TAXA PAGA
4520 Santa Maria da Feira
PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Ano CXXII
Semanário
Direcção: Orlando Macedo
18 Junho 2018
Nº 6063
€0,80 (iva inc.)
Alegadamente, a pretexto de preparar duro golpe na Imprensa Regional
CTT PERSEGUE e DISCRIMINA o CORREIO DA FEIRA
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PIGEIROS, VALE E LOBÃO COM MOVIMENTOS RUMO À DESANEXAÇÃO
CONHECER
pág. 08
LUSITÂNIA LOUROSA CONQUISTA SUPERTAÇA DISTRITAL
pág. 21
pág. 16
Artur Brandão reconta 80 anos de histórias, falando de jogos imperdíveis, lutas titânicas e momentos com a esposa Alcide DESIGN FOR CHANGE
pág. 14
EB de Arraial (Sanguedo) ganha prémio com projecto de aproximação à comunidade cigana CULTURA
pág. 30
Basqueiral enche de música Jardins do Parque de Santa Maria de Lamas ENTREVISTA
pág. 24
Manuel Gregório, o treinador que colocou os seniores do Andebol do Feirense na II Nacional
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Texto: Orlando Macedo
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Atalaia
PERSEGUIÇÃO E DISCRIMINAÇÃO POR PARTE DOS CTT AO JORNAL CORREIO DA FEIRA
Nove Anos, Quatro Meses e Dois Dias contra Nada & Coisa Nenhuma Há dias, o ‘Jornal Económico’ revelava que “quase 1/3 da população trabalha por conta própria, ou tem contratos a prazo. Portugal já tem sectores em que metade dos empregados são precários”. Isto é, gente que trabalha no arame,sem a miragem de horários de 35 horas semanais, ADSE, e, as mais das vezes,Férias (quanto mais subsídio!) e/ ou a 13º mês. Em qualquer empresa que não integre o sector público, de cada vez que as Administrações ou o quadro de Trabalhadores se revelem medíocres, vai tudo prá rua…. Mas no Estado, a coisa, pia de outra forma. Quando os ‘administradores’ (os governos, por exemplo) fazem asneira, o ‘patrão’ (o povo eleitor, senhores) pode ou não despedir a ‘administração’ (eleições) mas os trabalhadores, esses mantêm-se, ancorados no extenso rol de direitos adquiridos, mesmo que tenham sido incompetentes e/ ou madraços; mesmo que tenham contribuído – ainda que passivamente – para o descalabro. Vem isto a propósito da pulhice silenciosa, que entre 2011 e 2016 (pelo menos) por via da crise, atirou para a miséria centenas de milhares de ‘trabalhadores por conta própria’e micro e pequenos empresários,a quem – mesmo com os descontos para a Segurança Social rigorosamente em dia – nem o subsídio de Desemprego foi concedido, quando a crise lhes tirou o trabalho. Isto é, gente que, não tendo a protecção de que beneficiam os trabalhadores do Estado, não só foram expropriados dos mais básicos direitos sociais, como não têm como reclamar “retroactividades” e mordomias, como emprego garantido e progressão de carreiras. Gente (muita gente!) que pagou para que milhares de outros pudessem receber ao fim de cada mês (mesmo com o estado social a desmoronar-se) e – no comparativo remanso – a ganhar força para reivindicar regalias COMPARATIVAMENTE obscenas. Por essas e muitas mais razões, não posso aceitar que o Estado ‘reponha’ contagens de progressão de carreira aos funcionários públicos – e ainda menos aos professores, pela disparidade, em comparação com os seus émulos – sem que, ANTES, seja, no mínimo, reposto o direito à dignidade de centenas de milhares de cidadãos que perderam tudo (empresas, trabalho, casa, automóveis, anéis, dedos, dignidade e, nalguns casos a vida) porque lhes foi negado um miserável subsídio de Desemprego. Gente para quem não pode ser deixado a exclusividade do ónus da crise, pelos que lhe reclamam o bónus. (Peço desculpa,mas vou ali e já venho; tenho de convencer o meu inquilino – que é professor – a pagar-me a o valor correspondente à estagnação das rendas de habitação,referente,pelo menos,aos últimos 9 anos,4 meses e 2 dias.Vou cheio de fé; mas se eu não regressar na próxima meia-hora,alguém telefone para o INEM, se faz favor…)
Na semana passada, a distribuição postal do nosso Jornal chegou, pelo menos, um dia mais tarde às mãos dos Leitores. A razão do que aconteceu é o que nos leva a publicar o texto seguinte. Cronologia dos Acontecimentos 15/ Maio/ 2018 - terça-feira A representante dos CTT Feira coloca em causa todo o procedimento habitual entre CF e CTT na forma do pagamento, em prática há anos, deixando a informação, verbal, a uma funcionária do Jornal, de que ia dar conhecimento do assunto superiormente. (Procedimento Corrente: Entrega da edição do CF no centro de distribuição postal de Espargo e pagamento imediato no primeiro dia útil da semana: segunda-feira.) - Se havia um procedimento fora do normal (algo, para nós, absolutamente desconhecido) estranhámos logo que a senhora não tivesse o cuidado de falar com a Administração do CF, expondo o alegado problema para em conjunto, se encontrar soluções. Era o mínimo que a boa educação e a lisura de procedimentos exigia. Mas estranhando a inédita postura dos CTT, contactámos de imediato alguns dos nossos Colegas sedeados na Região, nomeadamente Jornal N, O Regional (S. João da Madeira) e Correio de Azeméis, ficando de imediato estupefactos quando todos os colegas nos confirmam que não tinham conhecimento de nada, instalando-se assim um sentimento de perseguição e discriminação que tem vindo a agravar-se, numa clara tentativa de silenciar um jornal com 121 anos. Suficientemente grave e demonstrativo disso mesmo são as informações que a Administração do Jornal N nos transmite, com a confirmação de que o seu procedimento de entrega e pagamento junto dos CTT, são exactamente os mesmos do CF, como aliás era do nosso conhecimento. A confirmação da discr iminação chegou-nos pela Administração do Jornal N no envio de uma mensagem confirmando de que nada havia sido alterado nos procedimentos entre o N e os CTT! E mais, que não tinham sido informados de que houvesse alguma inconformidade nos envios postais dos Jornais, nem que os procedimentos tinham sido alterados, ou iriam sofrer alterações! A partir desta informação, os nossos receios avolumaram-se: os CTT da Feira parecem obedecer a um plano que visa silenciar o Correio da Feira e, como ficou demonstrado, para isso não se inibem em Discriminar e Perseguir na tentativa de nos criar dificuldades, usando a sua arma mais poderosa: PREPOTÊNCIA.
16/Maio/2018 -quarta-feira Levando a sério a sua missão, a recém- nomeada responsável dos CTT da Feira, ‘descobriu’ nova situação “irregular”: Não era permitido ao CF entregar as edições para distribuição no Centro de Distribuição Postal (CDP) de Espargo. Algo que fazíamos há anos! Conf essamos que com esta nova ameaça, surgiram-nos sérias dúvidas sobre a possibilidade de fazermos chegar aos nossos leitores o Jornal CF, por via postal. Por parte dos CTT-Feira, na pessoa da Sr.ª Márcia Rodrigues, tudo estava a ser feito para que o Correio da Feira não fosse distribuído aos Leitores a tempo e horas. Era a nossa convicção. Estranhamente, todas estas dificuldades que são agora expostas pela chefe dos CTT da Feira nunca, foram apresentadas à Administração do CF, nem em conversa, muito menos p o r e s c r i t o. Fo ra m t ra n s m i t i d a s verbalmente aos nossos colaboradores, que já saturados pela forma arrogante como eram abordados, solicitaram à senhora o f avor de comunicar com a Administração do Correio da Feira, de preferência por escrito. O nosso canal disponível nos CTT foi sempre o Sr. Américo Rola, gestor de clientes, com quem sempre temos mantido diálogo franco e aberto. Foi a este que apresentámos as nossas suspeitas de perseguição e discriminação e avisámos de que tudo faríamos para averiguar o que está na origem deste procedimento por parte da nova chefe dos CTT Feira. Na ocasião, solicitou-nos paciência e algum tempo para, sem compromissos, tentar encontrar uma solução. 18/Maio/2018 - sexta-feira Ao fim da tarde recebemos (Administração) um telefonema do Sr. Américo Rola informando-nos que manteríamos os procedimentos de entrega e pagamento como vinha sendo habitual e que esquecêssemos este assunto. Ficámos, no entanto, de agendar uma reunião entre Correio da Feira e CTT para a p re s e n t a r a s re c l a m a ç õ e s d o s nossos leitores que acusam os CTT de atraso na entrega do CF, o que, nalguns casos, resultou em cancelamento de assinaturas. De seguida, nas edições de 21 e 28 de Maio e de 04 de Junho, seguiu-se o decurso normal, sem se apresentar nenhum problema que não fosse o dos habituais atrasos na entrega
do jor nal aos nossos assinantes, obrigando-se o jornal a fazer chegar alguns exemplares a assinantes que reclamaram a não entrega do semanário. 11/ Junho/2018 - segunda-feira No horário habitual de entrega, os CTT recepcionam a edição do CF para distribuição. Também como habitualmente, às 10h:00m a nossa colega dirige-se aos CTT para fazer o pagamento da expedição da edição semanal do Correio da Feira. A srª Márcia Rodrigues vai de imediato ao balcão comunicar à nossa colaboradora que a edição não foi distribuída e só o seria no dia seguinte, terça-feira e que, a partir de então, seria esse o procedimento normal, alegando ser como está contratado entre associação de imprensa nacional e os CTT. Acrescentou que, se o desejássemos, consultássemos o contrato e observássemos a regra. Mais tarde, pelas 12h:00m a secretaria do Jornal recebe um e-mail do gestor Comercial dos CTT, Sr.º Américo Rola com o seguinte teor: - Bom dia Sr Jorge, Devido a regras internas dos Ctt, os jornais só podem seguir para a distribuição a partir do momento em que são aceites e pagos ao balcão. Como o vosso jornal é entregue à Segunda-Feira pelas 07 horas, não nos é possível fazer a aceitação e coloca-los na rua para distribuição, porque o balcão do atendimento só abre às 09 horas. Sendo assim, o jornal só sai para distribuição à terça-feira e não à segunda como era regra até agora. Se tiver alguma dúvida disponha. Grato pela atenção dispensada.
Cumprimentos, Já durante a tarde do mesmo dia, recebemos via e-mail um pedido urgente dos CTT para uma reunião no dia seguinte, terça-feira. Entretanto, nos vários contactos mantidos com o Jornal N, com o intuito de unirmos forças para dar uma resposta aos CTT, tinha surgido a possibilidade de os dois semanários conjuntamente agendarem a reunião com os CTT, o que acabou por não acontecer, por opção da Administração daquele semanário.
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12/junho/2018 - terça-feira 09h:00m: reunião entre Correio da Feira, com a presença do Dep. Jurídico da empresa e representantes dos CTT, que iniciaram a sua intervenção apresentando os ‘novos procedimentos’. Também solicitaram explicações necessárias para compreenderem a necessidade da distribuição do Jornal à segunda-feira e algumas realidades e apostas da empresa foram também apresentadas, no esforço de se encontrar soluções na colaboração entre CF e CTT. De notar que durante toda a reunião, nunca foi apresentada uma justificação e um pedido de desculpa pela não-distribuição da última edição. Desgastados com a continuidade da sua prepotência e falta de respeito pelos Feirenses e Correio da Feira a Administração deu por terminada a reunião. A gravidade da situação subiu de tom, ainda no mesmo dia, quando, durante a tarde recebemos telefonemas de leitores avisando que alguns carteiros afirmavam que o jornal Correio da Feira não tinha sido distribuído pelos CTT por falta de pagamento. Demos imediatamente conta do acontecido à Srª Márcia Rodrigues
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Conclusão: São gritantes as diferenças de exigências entre Correio da Feira e o
agora Jornal N, alegadamente antigo Terras da Feira. Começam logo pela organização dos jornais, aquando a sua entrega no Centro de Distribuição Postal de Espargo. A determinado momento, exigem ao Correio da Feira a entrega dos jornais devidamente separados por códigos postais e giros; mas, estranhamente, ou talvez não, o mesmo não acontece com aquele nosso ‘colega’. Recusam entregar o CF com o pagamento a ser efectuado na segundafeira (isto porque de madrugada não há ninguém nos CTT habilitado a receber!). Mas este ultimato é feito exclusivamente ao Correio da Feira, apesar dos nossos colegas terem a mesma forma de actuar!... Recusam receber-nos no CDP de Espargo, mas recebem o Jornal N! Só quando alertados para as diligências da Administração do CF junto dos colegas da imprensa regional da zona, os senhores do CTT perceberam que não lhes restava outra saída senão atingir com as suas medidas também o Jornal N, sob pena de acusação de discriminação continuada. Na verdade, é tarde pois o acto de discriminação vem de longe e tem data antiga, com provas incontestáveis.
não dobra a cerviz; mas a isso juntase informação privilegiada, que nos tem chegado de fontes fidedignas, num avolumar de situações que não deixam margem para dúvidas: há por aí figurões sem escrúpulos a querer silenciar o Correio da Feira, recorren-
do, inclusive a acções concertadas, não hesitando em lançar mão de pessoas e instituições terceiras, as quais lamentavelmente a tal se prestam. Por razões que muito bem percebemos, aliás, e não deixaremos passar em claro. Por isso, não posso deixar de subs-
que prometeu tomar as diligências necessárias, sem que até hoje nos fizesse chegar qualquer informação ou justificação. 15/06/2018 – 11h.59m Recebemos a primeira comunicação, após reunião com os CTT nas nossas instalações. As condições que nos apresentam tornam inviáveis a distribuição do jornal à segunda-feira. Com essas condições avisam-nos que temos unicamente duas semanas, a edição de 18 e a de 25 como tempo para nos adaptarmos (nós e os Leitores) à nova realidade. Sobre os portugueses e feirenses, os nossos Leitores, nem uma palavra. Por esses, não há tempo a conceder nem preocupações a serem presentes, neste novo procedimento que, diz agora os CTT, tem de entrar em vigor. Aos leitores do Correio da Feira, aos feirenses em particular não houve uma palavra, um pedido de desculpa, uma explicação para a sua falha na distribuição e para a exigência em cumprir um acordo em que falharam.
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Razões: A nossa tomada de posição imparcial com a abertura do Jornal a todas a todas as forças políticas, foi sempre um “murro no estomago” de um certo poder político local, como se demonstra através da controversa distribuição dos anúncios e na distribuição selectiva de informação primária aos jornais locais por parte da Câmara Municipal. É evidente que os artigos críticos à nossa governação local são o “caroço” difícil de engolir, por falta de hábito e para o demonstrar, enviamnos mensageiros com subtis recados em tons de aviso. Há sete anos com responsabilidades assumidas na imprensa regional, representando o titulo centenár io Correio da Feira, podemos afirmar que já assistimos a muito (e algum a s d a s s i t u a ç õ e s e ra m p o r n ó s previsíveis), mas assumimos o risco e f omos em frente pela Verdade, pelo Compromisso, ao Serviço da inf ormação, do nosso Concelho e dos Feirenses. Não vamos desistir! Iremos prosseguir! Jorge de Andrade Administração
Nota da Direcção Sensivelmente desde o início deste ano tem vindo intensificar-se uma espécie de tentativa de cerco a este Jornal. Debalde, claro. Para quem, como nós, percebe os sinais, já seria suficiente o testemunhar de movimentações dos que não sabem lidar com quem
crever o texto precedente, juntando a garantia de que, aqui, não há quem meta o rabo entre as pernas. É esperar, para ver… Orlando Macedo Direcção
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OPINIÃO
RECLAME DE FORMA SIMPLES E GRATUITA SEM SAIR DE CASA António Cardoso Membro da Comissão Política Concelhia e Distrital do Partido Socialista
NÃO BAIXAR OS BRAÇOS A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, na qualidade de Órgão Autárquico Concelhio, tem por missão planear, organizar e executar políticas municipais no seu território, visando a promoção de melhor qualidade de vida dos seus cidadãos. Nesse sentido, compete-lhe assumir o desenvolvimento do Município em todas as áreas, nomeadamente, a saúde, a educação, a ação social e habitação, o ambiente, o ordenamento do território e urbanismo, a energia, os transportes e comunicações, o abastecimento público de água e saneamento, o desporto, a cultura, a rede viária, a defesa dos seus “consumidores” e proteção civil, etc. O cidadão feirense, na qualidade de “consumidor”, pode reclamar da qualidade de qualquer desses serviços através do Portal da Queixa. Trata-se de uma rede social online que visa a partilha pública de experiências relativas à qualidade dos serviços prestados aos consumidores. A forma para apresentar a reclamação, é simples, fácil e gratuita. Não substitui os canais oficiais das entidades questionadas, pois não tem
como objetivo exercer qualquer ação de mediação ou resolução de conflitos. A sua missão é conceder e promover o direito de resposta e de acompanhamento/gestão da reclamação por parte das entidades visadas. Para efeitos de apresentação da reclamação, basta abrir o seu computador na “página do Google”, escrever “Queixa na Câmara Municipal de S. Maria da Feira” e terá acesso a um portal onde pode ser feita a sua Reclamação. Se for pela primeira vez, terá que fazer um registo com os seus dados pessoais, sendo-lhe depois atribuída uma palavra passe que lhe dará acesso a reclamar no “Portal da Queixa”. Tendo entrado na Plataforma, pode apresentar a sua reclamação/queixa que considere importante sem sair de casa. Assim, quando os cidadãos têm conhecimento que a rede viária está esburacada, maltratada, tampas de saneamento partidas ou ruidosas, iluminação pública com lâmpadas fundidas, cobrança indevida de encargos com saneamento ou abastecimento de água, obras clandestinas, descargas de lixos ilegais, dificuldades
na mudança de titular de contrato de água e saneamento, maus tratos com pessoas idosas, mulheres e crianças, animais abandonados, deficiência na iluminação pública, o derrube de uma linha elétrica, edifícios e vedações que ameacem ruínas e que ponham em causa a segurança de pessoas e bens, zonas arborizadas com risco de incêndio, agressão ambiental a cursos de água e demais casos que sejam infrações à legislação em vigor. A comunicação/reclamação sobre os assuntos acima indicados é um dever de cidadania e um imperativo de consciência de cada cidadão na proteção e segurança de pessoas e bens ao informar e exigir respostas dos Serviços Públicos de Educação, Saúde, Ambiente, Proteção Civil, etc. Naturalmente que também é um dever de cidadania que os Serviços Administrativos prestadores ou responsáveis por esses serviços sejam céleres nas respostas que devem dar aos clientes/consumidores. Muitas dessas respostas podem ser extremamente valiosas na vida das pessoas quando dizem respeito à sua segurança e bem-estar. A título de exemplo, avisos que
previnam a segurança rodoviária, a defesa da floresta ou de proteção ambiental podem ter um papel de prevenção com um valor incalculável. Nunca será demais relembrar que os Serviços Públicos são pagos com as contribuições dos cidadãos, como tal os seus responsáveis devem ser exemplares na prestação de contas aos seus “clientes/ consumidores”. Em recente consulta efetuada ao portal do nosso Município, constatei a existência de queixas de 2018 prontamente resolvidas, mas existem outras com 2/3 anos sem resolução!... Estas ou já estão enferrujadas ou perderam a validade!... Talvez isto contribua para a má e fraca imagem atribuída a nível Nacional ao nosso Município na qualidade do seu serviço de atendimento público, pelo que urge mudar as práticas seguidas. Concluindo, não basta que o nosso Concelho tenha o “Portal de Queixa do Consumidor”, é preciso que esse portal tenha utilidade, para isso é preciso que os cidadãos Feirenses usem e abusem deste serviço que é gratuito!...
VIAGEM MEDIEVAL – AS INCONGRUÊNCIAS José Pinto da Silva
(in)CONFIDÊNCIAS Como se recordarão, o terceiro elemento constitutivo da Organização – Federação das Colectividades – saiba-se lá porquê, é quem factura o direito de ocupar os espaços que cabem a cada Associação (os pavilhões que assam porco) e as diversas barracas de comes e bebes e venda de quinquilharias (artesanato ou não), marroquinarias, etc. e também o aluguer das barracas ou tendas, e equipamento afim (mesas, bancos, etc.). E saiba-se lá porquê, porque a Câmara é a gestora dos espaços/palco (na prática dona, ou disso se arroga, comportando-se como tal), a Feira Viva (quase igual à Câmara, porque dela emanou) é a dona dos equipamentos a alugar (enquanto elemento organizador responde pelos ingressos e pela contratação de figurantes e idealizadores) e, saiba-se lá porquê, a Federação que, no meio de tudo, cede algumas pessoas das Associações para figurantes e, imagina-se, colaborará com algumas ideias organizativas, faz toda a facturação dos alugueres de espaços e “barracas”, mais mesas e bancos. Claro que se sabe porquê, pelo menos assim se imagina, até com alguma
lógica para os desatentos. Como se trata de, em parte, instituições sem fins lucrativos(?), algumas até de solidariedade social, estatutariamente promotoras de objectivos lúdico/culturais, imaginou-se ser possível amalgamar o art. 9º. do CIVA e, como assim, não liquidavam IVA nas facturas de aluguer de espaços e equipamentos, invocando isenção. E, por arrasto, ficavam dispensados desse encargo todos os individuais ou colectivos que, em todo o recinto, vendem artesanato, comes e bebes, quinquilharias, marroquinarias, etc.. E assim funcionou até há dois anos sob os olhos fechados das autoridades tributárias. Mas o leit motiv desta nota era abordar os ingressos (pulseira/bilhetes diários): quem emite e controla a produção dos ditos, quem controla a sua vera utilização e se aos utilizados virá depois a corresponder a cobrança e entrega ao Estado do IVA respectivo. É dito que os visitantes ultrapassam o meio milhão de pessoas. No final, quantas pulseiras e de que preço e quantos bilhetes individuais foram efectivamente vendidos e fizeram efeito na tributação fiscal? Para este género de eventos, em espaços a
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céu aberto, funcionando em vários dias (e que fosse um só dia ou mesmo só algumas horas), como sejam as feiras medievais, – agora semeadas por todo o país -, os festivais de música – diz-se que o grande negócio destes tempos e que se multiplicam como cogumelos - , e, agora muito em moda, as corridas e caminhadas, muitas ditas solidárias, com inscrição obrigatória (o mais das vezes cara com’um raio), para todo este género de eventos, porque será que não existe uma qualquer Entidade Pública que emita todos os títulos de ingresso, ou de inscrição, cabendo a cada organização ir requisitando ao emitente as quantidades de que for precisando? Nessas circunstâncias, ficaria a certeza de que a todos os bilhetes vendidos corresponderia a entrada em cofre fiscal do IVA correspondente. E quem tem “salvo-conduto” para entrar e sair sempre que queira? Naturalmente quem reside dentro do perímetro, quem presta serviço no evento (para a organização ou para os comerciantes), fornecedores da organização, dos comerciantes, se credenciados. E haverá outros. E quem trabalhar dentro do perímetro em estabe-
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lecimento e/ou actividade que nada tenha a ver com a Viagem? Estive a falar com uma pessoa sabedora desses meandros e quase diria que fiquei satisfeito por ter sabido que a organização rectificou, ultimamente, a forma de actuar relativamente a pessoas que, não pertencendo à orgânica, trabalham no espaço do recinto. Por exemplo, é de louvar que, na elaboração do programa das exibições de rua por grupos de gaiteiros e tamborileiros, tenha passado a haver o cuidado de, junto à escadaria dos Lóios, não se verificarem actuações ao mesmo tempo que há celebrações na Igreja. Foi-me dito ainda que as pessoas que declarem que vão a uma celebração na Igreja, Missas, casamentos ou enterros, são deixadas passar sem ingresso e sem que as incomodem com inquirições. Declara-se que se vai à Igreja… e passa. É absolutamente de louvar, até porque tempos houve em que nada acontecia assim. Nem o programa era organizado em função do mais antigo, nem havia a condescendência quanto ao acesso de pessoas que, declaradamente, iam para outras funções. Algo evoluiu, pois.
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OPINIÃO
PARTILHA EM VIDA Nelson Vieira Solicitador e Docente do Isvouga
AD JURIS É sabido que a morte de um ente, mais ou menos querido, é na nossa cultura uma dolorosa perda e não é menos comum dizermos “uma parte de nós partiu também”. Contudo, a morte desse ente não faz extinguir em absoluto a possibilidade de litígios, antes pelo contrário, pode levar a situações que, como todos sabemos, podem tornar-se verdadeiras dores de cabeça, com discussões e relacionamentos cortados entre os herdeiros. Qualquer herdeiro tem o direito de exigir, a todo o momento, a divisão dos bens do falecido, claro está, dentro dos termos da lei. Muito frequentemente, algum(s) herdeiro(s), por desconhecimento das regras que a lei institui, entende(m) que têm mais direitos do
que outro(s) herdeiro(s) (vg. porque cuidava do ente f alecido) e então entram em discórdia sobre a divisão dos bens. De realçar, que a divisão deve ser feita de forma amigável, mediante escritura pública de partilha a celebrar num cartório notarial, por forma a evitar a morosidade de um processo de inventário. Processo esse a iniciar também junto de um cartório notarial, ou através de plataforma eletrónica criada para o efeito, indicando notário da área da residência do falecido. Afim de prevenir possíveis constrangimentos, o autor da herança pode ainda em vida tentar evitar/atenuar conflitos sobre a partilha dos bens, pós-morte, planeando previamente a divisão dos bens à sua morte, tendo
para isso duas “ferramentas”: o testamento e as doações em vida. Não sendo possível, no entanto, deserdar os herdeiros legitimários (cônjugue e descendentes e cônjugue e ascendentes), salvo havendo motivo para tal, que a lei define. O testamento é um ato unilateral, através do qual o seu autor demonstra a vontade de como e para quem quer dividir o património. Existem duas formas de testamentos: a) Escrito pelo notário (testamento público); b) manuscrito e assinado pelo testador, ou manuscrito por outra pessoa a rogo do testador e por este assinado (testamento cerrado), devendo este tipo de testamento ser aprovado por notário.
Caso existam dúvidas sobre a existência ou não de um testamento, basta dirigir-se à conservatória dos registos centrais, ou através da plataforma do IRN (Instituto de Registos e Notariado, que detém uma base de dados onde estão os registos de todos os testamentos que existem desde 1950). A doação em vida permite a uma pessoa definir desde logo quem fica com determinados bens do seu património. A lei define a doação como um contrato pelo qual uma pessoa, por espírito de liberdade e à custa do seu património, dispõe gratuitamente de uma coisa ou direito, ou assume uma obrigação, em benefício de outrem. O contrato de doação em vida é feito por escritura pública de doação, e produz efeitos translativos de imediato.
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POLÍTICA CDU critica actividades e postura do Grande Sábio
PAiS PAGArAm mAS Só virAm mEtADE Do SArAU A CDU aponta, em comunicado, a “situação rocambulesca” vivida pelos pais e encarregados de educação no último sarau organizado pelo centro de actividades educativas Grande Sábio, parceiro da Câmara municipal responsável pelo prolongamento de horário para a família e actividades de enriquecimento curricular. Segundo denúncias de cidadãos que chegaram ao partido, o número dos tutores presentes no salão da tuna musical mozelense, onde teve lugar o sarau demonstrativo das actividades levadas a efeito pelos técnicos e monitores com as crianças, “superou
largamente a lotação da sala”: Para resolver o problema, “os organizadores avançaram com a sugestão de que após visionarem a actuação das suas crianças, os pais e encarregados deveriam abandonar a sala, dando lugar aos seguintes”. A sugestão, diz a CDU, foi aceite, mas os pais tinham pago anteriormente 3,80€ por uma sessão que acabou “encurtada”. Além disso, a maioria já tinha contribuído com 10€ para a mesma entidade, o Grande Sábio, pelas “indumentárias” das crianças. A CDU considera “abusiva” toda a situação, ainda mais porque “as actividades frequentadas por
estas crianças não são gratuitas”, ao contrário de municípios vizinhos, em que até são “mais frequentes”. Preocupada com o “efeito repelência” que pode provocar na escolha das escolas municipais, o partido até atira que “o Grande Sábio é mais o Único Sábio pois é sempre o único eleito da nossa Câmara para as suas parcerias”. o Correio da Feira tentou contactar as entidades citadas, nomeadamente a Câmara municipal e vereadora com o pelouro da Educação, Cristina tenreiro, o Grande Sábio e a tuna musical mozelense, mas nenhuma respondeu até ao fecho da edição.
BE e PS agendam discussão
BEm-EStAr AnimAl ContinUA nA orDEm Do DiA o Partido Socialista leva hoje a discussão, em reunião de Câmara, o Bem-Estar Animal, e o Bloco de Esquerda anunciou, também, a inclusão da mesma temática,‘Em Defesa do Bem-Estar Animal’, na agenda da próxima Assembleia municipal, enquadrado nas mais recentes alterações à legislação, que estabelecem o Estatuto Jurídico dos Animais e aprovaram medidas para a criação de uma
rede de centros de recolha oficial de animais e a proibição do abate de animais errantes como forma de controlo da população. “o Bloco lutou de forma persistente e esteve sempre na linha da frente para garantir esta alteração legislativa e considera que o município de Santa maria da Feira não tem dado cumprimento às suas obrigações em matéria de direitos dos animais, pelo
que considera urgente levar este tema à discussão na Assembleia municipal”, refere o partido, em comunicado, frisando a importância de:“políticas de esterilização animal; o canil responder de forma eficaz às necessidades do Concelho; o centro veterinário funcionar e não ser apenas uma mera operação de marketing; e políticas de adopção animal responsável”.
Amadeu Albergaria preocupado
concelhos vizinhos, como ovar e Espinho”. “rio meão integra o maior pólo industrial do norte do país em desenvolvimento – lusopark – que representará um aumento considerável da população e do universo de clientes da CGD. não havendo uma agência nas imediações, não se compreende a eventual proposta de encerramento”, frisa o deputado, que quer saber se a agência é uma das que, no âmbito do Plano Estratégico da CGD, será encerrada e, em caso afirmativo, quais os critérios que colocaram aquele balcão na lista negra, considerando “a dimensão da área que serve, o número de clientes de que dispõe e o universo potencial
“Descentralização tem o apoio dos dois maiores partidos” num debate sobre descentralização, na Alfândega do Porto, o vice-presidente do Conselho metropolitano do Porto, Emídio Sousa – num painel composto pelos directores do Jornal de notícias e Porto Canal, Afonso Camões e Júlio magalhães, presidente da misericórdia do Porto, António tavares, e representantes da Casa da música, Alfândega do Porto e Fundação Serralves – garantiu que “a reforma está a ser conduzida pela AmP de uma forma activa e liderante, com propostas consensualizadas já entregues ao Governo e que o entendimento entre os dois maiores partidos, PSD e PS, faz perspectivar que se chegue a bom porto”. o presidente da Câmara da Feira realçou a vontade e o empenho da AmP em “chegar a acordo com o Governo sobre os parâmetros que devem presidir à transferência de competências para os municípios”, reiterando a “necessidade da transferência de verbas do orçamento de Estado correspondentes ao volume das competências que passarem a ser responsabilidade dos municípios”. Em nota de imprensa, o autarca diz que, no debate, ficou claro que ainda há um longo caminho a percorrer. “Uns acham que a regionalização é que seria o passo último, enquanto outros não acreditam que o Governo abra mão de qualquer fatia de poder para entregar aos municípios”.
núcleo foi a votos para eleger órgãos sociais
BAlCão DE rio mEão PoDE EStAr nA liStA nEGrA DA CGD RIO MEÃO o deputado do PSD Amadeu Albergaria mostra-se, em comunicado, preocupado com o eventual encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em rio meão, considerando “o universo de clientes, actuais e potenciais, servidos por aquela agência”. A possibilidade, garante o socialdemocrata, está a “provocar alarme em autarcas e população”, tendo o PSD recebido nas últimas semanas várias perguntas e manifestações relativamente às perspectivas desta nova vaga de encerramento de balcões da CGD. Amadeu Albergaria lembra que a agência de rio meão “não serve apenas aquela freguesia, dado que está na confluência de
Emídio Sousa em debate na Alfândega do Porto
mulheres em maioria na equipa centrista
de clientes que pode vir a ter”. Esta é mais uma etapa do plano da CGD que aponta para uma redução do número de agências. Até ao final deste mês, serão encerrados 75 balcões. o plano de capitalização e reestruturação da Caixa Geral de Depósitos negociado e acordado pelo Governo com a Direcção Geral de Concorrência da Comissão Europeia implicou, como contrapartida pela opção de uma elevada injecção de fundos públicos, medidas de aumento de receitas de comissões bancárias e de eliminação de balcões e número de trabalhadores da Caixa. Consequências da opção do Governo e do compromisso que assumiu com a Comissão Europeia.
LAMAS o núcleo do CDS lamacense foi a votos, no dia 9 de Junho, para eleger os órgãos sociais para os próximos dois anos.vânia oliveira foi eleita para um segundo mandato,tendo o partido privilegiado a experiência mas complementando-a com “juventude e irreverência”, diz o CDS, em comunicado. “Estar ao serviço de Santa maria de lamas, tornando-a novamente uma referência concelhia e regional”, é o objectivo traçado, sendo que os centristas envergam três bandeiras: a construção do lar que “muita falta faz à vila”; a zona industrial, pois sendo a vila “um símbolo do empreendedorismo empresarial, é inaceitável a absoluta ausência de espaços para novas empresas e consequente criação de postos de trabalho; e “levantar bem alto o nome da vila. nunca esta vila esteve tão esquecida, abandonada, menosprezada e triste, temos de aumentar a auto-estima dos lamacenses e desafiar e apoiar a juventude”, salientam. na mesa da Assembleia ficaram,como presidente,José Carlos mendes; 1.ª secretária maria Alice rodrigues; e 2.ª secretária marisa José magalhães. na Direcção, a presidente vânia oliveira, e os vogais André Alves e Sofia tavares; e foi constituída uma Comissão de Apoio com Amélia Silva, Cátia Silva, liliana mendes e luís Pedro marques. o CDS constata que “dos seis eleitos, quatro são mulheres”, além da mandatária Bernardina oliveira, “uma escolha colectiva. o CDS de Santa maria de lamas não precisa de quotas para envolver as mulheres na vida política”, referem.
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rePortAGeM
Caldas População: 2716 habitantes densidade: 577,9 hab/km² Área: 4,70 km²
Pigeiros População: 1181 habitantes densidade: 230,2 hab/km² Área: 5,13 Km2 Dados retirados dos Censos 2011
lobão População: 5 483 habitantes densidade: 693,2 hab/ km² Área: 7,91 km2
Gião População: 1 815 habitantes densidade: 508,4 hab/ km² Área: 3,57 km2
louredo População: 1 325 habitantes densidade: 152,8 hab/ km² Área: 8,67 km2
Guisande População: 1 237 habitantes densidade: 327,2 hab/ km² Área: 3,78 km2 Dados retirados dos Censos 2011
Canedo População: 6 044 habitantes densidade: 217,3 hab/km² Área: 27,81 km²
vale População: 1 903 habitantes densidade: 211,2 hab/km² Área: 9,01 km²
vila Maior População: 1 511 habitantes densidade: 557,6 hab/km² Área: 2,71 km² Dados retirados dos Censos 2011
António CArdoso (Ps), FeliCiAno MArtins PereirA (Ps), Élvio CostA sAntos (PCP) e Adelino liMA (Psd)
em causa a saída das respetivas Uniões de Freguesia
Pigeiros, Vale e lobão com moVimentos à Desanexação Foram entregues, durante a semana transata, duas Petições na assembleia da república que visam a Desanexação de Pigeiros das caldas de s. Jorge e do Vale de canedo e Vila maior. em lobão, também o Partido socialista local apresentou uma moção, discutida em assembleia de Freguesia, cujo objetivo é a separação da União com gião, louredo e guisande. os presidentes das referidas Juntas e o da câmara municipal da Feira já reagiram.
Marcelo Brito* marcelo.brito@correiodafeira.pt
antónio cardoso, antigo deputado da assembleia da república (ar), é o rosto da luta dos pigeirenses pela desanexação da União de Freguesias que engloba as caldas de s. Jorge. “o desaparecimento de autarcas residentes em Pigeiros eliminou a capacidade de intervenção e reivindicação na câmara e assembleia municipal e na administração central sobre os destinos da freguesia”. o feirense aponta “as atividades económica, social, de saúde, educação e ensino, sem ligações às caldas, como as principais razões para a degradação da vida dos residentes. as caldas têm outros interesses prioritários devido ao desenvolvimento turístico-termal, conforme justificou, em 2012 através da assembleia de Freguesia – tal como Pigeiros –, ao rejeitar por unanimidade a agregação das freguesias porque seria um foco de destabilização”. na terça-feira, dia 12, foi entregue uma Petição Pública na ar que espelha a vontade de 4 222 subscritores em ver Pigeiros desanexar-se das caldas. “está em curso a Descentralização administrativa do estado e os signatários da Petição consideram ser o momento adequado para promover, no imediato, a reposição da freguesia de Pigeiros. em 2016, a assembleia municipal de santa maria
da Feira aprovou uma moção favorável à reposição das freguesias agregadas no concelho e, em 2018, a assembleia da União de Freguesias de caldas e Pigeiros votou favoravelmente a reposição de Pigeiros”. antónio cardoso refere a inexistência de outros instrumentos de escrutínio para justificar a utilização da Petição.“Pigeiros parou no tempo. os signatários da petição pretendem que a freguesia seja reposta. não havendo outro instrumento democrático para escrutinar a contestação manifestada pela população, recorreu-se à figura da Petição Pública como único recurso para ouvir as populações. os eleitores de Pigeiros foram chamados a pronunciar-se e mais de 90% subscreveram-na. merecem ser respeitados”. o pigeirense recordou o congresso da associação nacional de Freguesias (anaFre), realizado em janeiro no Pavilhão multiusos do município de Viseu, onde foi “defendida e aprovada, por maioria, uma moção que reclama a reversão da extinção das freguesias nos casos em que não tenha havido consenso”. a Petição foi entregue no gabinete do presidente da ar, eduardo Ferro rodrigues, e “vai ser dada a conhecer a todos os grupos Parlamentares”. Posteriormente será agendado um debate, no Plenário
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REPORTAGEM
discussão alusiva à desanexação das freguesias. “A moção pretende que sejam efetuadas todas as diligências para que, junto do Governo, da AR, da Câmara e da Assembleia Municipal, desenvolvam-se os procedimentos necessários para restituir, às populações, as freguesias autónomas de Lobão, Gião, Louredo e Guisande. Surge por constatar no programa do Governo, entregue a 27 de novembro de 2015, a necessidade de corrigir os erros da extinção de freguesias a regra e esquadro, em que vai restabelecer critérios objetivos que permitam às próprias autarquias aferir os resultados da fusão e agregação e corrigir os casos mal resolvidos”, lêse em nota
da casa da democracia portuguesa, durante a 11.ª Comissão d e A m b i e n t e, Ordenamento do Território e Poder Local. “Espera-se que seja concedida a reposição da freguesia de Pigeiros”, almeja António Cardoso. Sobre a questão, o presidente da referida União de Freguesias, José Martins, disse não querer “tecer qualquer comentário”, mas referiu que “quem tem de decidir é o Governo” e que “há gente que gosta de brincar com coisas sérias”.
PS de Lobão quer desanexação
O Partido Socialista de Lobão apresentou à Assembleia da União de Freguesias de Lobão, Gião, Louredo e Guisande uma moção para
de imprensa assinada por David Neves, membro da Assembleia de Freguesia da referida União.
“A reforma administrativa territorial autárquica não trouxe poupança ao Estado, resultando, em muitas situações, em encargos acrescidos para as freguesias. Uma verdadeira reforma administrativa só pode ser concretizada com a real participação e envolvimento dos eleitos locais e das populações. A moção visa reafirmar a importância do estudo sobre a reorganização administrativa das freguesias que foi exe-
cutada contra a vontade das populações e dos respetivos órgãos autárquicos e devolver a estas a decisão sobre as mesmas, assim como apelar à intervenção dos Grupos Parlamentares da AR no sentido de tomarem as medidas legislativas necessárias à reanálise da reorganização administrativa das freguesias”, refere. O presidente da União de Freguesias José Henriques reagiu. “Não estou contra
nem a favor do movimento de reversão das freguesias, mas os eleitos não devem pronunciar-se. O assunto é da competência da AR, que deve legislar, e do Governo. Posteriormente, se for pedida uma intervenção, fazemo-la”.
“Não será o PSD a opor-se”
A Petição pela reposição da freguesia do Vale, criada pela Comissão Independente de Valenses, foi entregue à AR com o objetivo de tirar a freguesia do “marasmo que se encontra e dignificar o povo que, ao longo destes anos, tem sido marginalizado e abandonado”. Segundo a nota de imprensa, o documento foi assinado por 4 250 subscritores. “Decorridos quase cinco anos na situação de freguesia agregada a Canedo e Vila Maior, confirmaram-se as preocupações manifestadas. A agregação não resultou. Perante a crescente contestação e não
podendo ser realizado um Referendo ou Consulta Popular, foi criado um movimento que, percorrendo toda a freguesia, conseguiu recolher assinaturas de mais de 90% dos eleitores”. Obtivemos uma reação do presidente da União de Freguesias, Paulo Oliveira. “Um conjunto de cidadãos iniciou o movimento antes das últimas eleições e fez agora a apresentação da Petição na AR. Na última Assembleia de Freguesia, discutimos a problemática e não foi dada continuidade porque, não sabendo os critérios do Governo, não podemos fazer juízos de valor sobre a Desanexação”, referiu, antes de partilhar a sua opinião pessoal. “Não devemos remar contra a vontade da população. Não será o PSD a opor-se à pretensão popular, mas deverá ser toda a população e não meia dúzia de pessoas. Não estamos contra a possibilidade da Desanexação, pelo contrário. Quando forem apresentados os critérios, estaremos abertos para auscultar, através da Assembleia de Freguesia, a população”, referiu. O presidente da Câmara Municipal da Feira, Emídio Sousa, referiu apenas que é o Governo quem tem de dar o primeiro passo. “O mapa deve ser revisto, mas é o Governo que deve alterar a lei que obrigou à aglomeração das freguesias”. *O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico
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SOCIEDADE
Município assegura Actividades de Apoio à Família
Termas reúne comunidade escolar
FESTA DA SAÚDE NO PARQUE DAS CALDAS CALDAS DE S. JORGE Integrado no seu projecto de Educação para a Saúde ‘Conhecer para preservar’, as Termas de S. Jorge convidaram a comunidade escolar de Caldas de S. Jorge e Pigeiros para uma Festa da Saúde no Parque, no átrio centenário do balneário e seu parque termal, na próxima quarta-feira. A iniciativa acolhe, de manhã, as crianças do pré-escolar, e à tarde, os alunos do 1.º Ciclo, num total de 230 participantes. A partir das 17h00, pais e filhos juntam-se para uma ‘Caminhada para a Saúde’ orientada pelo médico hidrologista das Termas, Pedro Prata, num momento em que também será
apresentado o novo projecto ‘Walk with a doc’, que associa a componente de exercício, à área clínica e à literacia para a saúde,“promovendo um papel de promoção de saúde, terapêutica e lazer”, dizem as Termas, em comunicado. O evento inclui ainda jogos, momento de dança com a coreografia do Gotinhas, hora de conto, sessão de masterchef, momento de relaxamento e constante animação da mascote e anfitrião das Termas. A brincar,“sugerem-se simples medidas para um estilo de vida mais saudável”. Para uma acção reforçada, as escolas foram desafiadas a introduzirem o tema em sala de aula e criarem uma mensagem so-
bre estilos de vida saudáveis para afixação nas árvores do parque, que ficará exposta. O grande objectivo da iniciativa, promovida pelas Termas em parceria com a União de Freguesias das Caldas de S. Jorge e Pigeiros, Unidade de Saúde local e Agrupamento de Saúde Entre Douro e Vouga, que “juntaram esforços para proporcionar à comunidade escolar um dia de actividades lúdico-didáticas que assinala o fim do ano lectivo, é “sensibilizar os mais jovens para as questões de saúde com enfoque na nutrição e valorização dos recursos naturais e promover um conceito de estilo de vida saudável”.
Cães e gatos
CAMPANHA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA E MICROCHIP A campanha arranca a 27 de Junho, no Largo do Rossio, em Santa Maria da Feira, percorrendo depois as várias freguesias do Concelho, até 27 de Julho. Quem não se puder deslocar aos locais seleccionados – informação nas Juntas de Freguesia, Câmara Municipal, USF, farmácias, estabelecimentos comerciais,Canil Municipal, Gabinete Veterinário Municipal e páginas da Internet do Canil e Município – pode dirigir-se, durante todo o ano,ao Canil Municipal de Santa Maria da Feira. A vacinação antirrábica é anual e obrigatória para todos os cães com mais de três meses e é fundamental para manter o estatuto de país
livre desta doença mortal. Para os gatos, a vacinação antirrábica é facultativa, excepto se o animal se deslocar para o estrangeiro, sendo obrigatório, neste caso, vacinar e identificar electronicamente os animais. A vacina antirrábica só pode ser realizada quando os cães se encontrem identificados electronicamente (microchip). O preço da vacinação é de 5€, acrescendo 1€ para quem não possua boletim de vacinas. A vacina confere uma imunidade de três anos; no entanto, a licença na Junta de Freguesia mantém-se obrigatória com periodicidade anual.
O microchip é um acto único e vitalício de identificação do animal, permitindo em caso de perda ou furto identificar o dono e que o mesmo seja encontrado por alguém ou recolhido pelo Canil Municipal. A colocação do microchip é obrigatória para todos os cães nascidos após Julho de 2008 e o mesmo deve ser implantado entre os 3 e os 6 meses de idade. O preço da colocação do microchip é de 13€. Na campanha, os detentores de cães e gatos devem fornecer os seguintes dados: nome completo, morada, número do BI ou CC, NIF e contacto telefónico.
OITO DETIDOS POR TRÁFICO DE DROGA FEIRA A GNR deteve, no dia 12 de Junho, sete homens e uma mulher, com idades entre os 25 e os 60 anos, por tráfico de estupefacientes, furto e receptação, nos concelhos de Santa Maria da Feira e Vila Nova de Gaia. A maioria dos suspeitos já tinha antecedentes
criminais pela prática do mesmo tipo de crimes. No decorrer do processo de investigação criminal, que durava há cerca de um ano, foi desenvolvida uma operação policial, que envolveu 57 militares do Comando Territorial de Aveiro, em que as
buscas domiciliárias culminaram na apreensão de material relacionado com actividade criminosa: 731 doses de haxixe; 9 doses de MDMA; 825€; 9 telemóveis, 3 armas brancas; 2 computadores portáteis; 2 relógios; 2 LCD’s; 1 motociclo; 1 moca e 1 tablet.
Busca domiciliária a casa de padeiro
APREENDIDOS VÁRIOS ARTIGOS FURTADOS FEIRA A PSP procedeu, na passada quinta-feira, por suspeita de furto no interior de residência, a uma busca domicilária a casa de
um homem, de 36 anos, padeiro. No âmbito da busca, foram apreendidos: um lavatório, uma caixa com ferramentas; dois bules;
cinco jarras; um corta-sebes; um periscópio; e duas travessas. Os artigos foram entregues à legítima proprietária.
FEIRA O Município feirense abriu as inscrições para as Actividades de Animação e Apoio à Família (AAAF) que terão lugar durante o mês de Agosto, entre as 7h30 e as 18h30, para as crianças dos jardins de infância do Concelho. Centralizadas na Escola Básica N.º 2 (ou outra a definir de acordo com a maioria dos interessados no serviço), os pais podem inscrever os seus filhos até ao dia 30 de Junho. As actividades da AAAF são “lúdicas, estimulantes e propiciadoras do desenvolvimento harmonioso, intervindo de uma forma complementar nas actividades lectivas dos JI”, garante a Autarquia, em comunicado.
Prisão preventiva por violência doméstica FEIRA Um homem, de 61 anos, com antecedentes criminais pela prática do mesmo tipo de crime, foi detido pela GNR, na passada segunda-feira, por violência doméstica. Indiciado pela prática de dois crimes, um contra a cônjuge, de 33 anos, e outro contra os filhos menores, encontrava-se em suspensão provisória do processo quando tentou aproximar-se das vítimas, ameaçando-as física e psicologicamente, proferindo ameaças de morte. A GNR deteve o indivíduo e realizou uma busca domiciliária à sua residência. Presente a primeiro Interrogatório Judicial, ficou em prisão preventiva.
INFORMA Saiba mais sobre os cartões de crédito revolving Os cartões de crédito são um dos instrumentos financeiros mais utilizados pelos portugueses e também o mais caro devido à maior taxa de juro associada. O cartão de crédito, também designado de “dinheiro de plástico”, foi criado para facilitar a vida ao consumidor, trazendo vantagens ao seu titular, nomeadamente se viajar para o estrangeiro. Trata-se de uma ferramenta de pagamento que funciona através de uma linha de crédito, com um limite máximo, o plafond de crédito, definido previamente pelo banco. Este cartão, que poderá ter anuidade associada e também ser cartão de débito, tem várias funcionalidades, designadamente a de meio de pagamento para a compra de bens ou serviços e/ou a de levantamento de dinheiro, por exemplo. Regra geral, se reembolsar totalmente o valor em dívida, entre 30 a 50 dias de vista após a sua utilização, não incorrerá em juros. Quando o crédito for renovável, no termo inglês revolving, tal equivale a dizer que cada vez que for reembolsado o valor em dívida do cartão, total ou parcialmente, voltará a estar disponível nova linha de crédito, até ao limite do plafond disponível no cartão. Se optar pelo pagamento parcial, incorrerá no pagamento de juros sobre o valor usado e não reembolsado. Quanto mais tempo demorar a pagar o valor em dívida, mais juros pagará e mais tempo será necessário para liquidar a totalidade da dívida. O crédito revolving renova-se à medida que for pagando a dívida e os juros e muitas vezes tal acontece sem que os consumidores se apercebam. Outra funcionalidade que os cartões de crédito podem ter é o do cash advance, ou seja, poderá levantar dinheiro em caixas automáticas ATM ou ao balcão do banco, mas estará também sujeito a juros e comissões que poderão ser bastante onerosas para o seu orçamento. Seja prudente na utilização do cartão de crédito e controle os seus pagamentos com o cartão para não incorrer no pagamento de juros. Opte pelo cartão com menor taxa de juro, de preferência sem anuidade, analise os serviços e seguros associados e combine com o banco, em função da sua taxa de esforço, o limite de crédito que pretende, definindo assim as funcionalidades que melhor respondam às suas necessidades e perfil financeiro. Para pedidos de apoio ou de informação, pode recorrer à DECO ou ao CIAC da CM de Santa Maria da Feira, na loja 04 do Mercado Municipal, ou através da linha verde 800 203 194 ou do endereço ciac@cm-feira.pt. A DECO tem um protocolo de colaboração com o Município de Santa Maria da Feira e presta apoio presencial no Concelho.
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SOCIEDADE
EuCAlIptAl Em S. pAIO DE OlEIROS
“AS SubStItuIçõES AOS PArtICulArES InCumPrIDOrES nãO FOrAm muItO SIgnIFICAtIVAS” Fim do prazo estipulado pelo poder central para que proprietários e produtores florestais efetuem a limpeza de matas e terrenos. O vereador da Proteção Civil da Câmara de Santa maria da Feira,Vítor marques, refere que a Autarquia pouco interveio em substituição dos que não cumpriram as exigências governamentais, destacando as ações de sensibilização promovidas. A gnr afirma que está a verificar situações de incumprimento. Foi no último dia de maio que proprietários e produtores florestais viram o prazo para limparem matas e terrenos extinguir-se, mas a partir de dia 15 desse mês, os municípios passaram a estar legalmente habilitados para procederem à limpeza que, quando ausente, é penalizada com coimas. A guarda nacional republicana (gnr) levanta o auto e comunica-o às Câmaras municipais. Posteriormente, o responsável terá um novo prazo para efetuar a limpeza. Caso cumpra, coima e contra-ordenação perdem efeito. As coimas variam entre os 208 e os 10 mil euros, no caso de pessoa singular, e entre 1600 a 120 mil para pessoas coletivas. As Câmaras municipais podem ser penalizadas caso não cumpram obrigações de fiscalização ou não assegurem a limpeza em substituição dos infratores. Ao verificar-se o incumprimento, as Autarquias perdem 20% dos duodécimos das transferências do Fundo de Equilíbrio Financeiro que recebem para recuperar áreas afectadas pelos incêndios de 2017. O vereador com a pasta da Proteção Civil, Vítor marques, referiu que “efetivamente, a Câmara mu-
nicipal efetuou a limpeza de diversos terrenos, tendo recorrido a procedimentos simplificados, a vários prestadores de serviços, de forma a dar uma resposta célere à gestão de combustível, complementada com um ajuste direto para a realização das ações e trabalhos previstos”. O autarca esclareceu também que “as substituições aos particulares incumpridores não foram muito significativas. À medida que ia sendo comunicado por parte da gnr ou recebidas queixas diretas relativamente ao incumprimento, fomos sensibilizando as pessoas para a limpeza. na maioria dos casos resultou, noutros fomos informados de que limpariam até 31 de maio, deixando-nos sem margem para fazer qualquer tipo de intervenção ou substituição”. Vítor marques refere ainda que não serão tomadas quaisquer medidas para colmatar a falha dos terrenos que não foram limpos. “O prolongamento, até 31 de maio, para os particulares efetuarem a gestão de combustível provocou uma situação complicada às Câmaras. Se o Decreto-lei prevê que os autos de contra-ordenação fiquem sem efeito se até ao dia 31 maio
o responsável proceder à gestão de combustível a que está legalmente obrigado, o que acontece na prática é: se efetuou a gestão de combustível até 31 de maio, não será aplicada qualquer coima; se não efetuou, só o vizinho queixoso o poderá substituir já que a Câmara municipal deixa de ter legitimidade legal para o fazer uma vez que a sua intervenção apenas poderia efetuar-se até 31 de maio”.
GNR em processo de verificação
Através do tenente-coronel António lobo de Carvalho, e também chefe da Secção de Operações, treino e relações Públicas (SOtrP), a gnr referiu que “a partir do dia 1 de junho, está a verificar se foram regularizadas as situações identificadas em incumprimento por falta de limpeza”. Assim, “o balanço das ações desenvolvidas foi, e continua a ser, muito positivo, considerando o empenho e a preocupação de todos os intervenientes nesta temática e a mudança de mentalidades, num curto espaço de tempo, no que diz respeito à necessidade da gestão de combustíveis e da adoção de comportamentos de autoproteção”.
ESCOlAglObAl COm CInCO PrOjECtOS A COnCurSO De um total de 13 projectos desenvolvidos, a escolaglobal viu cinco serem seleccionados para integrar a mostra nacional do concurso ‘Ciência na Escola’ da Fundação Ilídio Pinho, que decorrerá em Setembro. Entre os 100 projectos convidados a estarem presentes
na mostra, será escolhido um ve n c e d o r e d u a s m e n ç õ e s honrosas para cada nível de ensino. A escolaglobal congratula-se, em comunicado, por ser “o agrupamento de escolas com o maior número de projectos seleccionados” destacados pelo seu “po-
tencial inovador”. Os projectos abrangem todos os níveis de ensino e incluem desde tintas condutoras de electricidade a mãos biónicas e robôs que ajudam a reciclar. O mote deste ano do concurso foi ‘Ciência na Escola ao Serviço do Desenvolvimento e Humanização’.
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FREGUESIAS ‘Aqui há Teatro’
Comédia sobre quotidiano no Centro Cultural MILHEIRÓS DE POIARES Depois de iniciar o ciclo temático ‘Aqui há Teatro’ com o grupo Cerci SJM ‘Recriarte’, a Junta de Freguesia de Milheirós de Poiares promove, no próximo sábado, às 21h30, a comédia ‘O quotidiano por vezes é assim!”, realizado e produzido pelo actor Ricardo Pinho. “uma peça cuja única finalidade é fazer rir, não interessa de que forma. Para isso, não será necessário um fio condutor, uma história corrente ou fazer algum sentido, apenas divertir e entreter o público levando situações do quotidiano ao exagero, com as quais toda a gente se poderá identificar”, lê-se na sinopse. Os bilhetes têm o custo de 2,5€ e encontram-se disponíveis nos CTT de Milheirós de Poiares.
Prémio Manuel Laranjeira 2018
JORGE FERREIRA DISTINGuIDO PELA DEDICAçãO AO DESENVOLVIMENTO LOCAL MOZELOS O médico, autarca e dirigente associativo mozelense Jorge Ferreira será o próximo homenageado no âmbito do Prémio Manuel Laranjeira. O Grupo de Dinamização Cultural de Mozelos, que organiza anualmente a iniciativa, explica, em nota de imprensa, que a atribuição se deveu à sua “dedicação ao desenvolvimento local e acção social”. “Como médico de Clínica Geral e especialista em Medicina do Trabalho, dedicou uma atenção personalizada aos doentes, não poupando esforços para estar presente nas horas de maior aflição, a qualquer hora do dia ou noite. Como autarca ao longo de duas décadas, na Assembleia de Freguesia, na presidência da Junta e como eleito na Assembleia Municipal, sempre defendeu uma dinâmica de desenvolvimento focado na aquisição de infraestruturas e equipamentos, na solidariedade e dignidade da pessoa humana, na coesão social, apoiando e consolidando parcerias estratégicas
com os agentes locais – empresas e associações. E como dirigente associativo, na presidência do Centro de Apoio Social de Mozelos, promoveu o alargamento das respostas sociais daquela IPSS e impulsionou a construção do Lar Comendador Américo Amorim”, enumera o GDCM. O Prémio Manuel Laranjeira começou a ser atribuído pelo Grupo em 1990 com um triplo objectivo: celebrar o aniversário da elevação de Mozelos a Vila, homenagear o escritor mozelense Manuel Laranjeira e distinguir publicamente uma personalidade pela sua dedicação meritória a causas sociais e humanas. A distinção é anual e as propostas para o Prémio podem ser individuais ou colectivas, sendo que todos os nomeados que não foram distinguidos integram a lista para futuras nomeações. Nos últimos anos, o júri teve a “preocupação de introduzir um sistema de rotatividade de âmbito territorial e de tema, o que tem permitido
a nomeação de pessoas de Mozelos e das várias freguesias do Concelho, nas diversas áreas (arte, cultura, desporto e acção social)”. O GDCM não quer que este seja entendido como um prémio de final de carreira, mas sim um “reconhecimento público de mérito, que por ser atribuído por uma associação juvenil, seja mais um incentivo e um exemplo na perspectiva do futuro, seja qual for a idade dos distinguidos”. A cerimónia de entrega do Prémio Manuel Laranjeira acontece no dia 30 de Junho, às 15h00, na Junta de Freguesia de Mozelos, integrada no programa de comemorações do 29.º aniversário de elevação de Mozelos a Vila, que acontece de 29 de Junho a 1 de Julho. A iniciativa é do GDCM mas realizada em parceria com a Junta, com apoio da Câmara Municipal e Instituto Português do Desporto e Juventude, integrada também nas comemorações do 25.º aniversário da Fecofeira.
Iniciativa decorre há seis anos
ALuNOS DA COELhO E CASTRO CRIAM BD DA VIAGEM MEDIEVAL
FIÃES Pelo sexto ano consecutivo, a Câmara Municipal envolveu os alunos de Artes Visuais das escolas concelhias na criação do livro infantil de Banda Desenhada da Viagem Medieval. O livro que ilustra os episódios mais marcantes do reinado de D. Pedro I saiu das
mãos de 14 alunos do 12.º de Artes Visuais (Turma C) da Escola Básica e Secundária Coelho e Castro, Fiães, orientados pela professora e ilustradora helena Veloso. Com estas acções de envolvimento da comunidade escolar nos grandes eventos culturais
Café com os Avós
Emídio Sousa vai às Caldas visitar António Rocha CALDAS DE S. JORGE Em mais uma visita ‘Café com os Avós’, o presidente da Autarquia, Emídio Sousa, deslocou-se a Arcozelo, nas Caldas de S. Jorge, à casa de António Rocha, que já tinha a mesa posta na eira, junto ao canastro, para receber o autarca e a Fogaça quentinha que sempre o acompanha neste périplo pelas casas dos idosos do Concelho. “Foi uma hora de partilha de saberes, afectos, sorrisos e aprendizagens, que contou com a presença do Jovem Autarca, Ricardo Brito, que propôs acompanhar uma das visitas”, diz a Câmara, em comunicado. Café com os Avós é uma iniciativa do presidente da Autarquia feirense, iniciada em Março, que pretende “sensibilizar a população local para a necessidade de um olhar mais atento para com os vizinhos idosos, sobretudo os que estão mais isolados”.
Ozanam promove Arraial Solidário S. JOÃO DE VER A Casa Ozanam realiza, no dia 6 de Julho, o evento ‘Ozanam em Festa – Arraial Solidário’, com vista à angariação de fundos para a realização de actividades nas valências da instituição. O evento tem início às 21h00, nas instalações da Ozanam, com Marcha da Lavandeira, Granja, Gueifar e Fonte Seca, seguindo-se uma actuação da cantora Liliana Ramos. haverá ainda barraquinhas, jogos tradicionais e insufláveis e o custo de entrada são 3,5 arraias, com oferta de bolo e sumo, sendo que as crianças até aos 10 anos de idade não pagam.
DEDO NA FERIDA
do Município, “entendidas como educação não formal, a Câmara pretende potenciar a aprendizagem das crianças e jovens do Concelho e, simultaneamente, fortalecer o sentimento de pertença a um território”, diz a Autarquia, em comunicado.
PAÇOS DE BRANDÃO As obras na Rua da Mata, em Paços de Brandão, continuam em curso, mas na Rua das Entre Carreiras, agora de sentido único, “seria importante um arranjo neste ‘buracão’ que já danificou várias viaturas”, apela o nosso leitor brandoense Armandino Silva.
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CULTURA Danças urbanas, Sonhadorismo, Instastories e muito mais
workshops para jovens nas férias de Verão O Município feirense, a pensar na ocupação salutar das férias de Verão dos jovens do Concelho, oferece, de 4 a 16 de Julho, o ciclo de workshops ‘Jovens Criativos – grandes Férias 2018’, que promete novas experiências e aprendizagens num leque variado que inclui Danças Urbanas, Músicas de Improviso, Caracterização e Pinturas Faciais, Petiscos de Verão, Aventura na Água, Sonhadorismo, Bebidas de Verão, Instastories e Pavlova. Os workshops são dirigidos a jovens entre os 12 e os 20 anos e as inscrições estão abertas até dia 26 de Junho.
Para mostrar espaços normalmente vedados ao público
MUSEUS E BIBLIOTECA ABREM AS SUAS PORTAS Santa Maria da Feira junta-se aos 12 municípios portugueses que vão dar a conhecer os bastidores das entidades culturais, quem lá trabalha e o que faz. Promovido pela Acesso Cultura – associação sem fins lucrativos de profissionais de cultura e pessoas interessadas nas questões de acessibilidade que tem por missão a melhoria das condições de acesso aos espaços culturais e à oferta cultural em Portugal e no estrangeiro – o evento ‘Portas Abertas’ estende-se, no decurso desta semana, aos museus concelhios e à Biblioteca e Arquivo
Municipal, que realizarão visitas guiadas a espaços habitualmente vedados ao público.
MUSEU DE SANTA MARIA DE LAMAS – 18 a 24 Jun
Iniciativas ‘Do Parque ao Museu’, ‘À Descoberta do Museu’ e ‘Toca, sente a cortiça!’
MUSEU CONVENTO DOS LÓIOS – 19 a 22 Jun
‘Nos Bastidores do Museu’ mostra procedimentos indispensáveis para a conservação de objectos que fazem parte do acervo museológico
MUSEU DO PAPEL TERRAS DE SANTA MARIA – 19 a 22 Jun
Visita guiada ‘Um olhar sobre as memórias da indústria papeleira’ pelo espaço reservado ao museu com enfoque nas várias tipologias utilizadas naquela indústria
BIBLIOTECA E ARQUIVO MUNICIPAL – 23 Jun (sábado)
Através da iniciativa ‘A nossa história’, a BM dará a conhecer documentos do seu acervo que fazem parte da história local
Imagem internacional da Viagem Medieval
FEIRA VIVA LEVA A CABO ROADSHOw POR ESPANHA A Feira Viva organizou um roadshow de promoção da imagem da Viagem Medieval por terras de nuestros hermanos. Já passou por Vigo e Corunha e a última paragem foi em Salamanca, contando com a presença do presidente da Câmara Municipal, Emídio Sousa, e de várias dezenas de representantes de agências de viagens do país vizinho, “um mercado prioritá-
rio para a atracção de visitantes para os grandes eventos do Concelho: Viagem Medieval, Perlim e Imaginarius”, diz a Autarquia, em comunicado. “A Viagem Medieval é uma grande produção sem paralelo a nível nacional. Os vários prémios internacionais que já conquistou atestam a dimensão deste evento, que tem conquistado públicos por todo o mundo.
Já foi comparada ao Carnaval de Veneza, como espectáculo capaz de atrair multidões de turistas”, afirmou Emídio Sousa. A edição deste ano, revela a Câmara, “já conta com mais de 700 mil visitantes durante os 11 dias do evento”. A 22.ª edição da Viagem Medieval realiza-se entre 1 e 12 de Agosto dedicada ao reinado de D. Pedro I, filho de D. Afonso IV.
Concurso ‘Está na Hora da Leitura – Prémio Preditex’
MARgARIDA SIDLOUSkA CONqUISTA PRIMEIRO LUgAR A décima edição do concurso ‘Está na Hora da Leitura – Prémio Preditex’, promovido pela Biblioteca Municipal com o apoio da empresa Preditex Lda, contou com 58 participantes, alunos do 3.º e 4.º anos das escolas do Concelho.A prova escrita teve como base o livro ‘Palavras Bonitas Sobre Contas’ do escritor
Valter Hugo Mãe. Margarida Sidlouska, da EB Souto Redondo (S.João deVer),conquistou o primeiro prémio, ficando Miguel Monteiro, EB da Póvoa (Paços de Brandão), e Rodrigo Santos Silva, EB de Outeiro (Travanca), em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Os 58 alunos foram seleccionados
entre cerca de 500 envolvidos no projecto que tiveram de ler, pelo menos, 16 livros, todos carimbados no passaporte do leitor. Desde 2009 que a Preditex se associa ao evento, integrando o júri e oferecendo prémios aos três vencedores. Todas as crianças receberam um livro e um diploma de participação.
Exposição ‘Incógnitas da Visibilidade’
Obras de Pedro Figueiredo na Biblioteca Municipal FEIRA O artista plástico guardense Pedro Figueiredo, de 43 anos, tem patente, até 21 de Julho, na Biblioteca Municipal, mais uma exposição intitulada ‘Incógnitas da Visibilidade’, que se junta às três dezenas de exposições individuais e centena e meia de exposições colectivas que tem no seu currículo. Pedro Figueiredo caracteriza-se pela “persistência artística corajosa e sem paralelo, que nos faz desafiar os limites da visibilidade, expande a multiplicidade das interrogações e nos coloca ante a desconcertante e entusiasmante ambiguidade da mensagem”, segundo diz o museólogo João Mendes Rosa no catálogo da exposição. Já o vereador da Cultura, gil Ferreira, realça os “motivos diversos para inquietar o pensamento daqueles que procuram ver em profundidade”.
Arte urbana
Novo concurso contribuirá para criação de circuito turístico O Município de Santa Maria da Feira lançou, em parceria com o Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, o Concurso de Arte Urbana ‘Urbanidades do Eixo’, integrado na V Capital da Cultura do Eixo Atlântico. O concurso pretende “promover a interacção e intervenção artística no espaço público, contribuindo para a divulgação e sensibilização da arte urbana em Santa Maria da Feira”, e inclusive, para “a criação de um circuito turístico de arte pública pelo Concelho, articulado com a valorização de recursos culturais complementares, que ajudará na descentralização e valorização do território como um todo”, diz a Autarquia, em comunicado. Os jovens criadores são desafiados a apresentar propostas originais de intervenção no espaço público, reflectindo a identidade do Município de Santa Maria da Feira ou a sua relação com o Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular. As propostas devem encaixar no formato mural, podendo ser utilizadas a ilustração, o graffiti, sticker art, entre outras. A participação é gratuita, destinada aos jovens até aos 30 anos com residência na Eurorregião Norte de Portugal e da galiza, e deve ser feita até ao dia 11 de Julho. A execução das propostas será realizada entre 12 de Setembro e 12 de Outubro.
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SÃO PEQUENOS MAS PODEM MUDAR O MUNDO
Tudo começou há mais de uma década na Índia quando a vontade de uma mulher em empoderar as crianças se tornou mais forte do que o status quo vigente. “Mudou o currículo escolar no que toca à capacidade das crianças fazerem a diferença, que era algo que não acontecia, aliás, acontecia exactamente o oposto, as crianças ouviam os professores e pais dizerem ‘não podem, não é possível, não conseguem, são muito novos’. O ‘Design For Change’ (DFC) é uma metodologia simples, de mudança de atitudes através de acções, com trabalho entre professor e crianças”, explica o vice-presidente da Associação de Artes e Desporto High Play, Eduardo Nunes, responsável pelo projecto em Portugal.
Criança cria feriado nacional
Desde então, mais de 60 países aderiram ao desafio e muitas têm sido as ideias que conquistaram reconhecimento. “Há um projecto do Líbano, que é o meu favorito, em que uma criança de 8 anos foi falar com o presidente para lhe pedir que criasse um dia para as crianças trabalharem com a comunidade, porque o Líbano não tem feriado nacional. Uma criança criou um feriado nacional. É este género de capacidade que queremos incutir, de
chegarem a um palco e dizerem ‘eu quero fazer isto’”. Algo que começa a acontecer graças ao projecto e aos seus quatro passos: Sente, Imagina, Faz e Partilha. Primeiro, as crianças sentem e identificam o problema dentro da sua comunidade e meio envolvente. “Por exemplo, em Madrid as crianças não conseguiam colocar o lixo nos caixotes porque eram demasiado altos. Falaram com a Câmara Municipal e colocaram caixotes mais pequenos, feitos por elas, com material reciclado, abaixo dos caixotes de lixo normais”. No Imagina, desenham-se os processos e a turma de alunos é transformada em equipa de gestão de projectos; no Faz, passa-se à acção e o Partilha… “é bastante importante para a sustentabilidade do projecto e para que outras crianças de outras comunidades possam replicá-lo”.
Escolas ‘sobrecarregadas’ com projectos
Em Portugal, já vai na 7.ª edição mas Eduardo Nunes confessa que o número de candidaturas não é grande, o que pode ser explicado com os limitados recursos da associação e a pouca divulgação do projecto. A acrescentar, muitos projectos acabam por ficar em ‘águas de bacalhau’,
‘Design For Change’ é o nome do projecto que pôs as cabeças dos jovens alunos das escolas do Concelho e do país a trabalhar para tornar o espaço público num lugar um pouco melhor. Este ano a entrega de prémios foi na Feira e o galardão principal coube à EB de Arraial, em Sanguedo, e ao seu projecto de aproximação à comunidade cigana do Acampamento da Baralha. Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
devido ao elevado número de actividades em que os estabelecimentos escolares estão envolvidos. “Existem muitos concursos, projectos, apoios, que fazem com que as escolas fiquem sobrecarregadas e acabem por perder foco, e isso nota-se na qualidade do projecto apresentado, porque estão a tentar fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo”, diz Eduardo Nunes, adiantando que, este ano, tiveram mais de 60 pré-inscrições mas só 22 projectos estavam, no prazo limite, aptos (em fase final de conclusão) para poderem concorrer ao DFC. O processo de candidatura inicia-se com a implementação do projecto na escola, seguido de pré-inscrição no DFC, que depois dá apoio em “materiais e metodologia. O nosso trabalho passa não só pelo concurso, mas pela divulgação e implementação da metodologia”. Aliás, Eduardo Nunes nem gosta que as atenções estejam viradas para o concurso porque o objectivo principal do DFC é que o projecto se prolongue no tempo e não que seja apenas mais um para os livros. “Avaliamos a metodologia e não o resultado final exclusivamente. O nosso método de avaliação são os quatro passos e como cada projecto se desenvolve em cada um desses passos”.
PASSOS
SENTE Identificar o problema e que sentimentos ele desperta. IMAGINA Desenvolver uma solução para colmatá-lo. FAZ Executar o projecto delineado. PARTILHA Divulgar o projecto para que outros possam replicá-lo.
Santa Maria da Feira, garante, tem sido um bom exemplo de proatividade. “Temos algum impacto especialmente na zona Norte. Maia e Santa Maria da Feira têm sido municípios bastante activos”. Tão activo que, a participar desde o ano passado, o Município feirense já viu em 2017 a EB N.º 1 da Feira ser premiada na categoria ‘Projecto Mais Inovador’, com o projecto ‘Espalhar Sorrisos, Colher Afectos’; e este ano, 2018, a EB de Arraial trouxe para casa o prémio global, com o projecto ‘Gitanices’, uma aproximação à comunidade cigana do Acampamento da Baralha, que inclui actividades como ensino da dança; trabalhos sobre costumes, cultura, bandeira
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REPORTAGEM
e vivências do povo cigano; realização de um filme sobre o casamento gitano; escrita de histórias com base em personagens ciganas e exploração do livro ‘Os Ciganos’ de Sophia de Mello Breyner; criação de instrumentos musicais e um dicionário com vocabulário usado no Acampamento, visitas e actividades com a comunidade cigana e contacto com cestaria e tapeçaria por eles desenvolvida; terminando com uma Festa Gitana. “O vencedor deste ano já tinha concorrido no ano passado, mas sentimos que estava muito verde. Agora nota-se alguma sustentabilidade, melhoraram as acções. Existe partilha de ambos os lados e esperamos que, a longo prazo, isso signifique que estão mais ligadas. A ideia é que os vencedores sejam os embaixadores da nossa metodologia”, diz Eduardo Nunes. “Nas nuvens”, estavam as educadoras da EB de Arraial Fernanda Sousa e Lia Fernandes.“Estamos muito contentes. Se não ganhássemos, só pelo facto de se falar destas questões, já valia a pena. Mas ganhar é muito melhor. Na nossa escolinha, fazemse coisas que a comunidade não sabe e tivemos o nosso reconhecimento agora, passados tantos anos, mas mais vale tarde do que nunca”, dizem as professoras, contando que o Gitanices já começou em 2012 e provocou uma mudança efectiva na inclusão das crianças ciganas. “Tínhamos na escola muitas crianças de etnia cigana, andávamos todos separados e deu-nos o clique que poderíamos fazer alguma coisa diferente para integrá-los e conhecê-los melhor, porque não podemos gostar ou desgostar de alguém sem o conhecer”. A brincar nos jardins da Biblioteca Municipal – que acolheram um pequeno convívio entre as crianças das escolas participantes (Porto, Gaia, Sintra, Santa Maria da Feira, Águeda, Aveiro, Óbidos) antes da entrega dos prémios no auditório – estavam três jovens de etnia cigana: Marina, Andreia e Érica, que chamadas pela professora se prontificaram a contar um pouco da sua experiência. “Foi giro e fez-me bem”, diz Érica sobre o projecto, que “mudou as outras pessoas”. São estas meninas, e mais algumas, que ensinam as danças da sua comunidade às outras crianças. “Alguns têm dificuldades, mas outros já sabem”, afirma, por sua vez, Marina. E os pais, o que acham deste projecto de inclusão? “Os meus pais acham bem”, garante a jovem. “A mãe ficou toda vaidosa quando a viu no filme”, acrescenta a educadora Lia Fernandes, sobre o filme que realizaram acerca do casamento cigano. A acompanhar a conversa, estava também o jovem Miguel, participante no projecto. “Acho que é bom. Os meus colegas ensinaramme a dançar”, conta. E já dominas a dança cigana? “Mais ou menos”, confessa, e as colegas riem. “Elas ensinaram as danças deles e os outros meninos ensinaram-lhes o folclore. Houve uma interacção e uma entrega e agora não se vê uma separação, além da maior abertura dos pais com a escola. As crianças não participavam em muitas actividades e os pais não vinham às festas, e agora isso já acontece. A mudança maior foi que nós ficamos a conhecer e eles passaram a sentir-se valorizados porque as pessoas começaram a aproximar-se”.
Competências para o futuro
Eduardo Nunes congratula o projecto vencedor pelas actividades em conjunto que permitiram a ambos os lados compreenderem-se “de uma forma aberta e sem medos. Fazer um projecto destes não é fácil, fazê-lo durante anos seguidos é de mérito e aparentemente vão continuar por isso há que promover e premiar. O prémio
global por norma vai para um projecto que consegue abarcar uma série de factores ou um projecto que tem um impacto suficientemente grande para consideramos que é um projecto vencedor”. Cada premiado nas várias categorias – Com Mais Impacto na Comunidade, Mais Amigo do Ambiente, Mais Fácil de Replicar, Mais Inovador e Global – recebe entre 500€ e 600€ em material e equipamento escolar articulado com os patrocinadores do evento.“Não há dinheiro envolvido e achamos que não fazia sentido premiar individualmente os alunos ou os professores, uma vez que é um projecto comunitário e social”. O vice-presidente da Associação de Artes e Desporto High Play – ramo não lucrativo da High Play Institute que trabalha a melhoria da performance de pessoas e equipas – salienta a importância do ‘Design For Change’. “Desenvolve competências como a criatividade, o trabalho de equipa, a liderança. Estamos a falar de soluções reais para problemas reais. São competências extremamente importantes para o futuro, como o civismo ou a capacidade de comunicação”. Eduardo Nunes deixa, contudo, dois alertas, ou problemas, do projecto, que nada têm a ver com as crianças. “Os professores têm uma tendência natural para tentar puxar pelas crianças, dando-lhes ideias, o que é completamente errado porque não é esse o objectivo do DFC. Tudo deve ser feito exclusivamente pelos alunos, o professor deve ser apenas o facilitador”, afirma, adiantando que há vídeos na plataforma DFC que “mostram como é que os professores podem ajudar a que as crianças descubram aquilo que sentem” e, além disso, a associação está a tentar desenvolver formação financiada para os educadores. “Em princípio para o ano já conseguiremos implementar”.
Outro problema… é a desmotivação. “Já com o projecto a decorrer, os pais e professores dizem-lhes que as suas ideias não são possíveis. Por exemplo, querem trazer o Sam the Kid para mostrar que Santa Maria da Feira precisa de um novo parque infantil; e as vozes descrentes dizem ‘vocês estão tolos, é o Sam the Kid, tem mais que fazer’. A questão é que, na maior parte das vezes, até é possível, dependendo da abordagem e da insistência. As crianças, quando estão entusiasmadas e vêem que nós em vez de lhes reduzirmos o entusiasmo, o promovemos, não param e não aceitam desculpas como ‘não dá’. Não têm as limitações mentais que colocamos a nós próprios e há que aproveitar o facto de não terem estas barreiras e estarem na idade de questionar e de pensar que tudo é possível”.
Abraçar os pequenos mundos
Sempre presente e apoiante destas iniciativas, a vereadora com o pelouro da Educação, Cristina Tenreiro, não faltou à chamada. “Todos os projectos que levam as nossas crianças e jovens a reflectir sobre o meio onde estão inseridas e o que podem fazer por um mundo melhor são sempre interessantes. Este é um projecto internacional que ainda não está muito divulgado em Portugal mas em que o nosso Concelho tem uma forte participação devido ao empenho dos professores e à entrega das crianças. Temos sempre resultados surpreendentes pela criatividade e capacidade de se reinventar e é isto que nos faz acreditar no futuro”. Sobre o projecto vencedor, ‘Gitanices’, afirmou ser “um trabalho muito importante, que mostra a preocupação da escola em envolver, procurar conhecer, entrar na comunidade deles e experienciar a
sua cultura, em plena integração. A Educação é a arma mais poderosa do Mundo, como dizia Mandela, e conviver com a comunidade escolar do Concelho de Santa Maria da Feira é enriquecedor, a energia deles alimenta, ver o brilho nos olhos das crianças, a preocupação com as coisas simples, arranjam sempre solução e olham para os problemas que colocamos com ar de espanto. Devíamos absorver esta simplicidade e acolhê-la, abraçando os pequenos mundos à nossa volta para assim podermos conquistar o mundo”.
VENCEDORES DESIGN FOR CHANGE 2018 Projecto Mais Amigo do Ambiente ‘Educar para a sustentabilidade’, Agrupamento de Escolas Rio Novo do Príncipe, Cacia Projecto Mais Inovador ‘O olhar e o toque na leitura’, Agrupamento de Escolas Rodrigo de Freitas Projecto com Mais Impacto na Comunidade ‘Ouro Verde’, Confraria Infantojuvenil da Bolota, Agrupamento de Escolas Rio Novo do Príncipe, Cacia Projecto Mais Fácil de Replicar ‘RecreAndo’, Escola Básica Ribeiro de Carvalho, Agrupamento de Escolas D. Maria II, Cacém, Sintra Projecto Global ‘Gitanices’, EB de Arraial Sanguedo, Agrupamento de Escolas de Argoncilhe
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CONHECER Nome Artur Fernando de Sá Brandão Nascimento Santa Maria da Feira, 16 de Julho de 1937 Idade 80 anos Estado Civil Casado Profissão Engenheiro civil Clubes Sporting e Feirense Filhos 3 Netos 7
A ChAMA FEiRENSE qUE NUNCA SE ApAGA Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt
Artur Brandão é uma das figuras-mor do CDFeirense, reunindo em si os predicados de jogador, treinador e dirigente, mas não foi só ao clube que dedicou grande parte da sua vida. presidente dos Bombeiros da Feira e ex-chefe das Obras Municipais na Câmara, o feirense tem uma paixão imensa pela terra que o viu nascer e lamenta que esse não seja um sentimento transversal a toda a comunidade. Ao seu lado, desde os 14 anos e para sempre, está a mulher, Alcide Brandão, que com filhos e netos compõe uma família que se junta aos domingos, e não só, para grandes almoços e… disputas futebolísticas.
Artur Brandão nasceu no lugar de Campos, em Santa Maria da Feira, numa altura em que muitos fugiam para o Brasil à procura de melhores condições de vida. “Os meus avós foram, lá ficaram, lá morreram”. Ainda hoje os laços com o país são fortes. “Recebi um telefonema de um parente que não conheço, filho de um tio, que vem cá passar uns dias. Toda a minha família está no Brasil”. Gostaria de ter conhecido as terras de Vera Cruz mas agora… é tarde demais. “Nunca fui porque tinha medo de andar de avião. Agora estou mais ama-
ciado mas não se pode ir ao Brasil neste momento, estão todos a vir embora, a vida lá está muito complicada”.
Uma brincadeira que o deixou… gago
Em Campos, passava muito tempo com os amigos, que no Verão se reuniam, com 6, 7 anos de idade, à volta do tanque para contar as anedotas que ouviam dos adultos. Aos 10 anos, mudou-se para as Eiras, para perto da avó, que vivia sozinha. Revezando-se com as duas irmãs, ia
tomar conta da matriarca da família, às vezes saindo de casa já de noite. “Uma vez apanhei o maior susto da minha vida. Naquela altura, não havia luz e, ao chegar a casa da minha avó, apareceu-me uma figura dantesca, que veio direita a mim e gritou. Assustei-me tanto que fiquei gago, quis falar e não conseguia”. Era um antigo jogador do Feirense, Barbosa, que vinha do trabalho nos campos, com uma giga à cabeça, e decidiu assustar o pequeno Artur. A brincadeira, contudo, saiu cara porque a gaguez momentânea… passou a
definitiva.“Fiquei a gaguejar durante muitos anos. Sempre fui bom aluno nas provas escritas e mau aluno nas orais, porque tinha dificuldade em exprimir-me”. Na escola, viveu alguns embaraços.“Matemática era a minha disciplina, mas chumbei no 2.º e no 5.º ano, apesar das boas notas nos exames. No 2.º ano, o professor era muito mau, usava uma cana e nós tínhamos medo”, conta, fazendo-o até duvidar do ano em que tinha nascido, quando o chamava para ir ao quadro. “No 5.º ano, os exames começavam às 9h, o meu pai teve
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CONHECER
um furo no carro, o pneu sobressalente também estava furado, cheguei já era quase meio-dia. Autorizaram-me a fazer o exame, mas não disse uma palavra; e tinha 17,8 na escrita”. Obstáculos que não viriam a impedir que, mais tarde, seguisse as engenharias, um bichinho criado pelo pai. “Foi empreiteiro de obras públicas e levava-me com ele, deixava-me guiar os cilindros e eu gostava da arte de engenharia”.
Jogar? Eu quero!
Entre a escola e o trabalho do pai, havia tempo para espreitar os treinos do Clube Desportivo Feirense. “Gostava de assistir, não havia mais nada, a Feira tinha duas ou três estradas, o futebol era uma distracção, as portas estavam abertas e as pessoas iam assistir aos treinos. Depois das aulas, na 4.ª classe, eu e os meus colegas íamos para lá”. Os “mais expeditos” eram convidados para treinar com a equipa.“O Manuel Marques – treinador, jogador, dirigente – precisava de jogadores para fazer treinos de conjunto, ia à bancada e perguntava ‘quem é que quer vir treinar’. Eu voluntariei-me e comecei a treinar com os seniores. Como viram que eu tinha algum jeito, mas não podia jogar nos seniores [o clube não tinha camadas jovens], combinaram com a direcção da União Desportiva Oliveirense e eu fui para lá jogar nos juniores. No futebol, fui sempre um campeão”, diz, consciente da importância da sua carreira desportiva,
que então se iniciava. Os primeiros prémios eram simbólicos, mas nem por isso menos especiais. “A primeira vez que fui campeão de futebol em Oliveira de Azeméis, de juniores, os prémios foram uma laranjada e um bilhete de cinema, e eu fui ver o ‘Até à Eternidade’”, conta, sobre o filme que ainda hoje é o seu preferido. A ligação à Oliveirense era forte, mas havia uma que a superava. “Em Oliveira de Azeméis, joguei uma época de júnior e duas de sénior. Na segunda época, ganhámos tudo, subimos de Divisão; mas eu disse-lhes ‘na Feira, não jogo contra o Feirense’”, conta Artur Brandão, mostrando um amor ao clube que guiaria todo o seu caminho… e até algumas brincadeiras. “Uma vez, um dos meus colegas sugeriu que pregássemos uma partida ao Rui Araújo, treinador da Oliveirense, dizendo que o Feirense adquiriu dois novos jogadores, um extremo-direito polaco e um avançado-centro húngaro que com o pé esquerdo marcava cada golo… Ele não acreditou. Durante o jogo entre o Feirense e o Oliveirense, por acaso, o Trincão arranca com a bola do lado direito, passa pelo defesa-esquerdo, cruza a bola e o Jacques, com o pé esquerdo, pimba, bola lá para dentro. Nunca tinha marcado um golo com a esquerda e naquele jogo marcou! O Rui reavaliou e mandou o defesa-direito para a esquerda. O Feirense marcou mais 2 golos e esteve ao intervalo a ganhar 3-0 até que Rui Araújo deu por ela e mudou
tudo. Ficou 3-2 e o treinador chateou-me a cabeça porque o Feirense passou”, lembra, rindo-se da “artimanha”. Na camisola não, mas no coração já era Feirense. “Estava sempre com a ideia de voltar para o Feirense. A primeira vez que vesti a camisola do Feirense, era júnior, o Feirense ia jogar a Avanca. O Manuel Marques perguntou-me se eu queria ir jogar, eu disse que sim e combinámos às 13h em frente ao Café Solar. Joguei de manhã nos juniores, acabou o jogo e fui a correr para a estação de Oliveira de Azeméis, mas quando vou a entrar na estação… vejo a automotora a arrancar. Com as botas que o meu avô me mandou do Brasil ao pescoço, corri pela linha, atrás da automotora. Cheguei às 13h às Eiras, só deu tempo de entrar no autocarro, sentar-me, 1 minuto e adormeci. Os meus colegas viram-me a dormir, deixaram-me. Só acordei ao intervalo.‘Ainda queres jogar? Equipa-te’, disse-me o treinador, e joguei”.
instituição, que conhecia os seus feitos desportivos, o aliciou para ir jogar para o Salgueiros. “Eu não queria, queria jogar no Feirense, mas acabei por ir para o Salgueiros. Lá, fiquei a saber o que era a droga”, revela. Num jogo decisivo contra o Boavista, o Salgueiros ganhou 3-2 mas… “em circunstâncias muito especiais. No princípio do jogo, o massagista chegou à minha beira e deu-me uma pastilha, ‘vais tomar isto’, eu respondi-lhe ‘não tomo, nem pense nisso’. Tentou convencer-me, ‘não faz mal nenhum’, mas eu não tomei. No intervalo, os jogadores do Salgueiros, deitados de costas no estrado, com as pernas em cima dos bancos, espumavam. Que ambiente... Na primeira parte, quase não toquei na bola; na segunda, passavam por mim, até faziam vento; no último quarto de hora, acabou-se a energia, de um lado e do outro, e então joguei sozinho, marquei 2 golos, ganhámos 3-2, estávamos a perder 2-1”.
Académica vs Porto
Uma perda fulcral
Ainda como júnior na Oliveirense, despertou o interesse de várias equipas. O fundador do jornal A Bola e então treinador da Associação Académica de Coimbra, Cândido de Oliveira, viu o torneio em que Artur Brandão participou como internacional em Itália e tentou fisgá-lo. “Fui treinar para Coimbra e num dos treinos marquei, de um pontapé de fora da área muito longe, um golo. Tinha 17 anos”. Ofereceram-lhe 1200 escudos mas Artur queria 1500. “Vim-me embora. Numa sexta-feira à noite, fui chamado para ir à sede do Feirense. Juntaram-se alguns directores do CDF – Alcides Campos, Ernesto Campos, António Lamoso, Marcolino Castro – e a direcção do FCPorto. Entenderam que eu devia ir jogar para o Porto mas eu não queria, porque estava à espera de uma resposta da Académica. O Feirense pressionou-me e eu acabei por dizer que sim. A reunião terminou e eu recebo a resposta de Coimbra: aceitaram a minha proposta’. Não havia contrato assinado, podia ter voltado atrás. “A minha palavra vale mais do que uma escritura, não volto atrás”. E não voltou. “Palerma”, diz agora, sobre uma decisão da qual se arrepende. Esteve um ano sem jogar no Porto porque “pretendiam que fosse sénior e não júnior”, então “só treinava”. Um dos treinos – juniores contra seniores de reservas para escolherem dos juniores os que integrariam os seniores – está tão vívido na sua memória que consegue com uma facilidade estonteante nomear jogadores e respectivas posições, e até elogiar as performances. “Cheguei tarde, vinha do Colégio Interno Almeida Garrett, e o treino já tinha começado. O treinador era o argentino José Vale, mal-encarado, e disse-me ‘Tu é que és o craque? A que lugar jogas?’. Eu respondi ‘Qualquer lugar, mas do lado direito”. Ele pôs-me a extremo-esquerdo. Fiz duas barracas monumentais, saí pelo campo fora, porque o pé esquerdo era só para caminhar’”. A salvação? O também treinador Artur Baeta que exigiu: ‘mete-o a médio direito’. “Mandei um pontapé de fora da área e a bola bateu na trave; daqui a pouco, num canto, lancei e entrou. Os juniores ganharam 3-2 com 2 golos meus. Fui logo escolhido”. Chegado aos seniores, os exigentes horários do clube e as quezílias com um dos jogadores levaram a que voltasse, assim que pôde, para casa. “Fugi. Vieram à minha procura, mas eu escondi-me em casa da minha avó. Aquilo no Porto não me cheirou bem”. Voltou para a Oliveirense, começou a tirar o curso no Instituto Superior de Engenharia do Porto e eis que o porteiro da
Sua cabeça, sua sentença. “Dirigi-me sempre por mim”, garante Artur Brandão, explicando que cedo teve de aprender a desenrascar-se sozinho porque “o pai andava em empreitadas pelo país fora e a mãe tinha o talho que geria a seu cargo. “Não havia tempo”. Talvez por isso tenha sido sempre o líder dos grupos em que estava inserido.“Desde muito novo, liderei grupos, primeiro em Campos, depois nas Eiras, e depois no futebol. Eu exaltava os meus colegas para eles renderem mais. Fui sempre um dirigente. Ainda hoje, quando querem fazer uma reunião/almoço, qualquer coisa, pedem-me para organizar”, revela. Os amigos são fulcrais para Artur Brandão e por isso lhe custou tanto quando a morte de um deles lhe bateu à porta…. “Aos 22 anos, tive um grande desgosto. Morreu o António”, tenta contar, por entre a voz embargada e as lágrimas que se formam, sobre o amigo António Lamoso, que faleceu num acidente de automóvel.“Vivia na casa ao lado, o quintal era o mesmo, andávamos sempre juntos, antes da escola, na escola. Foi um baque enorme”. A dor está sempre presente. “Não passo um ano de Fiéis sem ‘falar’ com ele. Marcou-me para toda a vida”. Em 80 anos de histórias, houve momentos tristes, mas também muitos felizes, como a sua entrada, tão desejada, para o CDFeirense. “Vestia a camisola e aquele azul…”, recorda. Nesse ano, 1959, o clube foi Campeão Distrital e subiu à 2.ª Divisão Nacional. Dois anos depois, em 1961/62, subiu com o Feirense à 1.ª Divisão. Foi Campeão Distrital em mais duas ocasiões, 1965/66 e 1967/68, e jogou um total de 10 épocas pelos azuis. “Joguei na 1.ª Divisão e o Feirense marcou 21 golos, desses eu marquei 9, e não era ponta-de-lança. O único jogador do Feirense que marcou golos aos grandes, fui eu: Porto, Sporting e Benfica, ao Sporting foi o único golo que marquei com o pé esquerdo. Era talvez o melhor jogador do Feirense dessa altura e isso teve alguma influência no carinho que manifestavam comigo e que me deu coragem para ser presidente”, confessa. Questionado sobre se é a figura maior do Feirense, responde brincando: “Não, sou se calhar o mais alto” (risos). Mas são 20 anos de clube, duas décadas que Artur Brandão está agora a passar para livro. “Conto as minhas histórias, a carreira e a situação inédita de jogador, director, treinador. Fui presidente no ano em que deixei de jogar futebol. Já tinha o curso [engenharia civil], queria ganhar dinheiro e no Feirense não ganhava dinheiro, davam-me 600/800 escudos. Aos 32 anos, disse ‘acabou, não jogo mais’ e a direcção
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CONHECER
RESPOSTA RÁPIDA
respondeu ‘vais ser presidente’”. E assim começava uma aventura – assumiu a presidência em 1969, repetindo em 1977, 1983, 1987 e 1993 – que se regeu pela máxima do equilíbrio financeiro. “Disse, desde o início, à Direcção ‘não vou fazer uma equipa para ganhar jogos, vou fazer uma equipa de acordo com as possibilidades financeiras do Feirense. Se tiver de descer, desce, mas não gasta mais do que consegue obter. Gastava-se muito dinheiro e comigo, acabou”.
Batalhas para angariar dinheiro O que o motiva? A vida. O que o preocupa? A vida. Naqueles dias em que tudo parece correr mal, qual é o seu refúgio? Rezar. O que mais gosta de fazer? Gosto de passear. O que menos gosta de fazer? Aturar pessoas. Se pudesse mudar uma coisa em si, o que mudava? Seria adepto do Arrifanense (risos) Não sai de casa sem… Telemóvel. Qual o melhor elogio que lhe podem dar? Bom rapaz. O que para si é insuportável? O oportunismo. A sua palavra favorita é… Amor. Qual a figura da história que mais admira? Mário Soares porque foi o grande responsável pela liberdade no país. Que qualidade mais aprecia numa pessoa? Sinceridade. Como é para si um dia perfeito? Uma boa feijoada, o Feirense ganhar e ter a família à minha volta. Que conselho lhe deram que nunca esqueceu? Seriedade. Se pudesse voltar atrás, a que ano regressaria? 1954, teria seguido uma carreira desportiva. O seu lema de vida é… Sinceridade. O que é urgente o mundo perceber? O mundo terá de perceber que as pessoas estão a dar cabo dele… e urgentemente.
Com boas memórias e um grande orgulho, recorda as iniciativas para angariar dinheiro e a obra que deixou, além, claro, dos títulos que o Clube conseguiu. “Na primeira iniciativa, comprei um galo, pedi na serralharia do Ernesto Campos para me fazerem umas malhas e uns mecos e fui para as Guimbras. Abri a mesa, a minha mulher sentou-se ao meu lado a fazer malha e eu, com 2 garrafões de vinho, aceitava inscrições para jogar à malha. Quem ganhasse o torneio, levava o galo. Ainda deu algum dinheiro”. Organizou marchas populares, bailes, tômbolas, mas o que rendeu foram… as Janeiras. “O Feirense precisava de comprar uma carrinha para transportar jogadores e um grupo – Alcides Branco filho, Diogo Vaz Oliveira, Domingos Costa Leite, Vítor Fontes – organizou-se e foi cantar as Janeiras. Num ano, ganharam dinheiro para comprar a carrinha. E eu depois continuei com a actividade. Íamos a Canedo e trazíamos 400/500 contos. As pessoas ficavam encantadas. Os cantadores eram bons, metiam-nos em casa e era até às 2h, ‘mais 50 escudos e cantam outra’. Com estas iniciativas, fomos conseguindo”. Orgulhosamente, sós. “Tudo o que o Feirense tem foi à custa do Feirense, a Câmara não deu um tostão, a Câmara até ganhou dinheiro com o Feirense”, diz Artur Brandão, que não se inibe de criticar a Autarquia para a qual trabalhou durante mais de 40 anos. “Fui a Tarei a uma fábrica pedir tijolo; fui a Valadares, pedir louça para as casasde-banho; fui à Cinca, a Fiães, pedir pavimentos, azulejos. Fiz os balneários, fiz dois campos de futebol para os miúdos e fiz o relvado, depois precisava de fazer a bancada. Pedi a uma pessoa e ela disse-me ‘eu faço, quando tiveres dinheiro pagas’. Fomos fazendo as coisas, isto é a vontade de fazer”. Olhando para trás, sente “uma grande alegria e uma grande tristeza. Grande alegria porque as coisas estão feitas e servem a comunidade; mas uma grande tristeza porque não vejo ninguém a fazer o mesmo, é uma terra de comodistas. Vê-se nos adeptos do Feirense, vêem futebol como quem vê ópera. É preciso apoio à equipa. Se o árbitro fizer asneira, temos apoio porque estão sempre em cima do árbitro, mas tirando isso… não dizem nada, não fazem nada. É assim a Feira, na totalidade”, lamenta. O maior exemplo disso? A Câmara Municipal. “Quando estive na Câmara, recuperei muitos espaços aqui na cidade, como a zona em frente à Estalagem. Aquilo era o estacionamento dos autocarros, estava sempre tudo cheio de água e insectos, e por trás daquela casa histórica com quatro mós enterravam-se os cães do Matadouro. Eu recuperei aquilo tudo. Um dia, um vereador da Câmara, que ainda lá está, andava a passear com o responsável
pela revisão do Plano Director Municipal, o Professor Costa Lobo, e viu a obra. Disseram ‘está muito bonito, mas vai ser feito aqui um projecto, vai ficar espectacular, parem lá com o que estão a fazer’. Sabe há quantos anos foi isso? Há 18 anos. Recuperei o poço, fiz umas pontes em madeira, uns caminhos em terra batida e é o que está, e agora é o espaço de maior dignidade para a Viagem Medieval”. Um exemplo apenas dos muitos que Artur Brandão tem na memória. “Cheguei a pensar em meter a Câmara em tribunal, mas vou tendo paciência e vou falando com os presidentes”. Já não é chefe das Obras Municipais, mas continua atento aos problemas da sua cidade.“As pessoas da Feira não se preocupam, mas eu estou preocupado. A EB N.º 1 não tem condições para o ensino e fechou-se uma escola [a antiga Fernando Pessoa] com umas condições espectaculares, com pavilhão gimnodesportivo, campos de futebol… Nós já temos aqui o monstro do Tribunal; temos a Casa dos Magistrados, uma casa fantástica, a cair de velha, porque é na Feira, se fosse noutro lugar, já estava o problema resolvido; e agora temos o monstro da escola. Juntei quatro amigos e já falámos com a Direcção-geral das Construções Escolares, com o Instituto de Gestão Financeira, com políticos locais, só não falei com o Secretário de Estado, sobre este assunto”. Atento à cidade e, claro, ao clube.“Ainda hoje estou ligado ao Feirense, mas a última ligação foi triste”, diz, sobre o momento que os Fogaceiros viveram há três anos. “Se não fosse o nigeriano [Kunle Soname, presidente da SAD do CDF], o Feirense tinha ido ao charco”,
ARtuR E AlCidE BRANdãO
revela. A despesa era “muito superior à receita e não havia capacidade financeira para resolver. Formámos uma equipa – Artur Brandão, Rodrigo Nunes, Eduardo Cavaco, Júlio Rodrigues e Luís Nunes – e pedimos um empréstimo bancário, sendo pessoalmente responsáveis. Tivemos de assinar letras de 1,5M€ e não havia maneira de conseguir pagar, cada vez aumentava mais a despesa, então surgiu a possibilidade do empresário nigeriano, e foi a salvação, comprou 70% da SAD”.
Bombeiros: “luta titânica”
Uma “luta titânica” foi também aquela que travou quando assumiu a Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Feira. “Aquilo estava muito mau. O Comandante, Luís José Marques, que tinha sido meu director da secção de futebol no Feirense, encontrou-me e pediu-me ‘tens de ir pôr aquilo na ordem’. Havia desentendimentos internos e pessoas que utilizavam os Bombeiros para benefício próprio, e a instituição estava a degradar-se”. Com um cenário tão negro, porque assumiu a responsabilidade? “Assumi precisamente por isso, gosto muito dos Bombeiros e sabia que se fosse para lá, punha aquilo na ordem”. Quando a primeira carta chegou a pedir a demissão do Comandante, Artur Brandão manteve-se firme. “Consegui, pondo-me ao lado do Comandante, que essa gente se demitisse. Sabíamos que os provocadores da confusão eram interesseiros, ganhavam com isso”, revela, sobre esquemas que
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envolviam desvio de ambulâncias para negócios particulares. “Uma das coisas que mudámos, foram as telefonistas que recebem as chamadas das ocorrências. Dos acidentes e incêndios não queriam saber, só do transporte de doentes e dos que tinham possibilidades financeiras para pagar. O transporte de doentes dava um prejuízo enorme (50 mil euros) e é uma coisa que dá lucro”. Artur Brandão ‘deu a volta’ à instituição. “Entrou tudo nos eixos, com gravações nas chamadas, registos em computador, mudámos tudo. Haviam só 2 associações do distrito de Aveiro que não tinham apoio do INEM, uma delas era a nossa, por causa das tais fugas de transporte de doentes. Falei com o Alcides Branco e na segunda-feira seguinte já tinha o INEM. Foi uma aposta ganha”, conclui. Não se pode esquecer, contudo, os processos em tribunal interpostos por alguns dos bombeiros que na altura tiveram de sair. “Para voltar ao corpo activo, é muito difícil. Têm acesso ao quartel, mas para integrarem o corpo activo é preciso que o Comandante os ponha a funcionar”. Preocupam-no, mais, os fundos que não chegam.“O Estado dá 50% de comparticipação aos Bombeiros, mas a nossa Câmara paga muito pouco, é das mais fracas do distrito de Aveiro. Agora foram obrigados [a dar mais] porque o Governo deu-lhes dinheiro para nos darem a nós”, refere. Substituiu-se uma série de viaturas, algumas que quando Artur Brandão chegou aos
Bombeiros, estavam em actividade havia 28 anos, mas ainda há tanto por fazer... “Já comprámos 2 camiões, 2 viaturas de ataque a incêndios e substituímos as ambulâncias todas. Mas precisamos de mais um veículo de ataque a incêndios e da autoescada. Tínhamos uma que veio da Alemanha, mas era velha, não tinha condições. De cada vez que saía, gastávamos 500€ a repará-la e corríamos o risco de o cesto cair; então, arrumei com ela. Andámos de volta da Câmara para nos auxiliar, uma autoescada custa 500 mil euros, e havia a possibilidade de comprarem e ficar no estaleiro e as 3 associações, sempre que precisassem, utilizá-la-iam (o estaleiro é equidistante), mas os de Lourosa não aceitaram dividir, compraram uma igual à que tínhamos, velha. Temos andado numa luta constante”. Além disso, ainda têm de se preocupar com a viatura de acidentes com matérias perigosas.“Só há 4 no país: Feira, Coimbra, Lisboa e Setúbal. É uma viatura que, de cada vez que faz um trabalho, todo o seu material é deitado fora, não pode ser reutilizado; e a própria viatura tem uma série de equipamentos que têm de ser renovados todos os anos, mesmo que não sejam utilizados. O Estado tem de nos pagar esta despesa; pagaram uma vez, nunca mais pagaram. Temos muita dificuldade, é muito caro”. Pela mesma razão, o Museu dos Bombeiros, que queriam erigir, fica na gaveta. “O Estinha, um bombeiro que tem em casa uma colecção de peças de Bombeiros, andava sempre a chatear-me
para fazer um museu. Fizemos um projecto mas entretanto chegámos à conclusão de que era muito caro, precisamos de outras coisas”.
Netos a seguir pisadas
Já são muitos anos, diz Artur Brandão, que queria retirar-se mas… não o deixam. “Estava para sair este ano, as eleições são em Dezembro, mas a minha Direcção não quer. Estou cansado, vou fazer 81 anos, quero ir passear com a minha mulher e desligar-me”, confessa. A mulher é Alcide Brandão, que conheceu aos 17 anos, tinha ela apenas 14. “Agarrei-a, nunca mais a larguei”, diz, rindo. Uma companheira de vida e de todos os momentos, mesmo quando não queria assistir aos jogos de futebol. “O Feirense ia jogar fora e não havia dinheiro para autocarro, então os dirigentes levavam os jogadores. Ia eu, a minha mulher e três jogadores, de madrugada. Ela acompanhou-me sempre, não ia ver os jogos, não queria sofrer, mas fazia as viagens connosco e ficava no carro”. Mais tarde, os filhos acompanharam, incluindo a afilhada de Alcide, Tita. “Com 4 anos foi para minha casa e é tratada como filha”. Hoje, a família cresceu ainda mais, com os netos, dois deles que já seguem as pisadas do avô. “O mais novo, 9 anos, começou agora a jogar futebol. O outro tem 14 anos, já é craque, dou-lhe umas instruções e ele ouve”, conta, revelando que “adorava” vê-los nos altos patamares do desporto. “Se os clubes tivessem, na
ENtORSE tURMA DO COLégiO DA FEiRA
COM AS iRMãS
ARtUR E ANDRé NA OLiVEiRENSE
Um Autor Camilo Castelo Branco Uma Viagem Brasil Um Som Canto dos pássaros Um Filme Até à Eternidade Uma Cor Azul Um Cheiro Rosa Um Lugar A minha casa Uma Música Fados de Coimbra Um Prato Feijoada Um Desporto Futebol Um Animal Gato Um Objecto Lápis minha altura, as condições financeiras que têm hoje, eu tinha ganho muito dinheiro no futebol. Agora qualquer jogador mediano ganha muito dinheiro”, diz, envolvendo-se numa conversa futebolística sobre grandes jogadores e as fortunas que ganham. Os melhores momentos? As disputas com os netos. “O meu filho tem um casal gémeo, ele era sportinguista e ela portista, mas como o Porto foi campeão, ele mudou e puseram a fotografia do FCP na minha cozinha. Eu disse ‘não admito isto aqui, sou sportinguista’. No dia seguinte puseram a fotografia do Sporting e estão lá as duas ao lado uma da outra”, diz, rindo.
Melros, fados de Coimbra… e recados municipais
Com uma vivacidade, intelecto e rapidez de pensamento que põem muitos jovens a um canto, Artur Brandão só denota a idade que tem quando aumenta o aquecimento do escritório.“Fico atrapalhado da coluna, fui operado 4 vezes”. Libertou-se dos vícios, bebia 10 cafés e fumava 70 cigarros por dia (90 quando o Feirense jogava), e hoje divide os dias entre o trabalho, os jogos do CDF e os finais de tarde com a esposa. “Vou para casa e estou com a minha mulher a conversar, vemos televisão, discutimos a nossa vida, é o nosso momento a dois”. Mas há outros, como as manhãs em que ouvem os pássaros ou os vêem batalhar pelos pedaços de pão que lhes deixam. “Ontem ouvimos um melro a cantar, que som…”, lembra. Entre esse som e os fados de Coimbra de que tanto gosta, é difícil escolher. «Quando eu morrer, nem sequer / Na campa uma cruz erguida / Para calvário já basta / A cruz que levo na vida», canta, do poema Rosas Brancas. Uma vida preenchida de histórias e pessoas do imaginário feirense que só ele conhece e que, oito décadas depois, é um livro que continua em aberto. “Há sempre alguma coisa para fazer”. Levanta-se e vai à sua mesa de trabalho. “Aqui está um projecto para levar ao presidente da Câmara, uma alternativa ao túnel tenebroso da Cruz. O Estado diz que é muito difícil e caro, custa milhões, mas e se fosse uma rotunda?”, sugere, mostrando o desenho. “A Câmara é que tem de fazer isto, não sou eu. Apresentem a proposta ao Estado, que é que tem de fazer isto. A única coisa que a Câmara poderá pagar é a expropriação das casas à volta, mas dá em troca terrenos ou casas, é simples”, considera. Artur Brandão “não ficará sossegado” enquanto aquela situação “inacreditável” não estiver resolvida. “Em parte nenhuma do país há uma coisa como esta, são 5000 pessoas que estão ali [Cruz e Santo André] isoladas. Havendo vontade, as coisas resolvem-se”. É a sua terra, caramba. “Sempre gostei da Feira. Por isso fui presidente de várias coisas aqui. Não é a causa pública, é a Feira”.
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ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DESTAQUE TECNOLÓGICO
Aldeia Global
Alecsander Pereira* Responsável pelos Serviços Informáticos ISVOUGA
ADOLESCENTES, MÍDIAS SOCIAIS E TECNOLOGIA
IOV (INTERNET DE VEÍCULOS) O IoV, ou “Internet de Veículos”, impulsiona a integração profunda entre a TIC e a indústria automóvel. Uma plataforma IoV é a infra-estrutura de TIC central que permite a transformação digital dos fabricantes de automóveis. A Huawei apresentou na semana passada a “OceanConnect IoV”, uma plataforma para o desenvolvimento do transporte inteligente. A plataforma “OceanConnect IoV”
tem quatro fatores-chave para a transformação dos fabricantes: Conectividade: A plataforma suporta centenas de milhões de conexões simultâneas para garantir uma conexão segura e confiável para os veículos. Dados: A plataforma recolhe dados grandes do veículo, por exemplo, informações sobre o estado do veículo ou do comportamento de condução. Isso permite um uso inteligente de conteúdos e serviços.
Ecossistema: Devido à estrutura separada de dados e processos de negócios, o “OceanConnect IoV” ajuda os fabricantes de automóveis no controlo de ativos digitais e aplicativos de conteúdo. Evolução: A plataforma IoV é projetada para permitir que os veículos se comuniquem uns com os outros. Esta plataforma vai permitir sistemas de transporte inteligentes, seguros e eficientes no futuro.
para o Maps, que traz aspectos d e s s e n ovo d e s i g n , c o m o elementos reformulados que adotam uma nova aparência, a barra de pesquisa, a interface de navegação e todas as várias listas e menus em todo a aplicação.
5G O 3GPP anunciou esta semana a versão independente do 5G, que permite novas implantações de 5G em locais que não têm necessariamente essa infraestrutura existente.
E3 - MICROSOFT A Microsoft teve uma execução bem-sucedida de hardware com o Xbox One X e o Elite Controller. Mas a empresa não se saiu tão bem quando se trata dos jogos. Em sua vitrine da E3, a Microsoft tentou cor r igir o erro e se concentrou quase inteiramente em grandes lançamentos. Havia um novo Halo, novos Forza, novos Battletoads e um trio de jogos de Gears of War. Ainda melhor: a Microsoft revelou que vai trazer ainda mais jogos para a plataforma.
E3 - NINTENDO Na apresentação do Nintendo E3, na terça-f eira passada, a empresa revelou que não a p e n a s a Fo r t n i t e e s t a v a chegando ao Switch, mas q u e e s t a r i a d i s p o n í ve l n o mesmo dia. Mas não demorou muito para que a controvérsia começasse. Logo, descobriu-se que a Sony estava bloqueando o cross-play entre o PS4 e o Switch. Para piorar, se você tivesse jogado no PS4, não poderia usar sua mesma conta no tablet da Nintendo.
BYTE NOTÍCIAS FACEBOOK IoS O Facebook lançou na quinta-feira passada uma atualização para o Messenger no iOS. Muitas pessoas notaram que a aplicação estava a falhar frequentemente após a atualização. Alguns informaram que, inicialmente, o Messenger abria bem, mas, se mudar para outra aplicação e voltar, ele fica preto e vai para o ecrã inicial do iPhone. O Facebook está ciente do problema e trabalha em “uma atualização para a atualização”. A versão 170.0 é o lançamento com bugs e a empresa já enviou uma correção (170.1) para a Apple. GOOGLE MAPS Nos próximos meses, o Google Maps terá alguns novos recursos e uma reformulação bastante grande. Parece que a empresa está a testar um design atualizado
Até há pouco tempo, o Facebook dominou o cenário da Redes Sociais entre os jovens, mas, agora, já não é mais a plataforma online mais popular entre os adolescentes, de acordo com uma nova pesquisa do Research Center. Hoje, dos adolescentes com idades entre 13 e 17 anos, é notável a quantidade que deixou de utilizar o Facebook e passou a utilizar o YouTube, o Instagram ou o Snapchat. Em 2014, 71% dos adolescentes relataram ser utilizadores do Facebook, enquanto 52% disseque utilizava o Instagram, e 41% relatou utilizar o Snapchat. Passado três anos, apenas 51% dos adolescentes diz que utiliza o Facebook É importante ressaltar que nas pesquisas de 2014, o YouTube e o Reddit não foram incluídos como opções na pesquisa, mas foram incluídos na pesquisa atual. Além disso, a pesquisa de 2014 exigiu que os entrevistados fornecessem uma resposta explícita se utilizavam ou não cada uma das plataformas, enquanto a pesquisa de 2018 apresentava aos entrevistados uma lista de sites, e permitia que eles selecionassem os que utilizavam. Mesmo assim, está claro que o ambiente de hoje gira menos em torno de uma única plataforma do que há três anos. A mudança neste grupo, ou seja, dos adolescentes, é apenas um exemplo de como o panorama tecnológico dos jovens modificou desde a última pesquisa sobre os adolescentes e a tecnologia, em meados de 2014. Mais notável é que ter um smartphone tornou-se um elemento quase omnipresente da vida adolescente. Cerca de 85% dos adolescentes agora relatam ter um smartphone (ou acesso a um). Essas conexões móveis, por sua vez, alimentam atividades online mais persistentes: 45% dos adolescentes agora dizem que estão on-line quase que constantemente. A pesquisa também mostra que não há consenso claro entre os adolescentes sobre o efeito que as Redes Sociais têm sobre a vida dos jovens de hoje. As minorias de adolescentes descrevem esse efeito como sendo principalmente positivo (31%) ou principalmente negativo (24%), mas a maior parte (45%) diz que o efeito não foi nem positivo nem negativo. *O autor escreve em Português do Brasil
REAÇÕES
As coisas só não pioraram pois a Sony permaneceu quieta antes de dar uma declaração muito inoportuna. Quando um jogo tem 125 milhões de fãs (incluindo 2 milhões de novos no Switch), você provavelmente não quer irritá-los.
Mas irritaram. Os jogadores de Fortnite não ficaram satisfeitos com a resposta da Sony. Depois que a declaração começou a fazer as rondas on-line, muitos jogadores foram às Redes Sociais expor que não estavam satisfeitos com a resposta.
A Apple confirmou em seu site de suporte que o Apple Maps teve problemas significativos na sexta passada. Causou problemas para pessoas de todas as plataformas que estavam a tentar procurar locais ou obter rotas para um destino, ao receber a informação “Nenhum resultado encontrado”.
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DESPORTO
Mário entrou para resolver
LUSITÂNIA LOUROSA CONQUISTA SUPERTAÇA DISTRITAL
Os lusitanistas averbaram triunfo categórico frente ao Beira-Mar (3-0). Léo, na primeira parte (5’), colocou o Lusitânia de Lourosa em vantagem. Mário entrou aos 65 minutos e fez os dois golos que sentenciaram o marcador. O último é uma obra de arte.
Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt
SUPERTAÇA DISTRITAL O vencedor do Campeonato Safina, Lusitânia Lourosa, e o vencedor da Taça Pecol, Beira-Mar, defrontaram-se no Municipal de Águeda para a final da Supertaça Distrital, com a formação lusitanista a vencer por 3-0. Léo, logo aos cinco minutos, inaugurou ao marcador, resultado que subsistiu até ao intervalo. Na segunda parte, aos 65 minutos, Luís Miguel Martins lançou Mário e este, com um bis – o primeiro, aos 70 minutos, pleno de oportunidade, e o segundo, aos 78, num belíssimo remate de trivela –, sentenciou a partida. Entrada sufocante do Lourosa que, nos primeiros cinco minutos, atirou uma bola aos ferros,perdeu outra grande oportunidade,por Ricardo Gomes, e inaugurou o marcador. Excelente jogada individual pela direita de Pedro Silva, que cruza para cabeceamento
certeiro de Léo (5’).O Beira-Mar reagiu e tomou conta do jogo,mas esbarrou na boa organização defensiva contrária ou em Marco Sá. O guarda-redes do Lourosa esteve em grande plano vencendo sempre os duelos contra os atacantes aveirenses (em particular Zé Bastos). O 1-0 ao intervalo penalizava o Beira-Mar. Os primeiros 20 minutos da 2.ª parte decorriam equilibrados até que Luís Miguel Martins decide apostar em Mário. Decisão acertada, pois o atacante dos lourosenses viria a resolver a Supertaça com dois golos. Aos 70 minutos, após cruzamento rasteiro da esquerda de Léo, só teve de encostar para o 2-0. Oito minutos depois, à entrada da área, num remate de trivela fez o 3-0 final. Vitória incontestável e Supertaça para o Lourosa, num duelo aurinegro.
Final Supertaça Distrital
3
Árbitro: João Pinho
6
Estádio Municipal de Águeda
99
Ivo Oliveira
Koneh 13
5 24 Marco Sá
8 Ricardo Correia Edu Silva 14
António Alves 21 Rena
Ricardo Gomes
10
11
Alex
Aranha
9
27
Zé Bastos
Léo
MÁRIO CONGRATULADO PELOS COLEGAS
21
28
Letz
Mané
7
8
Artur
Mathieu
10 Edú Marques 9 Pedro Silva
12 Marco Pais
17 JUN - 17h15
0
22 Ramalho
20
2
Aparício
André Nogueira
Treinadores Luís Miguel Martins
Cajó
Substituições
Koneh (Mário, 65’), Léo (Ricardo Oliveira, 82’), Ricardo Gomes (Rui Lopes, 88’)
Cartão amarelo a Edu Silva (39’), Léo (59’), Marco Sá (87’), Ricardo Correia (90+3’) Léo (5’), Mário (70’; 78’)
Letz (Berna, 82’)
Disciplina
Cartão amarelo a Letz (27’), Ramalho (50’), Mané (67’)
Golos
Luís Miguel Martins (treinador)
Ivo Oliveira (capitão)
“O Beira-Mar é uma das melhores equipas do Safina, mas comete alguns erros defensivos. Para os vencer, sabíamos que tínhamos de defender bem. O resultado não deixa margem para dúvidas, quem vence 3-0 tem de ser um justo vencedor.”
“Está concluída a minha carreira. Foi bonito. Provavelmente vaime custar, mas está completamente decidido. Agora, quero dar prioridade à minha família que também merece. É um orgulho enorme terminar a carreira com dois títulos.”
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Futebol
B0LA NAS REDES Especial III Gala AFA /ibrahim.koneh.1
“The best”
Maior transferência de sempre da história do Cd feirense
EtEbo rEforça StokE City Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt
internacional nigeriano vai representar o clube inglês (desceu esta época para o Championship) nas próximas cinco temporadas, a troco de 7,2 milhões de euros.
lIGA NoS o feirense confirmou o acordo com o Stoke City, formação inglesa que desceu, em 2017/18, ao segundo escalão, para a transferência definitiva de Peter Etebo, atleta pertencente aos quadros dos fogaceiros, mas que na segunda metade da época esteve emprestado aos espanhóis do Las Palmas. a transferência do internacional nigeriano – faz parte do lote dos convocados para o Mundial 2018 que já decorre na rússia – garante a entrada de 7,2 milhões de euros nos cofres do feirense, passando a ser a maior de sempre da história do clube,
batendo largamente o anterior recorde com a venda de vaná para o fC Porto. Etebo assinou por cinco temporadas com o Stoke City. o nigeriano de 22 anos chegou ao feirense em 2015/16 e desde cedo se destacou, assumindo-se como um dos ativos mais importantes do clube. realizou um total de 52 jogos oficiais pelo feirense e marcou nove golos em todas as competições. a Sad do feirense deverá aproveitar parte da venda de Etebo para ampliar o Complexo desportivo, concretamente com a construção de mais um relvado
Em infantis b
fEirEnSE a vEnCE tornEio do CEntEnário FoRMAÇÃo no âmbito das comemorações do 100.º aniversário, o feirense organizou o torneio do Centenário para os escalões de benjamins a e b e infantis b. Em benjamins b, benfica e vitória SC, de Guimarães, deixaram para trás, respetivamente, Padroense, feirense a e Leixões e feirense b, Cesarense e Estarreja na fase de Grupos. na final, triunfo por 3-2 para os vimaranenses. o feirense b goleou, 6-1, o Padroense no jogo entre 3.º e 4.º. Em benjamins a, o emblema encarnado e o vimaranense voltaram a encontrar-se na final depois ultrapassarem,respetivamente,Padroense,feirense a e Leixões e Estarreja, feirense b e Sporting academy. triunfo, por 3-0, do benfica. Entre 3.º e 4.º, o feirense a venceu, 2-1, o Estarreja. Em infantis b, finalíssima entre a equipa a e a b do feirense que ultrapassaram, respetivamente, Estarreja,Leixões e Padroense e Ef artur brandão, Candal e Sporting academy. no derradeiro jogo, a equipa a superiorizou-se por 3-1. o Estarreja foi 3.º ao golear, 4-0, a Ef artur brandão. MB
Futebol 7 - VeNCeDoReS
infantis b
benjamins a
benjamins b
natural, e melhorar as infraestruturas adjacentes ao futebol profissional.
Muitas saídas… nenhuma entrada
a transferência de Etebo do feirense junta-se a outras saídas já confirmadas, como a de Luís rocha (dinamo Minsk, da bielorrússia), o extremo Hugo Seco e o guarda-redes Miskiewicz. Já os reforços tardam em chegar, um pouco à semelhança da época passada em que, por esta altura, o feirense tinha apenas confirmada a contratação de kiki.
Foi desta forma que o atacante camaronês do Lourosa, Ibrahim Koneh (dado como certo no Boavista, na próxima época), assinalou os prémios de Melhor Jogador e presença no 11 ideal do Campeonato Safina.
/AFAtv.pt “A #AFATV registou os melhores momentos de uma noite recheada de glamour! Depois do sucesso das duas primeiras edições, a III Gala do Futebol Aveirense contou com casa cheia para a distinção aos melhores do ano.” Os melhores da III Gala do Futebol Aveirense foram todos registados pela AFATV.
/scsjver “III Gala Futebol Aveirense O trabalho que tem sido desenvolvido no nosso clube foi hoje reconhecido perante toda a comunidade desportiva aveirense com o nosso treinador Ricardo Maia a arrecadar o prémio de melhor Treinador do Futebol Aveirense, com o nosso central Marco Ribeiro e o nosso lateral direito Ruben Gomes no melhor 11 do Campeonato Safina 17/18!” O treinador Ricardo Maia, e os jogadores Marco Ribeiro e Rúben Gomes foram os premiados do S. João de Ver.
/ajfiaes2003
“A Associação de Futebol de Aveiro distinguiu na sua 3.ª Gala do Futebol Aveirense o guardaredes da equipa sénior Nuno Couto, no 5 ideal da 1.ª Divisão Distrital Época 2017/18.”
O guarda-redes da Juv. Fiães, Nuno Couto foi a escolha para o 5 ideal do Campeonato Grande Hotel de Luso.
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FUTEBOL/FUTSAL
ARGONCILHE É VICE-CAMPEÃO DA SEGUNDA DIVISÃO Já com a subida à Primeira Divisão de Aveiro consumada, a formação de Mickael Amaral viu o Antes vencer o Beira-Vouga e a sagrar-se campeão. II DISTRITAL FUTEBOL O Argoncilhe ficou-se pelo vice-campeonato. A subida à Primeira Divisão ficou consumada ao vencer a Série A, mas na luta pelo título de campeão, com Beira-Vouga e Antes, a formação de Santa Maria da Feira ficou-se pelo segundo lugar. Em quatro jogos disputados, outros
tantos empates. No último jogo, o Argoncilhe viu Antes e Beira-Vouga discutirem o título. O empate, sem golos ou a um, faria a formação de Mickael Amaral sagrar-se campeã, mas o Antes acabou por vencer, pela margem mínima, com um golo solitário de Roberto. Antes, Argoncilhe, Beira-Vouga,
Gafanha B e Arrifanense ascendem ao segundo patamar do futebol distrital aveirense. MB II DIVISÃO DISTRITAL - Apuram ento Cam peão Resultado - 6.ª e Últim a Jornada GD Beira-Vouga 0 1 CR Antes Folgou AD Argoncilhe Classificação P J V E D GM 1. CR Antes 6 4 1 3 0 6 2. AD Argoncilhe 4 4 0 4 0 7 3. GD Beira-Vouga 3 4 0 3 1 4
-
GS 5 7 5
O CR Antes sagrou-se Campeão Distrital
LUSITÂNIA LOUROSA PERDE E FALHA SUBIDA DE DIVISÃO A formação de António Queirós perdeu o último jogo, por 3-2 na receção ao Tebosa, e não conseguiu o regresso aos campeonatos nacionais. TAÇANACIONALFUTSALFEMININO O Lusitânia de Lourosa apenas precisava de não perder para garantir o regresso aos campeonatos nacionais, mas acabou por consentir a derrota por 3-2 na receção ao Tebosa. O triunfo das bracarenses começou a ser construído aos 8’ por Paula Gomes. Aos 9’, novo golo para a formação visitante da autoria de Ana Silva. As lusitanistas procuraram reagir à desvantagem, mas apenas conseguiram reduzir já em cima do apito para o descanso, na conversão de um livre direto, consumado por Diana Carneiro. Já na etapa complementar, aos 26’, Bruna Mendes ampliou a vantagem para as
forasteiras. Aos 28’, na conversão de um penálti, Diana Carneiro bisou e estabeleceu o resultado final. A Série B da Taça Nacional terminou com três equipas em igualdade pontual. Lourosa e Tebosa somaram 12 pontos, assim como o Ourentã que terminou na primeira posição. No último jogo, goleada por 15-0 ao Guarda 2000. MB TAÇA NACIONAL FEMININA FUTSAL 2.ª Fase - Série B
1. 2. 3. 4.
Resultados - 6.ª e Últim a Jornada CD Ourenta 15 0 Guarda Unida Lusitânia Lourosa 2 3 CDRC Tebosa Classificação P J V E D GM CD Ourenta 12 6 4 0 2 27 CDRC Tebosa 12 6 4 0 2 16 Lusit. Lourosa 12 6 4 0 2 21 Guarda Unida 0 6 0 0 6 8 -
GS 6 9 18 39
O CD Ourenta sobe aos Nacionais
Lus. Lourosa
2
Tebosa
3
Pavilhão da EB 2,3 de Lourosa Árbitros: Fábio Jesus e Nuno Oliveira (AF Aveiro) Lus. Lourosa: Estefânia; Diana Carneiro, Fabiana, Raquel Vasco, Sara Cruz Suplentes: Diana Costa, Liliana, Susana, Mariana, Diana Coelho, Gabriela, Ana Rita Treinador: António Queirós Tebosa: Rita Ribeiro; Sónia Almeida, Ana Silva, Paula Gomes, Ana Costa Suplentes: Andreia, Joana Serra, Bruna Mendes, Arminda, Filipa, Vânia, Maria Treinador: Rui Gonçalves Disciplina: Cartão amarelo a Paula Gomes (14’), Ana Silva (28’), Diana Carneiro (29’), Arminda (29’), Raquel Vasco (35’), Maria (37’) Golos: Paula Gomes (8’), Ana Silva (9’), Diana Carneiro (20’; 28’), Bruna Mendes (25’)
FEIRENSE CONQUISTA TAÇA E SUPERTAÇA DE AVEIRO FUTEBOL FORMAÇÃO O Feirense conquistou,em duas semanas,a Taça e a Supertaça de Aveiro de Juvenis. Depois de há duas semanas ter levantado a Taça Distrital ao vencer, por 1-0, a equipa da Sanjoanense, os Juvenis do Feirense voltaram a
festejar ao conquistar a Supertaça. Em Avanca, no sábado, o jogo com o campeão Espinho terminou em goleada de 4-0.Diogo Ferreira bisou e Eduardo e Nuno Lima também registaram o nome na lista de marcadores.
Carlos Fontes
PORTUGAL - ESPANHA ISTO SIM, É FUTEBOL! CANTO-CURTO ‘Calem-se os Brunos, os Xicos, os Saraivas, e todos aqueles que gostam de ‘jogar’ futebol fora das quatro linhas. Calem-se, igualmente, todos os outros que nas tvs o maltratam, embolsando milhares de euros. Calem-se! Façam silêncio diante do futebol praticado no relvado. Atentem naquilo que fizeram os 28 jogadores que na sexta-feira envergaram as camisolas com os símbolos de Portugal e Espanha. Isto sim, é futebol! Este Portugal-Espanha não foi, tecnicamente, um grande jogo. Mas foi um enorme jogo de futebol. Sem surpresa os espanhóis, coletivamente, foram melhores. A trocar a bola são espetaculares, dominam e tiram com facilidade os adversários do seu caminho. Só esquecem, por vezes, que é na baliza que se fazem os golos. Nós, os portugueses, somos diferentes. Mesmo quando não se justifica, assustamo-nos frente aos adversários. Mas quando a confiança chega... não há quem nos leve a palma. Foi assim que não perdemos com os espanhóis, ainda assim uns dos maiores candidatos ao título. Deixamos os adversários recrearem-se com a bola, por vezes corremos atrás não se sabe de quê, mas não desistimos. Enquanto há jogo, a fé não nos abandona. Foi assim neste encontro. A Seleção Nacional deu-nos um grande exemplo. Contrariamente aqueles que fora das quatro linhas tão mal tratam o futebol, a formação das Quinas explicou que o futebol não deve ser jogado pelos ‘paineleiros’, pelos ‘tais’ diretores de comunicação, muito menos devem ser as televisões a ditarem as suas leis. “Não somos favoritos, mas somos candidatos”, repetiu, no final do jogo, Cristiano. Ele que tem sido, quase sempre injustamente, criticado pelas suas exibições na equipa nacional. Na verdade, pelo que se viu neste jogo, a Espanha é mais favorita. Portugal é menos. Mas no Europeu aconteceu o mesmo. Os favoritos eram os outros...mas foram os portugueses que chegaram ao título. Julgo que desta vez, apesar de considerar que temos melhores jogadores do que aqueles que estiveram em França, não vamos chegar à posição por todos mais desejada. Mas... com Cristiano, a fé e a sorte de Fernando Santos, o apoio de todos os portugueses (mesmo que prestado de longe), e o da maioria daqueles que falam a língua de Camões (adulterada por um acordo estúpido), acrescido com o silêncio imposto aos ‘incendiários’ pelo futebol praticado no relvado, ninguém estranharia que ao Europeu Portugal juntasse o Mundial. Sexta-feira passada não jogamos melhor que os adversários, mas merecemos inteiramente a igualdade. Mas atenção a Marrocos. O seu resultado frente ao Irão de Carlos Queirós nada significa. Pensar que o triunfo está no ‘papo’, pode ser-nos fatal. Uma vez mais vamos esperar que o valor dos nossos jogadores, a ‘estrelinha’ de Fernando Santos, e o super Cristiano Ronaldo, façam a diferença
Arranque do AFA Beach Soccer Formação coleciona títulos
A Formação do Feirense mantém o emblema fogaceiro entre os clubes que mais títulos amealha no espólio. Em 2017/18, campeão de Aveiro na Segunda Divisão de Iniciados, em Infantis A e em Benjamins A. MB
FUTEBOL DE PRAIA Arrancou a quarta edição do AFA Beach Soccer, torneio de futebol de praia organizado pela Associação de Futebol de Aveiro. A prova iniciou-se no fim-de-semana, com a participação de Feirense, Santiais, São Jacinto, Always Young, Fiães e Macieirense, o campeão em título. O primeiro jogo deveria ter colocado frente-afrente as duas concelhias, no Campo da Praia da Vagueira, mas o Feirense fez falta de comparência. No sábado, há nova jornada dupla, desta feita no Campo da Praia de S. Jacinto. A prova termina a 30 de junho.
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Manuel Gregório, treinador dos seniores do Feirense
“Esta subida tEM uM sabor EspEcial” com uma equipa maioritariamente jovem e formada dentro de portas, os seniores do andebol do Feirense, orientados por Manuel Gregório, alcançaram a subida à segunda divisão Nacional, depois de terem falhado esse objetivo nas duas épocas anteriores. Na próxima época há dérbi concelhio entre o Feirense e o s. paio de oleiros. Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt
O que diferenciou esta época das anteriores, em que a equipa também esteve perto, mas não conseguiu a subida à Segunda Divisão Nacional? o principal fator foi a união da equipa, que teve um bom espírito. dentro das condições de cada atleta, trabalhámos bem. tivemos também um bom início na Fase Final, com duas vitórias nas primeiras duas jornadas, o que animicamente penso ter sido importante para conseguirmos o objetivo da subida. as experiências vivenciadas nas duas épocas anteriores, em que falharam a subida na ‘reta da meta’, também contribuíram para o sucesso? Nas duas primeiras épocas pagámos a fatura da questão da falta de experiência dos atletas. depois também a questão física, com a maioria dos atletas a serem juniores e a terem de jogar duas vezes por semana, uma em cada escalão, o que originou algum desgaste, inclusive mental. Esta época, apesar de haver juniores a jogar nos seniores, e a serem preponderantes nos dois escalões, acabámos por ter uma melhor gestão mental dos atletas, quer da minha parte, quer dos próprios atletas. a experiência dessas duas épocas foi fundamental. Foram os fatores decisivos para a subida? Na minha opinião, além do que já referi, foi também decisiva a envolvência criada em redor da estrutura sénior, por parte do público. Fomos a equipa que mais adeptos levou a todos os pavilhões. Foi fundamental para a equipa, nos momentos mais difíceis, conseguir resolver problemas com alma. tivemos três ou quatro jogos com desvantagens de três ou quatro golos, nos últimos minutos, e depois conseguimos virá-los a nossa favor ou, pelo menos, para empate e aí foi muito importante o público, que esteve sempre connosco. A equipa manteve sempre alguma regularidade, mas, ainda assim, notou-se um crescimento da Primeira para a Segunda Fase. Porquê? Na primeira Fase recebemos três jogadores com mais experiência que os que estavam no plantel, nomeadamente o João Filipe, o Fernando rodrigues, ambos estavam parados, mas têm um passado muito ligado ao oleiros, e o pedro amorim. Foram três jogadores fundamentais porque acrescentaram à equipa o que ela precisava, experiência.
“Começar bem nas fases finais é fundamental”
Quais os momentos/jogos chave da época? talvez os meus atletas não pensem igual, mas para mim um dos momentos chave foi ainda na primeira Fase, quando vencemos
em casa do beira-Mar. outro momento chave foi o empate, em casa, frente ao alavarium, em que estivemos a perder o jogo todo e no último minuto passámos para a frente, acabando depois por empatar. depois também foi importante o bom início da segunda Fase, nomeadamente as vitórias sobre o infesta, em casa, e sobre o alavarium, fora. começar bem nas fases finais é fundamental porque animicamente é sempre melhor trabalhar sobre vitórias, principalmente em equipas com condicionantes de assiduidade aos treinos, por via dos compromissos académicos e profissionais dos atletas. a equipa começa a acreditar num objetivo de subida, que até não era um objetivo declarado no início da época. É o concretizar de um objetivo projetado desde a criação da equipa sénior… Este objetivo foi delineado há três épocas (três anos). Numa primeira fase com a subida dos juniores, que foi alcançada logo no primeiro ano. Na altura, também estivemos perto de subir em seniores, mesmo que a competir com cinco juvenis. serviu para potenciar a maturação dos atletas para conseguirmos a subida nos anos seguintes. Estava projetado, mas claro que podia não ter corrido da melhor forma. correunos bem, demos um salto competitivo no Feirense, que vai ser bastante importante, particularmente para os jogadores da formação verem o Feirense como um clube de topo. temos uma formação de topo e temos de o transferir para a equipa sénior, para isso é necessário colocá-los num nível competitivo adequado. Neste momento estamos a avaliar o que fizemos porque acredito que estamos a fazer bem, mas que podemos ainda fazer melhor. O que é que se sente no momento que garantiram a subida? pessoalmente foi a época mais difícil que tive no andebol do Feirense, por vários fatores. desde o defeso, que foi muito ‘agressivo’ para o clube. durante a época foi complicado gerir a vida dos atletas com a do clube, conciliar as duas partes para atingir o objetivo. Foi difícil? Foi, mas claro que assim sabe melhor. Esta subida tem um sabor especial porque no início ninguém acreditava. Nós fomos acreditando e conseguimos. Na Segunda Divisão Nacional o Feirense vai encontrar um nível competitivo bem diferente da realidade da Terceira Divisão. O Clube está preparado para esse salto qualitativo? a direção está sempre preparada para qualquer desafio. todos os desafios que temos colocado na formação têm sido concretizados. temos sempre equipas no topo nacional, já o encaramos com natura-
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lidade. Vamos encarar a Segunda Divisão como uma fase dura, muito complicada. Temos de trabalhar imenso para conseguir disputar todos os jogos. Estamos a criar um plantel, com poucas entradas, mas com aumento qualitativo e quantitativo dos treinos. Vamos passar a treinar cinco vezes por semana, duas horas por dia. Pode ser um dado importante para conseguirmos equilibrar a balança face a equipas com outros orçamentos e com objetivos completamente diferentes dos do Feirense. O nosso objetivo vai passar pela manutenção. Se o conseguirmos já é um feito enorme para o clube. A aposta na juventude é para manter? Sim, é para continuar. Depois ainda vamos ter três entradas de ex-jogadores do Feirense. Pretendemos ainda completar o plantel com mais outras três entradas, de atletas sem passado no clube. Ou seja, poucas entradas, justamente para garantir espaço
para os nossos atletas da formação jogarem e serem, o mais rapidamente possível, atletas de Segunda Divisão Nacional.
Quatro reforços garantidos, três são regressos
Pode adiantar o nome de alguns dos reforços? O Ricardo Pinho, que chega da AD Sanjoanense. É um jogador que faz, pelo menos, duas posições, lateral direito e ponta direito. O lado direito é a posição do Feirense que está mais debilitada. Jogámos a época toda com apenas um atleta, o Guilherme Correia, que ainda era júnior e nem sempre podia treinar, devido aos compromissos académicos. Vêm também o Nuno Reis, ex-S. Bernardo, o Pedro Pires, ex-Avanca, e o Zé Carlos, ex-S. Paio de Oleiros, que são três regressos. Agora estamos em contactos com mais um ou dois atletas, mais experientes, para fechar o plantel. Atletas que tragam experiência e outro tipo de
jogo à equipa. Perante o plantel que o Feirense está a construir e a realidade da Segunda Divisão Nacional, acreditas na manutenção? O Feirense, pela primeira vez, vai na próxima época subsidiar os atletas, ainda que de uma forma humilde, perante os orçamentos das outras equipas, mas temos de ir à luta com as nossas armas. Temos de apostar no trabalho. Não posso garantir se temos equipa para nos mantermos ou não, ao longo do campeonato é que veremos. Também eu, enquanto líder de uma equipa técnica, não tenho experiência de Segunda Divisão.Vai ser uma novidade, vou ter de me reformular em termos de trabalho, mas estou convicto que com toda a coragem, todo o percurso na formação destes atletas feirenses e com os que estão a ser contratados, que vamos conseguir a permanência de uma forma segura.
A próxima época ficará também, inevitavelmente, marcada pelos dérbis entre o Feirense e o S. Paio de Oleiros. O Manuel Gregório também tem um passado ligado ao clube de Oleiros. Como encara os dérbis concelhios? É mais um atrativo para a nova época? É muito bom para o Concelho ter duas equipas na Segunda Divisão Nacional, é sinal de que o que se está a fazer, em termos de Andebol, é bom. Fico contente pela equipa do Feirense ser a equipa ‘mais feirense’ do Concelho, ou seja, com mais atletas seniores oriundos do Concelho. O Oleiros é uma casa que me acolheu para o Andebol. Penso que vão ser grandes jogos, bem disputados e só vai beneficiar a modalidade. Temos no nosso plantel dois jogadores carismáticos dos últimos anos do Oleiros, que chegaram a jogar comigo lá, mas naturalmente vão encara r os jogos com o maior profissionalismo possível. Dérbi é dérbi e é mais um apelativo.
Armando Castro, presidente
“É o culminar de alguns anos de trabalho, com uma grande percentagem de atletas da casa.” “Para a subida foi decisiva a força de vontade, o espírito feirense e o trabalho da equipa técnica liderada pelo Manuel Gregório.” “[Segunda Divisão] Estamos a fazer tudo por tudo para fazer uma equipa que nos permita manter na Segunda Divisão, na próxima época. Vamos as equipas à nossa volta e não sabemos como gastam tanto dinheiro, mas vamos à luta, apostando na nossa formação e contratando algumas maisvalias (reforços), de outra forma não valeria a pena.” “[Orçamento] A subida obriga naturalmente a um esforço e uma adaptação orçamental.”
À TERCEIRA FOI DE VEZ Depois de duas épocas em que ficou perto de alcançar a subida, os seniores do Feirense alcançaram a promoção à Segunda Nacional na terceira tentativa. Juntar experiência ao talento da ‘cantera’ foi decisivo. ANDEBOL Quando há sensivelmente três anos o Feirense assumiu o regresso à competição em seniores, aos comandos de Manuel Gregório, o treinador mostrou desde cedo a sua ambição: colocar rapidamente o clube noutros patamares competitivos, com uma equipa “100% Fogaça” (ou quase), ou seja, maioritariamente com
atletas formados na casa. Com uma equipa muito jovem – grande parte dos jogadores eram juvenis/juniores –, na primeira época, o Feirense acabou por ficar ‘às portas’ das Fase Final – Subida. Na época seguinte, os comandados de Manuel Gregório deram mais um passo, conseguindo mesmo chegar à Fase
Final – Subida. No entanto, na 2.ª Fase, os fogaceiros não foram além de um 6.º lugar, falhando a subida. Mas à terceira foi de vez. Na época 2017/18, o Feirense juntou à jovem equipa, três jogadores mais experientes – João Filipe, Fernando Rodrigues e Pedro Amorim –, que se revelaram fundamentais
PLANTEL 2017/18
Tiago Leite PE Rui Cunha Fábio Cardoso João Valinho Fernando Rodrigues
LE GR
Marcelo Cunha João Filipe Pedro Miguel
C
(assumido por toda a estrutura) na fase decisiva da época. Na antepenúltima jornada (12.ª) do campeonato, o Feirense venceu em casa do Beira-Mar (24-30) e carimbou a subida à Segunda Divisão Nacional. Os fogaceiros viriam a terminar a prova no 2.º lugar, na Zona 1, apenas atrás do Modicus.
João Cardoso Jorge Valinho Rui Azevedo LD
P
Pedro Capitão Pedro Amorim Gonçalo Leite Tozé
Pedro Machado Miguel Costa Orlando Oliveira
PD
Mário Barbosa Guilherme Correia Manuel Coelho
GR - Guarda Redes; LE - Lateral Esquerdo; C- Central; LD - Lateral Direito; PE - Ponta Esquerdo; P - Pivot; PE - Ponta Esquerda
Fábio Cardoso, capitão
João Filipe, guarda-redes
Valdemar Silva, diretor
“Estou no projeto desde o início. É um orgulho porque muitos dos atletas que agora estão nos juniores tive a oportunidade de os treinar, como técnico-adjunto do Manuel Gregório, nos escalões de formação. É muito fácil liderar este grupo porque é muito unido e forte, o que foi fundamental porque tivemos momentos difíceis na época, mas finalmente conseguimos a subida. [Segunda Divisão] Para muitos vai ser uma experiência nova, mas tenho a certeza que vai ser uma excelente época.”
“[Ingresso no Feirense depois de 25 anos no Oleiros] Temos muitos jovens, alguns ainda com idade de júnior, e há momentos do jogo em que é importante a nossa experiência. Este é um grupo muito unido, que trabalha junto há vários anos. Falo por mim, fui bem recebido e eles tentam absorver da nossa maior maturidade. [Segunda Divisão] Vamos, jogo a jogo, fazer o nosso trabalho e garantir a manutenção. O nível que vamos encontrar é totalmente diferente, por isso, questões como a assiduidade nos treinos são fulcrais.”
“É uma equipa muito jovem, ainda com alguns juniores. Sem ‘craques’ ou ‘vedetas’, foi um grande feito o que alcançámos frente a equipas com outros argumentos, até financeiros. Com o nosso querer conseguimos um feito muito desejado. Deve-se, sem dúvida, dar mérito ao treinador [Manuel Gregório] e aos jogadores, mas também foi muito importante a chegada, durante a temporada, de três reforços com outra maturidade, mental e desportiva.”
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MODALIDADES
Fernando Luís, ex-treinador do CD Fiães
“VOu TrEINAr ATé CAIr PArA O LADO” um dos mais titulados e respeitados treinadores nacionais de voleibol sai do Clube Desportivo de Fiães após duas épocas sem grande sucesso. Apesar das muitas contrariedades encontradas, o professor Fernando Luís não se mostra arrependido e garante que vai continuar a treinar.
VOLEIBOL Fernando Luís passou pela maioria dos melhores clubes nacionais (SC Espinho, FC Porto, SL Benfica, etc.), foi várias vezes treinador campeão nacional de clubes, venceu o Top Teams Cup ao serviço do SC Espinho, exerceu o cargo de selecionador nacional em vários escalões (masculinos e femininos), foi vice-campeão africano pela seleção de Moçambique, mas não teve sucesso do Clube Desportivo de Fiães. Porquê? Segundo Fernando Luís pela mesma razão que o clube não ganha nada desde 1964: “mentalidade” ou falta dela… “Treinei várias equipas e sempre com resultados porque trabalhávamos a sério. O Fiães não ganha nada desde 1964 e só volta a ganhar se houver obrigatoriedade de treinar, com jogadores ambiciosos. Mas para ‘limpar’ esta mentalidade displicente tem de haver chatices”, diz. O professor começa por explicar que o projeto inicialmente apresentado era muito diferente do que encontrou. “Fui contratado em Moçambique e fiquei de trazer dois jogadores, que eram meus atletas na seleção de Moçambique, mas depois recebi ordens da direção a dizerme que não podia ser. Isto tudo aconteceu quando houve o diferendo entre o anterior presidente, Jorge Magalhães,
e a Câmara. A intenção era fazer uma equipa, com esses dois africanos – que ficavam mais baratos que qualquer jogador daqui – para tentar subir, mas depois o Jorge Magalhães pediu a demissão”, explica, prosseguindo: “Eu conhecia o que valiam os dois moçambicanos. Têm muita qualidade e uma capacidade física colossal. Além de bons jogadores, eram pessoas por quem eu ‘punha a mão no fogo’. A direção que chegou tinha todo o direito de dizer que não queria que eles viessem, mas já lá estava dinheiro. Eu mandei para lá 900 euros, o clube 400 euros...”.
“Quem não treina não pode jogar”
O que se seguiu foram duas épocas frustrantes – na primeira o clube fianense até desceu desportivamente, mas alcançou a manutenção na ‘secretaria’ –, marcadas por resultados e exibições oscilantes, muitas lesões e graves problemas de assiduidade (mesmo em jogos oficiais). Fernando Luís refere alguns episódios vividos em Fiães. “Chegava a ter jogadores que surgiam nos nossos jogos sem aparecer aos treinos duas e três semanas. E ainda ficavam chateados por eu não os colocar a jogar e iam embora.
Quem não treina não pode jogar. Mas depois ainda os tinha que tentar convencer a ficarem porque eu não tinha mais ninguém. A equipa de juniores, por exemplo, desistiu toda. Foi um trabalho bem feito pelo Nuno [Neves], mas não tinham mentalidade”, refere, continuando: “Os jogadores perceberam que não tinham necessidade de grande comprometimento (…) que não haviam grandes ambições. Chegaram-me a acusar de falta de liderança, que liderança? De fantasmas? As maiores discussões que tinha era com o Pedro Leal, que sempre foi o mais presente. Dizia-me que sabia o que era liderança e eu respondia: “Liderança mas é com gajos presentes não é com gajos ausentes”. Isso revolta-me”. Ainda assim, Fernando Luís diz que leva de positivo a “amizade de Carlos Fontes [ex-presidente da Assembleia Geral], que me defendeu até à exaustão”, que “não se arrepende” de ter assinado pelo Fiães e explica porque não desistiu. “Podiam-me acusar do que quer que fosse, que para mim é sempre para cumprir o contrato até ao fim. Faz parte da minha geração e educação”. Fernando Luís reconhece não ter sido abordado para renovar, mas que também não tinha interesse em continuar. “Não fui
TrêS ATLETAS DA DAO ArrECADAM 14 MEDALHAS NA TAçA SPOrT KEMPO ARTES MARCIAIS Alexandre Coelho, Eduardo Pinto e José Almeida, atletas da DAO – Associação Cultural e Desportiva, com sede em Paços de Brandão, arrecadaram 14 medalhas na Taça Sport Kempo, competição inter-estilos, organizada pela Federação Portuguesa de Lohan Tao. Alexandre Coelho, escalão 14/15
anos, foi terceiro em Formas com Armas Soft e Formas Sino Vietnamitas; Eduardo Pinto, escalão 16/17 anos, foi primeiro em Formas de Mão Vazia Hard, segundo em Formas de Mão Vazia Soft e Formas Sino Vietnamitas com Armas e terceiro em Formas com Armas Hard e Formas Sino Vietnamitas; José Almeida, escalão +40 anos, foi primeiro em Formas Sino
abordado para renovar, nem ia ser, mas antes de eles dizerem algo eu entregueilhes uma carta… um tipo chega a um ponto que se desgasta. Andávamos numa paz podre”. Sobre o seu sucessor aos comandos do CD Fiães, Nuno Neves, que trabalhou até aqui como adjunto, reconhece qualidades, mas… “Penso que a equipa fica bem entregue com o Nuno, mas ele conhece os problemas, foi meu adjunto [e já tinha estado como treinador principal antes da chegada de Fernando Luís]. Ele a mim disse-me: “Eu notei que as pessoas que vêm para Fiães estão bem na divisão que estão. Gostam de jogar bem, mas chegar à Primeira Divisão acho que não querem”. Apesar das últimas épocas desgastantes, Fernando Luís não pensa em deixar de treinar. “Quero continuar a treinar, não tenho dúvidas. Tive três propostas de equipas de voleibol, mas nenhuma me entusiasmou… e uma da minha outra modalidade [Hóquei em Patins], pertinho de casa. Já está tudo tomado, vou ter de me sujeitar a esperar, mas vou esperar. O [Miguel] Maia tem uma frase em que disse que havia de jogar até morrer em campo. O mesmo se vai suceder comigo. Vou treinar até cair para o lado”.
VH Team Fighters com quatro medalhas no Campeonato Nacional
Vietnamitas e Formas de Mão Vazia Soft e segundo em Formas de Mão Vazia Hard, Formas com Armas Hard, Formas com Armas Soft e Formas Sino Vietnamitas com Armas. Coletivamente, em equipas de 16/17 anos, primeiro lugar em Formas com Armas e terceiro em Formas de Mão Vazia para Alexandre Coelho e Eduardo Pinto.
KICKBOXING O clube de Santa Maria da Feira, VH Team Fighters, arrecadou quatro medalhas, dois ouros e dois bronzes, no Campeonato Nacional de Kickboxing diputado durantes os dias 9 e 10 no Pavilhão Multiusos de Guimarães. Mateus Pereira e Sofia Cardoso arrecadaram os dois o u ro s e n q u a n t o Sandro Baptista e Pedro Costa ficaram-se pelos dois bronzes.
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Modalidades
Valongo do Vouga derrota Feirense aNdeBol A equipa de Minis Femininos do Feirense perdeu na receção ao Valongo do Vouga por 20-16. Uma má entrada em campo fez com que a formação fogaceira fosse para o intervalo a perder por seis golos. Reagiu bem, mas as forasteiras superiorizaram-se nos instantes finais. Na próxima semana decorre o encontro Nacional de infantis com o Feirense a defender o título em infantis Femininos.
TeAM MANAiACAR VeNCe NO VidReiRO aUToMoBilisMo O Team Manaiacar entrou na temporada 2018 do Campeonato de Portugal de Clássicos de Ralis, com o pé direito! A equipa de Lourosa – Santa Maria da Feira, composta por Joaquim Bernardes e Laurinda Alves, não poderia ter desejado um melhor início no ‘Nacional’, tendo-se sagrado vencedores da jornada inaugural da temporada do Clássicos do CPR, o Rallye Vidreiro Centro de Portugal. “Finalmente o regresso às vitórias! Na época transata lideramos quase todas as provas até perto do final, mas por uma razão ou por outra a mecânica lá nos ia pregando algumas partidas, impedindo-nos de materializar em resultados o bom andamento demonstrado ao longo da época, mas desta feita correu
tudo pelo melhor e dominamos por completo a nossa competição, acabando por conquistar um mui saboroso triunfo!”, começou por referir Joaquim Bernardes. “Precisávamos de ter este primeiro ‘round’ para ver até que ponto os upgrades que fomos fazendo na nossa viatura eram válidos e acho que estamos no bom caminho. O essencial é manter a fiabilidade da máquina, para que nos possamos continuar a bater por resultados como o alcançado aqui no Vidreiro. Sabemos que não podemos descansar à sombra deste resultado, até porque ainda há muita especial para disputar até ao final da temporada, pelo que, vamos continuar a trabalhar afincadamente para que os objetivos a que nos voltamos a propor para esta temporada não nos
fujam, apesar de sabermos não estar imunes a qualquer problema mecânico em qualquer das provas que se seguem”, referiu ainda o piloto, aproveitando para “desejar as rápidas melhoras do Carlos Vieira e do Jet Carvalho”, que sofrerem acidentes recentemente, e concluir com agradecimentos: “A todos os que, na hora da vitória ou da ‘derrota’ nos apoiam incondicionalmente, o nosso obrigado, sejam nossos patrocinadores, mamiliares e/ou amigos, a nossa equipa de assistência, bem como os fãs que nos seguem e apoiam por este Portugal!”. A próxima prova do Team Manaiacar é o Rali de Viana do Castelo. Recorde-se que o Team Manaiacar conta com o apoio (e corre com o logótipo), entre outros, do jornal Correio da Feira.
eTAPA e dUAS CAMiSOLAS CONqUiSTAdAS NO GP ABiMOTA/ALTiCe CiClisMo A Vito-Feirense-Blackjack somou a quarta vitória da temporada no 39.º Grande Prémio Abimota/Altice, com a conquista da quarta etapa por Xuban errazkin, também vencedor da camisola da Juventude. João Matias conquistou a camisola das metas autarquias. entre 13 e 18 de Junho, foram pedalados 574,2 quilómetros com início num curto contrarelógio por equipas em Lisboa, seguindo-se as passagens por Coruche, Proença-a-Nova, Belmonte, Almeida, Mortágua, Anadia e o grande final em águeda, onde a equipa concluiu com êxito
os cinco dias do exigente GP Abimota/Altice. Após assegurar uma boa defesa coletiva no crono inaugural lisboeta, ficando a 14 segundos do triunfo, a Vito-Feirense-Blackjack avançou para as jornadas seguintes e, à quarta jornada, a mais longa deste Grande Prémio, venceu. Nos 20 quilómetros finais, dos 184,4 quilómetros desenhados de Almeida a Mortágua, Xuban errazkin atacou e venceu isolado na meta com oito segundos de vantagem. Nas contas finais da Geral, a VitoFeirense-Blackjack fechou com Xuban errazkin em 11.º, Hugo Sancho
em 28.º e João Matias em 50.º lugar. Foi ainda a equipa vencedora de duas camisolas, sendo a classificação da juventude assegurada por errazkin desde a segunda jornada, tal como a classificação das metas autarquias primeiramente com Leonel Coutinho e posteriormente com João Matias.
Pedro andrade triunfa em Vermoim
O ciclista júnior Pedro Andrade alcançou, para a equipa VitoFeirense-Blackjack, a vitória do 8.º Grande Prémio de Vermoim, prova inserida na Taça Regional do Porto, celebrada na cidade da Maia.
BeATRiz VALeNTe àS PORTAS dO PódiO NO OLíMPiCO JOVeM NACiONAL aTleTisMo A atleta do Caldas de São Jorge, Beatriz Valente, arrecadou o quarto posto na prova
de 1000 metros, no 36.º Olímpico Jovem Nacional, entre dia 9 e 10, realizado na Pista de Atletismo do
estádio 1.º de Maio, em Braga, ao serviço da Associação de Atletismo de Aveiro.
ViTO-FeiReNSe-BLACkJACk, ANáLiSe dA PRiMeiRA MeTAde dA TeMPORAdA Diogo Fernandes Sousa
oPiNiÃo Ainda que considerando estes primeiros seis meses como a primeira metade da temporada, importa referir que a temporada em Portugal se traduz num calendário que praticamente finaliza com a Volta a Portugal. Foram seis meses iniciais do projeto muito produtivos, mas que igualmente revelam uma ideia que era em certo modo esperada aquando da divulgação do plantel, ou seja, que edgar Pinto, enquanto líder da equipa, é também o seu elemento mais preponderante. evidências disso são óbvias, uma vez que edgar Pinto foi o atleta responsável pelas vitórias da equipa até ao momento, tendo conquistado uma etapa da Volta ao Alentejo, e uma etapa à qual juntou a classificação geral final da Vuelta Ciclista a Comunidade de Madrid. Contudo, não só de vitórias se fazem as temporadas, importa também referir aspetos de regularidade, como a presença no pódio final da classificação geral do Grande Prémio Jornal de Notícias. Tudo isto sem colocar em causa uma presença de alto nível para a Volta a Portugal, que se inicia em princípios de agosto, uma vez que tem vindo a ser realizada uma gestão do atleta para que este se apresente na melhor forma possível nas competições mais ‘importantes’ do calendário da equipa, algo revelado pelos triunfos conquistados. Mas não podemos reduzir todo o coletivo a edgar Pinto, uma vez que a temporada iniciou com a Prova de Abertura em Aveiro, e aí iniciaram-se os bons resultados, por intermédio de João Matias, que finalizou no pódio dessa competição, tendo complementado esse resultado com triunfos na pista, sendo inclusive campeão nacional em determinada especialidade, e representando a seleção nacional em competições internacionais de pista. Representação de seleção nacional também efetuada já na presente temporada por Xuban errazquin, este por espanha, naturalmente, numa das competições mais importantes do calendário das seleções sub-23, onde finalizou na 4.ª posição, o que revela o seu valor, além de que ao serviço do Feirense já havia conquistado a classificação da juventude na Vuelta a Madrid (conjugando com a 5.ª posição da classificação geral), e de ter finalizado na 10.ª posição da classificação geral do GP Beiras e Serra da estrela, uma das competições mais montanhosas do calendário nacional. Complementando esta abordagem aos resultados da equipa, não se descura a oportunidade que tem sido conferida aos mais jovens da equipa de também participarem em algumas das competições, e da inclusão de Ricardo Vale em algumas das competições mais recentes, simbolizando que este está na fase final da recuperação da lesão que o retirou das estradas por mais de uma temporada. Concluindo, a temporada nacional entra agora na sua fase mais importante, com a realização de competições de categoria UCi, culminando na Volta a Portugal, e à equipa da Vito-Feirense-BlackJack apenas se pede que continuem neste panorama, e as vitórias voltem a surgir para fechar a temporada com chave de ouro.
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MODALIDADES
CADETES DO JOvENS D’OuRO vENCEM CAMPEONATO DE PORTuGAL TAEKWONDO A equipa de Cadetes do Clube Jovens D’Ouro venceu o Campeonato de Portugal de Cadetes e Sub-21 que
decor reu no dia 9 em Penafiel. Individualmente, Renata Morgado, Ana Rita Couto e Bruna Pinto sagraram-
Alexandra Canedo no pódio do Olímpico Jovem Nacional
se campeãs. Cátia Martins foi vice-campeã. Diogo Costa, Pedro Duarte e Pedro Silva ficaram-se pelo bronze.
Clube Colégio de Lamas alcança bronze em Estarreja
CADETES DO FEIRENSE NO PóDIO EM CASTRO DAIRE NATAÇÃO O escalão de Cadetes do Feirense alcançou o terceiro posto no II Torneio de Castro Daire. O destaque da delegação feirense vai para Núria Silva (cadete A) que venceu a prova de 100m estilos, ficou em 2.º lugar na prova de 100m bruços e em 3.º lugar aos 400m livres; e para a estafeta feminina que, composta por Sara Conceição, Rita Tavares, Núria Silva e Lara Silva, venceu a prova
de 4x50m estilos. Já Alexandre Guedes (cadete A), ficou em 2.º nos 100m livres; a estafeta masculina, composta por Tomás Sansana, Eduardo Santos, Alexandre Resende e Alexandre Guedes, ficou em 2.º na prova de 4x50m livres; a estafeta masculina, composta por Alexandre Guedes, Tomás Lomba, Eduardo Santos e Alexandre Resende, ficou em 2.º lugar na prova de 4x50m estilos; Sara Concei-
ção (cadete A) ficou em 3.º aos 100m costas; e Tomás Lomba (cadete B), foi 3.º aos 50m bruços. Em representação do Feirense estiveram ainda Lia Pereira, Beatriz Castro, Marta Mendes, Lara Pinto, Mara Rodrigues, Maria Cardoso Machado, Tomás Assunção, Francisco Martins, Nuno Mourão, Rafael Ferreira, Tiago Pinho, Diogo Ferreira, Rodrigo Oliveira, Guilherme Ribeiro e Filipe Almeida.
NATAÇÃO O Colégio de Lamas arrecadou o terceiro lugar da classificação geral por clubes, no dia 10, no 24.º Torneio Cidade de Estarreja, disputado nas Piscinas Municipais locais. Em comunicado, o emblema lamacense refere que “todos os atletas tiveram uma excelente prestação” ao classificarem-se, sempre, nos primeiros cinco lugares, destacando ainda os “recordes pessoais alcançados por Maria Queirós (100m costas), Ricardo Mendes (200m estilos) e Manuel Oliveira (50m livres).
ATLETISMO A atleta do Feirense, Alexandra Canedo, arrecadou o terceiro lugar nos 3000 metros no Olímpico Jovem Nacional, prova realizada em Braga, durante os dias 9 e 10, destinado a Iniciados e Juvenis. Do clube fogaceiro, Margarida Oliveira foi 14.ª nos 1000m; Sofia Fernandes 8.ª nos 1500m obstáculos; Catarina Sá 14.ª no Lançamento do Dardo; Ana Correia 7.ª nos 2000m obstáculos; Francisco Reis 8.º nos 1500m obstáculos; e Nuno Alves, 11.º nos 800m.
CLASSIFICAÇÕES
16 atletas no Torneio ANNP
O Colégio de Lamas esteve ainda, durante 9 e 10 com o escalão de Infantis, no Torneio ANNP que decorreu na Piscina da Campanhã com os seguintes atletas: Ana Rocha, Ana Santos, Alexandre Gonçalves, Bruna Rodrigues, Carolina Fontes, Clara Santos, Cristina Gonçalves, Diogo Ferreira, Gonçalo Alves, Gustavo Oliveira, Mafalda Tavares, Mariana Fernandes, Nicole Silva, Pedro Gama, Roberto Freitas e vasco Ribeiro.
LIGA DE FUTEBOL POPULAR DO MUNICÍPIO DE OVAR
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.
Resultados - 26.ª e Últim a Jornada U. C. Cruzeiro 1 3 Sanguedo CVPT F. C. JotaEm e 2 2 Padrão F. C. União da Mata 6 1 Cadinha F. C. Vendas de Baixo 1 1 M. Móveis GDJ Pedroso 4 2 GD Fajões ADR Quintas 0 3 STOP F. C. Folga Canários Classificação P J V E D GM - GS União da Mata 61 24 19 4 1 68 - 14 Canários 48 24 15 3 6 42 - 25 GDJ Pedroso 48 24 15 3 6 64 - 28 STOP F. C. 46 24 15 1 8 53 - 39 Sanguedo CVPT 44 24 12 8 4 54 - 28 M. Móveis 42 24 12 6 6 63 - 28 GD Fajões 37 24 11 4 9 34 - 24 F. C. JotaEm e 28 24 7 7 10 40 - 52 U. C. Cruzeiro 22 23 6 4 13 30 - 47 Cadinha F. C. 18 24 4 6 14 28 - 60 Vendas de Baixo 17 24 3 8 13 30 - 51 Padrão F. C. 15 24 4 3 17 37 - 81 ADR Quintas 12 23 3 3 17 26 - 90 O União da Mata sagrou-se Cam peão
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DIVERSOS
POSTOS DE VENDA ESpInhO Papelaria Atlântico Norte (Centro) Papelaria Bessa CORtEgaça Papelaria Miranda SãO paIO DE OlEIROS Papelaria Papelópia Padaria da Quebrada pa ç O S D E B R a n DãO Papelaria Letra Legível e Esmoriz Papelaria Menezes Papelaria A. Santos RIO MEãO Café Zé das Micas Quiosque Santo António Café Ponto de Encontro SãO JOãO DE VER Bombas REPSOL Quiosque Suil Park Quiosque São Bento Casa Silva Quiosque dos 17 Caldas de São Jorge Café São Jorge FIãES Café Avenida Bombas GALP Papelaria Coelho Casa Gama II lOuROSa Quiosque Pimok Quiosque da Igreja Papelaria Europa Bombas CEPSA / ELF C+S Feira dos Dez Padaria/Pastelaria Caracas II Tabacaria Piscinas de Lourosa A. M. Informática S. M. laMaS Café–Restaurante Parque Café do Zinho Corks e Manias (INTERMARCHÉ) Carnicópias Bombas REPSOL MOzElOS Quiosque Santa Luzia Café do Murado aRgOnCIlhE Quiosque da Igreja Pereira & Avelar VERgaDa Café Vergada MOzElOS Casa Danibruno SanguEDO Café Melo Café Danúbio A. M. Informática lOBãO Padaria Jardim 2 Papelaria Liperlás Casa Gama Café Grilo guISanDE Bombas BP
Agradecimento e Missa de 7.º Dia
gIãO Bombas FIAVERDE CanEDO Kiosque INTERMARCHÉ L ivra r i a / Pa p e l a r ia GIFT Café Suldouro lOuREDO Bombas de Louredo ROMaRIz Quiosque de Romariz MIlhEIRóS DE pOIaRES Papelaria ABC Papelaria Milheiroense aRRIFana Kiosque INTERMARCHÉ Quiosque Hábitos Padaria Seara Café Zubel Bombas BP Bombas PETROVAZ Palavras e Cigarros (Pingo Doce) ESCapãES Bazar Marlú Café Afri-Bar SanFInS Café Primavera FORnOS Café Andrade Café Angélica Papeçaria Nova Ideia MOStEIRô Padaria Espaço Doce SOutO Papelaria Brandão Bombas GALP Casa Guidita tRaVanCa Padaria do Troncal S. M. FEIRa Papelaria Vício das Letras Palavras e Cigarros (FEIRA NOVA) T. P. C. Quiosque do Tribunal Quiosque do Rossio Quiosque/Bazar Nova Cruz Kiosque E’LECLERC Bombas REPSOL Supermercado Passerelle S. JOãO Da MaDEIRa Bombas GALP Bombas REPSOL - Z. I. Travessas Bombas Petro Zona Banco da Sorte Bombas BP Bombas REPSOL Tabacaria Nina Agência de Jornais Ferreira Tabacaria Glória Papelaria Lusíada Tabacaria Santa Maria Quisoque das Piscinas Rocha Press Center ESpaRgO Bombas GALP
AVISO Arraial de S. João - Mosteirô
Helena Maria Sá Portela, Vereadora do Pelouro de Administração e Finanças do Município de Santa Maria da Feira: Nos termos do nº 1 do artigo 12º do Decreto – Regulamentar n.º 2-A/2005, de 24 de Março, que regula a “utilização das vias públicas para a realização de atividades de carácter desportivo, festivo ou outras que possam afetar o trânsito normal”, faço saber que nos dias 23 e 24 junho de 2018, Cátia Alexandra Miranda Oliveira, vai levar a cabo a realização da iniciativa em referência, que implicará o corte/ condicionamento do trânsito, nos dias 23 e 24 de junho de 2018, no Beco da Pedreira, freguesia de Mosteirô, deste concelho de Santa Maria da Feira. O presente aviso é feito para conhecimento público dos condicionamentos ou suspensão do trânsito inerentes à realização de atividades que utilizem vias públicas. Santa Maria da Feira, 16 de Junho de 2018 A Vereadora do Pelouro de Administração e Finanças; Helena Portela, Dr.ª “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6063 de 18/06/2018
Tribunal Judicial da Comarca de Aveiro
Juízo Local Cível de Santa Maria da Feira - Juiz 1 ANÚNCIO Processo: 2162/18.1T8VFR Interdição/Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Ana Lúcia Neves Ferreira Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Ana Lúcia Neves Ferreira, com residência na Rua do Salgueiro, n.º 144, 4525-496 Vila Maior, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. Referência: 102636991 Data: 13-06-2018 O Juíz de Direito, Dr(a). Nuno Fernando Sá Couto Martins da Cunha O Oficial de Justiça, Ana Soares “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6063 de 18/06/2018
Tribunal Judicial da Comarca de Aveiro
Juízo Local Cível de Santa Maria da Feira - Juiz 1 ANÚNCIO Processo: 2175/18.3T8VFR Interdição/Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Silvia Cristina Cardoso de Oliveira Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Silvia Cristina Cardoso de Oliveira, com residência na Rua Visconde de Santa Maria, 4.º Andar, Arrifana, 4520-000 Santa Maria da Feira, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. Referência: 102636436 Data: 13-06-2018 O Juíz de Direito, Dr(a). Nuno Fernando Sá Couto Martins da Cunha O Oficial de Justiça, Ana Soares “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6063 de 18/06/2018
Manuel Soares Gomes 96 Anos
Casado com Maria da Conceição de Jesus Silva Residia na Rua de Milheirós, n.º 90 MILHEIRÓS DE POIARES
Sua Esposa, Filhos, Nora, Netos, Bisnetos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 17 de Junho na Igreja Matriz de Milheirós de Poiares seguindo para o cemitério local onde foi sepultado. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza sábado, dia 23 de Junho, pelas 17h, na Igreja Matriz de Milheirós de Poiares.
ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
Agradecimento e Missa de 7.º Dia
Gabriel Soares Ferreira 78 Anos
Casado com Carlinda Vieira Leite Residia na Rua José Soares da Silva, n.º 6, 1.º Esq. SÃO JOÃO DA MADEIRA
Sua Esposa, Filhos, Noras, Netos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 16 de Junho na Capela Mortuária do Cemitério n.º 3 de São João da Madeira onde foi cremado. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza quarta-feira, dia 20 de Junho, pelas 19h, na Igreja Matriz de São João da Madeira.
ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
Agradecimento
Dorinda Gonçalves dos Santos 91 Anos
Viúva de Manuel Augusto Guedes Residia no Lugar de Estoze, n.º 565 GUISANDE
Sua Filha, Genro, Netos, Bisnetos e demais Família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte das cerimónias fúnebres, ou que de outra forma se lhes associaram na dor no funeral que se realizou no dia 12 de Junho, na Igreja Matriz de Guisande seguindo para o cemitério local onde foi sepultada. ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com
ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68, 3700-732 Milheirós de Poiares Tlf./Fax: 256 811 124 | Tlm.: 968 685 709 / 965 815 114 E-mail: agencia.funeraria.ag@hotmail.com
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REPORTAGEM
Mas que Basquei que prá’qui vai the Dirty coal train
Fugly
whales
First breath aFter coma
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REPORTAGEM
iral
Os Jardins do parque de santa Maria de lamas receberam o Basqueiral, festival de música urbana em espaço aberto, entre os dias 15 e 16, e que está integrado na programação da v Capital da Cultura do eixo atlântico. O objetivo da organização foi apresentar, a visitantes e ouvintes, “uma seleção ousada de projetos musicais emergentes em detrimento da cultura pop e mainstream”. Texto Marcelo Brito Fotos Pedro Almeida
STOne deAd LAMAS Foram 15 as bandas presentes na edição de 2018 do Basqueiral, realizado nos Jardins do parque de lamas. eletrónica, rock, indie, punk, Metal, Músicas do Mundo e Hip-Hop fizeram-se acompanhar pelas artes Cénicas. O Gajo, nome artístico do lisboeta João Morais que faz-se acompanhar pela viola campaniça nos seus concertos acústicos, abriu as hostilidades, na sexta-feira, no palco igreja. De seguida, as atenções viraram-se para o palco Museu que recebeu The Dirty Coal Train, banda que já promove a sua discografia pela europa e américa do sul. em lamas, promoveu o ‘portuguese Freakshow’. um dos vocalistas intrometeu-se entre o público e a empatia foi tal que acabou o concerto no meio da multidão. Já depois do sol envergonhar-se e as estrelas ganharem protagonismo, atuaram os Fugly, vindos do porto. Continuam a emergir no cenário nacional e já marcaram presença em festivais como vodafone Mexefest, NOs em D’Bandada e indie Music Fest. a noite seguiu ao som de Ângela polícia, nome que trouxe o Hip-Hop ao festival, mas que continua a emitir pluralidade com referências ao punk e à eletrónica. a interação foi predominante e, entre os espectadores, uma rapariga teve direito a ajudar a banda a terminar a atuação. 10 000 russos e scúru Fitchádu fecharam o dia. Os primeiros, do Norte do país e com grande parte da carreira feita no estrangeiro, levaram ao palco um som agressivo que fez-se acompanhar de imagens. um espetáculo audiovisual com guitarra, baixo e bateria. Os segundos apresentaram Músicas do Mundo. Já estiveram em festivais como NOs alive e reproduziram sonoridades diferentes que vão desde Tom Waits a The prodigy.
No sábado, mais tempo de festival e mais bandas e produções artísticas, iniciadas com um espetáculo itinerante pela batuta de ritmare, um grupo de percussão criado em 2005 e atualmente composto por 45 elementos provenientes do Colégio de lamas. OG’ – também conhecido como armando almeida, rapper de 18 anos nascido na Feira – e skars – banda que aglomerou elementos de projetos musicais como Morg, Hellsblood e The Gravediggers – tocaram até ao pôr-do-sol. Whales, que em 2016 foram os Novos Talentos Fnac e que conquistaram o Festival Termómetro, deram início à noite, apresentando uma mistura de eletrónica com rock. apesar do concerto acontecer à tradicional hora para jantar, valeu a pena deixar o estômago vazio por alguns instantes. infelizmente, os problemas técnicos ditaram o término da atuação mais cedo do que previsto. seguiu-se iguana Garcia, destacando-se pela grande presença em palco e uma completa mistura de sonoridades que projetou os espectadores para o meio de uma selva, até entrar em cena First Breath after Coma, um dos nomes mais aguardados. e porquê? em 2017, o quinteto de leiria viu Drifter ser nomeado para álbum do ano pela independent Music Companies association ao lado de nomes como… radiohead. É caso para dizer, ‘partiram a louça toda’. O rapper l-ali, que já participou em colaborações com profJam e Mike el Nite, dois nomes cimentados do Hip-Hop e Trap nacional, manteve o Basqueiral ativo no palco Museu, até chegar a hora do quarteto stone Dead reproduzir parte da sua discografia de rock, com destaque para as faixas do álbum Good Boys, que fez o público vibrar.
para encerrar mais uma edição do Basqueiral, a organização apostou as fichas em Killimanjaro, cujo reportório engloba, maioritariamente, o Heavy rock. Muitos são os comentários afetos à banda de Barcelos que em 2018 regressou aos estúdios e que promete igualar-se no panorama musical português a nomes como Capitão Fausto ou linda Martini. ao som de December, uma das faixas mais conhecidas, os visitantes do Basqueiral uniram-se e cantaram numa só voz. O cover de ace of spades, de Motorhead, foi um dos momentos altos da noite.
Fontes dos Desejos foram as instalações da competência da Companhia persona. rancho, Torreão, Crossed e refracted foram as do Colégio de lamas. *O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico
Basqueirart, Busqueiral e Basqueiral Júnior
a organização não quis ouvir desculpas como ‘não posso deixar o puto em casa sozinho’ e decidiu avançar com uma nova iniciativa. ao encargo do serviço educativo do Museu de santa Maria de lamas, esteve o Basqueiral Júnior no qual foram dinamizadas atividades lúdicas e pedagógicas com o objetivo de apurar sentidos e estimular a criatividade. Fizeram-se pinturas faciais, construíram-se instrumentos musicais reciclados e pintaramse desenhos que posteriormente foram integrados no estendal, área expositiva no Museu. O festival contou também com o Busqueiral, serviço de transporte gratuito desde o centro de santa Maria da Feira até às portas do Basqueiral, com paragens intermédias em s. João de ver. Durante sexta e sábado, o Museu e o parque de lamas receberam o Basqueirart, da Companhia persona, que contou com a colaboração do Colégio lamacense. O piano Fantasma, Murmúrios e Kuskisses, Música na ponta dos Dedos, as Marcas da Cortiça, as almas do purgatório e as
killiMAnjArO
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ÚLTIMA
Viagem Medieval
NOVA ROTA CRIATIVA quER PROMOVER ARTESãOS A Associação de Desenvolvimento Regional Integrado das Terras de Santa Maria, Isvouga/ Fundação Terras de Santa Maria e Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria uniram esforços e apresentam, na próxima quintafeira, o projecto ‘Rota Criativa’, cujo objectivo é a criação de uma rede integrada de centros de incubação para artesãos, de modo a promover as artes e ofícios tradicionais e regionais dos concelhos de Valongo, Gondo-
mar, Vila Nova de Gaia, Espinho, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis. A apresentação tem início às 21h00 na Galeria Tomás da Costa, em Oliveira de Azeméis, sendo gratuita mas exigindo inscrição prévia até amanhã. A Rota Criativa é um projecto de qualificação financiado ao abrigo do Norte 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, que tem como metas: criar Centros de Ofícios Tradicionais enquanto mecanismos de dina-
mização das artes tradicionais; dinamizar actividades de promoção e sensibilização das artes tradicionais; e promover práticas de cooperação. Algumas das acções consistirão em workshops de técnicas e ofícios tradicionais abertos ao público; workshops de design de produto, modelo de negócio; marketing, entre outros; guia e site da Rota Criativa; divulgação junto dos agentes turísticos da oferta de produtos regionais e promoção da Rota e respectivos produtos em feiras e certames.
Pulseira inspirada no amor de Pedro e Inês FEIRA O trágico amor de Pedro e Inês serviu de mote para a pulseira da Viagem Medieval edição 2018. Mais do que um passaporte de acesso, diz a Autarquia, em comunicado, a pulseira é já considerada por muitos objecto de colecção. Para assinalar o reinado de D. Pedro I, tem inscrita uma frase sua para a eterna amada: ‘No dia em que eu for Rei, tu serás a minha Rainha’. A fase de pré-venda da pulseira já abriu, até dia 15 de Julho, com o mesmo custo do ano passado: 6€. A partir dessa data e até 31 de Julho, terá o custo de 7 euros. Durante o evento, sobe para 8 euros. Os bilhetes diários variam consoante os dias: 2,50 (segunda a quinta-feira), 3,50 (sextas-feiras e domingo) e 4,50 (sábados). A Viagem Medieval em Terra de Santa Maria é organizada pela Câmara Municipal, Feira Viva e Fecofeira e decorre entre 1 e 12 de Agosto no centro histórico feirense.
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