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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Ano CXXII

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

25 Junho 2018

Nº 6064

€0,80 (iva inc.)

Prémios Gazeta 2017 Ganhámos lugar na história da Comunicação Social Nacional e Regional

CORREIO DA FEIRA DISTINGUIDO COM O MAIOR PRÉMIO NACIONAL pág. 02 PARA O SECTOR Júri destacou pluralidade informativa e promoção dos valores regionais

RIO MEÃO

pág. 06

Fecho do balcão da CGD motiva manifestação popular e críticas de Mário Jorge a Emídio Sousa GRANDE ENTREVISTA CÉSAR COSTA

GRUPO GÓLGOTA MOSTRA A NOVA SEDE

O responsável do grupo fala dos projectos em mãos e da sede que já está em construção.

REUNIÃO DE CÂMARA

pág. 12

pág. 08

Medidas de combate ao desperdício em análise e propostas socialistas para os animais rejeitadas ENTREVISTA

pág. 15

Ricardo Maia, técnico do S. João de Ver, abriu as portas do seu gabinete ao Correio da Feira para explicar como trabalha o Treinador do Ano


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DISTINÇÃO

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO Jorge de Andrade Paulo Fonseca Administração

A Administração do Jornal Correio da Feira agradece ao Clube de Jornalistas o prémio atribuído a este semanário regional. No momento que atravessamos, em que nos

são colocadas tantas dificuldades com o único objectivo de“amordaçar”o jornal,esta distinção renova as nossas energias e a convicção de que os factos demonstram que foi e é acertada

a nossa aposta num o órgão de comunicação social pluralista e independente. Ao Director Orlando Macedo, à Daniela, Marcelo, Nelson, ao Pedro, à Carla, Zé Car-

los e Albino, pela sua dedicação ao Correio da Feira e entrega à arte de Informar, a todos queremos dedicar este Prémio. Bem Hajam

Prémios Gazeta de Imprensa 2017

CORREIO DA FEIRA DISTINGUIDO Fundado a 8 de Novembro de 1983, o Clube de Jornalistas é a maior associação portuguesa de jornalistas não mutualista nem sindical. Liderada pelo carismático Mário Zambujal, a instituição regista cerca de sete centenas de nomes associados, oriundo dos mais diversos órgãos de informação, de todo o país. Os Prémios Gazeta de Jornalismo, instituídos pelo Clube de Jornalistas-Press Club, evocam, na sua designação, o primeiro jornal português, a “Gazeta”, cuja publicação se iniciou em 1641. Trata-se do mais alto conjunto de galardões atribuídos no panorama jornalístico nacional, assente em critérios puramente jornalísticos,

analíticos dos tratamento e apresentação de conteúdos de informação. Instituído em 2007, até 2010 o Prémio focava exclusivamente os parâmetros ‘Grande Prémio Gazeta’ (melhor trabalho jornalístico, do ano); ‘Prémio Gazeta Revelação’(reconhecimento de valores emergentes do jornalismo nacional); ‘Prémio Gazeta de Imprensa Regional’ (desta-

que dos melhores projectos nacionais de informação regional); e ‘Prémio Gazeta de Mérito’ (reconhecimento de percursos marcantes de profissionais da Comunicação Social). A partir da edição de 2012, o leque de distinções foi alargado, passando a abranger, igualmente, outras especificidades da actividade jornalística.

Comunicado do Clube de Jornalistas Atribuídos os Prémios GAZETA 2017 O Júri dos Prémios Gazeta 2017, os mais prestigiados do Jornalismo português, iniciativa anual do Clube de Jornalistas, com o Patrocínio do Santander Totta e da Galp Energia, deliberou atribuir, após análise dos trabalhos concorrentes, os seguintes galardões:

ativistas, investigadores e artistas.

sobre as cheias de 1967, publicada na revista P2. O trabalho associa o registo histórico ao depoimento de sobreviventes, sendo a componente fotográfica atual da autoria do fotojornalista Rui Gaudêncio. Os artigos foram divulgados na edição impressa e online a 12 de novembro de 2017.

Prémio Gazeta de Mérito – Luís Filipe Costa, jornalista, radialista e realizador de televisão, nascido em 1936, a quem se deve uma verdadeira revolução no panorama radiofónico quando, na década de 1960, chefiou a redação do extinto Rádio Clube Português. O premiado, um dos profissionais de rádio que deu voz a comunicados do MFA, a 25 de Abril de 1974, viria a consolidar a carreira na RTP. Gazeta de Fotografia – Adriano Miranda (Público), pela fotografia publicada na primeira página do Público de 16 de outubro de 2017. Símbolo da tragédia dos incêndios, que por isso ajudou à onda de solidariedade nacional para com as vítimas, a imagem de Manuel Francisco, foi captada em Covelo, concelho de Tábua, precisamente no dia em que festejava 82 anos. Gazeta de Imprensa – Joana Gorjão Henriques (Público) viu distinguida a primeira de uma série de seis reportagens, sob o título genérico “Racismo à portuguesa”, dedicada à Justiça. O trabalho, publicado entre agosto e outubro de 2017, implicou a realização de entrevistas a cerca de 50 pessoas, entre procuradores, advogados, professores,

Gazeta de Multimédia – atribuído a João Santos Duarte e Tiago Miranda (Expresso) pelo trabalho “Estamos aqui para formar animais de combate”, reportagem sobre os “comandos”, divulgada um ano após a morte de dois jovens militares, na chamada “prova zero”. Longa viagem ao interior do curso 127, demorou oito meses a concretizar. Gazeta de Rádio – Cláudia Arsénio (TSF) foi reconhecida pela reportagem “Tão longe, tão perto”, com sonoplastia de Miguel Silva, emitida em 23 de novembro de 2017. Meio século após as cheias que assolaram a região de Lisboa, cruza testemunhos de sobreviventes com depoimentos de antigos bombeiros, estudantes e jornalistas que acompanharam uma tragédia de mais de 700 mortes e cuja dimensão a ditadura tentou abafar através da Censura. Gazeta de Televisão – Pedro Coelho (SIC) venceu, com “Assalto ao castelo”, série de três reportagens emitidas pela SIC entre 1 e 3 de março de 2017, que escrutina a atuação do Banco de Portugal no caso da queda do BES. O trabalho, em que se envolveram também os repórteres de imagem José Silva e Luís Pinto e o editor de imagem Rui Berton, apresenta documentos inéditos que colocam em causa o papel do BP no maior escândalo financeiro da democracia portuguesa. Gazeta Revelação – Margarida David Cardoso (Público) ganhou o prémio pela reportagem “A noite do fim do mundo”,

Gazeta de Imprensa Regional – O júri distinguiu o “Correio da Feira”, semanário regionalista de Santa Maria da Feira, que no ano passado comemorou o 120.º aniversário. Propriedade da empresa Efeito Mensagem, Lda., o jornal é dirigido por Orlando Macedo. Preza a pluralidade da abordagem noticiosa, sem abdicar da defesa e promoção dos valores regionais. O Júri dos Prémios Gazeta 2017 teve a seguinte composição: Eugénio Alves (CJ), Cesário Borga (CJ), Eva Henningsen (Associação de Imprensa Estrangeira em Portugal), Fernanda Bizarro (Freelancer), Fernando Correia (jornalista e professor universitário), Elizabete Caramelo (professora universitária), Fernando Cascais (professor universitário e formador do CENJOR), Jorge Leitão Ramos (crítico de cinema e televisão), José Rebelo (professor jubilado do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa) e Paulo Martins (jornalista e professor universitário). A Gala para entrega dos premiados ainda não tem mas irá realizar-se no tono, com a presença do República.

galardões aos data marcada, início do OuPresidente da

A ‘PEDRA-NO-SAPATO’ [Correio da Feira] Preza a pluralidade da abordagem noticiosa, sem abdicar da defesa e promoção dos valores regionais. (in ‘Comunicado do Júri de Prémios Gazeta 2017’) Orlando Macedo Director

E aqui está, como numa simples frase se contém tanto do que somos. E nos distingue. Mais; que, vinda de quem (e de aonde) vem, se reveste de um signi-

ficado ímpar. Mas, sinceramente, ganhar o Prémio Gazeta | Imprensa Regional, a mim (a quem resta cada vez menos tempo e disponibi-

lidade para imodéstias) afigura-se como corolário de um trabalho sério, profissional e persistente. Persistente, porque – ainda que o galardão reporte exclusi-

vamente ao desempenho informativo do Correio da Feira no ano transacto – não é possível dissociá-lo do projecto conceptual, que há pouco mais de meia-dúzia


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de anos resgatou o título da situação de confrangedora dependência política, para se alcandorar à posição actual, em que se assume como único garante da tal “pluralidade da abordagem noticiosa”, no concelho da Feira. Chegar aqui, só foi possível, em primeiro lugar, porque tem havido uma Administração que soube assumir a responsabilidade de devolver ao título o brilho que merece, não se poupando a esforços para sustentar o projecto. Algo que a sociedade feirense, no seu todo, deveria reconhecer e acarinhar, até no seu próprio interesse. Depois,

porque, graças a tal apoio, se conseguiu harmonizar e consolidar um conjunto de competências pessoais – entre Direcção, Redacção e, até, serviços de apoio – que redundaram, agora, no reconhecimento da excelência do projecto (este, ainda e sempre em constante evolução, como o futuro há-de demonstrar). Mas – e digo-o por alerta – se hoje o Correio da Feira se define como marco da Imprensa Regional, reservando lugar entre os melhores do país, deve-se a um esforço conjunto, em que, lamentavelmente, não se inscreve o reconhecimento da Administração Local, que – parado-

Daniela Castro Soares Jornalista

Uma surpresa, confesso, a chegada deste Prémio. Em cinco anos, vi o jornal sofrer várias transformações e actualizar-se, cada vez mais, de acordo com os tempos vigentes. Vi novas secções serem criadas, novos limites testados e vi alguns dos nossos concorrentes a tomarem-nos o exemplo. Não esperava, contudo, que este esforço captasse a atenção das mais altas instâncias do jornalismo e quando recebi a notícia… o orgulho foi inevitável. Não é que um Prémio venha mudar a forma de trabalhar ou nos dê algum tipo de ajuda nos desafios que enfrentamos no dia-a-dia, mas é bom saber que, de entre todos os jornais regionais do país que se candidataram, foi o nosso o escolhido para Prémio Gazeta Imprensa Regional 2017. Parabéns equipa, parabéns CF!

xalmente – tem vindo a dar mostras de desconforto com a crescente importância do nosso título de informação. E é nesse sentido que, na vertente unívoca e pessoal, assumo a fundada convicção de que, este êxito, para além da constatação, óbvia, de que em nada se deve à autarquia, acontece, apesar dela... Mais; esta distinção surge como espécie de ‘pedra no sapato’ dos que – justamente, num momento em que se evidenciam acções concertadas – tudo fazem para tentar abater-nos, silenciar, ou, tão só, moderar-nos a voz. Vão ter de arranjar paciência… E continuar a investir em

quem aceita baixar a cerviz. Em 2018, mais de 121 anos depois de ter nascido, o Correio da Feira alcança um patamar inédito, num momento em que também aqui deixo a minha marca. Indelével. Hão-de perdoar-me, espero, o assomo de orgulho… (Nota Final: Há mais de 120 Anos que o Correio da Feira assume a sua quotaparte na defesa dos interesses das Pessoas e Instituições do grande concelho de Santa Maria da Feira. Outros, assumam a sua…)

Pedro Almeida Design e Paginação

A distinção do Jornal Correio da Feira pelo Clube de Jornalistas para mim foi uma boa surpresa, principalmente por haver tantos Jornais regionais no país e termos sido nós os vencedores do Prémio Gazeta de Imprensa Regional. É muito gratificante olharmos para trás e vermos o que crescemos como meio de comunicação, a modernização que foi feita e em que continuamos a apostar. Para mim, é com orgulho que verifico que tudo isso é agora é valorizado a nível nacional. Estamos todos de parabéns.

José Carlos Macedo Comercial

Marcelo Brito Jornalista

Segundo prémio amealhado desde que integro a equipa do Correio da Feira. A Associação de Futebol de Aveiro distinguiu-nos pelo trabalho da secção de Desporto e agora o Clube de Jornalistas atribuiu-nos um honroso Prémio Gazeta. Imodéstia, ou não, conseguir um destes com tão poucos anos de carreira, é lisonjeador. É bom contribuir e fazer parte do melhor jornal regional português de 2017.

Este prémio nacional Gazeta Imprensa Regional é uma excelente notícia, um enorme incentivo para quem trabalha diariamente para manter um semanário como o Correio da Feira, centenário, a funcionar com informação de qualidade e isenção. É também, claramente, um balde de água fria para muita gente que desvaloriza o que aqui fazemos, será um nem me aquece nem me arrefece para alguns que não conseguem ver para lá do seu umbigo. Outros dirão que é tudo a mesma coisa. Pois não é! Este prémio nacional é tão só um galardão que se estende ao seu fundador e posteriores responsáveis mas muito também ao comum cidadão leitor, sobretudo aos feirenses.

Carla Silva Administrativa

Parabéns Jornal Correio da Feira! Parabéns a toda a equipa pelo seu empenho e dedicação. Obrigado a todos os leitores, assinantes e parceiros por estarem connosco e acreditarem em nós. Nélson Costa Jornalista

Orgulho e responsabilidade são as palavras que encontro para melhor expressar as sensações vividas depois de conhecida a atribuição do Prémio Gazeta 2017 – Imprensa Regional. Depois de reconhecidos pela AFA, há três anos, na I Gala do Futebol Aveirense, pelo trabalho realizado em torno do desporto, chega-nos o maior prémio do sector, atribuído pelo Clube de Jornalistas, presidido por Mário Zambujal, umas das referências nacionais no jornalismo e literatura. É certamente motivo suficiente para nos sentirmos felizes, de acreditarmos que estamos no caminho certo e que valem a pena todos os sacrifícios (extensíveis a maioria das redacções, diga-se). Esperemos que também os feirenses reconheçam o nosso trabalho, pois é para eles e por eles que trabalhamos. Mas, como referi, o Prémio Gazeta 2017 – Imprensa Regional é também motivo de (ainda) maior responsabilidade. Queremos fazer melhor, sem nunca abdicar dos princípios de isenção/imparcialidade que norteiam. É um orgulho fazer parte da equipa do Correio da Feira, o melhor jornal regional do país em 2017.

Albino Santos Fotógrafo

A distinção do Correio da Feira com o Prémio Gazeta Imprensa Regional, o maior para a Comunicação Social Regional, foi uma boa e merecida notícia para este Jornal. É uma honra pertencer a esta equipa e trabalhar naquele que é reconhecido como sendo o melhor jornal regional. Espero que este prémio faça com que os leitores Feirenses dêem mais valor ao trabalho que semanalmente executamos, para lhes proporcionar uma informação isenta e credível. Parabéns a todos.


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OPINIÃO

DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR DO NOSSO CONCELHO É “IGNORADA” António Cardoso Membro da Comissão Política Concelhia e Distrital do Partido Socialista

NÃO BAIXAR OS BRAÇOS O nosso país tem manifestado, e bem, grandes preocupações sobre a desertificação do seu interior. Desde o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que recentemente afirmou que este é o momento para resolver as assimetrias existentes no território nacional, adiantando que: “Se não formos capazes, perdemos uma oportunidade histórica e condenamos alguns ‘portugáis’ a serem muito ignorados, muito esquecidos, muito menosprezados e isso significa que falhámos como país”. Nesse sentido, no combate à desertificação do interior, no final do ano passado, foi criado um Movimento Pelo Interior, com o objetivo de apresentar um conjunto de medidas que visam corrigir os desequilíbrios territoriais do país, tendo em vista a coesão territorial. Este movimento mereceu largos elogios de Marcelo Rebelo de Sousa, que considerou este exemplo prova que o país está unido no combate à desertificação do interior. Para o governo trata-se de um desígnio Nacional. Por outro lado, Carlos Carvalhas considera que “são declarações simpáticas, a ideia é evidenciar um desejo, alimentar esperanças,

mas lamenta dizer que estas declarações são demagógicas” e acusa o PSD, tal como o PS, por ser responsável pelo encerramento dos serviços públicos”, desde os balcões da EDP, passando pelos CTT e chegando às Agências da Caixa Geral de Depósitos… Realça ainda que esta “não é só uma questão de solidariedade, é também uma questão de desenvolvimento do país”. Esta apreciação é muito pertinente pelo que deve ser contextualizada na realidade actual. Este desígnio nacional tem dimensão local a nível concelhio, onde no seu interior se luta contra a desertificação. Esta luta deve ser “interterritorial e intergeracional, para que a coesão entre territórios olhe com equidade para as diferentes comunidades locais (lugares e freguesias). É preciso clamar bem alto as “aberrações de gestão do território” que se estão a cometer. Os cidadãos dessas comunidades não podem continuar adormecidos. Haverá alguém preocupado com a quebra de demografia nas freguesias do interior como Vale, Louredo, Guisande, Pigeiros, onde são encerrados Jardins de Infância, Escolas Primárias por falta de crianças? Pergunta-se que medidas estão previstas

para combater este flagelo? Passivamente, os Feirenses assistem ao encerramento de Serviços, extinção de freguesias, abandono dos campos e da floresta, quando sabem que não é esse o caminho que devem seguir. O interior do nosso Concelho está a morrer lentamente! As pessoas estão a fugir para o litoral, pois sentem-se abandonadas… Mas que ninguém se esqueça que os efeitos dessa desertificação vão chegar ao litoral. Exemplos recentes deixaram marcas inesquecíveis na vida de todos nós. É preciso despertar/estimular as gerações mais jovens, com mais vida pela frente, a desenvolver essas comunidades locais. É urgente criar condições de atratividade e de fixação a esses territórios e não ficar como um mero exercício de retórica de ocasião. Só atribuindo mais autonomia para populações, como a reposição de Freguesias extintas, o apoio à criação de Associações de Desenvolvimento de âmbito Local para o Desporto, Cultura, Ambiente, Tempos Livres, etc. é que se dinamiza as freguesias periféricas do interior do Concelho. É muito perigoso ignorar esta realidade cujo

descontentamento pode ser aproveitado de forma negativa por Movimentos Locais que procuram resposta fora do nosso Concelho!... Os responsáveis pela condução dos destinos do nosso Município têm que estar mais atentos e encontrar respostas de combate à desertificação sentida nos territórios periféricos e interiores do nosso Concelho. A última Reorganização do Território no nosso Concelho tem que ser urgentemente corrigida. Na maioria das freguesias agregadas, os resultados foram desastrosos e os responsáveis pelos destinos do nosso Concelho não podem assobiar para o lado ignorando o descontentamento manifestado pelas respectivas populações. Ao fazê-lo, estão a pôr em causa a coesão municipal. O Presidente da República agiu depois de ouvir o País. O nosso Presidente de Câmara, não pode continuar autista. Tem que ouvir os sinais dos cidadãos do seu Concelho e agir na defesa da sua integridade territorial, sob pena de deixar: algumas ‘terreolas’ a serem muito ignoradas, muito esquecidas, muito menosprezadas e isso significa que a Feira falhou como Concelho”.

TENTATIVA DE DESCENTRALIZAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR? Diogo Fernandes Sousa Gabinete de Comunicação do CDS Feira

Antes de podermos começar efetivamente a abordar o tema em causa, importa saber o que é a descentralização, ou seja o ato de dar certos poderes às coletividades locais, ou de dispersar por todo o país administrações, indústrias, organismos, que se encontravam reunidos num mesmo lugar. Nesse sentido, em grande parte das vertentes que se poderia falar, tal como naquela que vamos falar, ou seja no ensino superior, grande parte da oferta nacional (49% das vagas de todo o ensino superior em 2016/2017) está concentrada na bicefalia urbana nacional, Lisboa e Porto, por contraste com os restantes 51% das vagas que abrangem todo o restante território, e onde se inclui por exemplo as universidades do Minho e Coimbra. A medida do Governo passa pelo corte de 1100 vagas no ensino superior concentrado em Lisboa e Porto, ao nível das instituições públicas, como são as universidades de Lisboa, Nova de Lisboa e do Porto, alargando esse mesmo número de vagas em instituições do restante território nacional. Ou seja, a medida não vai implicar uma perda de vagas no acesso ao ensino

superior, mas sim uma perda de vagas a três das instituições mais concorridas, e com melhor colocação nos rankings, do ensino superior público português. Naturalmente que isto causa o desagrado dos estudantes do ensino secundário que se pretendem candidatar, pois uma universidade alternativa àquela que eles pretendiam entre estas três irá se traduzir numa maior dificuldade à posteriori na procura de emprego pós-licenciatura. Deste modo, falamos efetivamente de uma primeira tentativa de descentralização do ensino superior, com um número de vagas moderadamente significativo (1100 em duas localidades que congregam normalmente cerca de 22 mil vagas). Descentralização que vem sendo uma bandeira muito apoiada por vários dos partidos parlamentares, e que deve ocorrer mas apenas se se traduzir numa repartição das vagas pelas instituições do interior do país, como por exemplo a universidade da Beira Interior, geralmente localizadas nas capitais de distrito, pois não é transparente que estas 1100 novas vagas sejam assim distribuídas e podem ficar entregues ao Minho e a Coimbra,

FICHA TÉCNICA

Repórteres Fotográficos:

que são simplesmente as melhores instituições públicas de ensino superior no seguimento das mencionadas em Lisboa e no Porto, e se localizam em cidades também elas já congestionadas. Congestionamento em dois sentidos, primeiro na questão dos alojamentos, uma vez que as residências universitárias não têm capacidade para albergar todos os estudantes, e o número de estudantes deslocados com o ingresso na universidade é muito elevado (nos casos de Lisboa e Porto pelo menos), o que implica retirar residências familiares ou alojamentos locais a estas cidades, algo que simplesmente não vai acontecer enquanto as câmaras mantiverem um fio de dignidade para com os seus cidadãos e o turismo se mantiver em alta. Seguidamente, o congestionamento de indivíduos a circular pelas ruas, nos transportes públicos e nos transportes individuais, algo que é caótico diariamente uma vez que os turistas enchem a rua no chamado passo de desfile para “conhecer a cidade”, os transportes públicos (mesmo na bicefalia nacional) são insuficientes em horas de ponta, e as entradas para as ci-

Pedro Almeida pedro.almeida@correiodafeira.pt

Colaboradores: Alecsander Pereira (Novas Tecnologias) Alberto Soares, Armandino Silva, Armando Neto, Filipe Dias, Filipe Freixo, Jo‹ o Pedro Gomes, Lu’ s Higino, Manuel Silva, Maria Celeste Rato, Paulo Ferreira, Paulo Neto, Roberto Carlos Reis e Serafim Lopes

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Comentadores: Ant— nio Cardoso, Carlos Fontes e JosŽ Pinto da Silva

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dades, e o trânsito no interior da mesma, estão constantemente interrompidas (ao ponto de por exemplo no Porto já se recorrer de novo aos polícias sinaleiros ao invés de manter a atividade normal dos semáforos). Concluindo, devemos ser favoráveis à descentralização (não obstante pertencermos à Área Metropolitana do Porto, e beneficiarmos enquanto cidade dormitório dos constrangimentos que o Porto apresenta à sua população residente) porque está na altura de assumirmos que o país não é apenas Lisboa e Porto, e a sua ocupação territorial é importante para evitar novos casos de aldeias fantasma, como algumas das já existentes no interior do país onde a população residente é nula, contra políticas que se demarcam pela falta de transparência e possam ser meros golpes teatrais para simbolizar descentralização, uma vez que isso provoca na população sentimentos de desconfiança para com a palavra, o que mais tarde se vai traduzir em ações contra as políticas descentralizadoras, traduzindo-se no país plantado à beiramar que já somos atualmente.

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OPINIÃO

COligAçãO ANTiDEMOCráTiCA UNiTáriA Eduardo Couto

Na última Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira,dia 6 de abril,o PSD juntamente com o PS, o CDS-PP e a CDU, aprovou o regulamento do projeto Jovem Autarca. O projeto Jovem Autarca tem bastantes benefícios entre os jovens: promove comportamentos de cidadania ativa na sociedade, apela à participação dos jovens na vida autárquica do Concelho e acorda muitas e muitos jovens para a vida política da sua Autarquia. No mandatado cessante deste projeto,assumia o cargo de 1.ºVereador e ao longo do mandato pelo qual fui eleito, sinalizei alguns pormenores que se melhorados poderiam tornar esta iniciava uma verdadeira eleição democrática e transparente. O regulamento aprovado não proíbe o financiamento público às campanhas eleitorais dos diferentes candidatos. Quando uma entidade pública financia um candidato faz com este não esteja em pé de igualdade com os restantes. O objetivo do projeto não é criar uma rivalidade entre os diferentes candidatos, mas sim

representar de forma neutra todos os jovens do concelho de Santa Maria da Feira.É necessário que conste no regulamento um artigo que proíba expressamente o financiamento de entidades públicas aos diferentes candidatos, pena que apenas o Bloco de Esquerda esteja de acordo comigo. Considero igualmente que todos os candidatos deveriam ter o direito de nomear um representante para cada mesa de voto (a fiscalização por parte dos candidatos a qualquer acto eleitoral está no código genético da democracia).Sendo a Autarquia responsável pela logística tanto de transporte como de refeições de cada representante de cada candidato, assegurando igualmente a justificação de faltas caso este se encontre em período letivo. Só assim pode haver uma efetiva transparência no dia de votações. Para mim, não só os candidatos devem ter representantes nas mesas de voto durante o ato eleitoral, como devem estar presentes, ou representados na contagem final dos votos.No

final deve ser lavrada uma ata,que deve ser afixada em todas as escolas,para que o resultado seja conhecido por todos, em particular pelos eleitores. Atualmente, nada disso acontece, o que fragiliza o processo de eleição do Jovem Autarca. Teria todo o sentido os alunos terem conhecimento do resultado efetivo das votações, mas infelizmente PSD,PS,CDS-PP e CDU aprovaram um regulamento eleitoral que esconde os resultados. Com o regulamento aprovado na última Assembleia Municipal, os candidatos e alunos apenas sabem o resultado dos 3 primeiros cargos, ficando na penumbra os restantes 18 candidatos e seus respetivos votos. Em todos os mandatos Jovem Autarca, as diferentes equipas são criticadas fortemente pela comunidade escolar por não fazerem nada em relação ao Skate Parque. Os jovens sentem-se no direito de manifestarem a sua insatisfação, porém, estes precisam de saber que neste caso concreto a culpa passa pela Câmara Municipal e seus respetivos verea-

dores que nada fazem em relação ao assunto “Skate Parque”. Todavia, os jovens autarcas sinalizam todos os anos esta necessidade ao Presidente da Câmara Municipal.É importantíssimo uma efetiva transparência nestas sinalizações feitas pelos jovens autarcas. No regimento, era oportuno constar:“Sempre que a equipa Jovem Autarca reúna com o Presidente de Câmara ou algum vereador será elaborada uma minuta de ata que será afixada no site da Câmara”. No entanto, o único partido que na passada Assembleia Municipal lutou pela democracia deste projeto foi o Bloco de Esquerda,apresentando várias propostas para democratizar este projecto, que foram rejeitadas. O BE votou contra este regulamento apresentado pela Câmara, que é manifestamente insuficiente. No que depender da “Coligação Antidemocrática Unitária”que se formou na votação do regulamento Jovem Autarca,votando a favor sem contestar,o projeto continuará muito aquém das expectativas de nós, jovens.

Tem sido feito pela Comissão Política Concelhia um acompanhamento aos seus eleitos nas Freguesias dando-lhes sempre completa autonomia. Os membros do CDS das Freguesias têm vindo a marcar posições, como por exemplo: o trabalho em Argoncilhe. O CDS Feira tem visitado desde outubro diferentes Freguesias, contactando as populações para conhecer os seus problemas. Foi organizado, pela primeira vez, um grande colóquio temático, em que foi discutido o Turismo, com a participação de gente conhecedora e experiente na área.

Estivemos com vereadores, expusemos problemas e tomámos nota das políticas camarárias atuais. O CDS Feira está presente todas as semanas nos debates na rádio Clube da Feira e com diversos representantes. Temos marcado agenda. Colocamos notícias nos dois jornais do Concelho e artigos de opinião que reportam os mais diversos assuntos. Trouxemos uma delegação da Direção do CDS e deputados nacionais de visita ao nosso Concelho. Foram visitadas empresas

referência de Santa Maria da Feira. Temos mais militantes, mais congressistas na reunião magna do CDS, mais Conselheiros nacionais, temos pessoas nos órgãos diretivos do partido. resumindo e reforçando para os mais distraídos: Somos voluntários, somos voluntariosos, cometemos erros, mas aprendemos com eles. Principalmente, sendo isto o mais importante, estamos aqui pela Feira, pelos Feirenses e depois pelo CDS. Não estamos por lugares, por fotos, bajulações ou na procura de protagonismos bacocos.

CDS A CrESCEr Daniel João Santos Gabinete de Comunicação do CDS Feira

Tenho ouvido, nestes meses de mandato, que o CDS é um partido sazonal e de uma inércia infinita. Pois vamos a factos: O CDS, na Assembleia Municipal, apresentou até agora um conjunto de moções e recomendações relativos aos bombeiros, às zonas industriais e, pasme-se, relativas a uma matéria que se diz exclusiva de esquerda: o ambiente. Nas Assembleias Municipais, o CDS não foi até agora um partido de “bate palmas”. Apresentou questões pertinentes e que marcam agora a agenda de outros.

Pub.


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POLÍTICA Eleições Paços de brandão

tiago Sousa à frente do Núcleo mais antigo do CDS

Rio Meão e Romariz

NOVOS bALCõES DA CCA COLMAtARãO PERDA DA CGD O presidente da Câmara informou, em comunicado, que “está em negociações avançadas com a Caixa de Crédito Agrícola (CCA) para a abertura de dois balcões desta instituição em Romariz e Rio Meão. Os contactos foram acelerados depois da Câmara da Feira ter sido confrontada com o encerramento de dois balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no Concelho”, adianta, garantindo que desde que teve conhecimento do possível fecho, “encetou de imediato contactos com a CCA. Mais do que palavras vãs, o nosso trabalho são acções que possam servir as populações”, afirma Emídio Sousa. Na passada sexta-feira, os cidadãos de Rio Meão manifestaram-se em peso, no salão nobre da Junta, contra o encerramento da agência na sua freguesia. Como motivos, o facto de ser “a única instituição financeira em Rio Meão”, uma freguesia que “faz parte de um eixo industrial que emprega milhares de trabalhadores” e que “integra o maior pólo industrial do Norte do

país em desenvolvimento – Lusopark – que representará um aumento considerável da população e do universo de clientes da CGD. Não existindo uma agência nas imediações, reforçando que esta não serve apenas a freguesia, dado que está na confluência de concelhos vizinhos, como Ovar e Espinho, não se compreende a eventual proposta de encerramento”. Além disso, a CGD é detentora na freguesia de um imóvel da qual é proprietária, ou seja, não tem custos com as instalações. No seu discurso, o presidente da Junta teceu duras críticas a Emídio Sousa,acusando-o de falta de solidariedade nesta luta. Mário Jorge Reis foi eleito por um partido que muito admira,“mas,esse partido,fica sempre à entrada da porta”. Elogiou, em contraponto, o comportamento das Câmaras de Vila Real e Pombal, que decidiram retirar as suas contas de muitos milhares de euros da CGD, atirando que, “se outros tivessem a mesma atitude, a Caixa sentiria a maldade que está a fazer

às populações. O povo de Rio Meão acreditou em Emídio Sousa, mas era importante que, nos momentos menos bons como este,sentíssemos o conforto do presidente ou de algum representante do Município”. Mário Jorge Reis não compreende os critérios do encerramento – “a falta de clientes e de prejuízos nesta dependência não colhe, porque conheço os resultados”– e mostrouse indignado por não ter recebido qualquer comunicação oficial da CGD.A Junta de Freguesia irá,como protesto, “retirar as suas contas, de imediato, deste banco”. Confrontado com as acusações, Emídio Sousa, em comunicado, diz: “Não me revejo nessas palavras, que nada resolvem,são injustas e infundadas. Estamos a trabalhar para que as populações atingidas pelo encerramento dos balcões da CGD não fiquem desprotegidas.Lamento que o presidente da Junta, que estava informado destas negociações, tenha preferido a polémica pública em vez de ajudar na resolução do problema”, vincou.

PAÇOS DE BRANDÃO As eleições para a Mesa da Assembleia e Direcção do Núcleo brandoense do CDSPP decorreram no dia 16 de Junho e deram a vitória ao farmacêutico tiago Sousa, que já desempenhou vários cargos no partido, diz o CDS, em comunicado. Na Mesa, ficou como presidente Pedro Veiga de Macedo, e secretários Lucília Mateus e tiago Reis. Na Direcção, tiago Sousa à frente, Diogo Sousa como secretário e Sandra Rocha como vogal. Na Comissão de Apoio, Samuel tavares, António Lúcio Gomes, Cristina Alves Veiga de Macedo, Ana Paula Sá, Cidália Oliveira da Rocha, Fernando Oliveira, Aníbal Sousa, Júlio Augusto Silva, Ana Sofia Andrade e Alexandre Pedrosa. tiago Sousa é um nome conhecido do associativismo, tendo estando na Direcção do Círculo de Recreio, Arte e Cultura de Paços de brandão e sendo actualmente director no Centro Social de Paços de brandão e na Associação Cultural do Carnaval.

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Requalificação da Piscina e Estádio do Everdal em foco

Vasconcelos & Com.Lda-belcinto, sediada em S.J.Madeira, dedicada à produção de artigos em pele (malas e cintos ) pretende recrutar

CDS APONtA NECESSIDADES uRGENtES DA FREGuESIA

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S. JOÃO DE VER Em comunicado, o presidente da Direcção do Núcleo do CDS sanjoanense, Diogo Fontes, dá conta de alguns assuntos da última Assembleia de Freguesia. O centrista questionou o Executivo sobre a limpeza do Eixo da Cortiça, que “se encontra num estado lastimável”; e o presidente da Junta, Nuno Albergaria, admitiu que “nem a Junta, nem a Câmara Municipal, têm capacidade técnica para a limpeza, estando prevista a contratação pela Autarquia de uma empresa especializada na área”. Diogo Fontes lembrou, ainda, a “insatisfação dos empresários da Zona Industrial da Silveirinha pelos maus acessos e piso danificado”,

ao que Nuno Albergaria respondeu que “está a aguardar que a Câmara Municipal dê início à pavimentação”. Há ainda a necessidade urgente de requalificação da Piscina Municipal a nível do exterior, balneários, pavimentos e tanque da piscina e instalação de bar durante o Verão”; e do Complexo do Everdal (propriedade da Junta ao serviço do Sporting Clube de S. João de Ver) que “tem sido alvo de várias críticas de atletas, pais e dirigentes pelo péssimo estado dos balneários, sanitários, pavimentos e pelos maus cheiros”. Nuno Albergaria comprometeu-se a “realizar obras nos balneários e sanitários a breve trecho”, adiantando que

não obteve qualquer verba municipal para o efeito”. Diogo Fontes realçou ainda a importância de rever os protocolos com a Feira Viva, no âmbito das Piscinas, por ser “subjectivo no que toca às obrigações da empresa concessionária”; e com o Sporting Clube de S. João de Ver, sobre o Complexo do Everdal, que “na prática não está a ser cumprido e possui cláusulas desadequadas. Ficou a garantia do presidente da Junta que este protocolo irá ser revisto e acordado com a nova direcção eleita Clube e posteriormente votado em AF”. O CF tentou obter uma reacção da Junta de Freguesia, mas tal não foi possível até ao fecho da edição.

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reunião de Câmara Recolha selectiva porta-a-porta e substituição dos sacos de plástico

MunICíPIO FEIREnSE ESTudA MEdIdAS dE COMBATE AO dESPERdíCIO A líder da Oposição, Margarida Gariso, quis saber que medidas a Câmara Municipal estava a levar a efeito no âmbito da separação de resíduos e da redução do consumo de plástico, tendo em conta que “o Governo está a pensar dar alguns passos” e “há Autarquias que desenvolveram políticas” nesse sentido, como o sistema ‘paga o que deita fora’. Temos de adoptar uma política de premiação; está provado que toda a política de incentivo é mais eficaz que a de penalização”, afirmou. Para a socialista, é também necessário que a concessionária Indaqua “repense a taxa de resíduos sólidos urbanos, beneficiando na taxa variável quem separa o lixo. A Câmara tem alguma estratégia efectiva de mudança de comportamentos? É um desafio, uma urgência, que nos deve responsabilizar.Vamos deixar-nos de palavras e passar à acção”, apelou. O vereador responsável pelo pelouro do Ambiente, Vítor Marques, começou por

referir que, relativamente à diminuição do plástico, o Governo irá implementar uma taxa sobre as garrafas de plástico, a partir de 2012, e que só aí, com legislação nacional, a Câmara poderá actuar. O autarca informou, contudo, que a Câmara feirense encontra-se a trabalhar na separação de resíduos, revelando que está a ser estudada, em articulação com as superfícies comerciais e a indústria papeleira do Concelho, a substituição dos sacos de plástico por sacos de papel. Ainda, a Autarquia vai iniciar, à semelhança de outros municípios como Espinho e Oliveira do Bairro, uma experiência-piloto, de recolha selectiva porta-a-porta com reciclagem prévia. O presidente da Câmara, Emídio Sousa, acrescentou que foram “pioneiros” na distribuição gratuita de contentores para a compostagem, medida que teve uma “boa adesão”, tendo-se iniciado nas zonas rurais do Concelho e depois sido alargada

a todo o Concelho, estando hoje disponível para “qualquer feirense” interessado. O edil concorda que é preciso “mais sensibilização” na matéria da separação de resíduos, mas garante que o Concelho tem “uma rede de ecopontos muito razoável (1 ecoponto por 240 habitantes) e reforçou a importância do novo projecto, dinamizado pela Suldouro, que envolverá os município da Feira e de Gaia, da distribuição e recolha de miniecopontos por algumas habitações. “Caminhamos para uma solução de pagar o que se produz, mas não podemos esquecer-nos das diferenças entre os países nórdicos e o nosso, que é latino; é uma questão cultural”. Margarida Gariso perguntou porque até então a Câmara não se tinha candidatado a qualquer projecto comunitário neste sentido e Emídio Sousa respondeu que quem tem de se candidatar é a Suldouro, que gere os resíduos urbanos. A socialista

Carta Educativa

“MOSTREM-ME OndE dIz nA LEI QuE TEM dE SER REVISTA dE SEIS EM SEIS AnOS” A Carta Educativa voltou a ser discutida em reunião de Câmara por iniciativa do PS que quis saber o ponto de situação da revisão que está a ser feita pela universidade de Aveiro (uA). A vereadora com o pelouro da Educação Cristina Tenreiro revelou que houve um atraso que se prendeu com a recolha de dados. “não foi tão célere quanto gostaríamos”, confessou. “Lamentamos que a Carta Educativa continue a perdurar no tempo”, criticou délio Carquejo, alertando que está“muito fora de tempo em termos

legais.Temos vindo sucessivamente a adiar”. O presidente da Câmara Emídio Sousa referiu que a Carta tem 10 anos e que “muitas vezes o que se critica até são as mudanças excessivas”.Cristina Tenreiro lançou, então,o desafio:“Mostrem-me o artigo que diz que a Carta Educativa tem de ser revista de 6 em 6 anos”,crítica que tem ouvido constantemente da Oposição. délio Carquejo aceitou o repto e leu a Lei: “Cabe ao Ministério da Educação em colaboração com as Câmaras Municipais a obrigatorie-

dade de avaliar a necessidade de revisão da respectiva Carta Educativa de cinco em cinco anos”.“Avaliar”, frisou o PSd, apontando que a Carta apenas tem de ser revista de 10 em 10 anos. Em declarações ao CF, Cristina Tenreiro informou que a Carta Educativa, elaborada em 2006, “tem sido anualmente monitorizada e ajustada”. A partir de 2016, foi desencadeado o processo de revisão. “A maioria das Cartas dos municípios aqui à volta são de 2006 e também estão em processo de revisão”, afirmou.

Vítor Marques e Margarida Gariso

BATALHA dE JuRISTAS SOBRE LIMPEzA dAS MATAS A líder da Oposição, Margarida Gariso, garantiu ter um “entendimento diferente” da Lei, que aborda a gestão de combustível, daquela que o vereador do Ambiente,Vítor Marques, evidenciou em declarações ao Correio da Feira, na semana passada. “Até 31 de Maio, as pessoas puderam cumprir a legislação. A partir desse momento, a Câmara deve dar cumprimento e não esconder-se atrás de uma interpretação jurídica que não vejo outro município a fazer”, afirmou. Até porque, acreditava Margarida Gariso, ela é jurista, e Vítor Marques não é. “O dr. Vítor Marques também é

jurista”, corrigiu Emídio Sousa. O vereador passou então a explicar que a Lei referia que “a Câmara só se pode substituir aos privados até 31 de Maio”, mas o período para eles fazerem a limpeza foi precisamente alargado até essa data. “[Ao fazer a limpeza] estaríamos a dar um bónus e sem legitimidade para entrar no terreno. Se entende que gastar dinheiro público é cometer ilegalidades…”, apontou Vítor Marques. “Todas as Câmaras deste país estão a ser confrontadas com o mesmo problema. Peça-se então um parecer ao membro do Governo. não somos um oásis”, apelou a socialista.

Cansado, Vítor Marques respondeu que “quando saiu o documento, ligou para a Área Metropolitana do Porto, para o Secretário de Estado da Protecção Civil e para uma série de entidades e… não quiseram dar o braço a torcer”. “Há Autarquias que o estão a fazer, a Lei é a mesma”, atirou Margarida Gariso, criticando os “exíguos recursos da Protecção Civil Municipal”. “nós fizemos o nosso trabalho”, garantiu Vítor Marques, citando medidas tomadas, como o ajuste directo de 200 mil euros com validade de 1 ano. “O que não posso é cometer ilegalidades”, frisou.

exaltou a necessidade de uma “estratégia de médio e longo prazo”, e não medidas avulsas como a substituição dos sacos, e deu o exemplo de autarquias como Oliveira do Bairro e Guimarães, que têm projectos interessantes. Emídio Sousa contrapôs: “A empresa que gere os resíduos em Oliveira do Bairro está a léguas da Suldouro.Vieram ‘roubar’ um elemento da Administração para implementar as boas práticas que temos aqui”. Margarida Gariso afirmou que “não estava a ver resultados” e Emídio Sousa desafiou-a a consultar os relatórios dos resíduos. “Só vejo sistemas retrógrados, contentores a abarrotar e as pessoas que separam a não serem premiadas”, atirou a líder da Oposição. O autarca fechou a temática, dizendo que a Suldouro é “talvez das melhores parceiras do país” nesta área e que melhor, que ele saiba, só a Lipor, mas que “cobra o dobro das tarifas”.

novo departamento Jurídico e Gabinete de Qualidade e Auditoria

Serviços municipais sofrem reestruturação A Autarquia está a proceder a uma reorganização dos seus serviços e, nesse âmbito, criou o Gabinete de Qualidade e Auditoria e o departamento Jurídico. Sobre este último, que irá concentrar num só local a assessoria jurídica a todos os serviços do Município, o presidente, Emídio Sousa, explicou que “querem ter internamente o know-how [conhecimento], sem prejuízo de em matérias específicas e complexas contratar fora”. O Partido Socialista congratulou a iniciativa porque “uma das coisas que reclamavam era que havia juristas por toda a parte”. Emídio Sousa admitiu, contudo, que a matéria tinha sido alvo de “muita discussão porque há vantagens e desvantagens”. Ainda, a criação de uma divisão de Gestão de Projectos, que pretende dar resposta ao avolumado número de processos relativos a mobilidade, rede viária e trânsito. “Parabéns por este arrumar da casa”, disse a socialista Lia Ferreira, revelando, porém, que o Partido Socialista se iria abster pois “o PSd estava a organizar a Câmara de acordo com o programa que foi sufragado. É uma questão de gestão; sendo nós, teríamos outra organização”, afirmou. Emídio Sousa não concordou. “Trata-se de uma revisão à macroestrutura da Câmara, não é partidária nem responde a qualquer programa. nunca teve nada a ver com o cumprimento de um programa, mas sim com servir os feirenses”. Lia Ferreira não ‘comprou’: “Isso é teoria”. “Acha que um departamento Jurídico é uma opção política?!”, perguntou o edil, explicando que “são necessidades de gestão e não do partido”. O PS absteve-se, ainda assim. “É normal que queira concretizar o que prometeu aos feirenses, é legítimo”, declarou a líder da Oposição, Margarida Gariso, não deixando passar que é urgente o reforço do Gabinete da Protecção Civil (PC), que é “exíguo”. “não temos um comandante da PC e faz falta”. Emídio Sousa esclareceu que “durante alguns anos tiveram um homem de profunda experiência. Hoje encontrar pessoas com esse perfil não é muito fácil. Estamos a fazer ajustes porque, com a revisão, o Município foi perdendo pessoas”.


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REUNIÃO DE CÂMARA

breves Eixo das Cortiças é prioridade camarária Questionado pelo Partido Socialista sobre o “abandono, depois de um investimento de mais de 2M€, a que está votada a via estruturante Feira-Nogueira, parada ao sopé da via estruturante Lourosa-Lamas, com vegetação a invadir o espaço e separadores em total desalinho”, o presidente Emídio Sousa explicou que o investimento efectuado foi com base em fundos comunitários e garantiu que a construção do Eixo das Cortiças até Fiães é uma prioridade, assim como a ligação ao Cincork. “Mas demora tempo”, avisa, até porque o projecto, esse, ainda está em fase de execução. Deu, ainda, indicações ao vereador do pelouro para proceder à limpeza do espaço.

Protecção e Bem-Estar Animal

PROPOSTAS APRESENTADAS PELO PS “NãO SãO ExEQUíVEIS” Como prometido, Lia Ferreira e a equipa de vereadores do Partido Socialista levaram à reunião de Câmara uma série de propostas no âmbito da ‘Protecção e Bem-Estar Animal’. O PS contextualiza que, depois da Lei 8/2017 de 3 de Março, que veio estabelecer um novo estatuto jurídico dos animais,“deixou de ser aceitável a continuidade da prática de abate animal que era realizada de forma irresponsável e insensível por muitos municípios”. Em alternativa, os socialistas propõem a aposta na esterilização. “A Universidade do Porto desenvolveu um estudo no qual se conclui que cada canídeo custa, aos municípios, cerca de 60 euros; valor que inclui custos de alimentação, recolha, eutanásia e incineração.Por seu lado,o custo real de uma esterilização é de cerca de 15 euros”. A própria Resolução da Assembleia da República n.º 69/2011 defende a esterilização e promoção da adopção, apelando às autarquias que“assistam o direito a cuidados médico-veterinários adequados à situação de cada animal, tratamentos, intervenções cirúrgicas (como esterilizações) e aconselhamento veterinário, com custos intervencionados, para munícipes e associações da causa animal, de acordo com a sua capacidade económica”. O PS acredita que a “resposta real e efectiva de mudança de paradigma” passa pelas crianças. “É fulcral educar as crianças para aprenderem a respeitar os animais”. Na proposta apresentada, figura um conjunto de estratégias: “criação da figura do Provedor do Animal e respectiva equipa de apoio; criação de um grupo de trabalho constituído por representantes das principais associações, técnicos municipais e elementos das diferentes forças partidárias com assento na Assembleia Municipal para elaborar a carta de estratégia para a protecção animal (deve estar pronta ao fim de 1 ano, altura em que o grupo passará a reunir-se semestralmente para monitorização); instituição de grupos locais nas freguesias dedicados ao apoio e zelo pelo bem-estar animal; criação de um Programa dedicado à captura, esterilização e devolução para evitar o aumento do número

de animais;apoio/comparticipação municipal em tratamentos, medicamentos e vacinas para animais adoptados através do Canil Municipal e para famílias carenciadas; elaboração do Manual do Animal, dirigido às crianças,criando hábitos de respeito e sensibilidade; criação da linha SOS Animal e uma carrinha SOS (24h/7 dias por semana) com protocolos com associações; elaboração de protocolos com a Faculdade de Medicina Veterinária para aumentar o serviço prestado (no canil e associações) e diminuir custos de tratamento;campanhas de sensibilização para a esterilização, levando os animais às escolas, lares e creches;acções de formação cívica e sessões de esclarecimento na comunidade, envolvendo voluntários, técnicos, famílias de acolhimento, forças de autoridade e população; isenção de taxas do primeiro registo de animais para quem fizer adopção no Canil Municipal; entre outras.

Política de faz de conta

“Na sequência das diversas recomendações levadas à Assembleia Municipal, e em resposta ao desafio do presidente, apresento 20 medidas. Já sei que vai dizer que não é possível…”, disse Lia Ferreira, prontamente interrompida por Emídio Sousa:“Então porque é que propõe?”. A vereadora explicou que não era um plano para ser implementado num mês ou dois, mas sim uma estratégia de médio e longo prazo. “Trata-se de planeamento.Não são medidas para serem implementadas em simultâneo”, afirmou. O presidente da Câmara foi peremptório: “Não me parece exequível”. E deu o exemplo da Linha SOS. “Uma linha 24h exige pelo menos 3 pessoas, 3 turnos, é um INEM para animais. Quando chegarmos a este nível de desenvolvimento, podemos pensar nisto. Neste momento, a prioridade são as pessoas”. A Câmara já faz a esterilização e tem “todo um conjunto de serviços que melhoram as condições dos animais, além da obra para triplicar a capacidade do Canil”. A proposta do PS é “manifestamente exagerada” pois “cria serviços que não existem

para as pessoas. É preciso bom senso e equilíbrio”. Lia Ferreira corrigiu: “É recorrente tentarem desviar as atenções. Em momento algum sobrepusemos os animais às pessoas”. “Se não há linha SOS para pessoas…”, referiu Emídio Sousa. “São áreas diferentes, não queiram atirar areia para os olhos. As pessoas têm os seus serviços,não estamos aqui a discutir acção social, estamos a discutir os animais, um tema a que este executivo é insensível”,apontou a socialista,esclarecendo que“ninguém falou em contratar pessoas, mas sim em parcerias. É exequível quando há vontade. Ou apostamos seriamente ou continuamos nesta política de faz de conta”. Emídio Sousa sublinhou que já têm uma política estratégica de apoio aos animais, na qual está incluído o apoio em alimentação durante um período de tempo a quem quiser adoptar um animal, e que o Canil Intermunicipal é “um dos melhores do mundo”.“É o possível em termos de erário público. Algumas das propostas aqui contempladas, já as fazemos e outras não encaixam no orçamento”, referiu. A discussão subiu de tom com sobreposições e altercações de discurso entre Lia Ferreira e o presidente, com Emídio Sousa a expor problemas: “Quais são as parcerias que propõe? Uma linha 24h com voluntários?Vão atender o telefone de borla?”. O socialista Délio Carquejo chamou a atenção para algumas medidas concretas que “são exequíveis e não têm uma orçamentação por aí além” e Margarida Gariso atirou: “Costumam achar que a verdade está desse lado, é redutor e não vos prestigia”. O vereador com pelouro do Ambiente, Vítor Marques, respondeu: “Façam um novo documento depois de verem a realidade local”.A proposta foi reprovada pelo PSD e o vereador com o pelouro das Obras Municipais,António Topa Gomes, quis fazer uma declaração de voto:“O documento não é claro, não se percebeu o que se estava a votar, não podia votar favoravelmente”. Emídio Sousa rematou:“A proposta não estava devidamente ponderada, é incoerente e foi mudando ao longo da discussão”.

Lia Ferreira exige saber direitos da Oposição A socialista Lia Ferreira já tinha pedido à Autarquia que lhe fizesse chegar os direitos que os vereadores da Oposição têm no desempenho das suas funções. “Nunca fomos esclarecidos e estamos muito avançados desde a tomada de posse”, afirmou. Emídio Sousa mostrou-se espantado: “Todos temos conhecimento dos direitos, está no Estatuto dos Eleitos Locais”, respondeu, explicando que se a questão colocada se prendia com o facto de a vereadora estar agora a residir em Lisboa, para ficar descansada que “tudo a que tiver direito [ajudas de custo e subsídio de transporte], a Câmara pagará”. Emídio Sousa vai celebrar as Fogaceiras ao Rio de Janeiro “Todos os anos nos convidam e este ano vou eu, quero fazer promoção territorial”, informou o presidente da Câmara, que em Janeiro viajará para o Rio de Janeiro, em representação da Autarquia, para a celebração da Festa das Fogaceiras, que envolve a saída da procissão e um jantar. “Farei uma apresentação aos investidores brasileiros que têm grande apetência pelo nosso mercado e em residir em Portugal”, referiu. Margarida Gariso congratulou estas “boas oportunidades” mas, lembrou, há que não esquecer “o que é preciso melhorar no Concelho”, como a falta de um Centro Coordenador de Transportes. “Estamos a trabalhar fortemente num Centro Coordenador, as negociações estão avançadas para a zona da Feirense e queremos outro para a Feira, junto à GNR, mas ainda temos de adquirir terrenos”, revelou Emídio Sousa. Autarquia resolve passivo ambiental em Canedo Na aprovação de um contrato de compra e venda, para aquisição de um terreno em Canedo, onde foram feitos “aterros clandestinos”, o Partido Socialista mostrou-se desfavorável. “Porque é que a Câmara tem de resolver um passivo ambiental e ainda tem de pagar?”, questionou a líder da Oposição, Margarida Gariso. O vereador com o pelouro do Urbanismo, José Manuel Oliveira, explicou que “há necessidade de se fazer obras no local e o proprietário não tem possibilidades”. “Estamos a comprar um terreno-problema que terá investimento público”, alertou a socialista. José Manuel Oliveira lembrou que “a Câmara tomou a mesma opção nas Pedreiras de Lourosa e na Pedreira das Penas, interveio e adquiriu terrenos para ficarem ao serviço da população”. Emídio Sousa acrescentou que o mesmo será feito na zona do Uíma, “zonas ambientais que temos de cuidar”. “Se pudesse, comprava aqueles terrenos todos”, declarou. Margarida Gariso garantiu que estavam de acordo com a resolução do problema, mas não com o pagamento do mesmo. “A Câmara vai pagar o que não deveria”, acrescentou o também socialista António Bastos. Contas consolidadas com votos contra do PS Nada a obstar relativamente ao parecer técnico, garantiu o Partido Socialista, mas “em coerência com anteriores posições, votam contra a política que tem vindo a ser seguida pelo Município”. Na voz de Délio Carquejo, apontaram uma série de situações: “cobranças elevadas de serviços; água e saneamento continua a ser um trágico problema para os feirenses; obras municipais com execução pobre e falta de planeamento eficaz; ausência de visão integrada de mobilidade; e um défice no ordenamento do território”.


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SOCIEDADE

16.º Arraial a S. Pedro CALDAS DE S. JORGE O Grupo de Danças e Cantares das Margens do Rio uíma organiza, no próximo sábado, o 16.º Arraial a S. Pedro, no arraial da antiga Escola Primária em Azevedo, nas Caldas de S. Jorge. Haverá, pelas 21h30, actuação do grupo anfitrião, seguido do Grupo de Concertinas ‘Danças da Concertina’ da Junta de Freguesia da Vila Carregosa (Oliveira de Azeméis). O grupo promete, em comunicado, muita animação cultural e tasquinhas com caldo verde, sardinhas, broa, febras e bebidas.

Dia Internacional da Pessoa Refugiada

SANTA MARIA DA FEIRA SuBSCREVE CARTA ABERTA Santa Maria da Feira, à semelhança de Braga, Lisboa, Loures e Oeiras, subscreveu a Carta Aberta da Rede das Cidades Interculturais, que assinalou o Dia Internacional da Pessoa Refugiada. Os cinco municípios portugueses integram a Rede Portuguesa de Cidades Interculturais, iniciativa do Conselho da Europa, que “mobilizou 34 cidades em todo o mundo, através de uma carta conjunta, para veicular a visão de sociedades mais inclusivas”, diz o Município feirense, em comunicado. Contactado pelo CF, o presidente da Câmara, Emídio Sousa diz: “Não podíamos ficar indiferentes

à crise dos refugiados, por isso acolhemos em Santa Maria da Feira muitas dessas famílias e temos um gabinete de acção social atento e sempre disponível para identificar e tentar resolver as soluções mais dramáticas. Também não esquecemos os nossos compatriotas que vivem em países em estado caótico como a Venezuela e o Brasil e estamos a tentar que muitas dessas famílias possam regressar a Santa Maria da Feira e recomeçar uma vida com mais segurança e tranquilidade”.

Carta: ‘Refugiado hoje – cidadão amanhã?’

«(…)Urge pavimentar o caminho

para que as pessoas refugiadas de hoje se tornem cidadãos e cidadãs de amanhã. Se não puderem trabalhar, estudar, criar empresas e até mesmo voluntariar-se devido a obstáculos legais ou administrativos, ou porque não têm oportunidades acessíveis para aprender a nossa língua, teremos que encontrar novas formas de evitar continuar a desperdiçar talentos e vidas. Podemos atingir este objectivo se convencermos as restantes cidadãs e cidadãos de que os migrantes são uma oportunidade de construir cidades mais inclusivas, abertas, criativas e dinâmicas, beneficiando todos e todas(…)»

Centro Social promove Festa de Final de Ano PAÇOS DE BRANDÃO O Centro Social de Paços de Brandão realiza, na sexta-feira, a sua Festa Final de Ano Lectivo 2017/2018, com “um grande convívio com toda a comunidade”, diz o Centro, em comunicado. Este ano a temática é “Festival da Canção do Centro Social de Paços de Brandão”, e haverá actuações dos utentes da instituição e barraquinhas com “inúmeras iguarias e bebidas frescas”.

Exposição de pintura dos alunos do CiRAC PAÇOS DE BRANDÃO O Salão Nobre da Junta de Freguesia de Paços de Brandão recebe, no próximo fim-desemana, a Exposição de Pintura dos alunos da Escola de Pintura do CiRAC. A inauguração acontece no sábado, às 15h00, e mais tarde, às 20h00, haverá testemunhos de antigos alunos para “sentir a arte”, diz o CiRAC. No domingo, à tarde, os coros do CiRAC levam a cabo, no átrio da Junta, o concerto de encerramento da Semana Aberta da Escola de Pintura.

Centro de formação volta à competição

CINCORk NA LAND ROVER 4x4 INSCHOOLS LAMAS O Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça, sediado em Santa Maria de Lamas, volta a participar na competição Land Rover 4x4 inSchools, cuja final nacional decorre no próximo dia 12 de Julho no Museu do Automóvel de Famalicão.

O Cincork participa no evento desde 2016, tendo já conquistado o título de campeão nacional (2016) e vice-campeão (2017), com carros telecomandados com carroçaria produzida em cortiça. Este ano estará representado por duas equipas: a rookie (primeira

vez que participa) e a vice-campeã actual. O Centro destaca, em comunicado, a importância deste “projecto de elevado interesse pedagógico em que os participantes aplicam diferentes saberes e competências”.

MINISTéRIO PúBLICO INVESTIGA TuRISMO DO PORTO E NORTE DE PORTuGAL O presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) está entre os cinco arguidos, constituídos depois de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, avança o Jornal de Notícias, que escreve que Melchior Moreira está a ser investigado depois “de ter passado férias no Algarve sem pagar e às custas dos seus alegados corruptores”. A investigação englobou “16 buscas domiciliárias, 34 não domiciliárias, incluindo as instalações de entidade ligada ao turismo, uma Câmara Municipal, SAD do Sporting Clube de Braga e do Vitória Sport Clube e 16 a veículos automóveis”, lê-se na página da Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP). “A investigação tem como objecto actividade levada a cabo por entidade ligada à promoção

do turismo. As buscas decorrem nas comarcas de Porto, Viana do Castelo, Viseu, Braga, Bragança, Lisboa e Faro e são efetuadas pela Polícia Judiciária e por magistrados do Ministério Público. No inquérito investigam-se factos suscetíveis de integrarem os crimes de tráfico de influência, abuso de poder, participação económica em negócio, corrupção passiva e corrupção ativa de titular de cargo público, recebimento indevido de vantagem de titular de cargo público, fraude e desvio na obtenção de subsídio, participação económica em negócio de titular de cargo político, abuso de poderes de titular de cargo político, prevaricação de titular de cargo político, peculato de titular de cargo político e falsificação de documento”, explica a PGDP. O SC Braga já reagiu, confirmando ter recebido “uma solicitação por parte da PJ no sentido da

prestação de informação sobre o contrato de patrocínio celebrado com o TPNP” e acrescentou que “partilhou a documentação existente e prestou à PJ total colaboração”. O JN diz que o Vitória SC confirmou ao jornal O Jogo a realização de buscas. O mesmo periódico refere ainda que o presidente do TPNP, Melchior Moreira, afirmou à Lusa estar “de consciência tranquila. Vou prestar todas as informações e toda a ajuda que me for solicitada para esclarecer a situação e defender o meu bom-nome e o da entidade”, referiu. Contactado pelo CF, o presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e vogal da direção do TPNP, Emídio Sousa, referiu não conhecer os contornos do caso. “Desconheço. Faço parte da direção nem há um mês e não tivemos qualquer reunião. Não sei o que se passa”.

Missa em honra de Nossa Senhora da Livração PAÇOS DE BRANDÃO Em honra de Nossa Senhora da Livração, será realizada, no domingo, uma missa na Capela da Póvoa, pelas 10h30, seguida de procissão.

Três detidos por tráfico e consumo de droga FIÃES No decurso de um conjunto de acções policiais de prevenção da criminalidade, foram detidos três indivíduos, dois com 19 e um com 20 anos, em S. João da Madeira e Fiães, e identificados outros três por tráfico e consumo de produtos estupefacientes, resultando na apreensão de: 157 doses de haxixe; uma dose de liamba; uma arma branca; 63 euros em numerário; e um telemóvel. Os detidos foram sujeitos à medida de coação de termo de identidade e residência.

29.º Aniversário de Elevação a Vila de Mozelos MOZELOS Mozelos comemora, no próximo fim-de-semana, o 29.º Aniversário de Elevação a Vila. Na sexta-feira, abrem as tasquinhas no Parque do Coteiro, às 19h30, e à noite, pelas 21h30, actua o cantor popular Toy. No sábado, a festa no Parque começa às 12h30, sendo que pelas 15h00 é reconhecido o médico e ex-autarca Jorge Ferreira com o Prémio Manuel Laranjeira, na Junta de Freguesia. Regresso ao Coteiro pelas 21h30 para ouvir a Tuna Musical Mozelense com Luís Portugal. Por fim, no domingo, às 15h30, há Dança Mozelos e às 21h30 Banda RithmBlues & The Jam. Paralelamente, decorre a VII Mostra de Artesanato e um Torneio de Sueca. O evento, organizado pela Junta de Freguesia, conta como convidados especiais o Grupo de Bombos ‘Vale Tudo’.


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CULTURA

“EU VOS NOMEIO CAVAlEIROS DOS AFETOS” Estas foram as palavras de D. Pedro I, representado pelo feirense Alferes Pereira e cujo reinado estará retratado na próxima Viagem Medieval, aos alunos da Escola Básica do Farinheiro, durante a simbólica cerimónia de entrega de diplomas, no âmbito do projeto Afetos (Abraços Precisam-se), iniciativa do Fórum Sénior de Santa Maria da Feira. Marcelo Brito* marcelo.brito@correiodafeira.pt

FORNOS Os alunos da Escola Básica do Farinheiro foram nomeados Cavaleiros dos Afetos por D. Pedro I, figura histórica de Portugal cujo legado será representado durante a próxima Viagem Medieval, numa cerimónia que ditou o fim do primeiro ano do projeto Afetos (Abraços Precisam-se), promovido pelo Fórum Sénior de Santa Maria da Feira, que decorreu no Centro Social e Paroquial de Fornos. O Fórum Sénior do Município foi criado em 2012 no âmbito do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações com a pretensão de sugerir à Câmara Municipal, e a outras entidades concelhias, propostas para realizarem-se e dinamizarem-se ações, projetos, discussões e debates cujo objetivo é a melhoria da qualidade de vida da população envelhecida. No âmbito da 5.ª edição do Mosaico Social, o Fórum Sénior lançou, em 2017, o projeto Afetos (Abraços Precisam-se). A iniciativa teve como público-alvo os mais pequenos, com o objetivo de sensibilizar e alertar toda a comunidade para a violência e abandono dos idosos. Decorreu em todas as escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, em parceria com o pelouro da Educação da Câmara da Feira, e vai funcionar como projeto-piloto pela Área Metropolitana do Porto. O presidente do Fórum Sénior da Feira, Horácio Sá, deu início à sessão. “É um dia memorável. Esta é a última sessão do projeto e aproveito para agradecer à Câmara Municipal e à Feira Viva a recetividade em recebê-lo de braços abertos. Afetos (Abraços Precisam-se) é feito de abraços, beijos, palavras, atos. No fundo, só coisas boas”, avançou, dirigindo-se aos pequenos estudantes. “Vocês são as sementes de uma nova sociedade e acreditem que já ensinam muitas coisas”, afirmou. Em representação da Escola do Farinheiro, Cristina Silva referiu que “as sementes estão lançadas” e que “foi um prazer integrar o projeto. Tentámos incutir às crianças como olharem para o mundo de forma humana. Esperamos ter estado à altura”. De seguida, a professora chamou ao palco três alunas, as mais velhas, e cada uma chamou um idoso presente para

trocarem abraços. A iniciativa estendeu-se e espalhou-se pelo Auditório e todos os presentes, salvas exceções, receberam, pelo menos, um abraço.

“É fantástico, é bom e é bonito”

O presidente da Câmara da Feira, Emídio Sousa, tomou a palavra e começou o discurso com cumprimentos às diversas entidades envolvidas no projeto, agradecendo, com um cumprimento especial, ao Fórum Social. “É fantástico, é bom e é bonito”, caracterizou a iniciativa, recordando e dando como exemplo, aos presentes, a iniciativa Café com os Avós.“Todos os meses levo uma fogaça e os avós dão o café. É das coisas mais gratificantes que faço”. De seguida, o edil feirense entrou em diálogo com os mais miúdos. “Os avós são chatos?”, perguntou. “Não! São brincalhões”, respondeu uma voz tímida.“Emídio Sousa perguntou, então, o que devem os netos oferecer aos avós. “Um beijinho” ou “um abraço” foram as respostas mais perceptíveis. “Os avós já correram mais e mais rápido e já trabalharam muito. Agora temos de dar-lhes carinho e agradecerlhes. É muito importante continuarem ligados a eles. Isto é uma missão. Não devem deixar que alguém faça mal aos vossos avós ou a outros”, aconselhou o chefe autárquico. Findo o discurso, era tempo de D. Pedro I entrar na sala, acompanhado por dois escudeiros.“Eu vos nomeio Cavaleiros dos Afetos”. Os jovens, agora Cavaleiros dos Afetos, subiram ao palco, um a um, para receberem a condecoração em forma de diploma.“Encontramo-nos todos no dia 1 de agosto em Santa Maria da Feira”, finalizou, referindo-se à data de início da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria. E enquanto El-Rei já escapava entre os pequenos cavaleiros, a vereadora com a pasta da Educação do executivo camarário, Cristina Tenreiro, solicitou a sua presença para tirar uma foto com os diversos envolvidos no projeto para, certamente, mais tarde recordar. *O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

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ENTREVISTA

CéSAR COSTA

Grupo Gólgota com nova sede

“Daqui a uns anos vamos Dizer que o espaço é pequeno” o padre dos passionistas, César Costa, recorda a sua integração no Grupo Gólgota, do qual é presidente da direção, e fala das dificuldades em conseguir, ao fim de muitos anos, dar início à construção da desejada sede, cujo prazo de conclusão ainda é uma incógnita. aponta os objetivos para o futuro da associação por si liderada, referindo a pretensão em dar continuidade às parcerias com as mais diversas instituições públicas e privadas de santa maria da Feira, para evangelizar a população através do Teatro.

Marcelo Brito* marcelo.brito@correiodafeira.pt

O que significa Gólgota? a palavra é hebraica e significa calvário, o lugar da caveira e nasce fortemente ligado à Congregação dos missionários passionistas. os passionistas têm como lema de vida ‘viver, meditar, Testemunhar e anunciar a paixão de Cristo’ à qual o calvário está ligado. Como a primeira representação, em 1991, foi a via sacra em santa maria da Feira, escolheu-se o nome Gólgota com o objetivo de todos os membros, primeiramente, viverem a disponibilidade passionista de uma forma laical, social e cultural, levando a espiritualidade para o campo da Cultura. procuramos, desde a fundação, que os membros do Grupo sejam testemunhas do que viram ou ouviram no mundo do calvário. não é que tenhamos estado lá, mas sabemos o que aconteceu pelos evangelhos. Tentamos testemunhar a dimensão espiritual e de fé no Teatro e no concreto da vida. Quando surge a sua ligação ao Grupo Gólgota? sou de santa maria da Feira, não nascido mas criado, e desde pequeno que associei-me a vários movimentos da Congregação, entre eles o Gólgota. é um grupo de expressão cultural e social da espiritualidade passionista que tem como ponto forte o Teatro e a semana santa, mas que começou com a via sacra. sempre gostei de Teatro e em criança associei-me ao Grupo Gólgota. estive afastado alguns anos por motivos vocacionais – dois em Lisboa, um em espanha e três em viana do Castelo – mas regressei à Feira. por força das circunstâncias, acabei por ficar ligado

à semana santa e ao Teatro com o Gólgota, sem qualquer tipo de responsabilidade e acabei por suceder, por nomeação – o cargo de presidente é por nomeação da Congregação – ao padre João Bezerra, fundador há cinco anos. no primeiro ano, fui presidente da assembleia Geral e depois, por força da organização interna e por indicação da Congregação, foi feita uma alteração aos estatutos e passei a presidente da Direção. estes prevêem a duração de mandatos de quatro anos e estou em final de mandato. Tem como pretensão continuar a exercer o cargo? estou reconfirmado no cargo. a equipa será a mesma, ou outra, dependendo da disponibilidade das pessoas que trabalham comigo quer na Direção, quer nos Corpos sociais. Quais os eventos e dinamizações mais recorrentes promovidos pelo Gólgota? em 1991 surge a via sacra, interrompida dois anos depois por vários problemas. Desde então, tirando essa falha, tem sido realizada todos os anos. Tem-se procurado associar outros complementos. surge a entrada Triunfal e nasce a dinâmica e a conceção de semana santa. mais tarde, a recriação da Última Ceia à qual vão associando-se celebrações religiosas, naturalmente, mas também outros eventos culturais na cidade. para além da semana santa, da qual o Gólgota, a Câmara municipal e a Feira viva são parceiros organizadores, há o Teatro como forma de

nova envangelização e recriação. Temos dezenas de peças já encenadas, dezenas de atuações em teatro de palco, em teatro de rua e recriações históricas. Temos participado bastante, desde a criação, na viagem medieval de santa maria da Feira. no princípio, quando o evento estava a crescer, o Gólgota esteve sempre disponível e na linha da frente na dinamização de ceias medievais. Temos participado com uma taberna, que é também uma fonte de rendimento, como o é para todas as associações do Concelho, e temos vindo a recuperar a presença artística. no ano transato, apresentámos o cortejo da rainha santa isabel, que passa por Terras de santa maria a caminho de santiago. a maioria das peças eram da autoria do padre João Bezerra, confesso que não sou dramaturgo. Temos recorrido a peças de outros autores, como é lógico. encenámos uma de Jorge Castro Guedes, um dramaturgo português com um currículo invejável. Tinha escrito uma atualização do auto da Barca do inferno, o Gira p’ró inferno, e cedeu-nos os direitos. e ainda escreveu, para o Gólgota, um acrescento que não está publicado para complementarmos a peça, algo exclusivo. estamos a preparar, para o Festival de Teatro, uma peça nova, Hábitos de vida, comédia inglesa, mas traduzida para português. Há também novidades para a semana santa do próximo ano, mas ainda é segredo. Há pretensão ou é objetivo do Grupo Gólgota realizar um espetáculo de grande formato na Viagem Medieval? o sonho comanda a vida e ter sonhos de


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ENTREVISTA

fazer grandes espetáculos é perfeitamente normal para qualquer associação e empresa de teatro. Ter pretensão de algo, não vendo a palavra com sentido pejorativo, é bom. Reconhecemos as capacidades e as qualidades que temos, sem querer faltar à modéstia, mas há coisas que são sagradas. Primeiro, temos noção que estamos inseridos num Concelho riquíssimo culturalmente, não só porque tem sido fortemente apoiado pelas instituições públicas, mas por toda a diversidade e oferta existente. Em Santa Maria da Feira, foram proliferando associações nas diversas expressões de Arte. Sagrado é não entrarmos em rivalidade com alguma. As parcerias são muito importantes para o Gólgota. Temos noção que o Teatro que fazemos não é a nossa vida. É tudo amador, com muito sentido de responsabilidade, mas passar para algo que necessita de muitos ensaios… acho que estaríamos à altura, mas não o ambicionamos. Queremos participar na Viagem Medieval, estamos a preparar mais novidades para 2018 e estamos disponíveis para parcerias. Normalmente, os espetáculos de grande formato na Viagem Medieval têm dimensão bélica. Nós não a temos.

A sede impõe-se como uma necessidade. Qualquer associação precisa de um espaço e de acomodar as suas coisas. Conforme vai crescendo culturalmente, vai adicionando roupa e cenários. É uma associação fundada em 1991 com uma longa participação, não só no Concelho da Feira, mas em várias zonas do país. Todo o tipo de material requer um espaço para uma boa acomodação. Existia um no qual íamos acomodando mas havia sonho em construir. Houve, de facto, um contrato com a Câmara para construirmos num terreno, mas todas as grandes pretensões custam dinheiro. Sonhar não custa, mas passar à prática sim. O projeto custava bastante dinheiro, mas como não foi construído em tempo de vacas gordas, quando chegou o tempo de vacas magras, houve dificuldade em construí-lo naqueles moldes. Queremos dotar a associação com um espaço digno para guardarmos pertences, mas também para podermos ensaiar e crescer. Depois de vários projetos, ideias e discussões saudáveis, surgiu a possibilidade de pegarmos num espaço, melhorá-lo e ampliá-lo. No Seminário dos Passionistas, nas antigas habitações dos caseiros, guardavam-se animais e alfaias agrícolas. Serviam de apoio ao vasto terreno existente de lavoura. Conforme o Seminário ia sendo construído, fez-se uma reorganização do espaço e surgiu a possibilidade, em conversa com a Congregação, de construirmos. Aproveitar as três casas velhas, ampliarmos na retaguarda e girarmos a entrada para o lado da urbanização. O projeto foi aceite porque era bastante mais barato. O anterior até tinha auditório. Os preços nem são comparáveis. Há previsão para a conclusão das obras e abertura de portas? Não porque ainda não nos saiu o Euromilhões. Se saísse esta semana, dizia que daqui a meio ano abríamos portas, mas não sabemos quando. Tem andado a um ritmo bastante certinho. Está pronta para fechar, ou seja, colocar janelas e portas exteriores e depois há todo o trabalho interno. A conclusão de uma casa é sempre difícil. O Grupo Gólgota não tem grandes fontes de rendimento. Uma peça requer investimento prévio, uma participação na Viagem Medieval requer investimento prévio e a verdade é que as tabernas já não rendem o que

“A sede impõe-se como uma necessidade”

Nova sede. Um desejo antigo do Grupo. Como conseguiram reunir as condições para, finalmente, avançar? Puxando atrás, a um outro mandato, não meu, havia um sonho muito grande e de bastantes anos de construir uma sede. E sonho não por qualquer tipo de pretensão de grandeza, mas uma associação precisa de ter um espaço próprio.

MAQUETE

rendiam. Contamos com a ajuda económica da Congregação e estamos num terreno que é dos Passionistas, não do Gólgota. Tiveram apoios à construção? A sede não tem qualquer tipo de apoio público. Vai tendo de privados, por oferta ou desconto na compra de material, ou pela generosidade dos profissionais que têm trabalhado connosco nas mais diversas artes da construção do edifício. A ausência de apoios públicos dá-se por não sabermos como candidatarmo-nos a fundos que possam vir do Estado ou da União Europeia. Apoio camarário também não, mas desconhecemos se há, ou não, alguma forma de candidatarmo-nos. Talvez por nossa ignorância. Apoio indireto há. Temos realizado algumas atividades em parceria com a Câmara, o que não quer dizer que redunde em dinheiro para o Grupo, mas redunda num maior benefício para a cidade e no marcar o Concelho do mapa. Quais os objetivos para o futuro do Grupo Gólgota? Quem casa quer casa e partindo do princípio que temos casa, temos tudo para crescer. Para ter filhos e para ter netos. Quero com isto dizer que queremos crescer em todas as dimensões. Naquilo que já temos em mãos, para expandirmo-nos, e queremos pensar em algo novo. Mais atuações, mais projetos com juventude de forma a repensar a fé através da Arte, ou seja, trazer mais jovens para a Igreja através do Teatro, e mais dinâmicas sociais com parcerias. Há uma lista infindável de coisas que queremos fazer. Dependerá muito do espaço. Tendo o espaço, tudo é possível e tenho a certeza que daqui a uns anos vamos dizer que o espaço é pequeno e que não chega. Queremos rentabilizar ao máximo a sede. Expandir, quem sabe, para a componente musical. Criar parcerias com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e com Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) – os Passionistas têm a Rosto Solidário. Temos a mesma raiz e alimentamo-nos da mesma espiritualidade. Queremos crescer em todos os sentidos e, acima de tudo, usar o Teatro como forma de nova envangelização, assim como transmitir mensagens e valores e revalorizar a dimensão humana que tantas vezes a sociedade oprime.


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DESPORTO DR.

Trabalhos de pré-época começam quarta-feira

TIAGO MESQUITA REFORÇA FEIRENSE O lateral direito chega do Boavista para fazer concorrência a Diga e é o primeiro reforço dos fogaceiros para a temporada 2018/19. Época arranca a 27 de junho. Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt

central e o setor atacante (certamente com mais do que um elemento) são, por agora, as prioridades dos responsáveis do Feirense. No entanto, é provável que todos os setores venham a receber caras novas. Em sentido contrário, o médio João Graça – que teve pouco utilização ao longo da temporada –, apesar de ter contrato, deverá estar de saída rumo ao Portimonense.

KONEH DEIXA LOUROSA E ASSINA PELO BOAVISTA Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt

DR.

LIGA NOS Tiago Mesquita, lateral direito de 27 anos, assinou contrato com o Clube Desportivo Feirense – Futebol, SAD válido para as próximas duas temporadas, fazendo concorrência no sector com Diga (a permanência de Barge e Jean Sony não está assegurada e pelo menos um deles deve sair). O defesa que irá reforçar o eixo defensivo do plantel liderado por Nuno Manta Santos representou o Boavista FC nas passadas três temporadas, e já passou por clubes como SC Freamunde, GD Ribeirão, CD Trofense, Naval 1º. de Maio e Desportivo Alavés. Ao canais oficiais do clube, Tiago Mesquita, primeiro reforço confirmado para a próxima época, mostra-se agradecido pela oportunidade e orgulhoso por poder abraçar este novo projeto: “Sinto-me feliz por poder fazer parte deste grande clube, que tem valores com os quais me identifico. Estou entusiasmado para começar a nova época e o que posso prometer é muito trabalho, empenho e dedicação em prol do Clube Desportivo Feirense”. Os próximos dias deverão trazer mais novidades sobre a composição do plantel às ordens de Nuno Manta Santos na época 2018/19, até porque os fogaceiros regressam ao trabalho já na quarta-feira, 27 de junho. Quanto a reforços, um guarda-redes para concorrer com Caio Secco – titularíssimo na época passada –, um defesa

CAMPEONATO DE PORTUGAL O avançado camaronês Ibrahim Koneh ruma à Liga NOS depois de rubricar um contrato válido por três temporadas com os axadrezados. Leo vai renovar. O Lusitânia de Lourosa, vencedor do Campeonato Safina e da Supertaça de Aveiro em 2017/18, continua preparar a próxima época, no Campeonato de Portugal, mas viu um dos elementos-chave da temporada transata abandonar o clube. Ibrahim Koneh, de 23 anos, vinculouse ao primodivisionário Boavista. O extremo camaronês que chegou ao emblema de Santa Maria da Feira proveniente do Esmoriz – onde fez 21 golos em 34 jogos – e que apontou ao serviço dos lusitanistas 23 golos em 29 jogos, assinou um contrato válido para as três próximas temporadas com os axadrezados e terá, pela primeira vez, uma oportunidade para jogar entre a elite do futebol português.

Luís Miguel Martins continuará na chefia da equipa técnica do Lourosa, mas já perdeu, além de Koneh, mais dois jogadores. O capitão Ivo Oliveira colocou um ponto final na carreira e Pirata assinou pela Ovarense, clube que desceu à Primeira Distrital. De saída poderá estar ainda o guardião João Borges, que tem sido apontado ao União de Lamas, e Mário, avançado que virou herói na Supertaça. No caminho inverso, o emblema da Cidade da Cortiça prepara-se para dar as boas-vindas a Daniel Materazzi do Olhanense, a Serginho da Sanjoanense e a Agostinho Carvalho do Fafe. Em Lourosa permanecerá Leo. O timoneiro lusitanista confirmou à imprensa, depois da conquista da Supertaça, que o irreverente extremo já renovou contrato. Marco Sá, Rena, António Alves, Edu Marques e Edu Silva são alguns dos nomes que poderão reforçar o vínculo nas próximas semanas.

MOREIRENSE, FC PORTO E AVES CONQUISTAM TORNEIO DO CENTENÁRIO

O Feirense esteve em apenas uma final, Iniciados B, e saiu derrotado pelo FC Porto. Moreirense venceu em Infantis A e Aves em Juvenis B. FORMAÇÃO Moreirense, FC Porto e Aves venceram, respetivamente, Sp. Braga, Feirense e Escola de Futebol Artur Brandão na final e conquistaram o Torneio do Centenário que, durante o último fim-desemana, destinou-se a Infantis A, Iniciados B e Juvenis B. No escalão de Infantis A, apesar do nulo

inicial prevalecer até ao apito final, o Moreirense foi mais forte que o Sp. Braga no desempate por grandes penalidades e venceu por 4-2. No jogo entre terceiro e quarto, vitória do Sporting sobre o Vitória SC por 2-1. Em Iniciados B, o Feirense falhou a conquista da única final em que marcou presença ao

perder, por 2-0, com o FC Porto. Salgueiros e Sporting Academy de Alfena empataram, 2-2, no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares sendo que o Velho Salgueiral foi mais eficaz nos penáltis e venceu por 4-3. Na última final do dia, em Juvenis B, o Aves venceu a Escola de Futebol Artur Brandão. Depois do 0-0 no fim do tempo regula-

mentar, vitória por 4-3 para os avenses no desempate por penáltis.

FUTEBOL 11 - VENCEDORES

Infantis A

Iniciados B

Juvenis B


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ENTREVISTA Ricardo Maia, treinador do S. joão de ver

“O vERDADEiRO AGENTE DO NOSSO TRABALHO SãO OS jOGADORES” Ricardo Maia, considerado o Treinador do Ano na Gala Aveirense de Futebol, promovida pela Associação de Futebol de Aveiro, abriu as portas dos seu gabinete ao Correio da Feira para falar da época e de como trabalha o S. joão de ver. Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt

Que balanço faz da época 2017/18? Faço um balanço positivo porque num campeonato cada vez mais competitivo, porventura ainda mais que na época anterior, muito por culpa das equipas da segunda metade da tabela que estão cada vez mais apetrechadas. Sabíamos que à partida havia argumentos superiores em alguns adversários, quer em termos orçamentais, quer nas próprias estruturas, mas isso também nunca foi o nosso foco. Desde que começou a época, preocupámo-nos muito no que podíamos fazer. Batemo-nos com os melhores de igual para igual, mas sabíamos que a própria extensão do plantel muitas vezes faz mossas nas segundas metades das épocas, ou seja, uma ou outra lesão colocava em perigo, principalmente, o nosso meio-campo. No fator disciplinar não houve nenhum problema de maior. Chegamos ao fim a perceber que tínhamos argumentos para chegar ao segundo lugar, o que era muito bom, tendo em conta tudo aquilo que o primeiro classificado [Lusitânia Lourosa] fez para chegar a esse posto. Mais do que falar em investimento, foi uma conjuntura de fatores que os levou a ganhar uma projeção muito forte desde o início, apostaram em todas as áreas, de comunicação e marketing, aproximaram os adeptos, formaram uma verdadeira equipa. Nós fomos lutando, temos a noção que a nossa segunda volta, sobretudo nos jogos fora, foi muito penalizadora, mas também sabíamos que dificilmente nos daria algo mais que o segundo lugar. Em termos classificativos repetimos a época anterior, em termos pontuais superámos. Repetindo esse trajeto e tendo o percurso que tivemos também na Taça, o balanço é positivo. Sinto que também valorizamos muito os nossos atletas.

que ‘deitou por terra’ as nossas ambições para o final da temporada, mas conscientes do trabalho que foi feito. Mas não me parece que tenha existido bloqueio mental, foi um acumular de fadiga. Houve pouco tempo para preparar a última jornada depois da meia-final da Taça, ainda que o nosso adversário direto [Beira-Mar] estivesse em iguais circunstâncias.

No entanto, ainda que em circunstâncias diferentes, tal como na época anterior, também agora o S. João de Ver não conseguiu o segundo lugar. Há uma espécie de bloqueio mental? Não tem a ver com bloqueio mental, mas sim com a dimensão física, e a disponibilidade dos jogadores foi enorme ao longo da época. Mas mesmo dentro desse desgaste, muito em função da reduzida extensão do plantel, percebemos que tínhamos condições para chegar ao segundo lugar, sem dúvida, para chegar à final da Taça e depois, como é lógico, discuti-la. Fica esse ‘travo amargo’ pela última semana da época

“Fomos uma equipa claramente ofensiva”

Que alterações foram introduzidas no modelo de jogo para esta época? Uma das questões abordada no final da época 2016/17 foi a parte defensiva… Relativamente à organização defensiva, sei que não acabámos com números muito distantes da época anterior. A nossa pré-época foi muito focada na organização defensiva porque recebemos três jogadores para o setor defensivo [Rúben Gomes, Renato Maia e, mais tarde, o Rui Silva], inclusive um guarda-redes [Nuno]. Sabíamos que tínhamos de consolidar as nossas ideias com eles, mas também que podíamos sofrer, mas se fizéssemos sempre mais um golo que não havia esse foco. A verdade é que as primeiras jornadas foram um bocado penalizadoras em termos de golos sofridos. À terceira jornada ter cinco golos sofridos não estava nos nossos planos. À semelhança da época passada só fizemos quatro semanas de pré-época e nos primeiros sete jogos apenas cedemos um. Mas depois das primeiras jornadas, parece-me que houve uma estabilização nos nossos comportamentos defensivos e as vitórias conferiram essa confiança. Não nos focámos apenas na organização defensiva, havia ideias que tínhamos de respeitar, ou seja, a nossa organização defensiva tinha muito a ver com aquilo que queríamos depois para o ataque.

Concorda que o S. João de Ver é mais forte nos momentos de construção ofensiva e criação de situações de finalização do que na finalização? Se sim, porquê? Olhando para o campeonato, tendo um registo ofensivo (finalizador) como tivemos penso que é meritório. É certo que não tivemos nenhum elemento no plantel que se destacasse em golos marcados, mas também fomos a única equipa que colocou três jogadores no top-10 dos melhores marcadores do campeonato. Desde o início, tivemos sempre um foco muito coletivo. Não


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dependemos de ninguém em particular, tínhamos uma ideia conjunta, obviamente articulada em função das características dos jogadores. Inicialmente procurámos jogadores que encaixassem na nossa ideia de jogo, conseguimos uns, outros fogem ligeiramente, mas mesmo esses procurámos depois ajustar comportamentos que vão de encontro ao potencial máximo que cada jogador pode contribuir para a própria equipa. Penso que fomos uma equipa claramente ofensiva naquilo que diz respeito à forma como queremos chegar ao último terço, às zonas de finalização. Depois para dizermos que fomos uma equipa que pecou na finalização, tínhamos de analisar o percentual das oportunidades criadas e as concretizadas. Se olharmos para o registo em casa, tivemos seis ou sete jogos em que marcamos quatro golos. Esse registo é ímpar no campeonato. Fomos a equipa que mais pontuou nos jogos em casa, especialmente nas segundas partes fomos demolidores. Mas reconheço que provavelmente tínhamos uma ideia mais elaborada na forma como queríamos chegar ao último terço. Fomos mais eficazes nuns jogos que outros, quando não fomos saímos penalizados. 90% das derrotas que tivemos foi por um golo. Não responsabilizo o ataque, até porque me parece injusto com os números que apresentamos. O Rúben Gomes, que jogou maioritariamente como lateral-direito, surge entre os melhores marcadores do campeonato, com dez golos. Tem a ver com as características do jogador ou também foi algo potenciado em termos de ideia de jogo? O treinador tem uma ideia e não é claramente fechada, já provamos isso na época anterior e nesta época, e de certeza que o vamos continuar a fazer no futuro. Vai ser sempre alterada em função daquilo que achamos melhor, para aquilo que é o nosso contexto e da realidade do campeonato. Recebemos jogadores que se enquadram bem, dentro daquilo que é a nossa ideia e que depois têm dinâmicas muito próprias que ou ignoramos, e ao fazê-lo porventura estamos a ignorar aquilo que pode ser a maior capacidade de um jogador em detrimento daquilo que é a nossa ideia, o que não me parece justo, ou tentamos adaptar em função daquilo que é a ideia coletiva e aquilo que o jogador confere ou pode oferecer à própria equipa. É óbvio que o Rúben iniciou a época numa posição ligeiramente mais adiantada, mas 75% dos jogos fez como lateral. É sempre estranho como é que um lateral que não bate bolas paradas – nem livres, nem penáltis –, que não sobe à área para finalizar um canto ou livre lateral, consegue apresentar números assim. É óbvio que ele é quem tem a maior responsabilidade porque já tinha passado

pelo clube, na altura nos nacionais, continuou nos nacionais e veio com uma vontade e ambição enormes de poder ajudar. Podia pensar só em mim ou na minha ideia de jogo, mas depois temos atletas que nos oferecem disponibilidades e características diferentes, e cabe-nos adaptar da melhor forma para seguirmos juntos naquilo que é o nosso caminho.

“Não aprecio quando a crítica atribuí ao S. João de Ver o rótulo de equipa de contra-ataque”

O S. João de Ver é maioritariamente uma equipa de ataque organizado, ataque rápido ou contra-ataque? Não aprecio muito quando a crítica atribuí ao S. João de Ver o rótulo de equipa de contraataque. Percebo a lógica e somos falados porque temos grande aproveitamento nas situações que eu considero mais de ataque rápido. Mas depois também temos números bons naquilo que foi o aproveitamento da bola parada. Números positivos naquilo que é o registo em posse. Muitas vezes – quer em casa, quer fora –, fizemos coisas interessantes,nomeadamente no meio-campo ofensivo. Se daí tivemos um grande aproveitamento… provavelmente foi menor comparativamente com as situações de ataque rápido, mas isso também foi ajustado em função do que tínhamos pela frente, em função do campeonato. Acima de tudo, quem olha para o S. João de Ver vê uma equipa com um foco: jogar. Não vou dizer que não fez uma ou outra situação de antijogo, como normalmente toda a gente faz, porque fez, se tivermos de fazer faltas mais ou menos duras também as fazemos, mas partilhamos muito a ideia de jogar, de desfrutar. Passamos a ideia aos jogadores que os 90 minutos são para serem aproveitados da melhor forma. Há fases da época mais negativas que, nós próprios, entre jogar mal e ganhar ou arriscar jogar bem e perder, hesitámos, mas nunca abdicámos dessa preocupação. Não fomos sempre dominadores no campeonato ou nos 90 minutos, passámos por vários momentos, sabemos o porquê, mas isolar o S. João de Ver a situações de ataque rápido não é real. Quando vencemos e há o reconhecimento dos adversários é sintomático de que estamos no caminho certo. Há o reconhecimento da forma como jogamos e, sobretudo, como valorizamos os nossos jogadores e o campeonato. Quais os princípios e subprincípios do ataque rápido do S. João de Ver? Tem a ver muito também com a nossa atitude em treino. Nada é levado para o jogo do zero. Muito do que fazemos em treino, até pela forma como vejo o jogo, tem a ver como pensamos que podemos surpreender os adversários. Quando temos um adversário bem organizado, mais à

frente ou atrás, então sabemos que dificilmente se pode fazer rápido e bem. Essa é a nossa ideia, mas também sabemos que neste contexto – mesmo havendo muita qualidade entre os jogadores e treinadores, que há – há momentos no jogo em que o adversário pode estar menos equilibrado, menos organizado. Há um foco grande em aproveitar esses momentos. Se tivermos aproveitamento, então ainda há mais mérito do que a própria ideia que concebemos. Dentro desta perceção, trabalhamos muito em treino. Os princípios para o ataque rápido, para as transições, são muitas vezes promovidos em treino, nos feedbacks e nos exercícios que operacionalizamos, do micro para o macro, para acentuar comportamentos. Se depois há transfere para o jogo, então ainda te dá mais confiança. Agora, também temos uma primeira fase de construção que não encontro em muitos adversários. Não vou dizer que utilizamos o guarda-redes como peçachave nessa fase, mas a nossa ligação entre os defesas e o meio-campo existe e está bem vincada. Atraímos o adversário para determinados espaços para depois haver outros espaços. Temos uma ideia para todas as fases, desenvolvida desde o primeiro dia. Como temos resultados com essa ideia de jogo, seguimos em frente.

“O primeiro passe é o mais importante no ataque rápido”

Como operacionalizas esse momento de ataque rápido? Partindo do princípio que, seja o ataque rápido ou o contra-ataque, normalmente precisa de velocidade, mas não necessariamente de deslocamento, pode ser a velocidade da bola, normalmente o clique é no momento da recuperação. Se recuperámos, significa que não estávamos em posse, e normalmente estamos no meio-campo defensivo. Assim, significa que o adversário provavelmente está em ataque organizado, com um número de jogadores significativo. Se recuperamos numa dessas ações, sabemos que o primeiro passe vai definir o que é a continuidade. Se o primeiro passe tiver sucesso, criam-se condições favoráveis porque esse passe vai normalmente entrar num jogador que vem em apoio e lê melhor o que depois vai desenvolver. Depois temos também de colocar em ação a velocidade de deslocamento para dar sequência ao lance. Sabemos que se recuperarmos numa determinada zona não temos de ter uma ação similar a recuperarmos noutra zona. Dentro do que é a nossa preocupação em procurar e aproveitar o desequilíbrio do adversário, queremos que o primeiro passe seja normalmente mais vertical, para ‘queimar linhas’. Agora, não basta o primeiro passe. É o mais importante, mas também temos de desenvolver dinâmicas para que essa

primeira ação tenha sequência até chegar à zona de finalização. Mas também já fizemos, esta época, golos de forma mais organizada e que ficaram na retina. Depende sempre do contexto e o momento que estamos a passar na partida. Também já abordou os golos apontados em situações de esquemas táticos? Nos treinos é dada muita importância a esse momento do jogo? É treinado, mas não é extremamente valorizado. Há timings durante a época que o fazemos mais, como, sem dúvida, a pré-época. Depois, durante a época, não tem a ver necessariamente com o que vamos encontrar no jogo, mas sobretudo sobre qual a nossa realidade, como estamos em termos de encaixe de uma nova ideia concreta. Porque se o treino teve um momento mais negativo, se o jogador chegou ao treino e o dia até nem lhe correu bem, sabemos que são momentos de alguma pausa, mais monótonos (ainda que o tentemos contrariar). Normalmente trabalhamos os esquemas táticos no último treino da semana, com nuances em função de como o adversário se vai apresentar. Mas também não o fizemos todas as semanas (ainda que houvesse sempre um plano específico para cada jogo), fizemos sempre que o contexto era favorável. Mas, por exemplo, a determinado momento da temporada, percebemos que os adversários estavam a criar maiores adaptações ao nosso jogo e aí insistimos mais nas situações de bola parada. Mas fizemo-lo essencialmente em função da perceção que tínhamos em relação à equipa e da capacidade de absorção de mais uma ideia, em determinado dia. Mas mesmo nesses momentos procuramos ser concisos porque sabemos que, num contexto amador, não dá particular gozo ao atleta. Dentro da execução do exercício também utilizamos várias metodologias, desde o 11 para zero, até ao 11 contra 11, uma no momento defensivo e outra no ofensivo. Também já fizemos 11 para 11, mas em situação de jogo, ou seja, dar sequência para uma segunda bola. Também desenvolvemos um comportamento para nestes


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ENTREVISTA

momentos chegar à baliza contrária. Penso que tivemos um bom aproveitamento de esquemas táticos. Quanto tempo é destinado ao scouting? Fazemos um trabalho de análise, normalmente de dois ou três jogos de cada adversário, mas raramente de jogos contra nós da primeira volta. Focámo-nos mais no passado recente de cada adversário. A análise é compactada com os diferentes momentos e ações de jogo que queremos identificar do adversário, e é transmitido aos jogadores durante a semana, num dia específico. Mas num contexto amador não podemos gastar muito tempo com a transmissão da mensagem aos jogadores. Estamos a falar de dois ou três minutos, temos de ser concisos. Não temos de identificar tudo, mas aquilo que pode ser padrão ou motivo de surpresa para os nossos comportamentos. Na análise nunca menosprezamos o adversário, o que fazemos para o primeiro fazemos para o último, mas o que fornecemos aos jogadores deve ser coerente. Temos de olhar para o adversário, perceber as ameaças e saber se as mesmas necessitam de ajustamentos nos nossos comportamentos. Em média, 70% da análise foca-se no que podemos aproveitar e o restante nas ameaças apresentadas pelo adversário.

Microciclo do S. João de Ver

Como é o microciclo padrão do S. João de Ver? Nos jogos ao domingo, em casa (e alguns fora), há logo a oportunidade de começar com a recuperação, através dos banhos de gelo. À segunda-feira, em determinado momento, subdividimos o treino de acordo com os jogadores que tiveram maior (jogador, que no mínimo, fez 45 minutos) ou menor utilização. O treino inicia-se com todos os atletas e, a determinado momento, os mais utilizados são isolados. Procuramos criar um momento mais recreativo que pode ser um ‘meinho’, um ‘futvolei’, algo de vai eliminar um resultado negativo, mas mesmo que seja em momentos de vitória também é utilizado porque consideramos muito importante esta envolvência. É um momento que dá para exteriorizar as boas ações e permitir uma grande partilha, em que incluímos também um ou outro elemento da equipa técnica. Posteriormente, esses jogadores vão para os banhos

e massagens. Os jogadores menos utilizados optamos por aproximar muito que do que foi a carga adquirida pelos mais utilizados no jogo. Sabemos que é diferente jogar ou fazer um treino mais intensivo, mas temos de ter em conta que no sábado não tiveram treino, no domingo foi pouco utilizado ou não jogou, e na sexta anterior o treino foi mais moderado ao nível da carga. Na terça-feira é a folga e só regressam na quarta, pelo que tentamos aproximar ao máximo da carga dos mais utilizados. Esse trabalho varia em ações de força específica e envolvendo também resistência. O treinador tem de perceber o contexto e ir de encontro às espectativas dos jogadores não utilizados.Todos os exercícios são efetuados com a presença da bola. Depois há o jogo final, com diversas variações, que preenche parte importante do treino. Como referi, às terças folgámos. Na quarta é o dia que sabemos que podemos aumentar a carga porque quem jogou já recuperou. Não partimos o treino naquilo que é a dimensão física e tática, procuramos conjugar as duas. À quinta-feira, em função da análise do adversário, começamos a focar-nos nos comportamentos para o jogo, em função do que previsivelmente vamos encontrar. Por vezes, às quintas os jogadores também fazem banhos de gelo. A sexta-feira é um treino em que baixa a dimensão física, pode ou não surgir as bolas paradas, situações de finalização e um jogo mais reduzido.

Treinador do Ano

O que significa o prémio de treinador do ano recebido na III Gala do Futebol Aveirense? Tenho de ficar contente, é o reconhecimento geral do que foi feito, principalmente, esta época. É evidente que nos queremos valorizar enquanto equipa técnica, no entanto, a nossa valorização foca-se muito naquilo que podemos dar aos nossos jogadores. A nossa ideia é essa, dentro das condições disponíveis fornecer o máximo de argumentos aos jogadores. As pessoas não vêem o que se faz durante a semana, só vêem os jogos e os resultados. O verdadeiro agente do nosso trabalho são os jogadores. Se a mensagem que eles passam para o exterior é boa é sinal que estás a fazer um bom trabalho. Assim, muito do prémio deve ser atribuído ao trabalho dos jogadores e à crítica em geral, em função dos comportamentos que os jogadores tiveram ao longo da época. Isso é fantástico.

Próxima época: “Não deixamos de ser ambiciosos”

Quais são os objetivos para a próxima época? Não podemos agir declaradamente como principais candidatos ao título porque sabemos que

há sempre forças maiores, projetos maiores. Mas, tal como nas duas épocas anteriores, vamos tentar apresentar-nos cada vez mais fortes e ambiciosos, dentro daquilo que o clube pode dar. Não deixamos de ser ambiciosos, mas passa muito pelo que os sócios, patrocinadores, direção quiserem ou conseguirem para depois fornecer a uma estrutura técnica, de jogadores e médica, que depois ajude a criar cada vez mais competência para atingir objectivos maiores. Se esse leque já está formado? Não. Se tem condições para ser formado? Provavelmente sim. E não tem só a ver com jogadores, mas com outras lacunas que existiam. Dentro de todas as áreas que existem no clube, se toda a gente perceber as lacunas, corrigindo-as, melhorando equipamentos e se houver grande simbiose entre todas essas áreas, sabemos que estamos mais perto do nosso objetivo que passa por ganhar todos os jogos. Quando percebermos a dimensão dos outros 17 clubes é que definimos o objetivo. O plantel já está perto de se definir?Vai-se manter a estrutura? A ideia é renovar com parte importante – a maioria – do plantel. Todos foram importantes, mas dentro dos que tiveram melhor rendimento desportivo podemos ter um ou outro dissabor. Mas queremos manter a estabilidade no balneário. Depois vamos tentar aumentar a qualidade, preencher uma ou outra lacuna que reconhecemos no plantel.

Meio-campo vai ser reforçado

Em que setores? A equipa era equilibrada, mas é verdade que os elementos do meio-campo tiveram uma utilização superior em relação aos outros setores porque, infelizmente, não o conseguimos equilibrar

durante a época. E sabemos a importância do meio-campo no futebol e na nossa ideia de jogo. Mas sim, um dos focos será o meiocampo, mas todos os setores podem ser reforçados. Sabemos o que queremos, vamos ver o que conseguimos, mas sem nunca perder o nosso maior trunfo, a estabilidade do balneário. Disso nunca abdicarei. Mas ainda não posso confirmar nenhum reforço. Sairá algum dos elementos mais utilizados durante a época? Há questões que ainda não estão completamente encerradas, mas, neste momento, há já uma saída confirmada que é a do Vítor Neto. Foi o jogador mais utilizado a partir do banco e ajudou-nos muito. Vai para o Campeonato de Portugal. É óbvio que nenhum treinador gosta de perder jogadores que considera mais-valias, mas se os perdes porque deram um passo em frente na carreira, então sabes que fizeste um bom trabalho. Vai para a terceiro época no S. João de Ver. Numa entrevista, Julian Nagelsmann (Hoffenheim, da Alemanha) disse algo como: “o aborrecimento é realmente o principal ‘assassino’ da relação treinador-jogador”. Concorda? Se sim, como contrariar essa ideia? Eu acredito que há relações treinador/jogador ou ex-treinador/ex-jogador que podem perdurar. Se o jogador continua é porque o valorizamos. Mas também acredito que há relações de continuidade, numa terceira época, que têm de ser revistas, resultante de algum eventual desgaste. Cabe-me perceber o contexto, definir o caminho que vamos seguir e gerir as situações. Sem nunca esquecer que por trás de um jogador está um ser humano.


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MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS

EQUIPA TREINADOR

CD Feirense

Nuno Manta

PERMANÊNCIAS Caio Secco; Diga, Jean Sony (?), Barge (?), Flávio Ramos, Briseño, Bruno Nascimento (?), Alex Kakuba (?), Tiago Gomes (?), Cris, Babanco, Tiago Silva, Crivellaro, João Tavares (?), Luís Machado (?), Edson Farias (?), João Silva, José Valencia (?)

I LIGA

ENTRADAS

SAÍDAS

Tiago Mesquita (ex-Boavista), Alphonse (Gil Vicente – regresso ?), Zé Pedro (Felgueiras – regresso ?), Etebo (Stoke City, Inglaterra)

AGENDA

Michal Miskiewicz; Alampasu (?), Luís Rocha (Dínamo Minsk, Bielorrússia), Kiki Afonso, Luís Aurélio, João Graça (?), Karamanos (Olympiacos, Grécia), Zé Manuel (FC Porto), Hugo Seco

Início dos trabalhos a 27 de junho

João Borges (U. Lamas ?); Ivo Oliveira (termina carreira); Pirata (Ovarense), Mário (?), Koneh (Boavista)

A definir

Vítor Neto

A definir

CAMPEONATO DE PORTUGAL Marco Sá (?); Rena (?), António Alves (?), Edu Marques (?), Edu Silva (?), Leo

Lusitânia Lourosa

Daniel Materazzi (Olhanense ?), Serginho (Sanjoanense ?), Agostinho Carvalho (Fafe ?)

Luís Miguel Martins

DIVISÃO PRO-NACIONAL Bruno Costa; Marco Ribeiro

S. João Ver

C.

Ricardo Maia

F.

Óscar Beirão, Marcelo, Tintim, Rodrigo, Joel, Luís, Joca

João Borges (Lus. Lourosa ?)

Flecha (Estarreja ?), Manú (Avanca ?), Fábio Raúl (?)

A definir

Hugo Silva, Edu, Tiago Castro, Pedro Miguel, Miguel Ferreira, Rafael Bastos

Tiago Ribeiro (Pampilhosa)

Janita Valente; Bruno Tiago, Carlos André (Esmoriz ?)

A definir

U. L.

U. Lamas

Fiães SC

Carlos Santos

I DIVISÃO DISTRITAL

Canedo FC

José Neves Diogo (GR), Candeias, FF, Marcos, Mota, Saxe, Justo, Daniel, Robinho

Paços Brandão

Mosteirô FC

AD Argoncilhe

Início dos trabalhos a 17 de Agosto

Kaká

Aurélio Fonseca?

Mickael Amaral Inverno (Fiães)?, Ricardo Nuno (Pigeirense)?

CD Arrifanense

RUMORES

Pedro Justo, que ajudou o Mansores a subir de divisão na época transata, tem a baliza do Fiães como opção para a próxima temporada.

Ao que tudo indica, o herói da Supertaça de Aveiro, Mário, não acompanhará o Lusitânia de Lourosa até ao Campeonato de Portugal.

Inverno (Fiães), Ricardo Nuno (Pigeirense) e André Vieira (Milheiroense) poderão reforçar recém-promovido Arrifanense.

Aurélio Fonseca, que deixou o Mosteirô durante a época transata, voltará a ser a escolha da direção para a próxima temporada.

A direção do União de Lamas tenciona fazer regressar José Veríssimo para substituir Tonel. O técnico já contactou jogadores do plantel.

Daniel Materazzi, do Olhanense, está perto de reforçar o Lusitânia de Lourosa. O defesa-central representou o clube entre 2007 e 2009.


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MODALIDADES

Miguel Couto é o novo treinador do Fiães FUTSAL Miguel Couto é o substituto de vítor Coelho no comando técnico do Fiães para a próxima temporada. o timoneiro vai ainda “assumir a coordenação do departamento de futsal”, anunciou o clube em nota de imprensa. o novo técnico do Fiães conta

com passagens por Águias Montes da Costa, gramidense, são pedro de Fins, silvalde, Junqueira, Fundação Manuel da Costa, Cohaemato e gualtar. Foi ainda treinador, em representação da aF porto, dos seniores, sub-23, sub-21, sub-20 e sub-15. em

B0LA NAS REDES femininos, seniores, sub-19 e sub-16. Conta no palmarés, entre outros, com o título de Campeão nacional da 2.ª divisão, ao serviço do Junqueira, e vencedor da taça de braga em representação da Fundação Manuel da Costa.

/armenio.pinho.10

temporada encerra a 14 de julho

desportivo de Fiães trabalha para a próxiMa époCa Carlos Fontes VOLEIBOL há cerca de um mês, altura em que as competições da temporada da 2017/18 terminaram, que os dirigentes do Clube desportivo de Fiães encetaram os trabalhos com vista à próxima época. o plantel sénior masculino está quase completo. “em breve poderemos anunciar mais dois jogadores que completarão o plantel para a próxima época”, afirma, pedro leal, presidente da direção. neste momento a formação sénior masculina já conta com os seguintes atletas: Marco gomes, paulo rocha, tiago Marinho, João pinto (continuam no clube), Fabrício barros (sp. espinho), pedro Ferreira (aJ Moreira), vladyslav tolmachov (Cv espinho), luís godinho (gC vilacondense), pedro Couto (Ca Madalena),

henrique vitó (sp. espinho) e henrique rabel (sp. espinho). o presidente da direção do clube fianense não esquece o comportamento dos dirigentes do sporting Clube de espinho para com o seu clube, e acrescenta: “aproveito a oportunidade para agradecer ao s.C. espinho, na pessoa do sr. nuno vitó, a cedência de alguns atletas de grande valor”. a seguir destaca que “o quadro técnico para as equipas de formação está praticamente fechado, bem como na secção de desporto adaptado, projeto que iremos manter e apostar cada vez mais”. Quanto à equipa sénior feminina, que ainda não tem técnico – “será anunciado muito em breve”, acrescenta o presidente da direção – conta para já com as seguintes atletas: Melissa silva,

neuza almeida, ana leandro, rita sousa, sara Castro, Márcia lemos, sara Ferrão, que transitam da temporada que agora termina. entretanto, já está marcada a data para a festa de encerramento desta temporada. será no dia 14 de julho e decorre no pavilhão municipal, que viverá um dia de festa. “o evento será totalmente dedicado à vertente desportiva. será aberto a todos os nossos atletas, pais e restante população que se queira juntar a este nosso convívio. Queremos que seja um dia de festa de todos aqueles que gostem de desporto”, assegura, pedro leal. Completado recentemente um ano após o nascimento da secção do desporto adaptado no clube, a secção continua cada vez mais acarinhada pelos fianenses.

“Momentos…” O presidente da Associação de Futebol de Aveiro, Arménio Pinho, marcou presença na Rússia para apoiar a Seleção Nacional no embate frente à Espanha.

/hugomendesgrupomestre “Brilhante noite de Futebol!!!!” O presidente do Lourosa, Hugo Mendes, assistiu, de camisola lusitanista envergada, ao empate entre Portugal e Espanha em Sóchi.

/geracaord

edgar pinto e João Matias FeChaM naCionais eM nono “Iremos ter plantel sénior para a época 2018/19” A Geração Rui Dolores informou, depois dos rumores do término do plantel sénior, que o emblema manterá a aposta, agora na Segunda Divisão.

CICLISMO a vito-Feirenseblackjack marcou presença nos Campeonatos nacionais de estrada, entre 22 e 24, com edgar pinto e João Matias em bom plano. em belmonte, Castelo branco, disputaram-se as provas de Contra-relógio e de Fundo. edgar pinto foi o único corredor da vitoFeirense-blackjack a disputar as duas provas, alcançando, na

sexta-feira, o nono melhor tempo no crono de 33,7 quilómetros ganho por domingos gonçalves (rp-boavista), que viria a vencer também a prova de fundo. no domingo, João Matias repetiu o lugar alcançado pelo companheiro, fechando no nono lugar a prova de fundo de 181,8 km. edgar pinto foi 16.º e luís afonso 25.º.

Xuban Errazkin no Campeonato de Espanha

no Campeonato de espanha, o sub-23 xuban errazkin disputou a prova de Fundo em elites. entre Castellón de la plana e benicassim foram pedalados 215 quilómetros, o ciclista basco fechou o dia em 55.º, pertencendo a vitória a gorka izagirre (bahrainMerida).

/boavistafc.pt

“Koneh por três temporadas” O Boavista, da Liga NOS, anunciou a contratação de Ibrahim Koneh ao Lusitânia de Lourosa”


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MODALIDADES

marco martins faz sexto em Fafe NATAÇÃO o atleta do clube colégio de Lamas, marco martins, alcançou o sexto posto, a escassos segundos do acesso ao campeonato Nacional de Juvenis, na prova de 100 metros mariposa durante o XX torneio cidade de Fafe que decorreu no dia 17. Já Alexandre Gonçalves fez recorde pessoal nos 100m livres, alcançando tAc nacional em infantis, assim como mariana Fernandes, mas nos 100 costas. Já roberto Freitas e Nicole Silva ficaram às portas do tAc nacional, no mesmo escalão, mas aos 100 costas e 100 livres, respetivamente.

Avanca e p. Brandão vencem 18.º torneio internacional

AcAdémico dA FeirA empAtA com o cAmpo de ourique Luís Higino

HÓQUEI PATINS o Académico da Feira empatou 6-6 com a equipa do campo de ourique, em jogo a contar para a 2.ª jornada da Liguilha de acesso à 2.ª divisão Nacional. No outro jogo da prova o Hc maia venceu em Sines por 7-5 o Hc Vasco da Gama. o Académico da Feira desperdiçou uma boa oportunidade de conquistar a sua primeira vitória na Liguilha. entrou muito bem no jogo, mas permitiu a reacção dos visitantes chegando mesmo assim ao intervalo a vencer por 3-2.

No início da 2.ª parte a histórica equipa de Lisboa deu a volta ao marcador, mas o Académico da Feira reagiu muito bem a essa desvantagem e a seis minutos do final vencia por 6-4. No entanto, não conseguiria segurar a vantagem e o campo de ourique nos últimos minutos chegou à igualdade a seis golos. o Académico da Feira alinhou e marcou com Alexandre Saraiva, tibério carvalho (1 golo), chico Barreira (3 golos), Hugo drumond (1 golo) e Avelino Amorim no cinco inicial.

Jogaram ainda pedro Silva (1 golo), marco dias, david Sá, Artur couto e ricardo Lopes. recorde-se que serão promovidas as duas equipas primeiras classificadas no final das seis jornadas desta poule. III DIVISÃO NACIONAL Liguilha Promoção

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Resultados - 2.ª Jornada Académ ico da Feira 6 6 CA Campo Ourique HC Vasco da Gama 5 7 HC Maia Classificação P J V E D GM - GS HC Maia 6 2 2 0 0 14 - 10 CA Campo Ourique 4 2 1 1 0 11 - 7 Académ ico Feira 1 2 0 1 1 11 - 13 HC Vasco da Gama 0 2 0 0 2 6 - 12 Próxim a Jornada - 30 de Junho Académ ico da Feira - HC Vasco da Gama, 18h30 HC Maia - CA Campo de Ourique

mANueL piNHo VeNce torNeio iNter-reGioNAL eSpeciALiStA NATAÇÃO o atleta do Feirense, manuel pinho, alcançou a vitória no torneio inter-regional especialista, competição organizada pela Associação de Natação de Santarém e realizada nas piscinas de rio maior. o jovem nadador venceu nos 50, 100 e 200m livres.

16 pódios no Troféu Internacional FCP

o Feirense esteve presente no ii troféu internacional de Natação master Fcp, realizado na piscina da campanhã, e os atletas do clube fogaceiro conquistaram 16 lugares de pódio, ficando em quinto lugar da geral entre 27 clubes presentes. destaca-se a prestação dos nadadores rosa Jesus (escalão G), que venceu as provas de 50m costas e 50m bruços; cláudia Gomes (escalão d), que venceu as provas de 50 e 100m bruços; daniel oliveira (escalão c), que venceu a prova de 50m bruços e ficou em 3.º lugar na prova de 50m mariposa; raquel peixoto (escalão c),que ficou em 2.º lugar nas provas de 50 e 100m livres e 50m costas;carla Gomes (escalão e), que ficou em 2.º lugar nas provas de 50m livres e 50m costas; maria conceição oliveira (escalão F), que ficou em 2.º lugar aos 50m costas e 3.º lugar aos 100m livres; e regina Azevedo (escalão G), que ficou em 2.º lugar na prova de 100m bruços e 4.º lugar na prova de 50m bruços;

e Fernando Silva (escalão e), que ficou em 2.º lugar aos 50m bruços e 4.º lugar aos 100m bruços. para além dos referidos nadadores que conquistaram lugares de pódio, representaram as cores do Feirense paula duarte (escalão F), 4.º lugar aos 50 e 100m bruços; mário Xavier rocha (escalão e), 5.º lugar aos 50 e 100m bruços; isabel Guimarães (escalão F),6.º lugar aos 50m bruços e 7.º lugar aos 50m livres; e Henrique paiva (escalão F), 6.º lugar aos 50m bruços.

17 pódios no Torneio da Mealhada

o Feirense participou, nas piscinas municipais da mealhada,no torneio de preparação para infantis,Juvenis, Juniores e Seniores, alcançando 17 pódios. destaca-se a prestação de Joana costa (infantil), que venceu as provas de 100 e 200m costas e ficou em 2.º lugar aos 100m livres, batendo o recorde do clube, escalão 13 anos, aos 100m costas e feito tAc Nacional nas provas de 100m livres e 100m costas; Beatriz melo (infantil), que venceu as provas de 100 e 200m bruços e ficou em 2.º lugar aos 100m mariposa, batendo o recorde do clube,escalão 13 anos, nas provas de 100 e 200m bruços e feito tAc Nacional nas provas de 100m bruços e 100m mariposa; Job Silva (Sénior), que venceu as provas

FUTEBOL o Avança, com dois títulos, e o paços de Brandão, com um, foram os emblemas em evidência durante o 18.º torneio internacional de Verão, organizado pelo clube brandoense destinado a traquinas, Benjamins B e Benjamins A e que juntou 20 equipas. em traquinas, triunfo do emblema organizador da prova, paços de Brandão, seguido por Fermedo e Anta. o Avanca ficou em primeiro em Benjamins B, seguido paços de Brandão e cucujães e em Benjamins A, seguido por Atlético San pedro, de espanha – país do qual participou ainda o Atlético da corunha – e paços de Brandão.

de 100m livres e 100m costas;Xavier cerdeirinha (Juvenil), que venceu a prova de 100m livres e ficou em 2.º lugar aos 200m bruços; ruben Almeida (Sénior), que ficou em 2.º lugar aos 100m bruços e em 3.º lugar aos 100m livres; André correia (Sénior) que ficou em 2.º lugar aos 100m mariposa; rodrigo coelho (Júnior), que ficou em 3.º lugar aos 100m costas e aos 100m mariposa; Nuno Gomes (Sénior), que ficou em 3.º lugar aos 100m costas; e Victor Acioli (Juvenil), que ficou em 3.º lugar aos 400m livres, batendo o recorde do clube absoluto; Bárbara pinto (infantil),que fez tAc Nacional nas provas de 100m livres e 100m bruços; e Ana Beatriz Soares (Juvenil), que bateu o recorde do clube, escalão 15 anos, aos 200m costas. Nadaram ainda pelas cores azuis ivone Amorim, Sara Baptista, maria Leitão cardoso, catarina castro, maria inês coelho,Ana rita correia, Gonçalo correia, daniel dias, João Ferreira, Bruno Gomes, rodrigo Gomes, Afonso Lomba, Gonçalo Lopes,tiago marques, duarte mendes, Vítor Hugo moreira, Bárbara mota,André paiva, maria João paiva, ruben paiva, Bárbara pinto, inês pinto, Nair pinto, maria João ribeiro, daniel Santos, rafael Santos, diana Silva, ema Silva, Bernardo tavares e diogo Vieira. durante a competição foram batidos 68 recordes pessoais.

Arsénio rocha com mínimos para os europeus ATLETISMO o atleta da Lusitânia de Lourosa, Arsénio rocha, obteve os mínimos da Federação internacional de Atletismo para os campeonatos europeus de Juvenis com 22,42s nos 200 metros. A marca foi alcançada, entre os dias 16 e 17, no apuramento para o campeonato Nacional de clube realizado em Guimarães, que permitiu ao atleta lusitanista arrecadar o terceiro lugar. individualmente, ivo Barros foi sétimo nos 100m e coletivamente, terceiro para a estafeta 4x100 e oitavo para a estafeta 4x400.

cAL organiza 4.º Grande prémio ATLETISMO o clube de Atletismo de Lamas (cAL) realiza, no dia 7 de julho, a quarta edição do Grande prémio de Santa maria de Lamas, prova de 10 quilómetros. o valor das inscrições para a caminhada, de quatro quilómetros, reverterão para a cerci-Lamas.

José Silva foi quinto em Vila Nova de Gaia ATLETISMO o atleta do caldas de S. Jorge, José Silva, arrecadou o quinto posto classificativo, no escalão m60, na 19.ª corrida S. João que decorreu no dia 17 pelas ruas de Vila Nova de Gaia. Goretti cardoso, em F50, foi sexta e Abel Santos foi 12.º em m60.

5.ª Meia Maratona D’Ouro Run

Na 5.ª maratona d’ouro run, realizada no dia 10 em Gondomar, Bruno Vidinha, do caldas, conquistou o décimo posto no escalão júnior/sénior.


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DIVERSOS

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Maria Rosa Fernandes (Micas de Escapães) 92 Anos

Viúva de Armandino Pereira dos Santos Residia na Rua da Lomba, n.º 511 MILHEIRÓS DE POIARES

Seus Filhos, Genro, Nora, Netos, Bisnetos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 21 de Junho na Igreja Matriz de Milheirós de Poiares seguindo para o cemitério local onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza hoje, dia 25 de Junho, pelas 20h, na Igreja Matriz de Milheirós de Poiares.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Adílio Sousa da Silva 67 Anos

Casado com Rosa Gomes da Costa Residia na Rua Dr. Mauro Silva, R/C Esq., n.º 238 Lugar do Monte - VILA DE CUCUJÃES

Sua Esposa e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizam hoje, dia 25 de Junho pelas 17h30 na Igreja Matriz de Cucujães seguindo para o cemitério local onde será sepultado. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza sexta-feira, dia 29 de Junho, pelas 19h, na Igreja Matriz de Cucujães.

PELOURO DO PLANEAMENTO, URBANISMO E TRANSPORTES

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Joaquim Costa Fernandes Diogo

Casado com Rosa Maria Alves de Sousa Reis Residia na Rua Joaquim Alves Moreira, n.º 540 MILHEIRÓS DE POIARES

Casado com Leonilde de Oliveira Soares Residia na Rua Burgo de Ryfana, n.º 162 ARRIFANA

Sua Esposa, Filhos, Genro, Neto e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 20 de Junho na Igreja Matriz de Milheirós de Poiares seguindo para o cemitério local onde foi sepultado. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza hoje, dia 25 de Junho, pelas 20h, na Igreja Matriz de Milheirós de Poiares.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Joaquim Francisco Moreira de Aguiar 78 Anos

Casado com Ilda Rezende de Castro e Silva Residia na Rua Ferreira de Castro, n.º 71 ARRIFANA

Sua Esposa, Filhos, Genro, Netos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 22 de Junho na Capela Mortuária do Cemitério de Arrifana onde foi sepultado. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza amanhã, terça-feira, dia 26 de Junho, pelas 19h, na Igreja Matriz de Arrifana.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

71 Anos

Sua Esposa, Filhos, Netos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 23 de Junho na Capela Mortuária do Cemitério de Arrifana onde foi sepultado. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza sábado, dia 30 de Junho, pelas 18h30, na Igreja Matriz de Arrifana.

AUGUSTO RESENDE DOS SANTOS 11.06.2018

Agradecimento

AVISO FESTA EM HONRA DE S. PEDRO, ST. ANTÓNIO E SENHOR CANEDO

Helena Maria Sá Portela, Dr.ª, Vereadora do Pelouro de Administração e Finanças do Município de Santa Maria da Feira: Nos termos do nº 1 do artigo 12º do Decreto – Regulamentar n.º 2-A/2005, de 24 de Março, que regula a “utilização das vias públicas para a realização de atividades de carácter desportivo, festivo ou outras que possam afetar o trânsito normal”, faço saber que nos dias 29 de junho a 01 de Julho de 2018, o Sr. Nuno Miguel Moreira de Castro, em representação da Fábrica da Igreja de Canedo, vai levar a cabo a realização da iniciativa em referência, que implicará o corte ou condicionamento do trânsito, nos dias 29, 30 de Junho e 01 de Julho de 2018, na Rua da Igreja e dia 01 de Julho de 2018 para a passagem da procissão, na Rua da Igreja, Rua da Praça, Rua Principal, Travessa do Mosteiro, Avenida Mosteiro e Rua do Cruzeiro, todas na freguesia de Canedo, deste concelho de Santa Maria da Feira. O presente aviso é feito para conhecimento público dos condicionamentos ou suspensão do trânsito inerentes à realização de atividades que utilizem vias públicas. Santa Maria da Feira, 20 de Junho de 2018 A Vereadora do Pelouro de Administração e Finanças; Helena Portela, Dr.ª “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6064 de 25/06/2018

EDITAL

A Família

Almacristi - Agência Funerária, Lda. - 963175707

Viúva de Elias da Silva Oliveira Residia na Rua Dr. Francisco Vale Guimarães, n.º 574 SÃO VICENTE PEREIRA JUSÃ

Esposa e filhos, genro e neto de Fernando José Macedo Pinho (Milheirós de Poiares) agradecem de forma sentida à Equipa de Enfermagem das Alas A e C do serviço de Medicina do 5º piso e Equipa de Cuidados Paliativos do Hospital de São Sebastião, assim como, à Sra. Dra. Ermelinda Maia por todo o apoio, cuidado e dedicação. Agradecem também a homenagem na hora da sua despedida ao Sr. Arlindo Henriques e todos os colegas da Lusocal, a todos os amigos, vizinhos queridos, representantes do Dínamo Sanjoanense e do Futsal Azeméis.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

a) Lote alterado – Lote n.º 1. b) Área total do lote alterado – 777,00 m2. c) Área total de construção – 348,00 m2. d) Volume total de construção – 1.044,00 m3. e) Número de pisos acima da cota de soleira - 2 piso. f) Número total de fogos – 1 fogo. g) Número de lotes para habitação – 1 lote.

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA UNIÃO DAS FREGUESIAS SANTA MARIA DA FEIRA, TRAVANCA, SANFINS E ESPARGO

Agradecimento

Seus Filhos, Noras, Genro, Netos, Bisnetos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 21 de Junho na Igreja Matriz de São Vicente Pereira Jusã seguindo para o cemitério local onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza quarta-feira, dia 27 de Junho, pelas 19h, na Igreja Matriz de São Vicente Pereira Jusã.

Nos termos do disposto no art.º 78º do Decreto-Lei nº. 555/99, de 16 de dezembro, na sua atual redação, torna-se público que esta Câmara Municipal, emitiu em oito de junho do ano em curso, em nome de Manuel José de Jesus Coelho, contribuinte n.º 196 809 1326, um aditamento ao alvará de loteamento n.º 21/87 emitido em 1987/08/20, em nome de Joaquim do Couto e Sousa, que incidiu sobre o(s) prédio (s) sito no lugar da Barra, da freguesia de Nogueira da Regedoura, deste concelho. O presente aditamento titula as alterações ao alvará n.º 21/87, de 1987/08/20, nos seguintes aspetos:

O/A Diretor(a) de Departamento Por (sub) delegação: Justina Rodrigues de Sousa Veiga de Macedo “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6064 de 25/06/2018

Ana Rosa Marques de Andrade 79 Anos

Processo n° 946/2017/URB Local: NOGUEIRA DA REGEDOURA Requerente: Manuel José de Jesus Coelho Aviso N° 18741/2018/INT

Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, 13/06/2018

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

A Família vem muito reconhecidamente agradecer, a todas as pessoas de suas amizades e conhecimento, a presença no seu funeral realizado em 12.06.2018 bem como aos que assistiram à Missa de 7º Dia. Informa-se que a Missa de 30º Dia será celebrada no dia 15.07.2018 em Travanca – Santa Maria da Feira, agradecendo a presença todos os que queiram assistir este acto religioso.

Rua do Casal, n.º 68, 3700-732 Milheirós de Poiares Tlf./Fax: 256 811 124 | Tlm.: 968 685 709 / 965 815 114 E-mail: agencia.funeraria.ag@hotmail.com

Funerais | Cremações | Transladações Serviço Permanente 24h

Fernando José Macedo Pinho 53 Anos

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. Agência Funerária

Carlos Jorge Campos de Oliveira, Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Santa Maria da Feira, Travanca, Sanfins e Espargo: Torna público, em conformidade com o disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 14.° da Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro, conjugado com o n.º 1 do artigo 11.º, da mesma Lei, que a sessão ordinária desta Assembleia de Freguesia vai ter lugar no próximo dia 28 de Junho (quinta-feira), pelas 21.30 horas, na extensão de Sanfins (Rua da Junta de Freguesia, n.º 13 - Sanfins), com a seguinte ordem de trabalhos: O. Período antes da ordem do dia, 1. Assuntos de interesse para a freguesia. Santa Maria da Feira, 13 de Junho de 2018 O Presidente da Assembleia de Freguesia Carlos Jorge Campos de Oliveira, Dr. “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6064 de 25/06/2018

Tribunal Judicial da Comarca de Aveiro

Juízo Local Cível de Santa Maria da Feira - Juiz 1 ANÚNCIO Processo: 2276/18.8T8VFR Interdição/Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Laurinda Gomes Viegas Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Laurinda Gomes Viegas, com residência na Rua Dr. Feiteira Maia, n.º 109, 2.º Esq., 4535-568 Mozelos, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. Referência: 102743924 Data: 20-06-2018 O Juíz de Direito, Dr(a). Nuno Fernando Sá Couto Martins da Cunha O Oficial de Justiça, Ana Soares “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6064 de 25/06/2018


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25.JUN.2018

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ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DESTAQUE TECNOLÓGICO

Aldeia Global

Alecsander Pereira* Responsável pelos Serviços Informáticos ISVOUGA

ARTIGO 13 O Youtube já contava, desde há muito tempo, com um sistema chamado Content ID. Esta ferramenta pode ser utilizada pelos proprietários de direitos de autor, de forma que possam identificar e gerir facilmente o respetivo conteúdo no YouTube. Desta forma, os vídeos publicados no YouTube são comparados com uma base de dados de ficheiros e enviados para os proprietários de direitos de autor, de forma a que possam decidir o que acontece quando o conteúdo de um vídeo no YouTube corresponde a uma obra da sua propriedade. Quando isto acontece, quem publicou o vídeo recebe uma reivindicação do Content ID.

PUBG X FORTINTE Na sexta-feira passada, 22 de junho, a PUBG lançou o tão esperado e novo mapa Sanhok. Mas a novidade não parou por aí. Junto com o novo mapa está disponível um novo tipo de serviço de assinatura, o Event Pass. Os fãs do Fortnite, que também jogam PUBG, vão perceber que o sistema é muito familiar com o Battle Pass da Epic Games. Você compra (com dinheiro real) o Event Pass, como a desenvol-

vedora PUBG Corporation está a chamar, e adicionará missões de progresso (diárias e semanais) pelo período de quatro semanas. Vai permitir que os jogadores desbloqueiem permanentemente itens cosméticos ao longo da “Temporada de Eventos”, ganhando XP e concluindo desafios. O Event Pass custará €10, sendo que poderão pagar €5 para garantirem um boost de cinco

níveis. No entanto, você ainda poderá realizar as tarefas se não comprar o ticket, pois o seu progresso será salvo para receber as recompensas especiais caso compre o Event Pass posteriormente. No Fortnite, o Battle Pass, que também custa 10€, serve para uma temporada de três meses. A PUBG está a reconhecer que a abordagem do Fortnite é uma ótima forma de gerar receita.

limpar todos os dias às horas mais adequadas ao seu horário. A aplicação iRobot HOME (disponível para dispositivos móveis Android e iOS) permite agendar e limpar de f orma prática – em qualquer altura e em qualquer lugar. Basta, apenas, estabelecer ligação ao botão CLEAN para limpar sem necessitar de estar em casa com o Robot aspirador ligado por Wi-Fi.

são convidados a sobreviver à máquina Rogue AI e às vagas de robots e drones por ela controlados. O objetivo do jogo é desativar o servidor da Estação Espacial. O próximo jogo a chegar ao espaço Zero Latency em Portugal será o aclamado e premiado Engineering.

BYTE NOTÍCIAS TRUMP À medida que a Casa Branca s e a p rox i m a d o s U S $ 2 5 0 bilhões em tarif as sobre as importações chinesas, os f abr icantes amer icanos de aparelhos eletrônicos estão se preparando para o impacto. A Casa Branca detalhou os primeiros US$ 35 mil milhões em produtos restritos na sextafeira, incluindo novas restrições em baterias, condensadores e ecrãs sensíveis ao toque, com US$ 15 mil milhões adicionais ainda por serem aprovados. iROBOT A iRobot acaba de lançar no mercado nacional o novo modelo Roomba 676. O novo Roomba 676 trata-se de um equipamento conectável, e é possível programá-lo para

ZERO LATENCY O Singularity, que chegou em março, como comentámos aqui, passou a acomodar um máximo de 8 jogadores em simultâneo e m c a d a s e s s ã o. N e s t a experiência, seguindo filmes de ficção como 2001, Odisseia no Espaço ou o mais recente Era de Ultron, os jogadores

MICROSOFT A M i c ro s o f t e s t á a l a n ç a r aplicativos renomeados Microsoft News para iOS e Android, além de utilizar seu mecanismo de notícias para gerar estas em diversos produtos da própria Microsoft. Enquanto o nome do MSN está a deixar de ser utilizado no Android e iOS, o portal em si permanecerá marcado como MSN.com, um portal de notícias que a Microsoft lançou em 1995.

O ARTIGO 13 A legislação aprovou uma votação inicial, mas precisará de aprovação parlamentar antes de se tornar lei. Assim, o Artigo 13 da diretiva europeia para a reforma dos direitos de autor vai a votos no Parlamento Europeu no dia 20. Segundo este artigo, todas as plataformas online vão ter de implementar filtros de upload semelhantes aos que já são utilizados pelo Youtube. Mais de 70 especialistas – incluindo Tim BernersLee, o inventor da World Wide Web e Jimmy Wales, o fundador da Wikipédia - criticaram a proposta, pois dizem que esta transformará a internet em “uma ferramenta para a vigilância e controle automatizados de seus utilizadores”. A controvérsia está no facto desta proposta, ou seja, o Artigo 13, conforme disse Cory Doctorow, “Não estar no rascunho final, mas foi introduzido no dia do GDPR [25 de maio, dia em que o GDPR entrou em vigor]”. Por este motivo Cory, um jornalista e escritor canadiano de ficção científica, está a organizar um movimento com a Electronic Frontier Foundation contra a proposta. Doctorow, que é um dos defensores do “copylft”, diz que os pontos de vista são bem conhecidos e diz que parece que o Artigo 13 surgiu do nada, às cegas. Afirma que o resto da proposta da UE é “um conjunto de revisões técnicas bastante questionáveis para um estatuto importante que passou muito tempo para ser aprovado”. Para quem já está na internet há tempo suficiente, o problema com o Artigo 13 é bem claro. É um Content ID (como o do YouTube) a ser utilizado em toda a Internet. Axel Voss, membro do Parlamento Europeu que está liderando a lei de direitos autorais, argumentou que a linguagem propriamente dita nunca menciona um filtro, embora isso apenas suscite a questão sobre o uso de “tecnologias eficazes” para impedir a violação de direitos autorais. *O autor escreve em Português do Brasil

REAÇÕES

O Facebook começa a permitir que os administradores de grupos cobrem uma subscrição, entre US$ 4,99 a US$ 29,99 por mês, pelo acesso a subgrupos especiais com postagens exclusivas.A funcionalidade que ainda está em teste,começa com grupos sobre filhos, culinária e “organize minha casa”.

O Campeonato Mundial da FIFA, que se tornou o assunto do mês, abriu portas a ataques de phishing. Como os cibercriminosos estão sempre à procura de novos ataque, e sabem que ninguém fica indiferente, a Copa do Mundo tornou-se muito aliciante para os cibercriminosos.

O malware Zacinlo,que distribui adware pelos utilizadores,dos quais 90% são utilizadores de Windows 10, foi identificado pela empresa de segurança Bitdefender. O malware, que apareceu pela primeira vez em 2012, é capaz de deixar o computador indiferente à existência do malware Zacinlo.


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25.JUN.2018

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SENSAÇÕES SEM FRONTEIRAS

Peru – A ViAgem Até Ao CAnhão de ColCA Primeira Parte natureza, Contemplação, misticismo, história e religião, são as várias Sensações que o Sem Fronteiras vos propõe nesta nossa viagem por aquele magnífico recanto do nosso planeta, que se encontra no departamento de Arequipa, no Sul do Peru. Saímos de Arequipa cedo, para evitarmos o intenso tráfego que se faz sentir pela manhã nesta cidade, capital de departamento e Província, não sem que antes façamos uma paragem num pequeno centro comercial, para nos abastecermos de água e tudo o que achamos necessário para tornar a viagem de 160km o mais agradável possível. é inevitável; os primeiros quilómetros são para compensar as “horitas” roubadas ao sono pelo despertar cedo. Acordámos com frio e um pouco enjoados e rapidamente lembramos que, uma das características desta viagem era a necessidade de nos adaptarmos à altitude. é hora de experimentar mascar umas folhas de coca ou, para os mais modernos, uns rebuçados e confirmar se a coca ajuda, ou não, o nosso corpo a ambientar-se. o amargo provocado pela folha de coca é um gosto horrivel que nunca me cai bem; por isso fico-me pelos rebuçados e chocolates. mas o melhor remédio para a má disposição estava-nos a passar pela janela do carro: a impressionante paisagem que rapidamente faz esquecer os “males” da altitude. Fazemos a primeira paragem para esticar as pernas e fazer as primeiras fotos a uma

paisagem que, à primeira vista, nos parece desolada, mas que nos impressiona pela sua grandeza. Com uma diferença de temperatura significativamente mais baixa que em Arequipa, todo aquele conjunto espectacular de formações rochosas parece adornado com as delicadas figuras das vicunhas, num conjunto “protegido” sob a imponente presença do vulcão misti. é uma paisagem agreste, impressionante e sempre plena de vida, que nos faz pedir ao motorista que nos dê vários momentos de paragem para fazermos fotografia. em Patahuasi, uma pequena estação a 3.500

de. Começo sinceramente a desejar chegar rapidamente ao Vale de Colca... restabelecidos com o chá quentinho e animados com umas compritas, continuamos viagem, acompanhados de uma paisagem cada vez mais rochosa, pontilhada de montinhos de pedra, que não são mais que umas pedronas, pedras e pedrinhas empilhadas umas em cima das outras. os seus arquitectos (caminheiros, turistas e até os locais) acreditam que estas suas construções ajudam a concretizar o desejo formulado, que geralmente é o de voltar àquele lugar. estamos mais ou menos a meio da jornada, quando atingimos o ponto mais alto da viagem, os 4.900 metros. em Patapampa, o vento era forte e o frio mais intenso; vontade não havia nenhuma, nem sequer para sair do carro... o “mal” da altitude teimava em fazer de nós uns fraquitos, especialmente quando observávamos as mulheres e as crianças

metros de altitude, há um chá de Coca e erva muna bem quentinho, à nossa espera, que vai ajudar (e ajuda mesmo) a contrariar a pequena dor de cabeça que começamos a

sentir com a altitude.os quartos de banho são no exterior e só ao dirigir-me aos mesmos é que dou conta de que o frio que o vento forte arrastava, incomodava-me mais que a altitu-

o “mal” já não nos incomodava tanto, devido à descida bem acentuada que o veículo vai, muito vagarosamente,percorrendo.A estrada é estreita e sinuosa e há que ter cuidado com o surgir de rebanhos, pessoas e veículos no sentido contrário. o vale de Chivay apresentava-se à nossa frente e a paisagem digna de um prémio obrigou-nos a mais uma paragem para fazer muitas fotografias. Ficámos ali a usufruir um pouco do sol, ouvindo as explicações do nosso guia e não fosse o frio que ainda se fazia sentir, teríamos roubado mais uns minutos à chegada ao nosso hotel. Jorge de Andrade (no próximo Sensações sem Fronteiras Chivay e o Canhão de Colca.)

que aguardavam a chegada dos carros com turistas para venderem artesanato, a agir tão naturalmente, apesar de expostas aos mesmos elementos quase insuportáveis para nós. Seguimos viagem e, após um breve sono, despertamos com o carro a fazer uma viagem numa paisagem completamente diferente da que tínhamos presenciado havia instantes. o que recordávamos, parecia agora ter sido fruto de um sonho, vivido num planeta diferente.

Para mais informações ou organizar a sua viagem de sonho contacte o operador QuAdrAnte www.quadranteviagens.pt


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25.JUN.2018

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ÚLTIMA Projeto Rota Criativa da ADRITEM

INCUbADORAS PARA ARTESãOS EM SETE MUNICíPIOS

Marcelo Brito* marcelo.brito@correiodafeira.pt

Além de Santa Maria da Feira, também Valongo, Gondomar, Vila Nova de Gaia, Espinho, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis criarão uma incubadora para artesãos. A ideia nasce pelo projeto Rota Criativa, da responsabilidade da ADRITEM, e conta com a parceria e apoio do ISVOUGA e do CINDOR.

OLIVEIRA DE AZEMÉIS A ADRITEM (Associação de Desenvolvimento Regional Integrado das Terras de Santa Maria) apresentou, na quinta-feira, o projeto Rota Criativa (Rede de Ofícios Tradicionais e Arte Criativa) que pretende instalar, em cada um dos sete municípios parceiros, um centro de incubação para artesãos. O ISVOUGA e o CINDOR (Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria) são parceiros. A Galeria Tomás da Costa recebeu a apresentação da Rota Criativa, cuja imagem ficou ao encargo do designer feirense Paulo Marcelo. “O catavento representa o Norte, mas com orientação. Transmite o que é o projeto”, explicou Teresa Pouzada. A coordenadora da ADRITEM começou por dirigir-se à Associação de Artesãos das Terras de Santa Maria, mostrando

“confiança para estimular o projeto” e explicou os objetivos.“A Rota Criativa nasce da ambição da ADRITEM que está atenta às necessidades da região. Queremos, pelo menos, um centro de incubação de artesanato em cada um dos sete concelhos”. Assim, Valongo, Gondomar, Vila Nova de Gaia, Espinho, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis irão ter uma incubadora que deverá ser “num locar do centro histórico” e que servirá também como “ponto de venda dos produtos”. “Pedimos aos municípios para identificarem o espaço que servirá para desenvolver, com dignidade, o produto. Deverá ser apelativo, talvez nas Lojas de Turismo. Poderá ser uma fonte de rendimento interessante e será gratuito para os artesãos usufruírem”. O projeto da Rota Criativa

pretende também que os artesãos mais experientes sejam tutores, ou seja, que transmitam conhecimento aos mais jovens, com o objetivo de dotar desempregados e jovens qualificados de saberes tradicionais. Teresa Pouzada adiantou ainda que será criada a Loja da Aldeia que contará com os produtos desenvolvidos nas incubadoras, sendo que estes estarão expostos e à venda no Há Festa na Aldeia, que, em Santa Maria da Feira, realiza-se em Porto Carvoeiro, Canedo. O ISVOUGA terá à sua responsabilidade apoiar as incubadoras com designers criativos cuja finalidade é, entre outras, criar uma peça identificativa do respetivo concelho. A diretora da instituição educativa, Teresa Leão, disse ser “um privilégio receber o convite para ser parceiro de

um projeto de grande relevância” e desejou “a maior sorte nas distintas fases do projeto”. *O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

O que é a Rota Criativa? Consiste num projeto de qualificação, financiado ao abrigo do Sistema de Apoio a Ações Coletivas na tipologia de Qualificação, apoiado pelo Norte 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. O projeto visa a criação de uma rede de centros de incubação para artesãos, de modo a promover artes e ofícios tradicionais e regionais. Pub.


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