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TAXA PAGA

4520 Santa Maria da Feira

PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS

Ano CXXII

Semanário

Direcção: Orlando Macedo

30 Julho 2018

Nº 6069

€0,80 (iva inc.)

ADEUS a JOSÉ MANUEL OLIVEIRA pág. 08

PAGUE A SUA

ASSINATURA DO

CORREIO DA FEIRA

PASTELEIRO FIANENSE EM RESTAURANTE 2 ESTRELAS MICHELIN Américo dos Santos fala do seu “duro” percurso até ao Belcanto, em Lisboa pág.02

A VIAGEM VAI COMEÇAR pág. 24

ANTES DAS FÉRIAS

T. 256 362 286 POLÍTICA

pág. 07

CDS não percebe “dois pesos e duas medidas” na atribuição dos apoios ao Desporto CULTURA

pág. 12

Seis meses após a introdução dos novos serviços na Biblioteca, números comprovam sucesso da iniciativa FUTEBOL

pág. 14

Feirense vence Leixões (3-2) e garante presença na fase de grupos da Taça da Liga CICLISMO

Não perca o Especial sobre o maior evento do território na próxima edição

pág. 18

Pedro Andrade Filho de peixe sabe... pedalar


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ENTREVISTA

“A pAstelAriA é, numA pAlAvrA, o coNfoRTo”

Américo dos santos é fianense mas é na capital que o podemos encontrar, entre sabores portugueses e combinações fora da caixa, a criar novas sobremesas para o restaurante Belcanto, do chef José Avillez. o bichinho já nasceu com ele e todo o caminho ‘duro’ que trilhou até chegar ao duas estrelas michelin resultou num crescimento que exibe como uma medalha ao peito. A modéstia, contudo, não lhe permite tirar créditos, tudo o que os clientes comem é fruto do trabalho da equipa.

Texto Daniela Castro Soares Fotos Albino Santos

A sua história começa com um bolo de canela… o mundo da cozinha já estava dentro de mim e os bolos são sempre a parte favorita dos miúdos. o bolo de canela, que fiz com a minha tia, foi a minha primeira experiência. correu bem? (risos) Acho que sim, era muito novo, sete anos. mas pelo menos fiquei com a satisfação de ter feito algo de raiz. Ajudar na cozinha era natural? toda a gente ajudava em casa, ainda hoje ajudam, por isso a cozinha surgiu de forma natural. Desde muito cedo aprendi a cozinhar. o meu pai é feirante e a minha mãe tem uma loja e tanto eu como as minhas irmãs ajudávamos nas tarefas de casa – cozinhar, limpar a casa, arrumar o quarto – era a nossa forma de vida. e o trabalho no campo, também, porque os meus pais têm animais. A ligação à terra potenciou o gosto? sim. só quando entrei para a escola de Hotelaria é que vi o meu primeiro frango de aviário. lembro-me de olhar para aquilo e pensar que os frangos a que eu estava habituado tinham o dobro do tamanho e não se ligava para um talho para os trazer. Quando crescemos a comer os tomates da nossa horta, as batatas que plantamos, ganha-se um afecto especial pelos produtos. na altura, semeava as batatas, o milho, fazíamos desfolhadas, era diferente. se calhar se tivesse nascido noutro local, como no centro de lisboa, não teria tido essa vivência.

Quando percebe que é entre tachos e panelas que quer fazer vida? Comecei a notar um à-vontade com a cozinha, quando me punha a inventar, nos bolos, no arroz, cresceu um bichinho, queria mais, queria fazer diferente. Corria o livro da teleculinária de trás para a frente para tentar mudar as receitas, no leite-creme em vez de um pau de canela colocar laranja, pequenas coisas que me suscitavam curiosidade. então, falei com os meus pais, que me apoiaram a 100%, e fui para a escola de Hotelaria. era muito novo, mas o gosto já estava vincado. naquela altura, não se falava tanto deste mundo, o que era a cozinha, não era uma profissão com visibilidade. Já se começavam a fazer coisas interessantes mas nada que se compare aos dias de hoje. o que lhe deu a Escola de Hotelaria de Santa Maria da feira? Formação e regras, foi muito importante. levantava-me às 6h para ir para a escola, só havia um autocarro, entrava às 8h. Conciliava a escola com os treinos de voleibol, joguei sete anos, é uma paixão que tinha e ainda tenho, embora hoje não pratique. saía às 18h30, chegava meia hora atrasado ao treino, muitas vezes o treinador ia buscar-me à paragem do autocarro. Já na altura tinha uma vida muito agitada, portanto, o ritmo de trabalho que tenho hoje é, para mim, natural. A questão dos horários ainda é algo que preservo. entrava na escola meia hora antes; hoje, a minha hora de entrada é às 10h00, mas eram 9h20 já aqui estava. mantenho hábitos que foram lá criados.

A primeira experiência laboral foi no Porto? na verdade, no último ano de escola, já trabalhava ao fim-de-semana num restaurante em espinho, para ganhar algum dinheiro para as minhas coisas, como os ténis para o voleibol (risos). mas quando terminei a escola, surgiu a oportunidade de trabalhar num restaurante no porto, que entretanto fechou. eu tinha 17 anos e… foi duro. morava com os meus pais e tive de me mudar para o porto. nos primeiros três meses ainda tentei ir e vir a casa todos os dias, mas entrava cedo e saía à 1h e isso obrigava o meu pai, que se levantava às 3h para trabalhar, a ter de me ir buscar duas horas antes. saí de casa e fiquei com mais tempo para descansar mas… não foi fácil, era um miúdo numa cidade grande. De Fiães para o porto, é uma grande diferença. Aluguei um quarto, a cerca de um quilómetro do trabalho, ia e vinha a pé, sozinho, numa altura em que o porto à noite não era das cidades mais bonitas… Fiquei um ano nesse restaurante, muitas horas de trabalho, mas fez parte do crescimento. E então dá-se o grande salto para o Quarenta e 4? Ainda naquele restaurante, surgiu uma vaga na pastelaria e eu “toca a experimentar”. o gosto desenvolveu-se e, quando saí do restaurante, já saí com um convite para a pastelaria do Quarenta e 4, em matosinhos. Foi um grande passo na minha carreira porque assumi a pastelaria de um restaurante com 80 lugares, um nível de serviço interessante, um ritmo elevado. Apanhei excelentes profissio-


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ENTREVISTA

nais, que me encaminharam, porque eu andava um pouco a ‘navegar’, vinha de um mundo muito pequeno e, no espaço de um ano, assumir uma responsabilidade daquela envergadura… Uma das pessoas que me ajudou foi o chef Pedro Nunes. Nas fases boas, é fácil darmos a volta; quando estamos menos bem, é que se vê quem realmente gosta de nós e nos apoia. Lembra-se das primeiras sobremesas que criou? No início, seguimos muito o que os outros fazem, é impossível com 18/20 anos termos experiência, à-vontade e conhecimento para criarmos algo de raiz. Inspiramo-nos e vamos buscar muita coisa a quem nos rodeia. É como um pintor, ninguém começa a desenhar sem ver o que os outros estão a fazer. Na altura, lia muito, gostava de saber o que se fazia. As primeiras sobremesas foram recriadas a partir de livros. Nos dois últimos anos, também foi consultor n’O Paparico… Mais uma abertura para um novo mundo. Conheci outras formas de pensar, de ver a cozinha, pessoas apaixonadas pela cozinha portuguesa. Obrigou-me a pesquisar mais, a focar-me mais na essência do que é uma sobremesa e isso tenho de agradecer a quem lá trabalhou que puxou por mim. Foi um pegar nos nossos sabores, na canela, no doce de ovos, e tentar passar o sentimento que eles carregam para um público maioritariamente estrangeiro. Como surge o convite para o Belcanto? Foram seis anos no Porto e seis anos já é

algum tempo; embora esteja há cinco no Belcanto (risos). Senti necessidade de mudar. Na altura, através de um contacto, vim cá passar duas semanas, para ver como funcionava um restaurante com o nível do Belcanto, mas sem qualquer pretensão. No final das duas semanas, recebo uma mensagem a dizer que havia uma vaga na pastelaria. Era um barco muito grande mas o restaurante na altura tinha uma estrela e senti que era uma oportunidade que não podia deixar para trás. Com duas estrelas, a responsabilidade é acrescida? A nossa responsabilidade é sempre a mesma, independentemente de termos uma ou duas estrelas, o importante é o cliente. Prémios são prémios, nada mais, agradecemos e adoramos recebê-los, mas o que fica são momentos como o que tive no outro dia, quando uma senhora nos seus 60 anos me abraçou e me deu os parabéns, quase em lágrimas, dizendo que foi das melhores refeições da vida dela. Isso é que nos toca, que nos faz querer mais e lutar por isso todos os dias. Os prémios são importantes – quem é que não gosta de uma massagem? – mas mais do que os prémios, é o sentimento das pessoas que nos move. O que diferencia uma sobremesa no Belcanto? Gosto de pensar no menu como um todo porque é um trabalho de equipa. Estaria a ser egoísta se dissesse que só eu é que trabalho; todos ajudam, do mais antigo ao estagiário. Tentamos focar-nos naqueles que são os nossos sabores. Uma sobremesa com baunilha conseguimos comer em Portugal ou na China; uma sobremesa

com doce de ovos ou amêndoa do Douro, já não. A nossa missão é transportar o que é nosso para quem se senta à nossa mesa. Às vezes com combinações improváveis… Ainda assim, com sabores que nos estão associados. Qualquer português que coma um cornetto de presunto, por exemplo, reconhece o sabor do fumo, da carne, as papilas gustativas activam. Não é mais do que passar esses sabores para uma brincadeira séria que é uma sobremesa. Que sobremesas nunca faltam na carta? Há clássicos do restaurante, como a Tangerina. Uma criação do chef, antes de eu chegar, que anda à volta do sabor da tangerina. Colocamos sumo de tangerina dentro de um balão de água,

passamos no azoto e congela, cria uma capa. No interior vai uma espuma que leva folhas de tangerineira frescas para que se sinta o aroma enquanto se come a sobremesa, e depois leva um crumble de cogumelos. E que sobremesa o Américo não dispensa? Curiosamente, não sou muito de doces. Mas tenho os meus dias de défice de açúcar e, nesses dias, gosto de comer um bom leite-creme, um arroz doce, uma aletria, sabores com os quais cresci, coisas simples, bem feitas, sem grandes pretensões. Se for feito com amor, sabe sempre bem. O que o apaixona na pastelaria? A pastelaria é, numa palavra, o conforto. Seja um gelado no Verão ou um pedaço de chocolate no Inverno, traz-nos sempre calor e alegria.

Choco. Crumble de cacau, crumble de algas, ganache de batata (batata assada com azeite e sal e infusão de nata), gelado de tinta de choco e molho de choco picante, azeite, pedras de algas, chocolate aéreo picante e finalizado com coentros - criação do Chef Américo dos Santos. Pub.


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MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

Caros Leitores Jorge de Andrade Administração A uma semana de desejar-vos umas Excelentes e Repousantes Férias, vimos informar-vos sobre as alterações que o Jornal Correio da Feira foi obrigado a realizar na distribuição do semanário, motivado pela perseguição orquestrada por determinada força política, a que os CTT deram vergonhosa cobertura. Apesar de o Correio da Feira fechar a edição ao Domingo, para assim poder levar aos Leitores as notícias actualizadas, de

momento, os CTT só à terça-feira procederam à distribuição do jornal. São as novas regras, inicialmente impostas pelos CTT exclusiva e estranhamente ao Correio da Feira, que, como não podia deixar de acontecer, protestou e denunciou publicamente a vergonhosa e discriminatória atitude dessa empresa. O resultado foi um pequeno recuo dos CTT, que, para procedermos às alterações, alargou o prazo, de duas semanas

que nos tinha sido apresentado, para o início do mês de Setembro, altura em que, como é hábito, o Correio da Feira reinicia a sua actividade, depois de merecidas Férias. De momento, a Administração encontrase a estudar outras soluções para a distribuição do Jornal, mas até encontrarmos a solução adequada, lamentamos informar os Senhores Assinantes que nos encontramos, TODOS, reféns dos CTT.

Entretanto, solicitamos aos nossos Assinantes o favor de contactarem a nossa empresa, caso se verifique atraso na entrega do jornal. Desejamos a todos os Feirenses um Excelente mês de Agosto e aos que vão de Férias, uns belos momentos de descanso. Nota: Encerramos para Férias a 6 de Agosto e retomamos a edição a 10 Setembro.

OPINIÃO

QUE RESPONSABILIDADES PODEM AS ASSOCIAÇÕES ASSUMIR QUANDO FALTAM CRIANÇAS PARA APOIAR? António Cardoso Membro da Comissão Política Concelhia e Distrital do Partido Socialista

aumento da esperança média de vida), obtidos graças ao Serviço Nacional de Saúde, conseguido no regime democrático, coloca-nos num patamar muito perigoso pois impedem a “substituição geracional”. Em 2015, dados do Banco Mundial indicavam que Portugal tinha uma taxa de natalidade bruta de 8,3 nascimentos por cada 1.000 habitantes, inferior à taxa de mortalidade, consequência de uma baixa taxa de fertilidade, que se situava nos 1,23 filhos por mulher, quando devia ser no mínimo 2,1, necessário para garantir renovação populacional. Contribuem para esta realidade a idade cada vez mais elevada das mulheres quando têm o primeiro filho e o aumento da esperança média de vida dos cidadãos. A relação entre a de população activa e inactiva é cada vez menor, ou seja, temos uma percentagem cada vez menor de indivíduos até aos 15 anos face aos com mais de 65 anos. Resumindo, se não se inverterem estas tendências, ou seja se mantivermos as mesmas políticas sociais, a população portuguesa vai decrescer, perdendo-se

FICHA TÉCNICA

Repórteres Fotográficos:

Administração Jorge de Andrade administracao@correiodafeira.pt

Direcção

milhões de portugueses a médio prazo, pondo em causa a sustentabilidade do país, nomeadamente em termos de Segurança Social, Serviço Nacional de Saúde. Precisamos urgentemente, de mais crianças. Acabámos de concluir mais um ano letivo e os efeitos da crise de natalidade/ fertilidade já se estão a sentir. Nos últimos 10 anos, quantos Jardins de Infância e Escolas do 1.º ciclo encerraram? Este fenómeno é muito preocupante, tendo mais expressão nas freguesias do interior do nosso Concelho que além da generalizada baixa fertilidade/natalidade, sofrem do agravamento da sua desertificação demográfica. O encerramento de Jardins de Infância, Centro de Atividades Tempos Livres do 1.º ciclo, pertencentes a Instituições Particulares de Solidariedade Social, arrasta um grave “problema social” com o inevitável despedimento de funcionários (Educadoras, Professoras e pessoal auxiliar) que deixam de ser necessários por extinção dos seus postos de trabalho devido a falta de crianças. Mas os problemas não ficam por aqui,

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esses despedimentos implicam indemnizações aos respetivos trabalhadores. Pergunta-se: como podem as Associações dar cumprimento às suas obrigações se não têm para indemnizar os trabalhadores despedidos já que são Associações sem fins lucrativos? Ou seja, que respostas as Associações podem dar quando faltam crianças para apoiar? Uma inesperada realidade para as associações sem fins lucrativos, em que no cumprimento dos seus planos anuais de actividades não são obrigadas a estabelecer reservas financeiras para obrigações laborais desta natureza, consequentemente não têm condições de cumprir as suas responsabilidades perante os trabalhadores despedidos devido à extinção dos postos de trabalho por falta de crianças!... Vivendo de perto esta situação, lanço um “alerta” a todas as IPSS que anualmente cativem numa rubrica específica, um mês de vencimento de cada funcionário, que em caso de despedimento os cofres da Associação estejam dotados de uma almofada financeira para pagar a indemnização a cada funcionário despedido.

Propriedade: Efeito Mensagem, lda Registo na C.R.C. de S. M. Feira, n¼ 513045856 Contribuinte n.¼ 513 045 856 Capital Social 5.000 Euros Detentores de mais de 10% do Capital Social Efeito Mensagem, lda Registo no N. R. O. C. S., N.¼ 100538 Dep— sito Legal n.¼ 154511/00 Tiragem: 5.000 exemplares (Tiragem mŽ dia) Impress‹ o: Coraze - Oliveira de AzemŽ is Pre• o Avulso: € 0,80 (IVA incluido)

Mérito Municipal 1972 1997 (Ouro)

(Ouro)

(Membro fundador)

Prémio Gazeta 2017

NÃO BAIXAR OS BRAÇOS Em Portugal, muito se tem falado do problema da natalidade. De facto, Portugal é um dos países do mundo com taxa de natalidade (número de nascimentos por mil habitantes) e taxa de fertilidade (número de nascimentos por mulher) mais baixas. A diminuição das taxas de natalidade/ fertilidade é boa, quando se trata de um país em transição do subdesenvolvimento para o desenvolvimento (como sucedeu em Portugal na transição entre a ditadura e a democracia, após o 25 de Abril). Porém, passa a ser um problema quando reduzimos e mantemos os níveis demasiadamente baixos, particularmente, quando não há capacidade para promover a “substituição geracional”. Contribuíram para esses decréscimos nas taxas de fertilidade/natalidade: o acesso ao planeamento familiar, aos contracetivos, o aumento da escolaridade (tanto dos homens como das mulheres) e a entrada da mulher no mercado de trabalho em condições mais paritárias face aos homens. Estes sinais, consequência do desenvolvimento, se por um lado são positivos (particularmente o


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OPINIÃO

FACTOS E DATAS ESQUECIDAS - PORQUÊ? José Pinto da Silva

Fiquei, na altura, bastante surpreendido, para não dizer boquiaberto, por não encontrar nos diversos órgãos de comunicação, letra, voz e imagem, na data própria, referência ao acontecido no 11 de Março de 1975, tendo os jornalistas esquecido que os acontecimentos daquele dia tiveram efeitos imediatos no todo nacional muito mais influentes do que o 25 de Abril do ano anterior. O 25 de Abril abriu as portas às liberdades públicas e talhou abertura para que o Partido Comunista, já com estrutura oleada, assaltasse os sindicatos existentes e lhes mudasse a carapaça ideológica e criasse outros, muitos outros, para ficar a dominar todo o movimento sindical que haveria de agitar a estrutura económica e, politicamente, minaria todos os sectores onde a política poderia meter bedelho, desde as repartições públicas ao núcleo central do poder e furando até às Forças Armadas, não se eximindo, os seus próceres, de apodar de reacionário ou mesmo contra-revolucionário quem ousasse afrontar ou mesmo só não concordar. O 28 de Setembro, tendo já na altura o Vasco Gonçalves a primeiroministro e outros ministros da linha, além da infiltração funda nas Tropas, foi uma das grandes oportunidades. No final de 1974 não souberam os comunistas esconder os intentos de tomada do poder e deixaram sair os corninhos da Unicidade Sindical, o que marcaria o início do confronto ideológico com o PS, e ficaram muito aflitos com o surgimento

do “Programa de Política Económica e Social, conhecido por Plano Melo Antunes”, documento tornado público em 4/1/75 e que haveria de ser aprovado em Conselho de Ministros em 21 de Fevereiro. Documento programático de longo prazo, estudado e elaborado por diversos economistas e onde pontificou Victor Constâncio, ao tempo já ligado ao PS. Em matéria de estatização da economia, que o PC preconizava acontecesse “ontem”, aquele Plano previa a nacionalização da Banca, só da Banca, num prazo de três anos. Inconcebível para os comunistas. Algo teria de ser feito para suster tal Plano para se poder seguir o critério de 1917. Reverter toda a actividade económica, nos campos (ocupação e expropriação de terras – sem pagar o preço), nas fábricas (saneamento das gerências e administrações), como nos Serviços (banca, seguros e grande distribuição). Atingir tudo isso por meio da luta política pura e livre parecia ao PC tarefa inconcretizável. Só com o método bolchevique, convencido de que o PS não ficaria menchevique e que Mário Soares não ficaria Kerensky. Então… aconteceu o 11 de Março! A verdadeira história dessa “revolução” não foi feita, mas sinais houve de contradições no que foi dito e escrito na altura e posteriormente a respeito. Certo que Spínola fugiu, certo que houve aviões no ar, certo que houve disparos contra o RAL 1 e certo que paraquedistas apareceram junto do quartel. O mais certo é que Spínola e

alguns outros militares dele próximos tenham sido ludibriados por camaradas em quem confiavam. Aquele encontro dos paraquedistas com Dinis de Almeida (o Fitipaldi dos Chaimites) foi surreal e os abraços e as lágrimas deixaram inveja aos crocodilos. Nesse dia eu estava em Lisboa. E, de carro, corri por toda a cidade. Cirandavam os aviões no ar, ainda se ouviam disparos dos canhões contra o RAL 1 e, por toda a cidade, de cada bairro e de cada rua saíam manifestações com bandeiras do PCP e do seu, então, guarda costas, dito MDP/CDE aos berros: “O POVO ESTÁ COM O MFA”. Ou foi premonição que viu com antecedência a revolta, ou se tratou de evento pré-estudado e para ser executado daquela maneira e por todos aqueles interventores. O mais certo, bem se pode imaginar agora! O mais certo foi que nessa mesma noite os militares “pariram” o Conselho da Revolução com poderes constitucionais e executivos e, num ápice, nacionalizaram toda a economia e abriram caminho para a ocupação das terras (as produtivas, com gados, com cortiça e com equipamentos e grandes casas) e incentivaram-se os saneamentos de empresários. Enfim deu-se cabo de toda a economia, cumprindo-se o grande desígnio do PCP. E na arena política, a ala mais à esquerda do nóvel C.R. e do MFA, bem escudados pelas altas figuras do PC, tudo foram fazendo para que fosse anulada a realização das Eleições Constituintes, marcadas para

serem em 25 de Abril e que o PC não queria de nenhum modo. Não puderam anular as eleições. Integrei uma lista de Candidatos a deputado para as Constituintes e, num encontro com Mário Soares, no Grande Hotel do Porto, nos finais de Março ou primeiros dias de Abril, eu próprio o questionei: “Temos a verdade oficial do 11 de Março. Gostaria de ter a verdade real. O que de facto aconteceu e quem o provocou”. M. Soares respondeu: “O que podemos dizer é que nós não estávamos lá. O certo é que no dia 11, seria meio dia, os aviões ainda andavam sobre Lisboa e, em Bruxelas, um tal José Dias, do MES, disse, em declarações a uma TV, a propósito do golpe, que Mário Soares já foi preso. Quanto ao resto, o camarada deduza”. Fácil dedução, afinal. E porque será que a comunicação social não alude à enorme manifestação de 17 de Julho no Porto e Comício no Estádio das Antas e, no dia seguinte, na enorme concentração na Fonte Luminosa, movimentos que representaram o início do fim do Gonçalvismo e da influência do PCP e seus satélites na vida política do país? Porquê se esquecem as grandes datas? Esqueceram que nesse verão de 1975, politicamente escaldante, o país esteve a uma unha de uma guerra civil? Ah! Estive no Estádio das Antas e estive na Fonte Luminosa. Hei-de lembrar algumas cenas engraçadas vividas nessas duas grandes concentrações de defensores da democracia.

vários e podem ter impacto no seu futuro, porque o psicólogo escolar não serve unicamente para as funções que o Ministério aponta associadas ao insucesso escolar. Aliás, as principais funções do psicólogo escolar devem ser colmatar problemas, que estão por detrás do insucesso escolar, mas simbolizam muito mais que isso, como sendo as dificuldades de adaptação à escola ou as crises naturais de adolescência, mas também a realização de trabalho cooperativo com os professores (que apresentam uma componente de psicologia na sua formação) com vista à utilização de métodos de ensino adequados aos alunos, e dessa forma prevenindo igualmente questões de indisciplina na sala de aula. Os pais, enquanto educadores, deveriam igualmente apoiar os professores, corro-

borando as suas opiniões quando estas vão na orientação do seu educando consultar o psicólogo escolar. Assim, em conclusão, há uma necessidade de reforço da rede de psicólogos escolares, sendo que esta devia de se traduzir na presença de um psicólogo em cada escola, já desde o ensino pré-primário, uma vez que diagnósticos precoces podem mais facilmente ser resolvidos sem impacto para o educando, e nesse sentido, apoiando uma descentralização da contratação do profissional, passando do Ministério da Educação para a escola. Os pais e a respetiva Associação de Pais devem ser uma fação incentivadora da decisão e fomentar a envolvência do seu educando com este profissional, se o docente entender assim necessário.

PSICÓLOGO ESCOLAR Diogo Fernandes Sousa Gabinete de Comunicação do CDS Feira

Desde a Lei de Bases do Sistema Educativo de 1986, as escolas devem enquadrar nos seus serviços a psicologia e orientação vocacional. Contudo apenas em 1997 verificou-se a efetiva contratação de profissionais da psicologia escolar. Até finais de 2018 estava prevista a integração de mais 200 profissionais desta área, com vista à redução do rácio de alunos por psicólogo, cujos últimos dados eram de 1 por 1700 alunos, e com esta nova incorporação passaria a 1 por 1100 alunos, o que a Ordem dos Psicólogos considerava ainda insuficiente, remetendo para dados a apontar a necessidade de mais 500 profissionais. O alargamento era apontado à necessidade de apoiar o desenvolvimento psicológico dos alunos, melhorar a sua orientação es-

colar e profissional, apoiar as atividades educativas e o sistema de relações da comunidade escolar, para dessa forma prevenir o insucesso escolar. Na minha opinião, atendendo à particularidade contextual de cada escola, mesmo que estas apresentem um número reduzido de alunos, a direção da própria escola deveria apresentar as condições necessárias para executar a contratação, em concurso local, de um psicólogo escolar, priorizando dessa forma a contratação de um profissional contextualizado com a realidade da escola, uma vez que os concursos locais são teoricamente divulgados mais internamente na comunidade envolvente à escola. Este concurso deveria também ser incentivado pelas Associações de Pais, uma vez que os benefícios para os educandos são


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POLÍTICA

sobre a degradação das Pedreiras de Lourosa

Cds indignado com atribuição de verba à ACdL

“dois pesos e duas medidas” nos apoios ao desporto

Os VErdEs dizEM: “EU bEM AVisEi…”

LOUROSA As Pedreiras de Lourosa têm apresentado fendas no pavimento e Os Verdes interpelaram o Ministério do Ambiente a este respeito. Numa extensa nota de imprensa, o partido evoca a história das Pedreiras, cuja recuperação foi um processo “que se arrastou por décadas e só se começou a consolidar em 2012 após intervenção da Comissão de petições da União Europeia. Os espaços que serviam de depósito de resíduos foram convertidos em parques verdes num investimento superior a 1,5M€”. Contudo, a solução escolhida não foi, para Os Verdes, a melhor. Haviam três propostas em cima da mesa, desenvolvidas pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e o Ministério do Ambiente escolheu “a mais barata. A selagem dos locais com

uma geomembrana foi a primeira intervenção, seguindo-se a colocação de diferentes inertes e terra sobre a qual nasceram os equipamentos. Na altura, referíamos que a intervenção decidida pelo Ministério foi a mais barata e aquela que menos garantias daria em resolver eficazmente o problema”. Chamaram-lhe “penso rápido ambiental” pois “simplesmente preconizava a selagem da superfície sem qualquer identificação dos lixos depositados, sua perigosidade, capacidade de degradação, etc.”. As outras duas propostas, garantem Os Verdes, embora substancialmente mais caras, “asseguravam a resolução ambiental correcta do problema e davam garantias totais”. O que temiam, frisam, “veio a acontecer. As degradações e decomposições que vão acontecendo no subsolo, ampliadas

por possíveis arrastamentos provocados pelos aquíferos subterrâneos têm vindo a provocar assentamentos e abatimentos, fendas e rachas prenunciadas nos percursos e pistas bem como a degradação da cobertura superior um pouco por todo o espaço de intervenção”. Nesse sentido, questionaram o Ministério: se têm sido realizadas acções de monitorização dos abatimentos que podem levar ao rasgamento da geomembrana e assim ser levado a falir todo o procedimento de selagem das Pedreiras; que medidas estão a ser tomadas para minorar o risco dos abatimentos, mesmo depois de se ter levado a efeito um processo de compactação do solo aquando da deposição de inertes; e que custos poderá acarretar a solução do problema que comprova uma opção nitidamente desajustada.

S. JOÃO DE VER O Núcleo do Cds-PP de s. João de Ver mostra, em comunicado, a sua indignação com a recente atribuição de uma verba de 30 mil euros à Associação desportiva e Cultural de Lobão para a conclusão dos trabalhos de requalificação dos balneários e do espaço envolvente. “A nossa indignação e descontentamento não é para com a ACdL, mas sim para com o Executivo da Câmara” pela “decisão que confirma uma política de ‘dois pesos e duas medidas’ em que uns são preferidos e outros preteridos, não se conhecendo quais os critérios em que o Executivo se baseia para atribuir apoios financeiros a uma instituição e não a outra, com as mesmas ou até maiores necessidades”. O Cds fala dos balneários do Complexo de Formação do Ervedal, que precisam de uma “requalificação urgente”, para a qual o partido tem alertado por diversas vezes pois “as queixas dos pais, atletas e dirigentes são imensas. Em visita ao local, a vereadora do desporto reconheceu a importância das obras nos balneários, não reunindo condições dignas para os atletas”. Lamentavelmente, dizem, ainda não se chegou a qualquer “compromisso”. Neste rol de acusações, até o presidente da Junta, Nuno Albergaria, leva por tabela pois “não se insurgiu publicamente contra a decisão da Câmara em claro prejuízo da freguesia” contrariando o seu “papel” na defesa da mesma. Contactado pelo CF, Nuno Albergaria apenas diz:“O presidente da Junta de Freguesia de s. João de Ver reconhece o bom trabalho de Oposição que o Cds está a fazer, uma oposição crítica mas construtiva. Contudo, os problemas ou projectos que a Junta de Freguesia tem de propor ou resolver perante a Câmara Municipal, assim como o seu desagrado perante alguma situação, serão sempre debatidos e resolvidos nos locais próprios, e não com comunicados na imprensa ou no Facebook”. Pub.


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POLÍTICA

Texto: Orlando Macedo

Atalaia Homenagem Ainda a amanhã de segundafeira ia a meio, quando a notícia da morte do Zé Manel me apanhou de surpresa. E, tenho a certeza, tal como aconteceu a muitos outros, foi-me difícil assumir o desaparecimento de uma figura marcante na vida política e autárquica do concelho e do município. Sendo verdade que a nossa relação pessoal já conhecera (muito) melhores dias, não se desvaneceu, no entanto, o essencial de um conhecimento mútuo e profundo, iniciado há já muitos anos com a primeira entrevista – a pretexto da sua primeira candidatura à câmara da Feira – concedida pelo, então neófito político, José Manuel Oliveira a um órgão de comunicação social; ao caso, o ‘Noticias de Lourosa’, jornal que fundei e dirigi. O assunto acabou, aliás, por ser um tema recorrente das nossas conversas, enquanto exemplo que ele usava consoante a circunstância: para aludir à ‘verdura’ do político, recordava os ‘suores frios’ (sic) com que encarou a entrevista; para sublinhar a experiência entretanto adquirida, dizia que tinha sido a sua ‘vacina contra os tipos dos jornais’ (idem). Exemplo típico do sentido do humor verrinoso de que fazia gala… Havia ainda um traço curioso e comum, assente no facto de ambos sermos pais de filhas gémeas; por isso, dos bons-tempos, fica-me ainda o testemunho – tantas vezes reiterado – da maior de todas as suas preocupações: o futuro das Filhas, face à eventualidade de um desenlace precoce, como agora aconteceu. Deixando para quem deve a obrigação do elogio público, é ao Amigo das longas conversas de outrora, que desejo homenagear na memória do Zé Manel dos primeiros dias, manifestando à Esposa e às Filhas o sentimento de um profundo e sincero pesar.

Vice-presidente da Câmara tinha 53 anos

FALECEU JOSÉ MANUEL OLIVEIRA

Marcelo Brito* marcelo.brito@correiodafeira.pt

Santa Maria da Feira perde um ilustre e influente membro do tecido político e social com a morte de José Manuel Oliveira. À hora a que escrevemos, ainda não havia confirmação oficial, mas, na segunda-feira, o vice-presidente da Autarquia terá sofrido uma súbita paragem cardiorrespiratória a e, aos 53 anos, não resistiu. O Correio da Feira foi recolher a reação de alguns dos que com ele privaram mais de perto… O Município não esquece o fundamental papel e a imprescindível atuação em projetos de modernização administrativa. Em nota publicada nas redes sociais, a autarquia “lamenta profundamente a perda” de José Manuel Oliveira que assumia funções de vereador desde 1998. “Coordenou, desenvolveu e implementou inúmeros projetos estruturantes para o Município. Trabalhador incansável e totalmente dedicado à causa pública. Respeitado pelos seus conhecimentos, experiência e trabalho, era um homem de visão e leitura clarividente dos factos

O vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e vereador do Planeamento, do Urbanismo e dos Transportes, José Manuel Oliveira, não resistiu a uma súbita paragem cardiorrespiratória. O Município não esquece o fundamental papel e a imprescindível atuação em projetos de modernização administrativa. Os colegas vereadores reagiram ao falecimento. e acontecimentos da vida autárquica e política. Um excelente estratega, com uma capacidade ímpar de liderança e ação. Um homem de trato simples, amigo do amigo e de enorme lealdade. Obrigado e até sempre”, lê-se em nota oficial, dimanada da autarquia. As cerimónias fúnebres desenrolaramse na terça-feira, na Igreja de Lourosa. O Jornal Correio da Feira fez-se representar pela Administração e Redação, apresentando à família enlutada e representantes do governo autárquico os pêsames de toda a equipa.

Reações

Depois do anúncio público do óbito, várias foram as reações provenientes das mais distintas associações, forças partidárias e personalidades. O presidente da Câmara da Feira, Emídio Sousa, emitiu uma mensagem oficial, caracterizando o vice-presidente como “um ser humano extraordinário, de uma perspicácia notável. Com um simples aceno de cabeça ou olhar captava de imediato o que

pretendíamos. Foi um profissional e um político audaz, com uma dedicação sem limites ao seu Concelho. Sem dúvida que o desenvolvimento de Santa Maria da Feira tem e continuará a ter sua marca. A sua amizade e o seu companheirismo foram constantes. Nos momentos difíceis esteve sempre presente e nos momentos fáceis foi sempre discreto. Estou-lhe muito grato”. Com a pasta da Educação, Desporto e Juventude, Cristina Tenreiro não esquece “a perda abrupta de um amigo, um homem bom, um profissional ímpar, um estratega, um lourosense aguerrido e um santamariano de coração enorme. Ficámos mais pobres. Resta-nos a gratidão de termos feito parte da sua vida e de ter enriquecido a nossa. Toda a dor e sofrimento são ínfimos, comparados com a cruel partida para sempre do pai, do marido e do filho. Fica a promessa de que jamais o esqueceremos e que ficará para sempre guardado no nosso coração”. O vereador com o pelouro das Obras


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POLÍTICA

Municipais, Topa Gomes, recorda “a serenidade omnipresente” que pretende guardar como lição de vida. “Numa das primeiras reuniões que tive com o Zé Manel, abrimos o Atlas da Feira e olhámos para os ortofotomapas da cidade em 1967 e em 2009. A mudança impressiona e tem o dedo do vereador. Conhecia-o há mais de 20 anos, mas só nos últimos quatro meses trabalhámos em proximidade e percebi o seu imenso saber pessoal e técnico. Uma serenidade omnipresente que espero guardar como lição de vida. Amigo, agora devemos-te o futuro”. O vereador da Cultura, Gil Ferreira, agradece a “oportunidade de conviver e trabalhar” com José Manuel Oliveira.“Enquanto colega, vice-presidente e vereador, todas as palavras são pequenas face à dimensão do compromisso que este colega, que nos deixou antes do tempo, teve com a organização que servimos. Em projetos e decisões estratégicas, esteve à frente do seu tempo, constituindo-se um mediador entre o sonho e a realidade. Construiu uma equipa coesa nas áreas de governação que liderou, à qual sempre dedicou todo o seu empenhamento. Enquanto político assumiu-se como uma pessoa muito ponderada que, embora de convicções e ações firmes, cultivou sempre o bom trato com todos os seus pares, independentemente das suas sensibilidades políticas. Um homem simples, um marido e pai extremoso dedicado àquele que foi, como será, o seu bem maior, a sua família. Pois é precisamente à família, pais, esposa e filhas a quem desejo manifestar toda a minha solidariedade neste momento de dor”. Já a vereadora responsável pela Administração e Finanças, Helena Portela, relembra o colega com quem teve “o privilégio de trabalhar durante quatro anos e meio.

Foram anos de muito trabalho, de algumas discussões, de algumas discordâncias, mas sobretudo de muita cumplicidade, de um querer comum, pelo bem do nosso Concelho. Partilhámos a mesma paixão, Santa Maria da Feira. Alguém com quem aprendi muito. Era também o amigo, sempre com um sorriso aberto, e com uma serenidade que nos momentos de maior perturbação nos tranquilizava. E para aqueles que acreditam: um dia estaremos de novo todos juntos. Até um dia”. O responsável pela Proteção Civil, Ambiente, Saúde e Espaços Verdes, Vítor Marques, esgota-se em elogios e atributos. “Não vai ser fácil dar continuidade ao trabalho desenvolvido por José Manuel Oliveira, não só no Planeamento, Urbanismo e Transportes, mas também pelo trabalho efetuado em colaboração e articulação com os demais pelouros. Um vereador dedicado, empenhado, inteligente, conhecedor de todos os dossiês do seu pelouro e dos problemas do Concelho. Detinha doutos conhecimentos na área do Urbanismo e era excelente nas relações com instituições, empresas e particulares. Tenho a certeza que o trabalho feito durante os vinte anos ao serviço, o realizou, o preencheu e que lhe transmitiu o sentimento do dever cumprido. A partida inesperada é uma perda irreparável para a família, para o Executivo, para os munícipes e para o Concelho. Foi um privilégio e uma honra ter trabalhado com alguém sempre disponível, solidário e com um espírito de entreajuda irrepreensível. Resta-me apenas agradecer-lhe com um grande bem-haja”.

Socialistas reconhecem trabalho

Em representação do Partido Socialista,

António Bastos lamenta a perda de quem considerava um grande amigo. “Foi com surpresa, mágoa e tristeza que recebi a notícia do falecimento. Era trabalhador, inteligente e de uma capacidade política fora do vulgar. O PSD perdeu um elemento-chave na sua estratégia política. Era um grande amigo por quem tinha uma estima e consideração muito grande. Lamento profundamente a sua perda. À família, já tive a oportunidade de endereçar as condolências e agora só resta rezar pela sua alma”. Já Margarida Gariso recorda “uma pessoa determinada em tudo o que fazia. Deu um contributo com pontos de vista diferente, o que era saudável, mas muito positivo para o desenvolvimento do Concelho. Empenhou-se e devemos estar gratos a pessoas, como ele, que se dedicam à causa pública e ao desenvolvimento do território”. Lia Ferreira fala de “uma figura que se confunde com o próprio Concelho. Mais do que um decisor, é uma figura incontornável que marcou o Município e os feirenses. Decidido, audaz e estratega, conquistava respeito com a sua presença. Deixa saudade naqueles com quem privava, sabia estar próximo e debater-se pelo que acreditava ser importante. Um colega em quem revejo grande tenacidade e visão. Um lutador que não abdicava das suas ideologias e, independentemente de muitas vezes discordar, valorizo a capacidade de entrega”. Por sua vez, Délio Carquejo, apesar do pouco tempo partilhado com José Manuel Oliveira, fala de “um grande ser-humano. A morte é a mais tremenda certeza da vida. Sem dúvida, todos perdemos um grande ser-humano. A família, os amigos, mas também o Concelho de Santa Maria da Feira.

Foi pouco o tempo que pude partilhar com o José Manuel, mas nesse curto tempo deu para conhecer um homem de trato fácil, bem-humorado, inteligente e competente. Era um profundo conhecedor e interventor nas políticas concelhias”. Também o presidente da Assembleia Municipal, Amadeu Albergaria, deixou uma saudosa mensagem. “Antes do político está o homem. As filhas perderam um pai extremoso, a esposa um marido muito amado e os pais o seu único e querido filho. Eu perdi um amigo de todas as horas. O Município perdeu um cidadão de corpo inteiro, um lutador incansável pelo desenvolvimento da sua cidade, Lourosa, e do seu Concelho, Santa Maria da Feira. Ficámos todos, família, amigos e comunidade, mais pobres. Transtornado, reitero as minhas condolências à família”. Alfredo Henriques, o responsável pela ida de José Manuel Oliveira para a câmara da Feira, também não fugiu ao tom geral das declarações: “Convivi com ele durante os últimos anos em que estive na Câmara. Era um homem dedicado ao amigo, amigo do amigo, com quem mantive uma relação sempre muito privilegiada, de muita confiança e de muita amizade. No plano profissional, como vereador, sem menosprezar o trabalho de todos os outros, foi sempre uma peça-chave nos Executivos”, disse-nos o antigo presidente da câmara. Por sua vez, o clube mais representativo da cidade, o Lusitânia de Lourosa recorda o “sócio incondicional” que “esteve sempre perto do clube da sua terra” e que “tudo fez para melhorar as condições ao longo de vários anos. Uma perda de valor inestimável”. *O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico


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SOCIEDADE

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE ARRIFANA ACUSADO DE NÃO PAGAR SUBSÍDIO DE FÉRIAS ARRIFANA Uma denúncia chegou à Redação do Correio da Feira, apontando que “o Centro Social e Paroquial de Arrifana, através dos diretores António Leite e Lino Rocha, comunicou às trabalhadoras que não iria pagar o subsídio de férias na totalidade”. A acusação não fica por aqui. “A Instituição tem dívidas muito grandes a duas funcionárias, de

€80.000 líquidos, aos quais acrescem juros. As funcionárias estavam disponíveis para negociar, mas o padre não quis”, avança Vítor Hugo Pinho, marido de uma das funcionárias e alguém que diz ter acompanhado “o despedimento coletivo de perto. Pelo exposto, afigura-se que o Centro Social e Paroquial de Arrifana está a passar por sérias dificuldades

financeiras. A Autoridade para as Condições de Trabalho está informada e a acompanhar o caso. É uma violação muito grave dos direitos dos trabalhadores”, diz. Contactado pelo CF, o Centro Social, através da Comissão Administrativa, “informa que não faz parte da política da instituição a divulgação de questões internas”.

SUNSET SOLIDÁRIO CONTOU COM DUAS CENTENAS DE PESSOAS LOUROSA O Sunset Solidário, que teve lugar no Zoo de Lourosa, foi a última iniciativa promovida no âmbito do Fórum Social de Freguesia, que contou com a participação de 200 pessoas. Criado em 2014, o Fórum Social de Freguesia de Lourosa reúne mensalmente as entidades integrantes que desenvolvem trabalho a favor

da comunidade. A sua linha orientadora é “incrementar qualidade de vida à população, mormente a de menores rendimentos e baixa qualificação, juntando esforços para minimizar a pobreza e exclusão social”. O grupo recolhe informação relativa a problemas identificados na freguesia, promove a participação

da população e agentes locais para, em conjunto, encontrar soluções para fazer face aos mesmos. Como projectos inerentes, tem a Horta Social, Mercearia Social e Projecto Rendinhas e Companhia. Duas vezes por ano, como medida de angariação de fundos, organiza encontros solidários em espaçossede dos parceiros do Fórum.

INFORMA A companhia aérea cancelou o seu voo na sequência de uma greve? Na eventualidade de ver o seu voo cancelado na sequência de uma greve, há certos direitos que lhe são garantidos, ainda que a companhia aérea não seja obrigada a indemnizar, por se tratar de uma circunstância extraordinária. Contudo, caso a companhia aérea efetue a venda de bilhetes após o anúncio do pré-aviso de greve e os cancele depois, a situação poderá ser diferente. Relativamente à sua viagem, poderá optar pelo reencaminhamento para o primeiro voo disponível, alterar as datas dos seus voos, ou ainda solicitar o reembolso do valor dos bilhetes. Ao informar os passageiros do cancelamento, a companhia aérea deve prestar todos os esclarecimentos sobre eventuais transportes alternativos e sobre os seus direitos de assistência e compensação. Caso seja necessário, a companhia aérea é

obrigada a prestar-lhe assistência, garantindo o alojamento e transporte, refeições, bebidas e chamadas telefónicas. Poderá encontrar informações mais detalhadas sobre os seus direitos de passageiro ou sobre os seus direitos quando viaja, nos transportes, alojamento, circuitos turísticos, entre outros, na aplicação móvel Appy Tourist, criada pela DECO Norte, que poderá descarregar gratuitamente para Android e IOS. Para mais informações, recorra à DECO ou ao CIAC da CM de Santa Maria da Feira, na loja 04 do Mercado Municipal, ou através da linha verde 800 203 194 ou do endereço ciac@cm-feira.pt. A DECO tem um protocolo de colaboração com o Município de Santa Maria da Feira e presta apoio presencial no Concelho.


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CULTURA

AMPB

Concerto de Laureados do Paços Premium ‘TwO BIg wOmEN’, mARCO mACEDO

Dois artistas feirenses premiados integram exposição

BIENAL DE PINTuRA DO EIXO ATLâNTICO NA BM FEIRA A Biblioteca Municipal acolhe, de 4 de Agosto a 1 de Setembro, a XII Bienal de Pintura do Eixo Atlântico, integrada na programação da V Capital da Cultura. Nas 28 obras em exposição, estão incluídos dois feirenses – Fábio Araújo e Marco Macedo – distinguidos no âmbito do Prémio Talentos Luso-Galaicos. A Bienal de Pintura do Eixo Atlântico tem o objectivo de estimular

a criação artística e possibilitar o intercâmbio cultural e conhecimento de artistas que no Noroeste Peninsular constituem “um contributo vivo e dinâmico no panorama cultural europeu”, diz a Autarquia, em comunicado. O Prémio Jovens Talentos Luso-Galaicos surgiu para estimular o esforço e a criatividade dos mais jovens “suscitando um futuro culturalmente rico e diversificado”.

Os dois artistas feirenses expõem “Fragmentos de Memória” (Fábio Araújo, S. Paio de Oleiros, vencedor do 1.º Prémio Jovens Talentos Luso-Galaicos 2017/2018) e “Two Big Women” (Marco Macedo, Feira, 2.º Prémio na categoria ‘Melhor Obra Portuguesa’). A exposição tem entrada livre e, depois de Santa Maria da Feira, percorrerá onze cidades membros do Eixo Atlântico.

PAÇOS DE BRANDÃO A Academia de Música de Paços de Brandão dá conta, em comunicado, do seu Concerto de Laureados do Concurso Internacional Paços Premium, que teve lugar no Auditório Dr. Arménio de Carvalho. Além dos habituais 1.º, 2.º e 3.º lugares e menções honrosas, foram atribuídos prémios para a melhor interpretação de obras portuguesas e espanholas, melhor interpretação da obra de Joaquin Rodrigo numa parceria com a Fundação Victoria e Rodrigo (Espanha), prémio revelação e prémio excelência. Alguns dos premiados terão a oportunidade de tocar a solo com a Orquestra Sinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira, apresentar-se em recital (prémio da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira) e no Festival Internacional de Música de Paços de Brandão. Pub.

PROCURO COM URGÊNCIA T2 ou T3 (apartamento ou vivenda) na zona da Cruz em Santa Maria da Feira. Contacto – 914063014 (Dª Adelina Santos)


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CULTURA

GiL FeRReiRA Introdução de novos serviços

“OS INDICADOrES Só NOS PODEM DEIxAr OrGUlHOSOS” Texto Daniela Castro Soares Foto Albino Santos

No final de Novembro, a Biblioteca Municipal (BM), vestida a rigor com balões escritos com palavras dos funcionários, convidava a imprensa para conhecer os novos serviços disponíveis para os seus utilizadores. Entre eles, a requisição automática, aliada ao alargamento de horário do espaço, e o empréstimo de instrumentos musicais. “Tanto o empréstimo de instrumentos musicais como o alargamento de horário com empréstimo domiciliário foram pioneiros”, garantem o vereador da Cultura, Gil Ferreira, e a directora da BM, Etelvina Araújo, em conversa com o Correio da Feira. Seis meses passados, a introdução das novas ofertas superou as melhores expectativas.“Os indicadores só nos podem deixar orgulhosos em termos culturais e sociais”, diz Gil Ferreira. Com a autonomização do empréstimo e o alargamento da abertura da Biblioteca, as utilizações presenciais aumentaram 57,13%. Do ponto de vista do empréstimo, houve um aumento de 15,61%. Em média, no que toca ao número de pessoas no espaço durante o dia, em Janeiro registaram-se 455 pessoas, em Maio 398 e em Junho 538. No dia 12, a BM chegou a ter cerca de 1000 pessoas no seu espaço.“Este crescimento já indica que foi um sucesso e uma batalha absolutamente ganha”, garante Etelvina Araújo.

Alargar públicos

Sendo algo inovador, poderíamos dizer que foi uma opção de risco, mas o vereador prefere chamar-lhe aposta do Município. “Não considero que tenha sido uma opção de risco, foi uma opção que decorre da nossa filosofia de alargar os potenciais públicos e diversificar a oferta que um espaço desta natureza, de encon-

Passaram seis meses desde que a Biblioteca Municipal alargou o seu horário e passou a contemplar no catálogo de empréstimos 12 instrumentos musicais. Em jeito de balanço, o Correio da Feira foi falar com o vereador da Cultura e a directora da BM para averiguar o sucesso da iniciativa. tro e construtor, pode e deve ter. Não foi um risco, mas sim a consequência de uma visão atenta que a Biblioteca tem sobre a sua direcção futura, que implicava autonomizar e alargar o horário para melhor servir o nosso público com a inclusão dos instrumentos musicais num território em que as práticas artísticas são significativas”, afirmou Gil Ferreira. Há 12 instrumentos musicais, disponíveis para empréstimo, e todos já foram requisitados, maioritariamente por jovens e jovens adultos. “Emprestámos, neste período, 45 vezes os instrumentos musicais. Neste momento, temos cinco em empréstimo. Os mais requisitados são: banjo, ukelele e guitarra clássica”. O banjo? Gil Ferreira explica: “Provavelmente por ser um instrumento que não está tão presente. Qual é o principal fundamento da Cultura? Criar coesão e curiosidade. A diversidade de instrumentos é paralela à diversidade de públicos. O princípio da diversidade é o que nos orienta, ter disponível aquilo que não se encontra tão fácil”. Se calhar se tivessem um maior número de violinos e guitarras clássicas, diz, “teriam extraordinários números de empréstimos. Mas não queremos números extraordinários, queremos uma sociedade extraordinária. A nossa missão é fomentar uma sociedade curiosa e isso só se consegue pela diferença”, refere.

Novo serviço sem sobrecarregar equipa

O novo horário manteve-se inalterado, desde a sua implementação em Novembro, porque também “é preciso um período de experiência antes dos ajustes”. Neste momento, a Biblioteca Municipal está aberta, em horário alargado, quarta-

feira até às 23h00 e aos sábados até às 19h00. “A partir desse horário não há funcionários, mas está aberta”. Serviço sem custos para o Município. “Alargou-se o horário sem sobrecarregar a equipa de trabalho, recorrendo à tecnologia. Não há uma tecnologia inteligente mas sim um uso inteligente da tecnologia. Sem sobrecarregar a equipa, conseguimos servir um maior público que tinha necessidade daquele serviço”, afirma Gil Ferreira. A nova tecnologia “permite com segurança que as pessoas possam usufruir e fazer a gestão dos seus empréstimos de forma autónoma”. Apesar de o alargamento de horário ter sido pensado para os jovens estudantes, as famílias também o estão a aproveitar. “Ontem saí daqui às 21h, estávamos com o serviço alargado até às 23h, e estava a chegar um casal com os seus filhos para virem à Biblioteca”, conta a directora da BM. Em análise, está o alargamento do horário para o domingo de manhã. “É uma hipótese e uma vontade”, declara Gil Ferreira, num caminho para “um território com um nível de literacia maior. O nosso objectivo é que a Biblioteca possa estar cada vez mais ao serviço dos seus utilizadores e ser um lugar de encontro com o conhecimento, com a arte e com os outros”. Um serviço para “toda a comunidade. É para os 140 mil feirenses e não apenas para aqueles que vivem no centro da cidade. Conheci uma mãe e filha que são de S. Paio de Oleiros mas vêm de propósito à Biblioteca da Feira, apesar de terem o pólo em Oleiros, porque dizem que gostam de viajar no meio dos livros. Temos muitas famílias que acompanhamos ao longo dos anos”, conta Etelvina Araújo.

Grupo de leitura reúne-se na Cafetaria

Também em Novembro, foi renovada a cafetaria da Biblioteca. Na altura, Gil Ferreira disse:“Sobre este espaço, muito se ouvirá falar”. Uma visão que continua a defender.“Um grupo de leitura informal tem recentemente ocupado a cafetaria e certamente que o espaço poderá, num futuro próximo, ser alavanca de uma maior utilização, nomeadamente nestes horários alargados, e ser um espaço a descobrir e a desenvolver nesta multiplicidade de espaços da Biblioteca. Hoje, os utilizadores podem usufruir da cafetaria ao ar livre e muito em breve poderão usufruir do jardim”, adiantou o vereador.“Temos de dar o passo seguinte e estamos a trabalhar para isso, para que este também seja um pólo de atracção”, diz Etelvina Araújo. Os indicadores da Biblioteca Municipal ultrapassam os de outras bibliotecas similares e isso é fruto “de um Município que investe na Cultura. A Biblioteca da Feira está numa posição fantástica a nível de indicadores nacionais. Os nossos dados estão muito acima, quer na percentagem de documentos de empréstimo por número de habitantes, quer na percentagem de habitantes inscritos na Biblioteca,é muito bom”.A comunidade“tem reagido positivamente a este investimento sem o qual nada poderia ser feito. Os resultados que estamos a ter derivam da estratégia de criarmos mais proximidade e alargamos o acesso, que é tão importante. Ficamos muito satisfeitos com os valores que superaram as nossas expectativas mas também nos dão mais responsabilidade. A Biblioteca rege-se pelos princípios da expansão do acesso,criar oportunidades e fomentar conexões; temos de estar alinhados com esses três princípios e adequar-nos às novas necessidades”, declara Etelvina Araújo.


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SENSAÇÕES SEM FRONTEIRAS

ParTe II

Peru – O CanhãO de COlCa e O VOO dO COndOr Se a vista doVale de Chivay nos encantou logo no primeiro momento,a localização do nosso‘resort’era num paraíso.Mesmo à beira-rio usufrui não só da vantagem paisagística,como também de uma importante zona termal. a sua construção pretende reproduzir a arquitectura de um antigo povoado local e em todo o ‘resort’ não há dois quartos iguais. Os jardins encantam pela sua natural beleza e pelos seus “cuidadores locais”, várias espécies de lamas e vicunhas aparavam a relva calmamente, sem demostrarem nenhum incómodo com a chegada de tão barulhento grupo de turistas.

após o momento que todos dedicámos à fotografia, naquele pedaço de paraíso, foi tempo de aproveitar o Spa, para retemperar o corpo cansado da viagem. as opções eram variadas: massagens, banhos nas águas termais, tratamentos de lama e o que mais houvesse para nos preparar para a jornada do dia seguinte. Para evitar problemas com o “mal da altitude”, aconselho sempre os turistas a não comer muito e a evitar as bebidas alcoólicas. O dia seguinte começa madrugador e com uma viagem de alguns quilómetros por montanhas que nos oferecem uma paisagem indiscritível. em estradas estreitas e com vertentes abruptas, seguimos o rio Colca. Garanto-vos que não foi só a paisagem que arrancou aqui e ali uns suspiros e arrepios; a estrada que percorríamos, para além da beleza natural que nos oferecia, era por si só um desafio em clima de aventura, especialmente para os que sofrem de vertigens,como eu.neste canto do mundo, o tempo parece ter parado; a vida corre com lentidão e os habitantes vivem em plena sintonia com a natureza que os rodeia.

dentro do horário pretendido,chegamos à enigmática Cruz del Condor, local que já registava a presença de alguns turistas. O Canhão de Colca é hoje o terceiro lugar mais turístico do Peru, sendo visitado, anualmente por mais de cem mil turistas.Todos querem conhecer um dos mais profundos canhões do mundo e não há quem não fique impressionado, não só pela grandeza do Canhão, mas também com a paisagem. São quase 1.500 metros de profundidade, desde a Cruz até lá abaixo ao rio. Mas se contarmos a partir dos picos das montanhas mais altas, estamos a falar de 3.400 metros. Impressiona! Mesmo aos que já viram o Gran Canyon, nos estados unidos ou o Canhão del Cobre, no México. assim momentos fotográficos que decerto preencheram páginas de muitos álbuns por esse mundo fora. O silêncio cai na Cruz del Condor, enquanto o senhor dos céus voa por cima, em frente, entre as escarpas do canhão mostrando a sua agilidade e majestade. Sempre me impressionou o quadro que naturalmente acaba por se formar junto aquela enigmática Cruz: um grupo de pessoas, apreciando o voo de uma ave, parece atingir uma serenidade total, entrosando-se com a natureza que os rodeia. Talvez por isso o Condor tenha sido para as antigas civilizações andinas a ave que simbolizava a Imortalidade, Força, Inteligência, Poder e Saúde. Os que realmente vieram para apreciar este“monumento natural”,rapidamente procuram lugar na escarpa e por ali se sentam a apreciar este“monumento natural”.há quem goste de meditar, outros aproveitam para agradecer à vida mais uma oportunidade de viajar e conhecer este mundo tão diversificado e não falta os que não conseguem resistir às compras.Mas ao que ninguém resiste,é a recolher o maior número de fotografias;todos queremos levar connosco este belíssimo postal, connosco!

a viagem prossegue, mas agora nos belíssimos vales onde nos esperam a historia e Cultura,tudo sempre num abraço forte com a religião.São as pequenas vilas e povoações que visitaremos a seguir. num próximo Sensações sem Fronteiras... Jorge de Andrade

El Condor, pasa...

Partimos para este nosso passeio com dois objectivos distintos: conhecer o famoso Canhão de Colca e, ao mesmo, tempo observar o famoso ‘Voo do Condor’. Se tivermos a oportunidade de escutar a famosa canção popular “el Condor Pasa” – que Simon & Garfunkel imortalizaram nos anos 70, na sua sublime versão – então, o quadro fica perfeito.

a manhã vai aquecendo e, nas escarpas, um habitante do Canhão vai despertando do seu sono. É o Condor andino, a maior ave voadora do mundo. a envergadura de asas atinge os 3,2 metros e pesa mais de 14 quilos. estas aves conseguem voar mais de trezentos quilómetros num único dia e podem viver mais de meio-século. Com um simples abrir de asas, que mais assemelha a um cumprimento ao dia,o Condor parece exigir a atenção dos presentes para o seu primeiro voo. nem sempre temos a sorte de vê-los voar em pleno;às vezes ficam-se por um tímido voo e regressam ao lugar de pouso. Mas hoje, o grupo que acompanho teve uma sorte como nunca antes me havia acontecido.em pouco tempo, eram vários os Condores a brindar-nos com o seu voo, com alguns deles a voarem muito perto dos turistas,proporcionando

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DESPORTO Lourosa soma e segue na pré-época

Ricardo Suíço é o novo treinador do U. Lamas

Mercado de Transferências

Dedo na ferida

Lusitanistas averbaram mais três vitórias (P. Ferreira, Académica e Vilanovense) e continuam sem sofrer golos na pré-época.

Chega a Lamas depois de três épocas no V. Alegre, onde conquistou uma subida e uma presença na 1/2 final da Taça Distrital.

Acompanhe as mais recentes novidades das equipas concelhias a disputar desde a I Liga até à I Distrital.

Apontadas Falhas nas condições de higiene e segurança das instalações que receberam as provas de atletismo das Mini Olimpíadas.

Campeonato de Portugal

Divisão de Elite

Futebol

Mini Olimpiadas

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Fotos: CD Feirense

Edinho bisou

FEIRENSE ENTRA NA FASE DE GRUPOS DA TAÇA DA LIGA O Feirense recebeu e venceu o Leixões por 3-2 e garantiu o apuramento para a fase de grupos da Taça da Liga. Reforços estiveram em destaque. Edinho bisou e Fábio Sturgeon também ‘fez o gosto ao pé’. Nélson Costa desporto@correiodafeira.pt

ALLIANZ CUP O Feirense entrou a ganhar na época 2018/19 em jogos oficiais. Em partida referente à 2.ª Fase da Taça da Liga, disputada no Marcolino Castro, o conjunto de Nuno Manta Santos venceu por 3-2 o Leixões e carimbou presença na fase de grupos da prova. Aos dez minutos, o Feirense já vencia por 2-0, com um bis de Edinho (aos 3’ e aos 10’). Os forasteiros responderam pouco depois por Bura, da marca dos 11 metros (13’). Na segunda parte, Fábio Sturgeon fez o 3-1 (56’). Nos descontos, Breitner da Silva estabeleceu o resultado final (90+4’). “Os golos são como o ketchup. Quando aparece, aparece tudo de uma vez”. A frase, que ficou celebrizada pelo craque português Cristiano Ronaldo, pode bem servir de início para a crónica do primeiro jogo oficial do Feirense nesta temporada. Numa entrada de rompante, em apenas dez minutos, os fogaceiros, que não marcaram qualquer golo nos últimos três jogos treino, faturaram por duas vezes, ambas por Edinho. Aos 3’, o avançado internacional português cabeceou com êxito, após pontapé de canto. Aos 10’, finalizou uma jogada de contra-ataque. O Leixões reagiu e reduziu, aos 13’, de penálti apontado por Bura, após falta na área

Fase 2

3

No intervalo da partida, foi apresentada a equipa de ciclismo do Feirense que vai competir, de 1 a 12 de agosto, na Volta a Portugal Primeiro 11 do Feirense, em jogos oficiais, na época 2018/19

de Edson Farias. Os dez minutos seguintes foram de domínio dos ‘Bebés do Mar’, mas os fogaceiros conseguiram manter a vantagem e, aos poucos, voltaram a equilibrar a partida. Perto do intervalo, Edinho até podia ter ampliado a vantagem, mas Tony Batista evitou com uma grande defesa. Na etapa complementar, o Feirense voltou

a marcar cedo, e praticamente resolveu a partida. Numa boa jogada individual, Fábio Sturgeon também se estreou com um golo, de pé esquerdo (53’). Ao contrário do que tinha acontecido na primeira parte, após o 2-0, desta feita a equipa de Matosinhos sentiu o golo sofrido e demonstrou pouca capacidade de reação (apesar do apoio

Árbitro: Pedro Vilaça (AF Lisboa) 90

4 Briseño

Babanco

Caio Secco 14 Bruno Nascimento 12 Edson Farias

Tiago Moreira

Evandro Brandão 6

Rafael Crivellaro

5

21

47

Luís Machado 50

22

Estádio Marcolino Castro, Feira

7

Vítor Bruno

32

36 Edinho

incondicional dos muitos adeptos que se deslocaram até à Feira). Ainda assim, o Leixões voltou a assustar o Feirense. Numa segunda bola, após canto, Breitner da Silva rematou para o 3-2 (90+4’). Mas já estávamos nos descontos e não havia tempo para mais.Vitória justa do Feirense, numa partida que deixou ‘água na boca’ para a época que agora começou.

Tarzan

80 Lawrence Ofori

8 Tiago Silva 7

71

Kukula

Fábio Sturgeon

34

André Ceitil Ricardo Alves

12 Tony Batista

2

3 27

Bura

Luís Silva

17 Derick Poloni

Treinadores Nuno Manta Santos

Filipe Gouveia

Substituições

Rafael Crivellaro (Cris, 63’), Edinho (João Silva, 71’), Fábio Sturgeon (Zé Pedro, 87’)

Cartão amarelo a Edson Farias (11’), Rafael Crivellaro (29’), Caio Secco (52’), Briseño (72’) Edinho (3’; 10’), Fábio Sturgeon (56’)

André Ceitil (Breitner da Silva, int.), Tarzan (Ricardo Barros, 60’), Ofori (Amine Oudrhiri, 60’)

Disciplina Golos

Cartão amarelo a Luís Silva (9’), Tiago Moreira (17’), Amine Oudrhiri (72’) Bura (13’, g.p.), Breitner da Silva (90+4’)

29 JUL - 17h

MOMENTO DO JOGO

53’

Após combinação entre Tiago Silva e Babanco, Fábio Sturgeon tirou um adversário do caminho e, de pé esquerdo, fez o 3-1, golo que praticamente aniquilou as esperanças de apuramento para os ‘Bebés do Mar’.


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FUTEBOL

Arquivo CF

Lusitânia Lourosa FC Marco Sá Leo Leichsenring Carlos Madureira A. Carvalho Joca

R. Correia Materazzi

Dani Coelho Rena

Ricardo Gomes Serginho Reza

Edu Silva Danilo Almeida Dipita Guilherme Morais Diogo Belinha Hélder Castro

Paulo Grilo Edu Marques Rui Lopes

Léo Roberto

Pedro Silva Diogo Cunha Betinho Drogba Camará

ENTRADAS

Zeros golos sofridos em seis jogos

Nome

LOUROSA VENCE PAÇOS DE FERREIRA, ACADÉMICA E VILANOVENSE Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt

Relativamente aos castores, apenas Luiz Phellype, Paulo Henrique e Wagner não foram utilizados. No sábado, os lusitanistas receberam e venceram, por uns expressivos 3-0, a Académica. Marco Sá; Dani Coelho, Correia, Materazzi e Serginho; Guilherme, Edu Marques e Hélder Castro; Diogo Cunha, Pedro Silva e Betinho iniciaram a partida. Aos 30’, Guilherme fez o golo inaugural, aos 53’, Pedro Silva dilatou a vantagem e, aos 80’, Roberto estabeleceu o resultado final. O timoneiro dos lourosenses substituiu todos os jogadores à exceção do guarda-redes. O Lourosa terminou o encontro com Marco Sá; Rena, Carvalho, Edu Silva e Ricardo Gomes; Danilo, Rui Lopes e Paulo Grilo; Leo, Roberto e Drogba Camará. E no sábado, na apresentação do Vilanovense aos sócios que terminou com o triunfo, 2-0, do emblema concelhio, Luís Miguel fez alinhar a mesma formação que terminou o embate com a Académica. Registo para as substituições de Reza por Danilo – abriu o sobrolho –, Materazzi por Carvalho, Guilherme por Paulo Grilo, Pedro Silva por Drogba Camará e Betinho por Roberto. De livre direto, Rui Lopes abriu a ficha dos marcadores e

na sequência de um canto, já na etapa complementar, Edu Silva estreou-se a marcar na pré-época. O Lourosa defronta o Penafiel, fora de portas, na quarta-feira, dia 1, pelas 17 horas e apresenta-se aos sócios no próximo domingo, dia 5. O adversário ainda não foi divulgado.

Dipita em exames

O médio-defensivo Dipita poderá não continuar integrado no plantel do Lourosa na próxima temporada. O camaronês realizou exames a um dos joelhos e espera agora os resultados. Este é um problema que arrasta-se há pelo menos duas temporadas. O técnico Luís Miguel confirma o malestar de Dipita, mas refere que a decisão “depende dos exames”. Sobre o vasto plantel, garante que não é pretensão da equipa técnica a saída de algum jogador, pelo contrário. “Há vários nomes referenciados, mas estou satisfeito com os jogadores que tenho. Se identificarmos mais-valias, serão bem-vindas”. Correio da Feira sabe que mantém-se em aberto uma vaga para a posição de extremo. Renato Reis (Sp. Covilhã) é um dos nomes em cima da mesa e Rafinha (Vitória FC) é um desejo difícil de concretizar.

Carlos Madureira

Nogueirense FC Santa Clara

Daniel Materazzi

Olhanense

Serginho

6 5 8 0 JOGOS

VITÓRIAS

GOLOS MARCADOS

GOLOS SOFRIDOS

as caras novas

PAULO GRILO

SC Espinho

Dani Coelho

O formação lusitanista venceu Paços de Ferreira e Académica, equipas da Ledman LigaPro, por, respetivamente, 1-0 e 3-0. O clube treinado por Luís Miguel foi ainda a Gaia vencer o Vilanovense por 2-0. São já seis os jogos disputados sem consentir qualquer golo.

CdP E vão seis jogos disputados e zero golos sofridos. Registo notável do Lusitânia de Lourosa de Luís Miguel. Na semana transata, triunfo sobre Paços de Ferreira (1-0), Académica (2-0) e Vilanovense (2-0). Na quarta-feira, o Lourosa deslocouse a Paços de Ferreira e venceu a equipa local por 1-0. Recorde que o emblema da Capital do Móvel desceu no ano transato à Ledman LigaPro e é agora orientado pelo apelidado Rei das Subidas, Vítor Oliveira, com o objetivo de regressar ao principal escalão português. O timoneiro lusitanista Luís Miguel fez alinhar Leo Leichsenring; Dani Coelho, Carvalho, Materazzi e Serginho; Guilherme, Edu Marques e Hélder Castro; Diogo Cunha, Pedro Silva e Betinho. O único golo do encontro surgiu aos 55’, com intervenção direta dos elementos que compuseram o trio ofensivo da formação lusitanista. Contra-ataque iniciado por Leo, o jovem extremo combinou com Betinho, o avançado emprestado pelo Belenenses cruzou com regra e esquadro e Pedro Silva surgiu a encostar. O Lourosa terminou o encontro com Leo Leichsenring; Rena, Edu Silva, Correia e Reza; Danilo, Rui Lopes e Paulo Grilo; Roberto, Ricardo Gomes e Drogba Camará.

Clube

Leo Leichsenring

Sanjoanense

Agostinho Carvalho Hélder Castro

Anadia

Olympiakos Nicosia (Chipre)

Danilo Almeida Betinho

Cesarense Belenenses (emprestado)

Drogba Camará

Moura

Diogo Cunha

Famalicão

Guilherme Morais Reza

Louletano Starbridge Academy

Roberto

Boavista

Paulo Grilo

Santa Clara

SAÍDAS Nome

Clube

João Borges

U. Lamas

Ivo Oliveira

termina carreira

Pirata

Ovarense

Koneh Chico Marques

Boavista S. João de Ver

Steven

-

Vítor Sá

S. João de Ver

António

U. Lamas

Bruno Silva Mário

Bustelo

EMPRÉSTIMOS Nome

Clube

-

-

CALENDÁRIO PRÉ-ÉPOCA 01 Ago - Jogo treino vs. Penafiel, 17h (F) 05 Ago - Jogo de apresentação

EQUIPA TÉCNICA Posição: Médio Centro/Defesa Esquerdo País de Nascimento: Portugal Data de Nascimento: 1991-08-19 (26 anos) Altura: 184 cm Peso: 66 kg Clube Anterior: Santa Clara

P

aulo Grilo, de 26 anos, é o segundo reforço do Lourosa proveniente dos primodivisionários Santa Clara, depois de Dani Coelho. Na época transata, ajudou os açorianos a escalarem à Liga NOS, embora só tenha atuado em cinco jogos. Antes de rumar ao emblema da Ilha dos Açores, Paulo Grilo, natural da Figueira da Foz, representou Freamunde, Penafiel, Académica, Sp. Covilhã e Tourizense. Pelo meio destaca-se a passagem pelo Feirense, em 2014/15, época na qual atuou por dez ocasiões e apontou um golo. Esquerdino, pode atuar enquanto lateral-esquerdo, mas também como médio-centro.

Treinador: Luís Miguel Martins Treinador-adjunto: José Oliveira Treinador Adjunto/Analista: Paulo Costa Treinador de Guarda-Redes: Tibi Preparador Físico: Pedro Rocha


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FUTEBOL

equipa técnica

RICARDO SUÍÇO TREINADOR

Data de Nascimento: 12-05-1981 (37 anos) Clube Anterior: Vista Alegre

DANIEL DA COSTA TREINADOR ADJUNTO

Data de Nascimento: 29-10-1984 (33 anos) Clube Anterior: Vista Alegre

RENATO FARINHAS

TREINADOR GUARDA-REDES Data de Nascimento: 27-12-1986 (31 anos) Clube Anterior: Estarreja

VASCO MARIEIRO OBSERVADOR/ANALISTA

Data de Nascimento: 15-07-1995 (22 anos) Clube Anterior: Vista Alegre

RICARDO SUÍÇO É O NOVO TIMONEIRO DO UNIÃO DE LAMAS Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt

O técnico de 37 anos foi confirmado como o novo treinador do U. Lamas. A direção lamacense confirma conversações com um investidor – que ficaram “sem efeito” –, mas garante que “Ricardo Suíço foi sempre o plano A”.

DIVISÃO ELITE AVEIRO Ricardo Suíço, técnico de 37 anos, que nas três épocas anteriores treinou o Vista Alegre, é o timoneiro do U. Lamas para a época 20118/19. O jovem treinador chega aos lamacenses, quartos classificados na época anterior (em que tiveram três treinadores: Luís Miguel Martins, José Veríssimo e Tonel, que terminou a temporada), depois de uma subida ao principal escalão do futebol aveirense e uma presença na meia-final da Taça PECOL, em 2016/2017, ao serviço do Vista Alegre. Fausto Sá, vice-presidente do U. Lamas, explica a apresentação de Ricardo Suíço apenas nesta altura pela entrada em ‘cena’ de um hipotético investidor. “[Ricar-

do Suíço] Foi sempre o plano A, a primeira opção do U. Lamas, mas depois chegou a possibilidade de um investidor e tivemos de aguardar até ao prazo estipulado porque quanto está dinheiro em causa não se pode rejeitar de imediato. Cumprimos com a nossa parte, a outra parte não cumpriu e ficou sem efeito”, referiu. Na apresentação oficial, Ricardo Suíço revelou ser uma “enorme satisfação e orgulho” representar o U. Lamas e que o “difícil [na hora da decisão] seria explicar porque é que rejeitaria uma proposta do Lamas”. “É um clube com uma dimensão enorme, que merece estar noutros patamares e é isso que nós vamos procurar fazer”, disse o

treinador, que refere ainda que “os objetivos estão implícitos naquilo que é a dimensão do clube. A este nível o U. Lamas tem de se propor a ganhar sempre”. Por seu lado, Fausto Sá diz saber “que vai existir um grupo grande de equipas a apostar na subida”, mas garante que o U. Lamas “será uma delas”. O objetivo de atacar a subida, garantem o dirigente e o treinador, não será prejudicado pela definição tardia da equipa técnica.“Penso que não vai prejudicar porque as conversações com o Ricardo Suíço já vinham de trás e mantemo-lo sempre informado, quer dos jogadores que tinham renovado, quer das aquisições. Todas as situações tiveram o aval do treinador”, afirma

Fausto Sá. Ricardo Suíço também desvalorizou a questão: “A partir do momento que assumimos este compromisso, não vamos estar a arranjar desculpas de qualquer ordem”, diz, mostrando-se “bastante satisfeito” com o plantel disponível – ainda que admitindo “que vão chegar mais jogadores”–,apelando aos adeptos que se “unam em torno da equipa”. Do Vista Alegre, juntamente com Ricardo Suíço, chega o treinador adjunto Daniel Da Costa e o observador/analista Vasco Marieiro. A equipa técnica do U. Lamas fica completa com a entrada também do treinador de guarda-redes Renato Farinhas, oriundo do Estarreja.

ARRIFANENSE APONTA AOS SEIS PRIMEIROS LUGARES Marcelo Brito marcelo.brito@correiodafeira.pt

Embora o presidente Manuel Oliveira não esconda o desejo de subir de divisão, o jovem técnico Saulo Santos – que substitui Miguel Avelar –, almeja classificar o clube entre os seis melhores da 1.ª Divisão na temporada 2018/19.

I DISTRITAL O Arrifanense ficou a quatro pontos da promoção direta à 1.ª Divisão Distrital, tendo disputado o playoff com LAAC e Gafanha B. No jogo decisivo, um solitário golo de Diogo Almeida permitiu à equipa,então orientada por Miguel Avelar, subir de escalão. Para 2018/19, várias mudanças, começando pela equipa técnica. Saulo Santos é o novo timoneiro do emblema presidido por Manuel Oliveira. Apesar do anterior técnico ter alcançado a promoção, a direção decidiu apostar no jovem treinador que, no futebol sénior, apenas orientou Os Arrifanenses, formação do Campeonato Inatel. A troca é justificada pelo presidente. “É uma questão de mudança. Não temos razão de queixa, nem nada a apontar ao mister Avelar. Este é um novo projeto e o mister Saulo é uma pessoa de confiança. Vai ser uma boa

aposta”. Manuel Oliveira quer “fazer o melhor Campeonato possível. Queremos andar entre os primeiros lugares, mas no fundo queremos subir”. Saulo Santos conta com passagens pelo futebol de formação em clubes como o Feirense, Fiães e Cesarense e aponta aos seis primeiros lugares.“O objetivo definido pela equipa técnica é andar entre os seis primeiros lugares. Não existe o objetivo assumido de subir, mas vamos fazer a melhor classificação possível”. Sobre o plantel, afirma que “é baseado em jogadores que são da casa ou que já passaram pelo clube. Queremos voltar a levar o Arrifanense às pessoas de Arrifana. De facto, são bastantes as contratações, mas de jogadores com formação feita no clube, assim como a maioria das renovações”. Relativamente a uma 1.ª Divisão “muito

competitiva”, o técnico não esconde as garras e afirma que esse é o desafio que o clube pretende, descrevendo a ideia de jogo pretendida. “Vamos criar uma identidade baseada em futebol apoiado. Privilegiamos a posse de bola e o controlo do jogo. Vamos tentar ganhar a maior parte dos jogos, com qualidade e com um estilo de jogo atrativo, que traga pessoas ao futebol”. O clube garantiu a permanência de Rui Fragoso, Maia, Bruno Tavares, Riskas, Ricardo Santos, Júnior, Reis, Diogo Almeida, Folha e Rui Pinho e já assegurou a contratação de Janita e de Inverno ao Fiães, de Ricardo Nuno ao Pigeirense, Amorim à Geração Rui Dolores, de Chiquinho, Aguiar e Diogo a Os Arrifanenses, de Tiago Silva ao Cucujães e de Pedro Neves e Rui Neves ao Gafanha B. Saídas, confirmadas, apenas a de Fábio (Argoncilhe).

PLANTEL

2018/19 GUARDA-REDES: Maia Rui Fragoso Janita

DEFESAS:

Bruno Tavares Aguiar Diogo Ricardo Santos Riskas Rui Pinho

MÉDIOS:

Reis Folha Júnior Ricardo Nuno Rui Neves

AVANÇADOS: Chiquinho Inverno Tiago Silva Diogo Almeida Pedro Neves Amorim


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MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS

EQUIPA TREINADOR

CD Feirense

PERMANÊNCIAS Caio Secco, Alampasu; Diga, Flávio Ramos, Briseño, Bruno Nascimento, Tiago Gomes, Kiki Afonso, Cris, Babanco, Tiago Silva, Crivellaro, João Tavares, Luís Machado, Edson Farias, João Silva, José Valencia

I LIGA

ENTRADAS

SAÍDAS

AGENDA

Bruno Brígido (Guarani, Brasil); Tiago Mesquita (ex-Boavista), Vítor Bruno (Boavista), Marco Soares (AEL Limassol, Chipre), Alphonse (Gil Vicente, regresso), Zé Pedro (Felgueiras, regresso), David (Gafanha, regresso), Edinho (V. Setúbal), Fábio Sturgeon (V. Guimarães)

Michal Miskiewicz; Jean Sony, Luís Rocha (Dínamo Minsk, Bielorrússia), Alex Kakuba (Giannina, Grécia), Luís Aurélio (Gaz Metan, Roménia), João Graça (Arouca, emp.), Karamanos (Olympiacos, Grécia), Zé Manuel (Santa Clara), Hugo Seco (Irtysh, Cazaquistão), Etebo (Stoke City, Inglaterra)

12/08 (domingo) – I Liga | 1.ª Jornada: Feirense – Rio Ave

João Borges (U. Lamas), Francisco Costa, Luís Pinto; Ivo Oliveira (termina carreira); Pirata (Ovarense), Mário (Bustelo), Koneh (Boavista), Chico Marques (S. João de Ver), Vítor Sá (S. João de Ver), António Alves (U. Lamas), Steven Rodrigues, Bruno Silva, Ricardo Oliveira

01/08 (quartafeira) – Jogo Treino vs. Penafiel. 05/08 (domingo) – Jogo de Apresentação

Nuno Manta

CAMPEONATO DE PORTUGAL Marco Sá; Rena, Joca, Ricardo Correia, Franck Dipita, Edu Marques, Edu Silva, Ricardo Gomes, Diogo Belinha, Rui Lopes, Léo, Pedro Silva Lusitânia Lourosa

Luís Miguel Martins

Leo Leichsenring (SC Espinho), Carlos Madureira (Nogueirense); Dani Coelho (Santa Clara), Daniel Materazzi (Olhanense), Serginho (Sanjoanense), Agostinho Carvalho (Anadia), Reza (Starbridge Academy England), Guilherme Morais (Louletano), Hélder Castro (Olympiakos Nicosia, Chipre), Paulo Grilo (Santa Clara), Danilo Almeida (Cesarense), Diogo Cunha (Famalicão), Betinho (Belenenses, emp.), Drogba Camará (Moura), Roberto (Boavista)

DIVISÃO PRO-NACIONAL

S. João Ver

C.

Bruno Costa, Leo; Luís Magolo, Rúben Gomes, Rui Silva, Marco Ribeiro, Gouveia, Yorn, Martini, Carlos Oliveira, Alex Brandão, Zé António

João Oliveira (Avanca); Jorge Sousa (Sub19), Vítor Sá (Lus. Lourosa), Vítor Hugo (U. Lamas), Luís Vaz (Bustelo), Bé (SC Espinho), Adriano Silva (Sub-19), Joãozinho (Paivense), Mika (Avanca), Chico Marques (Lus. Lourosa), Serginho (Sub-19), Zé Bastos (Beira-Mar)

Nuno (Estarreja ?); Vítor Neto, Machadinho (Estarreja), Diogo Relvas (S. Vicente Pereira)

Início dos trabalhos a 13 de agosto

Hélio Buffon; Sanguedo, Sandro, Óscar Beirão, Marcelo, Tintim, Rodrigo, Joel, Pedrinhas, Luís, Carlos Manuel, Joca

João Borges (Lus. Lourosa), Muller (Pampilhosa), Vasco (U. Lamas B); António Alves (Lus. Lourosa), Sérgio Ramos (Canedo), Luís Sá (U. Lamas B), Chiquinho (U. Lamas B), Rui João (SC Espinho), Ramalhinho (U. Lamas B), Xavi (Fiães)

Kiko, Nélson; João Marques, Tiago Melo, Vítor Hugo (S. João de Ver), Flecha (Estarreja), Mauro, Pinheiro, Manu (Fiães), Fábio Raúl (Fiães), Paulinho

Início dos trabalhos a 13 de agosto

Tiago Castro; Seminha, Fabiano, Rui Magalhães, Edu, Pedro Miguel, João Ramos, Hugo Silva, Jaiminho (?), Miguel Ferreira, Viditos, Luccas Marques, Manu Bernardes

Pedro Justo (Mansores), Rafael Bastos (Sub19); Tiago Ribeiro (Pampilhosa), Luís Belo (S. João de Ver), Bruno Silva (Valadares), Gonçalo Pereira (Fiães B), Fábio Raúl (U. Lamas), Manu (U. Lamas), Jorge Santiago (Fiães B), Zuca (Sub-19)

Janita Valente (Arrifanense), Fernando Pais (Rio Largo – Futebol Popular Espinho); Bruno Tiago, Carlos André (Esmoriz ?), Nélson Diogo (Carregosense ?), Xavi (U. Lamas), Dany Pereira (Esmoriz ?), Inverno (Arrifanense)

Início dos trabalhos a 10 de agosto

Ricardo Maia

F. U. L.

U. Lamas

Fiães SC

Ricardo Suiço

Carlos Santos

I DIVISÃO DISTRITAL

Canedo FC

Paços Brandão

Mosteirô FC

AD Argoncilhe

CD Arrifanense

Neves, Nuno Fruta, Jorginho, Fernando Jorge, Apolo, Gil

David (Mansores); Estaca (ACRD Mosteirô), Nuno Gomes (Lourosa Sub-19), Félix (Argoncilhe), Serginho (Lobão)

Xavi (Avanca), Fabri (Carregosense), Zé Nino (Carregosense), Dani (Vista Alegre), Sérgio Ramos (U. Lamas), Paulinho (Paivense), Ferraz (Mansores), Gil

13/08 ou 14/08 início dos trabalhos

Diogo, Zé Manel; Candeias, FF, Marcos, Mota, Saxe, Justo, Daniel, Rubinho, Pedro Ribeiro, Pedro Sá, Elson, Carvalho

João Ferreira (Sub-19), Rafa (Sub-19), Toninho (Geração Rui Dolores), Tiago Oliveira (Argoncilhe), Mário (Argoncilhe), João Vieira (Fiães Sub-19)

Rúben (Argoncilhe), Nélson (Retirado)

13/08 início dos trabalhos; 18/08 vs Carregosense

Carregosa; Vasquinho, Arménio, Talheiro, Barbosa, João Tavares, Guima, Sérgio, Leo, Jorge Neves, Zidane, Vasco Pinho, Dbouk, Alex, João Marques, Xavi Leal, Ricardo Santos, Dani, Zé Pedro

Diogo Santos (Travanca), Fábio Ferreira (Regresso), Xavi (São Vicente Pereira), Diogo Valente (Ovarense), Alemão (Ovarense), Bernardo (Geração Rui Dolores), Coutinho (Geração Rui Dolores)

Diogo; Vitinha, Elísio

20/08 início dos trabalhos; 08/09 apresentação vs Estarreja

Miguéis, Gomes, Pedro Oliveira, Russo, João, Rogério, Catota, Jaime

Rui (Fiães), Hugo Pinto (Mansores); Eduardo (Sub-19), Madeira (Sub-19), Regal (Sub-19), Rúben Martins (Cesarense Sub-19), Maia (Oliveirense Sub-19), Andrézinho (Oliveirense Sub-19), Carlos Eduardo (Sp. Espinho Sub-19), Cabeça (Dragões Sandinenses), Joel Cardoso (Milheiroense), Fábio (Arrifanense), Rúben Silva (Paços de Brandão), Castro (Mansores), Paulo Sérgio (Mansores ?)

Chico (Cesarense); Luís (retirado), Rui Sousa (retirado), Tiago Neves (retirado), Tiago Oliveira (Paços de Brandão), Mário (Paços de Brandão), Félix (Canedo), Mota, Renato, Manel

13/08 início dos trabalhos; 16/08 vs Perosinho; 18/08 vs Pedroso; 25/08 vs S. João de Ver; 01/09 Torneio de São Félix da Marinha (Vila Nova de Gaia)

Rui Fragoso, Maia; Bruno Tavares, Riskas, Ricardo Santos, Júnior, Reis, Diogo Almeida, Folha, Rui Pinho, Berna (?), Carlos (?)

Janita Valente (Fiães); Ricardo Nuno (Pigeirense), Chiquinho (Os Arrifanenses), Amorim (Geração Rui Dolores), Aguiar (Os Arrifanenses), Tiago Silva (Cucujães), Rui Neves (Gafanha B), Pedro Neves (Gafanha B), Diogo (Os Arrifanenses), Inverno (Fiães)

Fábio (Argoncilhe)

06/08 início dos trabalhos; 12/08 vs Avanca Sub-19; 19/08 vs Vista Alegre (16h); 25/08 vs Estarreja (16h30); 29/08 vs Esmoriz (19h); 01/09 e 02/09 Torneio de PréÉpoca do Macieirense; 08/09 vs Fiães (10h30)

José Neves

Kaká

Aurélio Fonseca

Mickael Amaral

Saulo Santos

RUMORES

Dipita, médio do Lusitânia de Lourosa, poderá fazer uma pausa na carreira devido a problemas físicos num dos joelhos.

A transferência de Carlos Daniel, avançado goleador do Pigeirense, para o Arrifanense congelou.

Entre Rafinha (Vitória FC) ou Renato Reis (Sp. Covilhã), um poderá ser reforço de Luís Miguel no Lusitânia de Lourosa.

Gil estaria na calha para reforçar o Argoncilhe, mas irá renovar com o Canedo, ficando assim às ordens de José Neves.

Depois da transferência de Fredy para o União de Lamas ter sido suspensa, o médio ex-Pampilhosa optou – e já assinou – pelo Carregosense.


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30.JUL.2018

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CICLISMO Nasceu no seio de uma família de ciclistas

PEDRO ANDRADE: FILHO DE PEIXE SABE… PEDALAR Nélson Costa nelson.costa@correiodafeira.pt

Nascido no seio de uma família de ciclistas, Pedro Andrade, filho e neto de ciclistas de renome (ambos com o mesmo nome: Joaquim Andrade) está dar as primeiras pedaladas, mas já conquista títulos nacionais e chamadas às seleções nacionais. Pedro Andrade, ciclista da Vito-FeirenseBlackjack, é neto e filho de ciclistas de renome, ambos com o mesmo nome, Joaquim Andrade, vencedor da Volta a Portugal, em 1969, e recordista de presenças consecutivas e terminadas na Volta a Portugal, respetivamente, mas já começa a escrever a sua própria história no ciclismo, mantendo o nome da família na senda dos êxitos na modalidade. Ainda júnior, o jovem feirense sagrou-se recentemente campeão nacional de fundo da categoria – numa prova realizada em Castelo de Vide –, e representou as cores da seleção nacional no Campeonato da Europa de Estrada, disputado em Brno e Zlin, na República Checa. Pedro Andrade admite que o Campeonato Nacional de Estrada é o seu “título mais marcante até ao momento, ainda mais que a Taça de Portugal de Cadetes”. Era a corrida que mais queria vencer esta época, o campeão nacional enverga o ano inteiro a camisola do país.Sempre quis ganhar esta corrida”, refere, explicando os momentos que ant e c e d e ra m o cortar da meta. “Andei nu m a f u ga , com cerca de dez ciclistas. Depois, para o fim, ficámos só três e, nos últimos 200 ou 300 metros ficámos apenas dois. Arranquei primeiro para o sprint e consegui vencer”. No Campeonato Europeu de Estrada as coisas não correram tão bem a Pedro Andrade, que foi mesmo desclassificado no contrarrelógio. “No contrarrelógio tive um problema e fui desclassificado, cortei antes de uma rotunda. O atleta que ia à minha frente fez o mesmo, f oi um erro. Não nos apercebemos e enganámo-nos, o percurso estava um bocado mal sinalizado”, explica, sublinhando, no entanto, que

o balanço é positivo. “Deu para ganhar alguma experiência, e ter conseguido terminar a corrida, dadas as circunstâncias, acaba por ser bom”. Apesar das recentes conquistas que catapultaram Pedro Andrade para a ribalta, o ciclista feirense já aponta baterias para novos objetivos imediatos. “Vamos ter a Volta a Portugal de Juniores, de 23 a 26 de agosto, que também gostava de conseguir vencer. Penso que sou um dos mais bem posicionados para vencer a prova. Depois gostava de estar presente no Campeonato do Mundo, que se realiza a 30 de setembro. Como fui campeão nacional e tenho sido sempre chamado, acredito que tenho hipóteses de ser um dos escolhidos do selecionador nacional, mas também vai depender de como correr a Volta a Portugal”, sublinha. No futuro, os horizontes do atleta da Vito-Feirense-Blackjack são ainda mais ambiciosos. “Gostava de ser ciclista profissional. Depois, evidentemente, gostava de ganhar uma Volta a Portugal e estar presente numa Volta a França”.

“Não sinto pressão por ser filho/neto de quem sou”

“Prefiro que o meu filho não seja ciclista”. Em 2008, quando se preparava para terminar a 20.ª Volta, Joaquim Andrade, pai de Pedro Andrade (tinha oito anos, na altura), confessou em declarações à imprensa nacional que preferia que o filho envereda-se por um caminho que não o ciclismo. Contudo, dez anos depois, Pedro Andrade brilha nas estradas, com o apoio total do pai. “Gosto muito de ciclismo e o meu pai apoia-me, sabe que é algo que eu gostava de seguir e ajuda-me”, diz, concordando que viver no seio de uma família ligada à modalidade é uma ajuda. “São uma ajuda muito grande. Comecei

Pedro Andrade é filho e neto de ciclistas de renome, ambos com o mesmo nome: Joaquim Andrade apenas no ciclismo, a sério, há cerca de três anos e o facto de eles terem sido ciclistas deu para receber muitos ensinamentos. A adaptação foi muito mais fácil, o que não era possível se não fosse filho e neto de antigos ciclistas”. Quanto às inevitáveis comparações, também não parecem assustar Pedro Andrade, que diz sentir essencialmente “orgulho”. “Não sinto pressão ou mais responsabilidade por ser filho/neto de quem sou. Mas é evidente que há comparações. Por exemplo, como o meu pai foi um bom contrarrelogista, quando há contrarrelógios pensam sempre que eu vou fazer um grande resultado, mas os contrarrelógios são precisamente um aspeto que tenho de melhorar”, sublinha Pedro Andrade, que se destaca mais “na montanha e, se chegar em grupos pequenos, no sprint”, e que tem como referências, além do “pai e do avô”, “o Edgar Pinto, o António Carvalho e o Jóni Brandão, que são todos ciclistas do Concelho ou arredores. Internacionalmente, tenho como referência o Alberto Contador, que já abandonou, e o Froome”.


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23.JUL.2018

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MODALIDADES

FEiRENSE REGRESSA à VOLTA A PORTuGAL CICLISMO Em ano de centenário, o Feirense regressa à Volta a Portugal com a equipa VitoFeirense-Blackjack. A 80.ª edição realiza-se de 1 a 12 de agosto, percorrendo um total de 1578,9 quilómetros com início em Setúbal e o grande final em Fafe. “Vamos encarar a Volta a Portugal como encarámos todas as corridas este ano: com o intuito de ganhar.Vamos entrar todos os dias com essa ambição, de sermos protagonistas, de estarmos na discussão da vitória de etapas. Também somos conscientes de que temos um corredor que é favorito a discutir a Volta a Portugal, o Edgar Pinto”, disse o diretor-desportivo Joaquim Andrade. A equipa Vito-Feirense-Blackjack estará representada na Volta a Portugal por Edgar Pinto (32

anos), Hugo Sancho (36), João Matias (27), Luís Afonso (28), Ricardo Vale (25), Soufiane Haddi (27), Xuban Errazkin (21) e João Santos (23) será reserva.

História na Volta

O Feirense conta com sete participações na Volta a Portugal, nas quais obteve 15 vitórias em etapas e destacou-se na geral com: Orlando Neves – 4.º em 1987 (vencedor juventude), Manuel Correia – 7.º em 1988, Fernando Carvalho – 1.º em 1990, Orlando Rodrigues – 2.º em 1991, Quintino Rodrigues – 2.º em 1992 (vencedor juventude), Quintino Rodrigues – 10.º em 1993 (vencedor etapa Sra. da Graça).

Diogo Fernandes Sousa

ANTEViSãO DA VOLTA A PORTuGAL EM BiCiCLETA dro Andrade venceu isolado o Circuito das Festas de Rio Meão. A equipa júnior Vito-FeirenseBlackjack dominou o Circuito, juntando à vitória coletiva a vitória individual de Pedro Andrade, terminando com Henrique Pereira no terceiro lugar e António Ferreira no sétimo. O cadete Gabriel Mota foi oitavo.

Feirense na Volta a Portugal de Cadetes

O campeão nacional júnior Pe-

A Vito-Feirense-Blackjack não foi feliz na Volta a Portugal de Cadetes, ficando a equipa limitada pelas quedas na primeira etapa. Carlos Petiz foi o feirense que resistiu até ao final das três etapas, fechando a 11.ª edição no 78.º lugar. A vitória da camisola amarela pertenceu ao espanhol Marc Cabedo (Gimenez GangaPrimoti-Tocobike).

Caldas conquista 170 pódios nas Mini Olimpíadas

Arsénio Rocha conquista Jogos da CPLP

Diogo Costa vence Jogos da CPLP

ATLETISMO O Caldas S. Jorge conquistou um total de 170 pódios durante as Mini Olimpíadas Concelhias da Feira, numa prova realizada entre 21 e 22 no Parque de Jogos das Caldas. Os atletas do Caldas conquistaram 70 pódios de ouro, 60 de prata e 40 de bronze, perfazendo um total de 170 pódios.

ATLETISMO O atleta do Lusitânia de Lourosa, mas em representação da Seleção Nacional, Arsénio Rocha, obteve a medalha de ouro na prova de 100 metros dos Jogos da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), realizados em São Tomé e Príncipe. Foi ainda prata na estafeta.

TAEKWONDO Diogo Costa, integrou a Seleção Nacional que deslocou-se a São Tomé e Príncipe para disputar a décima edição dos Jogos da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). O atleta do Clube Jovens D’Ouro venceu na categoria -73kg perante o representante de Angola por 12-7.

Pedro Andrade conquista Rio Meão

DEDO NA FERIDA

OPINIÃO Com início no próximo dia 1 de agosto, a “Grandíssima” 2018 apresenta 21 formações, sendo nove destas nacionais, correspondentes às equipas do escalão continental, complementadas por cinco formações estrangeiras do escalão profissional continental e sete do escalão continental. Com um percurso versátil,a competição volta a ser fértil para a presença de equipas diferenciadas, uma vez que existem diversos tipos de etapas para conquistar, desde focadas no contrarrelógio, a chegadas características de sprint, com etapas de média montanha para chegadas em grupos reduzidos, e as típicas etapas para trepadores. iniciando com as formações estrangeiras, é evidente, na maioria destas, a necessidade de alcançar vitórias. Nas formações do profissional continental é de destacar a israel Cycling Academy, que tem feito uma das suas melhores temporadas desde início do projeto, e também a EuskadiMurias, visto que em adição a uma temporada positiva tem competido muito no calendário internacional português e tem conquistado vitórias em território nacional, concluindo neste escalão com a WB Aqua Protect Veranclassic pois apresenta sprinters ao nível do seu escalão. Já no escalão continental, o principal destaque passa pelos noruegueses da Team Coop, uma vez que também apresentam sprinters de bom nível, mas este pode estar condicionado à apresentação de uma equipa mais débil devido à participação noutras competições,e daTarteletto-isorex pois apresentam a típica combatividade das equipas belgas. No que diz respeito às equipas nacionais, apresentamos as três equipas sub-25,que não têm obtido grandes conquistas no calendário nacional, contudo passam por estas algumas das principais hipóteses nacionais de atingir a camisola da juventude,uma vez que também conjugam nos seus plantéis alguns dos principais jovens do pelotão nacional. Seguidamente o destaque passa obviamente pelo Porto, visto que tem sido a equipa vitoriosa das últimas edições, e apresenta um plantel estável com o passar dos anos, onde acabam inclusive por sobressair as ‘surpresas’ da competição, reservando para este ano esperança na ascensão de António Carvalho, e com o vencedor do ano passado, Raúl Alarcón,em grande nível tendo acabado de vencer o Grande Prémio Nacional 2.Mas também pelo Sporting,que reforçou o seu plantel em torno de Jóni Brandão,que continua a ansiar pela sua primeira Volta a Portugal. Em adição, a Efapel e o Boavista mantêm um plantel muito compacto,possibilitador de muita competitividade,normalmente ao Porto que procura sempre controlar as corridas, e o Louletano que centra forças em Luís Mendonça e Vicente de Mateos, ambos sem competir há algumas semanas, denotando precisamente essa concentração na principal competição do calendário nacional. Para concluir, a Vito-Feirense-BlackJack apresenta o seu sprinter em grande forma, João Matias conquistou inclusive a última etapa do Grande Prémio Nacional 2, e o seu líder na mesma toada, Edgar Pinto que finalizou na 6.ª posição da geral nessa mesma competição e tem sido bastante regular e conquistador em terras ibéricas.

fotolegenda

um leitor do Correio da Feira alertou para as más condições de higiene e segurança que se encontravam as instalações, em Caldas S. Jorge, onde decorreram, no fim-de-semana de 21 de julho, as provas de atletismo referentes às Mini Olimpíadas concelhias. O Correio da Feira procurou recolher uma reação por parte dos responsáveis do Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira (entidade organizadora das Mini Olimpíadas, com o apoio da Câmara Municipal), no entanto, as mesmas revelaram-se infrutíferas.

A secção de Hóquei em Campo do união de Lamas realizou a festa de encerramento da época 2017/18 no último fim-desemana.O evento contou,entre outros momentos,com um jogo entre atuais e antigos atletas. Houve também missa de homenagem a atletas, dirigentes e amigos do clube já falecidos.


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MODALIDADES

DAO PROMOVeu 34.º SARAu ARTES MARCIAIS A DAO Associação Cultural e Desportiva, com sede em Paços de Brandão e atividade, para além da freguesia brandoense, em S. João da Madeira, S. João de Ver e Aveiro, apresentou na sexta-feira, dia 20, no Auditório da Academia de Música de Paços de Brandão, o seu 34.º Sarau. Intercalando FIT-BRASIL com Viet Vo Dao e Danças Latino-Americanas, o espetáculo rico em cor e som, em que a dança alternada com as Artes Marciais apresentadas ocuparam o público. A dança

iniciou com a Valsa, executada pela classe liderada pelos professores Anabela e Henrique da GlobalDança. A classe de Viet Vo Dao de Aveiro, da responsabilidade de José Manuel Almeida, apresentou uma sequência onde música, técnica e concentração juntaram-se de uma forma harmoniosa. O FIT-BRASIL foi da responsabilidade da professora Júlia Roma, a mais recém-chegada à DAO. A demostração da classe infantil de Viet Vo Dao da sede, que tem como responsável o professor

António Jorge Vieira, apoiado por Victor Alves, apresentou uma sequência, à que se seguiram sequências sincronizadas e aplicações de ataques e defesas. A Bachata finalizou a apresentação da classe de dança e precedeu à última apresentação da noite, Viet Vo Dao: foram apresentados várias sequências e encadeamentos simulando lutas com vários adversários, com armas (facas, paus curtos e longos e sabre), os testes de quebra, os pontapés saltados e as sempre aplaudidas ‘tesouras’ ao pescoço.

em Infantis

Vasco Ribeiro bronze no Campeonato Nacional NATAÇÃO O atleta do Clube Colégio de Lamas, Vasco Ribeiro, conquistou o terceiro posto nos 100 metros livres no Campeonato Nacional de Infantis que decorreu entre 20 e 22 em São João da Madeira. Fez ainda 13.º aos 200 bruços. Já Alexandre Gonçalves foi 10.º aos 1500 livres com RP e 14.º aos 100 livres; Clara Santos foi 9.ª aos 100 bruços; e Gonçalo Alves 15.º aos 200 mariposa. Nas estafeta, no escalão de infantis B, o 9.º lugar nos 4x100 estilos (Mariana Fernandes, Clara Santos, Vasco Ribeiro e Alexandre Gonçalves) e 12.º nos 4x200 livres (Vasco Ribeiro, Cristina Gonçalves, Alexandre Gonçalves e Mariana Fernandes). Pub.


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DIVERSOS

POSTOS DE VENDA ESPINHO Papelaria Atlântico Norte (Centro) Papelaria Bessa CORTEGAÇA Papelaria Miranda SÃO PAIO DE OLEIROS Papelaria Papelópia Padaria da Quebrada PAÇOS DE BRANDÃO Papelaria Letra Legível e Esmoriz Papelaria Menezes Papelaria A. Santos RIO MEÃO Café Zé das Micas Quiosque Santo António Café Ponto de Encontro SÃO JOÃO DE VER Bombas REPSOL Quiosque Suil Park Quiosque São Bento Casa Silva Quiosque dos 17 Caldas de São Jorge Café São Jorge FIÃES Café Avenida Bombas GALP Papelaria Coelho Casa Gama II LOUROSA Quiosque Pimok Quiosque da Igreja Papelaria Europa Bombas CEPSA / ELF C+S Feira dos Dez Padaria/Pastelaria Caracas II Tabacaria Piscinas de Lourosa A. M. Informática S. M. LAMAS Café–Restaurante Parque Café do Zinho Corks e Manias (INTERMARCHÉ)

Agradecimento

Carnicópias Bombas REPSOL MOZELOS Quiosque Santa Luzia Café do Murado ARGONCILHE Quiosque da Igreja Pereira & Avelar VERGADA Café Vergada MOZELOS Casa Danibruno SANGUEDO Café Melo Café Danúbio A. M. Informática LOBÃO Padaria Jardim 2 Papelaria Liperlás Casa Gama Café Grilo

GUISANDE Bombas BP GIÃO Bombas FIAVERDE CANEDO Kiosque INTERMARCHÉ Livraria /Papelaria GIFT Café Suldouro LOUREDO Bombas de Louredo ROMARIZ Quiosque de Romariz MILHEIRÓS DE POIARES Papelaria ABC Papelaria Milheiroense ARRIFANA Kiosque INTERMARCHÉ Quiosque Hábitos Padaria Seara Café Zubel Bombas BP

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68, 3700-732 Milheirós de Poiares Tlf./Fax: 256 811 124 | Tlm.: 968 685 709 / 965 815 114 E-mail: agencia.funeraria.ag@hotmail.com

Arqº. José Manuel da Silva Oliveira O Executivo da Junta de Freguesia e a Assembleia de Freguesia de Lourosa v• m por este meio agradecer a todos os lourosenses e demais presentes, que se dignaram tomar parte nas cerim— nias fœ nebres deste ilustre lourosense e Vice-Presidente da C‰ mara Municipal de Santa Maria da Feira, que se realizaram dia 24 de julho, na igreja matriz de Lourosa, seguindo para o cemitŽ rio da cidade, onde foi sepultado. O presidente da junta de freguesia de Lourosa, Armando Teixeira

Funerais | Cremações | Transladações Serviço Permanente 24h

Agradecimento

2.º Aniversário do teu falecimento

74 Anos

Daniel Alexandre de Matos Soares Ferreira

José Valente de Pinho Viúvo de Júlia Leite Pereira de Resende Residia na Praça General Humberto Delgado, n.º 155 ARRIFANA

Suas Filhas, Genros, Netos e demais Família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte das cerimónias fúnebres, ou que de outra forma se lhes associaram na dor no funeral que se realizou no dia 24 de Julho, na Capela Mortuária do Cemitério de Arrifana onde foi sepultado. ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Celeste de Almeida Pinto

(Ex. Empregada da Casa Simpatia) 84 Anos

Viúva de Sérgio da Silva Pinho Residia na Rua Cerqueira Vasconcelos, n.º A 6 SÃO JOÃO DA MADEIRA

Sua Afilhada, Marido e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 26 de Julho na Capela Mortuária junto da Igreja Matriz de São João da Madeira seguindo para o cemitério n.º 2 onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza amanhã, dia 31 de Julho, pelas 19h, na Igreja Matriz de São João da Madeira.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

02-08-2018

Que saudades temos de ti Dani. Gostamos muito de ti Choramos muito por ti Rezamos muito por ti

Temos missa no dia 2 de agosto as 19:30 na igreja de Fornos. Vamos familiares e amigos, rezar por ti e assim agradecer por tudo o que foste e és para nós. Juntos para sempre Daniel. Antecipadamente se agradece a todos que honrem com a sua presença.

Agradecimento

Zulmira Henriques de Sousa 79 Anos

Casada com Manuel José Loureiro Residia na Rua António Nicolau da Costa, n.º 11 SÃO JOÃO DA MADEIRA

Seu Marido, Filhos, Noras, Genro, Netos e demais Família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte das cerimónias fúnebres, ou que de outra forma se lhes associaram na dor no funeral que se realizou no dia 24 de Julho, na Capela Mortuária do cemitério n.º 3 de São João da Madeira onde foi sepultada. ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Lígia de Ascenção Rangel 86 Anos

Viúva de Manuel Martins Residia na Rua do Jardim, n.º 362 ESCAPÃES

Seus Filhos, Genro, Netos, Bisneta e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizaram dia 28 de Julho na Capela Mortuária do Cemitério de Arrifana onde foi sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza sexta-feira, dia 03 de Agosto, pelas 19h, na Igreja Matriz de Arrifana.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Aida da Fonseca 85 Anos

Viúva de José Joaquim Nogueira Residia na Rua Santa Maria da Feira, n.º 30 - 1.º Esq. SÃO JOÃO DA MADEIRA

Seus Filhos, Netos, Bisnetos e demais família vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram tomar parte nas cerimónias fúnebres do seu ente querido, que se realizam amanhã, dia 31 de Julho pelas 11h na Capela Mortuária do Cemitério n.º 3 de São João da Madeira onde será sepultada. Renovam profunda gratidão pelas presenças amigas na missa de 7.º Dia que se realiza segunda-feira, dia 06 de Agosto, pelas 19h, na Igreja Matriz de São João da Madeira.

ANTÓNIO OLIVEIRA & GUEDES, LDA. - Agência Funerária Rua do Casal, n.º 68 - 3700-732 Milheirós de Poiares Fax: 256 811 124 / Telem.: 968 685 709 / 965 815 114 / 969 015 754 agencia.funerariaag@hotmail.com


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ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DESTAQUE TECNOLÓGICO

Aldeia Global

Alecsander Pereira* Responsável pelos Serviços Informáticos do ISVOUGA

O FIM DO SMS?

ÍRIS: “OPEN THE DOOR”! É possível utilizar a íris de nosso olho para desbloquear um dispositivo. Mas e se alguém utilizasse o olho de uma pessoa morta para aceder a algum dispositivo? Uma equipe de pesquisadores polacos está a desenvolver um algoritmo de aprendizado para as máquinas de leitura de íris, de forma que possam distinguir, com 99% de precisão, entre as íris de pessoas mortas e vivas. Os cien-

tistas “ensinaram” o seu algoritmo através da utilização de um banco de dados de varreduras de íris em vários momentos após a morte (sim, esses dados existem). É um processo mais complicado do que você imagina. Os olhos das pessoas mortas geralmente têm que ser mantidos abertos por “retratores”, então os pesquisadores tiveram que retirar tudo, exceto a íris. Os criadores do algoritmo

também tomaram o cuidado de tirar fotos de íris “vivas” utilizando a mesma câmara que foi utilizada para o banco de dados das íris de pessoas mortas, reduzindo as chances de diferenças técnicas, atrapalhando os resultados. Como as diferenças nas íris não são detetáveis o suficiente nas primeiras horas, o algoritmo só consegue identificar quando a pessoa está morta há 16 horas ou mais.

realizado pelas empresas de segurança “Digital Shadows” e “Onapsis”, que destaca os riscos impostos a milhares de sistemas de negócios não corrigidos dos fabricantes de software Oracle e SAP. Estas falhas podem permitir que hackers roubem segredos corporativos, disseram os pesquisadores.

meio de USB ou Bluetooth. A versão USB da chave Titan é conectada ao seu portátil, enquanto a do Bluetooth funciona sem fio. Atualmente custam entre US $ 20 e US $ 25.

BYTE NOTÍCIAS GOOGLE O Google Docs está, finalmente, a receber um recurso de verificação gramatical, que pode identificar palavras confusas, expressões incorretas, uso indevido de vírgulas e cláusulas e muito mais. Para fazer tudo isso, o Google diz que vai depender da tradução automática - a mesma tecnologia usada para traduzir entre vários idiomas. Exceto que, em vez de traduzir uma frase, digamos, do francês para o alemão, ele estará a traduzir sua escrita em uma passagem gramaticalmente correta. SEGURANÇA O Departamento de Segurança Interna norte-americano emitiu um alerta citando o estudo

MAIS GOOGLE Você já deve estar a utilizar alguma autenticação de dois fatores para impedir o acesso não autorizado às suas contas online. Embora o seu telemóvel esteja à altura de ajudá-lo com isso, o Google acredita que é hora de dar o próximo passo: utilizar uma chave de segurança física, autenticando sua identidade por

TWITTER O Twitter faz uma contagem mensal de utilizadores, como uma métrica para discutir o crescimento e o sucesso da empresa.Esta contagem caiu de 336 milhões no último trimestre para 335 milhões neste trimestre. Mas isto deve-se ao facto de a empresa estar a acabar com bots e spams (contas falsas), que nos últimos trimestres eram contabilizados como contas reais. Isso significa que o Twitter terá uma contagem melhor de quantos utilizadores realmente tem.

REAÇÕES

O Facebook informou em comunicado que,na quarta-feira passada,desativou 196 páginas e 87 contas, no Brasil, utilizadas como Fakenews por um grupo ativista que as estava a utilizar com o propósito de semear divisão e espalhar desinformação, antes das eleições de outubro.

Quando pensávamos que o SMS estava no fim da vida, visto ser uma tecnologia antiga e por vezes problemática, parece que este serviço está a encontrar uma nova vida neste Admirável Mundo Novo. O número de mensagens SMS atingiu o pico em 2011 em todo o mundo. No Reino Unido, por exemplo, atingiu a marca de 150 mil milhões de envios no referido ano. Entretanto, a partir de 2012, começou o declínio. Em 2016, tomando como base os números no Reino Unido, caiu para cerca de 96 mil milhões (números aproximados do atingido em 2008 que foi de 90 mil milhões). Zaw Thiha Tun, em julho de 2015, havia escrito um artigo no site investopedia.com, com o título “How WHatsApp is killing SMS Texting” ou seja, como a aplicação WhatsApp está a “matar” o SMS. Em abril de 2016, Mark Zuckerberg informou que o Messenger e o WhatsApp processavam 60 mil milhões de mensagens por dia (em todo o mundo), ou seja, três vezes mais do que os envios de SMS. Mas o WhapsApp e o Messenger não estão sozinhos. Além do Messenger, somos levados a crer, por exemplo, que o SMS foi largamente deixado para trás por empresas que passaram a utilizar ferramentas de colaboração, como por exemplo o Microsoft Teams e o Slack. A Slack, por exemplo, para manter-se forte no mercado na concorrência com o Microsoft Teams, vai pagar uma quantia não revelada, nos próximos três anos, para adquirir os ativos da Atlassian na HipChat e Stride (softwares de bate-papo corporativos). Pelo andar das carruagens, a maioria das pessoas obterá a funcionalidade de bate-papo nos próximos anos, seja pela empresa onde trabalha, seja através de uma aplicação ou até mesmo através de sua operadora de telemóvel. No entanto, o SMS ainda é um meio extremamente poderoso para os negócios. Pensando desta forma, a Google tornou-se mais agressiva promovendo o RCS (Rich Communication Services) - com a marca “Chat” - como substituto do SMS. As mensagens enviadas via RCS utilizando a aplicação Android Message do Google, por exemplo, são chamadas de “mensagens de chat”. O serviço de chat é fornecido por operadoras que utilizam os padrões RCS, mas funciona muito como os serviços de aplicações de mensagens para download. Uma outra ideia da Google foi criar uma extensão do Chrome que permite enviar mensagens de SMS pelo Gmail, através do CloudHQ. Depois de instalar a extensão e fazer uma configuração simples, você pode escolher alguém dos seus contatos do Google e enviar a essa pessoa um “email” do Gmail, que chega no telemóvel do contato como um SMS. Esta poderá será uma maneira de o SMS não ter a sua “morte” decretada. Por curiosidade, para quem não sabe, a primeira mensagem de SMS foi enviada pelo programador britânico Neil Papworth, em 3 de dezembro de 1992 (há pouco mais de 25 anos). A mensagem enviada foi “Merry Christmas”, em português “Feliz Natal”.

O recém-lançado MacBook Pro de 15 polegadas, construído com o processador Intel Core i9, quando utilizado para grandes processamentos, esquenta e diminui a velocidade automaticamente para evitar danos. Esse processo é chamado de limitação térmica. A Apple diz que já tem uma solução.

E dando resposta a questão levantada na edição 6066, “Bug” é um termo inglês, e seu significado, em tradução literal é “inseto”. Atualmente é utilizado para relatar um erro ou uma falha em algum sistema ou equipamento tecnológico. O primeiro computador digital completamente eletrônico, ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Computer), era movido a válvulas e, assim, eram abrigos perfeitos para insetos (“bugs”), causando curtos-circuitos nas placas do ENIAC, levando a falhas nos programas. *O autor escreve em Português do Brasil


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MÊS A MÊS

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O Correio da Feira vê-se em destaque, pela segunda vez, entre as maiores distinções do jornalismo português. Depois de vencer o Prémio Gazeta, na categoria de Melhor Imprensa Regional, foi a vez da jornalista Daniela Castro Soares marcar presença entre os finalistas da 2.ª edição do Prémio de Jornalismo Fernando de Sousa na categoria Jornalista – Media Regional. Paulo Barriga, do Diário do Alentejo, foi o consagrado.

centro de palco No Rossio, no centro da cidade de Santa Maria da Feira, deflagrou um incêndio de proporções consideráveis no dia 9 de julho, domingo, tendo a corporação dos Bombeiros da Feira recebido o alerta pelas 13h40. No local, estiveram sete corporações de combate ao incêndio, totalizandose 70 homens e 20 viaturas. O infortúnio dos comerciantes, que viram parte dos seus estabelecimentos serem consumidos pelas chamas, agrava-se pelo facto do incêndio ter-se registado em vésperas da Viagem Medieval em Terras de Santa Maria. O evento acolhe milhares de visitantes e (potenciais) clientes e certamente que além dos prejuízos materiais, uma considerável receita ficará por alcançar. A atuação dos bombeiros facilitou-se aquando da chegada da auto-escada proveniente do concelho de…S. João da Madeira.

em ALTA

instante

Casa da Vila da Feira e Terras de Santa Maria, no Brasil, comemorou o 65.º aniversário A Polícia Judiciária realizou buscas no edifício da Câmara Municipal da Feira no âmbito da Operação Tutti-Frutti Isabel Santos criou LEMA, um protótipo de apoio ao desenvolvimento do raciocínio matemático para autistas Porto Carvoeiro, em Canedo, à margem do Rio Douro, acolheu mais uma edição do Há Festa na Aldeia

O Município de Santa Maria da Feira viu José Manuel Oliveira partir. O social-democrata, vice-presidente da Câmara Municipal e vereador com o pelouro do Planeamento, Urbanismo e Transportes, faleceu na segunda-feira, dia 23, alegadamente devido a uma súbita paragem

cardiorrespiratória. Tinha 53 anos. As reações fizeram-se sentir em todo o Concelho, e também pelo país, provenientes, das diferentes forças partidárias que não deixaram de homenagear o lourosense. A cerimónia fúnebre decorreu na última terça-feira.

diz que disse A Câmara vai comprar uma Pavimentadora. Já está em Diário da República

Tenho vergonha de viver nesta cidade

É algo para as freguesias com maiores orçamentos. Não temos capacidade

As políticas irresponsáveis esvaziaram as freguesias de serviços e condições”

Topa Gomes vereador das Obras Municipais

Joana Lamoso do projeto ‘Cão ou Sem Casa?’

Valdemar Silva presidente da Junta de Sanguedo

Lia Ferreira vereadora socialista da Autarquia da Feira,

anuncia nova ferramenta para combater o mau-estado das rodovias do Concelho

sobre o modo de atuação do Executivo na problemática dos animais errantes

sobre o Orçamento Participativo

em Reunião de Câmara


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ÚLTIMA Maior evento do território arranca na quarta-feira

A VIAGeM POR qUe eSPeRAMOS O ANO INTeIRO

FEIRA O momento por que todos os fãs da recriação histórica aguardam começa já esta semana. Na quarta-feira, e até 12 de Agosto, todos os que comprarem bilhete ou pulseira podem ter acesso a um sem número de actividades enquadradas no reinado de D. Pedro I e nos tempos de outrora ao experienciar a Viagem Medieval em Terras de Santa Maria. Serão 12 dias consecutivos a recuar ao passado em que o centro de Santa Maria da Feira será transformado em palco da História de Portugal. Uma “aula de história viva”, como descreve a Câmara Municipal, em que se poderá “deambular pelo burgo trajado a rigor, casar no Povoado, vestir a pele de um guerreiro e entrar no campo de batalha ou degustar as iguarias da época”. O evento é organizado pela Autarquia,

Feira Viva e Fecofeira e foca este ano, além da figura imponente de D. Pedro I, o seu amor transcendente e trágico pela bela Inês de Castro. Serão 140 horas de animação, 67 espectáculos, 242 artesãos, 350 voluntários, 33 hectares e 700 mil visitantes esperados neste voltar atrás no tempo.

Momentos do filme ‘Pedro e Inês’ no Convento dos Lóios

A Autarquia informou ainda que, na abertura do evento, será inaugurada uma exposição temporária no Museu Convento dos Lóios, que recria ambientes de cenas do filme ‘Pedro e Inês’, do realizador António Ferreira, que estreia em Outubro. ‘Desvendar Pedro e Inês’ apresenta fotografias do making of e um trailer do filme e os três ambientes representados incluem adereços cedidos pela Viagem Medieval para a gravação das

cenas, assim como objectos concedidos propositadamente para o filme. Haverá oportunidade para ver ‘A Coroação de Pedro e Inês’ e os aposentos das duas personagens com imagens projectadas nas paredes. Na última sala, pode observar-se um objecto cénico que integrou a primeira cena do filme – uma biblioteca medieval – onde Pedro sabe que casou, por procuração, com Constança. O filme ‘Pedro e Inês’ conta uma das mais conhecidas histórias de amor portuguesas em três tempos – Idade Média, presente e futuro. Rei e Rainha coroada encontram-se através dos três tempos numa película realizada a partir do romance ‘A Trança de Inês’ de Rosa Lobato Faria e que conta com grandes nomes da representação como Diogo Amaral, Joana de Verona, Vera Kolodzig, Cristóvão Campos, Custódia Gallego, João

Lagarto, entre outros. O realizador António Ferreira frisa a importância “da aproximação a um rigor histórico nos objectos e adereços” da Viagem Medieval que contribuiu para “a concepção da imagem artística do filme no período medieval retratado”. O apoio do evento ao filme foi formalizado através de um protocolo de colaboração entre Feira Viva, Fecofeira, Sociedade de Turismo e a produtora Diálogos Atómicos. Para além da cedência de material cénico da Viagem para as gravações do filme, o protocolo estabelece que, como contrapartida ao apoio, todos os objectos produzidos especificamente para as gravações serão cedidos, a título definitivo e gratuito, pela produtora ao evento, ficando ainda a Viagem Medieval inserida no genérico final e créditos. Pub.


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