Demonstração PCGuia 194 - Março 2012

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ESPECIAL TECNOLOGIA E AMBIENTE

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Gadgets ecológicos l Os carros eléctricos valem a pena? Comparativo de monitores amigos do ambiente e da carteira A prenda a detectar consumos fantasma l Dicas de poupança de energia O futuro da tecnologia verde

PC GUIA 2.0

pcguia.sapo.pt

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Quatro propostas ultraportáteis à venda em Portugal Coexistência pacífica Mostramos-lhe como pode ter Macs e PC na mesma rede a trabalhar em conjunto

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Programas gratuitos essenciais para o dia-a-dia

MARÇO 2012

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Nº 193 €3,30

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Análise ao tablet Android mais fino do mundo

Como colorir imagens a preto e branco


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COMBATE DOS PESO-PLUMA

índice

Testámos os computadores mais leves e finos à venda em Portugal

P.68 TEMA DE CAPA

Director: Pedro Tróia / ptroia@pcguia.fidemo.pt Editor: Gustavo Dias / gdias@pcguia.fidemo.pt Redacção: Alexandra Costa, Fátima Ferrão, José Luis Porfírio, Luis Andrade, Luís Vedor, Márcia Campana, Miguel Marques Cronistas: Alexandre Gamela, Alexandre Silveira, Pedro Aniceto, André Rosa Revisão: Helena Soares, Gonçalo Praça Apoio à redacção: Carla Costa Fotografia: Victor Gordo Infografia: Óscar Rocha Editor gráfico: Rui Lisboa paginação e ilustração (www.ruilisboa.com)

Fidemo – Soc. de Media Lda. Director-Geral: Vasco Manuel Taveira vascotaveira@pcguia.fidemo.pt Administração: José Carlos Leitão, Vasco Manuel Taveira Redacção, Publicidade e Administração: Rua Marcelino Mesquita, Nº 15-Loja 1 2795-134 Linda a Velha / Telef: 351 214 209 400 Departamento de publicidade: Directora comercial: Cristina Magalhães cmagalhaes@pcguia.fidemo.pt Apoio comercial: Carla Costa ccosta@pcguia.fidemo.pt Assinaturas: JMToscano — Comunicação e Marketing, Lda., Rua Rodrigues Sampaio, Nº 5, 2795-175 Linda-a-Velha assinaturas@jmtoscano.com www.jmtoscano.com Pré-impressão e Impressão Lisgráfica, Impressão e artes gráficas, SA Rua Consiglieri Pedroso, 90 Casal de Santa Leopoldina, Queluz de Baixo, 2745-553 Barcarena Proprietária / Editora: Fidemo, Soc. de Media Lda. Direcção administrativa e financeira: Sandra Pires / spires@ pcguia.fidemo.pt Cont: 509 808 859 / Depósito legal: 97 116/96 Nº registo E.R.C. 119 452 Marca registada no INPI: 479 435 Distribuição: VASP, Soc. de Transportes e distribuição Lda. MLP, Media Logistics Park, Quinta do Grajal, Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém. Telef: 214 337 000 Tiragem média: 30 000 exemplares Periodicidade: mensal

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Editorial Notícias Tecnologia no feminino Ecoticket Uma startup nacional premiada que trabalha com nanopartículas para tingir tecidos.

18 Projecto de lei 118 O que dizem os partidos sobre a lei que poderá fazer subir em flecha os preços do material informático.

22 10 programas a não perder Damos-lhe 10 sugestões de programas gratuitos para tirar máximo partido do computador. 30 Mac+PC Macs e PC conseguem coexistir pacificamente e trabalhar juntos. Mostramos-lhe como. 36 Servidores torrent Quer montar um servidor torrent? Siga este guia passo-a-passo.

40 Tecnologia e ambiente Mostramos-lhe tudo o que há a saber sobre tecnologia e ambiente: dicas de reciclagem; o que são consumos fantasma; aprenda a ler as etiquetas de eficiência energética edicas para poupança de energia.

52 10 soluções para pôr o portátil a funcionar mais depressa.

64 Teste em grupo a monitores verdes Seis propostas para imagens mais amigas do ambiente.

80 Gadjets Gadgets ecológicos para todos.

82 Conheça o Photoshop Visita guiada às principais funcionalidades do programa de edição de imagem mais usado no mundo.

54 Apps verdes Também os smartphones e tablets o podem ajudar controlar os seus gastos de energia.

85 De preto e branco para cor Aprenda a colorir fotos a preto e branco com este guia rápido.

58 Carros eléctricos Testámos as propostas das marcas que apostam nesta tecnologia, para responder a uma questão: já são substitutos viáveis dos carros de motor a explosão?

88 Jogos Ace Combat: Assault Horizon Soul Calibur V Saints Row: The Third Resident Evil: Revelations

94 Zona Verde 61 Ask the geek Respondemos a todas as suas dúvidas de hardware e software.

96 Lançamento do Intel Pentium Este mês o Intel Pentium está de parabéns


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o futebol, há o Benfica e o Sporting, no Romeu e Julieta os Capuletos e os Montecchios, e na informática há quem use Mac e quem use Windows – e, tal como nas outras rivalidades, parece que os dois lados não se misturam. Mas a relação entre Mac e Windows é aquela excepção que confirma a regra, porque desde há algum tempo que já se consegue usar o Windows num Mac. Neste artigo vamos ensinar-lhe a fazer isto mesmo, e até a tirar uma imagem da sua instalação do Windows e colocá-la num novo Mac. Para quem quer usar o Mac OS X, já há bastantes aplicações tradicionais do Windows com versões para Mac. Indicaremos algumas. Por fim, vamos explicar como se põem PC e Macs a trabalhar juntos. Numa rede. A tratar de coisas difíceis, como backups, segurança e partilha de ficheiros. Assim, neste momento pode arranjar um Mac à vontade, que não precisa de abandonar o Windows.

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O WINDOWS A FUNCIONAR NUM MAC

MAC MAIS PC

O MELHOR DE DOIS MUNDOS POR PEDRO TROIA

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O que atrai os utilizadores para os Macs é o hardware de primeira e um óptimo sistema operativo. No entanto, Macs e PC têm uma arquitectura interna praticamente igual. Ambos usam os mesmos processadores Intel, chipsets e sistemas gráficos. O Windows funciona perfeitamente num Mac, não sendo preciso andar de um computador para o outro para usar o OS X ou uma aplicação que só funciona no Windows. Pode-se fazer uma de duas coisas: configurar duplo arranque no sistema com o Boot Camp, o programa da Apple que permite a coexistência do Windows com o MacOS, ou usar software de virtualização para pôr a funcionar o Windows ao mesmo tempo que o OS X.

BOOT CAMP O sistema Boot Camp da Apple divide um disco em duas partições. Os documentos e aplicações do OS X ficam numa, e o Windows 7 é instalado na outra. Tem de ser mesmo o Windows 7, porque o Boot Camp não funciona com versões anteriores. Ligando o Mac, pode escolher arrancar como de costume no OS X, ou então arrancar no Windows, e o seu Mac fica um autêntico PC. O Boot Camp é extremamente simples e rápido. O Windows e o OS X funcionam de modo completamente distinto. Não há qualquer possibilidade de haver conflitos de software. Qualquer dos sistemas operativos pode usar todo o processador e a totalidade da RAM, não partilhando nenhum recurso. No entanto, pode aceder aos ficheiros e aos documentos na partição de OS X com o Windows e vice-versa. Configura-se com toda a facilidade. O programa Boot Camp Assistant, fornecido pela própria Apple, automatiza o processo de particionamento do disco e de instalação do Windows. É basicamente

o que faz falta para decidir o espaço que se dá ao Windows e qual resta para o OS X, e está na pasta Applications > Utilities. Os drivers para pôr o Windows a funcionar no hardware do Mac estão no DVD de instalação do OS X, mas se não os tiver o Bootcamp Assistant faz o download automático, quando estiver a configurar o sistema. No OS X Lion pode até criar um disco de drivers durante a configuração. Só precisa de um DVD de instalação do Windows 7. E obviamente de uma chave de produto válida para activar o sistema operativo. Tem mesmo de ser um DVD oficial da Microsoft, ou uma cópia feita a partir de um. Não serve usar o disco de recuperação que acompanha o PC. No caso de usar um MacBook Air – que não tem leitor de DVD – use uma imagem ISO do DVD do Windows. O Boot Camp Assistant consegue colocar os ficheiros importantes numa pen USB, desde que esta tenha mais do que 4 GB.

WINDOWS VIRTUAL Mas há um senão em usar o Boot Camp. Sempre que quer passar de uma aplicação do Windows para o Mac, ou vice-versa, tem de fechar tudo e reiniciar a máquina. A alternativa é usar software de virtualização – assim, tem ambos os sistemas operativos em funcionamento simultâneo, mas isto reduz o desempenho. O processador e a memória estão a ser partilhados pelos sistemas operativos e ficam ambos a perder. Com um Mac com menos de 4 GB de RAM ou um processador Intel Core 2 o sistema fica bastante lento. Mas mesmo num sistema com pouca potência de processamento, é muito prático poder-se passar livremente de um lado para o outro entre aplicações de Windows e de Mac OS X. As maneiras de instalar o Windows numa máquina virtual hospedada pelo OS X são muitas. Para funções básicas, pode simplesmente usar o programa VirtualBox, que é gratuito e pode ser


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descarregado a partir de www.virtualbox.org. É uma solução pouco elegante. São precisos certos conhecimentos técnicos para instalar a máquina virtual de Windows, e em termos de gráficos é capaz de deixar um pouco a desejar. Mas é uma boa solução se se tiver pouco dinheiro.

SOFTWARE COMERCIAL A Apple recomenda oficialmente dois programas de virtualização. O Parallels Desktop (www.parallels.com) e o VMware Fusion (www.vmware.com). Qualquer um deles foi optimizado para executar o

Windows no OS X. É uma experiência muito mais agradável que usar um virtualizador genérico, como o VirtualBox. O Parallels Desktop tem tido desde sempre críticas positivas. A última versão, Parallels Desktop 7, adquire-se online por cerca de €70 mais IVA, e se quiser pagar mais €12 pode arranjar a versão Switch to Mac. Esta inclui um cabo de transferência para ajudar a passar o software e as definições directamente de um PC para a máquina virtual no Mac e assim não precisa de instalar o Windows nem respectivas aplicações. Este cabo não faz falta para criar a imagem virtual do PC, como se

pode ver no nosso guia passo-a-passo. O VMware Fusion tem tido resultados ligeiramente inferiores ao Parallels nos testes de desempenho, mas tem funcionalidades semelhantes e arranja-se online por €36, o que o torna muito atraente. Se o seu Mac é usado em ambiente empresarial, o historial do VMware aqui faz-se valer: é que pode importar máquinas virtuais dos programas de virtualização para empresas da VMware, para além dos criados pelo Parallels.

FUNCIONALIDADES QUE AJUDAM O Parallels Desktop e o VMware têm ambos muitas funcionalidades que ajudam o Windows e o OS X a funcionar bem em conjunto. Em qualquer deles pode executar aplicações virtualizadas em janelas independentes, que pode deslocar, redimensionar e ocultar como qualquer janela do OS X. No Parallels, chama-se a isto modo Coherence, a VMware chama-lhe Unity. Qualquer deles tem sincronização da área de transferência. Pode copiar e colar dados e texto à vontade entre as aplicações do Windows e OS X. Pode arrastar e largar ficheiros entre os sistemas operativos. Pode também abri-los e alterá-los em qualquer SO. Pode usar atalhos do teclado nas aplicações do Windows e recorrer aos gestos do rato do Mac para controlar o Windows. As aplicações do Windows aparecem no Spotlight e pode fazer cópias dos documentos do Windows no sistema de backups Time Machine. Integração total. Assim, passar a usar um Mac não interrompará o seu trabalho. Com esta virtualização acessível, vai correr qualquer aplicação sem perceber que esta está a funcionar noutro sistema operativo. Agora tem as aplicações do Windows a funcionar perfeitamente ao lado das do

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CONFIGURE UM SERVIDOR DE TORRENTS

PARTILHA TOTAL POR PEDRO TROIA

A PCGuia ensina a transformar um PC antigo num servidor de torrents e de ficheiros Precisará da Turnkey Linux Torrent Server Appliance. Trata-se de uma distribuição de Linux pré-configurada e optimizada para a construção de servidores torrent, que se pode transferir, juntamente com bastantes variantes do sistema Turnkey, de www.turnkeylinux.com.

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em um PC velhinho. Se calhar já trocou todos os componentes, menos a velha motherboard, o processador e a pouca quantidade de RAM que ela suporta. E não sabe o que há-de fazer à máquina, pois já não corre nenhum sistema operativo recente. Porque não usá-la como servidor de ficheiros centralizado para descarregar e partilhar ficheiros na sua rede e na web?

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CONTROLO À DISTÂNCIA Siga o passo-a-passo para instalar a appliance de servidor de torrents e pôr o servidor online. Quando o tiver a funcionar na máquina, lance um browser e aponte-o para o endereço IP do servidor. O painel de controlo do servidor de torrents tem cinco ícones que apontam para os principais componentes da appliance. O ícone Basic leva-o para a interface P2P-GUI. É uma interface mais

simples que a interface por omissão, do MLDonkey, que pode intimidar os principiantes. Chega-se lá através do ícone Advanced. Outra particularidade desta appliance é o gestor de ficheiros eXtplorer, baseado no browser. Pode usar-se para manipular os ficheiros mais as pastas e respectivas permissões. A Web Shell activa o emulador de terminal baseado em AJAX, chamado Shell in a Box, que pode utilizar para iniciar sessão no servidor a partir do Web browser. Para os utilizadores que não gostam de CLI, há o Webmin. É uma ferramenta de configuração baseada na web usada para controlar todos os aspectos do servidor remoto, como configurar uma tarefa, ler logs, gerir os

processos em execução, etc. Todos estes processos estão já configurados. Por exemplo, o MLDonkey tem todos os protocolos de partilha de ficheiros activados, incluindo HTTP, FTP e BitTorrent. E estes são apenas os elementos visíveis. Em segundo plano tem também diversos componentes úteis. Há, por exemplo, o servidor de ficheiros Samba, que garante o acesso fácil ao servidor a partir de PC com o Windows. No Windows, o servidor remoto aparece

APPLIANCES TURNKEY o Neste artigo falamos da appliance Turnkey para a construção de um servidor de torrents. No site há mais de 40 appliances à sua disposição, que tratam desde gestão dos conteúdos de uma pequena biblioteca com os sistemas de gestão de conteúdos de código aberto mais conhecidos, a um pacote de colaboração pré-configurado para empresas multinacionais. As appliances estão disponíveis em diversas variantes, dependendo de onde as queremos instalar. Há imagens ISO para instalar numa máquina vazia e outras optimizadas para funcionar numa máquina virtual. As imagens podem também ser colocadas num serviço de armazenamento na nuvem, como o EC2 da Amazon. A ferramenta de backup também vai buscar e restaura dados na appliance. Todas as appliances Turnkey usam a versão mais recente de Long Term Support do Ubuntu, actualmente o Ubuntu 10.04.1, que será suportado até Abril de 2015. Todas as appliances Turnkey têm uma interface de administração fácil de usar, incluindo Webmin e o emulador de terminal Shell in a Box. Com eles pode administrar a instalação Ubuntu de base.

INSTALE OUTRO SERVIDOR DE TORRENTS o As appliances Turnkey baseiam-se no Ubuntu Linux. Assim, pode usá-las para instalar mais software. Se não gosta da interface do MLDonkey, ou da P2P GUI, poderá instalar outro cliente de torrent controlável por uma interface de web – por exemplo, o Transmission. Temos um passo-a-passo para instalar a package transmission-daemon neste artigo (é só escrever transmission-daemon em vez de <nome-da-package> no passo 3). Tem menos dependências que a package completa e serve muito bem para gerir torrents neste servidor. Depois de instalar o cliente, abra o ficheiro /etc/transmission-daemon/settings.json num editor de texto CLI no género do nano ou do vi. Procure a definição “rpc-whitelist” : ”127.0.0.1” e altere-a para “rpc-whitelist” : “*.*.*.*”, o que lhe permite ligar-se ao cliente a partir de qualquer computador. Altere também “rpc-password” e “rpc-username” para o nome de utilizador e palavra-passe que prefere ter. E pronto. Se estiver a usar a Shell de Web ou ligado ao servidor por SSH, inicie o cliente com o comando /etc/init.d/transmission-daemon start. Vá para <endereco-ip-do-servidor>:9091 e inicie sessão no Transmission com as credenciais indicadas no ficheiro de configuração. MARÇO 2012 PC GUIA / 37


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TECNOLOGIAS VERDES P O R M Á R C I A C A M PA N A , G U STAV O D I A S , M I G U E L M A R Q U E S

Com os constantes aumentos do preço da electricidade, têm sido cada vez mais os fabricantes a procurar desenvolver produtos mais económicos, para todos pouparmos, não só dinheiro como o meio ambiente.

S São várias as razões por que devemos apostar em componentes mais eficientes: não só consomem menos energia, como também a desperdiçam menos, sob a forma de calor, por exemplo. As principais áreas onde notamos esta evolução prendem-se essencialmente com a informática, equipamentos audiovisuais e soluções de iluminação, pois são fundamentais não só para o nosso trabalho como para o nosso bem-estar no dia-a-dia.

INFORMÁTICA A informática tem sido um dos melhores exemplos do empenho dos fabricantes de componentes electrónicos no investimento e desenvolvimento de produtos cada vez mais eficientes, o que tem permitido aumentar o desempenho dos equipamentos, ao mesmo tempo que se reduzem os seus consumos energéticos. Os processadores são dos componentes que mais têm evoluido neste sentido. Ao desenvolverem modelos mais eficientes, deu-se-lhes maior margem de progresso a nível de aumento de velocidade e desempenho, eliminando ao mesmo tempo o calor gerado, um

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dos maiores inimigos no desenvolvimento de um computador portátil. Fabricantes como a AMD e a Intel têm desenvolvido linhas de processadores específicas de baixo consumo, como os Intel CULV (Consumer Ultra Low Voltage), que têm sido uma ferramenta fundamental para a criação de computadores portáteis cada vez mais pequenos, leves e com maior autonomia. Também o mercado profissional tem procurado, cada vez mais, processadores Intel Xeon e AMD Opteron de baixo consumo energético, o que permite reduzir não só nos custos energéticos directos, como nos custos indirectos, por exemplo na alimentação dos sistemas de ar condicionado das salas de servidores. Seguindo os mesmos avanços que os processadores encontram-se as placas gráficas e os seus processadores gráficos (GPU). Embora sejam cada vez mais complexos (nos modelos de topo), possuem sistemas de gestão de energia que lhes permite reduzir o consumo quando não é necessária a potência total. Para dar um exemplo, uma AMD Radeon HD7970, actual topo de gama e com mais de quatro mil milhões de transistores, consome menos energia do que uma placa de gama de entrada em “Idle” (sem carga), ou seja, um total de 15 W, segundo a AMD. Por fim encontramos um componente fundamental que gere toda a energia que alimenta o seu PC – as fontes de alimentação. Estas têm evoluído imenso nos últimos anos, o que tem permitido torná-las significativamente mais eficientes, sendo que muitas delas, actualmente, possuem certificações que confirmam graus de eficiência acima dos 80%. Ou seja, no total da energia consumida pela fonte, pelo menos 80% da energia é utilizada para alimentar os

componentes do PC, sendo a restante energia desperdiçada sob a forma de calor. Se possui um computador com alguns anos de vida e uma fonte de 300 W, por exemplo, é bastante provável que à carga máxima esteja apenas a aproveitar 200 a 250 W de toda a energia consumida.

AUDIOVISUAIS Embora os sistemas de som tenham evoluído bastante a nível de funcionalidades e normas suportadas (Dolby, THX, etc), foi nos sistemas de imagem e vídeo onde verificaram os maiores progressos, com os televisores e projectores. Neste campo, temos assistido ao desenvolvimento de diversas soluções que nos permitem reduzir drasticamente o consumo, que em alguns casos podem chegar aos 80%, usando equipamentos similares, mas mais recentes e com funcionalidades económicas. Um exemplo simples é o de um televisor LCD de 32” de 2005, por exemplo: tende a consumir entre 100 a 150 W de energia, enquanto um televisor actual LED, com as mesmas dimensões, consegue desempenhar o

mesmo papel consumindo entre 40 a 60 W, uma diferença assinalável. Um dos principais factores para esta redução de consumo energético vai para a alteração do tipo de iluminação do ecrã, que anteriormente seria do tipo CCFL (Cold Cathode Fluorescent Light), equivalente a pequenas lâmpadas fluorescentes (como as dos candeeiros nas cozinhas ou escritórios) para pequenas tiras de LED de alto brilho. Os LED, para além de consumirem bastante menos energia, têm a particularidade de serem mais eficientes, ou seja, não desperdiçam tanto a energia sob a forma de calor. Para além da solução de iluminação do ecrã, diversos fabricantes decidiram desenvolver sistemas que permitem evitar desperdícios desnecessários, como a introdução de sensores de movimento, para não só reduzir como em alguns casos desligar o ecrã sempre que não detectem movimento no local onde se encontram. Este tipo de soluções permite reduzir significativamente o consumo energético, pois sempre que se ausentar o televisor desliga a sua

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