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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Ano CXXII

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

09 Julho 2018

Nº 6066

€0,80 (iva inc.)

NOGUEIRENSE GANHA PRÉMIO INTERNACIONAL

ISABEL SANTOS MOSTRA PROJECTO PARA AJUDAR CRIANÇAS AUTISTAS pág. 02

CONHECER ALECSANDER PEREIRA

DO BRASIL ATÉ À FEIRA, HÁ HISTÓRIAS IMPERDÍVEIS O informático fala com tristeza do estado do país que deixou para trás.

pág. 16

ENTREVISTA

pág. 14

Nos 25 anos da Fecofeira, Victor Sismeiro fala sobre o trabalho realizado

FREGUESIAS

pág. 32

O CF convidou António Topa Gomes para um visita às piores ruas de Paços de Brandão

CULTURA

pág. 30

Porto Carvoeiro em festa não disfarça o deserto do resto do ano

FUTEBOL

pág. 21 e 22

Feirense e Lusitânia Lourosa iniciam trabalhos de preparação da temporada 2018/19


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REPORTAGEM

Isabel santos dIstInguIda pela crIação do leMa a jovem de nogueira da regedoura, estudante da universidade de aveiro, é a autora do leMa (learning environment on Mathematics for autistic children), protótipo digital desenvolvido pelo geometrix. a tese do doutoramento em Multimédia em educação, ‘as tecnologias digitais no apoio ao desenvolvimento do raciocínio matemático de alunos com perturbação do espetro do autismo’, venceu o prémio edF – oracle eaccessibility scholarship, cuja cerimónia de entrega decorrerá no parlamento europeu. Marcelo Brito* marcelo.brito@correiodafeira.pt

na última reunião de câmara, o executivo aprovou por unanimidade um voto de congratulação proposto pelo partido socialista a Isabel santos pela criação do protótipo digital leMa – learning environment on Mathematics for autistic children. natural de nogueira da regedoura, licenciou-se em educação básica, completou o Mestrado em ciências da educação – educação especial, seguindo-se o doutoramento em Multimédia em educação, cuja tese ‘as tecnologias digitais no apoio ao desenvolvimento do raciocínio matemático de alunos com perturbação do espetro do autismo’ venceu o prémio edF – oracle eaccessibility scholarship. a cerimónia de entrega decorrerá no parlamento europeu. o percurso académico feito na universidade de aveiro culminou com a conceção do leMa. este protótipo foi desenvolvido pela linha temática geometrix do centro de Investigação e desenvolvimento em Matemática e aplicações (cIdMa). “concebi-o e foi desenvolvido por programadores e designers. os conteúdos eram da minha responsabilidade, mas a implementação técnica foi assegurada pela equipa geometrix. sem eles, nada disto seria possível”, salienta Isabel santos. Mas quando surgiu a ideia de criar a plataforma leMa? “durante o Mestrado. Identifiquei uma lacuna e concebi um protótipo de um ambiente digital denominado lpMat destinado a crianças com necessidades especiais como a pouca visão, cegueira, surdez, deficiência motora, mental e perturbações do espetro do autismo”, conta, afirmando que a pretensão era levar o projeto consigo para o doutoramento. “era um volume de trabalho muito grande e foquei-me numa perturbação específica e constatei que havia escassas pesquisas que abordassem as tecnologias digitais no apoio ao desenvolvimento de capacidades matemáticas em alunos com autismo. as tecnologias assumem-se com grande potencial para um desenvolvimento de capacidades nas crianças com autismo”. o leMa é, então, “um protótipo digital com modalidades de adaptação dinâmica das atividades tendo em conta o perfil do utilizador” e foi concebido para crianças com perturbação do espetro do autismo entre os seis e os 12 anos. “temos a escolha personalizada das atividades dado que o espetro do autismo é muito heterogéneo e o professor, tendo em conta o perfil do aluno, escolhe as atividades adequadas. o leMa fornece também informações em múltiplas representações como texto, áudio ou imagem. Incorpora conceitos matemáticos inerentes a cada atividade e fornece feedbacks de reforço no final de cada exercício”. assim, o projeto da nogueirense caracteriza-se “como um ambiente simples e de fácil utilização, assim como os enunciados das próprias atividades matemáticas. são simples e diretas porque as crianças com autismo, por vezes, têm dificuldade de interpretação”. o objetivo do leMa é “facilitar e motivar para a aprendizagem da Matemática”.

Professores, alunos, pais e filhos

IsAbEl sAnTOs

não fique com a perceção que o leMa é exclusivamente destinado ao contexto escolar. ou seja, apenas utilizável por professores e respetivos alunos. não. pode também ser usado pelo encarregado de educação e seu educando e em múltiplas plataformas. “Qualquer pessoa pode utilizar o leMa e em diversos contextos. em casa, na escola ou em gabinetes psicopedagógicos porque é uma plataforma online. um pai ou um educador podem criar a própria conta e posteriormente criar a conta do seu educando ou aluno e utilizar”. o leMa pode ser acedido a partir de um computador, tablet e até telemóvel, embora esta última opção seja, até então, pouco viável. a primeira versão da plataforma “foi testada com quatro estudos de caso de uma escola de referência do distrito de aveiro. de acordo com os resultados recolhidos, fizemos reformulações ao protótipo e concebemos uma


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REPORTAGEM

segunda versão. Essa foi testada através da dinamização de ações de formação sobre as funcionalidades pedagógicas do LEMA. Foram realizadas duas edições e participaram 23 formandos que testaram com os seus alunos e o feedback foi positivo porque disseram que o projeto não só promove um desenvolvimento do raciocínio matemático, mas também um desenvolvimento de outras competências tais como a leitura, a memória e a concentração”.

LEMA

Estagnação por falta de apoios

O LEMA vai já na sua terceira versão, mas uma próxima melhoria avista-se longe. O fim da bolsa de estudo de Isabel Santos e a falta de apoios não alegram os dias da jovem feirense. “Tive falta de apoios, fiquei sem bolsa e tive de parar os melhoramentos. Tive de escrever a Tese e entregá-la. Está tudo em standby, mas se existirem apoios para continuar este trabalho, tinha todo o gosto em melhorá-lo para que, efetivamente, responda às necessidades das crianças com autismo”. *O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico Pub.


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OPINIÃO

DEDO NA FERIDA OU FERIDA NO DEDO? Jorge de Andrade

Afinal eu tinha razão… … quando, há umas semanas atrás, vim a público discordar de certas afirmações do nosso presidente da Câmara, relativamente ao estado da nossa rede viária é que por estes dias, algumas das ruas da cidade, mencionadas no meu artigo como piores exemplos, estão agora a ser alvo de manutenção e requalificação, que há muito necessitavam e era exigido. Os políticos deveriam ter consciência e neste caso o Dr. Emidio, que as inverdades, mesmo que por mil vezes repetidas, só se transformam em realidade na mente do seu criador. Por isso, basta de inventar uma cidade, um Concelho que só existe numa imaginação interesseira. Nem mesmo os que pretendem defender-vos, o fazem com a convicção e força necessária. Relativamente às obras fico satisfeito e penso que os feirenses também, de ver obra a ser feita, isso é que importa. Não perca tempo, Sr. António Topa Gomes: há muita rua e estrada por essa cidade e Concelho a necessitar de séria manutenção, se o presidente de repente não canalizar o dinheiro, aos trezentos mil de cada vez, para festa rija, porque com esse tipo de investimento se recolhe mais votos do que com o espalhar do asfalto… Desejos de muita obra com trabalho de qualidade.

CEGUEIRA PARTIDÁRIA DEVIDO A SÍNDROME DE ALERGIA DEMOCRÁTICA António Cardoso Membro da Comissão Política Concelhia e Distrital do Partido Socialista

feirenses porque fez esta aberrante reforma!... Criaram uma “ingovernável” Mega União de Freguesias, contestada pela população da ex-Freguesia do Vale!... 2. Dentro do mesmo formato de Mega Uniões de Freguesias e abusando da boa fé das submissas gentes do Nordeste do Concelho, “pegaram” na Vila de Lobão e juntaram-lhe Guisande, Gião, Louredo... aliás, outra agregação de freguesias considerada ingovernável, como tal subir a contestação das populações!... 3. Como não há duas sem três, “pegaram” na Vila de Caldas de S. Jorge e juntaramlhe a freguesia de Pigeiros, de forma arbitrária e contra a vontade das Assembleias de ambas as Freguesias. Estes são os casos do nosso Concelho, onde se gerou maior contestação, tendo em comum a megalomania provinciana de agregar freguesias rurais a Vilas. Qualquer leigo em Gestão do Território via sem dificuldade que as coisas iam dar mau resultado pela falta de afinidades de identidade e de interesses entre as freguesias agregadas. Bastava o simples facto da existência do título de Vila atribuído a uma freguesia, devido à

FICHA TÉCNICA

Repórteres Fotográficos:

Administração Jorge de Andrade administracao@correiodafeira.pt

Direcção

sua grandeza e dimensão económica-social, dinamismo do tecido industrial, crescimento demográfico, dimensão cultural, etc. para tornar redutor o crescimento de outras realidades com menor pujança económicasocial. Para explicar estes atropelos ao poder local, nada melhor do que apresentar um caso concreto: “A freguesia de Pigeiros, antes de ser agregada, recebia do Orçamento Municipal e do Estado receitas correntes e de capital num montante da ordem de 100.000 euros/ano. Decorridos 5 anos de agregação da freguesia, as verbas destinadas a Pigeiros foram da ordem dos 500 000 euros, que deviam corresponder a obras executadas dessa dimensão!.. Todavia, nada disso aconteceu entre 2013 a 2019. Pelo contrário, para quem lá vive, a Freguesia de Pigeiros, nos últimos 5 anos parou no tempo, levando a sua população a questionar o que é que se ganhou com a agregação? Portanto, para os Velhos do Restelo, cépticos da reversão de freguesias, não achem estranho que as pessoas descontentes assinem uma Petição pedindo a Reposição da sua freguesia. É óbvio

Pedro Almeida pedro.almeida@correiodafeira.pt

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que Caldas de S.Jorge com o seu potencial turístico exge dos autarcas que concentrem as suas atenções para o desenvolvimento Turístico Termal e envolvente e que Pigeiros fique para segundo plano. Por outro lado, Caldas de S.Jorge não tem culpa do que está a acontecer, pois as Assembleias de ambas as freguesias votaram contra essa agregação”. Pigeiros só reclama ter direito à sua autonomia, para poder escolher o caminho que quer seguir. A população de Pigeiros está unida em torno da contestação à agregação, tendo evidenciado de forma exemplar a criação de um movimento que avançou com a realização da Petição pela Reposição da Freguesia de Pigeiros, cuja Comissão era constituída por elementos de todos os partidos com representação na freguesia do CDS ao PCP, passando pelo PSD e pelo PS. Para finalizar, quem não reconhece a legitimidade dos resultados obtidos na Petição e da contestação das populações está doente, sofre de uma patologia:“cegueira partidária devido a síndrome de alergia democrática”.

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Mérito Municipal 1972 1997 (Ouro)

(Ouro)

(Membro fundador)

Prémio Gazeta 2017

NÃO BAIXAR OS BRAÇOS Recentemente, temos assistido a movimentos de Reposição de algumas freguesias do concelho de S. Maria da Feira, que foram agregadas à força e de forma irracional. As razões que sustentam essa contestação são de diversa ordem. A principal foi a forma atabalhoada como fizeram a dita Reforma do Território. Tratou-se de uma trapalhada irresponsável, sem pés nem cabeça. Feita a régua e esquadro com a fixação num único objetivo: asfixiamento dos poucos redutos de oposição partidária. Só assim se explica o não reconhecimento dos disparates cometidos com a pseudo-Reforma Administrativa que pretendia agregar pequenas freguesias e dar-lhes força através de economia de escala. Infelizmente nada disso aconteceu e vejamos os disparates cometidos no nosso Concelho: 1.“Pegaram” na “maior” freguesia do Concelho, a Vila de Canedo, e juntaram-lhe as freguesias do Vale e Vila Maior!... Quem teve esta ideia (Sr. do PSD) não respeitou qualquer princípio de planeamento, e até hoje, o PSD não consegue explicar aos


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OPINIÃO

TUTTI FRUTTI É O SABOR DO PÂNTANO Joaquim Dias Dirigente do Bloco de Esquerda

As concessões realizadas pelas entidades públicas aos privados foram sempre uma forma de realizar mais-valia por parte dos privados, sempre à custa do esvaziamento dos cofres públicos e da degradação do serviço prestado. Quem paga a conta é sempre o mesmo, o contribuinte. Com os dinheiros dos seus impostos, mais as elevadas tarifas cobradas pelo privado pelo serviço, veja-se o caso da água e do saneamento. A água foi para as mãos dos privados em muitos municípios, não apenas por

incapacidade dos autarcas que geriam o município, mas sobretudo por uma opção ideológica negocista (tudo o que dá lucro tem de ir para os privados). Muitos dos autarcas que estão à frente das autarquias estão-se literalmente a marimbar para o interesse público. Querem é passar os serviços públicos lucrativos para as mãos dos privados. Estes apóstolos neoliberais usam e abusam do marketing (sempre à custa dos dinheiros públicos), promovem-se a si e aos seus, negoceiam com os amigos a

partilha do “bolo”, em vez de defenderem os interesses de quem os elege. Tudo serve para enganar o zé-povinho. Se for necessário ir ao futebol, à missa, aos funerais, às procissões, às festas e romarias, inaugurações, colocações das primeiras pedras, eles vão. O que os move é apenas e só a imagem, mas sinceramente também não se pode exigir mais, a quem nada sabe fazer. O clientelismo, o compadrio, o laxismo e a corrupção são hoje a peste negra que assola uma parte dos territórios munici-

pais. Nomeiam-se os amigos, os caciques dos partidos e as amantes para os cargos, perseguem-se os que têm a coragem de os denunciar. Felizmente são cada vez mais os quem têm a ousadia de se erguer e denunciar estes troca-tintas abeatados. Estes discípulos apocalípticos vivem atormentados com receio que a máscara um destes dias caia e que uma cela seja o seu próximo hotel. Por estes dias as vendas de Xanax aumentaram de forma exponencial…

MUNICÍPIO DE S.ª M.ª DA FEIRA NEGA ACESSO A DADOS ADMINISTRATIVOS António Silva Delegado para o distrito de Aveiro da Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados do Trabalho

Uma facada na transparência. O Município de Santa Maria da Feira (MSMF) recusase a dar sequência a um parecer, acesso a dados administrativos, que solicitou à Comissão Nacional de Acesso aos Dados Administrativos (CADA). Há cerca de um ano, solicitei ao MSMF, ao abrigo do artigo 5º da Lei n.º 26/2016 de 22 de agosto (Lei de acesso aos dados administrativos (LADA)), a estrutura remuneratória mensal correspondente ao período de 2013-2016 da Chefe de Divisão dos Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional (C-DRHDO). A mesma era desagregada pelos elementos assim discriminados: “b) Estrutura remuneratória, incluindo subsídios de férias e natal, da Chefe de Divisão de Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional relativa a cada um dos meses dos anos de 2013 a 2016, e ainda suplemento por exercício de função de chefia, prémios de desempenho, horas extraordinárias, participações em ações de formação, despesas de representação e registo biométrico. Bem como fundamentação legal de classificações de serviço (SIADAP), de participação em formação e discriminação das mesmas, presenças em representações atinentes ao exercício de funções (…)”. Passados cerca de dois meses (início de Agosto) do ano passado, apenas me foi fornecido por parte do MSMF o ordenado base respeitante aos cargos de dirigentes

de direção intermédia de 2º grau e o montante relativo a despesas de representação.Valores mensais. Informando-me que, quanto ao resto das rubricas, o ”Município diligenciou no sentido de solicitar junto das entidades competentes” porque lhe suscitava dúvidas, no sentido de perceber se “( …) a informação solicitada (…) se enquadra no conceito de dados pessoais,(…)”. Sendo que, no final da comunicação, me é dito que, “[R]elativamente à restante informação, serlhe-á oportunamente comunicada qual a decisão tendo em conta os pareceres mencionados.”. Feita a dita consulta à CADA, esta informa o MSMF que se está “na presença de documentos administrativos relativos a matéria de “recursos humanos” bem como a “gestão orçamental e financeira”, a que aludem o disposto nas subalíneas iii) e iv) da alínea a) do n.º 1 do artigo 3.º.”. Mas a CADA diz mais: “[É] certo que é informação que respeita a uma situação individualizada, contudo, corresponde a informação funcional produzida no âmbito do exercício de funções públicas, pelo que valerá a regra disposta no artigo 5.º, 1, da LADA.”. Assim, a CADA em conformidade decide que [A] informação solicitada enquadrase no regime geral de livre acesso, conforme o artigo 5.º, n.º1 da LADA” que aqui se transcreve: “1 — Todos, sem necessidade de enunciar qualquer interesse, têm direi-

to de acesso aos documentos administrativos, o qual compreende os direitos de consulta, de reprodução e de informação sobre a sua existência e conteúdo.”. Ora, passado cerca de mês e meio da comunicação da decisão, e invocando o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), que convém realçar, que o mesmo ainda não se aplica à Administração Pública, o MSMF nega-me a cedência dos dados. Ao mesmo tempo que me comunica “(…) que a decisão do não fornecimento do solicitado pode ser impugnada junto dos Tribunais Administrativos (…)”. De destacar que a decisão tomada contradiz o que havia dito na comunicação que me foi enviada em Agosto do ano passado, no sentido de que me seria “(…) comunicada a decisão tendo em conta os pareceres mencionados.”. Convém esclarecer os(as) feirenses que a decisão da CADA apenas e tão só teve um voto contra. O mesmo diz respeito aos critérios relativos a eventuais classificações (avaliação SIADAP) de mérito e excelência. Esse voto foi o do Representante da Região Autónoma dos Açores. Quanto ao mais, o voto foi por unanimidade. Neste voto por unanimidade, convém evidenciar o voto de alguns representantes na CADA: do PSD, do Presidente da CADA, que por sua vez é o representante do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais,

do representante da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), e o representante da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). Sublinho, com especial interesse, o voto unânime destes dois últimos. A CADA emana do artigo 28.º da Lei n.º 26/2016 de 22 de agosto em que no seu nº 1 dispõe o seguinte “[A] CADA é uma entidade administrativa independente, que funciona junto da Assembleia da República, e a quem cabe zelar pelo cumprimento das disposições da presente lei.”. Mais do que o recurso aos tribunais, eventualidade que não está posta de parte, a decisão tomada é uma decisão de caráter político que diz bem da transparência ou melhor, da falta dela, relativamente ao acesso aos gastos que compõem a gestão orçamental. Assim e perante o que considero um brutal desrespeito pelo parecer de uma entidade isenta, que funciona junto da Assembleia da República, não posso publicamente deixar de lamentar tal procedimento. O não fornecimento dos dados fere um dos princípios Constitucionais consagrados na Constituição da República Portuguesa (CRP) plasmado no n.º 2 do seu artigo 268º. Da minha parte, e à minha escala, necessariamente ínfima, prometo não desistir do exercício da cidadania, pela transparência, na defesa do princípio da Administração Pública Aberta.

blemas com que se depara a cidade de Santa Maria da Feira. Um concelho não pode só viver dos prémios que conquista e da visibilidade que tem para o exterior. Não retirando o mérito à organização da Viagem Medieval, do Imaginarius e de outros eventos, em primeiro lugar devem estar os Feirenses. Perante todas as dúvidas se existiria um plano de emergência capaz de ser posto em prática perante uma tragédia, o Presidente da edilidade apareceu como que a

dizer que estava tudo controlado… Será que está? Ou também se passa o mesmo que se passa com as zonas industriais, onde iriam ser feitos investimentos, mas afinal agora já não é bem assim?… Discursos bonitos e promessas vãs não garantem a segurança dos feirenses. Para finalizar, uma pergunta: os bombeiros da cidade não têm uma auto-escada porquê? Falta de verbas? Essa não compro. Jogos políticos? Quem sabe? Resolvam isso! Os Feirenses merecem!

PRIORIDADES INVERTIDAS Anselmo Filipe Oliveira Responsável do PNR-Aveiro

Uma das principais obrigações do Estado, e, sem dúvida, a mais importante, é garantir a segurança de todos os cidadãos. Ainda assim, muitas vezes, esta questão passa para segundo plano… Muitas das medidas que é necessário tomar, para proteger o cidadão, não são visíveis para quem está na governação, quer do país quer das autarquias. Não há quem as ponha em execução, pois estas podem não se traduzir em resultados eleitorais. Por falta de vontade e também devido a

inúmeros interesses, os incêndios florestais causaram a tragédia que todos vimos, no ano passado, responsabilidade de um comando da Protecção Civil sem noção da realidade e de muitos entraves ao combate às chamas, por quem conhece bem o terreno. Depois, uns demitiram-se, outros foram demitidos e alguns incapazes continuaram. Legislou-se sem ter a mínima noção do que se estava a fazer. O incêndio do passado domingo, no Rossio, também veio pôr a nu alguns pro-


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POLÍTICA Balcões da CGD

Eleições para a Comissão Concelhia do BE

PS E CDS qUEREM ESCLARECiMENTOS SOBRE ENCERRAMENTO

Luís Miguel Sá com lista única

Através de nota de imprensa, deputados do CDS-PP e PS questionam o Ministério das Finanças sobre os critérios do possível encerramento de quatro balcões da Caixa Geral de Depósitos no distrito de Aveiro, um deles em Rio Meão, Santa Maria da Feira. A revisão da rede de balcões com o encerramento previsto de várias dezenas de dependências é uma das condições impostas pela União Europeia na sequência da recapitalização do banco. Os centristas consideram que “sendo a CGD uma instituição do Estado, deve ter sempre presente a defesa do interesse público, o que inclui os interesses das famílias e empresas”. Neste sentido, querem saber o impacto dos encerramentos, que alternativas podem reduzir os “prejuízos” causados aos habitantes daquelas freguesias e concelhos e “se existe abertura da Caixa para colaborar na construção dessas alternativas”. Já os deputados do PS dão nota que “as populações e autarcas se queixam de não terem sido ouvidos, sendo-lhes desconhecidas as razões pelas quais serão esses, e não outros, balcões a encerrar”. As populações, frisam os socialistas, “esperam de um banco detido por capitais inte-

gralmente públicos uma postura de diálogo e esclarecimento que, manifestamente, tem faltado”. Os socialistas exigem saber, igualmente, se se confirma o encerramento dos balcões apontados e “a confirmarem-se tais encerramentos, que procedimentos se prevêem para minorar o impacto junto das populações e actuais clientes do banco”. Também a Concelhia do PS feirense emitiu um comunicado sobre o assunto, dizendo que marcaram presença na Assembleia de Popular de Rio Meão, organizada para discutir o tema, e que “os eleitos do PS na Assembleia de Freguesia e Comissão Política Concelhia acompanham e apoiam esta luta pela manutenção deste serviço de proximidade em Rio Meão. Consideramos que o balcão é um serviço crucial para a freguesia e não pode ser encerrado por decisões centralistas que em nada defendem as populações”. A Concelhia, garantem, desencadeará “todos os meios ao seu alcance no sentido do não encerramento do balcão” de Rio Meão.

Tomada de posição ‘forte’ na AM

Na última reunião de Câmara, o vereador socialista Délio Carque-

jo “congratulou a posição forte e incisiva da Junta de Rio Meão” que culminou na visita a vários organismos em Lisboa. “O não fecho da CGD é extremamente importante”, frisou, lembrando que o mesmo aconteceu em Paços de Brandão. “Não vi por parte da Câmara uma tomada de posição forte, como fizeram a Câmara de Estarreja e de Vila Real”, atirou. O presidente Emídio Sousa respondeu que a Autarquia não tinha sido informada do encerramento da Caixa, como não o foi em Fiães, e apenas o descobriram porque “as pessoas começaram a receber cartas em casa. O autarca explicou que aproveitou a Assembleia Municipal para tomar uma posição de repúdio, com os outros partidos, porque, acredita, “tem uma força muito maior. Para que não restem dúvidas, sou absolutamente contra o encerramento do balcão e empenhámo-nos em tentar que a Caixa de Crédito Agrícola tomasse o balcão”, afirmou. Délio Carquejo alertou para os 1300 clientes da CGD em Rio Meão que iriam ficar desprotegidos e para as promessas ainda não concretizadas da CCA de ocupar os lugares deixados por outros bancos.

CDS faz viagem de Vouguinha

REqUALiFiCAçãO DA LiNHA DO VOUGA DEVE SER PRiORiTÁRiA Juntando-se à iniciativa da Distrital, uma comitiva do CDS-PP feirense embarcou numa viagem de Vouguinha para alertar sobre a importância de “valorizar a Linha do Vouga”. A fazer o percurso que passa por Espinho, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, estiveram também as respectivas concelhias. Os centristas querem que “a requalificação aconteça para que a linha possa servir efectivamente as populações” e lembram que o partido apresentou uma moção

em Assembleia da República, pela requalificação da Linha do Vouga e sua ligação à Linha do Norte, que foi aprovada. “quisemos que esta resolução se concretizasse, prevendo verba no Orçamento de Estado deste ano para o início da obra; infelizmente PS, PSD, BE e PCP não votaram favoravelmente a proposta, o que é de estranhar sendo que votaram numa resolução para que o Governo resolva o problema e depois, no Orçamento, não dão meios para o resolver”, aponta

o CDS-PP. Agora que o Governo está a discutir a Ferrovia 20/20, é a “altura ideal para dizer que as centenas de habitantes desta região merecem um transporte público de qualidade e merecem tanto investimento como aqueles que estão no Norte da Área Metropolitana do Porto. O CDS Feira continuará a debater-se para que a Linha do Vouga possa ser requalificada e assim responder às necessidades de mobilidade dos dias de hoje”.

FEIRA As eleições para a Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda acontecem no dia 28 de Julho e há apenas uma lista na corrida, encabeçada pelo feirense, candidato nas últimas Autárquicas, Luís Miguel Sá. Na lista encontram-se também caras conhecidas como Salomé Ventura (2.ª), Moisés Ferreira (4.º), Eduardo Couto (7.º), entre outros, com Pedro Alves como mandatário. No seu programa, com o mote ‘Uma força para transformar’, Luís Miguel Sá garante “continuidade” com o anterior projecto e destaca prioridades como investimento na rede de transportes públicos, eliminação de barreiras arquitectónicas, avaliação da frequência da recolha de resíduos pelo Concelho, a remunicipalização da indaqua e muitas mais medidas “em resposta às necessidades dos feirenses”.

Via Feira-Arouca

PSD realça a importância das acessibilidades para os empresários Em nota de imprensa, e após visita a duas empresas da Zona industrial de Escariz, Arouca, os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Aveiro (António Topa, Amadeu Albergaria e Helga Correia) realçam a importância de se concluir a via Feira-Arouca, para colmatar as necessidades dos empresários, à cabeça das quais surgem as acessibilidades. O presidente da estrutura local do PSD Rui Valor garante que tem questionado o assunto nas reuniões de Câmara mas a única resposta que o presidente dá é: “falo todos os dias com o Governo, sem novidades”. A via, essa, continua “parada e sem qualquer actividade”. Também o líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal, Óscar Brandão, atira que “da parte do Governo, Arouca tem sido completamente ignorada na sua principal preocupação”. Já o deputado feirense António Topa frisa:“Não podemos conceber que empresários que tanto investem em capital humano e tecnologia, contribuindo decisivamente para a economia, possam, nos dias de hoje, sentir dificuldades em questões tão básicas como as acessibilidades, a energia ou a internet”. Topa garantiu que “o partido fará tudo o que estiver ao seu alcance para mitigar as dificuldades sentidas”.

Vida política

JP quer incrementar participação da juventude A Juventude Popular de Santa Maria da Feira já iniciou o seu Ciclo de Visitas à Assembleia Municipal e de Freguesias do Concelho, com uma presença na Assembleia de Freguesias de Souto e Mosteirô. Constataram, com “elevada tristeza, que a participação jovem nestes espaços é cada vez mais diminuta, em grande parte devido à fraca divulgação da mesma por parte do poder local”. Mas não só. A JP aponta também “a falta de temáticas focadas na juventude. É necessário que o poder local busque métodos de se aproximar da sua população, em especial da população jovem, de modo a estimular a sua participação e fixação”. Nesse sentido, a JP realizará iniciativas de promoção da participação juvenil de forma a demonstrar-lhes “a sua importância para o presente e futuro das suas freguesias”.


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REUNIÃO DE CÂMARA Para construção da sede

FLORiNhAS RECEBEM APOiO DE 54 MiL EuROS O apoio atribuído ao Rancho ‘As Florinhas de Rio Meão’ foi o mote para o Partido Socialista criticar o PAPC e a política cultural do Executivo.

O Rancho Folclórico Recreativo e Cultural ‘As Florinhas de Rio Meão’ está a construir a sua sede, um sonho de há muito tempo, junto à estação da freguesia, e para concluir as obras pediu ajuda à Câmara Municipal. O apoio, 54 mil euros (correspondente a 20% do investimento), foi aprovado na última reunião de Câmara, por unanimidade, mas não sem críticas dos vereadores socialistas. “O PS mais uma vez tem razão. Desde a primeira hora defendemos um modelo diferente de apoio ao associativismo cultural em que todas as entidades sejam abrangidas de forma transparente, clara e justa”, referiu a líder da Oposição Margarida Gariso. Parabenizou o associativismo pela sua “tenacidade e sentido de missão” e cri-

ticou o Programa de Apoio a Projectos Culturais (PAPC) por “não servir nem as pequenas nem as grandes associações”. Lembrou, ainda, os protocolos extraordinários com colectividades como o CiRAC, a Casa da Gaia, o BCN ou o Cineclube. “Certamente todas as associações gostariam de se candidatar da mesma forma e não podem”. Os socialistas não estavam a pôr em causa o apoio às Florinhas mas os “critérios” pois “todas as candidaturas devem ser enquadradas no regulamento. Esta é a evidência da falência de um projecto que só serve alguns”. O presidente disse que “era por demais evidente a ignorância do âmbito do PAPC” e mostrou-se surpreendido como se “confunde” alhos com bugalhos; passando a

palavra ao vereador da Cultura, Gil Ferreira, que apontou a “crítica fácil. O PAPC é exactamente aquilo que preconiza: apoio a projectos e actividades”, afirmou. Puxando a fita atrás, Gil Ferreira lembrou que em 2013 “não havia qualquer programa ou dotação disponível para apoio à actividade cultural. Temos de dar um sentido estratégico ao dinheiro público. Não estou aqui para ouvir louvores, estou aqui para fazer prevalecer o sentido de missão e o projecto político que integro”. Só em Junho e Julho, revelou o vereador, “14 novos projectos contribuíram para a descentralização da oferta cultural por via do PAPC. Nunca foi pretensão deste projecto servir tudo. Estamos a trabalhar num programa de apoio à intervenção infraestrutural em espaços de uso cultural, mas é um trabalho moroso”,

adiantou. Gil Ferreira disse ainda que “não se deveria comparar a actividade de associações com ofertas ímpares às demais”, dando o exemplo do Cineclube, que é o único cineclube do Concelho. “Estamos a comparar o incomparável”. O vereador acrescentou que o novo programa “responde a uma necessidade” do tecido associativo que “nunca teve tantos projectos em execução como nos últimos anos. Quando diz que as associações pequenas não têm sido contempladas, não é verdade. Os apoios têm sido atribuídos em harmonia e consonância com o espírito do regulamento”. Margarida Gariso respondeu que “as associações precisam de saber com rigor quais os critérios” de atribuição dos apoios e que por isso “é urgente rever o PAPC”.

Problemática animal volta para cima da mesa

Já Diz O PROVÉRBiO, COM PAPAS E BOLOS… Lia Ferreira fez um balanço sobre o tema discutido na última Assembleia Municipal. Embora não quisesse “reabrir a discussão”, o presidente acabou por dar azo a um confronto com coincidências e candidaturas no cerne da questão. No seguimento da Assembleia Municipal, em que a temática animal foi o foco de todas as atenções, a vereadora Lia Ferreira relembrou as medidas apresentadas pelo seu partido, em anterior reunião de Câmara, para enfrentar o desafio que a Autarquia tem agora em mãos.“O PS afinal estava coberto de razão, é um tema preocupante. É preciso mais do que parcerias com associações e esperar que o canil aumente porque, como disse o presidente da Câmara de Espinho, rapidamente ficará sobrelotado”, atirou. As associações “estão a fazer um trabalho que não devem ser elas a fazer. O presidente diz que já adoptou animais, já fez a sua parte. Eu também adoptei, mas quero fazer mais do que a

minha parte, quero ajudar o Município a construir uma política animal”, referiu. O presidente da Câmara Emídio Sousa recusou-se a “reabrir a discussão”, repetindo que a maior parte das propostas do PS “já estão a ser feitas” mas que “há medidas tomadas que só daqui a 5/10 anos se vai sentir o seu efeito”, como a esterilização. “A temática animal é uma preocupação efectiva do Entre Douro e Vouga”, garantiu. Lia Ferreira não ficou convencida com a argumentação e sugeriu que Emídio Sousa fosse “ler as 20 medidas” especialmente as que “não estão a ser implementadas”. O autarca mostrou-se descontente com a forma “sub-reptícia” como a vereadora “voltou com o assunto à

discussão”. Lia Ferreira disse ser “coincidência” o Bloco de Esquerda ter agendado a mesma problemática para a Assembleia Municipal e Emídio Sousa atirou:“Acredita em coincidências e no Pai Natal”. O edil feirense voltou a enaltecer a “boa política” camarária nesta temática e frisou: “Temos um grande desafio pela frente que não se resolve com política mas com acções”. Lia Ferreira quis falar novamente das 20 medidas e das candidaturas que não estavam a ser aproveitadas e Emídio Sousa exaltou-se: “Quais candidaturas? Não faz ideia da verba para os candidatos… Não chega a 5000€ para cada município, é um insulto. Não chega para um mês. Fala como quem não sabe”. Lia

Ferreira insistiu em “reabrir a discussão sobre as 20 medidas” voltando a levar o assunto à próxima reunião de Câmara, mas Emídio Sousa recusou terminantemente, pedindo à vereadora que indicasse uma, apenas uma, candidatura a fundos que a Câmara pudesse aproveitar. Lia Ferreira persistiu: “Na próxima reunião vamos falar deste tema. Estou a ajudá-lo”. Emídio Sousa sorriu:“Não preciso que traga nada, já percebi que não existe nada”. Os ânimos exaltaram-se com a socialista a adiar o assunto e Emídio Sousa repetindo: “Diga agora”. Lia Ferreira cansou-se: “Na próxima reunião, trago a papinha toda feita”. Emídio Sousa não se deixou ficar: “Então traga, vamos ver que papinha é essa”.

breves Cheiro a Casqueira volta a intensificar-se A líder da Oposição, Margarida Gariso, chamou a atenção para o agravar dos maus cheiros provenientes da fábrica Luís Leal e Filhos, em Arrifana, que afecta não só a população da freguesia como os concelhos vizinhos. “Queixam-se dos cheiros que voltaram a intensificar-se mas também do ruído. Tem havido uma evolução positiva mas continuam a acontecer situações graves, como a escorrência de afluentes”, afirmou sobre o “dano provocado pela empresa que não cumpre as normas”. O PSD garantiu que há uma Comissão, desencadeada por acção da Autarquia, a “acompanhar de perto as anomalias” e que a fiscalização cabe ao Ministério do Ambiente. “A Câmara deve ser activa e tomar uma posição forte para que a empresa labore sem prejudicar a vizinhança”, realçou a socialista. Castro de Romariz com projecto concluído durante este mandato Margarida Gariso alertou para o que ainda falta fazer no Castro de Romariz, na sequência das recentes declarações do presidente da Associação

Voltado a Poente,Vital Santos, relativamente ao equipamento municipal. A vereadora do PS quer que a “jóia da cora do património” seja integrada na rede de castros e que se aposte na sua divulgação para “garantir o sucesso. Arouca conseguiu captar investimento e turismo com os Passadiços do Paiva. Esperemos que a Câmara da Feira consiga fazer o mesmo com esta infraestrutura que não tem sabido aproveitar”. O presidente Emídio Sousa adiantou que o vereador da Cultura estava a acompanhar o projecto de reabilitação do equipamento e acessibilidades e que “a intenção é completá-lo neste mandato”.

Crime ambiental em Fiães é “mau exemplo” Na sequência do depósito de resíduos em Fiães, por parte da Junta de Freguesia, Margarida Gariso frisou que os resíduos “deviam ter ido para o aterro sanitário. Desejo que nenhuma freguesia faça aterros porque temos um aterro sanitário. Se dermos maus exemplos, temos más práticas”, salientou, alertando que “o terreno junto ao campo de futebol continua com resíduos” e que é necessário fiscalizar. O Executivo permanente explicou que “os restos sobrantes da limpeza das valetas são depositados temporariamente naqueles terrenos utilizados pelas Juntas até que se justifique fazer uma guia para ir para o aterro”.

Descargas na ETAR de Fiães na sequência de acção de manutenção O PS mostrou-se preocupado com novas descargas ilegais poluentes para as ribeiras de Fiães, mas Emídio Sousa esclareceu que se tratou apenas de uma acção de manutenção da ETAR, que tem de ser feita com regularidade, envolvendo um efluente de limpeza das condutas, pois “algumas partes tendem a ficar oxidadas. Não prejudicou as ribeiras”, garantiu.

Délio Carquejo pede cuidado com Fonte de Penas O vereador do PS chamou a atenção para a obra decorrente na urbanização da Fonte de Penas e a sua centenária fonte. “A Fonte de Penas já vem do tempo celta e peço que tenha um tratamento condigno pelo que representa para a memória colectiva do povo brandoense e feirense”, referiu. Emídio Sousa encaminhou o pedido para o respectivo pelouro.


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REUNIÃO DE CÂMARA

15 votos de congratulação aprovados

CORREIO DA FEIRA CELEBRADO PELO SEU PRÉMIO GAZETA Quinze foi o número de votos de congratulação aprovados na última reunião de Câmara, entre eles um para o centenário jornal Correio da Feira, que ganhou, no passado mês, o Prémio Gazeta Imprensa Regional. Proposto pelo Partido Socialista, na voz de Margarida Gariso, o voto surge por ser o maior prémio nacional para o sector e a primeira distinção deste género para o Concelho. “O voto é mais do que merecido para um jornal desta longevidade e qualidade que muito faz pela democracia com o seu trabalho independente de informação”. O voto foi aprovado por unanimidade, assim como todos os outros, incluindo o voto, também proposto pelo PS, para a nogueirense Isabel Santos, agraciada pela sua tese de doutoramento sobre um protótipo digital para crianças com autismo com vista ao desenvolvimento de competências na área da matemática. Já o Executivo propôs 12 votos de mérito desportivo: Clube Desportivo

Arrifanense Futebol Seniores – Subida 1.ª Divisão Distrital; Clube Desportivo Feirense Andebol Seniores – Subida à 2.ª Divisão Nacional; CDF Futebol Juvenis – Conquista da Taça; CDF Futebol Juvenis – Conquista da Supertaça; CDF Futebol Iniciados – Campeões Distritais; CDF Futebol Infantis A – Campeões Distritais; CDF Futebol Benjamins A – Campeões Distritais; Lusitânia de Lourosa Futebol – Conquista da Supertaça Distrital; VH Team Fighters – 2 medalhas de ouro e 2 de bronze no Campeonato Nacional de Kickboxing; Jovens D’Ouro – Vencedores do Campeonato de Portugal de Cadetes e Sub-21; António Carvalho (W52 FCPorto) – 1.º lugar no GP JN; e Arsénio Rocha (juvenil do Lusitânia de Lourosa) convocado para representar a selecção portuguesa de Atletismo nos jogos da CPLP em S. Tomé e Príncipe).

E depois do fogo no Rossio…

Emídio Sousa propôs ainda um voto de lou-

vor a todos que participaram no combate ao incêndio, no dia 1 de Julho, no Rossio. “Os Bombeiros foram de uma eficácia tremenda, conseguindo confinar o incêndio àquele edifício”, referiu, elogiando também a actuação da polícia que coordenou “a acessibilidade dos veículos e das pessoas”. Sensibilizou-o, especialmente, o telefonema do Presidente da República (PR), Marcelo Rebelo de Sousa, a perguntar se precisava de ajuda. “Surpreendeu-me. Revelou uma atenção… Tinha acabado de chegar da Rússia”, contou Emídio Sousa. Marcelo despediu-se com “até daqui a um mês”, pronto para marcar presença na Viagem Medieval. Margarida Gariso disse que o PR “surpreendia todos os dias com atitudes de proximidade e afectuosidade” e sobre a zona histórica questionou:“Existe um projecto para aquela zona. O que poderá vir a ser recuperado?”. Emídio Sousa frisou que “todas as obras têm de ser aprova-

das pela Direcção Regional da Cultura do Norte” e que, como está inserida nas Áreas de Reabilitação Urbana, pode ser alvo de candidatura. Para já, o próximo passo é notificar os proprietários para removerem os escombros pois a cobertura foi “toda ao ar. O rés-do-chão aguentou e a ourivesaria não sofreu qualquer estrago”. O vereador responsável pela Protecção Civil, Vítor Marques, referiu que se iria analisar a perigosidade do local que, em princípio, “não apresenta risco de ruir em termos estruturais”. Há possibilidade, diz o Executivo, de se colocar uma “cobertura provisória para laborar durante a Viagem Medieval”. “Não corremos o risco de ter de delimitar a zona?”, perguntou o socialista Délio Carquejo. “Quase de certeza”, respondeu Emídio Sousa, que antevê várias hipóteses, como por exemplo a colocação de um painel. “Os serviços técnicos estão a estudar o caso”.

da de execução da marcação rodoviária de pavimentos, o PS votou contra por se tratar de “uma prorrogação sobre uma prorrogação” ainda para mais justificada pela chuva que “não houve”. Ainda assim, elogiaram a redução do tempo, o empreiteiro tinha proposto 120 dias, a Autarquia concedeu 90. “Já se nota a mudança graças ao dedo do vereador António Topa. Daqui a umas reuniões esperamos que os 90 passem para os 60, depois para os 30 e depois para os zero, culminando na multa às empresas pelo trabalho que fazem para o Município, que é nenhum.Temos prorrogativas que podemos accionar. Não pactuamos com isto”. António Topa Gomes, o vereador com o pelouro das Obras Municipais, concordou

com a filosofia mas ela “não é totalmente aplicável neste caso. Há um antecedente que não é da responsabilidade do empreiteiro: as pavimentações estão atrasadas. Sem elas, não se pode pintar. Ele está a jusante de um conjunto de trabalhos”, explicou. O PS, ainda assim, votou contra para “chamar a atenção para que estes casos não se voltem a repetir” porque “os contratos têm prazos. Todos os processos apresentam como justificativa as condições climatéricas. Tivemos um Verão antecipado com muitos dias solarengos. A Câmara tem de fazer o que deve ser feito: anular e passar a novos empreiteiros”. O PSD justificou a prorrogação graciosa dizendo que “não acarreta prejuízos para o Município”.

Rede viária

SOCIALISTAS QUEREM MAIS ATENÇÃO ÀS OBRAS

António Bastos começou por falar nas pavimentações realizadas em Argoncilhe. “Esquecem-se de fazer os remates entre as caixas de visita das águas pluviais e o tapete betuminoso”, apontou, dizendo que ficam “10cm por pavimentar” por cerca de dois a três meses. “Reúne todas as condições climatéricas para ser feito e tem de ser feito porque pode significar acidentes ao rebentar os pneus”, alertou, exigindo que “imediatamente se obrigue o empreiteiro a cumprir os seus deveres”. Ainda em Argoncilhe,o socialista quis saber o ponto de situação para a obra que une a Câmara da Feira e a de Gaia na repavimentação das ruas de fronteira das freguesias de Argoncilhe e Olival. “O protocolo já foi assinado, a obra

adjudicada,mas não se sabe mais nada.A obra tem de iniciar-se o mais rapidamente possível para acabar antes do Inverno”. Emídio Sousa informou que“a obra estava em condições de avançar”e que o empreiteiro tinha prometido arrancar ainda na semana transacta. Na rede viária, Lia Ferreira falou ainda de uma tampa de saneamento das águas pluviais que “está sistematicamente levantada” em frente às bombas de combustível em S. Paio de Oleiros.“Constitui um grave perigo, qualquer dia há um acidente”, avisou. O assunto foi encaminhado para o pelouro das Obras Municipais.

Prorrogação sobre prorrogação

Na ordem do dia, na aprovação da empreita-

Ferradal com “problemas de manutenção e conservação muito graves” O PS, através de António Bastos, alertou para as condições da habitação social no Ferradal, em Fiães.“Após uma visita, lamento profundamente ter verificado problemas de manutenção e conservação graves”, apontou. O socialista quer que “a Câmara passe a controlar melhor os equipamentos à sua responsabilidade”, referindo-se ainda ao tratamento das áreas ajardinadas que estão “deixadas ao desleixo”. O vereador com o pelouro do espaços verdes, Vítor Marques, garantiu que estava a ser feito “um levantamento dos espaços verdes para lançar a empreitada de requalificação dos mesmos”. Reunião marcada com DRCN sobre acessibilidades no Castelo Mais uma vez Lia Ferreira questionou sobre o ofício enviado pela Comissão de Vigilância do Castelo à Direcção Regional de Cultura do Norte para discutir as acessibilidades no Castelo da Feira e desta vez teve uma resposta positiva de Emídio Sousa, garantindo que a reunião já está marcada. Sobre a possibilidade de a vereadora socialista acompanhar, a resposta ficou em suspenso…

Programa ‘Fit & Strong’ para combater a osteoartrose Em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, a Câmara da Feira celebrou um protocolo de cooperação para implementar no Concelho o programa ‘Fit & Strong’ que pretende, através de exercícios e educação para a saúde, combater a osteoartrose, responsável pelo aumento da incapacidade das pessoas idosas. O programa decorre até 2019 e destina-se a pessoas com mais de 50 anos, residentes na comunidade, com osteoartrose nos membros inferiores. Câmara desafecta caminho público para Amorim ampliar instalações Mais uma desafectação de caminho público vai a reunião de Câmara, desta feita no Lugar de Regadas, em Mozelos. O PS absteve-se na aprovação pois na origem da desafectação está a intenção da Amorim Cork Ventures ampliar as suas instalações, instalando no local uma unidade piloto de inovação e desenvolvimento da cortiça. Os socialistas alertaram para as consequências do aumento da fábrica, como potenciais ruídos, que podem prejudicar

as populações vizinhas, e sugeriram que as unidades fossem deslocalizadas para onde deveriam estar, nas zonas industriais. Duplicação da verba de inscrições nos clubes No seguimento da aprovação do Programa de Apoio ao Desporto – Medida 1 – Apoio à Inscrição de Praticantes ou Arbitragens, Délio Carquejo voltou a alertar para a duplicação do valor das inscrições, sendo que alguns clubes, apesar de receberem o apoio camarário, cobram ainda assim o valor das inscrições na modalidade aos pais dos atletas. Campo de futebol de Lobão em obras Os balneários com mais de quatro décadas do Campo de Futebol de Lobão vão abaixo, garante Emídio Sousa, na sequência das obras levadas a cabo pela Associação Desportiva e Cultural de Lobão que está a investir para requalificar o espaço. Para que o clube possa “terminar os trabalhos”, a Autarquia concedeu um apoio de 30 mil euros para a obra.


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SOCIEDADE em resposta à sugestão dos utentes

CHedV iMPLeMeNtA MeLHOriAS NO ACeSSO à CONSULtA exterNA O Centro Hospitalar de entre o douro e Vouga terminou recentemente a implementação de uma nova zona de acesso à Consulta externa do Hospital de S. Sebastião em Santa Maria da Feira. trata-se de uma sugestão apresentada por diversos utentes e seus familiares que referiam o desconforto sentido na recepção da entrada da Consulta externa, sempre que as portas automáticas se abriam, em dias de condições climatéricas adversas, informa o CHedV, em comunicado. Para dar resposta à sugestão, criou-se uma nova zona de acesso, protegida, anterior à entrada da recepção. Para o presidente do Conselho de Administração do CHedV, Miguel Paiva, “a operacionalização desta nova área de acesso à Consulta externa irá trazer uma melhoria significativa nas condições de acesso dos utentes, principalmente àqueles com maior dificuldade de mobilidade, e um maior conforto para utentes e profissionais de saúde”. Maria Armanda, responsável pelo Serviço de Admissão de doentes, refere que

“esta ampliação na entrada da Consulta externa irá facilitar a circulação dos utentes através da delimitação das portas de entrada e saída. A nova decoração e sinalética colocadas na entrada incrementam a relação de confiança e proximidade entre profissionais de saúde e utentes”. O CHedV já tem implementado na Consulta externa o projecto Utente 360º, que “promove e adopta as melhores práticas no atendimento, utilizando ferramentas tecnológicas para aumentar os canais de atendimento e melhorar a eficiência”. Para além do atendimento presencial ao balcão, também é possível o atendimento através de quiosque automatizado no local. Até ao final do presente ano, estará operacional um centro de atendimento telefónico, com o qual se completará este ambicioso projecto de melhoria da comunicação entre o Hospital e os utentes. No primeiro semestre de 2018 a Consulta externa do Hospital de S. Sebastião realizou 138.970 consultas médicas, o que representa uma média de 1.120 consultas por dia útil.

BOLSA PArA eStUdANte de SANtA MAriA dA FeirA Na apreciação das candidaturas, terse-á em conta a carência económica do agregado familiar que apresentar o rendimento per capita mais baixo de entre os concorrentes. Os interessados podem inscrever-se on-line ou presencialmente nos serviços municipais.

SUNSet SOLidáriO NO ZOO de LOUrOSA LOUROSA O Zoo de Lourosa recebe, no próximo sábado, um Sunset Solidário, às 19h00, com jantar. inscrições e

LAMAS 50 formandos que concluíram com sucesso os seus processos formativos de técnico industrial de rolhas de Cortiça (eFA com certificação escolar e profissional) e os seus processos de reconhecimento de competências escolares (básico e secundário) receberam, das mãos da vereadora com o pelouro da educação, Cristina tenreiro, os diplomas respectivos, no auditório do Centro de Formação Profissional da indústria da Cortiça, em Lamas. A formação profissional, diz o Cincork em comunicado, constitui uma importante alavanca para a competitividade

empresar ial da Fileira da Cor tiça pois as qualificações obtidas “têm-se revelado bastante adequadas e com elevada taxa de empregabilidade”. Paralelamente, os processos de reconhecimento, validação e certificação de competências escolares e/ou profissionais dinamizados pelo Centro Qualifica Cincork têm-se mostrado “de elevada importância para a qualificação e certificação de adultos. A aprendizagem ao longo da vida assume um papel imprescindível para quem pretenda singrar num mercado cada vez mais competitivo”.

DEDO NA FERIDA

LAMAS Um leitor do CF alertou para a lixeira a céu aberto em frente às instalações da fábrica Cork Supply, em Santa Maria de Lamas. “Só quero ver a terra onde cresci livre de lixo”, diz.

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Universidade Lusófona atribui

Até 14 de Agosto encontram-se abertas as inscrições para uma bolsa de estudo a atribuir pela Universidade Lusófona do Porto a um estudante do ensino superior do Concelho com matrícula formalizada para ingresso nesta universidade.

eNtregA de diPLOMAS NO CiNCOrk

informação na Junta de Freguesia até quarta-feira. O valor angariado reverte a favor do Fórum Social de Lourosa.

fotolegenda FEIRA A Associação empresarial da Feira comemorou, na sextafeira, o seu 24.º aniversário. Com as portas abertas, ofereceu benefícios aos associados – 50% de desconto na quota de novo associado ou regularização da mesma – e uma taça de espumante e fatia de bolo em celebração da efeméride.


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SOCIEDADE

Cavalinho Classic Cup 2018

RALIS DE REguLARIDADE HISTóRICA José Carlos Macedo

O percurso, a paisagem e a exigência são ingredientes para um convívio onde a competição termina saudavelmente à mesa.

A cidade de Aveiro não é só a capital do distrito a que dá o nome mas também um destino turístico muito forte. Num abraço constante com o Mar e a Ria, a cidade que pulula de turistas é palco de inúmeros eventos e, na passada quinta-feira, o Correio da Feira esteve, em específico, a convite da organização, na apresentação do Rali de Santa Joana, que aconteceu no histórico Hotel Moliceiro e que tem data marcada para o dia 22 de Setembro. A organização da competição está a cargo do CACF (Clube Automóveis Clássicos da Feira), com Miguel Brito e Pedro Dias, uma vez mais, ambos a emprestar a sua experiência à organização da prova, esta na vertente Histórico de Regularidade. A apresentação aconteceu ao fim da tarde, incluindo duas outras provas a realizar em 20 de Outubro e 10 de Novembro próximos.

Presentes cerca de duas dezenas de apaixonados pelas máquinas e seu espaço competitivo, que assistiram, numa primeira fase da apresentação oficial da prova, à intervenção de Pedro Dias. Este fez uma exposição muito cuidada da prova, suas exigências e singularidades, uma vez que o percurso enfrenta diversos tipos de estrada, alguns atravessando populações e, por isso mesmo, obrigando os participantes a cuidados redobrados. Aspectos como o tipo de exigência que a mesma pode colocar a condutores e navegadores foram também devidamente explicados, sublinhando sempre Pedro Dias que o “objectivo é simplificar e não complicar”, assegurando este aos presentes que todo o trajecto será inspeccionado por si com alguma antecipação, quer na véspera da Classic quer no dia da prova, de forma a evitar surpresas e, caso estas aconteçam,

“a debelar as mesmas com alguma antecedência, de forma a não prejudicar o desenrolar da competição”, disse. A palavra foi então dada a António Ramos, presidente do Lusitânia Automóvel Clube (LAC), que alinhou pela mesma bitola, não deixando de mostrar alguma preocupação pela diminuição das participações nos ralis organizados pelo LAC, situação essa que pretende recuperar já com o VI Rali Histórico Vila da Sertã, a realizar-se a 20 de Outubro. Levantou a ponta do véu, alertando para os percursos rápidos, sem deixar de focar os que requerem bastante mais cuidado ao volante.“Importante desfrutar da condução, em ambiente de passeio e das paisagens”, disse António Ramos. Por fim, o último a dirigir-se à plateia foi Luís Barral, ele que representa a Associação do Desporto Automóvel de Vila do Conde (ADAVC) e prepara já o 4.º Rali de Regu-

laridade Histórica ADAVC. Falou sobre a prova e os aspectos mais relevantes da mesma, numa promoção ao evento que vai para além do asfalto. “Desfrutar da paisagem por onde o percurso levará os participantes é um dos objectivos, para além da natural competição saudável que estas provas proporcionam a pilotos e navegadores”, sublinhou o dirigente. Antes do final, houve lugar a questões dos presentes, preocupados com eventuais dificuldades e segurança do trajecto a percorrer, acautelando assim, de alguma forma, surpresas que possam influenciar a sua prestação competitiva. A apresentação do Cavalinho Classic Cup 2018 – Ralis de Regularidade Histórica – teve lugar no Hotel Moliceiro em Aveiro e antes da sua apresentação, houve lugar a um Welcome Drink assegurado pela EFTA. Pub.


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CULTURA Rancho CDC de S. Paio de Oleiros

‘Artes em Itinerância’

CINEMA AO AR LIVRE, ARTES DE RuA E MúSICA O Município feirense lança ‘Artes em Itinerância’ que, durante três meses (14 de Julho a 23 de Setembro), percorre vários pontos do território com uma programação cultural diversificada durante a época veraneia, fazendo emergir “uma nova dinâmica de fruição e estabelecendo pontes entre a cultura e as gentes”, diz a Autarquia, em comunicado. ‘Artes em Itinerância’ aposta numa oferta cultural descentralizada, levando doze espectáculos a onze freguesias, com os primeiros a acontecerem já este sábado. Às 18h00, no Museu do Papel, em Paços de Brandão, há ‘Música Tradicional no Repertório para Violino e Piano’ por To-

más Costa e Vasco Dantas; e às 21h00, o espectáculo de teatro de rua ‘Not Fragil’, do Teatro em Caixa, na Vila Areal, em S. João de Ver, que se repete no domingo às 11h45 no Largo da Igreja Matriz do Vale. Mas muito mais haverá para usufruir deste programa que inclui concertos de música clássica e rock, cinema ao ar livre, performances multidisciplinares e o primeiro ciclo de órgão de tubos de Santa Maria da Feira.“Além de revisitar o património e alguns dos pontos centrais de turismo religioso, o projecto promove a circulação e o usufruto de espaços verdes propícios a actividades familiares”.

XVIII Encontro de Antiguidades Populares FEIRA Integrado nas comemorações das Bodas de Prata da Fecofeira, a Associação Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira leva a cabo, no sábado, o XVIII Encontro de Antiguidades Populares, às 21h30, no Inatel. O programa começa às 17h30 com a chegada dos grupos convidados, seguindo-se a sessão solene de boas-vindas no salão nobre da Junta de Freguesia da Feira. Às 19h00, há jantar convívio na Escola Fernando Pessoa.

Depois da organização do grupos, às 21h15 há um pequeno desfile e às 21h30 inicia-se o espectáculo ‘Antiguidades Populares’. Participam: Rancho Folclórico Casais de Santa Teresa (Aljubarrota), Rancho Folclórico da Boidobra (Covilhã), Grupo Folclórico de Pedralva ‘Região Bairradina’ (Anadia), Grupo de Danças e Cantares de Vermil (Guimarães) e Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira (Santa Maria da Feira).

Rancho ‘As Florinhas’

34.º Festival de Folclore RIO MEÃO O Rancho Folclórico Recreativo e Cultural‘As Florinhas de Rio Meão’realiza, no próximo sábado, o 34.º Festival de Folclore, no Largo Santo António, em Rio Meão, pelas 21h30. O evento conta com a partici-

pação do Grupo Folclórico e Etnográfico de Recardães (Águeda), Rancho Folclórico Associação Cultural e Desportiva de Mindelo (Vila do Conde) e Grupo Folclórico ‘O Cancioneiro de Ovar’ (Ovar).

fotolegenda

FEIRA A Autarquia lançou um Pack Especial Viagem Medieval, que contém quatro pulseiras de acesso ao recinto e voucher de entrada no Castelo, numa embalagem prestígio criada para ofertas personalizadas, pessoais ou institucionais. Até 15 de Julho, tem o custo de 29 euros; de 16 a 31, 33 euros e durante o evento 37 euros. Organizada pela Câmara, Feira Viva e Fecofeira, a XXII Viagem Medieval acontece de 1 a 12 de Agosto no centro histórico feirense dedicada ao reinado de D. Pedro I.

XXXVII Festival Internacional de Folclore OLEIROS O Rancho Folclórico CDC de S. Paio de Oleiros organiza, no dia 21 de Julho, o seu XXXVII Festival Internacional de Folclore, pelas 21h00, no Parque Nossa Senhora da Saúde, em Oleiros. Para celebrar a cultura e tradições folclóricas nacionais e estrangeiras, estarão presentes: Rancho Folclórico de Elvas,

Rancho Folclórico Honra e Glória de Arrentela (Seixal), Rancho Folclórico de Verdelho (Santarém), Rancho Folclórico de Santa Maria de Covas do Barroso (Boticas), Rancho Flor de Linho Associação Cultural de Pedrouços (Maia) e Grupo Folclórico de Dança Tine Rožanc (Eslovénia).

Rancho Folclórico São Pedro de Canedo

XXIX Festival Nacional de Folclore CANEDO Inserido na Festa das Colectividades da união de Freguesias de Canedo, Vale e Vila Maior, o Rancho Folclórico São Pedro de Canedo apresenta, a 21 de Julho, o seu XXIX Festival Nacional de Folclore, que em tempos foi Festival Internacional de Folclore, com três grupos de folclore: Rancho Folclórico Verde Gaio de Lourosa (Viseu), Rancho Folclórico Os Barqueiros do Douro (Vila Real) e Rancho Folclórico Fonte Boa (Esposende). Fundado em 1976, o Rancho Folclórico São

Pedro de Canedo, nas suas apresentações, apresenta uma pesquisa elaborada em tradições culturais das Terras de Santa Maria e da Região Douro Litoral. Tem no seu currículo actuações de Norte a Sul do país e “tem contribuído para o engrandecimento e divulgação do Folclore das Terras de Santa Maria da Feira, levando bem longe o nome da terra”, diz, em comunicado, o jovem Emanuel Alexis, que lançou recentemente um livro sobre a vila de Canedo.

Tekos actuam hoje em Argoncilhe ARGONCILHE O XIII Festival das Colectividades de Argoncilhe começou na passada quinta-feira, com muitas actuações musicais, torneios e concentração de duas e quatro rodas, além

das marchas do São João de Pereira e glow party com o DJ Tiago Mendes. A programação termina hoje, às 22h000, na Junta de Freguesia de Argoncilhe, com o grupo Tekos. Pub.


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CULTURA


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ENTREVISTA

“A FEDERAçãO TEM FEITO UM TRABALHO REP DE CAPACITAçãO DOS DIRIGENTES” A Federação das Coletividades de Cultura e Recreio do Concelho de Santa Maria da Feira comemora, este ano, o 25.º aniversário e o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Victor Sismeiro, louva a formação e adaptação dos agentes às transformações do tecido associativo. Não foge à alegada polémica de trespasse do direito à exploração de espaços comerciais na Viagem Medieval, admitindo que poderão continuar a existir, mas refere que não há como provar.

Marcelo Brito* marcelo.brito@correiodafeira.pt

Como nasce a Federação das Coletividades? Não vivi o processo, mas quando foi fundada já residia em Santa Maria da Feira. A informação que tenho é que, apesar de estarmos em 2018 a comemorar o 25.º aniversário, a Federação terá nascido alguns anos antes a partir de uma percepção do então presidente da Câmara Municipal, Alfredo Henriques, e do vereador da Cultura, José Manuel Leão. Terão percebido que havia necessidade de congregar esforços no sentido de não desperdiçar-se o já movimento associativo existente. Em 1989, com o patrocínio do Município, as associações foram desafiadas a criarem uma coletividade que congregasse o associativismo local. O processo foi encabeçado por Fernando Ferreira da Casa da Gaia e, na altura, foi possível juntar, salvo erro, 17 associações que vinham de Argoncilhe, Fiães, Lourosa, Lobão, Mozelos, Rio Meão, Paços de Brandão, Sanguedo, S. João de Ver e Santa Maria da Feira. A primeira conclusão é que deveria partir-se para a criação de uma Federação das Coleti-

vidades. A segunda foi o de nomear, de imediato, uma Comissão Instaladora na qual estavam representantes da Casa da Gaia, do CiRAC [Círculo de Recreio, Arte e Cultura de Paços de Brandão], do Orfeão da Feira, da Juventude de Sanguedo, da MACUR [Movimento de Assistência, Cultura, Urbanismo e Recreio] e do Rancho S. Cristóvão de Nogueira da Regedoura que iria estudar os estatutos que viriam a reger a nova organização e a promover eleições para que fosse criada a Federação. Esta funcionou de uma maneira informal entre 1989 e 1993. É no início desse ano que é feita a escritura pública de constituição da Federação. Do ponto de vista formal, estamos a comemorar 25 anos, mas já poderíamos estar a comemorar mais. Que balanço faz dos 25 anos de atividade? Desde o início que uma das preocupações foi aproximar, tanto quanto possível, as associações porque ao olharmos para a paisagem do associativismo no Concelho da Feira, verificamos que há,

inclusivamente, o mesmo tipo de associação repetida na mesma localidade. Isto é reflexo de alguma competição entre, talvez, dirigentes, o que não faz bem ao associativismo. As comunidades não ganham com isso. Os próprios recursos e vontades locais passam a ser divididos por estruturas diferentes. A preocupação tem sido no sentido de amenizar a situação, promovendo a aproximação de associações e dirigentes. Fazer com que as pessoas percebam que a comunidade ganha muito mais quando, junta, tenta resolver os problemas. Os recursos conjugados valem muito mais do que dispersos. Nesse sentido, a Federação tem feito trabalho quer na formação de dirigentes, quer nas especializações. Isto é, na área do Folclore, Teatro, Artes Circenses, Instrumentos Tradicionais, entre outros. Tem apontado como motivo fundamental da sua intervenção a formação de e para dirigentes e agentes do associativismo. Um trabalho meritório ainda que não seja muito conhecido. Os conhecimentos que os agentes do associativismo têm adquirido têm permitido que atu-


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trabalhar com gente que acrescentasse mais conhecimento. O mesmo acontece em áreas como a Fiscalidade. A pressão das obrigações relacionadas com a gestão e fiscalidade das associações não era tanta. Tudo implica uma transformação dentro das associações que não estavam preparadas nem tinham condições para responderem a todas as obrigações que entretanto foram impostas ao movimento associativo. Implicou que tivéssemos de fazer um trabalho de formação muito repetido. Há regras que têm de ser cumpridas. Nesta área, a Federação tem feito um trabalho repetido de capacitação dos dirigentes. Com resultados? Com resultados. Atualmente é fácil as associações chegarem à Federação e pedirem ajuda. Nem todas as associações têm a capacidade, mas a consciência de que é necessário cumprir as regras, essa já é visível. Os dirigentes procuram-nos em situações como a de apresentar as declarações fiscais. Também é verdade que acarreta consequências negativas do ponto de vista da vida associativa. O volume das exigências colocadas aos dirigentes associativos retira-lhes tempo que deviam dedicar ao desenvolvimento de atividades. Este facto, que é um facto, é preocupante. Sendo importante, não deixa de ter consequências negativas.

PETIDO almente se fale pouco de, por exemplo, teatro amador para se falar de teatro de amadores. Há, entre as associações do Município, verdadeiras companhias de teatro. Já não são grupos de teatro com limitações. Apostámos na formação com profissionais. Tanto no Teatro como no Folclore. Os grupos de percussões tradicionais não existiam. O que existia não respondia às necessidades de, por exemplo, animação da Viagem Medieval. Tivemos sempre a preocupação de

Qual a solução para contornar esse entrave? É mais fácil resolver a situação, porque não é contornando-a que a resolvemos, à medida que vá chegando mais juventude às associações. A percepção de que existem regras e que têm de ser cumpridas é mais facilmente entendida por quem está mais próximo e atento à evolução das regras de convivência social. Alguns continuam a queixar-se. A verdade é que temos de conviver com a vida da associação e com o cumprimento das regras. O processo sendo lento, não tem retorno. A dificuldade acresce quando começam a ter consciência da responsabilidade do que é ser agente associativo. Faz com que as pessoas não tenham tanta vontade, ou tenham até algum receio em assumir a liderança das associações. A Direção é que poderá pronunciar-se, mas não haverá impedimento à Federação que, a dado momento, a forma de ajudar as associações seja, por exemplo, criar um serviço dedicado ao apoio de cumprimento das regras fiscais e organizativas. Segundo a página da Federação existe, ou há pretensão em criar, um Gabinete Jurídico de Apoio ao Associativismo… Felizmente não têm existido conflitos que justifiquem a criação de um gabinete. Tínhamos um advogado que, em casos que exigissem a sua intervenção, recomendávamo-lo e dava apoio. Ainda bem que o número de conflitos não justifica a criação do gabinete, mas existiu a ideia, em caso de conflitos, de criá-lo.

A “importante intervenção” na Viagem Medieval

É incontornável não abordar a Viagem Medieval… O associativismo, representado pela Federação, tem um impacto muito importante. Há quem considere que não se deve reconhecer isso publicamente, mas a verdade é que a Federação, desde o início, mantém uma importante intervenção na realização da Viagem Medieval. Lembra-se do processo que tornou a Viagem um evento incontornável não só da Cultura de Santa Maria da Feira, mas também de Portugal? É um projeto grande e de dimensões que provavelmente há 10 ou 15 anos a Feira não sonharia. O processo é relativamente simples. Em 1996, a Federação é contactada no sentido de acolher a realização de um evento a realizar num fim-de-semana no Castelo que tinha por finalidade a recriação de um momento que permitisse regressar ao passado histórico do país. Foi apresentado por um grupo de estudantes liderado pela Ana Nadais e pela Cristina Perestrelo à Câmara que não tinha forma de apoiar esse grupo informal e encaminhou para a Federação onde foi acolhido. Fazem-se duas edições, 1996 e 1997, e fundamentalmente por razões ligadas aos parcos recursos financeiros da Federação das Coletividades, não houve possibilidade de fazer a edição de 1998. Em 1999, o grupo informal afastou-se e a Viagem Medieval é assumida integral e exclusivamente pela Federação. Em 2000, acontece a cerimónia de encerramento da primeira presidência portuguesa na Comunidade Económica Europeia no Europarque. Era Carlos Martins o vereador da Cultura. Vieram centenas e centenas de jornalistas e houve a consciência de que Santa Maria da Feira tinha a possibilidade de mostrar-se ao Mundo. A Viagem Medieval decorria durante um fim-de-semana em setembro e o vereador Carlos Martins falou com a Federação e fez o desafio de passar para Junho a data da cerimónia e deixar de ser apenas num fim-de-semana e passar a ser uma semana inteira. Foram, aliás, 10 dias. A Viagem Medieval decorria dentro do Castelo, mas saiu dessa área e foi para o Rossio. Houve protocolo entre a Federação e a Câmara e quando um projeto destes passa a ter como parceiro uma entidade com os recursos da Câmara e que a Federação não tinha, nem tem – porque vive, à semelhança de outras associações, do trabalho voluntário dos agentes –, era inevitável que crescesse. Entretanto é criada, em 2004, a Feira Viva que aproximou-se da Viagem. É evidente que houve consequências. É um crescimento perfeitamente normal. O evento promoveu consequências naquela que é atualmente a imagem da cidade. Era impossível se a Câmara e a Feira Viva não estivessem no projeto.

O trespasse de espaços

É inegável que associações da Feira ganham recursos económicos com a Viagem Medieval. Tem conhecimento de alguma que, depois de ganhar o direito de explorar deter minado e s p a ç o, f e z o t r e s p a s s e a u m particular? Durante o período que integrei a Comissão Executiva ouvi rumores. Não se pode dizer que não acontece. Ouvimos rumores de que isso acontecia. Tentámos perceber se acontecia e provavelmente atualmente faz-se a mesma coisa. Conheço as pessoas da Comissão Executiva e a sua preocupação no sentido de não permitirem que tal aconteça. Ouve-se o rumor, tenta-se perceber, mas provar que acontece ou não é muito complicado para não dizer quase impossível. Nunca houve provas concretas, mas não quer dizer que não aconteça. Enquanto estive na Comissão, e como conheço todas as pessoas que atualmente a integram, sempre que há o rumor, tenta-se perceber se é possível provar a cedência, a terceiros, da exploração de um espaço que foi cedido a uma associação. Conseguir fazer prova foi e será sempre complicado. Esta é a realidade. São muitas as iniciativas alusivas às comemorações do 25.º aniversário da Federação das Coletividades. Houve preocupação em envolver todos os associados? O máximo possível. São 40 ou 41 iniciativas. A Federação não podia dizer aos associados para fazerem uma determinada atividade para associarem às comemorações. A Federação convidou os associados a, passo a redundância, associarem-se às comemorações, integrando uma das suas atividades na efeméride. Houve uma boa resposta. O Município é, em 2018, Capital da Cultura do Eixo Atlântico. Crê que o papel da Federação foi importante, durante os últimos 25 anos, para a Feira receber agora essa eleição? É inegável. É preciso entender que, na Viagem Medieval, a área alimentar é específica e com importância na garantia da qualidade do serviço. Há regras que são rigorosíssimas para a segurança alimentar e temos a garantia, através das associações, que são cumpridas. Felizmente, durante todos estes anos, não tenho memória de que tenha havido alguma situação, pelo menos grave, de intoxicação alimentar. E são centenas de milhares de pessoas. Na Viagem, são cerca de mil as pessoas a desenvolver conteúdos. Dizer que o associativismo não tem influência, ninguém é capaz de fazê-lo. Este prémio é recebido pelo Município de Santa Maria da Feira, mas também em nome do associativismo feirense. É uma questão de pura e simples justiça. *O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico


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CONHECER Nome Alecsander do Amaral Pereira Nascimento Rio de Janeiro, 11 de Abril de 1967 Idade 51 anos Estado Civil Casado Profissão Engenheiro Informático Clube FCP Filhos 1 (Victor)

TUdO ‘FIxE’! (dO BRASIl ATé à FEIRA)

Daniela Castro Soares daniela.soares@correiodafeira.pt

Colaborador do Correio da Feira há mais de ano, uma grande coincidência liga este brasileiro radicado em Terras de Santa Maria ao nosso centenário jornal. “Fazemos anos no mesmo dia”, diz, exibindo com orgulho na sua página de Facebook a edição do jornal à data do seu nascimento. Alecsander Pereira é natural do Rio de Janeiro, “na altura Estado da Guanabara”, e apesar de o ter deixado para trás, em 2008, quando se mudou com a família para Portugal, segue parafraseando Vinícius de Moraes: “O Rio continua lindo…”. Sem ilusões, contudo, pois recorda-se perfeitamente do motivo que o levou, aos 41 anos, a mudar de vida. “Estava com um

O brasileiro mais conhecido por estas bandas, da política à cultura, abriu as portas da sua casa cor-de-rosa para, numa conversa que contou com os valiosos contributos de Márcia, a cara-metade, falar do estado do país onde nasceu, percorrendo as ruas (possíveis) através do Google Maps, e falar de um futuro que poderá incluir um filho informático e um livro e peça de teatro já em curso. dos gerentes da empresa onde trabalhava e, a cerca de 600 metros, estava a decorrer uma troca de tiros entre polícia e bandido, balas traçantes. Eu disse-lhe ‘vamos para outro lado, que ali está a haver tiroteio’. Mal ele virou, ouvimos um barulho no carro e quando chegámos em casa, vimos o risco da bala. Se desce um pouco mais, me acerta”. Alecsander “já tinha planos para vir para Portugal”, mas aquele acontecimento acelerou tudo. “Teríamos vindo em 2003, mas a Márcia engravidou do Victor; então viemos em 2008, ela primeiro com o filhote em Agosto, para ver se arranjava emprego, e eu depois, em Outubro. Faz 10 anos que moramos aqui”.

Desumanidade latina

Os pais de Alecsander ficaram no Brasil e custou-lhes ver o único neto partir para o outro lado do Atlântico. “O meu pai teve muita pena. No começo, ficou triste, mas hoje diz que a melhor coisa que fizemos foi vir para cá”. Até porque, de há 15 anos para cá, o Brasil foi-se transformando… e piorando. “Uma vez, indo de casa para o trabalho, umas 7h00, na passarela [ponte sobre a via] da Avenida Brasil, vejo um corpo, amarrado do lado de fora, decapitado. Para você ver com o que se convive no Rio de Janeiro… Também soube que torturaram e mataram um jornalista, usando a técnica do barril, metem-no lá dentro

e queimam. São muito desumanos”, diz, abanando a cabeça. Uma realidade tão difícil de compreender no nosso país à beira-mar plantado. Mas Alecsander explica: “São as pessoas. As pessoas tanto podem fazer uma empresa crescer, como cair, e é o que acontece nos países. Muitas pessoas colocam o seu interesse acima de tudo e esse é o grande mal do Brasil. Aqui temos 10 milhões de habitantes e lá são 210 milhões. Portugal é do tamanho do Rio de Janeiro, que é o quarto menor dos 23 estados do Brasil. Colocamos Europa e meia dentro do Brasil. Era para ser uma potência, mas não é…” Muito por causa… das fronteiras. “Portu-


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espécie de A1, pararam três/quatro carros, saíram os traficantes com R15 [arma de assalto semi-automática] na mão e mandaram todo o mundo tirar a roupa e os pertences. O meu irmão ficou só de calças, levaram sapatilhas, documentos, tudo”. Alecsander ainda tentou “rastrear” o sinal de Messenger quando este ficou activo mas… “quando vi que estava dentro de uma favela, desisti”.

Viagem virtual

Numa viagem pelo Google Maps, o informático mostra-me um Brasil que não aparece nas telenovelas. São as zonas cujo nome todos conhecemos, o Pão de Açúcar, Cristo Redentor, Leblon, Ipanema, Copacabana, convivendo de perto com as maiores e piores favelas. As linhas azuis do carrinho da Google mostram o percurso que fez para fotografar o território, mas há pedaços (enormes) completamente no escuro. “Em Manguinhos eles não passaram, em Jacarezinho muito menos, porque são favelas. Há muita gente boa dentro das favelas, mas é o local onde o traficante se esconde”. Numa tentativa de ver os registos mais aproximados, observamos crianças na rua, muitas. “Ficam praticamente abandonadas. Uma família de classe média tem 1 filho, a classe pobre tem 15 filhos, recebem subsídios, deixam as crianças ao Deus dará. Agora fala-se nos refugiados, durante muitos anos no Brasil aconteceu a migração, saiu o pessoal do Nordeste com fome para São Paulo e para o Rio. É do ser humano, procurar sempre o melhor para ele. Foi assim que se foram criando as favelas, locais de difícil acesso. Estamos vendo esse pedaço [mostra, no ecrã], imagina aqui dentro, olha a quantidade de ruas que tem e não se consegue entrar. Imagina a polícia a fazer ali uma incursão”. Não imagino, até porque… é quase inútil. “Miúdos com 12, 13 anos ganham dinheiro para ver se a polícia chega e avisam os traficantes. Isso faz com que sintam que eles não podem ser presos. Que tristeza”, lamenta.

Mudam-se os tempos…

gal tem a vantagem de ter como fronteira apenas a Espanha; o Brasil tem [entre outras] a Venezuela e Colômbia. A fronteira é por onde entra a droga, o armamento, é uma área muito grande; e com a selva amazónica é muito difícil de controlar. Infelizmente, até o Sul do país, que era uma área tranquila, está a ser afectado. Um pai de um aluno do Isvouga, natural de Santa Catarina, contava-me no outro dia que antigamente, se se ouvisse um tiro naquela zona, toda a gente se baixava, fechava as portas, era raro. Hoje, os traficantes entram

e confrontam na hora. Quando ele parou para ver, se tornou uma coisa natural”. O pior, lamenta Alecsander, são as “pessoas que lá estão, trabalhando, que podem ser vítimas de uma bala perdida, do nada, em segundos. É chato ouvir o meu pai dizer que nem sai mais de casa, à noite, aos fins-de-semana, não sai de carro. Eu com 18 anos saía para tudo quanto era canto, voltava às 4h por locais a que hoje já não volto. Uma vez o meu irmão ia para casa, eram 21h00, fecharam a Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, uma

Até na vila (espécie de condomínio fechado) onde vivia, Alecsander consegue ver as diferenças. “O portão era aqui, mas antes não tinha portão, era aberto. Hoje em dia, tem gradeamento, portão, câmara de segurança…”, aponta. Muitas brincadeiras ali se passaram num tempo em que as crianças podiam andar despreocupadas. “Meu pai falava ‘não passem dessa árvore’ e nós brincávamos à vontade, não havia perigo”. Brincavam a quê? “Eu e meu irmão Franklin jogávamos à bola e minha irmã Layne andava de bicicleta”. Os três e… os amigos imaginários.“Cada um tinha um personagem imaginário. Lembro-me que jogávamos algo em nosso personagem e ele se transformava. Tínhamos as nossas aventuras”. Uma maneira de animar as tardes sem outras crianças por perto. “Quando os amigos vinham, ficávamos contentes porque era só a gente, lá”. Uma casa onde o pai sustentava e a mãe era a cuidadora. “Eu nasci em 67, meu irmão em 68 e minha irmã em 70, a mãe

é que levava a gente para cima e para baixo”. Cuidar de “três cabeças completamente diferentes” não era fácil e Alecsander lembra-se dos castigos quando “aprontavam: de cara para a parede, um em cada canto do armário, mas… conseguíamos ver-nos pela frecha… era uma palhaçada”, ri. Desde cedo, foi-lhes incutido um sentido de responsabilidade. “Quando éramos pequenos, tínhamos na geladeira [frigorífico] uma tabela de horários.‘Segunda-feira: Alec lava a cozinha, Franklin encera o chão, Layne lava a louça’. Tínhamos tarefas diárias e fazíamos tudo. Quando os meus pais iam pintar casas, ajudávamos, passávamos massa, lixávamos, pintávamos e divertíamo-nos, todos cheios de marcas de tinta… Não havia esta grande preocupação com as coisas, como há hoje”. Vê-se na diferença entre a educação que teve e a que dá hoje ao filho Victor, de 13 anos.“A quantidade de informação que as crianças recebem actualmente é enorme. A pressão que têm na escola é muito maior. Num curto espaço de tempo, a tecnologia evoluiu de forma insana”. Melhor do que ninguém, Alecsander sabe do que fala, pois é peixe no oceano da informática. “Podia ter nascido na Patagónia, desde que tivesse computador”, brinca. O filho parece que vai pelo mesmo caminho. “Interessa-se pela área. Um amigo meu veio cá dar-lhe aula de Photoshop e ele fez esta montagem”, mostra, no ecrã do seu portátil, onde se vê Victor em diferentes perspectivas contra a parede da casa corde-rosa. “Mas a paixão dele são os jogos. Hoje é o Fortnite, há pouco tempo era o Minecraft. Joga com os amigos e eu jogo com ele. Daqui a pouco chama-me para ir jogar”, diz, gesticulando com a cabeça no sentido do quarto do filho, onde Victor, que veio para Portugal com 4 anos e acabou perdendo o sotaque “brasileirinho”, aproveita as férias, de auscultadores colocados, para imergir no mundo da competição virtual.

Computador com fita cassete

Alecsander começou a programar com apenas 14 anos, no primeiro computador que ainda hoje guarda: TK82C. “Era fixe (adoro esse termo). Ligava a uma televisão e guardava os programas numa fita cassete. A linguagem era basic. Ligava e começava a ler a fita, fazia um barulho, e convertia”. Tecnologia de ponta na altura, mas que dava grandes dores de cabeça. “Carregando, a fita trava… AHH! E quando dava erro na gravação? Ou estava digitando e o computador desligava? Perdia tudo…”. Aos 14 iniciou-se no meio e aos 15 já dava aulas, mas a sua jovem idade não o deixou chegar mais longe tão rapidamente quanto gostaria. “Com 16 anos, tive a minha maior decepção. Fui dar uma aula, eram 10 pessoas, e 4/5 se levantaram e foram embora, pessoas de idade, porque se recusavam a ter aula com um pirralho”. Isso não travou Alecsander. No mesmo ano, começou a escrever artigos para revistas e chegou a desenvolver um programa inovador, na altura da mudança da moeda brasileira (cruzeiro para real),


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RESPOSTA RÁPIDA

O que o motiva? A vida. O que o preocupa? O rumo da civilização. Naqueles dias em que tudo parece correr mal, qual é o seu refúgio? Quando as coisas correm mal, eu ponho para trás das costas. O que mais gosta de fazer? Gosto de passear com minha esposa e meu filho. O que menos gosta de fazer? Aturar pessoas chatas, principalmente quando temos de explicar uma coisa 10 vezes e mesmo assim elas não entendem. Se pudesse mudar uma coisa em si, o que mudava? Não mudava nada. Não sai de casa sem… Meus documentos. O que para si é insuportável? Dor de ouvido. A sua palavra favorita é… Por favor. Qual a figura da história que mais admira? Pedro Álvares Cabral porque foi ele quem descobriu o Brasil nas suas caravelas. Quem são os seus heróis da vida real? Tenho uma heroína, meu amorzinho, Márcia, por ter passado pelo que passou, o problema que teve (cancro de pele), é uma batalhadora. Que qualidade mais aprecia numa pessoa? Sinceridade e honestidade. Como é para si um dia perfeito? Com minha esposa e meu filho. Que conselho lhe deram que nunca esqueceu? São tantos conselhos que se recebe no caminho da vida, tem de se saber filtrá-los. Se conselho fosse bom, não se dava, vendia-se. Se pudesse voltar atrás, a que ano regressaria? Não regressava, preferia ir à frente ver. A não ser que pudesse voltar à época dos castelos… (risos) O seu lema de vida é… Viva a vida intensamente. O que é urgente o mundo perceber? Se as pessoas fizerem as coisas sem esperar nada em troca, vão ser mais felizes, até porque quando fazemos alguma coisa, não é só para nós, é para todos.

que ajudava a calcular o valor do câmbio. “Fiz um programinha que guardava os valores e, quando se colocasse a data, já convertia e dava o valor certo. Mandei o programa para uma revista e distribuíram-no”. Sempre “empreendedor”, lançava-se de cabeça para os projectos e foi assim que acabou a viver quatro anos em Salvador da Baía. “Com 20 anos, fui para a Baía de férias, queria conhecer a terra onde meu pai nasceu. Fui passar um mês de férias e acabei morando lá quatro anos e meio. Salvador fica a 1280km do Rio, é como daqui a Paris. Fui visitar a filial da empresa para a qual trabalhava e disseram-me ‘dois técnicos pediram demissão, não quer ficar aqui?’. Nada acontece por acaso”. Quatro anos em que “nunca ligou uma ventoinha, um aquecedor, nunca usou um casaco, é praia o ano todo, o Nordeste é maravilhoso”. Mas nem disso Alecsander tem saudades. “Não sou saudosista. Calor e praia tem aqui, não sinto falta da comida, talvez dos amigos… mas não me prendo muito, me adapto a qualquer ambiente”.

Amor aventureiro

Ajuda muito ter ao seu lado, há 25 anos, uma “gostosinha” que o compreende na totalidade. “Tudo começou quando eu conheci uma menina chamada Márcia através de um jornal. Quando tinha 25 anos, montei uma empresa de informática com uma sócia, e precisava de uma estagiária. Nos classificados do jornal, havia anúncios de pessoas à procura de emprego e ela era uma delas”. Márcia, filha de pais feirenses à altura emigrados no Brasil, foi à entrevista. Ver os dois a recriar o seu primeiro diálogo é melhor do que assistir a um filme romântico. Há risos cúmplices, olhares enternecedores e um amor que só não vê quem não quer. Engraçaram um com o outro e Alecsander fez tudo o que pôde para que Márcia ficasse com o cargo. “Ela foi fazer a prova e eu ficava atrás dela ‘está tudo bem?’”, conta o informático. “Teve uma hora que eu virei para trás e disse ‘se você ficar assim em cima de mim, não consigo fazer nada’”, completa Márcia. Começaram a namorar e logo no segundo mês viveram uma aventura impressa para sempre na sua memória. “Fomos para Saquarema, onde a tia dela tinha uma casa, passar o Carnaval. Os autocarros eram muito raros e, a caminho da praia, víamos lá no fundo a igreja, então eu disse ‘vamos andando, é pertinho’. Íamos andando e cada vez a sensação era de mais distância. Foram duas horas e tal debaixo do sol”. Resultado? Márcia apanhou um escaldão de caixão à cova.“Fiquei muito mal, nem sei como não fui parar ao hospital. Não conseguia dobrar as pernas. O Alec ficou muito preocupado”, lembra Márcia, e Alecsander continua a história: “Para voltar, não havia transportes nem telemóvel, tivemos de

vir a pé. Isso é que foi.... Tinha de pegá-la no colo, levá-la para dentro de água…”. Na altura foi um grande susto mas hoje “riem” da situação. “Somos dois loucos aventureiros, por isso nos encaixamos”, diz Márcia. “Ela é uma guerreira”, elogia Alecsander, e nos olhares trocados, há lágrimas a querer cair. Apesar de nunca ter tido um forte desejo de ser mãe, como as amigas que sonhavam com casamento e bebés, em 2003 Márcia engravidou de Victor. “Olha que barrigudinha, que barriguinha bonita”, diz Alecsander, apontando para a fotografia da esposa grávida.“É a nossa paixão, nossa vida”, afirma Márcia, sobre o filho. O informático confessa, a paternidade muda tudo, até o sono. “Tenho o sono muito pesado, pode cair o mundo que não acordo, mas quando o ouvia chorar…”, diz. O orgulho no filho “bonzinho” é evidente e por isso cada pergunta que lhe faço sobre os melhores dos tempos inclui na resposta a família. Fazem muita coisa juntos, inclusive teatro. Já participaram nas peças ‘A Vida de Job’ e mais recentemente ‘Sonho de Uma Noite de Verão’. “Queriam contratar-me para Hollywood mas com aqueles problemas que estão a acontecer por lá…”, brinca. A grande quantidade de falas foi “um desafio”, mas valeu bem a pena. “Ia para perto do rio, na zona do Isvouga, ler o texto, eram muitas palavras em português arcaico…”, lembra. Perto do Isvouga porque é na instituição de ensino superior que, a par da Zona Verde, Alecsander passa grande parte do seu tempo exercendo a actividade profissional de engenheiro informático. O casal participou, ainda, na Viagem Medieval, pela qual são “apaixonados. Acho que o Alecsander viveu esse tempo, ele gosta muito”, diz Márcia.“Não lembro dessa época porque não tinha informática”, rimos todos.

NO CAStElO dA FEiRA COm máRC

Na Feira, sê feirense

Desde que assentaram arraiais em terras feirenses, tudo têm feito para se integrarem na comunidade. Márcia coreografa para os grupos Gimnodance e Gimnokids, do qual exibe orgulhosa a t-shirt que o marido desenhou para ela, uma das muitas criações que saem da cabeça do informático; e Alecsander já fez parte da Associação de Pais da escola do filho e até foi auxiliar técnico do Arada Atlético Clube, onde Victor chegou a jogar futebol. “Eu sempre fui um apaixonado por futebol, joguei até há dois anos, parei porque tive uma ruptura quase total do tendão que me obrigou a parar; o Victor puxou ao meu irmão, nunca foi muito fã”, confessa. E por isso, quando o treinador o ‘botou para jogar’, ele entrou em campo e… “viu a Márcia na arquibancada e ficou mandando beijinhos para ela”. Sobre a experiência como auxiliar técnico….“é a pior coisa, não queiram. Os pais acham que os filhos vão ser o próximo Cristiano Ronaldo. Fiquei como auxiliar

O pRimEiRO COmputAdOR para ajudar a colocar distância entre os pais e o treinador, porque os pais ficavam em volta do campo quase pisando a linha. É do piorio, xingam, pedem que coloque o filho deles, uma feira de vaidades”. Mas pior… é ser árbitro. “Quando ia para casa do visitante, normalmente alguém da nossa equipa era o árbitro e, nesse jogo, eu fui ser o árbitro. Foi a primeira e última vez. Teve um pai que veio se engraçar, exaltado, eu só disse ‘vou pedir um favor, da linha para lá’. Eu não gosto de brigar, costumo dizer: dou um boi para não entrar numa briga, mas dou uma boiada para não sair, não comprem briga comigo, não deixo as coisas para resolver depois”, frisa, de olhos arregalados. De todas as áreas, foi a política que o fez saltar para a ribalta. “Sempre gostei de política”, revela. Começou por ajudar na antiga Junta de Espargo (PS),


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CONHECER

ALECSANdER NO CARNAVAL

COM OS iRMãOS

CiA

A FAMíLiA chegou a ir a um jantar do PSD, mas logo percebeu que “ia ficar ali como mais uma pessoa para ir às casas distribuir papéis”, e acabou no CDS-PP como cabeça-de-lista na últimas Autárquicas à União de Freguesias da Feira, Sanfins, Travanca e Espargo. “Não imaginava que ia ser candidato, até ao ano passado. Foi uma experiência interessante, guardo no coração as pessoas que me acompanharam”. Já tinha concorrido em 2013, em 5.º na lista do CDS, e considera ambas as experiências “incríveis. Corremos tudo, pegávamos no mapa e apontávamos, já fomos aqui”. Gostou do contacto com as pessoas, mas marcou-o a crítica muitas vezes ouvida: “Vocês, políticos, são todos iguais, só aparecem na altura das campanhas”. Por isso, e porque agora não é o momento, recusou convites para a Comissão Política Concelhia do partido e decidiu

construir um projecto a longo prazo. “Se quero voltar à política, tenho de fazer algo pelas pessoas. Tenho o planeamento e quando for, é para ganhar, com ou sem partido, porque eu não vejo partidos, vejo pessoas. Não posso dizer que uma pessoa fez uma coisa errada só porque é de outro partido. Essa cultura tem de acabar. Ou apoiamos as coisas boas ou todos perdem”. O espírito de grupo acima do indivíduo. “A ideia é construir algo que todos possamos fazer, sem ninguém ficar melindrado porque um apareceu mais do que outro. É a conquista aos poucos e em grupo. Sou um grão de areia, mas sou um grão que pode fazer a diferença”, salienta. Na vida, Alecsander segue a máxima de John F. Kennedy:‘Não perguntes o que o teu país pode fazer por ti, mas o que tu podes fazer pelo teu país’. “Não importa a terra onde es-

Um Livro Auto da Compadecida, Ariano Suassuna Uma Viagem Portugal Um Som Pássaros Um Filme Qualquer um de ficção científica Uma Cor Azul Um Cheiro O cheiro da Márcia Um Lugar Onde me sinta bem Uma Música We Are The Champions, The Queen Um Prato Bacalhau Um Animal Cão Um Objecto Computador Uma Frase “Penso, logo existo” teja; estou aqui, tenho de contribuir para cá. Se todo o mundo desse um bocadinho, era um bocadão. No dia em que as pessoas fizerem as coisas sem esperar nada em troca…”, deixa no ar, sobre um mundo ideal. Márcia, do outro lado da mesa, ouve o marido, sempre atenta, enquanto corta uma fatia de bolo para amansar os estômagos que já roncam com as três horas de conversa sobre esta vida preenchida, que inclui ainda alguns anos de atletismo, até cair no salto à barra e “ganhar medo”, e uma banda da qual Alecsander foi vocalista e baixista. “O nome da banda era SPTZ, significava espermatozoide, quer ver a imagem que criei?”, e começa a desenhar num guardanapo o logótipo. Dois anos a tocar, com um único concerto no Alto da Boavista, e peripécias que guarda com carinho. “Não temos registos fotográficos porque naquela época a máquina fotográfica era um luxo. Chegámos a comprar máquinas descartáveis, mas nunca ficava em modo, queimava, tremia. Uma vez pedimos a um amigo para tirar fotos nossas, juntámos dinheiro, deixámos de comer e beber para comprar três máquinas e quando mandámos revelar… estava tudo escuro”, ri. Nota-se, pelo currículo e pela energia, que Alecsander é alguém que não para. “Sempre gostei de fazer muitas actividades ao mesmo tempo. Detesto ficar parado, até quando estou dormindo, sonho”. Nem nas férias, descansa. “Vou de férias, levo portátil e Internet, sempre há alguma coisa”. Gostava de retomar a sua revista digital gratuita Meiobyte, que chegou a mais de 60 países com uma edição a atingir os 8000 downloads, e tem guardado, numa pasta no computador, o futuro livro e peça de teatro que vai escrever. “Está aqui escondidinho para ninguém ver”. Aos 41 anos, quando pôs definitivamente os pés em Portugal, vinha com a cabeça cheia ‘macaquinhos’. “Ninguém acreditava que vínhamos. Me diziam ‘Você é maluco! 41 anos? Daqui a dois meses, está voltando’”. Hoje, “todo o mundo o procura” para pedir conselhos. Eis Alecsander, o brasileiro que veio para ficar. “Uma viagem? Portugal”.


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ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DESTAQUE TECNOLÓGICO

Aldeia Global

Alecsander Pereira* Responsável pelos Serviços Informáticos do ISVOUGA

O QUE É UM QR CODE?

LINKEDIN - 2 NOVOS RECURSOS O LinkedIn introduziu dois novos recursos que tornarão o produto mais funcional para seus utilizadores. Primeiro, o LinkedIn agora permitirá que você se conecte por meio de QR Code. Para aceder, basta iniciar a aplicação do LinkedIn em seu telemóvel e tocar no código QR na caixa de pesquisa, na guia “Início” da aplicação. A partir daí, você pode digitalizar

o código QR de alguém ou partilhar o seu próprio (você acede ao mesmo, ao tocar em “Meu código”) para enviar instantaneamente uma solicitação de conexão a essa pessoa. A ideia é que você não tenha que perder tempo a solicitar àquela pessoa que soletre o nome dela, ou determinar com cuidado qual é, por exemplo, o “António Pereira” com quem você está a comunicar.

Em segundo lugar vem o botão “Visualizar tradução”, localizado no post. Desde a compra do LinkedIn, em 2016, a Microsoft trabalhou duro para incorporar um botão de tradução nas postagens dos feeds no LinkedIn. A tradução é fornecida pela Microsoft Text Analytics API, que também fornece traduções para Bing, Skype, Office e Twitter, e está disponível para mais de 60 idiomas.

BYTE NOTÍCIAS APPLE Um novo relatório da Calcalist, afirma que a Apple supostamente não vai utilizar, a partir de 2020, os modems 5G da Intel em seus iPhones. Com isto, a Intel parou de desenvolver o modem 5G código chamado Sunny Peak -, uma vez que a Apple deveria ser o o maior comprador do referido modem. FACEBOOK O “Liberty County Vindicator”, um jornal comunitário no Texas, postou a Declaração da Independência em sua página no Facebook, dias antes do 4 de julho. O Facebook enviou um aviso de que uma dessas partes “vai contra nossos padrões de

discurso de ódio”. É uma grande ironia que as palavras de Thomas Jefferson devam agora ser censuradas na América”, escreveu o editor C a s ey S t i n n e t t n o s i t e d o Vindicator. IMPRESSÃO DIGITAL Em um artigo publicado na Nature Communications, na terça-feira passada, um grupo de pesquisadores coreanos revelou que eles desenvolveram um conjunto de sensores de impressão digital flexível e transparente que pode ser usado para medir pressão e temperatura. Mas não espere que o novo sensor detete uma febre através do dedo, pois foi projetado para detetar

a temperatura da pele humana para garantir que você não esteja usando um dedo falso. ENERGY CAT Energy Cat é um jogo, para Android e iPhone, onde você pode aprender como reduzir sua conta de energia, fazendo pequenas mudanças em sua casa. No jogo, você assume o papel de Energy Cat, que sonha em morar em uma casa com eficiência energética e confortável. Para realizar seu sonho, Energy Cat tem que prestar atenção ao que seus donos e vizinhos estão a fazer, de forma que ele possa melhorar os seus maus hábitos e economizar energia.

REAÇÕES

A Google diz que não lê e-mails através da sua caixa de entrada, mas permite que outras aplicações o façam.Permitir que outras apps leiam e-mails de utilizadores tornou-se uma “prática comum” para empresas que coletam esse tipo de dados, diz Thede Loder, ex-diretor da eDataSource.

O Instagram agora vai informar quando você ler todas as postagens dos últimos dois dias. Como a linha de tempo do Instagram é um mistério para toda a humanidade, visto que sempre está fora de ordem, a empresa lançou um novo recurso que avisa das lidas nas últimas 48 horas.

Hoje em dia, assim como a utilização do termo BUG, os QR CODE são muito comuns. Com certeza já deve ter visto em algumas das edições do Jornal Correio da Feira. QR significa Quick Response, ou seja, “resposta rápida” em português. Eles vieram do Japão, pois foi lá, na terra do sol nascente, que ele foi criado, em 1994, pela empresa Denso Wave. Nos últimos anos, embora com particular ênfase em ações de marketing, tem sido utilizado para as mais variadas funções, pois podem ser facilmente gerados e impressos por qualquer impressora, seja em etiquetas autoadesivas ou em cartazes. Você pode ver QR CODE em anúncios (em jornais e revistas), em um outdoor, na camisola de alguém e em outros locais. No final do artigo vamos comentar sobre dois. Após lido o QR CODE, com um telemóvel e uma aplicação capaz de ler o mesmo, poderá obter informações detalhadas sobre negócios, ou sobre o que está na camisola, ou até mesmo uma URL, na qual que você poderá clicar para, por exemplo, ver um vídeo do Youtube. São, também, muito utilizados pelas empresas de segurança. O LinkedIn, como poderá ler ao lado na notícia publicada no Admirável Mundo Novo, disponibilizou esta tecnologia para facilitar a troca de contactos entre os utilizadores da plataforma. DIFERENÇAS: QR CODE E CÓDIGO DE BARRAS Sem contar que o QR CODE pode ser lido muito mais rápido, este possui uma capacidade de armazenamento muito maior do que a dos códigos de barras. Enquanto o código de barras possui até 20 dígitos numéricos, o QR CODE é muito mais amplo e pode possuir até 7089 dígitos numéricos ou 4296 alfanuméricos. É por poder armazenar dados, incluindo links de url, coordenadas geográficas e texto, são muito mais úteis do que um código de barras. COMO GERAR UM CÓDIGO? Hoje em dia você pode facilmente gerar um QR CODE através de diversos sites. Seguem alguns links: • https://www.qrcode-monkey.com/ • https://www.unitag.io/qrcode CURIOSIDADES Em 2012, na cidade Roskilde, Dinamarca, um cemitério inovou ao oferecer a possibilidade de inserção de QR CODES em túmulos. Familiares e visitantes, ao ler o código QR CODE, passam a aceder a informações sobre a pessoa que morreu, como fotos, vídeos e ficheiros de áudio. Desde o final do mês de julho de 2012 é visível no passeio da Rua Garrett, no Chiado, logo a seguir ao cruzamento desta com a rua Serpa Pinto, em Lisboa, o primeiro QR CODE feito com pedras portuguesas. Aceda o QR CODE abaixo e veja o vídeo:

Mas voltando ao BUG, o prezado leitor sabe como surgiu este termo? :) *O autor escreve em Português do Brasil


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deSporto Hélder Castro, reforço do Lusitânia Lourosa

Juv. Fiães com cinco caras novas

Ac. Feira mais perto da subida

António Rocha é Campeão Europeu de Tiro

“Passados dois minutos de conversa com Hugo Mendes sabia que ia ser jogar do Lourosa”

Rangel, Mesquita e Carlitos (ex-Cem Paus), Sérgio (ex-Arouca) e Preto (ex-Bairros) são, até ao momento, os reforços dos fianenses, que serão orientados por Paulo Pereira.

Goleada sobre o HC Maia (5-0) deixa os feirenses em boa posição para a subida à 2.ª Divisão Nacional. Próximo jogo pode ser decisivo.

O fianense, atirador filiado no CCP Milheirós de Poiares, venceu, individual e coletivamente, a 3.ª edição do Campeonato da Europa de Trap 5.

Entrevista

I Distrital Futsal

Hóquei Patins

Tiro

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Edinho bisou me dia de aniversário

GOLEADA nO PRIMEIRO TESTE

Clube Desportivo Feirense Caio Secco Bruno Brigido Alampasu

no dia em que completou 36 anos, o reforço Edinho bisou na goleada do Feirense frente ao Águeda (6-0) naquele que foi o primeiro jogo de preparação para a temporada 2018/19. O médio Marco Soares é o quinto reforço anunciado.

Flávio Ramos Briseño B. Nascimento Diga T. Mesquita

Tiago Gomes Vítor Bruno Kiki

Cris Marco Soares

Babanco Alphonse

Tiago Silva Crivellaro J. Tavares

Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt

Edson Farias Zé Pedro

i liga Perante a presença de uma boa moldura humana no Marcolino Castro, o Feirense goleou o Águeda, de Henrique nunes, por 6-0 no primeiro teste com vista à preparação da temporada 2018/19. Em dia de aniversário, o ponta-de-lança e reforço Edinho brilhou com dois golos. Ao intervalo, o Feirense já vencia por 2-0 com golos de Crivellaro (21’) e Briseño (42’). na segunda parte, já com Edinho em campo, a supremacia dos fogaceiros acentuou-se e o reforço do Feirense fez mesmo o terceiro golo (48’), assistido por Tiago Mesquita (outra cara nova do plantel às ordens de nuno Manta). num belo gesto técnico, José Valencia fez o quarto (70’). À entrada para o quarto de hora final, Edinho bisou (78’), num chapéu, e Luís Machado (80’) fechou a contagem. O Feirense alinhou de início com: Caio Secco; Diga, Flávio Ramos, Briseño, Tiago Gomes; Cris, João Tavares, Crivellaro; Edson Farias, David e João Silva. Jogaram ainda: Bruno Brigido; Tiago Mesquita, Bruno nascimento, Marco Soares, Vítor Bruno; Alphonse, Babanco, Tiago Silva, Zé Pedro, Luís Machado, Edinho e Valencia.

pa mais forte, mais consistente e com maior agressividade em termos ofensivos. Queremos que o Marcolino seja um terreno muito complicado para todos os adversários”, afirmou o treinador. O Feirense inicia hoje o estágio em Seia, e tem agendados dois jogos de preparação, frente a Académico de Viseu, na quartafeira, e FAR Rabat, de Marrocos, no sábado, e último dia do estágio.

equipa Sub-23 sem local para treinar

A partida frente ao Águeda foi o culminar da primeira semana de trabalhos com bola do Feirense. no arranque, na segunda-feira, nuno Manta abordou, pela primeira vez, a nova época. “Queremos fazer um trabalho consistente em que o grande objetivo é

fazer uma época mais tranquila e sem grandes sobressaltos. Mantivemos a estrutura da temporada passada e isso garante-nos estabilidade. Os jogadores que chegaram são experientes e vêm acrescentar qualidade. Acredito que vamos conseguir uma equi-

O jornal Correio da Feira pode adiantar que não houve acordo entre a SAD e a direção do Feirense para que a recém-formada equipa de Sub-23 do clube (que deverá incluir alguns jovens que transitam da equipa de juniores, que na época passada garantiu a subida à Primeira Divisão nacional) venha a utilizar o Complexo Desportivo para a realização dos seus treinos. As infraestruturas pertencem ao clube e a SAD já se encontra no terreno à procura de campos alternativos, nas imediações de Santa Maria da Feira, para que a equipa de Sub-23 possa trabalhar diariamente.

Luís Machado David João Silva Valencia Edinho

eNtradaS Nome Bruno Brigido

Clube Guarani, Brasil

Tiago Mesquita

Boavista

Vítor Bruno

Boavista

Marco Soares

AEL Limassol, Chipre

Alphonse

Gil Vicente (regresso)

Zé Pedro

Felgueiras (regresso)

David

Gafanha (regresso)

Edinho

V. Setúbal

SaídaS Nome

Clube

Michal Miskiewicz

-

Jean Sony

-

Luís Rocha

D. Minsk, Bielorrússia

Alex Kakuba

Giannina, Grécia

Luís Aurélio

-

Karamanos

Olympiacos, Grécia

Zé Manuel

Santa Clara

Hugo Seco Etebo

Stoke City, Inglaterra

dúvidaS entradas: Saídas: Alampasu, Kiki, Alphonse, Zé Pedro, David

empréStimoS

as caras novas

30

28

90

60

36

Nome

Clube

João Graça

Arouca

CaleNdário pré-époCa 9 a 14 Jul - Estágio em Seia 11 Jul - Feirense x Ac. Viseu, 17h 14 Jul - Feirense x Far Rabat, 10h

BruNo Brigido

tiago meSquita

vítor BruNo

posição: Guarda-Redes país de Nascimento: Brasil data de Nascimento: 09-03-1991 (27 anos) altura: 187 cm peso: 76 kg Clube anterior: Guarani (Brasil)

posição: Defesa Direito país de Nascimento: Portugal data de Nascimento: 23-11-1990 (27 anos) altura: 180 cm peso: 74 kg Clube anterior: Boavista

posição: Defesa Esquerdo país de Nascimento: Portugal data de Nascimento: 13-01-1990 (28 anos) altura: 171 cm peso: 65 kg Clube anterior: Boavista

marCo SoareS posição: Médio Centro país de Nascimento: Cabo Verde data de Nascimento: 16-06-1984 (34 anos) altura: 180 cm peso: 74 kg Clube anterior: AEL Limassol (Chipre)

ediNho posição: Ponta-de-Lança país de Nascimento: Portugal data de Nascimento: 07-07-1982 (36 anos) altura: 182 cm peso: 74 kg Clube anterior: Vitória Setubal

equipa téCNiCa

Treinador: Nuno manta Santos Treinador-adjunto: Samuel Correia Treinador de Guarda-Redes: paulo Santos Preparador Físico: mário Cardoso


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FUTEBOL

as caras novas Posição: Defesa Central País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1993-01-06 (25 anos) Altura: 190 cm Peso: 81 kg Clube Anterior: Anadia

Lusitânia Lourosa FC Marco Sá Leo Leichsenring A. Carvalho R. Correia Guilhermo Morais Materazzi Dani Coelho

AGOSTINHO CARVALHO

Serginho Ricardo Gomes

Edu Silva Danilo Almeida

Diogo Belinha Hélder Castro

Edu Marques Rui Lopes

Léo

Pedro Silva Diogo Cunha Betinho Drogba Camará

ENTRADAS Nome

Clube

Leo Leichsenring

SC Espinho

Dani Coelho

Santa Clara

Daniel Materazzi

Olhanense

Serginho

Sanjoanense

Agostinho Carvalho Hélder Castro

Anadia

Olympiakos Nicosia (Chipre)

Danilo Almeida Betinho

Moura

SAÍDAS Nome

Clube termina carreira

Pirata

Ovarense

Koneh

Boavista

Chico Marques

S. João de Ver

DÚVIDAS Entradas: Saídas: João Borges (U. Lamas ?)

EMPRÉSTIMOS Nome

O clube lusitanista abriu as portas do Estádio para sócios e adeptos assistirem ao primeiro treino da época 2018/19. Os reforços continuam a chegar e, depois de Hélder Castro, já foram anunciados mais 10 jogadores.

Posição: Defesa Central País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1985-03-22 (33 anos) Altura: 188 cm Peso: 83 kg Clube Anterior: Olhanense

DANIEL MATERAZZI Posição: Defesa Esquerdo País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1985-10-12 (32 anos) Altura: 177 cm Peso: 74 kg Clube Anterior: Sanjoanense

Cesarense Belenenses (emprestado)

Drogba Camará

Ivo Oliveira

BELENENSES EMPRESTA BETINHO AO LOUROSA

GILHERME MORAIS

Clube

-

-

CALENDÁRIO PRÉ-ÉPOCA 08 Jul - Início dos Trabalhos

EQUIPA TÉCNICA

Treinador: Luís Miguel Martins Treinador-adjunto: José Oliveira Treinador Adjunto/Analista: Paulo Costa Treinador de Guarda-Redes: Tibi Preparador Físico: Pedro Rocha

Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt

CdP Assim, como adiantámos na edição anterior, Betinho é reforço do Lusitânia de Lourosa. Formado no Sporting, chega para reforçar a frente de ataque da equipa de Luís Miguel por empréstimo do primodivisionário Belenenses. Muitos anúncios na equipa presidida por Hugo Mendes. Além de Hélder Castro, proveniente dos cipriotas Olympiakos Nicosia e apresentado na semana transata, o Lourosa anunciou a contratação de Danilo ao Cesarense, Materazzi ao Olhanense, Serginho à Sanjoanense, Carvalho ao Fafe, Leonardo ao Sp. Espinho, Daniel Coelho ao Santa Clara, Drogba Camará ao Moura, Diogo Cunha ao Famalicão e Guilherme Morais ao Louletano. O Lourosa aposta em jogadores com experiência no Campeonato de Portugal como Danilo, Serginho, Carvalho, Leonardo, Drogba Camará e Guilherme Morais, mas também em atletas habituados a calcar alguns dos maiores relvados do futebol nacional como o caso de Materazzi, Daniel Coelho e Diogo Cunha. Hélder Castro e Betinho são as nomes mais sonantes. Da época anterior, o emblema da Capital da Cortiça anunciou a renovação do guardião Marco Sá, de Rui Lopes e

de Dipita. Pelo caminho contrário, Rena está de saída de Lourosa. O defesadireito anunciou nas redes socais, no domingo, que a ligação com o clube chegou ao fim “por motivos profissionais”. No primeiro treino oficial da temporada 2018/19, realizado no domingo, dia 8, o Lusitânia de Lourosa abriu as portas do Estádio para os sócios e os adeptos verem Luís Miguel a orientar o plantel. A equipa técnica, encabeçada pelo antigo jogador, conta com José Oliveira como treinador-adjunto. Já Paulo Costa desempenhará funções de adjunto e analista enquanto Tibi é o treinador de guarda-redes. O recuperador físico é Pedro Rocha.

SERGINHO

DIOGO CUNHA

DANILO ALMEIDA

HÉLDER CASTRO

Posição: Guarda-Redes País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1990-12-08 (27 anos) Altura: 190 cm Peso: 85 kg Clube Anterior: SC Espinho

Posição: Médio País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1986-01-24 (32 anos) Altura: 174 cm Peso: 71 kg Clube Anterior: Olympiakos Nicosia (Chipre)

Posição: Ponta-de-Lança País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1993-07-21(24 anos) Altura: 179 cm Peso: 74 kg Clube Anterior: Belenenses

BETINHO LEO LEICHSENRING

Posição: Médio País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1986-02-10(32 anos) Altura: 170 cm Peso: 57 kg Clube Anterior: Famalicão Posição: Médio Defensivo País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1993-06-22 (25 anos) Altura: 180 cm Peso: 73 kg Clube Anterior: Cesarense

as caras novas

O Lusitânia de Lourosa já anunciou onze caras novas para a nova temporada

Posição: Defesa Central / Médio Defensivo País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1996-03-02(22 anos) Altura: 182 cm Peso: 75 kg Clube Anterior: Louletano

DANI COELHO Posição: Defesa Direito País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1990-01-17 (28 anos) Altura: 177 cm Peso: 69 kg Clube Anterior: Santa Clara

DROGBA CAMARÁ

(empréstimo)

Posição: Ponta-de-Lança País de Nascimento: Guiné-Bissau Data de Nascimento: 1995-02-02(23 anos) Altura: 195 cm Peso: 85 kg Clube Anterior: Moura


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MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS

EQUIPA TREINADOR

CD Feirense

PERMANÊNCIAS Caio Secco, Alampasu (?); Diga, Flávio Ramos, Briseño, Bruno Nascimento, Tiago Gomes, Kiki Afonso (?), Cris, Babanco, Tiago Silva, Crivellaro, João Tavares, Luís Machado, Edson Farias, João Silva, José Valencia

I LIGA

ENTRADAS

SAÍDAS

Bruno Brígido (Guarani, Brasil); Tiago Mesquita (ex-Boavista), Vítor Bruno (Boavista), Marco Soares (AEL Limassol, Chipre), Alphonse (Gil Vicente, regresso), Zé Pedro (Felgueiras, regresso), David (Gafanha, regresso), Edinho (V. Setúbal)

Michal Miskiewicz; Jean Sony, Luís Rocha (Dínamo Minsk, Bielorrússia), Alex Kakuba (Giannina, Grécia), Luís Aurélio, João Graça (Arouca, emp.), Karamanos (Olympiacos, Grécia), Zé Manuel (Santa Clara), Hugo Seco, Etebo (Stoke City, Inglaterra)

11/07 (quartafeira) – Jogo Treino vs. Ac. Viseu

AGENDA

João Borges (U. Lamas); Rena, Ivo Oliveira (termina carreira); Pirata (Ovarense), Mário (?), Koneh (Boavista), Chico Marques (S. João de Ver), Vítor Sá (S. João de Ver), António Alves (U. Lamas)

08/07 Início dos trabalhos

Nuno Manta

CAMPEONATO DE PORTUGAL Marco Sá; Ricardo Correia, Franck Dipita, Edu Marques, Edu Silva, Ricardo Gomes, Diogo Belinha, Rui Lopes, Léo, Pedro Silva Lusitânia Lourosa

Luís Miguel Martins

Leo Leichsenring (SC Espinho); Dani Coelho (Santa Clara), Daniel Materazzi (Olhanense), Serginho (Sanjoanense), Agostinho Carvalho (Anadia), Guilherme Morais (Louletano), Hélder Castro (Olympiakos Nicosia, Chipre), Danilo Almeida (Cesarense), Diogo Cunha (Famalicão), Betinho (Belenenses, emp.), Drogba Camará (Moura)

DIVISÃO PRO-NACIONAL

S. João Ver

C.

Bruno Costa, Leo; Luís Magolo, Rui Silva, Marco Ribeiro, Gouveia, Yorn, Martini, Carlos Oliveira, Alex Brandão, Zé António

João Oliveira (Avanca); Vítor Sá (Lus. Lourosa), Vítor Hugo (U. Lamas), Luís Vaz (Bustelo), Bé (SC Espinho), Mika (Avanca), Chico Marques (Lus. Lourosa)

Vítor Neto, Machadinho (Estarreja), Diogo Relvas (S. Vicente Pereira)

A definir

Sanguedo, Óscar Beirão, Marcelo, Tintim, Rodrigo, Joel, Luís, Carlos Manuel, Joca

João Borges (Lus. Lourosa), Muller (Pampilhosa), Vasco (U. Lamas B); António Alves (Lus. Lourosa), Chiquinho (U. Lamas B), Rui João (SC Espinho), Ramalhinho (U. Lamas B), Xavi (Fiães)

Vítor Hugo (S. João de Ver), Flecha (Estarreja), Manu (Fiães), Fábio Raúl (?)

A definir

Tiago Castro; Seminha, Fabiano, Pedro Miguel, Rui Magalhães, Edu, Hugo Silva, João Ramos, Jaiminho, Miguel Ferreira, Rafael Bastos, Viditos, Luccas Marques

Pedro Justo (Mansores); Tiago Ribeiro (Pampilhosa), Bruno Silva (Valadares), Manu (U. Lamas), Gonçalo Pereira (Fiães B), Luís Belo (S. João de Ver)

Janita Valente; Bruno Tiago, Carlos André (Esmoriz ?), Nélson Diogo (Carregosense ?), Xavi (U. Lamas ?)

A definir

Ricardo Maia

F. U. L.

U. Lamas

Fiães SC

Carlos Santos

I DIVISÃO DISTRITAL Xavi (Avanca)

Ferraz, Neves, Nuno Fruta, Paulinho, Jorginho, Fernando Jorge, Apolo

Canedo FC

José Neves Diogo, Zé Manel; Candeias, FF, Marcos, Mota, Saxe, Justo, Daniel, Robinho, Pedro Ribeiro, Pedro Sá

Paços Brandão

Mosteirô FC

AD Argoncilhe

CD Arrifanense

A definir

Rúben (Argoncilhe)

Início dos trabalhos a 13 de agosto

Kaká Carregosa; Vasquinho, Arménio, Talheiro, Barbosa, João Tavares, Guima, Sérgio, Leo, Jorge Neves, Zidane, Vasco Pinho, Dbouk, Alex, João Marques, Xavi, Ricardo Santos, Dani, Zé Pedro

Diogo Santos (Travanca), Fábio Ferreira (Regresso), Xavi (São Vicente Pereira), Diogo Valente (Ovarense), Alemão (Ovarense), Bernardo (Geração Rui Dolores), Coutinho (Geração Rui Dolores)

Diogo; Vitinha, Elísio

Jogo de apresentação dia 8 de setembro vs Estarreja

Miguéis, Gomes, Pedro Oliveira, Félix, Russo, João, Rogério, Catota, Russo, Tiago Oliveira, Chico, Jaime

Eduardo (Sub-19), Madeira (Sub-19), Regalo (Sub-19), Cabeça (Dragões Sandinenses), Joel (Milheiroense), Joel Cardoso (Milheiroense), Fábio (Arrifanense), Rúben (Paços de Brandão), Andrézinho (Oliveirense Sub-19), Paulo Sérgio (Mansores ?)

Luís (retirado), Rui Sousa (retirado), Renato, Manel

Início dos trabalhos a 13 de agosto

Rui Fragoso, Maia; Bruno Tavares, Riskas, Ricardo Santos, Fábio, Júnior, Reis, Diogo, Rui Pinho ?, Folha ?, Berna ?, Carlos ?

Ricardo Nuno (Pigeirense), Chiquinho (Os Arrifanenses), Amorim (Geração Rui Dolores), Aguiar (Os Arrifanenses), Inverno (Fiães ?), Diogo (Os Arrifanenses ?)

Fábio (Argoncilhe)

Início dos trabalhos a 6 de agosto

Aurélio Fonseca

Mickael Amaral

Saulo Santos

RUMORES

Miguel Careca,médio que representou o Pigeirense em 2017/18,estará perto de reforçar o Reguenga Palhota, equipa do Campeonato Inatel.

Um dos jogadores mais cobiçados deste defeso, Óscar Beirão, já renovou o vínculo com o União de Lamas. Luís também assegurou a continuidade.

Rui João do Sp. Espinho e Muller do Pampilhosa serão anunciados como jogadores do Lamas nos próximos dias. Pipa (Sp. Espinho) está na calha.

O Arrifanense quer garantir a contratação do médio Rúben Costa ao Macieirense e do avançado Carlos Daniel ao Pigeirense.


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ENTREVISTA

“Passados dois minutos de conversa com Hugo mendes sabia que ia ser jogar do Lourosa” Pisou os principais palcos nacionais ao serviço do

Feirense, jogou na roménia, brilhou no chipre, mas precisou de poucos minutos para escolher o Lusitânia de Lourosa na hora de regressar a Portugal. aos 32 anos, o médio Hélder castro chega aos Lourosa com a bagagem carregada de ambição para colocar o clube em patamares mais elevados. Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt

Porque escolheu o Lusitânia de Lourosa? Primeiro porque o meu objetivo era regressar a Portugal, por uma questão familiar, e depois porque quando fui abordado pelo Lourosa, e pelo presidente Hugo mendes, passados dois minutos de estar à conversa com ele sabia que ia ser jogar do Lourosa. a ambição que me transmitiram é enorme, o Lourosa é um clube em crescimento e vou fazer parte desse projeto, que é muito bom. As entradas no Lourosa de outros jogadores que já jogaram consigo, casos de Serginho e Agostinho Carvalho, também ajudaram na decisão? o carvalho, quando fui falar com os responsáveis do Lourosa, já estava acertado, o serginho só acertou depois de mim. sabia do carvalho, é um jogador de enorme qualidade. também já sabia quem ia ficar e ajudou na decisão porque vamos ter uma equipa competitiva. Acompanhou a época passada do Lourosa e a sua evolução? Fizeram um campeonato completamente à parte, em termos competitivos e de exposição mediática… eu estava no chipre e seguia o clube pelas redes sociais. o Lourosa tem uma página nas redes sociais ao nível das equipas da Primeira Liga. não falta nada, tem todas as informações necessárias. as infraestruturas também estão cada vez melhores. começaram há dias um campo relvado na academia [Forte Paixão]. É um clube com potencial enorme. Procurava um projeto ambicioso? Foi um dos fatores. além de querer voltar a Portugal por questões familiares, porque vou voltar a ser pai. mas queria uma equipa ambiciosa. Tiveste propostas do estrangeiro? tinha propostas no chipre, mas já tinha tomado a decisão de voltar para Portugal. nem quis ouvir os valores envolvidos. E de Portugal? não. também a minha situação ficou logo definida. Foi tudo muito rápido. Individualmente, a época passada, no Chipre, correu bem? individualmente correu-me bem. até certa parte da época joguei sempre e estava a fazer golos e assistências. depois as coisas complicaram-se porque já se sabia que íamos descer. Embora estejam, todos os anos, vários portugueses a jogar no Chipre as informações que nos cheguem do campeonato são escassas. Quais as principais diferenças para o futebol português? o campeonato cipriota tem jogadores de qualidade. na


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ENTREVISTA

minha opinião, o campeonato é competitivo, ainda que não tanto como a nossa Primeira Liga. Como disse, há jogadores de muita qualidade. O futebol cipriota não funciona tanto como equipa, funciona mais em termos individuais. São as individualidades que resolvem muitos dos jogos. Essa á a grande diferença para o futebol português. As últimas épocas do Hélder Castro em Portugal foram no Feirense e ficaram marcadas por muitas lesões. Estão completamente debelados esses problemas? Sim. Na altura, fiz uma rotura de ligamentos. Recuperei até dezembro, fui inscrito em janeiro, mas não estava com o ritmo competitivo dos outros, que estavam a fazer uma época excelente e que acabou com a subida à Primeira Liga. Ainda consegui fazer alguns jogos, mas também foi importante para mim e para a recuperação. Deu-me tempo, não tive de apressar nada e hoje sinto-me completamente recuperado.

“O objetivo imediato do Lourosa é ganhar na primeira jornada do Campeonato de Portugal”

Quais os objetivos para a próxima época? A ambição que me foi passada é que temos de ganhar os nossos jogos. Por isso, o objetivo imediato do Lourosa é ganhar a 12 de agosto, na primeira jornada do Campeonato de Portugal. Pessoalmente, quero ajudar o clube. Estando bem, os meus colegas estando bem, quem sai a ganhar é o clube. Costume definir alguma meta de golos ou assistências? Em matéria de golos marcados, as suas épocas são muito heterogéneas. Não sou o tipo de jogador que costuma colocar essas metas individuais. Quero é ajudar a minha equipa e os meus colegas a ter um bom futebol. Se fizer golos melhor, mas não é isso que me faz jogar futebol. Gosto de jogar para jogar bom futebol.

DR

Já conhece a concorrência no meiocampo do Lourosa? Curiosamente é dos setores, até ao momento, com mais renovações e quatro entradas, incluído o Hélder Castro.

Qual o conhecimento que tem do Campeonato de Portugal, prova que nunca disputou? No Fiães, cheguei a jogar na denominada Segunda Divisão B, mas neste novo formato nunca joguei. A ideia que tenho é que é um campeonato extremamente difícil, são muitas equipas para apenas duas subidas. Vai ser um longo caminho, mas vamos tentar ganhar os nossos jogos. São cerca de 80 equipa, é impensável. Não consigo entender como se faz uma competição assim, mas é o que temos. Quais lhe parecem as equipas candidatas à subida? Espera-se também jogos interessantes entre o Lourosa e o Espinho… Desde que me lembre que o Lourosa-Espinho foi sempre um dérbi distrital bastante aceso. E de certeza que assim vai continuar, mas o jogador gosta desses jogos com ambientes mais quentes. Quanto aos candidatos, há algumas equipas a fazer bons plantéis. O Vizela, que não deve calhar na nossa série. Em princípio na nossa série, o Felgueiras está a fazer um bom plantel, o Amarante é uma equipa complicada e que tem jogadores que jogam juntos há muitos anos, o Cinfães também fez uma boa época passada, a Sanjoanense também está a fazer uma boa equipa, o Trofense também tem sempre boas equipas… nos nacionais é sempre complicado. A presença de jogadores com experiência tem sido uma das notas de destaque nas equipas que sobem (ou que chegam ao play-off), como foi o caso, na época passada, do Farense. Acredita que a sua experiência pode ser importante para o Lourosa alcançar os objetivos? A experiência é sempre uma mais-valia e em momentos decisivos ainda mais. Tendo o Lourosa os jogadores que tem, da época passada, com muito potencial, mas ainda novos, juntado experiência é importante. Que lhe parece a construção do plantel do Lourosa? Do que conheço, penso que é um plantel competitivo suficiente para ganhar jogo a jogo. Conhece o treinador Luís Miguel Martins? Já falou com ele? Ainda não. Conheço apenas de acompanhar o Lourosa, mas nunca trabalhei com ele.

“Os adeptos do Lourosa conseguem ser ainda mais apaixonados que os cipriotas”

Os adeptos cipriotas têm fama de serem muito apaixonados pelo futebol, assim como os adeptos do Lourosa que vivem o clube apaixonadamente. Conheça os adeptos do Lourosa? Encontra alguma semelhança entre cipriotas e lusitanistas? Os cipriotas são muito quentes no que ao futebol diz respeito. Adoram futebol e vivem muito. Pelo que tenho acompanhado, os adeptos do Lourosa conseguem ser ainda mais apaixonados. Tem uma massa associativa que é surreal. Estavam na Distrital e os adeptos que tinham é de Primeira Liga. Foi também certamente um dos motivos para vir para o Lourosa. Jogar todos os jogos com uma massa associativa que responde sempre presente. Para um jogador de futebol é muito bom.

Hélder Castro no Olympiakos Nicosia

Foto Lusitânia Lourosa

Conheço, mas o objetivo é ajudar o Lourosa. Com jogadores dessa qualidade ainda melhor porque saindo um ou outro a equipa não se vai ressentindo. Isso é importante num plantel que se quer competitivo.

Quantas subidas tem na carreira de futebolista?

Oficialização do contrato com Lusitânia de Lourosa, presidido por Hugo Mendes (à direita na foto)

Duas, uma pelo Feirense e outra pelo Olympiacos de Nicosia. O que ainda lhe falta fazer no futebol? Melhorar dia para dia. Gosto muito de futebol e sou dos que pensa que se pode melhorar a cada treino. Quero aproveitar o futebol ao máximo, quero desfrutar.Tenho 32 anos, não sei quando irei terminar, mas quero desfrutar do futebol, jogar para ganhar, porque o ano passado,no Olympiacos de Nicosia,tínhamos um plantel menos competitivo e jogávamos para não perder, para não descer. No Lourosa é diferente, jogamos para ganhar. Quais as suas principais características? Gosto de ter bola e que a minha equipa e colegas tenham bola. Não me escondo do jogo, mostro-me sempre, gosto de jogar bom futebol, mas um futebol de equipa. Sou um jogador de equipa e um organizador de jogo, posso ser um 8 ou um 10 de último passe. No início da carreira era essencialmente um número 10. Como vê praticamente a extinção do típico número 10 no futebol moderno? O 10 essencialmente é um jogador que procura jogo entrelinhas, que procura jogo para ter mais vezes acesso ao último passe. Se calhar deixou praticamente de existir o número 10 por questões defensivas, mas pessoalmente não compreendo porque uma equipa que jogue com dois avançados é praticamente a mesma coisa que jogar com um ponta-de-lança e um 10 atrás. Assim como jogar com um meio-campo a três, com dois atletas atrás de um 10, a solidez defensiva está igualmente garantida, se for um 10 ativo também pronto para pressionar. Houve muitos jogadores que se transformaram de 10 em 8 ou em alas a carregar da linha para dentro. Entristece-me um bocado porque dá mais espectáculo ao futebol o 10 puro. Mas são opções. Ao longo de toda a carreira, em que época se sentiu a usufruir e a potenciar mais o seu jogo? A primeira vez que me senti mesmo a desfrutar foi no Feirense, numa época em que não subimos mesmo no último jogo, no Estoril. Ganhámos 2-1, mas o Portimonense também acabou por ganhar frente à Oliveirense. Começámos com o [Francisco] Chaló e acabámos com o Carlos Garcia. Tínhamos bons jogadores e desfrutei. Depois outra no AEK Larnaca [Chipre], em que jogávamos muito, mas o nosso ponta-de-lança era bom, mas muito perdulário. Também gostei muita da meia época que fiz em Portimão. Tínhamos jogadores novos e com um talento incrível, muitos estão em grandes equipas.

O treinador era o Carlos Azenha e tínhamos o [Hugo] Ventura na baliza, o André Pinto, o Rúben Fernandes, Ivanildo, Candeias, o Pires a ponta-de-lança… o problema dessa época foi a primeira volta. Ainda ambiciona regressar à Primeira Liga? Sim e sinto-me capaz de chegar, mas sei que é difícil porque tenho 32 anos. Provavelmente as equipas não vão contratar um jogador de 32 anos que agora está no Campeonato de Portugal, que o ano passado estava no Chipre, mas quem sabe posso fazer isso com o Lourosa. A ambição está lá, não sei em quanto tempo chegará lá, mas tem tudo para o conseguir e se eu fizer parte, então magnífico.

Com passagens pelo futebol romeno e cipriota, em Portugal, Hélder Castro já representou as cores do Fiães, Feirense e Portimonense HISTóRICO

últimas 10 épocas ÉPOCA

EQUIPA

2017/18 2016/17 2015/16 2014/15

Olympiakos Nicosia Olympiakos Nicosia Feirense Feirense Targu Mures AEK Larnaca Olympiakos Nicosia Feirense

2013/14 2012/13 2011/12

(E)[Univ. Cluj]

2010/11

Portimonense (E)[Univ. Cluj]

2009/10 2008/09

Feirense Feirense


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MODALIDADES

B0LA NAS REDES /afatv.pt

PAULO PEREIRA ASSUME JUVENTUDE FIãES FUTSAL O clube sensação do Campeonato Grande Hotel de Luso, máximo escalão da modalidade no distrito de Aveiro, terceiro classificado na época transata, já definiu o substituto de Bruno Amaral, técnico que irá liderar o Dínamo Sanjoanense na próxima temporada. A escolha é Paulo Pereira, timoneiro que já representou as cores da Juventude Fiães – emblema presidido por Tiago Correia –, e que chegou a desempenhar funções na época

transata ao serviço do Bairros. Vai liderar a equipa e contará com a ajuda de Pedro Ribeiro. Relativamente ao plantel para a époxa 2018/19, oito renovações asseguradas. O capitão Maric revalidou o vínculo com o clube, assim como Mix, Mika,Tiaguinho, Emídio, Moisés, Bubu e Gabi. No que a contratações diz respeito, a Juventude Fiães, mostra-se muito ativa no mercado e já chegou a acordo com cinco atletas. Para a baliza chegam Rangel e Sérgio

provenientes, respetivamente, do Cem Paus (Vila Nova de Gaia) e do Arouca (atual campeão distrital). Do Cem Paus chegam ainda mais dois atletas: Mesquita e Carlitos. Preto, ex-Bairros, também representará o clube. Recorde-se que na última temporada a Juventude Fiães fechou o pódio classificativo a 13 pontos do Arouca e a 6 do Dínamo Sanjoanense. Na Taça, eliminação nas meias-finais perante, precisamente, o emblema de São João da Madeira.

ACADéMICO DA FEIRA GOLEOU ESTá PERTO DA SUBIDA

“A ADC São Jacinto venceu o #AFABeachSoccer” O Fiães perdeu na última ronda da prova, 3-1 nos penáltis, após 5-5 no tempo regulamentar, permitindo à ADC São Jacinto sagrar-se campeã.

/armandinosilva.silva “O pó e a terra finalmente banidos” O Paços de Brandão já viu instalado o segundo

campo sintético.

/joaquim.andrade “Há 13 anos no Campeonato Nacional Fundo 2005”

Luís Higino

HÓQUEI EM PATINS O Académico da Feira goleou o HC Maia por 5-0, em jogo a contar para a 4.ª jornada da Liguilha de acesso à 2.ª Divisão Nacional, no Pavilhão da Lavandeira, em Santa Maria da Feira, e está mais perto da subida. Foi uma excelente vitória do Académico da Feira perante o líder da prova, o HC Maia, que até iniciou o jogo com um hóquei rápido. No entanto, o Académico da Feira ripostou bem e ao intervalo já vencia por 2-0. Na segunda parte, a equipa treinada por Alexandre Saraiva manteve o bom nível exi-

bicional, aliada à boa exibição do seu guarda-redes Ricardo Lopes, conseguindo uma vitória muito importante para as suas aspirações. O Académico da Feira alinhou e marcou com Ricardo Lopes, Artur Couto, Tibério Carvalho, Hugo Drumond (1 golo) e Avelino Amorim no cinco inicial. Jogaram ainda Pedro Silva (2 golos), Chico Barreira (2 golos), David Sá, Tiago Penedos e Alexandre Saraiva. No outro jogo do torneio o HC Vasco da Gama foi derrotado em casa por 1-6 pelo Campo de Ourique. Na próxima jornada teremos o

jogo entre o Campo de Ourique e o Académico da Feira, no Sábado, dia 14, às 18 horas, no Pavilhão Carlos Bernardino, em Campo de Ourique, Lisboa, um jogo que pode ser decisivo para ambas as equipas. Recorde-se que serão III DIVISÃO NACIONAL Liguilha Promoção

1. 2. 3. 4.

Resultados - 4.ª Jornada Académ ico da Feira 5 0 HC Maia HC Vasco da Gama 1 6 CA Campo Ourique Classificação P J V E D GM - GS HC Maia 9 4 3 0 1 17 - 17 Académ ico Feira 7 4 2 1 1 26 - 14 CA Campo Ourique 7 4 2 1 1 19 - 11 HC Vasco da Gama 0 4 0 0 4 8 - 28 Penúltim a Jornada - 14 de Julho CA Campo de Ourique - Académ ico da Feira, 18h HC Maia - HC Vasco da Gama

BRASILEIRO TREINA AS SENIORES VOLEIBOL O professor Valmir, que trabalhava nos escalões de formação do voleibol do Sporting de Espinho, é o novo treinador das equipas femininas de seniores e juvenis do Clube Desportivo de Fiães. Com um bom currículo na modalidade, o professor Valmir foi durante quatro anos selecionador

no Estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil, e trabalhou, ainda, na Rússia como auxiliar técnico da Escola de Reserva Olímpica n° 20 (modalidade vólei). Entretanto, como já havia sido noticiado, a festa de encerramento de época 20017/18 vai decorrer no próximo sábado, e será aberto a toda a comunidade que queira

O atual diretor desportivo da Vito-FeirenseBlackjack, Joaquim Andrade, recordou a prova realizada em Santa Maria da Feira.

participar de forma gratuita. Um torneio de duplas que terá lugar da parte de manhã, e ainda aulas de HIIT, BodyCombat e Zumba, durante as quais será oficializada a parceria do Clube Desportivo de Fiães com o Progresso Fitness Academia, completam o programa da festa.

/cdfeirenseandebol “Um regresso ao clube” O canhoto Nuno Reis, que representou o São Bernardo, da Primeira Divisão, está de regresso ao andebol do Feirense.


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Modalidades

ANTóNIO ROChA é CAMPEãO EuROPEu DE TIRO TiRo António Diamantino Rocha, natural da cidade do Porto, mas residente em Fiães, é atirador filiado no Clube de Caçadores e Pescadores de Milheirós de Poiares e venceu, individual e coletivamente, a terceira edição do

Campeonato da Europa de Trap 5 que decorreu em Valladolid, nas instalações desportivas do Campo de Tiro El Rebollar, nos passados dias 30 de junho e 1 de julho. Campeonato disputado a 150 pratos, tendo o representante do

Clara Santos sagra-se campeã regional

Clube de Caçadores e Pescadores de Milheirós de Poiares iniciado a competição e, no final da primeira série de 25 pratos, alcançou o primeiro posto, posição que nunca mais abandonou no decurso das 6 séries até ao final da competição.

LOuROSA SExTO CAMPEONATO NACIONAL DE SuB-20 aTleTisMo O Lusitânia de Lourosa marcou presença no Campeonato Nacional de Sub20, destinado a Juniores que se realizou na Pista de Atletismo do Estádio Municipal de Vagos com Ivo Barros, Filipe Silva, André Almeida e Rúben Barros.

Individualmente, Ivo Barros competiu nos 200 metros, distância que correu em 23,13s, conseguindo o 12.º lugar nacional. Coletivamente, os quatro atletas correram nas estafetas de 4x100 metros e nos 4x400 metros. Nos 4x100 metros estafetas, termina-

Pub.

PELOURO DO PLANEAMENTO, URBANISMO E TRANSPORTES Processo n° 253/2018/URB Local: SÃO JOÃO DE VER Requerente: Manuel Santos Valente Aviso N° 19842/2018/INT

ram a prova em 44,87s, ficando em 6.º lugar. Nos 4x400 metros estafetas foram percorridos em 3.41,57m, arrecadando, novamente, o 6.º lugar. Estes resultados permitiram alcançar o 23.º lugar num total de 66 equipas a nível masculino.

QuINTA EDIçãO DA CAMINhADA JACINTO NOGuEIRA CaMiNHada Como é habitual, o clube união da Mata organiza, no dia 15, a quinta

edição da Caminhada Jacinto Nogueira pelas 14h30 no Parque de Santa Maria de Lamas.

NaTaÇÃo A nadadora do Clube Colégio de Lamas, Clara Santos, sagrou-se Campeã Regional aos 100 metros bruços – e fez quarto nos 200m bruços – no escalão de Infantis B durante o Campeonato Regional de Piscina Longa para Infantis realizado entre 30 de junho e 1 de julho. O emblema lamacense arrecadou 10 pódios, 19 TAC’S e 59 recordes pessoais. Individualmnente, destaque para Alexandre Gonçalves, 3.º lugar aos 200, 400, 1500 livres e 5.º aos 100 livres (Infantis B); Vasco Ribeiro, vice-campeão nos 100 livres e 100 bruços, 3.º lugar aos 200 bruços e 4.º aos 200 estilos; Gonçalo Alves (Infantis A), 3.º lugar aos 200 costas e 4.º aos 100 mariposa; Bruna Rodrigues (Infantis A), 3.ª aos 100 bruços e 5.ª aos 200 bruços; Mariana Fernandes, 3.ª aos 100 livres.

O custo são €5 e reverterão para a Clínica de Pediatria do IPO Porto.

Nos termos do disposto no art.º 78º do Decreto-Lei nº. 555/99, de 16 de dezembro, na sua atual redação, torna-se público que esta Câmara Municipal, emitiu em dezanove de junho do ano em curso, em nome de Manuel dos Santos Valente, contribuinte n.º 172 417 554, um aditamento ao alvará de loteamento n.º 8/99, emitido em 1999/04/14, em nome de Imowilson – Construções e Urbanizações, Lda., que incidiu sobre o (s) prédio (s) sito Rua da Gândara, lugar de Beire, da freguesia de São João de Ver, deste concelho. O presente aditamento titula as alterações ao alvará n.º 8/99, de 1999/04/14, nos seguintes aspetos: a) Lote alterado – lote n.º 3. b) Área total do lote alterado – 495,00 m2. c) Área total de construção – 269,00 m2. d) Volume total de construção – 785,00 m3. e) Número de pisos acima da cota de soleira - 1 piso. f) Número total de fogos – 1 fogo. g) Número de lotes para habitação – 1 lote. Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, 22/06/2018 O/A Diretor(a) de Departamento Por (sub) delegação: Justina Rodrigues de Sousa Veiga de Macedo “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018


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MODALIDADES

Sub-18 Tribunal Judicial da Comarca de Aveiro

FáBIO SILVA CHAMADO à SELEçÃO NACIONAL ANDEBOL O atleta do Feirense, Fábio Silva, estreou-se ao serviço da Selecção Nacional de Sub-18 na 4 Nations Cup que decorreu em Estarreja. Portugal venceu a competição perante Hungria, Itália e Roménia.

5.º no Encontro Nacional de Infantis

Terminou, oficialmente, a época 2017/18 para o Feirense, marcada pela subida da equipa sénior à Segunda Divisão Nacional, com os Encontros Nacionais de Infantis e Minis. No Encontro Nacional de Infantis, disputado na Batalha, o Feirense voltou a apurar uma equipa masculina

e outra feminina. Recorde-se que na época passada a equipa de Infantis femininos conquistou, no Encontro Nacional, o título de Campeão Nacional. O Feirense, frente ao JAC Alcanena, perdeu por 28-34, garantindo a vitória frente ao Madeira SAD por 20-24, que permitiu ficar no segundo lugar do grupo, passando dessa forma a lutar pelos lugares entre o 9.º e o 16.º. Posteriormente, encontrou o SIR 1.º de Maio (vitória por 13-17), o Santa Joana (vitória por 18-23), garantindo o 9.º lugar com o Monte (19-14). No que toca à equipa de Infantis masculinos, o Feirense entrou na fase de grupos com três vitórias frente

ao Póvoa (4-18), Belenenses (24-13) e Tarouca (17-25). Nos quartos-definal encontrou a equipa do Samora Correia, perdendo por 21-14 e lutou um lugar entre o 5.º e o 8.º. Depois de vencer o Xico Andebol, alcançou o Top-5 nacional ao vencer a equipa do Lagoa por 26-23.

Encontro Nacional de Minis

No Encontro Nacional de Minis, disputado em Avanca, o Feirense apresentou uma equipa feminina de Andebol de 7 e duas equipas masculinas, uma de Andebol de 5 e outra de Andebol de 7.

Juízo Local Cível de Santa Maria da Feira - Juiz 3 ANÚNCIO Processo: 2452/18.3T8VFR Interdição Requerente: Ministério Público Requerido: Alice Moreira de Oliveira Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição em que é requerida Alice Moreira de Oliveira, filha de Alvaro Rodrigues de Oliveira e de Adelaide Moreira, nascida em 02-02-1943, BI - 091426820zz0, com residência na Rua do Outeiro, Travessa do Fontanário, n.º 57, 4535-421 Santa Maria de Lamas, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. Referência: 102937422 Data: 05-07-2018 O Juíz de Direito, Dr. Nuno Fernando Sá Couto Martins da Cunha O Oficial de Justiça, José Manuel Coelho “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018

Tribunal Judicial da Comarca de Aveiro

Juízo Local Cível de Santa Maria da Feira - Juiz 3 ANÚNCIO Processo: 2454/18.0T8VFR Interdição Requerente: Ministério Público Requerido: Roberto Daniel Ramalho dos Santos Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição em que é requerido Roberto Daniel Ramalho dos Santos, filho de Fernando Soares dos Santos e de Maria Belandina de Oliveira Ramalho, nascido em 11-08-1996, BI - 15132531zy5, com residência na Rua do Calvário, n.º 33, 4535-000 Caldas de São Jorge Vfr, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. Referência: 102936712 Data: 05-07-2018 O Juíz de Direito, Dr. Nuno Fernando Sá Couto Martins da Cunha O Oficial de Justiça, José Manuel Coelho “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018

Com ‘festas e bolos...’ EDITAL DESAFETAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO MUNICIPAL

SE ISTO NÃO É DESPORTO... Carlos Fontes

CANTO-CURTO Enquanto nalgumas latitudes, próximas ou longínquas, se distrai a malta ‘com festas e bolos’, a cidade de Espinho, há muito apelidada de ‘capital do voleibol nacional – e quem conhece a realidade desportiva não pode questionar o mérito desse apelido –, continua vocacionada para a organização de manifestações desportivas que pela sua qualidade projetam a cidade para horizontes muito para além das nossas fronteiras. E se a capital do voleibol nacional também já tem organizado eventos desportivos que nada têm a ver com a modalidade – lembro a organização do Campeonato do Mundo de futebol de praia, por exemplo, mas poderia lembrar muitos mais - é para esta (voleibol) que mais se têm direcionado as atenções dos responsáveis pela autarquia. Na semana passada, sobretudo a partir de quarta-feira, a cidade ficou ‘virada do avesso’. O voleibol que tem levado Espinho a todos os cantos do Mundo – recorde-se que mora na Rainha da Costa Verde a única equipa

portuguesa que conquistou uma prova europeia de voleibol (Top Teams Cup, em 2000) – atraiu à cidade alguns milhares de atletas, uns para competir ao mais alto nível (Open de Voleibol de Praia – Circuito Mundial), outros, mais de três mil jovens, de mais de 30 países, para se recrearem, conviverem, e participarem na 7ª Edição do Torneio de Voleibol da Academia Maia/Brenha, dois ‘monstros’ do voleibol nacional. Nas areias da praia da Baia, algumas centenas de voleibolistas, na primeira fase, a maioria de nacionalidade portuguesa, mas na fase na qual só têm lugar os melhores do Mundo, dezenas de estrangeiros, em representação de cerca de 20 países, deliciaram com jogadas de excelente vólei o numeroso público que ali compareceu, beneficiando das excelentes condições climatéricas, muito diferentes (para melhor) daquelas que se fizeram sentir dias antes. Ao contrário do que acontece noutros concelhos, para quem desporto é futebol, e pouco mais (esse pouco mais

Tribunal Judicial da Comarca de Aveiro

Juízo Local Cível de Santa Maria da Feira - Juiz 3 ANÚNCIO Processo: 2423/18.0T8VFR Interdição/Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Maria Júlia dos Santos Moutinho Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição em que é requerida Maria Júlia dos Santos Moutinho, filha de Vitorino Soares Moutinho e de Rita Carvalho dos Santos, nascido em 14-07-1953, BI - 087376172zz4, com residência em domicílio: Rua de Mozelos, N.º 135, 4535-187 Mozelos Vfr, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. Referência: 102852860 Data: 28-06-2018 O Juíz de Direito, Dr.ª Isabel Pinto Monteiro O Oficial de Justiça, José Manuel Coelho “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018

não passa de exceção à regra), no de Espinho o futebol não é esquecido, mas “há muito desporto para além do futebol”. Ali, na capital do voleibol, a modalidade é rainha, mas quem mais ordena é o Desporto. Por mim, que gosto muito de desporto – de todo o desporto, incluindo o futebol – prefiro partilhar dos gostos dos autarcas de Espinho. Por cá os nossos autarcas são mais amantes de festas. Talvez sigam a tendência dos eleitores. Porque, como diz o povo (não é bem assim, mas quase)... ‘com festas e bolos se enganam os tolos’. Será? A avaliar pelo que se tem passado por cá nos últimos 40 anos... Para terminar, não deixo de estranhar o que se passou no sorteio do Campeonato Nacional de Futebol da 1.ª Divisão. Um engano... numa estrutura tão profissional e bem paga? O próximo campeonato já tem nome. Não será o do Apito Dourado, dos Emails, do Colinho, das Toupeiras.Vai chamar-se o campeonato do Nove fora Seis.

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Juízo Local Cível de Santa Maria da Feira - Juiz 1 ANÚNCIO Processo: 2420/18.5T8VFR Interdição/Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: João Gomes Ferreira Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição em que é requerido João Gomes Ferreira, filho de César Augusto Ferreira de Andrade e de Madalena Sofia Gomes de Andrade, nascido em 29-07-1992, com residência na Rua da Igreja Velha, n.º 188, Mosteirô, 4520-408 Santa Maria da Feira, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. Referência: 102856726 Data: 28-06-2018 O Juíz de Direito, Dr. Nuno Fernando Sá Couto Martins da Cunha O Oficial de Justiça, José Manuel Coelho “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018

Helena Maria de Sá Portela, Vereadora da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, toma público que a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, na sua reunião ordinária realizada a 02 de julho de 2018, deliberou acionar os mecanismos legais necessários e submeter à Assembleia Municipal para deliberação de desafetação do dominio público municipal para o domínio privado do Município de Santa Maria da Feira, de uma parcela de terreno a seguir discriminada: Parcela de terreno, sita no lugar de Regadas, freguesia de Mozelos, deste concelho de Santa Maria da Feira, com a área de 1767,00 m2, a confrontar do norte e sul com Amorim Cork Composites, S. A., do nascente com Rua Central de Regadas e do poente com A 1 (Autoestrada), omissa na matriz e na competente Conservatória do Registo Predial. A parcela de terreno identifica-se em planta anexa, que fica a fazer parte integrante do presente Edital, acionando previamente os mecanismos legais que antecedem a submissão da proposta à deliberação da Assembleia Municipal, nos termos da alínea q), do n.º 1, do artigo 25.º, da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro. Em conformidade com o disposto no n.º 1, do artigo 122.º do Código do Procedimento Administrativo, concedese aos eventuais interessados, o prazo de 10 dias úteis, contados da data da publicação do presente Edital, para apresentação de quaisquer reclamações ou sugestões, por escrito e dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, as quais poderão ser entregues no Serviço de Expediente e ArquivoAtendimento, ou enviadas para o endereço eletrónico santamariadafeira@cm-feira.pt. O processo poderá ser consultado no Pelouro do Planeamento, Urbanismo e Transportes - Gabinete Jurídico, deste Município, no horário normal de expediente. Paços do Município de Santa Maria da Feira, 04 de julho de 2018. A Vereadora, (Helena Portela) “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018

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Juízo Local Cível de Santa Maria da Feira - Juiz 3 ANÚNCIO Processo: 2421/18.3T8VFR Interdição Requerente: Ministério Público Requerido: Ruben Gomes Ferreira Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição em que é requerido Ruben Gomes Ferreira, filho de César Augusto Ferreira de Andrade e de Madalena Sofia Gomes de Andrade, nascido em 29-07-1992, BI - 15091085, com residência na Rua da Igreja Velha, n.º 188, Proselha, 4520-408 Mosteirô, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. Referência: 102860939 Data: 28-06-2018 O Juíz de Direito, Dr.ª Isabel Pinto Monteiro O Oficial de Justiça, José Manuel Coelho “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018


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DIVERSOS

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Ana Glória da Silva Quintião

Angelina da Silva Pereira de Pinho

Filha de Camilo V. Quintião e Glória S. Leitão (Falecidos) Residia na Rua A do Orreiro, n.º 20, 1.º Esq. SÃO JOÃO DA MADEIRA

Casada com Carlos Soares de Pinho Residia na Rua da Liberdade, n.º 52, 3.º Esq. SÃO JOÃO DA MADEIRA

54 Anos

Seus Irmãos, Cunhados, Sobrinhos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 03 de Julho na Capela Mortuária do Cemitério n.º 3 de São João da Madeira onde foi cremada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza hoje, segunda-feira, dia 09 de Julho, pelas 19h, na Igreja Matriz de São João da Madeira.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Angelina Rosa Ferreira 80 Anos

Casada com José Henriques de Paiva Residia na Travessa da Valeira, n.º 131 ROMARIZ

Seu Marido, Filhos, Genros, Noras, Netos, Bisnetos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 06 de Julho na Igreja Matriz de Romariz seguindo para o cemitério local onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza quarta-feira, dia 11 de Julho, pelas 19h, na Igreja Matriz de Romariz.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

85 Anos

Seu Marido, Filhos, Noras, Netos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 03 de Julho na Capela Mortuária do Cemitério n.º 3 de São João da Madeira onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza hoje, dia 09 de Julho, pelas 19h, na Igreja Matriz de São João da Madeira.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

72 Anos

Casado com Maria Adelaide Fernandes Mateus Residia na Rua da Igreja Velha, n.º 131 MILHEIRÓS DE POIARES

Sua Esposa, Filhos, Noras, Genro, Netos e demais Família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte das cerimónias fúnebres, ou que de outra forma se lhes associaram na dor no funeral que se realizou no dia 04 de Julho, na Igreja Matriz de Milheirós de Poiares seguindo para o cemitério local onde foi sepultado. ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento

Glória da Costa Mota 97 Anos

Viúva de Manuel Soares de Sousa Residia na Rua do Sobreiro, n.º 45 PIGEIROS

Seus Filhos, Genros, Noras, Netos, Bisnetos e demais Família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte das cerimónias fúnebres, ou que de outra forma se lhes associaram na dor no funeral que se realizou no dia 03 de Julho, na Igreja Matriz de Pigeiros seguindo para o cemitério local onde foi sepultada. ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68, 3700-732 Milheirós de Poiares Tlf./Fax: 256 811 124 | Tlm.: 968 685 709 / 965 815 114 E-mail: agencia.funeraria.ag@hotmail.com

Funerais | Cremações | Transladações Serviço Permanente 24h Tribunal Judicial da Comarca de Aveiro

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Juízo de Comércio de Oliveira de Azeméis - Juiz 2 Processo n.º 4709/16.9T8OAZ INSOLVENTE: SANTOS & ALMEIDA, LDA.

67 Anos

* PAVILHÃO INDUSTRIAL

Ana Bela Gomes Silva

Casada com Carlos Alberto Vieira da Silva Residia na Rua da Mamoela, n.º 553 PIGEIROS

Seu Marido, Filhos, Noras, Genros, Netos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 08 de Julho na Igreja Matriz de Pigeiros seguindo para o cemitério local onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza quinta-feira, dia 12 de Julho, pelas 18h00, na Igreja Matriz de Pigeiros.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento

António Dias de Almeida (Baixinho)

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA.

INTERRUPÇÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Manutenção das infraestruturas de água A INDAQUA FEIRA irá efetuar trabalhos de manutenção da rede de Abastecimento de Água na zona envolvente à rua da habitação/ comércio de Vossa Exª.. Por esse motivo será necessário proceder à interrupção do fornecimento de água nos seguintes arruamentos: Freguesia de Escapães Arruamentos: - Rua Matos - Rua Amizade - Rua Casal de Matos - Tv. Casal de Matos - Beco Pedreiras - Rua 20 de Maio - Rua S. Salvador - Rua Estrada - Rua Vieiros - Rua Arcas Previsão de duração da interrupção: quinta-feira, 11 de Julho de 2018, das 14h00m às 15h30m. Apelamos à sua compreensão para os inevitáveis incómodos. Qualquer esclarecimento contacte a INDAQUA FEIRA através do telefone 256 371 500. “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018

CLUBE DESPORTIVO ARRIFANENSE Convocatória

Em conformidade com as disposições legais aplicáveis e os Estatutos do Clube, convoco todos os associados a estarem presentes na Assembleia Geral que se vai realizar no próximo dia 27 de Julho de 2018 pelas 21,00 horas no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Arrifana com a seguinte Ordem de Trabalhos. 1. Leitura e Aprovação da acta da Assembleia Geral anterior; 2. Apresentação, Discussão e Votação do Relatório de Actividades, as Contas e o respectivo Parecer do Conselho Fiscal referente à época 2017/2018; 3. Apresentação, Discussão e Deliberação sobre o Plano de Actividade e Orçamento para a época 2018/2019; 4. Outros assuntos de interesse para o Clube. Nota: Se à hora indicada para o seu início não estiverem presentes a maioria dos sócios, a Assembleia Geral funcionará em segunda convocatória trinta minutos depois no mesmo local com o números de sócios presentes e a mesma Ordem de Trabalhos. Obs. O Conselho Fiscal deve apresentar um parecer sobre a Relatório de Contas. Só deve ser permitida a entrada a sócios mediante apresentação do respectivo cartão com a quota nº 6. Estar preparado para poder cobrá-las no local. Arrifana, 2 de Julho de 2018 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Nuno M. C. Gonçalves “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018

ANÚNCIO DE VENDA

* TERRENOS

Maria da Conceição Ferreira Santos Administradora Judicial, nomeada no âmbito do processo de insolvência melhor identificado supra e na sequência do proposto pelos credores com garantia real, vai proceder á venda extrajudicial POR PROPOSTA EM CARTA FECHADA dos imóveis apreendidos a favor da massa insolvente melhor identificado infra. VERBA DOIS: Prédio em propriedade total sem andares nem divisões suscetíveis de utilização independente, afetação; armazéns e atividade industrial inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 447 e descrito na conservatória do registo predial de Santa Maria da Feira sob o nº1064, da freguesia de Fornos, concelho de Santa Maria da Feira. Valor Base da Venda: € 434.588,24 – Art.º 886- A nº 3 al b) do CPC Valor Mínimo venda: € 369.400,00 (Trezentos e Sessenta e Nove Mil e Quatrocentos Euros) Equivalente a 85 % do Valor Base – art.º 889, nº 2 do CPC VERBA TRÊS: Terreno a pinhal e mato, sito em Casal de Matos, inscrito na matriz predial sob o artigo 918 e descrito na conservatória do registo predial de Santa Maria da Feira sob o nº 1161, da freguesia de Fornos, concelho de Santa Maria da Feira. Valor Base da Venda: € 882.823,53 – Art.º 886- A nº 3 al b) do CPC Valor Mínimo venda: € 750.400,00 (Setecentos e Cinquenta Mil e Quatrocentos Euros) Equivalente a 85% do Valor Base – art.º 889, nº 2 do CPC VERBA QUATRO: Terreno a pinhal, sito em Casal de Matos, inscrito na matriz predial sob o artigo 791 e descrito na conservatória do registo predial de Santa Maria da Feira sob o nº1464, da freguesia de Fornos, concelho de Santa Maria da Feira. Valor Base da Venda: € 4.941,18 – Art.º 886- A nº 3 al b) do CPC. Valor Mínimo venda: € 4.200,00 (Quatro Mil e Duzentos Euros) Equivalente a 85 % do Valor Base – art.º 889, nº 2 do CPC. Consigna-se que as áreas indicadas nas certidões prediais e matriciais poderão não corresponder totalmente à realidade sendo previsível a existência de algumas oscilações. REGULAMENTO: *As propostas deverão ser rececionadas ou entregues no escritório da Administradora de Insolvência até 14:30H do dia 31 de Julho de 2018, sito na Rua S. Nicolau, nº 2, 1º andar, sala 103, 1º andar, 4520 – 248 Santa Maria da Feira. *No envelope deve constar a identificação da Administradora de Insolvência e referência: “Proposta de Aquisição e do número do processo“ a que se destinam. *As propostas terão de conter, no seu interior sob pena de serem excluídas, os seguintes elementos: nome do proponente ou denominação social, (nesse caso deve ser acompanhado com certidão comercial atualizada) morada, número de contribuinte (NIF / NIPC), telefone, identificação do processo, o valor oferecido por extenso em euros e acompanhadas de cheque caução (visado ou bancário), ou numerário no montante de 20% do valor proposto emitido à ordem da «Massa Insolvente Santos & Almeida, Lda. NOTA 1: Será dada preferência à proposta mais elevada e que se destine à compra da totalidade dos bens supra identificados e desde que cumpra os requisitos indicados no presente anuncio e seja assegurado o valor mínimo para cada imóvel individualmente. *As propostas recolhidas serão abertas no escritório da Administradora de Insolvência no dia 31 de Julho de 2018 pelas 15.00 horas e na presença dos proponentes que queiram estar presentes. * Ao valor da venda dos bens, é aplicável / acrescido o regime fiscal correspondente. * A adjudicação dos bens será feita à proposta de maior valor, igual ou superior ao valor mínimo anunciado, havendo propostas de igual valor e sem prejuízo do disposto no artigo 164 nº 2, 3 e 4 do CIRE, proceder-se-á a uma licitação apenas entre esses proponentes. * O restante preço será liquidado no prazo máximo de 30 dias, mediante cheque visado ou bancário, após a notificação ao proponente, cuja proposta tenha sido aceite. * Se não for possível realizar a escritura por razões imputáveis ao promitente-comprador, este perderá o sinal já entregue. Serão de conta do comprador todos os encargos legais decorrentes da compra, designadamente o IMT, escritura e registos da compra e cancelamento dos ónus. * Os bens serão vendido no estado legal e físico em que se encontram sendo dispensadas a correspondentes licença de utilização/ construção ou outras, constituindo ónus do adquirente a respetiva legalização/ obtenção das mesmas. * Caberá ao Mmo. Juíz do processo de insolvência a resolução de todas e quaisquer questões surgidas, que não estejam contempladas no presente regulamento. * Para a visita aos bens agenda-se o dia 23 de Julho de 2018 das 11:00H às 12:00H, devendo os potenciais interessados na visita confirmar previamente para o escritório. Para qualquer outra informação adicional deverão contactar o escritório da administradora de insolvência esclarecimento para os contactos: Fax: 256 375762 / E-mail: conceicaosantos2@gmail.com, telemóvel: 967698243. A Administradora de Insolvência Maria da Conceição Ferreira dos Santos “CORREIO DA FEIRA”, n.º 6066 de 09/07/2018


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09.JUL.2017

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CULTURA

Houve Festa na Aldeia…

A mAgiA de Porto CArvoeiro Um lugar à beira-rio, praticamente esquecido durante o resto do ano, mas que quando recebe o ‘Há Festa na Aldeia’ se enche de gente, de cor e de música. A organização exalta o trabalho com a comunidade, o presidente da Junta a importância do turismo para o território, mas os habitantes de Porto Carvoeiro… continuam a passar dias sem “ver vivalma”.

Texto Daniela Castro Soares Fotos Albino Santos

CANEDO Há um pôr-do-sol em tons de cor-de-rosa que nos recebe, no sábado, à chegada a Porto Carvoeiro, em Canedo. A luz dá à aldeia debruçada sobre o rio uma magia inigualável, complementada pelo imenso verde circundante, que nos faz duvidar de que ainda estejamos dentro do concelho da Feira. À medida que descemos, vemos os primeiros sinais do ‘Há Festa na Aldeia’ (HFA). Uma exposição de trajes, retratos dos habitantes segurando animais, comida ou objectos tradicionais, e muitas bandeiras coloridas sobre as nossas cabeças que fazem lembrar a viagem medieval que se aproxima. À volta do arraial, no mercado da Aldeia, os artesãos mostram os seus produtos. Há artigos em couro, miniaturas, bordados, bonecas e tanta doçaria quanto a água que cresce na boca. António Chousa veio de oliveira de Azeméis e está em Porto Carvoeiro pela primeira vez, exibindo as suas malas, mochilas e cintos. “É bonito aqui, só pela paisagem já vale a pena”, garante. Costuma participar no HFA em Ul e todos os meses vem ao concelho da Feira para marcar presença na feirinha de artesanato do Pingo doce. Já Carlos Araújo é presença regular, há cinco anos, nestas festas.“Somos convidados pela Adritem e vimos. A ideia é bonita, tem corrido bem, e este sítio é acolhedor, à beira-rio”, refere. traz para a aldeia as casinhas da sua terra, Castelo de Paiva. “São casas em xisto, é o forte de lá. vemos as casas e fazemos as miniaturas. Fiquei desempregado, comecei isto como passatempo e tenho vendido bem, a nível nacional e não só”, diz, sobre

peças que por vezes demoram quatro dias a fazer e que por isso “não são acessíveis a todos” no que ao preço diz respeito. “mas as pessoas gostam, dão os parabéns e fico contente. Já vendemos 3 peças hoje, está a correr muito bem”, afirma, esperando que o HFA “continue para sempre”.

Oficinas desenvolvidas com a comunidade

Com o objectivo de revitalizar as aldeias portuguesas, “o HFA é um projecto das Aldeias de Portugal que começou em 2013, com a coordenação da Adritem, e que para poder ser replicado em mais territórios, passou no ano passado a ser

coordenado pela Associação de turismo de Aldeia. Neste momento são 8 aldeias – as 5 iniciais e mais 3 do distrito de Bragança”, explica a responsável pela comunicação do HFA, Ana margarida Almeida. o projecto envolve “uma série de oficinas com a comunidade das aldeias e do município e outros trabalhos” que culminam depois na festa em si que “não é mais do que o comemorar de um ano inteiro de trabalho”. A ampliação das aldeias resultou da habitual apreciação, feita no final de cada festa, pela equipa de consultores que avalia o impacto do projecto. “As pessoas dizem o que correu bem e menos bem, o


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CULTURA

ainda a visita das crianças das escolas do Concelho, que assistiram a um espectáculo das Marionetas da Feira sobre a história do lugar. “As crianças do 1.º ciclo fizeram um desenho, as do 2.º ciclo vão contar a história e as do 3.º vão encaderná-la, e daí vai resultar um livro. A ideia é que as crianças sintam este lugar como delas, muitas não conhecem Porto Carvoeiro”, diz Ana Margarida Almeida. Um projecto apoiado pelo Portugal Inovação Social, Câmara Municipal e Junta de Freguesia, mas que “só faz sentido se a comunidade se envolver. O principal decisor é sempre a comunidade, e tentamos ir de encontro às expectativas das pessoas, daquilo que querem, que gostam, como acham que o lugar delas deve ser desenvolvido e dinamizado”. Para compreender as expectativas, é realizada “uma série de encontros com a comunidade em que todas as pessoas são chamadas a contribuir e são elas o principal decisor”. A partir daí, surgem as oficinas e a programação do HFA. “Tentamos que as pessoas se envolvam em todas as fases do projecto”. Sobre o valor dos apoios, a responsável do HFA apenas adianta que o projecto das Aldeias de Portugal em parceria com as associações dos territórios onde acontece (Adritem, Ader Sousa, Desteque, Corame) tem o apoio de cada município, correspondente a 30% do valor total, e da Portugal Inovação Social.

Artesãos com espaço sem custos

que venderam, para no ano seguinte podermos trabalhar para melhorar. Como percebemos que resulta, fez todo o sentido ampliá-lo e esperamos que daqui para a frente consigamos fazer mais HFA”. Ana Margarida Almeida garante, este evento é mais do que um fim-desemana por ano. “A ideia é que seja um projecto anual, obviamente mais visível nos dias de festa, mas temos sentido uma evolução”. De que forma? “Pessoas que iniciaram os seus negócios com o HFA. Claro que não é a maioria, porque muitos não têm capacidade para abrir uma empresa, mas acontece e deixa-nos muito satisfeitos porque o nosso objectivo é que as pessoas façam parte do desenvolvimento da sua aldeia”. Entre as oficinas, destaca-se a Parada da Galinha, transversal às várias aldeias, que retoma o tema do HFA do ano passado, mas desta vez com cada aldeia a decorar a sua própria galinha para depois compor uma “exposição itinerante por todos os municípios que têm o HFA”. Específica para Porto Carvoeiro, a oficina de trajes de folclore. “Percebemos que cada vez menos os trajes são feitos da forma antiga e original, então foi feita essa oficina com os dois ranchos de Canedo – Ceifeiras de Canedo e Rancho de S. Pedro. Dessa oficina, sai um manual para que as regras não se percam”. A aldeia feirense recebeu

Sobre o artesanato, Ana Margarida Almeida diz que a participação no Mercado da Aldeia é gratuita e que os artesãos apenas têm de cumprir o regulamento.“Um dos objectivos do HFA é a animação da economia local e que as pessoas percebam que os produtos que têm podem ser vendidos, que produtos funcionam e de que forma os podem vender. Temos inclusive uma oficina ‘Cá se fazem, cá se compram’ que existe precisamente para as pessoas aprenderem a vender os seus produtos”. Os 13 artesãos presentes no espaço apenas tinham de se preocupar, assim, em vender e divulgar os seus artigos. Dois projectos que podem agradecer o seu sucesso ao HFA, são a Flor de Cacau – mãe e filha que transformaram o seu fabrico caseiro de compotas e licores numa pequena empresa – e a Cerveja Artesanal de Cesar, presente em Porto Carvoeiro no passado fimde-semana. “Começou no ano passado connosco e está a ter uma grande evolução. Ganhou visibilidade com a participação no HFA”, diz Ana Margarida Almeida. O responsável pela Cerveja, Vítor Ferreira, confirma: “Começámos o fabrico há três anos e a vender há um ano. Tem as suas dificuldades, mas vamos superando. O HFA impulsionou-nos. Tivemos a felicidade de conhecer a Adritem, começámos em Ul e a partir daí fomos a todos os eventos”. Vítor Ferreira salienta que o HFA “é uma óptima iniciativa a nível de divulgação destas pérolas que toda a gente deve conhecer”. Da mesma opinião é Sofia Silva, uma das caras do bar em que a sangria e as bifanas saíam como pãezinhos quentes. “Acho a iniciativa muito boa para dinamizar espaços que estão durante o ano muito esquecidos e para dar vida às pessoas que aqui estão; para nos lembrarmos que existem estes cantinhos em Portugal que são tão bonitos e ficam aqui tão escondidinhos”. Sofia Silva admite que “nos dias de festa a afluência é maior”, mas, acredita, graças ao HFA, a aldeia “ganha visibilidade e há um impacto durante o ano, as pessoas sabem que existe, procuram, visitam durante o fim-de-semana. Pelo menos, fica no mapa mental delas”.

Pedaço de território diferenciador

Um evento “da máxima importância”, diz o presidente da Junta da União de Freguesias de Canedo, Vale e Vila Maior, Paulo Oliveira. “Temos Porto Carvoeiro como um ponto de referência no Concelho para fazer valer a diferença que a frente do rio proporciona. Para o território, é importante no aspecto do turismo, tem vindo a potenciar um conjunto de investimentos por parte de entidades particulares e também no âmbito da criação da Área de Reabilitação Urbana, que fomenta a possibilidade de reabilitar património e acima de tudo de trazer a um lugar recôndito do nosso Concelho e freguesia um conjunto de iniciativas, como esta”. Até porque o HFA é “um evento já com expressão nacional, reconhecido inclusive pelo próprio Presidente da República”.“É importante para nós termos no nosso território um evento deste calibre”. O HFA, que habitualmente se realizava em Agosto para coincidir com a festa de S. Lourenço, padroeiro do lugar, mudou para Julho devido à ampliação do número de aldeias. “Devido ao facto de a gestão do HFA ter deixado

de ser da Adritem e passado para o âmbito nacional da Associação de Turismo de Aldeia, houve necessidade de recalendarizar todos os eventos do HFA”. Passou para este mês e o público acompanhou. “O arraial está completamente cheio. O staff da ATA dizia-me ‘está pouca gente’ e eu pedi ‘calma, à noite o povo daqui aparece’. E apareceu”. Paulo Oliveira estava “satisfeito” com a festa que ajudou a organizar, pois a Junta contribui com apoio logístico. “Tudo o que é material, sinalética, barreiras de controlo de tráfego, e até montagem do próprio espaço, nós colaboramos”. E os cerca de 60 habitantes de Porto Carvoeiro? Não vêm à própria festa? Encontrar um é mais difícil do que encontrar uma agulha num palheiro. “Nem todos estão cá”, diz Paulo Oliveira, e além disso trata-se de uma “população envelhecida, com falta de mobilidade”, que àquela hora não sai de casa. “O Sr. Alfredo, a cara dos cartazes deste ano, costuma estar sempre ali sentado”, diz o autarca, apontando para um lugar da praça. Naquele momento, o Sr. Alfredo estava lá longe, a observar da sua varanda a actuação do Rancho S. Pedro de Canedo, um dos muitos pontos da programação de dois dias do HFA em Porto Carvoeiro.

A construção da barragem e o fim de tudo

Mas como não há impossíveis, encontrámos uma habitante local. Armandina Bento divertia-se na festa com a família, mas não deixou de apresentar a realidade como ela é… nua e crua. “Porto Carvoeiro é calmo, bonito, mas isto 12 meses por ano… Antigamente, era muito conhecido, vinham camiões carregar areia, pescadores à procura da lampreia e do sável, era muito movimentado. Depois de construírem a barragem, tudo isso acabou”, lamenta. Nasceu na aldeia, foi jovem servir para o Porto e passou muitos anos emigrada em França, até regressar, há duas décadas, para o seu lugar.“Ao menos temos uma festinha, mas não vejo mais nada além disto e da Festa de S. Lourenço. Já houve 3 mercearias, agora não há nada, negócio nenhum”, diz. Ao seu lado, uma familiar, completa:“Agora é só turismo no rio. É bonito ver passar os barcos”. Para Armandina Bento, o grande problema é que não dão incentivos ao desenvolvimento da terra. “Isto não é um porto, não deixam explorar um barco, não facilitam licenças para pôr aqui algo a vender… Têm de fazer alguma coisa para entusiasmar o povo. Não é o pequeno que vai começar a construir”. A canedense entristece-se ao ver o filho, de 38 anos, sem amor ao Porto Carvoeiro. “Gostava que ele gostasse de estar cá, e não tivesse de estar porque tem cá casa”. A juventude “não para” naquele sítio. “Tem dias que não vejo ninguém. Que é que a pessoa vem aqui fazer? Não há nada para ver. E então no Inverno, é que não se vê vivalma. Além de que não há transporte público… para quem não tem carro e não sabe conduzir, é uma miséria”. Fora os ocasionais caminhantes, “este lugar está esquecido. Não sei para onde vão as verbas, só puseram umas letras viradas para o rio e umas placas lá em cima. Dizem que vão fazer, mas…”. Não completa a frase, apenas encolhe os ombros. “Vou morrer sem ver o meu lugar diferente. Quem me dera ver o Carvoeiro dos meus 20 anos…”. Pub.

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Parabéns!

Angelina R. Gomes e Quintino S. Soares

50 anos de casados Seu irmão, esposa e família desejam As maiores felicidades!


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09.JUL.2018

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ÚLTIMA

ANTóNiO TOPA GOMES

MAu ESTADO DAS RODOViAS MANTéM-SE Marcelo Brito* marcelo.brito@correiodafeira.pt

PAÇOS DE BRANDÃO Há sensivelmente um ano, o Correio da Feira deslocou-se à freguesia para fazer uma reportagem sobre o deficitário estado do pavimento rodoviário em alguma Ruas, Travessas e Avenidas. Durante as últimas semanas, muitas queixas chegaram à Redação, acompanhadas de fotografias, com os brandoenses a mostrarem-se indignados e aborrecidos com o facto de, um ano depois, poucas mudanças terem sido efetivadas. Voltámos a deslocar-nos a Paços de Brandão, mas convidámos o vereador com o pelouro das Obras Municipais, António Topa Gomes, que prontamente aceitou percorrer a freguesia com a equipa de reportagem e abordar pontos positivos e negativos. Na Rua da Mata, cujas queixas apontavam que “os passeios do lado de Paços de Brandão estão a ser feitos, mas está um caos”, Topa Gomes esclareceu que a obra resulta de um “protocolo tripartido entre Câmara Municipal, Junta de Freguesia e os proprietários” e, depois de chegarem a um acordo, a Autarquia fornece os mate-

RuA ENGENHO NOVO

O vereador das Obras Municipais, António Topa Gomes, visitou a freguesia de Paços de Brandão, a convite e acompanhado pela equipa de reportagem do Correio da Feira, com o objetivo de abordar o mau estado das rodovias que mantém-se, na generalidade, há um ano. As previsões não são concretas, mas a melhoria das acessibilidades é o objetivo. riais e a Junta executa. “A coordenação é mais difícil quando uma obra é tripartida. Paços de Brandão está mais adiantado comparativamente a Lamas. Podemos corrigir provisoriamente, mas é uma situação complicada”. Sobre a estrada, de paralelo, que apresenta entraves a uma cómoda circulação rodoviária, a solução será “levantá-la e fazer uma sub-base”. Até ao término de 2018 será difícil concluir os trabalhos. A Rua Entre Carreiras, que segundo os locais “necessita de uma intervenção urgente”, está, de acordo com o vereador “em muito mau estado”, mas será incluída na sétima fase de pavimentação.

Câmara adquire Pavimentadora

“Autênticas crateras, tapadas temporariamente, nem foi preciso chuva para os buracos voltarem a causar mossa”. Assim descreveu um leitor brandoense a Rua do Engenho Novo. O vereador Topa Gomes afirmou que a Junta de Freguesia “tem dificuldade em tapar os buracos com massa a frio, algo provisório e precário.

A solução passa pela repavimentação”, afirmou, revelando um novo instrumento que a Câmara da Feira irá adquirir para corrigir problemas deste tipo. “Vai comprar uma Pavimentadora e já está em Diário da República. Será uma resposta mais efetiva para ajudar a reparar casos crónicos”. Dentro da Quinta do Engenho Novo, onde, por exemplo, treinam e jogam os atletas do Clube de Ténis de Paços de Brandão, os locais apontam, positivamente, o restauro das casas de banho. “A Câmara intervém numa e irá garantir as acessibilidades” a pessoas com mobilidade reduzida. Ainda assim, devido à burocracia dos concursos públicos, não estará terminado nos próximos seis meses. Os trabalhos de intervenção junto à Capela da Póvoa estão praticamente concluídos, faltando apenas “arranjar o jardim e o mobiliário urbano”, refere Topa Gomes. O que também mereceu queixas dos brandoenses foram as novas marcações rodoviárias “à frente de algumas garagens”, com os moradores a mostrarem-se transtornados.“As marcações privilegiam

QuiNTA DO ENGENHO NOVO

as questões de segurança, mas caso seja muito difícil para a pessoa em causa, corrige-se”, esclareceu o vereador das Obras Municipais.

Autarquia apoia construção de Capela Mortuária

Os moradores de Paços de Brandão, ainda que enfadados com os problemas das rodovias, elogiam a Câmara Municipal referindo as intervenções na Rua da Abelheira e na Travessa Fonte de Penas, mas também a nova Capela Mortuária que nascerá ao lado do edifício da Junta de Freguesia. Topa Gomes referiu que a Câmara apoia a construção do imóvel, assim como todas as freguesias do Concelho, com €37.500. Terá apenas de ser aprovado em Assembleia. O vereador exaltou ainda o bom trabalho do presidente da Junta, Firmino Costa, no combate a uma melhoria das condições dos peões. “Está muito ativo e vê-se o trabalho feito com o surgimento de vários passeios”. *O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

RuA ENTRE CARREiRAS


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