TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Desde 11 de Abril de 1897
Mérito Municipal 1972 1997 Ano CXIX
Semanário
Direcção: Orlando Macedo
03 Outubro 2016
Nº 5978
€0,60 (iva inc.)
CONHECER
CATARINA MARTINS pág. 15 a 17
24h - 365 DIAS R. António Martins Soares Leite, nº 42 4520-190 Santa Maria da Feira Telf. 256 378 074
UMA VIDA COM MUITAS COISAS DENTRO DELA GRANDE ENTREVISTA
“MILHEIRÓS É UM PEDAÇO DA NOSSA HISTÓRIA, NÃO É ALIENÁVEL” pág. 03 a 05
REPORTAGEM Colégio de Lamas perde 600 alunos e 30 professores, consequência do corte do apoio estatal. Agrupamento de Fiães fica a ganhar com grande aumento no número de educandos. pág. 10 e 11
FREGUESIAS Equipa Jovem Autarca enche, este sábado, o Parque da Cidade de Lourosa com uma jornada de actividades para a juventude. pág. 12
CULTURA Castelo recebe no fim-de-semana uma recriação de lendas e histórias através de personagens curiosas em comemoração do Dia Nacional dos Castelos. pág. 14
Emídio Sousa faz um balanço dos quase três anos de mandato, destacando o aumento do emprego e a internacionalização do Concelho. Ainda não pensa como candidato, mas já tem os olhos postos no futuro.
FUTEBOL Feirense goleado pelo Benfica (4-0) num Estádio da Luz com mais de 58 mil espectadores nas bancadas. pág. 22 e 23
JUNTA TERMINA ESTE MÊS PAGAMENTO DE DÍVIDA O elenco directivo da Junta da União de Lobão, Gião, Louredo e Guisande anunciou, na última assembleia de freguesia, ocorrida em Guisande na passada sexta-feira, que este mês de Outubro acabará por liquidar a dívida acumulada no mandato anterior e que transitou para o actual elenco directivo. A Junta analisou, com os membros da assembleia e uma boa moldura de cidadãos presentes, uma ordem de trabalhos que assentou na prestação
de informações gerais e sobre a situação financeira no terceiro trimestre, “que se encontra controlada e saudável”, no entendimento da Junta. A satisfação pelo esforço realizado tendo em vista o pagamento da dívida transitada de juntas anteriores, especialmente a de Guisande, foi “a nota principal de maior regozijo”, já que no entendimento dos representantes do órgão executivo “permitirá maior folga futura quanto a iniciativas a desenvolver nos meses seguintes”.
Buraco aberto pela Indaqua em Abril
POLÍTICA
URBANIZAÇÃO DA CAI ÁGUA COM ACESSO PRECÁRIO
MOSTEIRÔ Por solicitação de moradores da Urbanização da Cai Água, na freguesia de Mosteirô, uma delegação da CDU deslocou-se ao local e constatou, para além do “notório abandono das infraestruturas da Junta de Freguesia, nomeadamente jardins e ringue desportivo”, a existência de “um buraco na via pública aberto pela Indaqua em Abril deste ano”, diz o partido em comunicado. Não obstante dos “perigos” decorrentes deste buraco que ocupa o passeio e
parte da via, “acresce ainda a falta de sinalização e o mau estado do piso”. “Realça-se a importância desta rua que se trata de um acesso ao município de São João da Madeira e que por essas razões é utilizada por muitos condutores”, alerta a CDU. A acrescentar ao “inexplicável abandono da obra por parte da Indaqua”, os moradores transmitiram à Coligação que “estão já a pagar os serviços da empresa sem que estejam a usufruir dos mesmos”.
Abertura do ano escolar
AMADEU ALBERGARIA PEDE SUPRESSÃO DOS CONSTRANGIMENTOS O deputado do PSD Amadeu Albergaria exige do Governo uma solução para suprir as necessidades decorrentes da redução do horário de trabalho, que “põem em causa o normal funcionamento de centenas de escolas”, contestando a redução da verba atribuída às escolas para funcionamento. O social-democrata contesta o facto de o Ministério da Educação (ME) se ter “limitado a renovar os contratos de 2015”, não contratando mais assistentes operacionais. “Neste momento, centenas de escolas vêem o seu normal funcionamento ser colocado em causa e há unidades de multideficiência sem assistentes operacionais atribuídos”, diz o deputado. O Grupo Parlamentar do PSD recorda, em comunicado, o alerta feito por altura da redução das 40 horas semanais de trabalho para as 35: “Era fundamental, para garantir o desempenho das mesmas funções e com, pelo menos igual grau de resposta às necessidades das escolas, contratar mais assistentes operacionais, evitando um novo aumento no recurso a CEI’s ou a horas de limpeza”. Os deputados do PSD querem saber se está já elaborado o levantamento dos problemas e necessidades das escolas, qual é a solução do Ministério, que medidas pretende o governo aplicar para compensar as autarquias que intervieram, disponibilizando
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assistentes operacionais às escolas, e que medidas estão a ser desenvolvidas para que a perturbação não volte a ter lugar. Amadeu Albergaria promoveu igual iniciativa para abordar os cortes nas verbas para funcionamento, considerando que a aprovação tardia do Orçamento do Estado levou a que os agrupamentos de escolas acabassem por só receber a indicação das disponibilidades para 2016 já no final de Junho deste ano, “tendo sido inopinadamente surpreendidas com cortes das verbas destinadas a despesas correntes, que atingiram em alguns casos os 20 por cento”. “Fruto da clara suborçamentação no EBS apresentada no OE2016 e para a qual o PSD chamou a atenção e denunciou, da confusão gerada pela actual equipa directiva, que há agrupamentos de escolas prestes a ficar sem dinheiro para pagar despesas correntes, como as facturas de água ou eletricidade”, diz Amadeu Albergaria. Nesse contexto, o PSD quer saber, entre outras coisas, se houve ou não um corte generalizado nos orçamentos de despesas correntes dos agrupamentos e se as verbas dos orçamentos de despesas correntes são ou não as de onde devem ser pagas as despesas mais básicas destinadas ao funcionamento das escolas, tais como água, energia eléctrica, combustível para aquecimento ou manutenção de fotocopiadoras. www.correiodafeira.pt
Atalaia
A vingança do Zé Na campanha que protagonizou à frente do PSD durante as Eleições Legislativas de 2002 Durão Barroso utilizava (com proverbial à-vontade, diga-se) um chavão populista q.b., que fez sucesso e – segundo a opinião de analistas, à época – ter-se-á revelado decisivo para a vitória eleitoral que o (e)levou ao cargo primeiro-ministro. E escrevo propositadamente “cargo”, em vez de “função”, porque, como os mais atentos se lembrarão, o “cargo” acabaria por revelar-se muito mais espécie de rampa de lançamento da imagem política de Durão Barroso, do que tradução prática de titularidade da governação do país que para tal o havia incumbido, no acto eleitoral. O chavão (ah, pois; o chavão…) assentava na sacrossanta pergunta com que, invariavelmente, o então candidato ‘laranja’ abria os comícios: “viram por aí o Zé?...” E não é que, já de ouvidos arrebitados, ainda o povo estava a pensar (os pensantes, claro) na profundidade da inquirição e já o bom do (também ele Zé) Manel Durão redundava triunfante: “Eu vi!...”? A partir daquele ponto, o caminho anunciado para a catarse era sempre a subir e desaguava inapelavelmente num fervoroso agitar de bandeiras, à medida que o verborraico líder desvendava as várias situações em que paletes de Zés se lhe chegavam ao pé, para se queixarem de todas as maleitas que sobre ele, Zé (não o Durão, mas o Zé que o Durão via em cada esquina) pareciam ter desabado no consulado socialista, que então findava.
Zé mais Zé que o Zé… não há!
… ou não havia, pronto, que um homem (e muito menos um político) não é de pau. Ora, não sei se, entre voltas, travessões e parêntesis, consegui fazer-me entender (mas também não me apetece escrever doutra forma) mas a coisa traduzse em que passou a imagem de que se alguém conhecia o Zé (Povinho, pois claro) era o Zé Manel DB; se alguém estava prontinho para fazer-lhe juras de amor e dar-lhe garantias de dedicação, era o Zé Manel DB… Melhor, não havia político português que tanto emulasse o Zé (Povinho) como o bom do Zé… Manel DB. E adoçava: “Nem mais um metro de autoestrada, enquanto houver pobres em Portugal!”. Aí, o povão delirou e a coisa só podia dar no que deu: o Zé (Povinho) catrapuzou o seu altar-ego para a chefia do governo. Seguiu-se depois um dos mais decantados exemplos de contorcionismo político de que há memória cá na terra, com o bom do Zé (Manel Durão Barroso) a trocar os encontros com o Zé (o outro) pela cadeira mais fofa da União Europeia, factor catalítico que atacaria inapelavelmente a memória de um Zé que durante anos a fio já deixou de se lembrar de que terra era. Era o tempo que, para tal Zé, muito mais importante que o Zé, eram os Fritz’s, os Beef’s, os Pierres, eu sei lá... Como a vida dá muitas voltas – e os tipos da altafinança não brincam em serviço – depois da comissão de serviço o Zé (MDB) acabou por atracar ao Goldman Sachs vindo agora queixar-se de que, em Bruxelas e Estrasburgo, há uns malandros que lhe não estendem passadeira vermelha, porque … é português! Confesso o frémito de emoção, que me arrepiou a espinha: o bom do Zé, qual filho pródigo, regressava ao bem amado regaço da ‘pátria zézinha’. Em apuros, veio-lhe (finalmente!) à memória a origem zézistica, em pungente exercício fraternal. Cá por mim, só vejo uma possibilidade: castigá-lo da mais dura forma possível. Isto é, apoiá-lo...
GRANDE ENTREVISTA FICHA TÉCNICA
“Milheirós é UM pedaçO da nOssa hisTória, nãO é alienável” Texto: Daniela Castro Soares | Orlando Macedo Fotos: Albino Santos
Qual o balanço que faz deste tempo de mandato? Estou muito satisfeito pois estamos a conseguir cumprir com aquilo a que nos propusemos. Ao fim de três anos, o balanço é francamente positivo e em algumas situações superou as expectativas, nomeadamente em questões que na altura me pareciam as mais difíceis, como o emprego e o desenvolvimento económico. Esse foi sempre o meu desiderato e toda a estratégia do Município foi nesse sentido. Hoje ainda temos uma taxa de desemprego relevante, mas nada como no início de 2013. Em que é que a estratégia da Câmara contribuiu concretamente para a descida do desemprego? Fizemos várias acções, começando com a Via Verde Empresas. Criámos condições para as empresas se legalizarem, importante do ponto de vista do financiamento bancário, da candidatura a fundos europeus, da certificação. Ajudámos na legalização, na isenção de taxas, mobilizámos para a internacionalização. Somos um pequeno país e uma pequena cidade e só nos conseguimos distinguir pela qualidade do nosso trabalho e dos nossos produtos.
Administração Jorge de Andrade administracao@correiodafeira.pt
A um ano do final do mandato, o presidente da Câmara faz um balanço “positivo” do seu executivo e mostra-se optimista quanto ao futuro. Emídio Sousa diz que os principais objectivos foram alcançados e que agora o grande desafio é o Europarque e a atracção de emprego bem remunerado. Trabalhámos a ambição internacional e isso está à vista. Lançámos o ‘Bizfeira’, um chapéu bilingue, que fez com que as pessoas percebessem que poderiam competir em qualquer lado. Uma empresa tinha 8/9 trabalhadores e no prazo de dois anos passou a ter 15/16. A própria ECCO há 4/5 anos estava praticamente desactivada, hoje está com mais de 1000 pessoas. Conseguiu atrair-se investimento estrangeiro, mobilizar os empresários para a internacionalização, e percebeu-se que o mundo é o limite.
qualificado que pague um salário mais alto aos nossos jovens.
Mas no caso de Marrocos, funcionou ao contrário: levámos investimento para lá e perdemos postos de trabalho cá… É um risco, mas o que se estava a deslocalizar para lá era a indústria automóvel que procura o baixo salário, como as multinacionais Yazaki e Faurecia, e penso que muitos já não estarão tão satisfeitos quanto isso. Mas uma empresa da Feira já abandonou a ideia porque percebeu que o preço da mão-de-obra não é o mais importante, mas sim a qualidade do trabalhador. Houve uma primeira fase em que achei importante cativar investimento, mas a minha ambição futura é procurar trabalho
E depois acompanha o resultado das missões empresariais? Sente que haja tradução em oportunidades de negócio? Diz-se que “o segredo é a alma do negócio”… Normalmente, vamos entre 6 a 10 empresários e a taxa de sucesso em potenciais negócios anda na casa dos 20/30%. Mas há toda uma aprendizagem. Vou falando e acompanhando e há resultados muito interessantes. Depois há alguns que percebem que não vale a pena, porque não têm capacidade, enquanto outros levam anos a preparar a internacionalização. O bom das missões empresariais é não ser a Câmara a pagar; são os empresários que
Articula essas missões com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (Aicep)? Temos um protocolo com a Aicep. Sabemos quando há um investimento estrangeiro que está a sair de um país e vai para outro, temos informação privilegiada. Mas apenas peço o primeiro contacto; o resto trabalhamos autonomamente.
Colaboradores: Alberto Soares, Albino Santos, Armandino Silva, Armando Neto, Filipe Dias, Filipe Freixo, Lu’ s Higino, Manuel Silva, Maria Celeste Rato, Paulo Ferreira, Paulo Neto, Roberto Carlos, Serafim Lopes, Vasco Coelho
Director Orlando Macedo (CP 3235)
Comentadores: Ant— nio Cardoso, Carlos Fontes, Margarida Gariso e Pedro Rodrigues
Informa• › es Banc‡ rias: Banco BPI NIB: 0010 0000 51061450001 94
Daniela Soares (CP 10037) daniela.soares@correiodafeira.pt
Nélson Costa (CP 10382) nelson.costa@correiodafeira.pt
Marcelo Brito (TP-2391) marcelo.brito@correiodafeira.pt
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fazem esse investimento. Como se enquadra aí as geminações? A ideia que se tem é que prometeram muito mas, na prática, não deram em nada ou quase nada... Temos duas geminações, por enquanto: Joué-lès-Tours (França) e Targovishte (Bulgária). Com Joué-lès-Tours funciona muito bem. Há um intercâmbio permanente (cultura, educação) e eu introduzi nesse relacionamento a componente económica. Já participámos em várias mostras e já vieram cá vários empresários de Tours. O mercado francês é interessantíssimo e Tours tem sido um centro de acolhimento das nossas empresas para se lançarem em França. Muitas delas hoje trabalham o mercado francês mas começaram nesta geminação. A ligação búlgara foi uma ligação afectiva da cortiça. É uma relação que temos vindo a aprofundar, não é tão próxima, não é tão fácil. A Bulgária é um país de leste, há uma geração muito passiva, mas já começa a haver sinais de negócio. Já trouxeram três/quatro empresários cá e estou a ponderar ir lá com empresários nossos. A última que temos vindo a tratar é com Pemba (Moçambique), um país fantástico com um potencial tremendo. Mas tem o eterno problema de África: a estabilidade política e a insegurança. Mas há muitos empresários feirenses a trabalhar lá, alguns foram comigo e há outros interessados... Numa entrevista em Abril, falava em investimento no território até ao final do ano que geraria centenas de postos de trabalho. Falava da Amy’s Kitchen? Sim, mas não só. Tem de se gerir a informação com cuidado porque os investidores podem sempre mudar de ideias, já tive situações dessas. Há mais, mas só darei nota quando se concretizarem. O investimento da Amy’s Kitchen vai gerar muitas oportunidades de negócio à volta, o próprio país vai ter de se adaptar à procura que a empresa vai suscitar, em termos de fornecedores. Prevê-se que, num futuro próximo e em velocidade cruzeiro, se exporte diariamente 15 camiões de comida. Vai ser um impacto tremendo na economia do país. Mas temos também o Parque Empresarial de Recuperação de Materiais (PERM) e o Luso Parque (antigo FeiraPark) em franco movimento.
Melhor não há…
Porque é que o Município se retira do FeiraPark numa altura em que a estrutura vai começar a proporcionar retorno? Há uma confusão tremenda. O FeiraPark é aquele edifício de ‘startups’ e depois há o parque empresarial, todo o terreno à volta – que não é da Câmara, é da Associação Empresarial de Portugal (AEP) – e que estava parado há mais de 20 anos. Um terreno de excelência para um parque parado porque a AEP estava em crise. O que conseguimos fazer foi mobilizar a AEP para envolver um privado no processo, que comprou os terrenos e fez o investimento necessário, porque eram precisas infraestruturas que ainda ficam caras. Só para a potência eléctrica podemos estar a falar de 1ME. Portanto, ao fim de 20 e muitos anos, o processo foi desbloqueado. A Câmara saiu do FeiraPark, no qual tinha uma participação mínima, e que estava em crise. Até porque a lei obriga as Câmaras a sair de empresas mistas que tenham três anos consecutivos de prejuízo. No entanto, a actividade da sociedade mantém-se, 04
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até com mais empresas, porque temos procurado mobilizar empresas. O Feira Park é uma coisa, o parque empresarial é outra completamente diferente. Grande parte daqueles terrenos tinham sido reservados para a expansão do Europarque… Não para aquele lado. A estrada do IDIT é a separação Europarque/FeiraPark. A expansão do Europarque foi sempre para a parte sul, onde está o Ibis. O meu projecto de futuro para o Europarque é conseguir um conjunto de investimentos na área da Saúde e das Tecnologias da Informação (TIC) que fixe os nossos jovens, para que não precisem de emigrar, e até que faça regressar alguns que emigraram. Têm de ser empresas de alto valor acrescentado, que permitam auferir salários mais altos. Está numa fase embrionária, tem de se encontrar investidores e estamos a falar de muito dinheiro quando os terrenos ainda pertencem à AEP, mas há um processo negocial em curso. O objectivo é que em vez da Alemanha, França, Suíça virem cá contratar os nossos médicos, temos de desenvolver serviços na área da Saúde para que o cliente internacional sinta que pode vir cá. Já temos uma das quatro melhores clínicas de tratamento de cancro do mundo; em Portugal está à frente de qualquer uma, com a tecnologia mais avançada com parcerias com a ‘General Electric’ e a ‘Elekta’; e está aqui na nossa terra. Na negociação dos terrenos, a autarquia não recuperou o que cedeu para o Europarque. A negociação de que fala implica que os terrenos voltem à posse do Município? O Europarque foi entregue ao Estado, o Estado entregou-no-lo por 50 anos. Os terrenos do Europarque eram da AEP, a autarquia interveio, ajudou nas infraestruturas, mas eles pagaram os valores de expropriação. O Europarque teve nos primeiros anos um papel importante mas o
mercado dos Congressos mudou muito e Portugal foi sempre um país periférico. As marcas preferem os grandes centros da Europa e da Ásia e não podemos competir com Paris, Londres, Frankfurt, Xangai... Recentemente, a AEP fez-nos uma doação de uma faixa de terrenos que queremos que seja uma espécie de parque da cidade. Trata-se de uma zona junto ao ribeiro, muito bonita, de que já fizemos a limpeza, estando agora a recuperar o restaurante do Lago. Vai tornar-se a zona de excelência da cidade para quem quiser praticar jogging, fazer piqueniques, jogar à bola com as crianças. Muita gente já vai para lá correr e caminhar. A zona Europarque e Luso Parque vai ser o grande pólo do desenvolvimento do território.
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A requalificação das zonas industriais não é muito difícil. Nalgumas basta requalificar a rua, os passeios, e está feito.
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Relativamente às zonas industriais do Concelho, a Câmara tem dinamizado a venda de lotes mas reclamase requalificação… Estamos a fazê-lo lentamente, somos um território enorme. Mas a requalificação das zonas industriais não é muito difícil. Nalgumas basta requalificar a rua, os passeios, e está feito. É o que estamos a fazer no Roligo. Agora, as novas, como o PERM, pode haver igual, mas melhor parque empresarial no país… não há.
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E quanto ao protocolo celebrado com a Associação Empresarial da Feira (AEF) para a colocação de placas identificativas nas entradas das zonas industriais?... Isso é importante mas ainda temos uma percepção do território muito baseada na placa e nós cada vez mais estamos no tempo do GPS. Estamos agarrados ao passado, a perspectiva de futuro é diferente… Entretanto, o Parque Empresarial da Cortiça (PEC) continua ‘adormecido’… O PEC acabou. Quando cheguei à Câmara, havia dois projectos que não passavam de meras intenções: PERM e PEC. Peguei neles e fez-se estudos económico-financeiros e projectos de execução. O Parque Empresarial de Recuperação de Materiais (PERM), num concurso público internacional, teve dois interessados, então avançámos. No PEC, os preços eram exorbitantes e havia um problema gravíssimo: a zona onde estava previsto ser implementado tinha desníveis brutais, a precisar de aterros de 20m. Seria uma obra caríssima, implicando preço de venda dos lotes elevado, o que não era competitivo. Houve também um período de crise em que muitas fábricas encerraram e na zona do PEC começou a haver unidades industriais abandonadas. Pareceu-nos mais importante reactiválas do que estar a criar uma nova zona. E a Apcor (Associação Portuguesa da Cortiça) concordou. Mas muito mais importante do que um parque empresarial, é o Eixo das Cortiças ser construído, que mais não é do que uma via que liga as grandes zonas industriais da cortiça – Lamas, Lourosa, S. João de Ver, Fiães, Mozelos. Gostava de fazer este troço nos próximos anos. Em 1984 já Alfredo Henriques o anunciava… Quando cheguei à Câmara, o Eixo das Cortiças era uma linha. Neste momento, temos uma primeira parte do pro-
Madeira? Para mim está fora de hipótese a saída de Milheirós, ou de qualquer outra freguesia. É um assunto que já foi apreciado nos órgãos municipais e tem de haver algum respeito. Milheirós de Poiares é território nosso, está ligado à história do nosso Concelho. Ainda há algum tempo participei numa cerimónia em Milheirós evocativa do foral da Feira, onde aparecia referência a Milheirós na Terra da Feira. Milheirós é um pedaço da nossa história, não é alienável. Já tive abordagens em sentido contrário de outras terras, que gostariam de sair dos respectivos municípios, e cortei logo o mal pela raiz. Por exemplo… Não quero revelar.
Vouguinha em marcha-lenta
jecto de execução pronto e estamos a avançar para a segunda parte da execução, até Fiães, dividido em dois troços (Lamas-Suil e Suil-Fiães) com candidatura a fundos europeus. Se a candidatura tiver êxito, embora seja difícil obter fundos para estradas, vai ser uma realidade. O Eixo continua a fazer todo o sentido pois além de ligar todas aquelas zonas, precisamos de tirar os camiões do meio das vilas. Espero que no próximo ano a obra vá a concurso público.
Uma solução feliz
Um dos grandes projectos deste novo ciclo foi a Caixa das Artes. Requalificaram o Cineteatro, desistiram do pólo em Espargo em favor do antigo Matadouro, e já se falou numa descentralização de actividades para outras freguesias… Está a correr bem. Na altura, tínhamos um projecto ambicioso, no Roligo, mas com a perspectiva de que o Europarque poderia passar para o âmbito do Município, iríamos estar a criar mais uma sala concorrencial para um espaço que já estava com problemas de competitividade. Não nos pareceu adequado. Optámos por requalificar o ‘Lamoso’ e, em vez de fazermos um novo grande equipamento, requalificar o Matadouro. Pareceu-nos uma oportunidade de requalificar um espaço que já era nosso e pôr a cidade a olhar para o outro lado. Foi uma solução feliz. E a descentralização de eventos?... Já fizemos eventos na Tuna Musical Mozelense, no Centro Cultural de Milheirós de Poiares, um espaço que era quase uma ruína e que pela acção da Câmara foi recuperado. No território há uma série de eventos de âmbito cultural e social, mas claro que o grande palco natural é a cidade. Qual a posição da Câmara em relação à intenção de Milheirós de Poiares mudar-se para S. João da
Há perspectivas para o ‘Vouguinha’?... É uma luta difícil que irá demorar anos mas é uma luta que o território tem de empreender. Temos de ter a ligação ferroviária porque a ferrovia, em termos turísticos, industriais e económicos, é fundamental. Houve um erro estratégico do país em apostar somente na rodovia e descurar a ferrovia. As pessoas hoje já têm essa noção. Precisamos da ferrovia e já temos uma linha. Não no sítio ideal, mas são 108 anos de história daquela linha, que precisa de ser requalificada, electrificada, pois atravessa os principais centros populacionais a poente do Concelho. A revitalização do Europarque seria muito beneficiada se conseguíssemos o comboio, com a estação de S. João de Ver a escassos metros. O importante é uma ferrovia que nos faça entrar na linha do Norte. A AMP prevê dotação orçamental para isso? A AMP aceitou o desafio de fazer um projecto para a reabilitação da Linha do Vouga. Há verbas para isso. Vamos olhar para a linha, chamar um gabinete e fazer um projecto para saber de quanto estamos a falar e para vermos a possibilidade de financiamento. Até lá, temos estimativas muito pouco fiáveis. Ainda relativo a acessos, há uma parte da cidade-sede que continua dividida. Se a Câmara já descartou o Túnel da Cruz, qual é a alternativa? Não descartámos. Estive em Lisboa com as Infraestruturas de Portugal e reivindicámos o Túnel. Foi-nos dito que dado as condições financeiras do país e das IP, nos próximos anos não haveria financiamento, é muito dinheiro. Pedimos, então, para apresentarem uma alternativa porque aquela estrada é um corte para a cidade, que está a crescer para aquele lado e precisa de uma ligação rápida. Junto aos Passionistas precisa-se de uma solução segura que permita o atravessamento. Estamos à espera, mas ficámos com a noção de que não será fácil... Há obras faladas pelos piores motivos, como o Pavilhão de S. João de Ver, a Avenida Francisco Sá Carneiro ou a Avenida João Paulo II. Há, de facto, “falta de planeamento”, como aponta o Partido Socialista (PS)? É evidente que não. Os técnicos fizeram os projectos e lançámos os concursos. Eu não sou engenheiro de estruturas, há uma equipa técnica que tem de dar resposta ao que nós mandamos fazer. O Pavilhão de S. João
de Ver teve algum atraso, mas está na fase de acabamentos, nas próximas semanas estará pronto. Mas foram cinco prorrogações de prazo… Quem pede a prorrogação é o empreiteiro. Na penúltima, ele pediu um mês ou dois e eu sabia que aquele prazo não era suficiente, porque qualquer pessoa via que ele ia precisar de três ou quatro. Era preferível pedir logo o prazo de que precisava. É um disparate… O caderno de encargos não deveria prever a penalização desse tipo de situações? O Código da Contratação Pública prevê isso, mas há processos em que os prazos de execução têm de ser muito apertados, como no caso do Pavilhão de S. João de Ver, em que havia uma candidatura financeira. Já o pavilhão de Mozelos teve um problema que não estava detectado: deposição de entulho. Quando se iniciaram as escavações para fazer as fundações, começou a aparecer entulho. Ao refazermos os cálculos da estrutura percebemos que a obra seria onerada na casa dos 300 mil euros, pelo que optámos por rescindir com o empreiteiro e refazer todo o projecto. Entretanto a obra já foi adjudicada e espero que se inicie ainda este ano. A acabar mesmo a tempo das próximas eleições autárquicas… O meu objectivo é fazer o pavilhão, nunca planeei obras para coincidir com eleições, até porque quem pensa que consegue planear com essa intenção, falha. O eleitor é inteligente, e toda a gente sabe que no 1.º ano planeia-se, faz-se projectos, para depois concretizar, e é isso que estamos a fazer. O pavilhão de S. João de Ver vai acabar agora, o de Mozelos provavelmente não acabará sequer a tempo das eleições. Há um programa a cumprir, estou a cumprir, mas nunca ninguém consegue cumprir a 100%.
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O PSD defendeu a tese da redução do número de executivos de freguesia. Agora parece que mudou
Não estou apenas a pensar num ciclo de quatro anos, nem estou a pensar em eleições, estou a pensar no território
”
de ideias… Era vice-presidente quando se colocou a reforma da reorganização do território. Eu sempre disse que a Feira não queria reduzir nenhuma freguesia. Mas perante o cenário que nos foi colocado, ou éramos contra, e seria feita a reorganização que eles entendessem, ou então tentávamos que o impacto fosse o menor possível, e foi isso que fizemos. Não concordamos, mas perante esta pistola apontada, trabalhámos para um impacto menor. Se me disserem hoje que o assunto será recolocado, teremos de o analisar. Acho que deveria haver um
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debate antes de reverter. O estacionamento pago é difícil de compreender para o cidadão comum, quando a concessionária está há anos em dívida com o Município. A Câmara não actua?... Temos uma acção em tribunal há três anos. Há uma estratégia judicial que temos de seguir porque a concessão foi vendida há cinco/seis anos por uma verba significativa e há um direito da outra parte. Tem de ser gerido com prudência… Na altura, toda a gente se queixava de que não havia um único lugar de estacionamento para quem procurava um banco, um café, o mercado, o comércio. A Feira é um centro de serviços e o empregado público chegava às 8h30 e estacionava o dia todo. Era quase impossível estacionar numa zona em que o cidadão vem e resolve o seu problema em 15 minutos. Era uma reivindicação dos comerciantes. Agora há alguma crise no comércio tradicional e há que culpar alguma coisa… Dizia que no fim do mandato queria ver o Concelho numa “maior posição de destaque a nível nacional e com mais emprego”. Acha que poderá afirmar: “missão cumprida”? No início de 2013, tínhamos 10.600 desempregados. Há dias vi os números de Julho e estamos com 6.600. É brutal. Uma parte são pessoas que emigraram, não podemos ignorar, mas há uma empregabilidade efectiva. A notoriedade internacional é evidente, o Concelho está nos radares, temos sido premiados em várias áreas.
Autárquicas 2017
A um ano das eleições autárquicas, o presidente já começa a pensar como candidato? Ainda não. O objectivo é concretizar aquilo que estava no meu programa. Do ponto de vista financeiro, a Câmara paga a 17 dias, minorou a dívida em mais de 20ME, temos os nossos fornecedores a disputarem o fornecimento porque sabem que recebem a tempo e horas, estamos a conseguir preços muito bons. Os relvados sintéticos passaram de 3 para 16, concluímos a rede de saneamento, estamos a reabilitar as nossas ruas e vamos continuar nos próximos anos. No prazo de dois/três anos vamos ficar com todas as ruas com excelente qualidade. Temos capacidade financeira para fazer investimento por isso vou dar ênfase à conclusão dos projectos e preparar o futuro. Não estou apenas a pensar num ciclo de quatro anos, nem estou a pensar em eleições, estou a pensar no território. Quero um território com pessoas muito bem qualificadas e que tenham oportunidade de ter um bom emprego com bom salário, é este o desafio. Só somos competitivos se formos competentes. Estou a apostar fortemente nas novas gerações, nas crianças de 7/8/9 nove anos para começarem a aprender programação da mesma forma que eu aprendi a tabuada. A responsabilidade de um político passa por resolver os problemas do presente e ter perspectiva de futuro. Já há uma candidata na corrida, Margarida Gariso, pelo PS. O que acha do programa proposto? Não vi o programa, mas alguém tem de ser candidato, estamos num país democrático. Cá estaremos para ver o que acontece. 03.OUT.2016
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António Cardoso, Deputado do Partido Socialista na Assembleia da República Carlos Fontes
OPINIÃO
ÀS ESCURAS... O LIXO NÃO SE VÊ LÁ VAMOS… Meses atrás, e bastante propagadeada, iniciou-se em Fiães – noutras freguesias do Concelho o mesmo já tinha acontecido muito antes – uma operação que visava substituir as lâmpadas da iluminação pública, arcaica, isto é, muito semelhante à do início do século passado, quando nas cidades mais importantes se começava a ver melhor de noite, por outras mais modernas. Decorridos meses, cá pela terra vai-se vendo melhor de noite em alguns lugares (poucos), e quase nada na maioria das ruas de Fiães, freguesia que uns iluminados, vai para duas décadas, resolveram elevar à categoria de cidade. A tal melhoria na iluminação pública, a grande economia que se iria verificar nas contas municipais – e é pena que tal não se verifique, pois econominizar uns euros dava muito jeito para custear mais festas na cidade-sede – afinal não passou de uma ilusão. As tais lâmpadas LED, que nas terras civilizadas substituíram as «candeias», continuam ausentes por quase toda a freguesia. Dizem alguns, os tais que só sabem «dizer mal», que assim o lixo que prolifera por algumas das artérias da terra, passa despercebido. Não se vê. De dia vai-se vendo, mesmo que, como acontece ali bem junto ao armazém da Junta de Freguesia, esteja escondido entre alguns arbustos. Digamos que, se de noite não é necessário esconder o lixo, porque as «candeias» - e já agora, por que é que em Fiães, ao contrário do que acontece em Santa Maria da Feira, Lourosa, etc., etc., continua a política do «poste sim, poste não»? – não o deixam ver, de dia resta esconder algum no meio de arbustos, ou nas sarjetas, que a água da chuva arrastará para outros lugares. Se conseguir... Deixemos a iluminação pública, que em Fiães deixa muito a desejar, esperemos mais algum tempo, porque o «tempo eleitoral» aproxima-se, e falemos de coisas boas. Daquelas que os políticos gostam. Confirmando a regra, o Concelho tem mantido o seu «ar festivaleiro». No sábado, aderindo (e muito
bem) ao Dia da Música, a festa foi, desta vez, por todo o lado. Começou bem cedo no Castelo, desceu por ali abaixo, e até chegou a Fiães! No lugar do Ferradal cantouse. Não sei se se bailou. Talvez. Parabéns ao pelouro da Cultura. Distribuir, nem se sejam só umas migalhas por todo o Concelho, merece uns votos. Estarei atento lá para outubro, ou novembro, do próximo ano. -- Depois de ter escrito este texto, e como ainda foi possível escrever sobre o assunto, recordo que na noite de sexta-feira a Assembleia de Freguesia de Fiães reuniu-se p a r a q u e o e x e c u t i vo f i a n e n s e prestasse contas (esclarecimentos) aos seus fregueses. Foi uma reunião com algum nível. Mesmo que a maioria dos assuntos discutidos nos fizessem pensar que estaríamos numa qualquer terriola de Trás-os-Montes – fontanários, lavadouros e caminhos, foram o prato forte da ementa - ainda foi possível abordar temas de maior interesse de uma cidade. Só que, como acontece na maioria destes eventos, a população primou pela ausência. Isabel Fontes, secretária do executivo, congratulou-se por ver «a sala cheia». Só se fosse de cadeiras. Mas está bem: estaria, como se diz no futebol, «meia casa». Têm razão os autarcas quando se queixam que o interesse das populações não se aproxima da quantidade das críticas de que são alvo. Lá está: os portugueses (eu sou um deles) «ladram» muito, mas quando é necessária a intervenção deles... falta de comparência. Comodistas! E, como me dizia, quando eu era puto, um dos meus professores (neste caso, o de música, o nosso conhecido (já falecido) maestro Joaquim Teixeira) «todos nós deveremos ter medo, não dos comunistas, mas sim dos comodistas». Isto foi nos anos 50, quando falar em comunistas era quase como tirar o passaporte para Caxias. Mas esse pensamento deste grande maestro a quem Fiães muito deve (temos alguma rua com o nome dele?) continua bem atual.
ENFRENTAR AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E GARANTIR A SEGURANÇA ENERGÉTICA NÃO BAIXAR OS BRAÇOS Das prioridades estratégicas definidas para o Programa de Trabalho da Comissão Europeia para 2017, destacam-se as medidas que enfrentam as alterações climáticas e garantem a segurança Energética. Há necessidade de reforçar a “União da Energia” de forma a garantir aos cidadãos e empresas a segurança energética e uma energia sustentável a preços acessíveis. Há necessidade de combater as causas profundas das alterações climáticas, assegurando ao mesmo tempo a competitividade das nossas indústrias com uma ambiciosa estratégia em matéria de clima que inclua eficiência energética. Há necessidade de reduzir os gases com efeito de estufa e incrementar as fontes de energia renováveis e a eficiência energética para “pós 2020”. É inevitável que a Comissão Europeia desenvolva diplomacia energética e climática à escala mundial. Há necessidade de eliminar progressivamente as subvenções aos combustíveis fósseis atenuando os possíveis impactos a nível económico e social. É urgente Portugal regressar à produção de energia elétrica através da Mini-hídricas das fontes de energia elétrica descentralizadas. A mini-hídrica é uma das fontes energéticas que reúne melhores condições para um desenvolvimento mais rápido. Por um lado, a tecnologia nacional pode dar um contributo maior na inovação, a fim de reduzir os custos, garantindo uma fiabilidade adequada e simplicidade operativa. Os desenvolvimentos tecnológicos obtidos pela Engenharia civil nos materiais a utilizar, a Engenharia Mecânica no rendimento das turbinas, a engenharia eletrotécnica nos conversores mecano-elétricos nos geradores e a automatização na exploração das centrais são avanços determinantes nos rendimentos a obter. Por outro lado, o recurso hidrológico português estava razoavelmente bem estudado, fruto de campanhas de medição, conduzidas ao longo de vários anos, nos principais cursos de água. No caso particular do distrito de Aveiro são importantes os cursos de água afluentes do Douro (Paiva e Arda), afluentes do Vouga e Águeda com elevado potencial hídrico. Urge mudar a legislação que esteve em vigor até 2010 onde era estabelecido um regime de implementação das centrais mini-hídricas, destinadas à produção de energia elétrica com capacidade instalada até 20 MW. Porém, a legislação estranhamente mudou em 2012, determinando a suspensão da atribuição de potências de injeção na Rede Elétrica de Serviço Público com a utilização dos recursos hídricos para fins de produção de energia a partir de centrais mini-hídricas. Espera-se um rápido regresso à produção de uma energia limpa resultante do potencial hídrico do nosso distrito. A economia aveirense agradecia.
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www.correiodafeira.pt
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Zulmiro Familiar
Os eqUipamenTOs de lazer em arrifana nO final dO VerãO 27 de Setembro de 2016. Acabei de almoçar, sentei-me no sofá, mas verificando o volume da minha barriga, e como não gosto de “barrigudos”, que me perdoem os que o são, arranquei vereda abaixo, e depois de ter passado por alguns campos mal amanhados, cheguei à zona de lazer de Azenha. Esta com duas caras, a parte de cima, como já é apanágio na nossa terra, fica sempre mais bem tratada do que a parte de baixo. Então deu-me a curiosidade de fazer umas fotozinhas, essas mesmo fresquinhas, que mostram bem a realidade de como os nossos espaços de lazer continuam a ser tratados. A parte de cima mais bem tratada por ter dado lugar às festas de fim de verão que ali
foram realizadas. Após sair da zona de lazer cheguei à Rua Burgo de Ryfana e andei cerca de 100 metros, mais coisa menos coisa, e deparei-me com a saída da Rua António Sérgio, que não é digna de ter tão nobre nome, olhando que nem Rua acaba de ser. E esta Rua, se estivesse aberta à circulação, tanto jeito dava para resolver os problemas na Rua Burgo de Ryfana, após o entroncamento com a Rua D. António Ferreira Gomes. Já agora uma chamadinha de atenção! Para quando ficará resolvido a finalização das tampas de saneamento? Porque será que em Arrifana as coisas são feitas em prestações? Terão os Arrifanenses a exemplo de Milheirós de Poiares fazerem o mesmo?
António Giro, Gabinete de comunicação do CDS Feira
COmO O Cds inTerpreTa O assOCiaTiVismO O CDS é um partido democrata-cristão. A sua prática é inspirada no Personalismo Cristão que está na base da construção da União Europeia. Para o CDS, a sociedade desenvolve-se com a Pessoa no centro. Sendo este o bem mais precioso. O Programa político do CDS é a expressão, em todas as áreas de atividade dos humanos, deste bem maior.
O associativismo, para o CDS, é por isso uma forma de expressão natural e desejável. O CDS fomenta e apoia o associativismo, porque ele é a expressão comunitária da vontade de cada um. É uma expressão de liberdade e de iniciativa. É a expressão genuína do melhor que temos em nós. Mas como em termos práticos pode o
poder político interagir com as associações? Algumas ideias: - Respeito pela sua independência e autonomia. - Equidade no relacionamento com as associações - Transparência nos apoios - Publicitar a política de apoios Como já afirmei em texto anterior, as
associações não têm todas a mesma importância para a comunidade. Apoiar uma associação com dinheiro público é responsabilizar-se perante os contribuintes de que o seu dinheiro está a ser bem aplicado. O poder político, e neste caso o poder autárquico, deve ser escrupuloso no apoio ao associativismo. Deixo aqui o repto aos autarcas da Feira.
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FORMAÇÃO Margarida Rocha Gariso, Líder do Grupo Municipal do PS
BrinCar nO faCeBOOk enqUanTO OUTrOs TraBalham POLÍTICA NO FEMININO Um feirense indignado teve a amabilidade de me fazer chegar cópia de um texto publicado por Gil Ferreira na sua página pessoal do Facebook, em que critica de uma forma absolutamente injusta os votos contra do PS e BE, na Assembleia Municipal, relativos a procedimentos de contratação de recursos (humanos) para a prestação de serviços nas áreas: “Design gráfico”; “Gestão de Projeto e Fundraising”; “Produção e Direção de Cena” e “Assessoria de Comunicação”. Lendo o texto, também eu fiquei indignada, por várias razões. Primeiro, o argumento é falso, porque se o PS questionou «os recursos humanos disponíveis» foi porque é do domínio público que o nosso Município e o senhor presidente têm continuado a contratar vários assessores de comunicação e imagem, por ajuste direto, quando se sabe que há um Gabinete de Comunicação em funções, com vários profissionais das áreas que agora estão em discussão. Segundo, porque se realmente se justificarem aquelas contratações, o PS defende que o Município deve abrir concurso para o efeito e pagar o valor justo pelas competências e serviços que quer contratar, em vez de ceder à tentação 08
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de explorar jovens a «recibo-verde», de forma precária, contribuindo também para a vergonha da existência da «geração 500 euros». Mas mais grave para mim, é que o cidadão Gil Ferreira que escreveu aquelas falsidades, é o mesmo que desempenha as funções de vereador da Cultura no nosso Município. O mesmo que, como se pode confirmar, estava a fazer comentários demagógicos no Facebook à 1h30 da madrugada, em plena sessão da Assembleia Municipal, enquanto outros trabalhavam na discussão dos problemas. Tão leviano comportamento revela que o vereador Gil Ferreira não respeita o órgão máximo de representatividade dos seus concidadãos Feirenses. E se em plena Assembleia Municipal estava a brincar no Facebook enquanto outros debatiam assuntos sérios, não podia por isso escutar com atenção e perceber os argumentos que foram apresentados pelo Partido Socialista para votar contra aquela proposta. Perante procedimentos tão pouco responsáveis, devemos questionar-nos seriamente se é com valores destes que pretendemos gerir a Cultura nos próximos anos. www.correiodafeira.pt
A Formação Profissional da Cercifeira, informa que se encontram abertas inscrições, ao longo de todo o ano para os seus cursos de Formação Profissional. Estes cursos destinam-se a pessoas portadoras de deficiência/ incapacidade, dificuldades de aprendizagem, ou em risco de abandono escolar. Os cursos que dispomos são: Cozinha, Pastelaria, Limpeza, Hortofloricultura, Carpintaria, Serralharia, Costura e Operador/a de Jardinagem (este último com equivalência ao 9º ano) Oferecemos - Bolsa de Formação Profissional; - Subsídio de alimentação; - Transporte; - Seguro escolar; - Certificado de Formação Profissional. Apareçam entre as 8h 30m e as 16h 45m, na Rua Domingos Pinto Ribeiro, Nº 58 - Milheirós - Santa Maria da Feira Telefone: 256375535 | Tlm:933024679
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eb 2,3 Argoncilhe comemora 20 anos
OperAçãO STOp reALIzAdA pOr… CrIAnçAS
SOCIEDADE
Quem tenha circulado na Avenida 5 de Outubro, mais precisamente em frente ao E.Leclerc, na quarta-feira de manhã, pode ter sido surpreendido por uma operação STOP feita por… pequenos agentes. Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
FEIRA Cerca de cinco polícias e oito crianças, trajados a rigor, do Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa, mais especificamente do Ensino Básico, protagonizaram um momento pouco habitual na Avenida 5 de Outubro, com a realização de uma operação STOP. Uma iniciativa promovida pela Polícia de Segurança Pública (PSP) com o objectivo de sensibilizar os condutores. Para tal, contaram com a ajuda de ‘pequenos agentes’. “As crianças estão a ajudarnos a sensibilizar os condutores para o controlo da velocidade; do álcool; para pararem nas passadeiras; entre outros”, disse o chefe Hermínio Simões. Não é
a primeira vez que a PSP protagoniza acções de sensibilização, mas, segundo o chefe Simões, “a nível rodoviário, em Santa Maria da Feira, é a primeira”. As crianças ajudaram, ainda, a distribuir folhetos sobre o novo sistema de carta por pontos e o chefe Simões espera que, com a ajuda das crianças, o impacto seja maior, “até porque a maior parte dos condutores têm crianças na família”. As crianças, cumprimentadas pelos peões que pela Avenida 5 de Outubro circulavam com um “bom dia meninos polícias”, afirmaram, em coro, estarem contentes e garantiram terem aprendido regras de segurança com a iniciativa.
Início de ano lectivo
Condução sob o efeito de álcool
Quatro homens detidos Quatro homens, com idades entre os 19 e os 36 anos, foram detidos, na madrugada do dia 24 de Setembro, por condução de automóvel acusando taxas de alcoolemia superiores a 1,30 g/l. Os condutores foram interceptados no decorrer de uma operação de fiscalização, na qual também foram levantados nove autos de contraordenação (por falta de seguro de responsabilidade civil, uso indevido de telemóvel durante a condução, não cedência de passagem de peões e estacionamento indevido). Foram ainda apreendidos três documentos e um veículo automóvel (por falta de seguro).
Fundos para Liga dos Amigos do Hospital
Caminhada de sorrisos no centro da cidade FEIRA As inscrições para a caminhada solidária “Um passo de petiz por um concelho mais feliz”, que pretende celebrar o Dia Mundial do Sorriso e, simultaneamente, promover a cidadania activa, através da angariação de fundos para a Liga dos Amigos do Hospital de S. Sebastião, estão abertas. A iniciativa, organizada pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, EB do Farinheiro (Fornos) e Grande Sábio, realiza-se no sábado, às 9h00, no centro da cidade da Feira. A caminhada terá o seguinte percurso: Praça Gaspar Moreira, Rua Dr. Vitorino de Sá, Rua Professor Egas Moniz e rotunda do Hospital de S. Sebastião. À chegada, os participantes colocam os seus sorrisos na rotunda. A inscrição na actividade é feita através da aquisição de um kit, que inclui uma t-shirt, um sorriso, uma garrafa de água e um pack de bolachas. Cada kit tem o valor de 3 euros (2 euros no caso de kit família). As receitas revertem, na sua totalidade, a favor da Liga dos Amigos do Hospital de S. Sebastião. Os interessados podem inscrever-se através do e-mail pelouroedj@cm-feira.pt.
ACAL leva YerMA a espanha
ISvOUgA reCebeU 150 nOvOS eSTUdAnTeS Com as aulas iniciadas no dia 21 de Setembro, o Isvouga apresenta um número de candidatos às suas licenciaturas que ultrapassa os 150 novos estudantes, idêntico número do ano lectivo transacto. Uma semana após o início das aulas e com os novos estudantes a conhecerem “os cantos à casa”, realizou-se, na passada quarta-feira, a tradicional Cerimónia Oficial de Abertura do Ano Lectivo, em honra dos novos estudantes e diplomados a premiar, que contou com a presença de várias individualidades e empresas, dirigentes dos órgãos de gestão da instituição, coordenadores de cursos, docentes, representante da Associação de Estudantes, entre outros que relevam anualmente o mérito dos diplomados, atribuindo-lhes prémios, a saber: Colep, Portugal S.A, Corticeira Amorim, S.G.P.S., Filosoft – Soluções Informáticas., Remax-Champion, Sintética e Wall Street English.
ARGONCILHE A Escola Básica de Argoncilhe comemora 20 anos de actividade e, nesse âmbito, hoje e amanhã, realizará diversas iniciativas, que culminarão numa Caminhada ao Parque de Lazer da freguesia. Hoje, pelas 11h00, decorrerá uma pequena cerimónia comemorativa que contará, entre outros convidados, com a presença dos deputados eleitos por Santa Maria da Feira e presidente da Câmara Municipal. Para assinalar a data, editou-se uma publicação especial do Jornal do Agrupamento, na qual se podem encontrar artigos publicados, em 1996, pela imprensa local sobre a escola e sobre o início daquele ano lectivo.
A directora do Isvouga, Teresa Leão, apresentou os serviços disponibilizados, nomeadamente de mobilidade internacional, acção social (onde se podem candidatar à obtenção de bolsas de estudo), aperfeiçoamento de competências, entre outros. O representante da administração da entidade instituidora do Isvouga (Fundação Terras de Santa Maria da Feira), José Manuel Leão, agradeceu aos novos estudantes a escolha do Instituto e endereçou-lhes sucesso nos percursos académicos e a vereadora da Educação, Cristina Tenreiro, encerrou a cerimónia, tendo deixado uma mensagem de encorajamento para o caminho que agora iniciam. Já no exterior do edifício decorreu um convívio, animado pela actuação das duas tunas (feminina e masculina), num momento de boa disposição e irreverência própria destes grupos. www.correiodafeira.pt
A ACAL – Associação Cultural e Artística da Lourocoop vai participar num festival de teatro em Mérida Espanha. A colectividade lourosense representará a Federação Portuguesa de Teatro no III Festival Ibérico de Teatro Amateur que decorre em Calamonte – Mérida, entre sexta e domingo. A ACAL sobe ao palco do Centro Cultural Poligono Nueva Ciudad de Merida, no sábado, apresentando a obra clássica de Federico Garcia Lorca – Yerma.
Mulher encontrada morta em casa FEIRA Uma mulher de 39 anos foi, na passada sextafeira, encontrada morta em casa, em Santa Maria da Feira. Os Bombeiros Voluntários da Feira receberam o alerta da PSP às 17h59 e cinco operacionais acorreram à Travessa José Saramago, no lugar do Cavaco, onde forçaram o acesso ao interior da residência da vítima. Segundo o Correio da Manhã, “no interior encontraram uma senhora de 39 anos em paragem cardiorrespiratória”. As operações no local envolveram também um veículo de combate a incêndios e uma viatura médica de emergência e reanimação. O caso está entregue às autoridades policiais que ainda estão a apurar a causa da morte. 03.OUT.2016
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REPORTAGEM
COlégiO de lamas perde 600 alUnOs e 30 prOfessOres
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03.OUT.2016
Depois da cessão do financiamento estatal ao Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, o número de alunos e professores baixou drasticamente. Os números são adiantados pelo presidente da Associação de Pais do Colégio, Manuel Sousa.
Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
Chegou o momento que muitos estudantes temem. A praia, os jogos de futebol com os amigos, os dias e noites sem horários e obrigações ficam para trás pois é altura de regressar às aulas. No Concelho da Feira, entre 9 e 15 de Setembro, alunos de préescolar, do primeiro, segundo e terceiro ciclo e do secundário, apresentaram-se aos docentes nos seus estabelecimentos de ensino. Uma das escolas onde o início de aulas mais se fazia esperar era o Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas. O verniz estalou entre a direcção escolar dessa instituição e o Governo Socialista, liderado por António Costa, quando o Ministério da Educação decidiu cessar o financiamento estatal ao Colégio. À direcção escolar, liderada por Joana Vieira, juntaram-se a Associação de Pais, os alunos e até o poder autárquico contra essa decisão que, até então, não foi revogada. A AP do Colégio de Lamas, representada por Manuel Sousa, ameaçou em plena Casa do Povo de Lamas, a 21 de Junho, deixar os filhos em casa no início do ano lectivo 2016/17. O Correio da Feira quis confirmar se a ameaça se tinha efectivado mas Manuel Sousa garantiu que nenhum aluno ficou em casa. “Ponderámos bem e chegámos à conclusão que iríamos iniciar as aulas sem criar confusão. Quem iria sofrer seriam os alunos e os próprios encarregados de educação. Não queremos isso”, adiantou. Para Manuel Sousa, no início do presente ano lectivo, “tudo tem corrido sem qualquer problema” e isso deve-se ao facto da “Casa do Povo e Colégio tratarem de tudo como deve ser”. Segundo o presidente da Associação de Pais, o Colégio perdeu cerca de um terço dos seus alunos. “Foram cerca de 600 alunos que o Colégio perdeu e 30 professores que foram para o desemprego, mas o Colégio tem que arregaçar as mangas e trabalhar”, disse. Sobre a Acção Popular (processo que qualquer cidadão pode submeter caso deseje questionar judicialmente a validade de actos lesivos) formulada e entregue ao Ministério Público pelos encarregados de educação, ainda
não há resolução. “A Justiça em Portugal é lenta e estamos a aguardar”, finalizou Manuel Sousa. Já Joana Vieira, directora pedagógica do Colégio de Lamas, não quis estender-se nas declarações, mas afirmou que “o ano lectivo iniciou-se com a qualidade habitual que o Colégio sempre ofereceu”, apesar de admitir que este é um ano diferente. “É um ano lectivo fora do normal, sim, mas procuramos torná-lo normal e dentro da qualidade que o Colégio habituou os seus alunos e encarregados de educação”, concluiu. Segundo o jornal Público, as turmas em início de ciclo (5.º, 7.º e 10.º anos) nos colégios privados são agora sustentadas pelos pais ou encarregados de educação dos alunos e, entre todos os colégios que testemunharam a cessão ou corte de financiamento do Estado sobre os contratos de associação estabelecidos, abriram 70 turmas suportadas na totalidade pelos encarregados de educação e outras 87 cujos custos foram assumidos pelos próprios colégios. Segundo dados da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), estima-se que cerca de 10 mil alunos foram forçados a abandonar os colégios que frequentavam ou que pretendiam fazê-lo. Assim, fazendo as contas aos dados da AEEP, o Ensino Público terá ganho 400 turmas, considerando que cada uma delas seria composta por 25 elementos.
a educação feirense em números
Em comparação com o ano passado, é fácil observar a diminuição de alunos em determinados Agrupamentos, assim como o aumento noutros. Mas cada caso é um caso. Os alunos que o Colégio de Lamas perdeu – cerca de 600 – estão distribuídos pelos demais Agrupamentos, mas, como no caso do Agrupamento António Alves Amorim, em Lourosa, o número de alunos inscritos em todo esse Agrupamento, no presente ano lectivo desceu. Assim, o Agrupamento António Alves Amorim recebeu cerca de duas turmas de 7.º ano vindas do Colégio www.correiodafeira.pt
Liceal de Lamas e ainda mais duas de 5.º ano vindas de Mozelos (que normalmente inscrever-se-iam em Lamas), mas também perdeu alunos. Quatro turmas de 9.º ano e uma turma de Ensino Vocacional saíram. Em Lourosa, o número de alunos inscritos apenas desceu de 1279, em 2015/16, para 1271, em 2016/17. Já em Fiães, no Agrupamento de Escolas Coelho e Castro, desde 2008/09 que o número de alunos inscritos tem descido. Isto até ao ano lectivo anterior (2015/16). O que parecia uma tendência descendente muda agora de rumo. No ano transacto, registavam-se 1471 alunos, mas em 2016/17, inscreveram-se 1508. Um acréscimo total de 37 alunos em todo o agrupamento fianense que engloba educandos desde o Ensino Pré-Escolar até ao Secundário em regime diurno.
Agrupamento de Escolas Coelho e Castro - Fiães Ano Lectivo 2008/09
N.º de Alunos 2184
2009/10
2152
2010/11
2017
2011/12
1924
2012/13
1803
2013/14
1667
2014/15
1542
2015/16
1471
2016/17
1508
Relativamente ao Agrupamento de Escolas de Canedo, que engloba Ensino Pré-Escolar, primeiro, segundo e terceiro ciclos, verificase uma diminuição mínima no número de alunos inscritos. Em 2015/16 registavam-se 822, número que em 2016/17 desceu para 812, espalhados pelos JI da Igreja; JI da Areja; Escola Básica; EB1 da Presinha; EB1 de Sante e Escola Básica 2,3 da localidade. Em Canedo, todas as vagas destinadas aos professores estão preenchidas, salva excepção. O subdirector Marco Miranda adiantou que “uma educadora adoeceu” e
Agrupamento
que o Agrupamento “está a aguardar substituição”. Assim, no início da presente semana a vaga estará já preenchida. O caso do Agrupamento de Escolas
Número de alunos 2015/16
Número de alunos 2016/17
Santa Maria da Feira
2958
3009
Fernando Pessoa
2297
2376
Coelho e Castro (Fiães)
1450
1508
Paços de Brandão
1348
1362
António Alves Amorim (Lourosa)
1279
1271
Argoncilhe
1260
1242
Arrifana
1200
1005
Corga de Lobão
1172
1072
Canedo
822
812
da Corga de Lobão é semelhante ao de Canedo. Regista-se uma diminuição – em cerca de 100 – no número de alunos. Em 2015/16 inscreveram-se 1172, mas no presente ano lectivo, apenas 1072. Esta diminuição justifica-se com o facto de muitos alunos preferirem inscrever-se num agrupamento que lhes permita continuidade para o Ensino Secundário sem terem que mudar, novamente, de escola e fazerem um trajecto homogéneo. Isto porque o Agrupamento apenas engloba PréEscolar, primeiro, segundo e terceiro ciclos. Na Corga de Lobão, todas as vagas para os professores estão preenchidas e tudo “funciona dentro da normalidade”, informação adiantada por Conceição Costa, professora no Agrupamento. Em Paços de Brandão, o número de alunos inscritos no corrente ano lectivo é superior ao do ano transacto. Actualmente, registam-se 1362 alunos distribuídos por Pré-Escolar, primeiro, segundo e terceiro ciclo e ainda por uma turma de CEF (Cursos de Educação e Formação). Mais 14 alunos do que em 2015/16. Sobre os dados do Agrupamento de Escolas de Arrifana, nota-se uma dife-
rença de cerca de 195 alunos… a menos, em relação ao ano lectivo anterior. Em 2015/16 registavam 1200 inscrições e em 2016/17 verificam-se 1005.
Agrupamento da Feira e Fernando Pessoa lideram
O agrupamento com mais alunos é, sem margem para dúvidas, o de Santa Maria da Feira que engloba nove escolas: Escola Secundária de SMF; Escola Básica da Aldeia – Sanfins; EB do Farinheiro; EB do Ribeiro; EB de São João de Ver; EB de Souto Redondo; EB/Jardim de Infância do Cavaco; JI da Gândara – Sanfins; e a Escola Básica 2,3 Professor Doutor Carlos Alberto Ferreira de Almeida. Por estas estão divididos, em 2016/17, cerca de 3009 educandos, mais 51 do que em 2015/16. Já o Agrupamento de Escolas Fernando Pessoa regista um aumento dos seus alunos. São 2376 alunos, mais 79 do que em 2015/16, espalhados por 102 turmas e distribuídos por 15 escolas: EB Fernando Pessoa; EB de Badoucos; EB de Espargo; EB da Feira nº1; EB da Feira nº2; EB de Mieiro; EB de Milheirós; EB de Mosteirô; EB de Outeiro; EB de Valrico; JI da Cruz; JI de
Macieira; JI de Outeiro; JI de Padrão e JI de Tarei. A escola ‘sede’ do Agrupamento, a Fernando Pessoa, regista a maior ocupação desde 2001/02. Actualmente, frequentam essa instituição 1137 alunos, mais 69 do que em 2015/16. O número de educandos regista uma tendência ascendente desde 2011/12, também devido ao facto da Fernando Pessoa ter iniciado o segundo ciclo do Ensino Básico, com excepção para 2015/16 que registou uma redução, de 19 alunos, em relação a 2014/15. Para a directora, Regina Gonçalves, estas são “situações normais”. “Em 2013/14 tivemos um aumento de 69 alunos, precisamente o aumento que temos neste presente ano. São variações naturais e normais”, inicia. A obrigatória mudança de alguns educandos do Colégio de Lamas para outras instituições de ensino não parece ter afectado os dados estatísticos da Fernando Pessoa. “Não devemos ter mais do que quatro ou cinco alunos vindos do Colégio. Contudo, sobre os alunos que transitam do quarto para o quinto ano, não temos como saber se iam para Lamas ou para o nosso agrupamento. Sempre tivemos alunos daquela zona”, concluiu. Publicidade
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Comemorações do Cerco a Lourosa
Conferência sobre Guerra Colonial LOUROSA No âmbito das comemorações dos 52 anos do Cerco a Lourosa, o auditório da Junta de Freguesia de Lourosa recebe, no dia 14 de Outubro, uma conferência sobre Guerra Colonial, em que estarão presentes o Coronel Carlos Matos Gomes e o jornalista Joaquim Furtado. A conferência tem início às 21h00.
POPULAçãO nãO AGUenTA POLUiçãO dA FábriCA dO “CAsqUeirA”
FREGUESIAS
ARRIFANA A deputada do PSD Susana Lamas exigiu, na passada quarta-feira, do ministro do Ambiente uma solução para problema do mau cheiro provocado pela empresa “Luís Leal & Filhos”, de Arrifana. Falando numa audição ao governante na Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, a social-democrata sustentou que “a população não pode continuar a aguentar este fardo”. Susana Lamas reconheceu “o valor económico e a riqueza que cria postos de trabalho”, mas lamentou o incómodo dos “cheiros produzidos e difundidos em longos períodos do dia e ao longo de todo ano” de uma empresa, conhecida como “Casqueira”, que “persiste em não respeitar os padrões de qualidade do ar a que está obrigada”. “A situação está a tornar-se insustentável e merece a
atenção do ministério”, referiu, salientando que “os odores nauseabundos afectam profundamente a qualidade de vida e a saúde da população”. A deputada do PSD recordou que a Câmara Municipal de S. João da Madeira “tem alertado insistentemente para esta situação” e estabeleceu contactos com a empresa “que reconhece o problema, mas não o resolve”. A autarquia já levou o assunto às diversas entidades competentes, sem resultados práticos, e, como enfatizou Susana Lamas, “os próprios cidadãos manifestam a sua indignação promovendo uma petição pública, que em breve chegará à Assembleia da República”. O ministro do Ambiente disse ser necessário mudar a licença com o objectivo de a empresa apenas poder receber as carcaças no momento em que estiver a laborar.
“Jovem Autarca” concretiza proposta de jornada para a Juventude
FeirA JOvem nO PArqUe dA CidAde de LOUrOsA LOUROSA A equipa do projecto “Jovem Autarca”, que termina o mandato a 5 de Dezembro, vai promover uma jornada de actividades para os jovens do concelho de Santa Maria da Feira, no sábado, no Parque da Cidade de Lourosa, concretizando assim uma das propostas de maior consenso na equipa. Em fase de finalização está também o projecto de requalificação de abrigos nas paragens de autocarro junto às escolas, que os jovens autarcas gostariam de ver concretizado até ao final do mandato. O Feira Jovem é um evento integralmente pensado, desenhado e produzido pela equipa “Jovem Autarca”, direccionado para todos os jovens do Concelho – mas aberto a toda a população – que privilegia a cultura, a criatividade, o desporto e a cidadania, com uma forte componente de mobilização de voluntariado e promoção de estilos de vida saudáveis. “São objectivos deste projecto fomentar a interacção entre pessoas de diferentes localidades e faixas etárias; incentivar a prática desportiva e hábitos de vida saudáveis; promover actividades desenvolvidas pelas escolas do Concelho; dar a conhecer os clubes, associações e academias feirenses; promover e divulgar a história e a dinâmica do Concelho; sensibilizar a população para a importância da preservação ambiental; e incentivar
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03.OUT.2016
Festas em Honra de são miguel e santa Luzia LOUROSA As festas em honra de São Miguel e Santa Luzia, que começaram na passada quarta-feira, continuam até dia 5 de Outubro com muita música. Hoje, actuam os Tekos; amanhã o Rancho dos Malmequeres, a Brisa Dourada e o G. F. Arrifana; e quarta-feira, os Magos. As actuações têm início às 21h30.
desfolhada no Parque nossa senhora da saúde OLEIROS O Rancho de S. Paio de Oleiros realiza, amanhã, uma desfolhada no Parque Nossa Senhora da Saúde. A iniciativa visa “recordar uma das mais bonitas tradições do nosso povo” e começa por volta das 21h30.
violento despiste deixa dois jovens feridos S. JOÃO DE VER Um despiste, na madrugada da passada quinta-feira, na conhecida curva da fonte da Levezinha, referenciada como um dos pontos negros da Avenida do Monumento que liga Santa Maria da Feira a S. João de Ver, obrigou ao desencarceramento dos dois jovens que seguiam dentro do carro. O rapaz de 23 anos ficou gravemente ferido e teve de ser desencarcerado devido à violência do embate com um poste de electricidade. A passageira de 18 anos sofreu ferimentos ligeiros. No local estiveram uma equipa médica do INEM do Hospital de S. Sebastião e os Bombeiros da Feira.
GATA apresenta “Afinal vale a pena” a criatividade artística”, especificam os jovens autarcas no dossiê do projecto. Para concretizar as suas acções, a equipa conta com a colaboração de voluntários dos agrupamentos de escolas de Santa Maria da Feira e Coelho e Castro (Fiães), bem como do Colégio de Lamas e Escola Profissional de Paços de Brandão.
LOUROSA O grupo GATA, em colaboração com a Junta de Freguesia de Lourosa, no próximo sábado, pelas 21h00, no Auditório da Junta de Freguesia, apresenta a peça teatral dramática “Afinal vale a pena”, seguido de variedades musicais, conforme a tradição da cidade.
Aprendizagem e capacitação
O Feira Jovem será o resultado mais visível de parte do percurso de aprendizagem e capacitação desta equipa de jovens autarcas, que tomou posse a 11 de Dezembro de 2015. O desenho do projecto, o contacto com as várias instituições do Concelho envolvidas, os processos de decisão, as dificuldades e opções de planificação, logística e produção, bem como a rigorosa gestão orçamental, “contribuíram de forma decisiva para o crescimento destes jovens enquanto cidadãos activos e participativos, para além do seu enriquecimento em matéria de competências e trabalho em equipa – objectivos centrais deste projecto municipal de cidadania”, diz a Câmara Municipal, em comunicado. No sábado, os jovens do Concelho terão à sua disposição, num único espaço, actividades para todos os gostos e perfis: desportivas e recreativas, artísticas e criativas e ainda workshops e sessões de sensibilização. www.correiodafeira.pt
Acidente com vouguinha deixa quatro feridos S. PAIO DE OLEIROS Um acidente entre um comboio e uma viatura fez quatro feridos ligeiros, na passada sexta-feira, em São Paio de Oleiros. Os feridos - três mulheres (de 51, 70 e 75 anos) e um homem (de 85 anos) tiveram de ser desencarcerados. O abalroamento deu-se numa passagem de nível sem guarda, mas com sinalização, que serve um caminho de terra batida. O alerta foi dado às 16h06 e a linha ferroviária esteve cortada mais de duas horas. Ao local acorreram os Bombeiros de Lourosa, com 14 homens e seis viaturas, e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Feira, além da GNR.
música, marionetas e contos de encantar
O dOnO diSTO TudO lEvOu O CinETEaTrO aO rubrO Daniela Castro Soares
CULTURA
daniela.soares@correiodafeira.pt
FEIRA A sátira “God” chegou ao Cineteatro António Lamoso, na passada sexta-feira, e o auditório encheu para ver Joaquim Monchique, acompanhado dos arcanjos Gabriel e Miguel, “encarnar” Deus. De fato branco e óculos espelhados, falava com autoridade e sem paciência para exageros ou idiotice. “Que raça é esta? Acho que, como acontece com os bolos, deixei-os demasiado tempo no forno e queimei-os”, afirmava “Deus”, criticando especialmente a tendência dos humanos de “vestirem” tudo em que deitam a mão. “Até os telemóveis!”, constatava. A Bíblia é o livro sagrado mas este “presidente da Câmara do universo” resolveu readaptar os Dez Mandamentos aos tempos, e aos problemas, actuais. “Separar-me-ás do Estado”, já que os políticos são “invenção humana”, ou “Não me dirás o que fazer”, pois Deus não é um call-center com serviço 24h, eram alguns dos novos mandamentos, apresentados pela “Voz” da Casa dos
Segredos, com comentários ocasionais dos arcanjos, que também intervinham pelo público. “A Jéssica, de Arrifana, quer saber quem veio primeiro: a galinha ou o ovo?”. “Deus” falou dos dias da Criação, numa versão dos factos bem diferente e mais cómica do que a original, e fez referência a várias personalidades conhecidas como Cristiano Ronaldo, Whitney Houston, Steve Jobs ou Maria Lisboa e a sua música ‘peculiar’. A mensagem final era clara: “Cuidem da Terra, é a vossa casa, e cuidem uns dos outros”. Depois das mais de “90 páginas de texto” brilhantemente interpretadas, e algum improviso à mistura, Monchique, quase a completar 30 anos de carreira, despediu-se com emoção ao ver o teatro “completamente cheio” a aplaudir de pé. “Foi uma noite mágica. É a minha primeira vez em Santa Maria da Feira mas prometo que venho novamente com o God, que trouxe da Broadway. Vocês foram um público extraordinário e que Deus vos abençoe”, rematou.
FEIRA A Jigsaw e as Marionetas da Feira apresentam o projecto The Wolf and The Rose, inspirado na lenda medieval de ‘O Lobo de Gúbio’ e no conto renascentista ‘A Trágica História de Doutor Fausto’, no próximo sábado, às 22h00, no Cineteatro António Lamoso. Música e teatro de marionetas fundem-se numa história de um amor irrealizável, entre o nobre soldado Dugan, que foi transformado em lobo, e a sua amada Francisca que eternamente o espera. Romance e dramatismo reunidos num projecto cativante, que apela ao imaginário das relações. A peça, criada de raiz, bebeu da parceria e da amizade dos dois grupos, o que resultou numa roupagem diferenciada tanto na abordagem ao romance quanto ao teatro de marionetas. As músicas são também uma produção singular, que se transforma nas vozes e nas razões intrínsecas dos personagens. Cada acto é contado em forma de canção por João Rui e Jorri, que interpretam os movimentos das marionetas manipuladas por Rui Sousa e Alberto Castelo. The Wolf and The Rose apresenta um jogo de poesia visual e musical que nos embala através de um argumento romântico. Uma abordagem original, muito mais do que um simples espectáculo de marionetas ou do que um mero concerto. É uma experiência única que resulta na simbiose entre palavras, movimentos e canções. Outra experiência singular será também o workshop de manipulação de marionetas. Sob o tema Som e Movimento, explora a relação orgânica criada entre a música e o movimento das marionetas. O workshop será na sexta-feira, às 17h00, e dirige-se a curiosos ou entusiastas com idade superior a 12 anos. A entrada é gratuita mediante inscrição prévia. Limitado a 20 inscrições.
um dia em que a música foi rainha Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
nEm a Chuva ESTragOu a ESCapElada dO rESTO O Rancho Regional de Argoncilhe promoveu mais uma Escapelada do Resto na eira da sua sede. O mau tempo condicionou o evento que teve de ser adiado para o dia seguinte. ARGONCILHE Apesar dos entraves meteorológicos que se fizeram sentir, o Rancho Regional de Argoncilhe potenciou a tradicional Escapelada do Resto, embora que um dia mais tarde (25 de Setembro), na eira da sua sede, localizada na Rua do Calvário. A animação, os cânticos e a boadisposição permaneceram, mas foi notória a ausência dos trajes a rigor e, por exemplo, do Serandeiro (cuja função numa desfolhada é de vigiar a sua namorada dos rapazes mais atrevidos e, com o seu capuz, aproveita para meter conversa com as demais raparigas), o que dá carisma ao tradicional evento.
O Lavrador Rico também não estava trajado a rigor, mas a distribuição de pão, castanhas e vinho aos trabalhadores não faltou. O presidente do Rancho Regional de Argoncilhe, Afonso Jesus, admitiu que as condições climatéricas afectaram o planeamento do evento, mas não estragaram a festa. “Tínhamos tudo pronto para realizar o evento, mas no sábado começou a chover e estragou a festa na eira. O milho apanhou água e para que não se estragasse, adiámos o evento para o dia seguinte, com muito público a assistir, apesar de já não ter sido uma verdadeira recriação”, afirmou. www.correiodafeira.pt
O Município de Santa Maria da Feira proporcionou um dia diferente para a Cultura. Durante o dia 1 de Outubro, sábado, a comunidade feirense pôde assistir a seis concertos espalhados pelos sítios mais incomuns do Concelho, desde o Castelo à carruagem do ‘Vouguinha’. Os ‘Encontros com a música 2016’ assinalaram o Dia Mundial da Música e os concertos começaram bastante cedo. Às 7h15 da manhã, a cantora, compositora e instrumentista Kátya Teixeira apresentou, no topo da Torre do Castelo, uma música multicultural com um ritmo harmonioso. O nascer do sol era o convidado mais aguardado, possível de visualizar-se duma vista periférica e panorâmica. Seguiu-se Celina da Piedade e o seu acordeão que acompanhou a viagem do Vouguinha desde São Paio de Oleiros até Arrifana e a consequente volta. O Empreendimento de Habitação Social do Ferradal, em Fiães, recebeu o jovem ‘rapper’ Eduardo Rebelo, conhecido no mundo do hip-hop como Kaines. Depois de um grave acidente que lhe retirou uma perna, o nortenho mostrou mais uma prova de superação, depois de ter feito a sua primeira apresentação a solo no mítico Hard Club, no Porto. Peixe. Não conhecem? Guitarrista dos incontornáveis Ornatos Violeta, apresentou-se a solo no Monumento ao Espírito Feirense (São João de Ver), com o seu mais recente projecto instrumental, ‘Motor’. Pelas 19h00, Flak, trouxe consigo ao Coreto da Capela do Viso, em Guisande, uma banda de luxo com elementos de bandas como Toranja e Diabo na Cruz. A prova que a Cultura é das maiores apostas do Município concelhio consagrou-se com um concerto comemorativo no grande auditório do Europarque com a participação do Coro da Academia de Música de Santa Maria da Feira; do Coro dos Amigos da Música de Espinho e com a Orquestra de Jovens de Santa Maria da Feira, concerto que marcou o 60.º aniversário da Academia de Música da Feira. 19.SET.2016
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Visitas encenadas celebram o Dia Nacional dos Castelos
Rita Tavares apresenta “Dor da Perfeição” LOUROSA A lourosense Rita Tavares apresenta o seu livro “Dor da Perfeição” no dia 15 de Outubro, pelas 21h00, no auditório da Junta de Lourosa.
Noite de comédia no Orfeão
PERCURSO PELAS MEMÓRIAS E LENDAS DO CASTELO Entre sexta e domingo, o Castelo da Feira abre as portas para visitas encenadas que vão transportar os visitantes pelas histórias e memórias, lendas e segredos do ex-líbris feirense, com personagens de outros tempos que ali viveram ou por ali passaram em momentos marcantes da História local e nacional. Uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e da Comissão de Vigilância do Castelo para celebrar o Dia Nacional dos Castelos. As visitas encenadas começam na Porta Barbacã, percorrendo depois os espaços e episódios mais marcantes de um monumento que tem origens anteriores à própria nacionalidade e guarda muitas memórias que a maioria dos visitantes desconhece. Ao longo da História, o Castelo da Feira desempenhou várias funções. Foi castro de ocupação romana, baluarte contra as invasões normandas, forte militar na época da Reconquista, sede de região militar, centro político que levou à independência de Portugal e habitação de famílias reais e nobres. Mas há outras histórias, memórias e curiosidades que serão desvendadas nestas visitas encenadas.
Três dias de visitas encenadas
No Dia Nacional dos Castelos, 7 de Outubro, as visitas encenadas são de acesso gratuito, como forma de celebrar a efeméride. As duas sessões da tarde destinam-se a turmas do 4.º ano do 1.º Ciclo de escolas do Concelho. À noite (21h30), a visita dirige-se ao público em geral e termina com o concerto “Amor humano e divino no alvor da era barroca”, na capela do Castelo (Capela da Nossa Senhora da Encarnação), protagonizado por Ana Vieira Leite (soprano), Patrícia Silveira (mezzosoprano) e Hugo Sanches (tiorba). No sábado e domingo, as visitas encenadas destinam-se ao público em geral, sendo o valor da entrada correspondente ao bilhete de acesso ao Castelo. Todas as visitas encenadas estão limitadas à participação de 50 pessoas, de forma a garantir o melhor acompanhamento e comodidade por parte dos visitantes, pelo que é necessária a inscrição prévia, através de formulário on-line (http://bit.ly/visenc). Para mais informações, os interessados devem contactar o Gabinete de Turismo da Câmara Municipal, através do e-mail gab.turismo@cm-feira.pt ou telefone 256 370 802.
Livro Viagem Medieval em Terra de Santa Maria
PAPA FRANCISCO AGRADECE OFERTA QUE “CELEBRA MAGNIFICAMENTE AS TRADIÇÕES” Depois de ter integrado o Catálogo da Biblioteca Nacional de Espanha, a publicação “Viagem Medieval em Terra de Santa Maria” integra agora a Biblioteca do Vaticano. O historiador feirense Roberto Carlos Reis, autor da obra, enviou o livro para o Vaticano, que remeteu em seguida uma missiva de agradecimento, assinada pelo assessor do Papa Francisco, Monsenhor Paulo Borgia. Na missiva, Paulo Borgia expressa os “sentimentos de viva complacência e apreço com que o Santo Padre recebeu o livro Viagem Medieval em Santa Maria da Feira” que “celebra magnificamente as tradições da própria terra”. Agradecendo a oferta, o Papa retribui “implorando a protecção e assistên-
cia da Sagrada Família de Nazaré sobre a casa do senhor Roberto Carlos com quantos dela fazem parte ao conceder-lhes, propiciadora de cristãs prosperidades, a implorada Bênção Apostólica”. O livro é já o segundo de autores feirenses que integram a Biblioteca do Vaticano, uma vez que o livro “Santa Maria de Campos”, da autoria de Roberto Carlos Reis e do delegado do Conselho Pontifício para a Cultura Dom Carlos A. Moreira Azevedo, integra também a Biblioteca. O Livro “Viagem Medieval em Terra de Santa Maria”, uma publicação bilingue editada em 2002, resultou de um trabalho de cerca de um ano e meio e teve uma tiragem de 2000 exemplares com a 1.ª edição.
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03.OUT.2016
1.º Encontro de Percussão da JDS SANGUEDO A Juventude de Sanguedo realiza o seu I Encontro de Percussão – Sanguedo a Percutir, este fim-de-semana, na sede da associação. O programa começa no sábado, às 15h00, com um workshop de percussão tradicional, e continua no domingo. Às 10h00, há arruada pelas ruas da freguesia, depois pausa para almoço, e à tarde várias actuações dos grupos de percussão, a partir das 15h00, encerrando com uma actuação conjunta no Parque do Eleito Local.
II Jornadas de Etnografia e Folclore ARGONCILHE As II Jornadas de Etnografia e Folclore, organizadas pelo Rancho Regional de Argoncilhe (RRA), têm lugar no próximo dia 15 de Outubro, com início às 9h45 na sede da colectividade. A primeira edição das Jornadas ocorreu em 1988 e esta II edição tem como objectivo aprofundar as tradições populares, relembrando o passado, reconhecendo o presente e perspectivando o futuro. O programa inclui dois painéis. O primeiro intitula-se “Etnografia e Tradições – Conceitos” e tem moderação de Ernesto da Mota Conceição (Membro do Conselho Técnico Permanente do RRA). Participam o vereador da Cultura, Gil Ferreira, que fala sobre a importância dos grupos ou ranchos de folclore na defesa das tradições populares do Concelho; o ex-dirigente da Federação de Folclore Português (FFP), Manuel Vasco Magalhães da Rocha, que aborda a “etnografia alimentar”; e o dirigente da FFP, Inácio Martins Soares, que fala sobre “etnografia e tradições”. O segundo painel intitula-se “Folclore” e tem a moderação de Amaro da Silva Rocha, presidente do Conselho Fiscal do RRA). Participam os grupos de jovens do RRA, para debater o folclore visto pelos jovens; o ex-dirigente da FFP, Ludgero Antóio de Jesus Mendes, que fala sobre os cuidados na pesquisa, estudo e divulgação do folclore; e o vice-presidente da FFP, António Teixeira Faria, que aborda o futuro do folclore. As inscrições estão limitadas a um número máximo de 200 participantes e podem ser feitas, até à próxima segunda-feira, 10 de Outubro, com oferta de capa contendo: documentos dos oradores, folhas em branco, caneta e diploma de participação. A organização oferecerá o almoço a todos os participantes. Mais informações em rrargoncilhe@hotmail.com. Publicidade
FEIRA Para assinalar o Dia Mundial do Turismo, que este ano tem como mote “Turismo para Todos – Promover a Acessibilidade Universal”, o Município de Santa Maria da Feira promoveu, na passada terça-feira, uma visita guiada acessível pelo centro histórico da cidade, que terminou com uma degustação de sabores feirenses. 14
FEIRA O Centro de Cultura e Recreio do Orfeão leva a cabo, no dia 22 de Outubro, uma noite comédia com o mote “Come bem, Ri melhor”, que promete servir “o melhor que a nossa gastronomia tem para a oferecer”. “Depois do jantar, o humorista Pedro Neves sobe ao palco para um espectáculo memorável”, diz o Orfeão, em comunicado. A iniciativa faz parte da programação cultural da associação que “aposta em eventos diferenciados que envolvam a comunidade feirense e os seus associados”. A noite de comédia, com início às 20h00, inclui o jantar completo e o espectáculo e tem um custo de 12,50 euros. As reservas devem ser feitas na secretaria do Orfeão até ao dia 15 de Outubro.
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MeTrO e MeiO de lUTa inCansável
CONHECER
Uma verdadeira força da natureza, é assim Catarina Martins. De discurso supersónico, consegue facilmente traduzir em palavras o turbilhão que é a sua mente prodigiosa, antes empenhada no teatro, agora na política, mas sempre na luta contra as injustiças e pela resolução dos problemas sociais. Mais do que uma cara do BE, é uma cara dos valores de esquerda, do contacto com as realidades menos afortunadas e da defesa por aquilo em que acredita. Texto: Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt Fotos: Albino Santos albino.santos@correiodafeira.pt
Catarina Martins nasce no Porto, mas cedo parte para África, a acompanhar os pais cooperantes. “Estive em Cabo Verde com 6 anos e em S. Tomé e Príncipe com 7 e 8. Lembro-me da escola, das brincadeiras, dos passeios, da paisagem e clima diferentes”, recorda. Dentro de casa, era uma “privilegiada”. “Tinha Legos, um brinquedo muito desejado e que poucos tinham”, afirma. Fora de casa, andava de bicicleta e jogava ao berlinde. “E ia à praia muitas vezes, podia ir-se à praia mais vezes durante o ano. Eu, aliás, aprendi a nadar no mar”, conta. Memórias felizes, mas também tristes, do contacto com outras realidades, mais difíceis, como a fome. “É duro olhar para alguém igual a nós e ver que essa pessoa vive mal porque lhe falta o mais básico”, diz. A ela, pesavam as saudades de quem ficou em Portugal. “Lembrome bem de que quando recebia cartas dos meus avós ou alguma coisa dos meus primos, era especial”, revela. O regresso, no entanto, não tardaria e, com 9 anos, rumava ao país natal. Mas a adaptação custou. “[Em África] estava habituada a estar mais na rua, porque a terra era pequena, e as coisas eram mais simples. Era um vestido e umas sandálias, todos os dias, não se pensava muito”, diz. O “choque” foi maior devido ao local onde se instalaram. “Fui parar a uma cidade muito conservadora, Aveiro. Era um meio com muitos sintomas racistas”, diz. Catarina mostrou, contudo, que “vinha bem preparada” da escola em África. “Fui boa aluna. As minhas falhas – que eram coisas de currículo, que teriam de ser diferentes pois a geografia e a história não eram as mesmas – não tinham a ver com a falta de bases”, explica. Um conhecimento aliado a um gosto inato por aprender. “Sempre gostei muito da escola; era curiosa, queria perceber como as coisas funcionavam. Aprender é mais fácil quando temos curiosidade, do que quando somos obrigados a decorar algo para sermos testados a seguir”, considera. A área das Ciências era o seu ponto forte, mas acabou por escolher Letras. “Gostava mesmo muito de Português, embora fosse melhor aluna a Matemática”, revela.
Contestatária de corpo e alma
Nome Catarina Soares Martins Nascimento 07/09/1973, Porto Idade 43 anos Estado Civil Casada
Profissão Actriz Partido Bloco de Esquerda Filhas 2 Animais Uma gata e uma tartaruga www.correiodafeira.pt
Desde cedo, a sua intolerância às injustiças começou a evidenciarse. “Quando fui para o 5.º ano, fui parar a uma turma com um grupo de alunos muito mais velhos, a chamada turma de repetentes. Numa altura em que o ensino obrigatório acabava ao 6.º ano e os miúdos com 13 anos iam trabalhar para as obras ou como estivadores no porto de Aveiro, havia professores que perpetuavam o estereótipo de que alguns não pertenciam na escola”, conta, prosseguindo: “Não tinha a noção do problema global, mas eu e os meus colegas tínhamos a noção do tratamento de injustiça, de que quando havia um problema, os culpados eram sempre os mesmos”. Confrontada com “uma professora particularmente injusta”, juntou-se às amigas e deram falta colectiva à educadora para que ela percebesse que “os chamados bons alunos da turma não 03.OUT.2016
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aceitariam a injustiça que ela perpetrava contra os chamados maus alunos da turma”, justifica. “Não deu grande resultado com essa professora, mas deu resultado com o conselho directivo que percebeu que havia um problema”, comenta. Catarina tinha 11 anos e a “solidariedade” era uma palavra que, mais do que no vocabulário, estava-lhe na alma. As lutas continuaram, contra a prova de acesso obrigatório ao 12.º ano, contra o aumento de propinas na faculdade, um espírito que depois foi potenciado pelo meio associativo. “Sempre cresci num meio – e as pessoas da minha geração também – em que as pessoas se organizavam. Era normal fazer-se parte de associações recreativas, cooperativas de habitação, envolver-se nas comissões de trabalhadores ou nos sindicatos. Ainda havia muita gente com esse envolvimento e fazia parte estar
“
Tinha uma ideia romântica do Direito como forma de fazer justiça. A faculdade de Direito, no entanto, tinha pouco a ver com isso
”
na escola e organizar-me pelas coisas que achava importantes”, refere. Com 13 anos, o bichinho do teatro começou a pegar. “Havia uma série na RTP, chamada ‘Os Amigos de Gaspar e a Árvore dos Patafúrdios’, que era com fantoches feitos de espuma. Uma das pessoas responsáveis por construir os fantoches ia fazer um workshop em Aveiro e divulgaram-no na escola. Achei ‘um máximo’ aprender a fazer aquilo que havia na televisão, então fui. A primeira coisa que fiz foi teatro de fantoches”, adianta. Passou, depois, por várias experiências, formações e muito trabalho manual no campo das artes. “Volta-e-meia havia oportunidade de aprender e as escolas tinham uma série de actividades artísticas”, recorda Quando chegou a altura da universidade, juntou-se ao Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (Citac). “Fiz teatro universitário e a coisa começou a ser mais a sério”, afirma. Lembra-se, sobretudo, de uma co-produção do Citac e de uma companhia de teatro profissional brasileira, intitulada “Os Olhos do Gato”. “O trabalho artístico, de transpor uma banda-desenhada de autores de que
gostávamos muito, foi muito desafiante. Além da organização do trabalho, do grau de exigência, foi um passo grande, foi uma altura em que percebemos que o teatro ia ser a nossa vida”, salienta.
Direito preterido pelo Teatro
Mas antes disso, houve o curso de Direito. “Eu, na altura, não sabia muito bem o que havia de fazer, ainda não tinha a coragem de decidir que queria fazer teatro, não era uma decisão que se tomava facilmente. Não se chega aos 17 anos e diz-se: o que eu quero fazer profissionalmente é teatro”, lembra Catarina, acrescentando que “hoje é diferente, há mais escolas, formação profissional”. “Naquela altura, o teatro ia-se fazendo até que se descobria que era a nossa profissão. Agora há escola e ainda bem, prepara melhor as pessoas e fazem um trabalho extraordinário”, considera. Era boa aluna, “era suposto ir para a universidade”, mas como ainda não tinha o seu caminho definido, seguiu o exemplo do avô. “O meu avô era uma influência importante em mim. Era advogado e eu tinha uma ideia romântica do Direito como forma de fazer justiça. A faculdade de Direito, no entanto, tinha pouco a ver com isso. Entretanto comecei a fazer cada vez mais teatro e fiquei com o curso a meio”, diz. Retomou os estudos, mais tarde, noutra área. “Quando já estava a trabalhar, tive saudades de estudar e tirei Línguas e Literaturas Modernas por causa do teatro. Estudei Português/ Inglês por causa de Shakespeare. Gostei do curso, fiz as cadeiras opcionais todas. Gosto muito de estudar”, afirma. Evoluiu no meio artístico: encenou, escreveu, produziu e co-fundou, inclusive, a sua própria companhia, a ‘Visões Úteis’. “Fiz um pouco de tudo, faz parte. Quando começámos, sentimos a necessidade de ter mais experiência e tivemos o privilégio de trabalhar com referências a nível nacional, como António Feio ou José Wallenstein. Foi uma formação extraordinária”, conta. A determinada altura, a companhia começa a desenhar a sua própria visão e linguagem e concentra-se na escrita e selecção. “Passou a ser esse o trabalho que consumia a maior parte da minha energia, e é um trabalho de que eu gosto muito”, afirma, já tendo revelado que esta é uma área a que mais tarde poderá regressar.
Isto é política?
Muito do trabalho tinha carácter social. “Queríamos trabalhar com as populações distantes do meio artístico. Trabalhámos em aldeias, bairros sociais, estabelecimentos prisionais. Na altura, existiam 52 prisões em Portugal e queríamos levar o espectáculo a todas. Não estávamos a pedir dinheiro ao Estado, só queríamos ajuda para articular as licenças com os vários estabelecimentos, ou seja, apoio
na burocracia”, diz Catarina, revelando: “A primeira proposta que nos fizeram foi “porque é que em vez de fazerem um espectáculo em todos os estabelecimentos, não fazem só um em Lisboa com o Ministro da Cultura e da Justiça?”. Declinámos a amável oferta e acabámos nós por fazer o trabalho burocrático. Não conseguimos ir às 52, mas fomos a mais de 30”. Isto é política?... “Não há trabalho artístico que não tenha uma componente ideológica, pois trabalha a forma como se vê o mundo. Decidir trabalhar nas aldeias do Alvão, trabalhar com as crianças dos bairros sociais do Porto, trabalhar sobre a maneira como o território se organiza nas cidades, é uma opção política”, salienta, apelando a que “as pessoas não confundam a actividade política com a actividade partidária”. “Quando organizámos associações culturais para defender o acesso à Cultura no país, estávamos a fazer política. Quando fizemos associações de precários para sair à rua, estávamos a fazer política. Quando contestámos a forma como Rui Rio privatizou boa parte da cidade do Porto, estávamos a fazer política. Estive sempre a fazer política, não estava era em nenhum partido”, sublinha. Uma luta incansável pelo que considerava “certo” e uma consequência do exemplo da própria família. “Quando os meus pais foram cooperantes em Cabo Verde e S.
“
Cresci num ambiente de esquerda em que se sabia que não se troca igualdade por liberdade
”
Tomé, países que tinham conquistado a independência e tinham regimes socialistas de partido único, não deixaram de lutar pela liberdade de opinião. Cresci num ambiente de esquerda em que se sabia que não se troca igualdade por liberdade”, realça. Os pais foram militantes e activistas de diversas organizações de esquerda e ajudaram, inclusive, a fundar o Bloco de Esquerda, mas Catarina garante que não houve influência directa nas suas escolhas. A verdade, porém, é que os caminhos convergiram. “Comecei a trabalhar com o BE regularmente por causa do meu trabalho na Cultura e contra o trabalho precário. Não era do BE mas colaborava com o BE.
Em 2009, fui convidada para integrar as listas e acabei eleita para a Assembleia da República. Depois acabei por aderir ao BE, que considero o meu espaço político natural”, conta.
A liderança dividida, as câmaras e o protagonismo
Numa altura em que o partido ainda não tinha grande destaque no panorama nacional, começa a ouvir-se falar em Catarina Martins. O BE assumia, então, um novo modelo: a coordenação conjunta, que coloca um homem, João Semedo, ao lado de uma mulher, Catarina Martins, a dar a cara pelas decisões. “As transições são sempre complicadas. Arriscámos um modelo diferente, que eu continuo a achar que é politicamente correcto, mas que por ser novo foi mal-compreendido. Além de que naquela altura, o BE estava sob ataque. Havia a ideia de que a única política responsável em Portugal era a da austeridade e quem propusesse algo de diferente era terrível. Agora já se começa a perceber que é preciso olhar para as coisas de outra forma e é isso que estamos a fazer”, afirma. As decisões são sempre tomadas “em colectivo”. “Nunca uma pessoa sozinha faz mudar nada. O colectivo é parte intrínseca do ADN da esquerda”, diz Catarina, que entretanto assumiu, sozinha, a coordenação política e a representação pública do BE. “Não estou a assumir uma responsabilidade muito diferente porque nunca deixei a coordenação política e nunca deixei de trabalhar em colectivo”, refere. Mas algo mudou, e é notório, basta andar com Catarina na rua. Alguns passos desde a sede do BE, em Lisboa, até ao Largo do Intendente e duas mulheres abordam-na. Uma diz “não votei em si, mas continue o bom trabalho”. Outra agarra o companheiro pelo braço e aponta “olha a senhora que vi hoje de manhã na televisão”. Catarina garante que não acontece sempre. “As vantagens de ter um metro e meio é que a maior parte das vezes passo despercebida”, revela. As pessoas não a incomodam, gosta de falar com elas, mas aos media ainda não se habituou. “Aprendemos a lidar com a exposição. Não é agradável, é até bastante hostil. A primeira vez que saiu a notícia de que eu e o João Semedo seríamos propostos para coordenadores do BE, quando desci as escadas, estavam tantas câmaras com flash que eu tive medo de cair porque não conseguia ver o chão. Nunca me tinha acontecido, foi assustador. Agora já sei para onde tenho de olhar para sobreviver”, conta Catarina, que uma vez disse que “no palco, como na política, por muita companhia e generosidade que se tenha em volta, há um momento em que se está sozinha frente à responsabilidade”. O mundo da arte ficou para trás, mas do teatro perduram ferramentas indispensáveis, sobretudo para a campanha eleitoral que se avizinha. “A grande resistência física: fiz campanha e nunca perdi a voz, consigo aguentar muitos quilómetros, sei gerir a minha adrenalina. Os actores têm de ter muita resistência física e mental, é algo que se trabalha”, diz. Ajuda também a “experiência de vida muito ampla”. “Da mesma forma que trabalhei em teatros, trabalhei nas aldeias mais pequenas deste país, da mesma forma que me fechei em bibliotecas à procura de arquivos sobre um tema sobre o qual estava a escrever, também geri orçamentos e tive de pagar salários em situações muito difíceis. É uma vida com muitas coisas dentro dela”, declara.
Filhas a seguir pegadas
Uma vida que inclui a família e as duas filhas, de 10 e 14 anos, que trouxeram com elas, além da óbvia “felicidade pessoal”, uma “melhor gestão do tempo e das prio16
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desde que tenho idade para isso”, refere, adiantando que era ela que fazia a matrícula e tratava dos livros na escola. Uma independência em crescendo.
A casa de Verão em Nogueira
Catarina em casa dos avós em Nogueira ridades”. “O tempo multiplica-se, conseguimos fazer mais coisas, pergunto-me “o que fazia ao meu tempo antes de ser mãe?”, brinca Catarina, consciente de que a sua actividade profissional lhe rouba muitas horas à vida pessoal. “Só faz isto quem acredita no que está a fazer e é preciso decidir que vamos dedicar uma parte da nossa vida a uma causa em que acreditamos. Exige muita solidariedade de toda a família”, comenta. As filhas “não têm grande paciência para acompanhar a actividade partidária”, mas dizem quando gostam ou não de algo e “fazem perguntas sobre o que ouviram”. “Quando há coisas que acham que estão mal, reclamam comigo, perguntam “porque não resolves isto?”. Tenho um caderno de encargos em casa sempre bastante pesado”, diz, entre risos. A filha mais velha
chegou, inclusive, a questionar a própria direcção da escola sobre a colocação de professores. “Uma das coisas que mais a magoou foi há dois anos, quando Nuno Crato colocou mal os professores e depois tirou-os novamente da escola. A minha filha teve durante umas semanas uma professora que adorava e que depois foi substituída e ficou no desemprego. Ela e os colegas perceberam que a professora estava a sofrer quando se despediu deles e ficou muito revoltada com a injustiça”, conta. A seguir as pegadas da mãe? “A liberdade vem com autonomia e responsabilidade”, diz Catarina, ela própria autónoma desde muito cedo. “Os meus pais sempre me deram uma enorme autonomia e responsabilidade nas minhas escolhas. Nunca tive falta de acompanhamento, mas fui sempre eu que tratei de tudo,
Há algo na sua vida, no entanto, que permaneceu constante: os Verões em Nogueira da Regedoura. “Os meus avós viveram na (então) vila da Feira, e foi lá que eu passei muitos fins-de-semana e Natais, mas o Verão era sempre em Nogueira, em casa da família do meu avô materno”, conta. As memórias continuam vívidas. “Lembro-me de fazer a viagem da Feira para Nogueira no carro com os meus avós e primas e irmos a cantar “Santa Maria de Lamas, Mozelos, Nogueira…”, uma coisa do género com o nome das terras todas”, recorda. Os espaços que a marcaram foram a sala de piano da avó, na Feira, e o imenso quintal, em Nogueira da Regedoura. “Nogueira era sítio para subir às árvores. Hoje, o quintal parece-me mais pequeno, mas na altura parecia-me uma área enorme, achávamos que estávamos perdidas, longe da vista de qualquer adulto. É a casa de família e as minhas filhas – e os primos – continuam a ir lá nas férias e eu presumo que tenham a mesma sensação de liberdade”, refere. Uma casa especial por todos os motivos e uma história marcante: foi lá que foi assassinado, pela PIDE, a rajadas de metralhadora, o tio-avô Carlos Ferreira Soares, “médico dos pobres”. Um antigo militante do PCP que repousa agora à sombra de uma japoneira, no cemitério local, e que ainda é visitado por velhos camaradas, alguns vindos da Venezuela, que deixam cravos na sua sepultura. “É impossível ficar indiferente ao saber-se que defender aquilo em que acreditamos é algo que pode custar a vida”, comenta. Catarina “não vive para a sua biografia” mas, a avaliar pelas redes sociais, será
positiva. Entrou para a lista dos políticos portugueses mais influentes e ganhou o respeito de muitas mulheres quando interveio numa cena de violência entre namorados encenada no programa “E Se Fosse Consigo?...” da SIC. “Quando se acredita naquilo que se faz, faz-se o melhor que se pode e o caminho faz-se caminhando”, diz. Às filhas, tenta transmitir que “o mais importante é serem pessoas decentes, que olham para os outros como iguais, não mais nem menos do que ninguém, e sabendo que a nossa felicidade é de construção colectiva”. Ainda há “muito tempo para realizar muitas coisas” e Catarina “nunca foi de traçar objectivos”. “O que estou a fazer, nunca pensei fazer”, remata, já pegando na mala, a cabeça no próximo compromisso. Um espírito que se descreve facilmente num dos seus poemas preferidos, da autoria de MárioHenrique Leiria: “Uma nêspera estava na cama, deitada, muito calada, a ver o que acontecia. Chegou a Velha e disse ‘olha uma nêspera!’ e zás comeu-a. É o que acontece às nêsperas que ficam deitadas, caladas, a esperar o que acontece”. Um Livro O Livro das Igrejas Abandonadas, Tonino Guerra Uma Viagem Route 66, nos Estados Unidos da América Um Som Mar Um Filme Sangue do meu Sangue, João Canijo Uma Cor Azul Um Cheiro Terra molhada Uma Música Como os nossos pais, Ellis Regina Um Prato Cachupa Um Desporto Natação Um Animal Andorinha Um Objecto Caderno Uma Frase Tudo é impossível até acontecer (Nelson Mandela)
Nota: O CF não conseguiu obter, devido à “ocupada agenda” de Catarina Martins, resposta ao habitual questionário que acompanha o Conhecer. Publicidade
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SAÚDE
5 PASSOS PARA DEIXAR DE FUMAR! Porque é que eu devo deixar de fumar? O fumo do tabaco é prejudicial para si. Afeta não só os pulmões como todos os outros órgãos e células do corpo, até mesmo o sangue. Aqueles que respiram o fumo do tabaco à sua volta também são prejudicados por isso. Os fumadores perdem anos de vida e fumar está associado a inúmeras doenças como o cancro, o ataque cardíaco ou uma embolia. Por outro lado, deixar de fumar pode ajudar no seu orçamento mensal.
Porque é que é tão difícil deixar de fumar? Fumar é não só um hábito psicológico como uma dependência física. Por um lado, a nicotina dos cigarros é uma droga com um forte efeito aditivo que atua ao nível do cérebro e dá uma sensação artificial de “bem-estar”. É por isso que quando deixamos de fumar é muito comum surgirem desejos intensos e até sintomas físicos. Por outro lado, fumar é um hábito associado a momentos de descontração e lazer, frequentemente como forma de lidar com a ansiedade ou o stress do trabalho, e torna-se difícil suspender esse hábito. É por isso que tantas pessoas tentamdeixar de fumar e não conseguem à primeira. É preciso combater quer a rotina de fumar, quer a dependência.
Como é que eu posso deixar de fumar? O plano que tem demonstrado melhores
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resultados é composto pelas seguintes recomendações:
1 - Estabeleça uma data para deixar de fumar Estabeleça uma data dentro das próximas 2 semanas para poder ter tempo para se preparar mas sem perder a sua motivação, e assim poder começar num dia que não seja stressante ou que o induza a fumar. Quando o dia chegar retire todos os cigarros e cinzeiros da sua casa, automóvel e local de trabalho. Se acha que não é capaz de parar abruptamente pode tentar reduzir gradualmente o número de cigarros que fuma por dia, mas seja específico e direto - por exemplo “vou fumar menos um cigarro por dia”.
passeio ou até fazer exercício. Identifique hábitos na sua rotina associados ao tabaco (por exemplo, fumar um cigarro enquanto bebe o café da manhã) e tente alterá-los ou arranjar uma alternativa. Controle o stress - um dos principais inimigos para as pessoas que estão a tentar deixar de fumar.
4 - Seja decisivo Fumar é difícil e é importante continuar o plano mesmo quando há adversidades. Se tiver uma recaída num dia, lembre-se que deixar de fumar é um processo longo e árduo e recomece o plano logo no dia a seguir. Pense no que correu mal nesse dia e como pode melhorar para a próxima.
5 - Obtenha ajuda profissional 2 - Obtenha apoio Terá maior probabilidade de sucesso se pedir apoio aos que lhe estão próximos. Comunique à sua família, amigos e colegas que vai deixar de fumar. Peça-lhes que não fumem perto de si. Pode recorrer também a programas de apoio disponíveis em alguns hospitais e centros de saúde.
3 - Antecipe as dificuldades A maioria das pessoas que tenta deixar de fumar tem uma recaída durante os primeiros 3 meses. Uma forma eficaz para combater o desejo de fumar é distrair-se com alguma coisa quando sente essa vontade, como por exemplo mascar pastilha, dar um
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O seu médico pode ajudá-lo a deixar de fumar e prescrever medicação para combater o vício. Existem também medicamentos disponíveis sem receita médica, como por exemplo os adesivos, gomas ou pastilhas de nicotina. Lembre-se: uma vida sem tabaco é uma vida mais longa e mais saudável. Na Walk’in Clinics tem uma equipa multidisciplinar disponível para ajudar e acompanhar nesta decisão. Mude a forma como cuida de si. 808 20 20 80 Dr. António Pedro, Director Clínico da Walk’in Clinics
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MELHORES AMIGOS
O CÃO É O MELHOR AMIGO DA … MULHER Esta semana abordamos um tema frisado num artigo da revista Sábado que aborda a violência domestica e não só e o papel que os nossos amigos patudos poderão ter. Achamos que esta informação deve ser o máximo lida e partilhada se contribuir para que este monstro silencioso da violência doméstica possa ser erradicado para sempre da nossa sociedade. É um artigo que nos apraz divulgar na entrevista transcrita abaixo dada à revista Sábado. “Ángel Mariscal não se esquece do desespero que sentiu do outro lado do telefone. Há uns anos, uma mulher ligou-lhe a pedir um cão de segurança – era vítima de violência doméstica e temia sofrer represálias do marido. O sistema judicial e policial de protecção falhara e ela estava sozinha, recorda o director da SecurityDogs, uma empresa espanhola de treino destes animais. “Percebi que não era adequado dar-lhe um cão típico. E lembrei-me de treinar outros, com um modelo diferente”, Ao contrário dos animais usados pelas forças públicas (cães de segurança), que mordem e podem mesmo matar, estes são mais equilibrados e sociáveis. São conhecidos por Pepos (a junção das palavras espanholas perros de protección, cães de protecção, em português) e têm uma característica que os distingue: um “sentido de justiça” para situações de violência de género. “É a capacidade de actuarem depois de discernirem o que é justo”, diz Ángel Mariscal. A maioria é da raça pastor alemão. Hoje, o programa da Fundação Mariscal, em Espanha (a ideia ainda não chegou a Portugal), protege 17 vítimas de violência de género com a ajuda de cães. Em todos os casos, os parceiros das mulheres foram condenados ou receberam uma ordem do tribunal para se afastarem.
Cães com açaime especial Kala foi um dos primeiros animais do projecto. É responsável, há dois anos e meio, pelo bemestar de Gema. A espanhola acredita que o exnamorado irá procurá-la assim que sair da prisão. “Diz que sou culpada pelas condenações. Antes de ter sido detido, era um selvagem, partiu-me o nariz e rebentou-me o tímpano”, contou ao jornal El Mundo. “Numa saída precária, rondou a minha casa, mas viu-me com a Kala e deu meia volta. Sem a Kala sou carne para canhão.” A primeira tarefa destes animais é garantir a segurança. “A única coisa que pode fazer com que sejam violentos é a dona agarrar o arnês com força. Esse acto significa que ela está em perigo”, conta Ángel Mariscal. Nos casos em que o agressor insiste e a vítima corre perigo, o cão ataca, mas não morde. Aliás,
estes “seguranças caninos” usam um açaime especial, com largura suficiente para que possam ladrar e com uma estrutura de metal na ponta, que os ajuda a empurrar o atacante. Se for preciso, conseguem derrubá-los. É uma forma de as mulheres ganharem tempo e chamarem a polícia. Todas as participantes no programa são submetidas a uma avaliação psicológica porque, como sublinha Mariscal, “os cães não podem ser armas mal utilizadas”. A seguir, os responsáveis verificam se o animal viverá em boas condições e, depois, passam à formação. Ana é uma das últimas vítimas apoiadas pela associação – recebeu um cachorro. “Sei que ainda há um longo caminho para que se transforme num verdadeiro Pepo, mas por enquanto faz-me companhia. É a minha sombra. Fez muito mais por mim do que seis anos de terapia.” Como diria alguém “Talvez valha a pena pensar nisto”… Boa Semana.
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Dica da Enfermeira Sara
É já para a semana o dia do animal, 4 de Outubro, neste dia desafiamos os nossos leitores a ajudarem um patudo vira lata, ou a fazerem uma visita a um albergue associativo, a um canil municipal e espalhar amor e carrinho por todos os patudos negligenciados e abandonados e quem sabe adoptar. Envie fotos desse momentos. Partilharemos na nossa página do Facebook. Envie para geral@hvtravessas.com ou para avcucujaes@gmail.com . Boa semana.
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SENSAÇÕES SEM FRONTEIRAS 20
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Umaid Bawan – a majesTade e TradiçãO nUm PaláciO
O Sensações sem Fronteiras leva-vos de novo à Índia, à belíssima cidade de Jodhpur, para apresentar um dos mais modernos e imponentes palácios do mundo.
Jodhpur fica localizada no rico estado do Rajasthan que significa Terra de Reis. E nos tempos em que a Índia era governada por monarcas, Jodhpur foi capital do estado que tem o mesmo nome da cidade, conhecida também como a Cidade do Sol ou a Cidade Azul. Por ordem de Sua Alteza Real Umaid Singh, no ano de 1929 deu-se início à construção no topo da colina Chittar da maior residência real do mundo moderno. Durante quinze anos, trabalharam arduamente levantando o imponente palácio mais de cinco mil almas que, pela sua arte e engenho, devem ser consideradas artífices já que na estrutura do imponente edifício a argamassa ou o cimento foram proibidas. A união das suas peças é um elaborado entalhe de pedras esculpidas intercalando peças negativas e positivas. Foi necessário construir um caminho-de-ferro até a colina de Chittar para transportar os enormes blocos de pedra e todo o material necessário à construção do palácio. Henry Lanchester é o famoso arquitecto inglês a quem o régio senhor confiou o desenho da sua nova residência e futuro símbolo da cidade, tendo como engenheiro residente Hiranand
Bhatia. Com esta construção moderna, em que as misturas das influências arquitectónicas Orientais e Ocidentais coabitam harmoniosamente na mais elevada majestade, tendo como exemplo a enorme abóbada central do edifício com trinta e dois metros de altura de influência renascentista e da tradição Raiput as quatro torres em perfeita simetria, pretendia o monarca conduzir Jodhpur ao século vinte, contudo tinha que ser obrigatoriamente Imponente e Majestoso para manter o já elevado estatuto da antiga residência real, o Forte Mehrangarh, um símbolo do Estado Marwar. Maples, a famosa casa londrina, é chamada à responsabilidade do desenho dos interiores, mas em plena segunda Guerra Mundial o barco que transportava uma grande parte dos móveis é afundado pelos alemães e por essa razão o Marajá chama um famoso arquitecto de interiores oriundo da Polónia.
Mobiliário dourado compõe um luxuoso interior seguindo o estilo de Art Deco enriquecido com elegantes obras de arte e belíssimos murais do pintor Stefan Norblin. Terminada a obra, poetas descrevem-no como: “um majestoso, elegante guerreiro, os seus braços abertos para um apaixonado abraço” Actualmente o enorme palácio encontra-se
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dividido em três sectores. Para quem visita a cidade de Jodhpur é possível alojar-se num dos sectores que desde 1972 está transformado num luxuoso Hotel-Palácio sob a tutela da prestigiada Rede Taj Resorts and Palaces. O segundo sector continua a ser residência real, tendo como actual residente Sua Alteza Real Gaj Singh, Marajá de Jodhpur.
O terceiro sector é um pequeno museu que exibe todo o esplendor e herança Real de Jodhpur, visita imperdível para quem visita a Cidade do Sol. Os vinte e dois quartos e quarenta e duas suites que dispõem a unidade hoteleira são considerados alojamentos de luxo, todos com vista para o jardim de seis hectares. Ao fazer o check-in é de imediato disponibilizado um mordomo que velará pelo bem-estar do hóspede durante toda a sua estadia. Ficar alojado neste Palácio-Hotel é gozar de todas as mordomias de um Marajá e viver num museu com as comunidades que nos oferece a rede Taj e Resorts and Palaces. Para mais informações sobre Umaid Bawan Palace ou organizar a sua viagem consulte o Operador Turístico QUADRANTE. “Índia mais que uma viagem, uma experiência de vida!” Jorge de Andrade
DESPORTO
Hélder Pinho e Amadeu Pinto apostados em levar o Académico da Feira de regresso à II Divisão Nacional
ACADÉMICO DA FEIRA APONTA À SUBIDA Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt
HÓQUEI PATINS À terceira será de vez? Amadeu Pinto e Hélder Pinho, presidente e treinador do Académico da Feira, respectivamente, acreditam que sim e que a expressão popular voltará a fazer sentido no final da época desportiva 2016-17, isto depois de duas épocas frustrantes, com o objectivo da subida a ‘cair por terra’. Amadeu Pinto está confiante no sucesso da nova temporada, espera que os erros do passado não se repitam e aponta a qualidade do plantel e o novo figurino da III Divisão Nacional de Hóquei Patins (passa a ser disputada em quatro séries) como factores favoráveis para o desfecho desejado. No entanto, é no experiente treinador Hélder Pinho (chegou a meio da temporada passada) que Amadeu Pinto aposta para fazer a diferença. “Este treinador tem mais experiência, é competente, tem ambições, gosta de rigor, do cumprimento das ordens dele e tem outros métodos, ele sabe como há-de levar a equipa à subida. Sabe que apanhar o ‘comboio a meio’ é diferente do que começar de início. Sabemos que vai ser difícil, mas penso que temos condições para isso. Temos um plantel de 12 atletas, cuja maior parte se manteve do ano passado, vieram três novos e englobámos dois jogadores que vieram dos juniores. Além disso, a mudança no figurino da prova — passa a ter quatro zonas—, faz com que não tenhamos tantas viagens. É benéfica em termos desportivos e económico. Vamos gastar um terço, em transportes, em relação ao que gastávamos. Anteriormente, havia situações que chegávamos dos jogos de madrugada [de domingo para segunda-feira]. Por isso este ano coloquei a fasquia alta”, explica o presidente. O técnico Hélder Pinho também aponta a subida como o único objectivo. “O clube, a estrutura (direcção) é boa, temos um bom pavilhão, o rinque é excelente para a prática da modalidade. Temos condições para desenvolver um bom trabalho, não há quarta divisão, por isso o objectivo é sempre o primeiro lugar, não podemos pensar de outra maneira”, diz. No
Depois de duas tentativas frustradas, os responsáveis do hóquei patins do Académico da Feira esperam que este seja o ano do clube e que, no final, o regresso à II Divisão Nacional seja uma realidade. entanto, o experiente técnico (com uma vasta carreira como jogador e técnico, venceu como timoneiro uma Taça de Portugal na Hóquei Académico de Cambra, equipa que treinou na I Divisão Nacional, tal como a Sanjoanense) não deixa de sublinhar lacunas no plantel. “A equipa precisava de mais um ou dois reforços, esta é a realidade, porque tem um défice, principalmente no jogo ofensivo. A equipa defende bem, ataca bem, mas precisava de um ou dois jogadores que pudessem fazer a diferença, que pudessem provocar desequilíbrios na defesa adversária. Temos essa lacuna, mas quando não se tem cão caça-se com gato e estamos a preparar a equipa nesse sentido”, garante Hélder Pinho. Amadeu Pinto confirma não ter conseguido cumprir todos os pedidos de reforços do treinador, “por falta de capacidade financeira”. Até ao momento, o clube reforçou-se com três atletas: os guarda-redes João Ferro (sem clube) e Ricardo Lopes (Cucujães) e o jogador de campo Gonçalo Tavares, também de Cucujães. Hélder Pinho admite que “gostaria de ter ficado com o guarda-redes titular na época passada, Sérgio Costa”, mas também acredita que, “com os reforços conseguidos, estar mais forte nesse sector”.
orçamento dedicado ao mesmo será muito inferior em relação ao passado e dará para todos os escalões fazerem três treinos”. O Académico da Feira conta, actualmente, com cerca de 200 atletas, distribuídos pelo hóquei patins e pelo taekwondo e ténis, as outras duas modalidades do clube, que se encontram “em fase de expansão, quer em número de atletas, quer em condições de treino”, refere o presidente.
Recusada acusação de favorecimento
Amadeu Pinto fez questão, ainda, de recusar qualquer ideia de favorecimento, ‘deixada no ar’ por Jorge
Magalhães, presidente demissionário do C. D. Fiães, numa recente entrevista ao Correio da Feira. “Transpareceu pela notícia do C. D. Fiães que nós estamos a ser beneficiados, mas não é verdade. Estamos a falar em relação à Câmara ter retirado determinada percentagem (25%) ao Fiães. Eles têm um pavilhão só para eles, não pagam água, não pagam luz e a Câmara entendeu retirar determinada percentagem. A nós não nos foi retirado porque nós, para estarmos aqui, pagámos uma mensalidade. De Setembro a Junho pagámos três mil euros, se calhar corresponde aos 25% que lhes foi retirado. Todos os meses pagamos a factura e estamos em dia”, conclui Amadeu Pinto.
PLANTEL 2016/17
Mais receita e maior disponibilidade de pavilhão
A nova temporada do Académico da Feira traz também boas notícias no que a receita e a disponibilidade de pavilhão diz respeito. O clube voltou a participar na Viagem Medieval, ainda que em parceria com o C.D. Fiães, e tem o bar do Pavilhão da Lavandeira à sua exploração. Há ainda maior disponibilidade de pavilhão, depois da extinção do futsal do Feirense (também jogavam e treinavam na Lavandeira. Sobre a Viagem Medieval, Amadeu Pinto refere que “correu bem financeiramente, mas ficou um ‘amargo de boca’ porque achamos que merecíamos estar na Viagem sozinhos por tudo o que temos dado à cidade e ao evento”. Quanto ao pavilhão, o presidente refere que “o www.correiodafeira.pt
NOME
CLUBE EM 15/16
Ricardo Lopes
Cucujães
Artur Couto
Académico da Feira
Pedro SIlva
Académico da Feira
Avelino Amorim
Académico da Feira
Marco Dias
Académico da Feira
Bruno Sousa
Académico da Feira
Gabriel Teixeira
Académico da Feira
João Teixeira
Académico da Feira
Gonçalo Tavares
Cucujães
Carlos Xavier
Académico da Feira (jr.)
Mário Moreira
Académico da Feira (jr.)
João Ferro
RESPONSÁVEIS
Presidente: AMADEU PINTO
Sem clube
Preparador Físico: TIAGO PORTELA
Treinador: HÉLDER PINHO
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Foto: facebook.com/cdfreirense
futebol
‘A lei do mais forte’ prevaleceu no Estádio da Luz
GOlOs sUrreais nO iníciO da GOleada Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt
Dois lances de manifesta infelicidade abriram caminho à goleada sofrida pelo Feirense, no Estádio da Luz, frente ao Benfica, por 4-0, em partida referente à 7.ª jornada da I Liga.
I LIGA Naquela que foi a partida com mais público nas bancadas, até ao momento, na Liga NOS (mais de 58 mil espectadores coloriram as bancadas do Estádio da Luz), o Feirense ‘sucumbiu’ perante o poderio do Benfica, líder isolado da prova, saindo derrotado por 4-0. Luís Aurélio (35’, própria baliza), Salvio (61’), Franco Cervi (70’), Grimaldo (90+4’) marcaram os golos do triunfo encarnado. Os dois primeiros tentos nasceram de lances surreais e contribuíram decisivamente para a goleada sofrida pelos fogaceiros. O Feirense entrou muito bem na partida e foi quem dispôs da primeira oportunidade de golo. Cris aparece na cara de Ederson, mas falha um golo que parecia certo (perdida inacreditável!). Desinibidos e muito organizados (com as linhas baixas e a dar a iniciativa — controlada — ao adversário), os comandados de José Mota criavam dificuldades ao Benfica para assumir o jogo. A formação de Rui Vitória, no entanto, também foi criando situações de golo e Pizzi (corte perto da linha de golo de um defensor do Feirense, aos 6 minutos) e Salvio (grande defesa de Peçanha, aos 18 minutos), quase inauguraram o marcador. Depois de um início vibrante, a partida acalmou. As águias tinham mais posse de bola, mas precisavam de aumentar a mobilidade para desfeitear o seguro Peçanha. Mas o guarda-redes brasileiro viria a ser ‘traído’ por um companheiro, Luís Aurélio. Na sequência de um lança22
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mento lateral longo de Salvio, e numa abordagem defeituosa ao lance, Luís Aurélio marcou na própria baliza (35’). Estava aberto o marcador e, a partir daqui, a partida mudou. O Benfica ganhou confiança (a derrota a meio da semana, para a Liga dos Campeões, frente ao Nápoles, ‘pesava menos’), aumentou a intensidade e não mais perdeu o domínio da partida. Mas mais golos, só se viram na 2.ª parte. Em mais um lance caricato, Ícaro Silva, depois de recuperar uma bola na sua grande área, tenta fazer o alívio, mas a bola embate no pé de Salvio e acaba no fundo das redes, sem hipóteses para Peçanha (61’). Se o primeiro abalou, o segundo golo sofrido pelos fogaceiros deixou a equipa sem capacidade de reacção. O Benfica geria a partida e a vantagem, mas não tirava os olhos da baliza contrária. O terceiro dos encarnados surgiu nove minutos depois do 2-0. Aos 70 minutos, lançado por Pizzi, Nélson Semedo tirou um cruzamento perfeito para o pequeno Franco Cervi (tinha entrado cinco minutos antes) cabecear para o fundo da baliza. O Feirense tentava reagir em rápidas transições, mas estava cada vez mais encostado ao seu meio campo. Ainda assim, o Feirense quase chegou ao tento de honra por Tasos Karamanos (foi sempre uma ameaça para a defensiva encarada). Aos 86 minutos, o avançado grego do Feirense, num belo trabalho à ponta-de-lança, ganhou uma bola dividida na área adversária e rematou com www.correiodafeira.pt
muito perigo para defesa de recurso de Ederson (Luisão completou o alívio e afastou o perigo). Já no período de compensação dado pelo árbitro da partida Luís Ferreira, Grimaldo, num remate de fora da área, obrigou Peçanha a mais uma grande defesa (90+2’). Contudo, o guarda-redes brasileiro apenas conseguiu adiar o golo do lateral-esquerdo e o quarto do Benfica. Dois minutos depois, na marcação de um livre directo, a castigar falta dura de Paulo Monteiro, à entrada da área, a travar um excelente slalom de Zivkovic, Grimaldo atirou sem hipóteses de defesa e estabeleceu o resultado final. Vitória justa do Benfica. Pelo que fez ao longo da partida o Feirense merecia, pelo menos, o tento de honra.
LIGA NOS
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Resultados - 7.ª Jornada CD Tondela 2 1 Paços de Ferreira Rio Ave FC 1 2 Estoril Praia GD Chaves 3 1 Os Belenenses V. Guimarães 3 3 Sporting CD Nacional 0 4 F. C. Porto Benfica 4 0 CD Feirense V. Setúbal 0 1 Marítimo Boavista FC 2 0 Moreirense FC FC Arouca 1 1 Sp. Braga Classificação P J V E D GM - GS Benfica 19 7 6 1 0 17 - 4 F. C. Porto 16 7 51 1 15 - 4 Sporting 16 7 5 1 1 16 - 9 Sp. Braga 14 7 4 2 1 12 - 7 GD Chaves 12 7 3 3 1 8 - 6 V. Guimarães 11 7 3 2 2 12 - 11 Rio Ave FC 10 7 3 1 3 9 - 9 Os Belenenses 9 7 2 3 2 6 - 8 Marítimo 9 7 3 0 4 4 - 7 CD Feirense 9 7 3 0 4 6 - 13 Paços Ferreira 8 7 2 2 3 11 - 11 V. Setúbal 8 7 2 2 3 7 - 8 Boavista 8 7 2 2 3 8 - 10 Estoril Praia 7 7 2 1 4 7 - 11 CD Nacional 6 7 2 0 5 7 - 12 FC Arouca 5 7 1 2 4 5 - 9 CD Tondela 5 7 1 2 4 4 - 9 Moreirense FC 4 7 1 1 54 - 10 Próxima Jornada - 21 a 24 de Outubro Paços de Ferreira - CD Nacional - 21/10 Marítimo - Boavista FC - 21/10 CD Feirense - V. Setúbal, 16h Sporting - CD Tondela F. C. Porto - FC Arouca Moreirense FC - Rio Ave FC - 23/10 Estoril Praia - V. Guimarães - 23/10 Os Belenenses - Benfica - 23/10 Sp. Braga - GD Chaves - 24/10
ESTATÍSTICAS Posse de bola
70 %
30 % Remates
18
6 Remates à baliza
10
1 Cantos
8
1 Faltas cometidas
5
17
Peçanha
Ricardo Dias
Jean Sony
Luís Aurélio
Ícaro Silva
Luís Machado
Um punhado de grandes defesas foram adiando o primeiro e, depois, que o resultado fosse mais avolumado. O melhor do Feirense.
Foto: zap.aeiou.pt
Um-a-um do Feirense Mais uma novidade no 11 inicial apresentado por José Mora. Cumpriu os primeiros 90 minutos com a camisola do Feirense.
Ganhou o lugar a Barge e saiuse bem frente a Carrillo. Mais dificuldades com a velocidade de Franco Cervi e Zivkovic.
Abordagem desastrosa no lance do primeiro golo, acabou por marcar na própria baliza. Cedeu o seu lugar a Platiny.
Muito infeliz no lance do segundo golo conseguiu reerguer-se. Ajudou a deixar o Mitroglou em branco na partida.
Como jogou o Benfica
Era uma das armas de José Mota para as saídas em contraataque, mas ficou-se pelas ameaças.
Paulo Monteiro
Tasos Karamanos
Vítor Bruno
Fabinho
Semedo
Alex Kakuba
Cris
Platiny
Estreia a titular pelos fogaceiros, na I Liga. Fez a falta que originou o quarto golo do Benfica.
N a b a l i za , E d e r s o n r e gressou à titularidade (depois da noite não de Júlio César, em San Paolo) e revelou-se seguro. Na defesa, destaque para o regresso à titularidade do capitão Luisão. O brasileiro cumpriu ao lado de Lindelöf e teve alguns cortes importantes, apesar da ameaça que foi Tasos Karamanos. Nas alas defensivas, Nélson Semedo, à direita, e Grimaldo, à esquerda, apresentaram o habitual pendor atacante, com um ou outro susto a defender (mas cumpriram). O internacional português assistiu no terceiro golo e o espanhol fechou a contagem, depois de algumas tentativas. No meio-campo, Fejsa foi o habitual ‘pêndulo’ na zona ‘nevrálgica’ do terreno e um recuperador de
Deu muito trabalho aos centrais Luisão e Lindelöf. Móvel e abnegado quase marcava num par de ocasiões.
Grandes dificuldades para suster o lado direito dos encarnados. Foi substituído com o resultado em 2-0.
Entrou com o resultado em 1-0 para dar maior criatividade ao meio-campo do Feirense, mas sem grande resultado.
Voluntariosa a defender, teve dificuldades para sair a jogar a partir do meio-campo. Ajudou os centrais do Feirense.
Substituiu Vítor Bruno, mas sentiu as mesmas dificuldades do companheiro frente a Salvio e Nélson Semedo.
Grande perdida ao minuto 2 da partida. Envolveu-se numa ‘escaramuça’ com Pizzi e acabou substituído.
Última aposta dos fogaceiros para chegar pelo menos ao golo de honra, mas sem influência na partida.
José Mota
bolas exímio. A seu lado esteve, desta feita, Pizzi que derivou da ala para o miolo para substituir o lesionado André Horta (habitual titular). Nas alas, Salvio foi um ‘perigo à solta’ e Carrillo voltou a não deslumbrar, sendo substituído por Franco Cervi, que apontou o quinto da temporada (em todas as competições). Na frente do ataque pontificou o goleador Mitroglou que, desta feita, não marcou, mas esteve perto em algumas ocasiões. Nas suas costas, Gonçalo Guedes esteve irrequieto, como é seu timbre. Os dois avançados foram substituídos por José Gomes e Zivkovic, respectivamente. Apesar dos poucos minutos que estiveram em campo, os jovens atacantes mostraram qualidade técnica.
Rui Vitória “É um resultado demasiado exagerado, pois o Benfica não fez tanto que justifique o 4-0, mas parabéns para eles. Acho que o Feirense foi organizado em termos defensivos. Ao intervalo estávamos a perder e o Benfica não tinha justificado essa vantagem. O golo foi um golpe duro para o Feirense. A 2.ª parte veio e também não contava com aquele golo. O Salvio tem mérito, claro, mas há muita dose de sorte à mistura nos dois primeiros golos. A partir desse momento, o Benfica acaba por gerir o jogo à sua maneira.”
7.ª Jornada
“O resultado é inequívoco, no sentido das oportunidades que tivemos, mas o jogo não foi fácil. O Feirense estava organizado do ponto de vista defensivo e tivemos que desgastar muito o adversário para depois, numa exibição em crescendo, termos o domínio completo no 2.º tempo, não deixando que eles chegassem à nossa área.”
Árbitro: Luís Ferreira (AF Braga)
4
15
3
14
1
Lindelöf
Ederson
30
Carrillo (Franco Cervi, 65’)
Grimaldo
21
5
4
20
Luís Aurélio (Platiny, 72’)
Cris (Fabinho, 54’)
Tasos Karamanos
18
Nélson Semedo
Salvio
Luís Machado
Rui Vitória Nada a assinalar
Nada a Assinalar Luís Aurélio (35’, p.b.), Salvio (61’), Franco Cervi (70’), Grimaldo (90+4’)
6
1 Peçanha
Semedo
18 7
50
2 Ícaro Silva
37
Mitroglou (José Gomes, 78’)
Luisão
Jean Sony
17
9 11
0
28
Gonçalo Guedes (Zivkovic, 84’)
Pizzi
Fejsa
Estádio da Luz
Ricardo Dias
Paulo Monteiro
90 Vítor Bruno (Alex Kakuba, 65’)
Treinadores José Mota Amarelos
Cartão amarelo a Ricardo Dias (58’), Semedo (90+1’), Paulo Monteiro (90+2’).
Vermelhos
Nada a assinalar
Golos
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03.OUT.2016
23
Lusitânia de Lourosa e Fiães anularam-se no dérbi concelhio
CAMPEONATO SAFINA
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.
Resultados - 4.ª Jornada SC Esmoriz 2 1 SC Alba GD Milheiroense 0 0 Oliveira do Bairro AA Avanca 1 2 SC Beira Mar Romariz FC 0 0 Carregosense Lusitânia Lourosa 0 0 Fiães SC Alvarenga 2 2 Cucujães São João de Ver 3 2 SC Paivense União de Lamas 1 0 Sp. Espinho GD Mealhada 0 2 SC Bustelo Classificação P J V E D GM - GS S. João de Ver 10 4 3 1 0 6 - 3 SC Esmoriz 8 4 2 2 0 4 - 2 SC Alba 7 4 2 1 1 8 - 5 União de Lamas 7 4 2 1 1 7 - 4 SC Bustelo 7 4 2 1 1 6 - 4 Carregosense 7 4 2 1 1 3 - 2 Lusit. Lourosa 6 4 1 3 0 2 - 0 Fiães SC 5 4 1 2 1 3 - 1 SC Paivense 5 4 1 2 1 5 - 4 SC Beira Mar 5 3 1 2 0 5 - 4 Alvarenga 4 4 0 4 0 6 - 6 AA Avanca 4 4 1 1 2 3 - 4 Sp. Espinho 3 4 0 3 1 2 - 3 Oliveira do Bairro 3 4 0 3 1 3 - 4 Cucujães 3 4 0 3 1 3 - 5 GD Milheiroense 2 3 0 2 1 1 - 2 Romariz FC 2 4 0 2 2 0 - 5 GD Mealhada 0 4 0 0 4 2 - 11 Próxima Jornada - 09 de Outubro SC Esmoriz -GD Milheiroense Oliveira do Bairro - AA Avanca SC Beira Mar -Romariz FC Carregosense - Lusitânia de Lourosa Fiães SC - Alvarenga Cucujães - São João de Ver SC Paivense -União de Lamas Sp. Espinho - GD Mealhada SC Alba - SC Bustelo
DÉRBI TERMINA SEM GOLOS O muito aguardado dérbi entre o Lourosa e o Fiães terminou com um nulo. Lusitanistas jogaram, a partir do minuto 66, em inferioridade numérica por expulsão de Fábio Gonçalves.
CAMP. SAFINA O tão desejado regresso de Adolfo Teixeira a Lourosa (treinou o clube há duas épocas) e o confronto de Miguel Oliveira com a sua ex-equipa, depois de uma saída algo conturbada (esteve no Fiães a época transacta), terminou sem a essência do futebol, os golos. A rivalidade sentiu-se, mas o marcador não sofreu alterações. O S. João de Ver regressou à liderança isolada no Nélson Costa campeonato. A formação orientada por Ricardo nelson.costa@correiodafeira.pt Maia venceu (com uma reviravolta) o Paivense (3-2)
Lus. Lourosa
0
S. João Ver
3
Fiães
0
Sp. Paivense
2
Estádio do Lusitânia FC Lourosa Árbitro: António Costa
Lus. Lourosa: Nuno; Tiago Ferreira (Max, 81’), Vítor Sá, Fábio Gonçalves, António, Ivo Oliveira, Eduardo, Andrézinho (Bruno, 85’), Inverno, Pedro Silva, Ginho (Sousa, 56’) Treinador: Miguel Oliveira Fiães: Fernando Pais; Tiaguinho (Filipe Leite, 62’), Seminha, Xavi (Jaiminho, 85’), Samu, Rúben Barbosa, Bruno Tiago, Carlos Almeida, Dani, Nélson Diogo, Luccas (Napoleão, 65’) Treinador: Adolfo Teixeira Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Carlos Almeida (53’), Pedro Silva (61’), Nélson Diogo (69’), Samu (74’), Dani (74’), Filipe Leite (76’), Jaiminho (87’), Xavi (90’). Cartão vermelho a Fábio Gonçalves (66’).
Grande expectativa na ‘capital da cortiça’ para a recepção do Lusitânia ao Fiães. O técnico lusitanista Miguel Oliveira defrontava pela primeira vez o seu ex-clube, enquanto Adolfo Teixeira regressava (mais uma vez) a Lourosa, mas na condição de adversário. No entanto, nenhuma das equipas conseguiu dar seguimento às vitórias alcançadas na jornada passada. A 1.ª parte foi de domínio quase absoluto do Lourosa, ainda que o Fiães tenha respondido na parte final. A 2.ª parte foi mais equilibrada. Aos 66 minutos, o defesa central do Lourosa Fábio Gonçalves foi expulso, mas os fianenses não conseguiram aproveitar a vantagem numérica para conquistar os três pontos. 24
03.OUT.2016
Estádio Sp. Clube São João de Ver
C.
F. U. L.
1
U. Lamas Sp. Espinho
0
Estádio Comendador Henrique Amorim
Árbitro: Bruno Costa
Árbitro: Eduardo Rocha
S. João de Ver: Saúl; Magolo, Marco Ribeiro, Luís Belo, Bino, João Pedro (Cardoso, 82’), Martini, Yorn (Manu, 60’), Machadinho, Osório (Ricardo Gomes, 73’), Leo Treinador: Ricardo Maia
U. Lamas: Pedro Justo; Manu, João Marques, Joel, Tiago Ribeiro, Óscar Beirão, Américo (Pinheiro, 75’), Fábio Raúl, Flecha (João Dias, 90+1’), Bruno Anciães, Bruno Faria (Ameriquinho, 81’) Treinador: Luís Miguel Martins
Sp. Paivense: David; Sandro, Paulão, Maicon, Tiago Luís (Gonçalo, 82’), Hugo Soares, Mesquita, Soares, Pichelim, Joãozinho (Duarte, 85’), Mika (Justo, 75’)
Sp. Espinho: Bruno Silva; Chiquinho, Rui Silva, Bruno Gomes, Ministro, Van Zeller, Rui Lopes (Carlitos, 75’), Rui João, Lima, Carlos Manuel, Marqueiro (Mendes, 81’) Treinador: Carlos Manuel
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Tiago Luís (65’), João pedro (80’), Manu (90+5’). Golos: Mika (15’), Machadinho (45’), Pichelim (50’), Leo (68’), Manu (71’)
O S. João de Ver regressou à liderança isolada do campeonato depois de conseguir uma espectacular reviravolta no marcador frente ao Paivense. Os forasteiros entraram a ganhar, com um golo de Mika (15’). Os da casa responderam, mas só chegaram à igualdade no minuto 45, numa jogada rápida de Machadinho. Na 2.ª parte, o Paivense cedo volta a colocarse em vantagem (50’), por Pichelim, na sequência de um livre lateral. A resposta do S. João de Ver não se fez esperar e em três minutos conseguiu a ‘cambalhota’ no marcador, primeiro por Leo (68’), em contra-ataque, e depois por Manu (71’), na recarga a uma defesa incompleta de David. Vitória justa.
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Marqueiro (60’), Rui Lopes (60’), Van Zeller (62’), Bruno Gomes (69’), Flecha (78’). Golo: Bruno Anciães (72’)
‘Clássico’ aveirense no Comendador Henrique Amorim a fazer lembrar outros tempos. O U. Lamas entrou melhor, esteve perto do golo, mas Bruno Silva evitou o golo com uma boa defesa. Na parte final da 1.ª parte, o Espinho respondeu e acabou a dominar. Na 2.ª parte, os lamacenses entraram muito determinados e empenhados em chegar à vitória. O golo do triunfo do U. Lamas apareceu aos 72 minutos, por Bruno Anciães a desviar um remate de Fábio Raúl que não seguia o caminho da baliza. A perder, o Espinho lançou-se para o ataque e pressionou muito a equipa da casa que se viu obrigada a recuar. No entanto, o U. Lamas manteve as suas redes invioláveis e garantiu os três pontos. www.correiodafeira.pt
e aproveitou a derrota do Alba em Esmoriz. O U. Lamas também venceu e ascendeu ao grupo dos terceiros classificados. Frente ao Espinho, em mais um ‘clássico’ aveirense, os lamacenses venceram, em casa, pela margem mínima (1-0). As restantes partidas a envolver equipas do Concelho também terminaram sem golos. Milheiroense e Romariz, ambas em casa e a ocupar lugares no fundo da tabela classificativa, empataram com Oliveira do Bairro e Carregosense, respectivamente.
Milheiroense
0
Romariz
0
Oliv. Bairro
0
Carregosense
0
Complexo Desportivo Milheirós de Poiares Árbitro: Carlos Tavares Milheiroense: Pedro Monteiro; Pedro Nuno, Xavier, Mendes, Barbosa, Jardel, Castro, Marcelo, Jekas (Joãozinho, 58’), Miguel (João Luís, 65’), Zé António Treinador: Hélder Pinho
Campo dos Valos Árbitro: António Gomes Romariz: Jacinto; Miguel, Cadete, Leitinho, Huguito (Valente, 85’), Tiago Peru, Abel, Miguelzinho (Márcio Balona, 73’), Julinho (Keno, 63’), Marroco, Roma Treinador: José Borges
Oliv. Bairro: Marcelo; Miguel Campos, Carnoto (Luís Barreto, 66’), Rafa (Diogo Alves, 75’), Diogo André, Serginho, Luizão, Rato, Leo, Leandro (Zé Alves, 83’), Hugo Paulo Treinador: Pedro Moniz
Carregosense: Janita; António (Tono), Rogerinho, Denis (David), Ratinho (Miguel Leite), Rosas, Vitinha, Cassamá, Sandro, Álvaro, Luís Teixeira Treinador: André Teixeira
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Pedro Monteiro, Marcelo, João Luís, Mendes (2x); Leo. Cartão vermelho a Mendes (75’).
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Tiago Peru, Roma, Keno; Rogerinho, Vitinha, Sandro, Álvaro, Miguel Leite, David.
O Milheiroense entrou na partida a jogar mais recuado e a apostar no futebol directo, enquanto o Oliveira do Bairro era quem assumiu mais riscos ofensivos. Contudo, a equipa de Milheiroense ia controlando a partida, mas as (poucas) oportunidades de golo pertenceram aos forasteiros. Na 2.ª parte, o Milheiroense entrou melhor e determinado a chegar mais vezes à baliza contrária, no entanto, a 15 minutos do 90, ficou reduzida a dez elementos, por expulsão de Mendes. Mesmo a jogar com menos um homem em campo, a inferioridade numérica não se fez sentir e a partida manteve-se equilibrada. No final, o resultado acaba por se aceitar.
Partida muito jogada a meio campo, sem golos e onde as principais estrelas estiveram, novamente, nas bancadas. Mais um grande espectáculo e apoio da claque do Romariz, mas que não conseguiu catapultar a sua equipa para a primeira vitória na prova. Na 1.ª parte esteve melhor a equipa da casa. Marroco quase marcou, mas Janita chegou primeiro à bola. No entanto, a 2.ª parte foi de domínio quase absoluto do Carregosense que dispôs de duas grandes oportunidades de golo, desperdiçadas por Cassamá e Álvaro. O Carregosense terminou a partida com quatro avançados e o Romariz mais recuado. Ainda assim, o resultado aceita-se.
CHUVA DE GOLOS NO EMPATE ENTRE ARGONCILHE E POUSADELA A equipa sensação das duas jornadas inaugurais, o Pousadela, deslocou-se ao terreno do Argoncilhe e registou um empate a três bolas com dois golos a surgirem já na compensação. Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
Argoncilhe
3
Pousadela
3
Campo de Jogos do Padrão, Vila Maior
Caldas S. Jorge
0
G. Rui Dolores
0
Parque Desportivo de Caldas S. Jorge
Árbitro: José Silva
Árbitro: Nuno Pinto
Argoncilhe: Chico; Jaime, Pedro Rodrigues (Catota, 65’), Pedro Oliveira (Tavares, 82’), Tiago Oliveira (Ramiro, 68’), Luís, Bazuca, Rui Sousa, João, Russo, Félix Treinador: Tiago Freitas
Caldas S. Jorge: Bruno Miguel; Roman, Brunito, Nogueira (Ricardo, 85’), Cristophe, Ivo (Tiago, 65’), Marco, Isidro, Filipe, André, Edison. Treinador: Torcato Moreira
Pousadela: Mota; Ricardo Melo (Tiago, 86’), Rui Moreira, Filipe, Ivo, Vitor Vieira, Machado (Armando, 75’), Marco, Castro, Cláudio (Terry, 82’), Adauto Treinador: Dany Amorim Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Félix (60’) e Catota (90+7’); Vitor Vieira, Machado, Marco e Tiago.
II DISTRITAL Três dérbis concelhios marcaram a terceira ronda, com destaque para a chuva de golos no Campo Centro Social de Argoncilhe. Os homens da casa e o Pousadela igualaram-se a três bolas num jogo com um final alucinante para os amantes do futebol. O Fiães ‘B’ somou os primeiros pontos da sua participação na segunda divisão ao vencer a equipa do Sanguedo pela margem mínima. Valeu o golo de Ramos. Ainda na série A, Caldas de São Jorge empatou, sem golos, na recepção à Geração Rui Dolores. Já o Paços
G. Rui Dolores: Higuita; Bernardo, André Dolores, Nakata (Picas, 44’), André Leal (Tiago Godinho, 70’), Pedro Nunes, Abelha, Amorim, Tiaguinho (Gaúcho, 75’) Treinador: Zé Manuel
Golos: FBazuca (20’), Adauto (40’), Marco (75’), Catota (85’), Rui Sousa (90+3’, g.p.) e Filipe (90+5’)
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Filipe, André e Ricardo; Tiago Godinho (85’).
Argoncilhe recebeu um verdadeiro festival de golos com a equipa da casa a empatar a três com o Pousadela. Foram os homens da casa a controlar a primeira metade e o golo surgiu aos 20 minutos pelos pés de Bazuca. Adauto igualou aos 40’ e levou o empate para o descanso. Na etapa complementar, Marco coloca os visitados na frente, mas Catota volta a empatar. Já nos descontos, Rui Sousa, de penálti, faz o 3-2 para os treinados por Tiago Freitas, mas os comandados de Dany Amorim empataram no último lance do encontro por Filipe.
A equipa do Caldas de São Jorge procurava nesta jornada fazer esquecer o desaire da última, na qual perdeu por 5-0 como Canedo. E fez. Num jogo com muita entrega, parte-a-parte, a superioridade da Geração Rui Dolores fez-se sentir, mas não se transpareceu no marcador. Os homens de Torcato Moreira com um jogo mais directo e os pupilos de Zé Manuel a aproveitarem os erros dos visitados, mantiveram o nulo até ao final da partida. O Caldas de São Jorge segue com apenas um ponto somado e a Geração Rui Dolores com quatro.
1
Fiães B
de Brandão e o Canedo registaram resultados iguais a golearem, São Martinho e Sabariz, respectivamente, por uns expressivos 7-0. A equipa do Lobão continua sem somar qualquer ponto depois de ter sido derrotado na deslocação a Mansores por 3-0. Na série B, destaque para os primeiros pontos do Arrifanense que recebeu e venceu o Furadouro por 2-1. A outra equipa concelhia na mesma série, o Mosteirô, deslocou-se a Macieira de Cambra e venceu pela margem mínima.
Arrifanense
2
Furadouro
1
II DIVISÃO DISTRITAL - Série A
Árbitro: Nuno Camarinha
Árbitro: José Silva
Fiães B: Tiago; Andrézinho, Flávio, Jonas, Neves, Ramos, Henrique (Filipe Santos), Ramalho (Alcides), Tiago Couto, Xavi (Edu), Barbosa Treinador: Carlos Coelho
Arrifanense: Penetra; Francisco Aguiar, Stephan, Riskas, Francisco Ferreira, Fábio Teixeira, Rui Correia (Rui Teixeira, int.), Rúben Costa, Manel, Fábio Freitas (Carlos, 80’), Talhas (Júnior, 60’) Treinador: Pedro Santos
Sanguedo: Coelho; João Carlos (Feiteira, 80’), Bruno, Augusto, Tiago, Mico, Pedro, Diogo, Bruno Espinho, Chico (Vasco, 70’), Zé Treinador: Baptista
Furadouro: Paulo Pinto; Tiago Silva, João Pinho (Tiago Rodrigues, 87’), João Manuel, Bruno Marques, Luís Pinho, Emanuel (António Reis, 58’), Garramas, Fábio, Luís Carlos (Maganinho, 58’), Bruno Treinador: Miguel Sousa
Acção Disciplinar: Nada a assinalar.
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Fábio Freitas (40’) e Fábio Teixeira (75’).
Resultados - 3.ª Jornada Mansores 3 0 Lobão Argoncilhe 3 3 Pousadela Paços de Brandão 7 0 São Martinho AC Sabariz 0 7 Canedo Caldas São Jorge 0 0 Esc. Rui Dolores Fiães B 1 0 Sanguedo Folgou ACRD Mosteirô Classificação P J V E D GM - GS Pousadela 7 3 2 1 0 7 - 3 Canedo 6 2 2 0 0 12 - 0 Paços Brandão 6 3 2 0 1 11 - 1 ACRD Mosteirô 6 2 2 0 0 8 - 1 Mansores 6 2 2 0 0 4 - 0 Esc. Rui Dolores 4 2 1 1 0 1 - 0 Argoncilhe 4 3 1 1 1 5 - 5 São Martinho 4 3 1 1 1 4 - 10 Fiães B 3 2 1 0 1 1 - 4 Caldas S. Jorge 2 3 0 2 1 2 - 7 Sanguedo 0 3 0 0 3 1 - 6 Lobão 0 3 0 0 3 1 - 9 AC Sabariz 0 3 0 0 3 1 - 12 Próxima Jornada - 09 de Outubro Lobão - Fiães B Pousadela - Mansores São Martinho -Argoncilhe Canedo - Paços de Brandão Escolinha Rui Dolores - AC Sabariz ACRD Mosteirô -Caldas de São Jorge Folga Sanguedo
Golo: Ramos (37’)
Golos: João Manuel (30’), Fábio Freitas (50’), Carlos (85’)
II DIVISÃO DISTRITAL - Série B
Sanguedo
0
Campo de Treinos de Fiães Nº1
Mais um dérbi concelhio com a sorte do jogo a sorrir à equipa secundária de Fiães. Esta foi a primeira vitória para a recémcriada equipa do Fiães ‘B’ que recebeu o Sanguedo e venceu pela margem mínima. Foi um jogo bastante repartida com muitas bolas bombeadas para as áreas de ambos os clubes. O golo solitário surgiu ao minuto 37. Livre batido para dentro da grande área e Ramos a cabecear para o fundo da baliza protegida por Coelho. O Sanguedo tentou chegar ao equilíbrio no marcador, mas os jovens fianenses souberam manter a sua baliza inviolável. www.correiodafeira.pt
Estádio Maria Carolina Leite Resende Garcia
À terceira foi de vez. O Arrifanense procurava a primeira vitória no campeonato e conseguiu-a na terceira jornada ao receber e vencer o Furadouro por 2-1. Os concelhios viram-se surpreendidos ao minuto 30 com João Manuel a desfazer o nulo na transformação de um livre directo. O intervalo parece ter feito bem aos comandados de Pedro Santos que entraram para a segunda metade com outra atitude. Fábio Freitas, aos 50’, isola-se e empata a partida com um ‘chapéu’ a Paulo Pinto. O tento que deu os três pontos aos arrifanenses surge num cabeceamento de Carlos.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.
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Resultados - 3.ª Jornada Ovarense 0 1 Macieirense Cesarense B 3 2 FC Pinheirense Válega 0 0 AD Santiais São Roque 0 1 S. Vicente Pereira Macieira de Cambra 0 1 Mosteirô F. C. Arrifanense 2 1 Furadouro Folgou Valecambrense Classificação P J V E D GM - GS São Vic. Pereira 9 3 3 0 0 10 - 0 Macieirense 9 3 3 0 0 5 - 2 Mosteirô F. C. 6 3 2 0 1 4 - 2 São Roque 4 3 1 1 1 4 - 2 Valecambrense 4 2 1 1 0 2 - 1 Válega 4 3 1 1 1 3 - 3 Ovarense 3 2 1 0 1 2 - 2 Cesarense B 3 3 1 0 2 5 - 6 Arrifanense 3 3 1 0 2 2 - 6 Macieira Cambra 3 3 1 0 2 2 - 7 Furadouro 1 2 0 1 1 1 - 2 FC Pinheirense 1 3 0 1 2 3 - 5 AD Santiais 1 3 0 1 2 1 - 6 Próxima Jornada - 09 de Outubro FC Pinheirense - Ovarense AD Santiais - Cesarense B São Vicente Pereira - Válega Mosteirô F. C. - São Roque Furadouro - Macieira de Cambra Valecambrense - Arrifanense Folga Macieirense
03.OUT.2016
25
Cinco golos nos primeiros 25 minutos da partida ditaram uma nova derrota para os fianenses, desta feita frente ao Paços Ferreira (2-3). Já os iniciados do Feirense empataram a duas bolas com o Penafiel. Em juniores, o Feirense empatou (2-2) com o Penafiel e o Lourosa superou o Alfenense (1-2). Marcelo Brito marcelo.brito @correiodafeira.pt
FIÃES PERDE EM ‘JOGO DE LOUCOS’
NACIONAL DE JUNIORES I Divisão - 1.ª Fase - Zona Norte
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.
Resultados - 9.ª Jornada Paços de Ferreira 1 1 CD Feirense Moreirense 0 3 F. C. Porto Rio Ave 2 2 Gil Vicente Sp. Braga 1 3 Padroense GD Chaves 1 0 Oliveirense Leixões 3 2 V. Guimarães Classificação P J V E D GM F. C. Porto 25 9 8 1 0 25 Sp. Braga 19 9 6 1 2 14 V. Guimarães 17 9 5 2 2 22 Rio Ave 13 9 2 7 0 20 Paços Ferreira 12 9 2 6 1 13 Leixões 11 9 3 2 4 13 Padroense 11 9 3 2 4 12 CD Feirense 11 9 3 2 4 10 GD Chaves 10 9 2 4 3 13 Oliveirense 6 9 1 3 5 5 Gil Vicente 5 9 0 5 4 6 Moreirense 3 9 0 3 6 7 Próxima Jornada - 15 de Outubro Leixões - CD Feirense, 15h Oliveirense - Paços de Ferreira Padroense - Moreirense V. Guimarães - Rio Ave Gil Vicente - Sp. Braga F. C. Porto - GD Chaves
GS 5 8 7 11 12 15 17 16 14 23 11 21
NACIONAL DE JUNIORES II Divisão - 1.ª Fase - Série B
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Resultados - 5.ª Jornada FC Arouca 4 4 AD Sanjoanense SC Freamunde 0 2 Boavista FC Salgueiros 08 0 2 FC Cesarense Atlético Alfenense 1 2 Lusitânia Lourosa FC Penafiel 2 0 UD Sousense Classificação P J V E D GM - GS Boavista FC 15 5 5 0 0 19 - 1 FC Cesarense 12 5 4 0 1 14 - 7 UD Sousense 9 5 3 0 2 9 - 10 FC Penafiel 8 5 2 2 1 7 - 6 FC Arouca 8 5 2 2 1 9 - 9 SC Freamunde 7 5 2 1 2 9 - 6 Lusit. Lourosa 6 5 2 0 3 9 - 14 Atlético Alfenense 4 5 1 1 3 8 - 13 AD Sanjoanense 2 5 0 2 3 9 - 17 Salgueiros 08 0 5 0 0 5 2 - 12 Próxima Jornada - 15 de Outubro FC Cesarense - Atlético Alfenense Boavista FC - FC Arouca Lusitânia de Lourosa - FC Penafiel,15h AD Sanjoanense - Salgueiros 08 UD Sousense - SC Freamunde
NACIONAL DE INICIADOS I Fase - Série B
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12.
26
Resultados - 6.ª Jornada Fiães SC 2 3 Paços de Ferreira CD Feirense 2 2 FC Penafiel SC Freamunde 0 2 Gondomar SC F. C. Porto 6 1 SC Vila Real Leixões SC 2 0 Sp. Coimbrões Dragon Force FC 0 0 Sp. Espinho Classificação P J V E D GM - GS F. C. Porto 16 6 5 1 0 22 - 3 Leixões SC 15 6 5 0 1 10 - 5 FC Penafiel 12 6 3 3 0 13 - 4 Paços Ferreira 12 6 4 0 2 9 - 7 Dragon Force FC 11 6 3 2 1 10 - 5 CD Feirense 8 6 2 2 2 13 - 9 Sp. Espinho 8 6 2 2 2 7 - 7 Gondomar SC 7 6 2 1 3 8 - 9 SC Freamunde 6 6 2 0 4 5 - 8 Sp. Coimbrões 5 6 1 2 3 4 - 9 SC Vila l Rea 1 6 0 1 5 5 - 25 Fiães SC 0 6 0 0 6 6 - 21 Próxima Jornada - 09 de Outubro Dragon Force FC -CD Feirense, 11h Sp. Coimbrões -Fiães SC, 11h FC Penafiel - F. C. Porto Sp. Espinho - Gondomar SC SC Vila Real - Leixões SC Paços de Ferreira - SC Freamunde
03.OUT.2016
Iniciados: Fiães x Paços Ferreira
FORMAÇÃO À sexta jornada do campeonato nacional de Iniciados, o Fiães continua à procura de somar os primeiros pontos. Recebeu o Paços Ferreira e voltou a perder por 2-3, o mesmo resultado que tinha feito frente ao Gondomar na jornada anterior. Os cinco golos apareceram na
Paços Ferreira
1
Feirense
1
primeira metade. Também em Iniciados, o Feirense empatou a duas bolas na recepção ao Penafiel, depois de estar a vencer por dois golos de diferença, num jogo manchado pelas consecutivas intervenções menos positivas do juiz da partida. O Feirense, mas em
Alfenense
1
Lus. Lourosa
2
Juniores, consentiu novo empate. Deslocaram-se ao terreno do Paços Ferreira e não foram além do empate a uma bola. Os juniores do Lourosa foram a única formação concelhia a disputar os campeonatos nacionais que conseguiu somar os três pontos. Venceram o Alfenense por 1-2.
Feirense
2
Penafiel
2
Campo de Treinos Nº1 do FC Paços Ferreira
Complexo Desportivo de Alfena
Complexo Desportivo CD Feirense
Árbitro: Iancu Vasilica (AF Madeira)
Árbitro: Rui Lima (AF Viana do Castelo)
Árbitro: Tiago Saturnino (AF Madeira)
Paços Ferreira: Flávio Brandão; Vítor Tavares, Pedro Marques, Wilson (Rafael Agostinho, 13’), Roger, Barbosa, Hélder Silva (Renato, 65’), Ibrahim, Diogo Pereira, Miguel Ângelo, Boubacar (Vítor, 75’) Treinador: Filipe Cândido Feirense: Ivo; Vitinha, Diga, Rafa, Jacques, Rúben, Vieira (Miguel Henriques, 65’), Madueke (Pedro Costa, 90’), Adriel (Azevedo, 80’), João Tavares, André Treinador: Tiago Conde
Alfenense: Rui; Ferreira, Remi, Geraldes, João, Sousa, Teixeira, Balde, Aveiro (Tiago, 65’), Paulo Sousa (Ruizinho, 70’), Rafa (Beto, 55) Treinador: Litos Boaventura
Feirense: André; Balelo, Lourenço, Ricardo, Rui Couto, Miguel Ruge, Bernardo (Igor, 50’), Miguel Martins, Bravo, Robinho (Diogo Silva, int.), João Martins (Rodrigo, 55’) Treinador: Manuel Teixeira
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Roger (12’), Jacques (20’), Adriel (72’), Vítor (85’). Cartão vermelho a Ibrahim (71’). Golos: Diogo Pereira (30’), João Tavares (61’)
I JUNIORES Novo jogo, novo empate. O Feirense deslocouse a Paços de Ferreira e somou mais um ponto na Zona Norte da primeira divisão nacional. A equipa orientada por Tiago Conde entrou desconcentrada e os primeiros 45 minutos da partida foram controlados pelos ‘castores’ que chegaram ao intervalo a vencer. Marcou Diogo Pereira, aos 30 minutos, bateu Ivo. Na etapa complementar, os fogaceiros equilibraram a partida e o golo do empate surge pelo intermédio de João Tavares, à passagem pelo minuto 61. Os fogaceiros mantiveram o controlo da partida depois de Adriel isolar-se e Ibrahim ser obrigado a pará-lo com falta e ver vermelho directo.
Lus. Lourosa: Chico Costa; Graça, Lima, Maia, André O., J. Marcelo (Fonseca, 50’), Monteiro (Amorim, 78’), Chico Marques, Marcelo, Cardoso, Carvalho (Sousa, 65’) Treinador: José Carlos Monteiro Acção Disciplinar: Nada a assinalar. Golos: Marcelo (30’), Aveiro (38’), Cardoso (48’)
II JUNIORES Depois de ter sido goleado em casa pelo Cesarense na jornada anterior, o Lourosa deslocou-se ao Complexo Desportivo de Alfena para derrotar o Atlético Alfenense por 1-2, em jogo referente à quinta jornada da segunda divisão nacional do escalão. Os concelhios inauguraram o marcador por intermédio de Marcelo à passagem pelo minuto 30, mas Aveiro empatou, ao introduzir o esférico na baliza de Chico Costa aos 38’. Já na etapa complementar, o golo que ditou os três pontos para os lusitanistas surgiu pelo intermédio de Cardoso, ao minuto 48. Os concelhios somam seis pontos em cinco jogos e ocupam a sétima posição da tabela classificativa. www.correiodafeira.pt
Penafiel: Pinto; Emanuel, Monteiro, Caetano, Ivo, Rafa Gomes, Santiago, Luís Branco, Alex, Rafa, Licá. Treinador: Hélder
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Miguel Ruge (30’).
Fiães
2
Paços Ferreira 3 Campo de Treinos Fiães SC Árbitro: Abel Silva (AF Viseu) Fiães: Henrique; Raul Oliveira, Marco Pais, Rui Daniel, Francisco Ribeiro (João Pedro, 58’), Bernardo Vita (Rúben Ferreira, 51’), Vítor Fardilha, Zé Luís, Leandro Ferreira (Vasco Sá, int.), Rúben Ferreira, Diogo Lopes Treinador: Saulo Santos Paços Ferreira: Zé; Tiago Silva, Cenoura, Rafa, João Cruz, Tiago Barbosa, Vale (Bruno Rodrigues, 67’), Mendonça, Dani (Dário, 50), Bruno Silva, Gonçalo Duarte (Sevilha, int.) Treinador: Marco Paiva Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Cenoura (21’), Leandro Ferreira (28’), Bernardo Vita (46’). Cartão vermelho directo a Mendonça (70+3’).
Golos: Bernardo (33’), João Martins (39’)
Golos: Leandro Ferreira (4’), Tiago Silva (6’), João Cruz (7’), Rúben Ferreira (10’) e Mendonça (25’, g.p.)
INICIADOS O Feirense não foi além do empate a duas bolas frente ao Penafiel, mas o jogo ficou manchado pelas intervenções menos positivas da equipa de arbitragem liderada pelo madeirense, Tiago Saturnino. O Feirense entrou na partida da melhor forma e chegou ao intervalo já em vantagem. No início da etapa complementar, aumentou a vantagem, mas consentiu posteriormente dois golos. O primeiro surge de um penálti e o Penafiel ainda falhou um segundo castigo máximo. O golo do empate fez disparar as críticas ao juiz, pois o guardião André segura a bola dentro da pequena área, mas quatro(!) jogadores dos visitantes ‘abalroaram-no’ para dentro da baliza, com o golo a ser validado.
INICIADOS Sexta derrota em outros tantos jogos. O Fiães mostra provas de melhorias e pela segunda jornada consecutiva que entra na partida com vontade de somar os primeiros pontos. Aos 4’, Leandro Ferreira coloca os fianenses na vantagem, mas do lado do Paços Ferreira, Tiago Silva (6’) e João Cruz (7’), reagiram prontamente à entrada fulgurante da formação de Saulo Santos e viraram o resultado. O Fiães reagiu à reviravolta no marcador e Rúben Ferreira, aos 10’, colocou o jogo empatado a duas bolas. Quatro golos em 10 minutos tornaram o jogo num verdadeiro festival. O golo da vitória dos ‘castores’ surgiu aos 25’ através da conversão de uma grande penalidade.
futsal
NOVA JORNADA, NOVA GOLEADA Lamas Futsal
11
Domus Nostra
1
Pavilhão Comendador Henrique de Amorim Árbitros: Nuno Oliveira e Carlos Castanheira (AF Aveiro) Lamas Futsal: Nuno; Vítor Amorim, Cereja, Keké, Vitinha Suplentes: Leonel; Tito, Diogo Amorim, João Maio, Zé Paulo, Guedes, Rafael Treinador: Luís Alves Domus Nostra: Rafael; David Nicolau, Tiago Bastos, Fábio Rumor e Micael Suplentes: Barreira, Ricardo, Pacheco, Chico, Mauro, Cláudio Ferreira, José Rua, David Pacheco, Gonçalo Ferreira Treinador: Cláudio Cruz Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Cláudio Ferreira (25’), Fábio Rumor (32’), David Pacheco (36’). Golos: Cereja (1’), Vítor Amorim (7’), João Maio (14’), Keké (18’), Guedes (20’ e 34’), Rafael (21’), Barreira (27’), Zé Paulo (28’, 38’ e 40’), Diogo Amorim (38’)
Depois de golear na jornada inaugural o Casal Cinza por 9-0, o Lamas Futsal recebeu e cilindrou o Domus Nostra por uns expressivos 11-1. Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt
II NACIONAL Os registos são impressionantes. Em duas jornadas, o Lamas Futsal soma 20 golos marcados e apenas um sofrido. No sábado, o Pavilhão Comendador Henrique Amorim recebeu a equipa do Domus Nostra onde os lamacenses provaram que a candidatura aos lugares cimeiros da Série C é séria. A equipa orientada por Luís Alves, que já sentou no banco depois da jornada anterior ter-se ausentado devido a compromissos pessoais, entrou praticamente a ganhar. Nos primeiros segundos do jogo, o experiente Cereja deu a liderança do marcador ao Lamas que nunca
LOUROSA EM ÚLTIMO NO TORNEIO CIDADE DE AZEMÉIS TORNEIO CIDADE AZEMEIS Com o início de campeonato à porta, a equipa concelhia do Lusitânia de Lourosa participou no Torneio Cidade de Oliveira de Azeméis juntamente com as equipas do Restauradores Avintenses, Novasemente e ainda Vermoim. As comandadas de Zé Paulo Almeida jogaram a meia-final frente à equipa do Vermoim e o desfecho não foi o esperado. O resultado ao intervalo era de 6-0 a favor do Vermoim que dilatou
EQUIPA TREINADOR
Lourosa Feminino
Juv. Fiães
Juv. Canedo
Arrifanense
II DIVISÃO NACIONAL - Série C
a vantagem na etapa complementar para 10-0. No jogo de atribuição para o terceiro e quarto lugar, o Lusitânia de Lourosa defrontou o Restauradores Avintenses (que perdeu nas meias-finais com a Novasemente por 4-0) e voltou a somar nova goleada. Ao intervalo, as lusitanistas já perdiam por quatro golos de diferença e, no final da partida o resultado fixou-se em 7-1 a favor da equipa de Avintes, Gaia. O torneio foi ganho pelo Vermoim.
mais a perdeu. Com muita intensidade, o futsal praticado pelos lamacenses trocaram as voltas ao Domus Nostra que consentiu mais quatro golos até ao intervalo. Marcaram Vítor Amorim, João Maio, Keke e Guedes. Na etapa complementar, os visitantes assumiram um cinco contra quatro e foi o guarda-redes Barreira a reduzir. Os concelhios continuaram a ser superiores e dilataram a vantagem com o resultado final a fixar-se em 11-1. Marcaram, na segunda parte, novamente Guedes, Rafael, Diogo Amorim e ainda Zé Paulo que assinou um hat-trick.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Resultados - 2.ª Jornada ABC Nelas 5 1 UD Cariense UPC Chelo 9 0 GCR Casal Cinza Ossela 0 4 Viseu 2001 Lamas Futsal 11 1 Domus Nostra Saavedra Guedes 2 3 Pedreles Beira Dão Classificação P J V E D GM - GS Lamas Futsal 6 2 2 0 0 20 - 1 Viseu 2001 6 2 2 0 0 13 - 0 Ped. Beira Dão 6 2 2 0 0 7 - 4 ABC Nelas 4 2 1 1 0 6 - 2 UPC Chelo 3 2 1 0 1 9 - 9 Saavedra Guedes 1 2 0 1 1 6 - 7 UD Cariense 1 2 0 1 1 5 - 9 Domus Nostra 1 2 0 1 1 2 - 12 Ossela 0 2 0 0 2 2 - 8 GCR Casal Cinza 0 2 0 0 2 0 - 18 Próxima Jornada - 08 e 09 de Outubro UD Cariense - Pedreles Beira Dão GCR Casal Cinza - Ossela ABC Nelas - Lamas Futsal, 18h Domus Nostra - UPC Chelo Viseu 2001 - Saavedra Guedes - 09/10
JUVENTUDE CANEDO GOLEADO NA APRESENTAÇÃO I DISTRITAL A Juventude Canedo apresentou-se aos seus associados, adeptos e simpatizantes no sábado, dia 1, com uma pesada derrota frente ao Bairros. O resultado final fixou-se em 1-7. Com uma equipa renovada quase na sua totalidade, a equipa da Vila de Canedo parece carecer de algum entrosamento entre as treze caras novas que o clube contratou. Além da quase totalidade do plantel ser composta por novos jogadores, o facto do treinador,
MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS PERMANÊNCIAS ENTRADAS
Vitor Coelho, também ter sido contratado há relativamente pouco tempo, parece contribuir para o mau resultado na apresentação da equipa. Durante a presente semana, o clube informou a contratação de João Silva e a renovação de Tiago Quelhas, sendo que este último é o único jogador do plantel que transita da última para a presente temporada. A Juventude Canedo inicia o campeonato já no próximo dia 15 de Outubro frente à equipa do Azagães.
SAÍDAS
AGENDA
Renata Sona; Madalena Pereira, Juliana Rodrigues, Estela Conceição, Ticha, Diana Cruz, Sara Cruz, Patrícia Soares, Diana Robalinho
Andreia (Always Young), Marta Costa (Fundo de Vila), Marisa Rocha (júnior Novasemente)
Rita Líbano (abandonou o futsal), Erika (Rio Ave)
Início do campeonato vs Gondomar (15 de Outubro)
João Cadete, Fábio; Paulo Russo, Moisés, Bubu, Maric, Miguel , Mix
Nelson, Mika, Emídio, Tiago Dias e Pedro Pinho (juniores), Cafú (Granja), Pichel (Silvalde), André Sousa (Bairros)
Diogo Santos, Ricardo, Artur
Início campeonato vs PARC (15 de Outubro, às 18 horas)
Tiago Quelhas
Pedro Castro (sem clube), André Guedes (júnior do futebol Feirense), Filipe Lemos (Modicus Sub-20), Paulo Magalhães (Lourosa), Bernardo Soares (regresso), Leo Oliveira (sem clube), Rui Jorge (regresso), André Pinto (Lamas Futsal), Kuika (Mocidade Invicta), Rui (Caldas de São Jorge), Fábio Jesus (Reguenga da Palhota), João Loureiro (sem clube), Gusto (Feirense), João Silva
Bruno Rodrigues (retirado), Bruno Gomes (Silvalde), Carlos Filipe (Azagães), Marco Pinheiro (Dínamo Sanjoanense)
Início campeonato vs Azagães (15 de Outubro, às 18 horas)
Marco Leite; Rui Rodrigues
Pedro Guimarães (Paraíso Foz), Tiago (Dínamo Sanjoanense), Fábio Ferreira (Azagães), André Sousa (Cem Paus), Miguel Gomes (Santa Isabel), Daniel Ferreira e Dioguinho (Feirense), André Gonçalves (Freixieiro)
Nando Costa (Saavedra Guedes), Tiago Pinho e Quirino (Dínamo Sanjoanense), Válter Melo (passa a treinador-adjunto do Arrifanense Futsal)
Jogo de apresentação (08/10)
Zé Paulo Almeida
Paulo Pereira
Vitor Coelho
Joel Santos
www.correiodafeira.pt
03.OUT.2016
27
desportivo de Fiães volta a acreditar
reunião na Câmara acalmou hostilidades Carlos Fontes
modalidades
LiberTy SegUrOSCargLaSS venCe O aTaqUe aO CaSTeLO CICLISMO Santa Maria da Feira acolheu no sábado, dia 1, a prova ‘Ataque ao Castelo’, organizada pela FullSport que foi vencida pelo ciclista da Liberty Seguros-Carglass, Luís Gomes. Os inscritos na prova tiveram a oportunidade de participar em modo contra-relógio individual e os mais rápidos passaram para o modo a eliminar com as meias-finais seguidas da grande final. Esta foi uma prova que contou com a presença dos já incontornáveis nomes do ciclismo nacional, Jóni Bran-
dão e Filipe Cardoso, da Efapel, que vieram à Feira em ‘modo passeio’. A Moreira Congelados-Feira-Bicicletas Andrade conseguiu colocar dois ciclistas no pódio. Francisco Campos fez segundo, tendo estabelecido um novo recorde na subida ao Castelo, e João Santos, terceiro. No escalão feminino, Maria Almeida, também da Moreira CongeladosFeira-Bicicletas Andrade, fez segundo lugar numa prova ganha pela espanhola Chuss Barros da C. C. Spol.
FranCiSCO CampOS TraídO pOr Um FUrO CICLISMO O ciclista da Moreira Congelados-Feira-Bicicletas Andrade, Francisco Campos, viu a oportunidade em discutir o ‘XXXIX Criterium Festas do Cristo – O Porriño’, que realizou-se na sexta-feira, fugir-lhe devido a um furo que o obrigou a desistir. Francisco Campos seguia isolado no
grupo restrito de nove ciclistas que iriam discutir a prova, mas o furo não o permitiu continuar num circuito que tinha vencido há duas semanas na Volta a Galiza. A prova foi ganha por Luís Gomes da Liberty Seguros-Carglass. Da equipa concelhia, João Santos fez 13º e Venceslau Fernandes, 22º.
FiãeS SpOrT CLUbe Cria aTLeTiSmO ATLETISMO O Fiães avançou com a criação de mais um projecto desportivo, desta feita, na área do Atletismo. Os dirigentes fianenses afirmar que esta é uma apostar em criar e rentabilizar os equipamentos e infra-estruturas desportivas do clube. “Sendo um objectivo desta direcção a criação de outras modalidades amadoras, é objectivo da secção, com este
trabalho de base e com o reforço gradual da sua equipa principal, a curto prazo a lutar pela primazia no atletismo distrital”, lê-se em comunicado oficial do clube. Mais informa o clube que o professor Tozé Castro está de volta ao Fiães, agora como coordenador da secção que vai integrar os atletas Hélder Robalinho, José Almeida, Cláudio Costa, João Barbosa e Vítor Santos.
qUinTa ediçãO da FiãeS CUp jUnTa 12 eqUipaS ATLETISMO FUTEBOL O Fiães Sport Clube organiza, já no próximo dia 5 de Outubro, quarta-feira, a quinta edição da Fiães Cup destinada ao escalão de Petizes e vai juntar 12 equipas. 28
03.OUT.2016
Fiães ‘A’ e ‘B’, Arrifanense ‘A’ e ‘B’, Pedroso, Anta ‘A’ e ‘B’, Vilamaiorense, Paços de Brandão, EF Rui Dolores ‘A’ e ‘B’ e EF Markfoot disputam a troféu. www.correiodafeira.pt
VOLEIBOL A anunciada reunião entre o Clube Desportivo de Fiães e o pelouro do desporto da Câmara Municipal da Feira, e na qual esteve presente o presidente da Edilidade, Emídio de Sousa, que se realizou na passada terça-feira, se não «enterrou o machado de guerra», que era patente entre as duas partes, pelo menos amainou as hostilidades. Depois de mais de duas horas de «debates» os representantes do voleibol fianense ficaram com uma certeza: a Câmara Municipal está disposta a colaborar com o clube se este apresentar, como aliás o tem feito, projetos que visem um maior incremento da modalidade no concelho. E como essa tem sido a grande aposta do clube, agora ainda mais patente com a contratação de um técnico de reconhecida capacidade, o professor Fernando Luís, e mesmo que ainda pairem no ar algumas núvens negras, que só o ato eleitoral marcado para o dia 21 de outubro pode dissipar, os trabalhos de preparação das equipas para a temporada que agora se inicia redobraram. De segunda a sexta-feira, ao fim da tarde, mais de quatro dezenas de jovens atletas de ambos os sexos, a que se junta, mais tarde, cerca de uma dezena de jogadores que compõem a formação sénior, trabalham no duro no pavilhão municipal de Fiães. «Temos de recuperar algum do tempo perdido», diz o técnico, o mais credenciado do voleibol nacional, e o único que conquistou para Portugal uma competição europeia de clubes: em 2000 ao serviço do Sporting de Espinho conquistou a Top Teams Cup. Fernando Luís vai em breve percorrer as escolas secundárias do concelho com o objetivo de captar novos atletas. «É na formação que está o futuro do voleibol nacional. E o Clube Desportivo de Fiães é um dos clubes históricos do voleibol nacional», afirma o homem forte da modalidade em Fiães. É com grande expetativa que se aguarda a reunião da Assembleia Geral que vai decorrer no proximo dia 21. É muito possível que Jorge Magalhães deixe o cargo de presidente da direção, pese embora as pressões oriundas de vários quadrantes que visam demover o presidente demissionário da sua intenção. «Se a atitude que tiveram com o clube, ao subsidiarem uma empresa privada, que até se deu ao luxo de nos vir roubar alguns jogadores, foi um rude golpe, o corte que nos fizeram no subsídio que anualmente nos era atribuído, acabou com o resto. O clube merece respeito, e não foi isso o que aconteceu», afirma, Jorge Magalhães, bastante magoado com a atitude da Câmara Municipal que resolveu, não só subsidiar uma academia privada, como diminuir em cerca de 25% o subsídio que é anualmente atribuído ao Desportivo de Fiães. Apesar disso, o presidente da direção demissionaria, conclui: «o Desportivo de Fiães, aconteça o que acontecer, não ficará sem direção». As listas, como já foi anunciado, que pretendam concorrer nas eleições do dia 21, deverão ser entregues no clube até ao próximo dia 18. A esperar por alguns reforços, a equipa sénior tem treinado com afinco para o Campeonato Nacional que se inicia no próximo dia 28 com a visita ao pavilhão do Centro LusoVenezuelano para defrontar a equipa sénior da Academia José Moreira. O Clube Desportivo de Fiães, que em 19 de novembro completa 60 anos, está a trabalhar para regressar de novo ao convivio dos grandes do voleibol nacional. Tem a palavra o professor Fernando Luís e os seus jogadores.
jovens d’Ouro com cinco… ‘ouros’ em espanha TAEKWONDO O Clube Jovens D’Ouro conquistou cinco medalhas de ouro, duas de prata e cinco de bronze no segundo Open Internacional Vila de Moaña, em Espanha no sábado, 1 de Outubro. A comitiva concelhia participou com 17 atletas e conseguiu arrecadar um total de 12 medalhas. Beatriz Neves, Renata Morgado, Pedro Duarte e Carlos Mota conquistaram cinco ‘ouros’; Diogo Monteiro e André Fernandes saíram de Espanha com uma de prata cada um; e Hugo Resende, Maria Fardilha, Diogo Costa, Nuno Almeida, Bruna Pinto e Diogo Reis singraram com cinco ‘bronzes’. Do Clube Jovens D’Ouro participaram ainda Adriana Zacarias, João Henrique, Pedro Graça, Fernando Morais e Raquel Morgado, que não conseguiram ultrapassar os quartos-de-final nas respectivas categorias.
JUniOres dO Feirense averbam nOva derrOTa ANDEBOL A equipa do Clube Desportivo Feirense, depois de ter sido derrotada na deslocação à Maia por 32-29, voltou a perder para o campeonato nacional de Juniores da primeira divisão, desta feita frente ao Académico Futebol Clube, por 27-28. Este foi o primeiro jogo dos fogaceiros em casa e os atletas fogaceiros protagonizaram uma boa exibição, perdendo apenas pela margem mínima. A formação azul até começou melhor levando vantagem nos primeiros 15 minutos, entretanto a equipa do Académico virou o jogo e conquistou uma boa vantagem até ao intervalo. Depois do descanso os visitantes entraram bem alargaram a vantagem para 12-19, mas após um time-out pedido pelo Feirense, a equipa conseguiu um parcial de 6-0 e voltou ao jogo já perto dos 50 minutos. Os últimos minutos foram de parada e resposta com nenhuma das equipas a conseguir uma vantagem superior a um golo. A formação fogaceira teve duas excelentes oportunidades para alargar a vantagem para dois golos, mas alguma infelicidade perseguiu a equipa. Quanto tudo parecia que o resultado ia terminar empatado a 27 golos, a equipa do Académico conseguiu já nos últimos segundos alcançar um triunfo feliz. Na próxima jornada a
B0LA NAS REDES /adauto.pereira.355
equipa do Feirense viaja até Santo Tirso para defrontar a formação local do Ginásio Clube. Pelo CD Feirense alinharam e marcaram: Rui Leite, João Cardoso (11), Nuno Reis (6), Rui Cunha (4), Guilherme, Bruno, Tó-Zé (2), Miguel (2), Nuno Alves (2), Rafael, Gonçalo, Luis Lourenço e Pedro Ribeiro. Treinador: Manuel Gregório
Juvenis lideram primeira divisão
O escalão de Juvenis do Feirense deslocou-se ao pavilhão do Boavista de onde arrecadou nova vitória e, desta feira, por expressivos números. Na primeira parte, assistiu-se a um confronto equilibrado, com a formação azul a sentir em demasia a saída por lesão logo no primeiro minuto do atleta Eduardo Rocha, mas no segundo período, a formação do Feirense entrou mais concentrada e com alguma naturalidade foi dilatando a vantagem com uma exibição muito bem conseguida quer defensivamente, quer ofensivamente. Pelo CD Feirense alinharam e marcaram: David Macedo, Tavares (1), Lima (1), José Carlos (1), David Melo, Guilherme (5), Alexandre (7), Américo, Duarte (7), Eduardo (1), Bruno (4), Ricardo (4), Prijs, Gonçalo (3) e Tiago Hervazyuk. Treinador: Saúl Alves.
Gala dO núcleO de TreinadOres realiza-se a 22 de OUTUbrO FUTEBOL São João da Madeira é o local escolhido para acolher a ‘XIX Gala dos Treinadores de Futebol’ do distrito de Aveiro que realizarse-á no próximo dia 22 de Outubro, sábado. A gala irá juntar cerca de duas centenas de participantes onde se fazem representar as mais altas figuras e entidades que tutelam o futebol local, regional e nacional.
Das figuras a galardoar, o Núcleo de Treinadores de Aveiro destaca alguns nomes incontornáveis do distrito como Carlos Secretário, Rodrigo Nunes, Henrique Nunes, Ricardo Canavarro, Luís Castro, entre muitos outros. Todos os treinadores interessados em participar na gala deverão registar a sua inscrição até dia 18 de Outubro.
clube desportivo de Fiães Carlos Alberto de Oliveira Santos, Ex-director e ex-presidente do Clube Desportivo de Fiães
OPINIÃO Chegou o momento, para os que gostam, simpatizam e amam o CD Fiães, passarem das palavras aos actos; da crítica às propostas; às soluções; à participação; ao envolvimento, para que o Clube e o seu bomnome volte a ser respeitado e dignificado, quando está prestes a festejar 60 anos de existência. É agora a oportunidade de cada um e na soma de todos, pensarmos, definirmos o presente, mas mais importante projectarmos o futuro do Clube. É tempo de pôr fim aos atritos, às inconfidências, ao desconhecimento, que a verdade se sobreponha, sobre todas as outras coisas, e que as vaidades, o protagonismo exacerbado de alguns, e as ambições desmedidas de outros, se transformem em coisas e actos concretos. Não interessa, não é necessário a ambição da grandeza, sem que primeiramente comecemos a reconstruir o Clube, solidificando os meios (Órgão Sociais Solidários), porque estruturas
físicas e ímpares, já o Clube Desportivo de Fiães possui. É lindo sonhar, é necessário, mas a megalomania é uma doença, e tem cura. Que no dia 21 de Outubro de 2016, todos, outros e mais alguns, se envolvam, se cruzem nas suas diferenças, no sentido da unificação, da pacificação, tendo por finalidade apenas e só, servir o futuro, tendo sempre presente e como referência o passado do Clube Desportivo de Fiães. O Projecto Em todas as épocas da História, a gora que se apresentou actual foi de indecisão e de escolha; em todas elas, para que alguma obra surgisse, foi necessário um projecto; o projecto parte do presente, só pode existir mesmo no presente, mas é uma condição de futuro; simplesmente para que ele se realiza, para que depois nele se baseiem outras organizações de ideias, é necessário um acto de Vontade. Glossas – Agostinho da Silva. www.correiodafeira.pt
“Já estááááá o primeiro já entrou. Obrigado malta pelo grande apoio. Vamos Cpt Pousadela!!!” O camisola ‘9’, Adauto Pereira, não escondeu a felicidade depois de ter marcado o golo da vitória frente ao Paços de Brandão na segunda jornada da segunda divisão distrital.
/cvpteam “Temos encontro marcado. #homesweethome”
O Sanguedo CVP Team já prepara o início do campeonato Inatel que se avizinha. Na foto, o palco onde os sanguedenses jogarão, o Campo de Jogos da ADC Sanguedo.
/CCDReguengaPalhotaOficial
“Bruno Cruz não irá representar a nossa equipa! Obrigado Cruz!”
O Reguenga Palhota anunciou que Bruno Cruz não irá fazer parte do plantel na temporada 2016/17. ‘CF’ sabe que o jovem defesa-direito irá representar Os Arrifanenses.
@blogdofeirense “Chinedu Madueke, Campeão do Mundo de Sub17 pela Nigéria, é reforço do Clube Desportivo Feirense” O Blog do Feirense, alusivo ao apoio do clube fogaceiro, destacou a contratação do jovem nigeriano Chinedu Madueke. 03.OUT.2016
29
DISTRITAL DE INICIADOS I Divisão
Resultados - 3.ª Jornada Oliveirense 2 0 Anadia Paços de Brandão 1 3 Gafanha Vaguense 1 2 AD Sanjoanense União de Lamas 12 0 Mealhada Mourisquense 2 2 Arouca Lusitânia Lourosa 0 2 Anta Oliveira do Bairro 0 3 Águeda DISTRITAL DE INICIADOS Feirense 4 2 Estarreja I Divisão Taboeira 2 1 Cesarense Classificação Resultados - 3.ª Jornada Oliveirense P 2J V0 Anadia E D GM - GS Oliveirense 9 31 3 Gafanha 0 0 9 - 0 Paços de Brandão AD Sanjoanense 9 31 32 AD 0 Sanjoanense 0 9 - 3 Vaguense União de Lamas Gafanha 9 12 3 30 Mealhada 0 0 6 - 2 FeirenseMourisquense 7 32 2 Arouca 1 0 7 - 3 Lusitânia Lourosa Anta 6 30 2 Anta 0 1 4 - 3 Oliveira do Bairro Águeda 4 03 13 Águeda 1 1 4 - 2 Feirense Estarreja 4 2 Cesarense 4 3 1 1 1 4 - 4 Taboeira Taboeira 4 23 11 Cesarense 1 1 3 - 5 Classificação União de Lamas 3 3 1 0 2 14 - 7 P J V E D GM - GS Lusit. Lourosa 3 2 1 0 1 3 - 3 Oliveirense 9 3 3 0 0 9 - 0 Anadia AD Sanjoanense 93 33 31 00 02 95-- 36 Vaguense Gafanha 93 33 31 00 02 63 -- 24 Oliveira do Bairro 73 33 21 10 02 73 -- 36 Feirense Estarreja 26 33 02 20 11 5 Anta 4 -- 73 Mourisquense 1 2 0 1 1 3 - 4 Águeda 4 3 1 1 1 4 - 2 Arouca 1 3 0 1 2 4 - 7 Cesarense 4 3 1 1 1 4 - 4 Paços Brandão 0 3 0 0 3 3 - 11 Taboeira 4 3 1 1 1 3 - 5 Mealhada 0 1 0 0 1 0 - 12 União de Lamas 3 3 1 0 2 14 - 7 Próxima Jornada - 05 de Outubro Lusit. Lourosa 3 2 INICIADOS 1 0 1 3 - 3 DISTRITAL AnadiaDE - Taboeira Anadia 3 3 1 0 2 5- 6 Gafanha - Oliveirense II Divisão Série A Vaguense 3 3 1 0 2 3 - 4 AD Sanjoanense de Brandão Resultados- Paços - 1.ª Jornada Oliveira do Bairro 3 3 1 0 2 3 - 6 Mealhada Vaguense Sp. Espinho 2 0 Canedo Estarreja 2 3 0 2 1 5- 7 Arouca - União de Lamas CRC Vale Mourisquense 1 20 01 Paivense 1 1 3 - 4 Anta - Mourisquense Cortegaça Arouca 1 39 00 Argoncilhe 1 2 4 - 7 ÁguedaFiães - Lusitânia de Lourosa Lusitânia Lourosa Paços Brandão 0 30 04 0 3 3 - 11 Anta- Oliveira Estarreja Bairro 2 5 doVilamaiorense Mealhada 0 1 0 0 1 0 - 12 Sanguedo 10- Feirense 0 Esc. Rui Dolores Cesarense Próxima Jornada - 05 de Outubro União de Lamas 0 4 São João de Ver Anadia - Taboeira Classificação Gafanha P -JOliveirense V E D GM - GS AD Sanjoanense Sanguedo 3 -1Paços 1 de0Brandão 0 10 - 0 Mealhada Cortegaça 3 1- Vaguense 1 0 0 9 - 0 Arouca3- União Lusit. Lourosa 1 de 1 Lamas 0 0 4 - 0 S. João de Ver Anta3 - Mourisquense 1 1 0 0 4 - 0 Águeda - Lusitânia Vilamaiorense 3 1 de 1 Lourosa 0 0 5 - 2 Sp. EspinhoEstarreja 3 - Oliveira 1 1 do Bairro 0 0 2 - 0 Cesarense Feirense Paivense 3 1 1 0 0 1 - 0 CRC Vale 0 1 0 0 1 0 - 1 Canedo 0 1 0 0 1 0 - 2 Anta 0 1 0 0 1 2 - 5 Fiães 0 1 0 0 1 0 - 4 União de Lamas 0 1 0 0 1 0 - 4 Argoncilhe 0 1 0 0 1 0 - 9 Esc. Rui Dolores 0 1 0 0 1 0 - 10 Próxima Jornada - 09 de Outubro Canedo - União de Lamas Paivense - Sp. Espinho Argoncilhe - CRC Vale Lusitânia de Lourosa - Cortegaça Vilamaiorense - Fiães Escolinha Rui Dolores - Anta São João de Ver - Sanguedo
CLASSIFICAÇÕES CPP
DISTRITAL DE JUVENIS II Divisão - Série A
CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO Série C
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Resultados - 5.ª Jornada FC Cesarense 1 1 CD Estarreja 1 Gondomar SC CD Cinfães 2 0 Oliveirense Sp. Coimbrões 0 AD Sanjoanense 2 1 UD Sousense Moimenta da Beira 0 4 Salgueiros 08 Classificação P J V E D GM Salgueiros 08 15 5 5 0 0 10 AD Sanjoanense 12 5 4 0 1 10 Sp. Coimbrões 11 5 3 2 0 5 Oliveirense 10 5 3 1 1 6 UD Sousense 6 5 2 0 3 8 CD Cinfães 6 5 2 0 3 4 CD Estarreja 4 5 1 1 3 5 Gondomar SC 3 5 1 0 4 4 Moimenta Beira 3 5 1 0 4 1 FC Cesarense 2 5 0 2 3 2 Próxima Jornada - 09 de Outubro Oliveirense - AD Sanjoanense CD Estarreja - CD Cinfães Gondomar SC - Moimenta da Beira UD Sousense - FC Cesarense Salgueiros 08 - Sp. Coimbrões
GS 2 4 2 3 9 5 7 9 9 5
JUNIORES
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
DISTRITAL DE JUNIORES I Divisão
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.
Resultados - 3.ª Jornada Estarreja 1 0 Paivense 0 Vista Alegre Avanca 2 4 Sp. Espinho Feirense 1 União de Lamas 6 4 Calvão Gafanha 4 1 Cucujães São João de Ver 0 0 Fiães Oliveira do Bairro 4 1 Argoncilhe 2 Lusitânia Lourosa Arrifanense 0 Águeda 2 1 Alba Classificação P J V E D GM - GS Águeda 9 3 3 0 0 7 - 1 Fiães 7 3 2 1 0 9 - 4 Oliveira do Bairro6 3 2 0 1 7 - 3 Sp. Espinho 6 3 2 0 1 8 - 4 Feirense 6 3 2 0 1 7 - 4 União de Lamas 6 3 2 0 1 11 - 8 Gafanha 6 3 2 0 1 7 - 4 Alba 6 3 2 0 1 5 - 3 São João de Ver 5 3 1 2 0 8 - 2 Avanca 4 3 1 1 1 4 - 3 Calvão 4 3 1 1 1 8 - 9 Estarreja 4 3 1 1 1 3 - 5 Paivense 3 3 1 0 2 1 - 3 Lusit. Lourosa 3 3 1 0 2 2 - 4 Argoncilhe 1 3 0 1 2 3 - 7 Arrifanense 1 3 0 1 2 4 - 10 Vista Alegre 0 3 0 0 3 1 - 10 Cucujães 0 3 0 0 3 1 - 12 Próxima Jornada - 05 de Outubro Paivense - Águeda Vista Alegre - Estarreja Sp. Espinho - Avanca Calvão - Feirense Cucujães - União de Lamas Fiães - Gafanha Argoncilhe - São João de Ver Lusitânia de Lourosa - Oliveira do Bairro Alba - Arrifanense
DISTRITAL DE JUVENIS II Divisão - Série B
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.
DISTRITAL DE JUNIORES II Divisão - Série A
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.
Resultados - 2.ª Jornada Milheiroense 4 0 Paços de Brandão 1 Esmoriz Canedo 6 0 Anta Cesarense 5 São Martinho 4 5 Carregosense Fermedo 17-Dez Tarei Mosteirô F. C. 3 1 Relâmpago Nog. Folgaram São Vicente Pereira e Rio Meão Classificação P J V E D GM - GS Cesarense 6 2 2 0 0 8 - 2 Mosteirô F. C. 6 2 2 0 0 5 - 2 Canedo 4 2 1 1 0 7 - 2 Fermedo 3 1 1 0 0 6 - 1 Milheiroense 3 1 1 0 0 4 - 0 Tarei 3 1 1 0 0 4 - 1 Carregosense 3 2 1 0 1 7 - 7 Anta 1 2 0 1 1 1 - 6 Rio Meão 0 0 0 0 0 0 - 0 São Vic. Pereira 0 1 0 0 1 1 - 2 Paços Brandão 0 1 0 0 1 0 - 4 São Martinho 0 2 0 0 2 5 - 9 Esmoriz 0 1 0 0 1 1 - 6 Relâmpago Nog. 0 2 0 0 2 2 - 9 Próxima Jornada - 08 e 09 de Outubro Paços de Brandão - Rio Meão Esmoriz - Cesarense - 09/10 Anta - São Martinho Carregosense - Fermedo Tarei - Mosteirô F. C. São Vicente Pereira - Relâmpago Nogueirense Folgam Milheiroense e Canedo
JUVENIS DISTRITAL DE JUVENIS I Divisão
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.
Resultados - 3.ª Jornada Cesarense 0 1 Feirense 1 Arouca Beira Mar 2 1 Anta Fiães 3 União de Lamas 2 1 Estarreja Gafanha 2 0 AD Sanjoanense Lusitânia Lourosa 2 1 Mealhada Anadia 2 3 Águeda 3 Avanca Alba 1 Sp. Espinho 2 1 Oliveirense Classificação P J V E D GM - GS Feirense 9 3 3 0 0 17 - 0 Gafanha 9 3 3 0 0 7 - 0 Lusit. Lourosa 9 3 3 0 0 7 - 2 União de Lamas 7 3 2 1 0 3 - 1 Cesarense 6 3 2 0 1 6 - 2 Mealhada 6 3 2 0 1 6 - 3 Sp. Espinho 6 3 2 0 1 5 - 3 Águeda 6 3 2 0 1 7 - 5 Oliveirense 4 3 1 1 1 5 - 4 Arouca 4 3 1 1 1 3 - 2 Avanca 4 3 1 1 1 5 - 6 AD Sanjoanense 3 3 1 0 2 3 - 6 Fiães 3 3 1 0 2 3 - 8 Beira Mar 3 3 1 0 2 3 - 16 Anadia 0 3 0 0 3 5 - 8 Anta 0 3 0 0 3 1 - 6 Estarreja 0 3 0 0 3 2 - 8 Alba 0 3 0 0 3 2 - 10 Próxima Jornada - 05 de Outubro Feirense - Sp. Espinho Arouca - Cesarense Anta - Beira Mar Estarreja - Fiães AD Sanjoanense - União de Lamas Mealhada - Gafanha Águeda - Lusitânia de Lourosa Avanca - Anadia Oliveirense - Alba
22
03.OUT.2016
Resultados - 1.ª Jornada São João de Ver 4 0 Esmoriz Paivense 0 3 Fiães União de Lamas 1 0 Lusitânia Lourosa Argoncilhe 3 1 Canedo Paramos 5 2 Fermedo Vilamaiorense 5 1 Anta Sanguedo 1 3 Paços de Brandão Rio Meão 01-Dez Sp. Espinho Classificação P J V E D GM - GS São João de Ver 3 1 1 0 0 4 - 0 Vilamaiorense 3 1 1 0 0 5 - 1 Fiães 3 1 1 0 0 3 - 0 Paramos 3 1 1 0 0 5 - 2 Argoncilhe 3 1 1 0 0 3 - 1 Paços Brandão 3 1 1 0 0 3 - 1 União de Lamas 3 1 1 0 0 1 - 0 Rio Meão 0 0 0 0 0 0 - 0 Sp. Espinho 0 0 0 0 0 0 - 0 Lusit. Lourosa 0 1 0 0 1 0 - 1 Canedo 0 1 0 0 1 1 - 3 Sanguedo 0 1 0 0 1 1 - 3 Paivense 0 1 0 0 1 0 - 3 Fermedo 0 1 0 0 1 2 - 5 Esmoriz 0 1 0 0 1 0 - 4 Anta 0 1 0 0 1 1 - 5 Próxima Jornada - 05, 08 e 09 de Outubro Esmoriz - Rio Meão Fiães - São João de Ver Lusitânia de Lourosa - Paivense - 05/10 Canedo - União de Lamas Fermedo -Argoncilhe Anta - Paramos Paços de Brandão - Vilamaiorense Sp. Espinho -Sanguedo - 08/10
Resultados - 1.ª Jornada Vilamaiorense 2 8 Cesarense São Vicente Pereira 0 8 Feirense Tarei 0 2 Unidos de Rossas Ovarense 4 0 Milheiroense Arrifanense 4 1 AD Sanjoanense Valecambrense 2 2 Cucujães Macieirense 8 0 Mosteirô F. C. Folgou Válega Classificação P J V E D GM - GS Feirense 3 1 1 0 0 8 - 0 Macieirense 3 1 1 0 0 8 - 0 Cesarense 3 1 1 0 0 8 - 2 Ovarense 3 1 1 0 0 4 - 0 Arrifanense 3 1 1 0 0 4 - 1 Unidos Rossas 3 1 1 0 0 2 - 0 Valecambrense 1 1 0 1 0 2 - 2 Cucujães 1 1 0 1 0 2 - 2 Válega 0 0 0 0 0 0 - 0 Tarei 0 1 0 0 1 0 - 2 AD Sanjoanense 0 1 0 0 1 1 - 4 Milheiroense 0 1 0 0 1 0 - 4 Vilamaiorense 0 1 0 0 1 2 - 8 São Vic. Pereira 0 1 0 0 1 0 - 8 Mosteirô F. C. 0 1 0 0 1 0 - 8 Próxima Jornada - 08 e 09 de Outubro Cesarense - Macieirense - 08/10 Feirense - Vilamaiorense - 08/10 Unidos de Rossas - São Vicente Pereira Milheiroense - Tarei Válega - Ovarense Cucujães - Arrifanense Mosteirô F. C. - Valecambrense Folga AD Sanjoanense
DISTRITAL DE JUVENIS II Divisão - Série C
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
Resultados - 1.ª Jornada Soutelo 2 1 Pessegueirense Taboeira 6 2 Loureiro Mourisquense 2 2 Vista Alegre Valonguense 2 0 NEGE Oliveirinha 8 0 S. M. Murtoense Macinhatense 0 5 Gafanha Bom-Sucesso 3 2 Casa B. Aveiro Arrifanense 0 11 Avanca Classificação P J V E D GM - GS Avanca 3 1 1 0 0 11 - 0 Oliveirinha 3 1 1 0 0 8 - 0 Gafanha 3 1 1 0 0 5 - 0 Taboeira 3 1 1 0 0 6 - 2 Valonguense 3 1 1 0 0 2 - 0 Soutelo 3 1 1 0 0 2 - 1 Bom-Sucesso 3 1 1 0 0 3 - 2 Mourisquense 1 1 0 1 0 2 - 2 Vista Alegre 1 1 0 1 0 2 - 2 Pessegueirense 0 1 0 0 1 1 - 2 DISTRITAL Casa B. Aveiro 0 DE 1 INICIADOS 0 0 1 2 - 3 NEGE 0I Divisão 1 0 0 1 0 - 2 Loureiro 0 1- 3.ª 0Jornada 0 1 2 - 6 Resultados Macinhatense 0 12 00 Anadia 0 1 0 - 5 Oliveirense S.Paços M. Murtoense 0 1 0 0 1 0 - 8 de Brandão 1 3 Gafanha ArrifanenseVaguense 0 11 02 AD 0 Sanjoanense 1 0 - 11 Próxima Jornada 12 - 08 e009 Mealhada de Outubro União de Lamas Pessegueirense Mourisquense 2 - Arrifanense 2 Arouca Lusitânia Lourosa Loureiro0 - Soutelo 2 Anta Oliveira doVista Bairro 0 - Taboeira 3 Águeda Alegre Feirense 4 2 Estarreja NEGE - Mourisquense Taboeira Cesarense 2 1- Valonguense S. Marítimo Murtoense Classificação Gafanha - Oliveirinha P J V E D GM - GS Casa Benfica em Aveiro - Macinhatense OliveirenseAvanca - 9Bom-Sucesso 3 3 -008/10 0 9 - 0 AD Sanjoanense 9 3 3 0 0 9 - 3 Gafanha 9 3 3 0 0 6 - 2 Feirense 7 3 2 1 0 7 - 3 Anta 6 3 2 0 1 4 - 3 Águeda 4 3 1 1 1 4 - 2 CesarenseDISTRITAL 4 DE 3 INICIADOS 1 1 1 4 - 4 Taboeira 4 3 1 1 1 3 - 5 I Divisão União de Lamas 3 3 1 0 2 14 - 7 Resultados - 3.ª Jornada Lusit. Lourosa 3 2 1 0 1 3 - 3 Oliveirense 2 0 Anadia Anadia 3 3 1 0 2 5- 6 Paços de Brandão 1 3 Gafanha Vaguense 3 3 1 0 2 3 - 4 Vaguense 1 2 AD Sanjoanense Oliveira do de Bairro 3 12 3 01 Mealhada 0 2 3 - 6 União Lamas EstarrejaMourisquense 2 23 02 Arouca 2 1 5- 7 Mourisquense 1 2 0 1 Lusitânia Lourosa 0 2 Anta 1 3 - 4 Arouca 1 30 03 Águeda 1 2 4 - 7 Oliveira do Bairro Paços Brandão 0 34 02 Estarreja 0 3 3 - 11 Feirense Mealhada Taboeira 0 12 01 Cesarense 0 1 0 - 12 Classificação Próxima Jornada - 05 de Outubro P J- Taboeira V E D GM - GS Anadia Oliveirense Gafanha 9 -3Oliveirense 3 0 0 9 - 0 AD Sanjoanense 9 -3Paços 3 de0Brandão 0 9 - 3 AD Sanjoanense Gafanha 9 3- Vaguense 3 0 0 6 - 2 Mealhada Feirense Arouca7- União 3 de 2 Lamas 1 0 7 - 3 Anta 3 2 0 1 4 - 3 Anta6 - Mourisquense Águeda Águeda - Lusitânia 4 3 de 1 Lourosa 1 1 4 - 2 Cesarense Estarreja 4 - Oliveira 3 1 do Bairro 1 1 4 - 4 Taboeira 4 3 - Feirense 1 1 1 3 - 5 Cesarense União de Lamas 3 3 1 0 2 14 - 7 Lusit. Lourosa 3 2 1 0 1 3 - 3 Anadia 3 3 1 0 2 5- 6 Vaguense 3 3 1 0 2 3 - 4 Oliveira do Bairro 3 3 1 0 2 3 - 6 Estarreja 2 3 0 2 1 5- 7 Mourisquense 1 2 0 1 1 3 - 4 Arouca 1 3 0 1 2 4 - 7
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 1. 11. 2. 12. 3. 13. 4. 14. 5. 15. 6. 16. 7. 17. 8. 18. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.
DISTRITAL DE INICIADOS II Divisão - Série C
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
INICIADOS
Resultados - 1.ª Jornada Cucujães 0 1 Estarreja AD Sanjoanense 6 0 Arrifanense Oliveirense 6 2 Loureiro São Vicente Pereira 9 0 Cesarense Folgaram Valecambrense e Ovarense Classificação P J V E D GM São Vic. Pereira 3 1 1 0 0 9 AD Sanjoanense 3 1 1 0 0 6 Oliveirense 3 1 1 0 0 6 Estarreja 3 1 1 0 0 1 Valecambrense 0 0 0 0 0 0 Ovarense 0 0 0 0 0 0 Cucujães 0 1 0 0 1 0 Loureiro 0 1 0 0 1 2 Arrifanense 0 1 0 0 1 0 Cesarense 0 1 0 0 1 0 Próxima Jornada - 08 e 09 de Outubro Arrifanense - Cucujães Valecambrense - AD Sanjoanense Cesarense - Ovarense Avanca - São Vicente Pereira - 08/10 Folgam Loureiro e Oliveirense
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
GS 0 0 2 0 0 0 1 6 6 9
INFANTIS B - Grupo 2 - Série B
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Resultados - 1.ª Jornada Loureiro 3 0 Avanca 0 Furadouro Oliveirense 8 Valecambrense 05-Out Fermedo Folgou AD Sanjoanense Classificação P J V E D GM Oliveirense 3 1 1 0 0 8 Loureiro 3 1 1 0 0 3 Valecambrense 0 0 0 0 0 0 Fermedo 0 0 0 0 0 0 AD Sanjoanense 0 0 0 0 0 0 Avanca 0 1 0 0 1 0 Furadouro 0 1 0 0 1 0 Próxima Jornada - 08 de Outubro Avanca - Oliveirense Furadouro - Valecambrense Fermedo - AD Sanjoanense Folga Loureiro
GS 0 0 0 0 0 3 8
FUTSAL JUNIORES FUTSAL - Zona Norte
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Resultados - 2.ª Jornada 2 Lamas Futsal Fundo de Vila 6 PARC 3 8 Juventude Fiães 0 ACR Vale Cambra Saavedra Guedes 3 FC Arouca 1 12 Ossela Futsal Azeméis 7 0 Din. Sanjoanense Classificação P J V E D GM - GS Ossela 6 2 2 0 0 18 - 2 Juvent. Fiães 6 2 2 0 0 16 - 8 Futsal Azeméis 3 2 1 0 1 8 - 6 Fundo de Vila 3 2 1 0 1 11 - 10 Saavedra Guedes 3 2 1 0 1 6 - 6 Lamas Futsal 3 2 1 0 1 8 - 9 PARC 3 2 1 0 1 9 - 11 ACR Vale Cambra 3 2 1 0 1 3 - 5 Din. Sanjoanense 0 2 0 0 2 3 - 13 FC Arouca 0 2 0 0 2 3 - 15 Próxima Jornada - 08 e 09 de Outubro ACR Vale de Cambra - Fundo de Vila Lamas Futsal - Juventude de Fiães Ossela - Saavedra Guedes Dinamo Sanjoanense - FC Arouca - 08/10 PARC - Futsal Azeméis
JUVENIS FUTSAL - Zona Norte
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Resultados - 2.ª Jornada 4 ADC Bairros Lamas Futsal 3 PARC 8 1 Din. Sanjoanense 6 GDC Lordelo CD Escapães 1 Juventude de Fiães 11 2 Novasemente Sp. Silvalde 6 4 Fundo de Vila Classificação P J V E D GM - GS Juvent. Fiães 6 2 2 0 0 15 - 3 PARC 6 2 2 0 0 15 - 4 ADC Bairros 6 2 2 0 0 8 - 5 Sp. Silvalde 6 2 2 0 0 9 - 6 GDC Lordelo 3 2 1 0 1 7 - 5 D. Sanjoanense 3 2 1 0 1 8 - 11 Lamas Futsal 0 2 0 0 2 6 - 11 Fundo de Vila 0 2 0 0 2 7 - 13 CD Escapães 0 2 0 0 2 3 - 10 Novasemente 0 2 0 0 2 4 - 14 Próxima Jornada - 08 e 09 de Outubro GDC Lordelo -Lamas Futsal ADC Bairros - Dinamo Sanjoanense Novasemente - CD Escapães Fundo de Vila - Juventude de Fiães - 09/10 PARC - Sp. Silvalde - 09/10
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
Resultados - 2.ª Jornada 0 Novasemente ACR Vale Cambra 6 GDC Lordelo 2 0 PARC 2 GCD Sanfins Din. Sanjoanense 5 5 CCR Maceda Lusitânia Lourosa 0 Folgou Ossela Classificação P J V E D GM GDC Lordelo 6 2 2 0 0 10 GCD Sanfins 3 2 1 0 1 5 PARC 3 2 1 0 1 7 Ossela 3 1 1 0 0 7 ACR V. Cambra 3 2 1 0 1 7 D. Sanjoanense 3 2 1 0 1 6 CCR Maceda 3 1 1 0 0 5 Lusit. Lourosa 0 2 0 0 2 0 Novasemente 0 2 0 0 2 0 Próxima Jornada - 08 e 09 de Outubro PARC - ACR Vale de Cambra Novasemente - Ossela - 09/10 GCD Sanfins - GDC Lordelo CCR Maceda - Dinamo Sanjoanense Folga Lusitânia de Lourosa
INFANTIS FUTSAL - Zona Norte
INFANTIS A - Grupo 2 - Série A
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Resultados - 1.ª Jornada Feirense 11 0 Lusitânia Lourosa 1 Argoncilhe Esc. Rui Dolores 8 Fiães 13 1 Milheiroense Folgou Anta Classificação P J V E D GM - GS Fiães 3 1 1 0 0 13 - 1 Feirense 3 1 1 0 0 11 - 0 Esc. Rui Dolores 3 1 1 0 0 8 - 1 Anta 0 0 0 0 0 0 - 0 Argoncilhe 0 1 0 0 1 1 - 8 Lusit. Lourosa 0 1 0 0 1 0 - 11 Milheiroense 0 1 0 0 1 1 - 13 Próxima Jornada - 08 de Outubro Lusitânia de Lourosa - Escolinha Rui Dolores Argoncilhe - Fiães Milheiroense - Anta Folga Feirense
INICIADOS FUTSAL - Zona Norte
INFANTIS Resultados - 1.ª Jornada Sanguedo 6 4 Sp. Espinho Vilamaiorense 6 4 Paivense Associação AC 14 1 São Martinho Folgou Anta Classificação P J V E D GM Associação AC 3 1 1 0 0 14 Sanguedo 3 1 1 0 0 6 Vilamaiorense 3 1 1 0 0 6 Anta 0 0 0 0 0 0 Sp. Espinho 0 1 0 0 1 4 Paivense 0 1 0 0 1 4 São Martinho 0 1 0 0 1 1 Próxima Jornada - 08 de Outubro Sp. Espinho -Vilamaiorense Paivense - Associação AC São Martinho - Anta Folga Sanguedo
Resultados - 1.ª Jornada União de Lamas 05-Out Rio Meão 3 Unidos de Rossas AD Sanjoanense 6 1 Esmoriz Fiães 5 Feirense 7 2 Gafanha Classificação P J V E D GM - GS Feirense 3 1 1 0 0 7 - 2 Fiães 3 1 1 0 0 5 - 1 AD Sanjoanense 3 1 1 0 0 6 - 3 União de Lamas 0 0 0 0 0 0 - 0 Rio Meão 0 0 0 0 0 0 - 0 Unidos Rossas 0 1 0 0 1 3 - 6 Esmoriz 0 1 0 0 1 1 - 5 Gafanha 0 1 0 0 1 2 - 7 Próxima Jornada - 08 de Outubro Rio Meão - AD Sanjoanense Gafanha - União de Lamas Unidos de Rossas - Fiães Esmoriz - Feirense
INFANTIS B - Grupo 2 - Série A
DISTRITAL DE INICIADOS II Divisão - Série B
Resultados - 1.ª Jornada Feirense 10 1 Unidos de Rossas Vilamaiorense 1 4 Arrifanense Mosteirô F. C. 0 8 Fiães Arada 05-Out Tarei Carregosense 2 1 Cesarense Milheiroense 2 2 AD Sanjoanense Sanguedo 2 2 Sp. Espinho Classificação P J V E D GM - GS Feirense 3 1 1 0 0 10 - 1 Fiães 3 1 1 0 0 8 - 0 Arrifanense 3 1 1 0 0 4 - 1 Carregosense 3 1 1 0 0 2 - 1 Milheiroense 1 1 0 1 0 2 - 2 AD Sanjoanense 1 1 0 1 0 2 - 2 Sanguedo 1 1 0 1 0 2 - 2 Sp. Espinho 1 1 0 1 0 2 - 2 Arada 0 0 0 0 0 0 - 0 Tarei 0 0 0 0 0 0 - 0 Cesarense 0 1 0 0 1 1 - 2 Vilamaiorense 0 1 0 0 1 1 - 4 Mosteirô F. C. 0 1 0 0 1 0 - 8 Unidos de Rossas 0 1 0 0 1 1 - 10 Próxima Jornada - 08 e 09 de Outubro Unidos de Rossas - Sanguedo - 08/10 Arrifanense - Feirense Fiães - Vilamaiorense Tarei - Mosteirô F. C. Cesarense - Arada - 08/10 AD Sanjoanense - Carregosense Sp. Espinho -Milheiroense
Postos de Venda
INFANTIS A - Grupo 2 - Série B
GS 1 4 4 0 6 6 14
GS 0 5 3 1 7 9 0 8 14
Resultados - 2.ª Jornada 1 Novasemente ACR Vale de Cambra 4 CCR Maceda 7 1 GDC Lordelo 2 Fundo de Vila PARC 5 4 CD Escapães Ossela 3 Lusitânia de Lourosa 1 10 D. Sanjoanense Classificação P J V E D GM - GS 1. ACR Vale Cambra 6 2 2 0 0 15 - 2 2. D. Sanjoanense 6 2 2 0 0 13 - 3 3. PARC 6 2 2 0 0 13 - 8 4. CCR Maceda 3 2 1 0 1 9 - 4 5. Ossela 3 2 1 0 1 7 - 5 6. CD Escapães 3 1 1 0 0 4 - 3 7. Novasemente 0 2 0 0 2 7 - 12 8. Fundo de Vila 0 2 0 0 2 3 - 9 9. Lusit. Lourosa 0 1 0 0 1 1 - 10 10. GDC Lordelo 0 2 0 0 2 2 - 18 Próxima Jornada - 08 e 09 de Outubro Fundo de Vila - ACR Vale de Cambra - 08/10 Novasemente - GDC Lordelo CD Escapães - PARC - 08/10 Dinamo Sanjoanense - Ossela CCR Maceda -Lusitânia de Lourosa
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Espinho Papelaria Atl‰ ntico Norte (Av. 24) Papelaria Atl‰ ntico Norte (Rua 19) Esmoriz Bombas Freitas Transportes S‹ o Paio de Oleiros Confeitaria da Quebrada Papelaria PAPELî PIA Pa• os de Brand‹ o Papelaria Tulipa Papelaria Menezes Papelaria Monteiro Papelaria A. Santos Rio Me‹ o CafŽ ZŽ da Micas Quiosque Santo Ant— nio CafŽ Ponto de Encontro S‹ o Jo‹ o de Ver Bombas REPSOL Quiosque Suil Park Quiosque S‹ o Bento Casa Silva Tabacaria dos 17 Caldas de S‹ o Jorge CafŽ S‹ o Jorge Fi‹ es CafŽ Avenida Bombas GALP Casa Gama 2 Papelaria Coelho Lourosa Quiosque Pimok Quiosque da Igreja Papelaria Europa Tabacaria Piscinas de Lourosa Quiosque C+S Quiosque da Feira dos Dez Bombas CEPSA Padaria/Pastelaria Caracas II Santa Maria de Lamas CafŽ do Zinho Cork e Manias (INTERMARCHƒ ) CafŽ Ð Restaurante Parque Carmic— pias Papelaria Silva Bombas REPSOL Mozelos CafŽ do Murado Quiosque Santa Luzia Casa DANIBRUNO Argoncilhe Papelaria GIFT Pereira & Avelar Restaurante Mena CafŽ Vergada Sanguedo CafŽ Melo CafŽ Danœ bio Lob‹ o Padaria Jardim II Papelaria Liperl‡ s Casa Gama CafŽ Grilo Guisande Bombas Cruz de Ferro
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Travanca Padaria do Troncal Santa Maria da Feira Papelaria V’cio das Letras Palavras e Cigarros (Pingo Doce) Papelaria Atl‰ ntico Norte Quiosque do Feirense Quiosque do Rossio Quiosque a Desportiva Papelaria Alim‡ Quiosque do Cavaco Bombas REPSOL Kioske EÕ LECLERC Supermercado Passerele Casa AMGA Quiosque/Bazar Nova Cruz Papelaria Manual da Alegria
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03.OUT.2016
31
ÚLTIMA
simão Oliveira é o responsável por trazer a Hipertermia no tratamento oncológico para o país
‘NOvO’ TraTameNTO DO caNcrO cHega a POrTUgal Pelas mãOs De Um feireNse Nelson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt
Portugal tem uma nova modalidade para tratar o cancro. Trata-se de uma tecnologia médica não invasiva, denominada “Hipertermia por Radiofrequência nos Tratamentos Oncológicos”. Uma técnica/ equipamento que existe há vinte anos, mas que em Portugal dá ainda os ‘primeiros passos’. Com cerca de um ano de utilização no país, e somente numa unidade hospitalar privada do Porto, a Hipertermia começa a apresentar os primeiros resultados de êxito e tem a particularidade de ter sido trazida por um feirense, Simão Oliveira. Aos 39 anos, Simão Oliveira, um ‘apaixonado’ por Caldas de São Jorge, “terra que o viu nascer”, ligado, até aqui, essencialmente às medicinas tradicionais chinesas, é o responsável por trazer “o projecto de uma técnica/equipamento terapêutica para cá, apresentá-la à classe médica, fundamentá-la com estudos, com evidências que comprovam que a mesma melhora a qualidade de vida do doente oncológico, em muitas situações aumenta a sobrevida do doente e, também, demonstrar que esta modalidade terapêutica (que se defende que seja a quarta ‘arma’ terapêutica de combate ao cancro) seja utilizada concomitando com técnicas como a radioterapia, a quimioterapia ou a cirurgia”, afirma. A terapia é aplicada através de um dispositivo médico não invasivo e actua de forma local e selectiva. “A denominação da técnica é Hipertermia por Radiofrequência nos Tratamentos Oncológicos, ou seja, é o aumento de temperatura controlada, com apoio médico, para destruição das células tumorais. Está tudo fundamentado em estudos que comprovam as evidências clínicas do uso desta modalidade juntamente com as radioterapias e quimioterapias”, explica Simão Oliveira, realçando: “É importante sublinhar que este projecto nada tem a ver com as medicinas tradicionais, antes pelo contrário, ‘encosta’ e está envolvido na medicina convencional”. 32
03.OUT.2016
A Hipertermia no tratamento do cancro pretende tornar-se “a quarta modalidade terapêutica” de combate às doenças oncológicas e tem um feirense como responsável por trazer o projecto para Portugal.
Um “meio inovador” em Portugal e que começa a obter os primeiros resultados positivos ao conseguir destruir células cancerígenas. “É um projecto que está a ser desenvolvido numa unidade hospitalar do Norte, já com doentes, vindos de todos os pontos do país, a ser tratados e com resultados muito interessantes. Está ainda numa fase inicial, o projecto só tem um ano, mas já existem doentes que fazem tratamento de uma forma concomitante com a radioterapia, quimioterapia e outros isoladamente”, salienta, acrescentando, depois, mais pormenores sobre a fase vivida pela modalidade terapêutica: “Existe um congresso anual, na Alemanha, organizado pela Sociedade Alemã de Hipertermia em que convidam médicos de todo o mundo para ir palestrar. Este ano, será o 8.º congresso e o primeiro com a presença de médicos portugueses, a relatar casos de êxito tratados em Portugal. E êxito não é só tratar a doença, é também dar qualidade de vida ao doente”, destaca.
Tipos de cancro em que a Hipertermia pode actuar
No entanto, apesar do carácter “inovador e eficaz” da Hipertermia, Simão Oliveira sublinha que esta não é indicada para todos os tipos de cancro. “Não estamos a usar uma publicidade enganosa dizendo que vamos curar as pessoas todas porque isso não é a realidade. É mais uma modalidade terapêutica muito vantajosa que pode ser utilizada nos doentes com cancro, se o puderem fazer, ou seja, se tiverem indicação médica para tal. Naturalmente que há doentes que podem fazer e outros não, mas é para isso que serve a tiragem médica e consultas médicas para se perceber se tem indicações ou não para o fazer”, refere. Mas são muitos os casos onde a Hipertermia pode dar “melhoria do estado de vida, sobrevida ou remissão do tumor”. Simão Oliveira destaca alguns exemplos: “cancro da mama, cancro da próstata, da cabeça
e pescoço, do pâncreas, vários tipos de cancro com números assustadores e que podem ser combatidos, no tratamento e na garantia de melhoria da qualidade de vida do doente”. O objectivo de Simão Oliveira e comunidade médica responsável pela introdução da Hipertermia em Portugal passa pela entrada da técnica terapêutica em outras unidades hospitalares, nomeadamente de foro público. Para isso, apostam na publicidade mais eficaz: “resultados positivos no tratamento dos doentes”. “Recentemente, foi criado o Núcleo de Hipertermia Nacional, constituído por médicos, com objectivo de colocar esta modalidade terapêutica em hospitais, centros, clínicas com doentes oncológicos. Não estamos preocupados com o mediatismo. Esse vai surgir naturalmente com os resultados dos doentes. Em Portugal, a Hipertermia ainda não está muito divulgada, mas estamos a fazer as coisas com solidez, queremos ajudar as pessoas. A melhor forma de o projecto crescer são os resultados”, garante Simão Oliveira, mostrando-se convicto que “num curto espaço de tempo (dois a quatro anos), vão ter abordagens dos hospitais públicos, porque os doentes vão criar essa necessidade. A modalidade terapêutica de hipertermia não ‘caiu do céu’. Existe há muitos anos e com validade científica. Mas não quero que seja uma área elitista (neste momento, o Estado não comparticipa), mas sim um tratamento em que todas as pessoas possam ter acesso. Acredito que estamos no caminho certo e que daqui a uns anos vamos ter a hipertermia nas linhas orientadoras standard do tratamento do cancro”.
Dos relvados para um projecto inovador de tratamento do cancro
Ao trazer para Portugal a nova técnica terapêutica de combate às doenças oncológicas, Simão Oliveira cumpre
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mais uma etapa de um objectivo de sempre, “ajudar os outros, em termos de saúde”. Mas o percurso de Simão Oliveira tem outros pormenores curiosos, nomeadamente pelos relvados internacionais de futebol. “Sempre tive boas notas na escola e queria entrar em medicina. Depois entrei para o futebol, no Feirense, com 10 ou 11 anos e em pouco tempo era internacional português e profissional, a partir dos 16 anos, com estatuto de alta competição”, explica Simão Oliveira, que chegou a partilhar os relvados, no Boavista e selecções nacionais jovens, com ex-estrelas nacionais como Nuno Gomes ou Petit. Entretanto, começou a estudar Psicologia na faculdade, mas a alta competição ‘obriga-o’ a colocar os estudos de lado (“regressar é um objectivo”), surgindo a Medicina Tradicional Chinesa. “Fiz o curso na área numa escola no Porto que dava cursos em parceria com uma escola espanhola. Comecei a exercer a actividade clínica e também formativa”. Actividade que Simão Oliveira continua (e continuará) a exercer. “Em Portugal, as medicinas tradicionais ou não-convencionais foram regulamentadas, o que foi bom porque separaram o ‘trigo do joio’. Foi importante para que as medicinas tradicionais fossem aceites pela classe médica e para termos autonomia deontológica para decidir o tratamento”. Descreve também a medicina tradicional chinesa como “muito preventiva”, mas aponta um futuro que “passa pela sinergia entre as duas práticas (medicina convencional e chinesa), o que até já está a acontecer. As medicinas tradicionais, como a chinesa ou tibetana, têm milhares de anos e são alicerçadas em bases científicas. Actualmente, já existem estudos sobre os efeitos da acupunctura, por exemplo, no sistema nervoso central”, afirma, admitindo, contudo, que “pela responsabilidade, a Hipertermia no tratamento do cancro é o que lhe ocupa mais tempo”.