Amiguinhos Verdes
Amiguinhos Verdes
Este livro foi produzido no ano letivo 2019/2020, pela turma do 4º ano da EB1 da Pegada, em tempo de pandemia COVID-19, feito, por isso, em regime de Ensino à Distância, como História Circulante.
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Certo dia, chegou no correio uma carta. Vinha dirigida aos “Amiguinhos” e tinha como remetentes os nomes Valéria, Helena e Marta. A professora abriu e começou a ler: “A todos os meninos e meninas de coração verde...” Foi aí que alguém se lembrou: era a carta enviada a todos os meninos, pedindo-lhes “Salvemos a Natureza”.
Então, os Amiguinhos pensaram: - Temos que por mãos à obra...
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E logo surgiram ideias. - Podemos plantar รกrvores! Assim teremos mais espaรงos verdes. - pensou a Ana.
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- Cada família pode ter em casa um contentor de reciclagem, para assim poder separar o lixo e poluir menos! E o mundo será melhor! - acrescentou o António.
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- Para proteger o planeta, não basta reciclar. Temos que dizer às pessoas para poluírem menos os cursos de água, porque eles também são muito importantes. – lembrou o Rodrigo.
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- Pois, e tambĂŠm temos que manter o mar e a praia limpos. - quis logo acrescentar a Joana.
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Foi entĂŁo que o Santiago interveio: - Podemos substituir os sacos de plĂĄstico por sacos de papel ou tecido.
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A Professora, ao abrigo do projeto Eco-Escolas, lembrou-se de tentar, juntamente com os alunos e respetivas famílias, uma Brigada Verde que teria como função colocar em prática todas as ideias que surgissem na turma. Assim, quer pela dinamização, quer pela sensibilização, todas as ideias podiam ganhar forma e contribuir para o ambiente.
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E mais ideias foram surgindo: - Não se esqueçam de substituir as palhinhas de plástico por um material mais sustentável para o meio ambiente. Eu sugiro que fossem comestíveis, que delícia beber a minha adorada bebida e no final comer uma deliciosa palhinha de chocolate. Simplesmente delicioso! – exclamou, de imediato o Rafael.
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- Mas isso nรฃo irรก funcionar, porque o chocolate irรก derreter! - Lembrou a Madalena.- Simplesmente podiam ser palhinhas de plรกstico duro, reutilizรกveis.
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- Na minha opinião, deveria acabar-se de vez com as palhinhas e toda a gente deveria beber pelo copo! - acrescentou a Constança- Acho ainda que seria muito interessante criar uma Polícia que multasse quem deitasse lixo ao chão. Seria a Polícia Verde!
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O Ruben disse então: - Devia ser proibido atirar cigarros para o chão e, agora nesta altura, também deveria ser proibido deixar máscaras espalhadas pelo chão. Quem o faz, teria que pagar uma multa ou fazer trabalhos comunitários.
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- Claro- diz a Beatriz muito interessada- E essa multa também se devia aplicar a quem deitasse as luvas ao chão. E mais, nesta fase difícil, deveríamos todos tentar consumir o máximo de produtos portugueses.
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- Eu cá por mim, acho que todas as pessoas deveriam ter uma pequena horta em casa, com plantas comestíveis. - opinou o Diogo.
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- Concordo com o Diogo e, nessas hortas, não devemos usar fertilizantes químicos, porque contaminam os solos. Poderíamos fazer compostagem e aproveitar os restos de comida. - acrescentou a Filipa.- Ah! E devemos evitar usar o carro e quando o lavarmos não podemos usar mangueira, mas sim um balde para poupar água.
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- Podemos reutilizar a roupa - disse o Pedro entusiasmado - dando as roupas que já não nos servem, mas que ainda estão em condições, a outras pessoas. As nossas roupas que não podemos utilizar ou que não podemos dar a alguém, oferecemos às lojas que fazem recolha para fazerem roupa nova. Em troca recebemos cupões com descontos da loja em que entregamos a roupa.
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- O dinheiro que pouparmos com os cupões daria para comprar painéis solares para colocar nas nossas casas e usar mais a energia solar, que é renovável. - pensou a Francisca.
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-Nós todos em casa, também podíamos optar por aparelhos de baixo consumo desligando-os quando não estão a ser utilizados. Assim, reduziríamos os consumos energéticos e colaboraríamos para reduzir a nossa pegada ecológica. - afirmou o Tomás.
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- Gostava de acrescentar à ideia da Filipa, em relação à poupança de água, que devemos manter as torneiras fechadas enquanto lavamos a loiça, lavamos os dentes ou tomamos banho- acrescentou o Duarte. - Com esta atitude, conseguimos poupar muitos litros de água. E a água do banho também pode ser reutilizada para fazer a descarga nas sanitas.
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Então, o João quis dar a sua opinião. - Quando passeio pelos campos, matas ou praias, respirando ar puro, tenho uma sensação de bem-estar. Não é a natureza que precisa de nós, somos nós que precisamos da natureza.
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- Pois- acrescentou o Gonçalo- então, acho que é muito importante ir para a rua espalhar a mensagem e falar com toda a gente. Precisamos de cada vez mais reforços para o futuro.
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- Claro que sim- disse o Helder, entusiasmado.- Toda a gente vê televisão, podíamos enviar as nossas mensagens para a televisão, pedindo que todos nos ajudem.
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- Mmmmm… eu estava a pensar que a rádio também pode ser muito influente, assim podemos transmitir a mensagem a todos por outro meio de comunicação. Acho que temos que atuar agora e não esperar mais tempo. O nosso planeta necessita de nosso esforço! - exclamou a Ylianny.
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Então, o Lucas questionou: - E se fizéssemos um comunicado em algumas redes sociais? Por exemplo, escrevíamos algumas das frases-chave que já dissemos, para mostrar a toda a gente que tem de ajudar. Assim passaria de pessoa em pessoa, porque as redes sociais chegam a cada vez mais gente.
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- Boa ideia! Disse a Sofia. — Poderíamos usar as fraseeees.... por exemplo... "com a água poupar, todos temos a ganhar!" ou então... "Se o planeta protegemos, temos a vida que queremos!" Também me parece que poderíamos desafiar as pessoas a publicarem, nessas redes sociais, fotografias com boas práticas ambientais, como: plantar uma árvore, separar o lixo, poupar água.... O que acham?
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Todos acharam uma boa ideia e começaram a trabalhar nos lemas e nos desenhos para publicarem. - Só falta dar um nome ao grupo. - disse o Francisco. Depois de fazerem a sua Assembleia de Turma, lançarem várias sugestões de nomes, houve um que teve a maioria dos votos. Assim, criaram um grupo chamado " Os Amiguinhos Verdes". Este grupo ia trabalhar nas redes sociais convidando o máximo de pessoas "a gostarem da página", com publicações diárias de tudo o que foi dito anteriormente. Para além das redes, o grupo iria ter uma rubrica semanal na Radio Santiago, uma rádio local, “quem sabe se um dia não chegamos a uma rádio nacional”, pensou o Francisco.
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- Todos juntos conseguimos mudar e salvar o nosso mundo. - acrescentou o Francisco. - Este serรก o lema das nossas pรกginas nas redes sociais.
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E em pouco tempo as páginas já tinham mais de cem mil seguidores, em todos os países do mundo, da Alemanha, à China, passando pela Austrália e América...E nem se fala do sucesso que a rubrica semanal na Rádio Santiago teve...até foi notícia nacional! Assim que vimos as notícias, ficámos tão felizes que não se falava noutra coisas nos intervalos. A partir desse dia, toda a gente quis saber como poupar água do autoclismo, como fazer agricultura sem usar fertilizantes e, sobretudo, como se faziam as granadas de sementes, a grande estratégia da turma para salvar o Planeta.
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Foi tรฃo bom ver que as pessoas nos ouviram e comeรงaram a aderir ao nosso movimento. E...foi assim que comeรงou a mudanรงa para um mundo melhor!!!
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