A medicina científica contra a epidemia (Correio do Minho)

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1 de Setembro 2016 correiodominho.pt 23

Opinião PEDRO MORGADO Psiquiatra e Professor da Universidade do Minho

Ideias

A medicina científica contra a epidemia

A

epidemia de coronavírus está a preocupar os governos e as pessoas de todo o mundo. Enquanto na Europa a doença ainda se encontra em fase de expansão, na China os dados parecem indicar que está a regredir significativamente. A “gripe espanhola” de 1918 infectou cerca de 500 milhões de pessoas e terá custado entre 17 e 50 milhões de vidas. Em 2009, a pandemia de gripe A afetou de 700 a 1,5 mil milhões de pessoas, tendo custado entre 150 e 575 mil vidas. As diferenças em termos de vidas perdidas são brutais e demonstram os enormes progressos da medicina baseada na ciência ao longo do século XX. É evidente que não é possível erradicar a doença de imediato mas também é certo que as medidas de contenção da transmissão permitem atrasar e moderar o pico, garantindo melhor capacidade de resposta por parte dos serviços de saúde. Embora possa parecer estranho a quem não tem conhecimento técnico sobre estes assuntos, a verdade é que as medidas de contenção devem ser ponderadas hora a hora em função da evolução da doença e ava-

liando os benefícios e riscos que lhe estão associados. É muito importante confiar nas autoridades e no esforço brutal que estão a fazer para proteger as pessoas e preservar as suas vidas. Cada pessoa deve ler as recomendações da Direção Geral de Saúde e cumprir as suas orientações de forma responsável e escrupulosa. No entretanto, cada um deve procurar trabalhar e estudar com a normalidade possível para mitigar os efeitos económicos da epidemia e não acrescentar dificuldades aos problemas globais. As autoridades de saúde estão a monitorizar a situação e a decidir em cada momento aquilo que é melhor para todos. Foi nesse sentido que surgiu a decisão necessária e ponderada de suspender todas as atividades letivas no Campus de Gualtar da Universidade do Minho, em Braga. O medo e a ansiedade que se vivem nas nossas comunidades são normais. Cabe a todos contribuir para deter a epidemia e reduzir os impactos que a doença está a provocar. Isto inclui controlar o pânico que se pode gerar em resultado da partilha de informações imprecisas ou falsas.

A medicina baseada na investigação científica trouxe avanços verdadeiramente espetaculares às nossas vidas. Tratamos hoje com grande eficácia muitas doenças que julgávamos mortais. Será a medicina científica em conjunto com os serviços públicos de saúde que trarão, mais uma vez, as respostas necessárias para deter esta epidemia. Nesta luta não há lugar para a charlatanice das alternativas a que insistem chamar medicina e que, irresponsavelmente, foram promovidas por estes dias na RTP. Isto não é minimamente compatível com o serviço público de televisão e deveria motivar uma intervenção contundente por parte do governo e do parlamento. A urgência do momento exige que todos atuem com sentido de responsabilidade. É isso que temos visto da parte das autoridades de saúde, dos hospitais e das instituições de ensino diretamente afetadas pela epidemia. O Estado tem que fazer tudo o que é possível para nos proteger. Essa é a grande vantagem do nosso tempo e a principal fonte de confiança no futuro.

lll É evidente que não é possível erradicar a doença de imediato mas também é certo que as medidas de contenção da transmissão permitem atrasar e moderar o pico, garantindo melhor capacidade de resposta por parte dos serviços de saúde. Embora possa parecer estranho a quem não tem conhecimento técnico sobre estes assuntos, a verdade é que as medidas de contenção devem ser ponderadas hora a hora em função da evolução da doença e avaliando os benefícios e riscos que lhe estão associados.

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inquérito Na sua opinião, considera importante divulgar ainda mais o trabalho de Amália?

AMÉLIA ABREU Comerciante

“Considero que é muito importante porque Amália é a figura maior da nossa cultura, internacionalmente reconhecida”.

PROPRIETÁRIO E EDITOR Arcada Nova – Comunicação, Marketing e Publicidade, SA. Pessoa colectiva n.º 504265342. Capital social: 150 mil €uros. N.º matrícula 6096 Conservatória do Registo Comercial de Braga. SEDE Praceta do Magistério, 34, Maximinos, 4700 222 BRAGA. Telefone: 253309500 (Geral)

ANA FERREIRA Assistente operacional

“Sem dúvida. Amália Rodrigues faz parte da nossa identidade e é uma referência em todo o mundo que deve ser bem conhecida dos portugueses”.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO administracao@correiodominho.pt Manuel F. Costa (Presidente); Paulo Nuno M. Monteiro e Sílvia Vilaça F. Costa. SEDE DA REDACÇÃO Praceta do Magistério, 34, Maximinos, 4700 - 222 BRAGA. Telefone: 253309500 (Geral) e 253309507 (Publicidade). Fax: 253309525 (Redacção) e 253309526 (Publicidade). DIRECTOR COMERCIAL comercial@correiodominho.pt António José Moreira DIRECTOR DO JORNAL director@correiodominho.pt Paulo Monteiro (CP1145A)

JOANA SILVA Estudante

“Amália fez um percurso notável no mundo e com grande notoriedade em todo o mundo a partir do seu talento e do fado, de que é expoente máximo”.

CORPO REDACTORIAL redaccao@correiodominho.pt Chefe de Redacção: Rui Miguel Graça (CP4797A). Subchefe de Redacção: Carlos Costinha Sousa (CP5574A). Redacção: Joana Russo Belo (CP4239A), José Paulo Silva (CP679A), Marlene Cerqueira (CP3713A), Marta Amaral Caldeira (CP4926A), Miguel Machado (CP4864A), Patrícia Sousa (CP2720A), Paula Maia (CP4259A), Rui Serapicos (CP1763A), Teresa Marques da Costa (CP3710A). Fotografia: Rosa Santos (CP4402A). Grafismo: Filipe Ferreira (Coordenador), Francisco Vieira, Filipe Leite e Rui Palmeira.

TIAGO RIBEIRO Estudante

“Faz todo o sentido divulgar ainda mais a vida e obra de Amália, até porque todos nós sentimos também um pouco a alma de Amália e do fado”.

Nota: Os textos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. NOTICIÁRIO: Lusa. Estatuto editorial disponível na página da internet em www.correiodominho.pt ASSINATURAS assinaturas@correiodominho.pt ISSN 9890; Depósito legal n.º 18079/87; Registo na ERC n.º 100043; DISTRIBUIÇÃO: VASP IMPRIME: Naveprinter, Indústria Gráfica do Norte, SA. Lugar da Pinta, km7,5. EN14 - Maia. Telef: 229411085. Fax: 229411084 TIRAGEM 8 000 exemplares


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