Estandarte - Março/2015

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Acampamento para travestis

Nos dias 21 a 23/11/2014, a Missão Cena, na qual atua o Mis. Marcos Antonio de Oliveira, da Secretaria de Evangelização da IPIB, promoveu um acampamento para evangelização de travestis. Houve lágrimas e quebrantamento. Esse trabalho missionário, repleto de desaoos, pede as orações da igreja. oPÁG 11

100 anos

D.Alexandrina No dia 29/1/2015, o templo da IPI de Lençóis Paulista, SP, ocou lotado em culto de gratidão a Deus pelos 100 anos de vida da irmã Alexandrina de Oliveira. Com boa saúde, sua vida é um oel testemunho do evangelho. oPÁG 19

ORGÃO OFICIAL DA IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL ANO 123 | Nº 03

MARÇO 2015 Aniversários de

ordenação Dia Nacional de Missões pastoral O Rev. Enzo Basílio Roberto completou 25 anos de ordenação pastoral. Por outro lado, o Rev. Gerson de Moraes rendeu graças a Deus pelos seus 70 anos de ordenação ao ministério da Palavra e dos Sacramentos. oPÁG 17

Aniversário de igrejas 2ª de Santo André, SP – 48 anos

o o1ª de Mauá, SP – 53 anos oTurvo, Pilar do Sul, SP – 74 anos o1ª do Turvinho, Pilar do Sul,

SP – 100 anos

Cores de abril

2 - roxo 3 - preto 5, 12, 19, 26 - branco

A

começa novo ano

Com culto de abertura, em que pregou o Rev. Silas de Oliveira, pastor da 1ª IPI de Limeira, a Faculdade de Teologia de São Paulo da IPIB (FATIPI) deu início a um novo ano de trabalho. A nova turma do primeiro ano conta com 21 alunos matriculados.

Em 25/1/2015, a IPI Salto de Pirapora, SP, consagrou, com entusiasmo e alegria, o seu novo templo a Deus. Após anos de lutas e dioculdades, onalmente Deus concedeu esta grande bênção e vitória para o seu povo. oPÁG 14

No dia 17/1/2015, o Presbitério São Paulo Minas organizou Congregação Presbiterial de São Pedro dos Morrinhos, distrito de Tambaú, SP. oPÁG 13

em ação

O Presbitério Sudoeste Paulista promoveu encontro de capacitação diaconal. Por outro lado, a 1ª IPI de Limeira reuniu as igrejas de sua região para um trabalho diaconal que teve como tema “Diaconia em Situação de Luto e Pós-Luto”. oPÁG 7

FATIPI

Consagração de templo em Salto de Pirapora

Organizada a Congregação Presbiterial de São Pedro dos Morrinhos

Diaconia

Complementação

Teológica 2015

Na nossa igreja, o dia 28 de fevereiro, é o Dia Nacional de Missões. A data foi estabelecida em função do nascimento do Rev. Caetano Nogueira Júnior, em 29/2/1856, que se dedicou ao trabalho missionário no interior do país. A Secretaria de Evangelização estabeleceu como tema para a comemoração: “Nos passos de Jesus – vida e discipulado” e convida a todos para uma caminhada nos passos de Jesus. Neste mês de março, todas as igrejas são desaoadas a enviar uma oferta especial para o trabalho missionário da IPIB. oPÁG 8

Eleição AG 2015-2019

Comissão

Eleitoral divulga

registro de chapa

No dia 6/2/2015, a Comissão Eleitoral nomeada pela Comissão Executiva da Assembleia Geral da IPIB registrou a candidatura da Chapa Kairós, a única inscrita para concorrer à eleição da nova Diretoria da Assembleia Geral para a gestão de 2015 a 2019. A eleição será no dia 9/5/2015, das 10h00 às 11h00 (horário de Brasília), mas os presbitérios deverão ser convocados para reunir-se às 9h00, dedicando a primeira hora aos exercícios devocionais. oPÁG 7

Estão abertas, de 2/2/2015 a 30/4/2015, as inscrições para o curso de Complementação Teológica que, a partir deste ano, tem um novo formato. Veja o site: www.fatipi.edu.br para ocar bem informado. oPÁG 6

A Igreja de Jerusalém uma igreja missionária

O Rev. Timóteo Carriker apresenta, nesta edição, importante estudo a respeito da Igreja de Jerusalém. Seu comentário a respeito das características dessa igreja servem de inspiração para o trabalho missionário que devemos desenvolver na atualidade. oPÁG 10

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2 CADERNO 1 IGREJA NACIONAL

MARÇO 2015

SUMÁRIO | COMUNICAÇÃO DESTAQUES

7 ELEIÇøO AG

Secretaria Geral

A Chapa Kairós está inscrita para o processo de eleição da diretoria da Comissão Executiva da Assembleia Geral da IPIB.

Informa O REV. ROBERTO MAURO DE S. CASTRO,

8 CAMPANHA A Secretaria de Evangelização estabeleceu como tema para o Dia Nacional de Missões de 2015: “Nos passos de Jesus – vida e discipulado” e convida a todos para uma caminhada nos passos de Jesus.

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25 DIRETOS HUMANOS Segundo a organização Human Rights Watch (HWR), o ano de 2014 não registrou melhorias no que se refere ao trato com problemas ligados aos direitos humanos na América.

28 TESTEMUNHO Após 7 meses de um terrível acidente, ficam as lições que são ensinadas pelo próprio Deus.

MATÉRIAS POR CADERNOS

CADERNO 1 03 Palavra da Diretoria 04 História

CADERNO 2 06 Fatipi 07 Atos oficiais 07 Secretaria de Diaconia 08 Evangelização

CADERNO 3 12 Nossos Presbitérios 13 Nossas Igrejas CADERNO 4 22 Teologia 23,28 Artigos 25 O Mundo e o Reino 26 A voz do Senhor CADERNO 5 28 Poucas e Boas 30 Notas de Falecimento

SECRETÁRIO GERAL DA IPIB

Sínodos - A IPIB é organizada por concílios e um deles é o sínodo, que é composto por, no mínimo, três presbitérios. Para a reunião conciliar, cada presbitério envia a sua representação, composta de quatro presbíteros e quatro ministros. De acordo com o artigo 112 da Constituição da IPIB, os sínodos devem se reunir, ordinariamente, pelo menos uma vez por ano. Em 2010, a Assembleia Geral, reunida em São Paulo, aprovou a regulamentação a este artigo que obriga os sínodos a se reunirem ordinariamente nos três primeiros meses do ano. Diante do exposto, lembramos os integrantes de nossos sínodos que março é o mês derradeiro para que ocorram as reuniões sinodais e que, ato contínuo, os secretários executivos devem enviar à Secretaria Geral, o Resumo de Atas. Veja a seguir, a relação dos nossos 17 sínodos e os presbitérios que os compõem: Sínodo Borda do Campo: ABC, Ipiranga e Litoral Paulista; Sínodo Brasil Central: Brasil Central, Distrito Federal, Luziânia, Mato Grosso e Rondônia; Sínodo Meridional: Catarinense, Dos Campos Gerais, Grande Florianópolis e Sul do Paraná; Sínodo Minas Gerais: São Paulo-Minas, Sudoeste de Minas e Sul de Minas. Sínodo Nordeste: Bahia, Nordeste, Pernambuco, Sergipe e Sul da Bahia; Sínodo Norte Paulistano: Bandeirante, Freguesia e Santana; Sínodo Ocidental: Araraquarense, Campinas, Noroeste Paulista, Oeste e Rio Preto; Sínodo Oeste Paulista: Assis, Centro Oeste Paulista e Presidente Prudente. Sínodo Osasco: Carapicuíba, Novo Osasco e Osasco; Sínodo Pantanal: Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Vale do Rio Aporé e Cone Sul; Sínodo Rev. Jonas Dias Martins: Londrina, Norte do Paraná e Paranaense; Sínodo Rio-São Paulo: Fluminense, Rio de Janeiro, Rio-Sul e Vale do Paraíba; Sínodo São Paulo: Leste Paulistano, Novo Leste Paulistano, Paulistano e São Paulo; Sínodo Setentrional: Amazonas, Ceará, Leste do Ceará e Norte; Sínodo Sudoeste Paulista: Botucatu, Central Paulista e Ourinhos; Sínodo Sul de São Paulo: Sorocaba, Sul de São Paulo e Votorantim; Sínodo Vale do Rio Paraná: Arapongas, Maringá e Oeste do Paraná.Você também verá nesta edição:

oCaderno 1 Colaborações para a área de comunicação da IPIB: Enviar email para:

comunicacao@ipib.org

Igreja Nacional Na página ao lado, você poderá ler um

texto do Presb. Luiz Carlos Morosini, 2º vice-presidente da AG, no qual trata da interação entre fé e prática, e suas consequências no trabalho de discipulado. Na Coluna História – Sem passado, não temos presente nem futuro, o Rev. Gerson Correia de Lacerda traz-nos à memória, dados biográocos do Rev. Edward Lane, pioneiro na implantação do presbiterianismo brasileiro.

oCaderno 2

Departamentos internos da IPIB Neste caderno, dignas de destaque são as notícias da nossa Faculdade de Teologia, a FATIPI, que inicia o ano letivo com 21 novos alunos, dos quais, apenas três são de outras denominações, fato deveras alvissareiro para a nossa igreja! Também digno de menção é o belíssimo texto de Rev. Timóteo Carriker, que nos apresenta as características das igrejas missionárias do Novo Testamento, em especial, a Igreja de Jerusalém.

oCaderno 3

Concílios e Igrejas São muitas as notícias de nossas igrejas! Tais publicações são um expediente em que a experiência de uma igreja pode ser um grande estímulo de trabalho para outras igrejas, como é o caso da IPI de Arapongas, PR, que realizou o seu VII Encontro de Mulheres, com palestras pertinentes e momento de convívio cristão social. Esta experiência pode ser profundamente abençoadora em sua igreja!

oCaderno 4

Opiniões e ReÁexões Vários são os textos deste caderno. A coluna O Mundo e o Reino, do Rev. Eduardo Galasso Faria, dentre várias notícias, informa-nos sobre os problemas de perseguição religiosa sofrida pelos cristãos do Níger. Em outro texto, o Rev. Reginaldo von Zuben, diretor da nossa Faculdade de Teologia, apresenta-nos uma reqexão a respeito da vocação divina a seus olhos - uma bela leitura!

oCaderno 5

Notícias Diversas Neste último bloco, as tradicionais informações de membros de nossas igrejas, tais como falecimento, nascimento, casamento etc.

expediente ÓRGÃO OFICIAL DA - IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL -Fundado em 7 de janeiro de 1893, por Rev. Eduardo Carlos Pereira, Rev. Bento Ferraz e Presb. Joaquim Alves Corrêa. (Sucessor de ‘Imprensa Evangélica’, fundada em 5/11/1864). Ministério da Comunicação: • Rev. Gerson Correia de Lacerda (O Estandarte)• André Lima (Portal) • Sheila de Amorim Souza (Alvorada). Redação: Diretor, Editor e Revisor: Rev. Gerson Correia de Lacerda • Jornalista responsável: Sheila de Amorim Souza - Reg. MT 31751• Fone: (011) 2596-1903 E-mail: estandarte@ipib.org Editora Pendão Real:Cléber C. Coelho (Administrativo)• Wilson Adurê (Atendimento e Cadastro)• Seiva D´Artes (Arte e Editoração Eletrônica)• Rua da Consolação, 2121 . CEP 01301-100 São Paulo-SP Fone: (011) 3105-7773 E-mail atendimento@pendaoreal.com.br• Assinatura: R$ 60,00 (via agente); R$ 114,00 (receber em casa) Banco Bradesco Agência 095-7 C/C 151.212-9. ISSN 1980-976-X • Periodicidade Mensal •Tiragem:5.500 exemplares •Impressão: Gráfica Modelo Artigos assinados não representam necessariamente a opinião da IPIB, nem da própria direção do jornal, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. Matérias enviadas sem solicitação da Redação só serão publicadas a critério da diretoria. Os originais não são devolvidos.


IGREJA NACIONAL CADERNO 1

MARÇO 2015

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PALAVRA DA DIRETORIA

Discipulado: confessando sua O PRESB. LUIZ CARLOS MOROSINI, 2O VICE-PRESIDENTE DA DIRETORIA DA ASSEMBLEIA GERAL DA IPIB

“Digo-vos ainda: todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus” (Lc 12.8). Em continuidade à temática do discipulado, tem-se a destacar algo sobre o discipulador. Acima de tudo está o seu exemplo, seu caráter, sua moral, seu conhecimento bíblico, sua naturalidade como instrumento de Deus ao confessar sua fé. Só se confessa aquilo que se crê, tornando assim o marco regulatório de uma vida e isto em todos os sentidos. Segundo o Rev. Ricardo Barbosa de Sousa, todos nós vivemos a partir daquilo que cremos, quer tenhamos consciência da nossa conossão ou não. Uma conossão verdadeira nos conduz a uma vida igualmente verdadeira. Esta aormação do referido pastor tem dois aspectos. O primeiro é a questão da consciência ou não. Pode uma conossão ser inconsciente, sem estar no completo domínio do que se está declarando? Aí me vem à mente o que o Apóstolo Paulo escreveu aos Efésios, que a fé é um dom de Deus (Ef 2.8). E como oca a consciência diante desta fé? A fé é um dom espiritual (1Co 12.3) e aqui entra a ação do Espírito Santo, e o vento assopra onde quer e como melhor lhe apraz, ou é dado segundo a proporção da fé. Enom, é uma bela discussão, que muitas vezes foge do entendimento humano. O segundo aspecto é a questão da conossão ser verdadeira, até diante do acima exposto, e isto me intriga no sentido de me deixar curioso. Pode? Como pode? O joio no meio do trigo? Não ter muita convicção do que se está fazendo? Vem-me à mente as proossões (conossões) de fé que presenciei e das quais fui testemunha. Alguns, a partir do momento que professaram sua fé em Jesus e se tornaram membros da igreja, deixaram

de frequentá-la com a regularidade que faziam antes. Outros, fazem questão de vir ao culto no qual há a Ceia do Senhor. E os demais? Há aqueles na qual se notou um fervor inicial que não teve continuidade, ressalte-se que é a maioria. Em outros, notou-se um crescimento espiritual, uma maturidade notória através dos seus atos e frutos. Há, ainda, aquelas pessoas doentes da alma que nunca se curaram. Em outras proossões de fé, surgiram grandes líderes de onde menos se esperava, enquanto que, em outras, os interesses pessoais se ozeram manifestos. “O chamado para seguir a Cristo requer, antes de tudo, uma conossão. A partir dessa conossão começa uma longa jornada” (Ricardo Barbosa de Sousa). Seguir a Cristo requer renúncia, submissão à sua autoridade e senhorio. Em Mateus 28.19, imperativa é a questão do fazer discípulos. Questão de ordem não se discute; simplesmente se obedece. Aqui está a longa jornada, olhando ormemente para o autor e consumador da fé, correndo a carreira que nos está proposta. E a melhor, a mais fácil e a mais leve maneira de completar a carreira é a obediência por fé (Rm 1.5; 16.26), crendo no mandado. No versículo 20 deste mesmo capítulo, Jesus continua “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”. Em algumas versões, no lugar de ordenado está a palavra mandado. Jesus ordena. Jesus manda. Aqui se pode reqetir sobre quais coisas há nessa ordenança. Como igreja, vivemos momentos difíceis, de completo obscurantismo. Quanto mais o tempo avança, maior é o número de “analfabetos” bíblicos. Existe um desinteresse e uma falta de tempo (discutível isto), para as coisas de Deus, para a leitura e meditação na e da Palavra de Deus. Não existem mais e, se existem, são poucos, para não dizer pouquíssimos, os bereanos. A tendência dos últimos dias será (ou é, pois,

"Toda vez que falamos do que Jesus é e fez por nós, será filtrado pelo que observam em nós" (Charles Swindoll). Discipular através de sua confissão de fé é isto. Ser o exemplo. Viver de acordo com as Escrituras, na autoridade e poder do Espírito Santo, sempre dependente da abundante graça do Senhor Jesus.

talvez, estejamos nos últimos dias) de uma igreja onde até os seus líderes sejam, também, “analfabetos” bíblicos. O mandado de Jesus continua válido; não foi revogado. O que foi escrito nos evangelhos serve de bússola. É nossa diretriz do que Jesus ensinou. Devemos ser exemplos práticos dos ensinamentos morais e éticos do Senhor Jesus. Ai de nós se o mundo não nos enxergar como “pequenos Cristos” (C. S. Lewis). Seremos apenas praticantes de jogos espirituais e, dentro destes, dos que mais nos aprazem. Por isso, não existe discipulado mais eocaz, senão aquele no qual a distância do que se fala para o que se pratica é curta, aliás, bem curta.

“Toda vez que falamos do que Jesus é e fez por nós, será oltrado pelo que observam em nós” (Charles Swindoll). Discipular através de sua conossão de fé é isto. Ser o exemplo. Viver de acordo com as Escrituras, na autoridade e poder do Espírito Santo, sempre dependente da abundante graça do Senhor Jesus. O Rev. Áureo Rodrigues de Oliveira, sobre o discipulado, escreveu: “é o processo de apresentar Cristo às pessoas, dentro de um contexto de relacionamento, até que elas se submetam ao seu senhorio e conduzi-las à maturidade para que possam reproduzir esse processo com outras pessoas”. É isto!


4 CADERNO 1 IGREJA NACIONAL

MARÇO 2015

HISTÓRIA - SEM PASSADO, NÃO TEMOS PRESENTE NEM FUTURO

Nenhum pastor compareceu ao seu funeral O REV. GERSON CORREIA DE LACERDA, EDITOR DE O ESTANDARTE

Uma das vidas mais notáveis na implantação do presbiterianismo no Brasil foi, sem qualquer sombra de dúvida, a do Rev. Edward Lane (1835?1892). No mês de março, lembramos sua partida para a glória, pois ele veio a falecer no dia 29/3/1892. Apesar de ter sido enviado como missionário ao Brasil pela Igreja Presbiteriana do Sul dos Estados Unidos, ele não era de nacionalidade norte-americana. Nasceu em Dublin, na Irlanda, por volta de 1835. De família muito pobre, perdeu os pais e foi criado por diversas pessoas, uma das quais o levou para os Estados Unidos, mas faleceu pouco depois, ocando o menino, então com 10 anos, sozinho em Nova Iorque. Graças à sua simpatia pessoal, conseguiu ser acolhido por várias famílias, uma das quais o levou a frequentar uma Igreja Presbiteriana, na qual Lane decidiu fazer sua pública proossão de fé. Foi nessa época que estourou nos Estados Unidos a Guerra de Secessão (1861-1865) entre os estados do norte e os estados do sul, tendo por principal motivo a questão da escravidão negra. Residindo no sul, Lane atuou como assistente de cirurgião no exército do sul. Foi nessa ocasião que sentiu ele o desejo de preparar-se para o ministério pastoral. Ao onal da Guerra de Secessão, fez seu curso de teologia, tendo sido licenciado em 2/5/1868 e ordenado no dia 17/11/1868. Nessa oportunidade, a Igreja Presbiteriana do Sul dos Estados Unidos resolveu enviar missionários para o Brasil. Edward Lane e George Nash Morton se apresentaram como voluntários para a missão, chegando ao Brasil em 17/8/1869. Naquela época, muitos norte-americanos do sul, insatisfeitos por terem perdido a Guerra de Secessão e por causa do om da escravidão negra nos EUA, resolveram deixar o país. Decidiram vir ao Brasil, país que ainda conservava a escravidão negra, e instalaram-se na região de Campinas (Americana, Santa Bárbara). Como a Igreja Presbiteriana do Norte dos Estados Unidos já atuava no Rio e em São Paulo, a Igreja Presbiteriana

Rev. Edward Lane

Templo da 1ª IPI de Campinas (ao lado) e a casa do Rev. Edward Lane

Deve-se destacar um notável acontecimento ocorrido no dia 6/9/1888 na história do presbiterianismo brasileiro. Nessa data, as duas Igrejas Presbiterianas dos Estados Unidos (a do Norte e a do Sul, que continuavam divididas no país de origem) resolveram trabalhar juntas, organizando o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil. Graças a isso, não tivemos a organização de duas denominações presbiterianas diferentes em nosso país. Missionários nortistas e sulistas, que estavam divididos nos Estados Unidos, no Brasil se uniram por amor ao trabalho missionário. O Rev. Edward Lane participou desse evento histórico, tendo sido eleito vice-moderador do Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil. do Sul instalou-se em Campinas. Em 16/6/1870, foi organizada a Igreja Presbiteriana de Santa Bárbara e, logo em seguida, em 10/7/1870, a Igreja Presbiteriana de Campinas. Com essas duas igrejas, em 13/1/1872, organizou-se o Presbitério de São Paulo, ligado à Igreja Presbiteriana do Sul dos Estados Unidos. O trabalho missionário estava profundamente ligado às ativi-

dades educacionais. Assim, em Campinas, os missionários criaram o Colégio Internacional, em 1873, seguindo o exemplo dos missionários do norte dos Estados Unidos, que haviam organizado a Escola Americana, em 1870. Além disso, Lane se dedicou intensamente às viagens missionárias, visitando seguidamente Piracicaba, Água Choca

(Monte Mór), Penha (Itapira), Capivari, Tietê, Água Branca, Itu, Porto Feliz, Tatuí, Botucatu, Itatiba, Bragança, Amparo, Serra Negra, São João da Boa Vista, Casa Branca e São José do Rio Pardo. É claro que, com o surgimento de novas comunidades presbiterianas, havia a necessidade de preparação de pastores que as atendessem. E esse foi outro tipo de atividade desenvolvido por Lane e outros missionários norte-americanos, fornecendo formação bíblica e teológica para candidatos ao ministério, numa época em que não havia ainda um seminário no Brasil. Deve-se destacar um notável acontecimento ocorrido no dia 6/9/1888 na história do presbiterianismo brasileiro. Nessa data, as duas Igrejas Presbiterianas dos Estados Unidos (a do Norte e a do Sul, que continuavam divididas no país de origem) resolveram trabalhar juntas, organizando o Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil. Graças a isso, não tivemos a organização de duas denominações presbiterianas diferentes em nosso país. Missionários nortistas e sulistas, que estavam divididos nos Estados Unidos, no Brasil

se uniram por amor ao trabalho missionário. O Rev. Edward Lane participou desse evento histórico, tendo sido eleito vice-moderador do Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil. Uma das questões mais importantes a ser resolvida pelo novo Sínodo foi o da organização de um seminário para a preparação de pastores para o presbiterianismo brasileiro. Esse assunto dividia os missionários norte-americanos. Os missionários do norte desejavam que o seminário fosse instalado em São Paulo, junto com sua Escola Americana. Por outro lado, os missionários do sul preferiam que o seminário tivesse sua sede em Campinas, junto com o Colégio Internacional. Finalmente, depois de muitos embates, em 1891, o Sínodo tomou a decisão de instalar o seminário em Campinas. Todavia, foi exatamente nessa ocasião que uma forte epidemia de febre amarela alastrou-se pela região, impedindo a implementação da decisão do Sínodo quanto à instalação do seminário em Campinas. Muitos missionários norte-americanos morreram vítimas da doença. Entre eles, estava o Rev. Edward Lane. Ele havia insistido para que os obreiros deixassem a região, mas ele mesmo tinha preferido permanecer para cuidar dos enfermos e dar conforto aos que estavam morrendo. Acabou contraindo a doença, vindo a falecer no dia 29/3/1892. O historiador Alderi S. Matos, em sua obra “Os pioneiros presbiterianos do Brasil (18591900)” (São Paulo, Editora Cultura Cristã, 2004, p. 181) comentou: “Um pequeno grupo de membros da igreja realizou o sepultamento. Como nenhum pastor estivesse disponível, a missionária Charlotte Kemper, ainda convalescente, instruiu o jardineiro da chácara para recitar o Salmo 23 junto ao túmulo. A singela coluna de mármore no Cemitério da Saudade tem as palavras de Atos 20.24: Em nada considero a vida preciosa para mim mesmo”. Esse é um belo testemunho do Rev. Edward Lane! Ele mesmo não considerava preciosa a sua vida. No entanto, sua vida foi preciosa nas mãos do Senhor, que a usou para a salvação eterna em Jesus Cristo de muitos brasileiros!


V OANDO MARÇO 2015

IGREJA NACIONAL CADERNO 1

COMO A Á G U I A

ATOS OFICIAIS

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6 CADERNO 2 DEPARTAMENTOS INTERNOS DA IPIB

MARÇO 2015

FATIPI

Período letivo na FATIPI O REV. REGINALDO VON ZUBEN, DIRETOR DA FACULDADE DE TEOLOGIA DE SÃO PAULO DA IPIB (FATIPI) E PASTOR AUXILIAR DA 1ª IPI DE SÃO PAULO, SP

O período letivo do ano de 2015 na FATIPI iniciou-se com o culto de abertura realizado no dia 2/2/2015, na Capela da Faculdade. Na ocasião, o pregador foi o Rev. Silas de Oliveira, pastor da 1ª IPI de Limeira e presidente do Presbitério d´Oeste. O Rev. Silas foi diretor e professor por vários anos no antigo Seminário Teológico Reverendo Antônio de Godoy Sobrinho, na cidade de Londrina, PR. Portanto, bem familiarizado com o ambiente da educação teológica. A palavra proclamada, baseada em Lucas 9.57-62, enfatizou o compromisso de todo discípulo de Cristo, em especial aqueles que aspiram ao ministério pastoral. Este compromisso exige que abandonemos a emoção e a precipitação,

Rev. Silas de Oliveira

bem como os interesses pessoais e o fato de não olharmos para trás, uma vez que abraçamos a caminhada do discipulado. Sem dúvida, uma pregação pertinente e desaoadora para todos que já são ou se tornarão ministros da Palavra e dos Sacramentos. Motivo de alegria para docen-

tes e representantes da Mantenedora da Faculdade se deu no fato da Capela estar totalmente tomada, devido à presença de familiares e parentes dos discentes, bem como de vários pastores da igreja, além dos novos alunos do curso. Grata surpresa foi a presença do Rev. Lysias de Oliveira Santos, pastor e professor de Novo Testamento na casa, além do irmão Waldemar Sardella, que por muitos anos também trabalhou no antigo Seminário e na Faculdade, contribuindo sempre com bom humor para a formação de pastores da igreja. A Deus, a nossa sincera gratidão e louvor.

Novos alunos na FATIPI A FATIPI recebeu, com muita alegria e gratidão a Deus, 21 novos alunos ingressantes neste ano de 2015 no Curso de Teologia. Cada um deles é resposta de oração, tanto de docentes e diretoria da Faculdade como da própria IPIB. Nosso trabalho consiste em, sob a orientação divina e com humildade, melhorar cada vez mais a educação teológica, a om de oferecermos uma formação pastoral que atenda as demandas do nosso tempo e fortaleça as igrejas nas áreas da proclamação, ensino, diaconia, evangelização e missão. Dentre os 21 novos alunos, um é da Igreja Assembleia de Deus, um da Igreja Episcopal Anglicana e outro da Igreja Evangélica de Pinheiros, sendo os demais da IPIB, vindos de várias cidades e regiões do Brasil. O Rev. Filippo Blancato, vice-presidente da Fundação Eduardo Carlos Pereira, Mantenedora da FATIPI, deu breve palavra de saudação e de encorajamento aos novos alunos, após o culto de abertura, e o Rev. Silas de Oliveira orou em favor deles. Nosso pedido é para que presbitérios, igrejas e tutores apoiem, orem, ajudem e sustentem os alunos da FATIPI, principalmente os que estão

Nomes e respectivo presbitério ou denominação dos novos discentes

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André Marcos de Souza Lima – Presbitério Pernambuco; Bruno César de Alencar Ramos – Assembleia de Deus; Carlos Eduardo Vilas Boas dos Santos – Presbitério Sul de Minas; Cézar Augusto Lumiati Thomazeto – Presbitério Rio Preto; Darnel Cristien Pereira – Presbitério Sorocaba; Eduardo Torres Galassi – Presbitério Campinas; Frederico Moreira Guimarães – Igreja Episcopal Anglicana; Gisele Melocro Borelli – Presbitério Araraquarense; João Luiz Botelho Andrade Júnior – Presbitério Ourinhos; Jonathan Roberto – Presbitério Bandeirantes; José dos Santos Oliveira – IPI do Sacomã; Juliete Laureano Correa – Presbitério Votorantim; Leiliane Ramos de Fontenele – Presbitério Leste do Ceará; Lenilson Marques Coelho – Presbitério Leste do Ceará; Luciano Pereira da Silva – Igreja Evangélica de Pinheiros; Marlon Bruno Henrique – Presbitério Botucatu; Michel Alves Machado – Presbitério Sorocaba; Renan Moroz Izzo – Presbitério Osasco; Ricardo Heumuth Benedetti – Presbitério Ipiranga; Roberto Góis Raimundo – Presbitério Votorantim; Willian Paulo Rodrigues – Presbitério Sudoeste de Minas

ingressando agora no Curso de Teologia, pois se trata de um pe-

ríodo difícil de adaptação na cidade de São Paulo.

Semana Pedagógica No mês de janeiro, os docentes da FATIPI participaram da chamada Semana Pedagógica, a qual teve por onalidade promover reqexão, debate, aprendizado e renovação de alguns temas importantes sobre a educação teológica e a formação pastoral na atualidade. Além da reunião e das atividades de preparação para o semestre letivo, contamos com a presença do Rev. Timóteo Carriker, que tratou do tema “igreja missional”. O Prof. Júlio Paulo Tavares Zabatiero também esteve presente e tratou de dois temas relevantes, sendo eles: “Construindo um paradigma teológico pós-disciplinar” e “Construindo um paradigma pastoral cristocêntrico”. Antes da Semana,

o Prof. Eduardo Oscar Chaves desenvolveu o tema “Habilidades e competências no Projeto Pedagógico do Curso”. Como encerramento das atividades, recebemos ainda o Prof. Paulo Roberto Garcia, pastor metodista, que falou sobre “a experiência da formação pastoral na modalidade EaD na Igreja Metodista”, bem como o Prof. Manoel de Andrade, da Universidade Federal do Ceará, que tratou sobre “princípios didáticos e pedagógicos da aprendizagem cooperativa”. Além de atividades voltadas à capacitação docente, conforme exigência do MEC, estes encontros contribuirão para a elaboração e atualização do atual Projeto Pedagógico do Curso de Teologia da FATIPI.

Semana de boas-vindas Diversas foram as atividades na “Semana de Boas Vindas” na FATIPI, as quais têm por objetivo a integração dos novos alunos com outros discentes e docentes, além de fortalecer e ampliar nosso conhecimento sobre vocação pastoral, história da igreja, orientações gerais sobre o curso e a vida em são Paulo. Na segunda-feira, dia 2/2, ocorreu a celebração com o Culto de Abertura. Na terça-feira, dia 3/2, tivemos palestra sobre “a educação teológica na IPIB”, dada pelo Rev. Gerson Correia de Lacerda, seguida da confraternização

planejada pelo Diretório Acadêmico. Na quarta-feira, dia 4/2, diversas orientações foram dadas pela Diretoria e Coordenadoria da FATIPI sobre o curso, moradia e a vida em São Paulo. Na quinta-feira, um painel sobre a IPIB foi apresentado pelo secretário geral, Rev. Roberto Mauro. Para encerrar a semana, esteve presente na FATIPI o Presb. Manoel de Andrade, Professor na Universidade Federal do Ceará, tratando do tema “aprendizagem cooperativa”. Nosso desejo é de um ano ricamente abençoado por Deus.

Complementação Teológica 2015 As inscrições para a Complementação Teológica estão abertas desde o dia 2 de fevereiro e se estenderão até o dia 30 de abril. Pedimos aos candidatos que façam a inscrição o quanto antes, pois, com isto, adiantaremos o processo da análise da documentação e publicação do resultado, para depois indicamos bibliograoa básica para estudos visando a prova oral e escrita na FATIPI. Lembramos que, a partir deste ano, temos novo formato da Complementação Teológica (ver site da FATIPI), o qual consiste em: análise da documentação, prova oral perante banca, prova escrita na FATIPI, complemento da formação (se necessário) e aprovação de

exegese e monograoa teológica. Seguem abaixo informações importantes para inscrição e a documentação exigida: • Período de inscrição: 2 de fevereiro a 30 de abril • Apresentação da carta de candidatura do Presbitério • Histórico Escolar do Ensino Médio ou equivalente • Histórico Escolar do Curso de Teologia (contendo carga horária) • Cópia dos Programas de Curso (contendo ementa e bibliograoa) • Comprovante de pagamento da inscrição • Cópia de exegese e monograoa teológica

´ www.fatipi.edu.br.


MARÇO 2015

DEPARTAMENTOS INTERNOS DA IPIB CADERNO 2

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ATOS OFICIAIS | SECRETARIA DE DIACONIA

Sudoeste Paulista promove encontro de capacitação O REV. CLEBER FERREIRA ARAKAKI DE SOUZA, SECRETÁRIO EXECUTIVO

Comunicado à

IPIB

DO SÍNODO SUDOESTE PAULISTA

O Sínodo Sudoeste Paulista promoveu o 1º Encontro de Presbíteros, Presbíteras, Diáconos e Diaconisas, que foi realizado no dia 19/7/2014, na 1ª IPI de Bauru, SP. Os preletores foram: Rev. Mário Ademar Fava, que ministrou aos Presbíteros e Presbíteras sobre o tema: A Atual Legislação da IPI do Brasil - Aspectos Práticos; e o Rev. Douglas Alberto dos Santos, Secretário Nacional de Diaconia, que falou para os Diáconos e Diaconisas sobre Missão Diaconal. O Sínodo Sudoeste Paulista é formado pelos Presbitérios Botucatu, Central Paulista e Ourinhos, que contam com 34 igrejas sob sua jurisdição. A programação constou de: palavra de abertura do presidente, palavra de acolhimento e gratidão do Rev. Paulo César, pastor da igreja hospedeira, momento de louvor, mensagem pelo Rev. João Luiz Furtado (presidente do Sínodo) e participação musical da cantora Ana Cristina. Após a devocional,

O REV. JOSÉ NILTON LIMA FERNANDES, SECRETÁRIO DA COMISSÃO ELEITORAL

A Comissão Eleitoral, nomeada pela Comissão Executiva da Assembleia Geral da IPI do Brasil, reunida no dia 6 de

fevereiro de 2015, após exame da documentação, nos termos dos artigos 2° e 3° caput, do Código Eleitoral, comunica que procedeu o registro da candidatura à Diretoria da Assembleia Geral, da Chapa Kairós.

Público participante das palestras

Revs. Mário Ademar Fava e Douglas Alberto, apresentado pelo Rev. João Furtado

os oociais foram divididos em 2 grupos para as palestras com os preletores convidados. Após o almoço, as palestras tiveram continuidade sendo abertas aos participantes a oportunidade de fazerem perguntas. Às 16h00,

o evento foi encerrado, sendo entregues aos palestrantes um cartão de prata em gratidão pela participação no evento. Estiveram presentes no encontro 86 diáconos, 64 presbíteros, 15 pastores e 17 outros; totalizando 182 irmãos. Foi um momento de aprendizado e também de confraternização. Já estamos na expectativa para o próximo encontro que acontecerá daqui a dois anos. Não poderíamos deixar de agradecer a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que esse evento acontecesse. Muito obrigado!

CHAPA KAIR‡S 1 Presidente: Rev. Áureo Rodrigues de Oliveira 1 1º Vice Presidente: Rev. Agnaldo Pereira Gomes 1 2º Vice Presidente: Presb. Luiz Carlos Morosini 1 1º Secretário: Rev. Marcos Nunes da Silva 1 2º Secretário: Presb. Djalma Bastos César

1o Workshop de Diaconia em Limeira O REV. SILAS DE OLIVEIRA, PASTOR DA 1ª IPI DE LIMEIRA, SP

um trabalho voltado ao Ministério de Ação de Social e Diaconia local, o que muito nos alegrou, devido à participação de seus membros e colaboração para a realização do evento. Diante da didática de trabalho proposta

pelo preletor, todos puderam participar, trocando experiências e ouvindo relatos emocionantes de situações em que pessoas, orientadas pelo Espírito de Deus, foram ricamente abençoadas pelo trabalho de diaconia realizado em nossas igrejas espalhadas pelo país. Nossa gratidão a Deus pela oportunidade concedida e a todos os irmãos e irmãs que colaboraram para que este evento acontecesse e abençoasse as diversas igrejas que se ozeram representar. A Deus toda a glória!

O

No dia 8/11/2014, realizamos, na 1ª IPI de Limeira, o 1º Workshop de Diaconia, visando discutir um dos temas mais difíceis que envolvem o trabalho, tanto pastoral, quanto diaconal das nossas comunidades: “Diaconia em Situação de Luto e Pós-Luto”. Nesta oportunidade, contamos com a preciosa colaboração do Rev. Douglas Alberto dos Santos, secretário de Diaconia da IPIB. Durante todo o dia, discutimos e ampliamos nossa visão sobre tão precioso tema, diante de um público representado por diversas igrejas do nosso Presbitério (1ª IPI de Limeira, 2ª IPI de Limeira, IPI Nova Europa, IPI de Americana, IPI de Piracicaba), além da Igreja Presbiteriana do Brasil (Limeira) e também da IPI de São Caetano de Sul, que ocaram sabendo do curso e vieram participar conosco. O objetivo maior era realizar

Bradesco, Agência 95-5 Conta Corrente 254.963-8

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8 CADERNO 2 DEPARTAMENTOS INTERNOS DA IPIB

MARÇO 2015

SECRETARIA DE EVANGELIZAÇÃO

Nos passos de Jesus - Vida e Discipulado O REV. CESAR ANUNCIAÇÃO, SECRETÁRIO DE EVANGELIZAÇÃO

Dia Nacional de Missões 2015

DO MINISTÉRIO DA MISSÃO DA IPIB

Qual é o principal propósito da igreja (e da sua vida)? Se você respondeu: o propósito da igreja (e da nossa vida) é gloriocar a Deus! – você acertou! Parabéns! Então, precisamos fazer outra pergunta: como nós gloriocamos a Deus? A resposta está na ordem de Jesus em Mateus 28.18-20: “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Deus é gloriocado quando fazemos e ensinamos discípulos. Ele é gloriocado quando as pessoas seguem os passos de Jesus, entregam sua vida a Cristo, encontram nele a salvação e um signiocado para viver. Nos passos de Jesus, temos vida porque Jesus nos transformou e vivemos em novidade de vida; as coisas antigas ocaram para trás e tudo se fez novo. Nos passos de Jesus, temos discipulado porque ouvimos o evangelho e somos ensinados pelas Escrituras Sagradas. Nos passos de Jesus, temos o discipulado como visão e missão. •

Qual a visão de Jesus para a igreja? Fazer discípulos e ensinar discípulos.

1 Tema: Nos passos de Jesus. Vida e discipulado. 1 Versículo: "Aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou" (1Jo 2.6).

Neste ano de 2015, queremos convidar cada igreja e cada membro da IPIB para uma caminhada nos passos de Jesus. Cremos que nesta caminhada encontraremos vida e discipulado. Será uma caminhada onde todos poderão ver o agir de Deus em nossa vida. É preciosa a sua participação efetiva neste processo. Também é importantíssimo para nós a sua contribuição onanceira, a oferta missionária que todos os anos temos desaoado nossos irmãos a fazer. Enviamos um material para sua igreja onde os irmãos conhecerão nossos missionários e, se desejarem, poderão entrar em contato com eles.

• •

Qual a missão que Ele deixou para a igreja? Fazer discípulos e ensinar discípulos. Fazer discípulos = fazer missões, evangelizar. Ensinar discípulos = discipular, orientar, corrigir, mentorear.

Quando a igreja obedece à vi-

são e à missão de Jesus, está obedecendo à missão de Deus na terra. Porém, equivocadamente, muitos acham que discipulado é uma tarefa da igreja. Isto não é verdade! Discipulado é a vida da igreja, e não a sua tarefa. A igreja de Cristo é uma igreja em missão, uma igreja missional, porque faz discípulos e ensina discípulos. A questão, portanto, é resgatar o discipulado não como tarefa, mas como natureza da igreja. A igreja precisa fazer discípulos e, ao mesmo tempo,

ensinar os discípulos de Jesus a obedecerem a tudo o que Ele nos ensinou: testemunho (vida) e missão (discipulado – fazer e ensinar). Sabe aqueles vizinhos, os colegas de trabalho ou de estudo, e os amigos e familiares não alcançados? Aqueles que estão perto de nós? A ordem de Jesus é que façamos deles discípulos. Sabe os irmãos na fé? Aqueles que entregaram sua vida a Cristo? A ordem de Jesus é ensiná-los a viver para a glória de Deus

A oferta deverá ser enviada através do boleto enviado com o material do Dia de Missões ou através de depósito na conta da Secretaria de Evangelização, no Banco Bradesco, Agência 95-7, Conta Corrente 254.963-8. Quando nossas igrejas e irmãos contribuem, muitas vidas são abençoadas, podem ser apresentadas ao Senhor Jesus e desaoadas a andarem em seus passos, vida e discipulado. Na verdade, nossa expectativa vai além da oferta missionária. Nosso desejo é que cada igreja local compartilhe a visão da IPIB e faça novos discípulos de Jesus neste novo ano. No amor de Cristo e “Pela Coroa Real do Salvador!” e, assim, fortalecer a igreja de Cristo. Esta é a grande mudança que Deus vai realizar em nossa igreja, em nossas vidas: sermos a igreja que o Senhor desejou que fôssemos desde o início, e reencontrarmos a razão de ser da igreja. Assim viveremos realmente para a glória de Deus. Neste novo ano, queremos incentivar cada igreja e cada discípulo a andar nos passos de Jesus, onde encontramos vida e discipulado.

Alguns dos folhetos da campanha da Secretaria de Evangelização de 2015


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SECRETARIA DE EVANGELIZAÇÃO Culto da Frutificação

PACTO DE ORAÇÃO Abril 2015

1a Semana

Pelo Mis. Gabriel Poleto, sua esposa Crislaine Teixeira Poleto e seus filhos Estêvão e Melina, missionários entre o Povo Y

Louvamos a Deus pela chegada de novos missionários para se juntar à nossa equipe entre o povo y. Deus tem respondido nossas orações. A partir de fevereiro, recebemos mais duas unidades missionárias: um jovem solteiro, Chris, e uma família, Jaime, Esther e seus dois filhos. • pela adaptação destes novos missionários à região, ao ministério e à língua e cultura indígenas; • pelo novo projeto Porto da Graça e por recursos para construirmos o alojamento para receber os indígenas; • pelo povo y; pelo derramar da graça de Deus sobre a vida deles; pelos líderes; • pelos missionários da nossa equipe, por sabedoria, perseverança e unção de Deus em todos os ministérios; • pelos 117 povos indígenas do Brasil que ainda não foram alcançados pelo evangelho, rogando ao Senhor da Seara que envie mais trabalhadores, pois os campos estão brancos! 1 Contato: gabriel.crislaine@terra.com.br

O REV. FRANCISCO DAS CHAGAS DOS SANTOS MENDES, DO CAMPO MISSIONÁRIO DE TAQUARALTO, PALMAS, TO

Em 2014, lançamos um projeto em nossa igreja chamado “Frutiocai”. Como parte deste, decidimos realizar todo último domingo de cada mês deste ano o culto intitulado "Frutiocação". É um momento diferenciado, quando os líderes levam seus discípulos, apresentando os frutos de seus ministérios, pessoas que estão orando por elas e levando-as às células. No dia 25/1/2015, realizamos o primeiro, quando

houve também um momento de batismo. Foram batizados três jovens e duas crianças, e recebido por transferência um casal. No culto, todos da igreja levaram frutas e enfeitaram uma mesa para caracterizar o tema e proposta do culto. Após o culto, tivemos um momento de comunhão, compartilhando as frutas.

2a Semana

Pelo Rev. Gerson Annunciação e sua esposa Sandra Regina Rosa Annunciação • •

pelo Presbyterian Immigrant Ministry (Ministério Presbiteriano entre Imigrantes); pelos imigrantes nas prisões, principalmente aqueles que ficaram muito decepcionados por não se encaixarem nos requisitos das novas medidas determinadas pelo Presidente Obama (as novas medidas beneficiarão somente aqueles que têm filhos nascidos nos EUA, o que representa uma parcela pequena dos que estão nas prisões); • pelo Projeto Segunda Milha, através do qual queremos continuar a dar assistência àqueles que conseguiram autorização de continuar nos EUA; • agradecer pelas igrejas e pessoas que têm contribuído para a manutenção deste ministério e pedir que Deus continue a levantar outros parceiros para esta jornada. 1 Contato: rev.gerson@verizon.net 3a Semana

Pelo Mis. Gilson Batista sua esposa Josiane, e seus filhos Ainoá e Natã

• • • • • • •

em especial por minha saúde e da Jô, e pelo desenvolvimento físico e espiritual de nossos filhos; pelo Projeto Siloé; pela direção de Deus para os sonhos e desafios deste ano; pelos novos projetos; pelo trabalho com moradores de rua; por nossas equipes de capelania no hospital e presídio; e por nossa equipe no escritório e por suas famílias. 1 Contato: gilsonbatistaeu@gmail.com 4a Semana

Pelo Rev. Israel Rogério Bellintani, sua esposa Edilene da Silva Bellintani e seus filhos Luis Fernando e Reuel César • • • • •

pelo Campo Missionário de Sorriso, MT; por maturidade espiritual dos irmãos; pelo crescimento da igreja; pela consolidação dos discipuladores; pela multiplicação dos grupos pequenos. 1 Contato: israelrogerio@hotmail.com 5a Semana

Pelo Mis. Jhonatan Martins Nunes e sua esposa Ana Elisa Nunes, missionários da Secretaria de Evangelização na Base de São Paulo da MIAFI (Missões para o Interior da África) • • • • •

por sabedoria e graça para a tomada de algumas decisões nos próximos meses; sobre o nosso futuro ministério no continente africano; por segurança em nossas viagens de mobilização missionária em solo brasileiro; pela nossa saúde; pela nossa vida acadêmica. 1 Contatos: jhonatananaelisa@gmail.com


10 CADERNO 2 DEPARTAMENTOS INTERNOS DA IPIB

MARÇO 2015

SECRETARIA DE EVANGELIZAÇÃO

As igrejas missionárias no Novo Testamento: A Igreja de Jerusalém O REV. TIMÓTEO CARRIKER, ASSESSOR DA SECRETARIA DE

EVANGELIZAÇÃO DA IPIB

Introdução

De todas as igrejas do Novo Testamento, aquela que mais lembramos é a Igreja de Jerusalém, talvez por causa do relatório empolgante de Lucas nos primeiros capítulos do Livro de Atos. Foram os primeiros dias do movimento cristão e, como sempre, os primeiros dias sempre são cheios de alegria, ousadia e esperança. Aonal de contas, nada menos que o próprio Espírito Santo de Deus havia se evidenciado de modo bem concreto no Dia de Pentecostes (At 2) como Jesus havia previsto (Lc 24.49; At 1.5), e isto depois de 40 dias de ensino pelo Jesus ressurreto sobre o seu novo governo sobre a terra! Como não poderiam ocar animados? Só poderia começar bem. E bem começou. E quais eram as características missionárias desta igreja? São as mesmas que reparamos em O Estandarte, número 8, de 2014. Vejamos...

Modelo Missionário 1 Primeiro, a igreja mis-

sionária deverá viver e agir pela graça e pela misericórdia de Deus. Nestes dias, Paulo ainda era Saulo, o fariseu que perseguia a igreja. Por isso, ainda não estava ensinando sobre a “graça de Deus”. Mas não se deve pensar que a “graça de Deus” era um ensino criado por Paulo. Certamente Deus usava Paulo para esclarecer e explicitar o ensino, mas não para inventá-lo! Há indícios de uma compreensão, mesmo que rudimentar, da

graça de Deus na Igreja de Jerusalém, certamente no seu nascimento, mas também na sua vida contínua. Por exemplo, vemos a graça e a misericórdia de Deus nos ensinos de Jesus sobre o reino de Deus. A linguagem do reino era mais a linguagem de Jesus e, por isso, era a linguagem da primeira igreja. Jesus ensinou esta igreja durante 40 dias sobre o reino (At 1.1-6). Veja o que os evangelhos dizem a respeito do reino de Deus e verá um ensino sobre a graça de Deus. E veja como Jesus contrapõe o conceito do reino de Deus ao conceito farisaico da lei. Viver dentro do reino de Deus é viver pela graça e misericórdia de Deus, como Paulo iria reconhecer. O reino de Deus não pode ser regulamentado (o papel da lei), pois aparece, cresce e alcança de modo surpreendente e pela graça e misericórdia de Deus. Este ensino estabelece o pano de fundo para o Dia de Pentecostes e o nascimento da igreja. Também na pregação de Pedro para as multidões, ele reconheceu que Deus ressuscitara Jesus (At 2.32), o que é a base da manifestação da graça de Deus. Pois a lei condenava quem morria cruciocado. Entretanto ressurreição, algo restritamente divino, é prova inegável da aprovação por Deus. Por isso é graça, e vida ressurreta em nós também só poderá ser graça. Finalmente, a igreja vivia esta graça e misericórdia. Da mesma forma que Deus fora misericordioso com eles, eles também foram. “Repartiam uns com os outros” o que tinham (At 2.44-45; 4.32; 5.1-11). E, assim, demonstravam para o mundo, antes mesmo de anunciar, que

Deus estava fazendo uma nova criação já. Tinham o que anunciar porque viviam o evangelho.

1 Segundo, a igreja mis-

sionária deverá ser uma igreja de oração e adoração. Esta era uma igreja que adorava adorar. Reuniam-se e oravam e adoravam a Deus (At 2.42, 47; 4.23-31). Entendiam que seu papel era fazer conhecida a glória (e a adoração, meio de gloriocar) de Deus por toda a terra. E, por isso, eles mesmo gloriocavam a Deus nos seus cultos e no seu dia a dia.

1 Terceiro, a igreja missio-

nária deverá se caracterizar por uma liderança múltipla e a popularidade do ministério. A Igreja de Jerusalém mantinha a liderança dos doze discípulos, agora apóstolos (At 1.2, 12-26), na sua diversidade. Praticamente a única característica social em comum que possuíam era a sua etnia judaica e, em boa parte, a condição mais humilde. Fora disto, eram muito diferentes de diversas proossões e personalidades. Mas tinha algo muito maior em comum: a sua convivência com Jesus. E tanto esta comunhão quanto a sua diversidade de formação era essencial para espelhar o alcance universal que o governo de Deus terá. A liderança terrestre da igreja nasceu já múltipla e plural, e permaneceu assim durante muito tempo. Mas não por isso os apóstolos faziam tudo. Não! Lemos que: “todos continuavam ormes...” (2.42), “todos os que criam estavam juntos e unidos...” (2.44), “todos os que creram pensavam

e sentiam do mesmo modo” (4.32). Além desta participação ampla, foi da Igreja de Jerusalém que nasceram os primeiros líderes auxiliares, os “diáconos” (6.1-7) que, desde o início, eram evangelistas e cuidavam também dos rebanhos. Ou seja, o ministério era popularizado e colocado nas mãos de todos, não apenas nas dos apóstolos.

1 Quarto, a igreja missio-

nária deverá ser guiada pelo Espírito Santo. É evidente que esta igreja viva pelo Espírito. O Espírito é assunto do aviso de Jesus (1.2), é promessa (1.8; 2.18, 38) de poder na vida dos discípulos e a sua eocácia (2.1-4; 4.31; 6.3). A igreja que é guiada pelo Espírito é a igreja que é direcionada para exercer efetivamente a sua missão.

1 Quinta, a vocação da

igreja é iminentemente missionária, isto é, voltada para fora, e não para dentro. A princípio, talvez a igreja tenha tido dúvidas sobre o seu papel e seu lugar no plano de Deus (1.6). Mas Jesus esclarece e logo a igreja entendeu que seu papel era de ser testemunha por toda parte do mundo (1.8). A igreja nasceu com esta visão (2.1-4), aormou esta visão (2.18, 21) e assumiu esta visão (2.3841, 47; 3.19, 25; 4.12; 5.42). Estes são apenas alguns poucos exemplos. O Livro de Atos está repleto de bem mais. Só pode ser missionária a igreja que tem uma visão para fora.

1 Sexta, não há ação missionária sem esforço. Esta era uma igreja que se

reunia por 40 dias de ensino (!), pregava incansavelmente às multidões, todos os dias se reunia no pátio do templo (1.46), confrontava líderes políticos e religiosos, dava de tudo que possuía! Será uma igreja esforçada? Deus abençoava o seu esforço ou mandava ocar quieto num cantinho enquanto Ele, sem a igreja, fazia o trabalho “sozinho”? Qual é o tamanho do nosso alcance? Qual é o tamanho do nosso esforço?

Conclusão

Em estudos anteriores sobre as Igrejas de Antioquia e de Roma (veja a nota 1 abaixo) e, agora, neste estudo sobre a Igreja de Jerusalém, temos observado alguns traços comuns de uma igreja missionária. Seus valores são fundamentalmente dois: primeiro, viver pela graça de Deus, e segundo, o amor em ação. E ela se caracteriza por uma vida de oração e adoração, uma liderança diversiocada e popular, uma dependência do Espírito Santo, a percepção aguda de sua vocação missionária, e muita garra e esforço. Como as nossas igrejas se comparam com as igrejas missionárias do Novo Testamento?

Para características de igrejas missionárias no Novo Testamento, veja minhas reflexões na revista Povos. Revista de edificação, missões e culturas, números 15, 16, 18, e 19 (todos de 2011) e em O Estandarte, ano 122 (2014), número 08, pp. 8-9.


DEPARTAMENTOS INTERNOS DA IPIB CADERNO 2 11 11

MARÇO 2015

SECRETARIA DE EVANGELIZAÇÃO

Acampamento para travestis?

Reunião do Projeto Segunda Milha

O MIS. MARCOS ANTONIO

O REV. GERSON ANNUNCIAÇÃO,

DE OLIVEIRA, MEMBRO

PRESBYTERIAN IMMIGRANT MINISTRY (PIM)

DA SECRETARIA DE

EVANGELIZAÇÃO DA IPIB NA MISSÃO CENA

Tivemos, nos dias 21, 22 e 23/11/2014, um acampamento realizado pela Missão CENA para a evangelização de travestis. Durante o ano, a missão realiza dois destes acampamentos. Tudo começa com um trabalho árduo de visitas feitas durante a semana nas casas dos travestis, "malocas" ou hotéis sociais, e em seus pontos de prostituição, para ser criado um vínculo de conoança. Assim, somos capazes de apresentar o trabalho da missão: o resgate, a restauração e a reintegração. Nossa forma de abordagem é a oração. Vamos até eles buscar seus pedidos de oração que, em sua maioria, são por seus familiares. Você deve pensar: “Nossa! Esse povo está perdido! Eu me relacionar com "isto"?”. Sim, para a grande maioria do povo cristão o travesti é visto como "isto". Esquecemos e não queremos saber como uma pessoa conseguiu chegar neste estado de degradação. O fator principal para que isto ocorra em 90% dos casos foi o abuso na infância por parentes ou pessoas próximas e, na adolescência, já com a prática homossexual, são aliciados a vir para São Paulo ganhar a vida. A maioria deles vem do norte e nordeste. Chegando aqui, são espancados por cafetões e obrigados a colocar silicone industrial e a se prostituir por um teto e comida. Não bastasse tamanho sofrimento, praticamente todos encontram o caminho das drogas e do álcool para fugirem desta realidade assoladora e, quando

percebem, estão viciados e jogados na sarjeta, pois não dão mais lucro. Alguns são soro positivos e moram como mendigos. É muito interessante, pois a partir do vínculo e respeito que eles têm pelos missionários, quando vamos colocar seus nomes nas orações, a grande maioria dá o nome de homem. Eles acreditam que Deus os vê como homens. Numa visita a um hotel social, na hora da oração, a Mis. Juliana Damaceno, responsável pelo ministério, orava por um deles quando, na oração, se referiu ao travesti como "ela"; na mesma hora foi interrompida pelo travesti dizendo que o correto era “ele”. O intuito de tudo isso é apresentar a boa notícia de Jesus Cristo de Nazaré, que pode transformar qualquer história, que os ama incondicionalmente, e que quer libertá-los deste jugo. O princípio básico deste trabalho é o amor. Não precisamos falar de condenação; eles já sabem que estão condenados. Então, os convidamos para o acampamento. Na chegada, na sexta feira à noite, eles são

recepcionados com festa. A intenção é fazê-los suar bastante, para baixar a adrenalina e o efeito de álcool e drogas. Utilizamos vídeo game de dança, jogos de luzes, assim criando um ambiente descontraído e familiar. No sábado de manhã, começam os devocionais, sempre com uma palavra de confrontamento. Não fazemos assistencialismo, mas, sim, pregamos a cruz que liberta e transforma. Todas as ações, devocionais ou jogos têm como preceito o evangelho. À noite, no sábado, temos o culto e uma festa temática, sempre oferecendo dignidade e amor. No domingo pela manhã, temos a devocional e a retrospectiva das palavras que neste acampamento foram enfáticas, falando de graça e de ter nossos nomes escritos no livro da vida. Pude ver em cada rosto lágrimas e quebrantamento. Não foi feito apelo, pois quem convence é o Espírito Santo. Colocamo-nos à disposição deles para caminharmos juntos e ajudá-los no que for preciso. Temos que cumprir nosso chamado e pregarmos o evangelho a toda criatura e, principalmente, amar nosso próximo. Peço suas orações por eles, pelos missionários e voluntários que participam deste ministério. E que Deus levante mais trabalhadores, pois a seara é grande!

É muito interessante, pois a partir do vínculo e respeito que eles têm pelos missionários, quando vamos colocar seus nomes nas orações, a grande maioria dá o nome de homem. Eles acreditam que Deus os vê como homens.

No dia 13/12/2015, das 15h30 às 19h30, o PIM realizou uma reunião com alguns antigos prisioneiros, como parte do Projeto Segunda Milha. Nossa intenção era ouvir deles idéias para dar apoio contínuo para aqueles que foram libertados da prisão e, também, para tê-los como apoiadores do PIM. O PIM, através do Rev. Gerson, tem tido contato com 23 ex-detentos que vivem nos Estados de Rhode Island, Connecticut e Massachusetts. Todos eles foram convidados; 13 aceitaram o convite, mas somente 9 vieram para participar dessa reunião. Alguns deles trouxeram parentes e amigos. Então o total de pessoas presentes na reunião foi de 22, incluindo o Rev. John Webster e a Presba. Penny Webster, representando o Comitê Diretor do PIM, o Rev. Gerson e sua esposa Sandra Annunciação, e alguns membros da Igreja Presbiteriana Betel, em Fall River. Duas crianças vieram com seu pai, que é um ex-detento. A reunião aconteceu nas instalações da 1ª Igreja Batista em Fall River e a Igreja Presbiteriana Betel - uma congregação de língua portuguesa - após a reunião, ofereceu um jantar especial para aqueles que estavam lá. O programa começou com um tempo para cada um identiocar-se, quando cada um dos ex-detentos deu um breve testemunho sobre o que Deus fez em sua vida enquanto estava na prisão. Após esse momento, um dos antigos presos, Victor Kozubenko, conduziu uma devocional, na qual ele desaoou todos a agradecerem a Deus pelas coisas que Ele tem feito em suas vidas. Ele mencionou que todos os antigos prisioneiros ali fazem parte de um pequeno grupo que foi autorizado a permanecer nos EUA, e isso por si só é uma coisa importante para dar graças a Deus. Após a devocional, o Rev. Webster falou sobre PIM como parte das 1001 New Worshiping Communities (um programa de evangelização da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos). A parte onal do encontro foi re-

Todos os presentes na reunião

Victor sendo traduzido para o Espanhol pelo Sr. Willi Alonso, ambos ex-detentos

servada para um momento no qual aqueles que estavam presentes foram questionados sobre a importância de continuar nos reunindo de vez em quando e como eles poderiam dar apoio ao ministério. Todos concordaram que este tipo de reunião deve acontecer mais vezes, e muitos demonstraram interesse em convidar o Rev. Gerson para falar em pequenos grupos em suas respectivas cidades, em suas casas ou em igrejas que alguns estão freqüentando. A ideia consensual é a de que até a próxima reunião o Rev. Gerson tenha passado algum tempo fazendo estas pequenas reuniões. Tudo foi gravado em vídeo que pretendemos editar com as melhores partes da reunião. Este encontro foi possível devido ao apoio da 1ª Igreja Presbiteriana de Fairoeld, que doou fundos para o Projeto Segunda Milha. O PIM convidou representantes daquela igreja a estarem presentes, mas não foi possível porque aquela igreja também tinha outro programa acontecendo em Fairoeld. O PIM agradece a Igreja de Fairoeld, a 1ª Igreja Batista de Fall River e a Igreja Presbiteriana Bethel por tornar este encontro possível.

1 Contatos: P.O. Box 9713 - Fall River, MA 02720 E-mail: rev.gerson@verizon.net 1 Contribuições no Brasil: Envie cheque em nome da IPI do Brasil – Rua Consolação, 2.121 – Consolação – São Paulo – SP – CEP: 01301-100.


12 CADERNO 3 CONCÍLIOS & IGREJAS

MARÇO 2015

NOSSOS PRESBITÉRIOS | NOSSAS IGREJAS

Encontro da juventude da década de 1960 em Maringá

Posse do Rev. Rodrigo na Congregação de Vila Talarico

O LOIDE CAETANO E WILSON DE MATOS SILVA, DA 1ª IPI DE

MARINGÁ, PR

Relembrar o passado é uma prática que alguns gostam, outros nem tanto e com razões para isto. Para uns, recordar é viver; para outros, é sofrer duas vezes. Recordar implica em voltar mentalmente ao passado, reviver situações e emoções perdidas no tempo. E, quando as lembranças são boas, agradáveis, a vontade que se tem é de que estas situações se repitam. Motivados por isto, Wilson Matos e sua esposa Rose Kendrick Matos, sonharam com um encontro com o passado ao planejarem trazer para o presente, o maior número possível de pessoas, homens e mulheres, que, no decorrer dos anos de 1960, vivenciaram juntos as alegrias, os sonhos, os ideais, a fé, quando faziam parte da mocidade da IPI de Maringá. Naquele período, esses jovens, hoje todos com mais de 60 anos, ozeram do cotidiano um envolvimento intenso com as atividades da igreja e tendo a UMPI como indutora de suas ações. Participavam do coro, organizavam teatros, apresentavam jograis, planejavam eventos esportivos. Faziam intercâmbios com a mocidade de outras cidades e interagiam com outras denominações. Praticavam um lazer saudável quer nos piqueniques pelas fazendas das redondezas ou nas sociais. As sociais eram as atividades lúdicas realizadas após os cultos aos sábados e, entre estas brincadeiras, as ingênuas cantigas de roda eram quase que o ponto alto. Enquanto se cantava com a devida coreograoa “Olha o macaco na roda”, “Três solteiros a passear”, “Fui à Bahia comprar um chapéu”, entre outras tantas, era possível desenvolver um discreto qerte que se tornava mais ousado com o leve toque das mãos na brincadeira do passa anel. Foi assim

Momento final do culto

que esta geração de jovens estabeleceu laços profundos de amizade e afeto. E uma das razões talvez seja o momento peculiar em que viveram, pois, sem a interferência da televisão, do telefone, da internet, que têm como um dos seus desdobramentos as redes sociais, desenvolveram intenso relacionamento humano entre as famílias da igreja, tornando as amizades consistentes, capazes de transpassarem as décadas. Porém, com a necessidade da busca do ensino superior, ainda incipiente na época nesta cidade, a procura pelas deonições proossionais e os casamentos com pessoas de outras regiões causaram a dispersão de grande parte do grupo para as mais diversas partes do país e até mesmo do exterior, e o afastamento, mesmo involuntário, foi inevitável. O sonho do ajuntamento tomou forma e se concretizou quando nos dias 15 e 16/11/2014. Após os devidos preparativos, cerca de 120 jovens da década de 1960 reuniram-se nas dependências da Unicesumar para uma grande confraternização. Muitos vieram de longe, de

cidades como Palmas, Campo Grande, Ribeirão Preto, São Carlos, São Paulo, Curitiba, Marília, Belo Horizonte, Piçarras, Ponta Grossa, Londrina. Outros eram da região mesmo. E todos trouxeram, junto com a bagagem, o coração cheio de alegria e a disposição para os abraços que foram muitos. Foi lindo ver o reencontro, os abraços, os sorrisos, as lágrimas. Foram dois dias de festa, com a mesa sempre farta, onde não faltou a oportunidade da volta ao passado por meio da exposição de fotos antigas organizada no museu da instituição; com os cânticos da época entoados com a mesma empolgação diante do primeiro piano que apareceu pelo caminho; e a participação do culto solene cuja liturgia seguiu os moldes antigos. A parte musical foi liderada pelo grupo coral Veredas Antigas, cujos integrantes, em maioria, são remanescentes da década de 1960 que ainda permaneceram em Maringá. O tempo decorrido desde a juventude deixou as suas marcas visíveis, perceptíveis a olho nu, mas não apagou o vínculo que existia carregado de afeto e de amor. E foi este vínculo que deu o tom da festa que foi marcada pela alegria do começo ao om. Nas despedidas, os laços foram renovados e a mensagem implícita de que outros encontros poderão acontecer e, como dizia a velha canção cantada naquela época, “a festa não vai acabar; quando ondar na terra, no céu vai continuar” ...

O tempo decorrido desde a juventude deixou as suas marcas visíveis, perceptíveis a olho nu, mas não apagou o vínculo que existia carregado de afeto e de amor.

O REV. ROBERTO VIANI, PASTOR DA IPI DE PARQUE NOVO

MUNDO, SÃO PAULO, SP

Em sua recente reunião de dezembro de 2014, o Presbitério Leste Paulistano (PLPA) recebeu a IPI de Vila Talarico por transferência do Presbitério Santana, obedecendo todos os trâmites constitucionais da IPIB e regimentais do PLPA, transformando-a em Congregação Presbiterial, por não possuir condições mínimas para permanecer oocialmente como igreja, não atendendo, portanto, o disposto no artigo 11, § 2º, da Constituição da IPIB. Ato contínuo, comissionou-se para o pastorado da referida Congregação Presbiterial o Rev. Rodrigo Nicoletti Leme, designando a Comissão de Posse integrada pelo Rev. Roberto Viani e o Presb. José da Conceição Joaquim (da IPI do Parque Novo Mundo). No dia 4/1/2015, por ocasião da Escola Dominical, a Comissão esteve presente. O Rev. Roberto ministrou aula na classe dos adultos, sob forma de dinâmica de grupo, com o tema “O ponto negro”, que consistiu na distribuição de uma folha sulote com apenas um ponto negro no centro, enfatizando que somos tendentes a destacar qualquer ponto negro que surge em nossa vida, como, tribulações, angústias, tristezas, e a menosprezar o restante da folha em branco do sulote, que representa a nossa vida com suas expectativas e a necessidade de

recomeços. Por om, com base em Hebreus 12.1-4, conclamou a todos a olhar ormemente para Jesus, autor e consumador da fé, e a “arregaçarem as mangas” para, por intermédio do testemunho cristão e pessoal, caminhar para vencerem as fraquezas eclesiásticas e crescerem como Igreja do Senhor na terra. Em seguida, procedeu-se à cerimônia de posse do Rev. Rodrigo no pastorado, que se fez acompanhar de sua esposa, a Tatiane, que o acompanhou ao púlpito. O Presb. José usou da palavra para saudar a igreja e estimular o pastor. O Rev. Roberto orou para abençoar e consagrar o recém empossado pastor, ocasião em que todos os presentes participaram levantando suas mãos. O culto terminou com bênção apostólica pelo Rev. Rodrigo. Esteve presente também o Rev. Lázaro Alves da Silva Sobrinho, da 5ª IPI de Guarulhos. Sentimo-nos felizes por participar desse momento importante para a vida da Congregação Presbiterial de Vila Talarico. O PLPA recebe com alegria a olha que retorna ao seu lar. Que o Deus Eterno, Senhor da Igreja, derrame copiosas bênçãos aos irmãos que ali militam na Congregação Presbiterial, esperando ver em breve a reorganização dela em igreja.


CONCÍLIOS & IGREJAS CADERNO 3

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NOSSAS IGREJAS 2014 - Ano histórico na 1a IPI do Turvinho O LUCIMARA DE GOES OLIVEIRA CARVALHO, AGENTE DE O ESTANDARTE DA 1ª IPI DO TURVINHO, PILAR DO SUL, SP

No dia 31/12/2014, aconteceu, na 1ª IPI do Turvinho, o tradicional culto da passagem do ano. Estiveram presentes conosco muitos e muitos irmãos, celebrando e exaltando o nome do Senhor Jesus Cristo. O primeiro culto iniciado às 20h30 foi um momento de agradecimento a Deus pelas bênçãos derramadas sobre a vida do Diac. Ageu Dias por mais um aniversário de proossão de fé. Após o culto com muitos louvores, houve um momento de recreação com o animado amigo secreto. Em seguida, passamos para o momento das Casinhas, um evento que há anos vêm encantando crianças, jovens e adultos da igreja, onde cada pessoa leva sua oferta na casinha do mês do seu nascimento. Após, houve a posse dos irmãos que vão trabalhar nos departamentos da igreja no ano de 2015.

Feito isso, adentramos o segundo culto, que foi um momento de reqexão nas últimas horas que restavam de 2014. Foram momentos de muito louvor com a participação das crianças, do coral, dos jovens, louvor comunitário e de irmãos da igreja. O Rev. Claudinei Durante

salientou a importância desse ano para nós como membros da 1ª IPI do Turvinho. Foi o ano do nosso Centenário. Um ano com muitos projetos e que, graças a Deus, um a um conseguimos concretizar. O nosso culto tão sonhado do Centenário, que encheu o Ginásio Poliesportivo da presença do Senhor, onde reunimos aproximadamente 1.000 pessoas de várias igrejas de diversas cidades, formou uma verdadeira Família na Fé. Um ano de muitas vitórias e desaoos também. Um ano que nos unimos como irmãos da fé, família de Jesus Cristo, e pudemos desfrutar das mais ricas bênçãos. Que 2015 seja tão abençoado, ediocante e transformador como 2014. Que prossigamos rumo ao nosso alvo: adorar, exaltar, bendizer somente ao que digno de toda a nossa honra e louvor. A Deus seja sempre a nossa gratidão. Amém. 1

O Estandarte conta com 18 assinantes na 1ª Igreja do Turvinho

Notícias da IPI de Santa Rosa de Viterbo

O PRESB. EDUARDO M. TOMIYOSHI, MEMBRO DA COMISSÃO INTERVENTORA

No dia 25/1/2015, no culto solene, o Rev. Hélcio Passos foi reconduzido ao pastorado da 1ª IPI de Porto Velho como pastor titular. Estavam presentes toda a igreja e muitos convidados, além do irmão Helder Passos, sua mãe Eunice, que veio prestigiar e agradecer a Deus por esse momento tão especial. A programação foi especial e abençoada, com louvores, apresentações, mensagens, cerimônia de posse, deixando toda a igreja bastante emocionada, sentindo a manifestação do Espírito Santo de forma tremenda, conormando a obra e o chamado na vida do Rev. Hélcio, que estava visivelmente emocionado e sentindo o peso da responsabilidade, mas, feliz, conoante, inspirado, aben-

MOSCARDIN, SECRETÁRIO DO CONSELHO DA IPI DE SANTA ROSA DE VITERBO

O REV. FLORISVAL CARBONA

Congregação Presbiterial de São Pedro dos Morrinhos

COSTA, MEMBRO DO PRESBITÉRIO SUL DE SÃO PAULO

gem da noite foi trazida pelo Rev. Eliseu Bittencourt, da IPI de São Sebastião da Grama, com o tema: Alargando as fronteiras. Participaram do culto membros das duas IPIs de Santa Rosa de Viterbo, além de muitos convidados e moradores do distrito. A congregação nasce com 24 membros maiores e será dirigida pela Reva. Cristiane Vieira.

Batismo Infantil de Daniel Messias Salviato

O domingo, 4/1/2015, foi de muita emoção para a família do pequeno Daniel, de pouco mais

de seis meses de vida. A IPI de Santa Rosa de Viterbo estava repleta e todos muito emocionados com a ocasião. O batismo infantil foi conduzido pelo Rev. Walter Guilherme Salles, durante o primeiro culto noturno de 2015. Daniel é olho da Renata e do Presb. Júnior; ela é integrante do Ministério de Louvor. Além disso, toda a família é participante dos trabalhos da igreja. Seus avós são a Presba. Ana, a Diac. Silvana e o Presb. Hélio. 1

çoado e muito agradecido a Deus. De uma maneira simples, a 1ª IPI de Porto Velho vem agradecer ao Rev. Hélcio por encorajar, apoiar, servir, abençoar, tudo isso de uma maneira tão especial e amorosa. Todo louvor seja dado ao verdadeiro, único e pleno Pastor: Jesus Cristo, a quem seja a honra na igreja e a glória para todo o sempre. 1

O Estandarte conta com 5 assinantes na Igreja de Porto Velho

Decisões do Presbitério Sul de São Paulo

O PRESB. CARLOS ROGÉRIO

No dia 17/1/2015, foi organizada oocialmente a Congregação Presbiterial de São Pedro dos Morrinhos, distrito de Tambaú, no interior de São Paulo. A congregação nasceu de um trabalho evangelístico das IPIs de Santa Rosa de Viterbo e, com o crescimento, o Presbitério São Paulo Minas decidiu investir no projeto. São Pedro dos Morrinhos é um distrito com cerca de 700 moradores próximo a três municípios: Tambaú, Santa Rosa de Viterbo e Mococa. No culto de organização da congregação, estiveram presentes cerca de 100 pessoas que participaram de uma ação muito emocionante que contou com a apresentação dos grupos de louvor e coral da congregação. A mensa-

Cerimônia de posse pastoral na 1a IPI de Porto Velho

O Estandarte conta com 10 assinantes na Igreja de Santa Rosa do Viterbo

O Presbitério Sul de São Paulo elegeu para o ano de 2015 uma diretoria na sua maioria de pastores jovens. Tomou várias decisões, todas importantes, destacando-se a jubilação do Rev. Florisval Carbona Costa para o dia 31/10/2015, na IPI de Torre de Pedra, SP, às 19h00;

homenageou o Presb. Eli Teixeira de Lima com uma placa de agradecimento pelos seus 16 anos a serviço do presbitério como presidente, vice presidente e 14 anos como tesoureiro; elegeu a Presba; Cleidinei Gomes Prado como nova tesoureira; decidiu ordenar ao sagrado ministério o Lic. Joaquim Pedro Muniz, no dia 28/2/2015, na IPI de Registro, onde vai iniciar o seu ministério pastoral.

"IPIB DE JOELHOS E EM AÇÃO POR UM MUNDO TRANSFORMADO"


14 CADERNO 3 CONCÍLIOS & IGREJAS

MARÇO 2015

NOSSAS IGREJAS Consagração de templo em Salto de Pirapora

O VERALUCIA H. BRITO, AGENTE DE O ESTANDARTE DA IPI SALTO DE PIRAPORA, SP

Em 25/1/2015, consagramos o novo templo da IPI Salto de Pirapora, projeto que nasceu no coração de irmãos da 1ª IPI de Votorantim, quando o Rev. José Ausberto Bressane pastoreava aquela Igreja. Os irmãos abriram uma congregação em 1965 na casa do irmão Levi F. Rodrigues, posteriormente diácono da IPI de Alumínio e, hoje, está na glória. O Rev. Bressane iniciou uma campanha para comprar um terreno e encontraram o terreno onde hoje está nosso templo. O salão foi construído na base do mutirão e foi consagrado no onal de 1970, mas, em 1976, com a crise onanceira que afetou a 1ª IPI de Votorantim e as necessidades de reforma naquele templo, resolveram fechar a congregação e vender o terreno, mesmo porque muitos membros tinham migrado para outra cidade. No ano de 2001, foi eleito no Presbitério Sorocaba como presidente o irmão José Maria Siqueira, homem de Deus, com visão missionária e, em sua primeira reunião, já destacou como diretriz a abertura de uma congregação em Salto de Pirapora. O Rev. Bressane foi procurado e aceitou fazer parte da comissão quando fossem a Salto de Pirapora. Em uma nova reunião, foi nomeada a seguinte comissão

para tratar dessa congregação: o próprio presidente José Maria, o Presb. Sérgio Florindo Leite, o Rev. José Bressane, o Rev. Jonas de Araújo e o Rev. Edson Alcântara. Em 13/7/2002, reuniram-se em Salto de Pirapora e convidaram o Presb. Daniel Martins Teles, naquela época membro da IPB, para fazer parte dessa reunião. O Rev. Bressane teve a ideia de ir ao antigo endereço da congregação e, ao chegarem lá tiveram uma bela surpresa: encontraram o terreno cheio de mato e uma placa indicando que a propriedade estava à venda. O Rev. Jonas imediatamente disse: “Irmãos, vamos orar e agradecer a Deus”, pois sentiu que era da vontade de Deus a compra daquele terreno. Ligaram para o responsável e iniciou-se a negociação. Após uma semana, apresentou a seguinte proposta: os irmãos poderiam reformar o salão, que seria doado por um ano para uso, sem ônus algum.

Ao onal daquele, ano iriam pagar R$ 30.000,00 em 12 vezes. Foi aceito e imediatamente iniciaram a reforma. Essa reforma ocou a cargo do Presb. Sérgio, que recebeu ajuda dos irmãos da 3ª IPI de Sorocaba. A reforma foi toda custeada pelo Presbitério Sorocaba. Juntaram-se ao grupo os Presbs. Daniel e Dervírio de Oliveira Rosa. Recebemos bancos de doação da 5ª IPI de Sorocaba e, no dia 22/9/2002 foram retomados os trabalhos, tendo como mensageiro o Rev. Éber Ferreira Silveira Lima que, mesmo sem saber da nossa história, discorreu sua mensagem em Lucas 13.6-9. A congregação cresceu graças ao dom de evangelista do Presb. Daniel, que alugou uma perua e buscava crianças no bairro vizinho. Foi nomeado como diretor da congregação o Presb. Dervírio, trabalhando ali durante 3 anos. Tivemos também, posteriormente, como diretores da congregação os irmãos Laudinei da Silva Almeida e Daniel Martins Teles. Em 29/1/2012, deixamos de ser congregação da 6ª IPI de Sorocaba para nos organizarmos como igreja, sendo feita a primeira eleição. Foram eleitos como presbíteros os irmãos Daniel Martins Teles, Dervírio de Oliveira Rosa, Carlos Renê de Góes e como presbítera a irmã Veralucia Honorato de Brito. Foram eleitos também como diáconos os irmãos Josafá Bonom de Souza e Sergio Martins Teles, e como diaconisas as irmãs Rosalina Castro de Souza e Eneli de Campos Teles. Coroamos esse projeto com uma cerimônia maravilhosa, realizando batismo e proossão de fé, e recebendo como mensageiro o Rev. Áureo Rodrigues de Oliveira, presidente da Assembleia Geral. Hoje temos a certeza de que Deus usa a cada um, conforme seus dons, para realizar a sua grande obra.

Ordenação de investidura de oficiais em Salto de Pirapora O PRESBA. VERALUCIA H. BRITO, AGENTE DE O ESTANDARTE DA

IPI SALTO DE PIRAPORA, SP

Foi realizado culto de ordenação e investidura de Diáconos e Presbíteros da IPI Salto de Pirapora, dirigido pelo Rev. João Batista Barros, em 18/1/2015. Foram ordenadas as Diacs. Adelina Góes de Oliveira e Matilde da S. Góis, e a Presba. Rosalina C. de Souza, e investido o Diac. Josafá B. de Souza, a Presba. Veralucia H. de Brito e os Presbs. Dervírio O. Rosa e Carlos Renê de Góes. Foi um culto muito abençoado. 1

Posse de oficiais em Guaricanga O MARIA APARECIDA FERREIRA DA SILVA, AGENTE DE O

ESTANDARTE DA IPI DE SÃO LUIZ DO GUARICANGA, PRESIDENTE ALVES, SP

Em Assembleia Geral realizada em 1º/2/2015, no horário da Escola Dominical, os membros da IPI de São Luiz do Guaricanga elegeram presbíteros, diácono e diaconisas, os quais tomaram posse de seus cargos no culto à noite realizado no mesmo dia, através da ministração do Rev. Zacharias Mariano de Souza. Engrandecemos ao nome do Senhor Jesus e agradecemos por todos que se dispuseram a aceitar o ministério a eles conoado. Louvado seja o Senhor! 1

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O Estandarte conta com 6 assinantes na Igreja de Salto de Pirapora

O Estandarte conta com 6 assinantes na Igreja de Salto de Pirapora

O Estandarte conta com 12 assinantes na Igreja de Guaricanga

Batismo e Profissão de Fé em São José dos Campos O MOACIR DE CAMPOS FILHO, AGENTE DE O ESTANDARTE DA IPI DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP

No dia 7/12/2014, foram recebidos novos membros por batismo e proossão de fé Lígia, Michelle, Wesley, Doroti e a pequena Lívia, no colo da mãe (olha do casal Michelle e Wesley). Oocializou a cerimônia o Rev. Esmael Salgado Arcas. Deus abençoe a todos. 1

O Estandarte conta possui assinantes na Igreja de São José dos Campos

Presb. Marindo, Presb. Arildo, Rev. Zacharias, Presb. Jetro e Presb. Amauri

Diac. Minervina, Diac. Doca, Diac. Margarete, Diac. Ozélia, Diac. Orides e Rev. Zacharias.


MARÇO 2015

CONCÍLIOS & IGREJAS CADERNO 3

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NOSSAS IGREJAS Louvor e adoração com posse das coordenadorias para 2015

O JAQUELINE FERLE E LEILA CRISTINA DA SILVA SILVEIRA, AGENTE DE O ESTANDARTE DA 1ª IPI DE MAUÁ, SP

No dia 1º/2/2015, no culto noturno, os irmãos da IPI de Mauá tomaram posse de seus cargos para o ano de 2015. Os presbíteros e diáconos, empossados em datas anteriores, foram convidados a permanecer à frente para participar desse momento junto com os irmãos. Os responsáveis pelos Ministérios e Coordenadorias foram apresentados para a igreja e, junto com eles, todos os que desempenham atividades nesses Ministérios e Coordenadorias muitas vezes nos “bastidores,” sem serem notados, mas sempre preocupados e empenhados para que tudo oque perfei-

to em cada trabalho realizado. Louvamos a Deus pela vida de cada um, pois todos trabalham para louvor, honra e glória do nosso Senhor e Salvador. "Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se ormes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil" (1Co 15.58). 1

O Estandarte conta com 13 assinantes na 1ª Igreja de Mauá

Culto de posse na 2a de Carapicuíba

Praça da Glória, sim! Praça da cirrose, não! O REV. NIVALDO GOIS, COORDENADOR DE MISSÕES DA IPI LIBERDADE, MARINGÁ, PR

A IPI Liberdade oca na Rua Frei Caneca, na cidade de Maringá, distante duas quadras da Praça da Glória. Em sua última Conferência Missionária, tomamos conhecimento que a tal praça era mais conhecida como praça da cirrose por causa dos usuários de bebidas e drogas que ali conviviam diariamente. Ficamos muito inquietos com esta informação. Como uma praça com um nome tão bíblico e tão próximo de uma igreja que tem a Bíblia como regra de fé e prática pode levar este nome? Ficamos inconformados e começamos a tomar algumas iniciativas. Desaoamos a igreja a realizar uma revitalização da praça com dois propósitos: primeiro, mostrar ao bairro que, como igreja, estávamos interessados na vida dele. Certamente temos famílias com lutas das mais diversas ordens e a igreja tem que ser o alívio e a portadora da paz que está em Cristo Jesus; segundo, nos aproximarmos dos usuários para demonstrar o amor de Jesus e ajudá-los e sair de uma vida para a qual Deus não os

criou e levá-los à recuperação da dignidade e da cidadania. Não foi fácil iniciarmos este trabalho. Por duas ou três vezes, tivemos que adiar, até que discernimos que a causa era de ordem espiritual. Oramos e, no sábado seguinte, começamos o trabalho de revitalização. Foram quatro sábados no período da tarde, nos quais limpamos, pintamos e nos relacionamos com as famílias e os usuários dos quais três decidiram sair da rua e foram encaminhados para uma casa terapêutica. Muitos participaram, mas destacamos a participação da juventude de igreja, que tem uma enorme disposição para servir. Encerramos este trabalho com uma

tarde de recreação e a noite com um olme, tendo a participação de algumas famílias do bairro. É a igreja se apresentando para servir. 1

O Estandarte não possui assinante na Igreja Liberdade

Despedida na IPI de Guaricanga O MARIA APARECIDA FERREIRA DA SILVA, AGENTE DE O

ESTANDARTE DA IPI DE SÃO LUIZ DO GUARICANGA, PRESIDENTE ALVES, SP

O PRISCILLA FREZZA VILLAR, MEMBRO DA 2ª IPI DE CARAPICUÍBA, SP

Com a presença dos membros da igreja, aconteceu o culto solene, no domingo dia 4/1/2015, no qual todos os irmãos que serão responsáveis pelos ministérios da igreja foram empossados. Foi um momento de louvor e gratidão a Deus por este momento alegre e festivo tão esperado pela igreja, pois o novo pastor da igreja local, o Rev. Orlando Nakamura, também to-

mou posse. Ele trouxe mensagem baseado em Esdras 8.17-23, ressaltando a importância do jejum na igreja. Foram dadas palavras de boas-vindas ao Rev. Orlando e à sua esposa Lia Nakamura pelo Presb. Samuel, vice presidente do Conselho. Tivemos também lindas mensagens cantadas. O Rev. Orlando, já empossado, ministrou a Santa Ceia do Senhor, fez a oração e bênção onal do culto. 1

O Estandarte conta com 7 assinantes na 2ª Igreja de Carapicuíba

No dia 21/12/2014, logo após o término da Escola Dominical, os membros da IPI de São Luiz do Guaricanga ozeram uma homenagem ao casal Rev. Hilário Michelini e Ester, que se despediam da igreja local, após três anos de trabalhos ministeriais. Cada membro pode presenteá-los e abraçá-los, após a apresentação de um vídeo com fotos que retratavam o período que ali passaram. Foi um momento emocionante para todos. O Rev. Zacharias Mariano de Souza e sua esposa Kelly falaram do exemplo e dedicação vivenciados pelo casal e testemunhados dia-

riamente numa vida de entrega e trabalho na obra do Senhor. A leitura do texto bíblico de Eclesiastes 3.1-15 foi realizada pela irmã Maria Paiva, o qual retrata a questão do tempo para Deus. Todos os presentes ainda puderam saborear em comunhão com os irmãos um delicioso almoço preparado cuidadosamente pelas irmãs. Choro, alegria, emoção, saudade, gratidão, dever cumprido... Estas e outras sensações tomaram conta dos ali presentes. Assim, a IPI de Guaricanga louva e agradece ao nosso bom

Deus por estas vidas que compartilharam ótimos momentos e trabalhavam com aonco e zelo na obra do Senhor, deixando marcas de grande exemplo para seus membros e irmãos na fé. Rogamos que as preciosas bênçãos do Senhor recaiam continuamente sobre suas vidas e de sua família. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3.1). 1

O Estandarte conta com 12 assinantes na Igreja de Guaricanga


16 CADERNO 3 CONCÍLIOS & IGREJAS

MARÇO 2015

NOSSAS IGREJAS Doação de Sangue na 1a de Ourinhos

Prof. Sérgio Tibiriçá é homenageado na Câmara Municipal O REV. EVANDRO LUIZ LUCCHINI, PASTOR DA IPI DE PRESIDENTE

PRUDENTE, SP

O IRENE JORGE DA SILVA, AGENTE DE O ESTANDARTE DA 1ª IPI DE OURINHOS, SP

Foi com muita alegria e satisfação que os irmãos Dener, Flávio, Paulo, Valdir e Willian, do Ministério Churrasqueiros de Cristo, da 1ª IPI de Ourinhos, estiveram, no dia 10/12/2014, no Banco de Sangue fazendo doação de sangue como voluntários. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o número de doadores de um país seja de 3 a 5% do total da população; no Brasil, esse percentual não chega a 2%. Nós queremos

incentivar os irmãos a serem doadores de sangue. Doe sangue para salvar vidas! 1

O Estandarte conta com 12 assinantes na Igreja de Ourinhos

Fim de ano na IPI de Guaricanga

O MARIA APARECIDA FERREIRA DA SILVA, AGENTE DE O

ESTANDARTE DA IPI DE SÃO LUIZ DO GUARICANGA, PRESIDENTE ALVES, SP

O om de ano na IPI de São Luiz do Guaricanga teve programações variadas com o intuito de celebrar com júbilo e alegria o Natal e a chegada do novo ano, engrandecendo e adorando o nome santo do Senhor. No dia 21/12/2014, durante a Escola Dominical, as crianças e adolescentes assistiram a uma apresentação de Natal realizada pelo “Tio Cidão”, pastor e missionário da Igreja do Evangelho Quadrangular de Bauru. No dia 24/12/2014, houve

um culto em louvor a Deus pelo nascimento de seu olho Jesus. Já em 31/12/2014, num culto iniciado às 22h00, os irmãos puderam aprender mais uma porção da palavra de Deus com a pregação do Rev. Zacharias Mariano de Souza, cumprimentar os aniversariantes do mês de dezembro e onalizar o ano com um momento de confraternização no salão social da igreja. Rendemos graças ao nosso bom Deus pelo ano ondo e rogamos as suas bênçãos para o ano novo. 1

O Estandarte conta com 12 assinantes na Igreja de Guaricanga

No dia 12/12/2014, a Câmara Municipal de Presidente Prudente, em sessão solene, homenageou o nosso irmão Sérgio Tibiriçá Amaral, membro da IPI Central de Presidente Prudente, onde serve a Deus juntamente com sua familia, onde também é professor da escola dominical e apoia na coordenação pedagógica. De família presbiteriana independente, é tataraneto do Rev. Caetano Nogueira Júnior e do Presb. Severo Virgílio Franco, ambos fundadores da IPIB, além de sobrinho do Rev. Sherlock Nogueira, que foi pastor titular de Presidente Prudente. Seus avós já falecidos, o Presb. Nóbile Di Piero e a Diac. Lydia Nogueira Di Piero foram fundadores das duas IPIs de São Luís do Guaricanga e de 5 igrejas em Bauru, além do Esquadrão da Vida. Nas criações de algumas igrejas bauruenses, houve a presença do seu tio, o Presb. e engenheiro Noly Di Piero. A mãe do homenageado, Belkiss Astrid Nogueira Di Piero Amaral, foi professora da Escola Dominical, em Bauru, por mais de 10 anos. O Decreto Legislativo nº 515 reconhece os relevantes serviços prestados por Sérgio Tibiriçá ao município como professor e coordenador do curso de Direito da Toledo Prudente, o que justioca a entrega da medalha de mérito “Grande Colonizador Coronel José Soares Marcondes”, que traz com a comenda o título de “Cidadão Prudentino”. A justiocativa da homenagem consta no decreto de outorga, que foi proposto pelo presidente da Câmara de Presidente Prudente, Valmir da Silva Pinto, com anuência de todos os vereadores que compõem a 16ª Legislatura. Sob sua direção acadêmica, a Faculdade de Direito de Presidente Prudente (Toledo Prudente) obteve três notas “A” no Provão do Ministério de Educação e conseguiu ainda três selos “OAB Reco-

Prof. Sergio, Maria Ines e o vereador Valmir

Rev Evandro discursa na homenagem

menda” conferido pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, além de ainda ter sido a única faculdade particular a ter o melhor aluno do Brasil na avaliação do MEC. A referida instituição é ainda o melhor centro universitário do País. Durante a sessão, diversos amigos, professores, ex-alunos e seus familiares puderam discursar sobre quem é Sergio Tibiriçá Amaral, cada qual sob sua ótica. O pastor titular da IPI Central de Presidente Prudente, Rev. Evandro Lucchini, falou sobre a dimensão da fé do homenageado. Além do pastor, acompanharam a sessão os Presbs. Amâncio Camargo e Renato Oliveira (Vice Presidente do Conselho) e também a Presba. Esmeralda Campos Vicentini, além de outros membros da igreja. Na abertura da sua fala, o homenageado pediu a proteção de Deus e pediu que o maestro Silas Gonçalves Albano tocasse o Hino Oocial da IPIB, “Um Pendão Real”. Também foi tocado e cantado o hino “Sou Feliz Com Jesus”. No discurso, Sérgio citou o evangelho de Lucas 19, que retratada de Jesus na cidade de Jerusalém. 1

O Estandarte conta com 29 assinantes na Igreja Central de Presidente Prudente

• Sérgio Tibiriçá Amaral nasceu em Bauru, no dia 14/12/1957, olho de Fausto Tibiriçá Amaral Filho e Bélkiss Di Piero Amaral. Casado com Maria Inês de Toledo Pennacchi Amaral é pai de três olhos (Maria Fernanda, Maria Eduarda e Gabriel), todos membros da IPI Central de Presidente Prudente. • É jornalista proossional, tendo sido chefe de reportagem, de redação e editor regional interino da TV Globo Oeste Paulista, em Bauru, emissora que trouxe o telejornalismo para o interior. • Foi bolsista do Rotary na Índia. Mudou-se para Presidente Prudente em 1997, quando iniciou seus trabalhos como professor de Ciências Políticas no curso de Direito. • Sérgio é Mestre e Doutor em Sistema Constitucional de Garantias pela ITE Bauru. Coordena o curso de Direito da Toledo Prudente e é professor da graduação e pós-graduação da Toledo Prudente Centro Universitário. É professor do mestrado e doutorado da ITE- Bauru; membro não residente e professor da Asociación Colombiana de Derecho Procesal Constitucional; membro-fundador e palestrante da Asociación Mundial de Justicia Constitucional; e membro vogal para o Brasil e coordenador do Grupo de Pesquisa e Iniciação Cientíoca da Toledo "Estado e Sociedade", com publicações, no Brasil, Argentina, Colômbia, México e Europa.


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NOSSAS IGREJAS

70 anos de ordenação pastoral O REV. GERSON DE MORAES, PASTOR JUBILADO DA IPIB

No dia 30/1/2015, pela graça de Deus, completei 70 anos de ordenação ao ministério da palavra e dos sacramentos. Não havendo quem me homenageie, eu mesmo o faço. Mas esta homenagem tem o sentido de um profundo agradecimento a Deus. Pois foi Ele mesmo que me chamou, nos meus 6 anos de idade, colocando no meu coração o desejo de ser pastor; e assim tornei-me no menino que queria ser pastor. De família pobre, consegui apenas cursar o primário e, devido à escassez do curso secundário e a falta de recursos, não me foi possível continuar os estudos. Iniciei um curso que me preparava para ser telegraosta da Estrada de Ferro. Mas não era feliz, pois via o meu sonho se desfazendo. À noite, apertava o travesseiro no rosto para que meus irmãos que dividiam o quarto comigo não vissem que estava chorando, pois o ardor do chamado queimava o meu coração e não podia atendê-lo. Morando em Botucatu, o pastor da igreja, o Rev. Antônio de Abreu Alvarenga, percebendo a minha vocação, pois, apesar de ter apenas 16 anos, dirigia e pregava nos cultos de meio da semana nas casas, me encaminhou para o Presbitério da Sorocabana, que me recebeu como candidato ao ministério. Assim, iniciei os meus estudos no Instituto José Manoel da

Conceição, onde cursei o ginásio e o colegial, indo em seguida para a Faculdade de Teologia de nossa igreja, em São Paulo, onde me bacharelei em teologia, em 1944. No ano seguinte, no dia 30 de janeiro, fui ordenado pelo Presbitério do Norte do Paraná, que me designou para as Igreja de Centenário do Sul, sede, mais as de Jaguapitã, Guaraci, Lupionópolis, e ltaguagé. Em seguida, fui transferido para Cornélio Procópio, mais as igrejas de Bandeirantes, Uraí e Cambará, e as congregações de Sertaneja, Primeiro de Maio e Leópolis. Em Cornélio, também lecionei inglês no ginásio local. A convite fui para a 1ª Igreja de Curitiba. Nessa ocasião, também dava assistência às Congregações de Castro e Ponta Grossa. Depois, também a convite, fui para a 1ª Igreja de Sorocaba onde igualmente dava assistência às Congregações de Rio Acima, Parada do Alto, Vila Santana e Vila Jardini. Depois por três anos, fui diretor interno de Betel - Lar da Igreja, tomando conta de 60 meninos. Nesse período, pastoreei as igrejas: 1ª e 2ª de Torre de Pedra, lbiúna e 2ª de Sorocaba.

O Rev. Daily Resende França, pastor da 1ª IPI de São Paulo, me levou para ser seu pastor auxiliar naquela igreja, quando igualmente atendia as congregações de Engenheiro Goulart, Brooklin, Piraporinha, Valo Velho, Pedreira e Parque Brasil. Hoje 4 delas são igrejas organizadas. Após 11 anos nesse pastorado, fui para a IPI de Vila Sônia. Nesse período, faleceu a minha esposa, Ana Angelotti Moraes, Tula, com a qual tivemos 4 olhos: Débora, Anderson, Judson e Dênison. Casei-me com Maude Andrade Amarai e, tendo me aposentado do INSS, fui morar em Rancharia, onde ela morava. Nessa cidade, fui pastor da igreja local e, posteriormente, das Igrejas de Cândido Mota, Maracaí, 2ª e 1ª de Assis. Foi quando resolvi pendurar o cajado, mas ainda, mesmo jubilado, colaboro com a IPI de Rancharia, bem como com a IPB local. Não é uma prestação de contas, mas o relato da bênção que Deus me deu, pois eu era o menino que queria ser pastor e Deus me tornou pastor de tantas igrejas e congregações, tendo, assim, uma inonidade de ovelhas das quais procurei cuidar. Deus não poderia ter feito algo melhor na minha vida: chamar-me e ter feito de mim pastor, abençoando muito nas minhas atividades pastorais, dando-me a direção do seu Espírito. Sou imensamente grato ao nosso bom Pai que me concedeu essa imensa alegria. A Ele toda honra e glória!

25 anos de ministério

Rev. Enzo Roberto

Pietra, Cláudia, Rev. Roberto, Vincenzo, Jonathan e Ruthe

A IPI do Alto da Vila Maria estava lotada no culto de ação de graças

Em culto de ação de graças, no dia 13/12/2014, no templo da IPI do Alto de Vila Maria, em São Paulo, SP, foram celebrados com alegria e muita emoção os 25 anos de ordenação pastoral do Rev. Enzo Basílio Roberto. A condução do culto e a proclamação da mensagem foram feitas pela amiga Ruthe Ventura Cuesta. As igrejas pastoreadas pelo Rev. Roberto tiveram participação na liturgia. Foi um culto alegre e festivo, pois representava 25 anos servindo ao Senhor. Sua família, sempre ao seu lado ajudando e participando

do seu ministério junto às igrejas que pastoreou, neste dia especial, lá estava reunida: Cláudia (esposa), Jonathan, Pietra e Vincenzo (olhos) e a Eunice (mãe), louvando a Deus por esta vida preciosa. As igrejas pastoreadas nestes 25 anos foram: IPIs de Vila Santa Maria, Jardim Guarujá, Grajaú, Alto de Vila Maria e Congregação Presbiterial de Atibaia. Neste ano, o Rev. Roberto assumiu a Igreja Presbiteriana Unida de Atibaia como colaborador fraterno. Foi um lindo culto e, apesar das homenagens prestadas, tudo foi para a glória e louvor do Senhor Deus.

Investidura pastoral em Rolim de Moura O PRESB. EDUARDO MUTSUO TOMIYOSHI, SECRETÁRIO DO CONSELHO DA IPI DE ROLIM DE MOURA, RO

O Rev. Juliano Cezar Domingues foi reconduzido como pastor titular no dia 4/1/2015. Foi um momento de louvor e gratidão a Deus por este momento alegre e festivo.

Na oportunidade, o Conselho expressou a gratidão a Deus pela vida do Rev. Juliano e sua família na caminhada em Rolim de Moura. Ele tem se destacado como um homem de Deus, servo oel e dedicado. O homenageado externou sua gratidão por tudo o que já vivenciou na igreja, convicto de que Deus escreverá um novo

capítulo em sua vida e ministério neste ano de 2015. A nossa oração é que nos coloquemos na presença do Senhor pedindo a graça e a direção para que o Rev. Juliano pastoreie segundo a vontade do Senhor. 1

O Estandarte conta com 13 assinantes na Igreja de Rolim de Moura


18 CADERNO 3 CONCÍLIOS & IGREJAS

MARÇO 2015

NOSSAS IGREJAS 74 anos

IPI do Turvo

48 anos a

2 de Santo André O PRESB. SIDNEI MARTINS TELES, DA 2ª IPI DE SANTO ANDRÉ, SP

O FRANCIS REGINALDO DE GÓES CAMPOS, AGENTE O ESTANDARTE IPI TURVO DE PILAR DO SUL, SP

No dia 21/12/2014, às 14h00, a IPI do Turvo de Pilar do Sul realizou culto de gratidão a Deus pelo 74° aniversário de organização eclesiástica da igreja. O pastor da igreja aniversariante,

Rev. Joselito da Silva Filho, dirigiu o culto e o pregador convidado foi o Rev. José Martins. A celebração ainda teve a participação do coral “Odair de Góes Vieira”, da 1ª Igreja Presbiteriana do Turvinho, Pilar do Sul. SP 1

O Estandarte conta com 4 assinantes na Igreja do Turbo de Pilar do Sul

53 anos

Culto de ação de graças da 1a de Mauá

No dia 15/1/2015, a 2ª IPI de Santo André comemorou 48 anos de organização. Foi um culto abençoado. Tivemos a honra de receber o presidente do Presbitério ABC, Rev. Paulo Rogério Malpelli, olho desta igreja, para a proclamação da Palavra. Também foi a posse do nosso querido pastor, Rev. Luiz Carlos Laurindo da Silva para o 12º ano de mandato. Após o culto público, tivemos uma calorosa recepção no salão social. Neste ano, elaboramos a lista dos pastores que ozeram parte da nossa igreja, desde a organização feita pelos pastores Rev. Armando Gonçalves (1ª IPI de Santo André) e Rev. Getúlio de Andrade (presidente do Presbitério ABC):

Pastores da 2a de Santo André:

• Janeiro de 1967 - Rev. Antonio Gouvêa Mendonça; • Janeiro de 1968 - Rev. Aníbal José Pereira;

• Junho de 1968 - Rev. Getúlio de Andrade; • Abril de 1969-Rev. Geraldo Aparecido Sorano; • Janeiro de 1971 - Rev. Tércio Morais Pereira; • Janeiro de 1974 - Rev. Leonildo Silveira Campos; • Janeiro de 1977 - Rev. Paulo Bueno Alvarenga; • Janeiro de 1980 - Rev. Getúlio de Andrade; • Junho de 1986 - Rev. Tiago Escobar de Azevedo; • Janeiro de 1987- Rev. Antonio de Oliveira Faria; • Janeiro de 1990 -Rev. Eduardo Galasso Faria; • Janeiro de 1995- Rev. Enos Gomes da Silva;

• Janeiro de 1996 - Rev. Antonio Miguel dos Santos; • Janeiro de 1999- Rev. Getúlio de Andrade e desde • Janeiro de 2004 - Rev. Luiz Carlos Laurindo da Silva. Deus continue abençoando esta igreja e toda as famílias que sobem a este lugar santo para cultuar e adorar ao Deus todo poderoso. a Conselho da 2 IPI de Santo André:

Presbs. Rodrigo, Vladimir, Sidnei, Rev. Luiz Carlos, Rev. Paulo Malpelli (presidente do Presbitério ABC) e Presbs. Leaci e Ilson.

Batismo Infantil em Guaricanga O MARIA APARECIDA

O JACQUELINE FERLE E LEILA CRISTINA,

FERREIRA DE PAIVA, AGENTE DE O ESTANDARTE DA IPI DE SÃO LUIZ DO GUARICANGA, PRESIDENTE ALVES, SP

AGENTE DE O ESTANDARTE DA 1ª IPI DE MAUÁ, SP

No culto do dia 18/1/2015, tivemos a grata oportunidade de louvar e agradecer a Deus por mais um aniversário da 1ª IPI de Mauá. Nossa igreja foi organizada no dia 21/1/1962 e nesse culto de ação de graças comemoramos 53 anos de sua organização. A igreja conta com vários irmãos que estavam no início e aqui permanecem conosco para a glória de Deus. Entre eles Iracilda Honório, uma das organizadoras, que orou fervorosamente a Deus, demonstrando amor e zelo por todos os irmãos e nos enchendo de graça pela sua fé e sabedoria. Nesse dia festivo, o casal Marcelo e Patrícia apresentou Miguel, seu primeiro olho, com 55 dias de vida,

que recebeu oração feita pelo Seminarista Marcelo Henrique. O Rev. Nemir de Moraes proclamou a Palavra nos exortando a ouvir a voz de Deus e seguir seus caminhos. Após o culto, nos reunimos no salão social para confraternizarmos e saborearmos um delicioso bolo com refrigerante. Que permaneçamos fortalecidos no amor de Deus, seguindo seus caminhos e levando sua palavra aos necessitados. 1

O Estandarte conta com 13 assinantes na 1ª Igreja de Mauá

No dia 23/11/2014, o Rev. Zacharias Mariano de Souza realizou o batismo de três crianças na IPI de São Luiz do Guaricanga. São elas: Maria Fernanda, olha do casal Olinda e Presb. Amauri; Rafaela, olha da Mirian e do Rafael; e Danilo, olho da Raquel e do Paulo César. Estiveram presentes todos os avós das crianças e a alegria tomou conta de todos por verem estes pequeninos seguin-

Olinda, Amauri e Maria Fernanda

Rafael, Mirian e Rafaela

do os caminhos do Senhor através do direcionamento de seus pais. Louvado seja o Senhor por essas famílias e que estas crianças cresçam na graça e conhecimento do Senhor Jesus! Raquel, Danilo e Paulo César

1

O Estandarte conta com 12 assinantes na Igreja de Guaricanga

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MARÇO 2015

CONCÍLIOS & IGREJAS CADERNO 3

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NOSSAS IGREJAS

D. Alexandrina: uma vida O WALDEMAR MARQUES, MEMBRO DA 1ª IPI DE OSASCO, SP

No longínquo 29/1/1915, nascia em São Simão, na localidade de Cerrado, a menina Alexandrina de Oliveira, olha de Alexandre de Oliveira, português radicado no Brasil, e de Maria Pereira; era a quarta olha do casal que ao todo teve 9 olhos, 3 homens e 6 mulheres (duas falecidas ainda jovens). As dioculdades onanceiras da família a empurraram mais para o interior de São Paulo, seguindo os trilhos da estrada de ferro, o mesmo caminho da expansão do café estado adentro. Passaram a viver em regiões ainda sendo desbravadas: São José do Rio Preto, Jaboticabal, regiões vagamente denominadas sertão. O destino lhe reservara uma trajetória de vida difícil. A morte do pai, a doença da mãe e a dispersão dos irmãos deixaram para trás, bem para trás, como um passado quimera, as lembranças de uma infância feliz. Casou-se ainda adolescente, como era o costume da época, com Andrelino Marques da Silva. Teve 6 olhos: um homem, 5 mulheres – uma delas falecida ainda bebê e outra, a mais nova, nascida dois meses após a morte do marido aos 37 anos apenas. São seus olhos, pela ordem de nascimento: Maria Aparecida, Gabriela, Anésia, Waldemar, Antônia (falecida ainda bebê) e, por último, Andrelina – nome destinado a perpetuar a lembrança do pai que não conhecera. Viúva ainda jovem, aos 30 anos, tinha pela frente o desaoo de criar os olhos pequenos e manter unida a família. Nada herdara de bens ou dinheiro; a pobreza era a marca comum das famílias de agricultores meieiros, parceiros ou arrendatários, formas predominantes de relações de trabalho no meio rural. Semianalfabeta e sem proossão, carregava consigo apenas uma enorme energia física e espiritual para enfrentar os desaoos da vida a partir de então. Sem o companheiro, o fardo de vida que já era pesado na pobreza do meio rural, tornara-se quase que insuportável para ser carregado por uma só pessoa, uma mulher.

Hoje, ela pode também dizer como o apóstolo: Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé... Fé que ela preserva e sem a qual certamente não teria trilhado o difícil caminho que a vida lhe impusera. Quanto à carreira, ainda não acabou, pois ela aqui está nos seus cem anos. A mudança para a cidade era a única opção. Primeiro Araraquara, depois a capital São Paulo, para o então distante subúrbio de Presidente Altino; isto na metade do século passado. Ao pesado trabalho no campo substituíra o não menos pesado trabalho braçal urbano em hotel, casa de família e fábrica. Por muitos anos, trabalhou no Frigoríoco Wilson entre o gelo das câmaras frigoríocas e as carnes dos animais abatidos. Do frigorí-

oco restam apenas lembranças; no lugar do imponente edifício de tijolo aparente, ao estilo americano, estão hoje prédios de apartamentos; as recordações dos mais velhos moradores do bairro são reavivadas pelo apito da antiga fábrica – acionado ainda hoje não sei por quem que alertava os operários para as horas de entrada e saída do trabalho. Os olhos começaram a trabalhar. À família foram agregadas

uma irmã viúva e a mãe, da qual cuidou até o falecimento. Os desaoos da vida persistiam na mesma grandeza, embora diferentes no meio urbano. A sobrevivência alcançara novo patamar proporcionado pelas facilidades da cidade; mas a pobreza não fora superada. Além do mais, no lugar da segurança afetiva proporcionada pela proximidade dos parentes e pela vizinhança acolhedora no meio rural que para trás ocara, predominava agora o anonimato e a insegurança da cidade ameaçadora para a família que se sustentava em base frágil. Na metade dos anos 50, ocorreu um fato que mudou o destino da família: a conversão ao evangelho. As energias se renovaram pelo conhecimento das Escrituras Sagradas e pelo pertencimento a uma comunidade de fé. Isto se deu pela inquência de uma família vizinha. A IPI de Bela Vista, em Osasco, pastoreada na ocasião pelo Rev. Roldão Trindade d’Ávila, acolheu a recém-convertida família de D. Alexandrina. De volta a Presidente Altino, a família passou a frequentar a 5ª IPI de São Paulo, hoje 1ª IPI de Osasco, pastoreada na época pelo Rev. João Euclydes Pereira. Ali foram batizados e recebidos por pública proossão de fé. Movida pela necessidade de ler a Bíblia, por esforço próprio D. Alexandrina conseguiu vencer a barreira que a falta da escola lhe impusera; desenvolveu a habilidade da leitura por si mesma, apenas ela e sua Bíblia - um obstáculo a menos na vida vencido a duras penas. Mas o tempo opera suas mudanças. Maria, casada, permanecera em Araraquara; Gabriela escolhera a vida missionária, ingressando na Missão Novas Tribos, tendo se casado em 1962 com Leroy Gideon Smith, missionário norte americano; Anésia casou-se em 1961 com Agildo Florêncio do Amaral; Waldemar, que veio a estudar Teologia e Sociologia concomitantemente, casou-se em 1969 com Sueli Camargo; Andrelina se casou em 1973 com Milton D’Almeida Ferreira Jr. Cada olho tomou seu rumo, tendo-se oxado em localidades distantes da mãe: Araraquara, São Paulo (Capital), Bahia (Vitória da Conquista) e Estados Unidos (Sanford, Flórida); só a

olha Anésia permaneceu junto à mãe. Em 1965, nova mudança, desta vez para o Jardim Bonogliolli, acompanhando a olha Anésia que para lá mudara com sua família para trabalhar no Seminário Teológico da IPIB. Em 1973, muda-se para Lençóis Paulista, acompanhando mais uma vez a olha Anésia. Ali foram acolhidos pela IPI local, comunidade evangélica de signiocativa expressão histórica no evangelismo que se expandiu pelo interior do estado de São Paulo. Já se foram mais de 40 anos e nesta igreja permanecem até hoje Vieram os netos, os bisnetos, os tataranetos. Sua vida transitou do cabo da enxada para o avião a jato; do isolamento rural para a vivência em um meio cultural da nação mais rica do planeta; da luta pela vida pelo usufruir a vida. Hoje D. Alexandrina olha para o seu passado com um misto de nostalgia e mesmo tristeza; foram muitas as lutas e, nelas, também as perdas. Mas as vitórias foram maiores e a alegria sobrepuja tudo o que ocou no passado. Hoje ela pode cantar: “Graças dou, sim, pela vida, pelo bem que revelou;/ Graças dou pelo futuro e por tudo que passou. /Pelas bênçãos derramadas, pelo amor, pela aqição; /Pelas graças reveladas, graças dou por teu perdão. /Graças pelo azul celeste e por nuvens que há também; /Pelas rosas do caminho e os espinhos que elas têm; /Pela escuridão da noite, pela estrela que brilhou, /Pela prece respondida e a esperança que falhou..." Hoje, ela pode também dizer como o apóstolo: Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé... Fé que ela preserva e sem a qual certamente não teria trilhado o difícil caminho que a vida lhe impusera. Quanto à carreira, ainda não acabou, pois ela aqui está nos seus cem anos. Admiração e afeto dos seus olhos: Maria, Gabriela, Anésia, Waldemar e Andrelina; dos seus netos, bisnetos e tataranetos; tantos são que não caberiam no curto espaço deste texto. (Pela sua vida, foi realizado um belíssimo culto de gratidão a Deus, com templo lotado, na IPI de Lençóis Paulista, no dia 29/1/2015)


20 CADERNO 3 CONCÍLIOS & IGREJAS

MARÇO 2015

NOSSAS IGREJAS Cantata de Natal do Ministério Infantil

Sala de Musicalização Infantil na 11a de Sorocaba O ANDRÉ ALMEIDA OLIVEIRA, MEMBRO DA 11ª IPI DE

SOROCABA, SP

O PRESBA. MARLENI PEDRO RIBEIRO, AGENTE DE O ESTANDARTE DA 1ª IPI DE ASSIS, SP

O ministério infantil da 1ª de Assis apresentou no ano de 2014, por ocasião do Natal, uma cantata intitulada “Natal Brasileiro”, focalizando a ogura do Senhor Jesus e a possibilidade de Ele ter nascido no Brasil, e as diversas situações e lugares que ele poderia ter passado. A participação das crianças foi de muita dedicação, empenhando-se no aprendizado das canções que eram muitas, e foram cantadas por elas mesmas. Contaram com a grande ajuda dos moços da igreja. É nestes momentos que vemos a força das crianças, a seriedade com que encaram as tarefas que

lhe são dadas. Esta foi a causa do sucesso desta apresentação. Louvamos a Deus pela vida das crianças, entendendo bem a mensagem da salvação, louvando ao Senhor e trabalhando na igreja, para a honra e a glória do nosso Deus. Parabéns, crianças! Fiquem ormes no Senhor! O Estandarte conta com 16 assinantes na 1ª Igreja de Assis

Encontro de Casais

E JAIRO ANTÔNIO RIBEIRO, COORDENADORES DE ADULTOS DA

1ª IPI DE POÇOS DE CALDAS, MG

Foi um ministério criado em 2014, pelo Rev. Ricardo César Marquesini, com apoio da Coordenadoria Local de Adultos e contou com também com a participação de convidados. As reuniões aconteceram mensalmente em cumprimento a um cronograma pré-estabelecido. Os temas com embasamento bíblico foram ministrados e direcionados para casais. São eles: “O desaoo da convivência do casal em baixo do mesmo teto”; “Sexo: a bênção de ser uma só carne”; “Eternos namorados”; “Conhe-

a igreja. Agradecemos a Deus por mais este ministério na nossa igreja. 1

O Estandarte conta com 2 assinantes na 11ª Igreja de Sorocaba

Final de ano festivo em Salto O PRESB. MANOEL PAES, AGENTE DE

1

Conjugar

O MARIA LOURDES PEREIRA RIBEIRO

No dia 12/10/2014, a 11ª IPI de Sorocaba inaugurou a sua sala de Musicalização Infantil. Foi um dia de festa para a igreja que, desde 2013, tem priorizado o ensino de música dentro da própria igreja para um melhor louvor ao nosso Deus. A sala de musicalização tem como prioridade a iniciação musical de crianças de 6 a 11 anos que, ao onal do curso, estarão aptas a ingressar em corais e conjuntos infantis, além daquelas que quiserem continuar seus estudos com instrumentos musicais. A sala de musicalização foi fruto do empenho e dedicação de toda

cendo melhor o outro”; “Fortalecendo a conoança”; e outros. Os casais foram motivados à comunhão e a uma gostosa convivência. No dia 29/11/2014, aconteceu o encontro de encerramento com uma abençoada confraternização, e os casais saborearam um delicioso jantar e se deliciaram com algumas horas de bate-papo. Observamos que o amor de Deus com esse ministério incentivou os organizadores para mais um ano de trabalho em 2015. “Obrigado, Senhor, pela vida de todos que de alguma forma colaboraram com esse acontecimento!” 1

O Estandarte conta com 24 assinantes na 1ª Igreja de Poços de Caldas

O ESTANDARTE DA IPI DE SALTO, SP

A IPI na cidade de Salto teve um onal de ano muito alegre e festivo, pois Deus nos abençoou de maneira muito especial. Comemoramos com simplicidade, mas com dedicação as datas como: 31 de julho, 111 anos da IPIB, também o dia da Reforma, em outubro e, em dezembro, antecipamos o Natal apresentando, no dia 21, uma cantata intitulada “Em busca do presente maior”, com a participação de crianças, adolescentes e adultos que, mesmo com simplicidade, tocou o coração dos irmãos e amigos que lotaram nosso templo. No dia 24, véspera do Natal, tivemos um culto de adoração enfatizando o nascimento do nosso Senhor Jesus Cristo, com participação de nossos irmãos. E, para onalizar o ano especialissimamente, no dia 28, em um

Recepção de novos membros

Cantata “Em busca do presente maior”

culto memorável, recebemos 6 novos membros por proossão de fé e batismo. São eles: Solange de Vicente Pinheiro, Elisangela Rodrigues Naldo,

Elisa Rodrigues Naldo, Márcio André Rodrigues Naldo, Pablo Uriel Rodrigues Naldo e Nicole de Azevedo Fabosse. No dia 31, encerramos o ano em culto de vigília no qual agradecemos ao nosso Deus pelo ano ondo e suplicamos as suas bênçãos para o ano que se inicia. Assim, podemos dizer: “Até aqui nos ajudou o nosso Deus e por isso estamos alegres!” 1

Bethel, visite o site e ajude

www.bethel.org.br

O Estandarte conta com 17 assinantes na Igreja de Salto


MARÇO 2015

CONCÍLIOS & IGREJAS CADERNO 3

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NOSSAS IGREJAS Arapongas realiza o VII Acampamento de Mulheres O ILKA SILVIA DE SOUZA JORGE, PRESIDENTE DO MINISTÉRIO DE

MULHERES DA IPI DE ARAPONGAS, PR

O Ministério de Mulheres da IPI Arapongas promoveu o VII Acampamento de Mulheres nos dias 31/10 a 2/11/2014, sob o tema “Mulheres de sucesso segundo o coração de Deus”. Esteve à frente como preletora durante todo o acampamento a Reva. Cláudia Dyna Martins, pastora da IPI de Mandaguari, PR, ministrando de forma abençoadora aos nossos corações. Cada vez mais a mulher quer ter sucesso, mas precisamos aprender a tê-lo segundo o coração de Deus. Contamos também com uma palestra feita pela Dra. Devanira Domingues

Demarque, psicóloga, sexóloga e terapeuta familiar (membro da 2ª IPI Londrina). Participaram conosco as irmãs da IPI de Mandaguari e da IPI de Jaguapitã. Foi um momento especial de muito louvor e adoração

ao nosso Deus, oportunidade para recarregar as energias espirituais e físicas. O Ministério de Mulheres, durante os três domingos subsequentes na escola dominical, esteve compartilhando o tema do acam-

Cada vez mais a mulher quer ter sucesso, mas precisamos aprender a tê-lo segundo o coração de Deus.

pamento com as irmãs que não puderam participar. Houve café da manhã, dinâmicas, experiências; enom, uma união fraternal. 1

O Estandarte conta com 21 assinantes na Igreja de Arapongas


22 CADERNO 4 OPINIÕES & REFLEXÕES

MARÇO 2015

TEOLOGIA

Dimensão da Vocação Divina O REV. REGINALDO VON ZUBEN, DIRETOR DA FACULDADE DE

TEOLOGIA DE SÃO PAULO DA IPIB FATIPI) E PASTOR AUXILIAR DA 1ª IPI DE SÃO PAULO

A sensibilidade, a noção, a importância e as consequências relacionadas à vocação no meio cristão, infelizmente, cada vez mais têm diminuído. Poucas são as pessoas que, correta e verdadeiramente, reservam tempo, preocupam-se de fato e se dedicam como deveriam com o tema da vocação divina. Por sua vez, o conceito vocação tem sido usado com frequência no âmbito da carreira proossional, tanto para a escolha como para o exercício em si. Não há nenhum mal nisto, principalmente para quem já leu e concorda com as perspectivas apresentadas no capítulo três do conhecido livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, de Max Weber, intitulado “A concepção de vocação de Lutero”. Neste capítulo, Weber indica que, dentre outras coisas, Lutero deu início àquilo que podemos chamar de signiocado religioso e cristão do trabalho secular, concepção esta que se espalhou para outros ramos do protestantismo. Para Weber, a Reforma Protestante foi um movimento que se desvencilhou dos preceitos éticos tradicionais da cultura religiosa da época, na qual somente a vida monástica tinha valor perante Deus, e sacralizou o que chamamos hoje de trabalho secular. Neste sentido, o conceito de vocação, extremamente bí-

blico e teológico, passou a ser usado para valorizar o cumprimento do dever no âmbito das proossões seculares. Como já aormado, não há nenhum problema na concepção da vocação relacionada ao trabalho secular. O problema é como nós, cristãos, compreendemos e valorizamos o conceito de vocação hoje. Por um lado, devemos evitar o reducionismo de conceber somente as pessoas que compõem a liderança na igreja como pessoas vocacionadas, ou seja, o pastor, a pastora, o missionário, a missionária, quem canta, quem dá aula, etc. Por outro lado, devemos evitar também o exagero pautado nos sentimentos e na vontade humana como determinantes da vocação divina. Antes de tudo, vocação é ação divina, é chamado de Deus. Esta vocação desperta em nós sentimentos nem sempre desejados e, na maioria das vezes, não corresponde às nossas

expectativas. Na Bíblia mesmo, encontramos diversas histórias em que a vocação divina exigiu renúncia, negação de si mesmo, abandono das prioridades e dos projetos pessoais. O termo vocação é derivado latim e signioca “chamar”. Na Bíblia, é um termo muito comum e indica a ação de Deus na vida de homens e mulheres. De maneira geral, todo cristão é vocacionado, pois foi escolhido e chamado por Deus para pertencer ao seu povo, ao corpo de Cristo, à comunhão do Espírito Santo. Todos os cristãos são chamados para uma vida carismática, ou seja, capacitados pelo Espírito Santo para o serviço, em primeiro lugar a Deus, por meio da adoração, louvor e culto, e em segundo lugar ao próximo, por meio da comunhão, solidariedade e compaixão. A vocação divina nos coloca na perspectiva e na busca da consagração à vontade de Deus e nos propor-

ciona segurança, alegria e realização pessoal. De forma mais ampla, a nossa vida pode ser compreendida como chamado de Deus, pois fomos criados à imagem e semelhança dele (Gn 1.26-27), passamos a ser alma vivente a partir do sopro divino (Gn 2.7) e como escreveu Paulo: “Somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que andássemos nelas” (Ef 2.10). A vida é a grande vocação. Da mesma forma, somos vocacionados para participarmos do projeto da criação de Deus, isto é, somos co-criadores criados e, deste modo, devemos cooperar com Ele na manutenção e preservação do nosso habitat. Somos chamados para “cultivar e guardar o jardim” (Gn 2.15), lugar onde a vida se desenvolve. Somos mordomos perante a criação e a doutrina da mordomia contribui signio-

Devemos evitar o reducionismo de conceber somente as pessoas que compõem a liderança na igreja como pessoas vocacionadas, ou seja, o pastor, a pastora, o missionário, a missionária, quem canta, quem dá aula, etc. Por outro lado, devemos evitar também o exagero pautado nos sentimentos e na vontade humana como determinantes da vocação divina. Antes de tudo, vocação é ação divina, é chamado de Deus.

´ www.fatipi.edu.br.

cativamente para o agirmos de maneira responsável para com o bem estar de todas as coisas criadas. Somos vocacionados também para o amor de Deus. Em Cristo Jesus e mediante ação do Espírito Santo, somos chamados para nos relacionarmos com Deus como olhos e olhas. Deus é nosso Pai e nos ama incondicionalmente. Paulo diz que o amor de Cristo nos constrange (2Co 5.14), devido à riqueza e à grandiosidade deste amor. Por causa deste amor, passamos a ter nova vida e a desfrutar da vida eterna. Somos vocacionados também para a liberdade em Cristo Jesus. Nele, somos libertos do pecado que nos aprisiona, nos condena e nos afasta de Deus. Em Cristo, somos libertados da morte que nos separa de Deus e faz com que vivamos nas trevas. No Filho de Deus, nosso Senhor e Salvador, somos libertados de nós mesmos, do nosso egoísmo, da nossa frieza e da nossa prepotência em obter méritos a om de justiocar a salvação que recebemos tão somente pela graça de Deus. Na verdade, Deus nos vocaciona para a vida em abundância e para a vida eterna. Por om, como integrantes do Corpo de Cristo, somos chamados por Deus e capacitados pelo Espírito Santo para abraçarmos determinados ministérios e realizarmos ações que ediocam a igreja. Trata-se de uma dimensão especíoca da vocação divina, à qual devemos estar atentos, desejar e sermos oéis ao chamado de Deus.


MARÇO 2015

OPINIÕES & REFLEXÕES CADERNO 4

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ARTIGOS

Testemunhos do livro de Atos O PRESB. NAUR DO VALLE MARTINS, DA 1ª IPI DE SÃO PAULO

naurvmartins@gmail.com

Com um breve relato do ministério de Paulo como prisioneiro em Roma, termina o livro de Atos. Mas, na história da cristandade, a conclusão não marca um om, mas um começo. A perseguição, cujo objetivo era acabar com o cristianismo, serviu, todavia, para levar a salvação a muitos, e honra e louvor ao nome do Salvador. 1) Testemunho aos judeus (At 28.23-29)

• Ensino e Resposta No dia marcado, um grande número de judeus foi ao encontro de Paulo em sua casa. Paulo lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus, procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela lei de Moisés, como pelos profetas (At 28.23). Mostrou que o Antigo Testamento aponta para Jesus, o Messias. O autor de Atos não mostra que passagens Paulo usou como ar-

gumentos para os seus ouvintes, mas provavelmente incluiu passagens como encontradas em vários livros do Antigo Testamento bem como do Novo Testamento. Que são muitas! Paulo ensinava seus visitantes desde a manhã até à tarde, porém não devemos supor que falava durante todo o tempo. Os visitantes estavam familiarizados com as Escrituras que Paulo expunha, e provavelmente faziam perguntas. O fato de terem se demorado o dia todo indica o grande interesse pelo que Paulo tinha a falar. Quando o dia terminava, alguns dos visitantes haviam se convencido da verdade do que Paulo disse, mas outros não (v. 24). Mais uma vez, Paulo veriocou que, como em todo lugar onde pregava, acontecia o mesmo: apesar de alguns aceitarem o evangelho e se voltarem para Cristo, muitos não o faziam. Entre os que ouvem e aceitam, há sempre os que ouvem e rejeitam as boas novas da

vida eterna em Cristo. • Entre os Gentios Antes das visitas saírem, Paulo lhes mostrava como o profeta Isaías viu a rejeição deles ao evangelho (v.25-27 e Is 6.9,10). Eles ouviram as boas novas, porém não compreenderam. Porquanto o coração deste povo se tornou endurecido; isto é, o coração deles estava insensível, fechado para Cristo que morrera por eles. Por causa da dureza de coração, de sua mente fechada, eles eram incapazes de se voltar para Deus, que podia salvar sua alma. Paulo mostrou tudo isso a eles antes de irem. Tomai, pois, conhecimento de que esta salvação de Deus foi enviada aos gentios. E eles a ouvirão (v.28). As boas novas rejeitadas pelos judeus, os gentios haveriam de ouvir e receber bem. Paulo não aormou, é claro, que todos os gentios receberiam o evangelho, da mesma forma que nem todos os judeus o receberam. Ele apenas mostrou

ser estranho que exatamente os que esperaram tanto o Messias o rejeitaram quando ele apareceu, enquanto muitos gentios, que nunca tinham ouvido dizer que existia um Salvador, o receberam avidamente. Muitos dos que deram testemunho de Cristo tiveram experiência como essa. É uma falha comum das pessoas rejeitarem exatamente o que estão procurando. Como os judeus procuravam o Messias, as pessoas de hoje procuram uma solução para o pecado e para o desespero. Assim como muitos judeus rejeitaram Jesus, o seu Messias, quando apareceu entre eles e quando o seu evangelho estava sendo proclamado pelos discípulos, muitas pessoas hoje rejeitam o mesmo Messias – e o mesmo Jesus, o único que pode livrá-los do vínculo do pecado. 2) Testemunho a todas as pessoas (At 20.30,31)

Paulo permaneceu dois anos

na casa que alugara. Ele não podia abandoná-la, porque estava preso. Mas podia ter visitas e recebia a todos que o procuravam (At 28.30). Com intrepidez e conoança, Paulo pregava o evangelho e ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo (v.31) a toda e qualquer pessoa interessada que vinha a ele. É possível, entretanto, que o autor de Atos, neste ponto, tenha terminado propositalmente o seu relato dos inícios da igreja e da vida e ministério de Paulo. Mas, realmente, não foi um om e, sim, uma pausa na difusão progressiva do evangelho. Talvez tenha sido essa a intenção dele. Ele pode ter decidido não completar sua narrativa, mas parar por aqui, a om de que a igreja, através dos tempos, pudesse continuar a história, à medida que espalhasse as boas novas da salvação, em obediência à grande comissão de Jesus (At1.8), até aos conons da terra.


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ARTIGOS

Ausentes na Ceia do Senhor O MIS. ADEMIR ALMEIDA, DA CONGREGAÇÃO DE PARQUE DOS PÁSSAROS, DA IPI DE AREADO, MG www.missionárioademir.com.br

Todo cristão, que foi justiocado e remido pelo sangue de Cristo, passou pelo batismo, que está em plena comunhão com o Senhor e com sua igreja, deve ser participante da Ceia do Senhor. O culto em que há celebração da Ceia, assim como os demais, deve ser encarado pelo cristão com reverência, alegria, quebrantamento e arrependimento. Luciano Subirá, escritor e pastor da Comunidade Alcance, em Curitiba, PR, menciona que existem pelo menos dois critérios básicos a respeito da atuação do cristão à mesa do Senhor: estar aliançado com Cristo e com vida espiritual em ordem. Vale a pena expor o texto bíblico tão citado em nossos cultos para nossa reqexão: “Eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem” (1Co 11.23-30). É importante ressaltar que, neste contexto de participação, cada um deve julgar a si mesmo. A Ceia nos fala de comunhão, perdão, reconciliação, etc. Qualquer pastor enche seu coração de alegria quando vê sua igreja ativa neste momento tão sublime e importante. Há um mover do Espírito Santo quando nos reunimos para celebrarmos a Ceia em um contexto de união e amor. Ali o Senhor ordena sua bênção! (Sl 133). Porém, todo aquele que tem um coração verdadeiramente de pastor oca

entristecido quando percebe que, em sua igreja, uma boa parte de suas ovelhas falta aos cultos, bem neste dia de Ceia. Infelizmente, muitos irmãos nas igrejas do Senhor Jesus estão mais que ausentes nestes momentos especiais. Logicamente, há aqueles que não participam das atividades da igreja por questões de enfermidades ou outras situações que os impossibilitam de estarem presentes. Mas existem ausências que não são justiocáveis. Os motivos são variados: falta de reconciliação e perdão, problemas emocionais

Diocilmente está tudo indo bem com alguém que foi salvo por Cristo e deixa de participar da mesa do Senhor ou dos cultos. Além desta problemática quanto ao que se refere a irmãos faltosos nesta importante celebração na vida do cristão, existe também uma outra questão já abordada por Augustus Nicodemus em seu livro “O ateísmo cristão e outras ameaças à igreja”, onde ele diz que alguns cristãos simplesmente abandonaram a igreja e a fé, mas existem irmãos que querem abandonar a igreja e manter a fé, querem ser cris-

ta e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?” (Lc 15.3,4). Quantas ovelhas em nossas igrejas estão “perdidas” no mundo da amargura, na falta de perdão, no pecado da omissão de suas devidas obrigações e deveres como membros. Que a igreja se desperte em oração e ajuda a estas pessoas, a começar por nós, líderes. Cabe à liderança da igreja ocar atenta às faltas de irmãos e procurarem uma solução. Cabe também a tais irmãos que estão precisando de ajuda tomar uma posição quanto à sua participação na Ceia do

é verdade? Pessoas são falhas. Líderes são humanos e passíveis de erros. Procure entender as falhas e os deslizes dos outros, pois, quando for você quem errar, poderá pedir graça a quem magoou. O desejo de Deus é que você venha a ter uma vida abundante, vivendo o cristianismo com maturidade e responsabilidade, e sendo uma bênção em sua família, igreja e sociedade. Entregue-se aos cuidados do Senhor Jesus. Ele tem o melhor para você. Encerro este artigo com as palavras de um homem que sofreu na

e espirituais consigo e com outros, dúvidas doutrinárias a respeito do assunto, desinteresse, etc. Todavia, é preciso que nós, líderes, venhamos a acompanhar tais irmãos que são “omissos” em relação à sua atuação na Ceia do Senhor. Como igreja, devemos orar e acompanhar tais irmãos e não julgá-los de forma precipitada pelos seus atos. Aliás, a respeito dos julgamentos, eles devem começar conosco: “Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” (Mt 7.5). Ricardo Gondim, em seus escritos, aorma que o que faz igreja ser igreja é o envolvimento com vidas. Existe uma boa parcela de irmãos queridos que necessitam de ajuda espiritual e emocional. Toda ausência tem um motivo.

tãos, mas sem a igreja. Por mais que alguns discordem, biblicamente falando, é impossível manter-se oel a Deus longe da comunhão e do lugar que Ele preparou para os seus: a igreja. Quando temos vínculo com Cristo, temos um vínculo com sua igreja e sua Palavra, pois somente desta maneira iremos experimentar o mover de Deus em nossa vida e iremos ter condições de andar na luz e não em trevas. Mas, voltando à nossa temática, o que tem impedido nossos membros de participarem da Ceia? Como estamos cuidando de tais irmãos que estão ausentes? Não devemos esquecer da parábola da ovelha perdida. “Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noven-

Senhor. O desaoo é grande, mas não impossível. Talvez você que esteja lendo este artigo esteja ausente da mesa do Senhor há meses ou anos. Se o pecado tem sido o grande vilão que o tem impedido de comungar juntamente com os irmãos, lembre-se que o pecado esgota nosso poder espiritual, mas o arrependimento e conossão nos restauram. É tempo de novos recomeços! Se você necessita de reconciliação com sua igreja e liderança, comece pela humildade. Sem humilhação não haverá reconciliação! Procure aprender com a situação. Caso alguém te magoou, ore por você e pelo ofensor. Procure canalizar sua atenção para os aspectos positivos. Quantas pessoas nós mesmos já magoamos e nem percebemos, não

pele dores e rejeições, mas que clamou ao Senhor, assim dizendo: “Cura-me, Senhor, e serei curado; salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor” (Jr 17.14). Não oque de fora da comunhão, pois em Cristo Jesus você é mais que vencedor! Faça uma autoanálise e busque a restauração em Cristo. “Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova” (Jó 14.7-9). Que o Senhor cure e fortaleça sua igreja, pois a comunhão entre os cristãos é uma revelação pública do amor de Deus, principalmente no ato em que a Ceia do Senhor é celebrada.


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O MUNDO E O REINO –- NOTÍCIAS FACULDADE DE TEOLOGIA DE SÃO PAULO DA IPIB (FATIPI)

Colômbia - somos muitos, somos um

Reunidos em Bogotá, na Colômbia, de 27/2 a 5/3/2015, estudantes cristãos de todo o mundo se dedicaram ao estudo do tema “Somos Muitos, Somos Um – enviados para construir a justiça e buscar a paz de Deus”. O evento, promovido pela Federação Mundial de Estudantes Cristãos (WSCF/Fumec), permitiu que, durante 7 dias, em reuniões de estudo bíblico e workshops, os participantes discutissem amplamente o assunto. Com sede em Genebra, a Federação acolhe pessoas de todas as tradições cristãs, encorajando o diálogo entre elas. Fundada em 1815 (John R. Mott), tem como propósito a formação de líderes para o movimento ecumênico. Tal visão e o zelo missionário muito contribuíram para os primórdios do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), organizado em 1948. Entre seus objetivos estão o forte compromisso com a justiça social bem como a dedicação ao estudo das ciências e a paixão pelo estudo da fé cristã. (www.wscfglobal.org)

Evangélico preside a Câmara

Eleito presidente da Câmara com ampla margem de votos, o deputado Eduardo Cunha (PMDB, RJ), evangélico há 15 anos, deverá presidir o Congresso Nacional até 2017. Em seu pronunciamento já vitorioso, disse que espera “conduzir a Casa em conformidade com os desejos da sociedade” e, com esse propósito, “vigia e ora”. Em sua atuação como deputado, ele “já deu declarações contrárias a projetos de movimentos sociais e da comunidade gay. Não apoia o onanciamento privado de campanhas e a regulação econômica da mídia, defendida pelo Governo.” Poderá “dar seguimento a CPIs incômodas” para a presidente Dilma. No entanto, “deverá ser alvo de inquérito no caso que apura esquema de corrupção na Petrobrás” (Operação Lava Jato). Sobre a disputa entre Cunha e Chinaglia, o jornalista Bernardo de Melo Franco diz que a campanha dos dois rivais ocorreu na “base das negociações internas e do corporativismo. Foi dominada por jantares, viagens de jatinho, promessas de cargos e de mordomias". Para ele, Cunha “é um símbolo da pequena política. Representa a política dos negócios, onde o público e o privado perdem fronteiras.” (Folha, 2/2/2015).

Menos direitos humanos

Segundo a organização Human Rights Watch (HWR), o ano de 2014 não registrou melhorias no que se refere ao trato com problemas ligados aos direitos humanos na América. Apesar das notícias sobre a normalização de relações entre Cuba e EUA, e os avanços nas negociações de paz na Colômbia, houve retrocessos em países como Venezuela, Cuba, Colômbia, México. Os Estados Unidos também preocupam pelas violações sistemáticas nas áreas de justiça penal, imigração e segurança nacional. Há uma lacuna quanto à igualdade de direitos das minorias raciais pelas forças da ordem. Aí houve também o enfraquecimento de liberdades como a da imprensa e a de expressão, em função dos maciços programas de vigilância no país. No Brasil, a violência policial e a tortura nas prisões são as violações que mais preocupam a HRW. Conforme o relatório, os dois principais estados brasileiros registraram aumento da letalidade policial no ano passado. No Rio de Janeiro, o aumento foi de 40% entre janeiro e setembro de 2014 em comparação com o mesmo período de 2013. Em São Paulo, o crescimento foi de 97%. Sobre tortura, a preocupação da ONG internacional foram as 5.431 denúncias recebidas pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos no ano passado. (IHU, 30/1/2015)

Riqueza mundial desequilíbrio

Segundo o Prof. Ladislau. Dowbor (Conversa Aoada, 20/1/2015) o relatório da ONG britântica Oxfam, apresentado no Fórum Social Mundial em Davos, na Suíça, indicou que a riqueza mundial nas mãos de 1% mais ricos subiu entre 2009 e 2014. Agora 80 pessoas detêm mais riqueza acumulada do que os 3,5 bilhões de pessoas na base mais pobre da sociedade (para uma população mundial da ordem de 7 bilhões). Tanto o presidente dos EUA Barack Obama como o papa Francisco e a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) Cristiane Lagarde manifestaram preocupação com essa desigualdade social. “Para a Oxfam, a desigualdade social não deve ser tratada como algo inevitável. A ONG lista uma série de medidas para colocar a diferença entre ricos e pobres sob controle, como fazer os governos trabalharem para seus cidadãos e terem a redução da desigualdade como objetivo; a promoção dos direitos e a igualdade econômica das mulheres; o pagamento de salários mínimos e a contenção dos salários de executivos; e o objetivo de o mundo todo ter serviços gratuitos de saúde e educação.”

1% dos mais ricos subiu entre 2009 e 2014. Agora 80 pessoas detêm mais riqueza acumulada do que os 3,5 bilhões de pessoas na base mais pobre da sociedade (para uma população mundial da ordem de 7 bilhões).

2017 - Luteranos e católicos juntos diante de Deus

Luteranos e católicos alemães esperam que a comemoração comum da Reforma possa constituir mais uma oportunidade para o avanço juntos no caminho pela unidade. Assim se expressou o sacerdote alemão Matthias Turk, oocial do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, em artigo publicado no jornal L´Osservatore Romano, de 25/1/2015: "O diálogo ecumênico hoje não pode mais ser separado da realidade e da vida das nossas igrejas. Em 2017, os cristãos luteranos e católicos comemorarão conjuntamente o quinto centenário da Reforma. Nessa ocasião, luteranos e católicos terão a possibilidade de, pela primeira vez, compartilhar uma mesma comemoração ecumênica em todo o mundo, não na forma de uma celebração triunfalista, mas como proossão da nossa fé comum no Deus Uno e Trino. No centro desse evento, portanto, haverá a oração comum e o íntimo pedido de perdão dirigido ao Senhor Jesus Cristo pelas culpas recíprocas, junto com a alegria de percorrer um caminho ecumênico compartilhado. Que essa comemoração da Reforma possa nos encorajar, a todos, com a ajuda de Deus e o apoio do seu Espírito, a dar mais passos rumo à unidade e a não nos limitarmos simplesmente ao que já alcançamos." No cumprimento desta meta diversos passos têm sido dados pelas duas igrejas. Um deles foi a elaboração, no ano passado, do documento ecumênico Do Conqito à comunhão, onde se destaca o arrependimento, a gratidão e a esperança como aspectos da fé cristã que católicos e luteranos têm em comum. Faz parte deste documento a importante aormação: “No esforço para cimentar progressivamente as relações recíprocas, não devemos nunca nos esquecer de que o serviço fundamental do ecumenismo consiste em testemunhar a presença do Deus vivo em sociedades cada vez mais secularizadas.” (IHU, 28/1/2015)

Níger - ataque a igrejas protestantes

20 templos e escolas foram destruídos no Níger, e 10 pessoas foram mortas, segundo o missionário protestante brasileiro Jefferson Garcia. Níger é um país predominantemente muçulmano, muito pobre, que oca no norte da África e os ataques foram feitos durante os protestos contra o jornal francês Charlie Hebdo e suas publicações consideradas ofensivas a Maomé. Na capital Niamey, os dois templos que foram incendiados e saqueados pertencem à Igreja Presbiteriana Viva, de Volta Redonda, RJ. "Estou em estado de choque. Moro aqui desde 2009 e na África há 14 anos, e nunca vi algo parecido", disse um outro missionário, pastor Roberto Gomes. "A relação com os muçulmanos sempre foi tranquila. Só pode ser coisa do Satanás", aormou. (Leandro Collon, Londres, Folha, 19/1/2015) netdia.blogspot.com

O REV. EDUARDO GALASSO FARIA, PROFESSOR DA


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A VOZ DO SENHOR

Subsídios para o estudo dos textos do Lecionário Comum Revisado 29 de março de 2015 Domingo de Ramos João 12.12-18 Textos complementares: • 2Sm 6.12-23; • Sl 118.19-29; • Ap 12.12-18. O REV. LYSIAS DE OLIVEIRA SANTOS, PROFESSOR DA FACULDADE DE TEOLOGIA DE SÃO PAULO DA IPIB (FATIPI)

Nossos textos tratam de um assunto bastante presente na Bíblia: a entronização do Messias. O ponto central destes textos de entronização consiste na sublimação de tudo aquilo que é convencional em situação semelhante. No texto escrito, geralmente esta sublimação é redigida na forma de poesia. Nosso objetivo é reconstruir o episódio da entrada triunfal de nosso texto dos evangelhos a partir das informações dos textos complementares, notando, porém que é o Salmo 118 que vai estabelecer a essência dos principais momentos desta narração dos evangelhos.

O rei aclamado (Jo 12.12-13)

A versão de João começa com o reconhecimento da realeza por parte dos súditos. Em situação normal, o rei é reconhecido na cerimônia da coroação e, depois, por feitos determinados, principalmente pelas vitórias na guerra. Nosso rei, porém, é reconhecido pelo povo, e o feito que levou o povo a esta exclamação é alguma coisa bastante estranha. Não é incomum na Bíblia um rei ser reconhecido pela prática de um ato estranho às façanhas normais dos soberanos. Em 2 Samuel, Davi é aclamado pelo povo porque desce ao nível da multidão e dança com ela; no Salmo 118, o rei é exaltado por causa dos sentimentos de felicidade que coloca no coração do salmista; e, em Apocalipse 12, o rei apresenta-se no meio de seres sobrenaturais e por eles é adorado. Mas o motivo da aclamação de nosso rei

Que

rei é este? é mais estranho ainda. Segundo João, ele é aclamado porque fez um morto voltar a viver. No primeiro momento de nosso texto, são apresentados diferentes ângulos desta sublimação. Não são, como era de se esperar, os nobres que estão à frente, comandando a aclamação; pelo contrário, segundo outras versões do episódio, os nobres querem impedir a saudação. Esta situação está presente também em 2 Samuel, e lá os nobres estão representados pela esposa de Davi. Em uma interpretação surrealista, diríamos que as diferentes oguras que assumem o papel de súditos no texto do Apocalipse também representam esta sublimação. O mesmo podemos dizer da ação solitária do salmista do Salmo 118, que sente na plenitude de seu coração o valor daquele que está sendo entronizado, como que condensando em si mesmo todos os adoradores do rei. Outro dado é a mistura de informações sobre o ungido. A poesia do Salmo 118 identioca, ao mesmo tempo, o ungido com o rei de Israel, com o trono do pai Davi e com o próprio Senhor Deus. A situação está misturada também em 2 Samuel 6. Davi se apresenta como rei, mas é ele quem está saudando o Senhor, que tem na arca o seu sublime trono. A não identiocação daquele que está sentado no trono, em Apocalipse 12, faz coro também com o Salmo 118, que declara ser o adorado o Senhor, rei e Senhor dos céus e da terra. O material de adoração também é eclético: roupa, ramos. O Salmo 118 também fala em ramos. Igualmente são diferenciados os gestos: inclinação do corpo, danças, o vai e vem da multidão. O enigmático “Hosana” pode estar dizendo muitas coisas; pode sin-

tetizar as doxologias proferidas no Apocalipse; pode estar reproduzindo o som das trombetas de 2 Samuel 6; pode ser uma versão do cântico dos anjos: “Glória a Deus nas alturas”. Mas é o poeta do Salmo 118 quem dá o estribilho: “Bendito o que vem em nome do Senhor”.

A presença do rei (Jo 12.14-15)

O momento seguinte registra o aparecimento do rei. Fiéis à linha do tempo, as outras versões colocam este momento em primeiro lugar e demoram-se em seus pormenores. João resume e estabelece uma situação nova para o aparecimento do rei. Normalmente imaginamos o rei em uma postura estática, sentado em seu trono, em plano mais elevado do que os súditos, comedido nos gestos de seu cetro e de suas palavras. Nosso rei aparece em movimento, no meio da multidão, em situação inusitada, semelhante àquela na qual Mical fraga a Davi. Malgrado a aparência estática do trono, o texto de Apocalipse l2 é também uma estrutura em movimento: ruídos, bater de asas, incessante movimentação. É a imagem ideal para retratar o rei “que vem”, que é por todos esperado. Para onde se dirige o rei? Davi dirige-se para um templo imaginário, que ainda seria construído. O trono do Apocalipse situa-se em lugar indeterminado. Jesus dirige-se osicamente para o templo de Jerusalém, mas, na verdade, o templo que vai recebê-lo é um templo espiritual. Por isso é novamente o Salmo 118 que descreve o verdadeiro destino do rei: “Abri-me as portas da justiça”. Alguém, fazendo humor, escreveu: “Vende-se uma janela com vistas para o mar.”

Mas aqui o assunto é sério. O que importa é o abrir das portas para que entre o Rei da Glória. O que importa é o abrir das portas, como disse outro poeta: “Abra, em nome de abrir”. Ao ser questionado sobre isto, em outro lugar, Jesus, no registro de João, declara: “Eu sou a porta.” E ainda o Salmo 118: “Esta é a porta do Senhor; por ela os justos entrarão”. Está sublimado também o tipo de transporte do rei. No nosso texto do Antigo Testamento, o grande rei Davi está a pé. Jesus está montado em um jumentinho. Fato tão estranho que nem mesmo seus discípulos mais próximos entenderam.

Desvendando o segredo do rei misterioso (Jo 12.16-17)

Na sequência do texto, João ensaia um princípio de interpretação. Por estar mais longe dos acontecimentos, tem condições melhores do que seus pares para explorar o sentido do texto. Os princípios por ele usados são precisos: o tempo próprio da interpretação, a recorrência às Escrituras com a fórmula básica: “está escrito”; a relação guardada com outro episódio narrado, a ressurreição de Lázaro. Os autores dos nossos textos usam diferentes recursos para interpretar os fatos. 2 Samuel 6 põe na boca de Davi aquilo que Mical não estava entendendo. O Apocalipse emprega o surrealismo. Um resumo poético interpreta o que foi apresentado no Salmo 118: “Foi o Senhor que fez isto e é coisa maravilhosa aos nossos olhos”. João, neste comentário breve, empregando os princípios acima descritos, explica porque o rei é aclamado

pelo povo, apesar da indiferença das autoridades do tempo

O rei, segundo o evangelho de João (Jo 12.18-19)

O epílogo do episódio em João também é diferente dos paralelos. Discute-se a procedência do povo que aclamava Jesus, que tanto pode ser a multidão que o acompanhava desde a Galileia, como o povo de Jerusalém. Esta discussão sempre surge à tona por causa de outro clamor da multidão que vem a seguir: “Crucioca-o, crucioca-o”. Na interpretação de João, repetida, conforme seu estilo, a multidão que aclama Jesus é o povo de Jerusalém e seus arredores. Foram os que testemunharam a ressurreição de Lázaro em Betânia. Isto pode explicar a aormação um pouco estranha da identiocação do reconhecimento da realeza de Cristo com base em apenas um fato, já que Jesus realizou tantos sinais no meio do povo. É que eles não pertenciam ao grupo dos discípulos, não tinham acompanhado Jesus na Galileia e no percurso até Jerusalém. Eles só testemunharam a ressurreição em Betânia. João é o único a registrar a ressurreição de Lázaro. Escrevendo em um tempo em que Jesus é proclamado como aquele que ressuscitou dos mortos, o fato de que tem poder para ressuscitar os outros também é motivo mais do que suociente para ser aclamado rei. A ressurreição tornou-se o tema central da pregação da igreja no onal do primeiro século, e este tema retroage aos tempos de vida do Jesus de Nazaré. A principal marca do Messias é ter ele sido ressuscitado dentre os mortos e ser ressuscitador do seu povo.


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ARTIGOS

Testemunho O REV. ANDERSON LUIZ DA SILVA, DO PRESBITÉRIO RIO DE JANEIRO

As portas abertas O KARL BARTH

Em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições... (Fp 4.6). Eis as portas abertas do “esplendoroso paraíso”! Não que Deus necessite que lhe contemos alguma coisa sombria que nos importuna, mas nós, como seus olhos, podemos nos apresentar para falar com ele acerca de tudo o que nos diz respeito, coisas grandes e pequenas, importantes ou insigniocantes, inteligentes e tolas: em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições. Podemos falar-lhe de como tudo é difícil para nós, como algumas vezes as coisas e os seres humanos nos parecem incompreensíveis, assim como aquilo que possuímos, e especialmente o que reprovamos em nós mesmos, além do pouco que somos capazes de fazer pelos demais. Podemos manifestar isso de diversas maneiras: em oração, ou seja, com enorme e sincera humildade; em súplica, com pressa e conoança infantis; em ação de graças por ser assim, sabendo que no fundo, graças a nosso Senhor, tudo está no devido lugar e, agradecidos, podemos nos apresentar diante dele. E tudo isso fazemos quando lhe pedimos que seu rosto não deixe de nos iluminar, inclusive em meio às trevas que nos rodeiam, e que não desanimemos em nossa esperança de que elas sejam rompidas, de que se dissipe a névoa e se levante o véu que continua nos atormentando.

No dia 14/7/2014, voltava de meu trabalho por volta das 18h00, quando me envolvi em um acidente de trânsito na cidade de Peruíbe, SP, onde moro com minha família. A moto que eu pilotava colidiu frontalmente com outro veículo, sendo que fui arremessado ao chão e, infelizmente, a minha perna esquerda foi esmagada com o impacto e tive fratura exposta. Permaneci 15 dias no Hospital Irmã Dulce, na cidade de Praia Grande, SP. Fui submetido a três cirurgias na tentativa de recuperar a minha perna. Precisei passar por uma transfusão de sangue nestes dias em que eu lutava por minha vida. Nos três primeiros meses após as cirurgias, em minha casa, eu chorava dia e noite de tanta dor. Fiquei acamado neste período, sem poder me movimentar. Além das dores físicas, acabei ocando depressivo e não me alimentava. Minha esposa Dulceane, companheira de todas as horas, permaneceu ao meu lado nestes dias de deserto, pois era assim eu me sentia, atravessando um deserto de dor e lágrimas. O que me consolava era a certeza do grande amor de Deus por mim. Eu me ormava nesta certeza, esperando com paciência no Senhor. O tempo foi passando e com eles as dores. Comecei a me locomover com a ajuda de muletas, a ganhar peso e a tomar banho sozinho. Ainda estou com oxadores

Anderson, esposa e filho e com sua mãe

Em umas dessas noites, Deus me visitou em oração e me disse: "Fica em paz! Assim como você cuidou das minhas ovelhas, eu vou cuidar de você". Deus foi oel nestas palavras e continua cuidando de mim e de minha família. na perna e ocarei com eles por mais 3 meses. Mensalmente vou ao médico para fazer avaliações de rotina. Após 7 meses deste acidente, ocam as lições que são ensinadas pelo próprio Deus. O importante é aprendê-las e seguir em frente. Louvo ao Senhor por minha família e por meus amigos, que me ajuda-

Pendão Real presenteia alunos da Fatipi O DIRETORIA DA PENDÃO REAL

Instantes. Seleção: E. Busch. Sal Terrae, 2005. Trad. Rev. Eduardo Galasso Faria

FIQUE POR DENTRO DA S NOTÍCIA S DA IPIB

RENOVE SUA A SSINATURA DE

O ESTANDARTE

ram e continuam me ajudando material e espiritualmente. Nas noites naquele hospital, eu me perguntava: "O que eu vou fazer da minha vida agora?". Em umas dessas noites, Deus me visitou em oração e me disse: "Fica em paz! Assim como você cuidou das minhas ovelhas, eu vou cuidar de você". Deus foi oel nestas palavras e continua cuidando de mim e de minha família. Algumas das muitas pessoas que eu ajudei enquanto pastor também me ajudaram e foram motivo de bênção para mim. Ainda que estejamos no vale da sombra da morte, Deus continua sendo o oel pastor que cuida, consola e restaura. Devemos diariamente entregar nossa vida aos seus cuidados. Por intermédio deste acidente, o Senhor trouxe disciplina, força e consolo para minha vida, para que eu possa continuar meu ministério com autoridade, amor e fé, na certeza que vale a pena servir a este Deus maravilhoso.

Alunos recebem livros da Editora Pendão Real

No dia 9/2/2015, por conta do início das aulas na Faculdade de Teologia de São Paulo da IPIB (FATIPI), a Pendão Real marcou presença junto aos novos alunos da faculdade e futuros pastores de nossa amada IPIB, entregando a eles um kit contendo 5 livros, como forma de demonstração de carinho e de participação nessa caminhada que está se iniciando. Nosso desejo é que, através do conteúdo destes livros, Deus fale de forma especial com cada um deles e os abençoe em seus estudos.


VARIEDADES CADERNO 5 29

MARÇO 2015

POUCAS E BOAS NASCIMENTO Ana Luiza O MOACIR DE CAMPOS FILHO, AGENTE DE O ESTANDARTE DA IPI DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP

É só alegria com essa bênção divina! No dia 22/10/2014, pesando 3.450kg, chegou a Ana Luiza, na foto com os pais Keila e Renato Marcandali, com aquele sorriso. Deus seja louvado! Parabéns a todos! 1

O Estandarte não possui assinantes na Igreja de São José dos Campos

HOMENAGEM Formatura: Janaína Anastácio Ribeiro O MARIA APARECIDA FERREIRA DE PAIVA, AGENTE DE O ESTANDARTE DA IPI DE

SÃO LUIZ DO GUARICANGA, PRESIDENTE ALVES, SP

Os membros da IPI de São Luiz do Guaricanga parabenizam a jovem Janaína Anastácio Ribeiro pela conquista de mais uma etapa em sua vida. No dia 12/8/2014, realizou-se a colação de grau do curso de Pedagogia, da Faculdade Anhanguera, de Bauru. Seus pais, o Diac. Orides e Regina, estavam orgulhosos pela conquista da filha mais velha. Rendemos graças ao Senhor pela vida da Janaína, seus ministérios como baterista junto ao Grupo de Louvor Reluz e professora da Escola Dominical, e de sua família. Desejamos que novas conquistas se realizem e que as bênçãos do nosso bom Deus sejam ricamente derramadas por onde ela passar. 1

O Estandarte conta com 12 assinantes na Igreja de Guaricanga

BODAS Bodas de Esmeralda - Presba. Cida e Presb. Adalberto O ROSEMEIRE ANGELA FRIZEIRA FIGUEIREDO, ASSISTENTE DO AGENTE DE O ESTANDARTE DA IPI DO JARDIM

PRESIDENTE KENNEDY, DE POÇOS DE CALDAS, MG

No dia 21/12/2014, os nossos amados Presbs. Adalberto e Cida comemoraram Bodas de Esmeralda. Sabemos que não foi fácil a caminhada dos irmãos nesses 40 anos, mas somos gratos a Deus pelas bênçãos, graça, força e sabedoria derramadas sobre eles. Foi um momento de muita emoção e também de alegria por termos esse casal em nosso meio. Toda a igreja sente que essa união é um grande exemplo, pois é um casal que está sempre unido, perseverando em todos os momentos. No culto, foi reservado um momento no qual o Rev. Alex Alves e a irmã Daniele leram alguns versículos no livro de Cânticos, nos capítulos 2 e 4, que serviram como inspiração para toda a igreja e que revelam, através de uma linguagem poética, primeiramente o relacionamento entre o marido e a sua esposa e, em segundo lugar, entre Deus e a sua igreja. Após a leitura, o Rev. Alex estendeu suas mãos e orou pedindo a Deus que continue fortalecendo essa união, concedendo longos anos e ainda abençoando e derramando de sua maravilhosa graça. A IPI do Jardim Kennedy deixa registrados através dessa matéria nosso amor e alegria por este lindo casal. 1

O Estandarte conta com 6 assinantes na Igreja do Jardim Kennedy

Bodas de Prata - Marisa e Presb. Alírio O MICHELLE PEREIRA, AGENTE DE O ESTANDARTE DA IPI DE IBIÚNA, SP

BODAS 56 anos de vida conjugal: Izabel e João O JACQUELINE FERLE E LEILA CRISTINA, AGENTE DE O ESTANDARTE DA 1ª IPI DE MAUÁ, SP

Nesse domingo, na Escola Dominical tivemos o privilégio de parabenizar o casal Izabel e João Alves, que completou 56 anos de vida conjugal. As 5 filhas estavam presentes: Eidilene, Cleide, Laudicéia, Selma e Neiva, assim como alguns genros e netos. Deus continue os abençoando e que completem mais anos juntos, sempre louvando e adorando a Deus. 1

O Estandarte conta com 13 assinantes na 1ª Igreja de Mauá

No dia 6/12/2014, o culto de ação de graças em comemoração aos 25 anos de união conjugal do Presb. Alírio e Marisa lotou as dependências da Congregação do Bairro Morro Grande, da IPI de Ibiúna. O culto foi dirigido pelo Presb. Nestor Pedroso de Oliveira que fez menção ao lindo Salmo 126. Para trazer a mensagem, o casal convidou o mesmo pastor que realizou o casamento há 25 anos, o Rev. José Ausberto Bressane, o qual trouxe uma linda mensagem de reflexão com base no Salmo 121. Para o momento da troca das alianças, o pastor amigo da família convidado foi o Rev. Carlos Aparecido de Lima. Estiveram presentes muitos amigos e familiares, além de irmãos da IPI de Ibiúna e suas congregações da cidade e Vila Gabriel, e da 2ª igreja. Na parte de louvor, contamos com os grupos da mocidade e a dupla Altair e Jediel. Deus abençoe ricamente a vida desse lar. O casal tem 2 filhos e duas filhas. "Grandes coisas o Senhor tem feito por eles" (Sl 128.2) 1

O Estandarte conta com 50 assinantes na Igreja de Ibiúna

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30 CADERNO 5 VARIEDADES

NOTAS DE FALECIMENTOS Presb. Giovanni Fava Meu pai foi recolhido deste mundo terreno para viver na Jerusalém celeste no dia 5/1/2015, depois de viver no seu corpo mortal por 97 anos e 6 meses. Na véspera do Natal, às 6h00, ele teve um AVC, permanecendo hospitalizado por 12 dias. Foi casado com Elda Joannini Fava (falecida) com quem teve 5 olhos: Mário, casado com Elcí; Arnaldo (falecido), casado com Tereza; Paulo (falecido) casado com Leni; Maria de Lourdes (falecida aos dois meses de idade) e Aparecida Izabel, que se ocupou em cuidar dele nos últimos dez anos, casada com Wilson. Teve seis netos: Marcos, Márcio e Paula, olhos de Mário e Elcí; Ricardo e Juliana, olhos de Arnaldo e Tereza; Bruno César, olho de Paulo e Leni. Ainda viu nascerem e crescerem seus bisnetos João Paulo, Bruna, Fernanda, Laura, Lívia, Vítor, Mariana e Matheus. Nascido em lar católico apostólico romano, criado praticando a religião de seus pais, conheceu o evangelho pelo trabalho do Presb. José Dal Seco e do Rev. Walter Guise, então pastor da IPI de Tupã. Tornou-se sedento de aprender e disseminar a Palavra de Deus, apesar de não ter escolaridade (foi alfabetizado pelo seu pai e um irmão). Logo após sua conversão, tornando-se reconhecidamente um homem transformado pelo poder de Deus, comprou Bíblias e foi presenteando seus cunhados, sobrinhos e irmãos. Alguns se converteram. Fez a sua pública proossão de fé perante o Rev. Walter Guise em 1955 e logo foi eleito diácono e posteriormente presbítero. Há 8 anos era Presbítero Emérito da IPI de Tupã.

Teve alguns pastores, mas sempre lembrava com saudades os momentos vividos com os Revs. Walter Guise, Mário Penha, Mario de Abreu Alvarenga, Jônathas do Vale Moreira e Abílio Junqueira. Teve outros pastores, entre eles o Rev. Noedy e, por último, o Rev. Aguinaldo, que o acompanhou carinhosamente nesses últimos 18 anos de sua vida. Meu pai me transmitiu valores éticos e morais desde a minha tenra infância e depois que conheceu a Cristo. Fez de tudo para que eu também tivesse a mesma bênção, pois meus irmãos e minha mãe o acompanharam desde o início dessa caminhada; eu, porém era renitente. Ele falou de mim para Jesus em suas orações e falou comigo sobre o amor de Jesus e a salvação que nele há. Meu pai era caminhoneiro e quando fui estudar no Instituto José Manuel da Conceição, em Jandira, ele me visitava sempre que possível, e me entregava algum dinheiro que, a duras penas, ele conseguia guardar, não gastando toda a sua diária, optando por fazer uma refeição a menos no dia, para que eu pudesse comprar meus livros. Estamos felizes porque Deus cuidou ele e o levou para sua companhia. Deus o deu e agora o tomou de nós. Louvado seja o Senhor nosso Deus. No seu sepultamento, presidiu o ofício o Rev. Tiago (pastor da IPI de Tupã), tendo participado o Pr. Silas (da Igreja Batista de Tupã) e o subscritor dessas linhas. Rev. Mário Ademar Fava, ministro jubilado da IPIB

Tereza Marques dos Santos É com muito pesar que a IPI de Ermelino Matarazzo, em São Paulo, SP, noticia o falecimento da nossa querida irmã Tereza Marques dos Santos, com 82 anos, ocorrido no dia 7/1/2015, após um período de enfermidade. Era viúva do Presb. Francelino Antunes dos Santos (IPI de Siqueira Campos, PR), há 43 anos. Deixou 6 olhos, 2 enteados, 11 netos e 5 bisnetos. Permanecerá viva em nossas lembranças por sua odelidade e amor à igreja. Na cerimônia de despedida, estiveram presentes os irmãos da igreja, amigos e familiares.

Louvamos a Deus em agradecimento pela vida da dona Tereza. O oociante foi o Rev. Lázaro Alves da Silva Sobrinho. Estamos saudosos em receber o “abraço carinhoso” na despedida de todos os cultos de domingo, mas temos a esperança de nos encontrarmos novamente na glória eterna com o Pai. Rogamos a Deus o conforto que somente Ele pode dar a todos os corações enlutados. “O Senhor a deu, Senhor a tomou, bendito seja o nome do Senhor” ( Jó 1.21). Presb. Gilvan Colaça Viana

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MARÇO 2015


MARÇO 2015

2 A 11 ANOS

E n3ível LUM VO is Já está d po revista Material comfessor para o pro

VARIEDADES CADERNO 5 31

Continue a ensinar a Palavra de Deus

NOTAS DE FALECIMENTOS BABIES 2 a 3 anos

KIDS 4 a 5 anos

DISCOVERY 6 a 8 anos

EXPLORER 9 a 11 anos

12 A 25 ANOS FRIENDS 12 a 14 anos

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