Eu e a minha boca de tomate
Quando eu nasci, fui fadado por uma fada. Eu fiquei com uma boca de tomate. As pessoas riam-se de mim e era gozado sempre que passava na rua. Sentia-me muito infeliz por ter uma boca de tomate. Mas, conseguia comer tudo de uma s贸 vez, sem sujar nada, nem mesmo as outras pessoas. Por isso, acabei por gostar da minha boca de tomate.
Gon莽alo Duarte
O meu defeito
Quando eu nasci, uma fada veio fadar-me e deu-me o defeito de ter olhos esbugalhados. Sempre que eu passava na rua, as pessoas ignoravam-me e viravam-se com medo de mim. Mas tinha vantagens. Via melhor do que as outras pessoas. Via mais longe. Um dia, um grupo de ladrões motoqueiros preparava-se para invadir a cidade e eu consegui ver tudo. Informei a polícia, que foi atrás deles e me deram trabalho. Tornei-me um polícia muito famoso.
José João
O Guilherme mãos grandes
Num hospital estava um menino que era eu, o Guilherme, e apareceu uma fada que me fadou e disse: - Tu terás mãos grandes. Eu cresci com o peso das minhas mãos grandes. Tinha vantagens e desvantagens. A vantagem era que pegava em coisas pesadas. A desvantagem era querer cumprimentar a minha família, mas não poder, porque sempre que os abraçava, magoava-os. Mas, habituei-me e comecei a gostar, porque ajudava toda a gente nas tarefas pesadas.
Guilherme
O meu defeito
Quando eu nasci, encontrei uma fada. Ela fadou-me, fiquei com orelhas grandes. Ninguém gostava de mim, porque tinha as orelhas grandes e, ao passar, ouvia as conversas dos outros. Sentia-me mal, porque não tinha ninguém para brincar, não tinha companhia, também não tinha ninguém com quem passear. As desvantagens que eu tinha era ninguém gostar de mim, todos fugiam e ninguém falava comigo. As minhas vantagens eram que, quando alguém falava baixinho, eu ouvia tudo e gostava de saber os segredos. Um dia, encontrei a fada. Ela pediu-me desculpas e eu desculpei-a.
Carina
A menina orelhuda
Quando eu nasci, à medida que eu crescia, as minhas orelhas cresciam mais depressa. Sempre que eu passava em algum sítio, toda a gente me chamava menina orelhuda. Mas, percebi que ter orelhas grandes podia ter vantagens e desvantagens. Uma das vantagens era que, assim, ouvia vem. A desvantagem era que a minha cabeça ficava mais pesada. Assim, quando alguém falasse comigo, eu ouvia logo. Todos em conjunto me arranjaram um trabalho que foi ouvir todas as coisas do mundo e contar as novidades.
Ana Beatriz
A grande Joana
Quando eu nasci tinha três fadas à minha volta. Uma disse assim: - Tu serás a mais bela do reino. A segunda disse: - Serás responsável. E a última disse: - Serás respeitada no reino. Quando estava na hora de sair do castelo, chegou a bruxa má. As feiticeiras boas viraram-se, mas foi tarde de mais e a bruxa tinha dito que, quando fizesse dezasseis anos, seria muito grande. Passados anos, tinha eu dezasseis anos e estava enorme. Tinham-me expulsado do reino por não caber em lado nenhum. Eu conseguia chegar a sítios muito altos, como quando um papagaio voava para o cimo das árvores. As pessoas adoravam-me. Fiquei num palácio grande com o emprego de bombeira para ajudar a apagar fogos em sítios altos.
Joana
O homem escorrega
Eu nasci e tinha uma fada à minha beira. Ela pôs-me um defeito que foi um pescoço grande. Eu tinha medo, porque eu era muito alto e as pessoas gozavam-me, Até que um dia, apareceu um remoinho e eu não sabia o que fazer. Não podia estar debaixo das árvores, porque apanhava um choque. Então, vi uma gruta e pus-me lá dentro. A cidade foi toda destruída: as casas, as lojas, as árvores, até o parque para as crianças brincarem. No dia seguinte, eu fui comprar uma escada alta. As crianças subiam o escadote e desciam pelo meu pescoço. Eu gostava de estar a brincar. Passei a ser o escorrega e a diversão das crianças.
Rafael
O André com as pernas grandes
Um dia de sol eu fui a uma festa gira de uma fada. A fada não gostou muito de mim. Então, decidiu enfeitiçar-me. Pôs-me as pernas muito grandes. Na minha cidade, toda a gente gozava comigo e eu sentia que nenhuma das pessoas gostava de mim. As pessoas reagiam mal quando me viam. Por isso, eu decidi ir viver para uma aldeia. Quando cheguei à aldeia, todos gostavam de mim. Eu com as minhas pernas grandes fazia corridas depressa e era muito rápido. E na aldeia fui feliz para sempre.
André
Eu e os meus braços grandes
Quando eu era bebé, uma fada fadou-me para que quando crescesse ficasse com braços grandes. E assim foi. Toda a gente me gozava e dizia que eu era feia. Eu até gostava. Assim, quando ia à cozinha, já não tinha de andar com escadas para chegar aos armários. Até que, um dia, um gato de uma velha subiu a uma árvore. Eu fui ajudá-lo. Quando o dei á senhora, fizeram um jornal com a notícia. A partir daí, quando havia perigo, eu ajudava.
Eya
Ter braços grandes
Quando nasci, veio a minha fada e deu-me braços grandes. Eu até gostava de ter braços grandes. Quando as pessoas não conseguiam chegar às coisas, eu ajudava e elas ficavam contentes. Toda a gente queria ter também braços grandes. Agora, ajudo todas as pessoas que eu conheço Pego em tudo o que é grande e até nas pessoas.
Gabriel
A fada que me enfeitiçou
Olá, eu sou a Manuela. Quando nasci, apareceu uma fada que me transformou numa cabeçuda. Quando alguém passava perto de mim, assustava-se logo e fugia. Por isso, fugi da minha cidade e fui para a selva, onde ninguém me pudesse ver. A fada estava sempre à minha procura, até que me encontrou. Perguntou-me o que eu estava ali a fazer e eu respondi que era cabeçuda e que sentia que era do grupo dos selvagens. A fada disse-me que só por ser diferente não queria dizer nada. Voltamos à cidade e a fada desfez o feitiço. Fiquei feliz para sempre.
Manuela
O David cabeçudo
Quando nasci, uma fada enfeitiçou-me. Pôs-me uma cabeça grande e com cabelo grande também. Tinha coisas desagradáveis e outras agradáveis. A desagradável era que o cabelo fazia cócegas. A agradável era que abrigava as pessoas quando estivesse a chover. Mesmo assim, fugi. O jornal disse na televisão que um menino com cabeça e cabelos grandes estava perdido. Os habitantes da minha aldeia foram-me buscar e fiquei a ajudar quem precisava.
David
A senhora dos seus pés
Quando eu acabei de nascer, apareceu uma fada e disse à minha mãe: - A sua filha vai ter um defeito. Esse defeito é ter uns pés enormes. - Não faça isso.- disse a minha mãe aflita. Alguns anos depois, eu fiquei a viver numa casa pequena e velha…eu não tinha outra escolha. Quando eu passava na rua era gozada por toda a gente e dava muitos pontapés em tudo. Fui para um canto muito escuro da cidade e pus-me a chorar. A fada apareceu e disse: - Olá. Não te lembras de mim? E eu respondi: - Sim. Lembro-me, foste tu que me puseste assim tão triste. Mas, tenho uma vantagem. É que ganho sempre as corridas que faço. - Desculpa. Vou pôr-te uns pés mais pequenos. E eu fiquei feliz para sempre.
Beatriz Barroso
Braços grandes
No meu nascimento apareceu uma fada que me fadou para ter os braços grandes. Então, não cabia em casa. As pessoas reagiam mal, porque ao rodopiar com os braços deitava as pessoas ao chão. Passado algum tempo, fui viver para a casa de um amigo. Lá era confortável. Deitei-me na cama, mas não cabia, porque os braços ficavam de fora. Mas, podia levar pessoas a outro lado com os meus braços. Um dia, as pessoas fizeram-me uma casa grande e eu agradeci. Assim, tive a minha casa. Já não ficava com os braços de fora e fui feliz.
Afonso
O meu defeito
Eu vivia numa casa mais ou menos grande. Quando ia passear e o meu pai estava a vestir-se apareceu uma fada que disse: - O teu filho vai ter um defeito. O meu pai perguntou: - Qual é? A fada respondeu: - O defeito do teu filho será ter uns pés malcheirosos. Então, quando eu cresci, cheirava tão mal que as pessoas disseram. - Fica em casa, não venhas para a nossa beira. Tive então que ficar em casa. Até que um dia, uma pessoa desmaiou. Fui ver o que se passava e tive uma ideia. Meti um dos pés no nariz dela e ela acordou. Mais tarde, a minha fada morreu, quebrou-se o feitiço e eu já podia sair de casa.
João Pedro
Uma aventura com três olhos
Um dia, logo após eu nascer, veio uma fada que disse: - Vou-te fadar. Sei que um dia me vais fazer jeito. A minha mãe, aflita, disse: - Não, não faças mal à minha filha. Desde aí, fiquei com três olhos. Foi difícil viver assim. As pessoas rejeitavam-me e riam-se de mim. As crianças fugiam e eu acabava sozinha na rua. Mas, também tinha vantagens. Via muito melhor do que os outros. Um dia, aproximava-se um fogo e eu espalhei a notícia, mas ninguém acreditou em mim. O fogo acabou por destruir as casas e ferir muita gente. O presidente soube o que eu fiz, deu-me uma medalha, fez uma festa e ofereceu-me uma casa muito grande onde eu fui feliz. Rita
.O meu defeito
Quando eu nasci, apareceu uma fada que me fadou com um defeito. Esse defeito era ter pernas compridas. Quando eu ia passear pela cidade, eu caía em cima das pessoas que gozavam sempre comigo. Mas, também tinha vantagens e uma delas era ganhar as corridas porque, com as minhas pernas grandes, ia muito rápido. Eu gostava de ter este problema porque tenho um amigo que me ajuda a equilibrar e é bom ser maior que todos.
João Ricardo
A senhora das suas pernas
Quando eu nasci, a fada fadou-me com um defeito. Esse defeito é que eu tivesse uma perna de um tamanho gigante. As pessoas reagiam mal e fugiam de mim. Mas, as minhas pernas grandes serviam para fazer de palhaço. Fazia brincadeiras com as pernas. As crianças riam-se. Assim, o meu defeito ajudou as crianças a serem felizes.
Mariana
A senhora do seu queixo
Quando eu nasci, uma fada fadou-me para ter um defeito. Esse defeito era ter um queixo muito grande, do tamanho de um pepino. Quando comia, o meu queixo mexia-se muito. As pessoas riam-se muito por eu ter um queixo muito grande e ter muitas borbulhas. Gozavam muito comigo. Eu sentia-me muito triste. Mas, o meu queixo ajudou a salvar pessoas que estavam em perigo. Quando uma ponte cai e alguém está em cima dela, eu dou-lhe o queixo, ela agarra-o e eu puxo. Afinal, sou útil para alguma coisa.
Luana
O meu nascimento
No dia vinte e um de fevereiro eu nasci. Passados um ou dois dias, apareceu uma fada e disse: - Eu te fado para que te possas esticar como um elástico. Passados três anos, eu dava passos enormes, ficava grande e pequeno. Não gostava muito, porque todos me gozavam, afinal não é normal ser meio homem, meio elástico. Ninguém era igual a mim. Até que um dia, andava eu a passear na floresta e ouvi alguém a chorar. Voltei ao tamanho normal e vi um rapaz que, tal como eu, ficava grande e pequeno. Encontramos uma casa abandonada e decidi viver lá com ele. Quando havia incêndios, eu e o meu amigo chegávamos muito antes que os bombeiros, por causa das nossas pernas, e apagávamos o fogo. Assim me tornei bombeiro. João Francisco
A minha cabeça
Quando eu nasci apareceu a minha fada, ela fadou-me e disse à minha mãe. - A sua filha vai ter a cabeça do tamanho de um melão. A minha mãe, aflita, começou a gritar. Eu tinha vantagens e desvantagens. A vantagem era que quando o meu pai colhia as uvas, eu levava os cestos na minha cabeça. A desvantagem é que as pessoas jogavam futebol com a minha cabeça. Mas, tive que me habituar. Quando eu era maior, o meu trabalho era ser palhaço, porque as crianças gostavam de gente cabeçuda. E para o resto da vida diverti os outros.
Ana Luísa
O rapaz forte
Quando eu nasci, apareceu-me uma fada que me tornou mais forte. Eu não era gozado. Sempre que passava, toda a gente vinha ver-me levantar carros. Um dia, eu percebi que era forte e salvei uma família que podia morrer num carro a cair. Eu fiquei muito contente, mas a fada apareceu e disse: - Vou tirar-te a força. Então, eu fugi para outra cidade e a fada nunca mais me encontrou.
Gonçalo Magalhães
O mãozarra
Quando eu nasci, uma fada fez-me um feitiço. As minhas mãos eram gigantes. Todos gozavam com as minhas mãos. Chamavam-me mãozarra. Mas, com as minhas mãos eu podia carregar mais depressa as coisas pesadas. Por isso, passei a trabalhar num armazém.
Diogo