polímero permite uma autonomia de até cinco horas. O equipamento está disponível de imediato e com um preço de venda ao público (PVP) recomendado de 299 euros, IVA incluído. J.P.F.

PORTAGEM ÚNICA EUROPEIA

O Serviço Electrónico Europeu de Portagens (SEEP) foi anunciado pela Comissão Europeia. Entrará em funcionamento dentro de três anos e deverá ser articulado com os chips das matrículas electrónicas.

DESCONHECIMENTO DE CAUSA

As palavras do Presidente de República vieram trazer para a ordem do dia um assunto que a PCGuia aborda sistematicamente nas suas edições – o da segurança informática. É lógico que nos dias de hoje quem usa um PC ligado ou não à Web tem obrigatoriamente que ter um software de antivírus e uma firewall recentes e actualizados. E é lógico que não há sistema algum no mundo que seja totalmente invulnerável.

(IN)SEGURANÇA INFORMÁTICA

Após a declaração do PR, houve um artigo publicado na imprensa escrita que serviu para criar alarmismo que, no caso concreto da rede informática do Governo, não se pode aplicar. Pelo menos, a julgar no que está escrito nesse artigo.

PHISHING

Foi publicada uma lista na maior das redes com mais de 20 mil e-mails vítimas de phishing. A maioria destes endereços pertence a cibernautas europeus.

A BERRAR 10 | PCGUIA

TOMTOM LANÇA SISTEMA EM PARCERIA COM A FIAT Chama-se Blue&Me – TomTom, consiste num novo sistema de navegação portátil integrada que combina informação e entretenimento, e nasce de uma parceria estabelecida entre a Fiat Group Automobiles e a Tom Tom. O dispositivo integra-se no tablier através de um suporte, ou seja, é portátil, podendo ser facilmente removido e utilizado em vários veículos, e inclui todas as tecnologias que a TomTom coloca habitualmente nos aparelhos GPS. É o caso, por exemplo, do IQ Routes, que calcula o percurso mais rápido consoante a hora e o dia da semana, ou do serviço que lista pontos de interesse, que entretanto integra também informação acerca dos pontos de abastecimento com gás natural. Além destas funcionalidades, e de outras mais comuns, como a indicação de radares e da

ERRATA

velocidade limite, os utilizadores terão à disposição um botão de controlo no volante, que lhes permite controlar todo o dispositivo a partir daqui. Destaque ainda para a eco:Drive, que disponibiliza informação de condução em tempo-real e dicas para reduzir o impacte ambiental e rentabilizar o consumo de combustível, e para o alerta de combustível, que exibe o posto de abastecimento mais próximo, sempre que o sistema Blue&Me detecta um nível reduzido de combustível. O kit mãos-livres integrado usa o sistema de som do veículo para a transmissão de voz. O Blue&Me – TomTom vem pré-equipado com mapas de 45 países da Europa e está disponível a partir do último trimestre de 2009.O Fiat Punto Evo será o primeiro carro a incluir a solução, no entanto, será futuramente alargada a outros modelos da marca.S.E.

Na rubrica de formação da PCGuia de Outubro, referimos que Carlos Rosa é o Director da LSD Lisbon School of Design. Na realidade, Carlos Rosa é Director Pedagógico. Pedimos desculpas pelo sucedido.



NOTÍCIAS

TOSHIBA REVELA QOSMIO X50 O novo modelo vinca ainda mais as capacidades de gaming da série Qosmio A Toshiba Portugal deu a conhecer o seu novo portátil de gaming, o Qosmio X500-10V. Com um design moderno baseado em tons de preto e vermelho, integra o sistema operativo Windows 7 e conta com um processador Intel QuadCore i7, ecrã HD de 18,4 polegadas (com formato 16:9 e resolução até 1920 x 1080 pixels), drive óptica Blu-Ray e uma aplicação de upscaling de vídeo Resolution+. Integra ainda colunas estéreo Harman Kardon. O Qosmio X500 disponibiliza até 8 GB de memória DDR3 (1066 MHz) e suporta até duas drives de disco rígido, com capacidade total até 640 GB de 7.200 rpm cada. Para assegurar a conectividade com periféricos,

integra três portas USB 2.0 e uma porta combo SATA/USB, que suporta USB Sleep-and-Charge, potenciando o carregamento de dispositivos móveis, mesmo com o portátil desligado. A tecnologia REGZA-Link e a interface HDMI CEC (High-Definition Multimedia Interface Consumer Electronics Control) asseguram a conectividade do Qosmio X500 com outros dispositivos de áudio e vídeo de alta definição, pelo recurso a um simples controlo remoto (não incluído). O leque de tecnologias fica completo com uma porta para adaptador de suportes 5-em-1 e uma FireWire. O Touch Pad com controlo Multi-Touch

assume-se como opção ao scrolling convencional, enquanto o leitor de impressões digitais e tecnologia de Reconhecimento Facial – que utiliza imagens capturadas pela webcam HD integrada – favorecem uma autenticação rápida e conveniente. A tecnologia Toshiba ConfigFree facilita a configuração da rede wireless e o acesso online através da interface WLAN incorporada ou pelo recurso ao Bluetooth, enquanto um conjunto de oito sensores tácteis dão acesso directo às funções multimédia mais usadas: controlo de volume, Fast Forward, Play e Stop, entre outras. O Qosmio X500-10V estará disponível em Portugal em Novembro. J.P.F.

UE INVESTIGA SITES DE COMÉRCIO ELECTRÓNICO Mais de metade das lojas de informática na Internet apresenta informação enganosa sobre os produtos e respectivos preços A maioria dos sites de comércio electrónico que vendem equipamentos informáticos e de electrónica de consumo apresenta irregularidades. O alerta foi dado pela comissária responsável pela Defesa do Consumidor, Meglena Kuneva, que anunciou os resultados de uma investigação que envolveu 26 Estados-membros, a Noruega e a Islândia, e que se realizou no passado mês de Maio. Segundo os resultados do inquérito, 55% dos sites apresentavam irregularidades, que estão a ser investigadas mais a fundo, e 13 % vão mesmo exigir uma cooperação transfronteiriça entre autoridades nacionais. Estiveram sob análise 369 sites que vendem equipamentos informáticos e de electrónica de consumo, como máquinas fotográficas, telemóveis ou consolas de jogos, e que recorrem à publicidade enganosa e às práticas desleais para 12 | PCGUIA

venderem os seus produtos. A investigação focou-se nos 200 maiores espaços de venda online deste tipo de equipamentos e em mais de 100 outros espaços que tinham sido, de alguma forma, alvo de queixa por parte dos consumidores. A fiscalização demonstrou que as irregularidades estão especialmente relacionadas com informação enganosa sobre os direitos dos consumidores (66%), sobre o custo total do produto (45%) e sobre os contactos do próprio ponto de venda (33%). Dois dos sites visados são portugueses. A PCGuia contactou a Direcção-geral do Consumidor no sentido de apurar quais os sites indicados, mas sem sucesso. Lembramos que, ao abrigo da legislação da UE, o comerciante é obrigado a fornecer todos os dados relativos ao seu nome, endereço postal e endereço electrónico, a facultar informações

claras sobre as características do produto, nomeadamente o custo total do mesmo (incluindo impostos) e despesas de porte adicionais, e a informar o consumidor sobre o processo de devolução no prazo de, pelo menos, sete dias, sem indicação do motivo. Os comerciantes em causa serão contactados pelas autoridades nacionais e ser-lhes-á pedido que esclareçam a sua posição ou corrijam os problemas identificados. Aqueles que o não fizerem poderão vir a ser processados judicialmente, traduzindo-se as sanções por multas ou pelo encerramento dos respectivos sítios na Internet. Os resultados da aplicação destas medidas em toda a UE serão apresentados em meados de 2010. O estudo indica também que mais de um terço das queixas, relativas às vendas online, diz respeito à compra de equipamento electrónico. S.E.


VODAFONE APRESENTA 360 Este espaço agrega um conjunto de conteúdos pessoais e de entretenimento A Vodafone Portugal deu a conhecer o serviço Vodafone 360, um espaço que aloja um conjunto de serviços de Internet para telemóvel e PC, ou, nas palavras de António Coimbra, CEO da Vodafone Portugal, «uma proposta de valor que materializa a promessa já antiga da verdadeira convergência entre móvel, Internet e PC». O Vodafone 360 tem por base o conceito do cliente no centro de tudo, com o mundo na palma das mãos e abrange cinco componentes: Apps, Loja, Música, Mapas e People. No centro está o People, apresentado como aquele que melhor traduz a aposta da Vodafone nas duas maiores tendências do momento: as redes sociais e a Internet móvel. Este espaço consegue agregar todos as contas que o utilizador tenha nas redes sociais, e ainda os diversos contactos das pessoas,

oferecendo uma gestão integrada dos mesmos. O Vodafone 360 efectua automaticamente backup e sincronização com o PC, dos contactos, e-mails, fotografias, aplicações, actualizações de estado e alterações de definições, muito à semelhança do que acontece hoje em dia entre o iPhone e o iTunes, por exemplo. A diferença aqui é que a cópia engloba todas as comunicações. Nos Mapas, os utilizadores podem partilhar a sua localização, e usufruir da navegação por voz, como se de um dispositivo GPS se tratasse, nos terminais que suportem esta tecnologia. Um dos espaços que mereceram maior destaque foi a Loja de Aplicações, que vai contar com mais de 1000 soluções. A plataforma é aberta, pelo que qualquer indivíduo, empresa, ou

equipa de desenvolvimento é livre de criar as aplicações que pretender oferecer ou vender na loja de aplicações. A Vodafone irá lançar alguns telefones exclusivos com este serviço, no entanto, os clientes poderão instalar a aplicação nos respectivos terminais após um registo no site www.360.com. Para já, o modelo H1 será um dos primeiros a alojar o Vodafone 360. Desenvolvido em exclusivo pela Samsung para a Vodafone, este terminal oferece um ecrã OLED de alta definição, com 16 milhões de cores, GPS integrado, push e-mail, 16 GB de memória interna, acesso 3G, uma câmara de 5 megapixels, entre outras funcionalidades. Data de lançamento oficial no mercado ainda não há, mas esta será a grande bandeira da campanha de Natal da Vodafone. S.E.

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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

BREVES INVESTIGADOR PORTUGUÊS FAZ DESCOBERTA NA ÁREA DAS CÉLULAS ESTAMINAIS

José Silva, investigador na Universidade de Cambridge, registou avanços significativos na área das células estaminais, relativamente à possível criação de células estaminais embrionárias, a partir de células adultas. Segundo este investigador, a descoberta poderá ajudar no combate às doenças de Parkinson e Alzheimer, uma vez que as células estaminais embrionárias dão origem a todas as células do corpo. O facto de estas células poderem ser geradas em laboratório diminui a probabilidade de haver rejeição por parte do corpo. Esta é uma descoberta com impacte futuro na medicina regenerativa.

PORTUGUÊS CRIA DIRECTÓRIO DA WEB

Mapitol é o nome de um directório da Internet que pretende funcionar como indexador da informação que existe na Web, e que provém das mais diversas fontes. Criado pelo português Carlos Zamith, este espaço pretende dar resposta a pesquisas mais profundas, que os próprios motores de busca não conseguem endereçar. Segundo o seu criador, o Mapitol possui dezenas de milhões de assuntos, todos devidamente mapeados. A primeira versão já está online em www.mapitol.com. 14 | PCGUIA

PORTUGAL ACOLHE SEDE DO CONSÓRCIO EUROPEU DE SUPERCOMPUTAÇÃO Portugal vai acolher, pela primeira vez, a sede de uma infra-estrutura científica europeia. O PRACE (Partnership for Advanced Computing in Europe), rede Europeia de Supercomputação, que reúne os melhores e maiores centros de supercomputação de 20 países europeus, será instalado em Lisboa, ficando o Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra, que opera o Supercomputador Milipeia, como representante de Portugal no consórcio na pessoa de vários cientistas, entre eles Manuel Fiolhais (director do Centro de Física Computacional) e Pedro Alberto (responsável pela operação do Milipeia). A escolha de Portugal para instalar a sede provisória do PRACE recebeu o voto unânime dos 20 países que constituem este consórcio, nos quais se inserem a Alemanha, a Holanda, a Inglaterra, a Espanha e a França. Segundo Manuel Fiolhais, este resultado traduz o reconhecimento do esforço que a Universidade de Coimbra tem vindo a fazer para o desenvolvimento da supercomputação em Portugal. Esta decisão, comentou, «pode contribuir para uma melhor percepção, por parte dos responsáveis políticos, da

importância da supercomputação para o progresso científico mas também social e económico do país». O PRACE serve de interface entre os cientistas e os centros de supercomputação mais poderosos da Europa, proporcionando suporte à ciência europeia que necessita desta componente, e fazendo a gestão de projectos científicos nessa área. Os cientistas submetem os seus projectos a uma rigorosa avaliação e, após aprovação, o PRACE providencia os meios de supercomputação adequados para os trabalhos computacionais. Como lembrou Pedro Vieira Alberto, esta tecnologia é essencial «para compreendermos melhor fenómenos como as alterações climáticas, desenvolvermos soluções energéticas mais limpas e mais baratas, sendo já na saúde uma ferramenta essencial na busca de novos medicamentos e de cura para certas doenças». Em Portugal, a Universidade de Coimbra tem sido pioneira no desenvolvimento desta tecnologia, albergando neste momento, no seu Laboratório de Computação Avançada, o maior sistema instalado em Portugal dedicado à supercomputação, o Milipeia, com 520 processadores. S.E.



LANÇAMENTOS

LEGIX EXTRANET E INTRANET COM NOVAS FUNCIONALIDADES

A Priberam disponibilizou uma nova funcionalidade nos sistemas LegiX Extranet e LegiX Intranet, que permite a criação de uma edição actualizada em formato PDF de qualquer um dos mais de 450 códigos e diplomas fundamentais incluídos nas bases de dados do LegiX. O documento em PDF é criado de forma automática, e inclui um índice que facilita a consulta, quer no PC, quer na versão impressa. Estas edições digitais dos códigos incluem as anotações efectuadas pela equipa jurídica da Priberam. As edições em PDF estão disponíveis no LegiX Extranet e em todos os LegiX Intranet. A companhia disponibiliza, gratuitamente, no site do LegiX os textos integrais em PDF de diplomas como o Código do IRC, o Código do Trabalho e o Código dos Contratos Públicos, no dia da sua publicação em Diário da República. Algumas das edições registaram mais de 50 mil downloads nas primeiras semanas.

AUTOCAD PLANT 3D 2010

A Autodesk já anunciou o lançamento do novo AutoCAD Plant 3D 2010, concebido para a concepção de projecto, modelação e documentação das plantas de processo. Esta solução permite elaborar projectos 3D de todas as dimensões, de forma mais acessível, facilitando a partilha directa de informação e minimizando o impacto das trocas de informação e das alterações de projecto. O download da versão teste, válida por 30 dias, pode ser feito a partir do site www.autodesk.com/autocadplant3d 16 | PCGUIA

APPLE APRESENTA ITUNES 9 A versão 9 do iTunes 9 tem uma série de novas funcionalidades que permitem explorar e gerir melhor os conteúdos. A saber: iTunes LP, Home Sharing e Genius Mixes. A partir do iTunes, os utilizadores podem aceder a bastante mais do que apenas a músicas dos novos álbuns. Os utilizadores têm também acesso a vídeos de actuações ao vivo, letras, artes finais, anotações, entrevistas, fotografias e créditos do álbum, entre outros. O iTunes LP contém apenas alguns álbuns, como Highway 61 Revisited, de Bob Dylan, Come Away With Me, de Norah Jones, ou Big Whiskey and the GrooGrux King: iTunes Pass, de Dave Matthews Band. Os novos iTunes Extras oferecem uma experiência semelhante, mas virada para a área de filmes, com opções como documentários, cenas removidas, entrevistas e galerias interactivas. Nesta vertente, estão disponíveis filmes como Twilight, Batman Begins, WALL-E, ou The Da Vinci Code. O Home Sharing vem facilitar a transferência

de músicas, filmes e séries de TV entre, no máximo, cinco computadores autorizados existentes numa casa, o que significa que os residentes dessa casa podem ver até cinco bibliotecas iTunes na rede doméstica, importar o seu conteúdo e adicionar novas compras às bibliotecas. A funcionalidade Genius Mixes funciona como um DJ; é capaz de gerar automaticamente até 12 misturas de músicas e combiná-las com o conteúdo da biblioteca iTunes. A loja foi redesenhada e oferece agora um processo de sincronização mais optimizado. As aplicações do iPhone podem ser organizadas directamente no iTunes, e irão aparecer ordenadas no telefone segundo o esquema escolhido no PC. A sincronização pode ser feita por música, fotos, filmes e séries de TV. A iTunes Store do iPhone possui download de toques pré-adaptados, com mais de 20 mil toques disponíveis a apenas 99 cêntimos cada. O download é gratuito e pode ser feito em www.apple.com/pt/itunes.



ENTREVISTA

VÍTOR GORDO

SMC RESPONDE A DESAFIOS TECNOLÓGICOS A marca promete um conjunto de equipamentos capaz de oferecer ao cliente todo o potencial da Internet TEXTO SUSANA ESTEVES

S

implicidade, desempenho e serviço ao cliente são as três premissas que estão na base da estratégia da SMC desenhada para o mercado e para o portfolio de novos produtos que aí vem. Nuno Silveiro, country manager para Portugal e Espanha, avançou que os novos produtos aparecem alinhados com a evolução tecnológica recente e com a alteração comportamental por parte dos consumidores, que buscam agora equipamentos que permitam explorar e aproveitar ao máximo o potencial dado pelos acessos à Internet actuais. Novos routers mais capazes, simples e económicos e uma nova gama de equipamentos NAS são algumas das novidades. PCGuia – O que é que a SMC vai apresentar de novo aos consumidores portugueses até ao final do ano? Nuno Silveiro – No que toca ao consumidor final, existe uma preocupação muito forte com a segurança de pessoas e bens. Pretendemos, por isso, criar uma oferta que seja acessível ao consumidor final, e que permita garantir a segurança através de câmaras que estão a ser lançadas. Estamos aqui no domínio de vários produtos e não de uma peça iso18 | PCGUIA

Nuno Silveiro, country manager da SMC para Portugal e Espanha lada, ou seja, não falamos só das câmaras que deverão ser lançadas em Outubro e Novembro, mas também de todo um conjunto de dispositivos, desde o router ao switch alimentado por corrente eléctrica que o utilizador terá de ter nesta situação. Existe também hoje em dia uma preocupação financeira e ambiental face ao que é o consumo energético de cada habitação. Neste campo, estamos a trabalhar na limitação do que são os consumos energéticos dos nossos produtos, para que os clientes tenham um maior controlo sobre a factura da electricidade. PCG – De que ganhos energéticos está a falar? N.S. – Ganhos que podem ir dos 50% aos 70%, dependendo dos produtos. PCG – Como conseguem esta redução energética, sem sacrificarem o desempenho? N.S. – Não sacrificamos nada; existe uma optimização. À medida que o utilizador está a utilizar mais ou menos um produto, vai disponibilizando mais ou menos energia, consoante o tipo de serviços que está a precisar. Por exemplo, se um utilizador está a utilizar apenas uma porta de rede, não faz sentido que todas as outras estejam a consumir a carga máxima. Se o cliente estiver a usar apenas wi-fi, não faz sentido o equipamento estar a cana-

lizar energia máxima para as portas de rede. Trata-se de um ajuste de pormenores simples, como o próprio mecanismo dos adaptadores de corrente, xonde existe um forte desperdício de energia. Optimizámos esses transformadores para que ao desperdiçarem menos energia, não exijam tanto da rede eléctrica. PCG – E esta optimização é feita de forma transparente para o utilizador ou exige configurações? N.S. – O utilizador que comprar um produto marcado com o símbolo de Green IT já sabe, à partida, que tudo isto está incluído nesse produto. PCG – O vosso objectivo é estenderem este comportamento verde a toda a gama de produtos? N.S. – Esta consciência começou no corporate e só depois passou para o consumo. As primeiras unidades que lançámos neste esquema eram switch corporate que tinham muitas portas. É nosso objectivo alargar a todos os produtos, sempre com o compromisso de que existe um limite entre as necessidades de um produto específico e o grau de optimização possível. Sabemos que um switch que precise de disponibilizar Power over Ethernet (PoE) vai consumir sempre mais.


PCG – Quando pensam ter a gama abrangida? N.S. – A gama de switches de cinco e oito portas Fast Ethernet e Gigabit que foi lançada em Julho já tem; a parte de routing está a ser agora migrada. Contamos que a partir de Fevereiro de 2010 a gama já esteja abrangida. PCG – Vai haver um alargamento das vossas famílias de produto? N.S. – Vai haver alargamento da parte de routing por força das novas tecnologias que os consumidores estão a abraçar, como, por exemplo, a 3G. Com o projecto e-Escolas e e-Escolinhas existe cada vez mais gente com acesso móvel 3G, algo bastante vantajoso, mas que pode ser limitativo se em casa existir mais do que um computador. O nosso objectivo é oferecer um conjunto de produtos que permita a partilha desse acesso à Internet 3G por vários PC, e que funcione também como ferramenta de segurança, seja em redundância, seja em agregação de canais, ADSL/3G ou só banda larga. PCG – Como é que o mercado dos routers vai responder às mais recentes evoluções tecnológicas, tendências dos consumidores e desafios comerciais devido à concorrência? N.S. – Os routers vão começar a ser diferentes. Actualmente, estes equipamentos não podem ser só um acesso básico à Internet, porque isso já é oferecido pelos operadores. Por isso, aqueles que são vendidos fora do canal dos operadores têm de apresentar algum valor acrescentado, seja ele nas áreas da segurança, desempenho e cobertura, seja simplesmente na facilidade de uso. É aqui que vamos ter de nos bater pela diferença. Temos consciência de que cada vez mais temos de oferecer suporte para todo um conjunto de dispositivos que sejam periféricos ao router, porque de outra forma os clientes não podem usufruir de todos os benefícios que este oferece. O router hoje é uma porta de entrada e de saída para um mundo cheio de potencial, ao qual não temos acesso se não tivermos alguns equipamentos periféricos como um NAS que permita ligação às TV, câmaras de vigilância às quais podemos aceder através de um browser no telemóvel, para vermos o que se passa em casa, sem um sensor que ligamos a um router que nos diz que tenho água a aparecer no chão da cozinha, entre outros exemplos. Tudo isto vai começar a ser o que está à volta do router. PCG – Qual é o valor acrescentado que a vossa oferta actual tem? N.S. – Existem unidades que ligam um scanner e uma impressora directamente ao router, permitindo a impressão de documentos a partir de qualquer ponto da casa. Vai sair na campanha de Natal

O NOSSO CAVALO DE BATALHA TEM SIDO AJUDAR O CLIENTE A NÃO VER AS INSTALAÇÕES COMO UMA DOR DE CABEÇA

um equipamento que não vai incluir um disco interno, mas vai permitir o uso de múltiplos discos externos que podem depois ser partilhados em rede. Vamos ter uma NAS que pode estar ligada à TV e à qual podemos ligar uma pen USB wi-fi n que vai, por sua vez, ligar-se aos discos que estão no router. Os routers estão a sair um pouco do que é o básico. Estamos a trabalhar para integrarmos serviços dentro dos routers que permitam, por exemplo, canalizar largura de banda de forma automática para determinadas aplicações, dando prioridade a comunicações de voz sobre IP. O nosso cavalo de batalha tem sido ajudar o cliente a não ver as instalações como uma dor de cabeça. Estamos a trabalhar em soluções automatizadas e nos menus, para que estes sejam o mais simples possível. Aliás, grande parte dos nossos routers que estão no mercado é já open source, portanto, qualquer cliente que seja mais conhecedor pode desenvolver aplicações para o próprio router. PCG – O negócio dos NAS vai ser retomado? N.S. – O NAS foi um negócio que apresentámos ao mercado e que serviu como piloto. O feedback que recebemos por parte dos nossos clientes serviu para trabalharmos no produto final. Era um mercado novo para nós, e temos de confessar que o produto não estava 100% ajustado àquelas que eram as necessidades dos clientes. Estamos a trabalhar num portfolio mais alargado, que acreditamos que vai ao encontro das necessidades actuais e de médio prazo dos consumidores. PCG – O que é que estes equipamentos vão trazer de novo e que problemas deixam para trás? N.S. – A queixa comum é que não era possível a interligação dos NAS com os dispositivos audiovisuais da casa. Vamos lançar produtos que vão poder ser colocados ao lado de uma TV, com um aspecto mais ajustado a um ambiente de sala, e outros mais vocacionadas para aquelas pessoas que querem simplesmente ter um sistema de armazenamento. Vão existir versões com dois e quatro

discos, que poderão ser facilmente actualizáveis à medida que surgirem novas capacidades de discos. Depois vai surgir uma gama de NAS mais vocacionada para o segmento SMB, que permite quatro, oito ou 16 discos. PCG – O que têm previsto em termos de software para a gestão destes NAS mais ligados ao consumidor final? N.S. – Começámos por olhar para os dispositivos que temos hoje em casa, porque é com eles que as pessoas estão familiarizadas, e procurámos garantir que toda a parte de interacção com a informação armazenada seja a mais intuitiva possível. O nosso propósito é ainda que essas NAS sejam interligadas com o resto da rede, e que o cliente possa utilizar um mini browser que estará lá colocado (ou cliente torrent para peer to peer), para fazer a importação dos conteúdos que estejam na Internet, sem ser obrigado a usar o computador – tentando sempre ajustar o conhecimento actual das pessoas com as novas tecnologia. De qualquer forma, há um menu de soluções avançadas para quem quiser. PCG – Que tipo de feedback têm recebido por parte dos clientes face à crescente simplificação dos processos que têm implementado? N.S. – Periodicamente fazemos uma monitorização dos principais tópicos que dão entrada no call center, para conseguirmos resolver alguns dos problemas e traçar o padrão das chamadas, e temos verificado uma alteração comportamental. No início, a dificuldade era a segurança do wi-fi. Agora essas chamadas foram reduzidas em 70%, devido à integração dos sistemas de configuração automática dos routers. Por outro lado, cresceram as perguntas sobre a abertura de portas para peer to peer, e para jogos online. A pensar nisto, começámos a introduzir nos nossos routers configurações automáticas para os jogos mais populares, como Medal of Honor ou Counter Stike. Os clientes apenas têm de indicar o jogo para que o router configure tudo automaticamente. PCGUIA

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ASUS MARS Finalmente deitámos as mãos a uma das placas gráficas mais exclusivas de sempre: a Asus Mars. Valeu a pena a espera? VELOCIDADE

4

HDMI

4

RUÍDO

6

VEREDICTO 9

Mars, traduzido para português, é Marte, e pode querer dizer várias coisas: o deus romano da guerra, um planeta ou mesmo um chocolate com caramelo. Neste caso específico, refere-se à placa gráfica que, segundo a Asus, é a mais rápida do planeta. No início deste ano, a Nvidia apresentou a GeForce 295, uma placa gráfica com dois GPU baseados no design dos utilizados nas placas 285. Em teoria, esta placa seria o topo do topo da gama de gráficas para o mercado de consumo da Nvidia. Mas a realidade é muito diferente. A 295 é um hardware severamente limitado pela ânsia de reduzir o preço, o consumo de energia e também o ruído. Assim, a Nvidia reduziu a velocidade dos GPU e das memórias. A quantidade de memória onboard também é estranha, visto que apenas tem 1700 MB e uns trocos. Tal deve-se a mais uma limitação, desta feita no gestor de memória. Como mostrámos numa edição anterior da PCGuia, duas placas 285 em SLI são consistentemente mais rápidas do que uma 295. Devido a este “tiro no pé” da Nvidia, criou-se um espaço no mercado para um produto gráfico dirigido aos clientes que procuram máquinas de alta performance. Este espaço foi aproveitado pela Asus, que simplesmente pegou em dois chips da 285 mais quatro GB de RAM GDDR3 e fez uma placa com uma

PCGUIA

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HARDWARE

OS TESTES

Neste teste utilizámos um sistema baseado num processador Intel Core I7 965 Extreme Edition com uma motherboard Asus P6T6 Revolution, 8 GB de RAM a 1066 MHz. O nosso monitor de 24 polegadas tem uma resolução máxima de 1920X1200. O sistema operativo foi o Windows Vista 64 bit com o SP2. Como termo de comparação para os gráficos utilizámos uma placa gráfica 295.

O SOFTWARE UTILIZADO FOI: Far Cry 2 Fallout 3 Call of Duty: World at War Crysis Warhead 3d Mark Vantage Asus Mars

GTX 295

Farcry 2 (DX10, 8x AA e 16xAF) FPS: mais é melhor

108 100 94 87 87 78

1280x1024 1600x1200 1920x1200

40 60 80 100 120 Fallout 3 (DX9 8x AA, HDR, Detalhe Ultra) FPS: mais é melhor

96 96 98 97 93 92

1280x1024 1600x1200 1920x1200

40 60 80 100 120 Call of Duty (DX9 4x AA, 16X AF, todas as outras configurações no máximo) FPS: mais é melhor

92 86 89 88 89 86

1280x1024 1600x1200 1920x1200

40 60 80 100 120 Crysis Warhead (DX10, AA 2X MSAA,

modo Gamer)

FPS: mais é melhor

80 78 68 65 60 58

1280x1024 1600x1200 1920x1200

40 60 80 100 120 3D Mark Vantage

edição limitada de 1000 unidades, chamando-lhe Mars. Na realidade, a Mars são duas placas distintas interligadas por uma “ponte PCI”, tal como na 295. Aliás, para os drivers a Mars é uma 295, visto que a Nvidia não desenvolveu drivers específicos para este modelo. O sistema SLI é interno, não havendo qualquer tipo de intervenção por parte do utilizador. Externamente, esta placa é um monstro. Tem provavelmente mais de 1 quilo de cobre nos dissipadores de calor. A ventoinha é maior do que as de muitos CPU. Como seria de esperar, a Mars ocupa o espaço de dois slots. E se tiver mais 1200 euros por aí à mão, para além dos que já gastou, pode ligar mais uma e fazer um sistema SLI. As saídas incluem um HDMI e dois DVI. Se quiser adquirir uma Mars, um dos factores que tem de ter em conta é o facto de um computador com subsistema gráfico deste tipo gastar mais energia do que um computador “tradicional”. O consumo medido em carga no nosso sistema de teste oscilou entre os 510 e os 560 watts. Por isso, é recomendável a instalação de uma fonte de alimentação com

capacidades entre os 850 e os 1000 W, se quiser instalar duas placas destas. Outro factor é a temperatura. Afinal de contas são dois GPU e dois conjuntos de memória a produzir calor. Nas nossas medições, a Mars aqueceu até aos 55 graus em idle e até aos 90 graus em carga sem qualquer tipo de overclocking. Estes valores são bastante aceitáveis, mas não se esqueça de configurar a arrumação interna da sua máquina para optimizar a circulação de ar, arrumando os cabos o melhor possível e não obstruir as entradas de ar. É precisamente no sistema de arrefecimento que descobrimos o primeiro aspecto menos bom da Mars. Quando a placa está em idle, por exemplo, no desktop do Windows, os níveis de ruído são muitíssimo baixos. Mas, quando “se puxa por ela”, a nossa sala de testes transforma-se num terminal de aeroporto. O ruído produzido pela ventoinha torna-se muito incomodativo ao fim de algum tempo. Por isso, invista também nuns bons auscultadores, de preferência com cancelamento activo de ruído. Nem quero pensar em duas placas a trabalhar ao mesmo tempo... P.T.

3Dmarks: mais é melhor

GPU Score

22680 21853

21000 21500 22000 22500 23000

Nota-se que nos gráficos DX9, principalmente nas resoluções mais baixas, a Mars não é tão eficaz como devia, tendo em conta a “artilharia” de que dispõe. Já nas resoluções mais altas notam-se as diferenças, muito por culpa da maior velocidade de relógio, que permite o processamento mais rápido de grande quantidade de informação de cada vez. No 3Dmark, a Mars brilha. Este software de testes sintéticos simula a utilização da placa em vários tipos de ambientes, puxando-a ao limite. 22 | PCGUIA

FABRICANTE ASUS n PREÇO 1093 EUROS n CONTACTO 707 500 310 n SITE PT.ASUS.COM

CONCLUSÃO

A resposta à pergunta inicial, se vale ou não a pena, é sim. Vale a pena. Mas quase 1200 euros é puxado... No entanto, se tiver orçamento e quiser jogar qualquer coisa com as configurações todas no máximo, incluindo processamento de física por hardware, a Mars não o desiludirá; é mesmo a mais rápida de sempre, ainda que por uma “unha negra”. Ah! E se quiser jogar por muitas horas seguidas, não se esqueça dos auscultadores.



HARDWARE

TOSHIBA SATELLITE A500-149 Dá para ver filmes e televisão analógica ou TDT, para jogar e para muito mais DESIGN

Afinal, o entretenimento pode levar-se para todo o lado 4

PORTABILIDADE

4

DESEMPENHO

6

VEREDICTO 9

Felizmente, os fabricantes constataram há algum tempo que os portáteis de entretenimento não têm necessariamente de ter um ecrã de 17 polegadas, cinco quilos de peso e uma autonomia aquém das duas horas. Isso é perfeitamente demonstrado por esta unidade dv3-2150ep da HP, um modelo com ecrã HP LED BrightView com 13,3 polegadas e resolução máxima de 1366 x 768. Com uma construção sólida, o Pavillion conta ainda com um design interessante e alguns pormenores que fazem diferença nesta matéria, como é o caso do logótipo da HP na tampa que se acende sempre que a máquina está a trabalhar. Entre as principais características, o dv3-2150ep conta com Windows Vista Home Premium 64 bits com Service Pack 1, processador Intel Core2 Duo P7350 a 2 GHz, 4096 MB de RAM DDR2 (expansíveis até 8 GB), disco SATA de 5400 rpm com 320 GB, unidade óptica DVD Writer Lightscribe Super Multi (compatível com os formatos +/-R +/-RW) com suporte para dual layer, bateria de iões de lítio (Li-Ion) com seis células, suporte para as normas de comunicações sem fios 802.11 b/g e Bluetooth e cerca de 2,20 quilos de peso. A juntar a isto, conta ainda com elementos como três portas USB 2.0 (uma delas partilhada com a ligação eSATA), uma HDMI e uma slot ExpressCard/34. Existe ainda espaço para um leitor de cartões multimédia cinco-em-um, ligação Gigabit e webcam. O desempenho não é (nem seria de esperar que fosse) tão sólido como o de muitos portáteis de entretenimento de maiores dimensões, mas mesmo assim os 3377 pcmarks obtidos no PCMark Vantage dão-lhe margem de manobra para conseguir lidar com filmes ou jogos – mais com os primeiros do que com os segundos e desde que não se abuse. No entanto, a portabilidade e a maior autonomia são trunfos fortes, tal como o seu preço apelativo, bem abaixo dos mil euros. J.P.F.

FABRICANTE HP n PREÇO 849 EUROS n CONTACTO 808 210 492 n SITE WWW.HP.PT

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CARACTERÍSTICAS

4

PREÇO

6

VEREDICTO 9

HP PAVILLION DV3-2150EP CARACTERÍSTICAS

4

São quase três quilos de portátil, é certo, mas pode dizer-se neste caso que o Satellite A500-149 vale cada grama. Vocacionado para o entretenimento (não falta o telecomando de generosas dimensões), tem no generoso ecrã de 16 polegadas, no sistema de som e na reconhecida qualidade de construção da Toshiba os seus principais trunfos. Aliás, a qualidade de construção não se mede apenas na componente física da questão. Também na parte lógica, a Toshiba dotou o A500 das habituais ferramentas de segurança, gestão e poupança de energia e entretenimento, nomeadamente o sensor 3D de impactos sobre o disco rígido, a ferramenta Toshiba PC Health Monitor, o botão Eco Power-saving e a barra multimédia com oito sensores tácteis e a tecnologia Face Recognition da própria Toshiba. O sistema operativo utilizado é o Windows Vista Premium de 32 bit ou 64 bit Em termos de hardware, destacam-se os 6 GB de RAM DDR2 a 800 MHz, a placa gráfica ATI Radeon HD4650 com 2301 MB de memória total DDR3 (1024 MB dedicados + 1277 MB partilhados com a RAM) e o disco rígido S.M.A.R.T com 500 GB e interface SATA (5400 rpm). Sobressai ainda a saída HDMI-CEC (REGZA-Link) com suporte formato de sinal 1080p. Na parte multimédia, e para além do ecrã TFT de 16" com resolução WX CSV HD TB (1366x768, formato 16:9), inclui altifalantes Harman Kardon que melhoram a eficácia do sistema de som Toshiba Bass Enhanced. No que concerne ao desempenho, atingiu os 4298 pontos no PCMark Vantage, e mesmo usando AA e AF, não se ressente. Só é realmente pena o peso (2,76 kg) e a autonomia da bateria, que se fixa em torno das duas horas. No entanto, se tiver o dinheiro disponível e a necessidade de ter um laptop com estas características, deverá tê-lo no topo da lista de possibilidades. J.P.F.

FABRICANTE TOSHIBA n PREÇO 1399 EUROS n CONTACTO 707 265 265 n SITE WWW.TOSHIBA.PT


NOX KRYPTON 900 W Destinada aos entusiastas dos jogos, conta com a sempre importante certificação 80+ Bronze A FJMPC enviou-nos o modelo do meio da nova gama Krypton da NOX, que anuncia uma potência máxima de 900 W e certificação 80+ Bronze. Quer isto dizer que a eficácia é elevada, fixando-se nos 86 por cento com 50% de carga. Melhor ainda, tem já suporte para os novos processadores da Intel (Core i7 e Core i5), para além de ser compatível com sistemas SLI, Quad SLI e CrossFireX, o que faz deste um modelo indicado para quem gosta de sistemas gráficos poderosos. Apresenta ainda uma gestão modular de cabos, PFC activo e uma ventoinha de 140 milímetros com controlo automático de velocidade, cujo verde florescente poderá não agradar a todos, mas contribui para uma operação silenciosa e eficaz e até resulta visualmente bem pelo contraste criado com a

grelha preta que a protege. O que estraga a pintura, contudo, é a aplicação desta mesma cor nos oito conectores, que dão acesso a um vasto número de ligações que, graças à modularidade do sistema, faz com que possa evitar uma maior confusão dentro da caixa. A Krypton de 900 W tem ainda um apreciável leque de protecções contra a sobre e subvoltagem, o excesso de carga, o curto-circuito e o sobreaquecimento. Potência estável e eficaz, é o que se pretende de uma fonte de alimentação moderna, que seja capaz de dar aos componentes do PC uma maior durabilidade. A NOX não o faz com um grande alarido, mas cumpre com competência. O modo silencioso de operação e a eficácia agradam, mas o design – apesar de ser subjectivo – poderia ser, quanto a nós, mais consensual. J.P.F.

COOLER EFICAZ E SILENCIOSO

DESEMPENHO

DESIGN

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR FJMPC ■ PREÇO 145 EUROS ■ CONTACTO 243 306 700 ■ SITE WWW.NOX-XTREME.COM ■ FICHA TÉCNICA 900 W DE POTÊNCIA, 6 LINHAS SEPARADAS DE 12V LIGAÇÕES 1X 20/24 PIN PARA MOTHERBOARD, 1X 12V 4+4 PIN PARA CPU, 8X SATA, 8X 4PIN PARA PERIFÉRICOS, 2X 6 PIN PARA PCI-E, 2X 6+2 PIN PARA PCI-E, 1X FDD


HARDWARE VIEWSONIC PC MINI VOT120 802.11N

4

COMPACTO

4

SEM HDMI

6

VEREDICTO 7

DISTRIBUIDOR VIEWSONIC n PREÇO 279 EUROS n SITE WWW.VIEWSONIC.COM

FUNTWIST ION FIONO 330/1

HDMI

4

DESEMPENHO

4

SEM SO

6

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR ASSISMÁTICA n PREÇO 314,16 EUROS n CONTACTO 217 510 210 n SITE WWW.FUNTWIST.COM

FUNTWIST ION FIONO 330/1 VS. VIEWSONIC PC MINI VOT120 Duas propostas diferentes na génese mas semelhantes na função Mini-PC há muitos. Porém, nem todos são funcionais, práticos ou até mesmo elegantes. Não se pode dizer que estas duas propostas da Funtwist e da ViewSonic sejam elegantes, mas sem dúvida alguma que são funcionais e práticas, sobretudo o PC mini VOT120, um dispositivo ultra-compacto que tem aliás metade do tamanho do Fiono 330/1. Ambos rondam a casa dos 300 euros, um por excesso (Funtwist), outro por defeito (Viewsonic). Vamos ver em que mais diferem e como se comportam. Comecemos a comparação de argumentos pelo Funtwist. A qualidade de construção fica alguns pontos abaixo face ao ViewSonic, sendo os plásticos utilizados de pior qualidade. No entanto, compensa o menor rigor estético com um útil leitor de cartões (compatível com os formatos SD, MMD e SDHC), uma porta USB extra (apresentando um total de cinco) e uma ligação HDMI. As ligações do Fiono distribuem-se pelo painel frontal, onde tem duas fichas USB ao lado do botão de ligar/desligar (que contém as luzes led de diagnóstico), painel lateral, onde conta com o leitor de cartões, uma porta USB e as ligações para saída de áudio e entrada de microfone, e painel traseiro, onde estão as fichas S/PDIF (que também não existe no VOT120), HDMI, eSATA, USB (duas), DVI, LAN gigabit e alimentação). Quanto ao ViewSonic, e para além do maior primor estético, conta com duas outras vantagens face ao equipamento da Funtwist – o botão de reset, que poderá fazer falta quando o 26 | PCGUIA

sistema bloqueia (e nem o plano A, nem o B, nem o C resultam), e a ranhura Kensigton para a colocação de um cadeado. De resto, e face à menor dimensão, tem apenas o essencial, que contudo iguala a proposta da Funtwist, com a excepção do leitor de cartões e da porta USB extra. No entanto, apenas os painéis frontal e traseiro são contemplados com ligações, isto também porque a disposição do VOT120 é diferente, privilegiando-se uma utilização vertical, ao passo que no Fiono a posição da caixa é nitidamente horizontal. Face às características físicas, estes equipamentos são naturalmente limitados em termos de expansão de hardware, já de si limitado quanto a especificações. Tanto o Funtwist como o ViewSonic assentam numa plataforma Intel Atom (N330 Dual Core a 1,6 GHz e N270 Dual Core a 1,6 GHz, respectivamente) e as unidades testadas albergavam um disco SATA de 2,5” com 160 GB. Em relação à RAM, o Funtwist conta com 2 GB de memória SDRAM DDR2 até um máximo de 4 GB, enquanto o ViewSonic pode ter 2 GB nas mesmas condições mas só inclui 1 GB de série. Diferentes são ainda as abordagens em matéria de suporte a redes sem fios – o primeiro é compatível com 802.11b/g enquanto que o segundo acresce a norma 802.11n, o que acaba por ser uma grande vantagem para quem pretender usar esta opção wireless, tendo o VOT120 um sinal mais forte e uma cobertura mais abrangente. Também por serem caixas pequenas, é natural que o aquecimento e o consequente ruído da ventoinha do cooler seja

um problema – um aspecto a rever em futuras revisões destas propostas. As plataformas gráficas utilizadas são naturalmente integradas onboard, sendo a Nvidia 9400 com suporte CUDA a opção no Funtwist e a tradicional arquitectura GMA950 da Intel utilizada no ViewSonic. Tudo isto reflecte-se em matéria de desempenho. O Fiono tem um tratamento mais célere das tarefas que são dadas a desempenhar e o facto de ter uma porta HDMI (com som) e suporte CUDA faz muita diferença quando se quer jogar ou ver conteúdos em alta definição, apesar de no modo 1080p ser praticamente inviável ver uma sequência de imagens fluida, recomendando assim o modo 720p. Em suma, estamos a falar de duas propostas destinadas ao mesmo tipo de mercado, mas que apesar de serem muito semelhantes nas funcionalidades oferecidas divergem na génese de concepção. O Funtwist é mais simples na construção mas muito mais recheado em termos de ligações e funcionalidades, o que acaba por pesar no preço. No entanto, os 35 euros que custa a mais face ao VOT120 acabam por ser plenamente compensados face às características extra oferecidas. Quanto ao ViewSonic, é um equipamento que prima pela forma compacta mas que peca nalgumas matérias, sobretudo por não ter uma ligação HDMI. Atenção apenas a um último aspecto importante: o Fiono é vendido sem sistema operativo (pode perfeitamente albergar o novo Windows 7) ao passo que o ViewSonic já traz o Windows XP Home Edition. J.P.F.


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HARDWARE

MEMUP MEDIAGATE NX HD COMPATIBILIDADE

4

CONFIGURAÇÃO DA REDE

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MENUS

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6

VEREDICTO 7

MEMUP MEDIAGATE NX HD VS. ASUS O! PLAY A PCGuia passou uns dias a ver filmes para tentar descobrir qual é o melhor leitor de media HD sem disco

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Quem tem um televisor LCD ou um plasma tem, de certeza, a hipótese de ver TV em alta definição, nem que seja na sua expressão mínima, os 720p. Para além dos serviços de TV por cabo, sejam eles da Zon, Meo ou Clix, a única forma de ter alta definição é adquirindo um leitor de Blu-ray ou um leitor de media. Até há pouco tempo, só existiam leitores de media que ao mesmo tempo eram discos rígidos. Esta solução tem as suas vantagens, mas também desvantagens, como o preço e o facto de terem uma configuração fixa. Para ultrapassar este contratempo, surgiram agora os media players, que são caixas apenas com os circuitos de descodificação e entradas USB, eSATA e rede para a ligação aos sistemas de armazenagem dos conteúdos. É o caso do Mediagate NX HD, da Memup, e do Asus O! Play. Em termos de compatibilidade, estes dois leitores são muito idênticos. Ambos são compatíveis com vídeo comprimido em DivX, Xvid, H.264 e MPEG 1/2/4. Os formatos suportados são AVI, MOV, MKV e TS. O

leitor da Asus ainda suporta FLV e RM. Estes dois leitores também são capazes de ler imagens de DVD em formato ISSO, o que permite manter todos os atributos dos originais, como menus e extras. Os formatos de legendas compatíveis são: SMI, SUB, SRT. No campo do áudio suportam: MP3, WMA, AAC, OGG, FLAC e AIFF. No que toca a fotos, lêem: JPEG, BMP, GIF, TIFF e PNG.

O HARDWARE O Mediagate NX HD é um objecto com um acabamento preto-piano. Na frente, tem uma fileira de luzes LED que indicam a presença de energia, a actividade de rede, a ligação HDMI e a actividade da ligação USB. Na parte de trás, estão as ligações de energia, HDMI, áudio digital óptico, áudio digital coaxial, vídeo composto, RCA estéreo, rede 10/100 Mbps e uma entrada USB. Aqui as coisas começam a complicar-se, porque só há uma única ligação USB. Mas, já lá vamos. O Asus O! Play tem sensivelmente o mesmo tamanho, embora o acabamento seja baço. Na parte da frente tem apenas dois LED; um para


ASUS O!PLAY INTERFACE

FABRICANTE ASUS n PREÇO 91,56 EUROS n CONTACTO 707 500 310 n SITE PT.ASUS.COM

a indicação de energia e outro para a actividade USB. Na parte de trás possui as mesmas ligações que o Mediagate, menos a USB, que foi colocada do lado esquerdo, em conjunto com a entrada eSATA.

INSTALAÇÃO Aqui é que as coisas correm mesmo mal para o Mediagate. As ligações são muito fáceis de fazer. Liga-se o HDMI, depois a energia, e já está. Se quiser usar uma drive USB, basta ligá-la. Se quiser usar rede, esqueça. Tem de desproteger tudo, senão o Mediagate não vê as pastas partilhadas. Como o leitor calculará, isto é um sério problema de segurança. O Mediagate tem interface em Português – macarrónico, mas ainda assim podemos dizer que se aproxima muito da língua de Camões. No entanto, há algumas opções que trabalham pela negativa, ou seja, para as ligar tem de desligar outras, nomeadamente no que respeita à resolução. Se quiser colocar o aparelho em 1080p, tem de desligar os 720p. Enfim... A instalação do Asus é exactamente igual, mas com a vantagem de não ser necessário abrir um buraco de segurança maior que o do ozono na nossa rede doméstica. Infelizmente, para os nossos amigos de Taiwan, a Europa

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CONFIGURAÇÃO

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NÃO ESTÁ EM PORTUGUÊS

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VEREDICTO 9

acaba em Badajoz, por isso, nada de Português na interface.

COMANDOS À DISTÂNCIA O comando do Mediagate é daqueles finos, com botões de borracha salientes. O alcance é bom, embora seja necessário apontar de frente para o aparelho. O comando do Asus é maior, mas utiliza a mesma borracha para os botões. Sofre também do problema da orientação. Por isso, se quiser uma resposta pronta, tem de o usar de frente.

INTERFACE A interface do Mediagate é muito simples. O ecrã inicial mostra três opções: Network PC para usar a ligação em rede, USB Disk e Setup. Para aceder a qualquer tipo de conteúdo, basta escolher, por exemplo, USB Disk e o aparelho via procurar todos os tipos de conteúdos compatíveis que lá se encontram. A interface do Asus é um pouco mais elaborada, apresentando um “carrossel” de ícones. A navegação é feita de um modo diferente do Mediagate; primeiro escolhe-se o tipo de conteúdo e só depois o dispositivo de armazenagem, seja rede, USB ou eSATA. Depois de se escolher o tipo de conteúdo e o sítio onde está guardado, o O!Play apresenta

uma lista; assim que se passa a barra de selecção por um item aparece uma antevisão numa janela do lado direito. É um “miminho” que dá muito jeito quando estamos a ver uma série e não nos lembramos em que episódio ficámos.

QUALIDADE E COMPATIBILIDADE A qualidade de imagem do Mediagate não é má, mas detectámos algumas incompatibilidades com ficheiros ISO e alguns MKV. Claro que é uma coisa que facilmente se corrige com uma actualização do firmware. No caso do O!Play não tivemos quaisquer problemas, embora alguns ISO sofressem de soluços. Isto pode ter-se ficado a dever a recodificações mal feitas ao aparelho, mas, tal como no caso anterior, são coisas perfeitamente corrigíveis. Apesar destes dois dispositivos serem muito semelhantes nas características e mesmo na forma de funcionar, existem aspectos que numa comparação directa dão a vantagem ao Asus, nomeadamente, a configuração de rede e o funcionamento da interface. Claro que tudo pode mudar, visto que com uma actualização do firmware se resolvem muitos problemas. No entanto, neste momento, o O!Play é uma opção mais inteligente do que o Mediagate.P.T. PCGUIA

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SOFTWARE

WINDOWS MOBILE 6.5 Uma interface simples, mais gráfica e funcional é uma das novidades INTERFACE

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LEVE

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AINDA ENCONTRAMOS JANELAS ANTIGAS

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VEREDICTO 8

FABRICANTE MICROSOFT n SITE WWW.MICROSOFT.COM/PORTUGAL

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Este ano, no GSMA Mobile World Congress, espreitámos a nova versão do sistema operativo móvel da Microsoft. Agora, no mês do seu lançamento oficial, não poderíamos deixar escapar a oportunidade de o experimentar antes de chegar às lojas. Já em Barcelona deu para perceber que a Microsoft tinha abraçado a modernidade e desenhado o seu sistema para responder às necessidades dos utilizadores. Com quê? Com um ecrã principal mais apelativo, mais funcional, e moldado à era táctil. Mas será que podemos dar nota 5 ao novo Windows Phone? Sair do caos de múltiplas opções inatingíveis para esta geração táctil, em que o antigo sistema se encontrava, (dá para perceber que não gostávamos de algumas coisas) nem era uma tarefa muito difícil. Assim que ligámos o aparelho, um Samsung Omnia Light, ficámos surpreendidos. Por baixo da skin deste fabricante estava um sistema mais rápido, bem polido e com opções de menu intuitivas e funcionais. E os segundos menus? Agrupados em lista, com espaços grandes, de fácil acesso e compreensão. Tudo estava a correr sem problemas quando nos lembrámos de consultar o que a Microsoft tinha feito a uma das áreas mais complicadas do seu sistema anterior: a configuração das redes. E de repente tudo foi por água abaixo. Por baixo do ecrã principal e do segundo ecrã encontrámos o velho e penoso painel de configuração, com aqueles pequenos links de Gerir Ligações Existentes, por exemplo, aos quais nem com esforço conseguimos chegar com o dedo. Quando carrega no Windows Media Player poderá constatar que as opções da biblioteca são muito pequenas e de difícil acesso. Por muito

poucas que sejam as vezes que se recorra a estas opções vão ser sempre momentos complicados, podemos garantir. Porque é que optaram por enterrar os antigos ecrãs duas ou três camadas abaixo e não continuaram o bom trabalho que fizeram com os ecrãs principais? Outra coisa criticável é o pequeno quadrado de OK que aparecia no canto superior direito; continua assim mesmo, pequeno, muito pequeno para ser controlado pelo dedo. É claro que existem também pontos positivos. O facto de haver agora um Windows Marketplace for Mobile vai também contribuir para o feedback positivo dos utilizadores. Para além disso, as opções de uso diário estão lá, devidamente remodeladas e acessíveis. Encontrar uma rede Wi-fi é bastante simples, por exemplo. O Microsoft My Phone, é o novo serviço que faz este sistema ganhar pontos. Trata-se de um serviço que permite o backup dos conteúdos que existem no terminal, ou mesmo a eliminação de todos eles remotamente, no caso de perda ou roubo do telefone. A informação pode ser acedida e editada via Web. O Internet Explorer Mobile também foi redesenhado (felizmente) e apresenta agora uma interface muito mais amigável e controlável através de um ecrã táctil. O Adobe Flash Lite aparece disponível. No global, a versão 6.5 não veio revolucionar nada. Apenas se veio colocar a par da modernidade e do que muitos fabricantes já hoje fazem. Apesar de muito melhor, sentimos que podiam ter limado ainda algumas arestas que castigam, essencialmente, a usabilidade, um dos factores mais importantes para os utilizadores actuais. S.E.



SOFTWARE

MCAFEE TOTAL PROTECTION 2010 Herda uma grande parte da versão 2009, incluindo o preço, mas apresenta algumas diferenças EFICÁCIA

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PRONTO PARA WINDOWS 7 (32 E 64 BIT)

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INTERFACE GRÁFICA

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VEREDICTO 9

EDITORA MCAFEE n PREÇO 79,95 EUROS n CONTACTO 800 780 909 n SITE WWW.MCAFEE.COM/PT/ n REQUISITOS DE SISTEMA MICROSOFT WINDOWS 2000 SP4/XP SP2/VISTA E 7 32 OU 64 BIT, CPU A 1 GHZ, 512 MB DE RAM, 250 MB DE ESPAÇO DISPONÍVEL EM DISCO

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A McAfee já tem à venda a nova gama de produtos para 2010, na qual se destaca a solução McAfee Total Protection 2010, uma suite completa que disponibiliza todas as ferramentas necessárias para quem procura uma forma de se proteger online. Nesse sentido, o Total Protection 2010 integra diversos módulos. O Antivírus e Anti-spyware permitem detectar, bloquear e remover vírus, spyware e adware; o Anti-phishing, alerta o utilizador face aos websites que podem tentar roubar dados relativos à sua identidade; o módulo Protecção de Identidade assiste-o nas compras, nas transacções e na utilização de serviços bancários, contribuindo para uma experiência online segura. Igualmente fundamental é a presença do módulo Protecção de Firewall de duas vias, que contribui para uma utilização segura da Internet, mantendo os hackers e as tentativas de intrusão à margem do PC. O guia de classificações de segurança de websites também se mantém da versão 2009, isto graças à incorporação da tecnologia McAfee SiteAdvisor. Esta tecnologia ajuda o utilizador a fazer pesquisas e transacções online em segurança, dando-lhe classificações (esquematizadas em cores) que o avisam face ao conteúdo disponível em determinados sites da Web, que podem não só comprometer a sua identidade como também a estabilidade do sistema. Apesar de o produto se manter muito fiel face à versão 2009, que foi analisada pela PCGuia há cerca de um ano e que mereceu o Ouro, existem algumas diferenças, que se fazem notar, principalmente no leque das novas funcionalidades. Passam a constar nesta lista nomes como Active Protection ou Quickscan, tecnologias que permitem, respectivamente, fornecer uma protecção mais rápida contra ameaças maliciosas que ataquem o PC – sendo que as ameaças novas e emergentes serão, de acordo com a McAfee, analisadas e bloqueadas numa questão de milissegundos – e procurar ameaças nas áreas mais frequentemente visadas. Tal como já tinha acontecido na versão 2009, o desempenho também foi revisto, o que envolve não só a questão do arranque e dos tempos de análise, como também o funcionamento “silencioso” em segundo plano sempre que estiver a jogar, ver vídeos e usar aplicações. A protecção contra phishing também foi optimizada de modo a manter a caixa de correio electrónico o mais possível livre de e-mails fraudulentos e ofensivos. Expressamente visando os computadores portáteis, a versão 2010 apresenta ainda uma

funcionalidade de optimização da energia que permite aumentar o tempo de vida útil da bateria. Nesse sentido, o Total Protection 2010 permite adiar as análises agendadas até que o computador seja ligado a uma fonte de energia e pode ser definido para desligar automaticamente o PC após ter sido feita uma análise, o que sempre ajuda a poupar energia. Outras funcionalidades a destacar passam pela monitorização de rede, que alerta o utilizador sempre que houver intrusos a tentarem ligar-se à sua rede doméstica, pelas buscas adequadas à idade, em que o Total Protection 2010 permite definir automaticamente os níveis adequados de filtragem de conteúdos de motores de busca populares, e o suporte de controlos parentais para o Google Chrome, para que as crianças fiquem mais protegidas quando navegam online. Mas as funcionalidades não ficam por aqui. Igualmente importantes são aspectos como o McAfee SecurityCenter, que fornece ao utilizador um ecrã de estado de segurança fácil de ler e que lhe permite colocar-se numa posição de controlo, com opções personalizáveis, e o McAfee SystemGuards, que o avisa quando o computador apresenta comportamentos que indiciam actividades relacionadas com vírus, spyware ou intrusão de hackers. O modo Furtivo é sempre uma boa opção para quem prefere tornar o seu sistema invisível a hackers; já a função Shredder permite remover eficazmente qualquer histórico de ficheiros confidenciais do computador. A função de cópia de segurança de dados também tem grande utilidade, ao permitir guardar automaticamente cópias dos ficheiros mais valiosos, sendo compatível com variados suportes, tais como CD, DVD, dispositivos de armazenamento USB, unidade de disco externo ou rede. No breve contacto que foi possível ter antes do fecho desta edição, o Total Protecion 2010 não comprometeu, mantendo-se estável quer no Windows Vista, quer no novo 7. Se a licença da versão 2009 que tem no seu PC está a terminar e tem de a renovar, o Total Protection 2010 é uma sequência natural, até mesmo em termos de interface gráfica (que já tínhamos criticado na análise à versão 2009). Para os novos utilizadores, é uma aposta segura. Atenção apenas ao esquema de licenças, que é agora de três utilizadores para um ano, mesmo que se trate das versões McAfee Internet Security (cujo preço desce para os 69,95 euros) e McAfee Family Protection (29,95 euros), que compõem a restante gama 2010. J.P.F.



TECNOMUST

IPOD NANO A quinta geração do iPod nano traz finalmente algo mais do que toques de cor. O acrescento de maior relevo é sem dúvida a câmara. A qualidade que oferece é surpreendente. Apesar de não passar de uma VGA, consegue realizar bons vídeos, mesmo em ambientes interiores. É pena não permitir tirar fotografias. Agora, e temos de focar bem isto, de todos os locais que a Apple podia ter escolhido para colocar a câmara, porquê no canto inferior direito, onde toda a gente segura o aparelho? Vários problemas. Torna a filmagem muito desconfortável, sendo quase impossível filmar com o aparelho na vertical sem fazer uma ginástica estranha, e a lente está sempre em contacto com a mão. A Apple inclusive esqueceu-se deste pormenor quando filmou o anúncio televisivo do nano... a mão aparece a tapar a câmara. Com o rádio FM e o gravador de voz veio uma pequena coluna, capaz de oferecer uma qualidade de som muito boa para os vídeos e voz. O ecrã passou de 2” para 2.2”, um salto pequeno mas muito positivo na experiência de navegação. O pedómetro é mais engraçado de usar do que científico, mas no ginásio pode ser um bom ajudante. S.E. QUALIDADE DA CÂMARA

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ECRÃ

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POSIÇÃO DA CÂMARA

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VEREDICTO 9

FABRICANTE APPLE n PREÇO 169 EUROS (16 GB) n CONTACTO 800 207 758 n SITE WWW.APPLE.COM.PT

ZTC B2I A ZTC voltou à carga com novos terminais e a PCGuia deitou mão ao telemóvel mais acessível para os portugueses (honrando os tempos de crise). A marca manteve o foco nos Dual SIM, mas adicionou ao B2i, um ecrã táctil de 2”. O ecrã responde bem ao toque com o dedo, e só necessita da ajuda da caneta em algumas opções mais pequenas, onde o dedo não chega. Trata-se de um telefone básico com uma câmara de 2 MP, capaz de gravar vídeos, um leitor de áudio e rádio FM. A gestão dos dois cartões é fácil, mas é importante que tenha presente que o cartão 1 é rei e senhor da maioria das opções. O cartão dois vê o seu acesso negado a algumas opções, como o GPRS e, por arrasto, as MMS, o correio de voz, entre outras. O que podemos dizer que falta? O facto de ser dual band pode restringir quem viaja para fora da Europa. Se dispensa um triband, então este terminal pode ser uma boa opção. Não espere milagres da câmara de filmar e da bateria. S.E. DUAL SIM

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PREÇO

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DUAL BAND

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DISTRIBUIDOR AVEICELLULAR n PREÇO 129,90 EUROS n CONTACTO 234 540 110 n SITE WWW.ZTC.PT

SAMSUNG GT B3310 Está 100% orientado para os jovens e vem equipado com tudo o que estes consumidores privilegiam, sem pecar no preço. Este modelo seria em tudo semelhante aos sliders clássicos da Samsung não fosse o teclado numérico que exibe à esquerda e o teclado QWERTY que esconde. Designado por Compact Socializer, este terminal dá primazia à dimensão e à comunicação. Trata-se de um slider, mas o teclado está disposto na horizontal permitindo a escrita com as duas mãos. As teclas são pequenas, mas funcionais e desenhadas para facilitar a escrita. Tem um leitor de música, e uma pequena câmara de 2 MP, capaz de gravar vídeos, que oferece uma qualidade bastante boa. Infelizmente, os 32 MB de memória vão obrigar o utilizador a investir num cartão se quiser ter música e vídeos no equipamento. A interface está desenhada à medida do segmento a que se destina. É de fácil navegação e coloca à mão os atalhos para as SMS, e redes sociais. É apenas GPRS. S.E. TECLADO

FABRICANTE SAMSUNG n PREÇO 129,90 EUROS n CONTACTO 808 207 267 n SITE WWW.SAMSUNG.PT

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INTERFACE

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MEMÓRIA

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VEREDICTO 8


LG GD900 CRYSTAL As reacções na nossa Redacção foram muito positivas no que toca à estética deste aparelho, marcada por um teclado transparente. Na verdade, os números só ficam realmente mais visíveis quando o teclado é activado. Se desconfia do desempenho, podemos garantir que é óptimo e ainda leva grátis a vibração feedback. O espaço onde se encontra o teclado táctil funciona como um touchpad, com funcionalidade multitouch, o que significa que, se deslizar o dedo para a esquerda ou para a direita, consegue mudar os ecrãs. Também pode usá-lo como tapete de rato durante a navegação na Web ou aproveitar o reconhecimento de escrita com o dedo. A mais-valia é nunca ter de tocar no ecrã do terminal. Extremamente completo, este terminal consegue satisfazer as necessidades de quem gosta de entretenimento e necessita de uma ferramenta de trabalho personalizada, com câmara de 8 megapixels, gravador de vídeo, suporte para Microsoft Exchange e câmara para videochamada. Os quatro ecrãs personalizáveis facilitam a gestão das aplicações e permitem o acesso rápido aos contactos, à componente multimédia, aos atalhos favoritos e a uma série de widgets. A câmara está protegida pela estrutura do teclado, pelo que só pode ser operada com o terminal aberto. No geral este modelo é mais do que apenas bonito. S.E.

DESIGN

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DESEMPENHO

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CÂMARA

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VEREDICTO 9

FABRICANTE LG n PREÇO 449,90 EUROS n CONTACTO 808 785 454 n SITE HTTP://PT.LGE.COM

TOSHIBA STORE ART 500GB

VELOCIDADE

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INSTALAÇÃO

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ACABAMENTO BRILHANTE

A Toshiba apresentou recentemente a sua nova linha de discos rígidos externos portáteis, de que faz parte este StorE Art. Trata-se de um disco de 500 GB com uma interface USB 2.0 e uma caixa plástica com um motivo em preto e vermelho. A caixa tem um acabamento brilhante e pés em borracha para não escorregar em cima da mesa. Este disco também pode ser comprado noutras combinações de cores. A instalação é tão simples como ligá-lo numa porta USB e começar a copiar coisas lá para dentro. A velocidade é muito interessante. Conseguimos cerca de 30 MB por segundo a ler e a escrever num computador com Windows 7 64 bit. Se precisar de um dispositivo para transportar dados de um computador para outro, este Strore Art 500GB é uma excelente opção. P.T.

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VEREDICTO 8

FABRICANTE TOSHIBA n PREÇO 99,90 EUROS n CONTACTO 707 265 265 n SITE WWW.TOSHIBA.PT

CAMBALL SG-31 Parece saída de um qualquer filme do James Bond, mas não está disponível apenas para os agentes de Sua Majestade. A Camball é uma câmara mínima capaz de gravar até 6 horas contínuas de vídeo a 30 fps reais, em MPEG-4. O vídeo (e áudio) tem muito boa qualidade, se tivermos em conta o seu tamanho. Grava os conteúdos directamente para um cartão SD, (vem com um de 2 GB) e dispõe de saída para TV. Quando ligada ao PC, é reconhecida automaticamente como flash drive, o que facilita imenso o trabalho. Se for usada como câmara de vigilância, pode ser configurada para activar a detecção automática de movimento e áudio (nem todos os modelos suportam esta funcionalidade). Este aparelho permite ainda a reprodução de ficheiros MP3 e MPEG 4. Os controlos, que se encontram na parte de trás, são fáceis de operar após algum treino. Quanto ao preço, é elevado, mas reflecte a flexibilidade que este dispositivo oferece. Existem vários acessórios. S.E. DIMENSÃO

DISTRIBUIDOR SOLEQUIP n PREÇO 179,17 EUROS n CONTACTO 212 765 194 n SITE WWW.SOLEQUIP-PT.COM

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FLEXIBILIDADE

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PREÇO

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TESTE EM GRUPO

O PODER CERTO

COMO TESTÁMOS

Para testarmos correctamente as fontes de alimentação, ligámos cada modelo a uma série infindável de osciloscópios e geradores de sinal. Apesar da aparente complexidade invariavelmente associada a este género de cenário, na verdade os testes até se tornaram simples graças à utilização deste avançado equipamento, bastando monitorizar a quantidade de energia que entrava na fonte e saía depois para os componentes do PC. Foram utilizados ainda termómetros digitais para aferir as temperaturas e simulámos curto-circuitos para observar a reacção de cada uma das três fontes. 36 | PCGUIA


PARA O PC Por muito amigas do ambiente que sejam, as novas gerações de hardware, a evolução dos computadores não pára e consigo arrasta a necessidade de ser cada vez mais e melhor a energia disponível para os componentes, o que só é possível com uma boa fonte de alimentação. Este mês, testamos três excelentes propostas com a certificação 80 Plus

Numa cave perdida de um edifício insuspeito algures no Velho Continente encontra-se um laboratório ultra-secreto repleto de equipamento caríssimo. São 60 mil euros de tecnologia topo de gama do mais recente que existe na Europa e que vai servir para testarmos este mês alguns modelos de um componente que, apesar de ser muitas vezes ignorado ou marginalizado em matéria de importância, tem uma preponderância vital para o bom desempenho e para uma maior longevidade de qualquer PC. Falamos, claro está, da fonte de alimentação. Este banco de testes independente é calibrado numa base temporal regular, não havendo assim margem para resultados duvidosos. Por outro lado, permite testar tudo aquilo que se poderia pensar ser possível testar numa fonte de alimentação. No entanto, o procedimento dos testes em si mesmo é moroso e complicado. Outra coisa não poderia ser quando falamos deste tipo de equipamentos, até porque a nova certificação 80 Plus significa que os fabricantes estão cada vez mais obcecados com a estampagem da respectiva medalha de distinção,

que basicamente garante que esse modelo é capaz de disponibilizar uma eficácia de operação superior a 80 por cento, o que permite optimizar a produção de energia face ao gasto de electricidade. Por outras palavras, são boas notícias quer para o consumidor, quer para o ambiente. De facto, as fontes de alimentação de antigamente eram caixas de poder ineficazes, que não só geravam imenso calor como produziam pouca energia disponível para tanto esforço. Tal como aconteceu com outros componentes para PC, a tecnologia melhorou bastante nos últimos anos e isso traduz-se na utilização de melhores condensadores, de ventoinhas mais eficazes e de arquitecturas de dissipação térmica mais modernas, que quando combinados permitem a todos nós pouparmos alguns euros na factura da electricidade face a um passado não muito distante.

O PAPEL DA CIÊNCIA Testar fontes de alimentação envolve a divisão da potência de entrada pela potência de saída e

depois calcular esse valor em forma de percentagem. Se, por exemplo, houver 208 watts a entrarem desde a ficha eléctrica e 180 watts a saírem para a motherboard e restantes componentes, a eficácia será de 86%. A certificação 80 Plus é atribuída em três gamas, bronze, prata e ouro, sendo a primeira a mais comum. Para obter uma certificação 80 Plus de bronze, uma fonte de alimentação tem de garantir uma eficácia sempre superior a 80% sob cargas de 20, 50 e 100%. Os resultados têm tendência para variarem em função da carga – uma fonte pode conseguir obter resultados espectaculares de eficácia a 20% de carga e depois falhar redondamente quando tem de funcionar a 100%. A sigla 80 Plus premeia as fontes que são capazes de funcionar bem a 50%, um valor que é perfeitamente aceitável para o tipo de utilização de um PC hoje em dia. Para além de medirmos a eficácia, olhámos para a quantidade de energia que passa na fonte durante o arranque do computador, simulámos um curto-circuito para ver como é que a fonte reagia e puxámos cada um dos modelos até ao PCGUIA

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TESTE EM GRUPO

nível de potência máximo que garantisse um funcionamento estável à máquina. De sublinhar que tanto o primeiro teste como o da sobrecarga para ver a reacção do equipamento são dos testes mais importantes que se pode fazer a uma fonte de alimentação; sobretudo o segundo, pois caso um curto-circuito afecte a fonte isso irá certamente ter um impacto negativo nos restantes componentes do sistema, podendo até provocar uma avaria definitiva. Não é, pois, de estranhar que a segurança da fonte de alimentação se tenha tornado recentemente numa funcionalidade importante, sendo aliás muito difícil fazer com que uma fonte moderna se faça “detonar”. Mesmo quando o computador está desligado continua a usar corrente para se manter em standby. Ao premir o botão de ligar, o utilizador completa o circuito e dá a energia necessária ao PC para que este funcione. Para testarmos este aspecto, simplesmente deixamos passar corrente 5VSB pela fonte – e quanto mais baixo for o valor detectado neste modo desligado, melhor. Infelizmente, o maior problema com esta configuração de testes mais elaborada prende-se com o ruído ambiente, que tornou praticamente impossível qualquer tipo de medição fiável. No

entanto, os modelos que testámos têm todos ventoinhas de arrefecimento com ajuste automático de rotação face à temperatura, o que faz com que estas fontes sejam praticamente silenciosas. Tivemos em mãos sistemas modulares e tradicionais. Recorde-se que um sistema modular permite manter o interior da caixa muito mais arrumado na medida em que é possível ligar apenas os cabos que são realmente necessários, optimizando-se assim o fluxo de ar dentro do PC e a consequente melhor refrigeração dos demais componentes. No entanto, existe igualmente uma desvantagem, que é o facto de os sistemas modulares apresentarem uma maior resistência eléctrica. Este problema não se coloca nas fontes de alimentação com um sistema de cabos tradicional, mas, como já sublinhámos, este tipo de fontes vai deixar o interior do PC bem saturado, sobretudo se se tratar de um modelo com elevada potência, pois isso implica mais fichas e mais cabos espalhados para tentar arrumar. Em termos de desempenho a diferença entre os dois sistemas é praticamente imperceptível, apesar de os sistemas não modulares poderem apresentar uma longevidade maior face aos modulares. No caso

X-SPICE CROON 850W TEMPERATURA

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930 W...

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... COM 83% DE EFICÁCIA

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VEREDICTO 8

Pode não ser um nome comercial propriamente apelativo, mas a Croon é uma fonte competente e que se comportou razoavelmente bem nos nossos testes. A X-Spice anuncia-a como um modelo de operação quase silenciosa e a verdade é que ela é mesmo muito pouco ruidosa. Com cargas de 20 e 50% atingiu uma eficácia de 86%, que contudo baixou para os 83% quando foi levada ao limite. O consumo em standby também foi positivo, mantendo-se a corrente nuns baixos 1,78 V. A Croon desligou-se assim que simulámos um curto-circuito em todos os rails e atingiu uma potência máxima de 930 W. Mas onde a Croon realmente se evidenciou foi na temperatura média de funcionamento, que se manteve em níveis muito agradáveis.

FABRICANTE X-SPICE n PREÇO 113,63 EUROS n SITE WWW.X-SPICE.COM

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de estar a pensar num sistema topo de gama, vale a pena comprar uma boa fonte não modular.

FAÇA CONTAS Desde há cerca de um ano a esta parte que muita coisa mudou no interior do PC. Tanto os novos processadores Core i7 como o novo GPU GTX 295 da Nvidia consomem muito mais energia do que versões anteriores, apesar de devermos aplaudir o facto de as actuais evoluções não representarem um salto tão grande em termos de consumo energético como acontecia no passado. Ainda assim, a placa gráfica mencionada é capaz de exigir cerca de 300 watts só para si quando tiver de dar o máximo. Ora, imaginemos um sistema SLI triplo com este monstro e teremos a necessidade de juntar nunca menos de 1000 watts só para os gráficos. Felizmente, existem também bons exemplos. Por exemplo, a chegada das drives SSD e dos discos rígidos de baixo consumo estão a levar o PC no rumo certo. Por exemplo, as unidades baseadas em pratos Western Digital GreenPower precisam de apenas oito watts, o que é um terço do normal nos discos convencionais. Se estiver a construir um PC novo, deverá sempre ter em atenção o aspecto energético e

ENERMAX 1050W REVOLUTION 85+ EFICÁCIA

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CONSTRUÇÃO

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PREÇO

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VEREDICTO 9

Esta fonte de alimentação da Enermax está numa gama de preços inacessível ao comum dos mortais, isso é evidente. Mas não deixa de ser uma excelente fonte, com uma apresentação sólida e uma construção de nível industrial que faz sonhar qualquer um. Com 1050 W de potência, tem também músculo de sobra, sendo por isso indicada para sistemas com várias placas gráficas. Nos nossos testes a Revolution 85+ confirmou que tem uma eficácia superior a 85%, que aliás sobe para os 91% com uma carga de 50%. No máximo, ela desce para os 85% indicados. Tanto na corrente de entrada como no modo standby as coisas não se mostraram tão agradáveis face às adversárias, ficando o consumo um pouco acima da X-Spice e da Coolermaster. FABRICANTE ENERMAX n PREÇO 307 EUROS n CONTACTO 707 782 121 n SITE WWW.ENERMAX.COM


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2 seleccionar criteriosamente os componentes para ver até que gama de potência precisa de ter na sua fonte, de modo a não esbanjar dinheiro sem necessidade. Conte sempre com 40 W para a motherboard, 10 W por módulo de RAM e 5 W por periférico ligado via USB. Para ser o mais preciso possível, reúna a informação necessária e, caso seja mesmo geek, passe-a para uma folha de cálculo e faça as contas. Lembre-se de que estes cálculos servem para o mínimo dos mínimos, devendo adicionar algumas centenas de watts ao valor encontrado. Os rails e os condensadores têm igualmente um papel fundamental, sendo contudo confusos na hora de se tentar perceber o que fazem em concreto e qual a importância da contribuição de cada um deles para o conjunto. Os múltiplos rails de 12 V que os fabricantes colocam nas suas fontes fazem com que a fonte seja capaz de funcionar de forma muito mais discreta, pois a inexistência de um único transístor faz com que seja produzido muito menos calor, o que implica também que o funcionamento do PC se torne muito mais estável. No entanto, ter por exemplo quatro rails de 12 V não significa que existem quatro fontes de energia de 12 V dentro da fonte de alimentação – de facto, a corrente terá

proveniência numa única fonte e será depois dividida em quatro caminhos. É importante ter os rails em consideração na escolha de uma fonte porque eles fornecem precisamente a energia que está a ser exigida pelos gulosos componentes. É relativamente fácil calcular a corrente que está a ser disponibilizada por cada um dos rails – aliás, a maior parte das fontes tem na sua caixa uma tabela a indicar as várias voltagens e amperagens, bastando multiplicar a voltagem pelos amperes para achar o output total em watts. Por exemplo, um rail de +12 V a 30 amps será capaz de dar uma capacidade máxima de 360 watts. As placas gráficas de maior dimensão geralmente trazem duas fichas de energia, pelo que não se deverá preocupar em sobrecarregar um rail até este estourar. O mundo das fontes de alimentação é complicado, mas felizmente está a tornar-se mais acessível para os mais leigos na matéria. Sobretudo porque os fabricantes passaram a dizer a verdade nas suas caixas e a dotar as suas fontes de componentes de qualidade. De resto, uma fonte de alimentação não precisa de ser exemplar, basta que seja boa e que seja bem utilizada para que possa passar anos a dar energia ao seu PC sem qualquer problema.

1

1 TRANSFORMADOR

É a parte da fonte de alimentação que tem como responsabilidade transformar os 240 volts da corrente eléctrica normal para os 12 volts usados pela maior parte dos componentes do PC.

2 CONDENSADOR

Absorve todo e qualquer excesso de corrente e assegura-se de que a fonte de alimentação disponibiliza um fluxo de energia limpo e suave aos componentes, evitando assim os picos ou quebras.

3 VENTOINHA

Uma fonte tem duas ventoinhas (uma no topo para sugar ar fresco e a outra no painel traseiro para expelir ar quente) e são desenhadas para terem tanto espaço livre quanto possível tendo em vista a dissipação térmica.

4 LIGAÇÕES

Em fontes de múltiplos rails, os conectores de 12 V para as placas gráficas e processadores são atribuídos a um rail, enquanto a ficha de 24 V para ligação à motherboard se ocupa de dois rails.

COOLERMASTER UCP 900W Parece mais um cubo de granito do que uma fonte de alimentação mas tem alguns detalhes importantes para quem liga muito ao aspecto, como é o caso do logótipo ficar sempre virado para cima seja qual for a forma como se instale. Melhor ainda é o facto de ter um preço mais acessível face à proposta da Enermax e, mesmo faltando-lhe 150 W face a esta proposta mais musculada, tem ainda assim potência suficiente para alimentar duas placas gráficas e muitos outros componentes. Outra escolha inteligente da Coolermaster tem a ver com o sistema de cabos tradicional em detrimento de uma configuração modular, sendo os cabos de alta qualidade, o que aumenta a longevidade da fonte. Aliás, UCP significa Ultimate Circuit Protection, uma tecnologia que, tal como o nome sugere, visa proteger os componentes desta fonte de 900 W. Inclui ainda um sistema único de arranque suave que evita que a corrente seja induzida abruptamente no PC, tendo de resto obtido a melhor nota nesta matéria nos nossos testes. Os componentes usados são de grande qualidade e os condensadores nipónicos transmitem a confiança habitual, servindo ainda para permitir que a UCP 900 W trabalhe no limite sem qualquer problema. Aliás, esta foi a primeira fonte a obter uma certificação 80 Plus, sendo neste caso prata (a única entre as três), e assim o provou ser ao obter 85% de eficácia em todos os testes. Também mostrou ter o mais baixo fluxo de corrente em modo standby.

85 PLUS PRATA

4

GARANTIA

4

NADA A ASSINALAR

6

VEREDICTO 9

Ficando no centro em termos de resultados dos testes, a UCP 900W ganha a medalha de ouro, e é distinguida como a nossa escolha, sendo assim a vencedora deste braço-de-ferro. A garantia de cinco anos e a estabilidade de funcionamento em qualquer gama de carga fizeram a diferença.

FABRICANTE COOLERMASTER n PREÇO 212,40 EUROS n CONTACTO 219 108 162 n SITE WWW.COOLERMASTER.PT PCGUIA

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TESTE EM GRUPO

RESULTADOS E DESEMPENHO Eficácia energética Carga de 20 por cento

Em percentagem; quanto maior, melhor

X-Spice Croon 850W

83

Enermax 1050W Revolution 85+

85 86

Coolermaster UCP 900W

10 Carga de 50 por cento

20

30

40

50

60

70

80

90

Em percentagem; quanto maior, melhor

X-Spice Croon 850W

86

Enermax 1050W Revolution 85+

91 89

Coolermaster UCP 900W

10 Carga de 100 por cento

20

30

40

50

60

70

80

90

Em percentagem; quanto maior, melhor

X-Spice Croon 850W

86

Enermax 1050W Revolution 85+

89 87

Coolermaster UCP 900W

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Corrente de entrada Carga de 100 por cento

Em amperes; quanto menor, melhor

X-Spice Croon 850W

62

Enermax 1050W Revolution 85+

94 45

Coolermaster UCP 900W

15

30

45

60

75

90

105

120

135

Corrente em standby Energia 5VSB

Em corrente; quanto menor, melhor

X-Spice Croon 850W

1,78

Enermax 1050W Revolution 85+

2,50

Coolermaster UCP 900W

1,33 0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Débito máximo Ganhos sobre o máximo padrão

Em percentagem; quanto maior, melhor

9

X-Spice Croon 850W Enermax 1050W Revolution 85+

32

Coolermaster UCP 900W

25 5

10

15

20

25

30

35

40

45

Temperatura Média

Em graus Celsius; quanto menor, melhor

X-Spice Croon 850W

25

Enermax 1050W Revolution 85+

28

Coolermaster UCP 900W

28 5

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10

15

20

25

30

35

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TEMA DE CAPA

CHEGOU O WINDOWS 7 A PCGuia revela tudo o que precisa de saber sobre o novo sistema operativo da Microsoft TEXTO JOÃO PEDRO FARIA, JOÃO TRIGO, PEDRO TRÓIA E SUSANA ESTEVES

Sim, é verdade. Ao contrário do Windows Vista, o Windows 7 não foi vítima de atrasos provocados por problemas de compatibilidade nem surgiu meio despido, com aplicações e funcionalidades atiradas lá para dentro à última hora. De facto, o que foi possível ver na Release Candidate (RC) será praticamente o que qualquer utilizador do mais recente sistema operativo da Microsoft poderá contemplar na versão Release To Manufacturing (RTM), salvaguardando os bugs que foram entretanto sendo identificados e resolvidos durante a extensa fase de testes. Estes bugs, contudo, são apenas do conhecimento dos parceiros OEM e das organizações inscritas no Technical Adoption Program, que receberam a build 7201 como uma segunda RC. Contabilizando os testes propriamente ditos (que incluíram experiências automatizadas e de reengenharia) e as sessões de perguntas e respostas internas à Microsoft, o novo Windows 7 terá sofrido no cômputo global cerca de 1,6 milhões de horas de (permitam-nos a expressão) tortura. Apesar de a versão final, ou RTM, apenas estar disponível no mercado no dia 22 de Outubro, os parceiros de testes e todos os parceiros Microsoft receberam-na durante o mês de Agosto. Não deixa de ser espantoso que o código presente na versão final seja muito próximo daquele presente na RC inicial, pelo que felicitamos desde já a Microsoft. Algumas funcionalidades embutidas no Vista foram sendo reescritas repetidamente para entrar no Windows 7. No entanto, umas acabaram por ser abandonadas (como é o caso da WinFS) e outras substituídas no último momento (é o caso da Aero) para evitar possíveis atrasos comprometedores. Claro que o marketing também não foi esquecido e algumas funcionalidades mais interessantes foram incluídas antes de a versão RC ser disponibilizada, de modo a aguçar o apetite dos utilizadores para se sentirem tentados a comprarem a versão final. No entanto, sublinhese que a versão final do Windows 7 tem a mesma lista de especificações que a versão RC, tendo esta decisão sido tomada pela equipa de 42 | PCGUIA

desenvolvimento da Microsoft para evitar precisamente que o produto acabasse por se atrasar face à data de lançamento e que ficasse pronto para produção na forma mais estável possível.

DIFERENÇAS VISUAIS Para além das funções, são várias as diferenças gráficas do Windows 7 para o Vista, a começar pela mais evidente – o novo ambiente de trabalho. De facto, com o Vista a Microsoft optou por desenvolver uma interface moderna e agradável, mas acabou por ficar em mãos com evidentes problemas de desempenho. No Windows 7, o utilizador vai ficar surpreendido com a eficácia do sistema, claramente pensado para o servir e não para lhe colocar problemas. Aliás, e começando por esta matéria, o novo SO da Microsoft dispensa as caixas de diálogo que surgiam no Vista sempre que alguma coisa estava a correr mal. Para o efeito, criou uma nova ferramenta chamada Centro de Acção (que evolui do Centro de Segurança do Vista), disponível na Área de Notificação do Sistema. Basta clicar no respectivo ícone, em forma de bandeira, para ter acesso à lista com os eventuais problemas que vão sendo detectados pelo Windows 7, e então será possível tentar resolver um de cada vez. Trata-se de uma solução muito mais cómoda e eficaz, anulando a intrusão que o Vista tinha sempre que algo acontecia e minimizando assim o nível de pânico provocado junto do utilizador. Mas voltemos à área do ambiente de trabalho. Tal como vem acontecendo na família do Windows, ao lado da Área de Notificação do Sistema surge a Barra de Ferramentas. No 7, é aqui que se passa a acção. Na nova Barra de Ferramentas, os pequenos ícones do Vista deram lugar a ícones maiores e sem qualquer etiqueta associada. Na versão anterior, era possível iniciar os programas simplesmente arrastando o ícone para a barra de acesso rápido. O Windows 7 elimina esta capacidade e dá mais poder à Barra de Tarefas. Basta arrastar qualquer ícone do menu Iniciar (que foi também redesenhado) para a barra e ele ficará lá colado, bastando depois clicar nele uma vez para que o programa

arranque. Claro que é possível organizar os ícones disponíveis na Barra de Ferramentas como se quiser. Para se poder distinguir se uma determinada aplicação disponível na Barra de Ferramentas está activa, basta reparar na (demasiado) subtil caixa que o 7 desenha em volta do respectivo ícone. Outra novidade interessante é a função de pré-visualização automática. Graças a esta, ao passar-se o ícone do rato sobre qualquer um dos ícones na Barra de Ferramentas é possível ter uma imagem miniaturzada do que se está a passar nessa aplicação (por exemplo, se for o Media Player pode-se até parar ou recomeçar a reprodução). Ao passar o rato sobre essa pequena imagem é possível ver uma janela maximizada, que desaparece assim que retiramos o rato da imagem, como se de um efeito roll over se tratasse.

X86 VS. X64 Para além destas diferenças visuais mais evidentes, existem outras que são igualmente importantes, e que cada utilizador do Vista vai certamente perguntar como é que a Microsoft não as colocou antes no sistema operativo que agora começa a dar o seu lugar ao 7. No entanto, e apesar de serem questões pertinentes que os nossos leitores habitualmente colocam à Redacção, certamente uma das mais frequentes em matéria de sistemas operativos Windows é a diferença entre as versões 32 bit (x86) e 64 bit (x64), e o Windows 7 não é excepção. Pois bem, a resposta não é fácil de dar e nem tão pouco pode ser tão directa quanto muitos esperariam (ou gostariam) que fosse: depende, e vamos ver porquê. Existe desde logo um factor que poderá limitar a escolha apenas à primeira opção – o processador. Se este já tiver alguns anos, é muito provável que apenas possa instalar a versão x86. Já se for um modelo com uma arquitectura moderna, então poderá optar também pela arquitectura x64. É um dado assente que a versão x64 é capaz de reconhecer uma maior quantidade de memória face à x86, que se fica apenas pelos 4 GB. De facto, a versão 64 bit permite fazer com que o espaço de endereçamento de memória que pode


GANHE

3 LICENÇAS DO

ASPECTOS A TER EM CONTA NA VERSÃO 64 BIT

Ainda vai demorar algum tempo para que a versão 64 bit se torne na norma. Mas se está decidido a arriscar a instalação da versão 64 bit do Windows 7, deverá ter em conta alguns aspectos, sobretudo os cinco pontos que se seguem.

WINDOWS 7 ULTIMATE VEJA COMO NA PÁGINA 55

• A versão x64 permite endereçar a mais do que 4 GB de memória. Isto é perfeito para jogadores ou utilizadores de CAD. No entanto, só existe de facto vantagem caso o sistema conte com um CPU de 64 bit e as aplicações usadas suportem também esta arquitectura. Caso contrário, será como se estivesse a usar uma arquitectura de 32 bit, que suporta apenas até 4 GB de RAM. • Os drivers 32 bit não são compatíveis. Logo, não vão funcionar no Windows 7 64 bit. É muito elevada a probabilidade de muitos periféricos, para os quais já terá sido complicado arranjar drivers para o Vista x86, não funcionarem no Windows 7 x64. O melhor é consultar o site do fabricante do hardware e verificar se existe uma versão dos controladores para 64 bit antes de fazer o upgrade ao sistema operativo. • A execução de aplicações 32 bit pode ser feita mais lentamente. Isto porque o overhead adicional criado ao correr um programa de 32 bit num sistema operativo de 64 bit poderá degradar o desempenho. • As aplicações 16 bit não poderão ser executadas. Apesar de esta questão dificilmente se aplicar aos sistemas modernos, não deixa de ser relevante o facto de ser impossível instalar software antigo na versão x64 do Windows 7. É, por exemplo, o caso de algum hardware que se mantém activo desde os tempos do já longínquo Windows 3.1. • Os controladores de modo kernel não assinados não vão funcionar. Tal como acontece com as aplicações 16 bit, será impossível executar este tipo de drivers, o que poderá levantar problemas relativamente ao hardware mais antigo.

ser referenciado pelo processador seja maior. E, para sermos correctos, a versão de x86 nem sequer chega a endereçar aos 4 GB, mas sim somente a perto de 3,4 GB, uma vez que o restante espaço disponível estará alocado a outro hardware presente no sistema. No entanto, não se poderá com isto concluir que o Windows 7 x64 permitirá fazer com que as aplicações sejam executadas mais rapidamente, uma vez que a maior parte do software hoje produzido se encontra optimizado para correr em x86. Aliás, os próprios benchmarks aplicados às versões x86 e x64 do Vista comprovam que a versão x64 não tem de ser necessariamente mais rápida face à x86 em termos de desempenho e de memória. De qualquer modo, existem já alguns jogos compatíveis com os actuais desenvolvimentos e espera-se que mais software comece a ser concebido de modo a ser optimizado para a era x64, o que são boas notícias para quem preferir arriscar a opção pela versão x64. Outra ideia que à partida poderá parecer lógica mas que se deve desmistificar desde já tem que ver com a combinação perfeita, que passa por usar um sistema operativo de x64 com um CPU também x64. Esta não é obrigatoriamente a escolha perfeita, até porque a introdução de uma nova arquitectura poderá causar problemas em termos de compatibilidade e de controladores que não se registam de todo, caso se opte pela versão x86. PCGUIA

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TEMA DE CAPA CHEGOU O WINDOWS 7

INSTALAÇÃO DO WINDOWS 7 O Windows XP está quase defunto e o Vista nunca chegou a ser o que se esperava dele. Agora que o novo Windows 7 está a chegar, ajudamos o leitor a instalá-lo e a dar uma nova vida à sua máquina A instalação do Windows sempre foi um dos assuntos mais focados na PCGuia, muito por culpa da Microsoft. O sistema operativo mais usado no mundo fica progressivamente mais lento com a utilização, o que faz com que seja necessária uma reinstalação periódica para recuperar a velocidade inicial do computador. A Microsoft tem vindo a simplificar os processos de instalação do sistema retirando a interface de texto e substituindo-a por uma interface gráfica mais legível e de mais fácil compreensão. No entanto, esta tarefa continua a ser quase uma ciência oculta para muitos utilizadores. Por isso, decidimos revisitar este assunto, desta vez, focando o mais novo membro da família Windows, o 7.

CUIDADOS A TER ANTES DE INICIAR A INSTALAÇÃO A primeira regra é a salvaguarda dos seus dados. Quer esteja a instalar de raiz, quer esteja a fazer um upgrade do sistema operativo, não se esqueça de guardar os seus dados mais importantes num

outro disco rígido, em CD ou DVD. Isto porque, no primeiro caso, vai formatar o disco, ou seja, apagar todo o seu conteúdo; e no segundo, mesmo não apagando nada, algo pode correr mal e provocar o desaparecimento de todos os seus dados num abrir e fechar de olhos. Para fazer uma cópia de segurança, basta copiar a sua pasta “Meus Documentos” para salvaguardar imagens, música, textos ou outros documentos, e até mesmo os saves de jogos. Para fazer uma cópia mais abrangente dos seus documentos pode aceder à pasta Users, que está na drive C: e copiá-la toda para outro dispositivo. Neste caso, para além dos documentos, copia também configurações de aplicações e outros ficheiros. No caso do e-mail, utilize a função Export do seu programa de e-mail. Como o nome indica, esta função permite-lhe exportar as suas mensagens de forma a poder importá-las depois para outro programa, assim que tiver o novo sistema a funcionar. Se não quiser usar qualquer um dos métodos

REQUISITOS MÍNIMOS PARA O WINDOWS 7

CPU a 1 GHz com tecnologia de 32 (x84) ou 64 (x64) bit 1 GB de memória RAM na versão 32 bit e 2 GB de RAM na versão 64 bit 16 GB de espaço em disco para a versão 32 bit e 20 GB para a versão 64 bit Placa gráfica com tecnologia DirectX 9 com WDDM 1.0 (Windows Display Driver Model) ou superior

descritos acima, utilize um programa de cópia de segurança, que em quase todos os casos lhe permite escolher os dados a salvaguardar. No que respeita aos programas que tem instalados no sistema antigo, aconselhamos a instalá-los um a um. Este passo serve apenas para evitar problemas de compatibilidade que possam surgir, porque, se o sistema crashar depois de os instalar todos de uma só vez através de um backup, é muito mais complicado detectar qual foi o programa que se portou mal. Por isso, tenha os CD e DVD originais à mão.

DRIVERS Como em todos os sistemas operativos, há que reunir os drivers para o hardware que usa. Em certos casos, pode usar os drivers do Windows Vista no Windows 7, embora, por vezes, a instalação de um driver para Vista no 7 apenas retire o ponto de exclamação no Gestor de Dispositivos, mas não faz o hardware funcionar. Assim, antes de instalar, vá aos sites dos fabricantes do seu hardware e descarregue os drivers para Windows 7 que existirem. Apesar de esta nova versão do Windows ter sido distribuída há já muito tempo aos fabricantes para que estes adaptassem os drivers aos seus produtos, existe a possibilidade de ainda não existirem drivers específicos para esta nova versão, por isso, descarregue os drivers para Vista e tente instalá-los. Se não funcionarem, a única solução é esperar.

ARRANQUES DUPLOS Desde o Windows XP que existe a hipótese de criar automaticamente esquemas de arranque duplo ou, em inglês, “dual boot”. Este aspecto permite-lhe ter dois ou mais sistemas operativos instalados ao mesmo tempo no mesmo computador, podendo escolher o que quiser usar quando liga a máquina. Isto serve, principalmente, para que possa continuar a usar os mesmos programas sem que haja problemas de compatibilidade com o sistema mais recente. Apesar de ser possível construir um esquema deste tipo num único volume ou partição, aconselhamos a dividir o seu disco em várias partições para que possa colocar um sistema operativo em cada uma. 44 | PCGUIA

Se já tiver o Vista instalado, pode usar o sistema de “encolhimento” de partições para criar espaço para a partição onde vai instalar o 7. Note que, se estiver a trabalhar com um esquema deste tipo e se quiser usar o mesmo programa nos dois sistemas, tem de o instalar num e noutro, visto que o esquema funciona como se fossem dois computadores distintos. A instalação em sistema dual-boot é exactamente igual a uma instalação normal. Comece por instalar o sistema mais antigo, seja ele o Windows XP ou o Vista. Quando estiver a escolher o tamanho da partição de arranque, não use a capacidade total dos discos; deixe espaço livre no disco para o 7. Para o novo sistema pode deixar 20 GB

livres. O sistema em si ocupa mais ou menos 10 GB; o resto pode servir para as aplicações. Concluído o processo de instalação, insira o DVD do 7 na drive e reinicie o computador. Inicie o processo de instalação normal. A única coisa que tem de fazer é escolher o espaço livre que reservou na instalação do sistema anterior. Não existe nenhuma diferença de uma instalação em dual boot para uma instalação em single boot. Quando acabar o processo e o computador for reiniciado, aparecerá um menu com os dois sistemas, para que possa escolher o que quer usar. Se não fizer nenhuma escolha, o sistema arrancará automaticamente para o sistema mais recente.


SISTEMA PRONTO EM NOVE PASSOS

01

Coloque o DVD na drive e reinicie o computador. Aparecerá uma mensagem a convidá-lo a premir uma qualquer tecla para arrancar a partir do DVD; faça-o. O primeiro ecrã que vai ver é este, onde pode escolher a língua. A nossa versão apenas tem a opção de instalar em Inglês, mas permite escolher o teclado em Português.

02

Depois de escolhido o idioma, aparece este ecrã. As opções possíveis são: Instalar agora, Ver informações acerca dos requisitos de instalação do sistema e Reparar o computador. Esta última opção apenas funciona se já tiver uma instalação do Windows 7. Clique em Instalar agora.

03

04

Nesta instalação vamos utilizar a totalidade do espaço em disco. Se pretender criar mais partições, clique em Drive Options. Aí pode decidir o espaço da partição onde vai colocar o sistema. Depois de escolher a opção pretendida, clique em Next.

05

Agora o sistema de instalação está a gravar os ficheiros para o seu disco. Esta é a parte mais chata porque não há nada que possa fazer; está tudo em piloto automático.

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07

08

09

No ecrã seguinte pode inserir uma palavra-passe para si. Se partilhar o computador com mais pessoas ou se este estiver ligado numa rede é aconselhável criar uma palavra-passe. Utilize letras maiúsculas e minúsculas e números. O último campo permite inserir uma frase que o ajuda a lembrar-se da palavra-passe se se esquecer dela.

Este ecrã serve para inserir o número de série da sua licença do Windows 7 para activação do sistema. Se não o inserir, tem 30 dias para o fazer. Por baixo do campo do número de série está uma caixa que, quando activada, faz com que o Windows se active automaticamente através da Internet após a instalação. Pode também fazer a activação pelo telefone, se não tiver uma ligação à Net disponível.

Neste ecrã pode escolher o tipo de instalação que quer fazer. Pode optar entre um Upgrade, em que são mantidos, dentro do possível, os seus ficheiros e programas, e uma instalação Custom (personalizada). Nós aconselhamos sempre a fazer uma instalação personalizada, visto que é a única forma de minimizar quaisquer problemas de compatibilidade.

Feitos os testes de performance, aparece este ecrã em que lhe é pedido um nome de utilizador e um nome para o seu computador. O primeiro serve para o identificar perante o sistema e o segundo para identificar o computador se este estiver ligado em rede com outras máquinas.

Se tudo correr bem, esta será a imagem que aparecerá de seguida no ecrã: o novo desktop do Windows 7. Se tiver acesso à Internet, a primeira coisa que o novo Windows vai fazer é ligar-se ao Windows Update para descarregar todas as actualizações que tenham saído até à data. Depois é só começar por instalar os drivers que descarregou anteriormente e a seguir os seus programas e documentos. PCGUIA

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TEMA DE CAPA CHEGOU O WINDOWS 7

INSTALE O 7 NO SEU NETBOOK Apesar de a maior parte dos netbooks não ter drive óptica, isso não o impede de instalar o novo Windows num pequeno portátil

É fundamental que aceda à prompt de comandos em modo de Administrador

Depois de entrar no comando diskpart, esta é a sequência de comandos a aplicar para preparar a sua pen drive (ou disco externo USB) para servir de drive de arranque 46 | PCGUIA

Se é o feliz proprietário de um netbook e se está (naturalmente) ansioso para poder instalar o novo sistema operativo da Microsoft no seu pequeno companheiro de trabalho (e de diversão, porque não?), certamente já terá reparado que será praticamente impossível fazê-lo, a não ser que tenha a felicidade de ter uma drive óptica externa capaz de receber o DVD de instalação. Contudo, a maior parte dos netbooks actualmente disponível no mercado não tem essa possibilidade e, quando ela existe, a drive tem de ser adquirida à parte do computador. Por isso, a única solução é instalar o Windows 7 a partir de uma unidade de armazenamento externo, como é o caso de uma pen drive. No entanto, terá de ser o próprio utilizador a criar uma pen drive capaz de executar este processo como se de um disco óptico se tratasse, uma vez que a Microsoft não propõe a sua nova aposta neste pequeno mas útil suporte de dados. Se está interessado em fazê-lo e não tem grande experiência com programação ou informática, não se assuste, pois como verá nesta página é relativamente simples criar uma pen drive USB capaz de instalar o Windows 7 na sua pequena máquina. Aliás, o processo é em tudo idêntico para o Vista. Mas para o fazer terá de usar uma máquina com drive óptica. Deverá começar por reunir todo o material necessário – uma pen drive com, pelo menos, 4 GB de capacidade, e o disco de instalação do Windows 7. Depois, o primeiro passo a dar é ligar a drive USB ao PC e guardar todos os ficheiros nela contidos para um local seguro. Abra o menu Iniciar, escreva cmd na área de pesquisa, clique com o botão direito do rato no ícone que surge debaixo de Programas (1) e escolha a opção Executar como administrador. Perante a caixa de diálogo do Controlo de Conta de Utilizador, responda Sim. Verá uma caixa com a prompt de comando, na qual deverá digitar os comandos diskpart e list disk, ambos seguidos de Enter (responda Sim após digitar diskpart). Após introduzir os dois comandos, verá uma lista com o(s) disco(s) rígido(s) e a(s) pen drive (s) que existem no computador. No nosso exemplo, o número atribuído à pen drive é 1. Caso no seu sistema

o número seja outro, utilize esse número sempre que houver um comando. De seguida, deverá limpar a pen drive em conformidade para receber os ficheiros de instalação do SO. Digite em sequência os seguintes comandos, sempre com um Enter entre cada ordem: select disk 1; clean; create partition primary; select partition 1; ative; format fs=NTFS; assign; exit. Para os mais leigos, esta série de comandos serve para formatar e particionar a pen drive. Depois de terminada esta fase, deverá colocar o DVD de instalação original do Windows 7 na drive óptica do seu computador. Usando novamente a prompt de comando (entre mais uma vez como Administrador), vá até ao directório de boot do DVD escrevendo cd D:\boot (a nossa drive de DVD está em D:). Logo de seguida, use o comando bootsect para definir a pen USB (que é no nosso exemplo a drive E:) como uma drive capaz de fazer o boot do sistema, escrevendo bootsect /nt60 e: e premindo Enter. Concluído o processo, feche a prompt de comando. Já não falta muito para terminar. Resta copiar todo o conteúdo do DVD de instalação para a pen drive USB, ou seja, no nosso exemplo, de D: para E:. Basta abrir no Explorador do Windows cada uma das drives, seleccionar tudo com o rato, copiar de D: e arrastar para E:. Terminada a transferência, a pen drive estará finalmente pronta. Para partir para a instalação, remova em segurança a pen drive do computador onde a preparou e insira-a no seu netbook. Entre no programa de configuração do BIOS premindo F2 (ou outra tecla de função recomendada para o efeito) logo depois de o ligar. Este passo é fundamental, pois terá de “dizer” ao seu netbook que deverá procurar o suporte de arranque na pen drive USB. Aqui, as opções poderão divergir um pouco conforme o tipo de BIOS utilizado. Em qualquer caso, deverá procurar o menu Boot e definir em primeiro lugar a opção USB Key. Nota: caso tenha optado por criar o disco de arranque num disco externo USB, o que também é perfeitamente possível, deverá optar pela opção USB HDD como cimeira na lista de Boot priority order.



TEMA DE CAPA CHEGOU O WINDOWS 7

RESOLVA OS PROBLEMAS DE ESTABILIDADE Algum hardware e software poderá não funcionar imediatamente com o Windows 7, sendo necessário instalar aplicativos adicionais Uma vez instalado o novo sistema operativo, convém ver se tudo está a funcionar de acordo com o esperado. Em princípio, o Windows 7 tem todos os drivers genéricos necessários ao bom funcionamento dos vários tipos de hardware presentes na máquina. No entanto, poderá ser preciso intervir nalgum tipo de hardware mais específico ou mais antigo. Para ver se está tudo a correr bem, o primeiro passo é ir ao Gestor de Dispositivos, clicando em Iniciar, Painel de Controlo, Hardware e Som. Deverá depois procurar por eventuais sinais amarelos com um ponto de exclamação no meio, que indicam a existência de problemas. Clicando no botão direito do rato sobre o item poderá depois escolher Actualizar controlador de Software... e resolver o problema. No entanto, para que isso seja possível terá de ter o controlador necessário à mão. Aqui, voltamos a salientar a importância de escolher uma instalação a 32 ou a 64 bit. No caso da versão x64, deverá desde já saber que existe um suporte muito menor neste capítulo, sendo mais fácil encontrar drivers e outro tipo de software compatível com a versão x86. Para esta, aliás, poderá arriscar instalar os controladores que já tinha aplicado na versão 32 bit do Vista, embora seja preferível procurar as versões expressamente concebidas para o Windows 7. Aliás, mesmo que o sistema operativo esteja a funcionar sem problemas será sempre melhor instalar os controladores programados pelos fabricantes do que ter a máquina a funcionar com os drivers genéricos, que se podem tornar instáveis de um momento para o outro. Mas não se esqueça de que poderá apenas instalar drivers assinados.

PROCURE O SOFTWARE Quer isto dizer que terá de reunir uma lista de todo o software necessário ao correcto funcionamento não só do hardware que se

MAIS INFORMAÇÕES

O Gestor de Dispositivos é o local a consultar para ver se existem problemas no funcionamento do hardware – se existirem, deverá ter à mão o controlador necessário para terminar a actualização do mesmo

O pacote Win7codecs da Shark007 é um download obrigatório para quem quer que o Windows Media Player “mastigue” todo o tipo de ficheiros multimédia, dando ainda algumas possibilidades de configuração de áudio

encontra dentro do computador mas igualmente dos periféricos que compõem o seu sistema. Isso envolve os drivers e, muitas vezes, também os utilitários que os equipamentos trazem para a sua correcta gestão. Dentro da caixa, deverá começar por ver qual o fabricante dos itens cruciais ao bom funcionamento do PC – motherboard, placa gráfica e placa de rede são os itens prementes. Nalguns casos, correr o Windows Update é o suficiente para actualizar as versões dos drivers, sobretudo no que à componente gráfica diz respeito, mas isso não fará com que se instale, por exemplo, a consola de gestão da sua placa Nvidia ou ATI/AMD. Por isso, o melhor é ir até ao site do respectivo fabricante e, na área de suporte, procurar pelos drivers mais actuais. Se o hardware for recente, terá certamente sorte. No entanto, e isto aplica-se sobretudo no caso das motherboards, se o seu modelo for relativo a um chipset que já não esteja em produção há, pelo menos, um par de anos, vai ter alguma dificuldade em arranjar controladores mais

actuais do que os genéricos que acompanham o Windows 7. Porém, deverá procurar também pelo software de gestão e, eventualmente, de overclocking para a placa-mãe, que estará disponível para o novo SO da Microsoft, a não ser que se trate de um modelo mesmo antigo e com suporte descontinuado.

Para obter alguma ajuda e dissipar eventuais dúvidas que tenha relativamente ao bom funcionamento do Windows 7 na sua máquina, poderá consultar os seguintes URL: • http://windows.microsoft.com/pt-pt/windows7/products/windows-7?os=win7 • http://technet.microsoft.com/pt-br/windows/dd361745.aspx • http://support.microsoft.com/search/ 48 | PCGUIA

ACTUALIZE OS CODECS Apesar de o Windows Media Player (WMP) 12 trazer já algum suporte para uma grande parte dos diversos codecs utilizados por terceiros, a verdade é que é praticamente impossível que a aplicação consiga abrir com sucesso a enorme quantidade (e variedade) de extensões de vídeo e de som que existem nos dias que correm. A melhor solução para resolver este problema é descarregar o pacote Win7codecs da Shark007 (http://shark007.net/win7codecs.html). Trata-se de uma solução freeware que permite tornar o WMP compatível com os formatos amr, mpc, ofr, divx, mka, ape, flac, evo, flv, m4b, mkv, ogg, ogv, ogm, rmvb e xvid e que possui ainda uma consola de definições que permite ao utilizador fazer a gestão dos tipos de ficheiros e a configuração do sistema de som (suporta dez tipos de combinações de colunas). Como poderá ver no site, existe um ficheiro de instalação para as versões x86 e x64 do Windows 7. A versão 1.3.4 “demora” apenas 20,4 MB a descarregar, está bastante estável e recomenda-se.



TEMA DE CAPA CHEGOU O WINDOWS 7

EM REDE COM O GRUPO DOMÉSTICO A nova opção garante partilha de documentos em rede de uma forma mais simples e intuitiva

DICA

Apenas os computadores com o Windows 7 instalado podem usufruir da opção de Grupo Doméstico. Pode, todavia, ligar máquinas com outros sistemas operativos à rede, sem recorrer a esta opção.

Desde que a configuração de redes domésticas deixou de ser um pesadelo e se tornou um processo mais simples que o número de utilizadores interessados em criar uma rede para partilhar conteúdo em casa aumentou consideravelmente. Por outro lado, a descida do preço dos computadores criou uma realidade em que é cada vez mais vulgar cada membro da família ter o seu próprio computador. A partilha de ficheiros nos sistemas operativos da Microsoft nunca esteve livre de críticas, mas a verdade é que entre o Windows 95 e o Windows Vista há diferenças abissais. Não queremos com isto dizer que o Windows Vista apresenta um sistema perfeito de partilha de ficheiros. Aliás, a Microsoft é a primeira a admiti-lo e a dedicar ao processo de desenvolvimento do Windows 7 uma equipa especialmente criada para desenvolver um

PRIVILÉGIOS DE LEITURA E ESCRITA

Os ficheiros podem estar partilhados, mas isso não quer dizer que toda a gente possa mexer neles. Escolha um ficheiro que quer partilhar. Clique com o botão direito do rato em cima dele e escolha Partilhar Com. Agora defina se quer ou não partilhá-lo, e se deixa que os utilizadores do Grupo Doméstico alterem o ficheiro (Leitura/escrita) ou possam somente abri-lo (Leitura). Neste último caso, ser-lhes-á impossível gravar qualquer mudança.

IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS A partilha de periféricos, muito especialmente de impressoras, continua a ser um prato difícil de digerir. A partilha de uma impressora USB é complicada, uma vez que esta está indexada a uma máquina específica. E transportar pen drives USB de um lado para o outro ou enviar e-mails de um PC para o computador que tem a impressora não é nada prático... Com a opção Grupo Doméstico, se instalar uma impressora que tenha o logótipo do Windows, os outros utilizadores da rede poderão beneficiar do hardware e imprimir como se esta estivesse instalada localmente em cada uma das máquinas. Se a impressora em questão não beneficiar da certificação garantida pelo logótipo do Windows, o sistema irá pedir autorização ao utilizador para instalar os controladores. A grande vantagem é óbvia: já não é necessário procurar na Net os drivers e instalá-los em cada um dos computadores da rede. O driver instalado na máquina onde a impressora está ligada é simplesmente copiado para cada um dos outros computadores do grupo doméstico. 50 | PCGUIA

sistema mais simples e intuitivo de partilhar ficheiros dentro da rede. De acordo com a empresa, antes de desenvolver este sistema, a Microsoft estudou as necessidades dos utilizadores (nomeadamente as expressas através do Customer Experience Improvement Program – CEIP) e a forma como estes usam os computadores e os periféricos como impressoras em casa. Entre as várias conclusões tiradas do estudo, ficamos a saber que mais de 70 por cento dos computadores com o Windows instalado tem apenas uma conta de utilizador criada. Na verdade, apenas cerca de 8% tem duas contas de utilizador e somente cerca de 2% tem entre 6 e 9 contas instaladas. De que servem estes números? Acima de tudo testemunham a forma como o paradigma de uma máquina por utilizador se generalizou e ajuda a enfatizar a necessidade de partilhar ficheiros de forma simples, segura e fácil. A Microsoft não deixou de prestar muito atenção a estes números e desenvolveu a opção Grupo Doméstico. A PCGuia explica.


PARTILHE FICHEIROS COM FACILIDADE

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Vá ao menu Iniciar, Computador, Grupo Doméstico (no lado esquerdo).

Agora decida o que quer partilhar na rede. Tem opções para imagens, música, documentos, impressoras e vídeos. Clique em Seguinte.

Se quiser alterar as definições de partilha, vá ao Painel de Controlo, rede e Internet, Grupo Doméstico. Veja as opções em Outras Acções de Grupo Doméstico.

Repare que não tem um Grupo Doméstico criado. Clique em Escolher o que Pretende Partilhar e Ver a Palavra-passe do Grupo Doméstico.

O sistema irá gerar uma palavra-passe para o grupo doméstico. Anote-a. Vai precisar dela para ligar as outras máquinas à rede.

Quer alterar a password? Clique em Alterar a Palavra-Passe. Por fim, vá às outras máquinas com o Windows 7. No ecrã de Grupo Doméstico (Painel de Controlo) vai encontrar o grupo criado. Registe os computadores no grupo. PCGUIA

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TEMA DE CAPA CHEGOU O WINDOWS 7

SOFTWARE ESSENCIAL O Windows 7 está instalado, e agora? A PCGuia ajuda a descobrir se existe compatibilidade com o software necessário para as tarefas diárias

A versão gratuita do AVG é uma boa opção também para o Windows 7

Não vai ter qualquer problema a jogar Comany of Heroes no Windows 7

Lembramo-nos bem das dores de cabeça dos nossos leitores, na altura do lançamento do Windows Vista. Foram centenas de telefonemas com o mesmo assunto: «O programa X não corre no Vista», «Não consigo jogar o título Y». Pois bem, a Microsoft aprendeu com o erro e parece ter garantido uma base de software compatível mais alargada para o Windows 7. Fê-lo garantindo versões de teste mais cedo às software houses e elaborando testes com os principais programas. Nestas páginas, vamos instalar os programas mais utilizados na nossa máquina e dizer-lhe o que já percebeu na entrada do artigo: que consegue usar desde já as aplicações mais comuns e úteis.

O WINDOWS 7 E OS JOGOS

Muito embora tenhamos testado alguns jogos na versão disponível do Windows 7 (ainda não é a final, na altura em que escrevemos este artigo), é impossível afirmar com certeza absoluta a compatibilidade com os principais jogos existentes no mercado. No entanto, podemos adiantar que Chris Lewis, o vice-presidente do Interactive Entertainmet Business da Microsoft para a região EMEA, referiu ao site GamesIndustry.biz que o novo sistema operativo foi pensado para garantir aos adeptos de videojogos uma boa experiência de utilização. Em declarações ao conhecido site de jogos, Chris Lewis explicou que «o Windows 7 vai ser fantástico para jogos», já que será «mais robusto, mais rápido». O mesmo responsável sublinhou que todos os testes elaborados pela multinacional americana revelaram-se «promissores» e destacou o papel da iniciativa Games for Windows – «uma campanha a continuar por muitos anos», sublinhou. O vice-presidente afirmou que a Microsoft «é uma empresa que tem o Windows e o PC no centro da sua estratégia», pelo que esta não será alterada. Além disso, garantiu a mais-valia de contar com «uma comunidade de jogadores na plataforma PC particularmente activa». 52 | PCGUIA

SEGURANÇA As principais editoras de software de segurança já garantem suporte total para o Windows 7. Se estiver habituado aos produtos da Mcafee, da Norton, da Kasperky, BitDefender, Avast!, Trend Micro, BullGuard, Webroot, Panda Security ou da AVG pode ficar descansado – todos eles funcionam com o Windows 7, tanto na versão de 32 como na de 64 bits. Lembre-se ainda de que a Microsoft lançou recentemente um antivírus gratuito e também ele pode, como é natural, ser utilizado no Windows 7. Veja a caixa para mais detalhes.

BROWSERS O mundo não acaba no Internet Explorer, e o gigante de Redmond sabe-o bem. A base instalada de utilizadores de browsers como o Mozilla Firefox, o Opera ou o Google Chrome é mais do que suficiente para esperar compatibilidade assegurada. E assim acontece. Todas as opções do Firefox estão disponíveis, e o Opera funciona sem problemas. Nos nossos testes verificámos algumas dificuldades na execução do Google Chrome (nomadamente na versão de 64 bits do Windows 7). No entanto, uma rápida vista de olhos na Internet serviu para perceber que quando estiver a ler este artigo, essas questões deverão estar ultrapassadas.

PRODUTIVIDADE Neste campo, é óbvia a compatibilidade com o Microsoft Office, que pode utilizar à vontade,


como seria de esperar. Mas o Open Office (pt.openoffice.org/) continua a ser uma excelente opção gratuita e pode usá-lo à vontade. O Ability Office (www.asiability.com/pt/), da Multiplicar negócios, também pode ser usado no mais recente sistema operativo da Microsoft.

MULTIMÉDIA No caso do multimédia, a melhor opção – e a que garante maior compatibilidade com o enorme número de formatos de ficheiros – continua a ser o VLC Player (www.videolan.org/vlc/). Nos nossos testes, funcionou bem e não encontrámos qualquer limitação nas funções que faculta aos utilizadores. Como é natural, o Windows 7 conta com o Windows Media Player – outra opção.

JOGOS É talvez das categorias mais importantes para os nossos leitores – pelo menos, é-o para nós – pelo que escolhemos uma série de jogos que cobre todo o tipo de géneros e que não se esgota na lista de títulos lançados nos últimos meses. Não só porque ninguém diz que os seus jogos preferidos não têm já dois anos, mas sobretudo porque algumas das mais notórias dificuldades neste campo tiveram que ver com títulos mais antigos. Assim, a saber, alguns dos jogos que garantimos que pode instalar sem qualquer tipo de problema de compatibilidade: Freespace 2, Mechwarrior: Mercenaries, Age of Wonders, Civilization IV, Red Alert 3, GRID, Company of Heroes, Neverwinter Nights 2 (com o Mask of the Betrayer), Ghost Recon 2, Titan Quest (com o IMmortal Throne), Enemy Territory: Quake Wars, World of Warcraft, The Sims 2, The Sims 3, Fifa 2009, Medieval 2: Total War,

MULTI-TOUCH

A tecnologia já existe no Iphone desde o seu lançamento. Foi “remisturada” pela Microsoft com o Surface (veja a página 13 do número 163), um produto que usa um ecrã gigante em que o utilizador interage com o computador usando os dedos, e que aparece em quase todos os episódios de CSI. Esta tecnologia, agora presente no Windows 7, permite manipular objectos no ecrã usando dois ou mais dedos. Nós tivemos oportunidade de experimentar o oneTwo M da Packard Bell, um dos primeiros computadores com esta tecnologia a estarem disponíveis em Portugal. Como era uma unidade de pré-produção, não fizemos um teste completo. Mas podemos confirmar que é uma

Spore, Guitar Hero III e os Medal of Honor. Se gostar de Quake II, Left 4 Dead ou Guild Wars, prepare-se para se debater com algumas questões gráficas ou de estabilidade. Neste último, por exemplo, o ícone não aparece no explorador, embora possa encontrar o atalho na área de trabalho. No caso de Fallout 3, os problemas revelaram-se mais aborrecidos no nosso sistema com a versão de 64 bits do Windows 7. Para conseguir instalar o título, tivemos que o fazer manualmente, escrevendo X:\setup.exe (X é a letra da drive óptica). Depois de instalado, não apareceu no explorador da área de jogos (e é um dos membros dos Games for Windows). O atalho criado também não funcionou, pelo que tivemos que encontrar o executável na directoria do jogo e clicar nesse ficheiro. Títulos que não conseguimos jogar? System Shock 2 e Falcon 4: Allied Force. Ficámos surpreendidos com os problemas em Fallout 3, mas a verdade é que, assim que o

experiência de utilização muito agradável. A resposta dos objectos no ecrã é impressionante. Estará disponível a 22 de Outubro por 599 euros na versão M e 999 euros na versão L.

sistema operativo for lançado, as editoras destes jogos (nomeadamente dos mais recentes) vão lançar patches que corrijam eventuais problemas de compatibilidade ou estabilidade. Para mais detalhes, consulte a lista de compatibilidade provisória disponível em http://www.sevenforums.com/gaming/5739windows-7-pre-rtm-game-compatibility-list.html.

Pode usar o µtorrent à vontade. A compatibilidade está assegurada

NOVO ANTIVÍRUS DA MICROSOFT Chama-se Microsoft Security Essentials e é um novo serviço anti-malware gratuito que protege os utilizadores do Windows de vírus, spyware e outro tipo de software nocivo. O novo Microsoft Security Essentials está disponível para download em http://www.microsoft.com/security_essentials, não sendo necessário qualquer registo adicional aos utilizadores do Windows. Nesta primeira fase, o novo programa será lançado estará disponível em oito línguas e 19 países – Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Espanha, França, Holanda, Irlanda, Israel, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Singapura, Suíça e Reino Unido. A versão em língua portuguesa estará disponível no início de 2010. O Microsoft Security Essentials está disponível para Windows XP SP2 ou SP3, Windows Vista e Windows 7, incluindo no modo Windows XP nas versões 32 bits e 64 bits. PCGUIA

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TEMA DE CAPA CHEGOU O WINDOWS 7

BANDA LARGA MÓVEL ACOMPANHA WINDOWS 7 Será que o novo sistema irá permitir o uso dos dispositivos de acesso móvel, mesmo sem actualização dos controladores?

www.optimus.pt

www.tmn.pt

www.vodafone.pt

www.zon.pt

Se há algo que Portugal se pode orgulhar de ter a mais do que a maioria dos restantes países europeus são os valores referentes à adesão dos utilizadores à banda larga móvel. Segundo a Anacom, no final de Junho de 2009, existiam em Portugal cerca de 2,95 milhões de utilizadores de Internet de banda larga móvel e cerca de 1,79 milhões de clientes com acessos à Internet fixos. Em apenas dois anos, o acesso através da banda larga móvel cresceu 199%. Porque a Internet não é algo de que queiramos prescindir, nem que seja por um dia, poderá o upgrade para o Windows 7 colocar entraves ao meu acesso à Internet de banda larga móvel? Terei obrigatoriamente de actualizar os drivers da placa/pen primeiro? É um processo complicado? À excepção de alguns possíveis soluços, no geral, os utilizadores das pens de acesso à Internet em banda larga vão poder usar os aparelhos no Windows 7 sem qualquer problema. Contactados pela PCGuia, os operadores nacionais indicaram estar a trabalhar para assegurar a total compatibilidade dos seus dispositivos com o novo sistema da Microsoft, disponibilizando no dia de lançamento do novo sistema os pacotes de actualização de software

nos respectivos espaços online. E apesar de nos indicarem que não existe registo de grandes incompatibilidades com a versão desenhada para o Windows Vista, alguns não se sentiram à vontade para nos emprestarem equipamentos, para fazermos nós aqui o “teste do algodão”. O teste que efectuámos com a placa da Vodafone correu sem quaisquer problemas, desde o reconhecimento à instalação e ao acesso propriamente dito (ver passo a passo). Apesar de não ser um equipamento certificado para utilização com o Windows 7, já é possível utilizálo com este software. No caso de pretender fazer uma actualização, basta ir ao site do operador e descarregar a versão que pretende, guardá-la no disco e correr o executável. A Optimus, por exemplo, vai avançar com uma nova versão do software que vai resolver algumas questões pontuais de design e usabilidade. No caso da Zon, o modelo ZTE MF627, escolhido por mais de 80% dos clientes, é compatível com o Windows 7. Quanto ao modelo ZTE MF636, a Zon está a trabalhar com o fabricante para que seja disponibilizado um upgrade que garanta o bom funcionamento do aparelho.

A SUA PLACA DE BANDA LARGA MÓVEL FUNCIONA NO WINDOWS 7?

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Com o Windows 7 já instalado e em pleno funcionamento, teste a sua placa de banda larga móvel. O objectivo é verificar se esta funciona bem, sem que seja obrigado a fazer algum tipo de actualização dos controladores. Insira a placa e aguarde até que o programa de instalação arranque automaticamente. 54 | PCGUIA

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Com a aplicação já instalada está na altura de fazer o “teste final”. Active a ligação 3G. No nosso caso, a ligação foi imediata. O programa desactivou automaticamente a ligação que tínhamos com a nossa rede wireless e ligou-se à rede da Vodafone, sem problemas.

03

Todo o processo de instalação correu bem, sem que fossem registados quaisquer erros ou hesitações por parte do Windows 7. Para tirar dúvidas, abrimos o browser e entrámos na nossa página da Internet. Todo o processo, desde a colocação da pen à abertura do browser demorou 4 minutos.


VERSÕES E PREÇOS Home Premium, Business ou Ultimate, ter acesso à actualização correspondente no Windows 7, sem qualquer custo. Em Portugal, as marcas aderentes a este programa são: Inforlândia, J.P. Sá Couto e Databox (fabricantes nacionais); Toshiba, Dell, HP, Fujitsu, Asus e Acer (fabricantes internacionais).

O Windows 7 estará disponível a 22 de Outubro, mas não será necessário esperar por esta data para ter um PC com direito ao novo sistema operativo. O Windows 7 Upgrade Option Program, anunciado pela Microsoft, permite a qualquer consumidor que comprar um PC (num fabricante aderente a este programa), com as versões Windows Vista

CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS Windows Search

Facilidade em localizar ficheiros e programas

Pinning and Jumplists

Abre ficheiros em menos cliques

Shake and Peek

Facilita a visualização das janelas abertas

Windows Media Center

Pausar, tocar, ver e gravar TV no seu PC

Windows Media Center Ver TV e usar Internet TV

Windows Touch

Interacção com o PC usando hardware multi-touch

HomeGroup

Facilidade na criação e acesso a home groups

AeroBackground

Personalizar o desktop com temas e slideshows

Domain Join

Ligações a domínios empresariais de uma forma mais fácil e segura

Windows XP Mode

Compatibilidade com aplicações que só correm em XP

Language Packs

Alterar o idioma do Sistema Operativo (35 línguas diferentes)

BitLocker

Protege a informação do seu PC em caso de roubo ou perda

Preço versão completa Preço versão upgrade

WINDOWS 7

HOME PREMIUM

WINDOWS 7

PROFESSIONAL

WINDOWS 7 ULTIMATE

199,99 euros

309 euros

319 euros

119,99 euros

285 euros

299 euros

WINDOWS 8 NO HORIZONTE A Microsoft ainda nem sequer pensou em lançar o primeiro Service Pack para o Windows 7 e já está a trabalhar na versão seguinte. Segundo o que a PCGuia apurou, as reuniões de planeamento para o Windows 8 começaram a ter lugar no passado mês de Março e a equipa de desenvolvimento terá começado a debater ideias no final de Julho. No entanto, e como seria de esperar, não é possível adiantar grande coisa para já. Basta pensar que o próprio Windows 7 foi desenvolvido durante dois ou três anos sem que a Microsoft tivesse criado um grande alarido. Porém, é possível levantar um pouco o véu. Por exemplo, prevê-se que uma das funcionalidades mais agradáveis do Windows 8 seja o suporte para ambientes multimonitor. Este conceito ainda foi estudado para o Windows 7 mas as ramificações que implica ditaram quase de certeza o seu atraso. Exemplos disso mesmo são questões como a possibilidade de ter a barra de tarefas em apenas dois dos três monitores em uso ou a colagem de ecrãs na vertical – que se esperam ver respondidas no Windows 8. Por outro lado, é possível adiantar que a Microsoft pretende fazer com que o kernel do Windows 8 corra em plataformas mais leves, tais como ARM, Snapdragon ou outros processadores de baixa voltagem. Prevê-se, assim, que o futuro do Windows Mobile passe também pelo Windows 8.

QUER GANHAR UM WINDOWS 7 ULTIMATE? Temos todo o gosto em oferecer, em parceria com a Microsoft, três licenças do Windows 7 Ultimate aos nossos leitores. Envie-nos uma frase criativa que envolva o novo sistema operativo da Microsoft e o nome da nossa revista. As frases mais originais ganharão uma cópia do Windows 7 Ultimate. Pode enviar as suas sugestões para o e-mail redacção@pcguia.cofina.pt, juntamente com os seus dados pessoais (nome e número de telefone). Os três vencedores serão anunciados nas edições de Dezembro, Janeiro e Fevereiro (um por edição). Boa sorte! PCGUIA

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ASSINATURAS

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Tel. Data de nascimento:


PARTILHE OS SEUS FICHEIROS Não há nada mais fácil do que partilhar fotos e vídeos online com amigos e familiares. Eis como fazê-lo

Tradicionalmente, as colecções de fotografia mantinham-se fora da vista durante anos e anos a fio, quase sempre enfiadas no meio de álbuns velhos que raramente saíam da gaveta ou de caixas de sapatos armazenadas atrás de alguma coisa ou na prateleira mais alta da sala. Com a chegada das câmaras digitais, pouco mudou. Apesar do potencial oferecido pela tecnologia ser outro, as fotos permanecem sem ver a luz do dia, mas agora armazenadas no cartão de memória da máquina fotográfica ou no disco de um computador. Está na hora de mudar esta situação. Decerto, tem dezenas ou centenas de fotos armazenadas que os seus amigos e familiares adorariam ver. Partilhá-las na Internet é a melhor opção para que todos as possam apreciar. Até mesmo as barreiras geográficas deixam de existir. Estejam ao fundo da rua ou no continente mais distante, poderá partilhar todas as suas fotos com eles. O processo é simples e, melhor, não implica o uso de qualquer outro hardware além do seu computador. Fora isso, precisa só de largura de banda e de algum tempo livre.

PARTILHAR É SIMPLES Não é só a partilha de fotografias que é simples. Hoje em dia, são inúmeros os utilizadores que partilham também vídeos, e o processo é igualmente muito fácil. Nas próximas páginas vamos mostrar-lhe diferentes formas através das quais poderá compartilhar os seus ficheiros, desde o comum anexo enviado por e-mail, à partilha online através de uma página Web (sobre isto falaremos um pouco mais adiante). Se a privacidade lhe provoca algum receio, acalme-se. Não deixe que este tópico o impeça de partilhar as suas fotografias e vídeos. Nós mostramos-lhe como tornar os seus ficheiros visíveis apenas aos contactos mais próximos, e impedir que estes sejam visualizados por mais alguém.

PCGUIA

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SOFTWARE PARTILHE OS SEUS FICHEIROS

COMPARTA FICHEIROS OU PASTAS Existe uma forma muito simples de partilhar ficheiros entre computadores

DICA RÁPIDA

Poderá visualizar os itens que está a partilhar na rede através do Centro de Rede e Partilha. Escolha a opção Mostrar todos os ficheiros e pastas que estou a partilhar.

Se possuir mais do que um PC, e se ambos estiverem ligados ao seu router, a partilha de ficheiros é canja. Para os utilizadores mais inexperientes, o Centro de Rede e Partilha do Windows Vista ajuda a simplificar todo o processo. Existe uma opção que permite criar uma rede a partir do zero. Um assistente de configuração auxilia-o em todos os passos necessários até ter a rede a funcionar em pleno. Assim que tiver a rede montada, pode partilhar qualquer tipo de ficheiro. Também poderá usar o Centro de Rede e Partilha para monitorizar as ligações da sua rede sem fios e resolver eventuais problemas.

SEJA SELECTIVO Escolher o tipo de informação que quer

1 TROUBLESHOOT

Se estiver com problemas em ligar-se à Internet, clique em Diagnosticar e Reparar. Esta opção irá activar o Diagnóstico de Rede do Windows. Este irá tentar resolver o problema; se não conseguir, indica-lhe uma possível causa para o mesmo.

partilhar é outra das opções. Uma partilha com palavra-passe restringe o acesso aos dados. Poderá ainda fazer stream de vídeos ou músicas que estejam alojados no seu computador para outro PC que esteja ligado à sua rede. Na prática, cabe ao leitor dar a uma outra pessoa acesso livre à sua biblioteca multimédia; essa pessoa só tem de escolher o que pretende visualizar. Toda a leitura será feita a partir do seu PC. Estas opções não são fixas, ou seja, é possível não autorizar este tipo de acesso aos seus conteúdos através do Centro de Rede e Partilha do Vista. Este programa oferece-lhe uma representação gráfica da sua rede, desde os PC e demais dispositivos que estão ligados ao seu computador até à ligação à Internet.

2 VISUALIZE A SUA REDE

O Centro de Rede e Partilha oferece-lhe um mapa gráfico da sua rede. Pode inclusive alertar para problemas de ligação entre dois dispositivos.

5 CRIE UMA REDE

Configurar uma rede a partir do zero pode revelar-se um desafio. Clique em Configurar uma Ligação ou Rede para ter acesso a um assistente de configuração.

3 MOSTRE OS SEUS CONTEÚDOS MULTIMÉDIA

4 LIMITE O ACESO À REDE

Se quiser restringir o acesso aos seus ficheiros a partir da rede, active a protecção por palavra-passe. Isto significa que apenas aquelas pessoas que tiverem uma conta de utilizador e uma palavra-passe no seu computador podem aceder aos seus ficheiros. 58 | PCGUIA

Para fazer stream de conteúdos a partir do seu PVC para outros computadores que estejam na sua rede, certifique-se de que a partilha multimédia está activada. Depois só terá de configurar este tipo de partilha no Windows Media Player.



SOFTWARE PARTILHE OS SEUS FICHEIROS

EXIBA AS SUAS FOTOS DIGITAIS Nunca partilhou as suas fotografias online? Respondemos, a seguir, a todas as suas questões

P R

: O e-mail é a melhor forma de partilhar as minhas fotos com amigos e família? : Enviar fotos como anexos de uma mensagem de e-mail é uma das opções que tem à disposição para partilhar as suas fotografias com terceiros. No entanto, não significa que seja a melhor escolha. O problema de enviar um e-mail com imagens é ter de compilar a lista de amigos para os quais pretende enviar essas imagens, assegurar-se de que todos os anexos estão na mensagem e escrever algo no corpo do texto. Não é a maneira mais rápida de partilhar conteúdos com alguém, até porque existe outra barreira a contornar: a dimensão das mensagens. Se as suas fotos tiverem boa qualidade (qualquer coisa como 2 ou 3 MB cada uma), não poderá enviar muitas no mesmo e-mail, sob pena de pessoas com restrições relativas à recepção de emails acima de alguns megas não as receberem. Ou seja, teria de enviar as fotos em vários emails. A técnica mais eficiente assenta no uso de um site de partilha de fotos. O Flickr (www.flickr.com) é o mais conhecido, com milhares de utilizadores registados no mundo. A única coisa que terá de fazer é criar uma conta e carregar as fotos que pretende partilhar. De seguida, basta divulgar o endereço Web do seu espaço aos amigos e familiares. Estes poderão revisitar este site sempre que quiserem ou sempre que colocar lá mais fotos.

Poderá enriquecer a sua foto acrescentando-lhe um comentário

P R

: Qual é a melhor forma de adicionar comentários a uma fotografia que pretendo partilhar? : É simples partilhar fotos com toda a gente, mas, se essas pessoas não têm qualquer informação sobre elas, arrisca-se que determinadas imagens não façam grande sentido. Por exemplo, poderá adicionar uma legenda relativa ao local onde uma foto foi

tirada ou sobre o evento a ela associado. O e-mail continua a ser uma opção, mas não a melhor. Se quiser adicionar alguns comentários acerca das suas fotografias, então o Flickr ou as redes sociais continuam a ser a melhor escolha. Por exemplo, no Facebook poderá não só adicionar uma legenda às suas fotos, como também as pessoas que a visualizam podem deixar comentários sobre a mesma.

FOTOS E LUGARES Use o poder das imagens para documentar as suas férias, com a ajuda do Google. Se tiver uma conta neste motor de pesquisa poderá começar a partilhar as suas fotos de uma forma completamente diferente. Poderá criar um mapa e inserir anotações usando as suas fotos, por exemplo. Imagine que foi de férias para um local qualquer e tirou fotografias fantásticas. Conhece melhor forma de as mostrar a terceiros do que criar uma espécie de visita guiada especial através das suas fotos, ilustrando os locais que visitou e os momentos mais marcantes? Para inserir fotos nos seus mapas, estas precisam de estar armazenadas online. Este serviço é compatível com o álbum Web Picasa. Siga até http://picasaweb.google.com e insira os dados da sua conta Google. Adicione as fotos que gostaria de incluir no seu mapa e entre em http://maps.google.com. Clique em My Maps, Create New Map. Assim que tiver definido a localização, poderá adicionar fotografias através do Url das mesmas, o qual vai aparecendo conforme elas vão sendo inseridas no álbum Picasa. 60 | PCGUIA


OPTIMIZE AS SUAS FOTOGRAFIAS PARA O E-MAIL Quando tira uma foto com a sua máquina digital, ela tem uma dimensão grande para ter qualidade de impressão. Se quiser enviá-la por e-mail, a melhor opção é redimensioná-la para que fique mais “leve”. Deste modo, não só consegue colocar mais fotografias numa mensagem, como garante que o destinatário as recebe mais rapidamente. Afinal de contas nem toda a gente tem uma grande largura de banda e está disposta a ficar pendurada à espera que o sistema faça o download das suas imagens. O Vista permite-lhe redimensionar as suas fotos e enviá-las por e-mail, sem que as alterações afectem os ficheiros da imagem original. Em primeiro lugar abra a pasta Imagens, ou o local onde estão armazenadas as fotografias que vai usar. Clique numa das fotos para que fique seleccionada. Carregue no Crtl e sem largar a tecla seleccione as restantes fotos que pretende enviar. Se seguida, carregue com o botão direito nas fotos e escolha Enviar para, Destinatário de correio. Escolha a dimensão das fotos, tendo sempre presente que as opções mais pequenas são perfeitamente adequadas. Carregue em Anexar e comece a escrever a mensagem que vai acompanhar as fotos.

P R

: Existe algum programa gratuito com o qual eu possa editar as minhas fotos antes de as partilhar? Queria corrigir algumas coisas antes de receber comentários menos positivos. : A maioria dos sites de partilha de fotografias oferece essa possibilidade, ou seja, permite a edição das fotos antes do upload. Atenção, que as ferramentas que terá à disposição são bastante básicas e permitem apenas alguns acertos, como cortar, redimensionar ou corrigir os olhos vermelhos. Em alternativa, poderá recorrer à ajuda do editor Photoshop Express (www.photoshop.com/express). Este já é bastante mais completo e, além de facilitar os tais acertos, permite também brincar um pouco com as fotografias, arranjar molduras, etc.

P R

: Sinto-me desconfortável por saber que estranhos podem ver as minhas fotos no site. Posso restringir quem vê o quê? : A maior parte dos sites de partilha de imagens permite aos assinantes partilhar as suas fotografias com um grupo restrito de pessoas, previamente seleccionadas. Ou seja, só verá as fotos quem o assinante quiser. Por exemplo, no Windows Live siga até Photos e seleccione Create Album. A primeira coisa a fazer é atribuir um nome ao seu álbum. De seguida, ainda antes de começar a fazer o upload das fotos, será questionado acerca das pessoas com as quais vai querer partilhálas. Como as vai identificar? Através do endereço de e-mail. Existem outros sites que permitem a utilização de palavras-passe para proteger a sua conta de olhares mais curiosos. PCGUIA

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SOFTWARE PARTILHE OS SEUS FICHEIROS

MOSTRE OS SEUS VÍDEOS AOS AMIGOS Dicas e truques que o ajudarão a disponibilizar as suas obras cinematográficas online

P R

: Posso partilhar os vídeos que gravei com a minha câmara digital? : Se não possuir nenhuma câmara de filmar, não desespere. Nem só os vídeos captados por estes equipamentos podem ser partilhados online. Felizmente, hoje em dia, tanto os telefones móveis como as câmaras fotográficas digitais oferecem aos utilizadores a oportunidade de fazerem pequenos vídeos, com qualidade suficiente para serem colocados na Internet e partilhados com terceiros. Tal como acontece com as fotos, a partilha de vídeos é muito fácil, e o que não falta por aí são sites que oferecem espaço para armazenar e

Pré-visualize o seu vídeo antes de fazer upload e grave uma cópia

Poderá fazer o upload de vídeos gravados com vários aparelhos, desde telefones móveis a máquinas fotográficas

mostrar as suas criações ao mundo. O YouTube é o mais popular de todos, mas existem outros, como o Google, o MySpace e o PhotoBucket.

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: Qual é o melhor formato para gravar um vídeo para depois colocá-lo no YouTube? : Um dos pontos positivos do YouTube (www.youtube.com) é que este aceita

USE UMA WEBCAM Não necessita de ser um especialista, nem precisa de muita tecnologia para colocar os seus vídeos online. Se não possuir uma câmara de filmar nem tiver um telefone móvel capaz de gravar vídeos, existem sempre as webcams. Claro que o facto de a sua câmara estar ligada ao seu PC acaba por restringir o que pode filmar, mas, se o que pretende é, por exemplo, mandar um beijinho e dizer adeus a alguns familiares ou amigos, então este equipamento é perfeito. No Facebook, entre na sua conta e aceda aos vídeos. Aqui existem duas opções que lhe permitem partilhar vídeo. Poderá gravar um vídeo com a sua webcam ou fazer o upload a partir de um disco rígido. Seleccione a opção da webcam e prepare-se para gravar. Assim que estiver pronto, carregue no botão Gravar, e depois no Stop quando estiver satisfeito com o resultado. Veja o vídeo antes de fazer upload para se certificar de que o resultado final é aceitável. Assim que o seu vídeo estiver gravado, poderá ainda editá-lo e alterar as definições de privacidade, se assim o desejar. 62 | PCGUIA


PRIVACIDADE NO YOUTUBE Não há nenhuma necessidade de andar preocupado relativamente a quem anda a ver os seus vídeos no YouTube. Só tem de indicar que estes podem ser visualizados por um círculo restrito de pessoas. Se quiser manter um vídeo privado, então este só conseguirá ser visto pelas pessoas cujos contactos estiverem na lista de permissões. Para este efeito, terá de criar uma lista de contactos dentro da sua conta. Cada pessoa que adicionar à sua conta irá receber um convite. Logo que esta aceitar o convite e subscrever a sua conta, poderá aceder aos vídeos que decidir partilhar. Ligue-se à sua conta e escolha Edit Link, que se encontra por baixo de um dos seus vídeos. Em Broadcasting and Sharing Options verifique se a opção Private está seleccionada. É agora que deverá escolher os contactos que poderão ver os seus vídeos. Guarde as alterações. Os contactos que seleccionou vão receber um e-mail a notificá-los que colocou online um vídeo que gostaria que eles vissem.

diversos formatos de vídeo. Independentemente de ter gravado o seu vídeo com o iPhone, com uma câmara digital, telefone móvel, ou câmara em miniatura deverá conseguir fazer o upload do seu ficheiro para este espaço, sem qualquer problema. Entre os diversos formatos aceites está o 3GP, o MP4 e o AVI.

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: Só queria colocar online uma parcela de um vídeo. Como posso editá-lo antes de fazer o upload? : O Windows traz um pequeno programa de edição de vídeo que se chama Windows Movie Maker. Pode abrir o seu vídeo neste programa, fazer os cortes que pretende e

remover as partes desnecessárias. Se se sentir especialmente criativo, poderá também adicionar títulos e aplicar alguns efeitos de transição. Assim que tiver alterado tudo o que pretende, guarde o vídeo e faça o upload para o YouTube.

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: Gravei alguns vídeos em alta definição com a minha câmara. Vou conseguir fazer o upload destes vídeos para o YouTube? : Poderá fazer o upload destes vídeos da mesma forma que faz com outros vídeos. No entanto, apesar de o upload ser garantido, o YouTube não consegue que este fique disponível em alta definição. Para que o seu vídeo tenha boas hipóteses de ser

O Windows Movie Maker permite-lhe efectuar algumas pequenas edições de vídeo

disponibilizado em alta definição, deverá assegurar-se de que tem o formato recomendado: H.264, MPEG-2, MPEG-4; 1,280x720; 44.1KHz Stereo MP3 ou AAC. E deverá ter a frame rate original, até 2 GB de tamanho, e não mais de 10 minutos de duração.

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: Como é que evito que estranhos façam comentários estúpidos ao meu vídeo ou sobre a minha família. Lemos comentários realmente ofensivos nestes espaços… : Poderá impedir que estranhos visualizem o seu vídeo tornando-o privado. De seguida, poderá especificar quem pode, ou não, ver o seu vídeo. Desta forma, impedirá os tais comentários. Em alternativa, poderá autorizar os comentários, mas seleccionar uma opção que indica que estes só serão exibidos online após a sua aprovação. Ou seja, só depois de os aprovar é que estes serão publicados no YouTube. Para este efeito, siga até My Vídeos e clique em Edit Video Info.

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Torne os seus vídeos privados para que apenas os familiares e amigos consigam visualizá-los

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SOFTWARE PARTILHE OS SEUS FICHEIROS

PARTILHE GRANDES DOCUMENTOS Se está a pensar divulgar online ficheiros de grandes dimensões, há algumas coisas que precisa de saber Apesar de existirem dezenas de sites que permitem a partilha de vídeos e fotos, a grande tendência continua a ser enviar este tipo de conteúdo por e-mail. Este acaba por ser um comportamento normal, até porque a processo de troca de ficheiros mais comum para quem tem um PC passa pelo uso do e-mail. O problema é que alguns ISP impõem limites relativamente à dimensão das mensagens enviadas e recebidas pelos seus servidores. Se uma mensagem for demasiado grande, devido provavelmente a um anexo “pesado”, o que vai acontecer é que ela vai voltar para trás com uma mensagem de não enviada. O Hotmail permite-lhe enviar e-mails até 10 MB. Ainda assim, sempre que for possível, é melhor utilizar a compressão de ficheiros de Coloque as imagens dentro de uma pasta e comprima-a antes de as enviar por e-mail. Os seus amigos que têm pouca largura de banda vão agradecer

ESPAÇO DE ALOJAMENTO

Se tiver uma conta de webmail como o Gmail, o Yahoo ou o Hotmail terá algum espaço de armazenamento online disponível. Para os utilizadores do Hotmail, estamos a falar de 25 GB; para os assinantes do Yahoo, o espaço é ilimitado.

forma a reduzir a dimensão dos mesmos, antes de os partilhar por e-mail com alguém. A melhor forma de fazer isto é agrupar todas as imagens que pretende enviar, colocá-las numa pasta, carregar com o botão direito sobre esta e

seleccionar Enviar para, Pasta Comprimida. Componha o seu e-mail como habitual e de seguida anexe o ficheiro zipado. Assim que chegar ao destinatário, este só necessita de abrir esta pasta e ver as fotos que ela aloja.

UPLOAD POR FTP Uma das melhores formas de partilhar ficheiros, especialmente se estes forem de grandes dimensões é por FTP, ou File Transfer Protocol. Este método é usado para transferir ficheiros de um computador para outro. Um dos computadores actua como cliente, enquanto o outro funciona como servidor. O servidor é aquele para o qual os ficheiros estão a ser transferidos ou a partir do qual estão a ser descarregados. Quando estiver a usar um FTP para aceder a ficheiros que estão noutro computador vai ter de utilizar o prefixo ftp:// em vez de http://. É possível usar um browser como o Internet Explorer para aceder a um site FTP, mas aconselhamos a usar um software específico. Existem imensos programas gratuitos disponíveis, entre os quais destacamos o simples e funcional FileZilla (www.filezilla-project.org). No que toca a sites de armazenamento FTP, o mais provável é que o seu ISP lhe tenha facultado algum espaço de armazenamento. Enquanto assinante do serviço de aceso à Internet poderá aceder a este espaço via FTP, mas irá provavelmente necessitar de um nome de utilizador e de uma palavra-passe. Use este espaço para carregar ficheiros via FTP. Os seus amigos e familiares podem depois fazer o download destes mesmos ficheiros também através do FTP. Naturalmente, terá de se certificar que lhes forneceu o endereço de FTP e a password, se necessário. Se o seu ISOP não lhe deu qualquer espaço FTP, existem inúmeras companhias online que oferecem este serviço. Por exemplo, em www.drivehq.com/ftp poderá usufruir de 1 GB de espaço gratuito. 64 | PCGUIA



SOFTWARE

REDUZA A DIMENSÃO DOS FICHEIROS DE VÍDEO Use o formato MKV para diminuir o espaço ocupado em disco pelos seus vídeos sem sacrificar a qualidade da imagem Os ficheiros de vídeo são habitualmente generosos em termos de dimensão física. E se pensarmos que são um tipo de ficheiro muito comum nos nossos discos rígidos, não será de admirar que sejam responsáveis pela ocupação de uma grande percentagem da capacidade total da drive. Por outro lado, e devido precisamente ao seu tamanho, tornam-se por isso nos principais candidatos a serem eliminados quando o objectivo é libertar espaço em disco. No entanto, existe uma alternativa menos drástica e que envolve a optimização da biblioteca da vídeos, reduzindo o tamanho destes em termos de memória sem que isso implique aplicar uma grande compressão. Para começar, precisa do MediaCoder (http://mediacoder.sourceforge.net). Este não é um programa específico para o tipo de

A QUANTIDADE DE COMPRESSÃO E PERDA DE QUALIDADE TAMBÉM DEPENDE DA CODIFICAÇÃO DO FICHEIRO MKV

HARDWARE QUE SUPORTA MKV Enquanto os leitores de media comuns, tais como a PlayStation 3, a Xbox 360 e os computadores com Windows Media Center, não suportarem o formato MKV, existem leitores de Blu-ray e de DivX que já o fazem. De facto, os fabricantes de hardware cada vez mais incluem nos seus produtos suporte para o formato Matroska e, se esta tendência continuar, o futuro será brilhante para quem gosta de ter hardware na sala capaz de lidar com vídeo, como é o caso das já referidas consolas. Neste momento, o LaCinema Black Max Media da LaCie e o leitor de Blu-ray BD370 da LG suportam ambos ficheiros Matroska. Deste modo, poderá converter os seus vídeos para este formato mais leve e reproduzi-los no conforto da sua sala. 66 | PCGUIA

ficheiro que vamos usar, mas é um excelente conversor de vídeo.

FORMATO MATROSKA Os ficheiros MKV (formato container de multimédia Matroska) são ficheiros de vídeo que utilizam um container de compressão open-source. Este formato não só permite reduzir bastante o espaço ocupado em disco por este tipo de ficheiros, como também dispõe de algumas espantosas funcionalidades multipista para vídeos com mais do que uma faixa de som, legenda ou ângulo de vídeo. Na medida em que o formato Matroska é um container, pode tomar diversas formas, dependendo dos codecs usados para a criação. Dependendo ainda do material que servir de fonte, poderá ser capaz de obter uma redução de até 80 por cento sobre o ficheiro original. De facto, e no caso dos ficheiros MPEG-2, ganhará certamente 80% face ao tamanho original. A quantidade de compressão e perda de qualidade também depende da codificação do ficheiro MKV, pelo que se aconselha a utilização de um codec como o H.264 em detrimento do JPEG para se obterem melhores resultados. Existe um único senão – o formato MKV não é grandemente suportado pelos leitores de media. Apenas um pequeno número de aplicações é capaz de lidar com ele, mas existem cada vez mais fabricantes de hardware e software a adoptar este formato. Por isso, se estiver a pensar em converter a sua colecção de vídeo para ficheiros MKV, esta é a altura certa.


CONVERTA OS SEUS VÍDEOS COM O MEDIACODER

01

A forma mais simples de obter o MediaCoder é ir ao site http://mediacoder.sourceforge.org e fazer o respectivo download. O programa não serve apenas para os ficheiros MKV; também poderá ser útil para fazer a conversão de ficheiros entre outros diversos formatos.

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Clique no separador Video e mude o Container para Matroska de modo a ter a certeza de que o formato a exportar será o MKV. Altere o codec na lista Format, definindo-o como H.264. Para obter melhor qualidade na compressão, aumente a bit rate de saída.

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Assim que estiver satisfeito com os resultados de output, clique em Actions, Start Transcoding ou prima F5. A renderização de vídeo pode ser um processo pesado para o CPU, demorando algum tempo até terminar. Para não perder tempo desnecessariamente, não faça mais nada entretanto.

Poderá arrastar os ficheiros para o topo da área de trabalho à esquerda ou usar o botão Add. O MediaCoder suporta produção batch, o que quer dizer que pode adicionar diversos ficheiros ou até mesmo uma pasta cheia de ficheiros de vídeo.

São muitos os vídeos que têm um som de baixa qualidade. Mas também pode acontecer o som estar codificado com uma bit rate elevada, o que se traduz num desperdício de espaço. Reduza a bit rate no separador Audio e altere para MP3 ou Vorbis de modo a manter uma excelente compressão.

Nem todos os leitores de media suportam ficheiros Matroska; pelo menos, não até o formato se tornar mais normalmente aceite. Felizmente, o VLC Player (http://videolan.org/vlc) faz um fantástico trabalho na leitura deste formato de vídeo, reproduzindo-o sem falhas. PCGUIA

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REDES

EXPLORE O SEU ROUTER Altere as configurações do seu DNS, e determine que processos têm prioridade no uso da largura de banda, para optimizar a velocidade da sua ligação à Internet

PALAVRAS-PASSE PERFEITAS

Se quiser poupar tempo a conseguir um bom nível de protecção aproveite sites como o Perfect Password Generator (www.grc.com/passwords.htm).

O Wi-fi oferece-lhe a oportunidade de estar online em qualquer ponto da sua casa, sem que haja preocupações com cabos ou adereços do género. No entanto, este sistema está longe de ser aquele que traduz maior confiança. Existem inúmeros factores que podem reduzir a estabilidade deste tipo de ligações. Por exemplo, o seu sinal wireless pode ser fortemente afectado pela estrutura da sua casa. Quanto mais paredes existirem entre o seu router e o dispositivo a partir do qual se está a ligar, maior é a degradação do sinal. Este mesmo sinal pode inclusive ser quebrado devido à existência de aparelhos eléctricos nas redondezas, como telefones sem fios, por exemplo. Uma das formas de contornar estes problemas ligados ao wireless é recorrer sempre a um cabo Ethernet, ligado ao seu modem router, no entanto, neste caso, diga adeus à ligação sem fios e às vantagens de mobilidade que esta lhe oferece. Este nosso conselho até pode parecer antiquado ou mesmo desajustado das novas tendências, mas na realidade só o uso deste cabo é capaz de lhe garantir uma ligação

à Internet controlada, mais rápida e mais estável. Experimente. Se conseguir arranjar um bom compromisso com a instalação de cabos que tem em casa, verá que, apesar de menos cómoda, o acesso com fios acaba sempre por compensar no que à qualidade de acesso.

ALTERE O SERVIDOR DNS Existe uma outra forma de acelerar a sua ligação: usar um servidor DNS alternativo. Todos os computadores que estejam ligados à Internet têm um endereço de IP específico, composto por uma série de números que não são exactamente fáceis de memorizar, por isso, usamos no dia-a-dia os URL, como www.pcguia.pt. Mas para que isto funcione é necessário que haja um Domain Name Server (DNS) que traduza este número. O servidor DNS que estiver a usar vai ditar o desempenho da sua ligação à Internet. Porquê? Porque quanto mais depressa ele desempenhar a sua tarefa de tradução, mais depressa as páginas serão carregadas no seu browser. A maior parte dos utilizadores usa o servidor DNS fornecido pelo seu ISP

LEVE O OPENDNS ATÉ AO PRÓXIMO NÍVEL

01

Registe-se em www.opendns.com para monitorizar o seu consumo de Internet. Poderá aceder a vários tipos de detalhes. Como foi usada a sua ligação e que sites foram visitados são alguns dos dados facultados.

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O sistema de filtragem de conteúdos tem por base o grau de sensibilidade escolhido, pelo que este pode servir para impedir que alguns sites não desejados sejam exibidos no seu browser.

03

Use o separador Shortcuts para criar uma pequena palavra que pode ser usada como endereço Web. Por exemplo, crie a palavra Mail e associe-a a www.hotmail.com. Desta forma, ficará com um link rápido para o Hotmail.



REDES

1 SELECCIONE A ACTIVIDADE

A configuração do QoS é bastante simples. Basta assinalar as caixas que se encontram junto das actividades às quais pretende dar prioridade no acesso à sua largura de banda.

2 NÃO EDITE AS PORTAS

Não se preocupe em introduzir informação acerca das portas. A configuração que vem predefinida é aquela que vai ser usada. Só terá de introduzir os números das portas, se tiver alocado actividades Web específicas a essas mesmas portas.

4 FILTRAGEM DE DISPOSITIVOS

Alguns routers vêm já com a capacidade de filtrarem dispositivos através do seu MAC address. Desta forma, poderá especificar que aparelhos podem, ou não, ligar-se à sua rede.

(Internet Service Provider). Porém, estes não são necessariamente os melhores e nada o impede de procurar uma alternativa mais rápida.

COMO SE MUDA DE SERVIDOR Se quiser usar um servidor DNS diferente, dê uma vista de olhos em www.opendns.com. É rápido, estável e consegue oferecer-lhe ganhos em termos de desempenho. Não será necessário instalar qualquer tipo de software. A única coisa que realmente precisa de fazer é alterar os servidores de DNS que estão a ser usados pelo seu router. É um processo simples. Tem de abrir o programa de configuração do seu router e usar 208.67.220.222 e 208.67.220.220 como servidor DNS principal e secundário, 70 | PCGUIA

3 ESTABELEÇA AS REGRAS

São aqui exibidas as actividades mais comuns. Poderá criar regras QoS de raiz, se existir um programa ou protocolo específico ao qual pretende dar prioridade.

respectivamente. Antes de alterar seja o que for, aponte num papel o servidor DNS do seu ISP, para o caso de alguma coisa correr mal, ou ter de voltar a usá-lo no futuro. Siga até www.opendns.com/start/computer. Dependendo do fabricante e do modelo do seu router poderá eventualmente controlar a forma como a sua largura de banda é usada. Procure uma funcionalidade chamada Quality of Service, ou QoS no programa de configuração do seu router. Existem pelo menos duas áreas da sua largura de banda que vai poder gerir: as velocidades de download e upload. Nem todos os routers permitem configurar estas suas áreas, por isso, verifique o que o seu aparelho realmente lhe permite fazer.

PRIORIDADES NA BANDA LARGA O uso do QoS não vai acelerar a sua ligação à Internet. O que este lhe permite fazer é estabelecer uma série de prioridades relativas ao uso da largura de banda que tem disponível. Alguns routers permitem estruturar tudo isto a partir do nome do programa. Por exemplo, se for um utilizador do Skype poderá querer assegurar que os pacotes de dados relativos ao VOIP têm prioridade sobre todos os outros, de forma a garantir qualidade na ligação de voz. Em alternativa, se o stream de vídeo for uma funcionalidade importante para si, pode definir que este tem prioridade sobre o uso de largura de banda face aos restantes programas ou processos, conseguindo desta forma uma leitura de vídeo com uma qualidade garantida.



REDES

PROTEJA A SUA PRIVACIDADE Eis como pode socializar online sem revelar muita informação pessoal ao resto do mundo O fenómeno das redes sociais instalou-se definitivamente em Portugal, e espaços como o Facebook, o MySpace ou o Twitter operam cada vez mais como locais populares onde as pessoas podem conviver ou simplesmente manter-se em contacto com amigos. De facto, as redes sociais podem ser deveras importantes para procurar amigos com os quais já não fala há muito tempo, ou simplesmente socializar com pessoas que partilhem os seus interesses, independentemente do local onde estas se encontrem. O grande problema destes espaços é a segurança, ou melhor a privacidade de cada um. Por defeito, parte da informação que aparece no seu perfil aparece disponível e visível para todos os utilizadores, motores de pesquisa e outros Web bots. Decerto já percebeu que o Facebook aparece frequentemente nos resultados apresentados pelos motores de pesquisa quando procura por uma pessoa. O mesmo é válido para entradas no Twitter ou outro tipo de mensagens. Os amigos que se liguem a si através destas redes têm acesso a mais informação do que os restantes membros, mas mesmo as sub-redes podem conseguir mais dados seus do que aqueles que gostaria de tornar públicos. A grande maioria dos utilizadores revela

informação suficiente para um amigo com menos escrúpulos ou outro qualquer contacto conseguir roubar-lhe a identidade. É importante ter sempre presente que a informação que revela neste tipo de espaços deve ser restrita e avaliar o tipo de dados que tornou públicos mesmo aos seus amigos. Avalie bem os utilizadores que aceitou e negue o acesso àqueles que poderão não ser de confiança. Crie antes uma rede com aqueles amigos com os quais interage frequentemente e tem mais confiança.

APLICAÇÕES DIVERTIDAS A maior parte das redes populares inclui também uma oferta vasta de aplicações divertidas, questionários ou jogos para os seus utilizadores. Estas soluções são maioritariamente desenvolvidas por terceiros e pedem quase sempre acesso à lista de amigos e a informação de perfil. Verifique a política de privacidade das aplicações que usa e remova aquelas que não são seguras. A sua informação pessoal pode ainda ir parar a mãos de terceiros através de redes que existem no Facebook. Estamos a falar de redes que reúnem amigos da universidade, amantes de uma raça de cães, de temáticas como fotografia ou cinema, entre outros exemplos.

Por definição, os membros dessas redes ganham os mesmos privilégios de acesso ao seu perfil que os amigos, por isso é capaz de ser boa ideia restringir o número de redes das quais faz parte e avaliar as temáticas nas quais se está a registar. Siga o nosso passo a passo para perceber como pode restringir amigos, aplicações e redes no Facebook. Recomendamos que explore as políticas de privacidade de cada uma das redes e não as assine de olhos fechados, ou seja, por impulso. O Facebook, por exemplo, possui um centro de privacidade bastante completo e simples de perceber. Por exemplo, se não quiser ser encontrado no Facebook por antigos colegas de escola escolha Pesquisa, em Configurar Privacidade e coloque o seu perfil visível apenas a amigos.

OUTRAS REDES Nós focámos os nossos exemplos no Facebook, dado o sucesso em Portugal. No entanto, estes mesmos princípios e estas mesmas regras podem ser aplicadas a outras redes sociais, ainda que as configurações possam deferir um pouco. Por exemplo, para alterar as definições de privacidade no MySpace terá de se autenticar e seguir até My Account, Privacy. Poderá optar

REFORCE A PRIVACIDADE NO FACEBOOK

01

Entre no Facebook e escolha Amigos, Todos os Amigos. Remova pessoas que não conhece ou que não queira que tenham acesso à sua informação. 72 | PCGUIA

02

Escolha Aplicações, Editar Aplicações. Para apagar aplicações que não pretende só terá de carregar em Apagar.

03

Escolha Definições, Definições de Conta e siga até ao separador Redes. Abandone as redes com as quais já não interage regularmente.


1 PERFIL

Clique aqui para especificar quem poderá aceder às diferentes partes do seu perfil, desde a informação mais básica aos dados pessoais, fotos e vídeos. Poderá escolher abrir o seu perfil apenas a amigos, redes, amigos de amigos, ou a todos.

2 PROCURA

Neste espaço poderá especificar que pessoas poderão encontrar o seu perfil através de uma pesquisa no Facebook e que tipo de informação pode ser exibida no seu perfil público sempre que for encontrada.

3 DEFINIÇÕES DE PRIVACIDADE

6 APLICAÇÕES

Clique aqui e siga até ao separador Definições para indicar que tipo de informação é disponibilizada às aplicações que possui activas. Por definição a maioria do seu perfil aparece disponível às aplicações.

5 FEED DE NOTÍCIAS E MURAL

Este espaço ajuda-o a controlar onde ficam as suas actualizações de notícias e onde aparecem os posts dos amigos.

por se manter invisível, mesmo quando está online, ou trancar o seu perfil a todos os membros que não façam parte da lista de amigos. A lista de bloqueios permite-lhe bloquear utilizadores específicos. Tal como acontece no Facebook, existem milhares de aplicações disponíveis no MySpace que apresentam diferentes níveis de confiança e credibilidade. Em My Account, Applications poderá bloquear aplicações nas quais não confia especialmente. Poderá também bloquear aplicações que ainda não tenha adicionado, desta forma conseguirá impedir que estas consigam ter acesso às suas fotos, contactos ou dados. O Twitter tem muito poucas opções de privacidade. Por definição, todos os utilizadores e

Para aceder às definições de privacidade, entre no Facebook e escolha Definições, seguido de Definições de Privacidade.

4 LISTA DE BLOQUEIO

Para impedir que um utilizador possa ter acesso ao seu perfil e interagir consigo, introduza o nome de utilizador dele e clique em Bloquear. Poderá remover pessoas da sua lista de bloqueio clicando em Remover, junto ao nome.

motores de pesquisa podem ter acesso a todas as actualizações feitas por si, seja através do campo de pesquisa do Twitter, seja através de uma busca pelo seu perfil. A boa notícia é que pode proteger os seus updates para que apenas os seus seguidores e as pessoas que aprovar possam visualizá-los. Para fazer isto terá de se autenticar e escolher Settings, Account e escolher Protect my updates. Clique em Save. Ao proteger os seus updates está a melhorar a sua privacidade, mas a reduzir a sua visibilidade. Neste caso terá sempre de pesar os prós e os contras e ver se prefere manter a sua informação mais segura e as suas actualizações numa rede mais fechada, ou abrir o seu perfil a todos e os seus comentários também.


HARDWARE

ESCOLHA A IMPRESSORA CERTA PARA AS SUAS FOTOS Leia os nossos conselhos antes de fazer a sua opção para não correr o risco de ficar desapontado com a compra

ALIMENTADOR

A maior parte das impressoras será capaz de imprimir todos os tamanhos, desde 4 x 6 polegadas (101,6 x 152,4 mm) até A4, usando o alimentador padrão. Algumas poderão ter um alimentador dedicado para tamanhos de papel menores ou incluir um adaptador para a impressão em CD ou DVD. As impressoras A3 também estão disponíveis no mercado, mas a um preço muito superior.

As máquinas fotográficas digitais, sejam elas SLR topos de gama ou compactas, estão tão omnipresentes nas nossas vidas que hoje em dia se tiram mais fotografias do que no passado. Embora a maior parte destas imagens retrate simples momentos vividos, algumas delas são especiais – daquelas que nunca nos cansamos de ver. Apesar do aumento do número de fotografias tiradas, muitas pessoas guardam-nas no disco rígido do computador ou deixam-nas ficar no

cartão de memória. Com a existência de uma impressora fotográfica, contudo, as possibilidades aumentam substancialmente. Trata-se de um dispositivo no qual vale a pena investir quando se têm várias fotos para recordar e quando isso implica ligar o PC ou levar o portátil para todo o lado para as mostrar ou recordar. Imprimindo-as, não só se torna bem mais simples mostrá-las à família e amigos, como também se pode emoldurá-las e espalhá-las pela casa.

TINTEIROS

Tinta de qualidade produzirá impressões fotográficas com qualidade, pelo que deverá sempre escolher tinteiros OEM para a sua impressora. O sistema de tinteiros separados permite reduzir o desperdício de tinta. Recomenda-se a utilização de, pelo menos, quatro tintas, apesar de seis ser o ideal para obter resultados perfeitos.

LIGAÇÃO AO PC

A sua impressora será capaz de se ligar ao computador através da porta USB. No entanto, a maior parte dos modelos actuais não inclui o cabo na caixa, tendo de ser o utilizador a comprá-lo em separado. Se tiver uma ligação sem fios, tanto melhor, pois será mais fácil usá-la e partilhá-la.

LEITOR DE CARTÕES E LCD

Um leitor de cartões e um ecrã LCD devem fazer parte da impressora. Deste modo, poderá imprimir sem ter de usar o PC. As opções de edição de imagem variam de acordo com cada impressora, mas deverá ser sempre capaz de cortar imagens ou de escolher várias de uma só vez para imprimir de seguida.

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INFRAVERMELHOS/BLUETOOTH

Algumas máquinas fotográficas digitais podem enviar imagens directamente para a impressora. É o caso das máquinas e impressoras Canon, que usam PictBridge. Também poderá ser capaz de enviar imagens directamente do telemóvel para a impressora.



HARDWARE

No entanto, nem sempre é fácil atingir uma boa qualidade de impressão, e a verdade é que muitas pessoas ficam desapontadas com os resultados na primeira vez que imprimem fotos. O grande problema tem que ver com o facto de uma impressora poder imprimir muito bem o texto ou imprimir muito bem as imagens, mas nunca as duas coisas. Se optar pela impressora certa poderá, contudo, ter em mãos um equipamento que seja perfeitamente capaz de lidar com ambas as tarefas e que poderá durar vários anos. Um aspecto que deverá desde já ter em conta é o facto de muitos fabricantes usarem o mesmo modelo de negócio das lâminas de barbear: paga um preço baixo à cabeça pela impressora mas depois gastar uma soma considerável de dinheiro na substituição dos consumíveis ao longo do tempo de vida útil do equipamento.

ASPECTOS A TER EM CONTA Apesar de parecer uma boa ideia gastar apenas 30 euros numa impressora fotográfica, esta poderá afinal ser uma falsa questão: ou o modelo é de qualidade inferior ou o preço dos consumíveis será muito elevado (ou ambos). O nosso conselho é simples. Invista um pouco no momento da compra e opte por um equipamento bem construído e que apresente um leque de características interessantes, nunca esquecendo os custos de exploração. Se apenas quiser imprimir fotos, então deverá considerar a aquisição de uma impressora exclusivamente dedicada ao tratamento de fotografias. Já se o texto for dominante nas suas impressões, então deverá optar por um modelo mais genérico. Uma boa impressora genérica deverá possuir um sistema de tinteiro preto separado para tratar o texto e de vários

Tenha em atenção que, em matéria de orçamento para consumíveis, diferentes tipos de papel requerem quantidades variáveis de tinta para os melhores resultados

tinteiros de cor para processar as imagens correctamente no papel. Já uma impressora fotográfica deverá dispor de um único tinteiro de preto mas terá sempre que ter tinteiros dedicados (ciano e magenta fotográficos) que ajudam a conferir uma tonalidade mais rica e uma saturação melhor às impressões. Para obter os melhores resultados, escolha uma impressora que use pelo menos quatro tinteiros, a saber: preto, ciano, magenta e amarelo. Alguns modelos mais baratos apenas têm três tinteiros, criando neste caso o preto através da mistura de todas as cores. Este processo não só cria uma tonalidade horrível, com pretos bastante esverdeados, como também gasta imensa tinta. De modo a manter os custos baixos procure uma impressora que use tanques de tintas individuais, em vez de uma impressora que recorra a um conjunto de vários tinteiros comum. Apesar de ser normal desgastar as tintas numa proporção idêntica, que é aliás

um argumento de alguns fabricantes que recorrem ao sistema de tinteiros comuns, com tinteiros individuais poderá substituir apenas a unidade que está vazia sem prejuízo das restantes unidades, que poderão ainda ter um resto de tinta aproveitável. Isto acontece muito nos casos em que se imprimem muitas fotos com uma determinada tonalidade ou com uma cor dominante. Se o tinteiro for comum, caso falte uma tinta, terá de o deitar fora mesmo que as outras cores ainda estejam longe de estarem terminadas, o que resulta em desperdício de dinheiro. A cabeça de impressão também é um ponto fundamental na escolha – recorde-se que é responsável pela transferência da tinta do tinteiro para o papel. Ao longo da utilização ela é submetida a um trabalho árduo, por isso, existem fabricantes que defendem que deve ser mudada sempre que se muda de tinteiro. Neste tipo de impressoras, a cabeça de impressão faz parte do próprio tinteiro – é

ACESSÓRIOS DE IMPRESSÃO Se analisarmos gota a gota, a tinta para impressoras é mais cara do que champanhe. Não é, pois, de espantar que muitos utilizadores prefiram poupar dinheiro, optando na maior parte dos casos por tinteiros mais baratos ou pelo reenchimento dos tinteiros usados, sendo tudo isto sempre serviços prestados por terceiras empresas. No entanto, ao fazê-lo esses utilizadores estão a reduzir substancialmente a qualidade das impressões e poderão até comprometer o funcionamento das cabeças de impressão. No caso dos tinteiros com chip, poderão nem sequer funcionar. Um truque pouco agradável para nós, consumidores, que os fabricantes de impressoras usam é fornecer a impressora com tinteiros que são ou curtos em volume, ou cheios apenas até metade da capacidade. Alguns fabricantes chegaram a alterar o volume dos tinteiros usados em determinadas linhas, o que não quer dizer que tenham reduzido o preço. Experimente descobrir a capacidade em mililitros dos tinteiros que a sua impressora usa e depois faça as contas do custo por mililitro. 76 | PCGUIA

E mesmo que prefira a tinta OEM, não se coíba de fazer alguma pesquisa. Muitas vezes, comprar tinta na loja do fabricante fica muito mais caro do que recorrer a lojas independentes online, ou até mesmo ao eBay. Mas não se esqueça de se assegurar de que está a comprar a tinta certa para a sua impressora.



HARDWARE

melhor funcione com as suas impressoras e o seu papel. Ao usar tintas de terceiros, poderá não conseguir atingir os mesmos resultados e correrá até o risco de bloquear a cabeça de impressão. No entanto, a maior parte dos tinteiros OEM têm agora um chip especial que faz com que a impressora seja não só capaz de aferir a sua autenticidade, como também de medir o volume de tinta. De qualquer modo, os tinteiros de terceiros têm sempre a possibilidade de enganar a impressora, fazendo-a pensar que está a lidar com uma unidade genuína Mas, mesmo assim, poderá no final das contas ficar com um ou mais tinteiros em mãos que não são reconhecidos pela impressora ou que não deixam o software da impressora ver a quantidade de tinta que ainda resta. Outra recomendação que os fabricantes fazem é a utilização de papel dos próprios. Neste capítulo somos um pouco mais liberais, e para isso socorremo-nos dos vários testes em grupo a papel fotográfico que temos vindo a fazer ao longo dos anos, e que têm mostrado que nem sempre o papel do mesmo fabricante da impressora é o melhor ou o que mais recomenda. O nosso conselho é comprar vários tipos de papel à medida que vai precisando e experimentar até encontrar o seu preferido. No entanto, deverá privilegiar

aspectos como a saturação correcta das cores, o equilíbrio de contraste e, não menos importante, mas muitas vezes ignorado, o tempo de secagem da tinta.

HEWLETT PACKARD D7260

EPSON STYLUS PHOTO RX685

EPSON STYLUS PHOTO 1400

n CATEGORIA ECONÓMICA n PREÇO 139 EUROS

n CATEGORIA GAMA MÉDIA n PREÇO 149 EUROS

n CATEGORIA TOPO DE GAMA n PREÇO 399 EUROS

Impressora para todos os propósitos, a D7260 é capaz de imprimir texto e fotos e, graças à dimensão do tinteiro, apresenta custos de exploração muito baixos. Esta HP recorre a um sistema de seis tintas e ainda dispõe de um ecrã sensível ao toque e de um leitor de cartões, tornando a tarefa de imprimir num processo extremamente simples e económico.

Esta impressora fotográfica dedicada inclui um scanner. Deste modo, poderá não só digitalizar documentos como também recuperar fotografias mais antigas. Terá à disposição seis tinteiros individuais que dão uma excelente reprodução de cores. O ecrã LCD, o leitor de cartões e a porta PictBridge simplificam os processos e evitam o PC para imprimir. É compatível com os formatos CD e DVD.

Se pode gastar este dinheiro todo numa impressora, então que ela seja A3. A qualidade de impressão da Stylus Photo 1400 é excepcional e poderá imprimir directamente a partir de qualquer câmara graças ao suporte de PictBridge. O sistema de tinteiros individuais permite poupar dinheiro, apesar de o volume de tintas ser curto. Contudo, as tintas são resistentes ao desgaste, mantendo-se duráveis por 200 anos.

fácil identificar este sistema, pois basta reparar se existe um circuito impresso na parte superior do tinteiro. Algumas impressoras, contudo, são desenhadas para usarem a mesma cabeça de impressão durante toda a vida. Isto permite tornar o preço dos tinteiros mais baixo, mas poderá levar à ocorrência de problemas, especialmente se deixar a impressora sem trabalhar durante muito tempo. Nesse caso, a cabeça de impressão poderá ficar bloqueada. Apesar de ser possível executar uma rotina de desbloqueamento a partir do programa de gestão da impressora, este processo gasta demasiada tinta e não garante que o bloqueio seja eliminado. Por isso, se vai dar uma utilização muito pontual à sua impressora fotográfica, deverá ser melhor optar por um modelo que use um sistema com substituição da cabeça de impressão. Outro tópico fundamental é a tentação que existe em comprar tinteiros que não sejam do fabricante da impressora ou recorrer a serviços de reenchimento dos mesmos. Se quer tirar o melhor resultado possível das suas impressões (particularmente das suas fotos), recomendamos-lhe que se mantenha fiel aos tinteiros recomendados no manual da sua impressora. Não se esqueça de que os fabricantes de impressoras investem muito tempo no desenvolvimento da tinta que

O BÁSICO DA IMPRESSÃO Em suma, se procura uma impressora fotográfica dedicada escolha um modelo que tenha um sistema de tinteiros separados e que contemple pelo menos quatro cores (ciano, magenta, amarelo e preto) ou, para obter melhores resultados, seis cores (incluindo neste caso ciano e magenta fotográficos). Se também precisar de imprimir texto, então a impressora deverá ter um segundo tinteiro de preto dedicado a este propósito. Existem funcionalidades extra que à partida poderão não parecer serem necessárias, mas que permitirão na prática, por exemplo, evitar ter de se ligar o PC para imprimir – é o caso do ecrã LCD, que também permite modificar o menu de opções. De resto, a impressora deverá contar com um leitor de cartões e conectividade por infravermelhos ou bluetooth, de modo a ser capaz de imprimir directamente a partir de uma máquina fotográfica digital ou de um telemóvel. Impressoras que incluam um adaptador de rede sem fios tornam-se mais fáceis de partilhar com a família e não terão de se colocar imediatamente ao lado de um computador.

BOAS COMPRAS

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HARDWARE

ACTUALIZE O DISCO DO SEU PORTÁTIL Um laptop antigo pode ganhar uma alma nova com a simples substituição do disco rígido por uma unidade nova, com maior capacidade e desempenho

O espaço em disco é um problema muito particular que muito diz a todos nós, utilizadores de informática, e que ganha uma maior importância no que concerne aos computadores portáteis, uma vez que geralmente possuem drives de 2,5 polegadas capazes de atingir limites mais baixos devido às conhecidas limitações da tecnologia. No entanto, nos últimos anos assistimos a um aumento da capacidade máxima do armazenamento para sistemas portáteis, mais precisamente de uns comedidos 80 GB ou 120 GB para uns já razoáveis 500 GB. Por outro lado, as unidades modernas tornaram-se mais rápidas face às mais antigas.

NOVA VIDA PARA O WINDOWS A aquisição de um disco rígido novo para o seu computador portátil permitirá não só prolongar a sua vida útil, como também é a

desculpa perfeita para reinstalar o Windows e começar tudo de novo. Com o Windows 7 já disponível, uma melhor e “maior” drive permitir-lhe-á tirar melhor e maior proveito do novo sistema operativo, o que se traduz numa experiência de utilização mais agradável. No entanto, a instalação do Windows é apenas o início da vida da sua nova drive. Com a capacidade extra disponível terá maior espaço para criar partições, de modo a separar os ficheiros de programas dos ficheiros de dados relacionados com a instalação do sistema operativo. Irá ainda ter espaço para construir um sistema dual boot com outra versão do Windows, ou até mesmo com Linux, caso lhe agrade a mudança. Aliás, se optar pelo Linux é porque não terá problemas em lidar com vários sistemas operativos instalados em diversas partições.

TUDO SOBRE A GESTÃO DE DISCOS 1 DETALHE DO VOLUME

Todos os dispositivos de armazenamento serão listados aqui, bem como o seu estado actual e o sistema de ficheiros usado. As partições primárias contêm um ficheiro de sistema, ao passo que as partições expandidas (ou unidades lógicas) também contêm partições secundárias.

2 ESTADO DA PARTIÇÃO

O separador colorido no topo de cada drive exibe o respectivo estado. O azul significa uma partição activa saudável, o preto refere-se a espaço de disco não atribuído e o verde refere-se a uma partição expandida.

5 GESTÃO DE COMPUTADORES

Pode aceder ao menu Gestão de computadores de várias formas. No Vista e no 7 deverá simplesmente clicar no botão direito do rato sobre Computador e escolher Gerir. No XP, deverá escrever compmgmt.msc na caixa de diálogo Executar. Dentro de Gestão de computadores poderá encontrar as ferramentas Gestor de dispositivos, Gestão de discos, Programador de tarefas e Fiabilidade e

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3 EXPANDIR/ REDUZIR O VOLUME

4 DETALHES DA DRIVE O sumário junto de cada disco indica o seu nome, estado da partição e dimensão do volume.

Se clicar no botão direito do rato sobre uma partição poderá escolher a opção Expandir ou então Reduzir, que lhe permitem alterar o respectivo volume. Esta escolha dará acesso a uma nova janela na qual será possível introduzir o novo tamanho pretendido para o volume.


INSTALE E PARTICIONE A NOVA DRIVE

01

A forma de aceder à baía onde se encontra o disco rígido do seu portátil depende do modelo. Geralmente está presa por alguns parafusos correctamente identificados no fundo do chassis e basta removê-los para que a baía saia facilmente. Talvez seja preciso desaparafusar o apoio no qual se encontra montado o disco dentro da baía.

02

Para se assegurar de que tem o sistema de ficheiros correcto poderá optar por formatar a nova drive durante o processo de instalação do Windows. Ponha o disco de instalação na drive óptica e faça o arranque. Deverá ser necessário entrar no BIOS do laptop para redefinir a sequência de boot correctamente, ou seja, com a drive óptica em primeiro lugar.

03

Poderá particionar a drive de acordo com as suas necessidades quer durante o processo de instalação, quer após este. Consulte as anotações acima identificadas para obter mais detalhes acerca da Gestão de discos. Não desespere – poderá encolher ou expandir as partições mais tarde.

04

Não se esqueça de desfragmentar a unidade, especialmente depois de instalar ou remover programas. Poderá Activar a escrita em cache no disco e Activar desempenho avançado no separador Políticas, clicando para o efeito no botão direito do rato sobre o Gestor de dispositivos e seleccionando Propriedades sobre as unidades de disco.


HARDWARE

O PROBLEMA DOS SSD Porque é que tantos SSD sofrem de um desempenho tão mau? A PCGuia investiga e tem esperança num futuro mais risonho… Com processadores e chips gráficos a ficarem cada vez mais rápidos, o desenvolvimento relativamente desleixado dos complicados discos rígidos mecânicos tornou-se uma grande seca. É certo que os discos rígidos ficaram muito maiores nos últimos anos, mas a sua velocidade quase não aumentou. Como resultado disso, podemos conseguir excelentes frame rates nos jogos, mas continuamos a ter de esperar uma eternidade pelos aborrecidos carregamentos dos níveis. Eis que o disco de estado sólido (SSD) faz a sua aparição. Ao substituírem os discos rígidos convencionais baseados em pratos magnéticos giratórios, supunha-se que os SSD seriam a peça final do puzzle do desempenho do PC. Finalmente, o armazenamento ia beneficiar de uma electrónica cada vez mais pequena, mais rápida e mais barata que permitiria aos processadores e às GPU praticamente duplicarem o desempenho e a capacidade global a cada dois anos. Se a isso juntarmos mais fiabilidade, menos ruído e até um menor consumo de energia, a adopção da tecnologia de estado sólido para o armazenamento seria de caras. Infelizmente, as coisas não se passaram

exactamente assim. Na verdade, a história inicial da tecnologia SSD tem sido uma longa desilusão. Os SSD têm muitas vezes encantado de forma enganadora com a promessa de um fantástico desempenho fora da caixa que rapidamente se transforma numa descomunal e gaguejante trapalhada com o decorrer da utilização. As coisas agravaram-se devido à confusão causada pelas actualizações de firmware e uma falta geral de transparência relativamente aos problemas que afligem os SSD e aos passos que estão a ser tomados para saná-los. Em suma, actualmente, comprar um SSD parece uma perfeita lotaria. Não sabemos ao certo o que vamos obter em troca e se vai manter-se a funcionar correctamente. Cientes disso, o que tem travado a tecnologia de armazenamento de estado sólido? O que está a ser feito a esse respeito e quando será seguro mudar para o estado sólido? Para compreender os motivos pelos quais os SSD têm sido ligeiramente imprestáveis, é preciso analisar os pontos fracos da memória flash que fornece o armazenamento. O primeiro problema deriva do estranho facto de a memória flash se desgastar com o uso. Se

DÊ UM TRIM AO SEU SSD Como já explicámos, um dos maiores problemas que afectam o desempenho dos SSD envolve o preenchimento de blocos de memória com dados redundantes. Quando chega o momento de colocar novos dados nesses blocos, têm primeiro de ser apagados antes de se poder enchê-los novamente. Tudo isso demora tempo, e tempo significa desempenho na terra dos SSD. Ora bem, poderá pensar que o próprio disco consegue resolver facilmente este problema. Basta eliminar primeiro os malditos dados. Lamentavelmente, não é assim tão simples. Alguns destes dados redundantes são ocultados pelo sistema de ficheiros do sistema operativo. Por outras palavras, o próprio SSD desconhece na realidade que se trata de dados inúteis até que chega o momento de escrever novos dados. Há a clara necessidade de uma solução ao nível do sistema operativo. É precisamente isso que está a chegar na forma de um novo comando do disco conhecido por TRIM. Devendo ser suportado pelo Windows 7, embora possivelmente numa actualização em vez de fazer parte do lançamento, o TRIM toma em consideração as necessidades dos SSD. Ao invés de manter o sistema de ficheiros actualizado, o TRIM envia uma mensagem ao disco para eliminar blocos consoante as necessidades. O inconveniente é que eliminar ficheiros pode demorar mais tempo, mas, de uma maneira geral, o desempenho na escrita revela-se mais crítico. Dois dos principais fabricantes de controladores SSD, Samsung e Indilinx, anunciaram já a sua intenção de apoiar o TRIM. A Intel não confirmou se dá ou não o seu apoio, mas contamos que apanhe este comboio brevemente. O TRIM parece ser uma funcionalidade essencial dos SSD para o futuro. 82 | PCGUIA

escrever e apagar dados de uma célula de memória flash muitas vezes, esta acabará por deixar de responder. A típica memória celular multinível, como a utilizada nos SSD de consumo, tem uma esperança de vida de aproximadamente 2000 a 10 000 ciclos de escrita e apagamento. A solução é o chamado “nivelamento do desgaste”. A ideia consiste na gestão inteligente das células disponíveis. O chipset controlador do disco monitoriza a utilização das células e ajusta os pedidos de escrita e apagamento com a finalidade de distribuir o desgaste uniformemente. A questão é que, na tentativa de manter as células de memória em boas condições, conjuntos de dados utilizados habitualmente podem ter de ser desviados regularmente dentro da unidade. Por sua vez, isto traduz-se em actividade do disco que não está directamente relacionada com pôr e tirar dados da unidade. E isso significa menos desempenho durante períodos


de pico de actividade do disco. O outro grande problema envolve a mecânica do modo como os dados são escritos e guardados na memória flash. Basicamente, as células de memória estão organizadas em blocos, normalmente com um tamanho de 512 k. O problema é que sempre que são escritos dados, tal tem de ser feito em bloco, mesmo que a quantidade total seja muito inferior a 512 k. Por outras palavras, mesmo

quando se escreve uma pequena quantidade de dados, talvez alguns k, é reservado um bloco de memória inteiro. Isso está muito bem quando há montes de blocos disponíveis. Porém, quando não há, torna-se necessário reutilizar blocos parcialmente cheios. E isso requer que o conteúdo de um bloco seja copiado para a cache antes da adição dos novos dados, voltando-se a escrever tudo no bloco em seguida. Que desilusão. Como se isso não fosse mau que chegue, geralmente os SSD actuais não apagam os blocos quando os dados são eliminados dos mesmos. Os blocos são simplesmente marcados como disponíveis para escrita pelo sistema de ficheiros. O apagamento só acontece quando chega o momento de voltar a encher os blocos com dados. Tudo somado, temos a tempestade perfeita do acesso gaguejante ao disco. Imagine que são pedidas montes de pequenas escritas individuais no disco. Cada uma delas pode ter de fazer malabarismos com todo o tipo de blocos parcialmente cheios e marcados para

eliminação. Queremos com isto dizer, pois, que é fácil de ver por que razão o desempenho dos SSD vai para “o galheiro” à medida que a capacidade diminui. Qual é, então, a resposta? Algoritmos melhorados de nivelamento do desgaste ajudam. O X25-M da Intel é um exemplo ilustrativo. Os primeiros exemplares desse disco sofriam de uma rápida e um tanto terrível degradação do desempenho. A Intel lançou desde então um novo firmware com um nivelamento melhorado do desgaste que fez um óptimo trabalho de limpeza do desempenho. Quanto aos problemas relacionados com os métodos de escrita e apagamento à medida que a capacidade diminui, há um certo número de diferentes esforços em várias fases de desenvolvimento, alguns mais eficazes do que outros. Mas a moral global é que a corrida está em curso e estão a ser feitos progressos. É perfeitamente possível que de aqui a um ano, todas estas atribulações dos SSD não passem de uma memória distante.


HARDWARE

O CORE i5

ESTÁ VIVO A PCGuia investiga a fundo os mais recentes processadores no mercado

O Core i7 sempre foi rápido. Mas o melhor processador para PC da Intel também chegou ao mercado com um preço que o tornou inacessível a muitos utilizadores. Isso deve-se ao facto de os primeiros processadores Core i7 serem, na realidade, processadores de estações de trabalho disfarçados de chips de topo de gama para computadores de secretária. Esta característica era vantajosa para conseguir um desempenho multi-thread. Porém, implicava um preço punitivo graças a uma arquitectura de plataforma muito complexa. Aquilo por que todos nós temos esperado é, pois, uma abordagem mais simples e acessível ao Core i7. Foi exactamente isso que a Intel apresentou com um novíssimo processador mainstream para PC que dá pelo nome de código de Lynnfield. Deriva da mesma microarquitectura Nehalem que forma a base dos Core i7 Bloomfield lançados pela Intel no ano passado. Possui todas as funcionalidades essenciais do Core i7, incluindo um controlador de memória integrado, HyperThreading e Turbo Boost. Em suma, trata-se de toda a excelência do Nehalem para as massas. Mas tem também as suas características próprias. Para começar, o processador encaixa 84 | PCGUIA

num socket novo e mais pequeno com menos pinos do que o necessário para os processadores Bloomfield mais imponentes. Em vez de 1366 pinos, o Lynnfield contenta-se com um pouco menos: 1156. Isto reflecte algumas das simplificações no Lynnfield que acontecem por baixo do pano, incluindo a perda de um dos três canais de memória do Bloomfield e o respectivo barramento QPI externo. No entanto, não deixe que isso o dissuada de considerar o Lynnfield. Ambas essas funcionalidades destinam-se na verdade a melhorar o desempenho multi-socket em sistemas com mais do que um processador. Falamos nomeadamente de servidores e estações de trabalho. Assim, o Lynnfield passa bem sem elas. Além disso, o Lynnfield tem mais um ou dois truques na manga capazes de deixar embaraçados os caros processadores Bloomfield, incluindo uma implementação muito mais agressiva da funcionalidade de overclocking automático Turbo Boost da Intel. Se essas são as boas notícias, as más é que a Intel não se poupou a esforços para tornar a introdução do Lynnfield tão humanamente confusa quanto possível. Tendo em conta o seu recente anúncio da nova marca comercial de

processadores Core i5, poder-se-ia pensar que o Lynnfield encaixa perfeitamente nesse espaço. Mas não, isso seria demasiado sensato. Felizmente para si, a PCGuia está aqui para lhe dizer exactamente como tudo funciona e, mais importante ainda, qual é ao certo o desempenho do Lynnfield. Vamos a isso. Quais são os pormenores cruciais que se escondem por trás das manchetes do lançamento do processador? Comecemos primeiro por fazer um breve resumo do alinhamento do modelo inicial e das especificações essenciais. À semelhança do Core i7 original, também conhecido sob o nome de código Bloomfield, o Lynnfield é um processador de quatro núcleos a 64 bits fabricado segundo o processo de silício de 45 nm existente da Intel. Em termos de detalhes arquitectónicos de baixo nível e de suporte do conjunto de instruções, trata-se de um chip derivado do Nehalem, sendo idêntico ao Bloomfield. À data do lançamento, passaram a estar disponíveis três chips baseados no Lynnfield, dois Core i7 e um Core i5. Além da habitual escala decrescente da velocidade do relógio, o principal diferenciador é a presença de HyperThreading. A menos que o leitor se tenha


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esquecido, consiste na capacidade de um único núcleo de processador enfiar dois threads de software em simultâneo. Os chips Core i7 têm esta funcionalidade, os Core i5 não. Temos assim oito threads para um processador Core i7 e quatro para o Core i5. Todos os chips vendidos ao abrigo das marcas comerciais Core i7 e Core i5 gozam igualmente da funcionalidade de overclocking automático Turbo Boost. Entretanto, a modesta marca comercial i3, cujos primeiros exemplares vamos provavelmente ver no fim do ano, continuará a prestar os seus serviços sem HyperThreading nem Turbo Boost. Ainda que tal pareça claro, convém não esquecer que a chegada do Lynnfield significa que a Intel vende agora chips Core i7 baseados em dois sockets de processador distintos e incompatíveis. Os Core i7 existentes são processadores LGA1366. Os chips Lynnfield necessitam do novo socket LGA1156.

AS GRANDES EMPRESAS GOSTAM DE INVENTAR OS MAIS DESCONCERTANTES NOMES PARA AS SUAS MARCAS COMERCIAIS

Os sockets de processador são uma característica tão importante que é um disparate não garantir que os mesmos se reflectem na marca comercial. Mas como já vimos, não há nada de que os departamentos de marketing das grandes empresas de chips gostem mais do que inventar os mais desconcertantes e mais alucinantes esquemas de marcas comerciais imagináveis. É quase como se a AMD, Intel e Nvidia disputassem uma competição secreta para ver quem consegue arranjar a nomenclatura mais estúpida para os seus produtos. Se for esse o caso, temos o maior prazer em atribuir à Intel o primeiro lugar. As coisas, ao que parece, vão ficar ainda mais confusas quando a Intel lançar os próximos processadores Nehalem para computadores portáteis. Estes têm o seu próprio conjunto de classificações arbitrárias, mas para já vamos poupar o leitor a esses detalhes. De qualquer maneira, a principal coisa a reter é que 86 | PCGUIA

nem o socket nem o número de canais de memória ou a presença de ligações QPI externas – já lá iremos dentro de momentos – separam o Core i7 do Core i5. Voltemos, contudo, aos primeiros chips Lynnfield. O chip topo de gama é o Core i7 870 a 2,93 GHz com quatro núcleos e oito threads. Segue-se o Core i7 850 a 2,8 GHz. Uma vez mais, trata-se de um processador com quatro núcleos e oito threads. Finalmente, temos o Core i5 750 a 2,66 GHz com quatro núcleos e quatro threads. Ambos os Core i5 e Core i7 Lynnfield suportam visualização. Se o leitor bem se lembra, os Core i7 Bloomfield existentes são todos chips da série 900. Está claro que os sufixos de três dígitos a começar por 9xx, passando directamente pelas novas séries 8xx e 7xx, são aqueles que interessam. Ainda assim, à semelhança dos Core i7 Bloomfield existentes, os três novos processadores Lynnfield possuem 8 MB de memória cache L2 partilhada.

ALTERAÇÕES NUCLEARES Já vamos abordar o posicionamento do Lynnfield no mercado (tendo em consideração o seu preço) comparado com a concorrência e o respectivo preço global da plataforma. Antes de mais, analisemos Xatentamente aquilo de que é feito. O mercado tem-nos ensinado que, nos últimos tempos, a estratégia dos fabricantes de processadores passa por colocar mais funcionalidades em menos chips. Efectivamente, com o Core i7 original, a Intel tirou o controlador de memória da motherboard e integrou-o no die do


processador. Todavia, continuava a ser uma solução de três chips: processador, northbridge e southbridge. Com o Lynnfield, a Intel leva as coisas um passo mais longe. Gráficos à parte, existem apenas dois chips importantes num computador Lynnfield, o processador e o southbridge. Com efeito, em palavras simples, o que a Intel fez foi pegar no chip northbridge X58 e integrá-lo no die do processador Lynnfield. Por conseguinte, os processadores Lynnfield possuem uma funcionalidade northbridge integrada, incluindo um barramento PCI Express. Contudo, e porque o Lynnfield é um produto mainstream, a faca teve de entrar em acção. Afinal de contas, chips mais pequenos são chips mais baratos. Desapareceu, portanto, um dos três canais de memória do Bloomfield. O barramento PCI Express é também muito mais simples do que antes. Em vez do suporte do X58 para duas interfaces gráficas PCI Express de 16 vias, juntamente com algumas vias adicionais para mais periféricos, o Lynnfield dispõe apenas de 16 vias no total. Isso pode parecer uma desvantagem significativa, especialmente para uma máquina ávida de banda larga com duas placas gráficas. Mas lembre-se de que estamos a falar aqui do PCI Express 2.0, como tal tem o dobro da largura de banda por via do PCI Express 1.0. Na realidade, portanto, uma configuração de duas placas gráficas com oito vias para cada GPU chega perfeitamente. De igual modo, a perda de um canal do controlador de memória DDR3 de

canal triplo do Bloomfield não constitui uma desvantagem importante. Graças à localização do controlador de memória no die, continua a fornecer muito mais largura de banda e uma latência muito inferior do que o controlador alojado no northbridge com que os processadores Cores 2 da Intel tiveram de se contentar. E esses chips não são incompetentes.

MENOS É MAIS Mais pertinente é o facto de a DDR3 rápida ainda ser cara. Um par de módulos de 2 GB é um nada mais acessível do que o trio necessário para uma configuração ideal do Bloomfield. De igual modo, um total de 4 GB é mais do que suficiente para a maioria dos utilizadores. Evidentemente, a mudança do northbridge de armas e bagagens para o die significa também que a ligação QPI externa do Bloomfield já era substituída por uma interface DMI de aspecto algo miserável para o southbridge. No papel, trata-se de outra perda importante. Afinal de contas, a QPI tem uma velocidade nominal de 25,6 GB/s por ligação, ao passo que a DMI apenas é capaz de atingir 2 GB/s em cada direcção. Mas se olhar mais atentamente, verá que as coisas não são o que parecem. A ligação

QPI não desapareceu, em vez disso é agora uma interface interna que liga os núcleos às peças mais exigentes em termos de largura de banda do chamado “uncore”, nomeadamente o barramento PCI Express. Por isso, não fique surpreendido quando ligar um computador Lynnfield e vir definições e frequências QPI no BIOS. Ela continua lá. Mas se todas essas funcionalidades foram enfiadas no próprio processador, o que resta a qualquer chipset de apoio para se manter ocupado? Essa é uma boa pergunta. A carga de trabalho do novo chipset Intel P55 é muito menor. Na verdade, dificilmente pode dizer-se que é um chipset, mas antes um chip simples conhecido por Ibex Peak. Trata-se de um controlador SATA, USB e Ethernet ao qual foram adicionadas também algumas vias PCI Express. Por outras palavras, é apenas um chip southbridge e nada mais do que isso. Tal contribui em grande medida para explicar por que razão as motherboards P55 deviam ser muito mais baratas do que os muito caros artigos X58. Individualmente falando, é a peça mais importante para fazer baixar o custo da arquitectura Nehalem. A peça final do puzzle da plataforma é a

PREPARAR PARA O AUMENTO A Intel fez muito barulho acerca do Turbo Boost nos proces-sadores Core i7 Bloomfield originais. Francamente, não conseguimos ver o motivo de tamanha agitação. O Turbo Boost era bom para obter 266 MHz extra de frequência. Porém, apesar das declarações relativas à imensa sofisticação do Turbo Boost e da sua capacidade para aumentar a velocidade do relógio de núcleos individuais consoante as necessidades, mais parecia que o chip Bloomfield inteiro corria à velocidade Turbo máxima sempre que havia uma carga de processamento pesada. Mais valia ter indicado a velocidade Turbo como sendo a frequência oficial e posto um fim a isto. Para os processadores Lynnfield, todavia, o Turbo Boost revela-se uma funcionalidade muito apelativa. Efectivamente, o Turbo Boost para o Lynnfield fornece até 666 MHz de aumento da frequência. Mais especificamente, o Turbo Boost máximo para o Core i7 870 a 2,93 GHz será 3,6 GHz, o chip Core i7 850 a 2,8 GHz chega aos 3,46 GHz e o Core i5 750 a 2,66 GHz atinge o valor limite de 3,2 GHz. No entanto, trata-se de frequências máximas e não frequên-

cias garantidas. A velocidade exacta que o leitor pode esperar na prática irá variar em função da qualidade da solução de refrigeração instalada. Sensores térmicos integrados no chip monitorizam constantemente a dissipação de calor e ajustam as velocidades de funcionamento a condizer. Na teoria, é possível que todos os quatro núcleos corram à velocidade Turbo Boost máxima. As indicações iniciais, no entanto, sugerem que, a menos que utilize um exótico sistema de refrigeração a água ou de mudança de fase, verá apenas os 666 MHz totais num ou dois núcleos quando correr software com um número reduzido de threads. Contudo, mesmo com os oito threads a funcionar a toda a velocidade, deverá conseguir um aumento de pelo menos 400 MHz, desde que tenha um ventilador decente. Isto tem um duplo resultado. Primeiro, uma boa refrigeração será crítica para tirar o máximo partido do Lynnfield. Segundo, com o Turbo Boost completamente lançado à velocidade máxima, o processador poderá dar uma tareia aos Core i7 Bloomfield mais caros. PCGUIA

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refrigeração. Com o célebre e velho socket LGA1366, a Intel introduziu furos de montagem muito mais espaçados entre si, em comparação com o LGA775. Em relação ao LGA1156, o leitor não ficará surpreendido por saber que os furos ficam algures no meio. O resultado final é que apesar de o LGA1156 empregar a mesma mecânica de encaixe do que os sockets existentes da Intel, continuará a necessitar de ventiladores à medida ou de acessórios adaptadores. Não é possível ligar simplesmente qualquer antigo dissipador de calor para LGA775 ou LGA1366. À excepção, pois, de uns quantos pontos fracos de pouca importância, o Lynnfield parece ser o chip Nehalem acessível de que temos estado à espera. No entanto, é esse o seu desempenho? O que podemos dizer é que é de facto promissor, pelo menos no que diz respeito ao chip Core i7 870 inicial que temos testado. Com efeito, se compararmos o Lynnfield com o Bloomfield, da perspectiva da classificação oficial da velocidade do relógio não Turbo, revela-se mais rápido. O chip 970 a 2,93 GHz fica muito perto, por exemplo, de igualar um chip Bloomfield a 3,2

GHz. Estamos a falar do 965 Extreme Edition, um processador de cerca de 850 euros. Caso esteja a perguntar-se como diabo isso é possível tendo em conta a inferior largura de banda da memória do Lynnfield, adiantamos que existem vários factores que contribuem para isso. Para começar, a Intel esmerou-se a espremer a largura de banda máxima do barramento de memória do Lynnfield. É possível obter valores de largura de banda que se comparam de forma notável com uma máquina Core i7 de canal triplo. O outro factor principal consiste na implementação muito mais agressiva no Lynnfield da funcionalidade de overclocking automático Turbo Boost da Intel. Basta dizer que, na prática, um Lynnfield a 2,93 GHz corre pelo menos tão rapidamente, se não mesmo mais, do que um Bloomfield a 3,2 GHz. Impressionante.

OVERCLOCKING Quanto às implicações para o overclocking manual da divisão em partições revista da plataforma que integra o pacote do Lynnfield, na teoria não deverá fazer qualquer diferença.

A mecânica do processo é certamente a mesma, envolvendo ajustes no relógio de base de 133 MHz. Diríamos até que a mudança do northbridge para o silício de relógio elevado do processador poderá oferecer uma maior estabilidade. Mais importante ainda, todos os chips Lynnfield iniciais possuem uma potência nominal relativamente modesta de 95 watts, o que sugere que a Intel tem o problema da fuga de potência sob controlo – sempre um bom sinal para o overclocking. Com efeito, a nossa experiência inicial com o Lynnfield sugere que podemos esperar resultados muito convincentes no overclocking semelhantes aos dos chips Core 2 e Core i7 existentes da Intel. Tudo isto deixa no ar a questão de como se comporta o Lynnfield no mercado. As nossas impressões iniciais sugerem que se perde pouco na prática em comparação com a mais cara plataforma Core i7 Bloomfield. De facto, as vantagens das definições Turbo Boost muito mais enérgicas do Lynnfield podem precisamente fazer o Bloomfield parecer algo ridículo. E como se comporta o Lynnfield ao lado dos

1 TURBOALIMENTAÇÃO

Se o modo Turbo tinha um pouco de artimanha no Core i7 original, a Intel cumpriu realmente o prometido com as versões Core i5 e Core i7 do novo chip Lynnfield. Em vez de uns insignificantes 266 MHz de aumento da frequência, pode esperar até 666 MHz com o modo Turbo a correr à velocidade máxima, e habitualmente 400 MHz no mínimo.

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2 A QPI GEROU A DMI

Uma das funcionalidades mais chamativas do Core i7 Bloomfield era o barramento QPI de largura de banda mega-alta. Enquanto interface externa, já não existe, tendo sido substituída pelo muito mais lento barramento DMI no Lynnfield. Não desespere, contudo. A QPI continua lá a fornecer largura de banda com fartura, só está é escondida dentro do próprio chip.

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3 PCI EXPRESS 5

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Em linha com a sua política de integração crescente de funcionalidades, a Intel mudou o northbridge na sua totalidade para o novo die do Lynnfield. A mudança significa que o barramento PCI Express

está agora no processador. Com apenas 16 vias disponíveis, há menos largura de banda à disposição, mas não tem um impacte negativo além no desempenho SLI.

4 LARGURA DE BANDA DA MEMÓRIA

Um objectivo fundamental dos novos chips Core i5 e Core i7 é uma acessibilidade melhorada. Com isso em mente, a Intel cortou um dos canais de memória do chip. Afinal de contas, chips mais simples resultam em chips mais baratos. Apesar disso, as optimizações efectuadas no controlador integrado asseguram que há largura de banda para dar e vender.

5 FUNCIONAMENTO FRESCO

Com mais funcionalidades do que nunca enfiadas no novo die do processador Lynnfield, poder-se-ia pensar que o consumo de energia seria elevado. E no entanto isso não acontece. A Intel conseguiu obter uma classificação TDP oficial de apenas 95 watts, significativamente mais baixa do que a TDP de 130 watts do Core i7 Bloomfield.


VALE A PENA?

processadores AMD Phenom II? Esta é uma escolha difícil de fazer e complicada pela divisão entre Core i5 e i7. Suspeitamos que a falta de HyperThreading assegurará que o Core i5 850 tem em mãos uma luta renhida com o Phenom II X4 955 Black Edition da AMD, de preço semelhante. No nível acima, o Core i7 850 parece determinado a desafiar o novo Phenom II X4 965 BE a 3,4 GHz da AMD. Para falar francamente, não nos agradam as probabilidades da AMD neste confronto graças a um duplo golpe desferido pelo HyperThreading e Turbo Boost. No entanto, muita coisa depende do preço das motherboards P55. Nos modelos mais caros, o chip Phenom continua a oferecer uma melhor relação preço/qualidade.

Para o utilizador menos bem informado, não vai ser muito transparente o que a Intel anda a tramar ao certo devido aos dois Core i7 muito diferentes que a marca vende actualmente. Com efeito, a própria ideia de dois sockets para o computador de secretária não convence totalmente. Ergue uma barreira artificial no caminho dos utilizadores entusiastas que procuram a melhor solução de actualização possível. Outra questão mais cinzenta é o Turbo Boost. Não queremos com isso dizer que é uma coisa má. Sob muitos aspectos, é até o contrário e certamente com muito menos de artimanha do que aconteceu no Core i7 original. Contudo, torna muito espinhosa a tarefa de avaliar os méritos dos Lynnfield, o que por sua vez significa que todo o processo de escolha dos componentes ficou um pouco mais complexo. O ponto de interrogação final envolve o HyperThreading e a ausência do mesmo nas versões Core i5 mais baratas do Lynnfield. Teremos de aguardar para saber até que ponto isso prejudica o desempenho. Sob todos os outros aspectos, contudo, o Lynnfield é uma boa aposta. Provavelmente, é o que o Nehalem deveria ter sido desde o início. Acessível e alcançável, mas ainda assim rápido como um raio.

O FUTURO DE 32 NM DA INTEL O die mal assentou para o Lynnfield e já estamos a olhar para o futuro. O que se segue então para a Intel? Numa palavra, Westmere. Trata-se da próxima redução do die para 32 nm da arquitectura do processador Nehalem. O primeiro chip da safra Westmere a sair do portão será o Clarkdale, o quase mítico chip híbrido CPU-GPU esboçado para aparecer lá mais para o fim do ano. Trata-se de um chip de dois núcleos económico com um dos núcleos gráficos da Intel espremido para caber no conjunto do processador. De facto, os gráficos nem sequer estarão no mesmo die do par de núcleos do processador de 32 nm. Em vez disso, o Clarkdale irá alojar as funções dos gráficos e provavelmente do northbridge num die de 45 nm à parte dentro do conjunto. Não é uma solução muito elegante, mas também o Clarkdale destina-se aos computadores de gama baixa. Convém referir igualmente que o núcleo gráfico no Clarkdale nada tem que ver com o próximo GPU propriamente dito da Intel, Larrabee, cujo lançamento está previsto para 2010. Por essa razão, o interessante acerca do Clarkdale é a forma como encaixa no esquema mais amplo da Intel para os computadores de secretária. Com ele chega um novo chipset para computador de secretária conhecido por H57. Consiste essencialmente no equivalente aos antigos chipsets “G” de gráficos integrados da Intel. Desta vez, no entanto, os gráficos estão no conjunto do

processador, cabendo à motherboard o papel de fornecer conectores eléctricos entre o socket do processador e as portas de saída de vídeo. Para que conste, o chipset H57 utiliza o mesmo socket LGA1156 do P55. De igual modo, os chips Clarkdale vão funcionar em placas P55, mas perde-se o acesso ao núcleo gráfico. Os processadores Lynnfield também serão compatíveis com as placas H57, mas uma vez mais é preciso adicionar uma placa gráfica para conseguir um computador totalmente funcional. A configuração é algo complicada, porém se tivermos em conta a estratégia de múltiplos sockets e o desconcertante esquema de marca comercial da Intel, talvez isso não seja surpresa.


HARDWARE

ABRANDE O RITMO DO CPU Aplique um downclocking ao seu processador para ter um PC quase silencioso e que o ajudará a poupar na conta da electricidade Isto não será propriamente uma novidade para si, mas nunca é demais dizê-lo: a PCGuia é uma revista que se dedica à computação com elevado desempenho. Todos os meses levamos até si ideias, dicas e sugestões sobre como tirar o máximo partido do seu computador em casa, e aproveitamos esta oportunidade para lhe agradecer a atenção que nos dá. Porém, tirar o máximo partido de um computador não significa necessariamente gastar uma fortuna para ter uma máquina capaz de um desempenho fenomenal. Trata-se, sobretudo, de retirar o melhor desempenho possível face ao valor disponível para investir no sistema. E isso passa também por fazer algo que muitos provavelmente nunca pensaram fazer – o downclocking do processador. Para quê colocar o CPU a funcionar abaixo das suas capacidades

normais? Não será mais lógico puxar ao máximo por ele e ver até que ponto é possível fazer overclocking? Estas duas perguntas são naturalmente válidas, mas têm uma resposta também naturalmente simples e directa. Relativamente à primeira, para prolongar a vida útil do hardware e ainda poupar energia. Quanto à segunda, nem sempre, e nem todas as máquinas lidam bem com a aceleração do processador. Pense, por exemplo, naquele media center que há tanto tempo pensa construir e que há três anos não sai do projecto. Ou naquele portátil que, quando é ligado, mais parece um avião a jacto a fazer-se à pista para levantar voo. Ou até mesmo no seu PC, que persiste em irritar toda a família enquanto fica toda a noite ligado a fazer aquilo que toda a gente sabe mas que ninguém diz. De facto, todas estas situações podem

O downclocking não é tão complexo como o overclocking, mas exige igualmente cuidados redobrados

beneficiar de um pouco de downclocking. A grande vantagem deste processo tem que ver com o facto de ele permitir a redução da velocidade das ventoinhas de refrigeração. Dessa forma, a sua máquina não produzirá tanto ruído como seria de esperar caso estivesse a trabalhar normalmente. Se baixar suficientemente a velocidade do seu CPU poderá até conseguir usar arrefecimento passivo para o seu hardware, o que é mais do que recomendado para quem está

COMO TORNAR A MÁQUINA SILENCIOSA

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Se já alguma vez aplicou overclocking ao seu CPU então saberá que deve manter um olho nas temperaturas do sistema à medida que vai acelerando as definições do processador. No que concerne ao downclocking, será na mesma preciso manter os olhos nesses valores térmicos, uma vez que a sua máquina não será capaz de lidar assim tão bem com uma queda da temperatura. Para isso, precisará de arranjar uma forma de monitorizar tudo o que se passa nesta matéria, e atenção porque não estamos a falar apenas da temperatura do processador; referimo-nos a todo o sistema. Existem várias ferramentas disponíveis para o efeito, mas uma houve que se mostrou mais capaz de desempenhar esta tarefa. Estamos a falar do programa CPUID Hardware Monitor (www.cpuid.com). Deixe o programa a correr, execute as tarefas que são necessárias levar a cabo na máquina em questão e poderá verificar quão quentes os vários componentes do seu PC são capazes de ficar – consulte os resultados na coluna Max para ver. 90 | PCGUIA

02

Também dá jeito verificar até que ponto é possível abrandar as ventoinhas, o que vai ser possível quando usar a outra ferramenta necessária para o efeito, que dá pelo nome de SpeedFan (www.almico.com/speedfan.php). Este programa dá-lhe um controlo muito próximo sobre a ventoinha do processador, entre outras, permitindo-lhe abrandar a velocidade de rotação enquanto monitoriza as temperaturas gerais registadas pelo sistema. Terá, porém, de configurar alguns detalhes. Clique no separador Clock e introduza os dados relacionados com a sua motherboard.


a pensar em construir um servidor de media para a sala. Como é que é possível ver filmes sossegado enquanto o media server insiste em fazer-se ouvir através das suas irritantes ventoinhas? O downclocking é a solução ideal para quem almeja construir o PC silencioso, passando este elemento a ser apenas influenciado pela fonte de alimentação e pelo disco rígido. No entanto, deverá haver muito cuidado na escolha da

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solução de arrefecimento, pois poderá ser necessário utilizar uma ventoinha para expelir o ar quente que se forma dentro do chassis. No entanto, o que não falta são soluções silenciosas desenhadas para este propósito, e nesse caso poderá até usar uma ou duas que quase nem sentirá a diferença. No fundo, não se deve pensar que colocar o CPU a trabalhar abaixo das suas normais capacidades é algo de novo. De facto, esse é o princípio que está na base das tecnologias SpeedStep da Intel e Cool’n’Quiet da AMD, que são sobretudo usadas em computadores portáteis. Sempre que o laptop for desligado da corrente, é forte a probabilidade de ele abrandar o relógio do CPU e de outros componentes fundamentais para ganhar algum tempo de autonomia energética. Se o processador do seu computador portátil não suportar downloclocking automático, o guia que passamos a publicar vai certamente dar uma grande ajuda. Depois de o ler, poderá ser capaz de ganhar algum tempo extra no que toca ao tempo de duração da carga da bateria ao mesmo tempo que retira a pressão sobre as ventoinhas do sistema. Vale a pena consultar o BIOS para ver onde é possível mexer.

No que toca a definir efectivamente as velocidades de relógio, recomendamos que experimente fazê-lo primeiro através do programa de configuração do BIOS. Abrandar o processador é um processo relativamente simples – basta baixar o FSB ou o multiplicador (se conseguir), fazer aplicar as alterações e pronto. De resto, no downclocking não faz sentido falar em crash de sistema, impossibilidade de entrar no Windows ou coisas deste género que habitualmente se fazem sentir no overclocking. Basta que se assegure de que a máquina está a funcionar de uma forma estável, sendo que para isso deverá usar um software de benchmark da sua confiança. No caso deste tutorial, usámos a codificação X.264, que puxa bastante pelo CPU – aliás, puxa-o até ao limite.

ANÁLISE TÉCNICA

É fundamental pensar que tipo de utilização pretende dar ao seu PC. Obviamente que isso depende do que estiver a fazer em determinada altura, mas para as operações normais (e até mesmo para a reprodução de vídeo) abrandar a velocidade do processador, mesmo que seja por uma margem considerável, não irá fazer com que as tarefas sejam executadas mais lentamente. Porém, se experimentar executar uma tarefa que requeira um trabalho de CPU intensivo, como é o caso da codificação de vídeo H.264, deverá contar com algum tempo a mais de espera. No entanto, o downclocking tem um efeito imediato no pico de temperatura com as ventoinhas a rodarem no modo standard, fazendo com que este desça de uns habituais 52º C para uns bem mais “frescos” 45º C. Nesse caso, deverá afrouxar um pouco a rotação das mesmas através do programa de configuração do BIOS. 3DMark06

Resultado – quanto maior, melhor

1280 x 1024

2000 4000 6000 8000 10.000 Codificação X.264

Resultado – quanto maior, melhor

720P

2 Temperatura

4

6

8

10

Graus centígrados (ºC) – quanto menor, melhor

Idle Pico

20

40

60

80 100

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Assim que estiver satisfeito com o downclocking e verificar que afinal até nem está a sacrificar assim tanto o desempenho da sua máquina, convém entrar no BIOS e definir o grau de rotação das ventoinhas para um nível mais baixo, ou então use o SpeedFan caso a sua motherboard tenha suporte. É neste ponto que se deve aplicar o método de tentativa e erro para se ter a certeza de que a ventoinha não fica assim tão baixa que acabe por castrar a potência do processador. Mais uma vez, é uma questão de baixar um pouco a velocidade da ventoinha (usando as ferramentas manuais disponibilizadas no BIOS), reiniciar o sistema para o Windows e verificar se tudo está bem aplicando um teste de stress ao processador (um benchmark, por exemplo). Se a ventoinha ainda estiver audível, então deverá ir baixando um pouco mais e repetindo todo o processo de verificação até ficar satisfeito.

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ASSISTÊNCIA TÉCNICA

João Trigo, editor

PERGUNTE AO ESPECIALISTA Há dias assim, que nem vale a pena sair da cama; quando tudo corre mal e a máquina insiste em mostrar erros atrás de erros. Esta rubrica vive desses dias. E eu estou aqui para que o leitor saia (eventualmente) da cama.

P R

: A minha partição de recuperação de sistema de 10 GB está quase cheia. Como posso aumentar a sua dimensão sem perder dados?

: A partição de recuperação de sistema não deve ser utilizada para mais nada que não seja a imagem do sistema, como o próprio nome indica. Muito embora alguns fabricantes escondam esta partição no Windows, também há os que não o fazem, deixando-a assim vulnerável a problemas de vária ordem. Enquanto estávamos ao telefone com este nosso leitor, descobrimos que algumas cópias de segurança estavam a ser guardadas nesta partição, pelo que a prioridade foi removê-las e copiá-las para um disco rígido externo. Depois, certificámo-nos de que a ferramenta de backup continuou a fazer as cópias de segurança para a nova localização, e não para a partição de recuperação do sistema. Muitos fabricantes fornecem discos de recuperação de sistema para que estes possam servir em caso de problemas mais sérios – mas infelizmente é uma boa prática não seguida por todos. A questão coloca-se quando existe um desastre e o disco rígido onde o utilizador tem a partição de recuperação do sistema fica danificado. Em último caso, terá de adquirir discos de recuperação ou mesmo um novo sistema operativo. Deve proteger adequadamente esta partição. Se o seu PC tem uma aplicação de criação de discos de recuperação do sistema, utilize-a. A maioria só permite a criação de um set de discos, pelo que pode usar o ImgBurner para converter os discos para o formato ISSO, de forma a criar mais cópias. Em alternativa, considere a possibilidade de fazer uma imagem da partição do Windows enquanto esta está a funcionar adequadamente. Veja mais detalhes em http://bit.ly/12P2Dc.

QUEIMAR FICHEIROS ISO

P

: Fiz o download de um ficheiro ISO. Como posso queimá-lo para um CD ou DVD?

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R

: Um ficheiro ISO contém uma imagem exacta do conteúdo que o leitor quer gravar no DVD. Pense nele como um ficheiro ZIP, mas sem a compressão. É pois necessário extrair o conteúdo do ISO antes de gravar o disco, e existe para tal um vasto conjunto de

ferramentas. Veja o ISO Recorder (http://isorecorder.alexfeinman.com). Depois de instalado, coloque um DVD virgem na drive óptica e clique duas vezes no ficheiro para abrir a aplicação. Clique em Next para iniciar a gravação.



ASSISTÊNCIA TÉCNICA

“O QUE ACONTECE SE O PC QUE EU ASSEMBLEI NÃO ARRANCAR?” DESMONTE A MÁQUINA. TIRE A MOTHERBOARD DA CAIXA E COLOQUE-A NUMA SUPERFÍCIE NÃO CONDUTORA. REMOVA TUDO MENOS O PROCESSADOR, DISSIPADOR E MEMÓRIA. LIGUE A FONTE DE ALIMENTAÇÃO À MOTHERBOARD E LIGUE O BOTÃO DE ENERGIA NA MESMA, ASSIM COMO OS CONECTORES DE SOM. PRIMA O BOTÃO DE POWER. ARRANCOU?

NÃO

O problema está na sua motherboard. Substitua-a.

SIM

A motherboard já tem energia?

NÃO NÃO

Substitua a RAM.

A motherboard já tem energia?

SIM

Desligue a máquina. Ligue a sua placa gráfica e o monitor e reinicie o sistema.

Substitua a placa gráfica.

Já vê uma imagem?

NÃO

SIM

NÃO

SIM

Vê imagem?

Remova a memória RAM.

A motherboard tem energia?

SIM

As ventoinhas funcionam ou consegue ouvir beeps?

Substitua o processador. NÃO

Verifique todas as conexões e assegure-se de que tudo está bem instalado.

SIM

Coloque a motherboard novamente na caixa e ligue tudo correctamente. Ligue o computador.

Instale as placas PCI restantes e os periféricos internos.

Desligue a máquina e ligue os discos rígidos. Reinicie o sistema.

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NÃO

Verifique todas as conexões. NÃO

SIM

O sistema liga?

O sistema liga?

SIM

Os discos são detectados?

NÃO

Verifique as definições do BIOS e dos jumpers nas drives. Substitua as drives que não funcionam.

Remova todos os periféricos e teste-os um a um.



ASSISTÊNCIA TÉCNICA

IMPRESSÃO ERRADA

P

R

01

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: Como posso ajustar a minha impressora para que não imprima imagens mais escuras do que aparentam estar no ecrã?

Descomprima o conteúdo do ficheiro ICC. Os utilizadores do Windows XP devem ainda instalar o Color Control Panel Appler de http://tinyurl.com/colorxp.

: Antes de mais, verifique o papel que está a utilizar. É de qualidade? Deve optar por papel da mesma marca do fabricante da impressora. Depois, instale um perfil de cor ICC que garanta maior fidelidade de cor entre o que é mostrado no ecrã e o que é de facto impresso. Faça o download do perfil do site do fabricante e depois siga o nosso passo a passo.

Clique em Iniciar, Painel de Controlo, Aparência e Temas, Cores (XP) ou Gestão de Cores (Vista). Vá ao separador Todos os Perfis, Adicionar, ICC.

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Vá ao separador Dispositivos. Escolha Impressoras e clique em Adicionar para associar os perfis que instalou à sua impressora. Clique em OK.

MONITOR EXTERNO

P

: Liguei um monitor ao meu notebook, mas a única imagem que obtenho é uma área de trabalho vazia. Como resolvo a questão?

R

: Tudo indica que o Windows está a estender a sua área de trabalho para o monitor externo. Quando liga pela primeira vez um monitor ao seu computador portátil, tem de decidir se quer replicar a sua área de trabalho no mesmo ou utilizá-lo como uma extensão do ecrã do notebook. Precisa, assim, de indicar que quer duplicar a imagem

do ecrã do seu notebook no monitor externo que vai usar. A forma de o fazer depende da placa gráfica do computador. Os utilizadores de hardware Nvidia devem clicar com o botão do rato em cima da área de trabalho e escolher Nvidia Control Center. Escolha as definições Standard, seguido de Set Up Multiple Displays no separador Display. Escolha The Same on Both Displays (clone) e clique em Apply. Quem usa placas ATI deve dirigir-se ao Catalyst Control Center e descobrir as opções semelhantes. As opções de outras placas gráficas poderão variar ligeiramente.

PROBLEMAS COM ACTUALIZAÇÕES

P R

: Como posso desligar os avisos constantes para instalar o update KB967715 da Microsoft?

: Por vezes, existem falhas na instalação de updates da Microsoft, que fazem com que essas actualizações não sejam de todo instaladas ou com que a instalação fique a meio. O resultado? Avisos insistentes para que o utilizador instale novas actualizações. Veja esta caixa para perceber como pode resolver problemas deste género. É possível que, após concluir o processo, tenha de reinstalar o update, depois de reiniciar o sistema.

01

Faça o donwload do update a partir de http://tinyurl.com/c9yhha. Grave o ficheiro para a raiz da drive C.

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FICHEIROS APAGADOS POR ACIDENTE

P

: O que acontece se eu apagar acidentalmente um ficheiro do meu computador?

R

: Perder um ficheiro pode ser o seu pior pesadelo, mas acredite que recuperá-lo é muitas vezes mais simples do que imagina – mesmo que o leitor julgue que ele desapareceu para sempre. Antes de tudo, não entre em pânico se se der conta de que apagou acidentalmente o ficheiro errado. Vá à Reciclagem e vai encontrá-lo aí. Agora arraste-o simplesmente para a sua área de trabalho e a recuperação está concluída. O Windows Vista permite mesmo que clique em cima dele para o abrir na Reciclagem. Depois, pode recuperá-lo para a pasta onde estava originalmente através do menu popup que aparece. O que acontece se entretanto apagou o conteúdo da Reciclagem? Será o fim do ficheiro? Aparentemente, sim. Já não consegue vê-lo na sua localização antiga, nem na Reciclagem. Mas o ficheiro nunca foi enviado para a Reciclagem. Na verdade, foi mantido no seu local habitual, muito embora a indicação do caminho necessário para aceder a ele tenha sido apagada. No Windows, use o utilitário Undelete para recuperar o ficheiro “perdido”. Lembre-se porém de que existem ficheiros que são demasiado grandes para serem movidos para a Reciclagem – estes são imediatamente apagados. Siga estas dicas para se assegurar de que consegue recuperar aquele ficheiro importante que pensava estar perdido para sempre.

1 DESCUBRA O QUE NÃO VAI PARA A RECICLAGEM…

2 …APAGANDO UM FICHEIRO DE TESTE

3 EVITANDO A RECICLAGEM

4 CERTIFIQUE-SE DE QUE A RECICLAGEM ESTÁ VAZIA

5 TENTE APAGAR O FICHEIRO INFO

6 PROGRAMAS DE RECUPERAÇÃO DE DADOS

Alguns programas não enviam os ficheiros para a Reciclagem. A única forma de saber se determinada aplicação o faz é apagando um ficheiro de teste e verificando se este foi colocado ou não na Reciclagem.

Para apagar um ficheiro sem o enviar para a Reciclagem, seleccione-o e depois clique em Shift + Delete. Vai-lhe ser perguntado se quer mesmo apagar o ficheiro. Clique em Sim. É uma boa forma de garantir que ficheiros com dados sensíveis não ficam guardados na Reciclagem.

Apagar o ficheiro INFO faz com que o sistema operativo crie um novo ficheiro do género assim que o utilizador reinicia o computador. Quando entrar no sistema, verifique a Reciclagem. Verá que os ficheiros voltaram a estar visíveis (e acessíveis) e que podem ser restaurados da forma habitual.

02

Abra a caixa de diálogo de adicionar e remover programas e assinale Mostrar Actualizações. Desça até à caixa de updates do Windows XP e procure a actualização KB967715. Desinstale-a.

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Grave o ficheiro de teste e localize-o. Clique com o botão direito do rato e escolha Apagar. Agora vá ao ícone da Reciclagem e verifique se o ficheiro está aí colocado.

Se o ficheiro INFO da Reciclagem estiver danificado, esta localização vai parecer vazia, mesmo que não o esteja. Pode restaurar a normalidade procurando o ficheiro. Vá a menu Iniciar, Iniciar Procura, Ficheiros e Pastas ou Iniciar, Procurar (no Windows XP). Dê-lhe outro nome.

Se mesmo assim não conseguir recuperar os ficheiros em causa, recorra a programas dedicados a este tipo de tarefas, Veja o Recuva (www.recuva.com) ou o Uneraser (www.uneraser.com). Mas fica desde já o aviso: ficheiros muito antigos estarão, em princípio, perdidos para sempre.

Reinicie a máquina. Prima F8 para ver o menu de arranque e escolha Modo de Segurança. Faça o log in como administrador e clique em Sim quando lhe for perguntado se quer entrar no Modo de Segurança.

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Clique em iniciar, depois em O Meu Computador e abra a drive C. Clique duas vezes no ficheiro com a actualização. Siga o assistente e o sistema irá reiniciar no fim do processo. PCGUIA

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ASSISTÊNCIA TÉCNICA

CRIE UM BACKUP DA PARTIÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE SISTEMA

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Crie um backup da partição de recuperação de sistema usando o Macrium Reflect Free (www.macrium.com/reflectfree.asp). Pode fazer a cópia para um DVD ou para um disco rígido externo.

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Se o pior acontecer, arranque a partir do CD que criou. Se fez o backup para vários DVD, insira o último quando lhe for perguntado o que quer recuperar.

Poder-lhe-á ser indicado para trocar de DVD. Clique em OK para o fazer, insira o novo disco e clique em Refresh até que este apareça. Deixe que o Macrium restaure a partição de recuperação do sistema na nova drive. 98 | PCGUIA

Depois de criado o backup, verifique a integridade do mesmo (Other Tasks, Verify Image & Backup Files) antes de criar um disco em Linux, escolhendo Tasks, Create Rescue CD. Siga o assistente.

Escolha a drive, que deverá estar vazia (Empty) e certifique-se de que a opção Active está seleccionada. Deixe as opções definidas por defeito e clique em Finish para dar início ao processo de recuperação.

Depois de concluído o processo, remova todos os CD e clique em Cancel e OK, para reiniciar o seu computador. Lembre-se de arrancar a partir da partição de recuperação, de modo a restaurar o Windows para o novo disco rígido.



BATMAN:

ARKHAM ASYLUM É considerado o melhor jogo adaptado de banda desenhada, mas, valerá a pena para os jogadores de PC que não sejam fãs da série? COMBATES

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DETALHES GRÁFICOS

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UM POUCO REPETITIVO

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VEREDICTO 9

Muitas são as onomatopeias que se podem aplicar a Batman: Arkham Asylum. No entanto, aquela que será mais correcta será algo como o som do punho do cavaleiro das trevas a cortar o ar até encontrar a face do vilão numa violenta tempestade de golpes. Arkham Asylum é brutal, apesar de ter um estilo de violência sem sangue. E as sequências de combate são tão eficazes, que nos sentimos afectados até aos ossos só de as ver. Esqueça a brutalidade mercenária de Far Cry 2; Arkham Asylum consegue ir muito mais além. Violência à parte, é preciso ter em conta que Batman é um dos bons que frequentemente pisam o risco e entram no território dos maus. O Super-Homem e o Homem Aranha são “bonzinhos” que têm dons, mas Batman é um vigilante vingador, obcecado em vingar a morte dos pais.

A VÍTIMA DA ANEDOTA Batman nunca deixa o manicómio de Arkham, mas a editora Rocksteady conseguiu lá pôr os elementos recorrentes clássicos da saga. Por exemplo, Batman sabia que um dia o Joker iria

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fazer asneiras de primeira no asilo Arkham e por isso mandou lá instalar uma batcaverna mini e trouxe com ele o Batmobile e a Batwing. No entanto, não há sequências de condução nem de voo no jogo, o que é uma grande pena. Há também lugar para o flashback obrigatório do assassinato dos pais de Bruce Wayne. Os limites do ambiente da acção funcionam em favor do jogo. O motor Unreal Engine 3 tem um aspecto incrível, porém é incapaz de criar mundos abertos, ao estilo de GTA. Arkham Asylum consiste numa série de edifícios que se expandem a partir de um núcleo central ao ar livre. Como em Gears of War, não há ecrãs de carregamento. Em vez destes, os níveis são carregados em segundo plano à medida que passamos por eles, o que dá uma sensação de fluidez e corporalidade ao mundo nunca quebrada pelas limitações tecnológicas. De facto, o motor Unreal Engine 3 nunca foi tão bem adaptado. É incrível na representação

das texturas húmidas e brilhantes, sendo que os vilões parecem saídos de uma sauna. O próprio cavaleiro das trevas tem um aspecto espantoso – uma enorme pilha de músculos cinzelados envoltos em cinzento-escuro, o que resulta numa imagem tão gótica como qualquer gárgula numa catedral. Por outro lado, não se trata do Batman que nos habituaram a ver nos filmes; é o Batman dos comics, mas a referência principal é Batman: The Animated Series. Essa série contava com

AS LEIS DA PHYCX-CA

Como em Mirror’s Edge, Batman: Arkham Asylum inclui efeitos de PhysX extra para os jogadores de PC, desde que estes tenham uma placa gráfica Nvidia compatível com a tecnologia. Os efeitos variam de bandeiras ondulantes e mais uns tijolos partidos a teias de aranha mais realistas. O mais impressionante é, de longe, o fumo volumétrico, que contorna Batman quando ele passa por perto. É impressionante, mas faz pouco sentido, e não está a perder muito se não conseguir activar esses efeitos.

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ENTRETENIMENTO

actores com vozes excelentes – Kevin Conroy (Batman), Mark "Slipstream" Hamill (The Joker) e Arleen Sorkin (Harley Quinn) – e todos eles retornam aqui aos seus papéis. Paul "brother of Hugh" Dini, o criador da série, também escreveu Arkham Asylum, ficando assim o jogo na descendência directa da série. Mas funciona como jogo? E, mais importante ainda, funciona como jogo para PC? Na verdade, Arkham Asylum já cativou a miudagem das consolas e entrou no Guinness Book of World Records como o melhor jogo de vídeo de todos os tempos baseado num comic – o que não foi coisa fácil, tendo em conta que defrontou Superman na N64. Contudo, e apesar da sua origem nos comics, o jogo com que Batman: Arkham Asylum mais se pode comparar é Bioshock. Têm em comum as terras isoladas pela água, com aspectos arcaicos e habitantes doidos. O aspecto deteriorado de ambos os mundos mantém-se imaculado e os locais servem para contar a história de cada jogo. Aliás, a atmosfera nestes sítios isolados e húmidos é tão tangível que quase conseguimos cheirar o bolor. Também partilham o tema do poder e do controlo num mundo a cair aos bocados, à medida que o Joker se apodera da ilha para

criar um exército de – já adivinhou – supersoldados. No entanto, Arkham Asylum tem os mesmos problemas que Bioshock, forçando-nos mais uma vez a andar de um lado para o outro entre níveis num esforço para fazer o jogo durar mais tempo, uma coisa que até Mirror's Edge, com os defeitos que tem, conseguiu evitar. O resultado é ficarmos maçados de ver sempre os mesmos locais vezes sem conta. Os combates tornam-se cada vez mais repetitivos, e se um jogo trata cada combate com uma horda de maus comandados por um chefe como sendo sempre a mesma coisa, então atribuiu mal as prioridades – especialmente sabendo do imenso número de inimigos que existe no universo Batman.

CAVALEIRO DAS SOMBRAS Apesar do bom aspecto e das texturas de alta resolução, Arkham Asylum fez poucas concessões ao público do PC. Utiliza pontos de gravação automática e não de gravação rápida e, por vezes, os controlos são desajustados, ou desajeitados. Esteja preparado para se aproximar do limite dos 10 000 cliques do seu rato. O próprio Batman é muito parecido com Sam

Fisher (ou Sam Fisher é muito semelhante a Batman). Ambos adoram os seus gadgets, as suas ferramentas e os fatos de borracha apertados. Há alturas em que Arkham Asylum se joga como Splinter Cell, embora num ambiente nada parecido com os locais exóticos de Fisher. Quanto a Batman, pode ficar pendurado de cabeça para baixo e puxar os inimigos do chão, estrangulando-os até se sentirem um bocadinho mal... Bom, tal como acontece com o Sr. Fisher. Nenhuma crítica a um jogo furtivo ficaria completa sem uma menção a Thief. Em Batman, tal como acontece na série Splinter Cell, nota-se um esforço por ser uma versão actual desses jogos furtivos num ambiente steampunk, mas nenhum deles chega perto. O terrível nível de tensão da série de jogos Thief ainda não foi atingido e, embora em Arkham se tenha feito um bom trabalho, ainda não se chegou lá. No entanto, há uma coisa que Batman tem que os outros jogos não têm – a mitologia. Batman fez 70 anos no ano passado e durante todo esse tempo tivemos centenas de versões da mesma história em vários meios de comunicação. Não é perfeito, mas Batman regressa naquele que é o seu melhor jogo de sempre.

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ENTRETENIMENTO Não estamos tão feridos como este pobre tipo a desintegrar-se, pois não?

WOLFENSTEIN Return To Castle Wolfenstein regressa, mas sem o castelo... ARMAS

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LIBERDADE DE ACÇÃO

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MULTIPLAYER

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VEREDICTO 6

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Há dois tipos de pessoas a jogar jogos FPS. De um lado, as pessoas que desejam encontrar algum significado no jogo, mesmo quando estão a dar tiros a alguém na cara com armas grandes e esquisitas. Do outro lado, as pessoas que apenas querem dar tiros a alguém na cara com armas grandes e esquisitas. Assim sendo, serem nazis, demónios, zombies ou zombies-demónios-nazis é uma questão importante. O seguimento de Return To Castle Wolfenstein é mais para o segundo grupo. Se gosta de shooters que tenham um pouco de Stalker, de Half-Life 2 ou de Call of Duty, ou até mesmo de Far Cry 2, é melhor não tocar em Wolfenstein. O esquisito é que a Raven, sempre às cavalitas da id, pediu emprestados os melhores elementos de todos estes jogos e, mesmo assim, acabou com este coisa que, não só parece estranha, como também o é. De Half-Life 2 tira a cidade em guerra povoada por soldados fascistas e valentes rebeldes em bases secretas que tratam o herói (o regresso de BJ Blazkowicz) como um messias. De Stalker, toma um minúsculo elemento de sobrevivência e artefactos de um outro mundo. A influência de Far Cry 2 faz-se sentir no mundo semi-aberto cheio de vilões assassinos e gente parva que ressuscita interminavelmente. E de Call of Duty aproveita a interface e o sistema de vitalidade. São empréstimos a mais, pois, o resultado acaba por ser andar de um lado para o outro numa pequena e confusa cidade para chegar a missões lineares. Algumas estão em locais

espectaculares, como a enorme base nazi dentro de uma caverna subterrânea (o motor Tech 4 da id utiliza aqui o seu truque megatexturing com um efeito espectacular), mas na sua maioria são corredores estreitos com portas indestrutíveis aferrolhadas. Nada muda, não é? Estranhamente, de Wolfenstein 3D ou de Return To Castle Wolfenstein vai buscar muito pouco, tirando os nazis com uma fixação por magia negra. Claro que também tem uma violência exagerada, muito de acordo com o jogo original, mas não é suficientemente “brincalhona”, apesar de as armas serem capazes de desfazer qualquer um num piscar de olhos e de haver um cristal místico que permite subir escadas de uma forma sobrenatural. As cenas intermédias são feias, as cores são deslavadas (à Gears of War) e os upgrades às armas fazem-se com uma mecânica de objectos escondidos já muito vista. Claro que é divertido andar à procura de coisas escondidas, mas o problema é que isso nos distrai da acção – os nazis vingativos tornam-se numa distracção que nos impede de procurar os sacos de ouro – e estraga a dinâmica do jogo.

ATRÁS DO VÉU O que salva o mundo repetitivo de Wolfenstein é a colecção de armas ao melhor FPS da velha guarda, antes de a norma ser o quase realismo. Estamos a falar de canhões Tesla e de coisas do género, que desfazem


vários inimigos em átomos com a satisfação da adrenalina em bruto. Por cima disto estão os novos poderes de Veil, que consistem num escudo, câmara lenta, aumento ao dano e uma espécie de sexto sentido que revela portas espectrais e inimigos escondidos. O jogador sente-se mesmo um grande super-homem. Os inimigos que há não chegam para tornar este jogo semelhante a Serious Sam, mas está a caminho. Assim, o modo de um jogador de Wolfenstein não é um fracasso abjecto, apenas uma mediocridade agradável com hipóteses ocasionais de grande diversão. O mesmo não se pode dizer do modo multiplayer, que é de uma decepção impressionante. É pequeno, está um pouco estragado, é tosco e falta-lhe completamente a razão para jogar em vez da expansão Enemy Territory para Return to Castle Wolfenstein. De facto, foi mandado fazer por outro criador, pois a maioria do pessoal tinha sido despedida, o que nos diz muito sobre a indiferença com que foi tratado.

Bem nos avisaram de que isto ia acontecer com a nossa dieta de pastilha elástica e rebuçados...

Talvez ainda apareça uma super-mod que seja uma espécie de Enemy Territory 2, mas dado que a sequela de ET, Quake Wars, não se portou muito bem, tal não deverá acontecer. Estando a criadora/detentora original do Wolfenstein, a id, agora subsumida na

empresa que detém a Bethesda, é pouco provável que vejamos um estúdio interno da Activision voltar a tratar desta licença. E embora este Wolfenstein não seja um desastre, demonstra que o “avô” dos jogos FPS precisa de ser tratado com mais cuidado.

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ENTRETENIMENTO

As armas não são grande coisa, mas trata-se de um pequeno senão neste festim de destruição

RED FACTION: GUERRILLA Uma destruição ambiental de baixo nível com um ambiente de jogo elevado e resultados espantosos. A não perder À terceira é mesmo de vez. A Volition levou a maior parte de uma década a afinar bem a série Red Faction, mas finalmente conseguiu. O conceito básico é simples: destruição do ambiente numa escala maciça. O nosso papel é o de um simples mineiro que chega a Marte para trabalhar em demolições. No entanto, pouco depois de chegar, é arrastado para a insurreição e encontra-se a lutar pela liberdade dos colonos. O fascinante de Red Faction: Guerrilla é que a história da insurreição não é só uma intriga barata como desculpa para haver tiros e explosões. Como guerrilheiros, atacamos as infra-estruturas do inimigo, e é aqui que entra toda a destruição ambiental. Edifícios, centrais de energia, quartéis, garagens, pontes, torres de comunicação, tanques de combustível, é preciso arrasar tudo para que o complexo militar perca o controlo de região após região. Embora as missões principais geralmente incluam a destruição dos edifícios do inimigo, pode-se fazer ainda muito mais, como salvar colonos, roubar veículos, interceptar correios, combates em movimento contra os veículos inimigos, explorar o planeta à procura de artefactos perdidos e reunir recursos de ferro velho (a moeda do jogo) para pagar pelos feitos futuros. Há várias missões espalhadas pelo território, que 108 | PCGUIA

o leitor pode encontrar num mapa. No entanto, é igualmente fácil (e importante) dar em maluco e atacar os edifícios inimigos aleatoriamente. A física da destruição está afinada na perfeição, permitindo entrar numa base inimiga com toda a confiança, atirando explosivos e batendo nas pessoas com o “supermartelão”. De um grande e sólido nível técnico.

LIBERDADE DE DESTRUIÇÃO O jogo também não tem dificuldades artificiais. Podemos correr o que quisermos sem termos gestão de energia. Se nos perdemos nos baldios, aparece alguém com o veículo, que podemos utilizar. Tudo no Red Faction: Guerrilla foi concebido para que nos divirtamos no seu mundo. Se há problemas, estes podem, regra geral, ser ignorados. O mais óbvio é que tudo neste jogo deriva de outra coisa qualquer. É uma ficção científica já bastante vista. Ficamos com a sensação de que já vimos antes todos os soldados inimigos, armas, veículos e bunkers. É tudo extremamente sólido, mas sem cor nem grande originalidade. Tem uma maneira de jogar inspirada, mas a concepção visual deixa muito a desejar. As armas também estão um pouco desequilibradas. O martelo e as ferramentas explosivas são brilhantes, contudo, o conjunto

AMBIENTE

4

DIVERSÃO

4

MUNDO GENÉRICO

6

VEREDICTO 9

de armas de disparo é horrível. Quem está à espera de jogar este título como um shooter ficará decepcionado. As melhores armas são os veículos, seguidas de tudo o que explode: cargas, tanques de gás, etc. A Volition parece saber disto e criou um modo multiplayer offline que tem em atenção a primazia da destruição. Chama-se Wrecking Crew e consiste em causar tantos danos quanto possível. O jogo multiplayer online tem uma orientação semelhante – todos os sistemas de destruição do ambiente estão no seu lugar. Até agora, é um dos melhores jogos do ano. É grande quanto baste para passar muito tempo com ele e nunca fica complicado demais. Dito isto, a maneira como a ideia da destruição se integra num mundo aberto, e com isso cria uma história contínua, é um belo feito. A Volition deve orgulhar-se do que fez com isto. Sorte por esta terceira vez? Talvez, mas suspeitamos que tem menos que ver com a sorte e mais com a existência de criadores experientes e competentes que encontraram finalmente um modelo de jogo que se adequa à tecnologia. DISTRIBUIDOR ECOFILMES n PREÇO 49,99 EUROS n CONTACTO 256 836 200 n SITE WWW.REDFACTION.COM n REQUISITOS MÍNIMOS CPU A 2 GHZ, 1 GB DE RAM, PLACA 3D COM DX9C E 256 MB


Parece que Las Plagas chegou aqui antes de Redfield…

RESIDENT EVIL 5 A praga chegou a África ELEMENTOS VISUAIS

4

IA

6

LINEAR

6

VEREDICTO 7

Se este tipo nos apanha desprevenidos, não se preocupe que o parceiro salva-nos

DISTRIBUIDORA ECOFILMES n PREÇO 39,99 EUROS n CONTACTO 256 836 200 n SITE WWW.BIONICCOMMANDO.COM n REQUISITOS MÍNIMOS DUAL-CORE, 1,5 GB DE RAM, PLACA 3D DX9C DE 512 MB

Apesar de termos uma PS1, uma PS2 e uma Xbox 360, não somos muito adeptos de consolas. Por isso, acabámos por perder quase na íntegra a famosa série Resident Evil. Tentámos jogar um pouco o jogo original e demos uma pequena volta por Nemesis, mas foi este sétimo capítulo o primeiro que efectivamente jogámos até ao fim. Ainda assim, o estilo de jogo é muito diferente do de Resident Evil original, cheio de ângulos confusos e quebra-cabeças enquanto somos perseguidos por zombies esfomeados aos tombos. Esta versão vai buscar elementos até a Resident Evil 4, que é mais baseado no método de correr e disparar. No entanto, desta vez não disparamos contra zombies espanhóis, mas sim contra dezenas de zombies africanos. Provavelmente lembra-se das acusações de racismo que caíram sobre os criadores após aparecer o primeiro filme/anúncio, mas isso é outra história que poderíamos debater ad infinitum. Assim, somos Chris Redfield, um valente da série Resident Evil desde o primeiríssimo incidente na mansão, e a grande esperança branca (desculpem, dissemos que não falávamos mais nisto) do estado fictício da África ocidental, a zona autónoma de Kijuju. Com a sua nova parceira Sheva Alomar, também operacional da Bioterrorism Security Assessment Alliance, tem de descobrir a verdade por detrás da infestação dos parasitas Las Plagas (responsáveis por transformarem a população em zombies) e salvar o mundo, ou pelo menos encontrar uma razão plausível

para fazer mais uma sequela. Há uma intriga bastante complicada, mas o cerne do jogo é abater (sozinho ou acompanhado por outro jogadores) zombies africanos em vários locais sombrios em tons de castanho-escuro. Na maioria, estes locais são ruas claustrofóbicas de bairros da lata. Globalmente, o plano do jogo segue a rotina de navegar por vários corredores até ao fim, onde há uma porta ou portão que tem de abrir para aceder à secção seguinte. Podemos ter de encontrar uma chave para prosseguir ou derrotar algum chefe “super-zombie”, mas não há muitos quebra-cabeças neste jogo. Sublinhe-se que não temos muita paciência para jogos “em carris” que nos conduzem por um caminho muito estreito, mas há algo de compulsivo em Resident Evil 5. Não é genial, de modo algum, e o jogo não tem muito que puxar pela cabeça, mas apesar dos mais variados tons de castanho, é muito atraente. As personagens são detalhadas e os vilões “pintados” em DX10 destacam o lado do terror do género “terror de sobrevivência”. As munições são sempre abundantes e o conceito de cooperação, quer jogue com outro ser humano ou com a inteligência artificial da Capcom, significa que o nosso parceiro está sempre presente para ajudar. Não é aquele Resident Evil de que nos lembramos dos primeiros tempos da Playstation, mas é um bonito jogo de arcádia para dar tiros aos zombies que deve jogar caso esteja cansado das recentes variantes na primeira pessoa. PCGUIA

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LANÇAMENTOS

Jogos Online

CALL OF DUTY: MODERN WARFARE 2

Se é fã de Call of Duty 4: Modern Warfare, então espere até Novembro para ter acesso a Call of Duty: Modern Warfare 2. Este título assume-se como a continuação de Cal of Duty 4, mas garante uma qualidade mais realista, muito mais acção e algumas novidades, como o modo cooperativo, chamado special ops. Existem três níveis de dificuldade: Regular, Hardened e Veteran. O jogador recebe estrelas ao completar cada missão em cada nível de dificuldade, que, posteriormente, podem ser usadas para desbloquear mais missões special ops. PLATAFORMA PC, XBOX 360, NINTENDO WII, NINTENDO DS n EDITORA ACTIVISION BLIZZARD

UNCHARTED 2: AMONG THIEVES Nathan Drake está de volta para mais uma aventura com tudo o que tornou o primeiro título um sucesso: adrenalina, aventura, enigmas e muita acção. O caçador de fortunas Nathan Drake continua em forma e pronto para enfrentar mais uma missão que envolve um misterioso artefacto, caçadores de tesouros, ladrões e mercenários. Desta vez, Drake anda à procura do lendário vale dos Himalaias, Shambhala, que esconde riquezas ambicionadas por muitos. O herói da história vai ter de jogar um perigoso jogo do gato e do rato contra um criminoso de guerra fugitivo que anda à procura de mais do que as fabulosas

riquezas da cidade perdida. À sua disposição tem um leque vasto de armas, mas estas não vão ser suficientes. O jogador vai ter de saber aproveitar ao máximo as técnicas de combate e de disfarce, as capacidades no jogo de plataforma e a inteligência na resolução de desafiantes quebra-cabeças O jogo online permite reunir até dez jogadores, cinco contra cinco, e os modos multijogador cooperativos permitem que três jogadores avancem em vários ambientes trabalhando em equipa para atingir os objectivos. A merecer novamente destaque estão os gráficos, desta vez ainda mais pormenorizados e realistas.

PLATAFORMA PS3 n EDITORA SCEE

BAND HERO

Band Hero é o novo jogo que lhe garante os cinco minutos de fama com que sempre sonhou. Este título vai disponibilizar êxitos musicais de um leque diversificado de artistas, dos quais podemos destacar nomes como Maroon 5, Marvin Gaye, Fall Out Boy, Janet Jackson e Snow Patrol. O jogador terá de criar uma banda usando vozes, guitarras e baterias em qualquer combinação. Todas as canções estão desbloqueadas desde o início para que a banda possa desfrutar ao máximo o jogo. PLATAFORMA XBOX 360; NINTENDO WII n EDITORA ACTIVISION BLIZZARD

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FORZA MOTORSPORT 3

O Forza Motorsport 3 está pronto para fazer novamente as delícias dos muitos fãs que foi conquistando ao longo do tempo. Este exclusivo para a Xbox 360 chegou no dia 24 de Setembro ao Xbox LIVE Marketplace e inclui não só um motor gráfico que promete ser capaz de processar os cenários mais avançados, em HD, como também pequenas alterações há muito esperadas, como é o caso dos capotamentos. Estão disponíveis mais de 50 marcas de automóveis e mais de 400 carros, entre eles o Porsche 80 Flying Lizard 911 GT3-RSR, o Audi R8 5.2 FSI quatro, o Ferrari Califórnia, o Mitsubishi Lancer Evolution X GSR e o Mini John Cooper Works. O utilizador poderá conduzir as viaturas com vista integral do cockpit, experimentar a emoção das colisões e usufruir da nova funcionalidade do jogo que lhe permite rebobinar a imagem, para não perder pitada. Forza Motorsport 3 promete oferecer-lhe a melhor e mais realista experiência no mundo das corridas de automóvel. Saiba mais em http://forzamotorsport.net/. PLATAFORMA XBOX 360 n EDITORA MICROSOFT


SHOPPING

LEVE, FRESCA E DO VIMEIRO Vimeiro Lisa é o nome da nova água lançada pelas Águas do Vimeiro. Apresentada como leve e muito fresca, esta nova gama aparece orientada para todos os portugueses, e não para um grupo específico de pessoas. A par deste lançamento, a marca anunciou também o novo design da já conhecida Vimeiro Original, uma água rica em minerais e pH neutro para momentos saudáveis.

QUEDA? SÓ DA FOLHA… TAG HEUER HI.TECH

A TAG Heuer nasceu há 25 anos, fruto de uma aliança entre a Heuer-Leonidas e a Techniques d’Avant-Garde (TAG). Para celebrar esta data, foi disponibilizada uma edição limitada do cronógrafo Grand Carrera 36 RS Caliper e do MERIDIIST, um telemóvel concebido pela TAG Heuer. Esta oferta aparece num estojo, de linhas futuristas, inspirado nos circuitos eléctricos dos computadores, que espelha a união entre a técnica, a inovação e a tradição.

Os laboratórios Vichy desenvolveram uma nova geração de produtos de tratamento antiqueda, reactivadores de saúde capilar que ajuda a preservar a actividade do folículo, centro de produção do cabelo. Esta fórmula, na forma de suplemento nutricional, tem por base activos transportados por via sanguínea até ao folículo, onde se encontram as células estaminais. O soro preenche imediatamente a fibra e favorece o crescimento natural do cabelo. No global, este tratamento trava a quebra, e torna os cabelos menos quebradiços para que neste Outono a queda seja apenas da folha.

ENERGIA NO OLHAR Para homens que têm a pele cansada, stressada e com falta de energia, a Nívea oferece o poder da Co-Enzima Q10. Os novos produtos revitalizantes incluem o Gel Energy Express, que garante aquela sensação de frescura de quem acaba de sair do duche, um creme revitalizante que previne o envelhecimento prematuro da pele e hidrata intensamente o rosto, um gel de barbear, um gel de limpeza, um after shave e um roll-on para o contorno dos olhos, que funciona como um despertador diário para a pele sensível desta zona do rosto.

SISTEMA IMUNITÁRIO REFORÇADO

É um antivírus, mas não para PC. Sanoprotect é um produto dos laboratórios Biocol, criado para reforçar o sistema imunitário, reduzindo a vulnerabilidade a constipações e gripes. A sua fórmula é constituída por uma mistura optimizada de extractos clinicamente testados com eficácia comprovada, que reforçam a resposta imunológica do indivíduo em tempo de síndromas gripais. Está disponível em centros dietéticos, farmácias e parafarmácias.

À PROVA DE FRIO E DE HERPES As súbitas mudanças de temperatura e o frio podem ser o suficiente para despertar o vírus do herpes labial. Para dar resposta a este problema a Hansaplast criou o novo SOS Herpes, um penso transparente, praticamente invisível, que cobre a área afectada. Disfarça o herpes, alivia a dor e acelera o processo de cicatrização. Um verdadeiro cuidado de emergência, em resposta aos sinais de SOS enviados pelos lábios. PCGUIA

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AIP E IAPMEI AJUDAM PME Com o e-PME pretende-se beneficiar um universo de mil pequenas e médias empresas, ajudando-as na modernização da sua infra-estrutura

A Associação Industrial Portuguesa – Confederação do Comércio (AIP – CE) e o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI) assinaram no dia 11 de Setembro um Contrato de Concessão de Incentivos, ao abrigo do Programa Operacional de Factores de Competitividade (COMPETE). O projecto dá pelo nome de e-PME e está inserido no Plano Tecnológico, contando com um valor global orçamentado de 28,7 milhões de euros, sendo o incentivo no âmbito do Compete/QREN de 14,9 milhões de euros. Para além da AIP e do IAPMEI, esta iniciativa conta com o apoio da Portugal Telecom e da Cisco. Em comunicado, a AIP assume que o objectivo é «beneficiar um universo de mil pequenas e médias empresas, ajudando-as na modernização da sua infra-estrutura tecnológica e na melhoria dos seus processos de comercialização e marketing, apoiando a sua presença efectiva na economia digital». O Projecto e-PME destina-se a apoiar as PME com potencial de crescimento, que pretendam reposicionar o seu negócio, necessitando para o efeito de soluções tecnologicamente evoluídas, que lhes permita, ao mesmo tempo, ganhos de produtividade através da mobilidade e partilha de informação, desmaterialização e agilização dos seus processos comerciais, bem como uma visibilidade e uma expansão dos seus produtos e serviços a outros mercados-alvo. «Renovar e modernizar a infra-estrutura tecnológica das PME, permitindo uma maior flexibilidade nas suas operações e uma maior capacidade de evolução na adopção de serviços e tecnologias, e qualificar os recursos humanos das PME, disponibilizando uma oferta formativa, conducente a uma integração eficaz da tecnologia com a estratégia de marketing prosseguida» são apenas algumas das metas estabelecidas pela AIP. A associação acredita que as PME que adiram a este projecto terão um «aumento global do volume de vendas», nomeadamente nos mercados externos, bem um aumento de postos de trabalho com perfil tecnológico L.D.

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NOTÍCIAS

KASPERSKY ABRE ESCRITÓRIO EM LISBOA EM 2010 Portugal representa 30 por cento do mercado ibérico da Kaspersky, um valor que superou as expectativas iniciais da companhia A Kaspersky é uma das muitas companhias em todo o mundo a quem a crise estragou os planos de crescimento. Mas nem todas podem dizer que passaram de um crescimento de 78 por cento em 2008, com um volume de negócios mundial de 361 milhões de dólares (246 milhões de euros), para uma taxa de crescimento de apenas 30% em 2009. Pelos menos é assim que Eugene Kaspersky, fundador e CEO da Kaspersky Labs, entende este período menos positivo da economia. Eugene Kaspersky orgulha-se do que alcançou até ao momento e de como conseguiu ao longo de duas décadas transformar uma empresa local, num dos maiores fabricantes de software de segurança mundiais. A companhia possui 1500 colaboradores e mais de 250 milhões de utilizadores utilizam os seus produtos. Dos muitos factos e números destacados pelo CEO constam ainda o licenciamento de tecnologia para mais de 100 original equipment manufacturers a nível mundial. Em conversa com a PCGuia, Andreas Lamm, managing director Europe da Kaspersky, referiu que 48% do total da receita da companhia é realizado no mercado europeu; isto equivale a uma receita de 184 milhões de dólares (125 milhões de euros), o que representa um aumento de 94% face aos valores de 2007. Este responsável salientou que o modelo de negócio da companhia é totalmente indirecto. Aliás, em 2008, as transacções feitas no canal europeu foram de 123,4 milhões de dólares (84,2 milhões de euros), possuindo cerca de 50 distribuidores e 3000 resellers activos. O managing director para a Europa explicou que, apesar da incerteza que ainda paira sobre a economia, as analistas estimam que o mercado europeu de software de segurança registe, em 2009, um aumento na venda de licenças na ordem dos 4 a 5%. Estes números querem dizer para Andreas Lamm que a companhia vai crescer muito acima da média de mercado, uma vez que a empresa estima crescer 30% e continuar a conquistar quota de mercado aos seus concorrentes. 114 | PCGUIA

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CARLOS MARÇALO, EM MUNIQUE

Eugene Kaspersky, fundador e CEO da Kaspersky Labs

A empresa russa de segurança realçou que a sua oferta está certificada para o novo Windows 7. «O lançamento do novo sistema operativo da Microsoft é um marco importante para toda a indústria de TI e será um catalisador do mercado que a Kaspersky não quer desperdiçar», afirmou Andreas Lamm. Questionado sobre a fraca penetração dos produtos no segmento empresarial, o responsável europeu explicou que a companhia está neste segmento há pouco tempo e não dispõe de um portfolio completo para satisfazer as necessidades das organizações. No entanto, mostrou-se satisfeito com os resultados alcançados com os managed services disponibilizados há dois anos e referiu que parte das lacunas da oferta empresarial pode ser solucionada com a nova release do Kaspersky Open Space Security, que estará disponível ainda em Outubro. Por último, o responsável europeu confirmou à

PCGuia que os resultados alcançados pela companhia no mercado nacional superaram as expectativas, uma vez que representam 30% das receitas geradas na Península Ibérica. Andreas Lamm entende que o mercado português possui potencialidade e, por isso, a empresa já iniciou o processo de recrutamento. De acordo com as previsões do managing director Europe, «a Kaspersky Portugal deverá estar operacional no terceiro trimestre de 2010». Outra das novidades que a companhia vai colocar no mercado é o Kaspersky Antivirus para Mac, uma decisão que está relacionada com o forte crescimento que a companhia está a ter nos Estados Unidos da América, onde é a segunda marca de software de segurança mais comercializada no mercado de retalho. Atendendo à penetração dos Mac no mercado norte-americano, este é um lançamento que faz todo o sentido.


LEXMARK RENOVA OFERTA DE IMPRESSORAS A marca avançou com um novo leque de produtos da gama profissional. A componente wireless e o acesso a um portal de aplicações são duas das novidades Poupar tempo, reduzir custos e simplificar os processos de trabalho através da eliminação de passos redundantes são os principais problemas que as novas oito impressoras a jacto de tinta all-in-one da Lexmark prometem resolver. As PME e os pequenos grupos de trabalho são os alvos deste leque de produtos, que promove como oferta de valor o suporte wireless em todos os equipamentos (wireless N nos topos de gama), a existência de um ecrã LCD táctil que exibe todas as opções e funcionalidades e o acesso a um portal de aplicações designado por SmartSolutions (apenas em três dos oito modelos apresentados). Trata-se de um espaço a partir do qual o utilizador poderá descarregar as aplicações que melhor se ajustarem às suas necessidades de trabalho. O download é feito directamente a partir da impressora e exige a abertura de uma conta para poder efectuar toda a gestão das aplicações e aceder futuramente a novos lançamentos. As aplicações disponíveis cobrem várias áreas de trabalhos e procuram ser, para já, transversais à maior parte dos negócios. Questionado sobre a entrada de soluções de terceiros no portal, muito à semelhança do que acontece hoje com a Apple ou a Android Store, Nelson Bravo, director da Unidade de Negócio de Consumo para Portugal e Espanha, referiu que, apesar de ser uma possibilidade que se mantém em aberto, não consta dos planos da empresa nos próximos tempos. O objecto agora é apenas oferecer ao cliente a opção de personalizar a impressora e criar uma lista de aplicações que melhor

satisfaçam as suas necessidades de trabalho. Todas as aplicações são gratuitas. Esta gama de produtos partilha ainda os tinteiros. A marca passa a trabalhar com tinteiros separados, três de cor e um preto, que poderá ser adquirido no formato XL. Este último só é compatível com os dois equipamentos de gama alta, da linha profissional (P805 e P905), permite a impressão de 500 folhas e apresenta um custo de impressão de 1 cêntimo por página. No campo das aplicações Nelson Bravo destacou o Eco-mode que permite ao cliente, através de um único botão, dar ordem de impressão em frente e verso e poupar até 8% de energia, uma solução para digitalizações de cartões de identificação que permite a impressão dos dois lados do documento numa única folha de papel, e uma aplicação para cartões de negócio (digitaliza até oito em simultâneo) que verifica e carrega automaticamente as informações de contacto para as aplicações mais utilizadas, como a lista de contactos. No global, as digitalizações podem ser feitas directamente para um PC, para um endereço de e-mail ou para um dispositivo de memória USB (todos os modelos possuem uma entrada USB). Os três equipamentos com ecrã táctil e acesso à opção SmartSolution (S605, Pro805 e Pro905) irão custar 199, 299 e 399 euros, respectivamente. Os restantes produtos possuem um valor que se situa entre os 99 euros e os 199 euros. S.E.


SOFTWARE DE GESTÃO

PHC SOFTWARE CAMINHA PARA O SAAS ARQUIVO PCGUIA

O Software as a Service é o maior projecto actualmente em preparação, mas existem muitas outras frentes de batalha, como a internacionalização TEXTO JOÃO PEDRO FARIA

«Está em preparação um novo projecto de SaaS, que pretendemos que seja algo em larga escala, com milhares de utilizadores satisfeitos, e esperamos poder contribuir também nesse campo para o sucesso de muitas empresas.» As palavras de Ricardo Parreira, director-geral da PHC Software, demonstram a confiança que o responsável da conhecida software house nacional deposita no seu principal trunfo para jogar no mercado, esperando que a sua comercialização tenha início ainda este ano. Trata-se de um projecto no qual a empresa tem vindo a trabalhar há já algum tempo e que tem como objectivo maior ser uma forma de dar resposta às necessidades das microempresas. De acordo com Ricardo Parreira, «são empresas com uma grande expressão em Portugal e que, fruto das suas especificidades, têm necessidades díspares em relação a outro tipo de empresas». Sobretudo para estas empresas, o conceito de SaaS «encaixa como uma luva, já que não precisam de adquirir hardware especial e o investimento inicial é diluído no tempo». Além disso, «são empresas que, por terem pouco elementos, precisam que cada um faça mais no tempo disponível, pelo que um software de gestão se torna indispensável para a sua produtividade», salienta o responsável máximo que fundou a PHC há vinte anos. Os desafios actuais da PHC passam por contribuir para que as empresas portuguesas «enfrentem qualquer momento com confiança através do contributo para fortalecer a sua produtividade». No topo da agenda estão ainda assuntos como a internacionalização. «Pretendemos estar em mais países, conhecer 116 | PCGUIA

Ricardo Parreira, director-geral da PHC Software

novos mercados e encará-los, como o fazemos em qualquer situação desde há vinte anos, com muita paixão», sublinha o director-geral. Aliás, a empresa encontra-se actualmente a reforçar a sua aposta fora de portas, nomeadamente em mercados como Angola, Moçambique e Espanha. De acordo com Ricardo Parreira, «a PHC está presente no mercado moçambicano desde 2000 e, depois de uma fase inicial de consolidação, está a estender a rede de parceiros também em Angola, o que permitirá uma melhor cobertura nestes dois países». A expansão para Espanha «está também a decorrer de uma forma muito positiva», estando a empresa a «estabelecer contactos para a criação da rede de parceiros que permita disponibilizar aos clientes espanhóis a qualidade que assegura em Portugal», esclarece o responsável. No geral, Ricardo Parreira descreve como sendo «muito positivo» o balanço do negócio desenvolvido nos mercados além-fronteiras. «Entrámos há relativamente pouco tempo em Espanha através de um acordo de parceria com a Tokheim Koppens Ibérica, S.A., empresa de soluções para gasolineiras que detém uma quota de mercado de 80 por cento nas instalações espanholas. Já temos parceiros a comercializar o software em várias regiões, mas claramente ainda há muito

trabalho e mercado pela frente.» Já África é «uma grande surpresa positiva», estando a PHC a registar «um forte crescimento em Angola» e a «crescer razoavelmente em Moçambique». Actualmente em Portugal como «fornecedora ou até “fábrica” de software», a PHC conta com uma rede de parceiros que atinge mais de 340 empresas que comercializam e implementam nas organizações clientes o software produzido. «Foi uma opção que tomámos desde o início e que nos permitiu uma maior especialização naquilo que melhor sabemos fazer, o software», revela Ricardo Parreira. Para além da rede de parceiros, a PHC conta ainda no seu modelo de negócio com parcerias tecnológicas, onde se encaixam empresas como a Microsoft, a IBM, a Identisis e a Elo, entre outras. «Estes parceiros permitem à PHC disponibilizar aos seus clientes as mais recentes tecnologias ou os produtos que melhor complementam as aplicações em áreas muito específicas», declara o director-geral. A PHC Software conta actualmente com mais de 100 mil utilizadores, marca que ultrapassou recentemente, e está presente nos sistemas de informação de 21 mil empresas. Nos seus quadros conta com 118 colaboradores e com a colaboração diária de 345 parceiros para colocar o seu software no mercado.



FORMAÇÃO

NEW HORIZONS QUER LIDERAR MERCADO DE FORMAÇÃO EM PORTUGAL A escola aposta na especialização e experiência internacional para chegar ao primeiro lugar do ranking de formação no nosso país Nascida há 27 anos, a escola de formação de que falamos este mês está representada em 56 países, com mais de 300 centros especializados. É um parceiro Gold da Microsoft e está representada em Portugal desde 2004. Patrícia David, sales manager do centro em Portugal, esteve à conversa com a PCGuia, traçando o panorama da formação especializada no nosso país e falando dos objectivos da New Horizons em Portugal. Esta responsável garantiu que a escola «desenvolveu as mais avançadas plataformas de formação, cursos personalizados e horários flexíveis» numa altura de particular marasmo, quando «a formação se encontrava estagnada». De acordo com a gestora, a New Horizons é o principal parceiro Microsoft a nível mundial, já que dos 20 principais Gold Partners Microsoft, 15 são centros de formação New Horizons. Não é de estranhar que o enfoque da formação da escola assente na certificação Microsoft, ITil, Cisco e aplicações Office, embora não se esgote na área de novas tecnologias. O centro apresenta também uma oferta formativa nas áreas de línguas, nomeadamente, Inglês, Espanhol e Alemão. A importância de cada uma das áreas fica porém explicada na relação percentual facultada pela sales manager da New Horizons. A formação e certificação Microsoft «representam 50 por cento da nossa facturação», diz Patrícia David. A área de Office é responsável por 20% e os restantes 30% dividem-se entre formação de línguas e outras formações.

OBJECTIVOS PARA 2010 O objectivo é ambicioso, mas exequível, de acordo com a responsável da escola. No fim de 2010, Patrícia David espera ver a New Horizons na liderança do mercado da formação em

SABIA QUE...

...a New Horizons abriu portas em Portugal no ano de 2004, está presente em 56 países, com mais de 300 centros espalhados por todo o mundo, formando 2,5 milhões de alunos por ano. 118 | PCGUIA

ARQUIVO PCGUIA

TEXTO JOÃO TRIGO

informática. «Já o somos a nível mundial e em Portugal estamos muito perto de atingir este objectivo», remata. Para tal, a escola de formação conta com as parcerias, que servem não apenas para reforçar a aprendizagem dos formandos, mas sobretudo para «conhecer as necessidades latentes dos clientes, forçando o alargamento da oferta formativa da escola e mantendo a New Horizons atenta às movimentações do mercado». O perfil do cliente da New Horizons é traçado em poucas palavras. A sales manager refere que «recorrem aos serviços de formação todos aqueles que desejam iniciar uma carreira na área de novas tecnologias de informação», mas garante que parte dos formandos da escola é composta por um grupo de profissionais que constantemente necessitam de aperfeiçoamento e reciclagem nas diversas áreas em que actuam. Para já, a New Horizons centra as suas apostas em certificações nas normas de qualidade para as TI (ISO 20000 e ISO 27001). Nesta área, a escola estabeleceu acordos com a BSI e a Ozona, os parceiros responsáveis pela implementação das normas, ficando o processo de formação sob a responsabilidade da New Horizons.

Mas as apostas não se ficam por aqui, salienta Patrícia David. A verdade é que «surgiu a oportunidade de alargar a oferta formativa em virtualização e de cloud computing», em consequência de seminários sobre estas áreas. Como a New Horizons Portugal faz parte de uma rede mundial com mais de 300 centros, «segue uma estratégia mundial adaptada à realidade e necessidades de cada país». No caso específico de Portugal, «a oferta é ampla», mas ainda não está completa, já que, de acordo com a sales manager do centro de formação, a empresa procura «responder rapidamente às necessidades do mercado e dos clientes», pelo que uma constante análise ao mercado da formação é imperativa de forma a optimizar a capacidade de resposta. De resto, Patrícia David deixa o desafio: «Qualquer tipo de formação é sempre uma mais-valia para o formando, pois vai permitir realizar determinada tarefa de forma mais eficiente». Esta responsável lembra que os conhecimentos na área de TI permitem a qualquer pessoa, independentemente da sua área de actuação e profissão, «alcançar maior sucesso, quer pessoal, quer profissionalmente».



CASE STUDY

CM DO SEIXAL ADOPTA BOAS PRÁTICAS ITIL A implementação da solução EasyVista permitirá ao município melhorar a qualidade dos serviços prestados aos clientes internos e utilizadores, optimizar a gestão da infra-estrutura informática e reduzir custos TEXTO JOÃO PEDRO FARIA

Nos dias que correm, existe um nível de exigência cada vez maior por parte dos munícipes e cidadãos, que leva a que a Administração Pública local tenha como uma das suas principais preocupações fazer com que os processos funcionem de uma forma cada vez mais pró-activa e célere. Felizmente, a tecnologia ajuda a dar uma resposta cada vez melhor a essa necessidade, optimizando os recursos existentes e permitindo que a administração local implemente os processos de Qualidade e Modernização Administrativa e responda com crescente eficácia e eficiência. «Através da gestão, de forma capaz, das soluções tecnológicas, o serviço de informática contribui activamente para a persecução da estratégia municipal», sustenta Marina Issakova, chefe da divisão de Informática da autarquia seixalense. De acordo com e mesma responsável, que é também representante da Câmara Municipal do Seixal no Conselho Intermunicipal para a Qualidade e Inovação (CIQI) da Associação dos Municípios da Região de Setúbal, «existem actualmente 1500 computadores pessoais e servidores, que estão distribuídos por dezenas de instalações camarárias e escolas do ensino básico». Tendo a política de informatização e de melhoria da prestação dos serviços aos

munícipes criado uma maior dependência da informática e um aumento das expectativas dos utilizadores face à capacidade de resposta da divisão de Informática sentiu-se a necessidade de alinhar a gestão de serviços de TIC, prestados por esta mesma divisão, com Information Technology Infrastructure Library (ITIL), que no fundo é uma biblioteca de boas práticas orientadas para a gestão e qualidade dos serviços de tecnologias de informação. «Projectamos assim a implementação de uma solução integrada que incorpora as recomendações contidas nos documentos de referência ITIL e normas de certificação ISO 20000», refere a chefe de Informática. Em causa estava a necessidade de substituir o software GestPark for Windows, utilizado desde 1993, que tinha já sido descontinuado e que estava totalmente inadequado face às actuais exigências de gestão das TIC. «Colocamos como objectivo implementar uma solução que permite, por um lado, o aumento da qualidade dos serviços prestados pela divisão de Informática, cobrindo a gestão de todo o ciclo de vida dos activos informáticos e, por outro, a redução dos custos associados, através do aumento da rentabilidade dos recursos humanos e materiais, afectos à gestão do parque

EM CAUSA ESTAVA A NECESSIDADE DE SUBSTITUIR O SOFTWARE GESTPARK, UTILIZADO DESDE 1993 120 | PCGUIA

informático e da disponibilização da informação fiável e actualizada», disse-nos Marina Issakova.

IMPLEMENTAÇÃO EM DUAS FASES O crescimento do parque informático, quer em matéria de equipamentos, quer de aplicativos, associado ao aumento do número de utilizadores, levou a direcção de Informática a ter cada vez mais dificuldades para responder rápida e eficazmente às necessidades dos clientes internos da autarquia. «Foi por isso que, em Setembro de 2008, decidimos lançar um projecto de reengenharia de processos informáticos, tendo por base a framework ITIL, que se tem vindo a impor como um padrão a nível internacional», sustenta a responsável. O projecto foi inscrito nas Grandes Opções do Plano (GOP) da autarquia para o ano de 2009 e a sua execução deu-se logo no início deste ano. De acordo com a responsável, este projecto tinha duas vertentes essenciais: «A substituição da solução de IT Management que estávamos a usar, e que já estava obsoleta, por uma solução ITIL Compliant, e a identificação de um parceiro com experiência em ITIL que nos pudesse apoiar na reengenharia dos nossos processos de IT e na sua implementação.» Por outro lado, considerou-se ser preferível «ter um único interlocutor para este projecto». Após uma abordagem ao mercado, a escolha acabou por recair na Staff&Line, um fabricante de software «com presença directa em Portugal» e que «tem uma filosofia de desenvolvimento de produto claramente orientada para a framework ITIL», explica a responsável, acrescentando que o fornecedor tecnológico «demonstrou possuir capacidade e know-how para apoiar na componente de consultoria» e a solução que foi apresentada, denominada EasyVista, «demonstrou responder totalmente às necessidades» da autarquia. Após discussão com a Staff&Line, a direcção de Informática optou por dividir o projecto em duas fases. «O objectivo da primeira fase foi


VÍTOR GORDO

pudesse responder de uma forma integrada às orientações do ITIL v3; pretendíamos uma solução assente numa única plataforma, com total integração de dados e com alinhamento com ITIL». Por outro lado, «tínhamos noção da complexidade do projecto e da necessidade de contar com apoio externo de uma empresa com conhecimentos consolidados em gestão de parque e serviços informáticos e em ITIL».

FORMAÇÃO ON-THE-JOB

Marina Issakova, chefe da divisão de Informática da Câmara Municipal do Seixal e representante da autarquia no Conselho Intermunicipal para a Qualidade e Inovação (CIQI) da Associação dos Municípios da Região de Setúbal

obter alguns quick wins que melhorassem de forma significativa e visível a gestão do nosso parque informático.» Aqui, as áreas abrangidas foram a inventariação automática de hardware e software, a Gestão de Bens, a Gestão Operacional, a Gestão de Incidentes, o portal Apoio ao Utilizador – Service Desk para os utilizadores e a componente de Reporting. Esta fase teve uma duração de dois meses e entrou em produção em Abril de 2009. Pouco depois, no passado mês de Junho, deu-se início à segunda fase, que durou previsivelmente quatro meses e que se encontra hoje «praticamente concluída». Nesta segunda fase procedeu-se à implementação do Catálogo de Serviços, de Service Level Agreement (SLA), da Gestão de Pedidos e das estatísticas de utilização do equipamento e software.

OBJECTIVOS, DESAFIOS E ALTERNATIVAS Desde o início que foram claramente definidos os três objectivos essenciais: melhorar a qualidade dos serviços prestados aos clientes internos e utilizadores, optimizar a gestão da infra-estrutura informática e reduzir os custos. Com um custo total avaliado em cerca de 30 mil euros, a direcção de Informática espera que este projecto de adopção do EasyVista permita atingir um retorno do investimento (ROI) «extremamente elevado, por via das capacidades demonstradas em áreas que são críticas na gestão do nosso parque – gestão do licenciamento de software, gestão de disponibilidade, gestão de contratos, políticas de software e segurança, redução dos riscos legais associados ao software, gestão e tomada de decisão».

No que concerne aos desafios, o principal reside na mudança da mentalidade da organização. De acordo com Marina Issakova, «um projecto como este melhora e evidencia todo o serviço prestado pela divisão de Informática aos seus utilizadores, mas para isso é necessário que os próprios utilizadores queiram mudar e alterem hábitos antigos que facilitam a desorganização». No entanto, a engenheira considera também que a dificuldade de implementar estes processos foi ultrapassada com naturalidade e a utilização desta ferramenta foi considerada como um instrumento de facilitação de trabalho. «Não somente a equipa de implementação, mas todos os técnicos da divisão de Informática participaram activamente e deram contributos preciosos ao processo; o empenhamento e entusiasmo dos técnicos revelaram-se como chave de sucesso na implementação do projecto.» Este foi um projecto chave-na-mão da Staff&Line, que geriu e executou todas as suas fases. «Um dos factores que nos levaram a escolher esta solução foi a filosofia da Staff&Line, ao nível do projecto de implementação», confessa Marina Issakova, sustentando ter-se tratado de «um trabalho de equipa entre os nossos técnicos e os consultores da Staff&Line, que transferiram para nós todo o know-how necessário para podermos, no futuro, ser autónomos na gestão da solução e na sua evolução». A direcção de Informática ponderou ainda a possibilidade de utilizar ferramentas open source. No entanto, a responsável revela não ter sido capaz de «encontrar uma aplicação que

Todos os técnicos da divisão de Informática tiveram formação na utilização do EasyVista, tendo assim ficado aptos a usar a ferramenta nas melhores condições e com ganhos na curva de aprendizagem. «Após a formação, os técnicos ficaram aptos para registarem o seu trabalho na ferramenta e efectuarem a colaboração entre os vários elementos», adianta a chefe da divisão de Informática. Para além da formação na utilização, os técnicos responsáveis por gerir a ferramenta acompanharam toda a implementação e tiveram formação on-the-job, de modo a adquirirem autonomia para realizarem alterações na ferramenta e para configurarem a mesma de acordo com necessidades que possam vir a surgir no futuro. Outro aspecto que não se pode descurar num projecto desta natureza e dimensão é o suporte. A ferramenta já é utilizada por todos os funcionários registados como utilizadores da CM do Seixal no Active Directory, que são, de acordo com Marina Issakova, «cerca de 900». «Pretendemos ainda estender a utilização online da ferramenta às escolas do ensino básico, daí que a sua implementação tenha sido feita por uma equipa comum da Staff&Line e da Divisão de Informática». Aliás, este trabalho de equipa permite que um primeiro despiste de suporte à ferramenta em si seja efectuado internamente. Num segundo nível, a Staff&Line dispõe de um site para registo de pedidos de suporte que são atendidos por uma primeira linha local e uma segunda linha internacional. Para além disso, o suporte inclui todos os upgrades do EasyVista, sendo que «a CM do Seixal terá sempre à sua disposição a última versão do software, não ficando o mesmo estagnado no tempo». Para já, a intenção da autarquia é «maximizar o investimento realizado, através da consolidação e potencialização da utilização do EasyVista e da abordagem das boas práticas ITIL, bem como a expansão da ferramenta a outros serviços da Câmara, aproveitando as capacidades da plataforma para implementar diferentes domínios de utilização, com fluxos de informação próprios e perfis diferenciados», remata Marina Issakova. PCGUIA

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OPINIÃO

Inês Henriques, Principal Researcher, YDreams

O PAPEL DA UNIVERSIDADE E DAS EMPRESAS NO EMPREENDEDORISMO

A

s universidades norte-americanas têm, por tradição, uma forte ligação ao mundo empresarial e uma particular sensibilidade para a criação de valor e oportunidades de negócio. Dentro das universidades, essa cooperação aparece em vertentes tão variadas como nas bolsas privadas que são atribuídas aos melhores estudantes, nas cátedras que distinguem os melhores professores e investigadores, e, mais importante, no financiamento de programas de investigação e desenvolvimento (I&D). Estas vertentes são muitas vezes financiadas por antigos alunos que se tornaram empresários de sucesso e que doam milhões de dólares à sua universidade, de forma a retribuir a importância que a sua experiência como estudante teve no seu sucesso. A componente de I&D é também fortemente financiada por empresas. Mas a relação é biunívoca. Se por um lado o financiamento privado contribui para a qualidade da oferta educativa e para a I&D desenvolvida nas universidades, por outro, as universidades contribuem com duas componentes fundamentais para o desenvolvimento económico e empresarial de uma sociedade: novos empreendedores e novas tecnologias, que alimentam o futuro de empresas tecnológicas num mercado em que a inovação assume um papel fundamental. No mundo das tecnologias de informação (TI) existem vários exemplos que corroboram estas duas

componentes. Empresas como a Hewlett-Packard, a Microsoft, a Facebook, a Google ou a Yahoo foram fundadas por pessoas que frequentaram o MIT, Harvard ou Stanford. Em alguns casos, como o de Bill Gates, estas pessoas não chegam a acabar os seus cursos, mas a sua vivência num ecossistema rico em criatividade, conhecimento, desafios e infra-estruturas contribui para formar, motivar e desenvolver as suas ideias de negócio e as tecnologias associadas a essas ideias. Citando um artigo da Wired (http://www.wired.com/epicenter/2007/11/newbook-old-qu/): «O empreendedorismo ensina-se? Talvez sim, talvez não… Mas uma coisa é certa; quer se ensine quer não, em Harvard aprende-se a ser empreendedor!» Em Portugal, nos últimos anos começou a ocorrer um movimento de criação de empresas de base tecnológica sem precedentes. A grande maioria destas novas empresas tem a sua origem em universidades. Desde a YDreams, que nasceu de um grupo de investigação da FCT/UNL, à Critical Software, com origem na Universidade de Coimbra, e à MobiComp, criada a partir da Universidade do Minho, existem vários casos de sucesso que imprimem uma nova dinâmica nas relações universidade/empresa também em Portugal. Em Portugal, as próprias universidades começaram a criar incubadoras de empresas e cursos de empreendedorismo para fomentar esta relação com o mundo empresarial. E estas iniciativas começam a dar resultados. Veja-se o caso do Instituto Pedro Nunes, criado pela Universidade de Coimbra, cuja

NOS ÚLTIMOS ANOS COMEÇOU A OCORRER UM MOVIMENTO DE CRIAÇÃO DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA 122 | PCGUIA

incubadora de empresas foi recentemente considerada a segunda melhor do mundo no concurso Best Science Based Incubators. Daqui saíram empresas como a Critical Software e a Crioestaminal. Há portanto, também em Portugal, um óbvio contributo das universidades na criação de empresas ligadas às tecnologias de informação e esse contributo tem vindo a ser cada vez mais importante. No que diz respeito à componente de I&D, empresas como a Microsoft têm investido em programas de I&D altamente apoiados em parcerias com universidades. A Microsoft Research tem parcerias com universidades de todo o mundo, incluindo a universidade de Cambridge e o MIT, detendo também uma rede mundial de centros de I&D com mais de 800 investigadores, o que lhe permite captar o que de melhor se faz à escala global. Empresas como a Microsoft sabem que a I&D realizada nas universidades é mais livre, mais criativa e que, por isso, pode trazer resultados mais disruptivos e explosivos para a sua actividade. Ficam os números: a Microsoft Research por si só é responsável por cerca de 15% (em média) dos artigos apresentados na prestigiada conferência ACM SIGGRAPH. Em Portugal, a YDreams tem também uma rede de parceiros de I&D largamente apoiada em universidades, a começar pela FCT/UNL, que lhe deu origem, mas que conta também com o IST, a Universidade do Minho, a Universidade de Surrey, a Universidade de Deusto e a Universidade do Texas em Austin. E estas parcerias começam a dar frutos. Através destas iniciativas, a YDreams tem criado propriedade intelectual, a partir da qual tem já em vista a criação de spin-offs e novos negócios. Em Portugal, as universidades deram o primeiro passo na aproximação ao mundo empresarial. As empresas têm retribuído através de iniciativas importantes, ao nível da formação, estágios profissionais, participação em seminários e conferências de sensibilização para os temas do empreendedorismo, como, por exemplo, a propriedade intelectual. No entanto, uma retribuição formal através de iniciativas de financiamento só vai acontecer a partir do momento em que essas empresas tenham sucesso e sustentabilidade e em que os seus fundadores reconheçam o papel que a universidade teve nessa criação de valor.



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UNIVERSIDADES IMPULSIONAM EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA Ao longo do tempo, as instituições de ensino superior nacionais conseguiram conquistar não só o respeito e a valorização por parte do mercado e das empresas nacionais, como contribuem cada vez mais para a evolução e inovação tecnológica do nosso país TEXTO SUSANA ESTEVES FOTOS ARQUIVO PCGUIA

Não é só lá fora que os alunos desenvolvem grandes projectos tecnológicos, não é só lá fora que as universidades contribuem com avanços científicos para a sociedade e se envolvem na criação de aplicações e serviços para empresas e entidades públicas, nem é só lá fora que estes espaços de ensino merecem lugar de honra nos avanços das tecnologias da informação. O que se passa é que “aqui dentro”, às vezes, o sucesso fica entre portas e o crédito fica esquecido. A PCGuia foi saber o que se passa dentro das unidades de investigação e desenvolvimento das universidades portuguesas e confirmou que grandes empresas nasceram de pequenos projectos universitários, que muitas aplicações implementadas em instituições públicas foram desenvolvidas e são mantidas por grupos de trabalho dentro destas instituições de ensino e que existem centenas de projectos em curso capazes de deixar a sua marca na evolução tecnológica do país e do mundo. Cada vez mais as universidades portuguesas apostam na investigação e desenvolvimento e trabalham em projectos e soluções que envolvem parcerias nacionais e internacionais. É disto exemplo o recentemente anunciado projecto CiTy Motion, que nasce de uma parceria entre a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e o Instituto Superior Técnico (IST), e que conta com o contributo de grandes empresas nacionais, como a TMN, Carris, Sociedade de Transportes

A COLABORAÇÃO ENTRE A COMUNIDADE CIENTÍFICA E AS EMPRESAS É CADA VEZ MAIS PRÓXIMA TAMBÉM EM PORTUGAL

Colectivos do Porto (STCP), Transportes Intermodais do Porto (TIP), Metro do Porto, Frotcom, Geotaxis e as câmaras municipais de Lisboa e do Porto. Este projecto, que promete revelar-se uma grande ferramenta ao serviço não só do cidadão, mas também das Forças de Segurança, Protecção Civil e Emergência Médica, conta com o envolvimento de 10 investigadores (cinco portugueses e cinco do MIT), apoiados por vários alunos de doutoramento. As universidades norte-americanas têm por tradição um relacionamento muito próximo com as empresas, e investem nos laboratórios e equipas de várias instituições de ensino para a criação de valor. A colaboração entre a comunidade científica e as empresas é cada vez mais próxima também em Portugal, devido ao facto de o tecido empresarial ter já percebido que as soluções tecnológicas fornecidas pelas universidades contribuem fortemente para a competitividade económica de qualquer país. Os projectos em curso ou já concluídos que nasceram nas várias universidades do nosso país são muitos, por isso, a PCGuia falou com algumas instituições de peso nacionais e pediu exemplos.

Estudantes da UTAD com o seu projecto vencedor, o Smart Containers

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO (UTAD) Na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), os docentes da área de tecnologias estão integrados em centros de

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investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). No entanto, as infra-estruturas de interface da UTAD permitem estabelecer parcerias com empresas e fazer o desenvolvimento de projectos conjuntos. A UTAD tem actualmente 23 patentes nacionais, duas europeias e cinco internacionais. «Tanto estas patentes, como outro conhecimento ainda não patenteado têm sido activamente promovidos junto do mercado, existindo vários projectos em conjunto com empresas com o objectivo de valorizar este conhecimento», sublinhou Luís Ramos, coordenador do Departamento de Engenharias da Escola de Ciências e Tecnologia da UTAD. Este responsável quis ainda referir que a UTAD promove e apoia a criação de empresas pelos alunos ou antigos alunos, participando numa série de projectos nacionais, como o FINICIA, do qual nasceu a Micoplant, por exemplo. No que toca aos casos de sucesso, Luís Ramos destacou dois projectos, especialmente relevantes na resolução de problemas existentes na produção e no desenvolvimento de soluções para novos mercados: o Biocombus e o Smartcontainers. O primeiro nasce de uma parceria entre a Cooperativa Agrícola dos Olivicultores de Murça e a UTAD, e visa o desenvolvimento e implementação de uma linha industrial de produção de biomassa, a partir dos resíduos e efluentes da produção de azeite, e dos resíduos do sector da cortiça, constituindo-se um sistema integrado de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes dos sectores oleícola e da cortiça. Daqui é criada uma biomassa de elevado poder calorífico, conjugando a criação de um produto de valor acrescentado com base numa indústria tradicional com a resolução de uma séria de problemas ambientais decorrentes da sua acção. O Projecto Biocombus é financiado pela Agência de Inovação, Iniciativa QREN, co-financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa Operacional do Norte pelo Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico nas Empresas. O SmartContainers foi premiado com o primeiro prémio do Concurso Nacional Imagine Cup 08, realizado em 2008, e com o quarto lugar no concurso mundial Imagine Cup 08, realizado em 2008 em Paris, entre cerca de 600 projectos de 61 países. Este projecto surge com o objectivo de colmatar um problema que existe na recolha de óleo alimentar usado, assim como outros tipos de resíduos, relativamente à logística de transporte. A UTAD tem actualmente em desenvolvimento

11 projectos, de entre os quais se encontram o já mencionado Biocombus, e outros como o Nelo, o GAPI 2.0, o LabInvest, o MTI, e o Microplant. Questionado sobre o nascimento destes projectos, Luís Ramos explicou que, «a partir de um ponto de conjugação de interesses procura-se a melhor forma para promover esses projectos, sejam eles financiados directamente pelas empresas ou desenvolvendo candidaturas a projectos financiados», disse. A UTAD possui um Gabinete de Promoção da Propriedade Industrial e uma Oficina de Transferência de Tecnologia e de Conhecimento (GAPI/OTIC) que apoiam na angariação de fundos específicos para estas iniciativas. Segundo o regulamento da propriedade intelectual da UTAD, a propriedade intelectual das inovações desenvolvidas pertence à UTAD, sendo que em termos de partilha de benefícios financeiros os mesmos são partilhados a 50% para a UTAD e 50% para os investigadores. A universidade possui protocolos com um conjunto alargado de empresas na área das tecnologias, as quais integram alunos para estágios e desenvolvimento de projectos. A lista inclui nomes como a General Electric Consumer Industrial, a PT Inovação, a UnisYs Portugal, a Bosch, e a Microsoft Portugal.

INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO O campus do IST no Taguspark possui quatro licenciaturas (Engenharia Informática e de Computadores, Engenharia de Redes de Comunicações, Engenharia e Gestão Industrial e Engenharia Electrónica) e os respectivos

mestrados, e está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento de novas tecnologias. Actualmente, existem diversos projectos de I&D a serem desenvolvidos no IST, com aplicação no mundo real. Aliás, «é este o objectivo da investigação: trazer novas realidades ao mundo», indicou Teresa Vazão, directora-adjunta do Instituto Superior Técnico, no Taguspark, salientando que estes projectos promovem não só o desenvolvimento dos conhecimentos adquiridos pelos alunos no dia-a-dia das aulas, mas permitem também aos docentes uma actualização contínua dos seus próprios conhecimentos. As áreas de actuação são muito diversificadas, e envolvem desde serviços de comunicações residenciais com preocupações energéticas, a aplicações para sistemas móveis, sistemas de gestão de grandes eventos e jogos com interfaces inovadoras. Citando alguns exemplos, no campo da incubação, a Network Concept, sedeada na Incubadora do Taguspark e cujos promotores foram alunos do mestrado em Engenharia de Redes de Comunicações, é uma empresa que se encontra a iniciar uma parceria com o Programa MIT Portugal na área dos sistemas sustentáveis de energia. Também na área dos Sistemas de Informação têm sido usadas, em grandes empresas do sector, soluções desenvolvidas em parceria com docentes e alunos do IST. É o caso de um sistema de análise de impacto de modificações em sistemas de apoio à decisão, para a PT-SI. O IST possui actualmente algumas iniciativas em curso, como é o caso do FearNot!, um jogo destinado a combater a violência nas

Instituto Superior Técnico

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OS DIVERSOS PROJECTOS DESENVOLVIDOS NO IST DERIVAM DAS INICIATIVAS DOS PRÓPRIOS DOCENTES

escolas; uma rede de monitorização ambiental, que permite identificar situações de catástrofe, como sismos; e um sistema de RFID, que vai equipar as carruagens do Metro para detectar em tempo real a sua localização. Os diversos projectos desenvolvidos no IST, na maior parte das vezes, derivam das iniciativas dos próprios docentes de colaborar com empresas e outras instituições de ensino, e são geralmente financiados através de protocolos realizados com a indústria ou instituições de apoio à investigação, como a FCT, ou a Comissão Europeia. Para além disto, Teresa Vazão reconhece que a localização privilegiada do campus, na zona do país com maior concentração de empresas das áreas de TIC, é também um factor potenciador de interacções com profissionais, e estas interacções têm

gerado projectos muito interessantes e de enorme valor para ambas as partes. Questionada sobre a atribuição da propriedade intelectual, Teresa Vazão indicou que a sua atribuição «pressupõe um prévio acordo entre as partes, sendo certo que aos inventores cabe sempre o reconhecimento como tal».

UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA A Universidade Nova de Lisboa (UNL) organiza as suas actividades de investigação à volta de centros de investigação, que reúnem docentes desta instituição e investigadores exteriores. Actualmente, existem associados ao Departamento de Informática dois centros de investigação: o Centro de Informática e Tecnologias de Informação (CITI) e o Centro de Inteligência Artificial (CENTRIA). As

Universidade Nova de Lisboa

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equipas destes locais coordenam e colaboram em vários projectos de investigação e desenvolvimento internacionais e nacionais. Há ainda colaboração com empresas nacionais no âmbito de projectos financiados pelo QREN, e várias colaborações de I&D com financiamento privado, que envolvem empresas de TI, como a PT Inovação e a OutSystems. Em termos de projectos, um dos exemplos recaiu sobre o InStory, feito em colaboração com a Fundação Cultursintra/Quinta da Regaleira, de interactividade personalizada com património cultural, que foi distinguido com o 1º Prémio da Associação para Promoção do Multimédia em Portugal. Em conjunto com o Instituto Nacional de Oceanografia, a universidade trabalhou num projecto para a detecção de fenómenos meteorológicos a partir de imagens de satélite, e em conjunto com a European Space Agency, envolveu-se num projecto de recolha e integração de informação de space weather e telemetria dos satélites, para apoio dos operadores nas salas de controlo, e gestão de integridade dos satélites. Faz ainda parte desta lista um projecto, feito em colaboração com vários laboratórios do Estado, para suporte a situações de emergência civil. José Alferes, do Departamento de Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa reconhece que os casos de sucesso têm aumentado, facto que se justifica não só pelo esforço dos docentes e investigadores na busca de parcerias com empresas e organismos do Estado, mas também «pelo facto de existir, por parte das empresas tecnológicas, uma procura crescente da participação da UNL em projectos QREN». A universidade tem em mãos algumas dezenas de projectos científicos financiados por agências do Estado ou comunitárias, vários projectos de colaboração com empresas no âmbito do QREN, e também projectos directamente contratados com organismos públicos nacionais e internacionais. Segundo José Alferes, por regra, a UNL não acede ao pedido de desenvolvimento de soluções à medida de uma determinada empresa ou organismo estatal, «a menos que as soluções pretendidas pressuponham uma componente importante de I&D, requerendo, pelo menos em parte, abordagens inovadoras e com um elevado grau de especialização». Justificando, este responsável salientou que a vocação do Departamento de Informática da UNL «não é tanto a de desenvolver uma solução à medida para empresas ou outros organismos, mas antes a de colaborar com as empresas no sentido de


acrescentar valor e inovação aos seus produtos e soluções, no contexto de iniciativas de I&D». A atribuição da propriedade intelectual é decidida caso a caso, para cada projecto. Na vertente de empreendedorismo, a propriedade intelectual de soluções desenvolvidas dentro da UNL é atribuída à universidade, existindo a possibilidade de serem estabelecidos acordos com os promotores no seguimento de uma aplicação comercial. A UNL tem, desde a década de 70, uma oferta de cursos em Informática a vários níveis. Para além das licenciaturas e mestrados em Engenharia Informática, possui um mestrado europeu, apoiado pelo programa Erasmus Mundus, conjuntamente com outras quatro universidades europeias de referência, especializado em Lógica Computacional, e está envolvida a nível de doutoramento no Dual PhD Program in Computer Science com a Carnagie Mellon University, e no doutoramento em Medias Digitais em colaboração com a University of Texas at Austin.

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) possui um elevado número de cursos tecnológicos ministrados, na sua maioria nas Engenharias No entanto, a Química, a Física e a Matemática oferecem também cursos tecnológicos. É o caso do mestrado em Química Forense e a licenciatura em Química Industrial. Na Física, os mestrados de Física Nuclear e de Partículas, Modelação e Simulação Computacional e Astrofísica e instrumentação para o Espaço são referências de tecnologia avançada A universidade, no seu global, e a FCTUC em particular, mantêm a aposta no estímulo da ligação dos projectos ao mundo real, e a

Projecto CityMotion

interface principal para esse efeito é o Instituto Pedro Nunes. A universidade tem ainda o GATS, Gabinete de Apoio às Transferências do Saber da Universidade de Coimbra, que tem por missão promover, dinamizar e apoiar o estabelecimento de relações, projectos e parcerias da Universidade de Coimbra com o mundo exterior, contribuindo para uma aproximação e aprendizagem recíprocas. A Universidade de Coimbra, através dos mais diversos Centros de Investigação, tem desenvolvido soluções inovadoras para áreas tão distintas como Medicina, Espaço e Indústria, entre outras. Um dos exemplos é o Sistema de Fiscalização e Controlo das Actividades da Pesca (SIFICAP), que nasceu na Engenharia Informática da FCTUC. No entanto, os injectores de falhas para teste de satélites, em uso na NASA, Agência Espacial Europeia, Agência Espacial Japonesa, Agência Espacial Brasileira e Agência Espacial Chinesa, foram pensados e desenvolvidos na universidade, e o Sistema de Detecção de Veículos a circular em contra-mão nas auto-estradas, utilizado pela Brisa, nasceu nos laboratórios da FCTUC. A solução para o problema do enegrecimento da Prata foi encontrada no Centro de Engenharia Mecânica (CEMUC) e está em fase de

implantação na indústria (que patenteou a tecnologia). Existe ainda um modelo que melhora, significativamente, o processo de estampagem automóvel está a ser aplicado na indústria e uma tecnologia única de uma equipa de investigadores de Química está já a ser aplicada para o desenvolvimento de uma nova geração de células fotovoltaicas para a produção de energia sustentável e barata. Actualmente, a faculdade está envolvida em mais de três centenas de projectos, nacionais e internacionais. É o caso do My Heart, que visa encontrar soluções tecnológicas que possam prevenir a ocorrência de problemas cardiovasculares e que possibilitem a sua detecção atempada, e o CityMotion, que referimos no início deste artigo. Está também em curso o projecto EPILEPSIAE, que tem por base o desenvolvimento de um sistema de alarme inteligente transportável para pacientes com epilepsia, que não podem ser tratados com fármacos, e o MATER, um projecto inovador de simulação de populações em territórios reais – como se organizam, a propagação de doenças, a tolerância e a xenofobia. João Gabriel Silva, presidente dos conselhos Directivo e Científico da FCTUC, indicou estar também em desenvolvimento uma

MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM ENGENHARIA DE SOFTWARE A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em conjunto com a Universidade de Carnegie Mellon, nos Estados Unidos (CMU, Pittsburgh), e com o suporte do Governo Português (programa CMU|Portugal), oferece o Professional Masters of Software Engineering (MSE) (http://mse.dei.uc.pt). Trata-se de um programa de formação avançada em engenharia de software, sendo actualmente reconhecido como um dos melhores do mundo

na área, e único em toda a Europa. O MSE é dirigido a profissionais da indústria, com o mínimo de dois anos de experiência, que queiram tornar-se arquitectos de software ou gestores de projecto. O Mestrado Profissionalizante em Engenharia de Software tem a duração de 16 meses, (12 passados na Universidade de Coimbra, e 4 em Carnegie Mellon). O reconhecimento levou já empresas como a Grupo Portugal Telecom, a Novabase, a

Critical Software, a EDIsoft, a ISA, a WIT-Software, a Telbit, a Shortcut e a WiPro a unirem-se como parceiros industriais e a oferecem bolsas que cobrem integralmente os estudos dos alunos, absorvendo-os no final da formação nos quadros da empresa. A outra forma de colaboração com a indústria é o desenvolvimento de software de projectos reais propostos pelos parceiros, enquadrados dentro da formação. PCGUIA

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tecnologia inovadora para aumentar a segurança nos hospitais, e uma solução que garante a comunicação via Internet nas zonas mais clandestinas do Planeta já foi testada na Lapónia. Tipicamente, os projectos mais aplicados nascem de solicitações de empresas ou outras instituições exteriores à FCTUC, e os projectos mais exploratórios nascem das ideias dos investigadores. «O problema do enegrecimento da prata, foi colocado aos nossos investigadores pela indústria da ourivesaria», exemplificou João Gabriel Silva. A atribuição da propriedade intelectual varia de projecto para projecto. No entanto, a maior fatia dos proveitos alcançados é atribuída aos autores dos projectos. O que falta para as universidades poderem aumentar o seu envolvimento neste tipo de projectos? Porventura, um maior inventivo às PME, especificamente para a aposta na inovação. Os grandes grupos empresariais, que planeiam e investem na inovação, têm uma forte ligação às universidades. Sabem que é indispensável tirar partido das tecnologias avançadas e de alto desempenho para se conseguirem afirmar no país e no estrangeiro», comentou o mesmo executivo.

UNIVERSIDADE DO ALGARVE Para além da licenciatura em Engenharia Informática, e mestrados em Engenharia Informática, e em Engenharia Electrónica e Telecomunicações, a Universidade do Algarve (UAlg) possui uma forte componente de investigação materializada em dois centros. O

Centro de Electrónica Optoelectrónica e Telecomunicações (CEOT) é um centro de investigação avaliado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia como Muito Bom, e consequentemente financiado. As linhas de investigação cobrem as áreas de redes de telecomunicações de banda larga, tecnologias emergentes e dispositivos electrónicas para suporte às telecomunicações, electrónica de consumo e sensores. Na área da electrónica, a investigação desenvolve-se no âmbito da electrónica orgânica e a sua aplicação em dispositivos LED, circuitos integrados, células fotovoltaicas e sensores. Uma área emergente do centro é a aplicação de técnicas electro-ópticas baseadas em técnicas de dispersão aplicadas ao estudo de tecidos biológicos. O SiPLAB, Laboratório de Processamento de Sinais, é um centro de desenvolvimento e integração de sistemas de acústica oceanográficos autónomos dedicados à observação remota do oceano, detecção e seguimento de alvos e sistemas de comunicação submarinas. Na prática, representa um braço tecnológico nacional no campo das tecnologias marinhas relativas à utilização da acústica como meio de observação e comunicação submarina. Pertence ao laboratório associado ao Instituto de Sistemas de Robótica – pólo de Lisboa. Como projectos de investigação propriamente ditos, a UAlg destaca o Easyvoice, pela inovação que aportou. Um aluno de doutoramento da UAlg, portador de paralisia

Projecto de uma rede de comunicação wireless debaixo de água – UAlg

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cerebral, sob orientação de Fernando Lobo, desenvolveu um trabalho de investigação na área das tecnologias de informação e comunicação para o auxílio de pessoas com paralisia cerebral. Trata-se de uma aplicação que integra sintetizadores de voz com aplicações de voz sobre IP. O programa permite que uma pessoa com deficiência de voz possa fazer chamadas telefónicas via Internet para qualquer parte do mundo, utilizando uma voz sintetizada pelo computador, quebrando assim parte do isolamento que normalmente afecta estas pessoas. O aluno, Paulo Condado, terminou a sua licenciatura em Informática de Gestão na Universidade do Algarve em 2002, e tem trabalhado como investigador desde essa altura. O seu trabalho tem sido apoiado e financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Do CEOT nascem ainda dois projectos inseridos em duas áreas distintas: nova geração de memórias não voláteis e redes rádio sobre fibra. O primeiro envolve uma parceria entre o CEOT, os laboratórios de investigação da Philips, em Eindhoven, e a Universidade Técnica de Eindhoven para o desenvolvimento de novas memórias não voláteis que sejam escalonáveis a uma dimensão inferior a 40 nanómetros, tenham comutações rápidas e sejam compatíveis com a tecnologia CMOS. As actuais memórias, do tipo flash funcionam com base na retenção de carga eléctrica num dieléctrico e não podem reduzir mais de tamanho, porque o número de electrões disponíveis vai sendo cada vez menor. As memórias em estudo na Universidade do Algarve funcionam com base num fenómeno físico que provoca variações de resistência eléctrica até nove ordens de grandeza. Esta nova classe de memórias, designadas por memórias resistivas, ou Resistance RandomAccess Memories (RRAM), pode revolucionar as tecnologias de informação. Os futuros computadores podem ser desligados rapidamente para poupar energia e voltarem a ser ligados quase instantaneamente. As arquitecturas das memórias dos computadores irão desaparecer para dar lugar a sistemas muito mais simples, que não precisam de cache nem de refresh. Os primeiros protótipos destas memórias estão a ser medidos nos laboratórios do CEOT. Estão a decorrer experiências para perceber qual é o mecanismo físico que controla a taxa de comutação destas novas memórias. A competição entre as empresas está no auge para conseguir vencer esta batalha tecnológica e colocar as primeiras


memórias RRAM no mercado. No caso do segundo projecto, que envolve as redes de rádio sobre fibra, o desafio é aumentar a velocidade de transmissão das actuais redes sem fios. O aumento de velocidade de transmissão corresponde a um aumento de largura de banda, o que exige a migração do actual espectro congestionado utilizado pelas redes sem fios para uma banda de frequências menos congestionada na região das ondas milimétricas. No entanto, estas futuras redes necessitam de células mais reduzidas do que as das actuais redes. Por um lado há a necessidade de alimentar um elevado número de células, mas por outro lado este elevado número de células proporciona uma gestão eficiente da rede quer em termos de recurso centralizados numa estação central, quer em termos energéticos e consequente simplificação e redução de custos das estações-base. Neste contexto, a tecnologia rádio sobre fibra funciona como uma estrutura transparente de acesso entre uma estação central e as células da rede. Estas redes de acesso rádio sobre fibra podem ainda explorar técnicas de multiplexagem por divisão de comprimento de onda (Wavelength Division Multiplexing, WDM) com vantagens em termos de aumento de capacidade, facilidade de gestão, flexibilidade no encaminhamento e protecção da rede. Este projecto de investigação está a ser financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e liderado pelo CEOT em colaboração com a indústria e outras instituições de investigação (Nokia Siemens Networks e o Instituto das Telecomunicações e INESC-Porto). Um dos exemplos mais interessantes nasce, porém, no SiPLAB e envolve um projecto europeu para criar uma rede de comunicação wireless debaixo de água. O Laboratório de Processamento de Sinais da UAlg lidera um grupo de seis parceiros europeus que pretendem criar uma rede sem fios para comunicar através do som dentro de água. Os cinco nós desta rede (dois móveis, dois fixos e uma estação de base que assumirá o papel de cérebro de toda a operação) cobrem um perímetro subaquático de 100 km2, e vão transmitindo mensagens entre si através de uma espécie de e-mail (enviam texto e imagens uns aos outros usando ondas sonoras, que se propagam facilmente debaixo de água). O objectivo é colocar a rede wireless ao serviço da segurança subaquática de infra-estruturas estratégicas, como plataformas petrolíferas ou instalações de geração de energias renováveis. Além do SiPLAB, participam no projecto

O EASYVOICE PERMITE QUE UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA DE VOZ POSSA FAZER CHAMADAS TELEFÓNICAS VIA INTERNET

europeu Underwater Acoustic Network (UAN) cinco centros de investigação e empresas da Itália, Noruega e Suécia. Como explicou Sérgio Jesus, coordenador do SiPLAB e do projecto UAN, o conceito chave do projecto é a mobilidade. Todos os nós desta rede estarão equipados com vários sensores, capazes de detectar potenciais ameaças a infraestruturas estratégicas como plataformas petrolíferas ou instalações de geração de energia, tanto em alto mar como em zonas costeiras, e informação sobre temperatura da água, a velocidade das correntes ou a oscilação da coluna de água, monitorizando a todo o tempo o perímetro que defendem. A controlar as operações estará uma cadeia de sensores, a estação-base, que consiste numa antena com 60 metros de altura, constituída por uma base, uma unidade de telemetria, um modem e vários sensores ao longo de um cabo que termina num flutuador abaixo da superfície. «É ao SiPLAB que compete a tarefa específica de desenvolver a estação-base, que é, no fundo, uma antena acústica que vai controlar a actividade de toda a rede», explicou. Qual foi a grande mais-valia que a UAlg conseguiu imputar a todo este projecto? «Até agora a comunicação subaquática tem vindo a ser feita ponto a ponto, o que cria grandes problemas devido à variabilidade do meio. O

conceito de rede em que estamos a trabalhar vem permitir fazer uma gestão mais eficaz de todo o processo comunicacional; permite-nos escolher qual é o melhor caminho em dado momento para colocar dois nós em contacto, tornando a troca de informação mais rápida e efectiva, o que permite igualmente uma reacção mais célere», indicou Sérgio Jesus. Iniciada em Outubro de 2008, a UAN terá de esperar até Setembro de 2010 para ser testada pela primeira vez em águas italianas, numa operação em que vão participar todos os parceiros do consórcio europeu coordenado pelo SiPLAB. Em 2011, terá lugar o teste final, na Noruega, sendo que já em Março de 2010 serão efectuados, ao largo de Vilamoura, testes preliminares à estação-base que está a ser desenvolvida na UAlg. Estes são apenas alguns dos exemplos de projectos em curso ou que nasceram nesta universidade. No entanto, como referiu Pedro Guerreiro, presidente do Conselho Científico da Faculdade de Ciência e Tecnologias da UAlg, a Universidade do Algarve tem relações de parceria bem estabelecidas com algumas das principais empresas da região no domínio da informática, nomeadamente com a Algardata e com a Visualforma. «No âmbito destas parcerias, muitos alunos da UAlg têm passado como estagiários por estas empresas, alguns acabando por se empregar nelas», indicou.

PROJECTOS UNIVERSITÁRIOS COM MAIS AJUDAS

A InovCapital, Caixa Capital, Banco BPI, ES Ventures e outras entidades uniram-se para criar um fundo de capital de risco, de 7,5 milhões de euros, para financiamento de projectos que nascem em solo universitário. O fundo arranca com 4,1 milhões de euros, e tem por trás nomes como la Caixa Capital, InovCapital, Ciencinvest, Banco BPI, ES Ventures e Fundação Calouste Gulbenkian. O fundo tem a duração de 15 anos. PCGUIA

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BLOGUE DO GATO

E-MAIL E POLÍTICA NÃO COMBINAM O mês de Setembro ficou marcado pelos e-mails do Presidente da República que apareceram onde não deviam e pela comunicação ao país de Cavaco Silva em que põe em causa a segurança dos dados que estão no seu computador pessoal. Acerca disto, até os meus “primos” Gato Fedorento citaram a revista para que trabalho no seu Daily Show à portuguesa. Agora a sério: empolado ou não, este caso pode ter ramificações graves, porque, tal como a correspondência em papel, as mensagens de e-mail deviam ser invioláveis, sejam as do Presidente da República, sejam as da mulher-a-dias. E divulgá-los é, no mínimo, uma grande falta de educação, seja para obter dividendos políticos, seja para vender jornais. Isto também prova que não há noção das potenciais vulnerabilidades dos computadores dos vários órgãos de soberania. Será que existem

GURANÇA INCLUI SE FORTE EXTRA A MAIS NÃO PERC ILS! E-MA

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regras rígidas acerca do que se pode ou não fazer? Será que as pessoas escolhidas para gerir os sistemas informáticos ao mais alto nível estão nos lugares porque são competentes? Ou porque são filhos, primos ou amigos de alguém do partido a quem se tem de fazer um favorzinho? E os sistemas? São actualizados regularmente, ou aproveita-se o orçamento para comprar um carrito novo e mobilar os gabinetes? Se calhar, era melhor fazer uma auditoria completa usando uma entidade externa para detectar o que está mal e o que está bem (sim, porque devem existir coisas bem feitas, não?!) e tomar medidas para tapar os buracos de segurança. Depois deverá ser traçado um plano de acção e implementadas “boas práticas” para se ter a certeza de que não acontecem mais casos destes. Até posso sugerir algumas, como, por exemplo, não deixar que se utilizem pen drives e que se verifiquem várias vezes os anexos de e-mail. E por favor, comprem um antivírus decente, porque os que nós oferecemos no DVD são normalmente versões de demo que só são actualizadas durante 90 dias e os gratuitos só servem para desenrascar... Quanto à telenovela do e-mail do Público, só penso uma coisa: se lá é assim, como será na casa-mãe Sonae? Será que os e-mails confidenciais dos empregados e da administração também vão parar onde não devem? Hum... Por falar de e-mail, milhares de contas do Hotmail e do Gmail foram violadas através da obtenção de passwords usando esquemas de “Phishing” (e não Pishing como apareceu em vários órgãos de comunicação social). Como vosso amigo que sou, não me canso de vos deixar um conselho: não cliquem alegremente em tudo o que vos chega por e-mail. Se o fizerem, a vossa alegria pode transformar-se em tristeza e a vossa tristeza em alegria de um russo ou de um chinês qualquer que vai ficar com o controlo absoluto da vossa conta de e-mail ou pior. Depois já estão mesmo a ver o que pode acontecer e todas as chatices associadas....

LEIAM O QUE ESTÁ NO ECRÃ E EM CASO DE DÚVIDA MANDEM A MENSAGEM PARA O LIXO SEM A ABRIREM. Porque se a mensagem for legítima, pode sempre voltar a ser reenviada pelo remetente.

WINDOWS 7 O novo sistema operativo da Microsoft está aí, acabadinho de sair do “prelo” e podemos dizer, com toda a segurança que este é, provavelmente, o melhor sistema operativo a sair de Redmond. Está leve, é rápido e, até ver, não temos tido nenhuns problemas de compatibilidade, tanto com jogos como com aplicações. Mas claro que nem tudo são rosas. A retirada do Windows Mail é uma coisa chata, porque, se o usamos, somos obrigados a ir descarregar o Windows Live que tem o Live Mail, o substituto do cliente que vinha com o Windows Vista e que pode importar todas as nossas pastas e mensagens de correio electrónico antigas. O novo sistema Grupo Doméstico para usar em rede também vai gerar algumas confusões, uma vez que não é compatível com as versões anteriores do Windows. Será que não podiam ter feito uma actualizaçãozinha para o XP e o Vista? Ou será que pensaram que se o fizessem iriam perder vendas do novo sistema? Ninguém no seu perfeito juízo actualiza para o 7 só por causa do Grupo Doméstico, principalmente se se lembrar que é necessário ter quase um supercomputador para poder usar bem o Vista. Resta-nos falar do preço... Onde é que estão com a cabeça? 299 euros por uma versão de upgrade Ultimate e 319 euros por uma Ultimate versão completa? Os 119 euros pedidos pelo upgrade do Home Premium também são um soco no estômago... Ai a pirataria que vai ser por aí...

Veja mais em

bloguedogato.blogspot.com


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