Nยบ 9 Dezembro / 2007 Proibida a venda
6 Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho 8 Dalva Rodrigues 10 Geralda Luíza Pereira de Sá 16 Lucianni Rodrigues Pontes 18 Lílian Teixeira de Paula 22 Magali Conceição Silva Amariz 24 Margarida Aparecida de Oliveira 28 Milce Lima dos Santos 30 Miréia Scherrer Machado 34 Neuzanne Assis
44 CINEMA Os personagens e histórias que transformam James Spader em um dos “musos alternativos” do cinema
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CULTURA Por causa da Mulher...
14 Monica X Mônica COMPORTAMENTO Em busca do elo perdido
SOCIAL Mais Mais GENTE
42 Début Brenda Hastenreiter VIAJAR A parte filosófica
ISSO É QUENTE Para ler, ver e ouvir
Mais Mais EMPRESARIAL
“...Uma mulher tem que ter Qualquer coisa além da beleza Qualquer coisa de triste Qualquer coisa que chora Qualquer coisa que sente saudade... Um molejo de amor machucado Uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher Feita apenas para amar Para sofrer pelo seu amor E pra ser só perdão...” Ouvir o “Samba da Bênção”, quando acabávamos de completar os perfis para esta Mais Mais Perfil Mulher, fez a conexão. Nossas 10 escolhidas, mulheres valentes, bem sucedidas, tinham qualquer coisa além da beleza. Produzir com o feeling e experiência da fotógrafa Betânia Araújo nos revelou a essência maravilhosa dessas mulheres. Essência, capacidade e valor reafirmados nas impressões que deixaram em horas de conversa com nossa entrevistadora, jornalista Paula Greco. Transmitir o captado fazia a 3ª etapa, quando a competência técnica e os olhos acurados do Kila, o nosso diagramador, foi fundamental. Além de outras, “Por Causa da Mulher”, inspirada na música de Gilberto Gil, é matéria-chave que mostra a força feminina no decorrer da história. Temos certeza, que você leitor, vai amar cada página. Afinal, olhamos com o olhar da beleza, da sensibilidade, para encantá-lo. O seu prazer é o nosso prazer. 2007 chegando ao seu fim e foi, no geral, um ano árido, de acidentes trágicos, muitos de proporções gigantescas. Naturalmente que em todo pior, há aprendizado. Enriquecimento da alma. Assim é que desejamos a você um FELIZ NATAL, e queremos dar as boas-vindas a 2008, um ano de campanha política. Que a humildade e o amor ao próximo proliferem em todos os corações. Nosso mais profundo sentimento de gratidão a todos que nos apoiaram, tornando esta edição possível. Até a próxima, em março. Wilma Trindade
Editoria Geral: Texto Perfil:
Wilma Trindade Paula Greco
Diagramação: Fotos Perfil: Fotos sociais: Revisão:
Kila Betânia Araújo Wilma Trindade, Marquinhos Silveira, Ramalho Dias Marizete Belo
Colaboradores: Impressão: Tiragem:
Diego Trindade, Antônia Izanira, Ana Karina Dutra, Paula Greco Lastro Editora 5.000 exemplares
Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia. Governador Valadares - MG - Dezembro / 2007 Contato: (33) 3271-1865 / (33) 9989-7497
O cargo de reitora da Univale é a coroação de uma trajetória acadêmica construída com muito trabalho e determinação pela professora Ana Angélica Gonçalves Coelho Leão. Mas é também uma grande vitrine. E quando assumiu esta função, sabia exatamente todos os ônus e bônus que viriam com ela. Munida de toda a sua fé, disciplina, determinação e persistência, ela passou pela tempestade, e com sua peculiar habilidade para lidar com as pessoas e as situações, implanta seu próprio modelo de gestão, com olhos no futuro, mas sem descuidar das mudanças que se fazem necessárias no presente. O meio acadêmico é uma constante na vida de Ana Angélica, que nasceu e cresceu em Viçosa. Foi na Universidade Federal de Viçosa que ela graduou-se em Zootecnia e fez mestrado em Nutrição Animal. Também na UFV que ela conheceu o marido. Valadarense, Alexandre foi o responsável por sua vinda para a cidade depois do casamento. Sua história na Univale começou em 1997, como professora do curso de Agronomia. Foi nesse período que apareceu com mais intensidade sua veia de administradora e seu espírito de liderança, que junto ao seu aguçado senso de responsabilidade social levou-a a coordenação do curso, depois aos cargos de diretora, pró-reitora e finalmente, reitora da Univale. Ter passado por todos os cargos possíveis na comunidade acadêmica antes de assumir a reitoria é, para Ana Angélica, um diferencial positivo, uma vez que entender o funcionamento dos departamentos lhe dá uma visão mais apurada do que fazer diante de cada questão. Além da experiência prática, Ana Angélica buscou em um MBA em Gestão Acadêmica mais subsídios para o exercício de seu cargo. Conhecedora de que o meio acadêmico é espaço de grande pluralidade de inteligências e vertentes políticas, prima pela atitude democrática, que combinada com a firmeza de seu caráter e sua habilidade conciliadora, foram essenciais para atravessar o período delicado do início do seu exercício como reitora, quando foi convidada a terminar um mandato que não havia começado e administrar um momento de Dezembro / 2007
crise dentro da Universidade. Quando o fez, foi por acreditar na Universidade, nos 40 anos de história e lutas da Fundação Mantenedora e na magnitude da instituição com a qual é comprometida. Naquele momento, agiu com a austeridade que a ocasião exigia, sem deixar de lado o “fair-play” e a diplomacia. Dias difíceis, superados com trabalho e com o apoio incondicional da família, dos amigos, da mantenedora, e do meio acadêmico. Em especial do marido, companheiro de 26 anos de relacionamento, presença compreensiva diante dos momentos tensos e solitários de importantes decisões. Em outubro deste ano, iniciou seu próprio mandato. Esta sim, uma posse feita com toda a deferência pertinente à situação. Adepta de um modelo de gestão com participação coletiva, ela faz questão de ouvir seus colaboradores. Consciente do cenário inquietante no qual se encontra o Ensino Superior no Brasil, Ana Angélica sabe que a evolução tem que ser uma constante e precisa começar do interior para depois romper fronteiras. Para a reitora, o momento é de corrigir para crescer, ampliando a qualidade capacitando também os gestores acadêmicos e administrativos. O aumento nas ofertas de pós-graduação, mestrado e até doutorado também estão entre as metas imediatas, que inclui ainda uma maior aproximação com a comunidade além dos excelentes projetos de assistência já desenvolvidos em áreas como psicologia, fisioterapia e odontologia. Cultura e esporte são os meios para tal, tanto na ocupação de espaços quanto no fomento de atividades. Com tanta dedicação ao trabalho, não tem lhe sobrado tempo para fazer uma das coisas que mais gosta: curtir a casa e bons momentos em família. Com as duas filhas morando fora da cidade (Iara em Belo Horizonte e Olívia em Viçosa), ela se desdobra para lhes dar atenção mesmo de longe. E mesmo que muitas vezes se prive do próprio lazer e das coisas pessoais, tem a tranqüilidade de quem assumiu a condução do trem da sua história com toda coragem e paixão.
É simplesmente impossível ficar imune ao turbilhão de emoções que é a presença da empresária de moda Dalva Rodrigues. Emotiva, religiosa, expansiva, exótica... Com pouco tempo de conversa, uma verdadeira torrente de adjetivos começa a brotar para tentar definir sua personalidade tão complexa. Na primeira impressão o que se destaca é a alegria. Risonha e tagarela, ela não precisa de estímulo para contar histórias – a maioria delas, passagens divertidas de sua vida – e deixar fluir toda sua emoção. Sua sensibilidade à flor da pele. Uma forma tão encantadoramente acolhedora de receber que dá vontade de ficar descalça e como ela, se integrar à natureza – plantas, vento, paisagem – ao seu redor. Sentar na varanda, trocar receitas, tomar um café, se sentir íntima. Dalva é assim. Não por acaso quando decidiu formalizar seu trabalho com moda, optou por abrir uma maison – que leva seu nome – ao invés de ter uma loja convencional. Sentada em seu sofá, entre araras de roupas e objetos decorativos que primam pelo bom gosto, ela recebe suas clientes como boas amigas (e boa parte delas realmente o é) para jogar conversa fora, se refrescar no ambiente climatizado e, porque não, sair de lá com uma roupa nova. Para Dalva, seu grande prazer no trabalho é saber que aquela roupa que ela trouxe sob encomenda para determinada cliente ficou simplesmente perfeita, desde o caimento no corpo até propriedade para a ocasião em questão. Ela se orgulha de ter um “olho clínico” aguçado sob este aspecto e de conhecer bem as características e gostos de suas clientes. Sincera e espontânea ao extremo, Dalva não é ambiciosa, e diz que, na verdade acharia ótimo se ninguém precisasse de dinheiro. O que não quer dizer que ela esbanje ou negligencie o lado comercial da Maison. Como boa vendedora, ela também sabe se utilizar o seu grande poder de convencimento. Comerciante nata, Dalva entende do que faz. De moda e de administrar empresas, ciência na qual, por sinal, é graduada. Já o gosto pela moda vem da infância. Desde criança se sentia atraída pelo universo Dezembro / 2007
fashion, de beleza e bom gosto. A brincadeira de criança virou profissão, mas até chegar a Maison, ela passou por tantas outras atividades. Fez curso de decoração, foi gerente de banco, dona de restaurante, e chegou a ter, na mesma época o restaurante e uma loja. Inquieta, está sempre em busca de novos projetos. Entre muitas mudanças (de ramo e endereço), morou em Vitória por dois anos, onde retomou sua ligação com a moda. De volta a Governador Valadares, atravessava uma fase de incertezas quando encontrou a casa que reformou na cara e na coragem para morar e trabalhar. Como ela mesma costuma dizer, a Maison Dalva Rodrigues lhe foi dada de presente por Deus. Foi ele quem lhe deu a energia e a força necessárias para administrar casa, reforma e negócios. Dona de uma fé inabalável, ela não deixa de vigiar e fazer a sua parte, mas confia no poder da oração e nas bênçãos divinas. Assim como no espaço físico em que vive, onde para sair do trabalho e ir para casa, basta atravessar uma porta, Dalva transita entre os negócios e o lar com igual graça e dedicação. Ser dona-de-casa para ela é um prazer. Gosta de cozinhar, receber os amigos, estar sempre cercada de gente. E também de manter tudo imaculadamente arrumado, desde a varanda até os armários do closet. O mesmo bom gosto da loja se reflete em sua casa, onde Dalva ainda reserva vários espaços para exercitar um “quê” de Frida Kahlo, com muitas fotos espalhadas pela casa, de diferentes fases da vida, em diferentes lugares, sempre bonita de jeitos diferentes. Além dela mesma, as fotos retratam sua outra paixão: a família. Com a filha, Tatiana, a relação é de grande amizade e cumplicidade, um carinho explícito em gestos, palavras e olhares. Com a mãe, D. Margarida e irmãs Dicelma, Dolma e Delma, união é a palavra de ordem. Multifacetada em sentimentos e habilidades, Dalva é mulher de muitas histórias e adjetivos, mas, sobretudo, é um grande coração, onde sempre cabe mais um amigo, onde sempre tem amor para compartilhar.
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Na carteira de identidade está escrito assim: Geralda Luiza Pereira de Sá. Mas para assinar suas belíssimas obras em tela, ela usa apenas o apelido pelo qual é conhecida desde sempre: Gêra. Ou “Di Gêra”, como está nos quadros já expostos em dezenas de galerias, coletivas e individuais. Sua beleza morena, cuja jovialidade transcende o passar do tempo, e sua risada espontânea, deliciosa de ouvir, revelam nuances de uma personalidade marcante, pautada na solidez dos seus sentimentos e na capacidade de transitar entre ambientes opostos, desde o mais festivo até o mais silencioso e introspectivo, desfrutando dos dois com igual prazer. O gosto pela arte vem da infância em Felizburgo, no sempre artisticamente rico Vale do Jequitinhonha. O talento veio no DNA, herdado do pai, que como hobby, pintava lindas bandeiras de São Sebastião e São João para os festejos religiosos locais. Durante a infância, sua aptidão nata era usada somente para os trabalhos escolares. Só uns bons anos mais tarde, em 1978, já morando em Teófilo Otoni e casada com o capitão Maridhemar Elias de Sá e mãe de seus filhos Juliano, Daiana, Anny Jacqueline e Giovanny, é que ela permitiu-se assumir o status de artista plástica, influenciada por uma amiga que já exercia a profissão. Este foi um tempo de extrema atividade para Gêra, que além da educação dos filhos e de seu trabalho como professora na rede pública, ainda se desdobrava entre os pincéis, a boutique que mantinha em casa e o salão de beleza. Sem contar sua sede constante de conhecimento, que a leva freqüentemente de volta aos bancos escolares (universitários) e a muitas horas de estudo. O fato é que em meio a tantas atribuições, a arte foi perdendo espaço, e em 1983, Gêra deixou de lado as telas e pincéis e por 19 anos manteve seu talento adormecido. Um período durante o qual ela abandonou completamente a atividade, dedicando-se aos seus outros muitos afazeres. Como educadora, Gêra demonstra a mesma versatilidade. Sempre atuando na rede pública, foi proDezembro Dezembro // 2007 2007
fessora de Educação Física, Religião, e durante 12 anos atuou como diretora de escola. O reencontro com a pintura veio naturalmente. A convite de uma colega de trabalho, que também tinha um bar/espaço cultural, expôs algumas telas, o que imediatamente chamou a atenção da imprensa. Daí para se tornar destaque nas páginas de jornais, revistas e na TV foi só uma questão de tempo. Convites para exposições também se tornaram freqüentes e o ritmo de trabalho foi aumentando. Atualmente, distante do trabalho como educadora, Gêra tem tempo suficiente para se dedicar à arte. Um tempo que divide harmoniosamente para se dedicar também à família e à inabalável fé em Deus, que lhe serve como apoio e sustentáculo. Ministra da Eucaristia e atuante em sua paróquia, Gêra acredita que tão importante quanto a fé é a forma de professá-la. Segundo ela, tendo Deus à frente, tudo fica melhor. As dificuldades mais fáceis de superar, e as alegrias mais intensas. E é exatamente este tripé formado pela arte, a fé e a família que norteia a vida de Gêra. Com a pintura, a relação é despreocupada e leve. Não há horário, nem disciplina obrigatória. É tudo uma questão de inspiração. Nesses momentos, o tempo voa, e o silêncio é o companheiro no trabalho de deixar vir à tona todos os seus sentimentos e pensamentos, que ela expressa através de abstratos, paisagens, naturezas mortas e retratos, repletos de estilo e cores. Em família, as palavras mestras são união e diálogo. A inspiração, nesse caso, vem do marido, Maridhemar Elias, exemplo vivo de que a disciplina e a democracia podem caminhar lado a lado no ambiente familiar, e tudo isso regado a muito afeto e compreensão, típica dos homens de bom coração. Festeira nata é sempre quem organiza, mesmo de longe, os insubstituíveis natais familiares, em Felizburgo, e todas as festas da numerosa e unida família. Momentos sempre muito felizes, que reforçam sua transbordante alegria de viver e alimentam sua expressiva beleza interior, que se externa em forma de arte e atitude.
Atualidade
Por causa da mulher...
Monica
Na política contemporânea, onde reis e rainhas são figuras quase que “decorativas”, as mulheres ganharam muitos e diferentes papéis: prefeitas, vereadoras, deputadas, governadoras, ministras, presidentas. Não há cargo ou prestígio político que elas ainda não tenham alcançado. Mas nos bastidores, a sedução do poder continua rolando solta, muitas vezes expondo homens poderosos, se não à ação da justiça, pelo menos ao ridículo e ao desprestígio político. Na história recente dos EUA, mais precisamente em janeiro de 1998, um dos presidentes mais populares do país, o democrata Bill Clinton se viu, literalmente, numa “saia justa”, ao ser acusado por uma estagiária da Casa Branca, de assédio sexual. A moça, Monica Lewinsky, durante um ano e meio sucumbiu ao assédio. Neste período, admitiu ter tido com o pre-
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sidente “mais de uma dúzia de encontros sexuais”, como ela mesma disse, e jurou não contar nada. Mas quando a pressão aumentou muito, ela não só deu todos os detalhes, como até apresentou, entre outras provas, o famoso vestido azul, guardado com marcas do sêmen de Clinton durante anos. Passado o furacão que quase culminou com o impeachment do então presidente americano, Lewinsky se deprimiu, engordou, emagreceu e, claro, colheu seus dividendos ao fazer um ensaio no melhor estilo “Hollywood Girl” para a Vanity Fair e escrever um livro – através de um ghost writer, Andrew Morton – “Monica Lewinsky, A Minha História”. Quase 10 anos depois, Moni-
Mônica ca Lewinsky é só uma lembrança ruim. Bill Clinton anda meio apagadinho na política, mas sua mulher, Hillary, que soube atravessar a crise com postura e elegância ímpares, é forte candidata à presidência dos EUA. Imagina se esse não é o momento perfeito para a ex-estagiária da Casa Branca voltar à cena?
Enquanto isso, no Brasil, uma outra Mônica, a Veloso, foi o pivô de todas as acusações que pesam hoje contra o senador Renan Calheiros. Afinal, foi a pensão paga – por um lobista – à jornalista e à filha que eles têm (fora do casamento de Renan) a primeira lebre levantada contra o senador. Daí em diante, os noticiá-
rios, jornais e revistas nos contam tudo, todos os dias. Pro lado dele, a coisa está cada vez mais feia; à parte o corporativismo legislativo. Já para o lado dela, nada poderia estar mais, digamos assim, efervescente. Mônica, que já foi apresentadora de telejornal e dona de uma produtora, já deu um jeito de capitalizar sua exposição na mídia por causa do escândalo com o polpudo cachê que ganhou para mostrar na Playboy as curvas que encantaram o senador. E já ostenta o status de a mais vendida do ano! O próximo passo, alguém adivinha? Um livro, claro. “Política que Seduz” é o título escolhido. Mas Mônica Veloso, em pleno olho do furacão, tem mais planos. Ter seu próprio programa de TV e até ser atriz, quem sabe. Afinal, no tempo das celebridades instantâneas, todo mundo tem direito aos seus “15 minutos de fama”, mesmo depois de 20 anos de carreira.
Comportamento
Por Paula Greco
Mania de peitão Viajar nos seios. Embaixo. Por trás. Se vou mais longe, quem vai me segurar? Se fico por aqui mesmo, quem vem me resserenar? *Extraído do Livro “O Amor Natural”, de Carlos Drummond de Andrade
Dizem - e não são poucos que o dizem - que muito mais que qualquer outra parte da anatomia da mulher, são os seios os maiores ícones da feminilidade. Colo, busto, seios, “Montes de Vênus”, “Vale do Prazer”. São tantos nomes, dados por tantos poetas... Se até mesmo o seríssimo Carlos Drummond de Andrade reverenciou-os, quem não haveria de fazê-lo? Motivos não faltam. Desde a nobreza da amamentação até o êxtase sensual diante das formas arredondas e macias, os seios provocam e inspiram. Desde a classe de Drummond até o escracho de Seu Jorge, que há alguns anos já sabia que no país famoso pelo culto
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ao “derrieré” feminino, os atributos venusianos vêm sendo cada vez mais cultuados. Seja ao natural ou com o auxílio luxuoso de uma prótese de silicone. E deixando a poesia (mas não a inspiração) de lado, não há mulher que não saiba: nada é mais eficiente para levantar a auto-estima que os olhares provocados por um decote ousado. Naqueles dias de se sentir feia e pouco desejável, basta uma blusa mais cavada na frente, uma frente única bem decotada ou um vestido que deixa tudo livre, leve e solto para fazer muito marmanjo virar a cabeça, assobiar, ou pelo menos dar uma bela olhada. Pois bem, decote é tudo de bom. Quem usa, acha. Quem vê, também. Mas a pergunta que não quer calar é: qual o limite entre a ousadia e a vulgaridade? Até onde, exatamente, é possível mostrar a “comissão de frente” sem abrir mão da classe e da elegância? A resposta é simples: basta usar o bom senso para avaliar onde e a que horas é o evento em questão para calcu-
lar com que roupa e sobretudo, qual o tamanho do decote permitido. Não dá nem para pensar, por exemplo, em uma madrinha de casamento, às 18h, com um decote profundo nos primeiros bancos da igreja. Primeiro, porque nenhum templo religioso é lugar de exibir o colo, por mais belo que ele seja. Não há líder espiritual, pastor ou padre que fique feliz com isso. E depois, porque na ocasião as atenções devem estar voltadas apenas para a noiva. Aliás, os cuidados com excesso de decote valem para elas também [as noivas], para evitarem constrangimentos, como um que já presenciei, de ver a noiva ser chamada atenção pelo celebrante, pelo abuso das transparências e cavas no modelito do seu vestido. O ambiente de trabalho também não é lugar para mostrar os seios. Valadares é uma cida-
de quente, e em pleno verão, trabalhar de camiseta é inevitável. Mas daí a escolher aquela camisetinha justa como um santo e mais cavada que o garimpo de Serra Pelada há uma grande diferença. Um recurso desses pode até despertar olhares cobiçosos do chefe e da ala masculina. Mas das colegas ele só desperta a ira. Sem contar que a chance de impor respeito diminui vertiginosamente, seja com eles ou elas. Já em festas black-tie, após as 22h, em salões de luz difusa e clima apropriado, toda ousadia é permitida. Na praia, sob o sol e nas areias escaldantes de calor e gente bonita, também há que se permitir. Na academia de ginástica, com todo aquele ambiente de dorso e suor, para despertar um fetiche, e provocar o saradão do aparelho de musculação ao lado, também pode. Mas há que se
ter cuidado para a azaração não se transformar em vexame. Por falta de pano, e excesso de movimentação, muita mulher já passou pela saia justa de “pagar um peitinho”, como dizem por aí, na hora do exercício. Ainda no quesito bom senso, nunca é demais lembrar que o que é belo é para ser visto, mas o que não anda assim tão “bem na foto” pode até não ficar escondido, mas merece, até mesmo em nome da auto-estima feminina, um bom disfarce. Truque para isso é o que não falta. Sutiã que levanta, que aumenta, que reduz, que acomoda; decote que valoriza, que disfarça, que chama a atenção para outras partes mais em forma. A moda cada vez mais democrática e as lingeries cada vez mais “tecnológicas” estão aí é para isso mesmo. O que não pode é transformar uma arma de sedução em piada de mau gosto.
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“Gente é para Brilhar”, já dizia Caetano Veloso. Uma frase que cabe como uma luva para descrever, em rápidas palavras, a personalidade forte e radiante de Lucianni Rodrigues Pontes. Lu, como é chamada pelos amigos, é diamante de raro quilate. Pessoa de gênio e presença igualmente fortes, que conseguem transformar qualquer lugar em uma autêntica festa pela sua simples presença. Sua formação acadêmica é Técnica em Enfermagem, uma profissão que nunca foi exercida plenamente em ambientes hospitalares. Mas não há nada na vida que ela faça melhor do que cuidar das pessoas. Uma paixão que começa em casa, com aqueles que, de forma divertida ela chama de “os homens da sua vida”: o pai, Dr. Leovigildo; o filho Léo, de 16 anos; e o maridão, vereador Regino Cruz. Seu temperamento apaixonado se revela ao falar do pai e da admiração profunda que tem pelo homem que veio de uma vida simples, soube educar os filhos e dar a eles uma sólida base de caráter, além de uma vida confortável e educação. Para o filho, ela reserva seu amor maior, sua plena realização na maternidade. Com o marido tem uma relação que vai além do amor, e passa por profunda cumplicidade, confiança e respeito. A função de esposa de político, ao contrário do que acontece com muitas, está longe de ser um fardo para ela. Pelo contrário, é um imenso prazer. Lu é apaixonada pela política, especialmente porque nela encontra uma outra forma de ajudar as pessoas. Por isso mesmo, está sempre presente ao lado do marido. Ela não pensa, entretanto, em se candidatar a nada. Para Lu, bom mesmo são os bastidores, a adrenalina, o movimento e as emoções das campanhas; além do contato diário com as pessoas no dia-a-dia do mandato do marido. Não por acaso, desde o começo ela faz questão de atuar como assessora parlamentar, fazendo exatamente esta ponte com a comunidade. Vaidosa, assume com uma gostosa risada o rótulo de perua. Sem culpa, faz questão de estar sempre Dezembro / 2007
bem arrumada – e de preferência com suas belas pernas à mostra, o que já virou uma espécie de marca registrada. Se o marido tem ciúmes? De jeito nenhum. Pelo contrário, ele é o primeiro incentivador do estilo de Lu. Um estilo que passa por muitos pares de sapato (a maioria de saltos altos), acessórios, maquiagem, cosméticos, muito brilho, da lantejoula ao glitter. Se a política não tivesse conquistado seu coração para sempre, trabalharia com Moda & Beleza. Prendada, ela borda e faz suas próprias bijoux. Um auxílio luxuoso para tornar mais personalíssimo seu estilo. Sua personalidade tão original permite combinar toda essa efervescência visual com uma cativante simplicidade e uma surpreendente timidez, que faz com que muitas pessoas confundam com arrogância, o jeito arredio nos primeiros momentos ao lado de quem ainda não conhece. Mas tão logo ela se solte, fica fácil perceber que Lu tem o coração do tamanho do mundo. Que o digam as amigas como a cunhada Suzele, a companheira de todas as horas Elaine Hatem, a tia Luíza e Penha Lucca. Para elas, e para toda a vida, Lu é só alegria. Uma nota de tristeza turva seu olhar apenas à lembrança saudosa da mãe, Maria Alice, já falecida. Mulher que deixou muitos ensinamentos e exemplos. Dona de uma sinceridade marcante admite que desce do salto e se estressa quando duvidam de sua palavra. Não se contém diante das injustiças e luta pelas coisas nas quais acredita, mergulhando de cabeça em seus sentimentos e ideais. Quando ajuda, não espera retorno, mas se entristece diante da ingratidão, um sentimento que ela conhece bem, que já a magoou muito, mas que aprendeu a superar. Por tudo isso, Lucianni traz a profundidade de atitudes e sentimentos como marca registrada de uma pessoa de intenso brilho que muito além da alegria tão explícita em sua superfície passa pela doçura e calor de um coração sempre aberto e acolhedor.
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Logo à primeira vista, são duas as características que se destacam na personalidade da oftalmologista Lílian Teixeira de Paula: a delicadeza expressa pela voz suave e os gestos delicados; e a firmeza que se revela na segurança com que fala sobre tudo – mas principalmente sobre o trabalho, pelo qual é apaixonada – e no olhar sempre sóbrio, mesmo quando descontraído. Uma impressão que só se reforça à medida que a conversa avança e ainda ganha um novo ingrediente: a coragem. Porque é preciso muita para depois de estabelecida em uma carreira, começar tudo de novo em busca de uma nova realização profissional. Foi o que aconteceu com a Drª Lílian. Em 1990, formou-se em Fisioterapia e começou a trabalhar na área hospitalar. Muito embora feliz com sua profissão, o exercício diário dentro do ambiente hospitalar foi despertando a vontade de cursar medicina. Em 1993, o desejo começou a tornar-se realidade. De volta aos bancos da universidade, em Petrópolis, ela iniciava sua nova – e definitiva – caminhada profissional. Na medicina, a opção pela oftalmologia tem a ver com a beleza da área, tão complexa e cheia de minúcias. Mas também pode ser atribuída a uma certa genética familiar, uma vez que o pai e irmã exercem a mesma especialidade. Depois de fazer residência no Instituto Hílton Rocha, em Belo Horizonte, a Drª Lílian voltou ao Rio de Janeiro para trabalhar na área. Embora atendendo de uma forma geral, dedicou especial atenção à área de retina. Foi ainda no Rio, mais especificamente no renomado Instituto Benjamim Constant, que ela especializou-se no tratamento da visão subnormal, tendo como mestre o Dr. Hélder Costa. Ainda pouco divulgada, especialmente longe dos grandes centros, esta especialidade dentro da oftalmologia tem como objetivo proporcionar aos pacientes acometidos de diferentes patologias, como doenças congênitas, traumas, degeneração macular, glaucoma avançado e outros problemas que, lentamente, comprometem a visão, uma melhor utilização da visão que possuem. Como ela mesma costuma dizer aos pacientes, não Dezembro / 2007
há milagre no tratamento, mas uma série de procedimentos e auxílios externos que vão permitir que os pacientes aproveitem melhor sua visão, mesmo estando ela longe do ideal, adquirindo mais qualidade de vida e independência. Caminhar sozinho e alimentarse ou vestir-se sem ajuda de outra pessoa são grandes vitórias para estas pessoas. O objetivo dos recursos usados em Visão Subnormal é o de ampliar a imagem, para que ela seja percebida pela retina. Ou seja, se uma pessoa não consegue ler uma letra de determinado tamanho, poderá identificá-la se ela for apresentada em tamanho duas, três ou mais vezes ampliado. Essa ampliação da imagem pode ser feita, entre outras maneiras, através de recursos ópticos e eletrônicos. São aparelhos como lupas, lentes especiais, telesistemas, filtros e outros, que devem ser prescritos de acordo com cada caso e depois acompanhados durante o período de aprendizado da utilização e adaptação ao recurso. E é em Governador Valadares que a Drª Lílian escolheu exercer sua especialidade. Desde março deste ano, ela integra a equipe do Hospital de Olhos de Governador Valadares. Entusiasmada com a mudança de ares, ela está cheia de planos para o futuro próximo. Se o assunto é trabalho, boa parte dele passa pelo termo multidisciplinaridade. Consciente de que lidar com pacientes que têm perda de visão requer uma percepção especial, a Drª Lílian pretende estabelecer uma interação com outros profissionais como fonoaudiólogas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e pediatras. O objetivo é realizar um trabalho conjunto para melhorar a adaptação dos pacientes às suas realidades. Já os planos pessoais incluem mesmo é a satisfação explícita em estar de volta para perto da família. Uma decisão tomada em conjunto com o marido, Roberto Mordehachvili, que também já está plenamente adaptado, assim como filho, Davi, à vida mais tranqüila que no Rio de Janeiro. Por isso, quando não está trabalhando, nada pode ser melhor que curtir pequenos prazeres cotidianos em família.
Comportamento
por Antônia Izanira Lopes de Carvalho
Em busca do elo perdido O ano sei precisar: 1964. Período inesquecível para o Brasil e o mundo. Rebeldias políticas, o cheiro hippie no ar, os primeiros soutiens queimados no pátio das universidades por uma nova geração que buscava algo mais, além das tradições que submetiam as mulheres a certas regras e preceitos ditados pelas avós. Bons tempos aqueles que, embora ditassem os primeiros passos da liberdade feminina, gestavam homens gentis que abriam as portas do carro para as namoradas e nos coletivos levantavam-se ao verem senhoras de pé. Honravam tanto sua posição, que ai daquele que não pagasse as despesas, quando saíssem com as moças que, cada vez mais independentes, abusavam, entretanto, dos privilégios e cantavam vitórias alcançadas nesta luta que hoje vem necessitando de uma nova leitura. Mulher independente, solta à responsabilidade e igualdade em funções antes reservadas apenas aos homens, também se encontravam na década de setenta. Lembro-me de tudo como se relesse um diário escolar. Em Paris, onde me encontrava, era usual o costume de grupos se formarem após as aulas, a fim de se fazer a leitura de Simone de Beauvoir e Sartre. Nós, latinas, em busca de integração com outras culturas, admirávamos os colegas alemães, sempre tão ordeiros, contidos, diferentes dos entusiastas jovens do Novo Mundo. Embora fazendo parte de um universo feminino recém-libertado de amarras, ainda estávamos habituadas a não pagar contas e a contarmos sempre com as gentilezas de nossos “machões”. Assim sendo, tomamos um susto, quando fomos convidadas para um jantar pelos germânicos e
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tivemos de dividir as contas. Naquele momento, vivemos a situação contraditória de desejarmos a igualdade dos europeus e ao mesmo tempo, os privilégios dados por nossa geração americana do Sul. Foi aí, que eu disse a uma mexicana, mais revoltada que todas nós: “Se quisermos liderar como eles, teremos algo a pagar e não se admire se esse costume cedo, cedo, chegar aos rapazes na América, seja na Venezuela, Chile ou Brasil.” E chegou mesmo. Hoje, sentimos, muitas vezes, saudade daquele cavalheiro que lá atrás ficou. Os gestos delicados de afastar cadeiras, pagar a despesa de uma hora de delicadeza em um barzinho, abrir a porta do carro. Onde erramos e quando deixamos o extremismo tomar as rédeas? Não sei. O que temos como certeza é a tristeza da inversão brusca que se fez. Mulheres lideram mais do que nunca as despesas de uma família. São muitas as inteligências solitárias que não têm com quem discutir temas ligados à sensibilidade e à poesia de viver. E lamentavelmente, chegou um tempo, em que às vezes, sentimos saudade do amparo do homem que ficou na estrada do tempo. Sim, é muita saudade quando me lembro do tempo dos bogarins perfumando os quarteirões da Praça da Liberdade, enquanto das janelas de nossa república, ouvíamos serenata à luz dos lampiões que àquela época existiam como elementos decorativos da “art nouveau”; ou da lua que espiava friorenta a felizarda mocinha que recebia gratuitamente provas de amor. Mas tudo passa, e agora é assumir o que ora conquistamos, mas sem antes deixar de confessar que faz falta a gentileza de um “cavalheiro à moda antiga, daqueles que ainda mandam flores”
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O termo Musa cabe como uma luva para descrever, em poucas palavras, o impacto que provoca à primeira vista, a presença da bela Magali Conceição Silva Amariz. Inspiradora de afetos e poemas, ela reflete em seus olhos verdes uma inquietude de espírito que nem a maturidade é capaz de amainar. A suavidade educada dos seus gestos não esconde a intensidade de suas emoções. Magali é uma mulher surpreendente, que reúne todos os melhores atributos de mãe, esposa, companheira e está sempre disposta a cuidar das pessoas ao seu redor. Criada de forma conservadora e austera teve uma infância tranqüila, de criança quieta e filha obediente, habituada aos modos clássicos e cultura tradicional. Um recato que se reflete hoje em uma certa timidez, que não impede, no entanto, sua delicada franqueza ao falar. Casou-se jovem e realizou-se completamente na maternidade dos filhos Gustavo e Guilherme. Ao optar pela dedicação ao lar e à vida da família, abraçou como apoiadora incondicional a brilhante carreira jurídica do marido, Dr. Arnóbio Amariz, desde o começo como advogado em Pirapora até sua nomeação como juiz de direito, passando por muitos períodos de adaptação provocados pelas mudanças e entusiasmando-se com as vitórias e conquistas do marido como se fossem suas. Também graduada em Direito, Magali dividiu sua faculdade entre Governador Valadares e Teófilo Otoni, retornando aos bancos da universidade com os filhos já em idade escolar. No momento, ela oscila entre a vontade de seguir também na carreira jurídica com uma pós-graduação ou partir para uma outra área de atuação que sempre atraiu sua atenção: a psicologia. Acostumada desde sempre a cuidar das pessoas, talvez nem ela mesma perceba a função de “anjo da guarda” que ela tende a exercer na vida das pessoas ao seu redor. Ouvinte atenta, conversa agradável, uma constante vontade de ajudar a quem precise. “Super Mãe” assumida, ela recebe com orgulho o título de mãezona. O brilho dos olhos e a emoção na Dezembro Dezembro//2007 2007
voz ao falar dos filhos, hoje ambos morando em Petrópolis para fazer faculdade, é a prova vida do seu amor incondicional. Uma ligação tão forte que ela chegou a adoecer quando eles deixaram a casa dos pais em Valadares para ir para a universidade. A “Síndrome do Ninho Vazio” já foi superada, mas o cuidado com os filhos, mesmo de longe, continua o mesmo. Além das constantes idas a Petrópolis, ela controla o funcionamento da casa por telefone. Mesmo cercada do requinte que lhe é natural, Magali é pessoa de coração simples e generoso, que abre sua casa e seu coração com igual simpatia. Uma casa tão clássica quanto a dona, onde o impecável bom gosto impera em todos os cantos, refletindo o estilo de ser e se vestir da anfitriã, que, no entanto, graças à natureza imperiosa que mantém sob o controle de sua educação esmerada, é capaz de ousadias que até podem provocar surpresas, mas não espanto. Habituada a cuidar dos outros, só agora, quando o tempo e a casa vazia na maior parte do dia permitem, ela está aprendendo a cuidar de si e a descobrir pequenos prazeres como sessões de ginástica, estética ou simplesmente momentos de “dolce far niente” na hidromassagem, para relaxar os músculos e evidenciar ainda mais sua expressiva beleza. Feminina ao extremo, Magali faz questão de cuidar ela mesma de seu cabelo, da pele, e tudo nos mínimos detalhes. Mesmo no descanso de casa, ela está sempre impecável, elegante em seu porte de Monalisa. Com a feminilidade à flor da pele, mantém seus cinco sentidos sempre aguçados e refinados, o que lhe confere um ar sofisticado sem ser esnobe. Com um charme peculiar sabe apreciar os bons sabores (principalmente dos inseparáveis chocolates, consumidos sem culpas e sem prejuízos à silhueta), aromas e texturas. Por sua extrema sensibilidade, Magali é também mais suscetível às lágrimas e à comoção. Mas sua personalidade lhe garante a medida exata de graça e valentia suficientes para aprender com as lições do passado e viver no presente e no futuro seus ansiados dias de paz.
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A administradora de empresas Margarida Aparecida de Oliveira acredita que nada é por acaso. E exatamente por isso tem a firme disposição de jamais deixar passar as oportunidades – profissionais e pessoais – que aparecem em sua vida. A trajetória percorrida por ela até chegar à gerência da unidade do Senac em Governador Valadares é um exemplo da tenacidade do seu espírito, e um espelho para muitas pessoas que acreditam no trabalho e no conhecimento como forma de crescimento. Virginiana típica, Margarida é extremamente organizada em todos os aspectos de sua vida. Seu apreço pelo método e pela disciplina é perceptível até mesmo em pequenos detalhes, como a harmoniosa disposição de seus objetos pessoais dentro da bolsa, por exemplo. Tudo tão arrumado que chega a ser digno de nota. E de sincera admiração. A escolha pelo curso de Administração de Empresas só reforçou as habilidades naturais de Margarida, exímia em planejar e gerir. E foi durante a faculdade, em um período em que também já trabalhava como comerciária, que ela começou sua carreira no Senac. A primeira oportunidade foi na área comercial.
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A partir daí, sempre buscando seu crescimento profissional, tornou-se agente de negócios, coordenadora e tem o merecido orgulho em ser a primeira mulher a ocupar o cargo de gerente da unidade local, ao longo dos 30 anos em que a empresa está em Governador Valadares. Ciente da importância e das responsabilidades inerentes à sua função, ela encara com bom humor a extensa jornada diária, que quase sempre passa (e muito) das oito horas habituais e as constantes viagens que seu trabalho exige. Sua personalidade – forte e decidida – reúne todos os atributos de uma líder nata: organização, equilíbrio para delegar, disciplina, senso prático e a medida exata para cobrar de seus comandados sem se tornar arrogante. O resultado é uma equipe coesa e um trabalho de alto rendimento, que flui com naturalidade e eficiência. Margarida é dessas pessoas que sente um genuíno prazer em se entregar ao estudo e se permite, democraticamente, estar sempre aberta a novos conhecimentos. Para ela esta dedicação é sinônimo de crescimento e evolução.
Foto: Betânia Araújo
Ao falar de forma tão efusiva sobre suas características de liderança e organização, há o perigo de deixar a falsa impressão de um excesso de seriedade na personalidade de Margarida. Ao contrário, sua risada cristalina e sua simpatia cativante são tão explícitas quanto seu gosto pela ordem. O sorriso cristalino que exibe ao falar do trabalho não deixa dúvidas sobre o prazer que sente diante do dever cumprido e da equipe satisfeita. Este sorriso só não é maior nem mais brilhante que o que ela tem no rosto ao falar da família, e principalmente do filho. Eles são seus grandes amores, seu maior orgulho, sentimento que aflora quando ela fala da convivência
harmoniosa e da forma incondicional com a qual eles contam uns com os outros. Em casa, seu refúgio para longe das muitas horas diárias de trabalho, Margarida também faz valer seu espírito de organização e liderança. Mas muito mais aproveita para exercitar suas habilidades domésticas, seus momentos de descontração perto do filho e o lazer com os muitos amigos. Dona de uma contagiante alegria de viver, Margarida revela ainda um lado meio “Pollyana”, que procura, com consciência e sem nenhuma alienação, enxergar sempre o lado positivo de todas as coisas, nem que este seja apenas um aprendizado proporcionado. Na hora de se divertir, as horas livres do dia são preferidas às da noite. O contato com a natureza, que freqüentemente a leva para finais de semana longe da agitação do perímetro urbano, também figura entre seus preferidos. Trocando em miúdos, Margarida é o exemplo vivo da mulher moderna, guerreira que constrói de sucesso em sucesso a sua história, que vai à luta e vence batalhas. E ainda faz tudo isso sem perder a doçura e a elegância.
No dia 14 de novembro, a inauguração do Idermi – Instituto de Dermatologia & Medicina Interna entregou a Governador Valadares uma clínica do mais alto padrão de qualidade. Uma obra conceito classe A que teve a competência, o carinho e arrojo de uma mulher. Seu nome: Marília Miranda. O marido, Dr. Dilermando Dias Miranda, clínico geral e gastroenterologista dos mais tradicionais da cidade. A filha, Drª Sabrina Dias Miranda Becalli, dermatologista, com especialização em dermatologia no Rio de Janeiro sob orientação da renomada equipe Azulay. O marido, Dr. Alexandre Becalli, especialista em cardiologia e ecocardiografia, formam a direção do padrão Idermi de qualidade total. Para
Marília e Dr. Dilermando em seu novo consultório
Dra. Sabrina e Dr. Alexandre Becalli
Sala do Assistente Jurídico, Dr. Yuri Recanto do Didi
Qualidade, beleza, requinte, conforto e alta tecnologia integrar o corpo de profissionais do Idermi, Dr. Rodrigo Miranda Chaves Corrêa, especialista em arritmia cardíaca. E foi unanimidade: da sala de recepção a cada consultório, no Idermi está a marca de quem se preocupa com o bem-estar do paciente. Requinte e conforto refletidos nos acabamentos, no mobiliário e na aparelhagem da mais alta tecnologia. Marília Miranda pensou em tudo com um amor de quem sabe valorizar as conquistas da família. Consultórios de acordo com a personalidade de seus ocupantes, jardins de inverno e, para as horas de descanso e lazer, ela criou, homenageando o Dr. Diler-
mando Miranda, o “Recanto do Didi”, com móveis exclusivos em estilo rústico para maior aconchego. Até a filha Sarah, estudante do 3º ano de medicina, já tem o seu lugar prontinho. Para o filho, Dr. Yuri Dias Miranda, destinou sala como assistente jurídico. Os brindes da festiva primeira noite do Idermi aconteceram com todos os bons fluidos para quem soube, como a família Dias Miranda, cultivar amigos por toda vida. Assim vai ser com a clientela que será conquistada com muita ética e profissionalismo pela sua filha, Drª Sabrina e seu marido, Dr. Alexandre Dias Miranda Becalli.
Dermatologista Dra. Sabrina Dr. Dilermando e Marília com os filhos Sarah, Dra. Sabrina e Dr. Yuri O brinde de Dra. Sabrina e Dr. Alexandre Becalli
Em seu consultório, Dra. Sabrina Dias Miranda Becalli
Dr. Rodrigo M. Chaves Corrêa
Dr. Alexandre Becalli e seu novo consultório
Futura doutora, Sarah Dias Miranda
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O sorriso muito simpático no rosto de traços delicados e a recepção calorosa dão uma idéia da personalidade da advogada Milce Lima dos Santos. Mas é quando ela começa a falar, com sua voz de impressionante firmeza e objetividade, que se percebe ainda mais estas características. Suas palavras e seu jeito de se expressar dão a dimensão do tamanho da sua credibilidade pessoal e profissional. Com sua honestidade direta, Drª Milce declara que o que mais faz na vida, até hoje, é estudar. Sua primeira graduação foi em Letras, pela Univale (que ainda era FAFI). Sempre boa aluna e concentrada em seus objetivos, desde o 3º período, já dava aulas de inglês e português em escolas da cidade. Por isso, já terminou o curso trabalhando a pleno vapor. Depois de algum tempo, motivos pessoais levaramna a morar em Uberaba, no Triângulo Mineiro. Lá, a proximidade com alguns projetos humanitários, levou-a a ficar cada vez mais interessada e curiosa pelas minúcias da lei. Daí para o retorno ao meio acadêmico foi um pulo. Aluna da Uniube de Uberaba apaixonou-se completamente pelo curso e pelo exercício da profissão. Com um brilho especial nos olhos, a Drª Milce afirma que nasceu para advogar. Ao contrário de muitos colegas, nunca almejou ser juíza ou promotora. Para defender suas causas, utiliza-se do seu grande conhecimento jurídico, sua infinita disposição para estudar, sua clareza de raciocínio, e claro, a excelente oratória, resultante de um talento natural aliado a técnicas e ao domínio perfeito da linguagem, um “bônus” especial de quem estudou o idioma profundamente no curso de Letras. Durante o tempo vivido em Uberaba, Drª Milce trabalhou com mais ênfase nas áreas de processo civil e trabalhista. Mas depois de 12 anos no Triângulo Mineiro, ela voltou a Governador Valadares, com todo entusiasmo e disposição para ingressar no mercado de trabalho em sua cidade natal, o que levou-a a deixar currículos nos melhores escritórios de advocacia da cidade. Logo sua competência foi reconhecida, ao ser Dezembro / 2007
contratada por um dos mais prestigiados escritórios da cidade. Durante o tempo em que ali atuou, adquiriu experiência especialmente na área empresarial e pós-graduou-se em Direito Civil. Mas um novo desafio estava pela frente, quando foi convidada a advogar para a prefeitura. Desde sua entrada para o serviço público, atua como advogada da Semov, um trabalho que exige muito e ao qual ela se dedica com a seriedade e competência que lhe são peculiares. Apaixonada por sua profissão, não se detém ou desanima diante do muito volume de trabalho e é organizada o suficiente para ainda manter seu escritório particular, uma vez que seus fiéis clientes não abrem mão dos seus serviços. Por todas as suas qualidades, a Drª Milce mantém um excelente relacionamento em todas as esferas jurídicas, algo do qual muito se orgulha e que a faz ainda mais realizada e incansável em seu trabalho. Mas não é só o direito que faz seus olhos brilharem. A voz firme ganha um tom emocional e doce para falar da família e especialmente dos pais Tarcizo Soares de Lima e Helena dos Santos Lima. A emoção e o orgulho são latentes ao falar de sua criação, cheia de carinho, ao lado dos cinco irmãos. As lembranças da infância são sempre de alegria, afeto e uma união total, que hoje se estende aos sobrinhos, cujas fotos estão espalhadas pela sua sala impecavelmente arrumada. Exemplo de mulher moderna, forte, independente, Drª Milce consegue ainda, com rara habilidade, conciliar este perfil com a de uma excelente donade-casa. As lições aprendidas com a mãe se refletem no bom gosto presente nos mínimos detalhes da decoração de seu apartamento e na sua dedicação à culinária, que vai do trivial ao sofisticado com igual talento, para deleite dos amigos e especialmente do “amorzão”, Jairo José Monteiro. De bem com a vida, realizada na profissão e na vida pessoal, Drª Milce é o exemplo de que trabalho, prendas domésticas e uma saudável vaidade podem – e devem – caber em uma mesma personalidade.
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Não é preciso estar pertinho da engenheira Miréia Scherrer Machado para descobrir o tamanho do seu alto-astral ou saber da sua felicidade, tanto com a vida profissional quanto no lado pessoal. Extrovertida, de fala e riso fácil, ela irradia simpatia e bom humor. Também não é preciso acompanhar de perto a sua rotina mensal para entender que a moça tem uma certa vocação para “Mulher Maravilha”, um lado bravo, de leoa, que ela guarda para exercitar no trabalho, que tanto exige dela. Porque fica difícil encontrar outro adjetivo para uma jovem profissional, que com 10 anos de carreira responde por uma empresa superconceituada – a Arqhosp, especializada em projetos para estabelecimentos assistenciais de saúde, atua em uma área de grande dificuldade e ainda tem fôlego para viver em uma constante ponte área que começa em São Paulo e vai até Frei Inocêncio, passando por Belo Horizonte e Governador Valadares, todo mês. Trabalhar muito, estudar, cuidar da casa, do marido e do filho, ser mãe, companheira amiga e dona do lar requer muito fôlego, e no caso de Miréia, disposição redobrada para fazer e desfazer mala. Desde que se mudou para São Paulo, com o marido, Ângelo Paulo Santos Ferreira, em 2004, ela mantém constantes idas e vindas, uma vez que boa parte do trabalho da Arqhosp é em Valadares, Ipatinga e região. Com o começo da pós-graduação em Engenharia e Arquitetura em estabelecimentos assistenciais de saúde, sua rotina passou a incluir dois finais de semana em Belo Horizonte, todos os meses, para as aulas na UFMG. E como muitas vezes o filho vem junto, as temporadas em Valadares incluem também Frei Inocêncio, onde moram os pais (e avós corujas). Inteligente e muito estudiosa, Miréia começou a trabalhar na complicada área de estabelecimentos de saúde logo depois de formada, seguindo os passos da irmã, Miriléia, que já atuava neste segmento. Hoje, sua empresa, a Arqhosp, é reconhecida pela qualidade dos projetos, todos aprovados pela Secretaria de Estado da Saúde, que é o órgão fiscalizador responsável. Muitos dos projetos feitos pela Arqhosp na região Dezembro / 2007
são bastante conhecidos da população: a nova Policlínica Central de Governador Valadares, a Policlínica de Ipatinga, os CEOs (Centros Especializados de Odontologia), o PAM (Pronto Atendimento Médico) e PSF’s de Ipatinga, além do, em andamento, Plano Diretor Arquitetônico do Hospital Municipal de GV, bem como o 3º andar do prédio, cuja obra deve começar em breve. Isso sem falar nas muitas clínicas e outros estabelecimentos particulares, uma vez que as regras da SES valem para qualquer estabelecimento destinado ao uso público como escolas e anfiteatros, por exemplo. Tamanhas responsabilidades não assustam Miréia. Pelo contrário. Quanto mais trabalho, mais ela se dedica. Além da pós-graduação, ela faz muitos outros cursos de menor duração e todos os anos participa do Congresso Internacional de Arquitetura Hospitalar. E já pensa em partir para o mestrado, tão logo conclua a pós. O resultado vem com o reconhecimento de um trabalho que vai muito além de cálculos, orçamentos e escolhas de materiais. Quem trabalha nesta intrincada área tem que pensar sempre nas condições e no conforto do paciente: se estará em cadeiras de rodas, se é idoso, cego, portador de necessidades especiais; pensar como ele vai acessar este local, como será feito o atendimento, o fluxo, e vários outros detalhes. E tudo isso seguindo rigorosas normas da Anvisa. Cansativo? Complicado? Para muita gente sim, mas Miréia consegue tirar de letra todo este trabalho e ainda dar atenção a tudo e a todos, inclusive ela mesma. Mas ela não se esquece, em nenhum momento, que o apoio da família (e aí se destacam o super incentivo do marido, e mais os pais, cunhada, irmãs, sogra) tem sido fundamental para o sucesso desta caminhada. Em São Paulo, tenta usufruir a intensa vida cultural da cidade. Ao lado do filho, Ângelo Paulo, o tempo é para virar criança, brincar, fazer carinho, exercitar o amor incondicional de mãe que planejou a vinda do filho para tornar completa a felicidade da família à qual se dedica com igual intensidade.
Foto: Betânia Araújo
Gente Wilma Trindade
Ano de ouro para Edmílson Soares que somou
à sua administração, o sucesso da 10º Expoleste registrado com a presença do Presidente da República, no dia, José de Alencar. E diga-se, a primeira a ter essa honra. A estrela de Edmílson Soares continua a brilhar. Admirado por sua simpatia, capacidade de abrir portas e cativar, fecha 2007 sendo reconduzido ao cargo de presidente da ACGV e como Secretário de Esporte, Cultura e Lazer, uma escolha do Prefeito José Bonifácio Mourão que lhe presenteou, de cara, com carta branca para erguer o ansiado Centro de Convenções com dinheiro em caixa.
Ano de ouro para o dinâ-
mico ex secretário de Governo Darly Alves, hoje Secretário de Planejamento. Para quem as batalhas não cessam. Mas é personalidade formada para vencer.
Ano de ouro para a Vale do Rio Doce, as ações mais cobiçadas e mais rentáveis do Brasil. Em GV ela fez acontecer em parceria com a administração do prefeito José Bonifácio Mourão. Valadares vira outra, com as obras, fruto dessa parceria.
Fim de ano. Cômputo geral. 2007, ano difícil para muitos e de ouro para Ano de ouro para o advogado Gilberto Hastenreiter. Com a família realizou sonhos e mostrou a que veio. Para ser feliz e proporcionar felicidade. A festa oferecida pelos 15 anos da filha Brenda impulsionou para a volta do glamour na vida social de GV.
Ano de ouro para a
marca Mais Mais consolidada com o sucesso absoluto da 5ª Festa do Troféu Mais Mais, da Revista do Troféu, e dos coquetéis de lançamento, que brindaram a credibilidade das Revistas Mais Mais Perfil. Foram dois. Mais Mais Perfil Homem e Mais Mais Perfil Mulher, ambas na 4ª edição. De 2008 só esperamos Mais Mais.
Savoir-faire
Ano de ouro para Carlão Reis, Juce-
lino Lopes Farias e Ronaldo Lopes de Paiva, os diretores da Mafrial – Matadouro Frigorífico Ltda , empresa que em 2007 abateu cerca de 10.000 bovinos por mês e proporciona ao setor agropecuário dos Vales do Rio Doce, Mucuri, Jequitinhonha , Zona da Mata e Vale do Aço oportunidade e alternativa. Preocupada com o meio ambiente está investindo cerca de R$900.000,00 em obras de tratamento de seus afluentes líquidos e gasosos.
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Tininho e Juliana na festa de Brenda Hastenreiter
Altino Machado de Oliveira Júnior e Juliana Tavares – Ele, o poder da Faculdade de Direito de Governador Valadares - FADIVALE e diretor da União Ruralista, respeitado, admirado, bem relacionado, que se entrega ao trabalho com seu savoir-faire e pulso forte. Juliana Tavares, o frescor da beleza em química perfeita com o nome de berço. A junção dos dois acrescenta glamour e qualidade a qualquer evento.
Ano de ouro
para o glamour, competência e arte de Luciane Sabbagh. O lançamento de sua nova coleção de jóias vendeu como água. Um sucesso estrondoso. Claro que GV jamais viu peças tão belas e acessíveis. O futuro da griffe Luciane Sabbagh designer de jóias, está consolidado.
alguns privilegiados da Planície.
Joir de vivre Isabel Miranda Pereira, uma amiga para todas as horas, personalidade de alegria marcante, e neste fim de ano, mais feliz da vida com a formatura do filho Leonardo, o nosso Léo da XX que se tornou Bacharel em Administração pela FAGV 2007. Perfeito para continuar à frente do Monalisa Jump Bar e mais empreendimentos desta família top de linha.
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Se fosse preciso uma única palavra para defini-la, seria energia. Este é, sem dúvida, o ingrediente principal na vida da professora de dança Neuzanne Assis. Adicione a ele pitadas generosas de fé, alguma irreverência e muito bom humor. E claro, a criatividade nata de quem nasceu para viver sob o signo das artes. Diante desta poderosa mistura, fica até difícil imaginar que ela caiba toda na figura “mignon” de Neuzanne, que foi abençoada pela natureza com o biótipo perfeito das bailarinas: pequena estatura, estrutura delgada e delicada, gestos graciosos e firmes. E essa energia inesgotável que salta aos olhos e ela canaliza quase que na totalidade para exercer uma grande paixão, que por mais de duas décadas, mais que isso, tem sido também sua profissão: a dança. O prazer pela dança, pela arte, está explícito em cada gesto de Neuzanne. Sua história com ela começou muito antes, ainda na infância, quando descobriu como exercitar corpo e mente, ampliando os limites de ambos a cada descoberta da consciência corporal. Um processo que começou por instinto, primeiro com a ginástica olímpica. Depois com o balé, que como toda uma geração, foi aluna da professora Ofélia Domingues, precursora da dança clássica em Valadares. Mas foi na energia, no ritmo e na agitação do jazz que Neuzanne encontrou seu estilo, quando ainda era aluna da pioneira Núbia Brandão. Quando já estava ensaiando vôos mais ambiciosos que os de aluna, mudou-se para Pouso Alegre, no Sul de Minas. Uma época boa, saudosa mesmo, das primeiras experiências como professora de dança. Mas é a partir do seu retorno a Governador Valadares, em 1986, que ela começa a contar, oficialmente, sua carreira profissional, que este ano chega à “maioridade”. E a comemoração, como não poderia deixar de ser, será no palco, fazendo o que mais gosta e ao lado das melhores companhias que poderia ter: suas alunas, com quem tem uma relação de educadora, mas também de grande afeto e cumplicidade. Tanto que, para Dezembro / 2007
o show comemorativo que acontece nos dias 15 e 16 de dezembro, no Teatro Atiaia, muitas ex-alunas – que hoje estão fora da cidade fazendo faculdade – estarão de volta para mais uma vez dançar ao lado da “Tia Zane” nesta data tão especial. No palco, à espera do calafrio que sempre há de percorrer a espinha quando soa o 3º sinal, ela e suas mais de 100 alunas vão contar um pouco desta história em ritmo de jazz, moderno e contemporâneo, ao som de uma trilha que faz viajar no tempo e no espaço. Tudo isso marcado pela energia e pelo ecletismo tão característicos de Neuzanne. Como tema do espetáculo, ela escolheu uma frase que também faz valer sempre em sua vida: “Todo encanto que buscamos está naquilo que acreditamos”. E é por acreditar firmemente na arte que ensina às suas alunas e que encanta tantos corações, que ela faz do seu trabalho algo alegre, saudável e iluminado. Foi também com muita fé, e literalmente, muito suor, que ela consolidou sua trajetória ao longo desses 21 anos. Hoje, seu “Espaço de Dança” oferece aulas de danças para crianças e adolescentes de todas as idades, desde as pequeninas dos 4 aos 7 anos (baby jazz), dos 8 aos 11 anos (jazz kids), dos 12 aos 14 anos (teen jazz) e acima dos 14 (modern jazz). No meio de tantas aulas, Neuzanne ainda encontra tempo para manter sua linha de roupas de ginástica, a “Eu Danço”; acertar os muitos detalhes para o espetáculo; ser a mãe orgulhosíssima (e assumidamente) do filhão Felipe, um jovem advogado e exímio instrumentista; dedicar atenção e afeto aos pais Nílton e Maria, sua força, seu sustentáculo, sua inspiração de todos os dias; e no meio disso tudo ainda abrir seu coração para um grande e renovado amor. Mesmo com toda a força e energia que lhe são próprias, a correria típica do fim do ano dá uma certa canseira até em quem tem tanto fôlego. Por isso, em seus planos imediatos, para logo depois do espetáculo, estão alguns dias de férias, apenas o suficiente para recarregar as baterias e voltar cheia de disposição, porque ano que vem começa tudo de novo.
Foto: Betânia Araújo
Viajar
Por Ana Karina Dutra
A parte filosófica (ou poética, como queira!)
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A tortura
Viajar é experiência. É bagagem sem peso que se leva vida afora contendo valor inestimável. O dinheiro investido numa viagem, se aproveitado como uma experiência de fato, retorna em informações, mudanças de atitude, expansão de horizontes e incremento das opiniões pessoais. E muito, muito mais coisas que somente a vivência demonstra e demonstrará. Viajar é ler o mundo, cada pedaço de chão por onde passamos. Perto ou longe, alto ou plano: é postar-se à beira do lago, e observar que em sua margem as pedras são cascalhos lisos de diferentes tonalidades; que entre eles há limo no qual podemos nos escorregar se ousarmos entrar na água, ou sobre o qual poderemos sentir o deslizar de substâncias puras que massageiam nossa pele ao mesmo tempo em que começamos a lavar os pés e a alma... No olhar da vegetação refletida nas águas do mesmo lago e ver que bem ali, diante de nós, estão duas realidades de uma mesma coisa. Viajar é assim: ver realidades diferentes de uma mesma cidade, povo, costume... É entender o porquê de uma reta alaranjadamente roxa dividindo em duas partes iguais a negritude da madrugada. Quem nunca se surpreendeu com uma cadeia de montanhas vista do alto? Ou vista de baixo? Como subir no morrinho e sentirse no topo do mundo, e estar no mais alto
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dos picos e perceber que somente ali aquela pequenina flor azul e rosa nasce, cresce e morre sem se importar se há alguém para apreciá-la ou somente o sol que nos aquece a todos... Afinal, viajar não é apenas arrumar - e desarrumar - malas, sentar em mesas de bares, restaurantes, botequins charmosos e pedir a bebida da moda, da tradição. Viajar é muito mais do que lembrar de quem ficou, e levar-lhes souvenirs. Viajar é lembrar de si mesmo, fazer-se imergir nos sons, nos cheiros, nas cores e nas feições dos estranhos, do novo que de repente, por uma programação de férias, de passeio, diversão ou mesmo necessidade, se apresentam diante de cada um. Viajar é chegar no mesmo destino e ver coisas novas, ainda que no sempre familiar cenário. É saber que aquelas pessoas que nos permitem usufruir de seu pedaço de chão estão repletas de riquezas prontas a ser compartilhadas num segundo que seja, através de um olhar sorridente. Viajar é muito mais do que as palavras podem expressar, do que as fotos e vídeos podem mostrar e do que nossa imaginação pode criar. Viajar é viver, aqui mesmo, no bairro vizinho, na cidade ou distrito próximo, ou no país do outro lado do Atlântico. É muito além do que a geografia pode traçar em mapas e rotas.
Definitivamente, a maioria das pessoas não sabe viajar e por isto desperdiça dinheiro, tempo, desgasta relacionamentos, arrisca sua vida e de outras pessoas, desrespeita a si e ao próximo e muitas vezes perde grandes oportunidades de dar bons exemplos àqueles que consigo convivem. Quem nunca viu um casal brigar diante dos filhos por que um ou outro esqueceu de colocar entre a bagagem aquele protetor solar infantil, ou o brinquedo da menininha que chora na areia por que não tem um balde de plástico que a ajude na construção de seu castelo? Quem nunca presenciou – ou foi vítima – daquele grupo de infantes que correndo alegre pela praia chuta areia pra todo canto, inclusive pra cima de você? Ou quem jamais se importou com o motorista que, com o carro abarrotado de bagagens e crianças, faz uma ultrapassagem irresponsável pelas nossas já tão perigosas estradas? E o garçom que esqueceu de trazer seu pedido há tanto solicitado? Afinal, eu me pergunto sempre: em que diacho de lei está determinado que viajar é obrigatório no mês de janeiro? Nos feriados prolongados? Onde está escrito que não seja possível combinar com o orientador peda-
ou a bonança gógico da escola onde seu filho estude, uma data alternativa para que ele possa faltar a alguns dias de aula em prol de uma viagem em família que seja mais tranqüila, segura e proveitosa? Por que as pessoas buscam tanto sua individualidade e quando se trata de viajar e poder conhecer novos lugares e pessoas elas não conseguem fazer isto sem ter um “conhecido” junto? Já vi muita gente deixar de viajar porque não tinha “companhia” para viajar... Quanta perda de oportunidades para a vida inteira! O estresse de se viajar em ‘alta-temporada’, chegar na praia ou na montanha, e ter fila de supermercado pra enfrentar, briga por uma mesa no restaurante na hora do almoço, engarrafamento na estrada, na cidade, na ponte e sem falar nos aeroportos (!)... Toda essa confusão e desgaste emocional-psicológico têm algumas razões básicas: falta de planejamento, massificação de idéias e falta de criatividade. Quando viajar for um lazer desde sua concepção de datas, destinos, desejos, então o estres-
se e desrespeito que vemos em todo final de ano, verão e carnaval, serão compensados muito mais pelas experiências do que pelo “auê” de ter saído de casa por alguns dias como o seu vizinho também fez. Isso porque viajar será estado de espírito que só existirá quando for cultivado de maneira constante, sensível, sábia e extremamente ampla. Viajar somente será lazer e vantagem quando bem planejada (se uma viagem solitária, consigo mesmo; se uma viagem em grupo – familiar ou de amigos – com todos), alternativa e criativa, vendo e antevendo além do senso-comum, sem perdê-lo no entanto. Lembre-se: viajar não é ficar como que possesso por algum “espírito maligno”, reclamar, correr nas estradas (só pra chegar dez minutos antes!). Viajar é somente lazer, diversão, jeito novo de ver o mundo e a vida... Viajar é estado de espírito, é preparação relaxada e tranqüila daqueles dias sonhados durante um ano inteiro. É ter atitudes que alimentem clima saudável de respeito entre as pessoas. Boa Viagem!
Cultura
Por Paula Greco
Por Causa da
A
cena é um clássico da ficção dos anos 70/80, o momento de clímax da primeira versão para o cinema do mais poderoso super-herói dos quadrinhos. Quem tem mais de 35 anos certamente pode acompanhá-la (e muitos com os olhos rasos d’água) em tela grande no cinema ou repetidas vezes na telinha em sessões da tarde ou de domingo. O Super-homem, imortalizado pelos olhos azuis, o furinho no queixo e o “pega-rapaz” de Christopher Reeve, depois de conter desabamentos, enfrentar vilões e salvar a humanidade, se depara com Lois Lane morta entre escombros e ferragens de um carro. Neste momento, o amor altruísta do herói cede lugar ao desespero de um simples mortal apaixonado e como único recurso para enganar a morte, ele gira ao redor da terra até que ela reverta seu movimento de rotação, voltando alguns minutos no tempo e chegando no momento exato para restaurar a vida de sua amada. Corta para a mitologia grega. Em Tróia, a disputa entre Menelau e Páris não era por território ou poder, mas pelo amor da bela Helena, filha de Zeus com uma mortal, Leda. Ferido em sua dor de marido roubado, o rei de Esparta organizou a célebre invasão dentro de um cavalo de madeira e guerreou por sete anos, até matar seu oponente Páris, com o único objetivo de ter Helena de volta, o que acabou por
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Mulh
acontecer, em ambas as versões da lenda, até a morte de Menelau. A partir daí, os finais são controversos. Mas a guerra não. Novo corte, agora para uma lenda Bretã. A mais famosa de todas, do Rei Arthur. Coroado ainda adolescente, ele tornou-se um grande conquistador, guerreiro vencedor de muitas batalhas, um homem dividido entre o cristianismo e as religiões pagãs; entre o amor do amigo e a paixão por sua rainha. É Guinevere, a rainha católica desposada pelo rei de educação bárbara, a grande responsável por todos os seus conflitos, e pela traição de seu melhor e mais fiel amigo, Lancelot, que também se apaixona por Guinevere. A partir daí se desenrola a tragédia que vai culminar com a decadência do reino de Camelot. Corta de novo. Desta vez, para uma história real. Na Inglaterra do século XVI, o rei Henrique VIII, seduzido por Ana Bolena, que não se contentou com o posto de amante, foi solicitar ao papa Clemente VII, a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. O pontífice, pressionado pelo rei Carlos da Espanha (sobrinho de Catarina), negou o divórcio ao monarca inglês. Henrique VIII rompeu com o papa e com o apoio do Parlamento, transformou-se oficialmente no chefe supremo da Igreja na Inglaterra e pôde enfim, casar-se com Ana. Como nas lendas, a relação foi tumultuada (e bastante breve, com a rainha sendo decapitada menos de cinco anos depois do casamento), e o rei acabou entrando para a história não apenas por ter provocado a ruptura da Inglaterra com a Igreja Católica, criando a Igreja Anglicana, mas pelos seus muitos casamentos; seis no total. Mas o que, afinal de contas, todas essas histórias - e muitas outras que não foram mencionadas aqui - têm em comum? A presença de grandes mulheres, que, por sua simples existência, graça e poder de sedução, mudaram o rumo da história, seja ela real ou fictícia. Musas, fontes de inspiração, pivôs dos acontecimentos. Mais que protagonistas, elas são a causa e a conseqüência de poemas, guerras, tragédias e romances, movendo como rainhas de um tabuleiro de xadrez os homens ao seu redor.
“Super-Homem, a canção”
lher... E entre todas, não foram as contadas desde os tempos imemoriais, mas aquela criada pelo romantismo contemporâneo, a que inspirou nosso grande artista e ministro da Cultura Gilberto Gil a escrever uma das mais belas canções de seu repertório. Foi inspirado pela cena que inicia este artigo que Gil decretou, sintetizando de forma linda e poética, o que enterneceu, tornou humano e fez doer o coração do homem de aço: “Quem sabe o Super-homem venha nos restituir a glória, mudando como Deus o curso da história por causa da mulher”.
Gilberto Gil
Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria Que o mundo masculino tudo me daria Do que eu quisesse ter Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara É a porção melhor que trago em mim agora É o que me faz viver Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera Ser o verão no apogeu da primavera E só por ela ser Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória Mudando como um Deus o curso da história Por causa da mulher
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Isso é quente
Por Paula Greco
LIVROS Por que Homens Jogam & Mulheres Compram Sapatos
Elite da Tropa: No embalo do filme nacional mais comentado de 2007, o antropólogo Luiz Eduardo Soares, e dois policiais, André Batista e Rodrigo Pimentel, criaram, a partir de experiências reais, uma ficção surpreendente, que mostra o cotidiano de treinamento da tropa de elite da polícia brasileira sob a ótica do próprio policial. Eles obedecem a regras estritas, as leis da guerrilha urbana. Na dúvida, mate. Não corra, não morra. Máquinas de guerra, eles foram treinados para ser a melhor tropa urbana do mundo, um grupo pequeno e fechado de homens atuando com força máxima e devastadora. A primeira parte do livro concentra relatos impressionantes dos policiais de elite. Na segunda, um dos personagens segue uma trama envolvendo autoridades de
segurança, traficantes, políticos e policiais. Uma narrativa de ficção, onde fatos e cenários reais foram reescritos em parte ou no seu todo, com outros nomes para que lugares e pessoas tivessem sua identidade preservada. O título já está na lista dos mais vendidos em todas as bookstores e sites do Brasil.
Confesso que, logo de cara, o que me atraiu foi o título, especialmente a segunda parte. De certa forma, nem que seja por força de uma expressão metafórica, que a compulsão pelos sapatos é muito mais comum do que se pensa. O livro “Por que homens jogam & mulheres compram sapatos - Como a evolução molda nosso comportamento” procura explicar, a partir da psicologia evolucionista, o porquê das diferenças entre homens em pequenas ações. A linguagem utilizada pelos autores Alan S. Miller e Satoshi Kanazawa é leve e bastante interessante ao mostrar que muitos comportamentos humanos (em diversas vertentes cotidianas como sexualidade, relacionamentos, violência, religião, política, economia, (entre outras) podem ser explicados de forma original de acordo com o sexo.
DVD´s Simplesmente Amor (Love Actually) Comédia romântica da melhor qualidade, com direção e roteiro do excelente Richard Curtis (responsável por roteiros consagrados como Quatro Casamentos e Um Funeral e Um Lugar Chamado Nothing Hill) e a decantada sutileza do humor inglês, o filme traz dez deliciosas e singulares histórias de amor que se entrelaçam de alguma forma em um encantador conto de natal. São vidas e amores de londrinos que colidem e se misturam. O novo primeiro-ministro inglês se apaixona por uma de suas funcionárias. Um escritor se refugia no sul da França para curar seu coração e acaba encontrando o amor. Uma dona-de-
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casa muito bem casada suspeita estar sendo traída pelo marido. A recém-casada desconfia dos sentimentos do melhor amigo do marido por ele. Um menino deseja chamar a atenção da garota mais inatingível da escola. Um viúvo tenta se relacionar com o enteado
que mal conhece. A jovem americana há muito tempo espera uma chance de sair com o colega de trabalho por quem é perdida e silenciosamente apaixonada. O astro do rock, em fim de carreira, tenta um retorno ao palco de um jeito bem descompromissado. E, assim, o amor vai transformando a vida de todos os personagens em um caos total, com alguns finais felizes e outros nem tanto. No elenco, estrelas do quilate de Hugh Grant, Liam Neeson, Emma Thompson, Alan Rickman, Colin Firth, Claudia Schiffer, Rowan Atkinson (em uma hilária participação especial), Billy Bob Thornton e para nós brasileiros, um bônus com presença – tímida, porém linda – de Rodrigo Santoro. Providencie a pipoca, o chocolate, espere uma noite de chuva e prepare-se para beijar muito!
Vander Lee Múscia
(música para sentir “no interior do seu interior”)
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a nova (e nem tão nova assim) leva de artistas mineiros, ele é sem dúvida, o maior expoente. Visceral. Intenso. Suave em algumas ocasiões. Pura competência. Vander Lee transita entre o balanço do samba e tentalizantes baladas com toda graça, para deleite do público. Muitos artistas já gravaram suas canções, impingindo-lhe a pecha de compositor. Mas Vander Lee também esbanja charme e talento como intérprete. Até aqui, todo o seu trabalho é digno de nota, mas é possível obter uma mostra bastante consistente a partir dos dois CD’s gravados ao vivo pelo cantor/compositor. “Ao Vivo” foi gravado em 2003, reunindo canções que já foram gravadas por outros artistas e tem participação especial de Elza Soares, que curiosamente, até o momento, não tinha gravado nada dele. O mais recente, “Pensei que fosse o céu”, tem uma compilação de seus trabalhos de estúdios anteriores, e mais inéditas, além de uma participação de Zeca Baleiro. Difícil dizer qual o melhor. De qualquer forma, é só apertar o “play” e embarcar numa deliciosa viagem musical.
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Giselle com sua m茫e Marilene e sua av贸 Francisca
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Foram seis meses de badalação. E festa de Brenda Hastenreiter foi realmente o Debut do Ano. Da emocionante Missa de Ação de Graças na Catedral à deslumbrante, recepção, tudo foi MAIS MAIS que o imaginado. Os pais Gilberto Hastenreiter e Giselle Martins Hastenreiter, um rei, uma rainha e suas princesas fizeram do Ilusão Esporte clube um salão real onde toda a nobreza convidada se embeveceu e se encantou com o fausto e a arte de bem receber. Requinte, beleza e descontração. Uma liga perfeita que fez as luzes e som da banda e do DJ brilharem após as 6 da manhã. Um acontecimento que ficou registrado na história da vida social da Planície como a melhor festa de 15 anos dos últimos tempos.
Com o bisavô Euclides Hastenreiter
E com o avô materno José Teixeira Martins
Com o tio Luíz Márcio
E com o tio Sérgio Martins
Cinema
Por Paula Greco
Alan a n o t e Dal ham rsonagens am a r G m De , os pe nsfor os a r e r t o e d h S as qu r em um o i r ó t s d de hi s Spa tivos” Jame s alterna da TV) o “mus a (e agora . o cinem -american norte
‘Who’s t Sábado à noite, nada para fazer e aquele calorão que não deixa ninguém dormir. Zapeando pelos canais de filme, reconheci uma das cenas iniciais de “Sexo, Mentiras e Videotape”, um filme até meio antiguinho, de 1989, mas um dos meus preferidos entre todos os que já assisti (e não foram poucos). O sono, que já começava a bater, foi logo embora diante da perspectiva de rever toda a história, e principalmente o excelente – e premiado – trabalho do protagonista, James Spader, um ator de quem eu sou fã declaradíssima. Filme preferido na tela, ator preferido em cena, ou seja, diversão garantida. Ajeitei-me no sofá e estava totalmente concentrada na história quando minha filha entra na sala e a partir daí, travou-se o seguinte diálogo: Ela: “Que filme é esse?” Eu (sem paciência): “Sexo, Mentiras e Videotape”. Ela: “E quem é esse cara?” Eu (com má vontade): “O James Spader”. Ela (de novo): “Quem? Eu conheço ele de algum lugar?” Eu (querendo ver o filme e acabar com a conversa): “É o cara que faz o Alan Shore, em Boston Legal, mas aí ele está novinho, o filme tem quase 20 anos”. Ela (só para perturbar): “Ah, é o cara, então... agora eu entendi porque você gosta tanto dele. Não é que ele era bem bonitinho antes de ficar velhinho?” Essa, é claro, eu nem respondi. Uma almofada voadora pôs fim ao diálogo, e logo ela sossegou do meu lado para ver o filme. E também para ver o James, que além de tudo era mesmo um moço (e hoje um jovem senhor de 47 anos)
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bonitinho, com cabelos claros, olhos escuros e um ar de desprotegido de arrasar corações. Mas a meiguice do moço pára na aparência. Em quase 30 anos de carreira, ele tem mais de 40 filmes no currículo. Do tipo “Blockbuster”, apenas um, Stargate, uma ficção científica de primeiríssima que estrela ao lado de Kurt Russel. E claro, o próprio SMV, que na época, foi considerado polêmico (como aliás, boa parte da obra do diretor Steven Soldeberg), mas tornou-se um “cult”, premiado em festivais como Cannes e Sundance e indicado a vários outros prêmios tanto para o roteiro quanto as atuações de Laura San Giácomo, Andie MacDowell do próprio Spader, que entre outros prêmios, foi Palma de Ouro em Cannes naquele ano pela sua interpretação do frágil Graham Dalton. Entre os demais papéis, algumas poucas comédias e quase uma dúzia de vilões em filmes para adolescentes dos anos 80 (ele interpretou, por exemplo, o malvado Steff, que tentou de todas formas impedir o amor entre os protagonistas de “A Garota de Rosa Shocking”, um clássico teenager dos tempos das saias de babados coloridos, calças “semibag” e rendinhas “a la Madonna” em Like a Virgin. Mas a especialidade de Spader são mesmo os papéis estranhos ou em filmes estranhos. Evoluindo da categoria “bad boy”, ele encarnou alguns vilões de arrepiar, mas principalmente personagens com problemas de caráter, personalidades duvidosas, fetiches que ultrapassam a barreira das sociopatias, e até mesmo na condição de mocinho, sempre com algum mistério, algo de sinistro na história. Ou seja, um currículo perfeito para se tornar um “muso esquisito”.
Por Paula Greco
that guy?’ Depois de viver um certo ostracismo em sua carreira (no final dos anos 90 e começo desta década, principalmente), Spader reencontrou-se com sua melhor forma na TV. Convidado para uma participação especial em uma série sobre os bastidores dos tribunais de Boston, ele, já em 2003, levou o Emmy (uma espécie de Oscar da TV americana) de melhor ator pelo papel. E ainda ganhou o status de protagonista em Boston Legal, série com o mesmo tema, que derivou de sua participação na anterior e já está em sua quarta temporada de extremo sucesso nos EUA. Aqui no Brasil, o canal a cabo FOX exibe a terceira temporada (as duas primeiras já estão disponíveis em DVD), infelizmente em versão dublada. Mas vale a pena assistir porque Spader, mais maduro e gorducho, está impagável na pele do advogado Shore, uma verdadeira águia dos tribunais, dotado de nenhuma ética, um senso de humor absolutamente pervertido e um charme, digamos assim... estranho! O papel lhe rendeu este ano mais um Emmy de melhor ator. Concorrendo com o excelente James Goldfinus, protagonista de Família Soprano e favorito absoluto no último ano de sua série (que fala sobre uma família de mafiosos), Spader subiu ao palco com ar de grande surpresa e ao agradecer o prêmio, disse somente: “Me sinto como se estivesse roubando a máfia!” Uma declaração do ator, mas típica de seu personagem.
* O título desse artigo está em inglês somente porque é uma brincadeira com a pergunta feita pela minha filha e o nome de uma música da Madonna, “Who’s that girl?”
Empresarial Por Wilma Trindade
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Maria Maria
Reveillon
Vestir-se bem, ser elegante, ter classe são desejos do ser humano independente do gênero. Mas são atributos que necessitam ser cultivados e muitas vezes lapidados. Da ala feminina, Maria Barra é exemplo dessas qualidades que ela, com todo carinho, expressa em sua Maria Maria, uma das mais tradicionais boutiques classe A da cidade. Instalada no point fashion de GV (Barão do Rio Branco com Israel Pinheiro), a Maria Maria tem de luxuosos vestidos de festas a roupas casuais que distinguem sua personalidade. Suas clientes sabem que podem confiar no seu bom gosto. Ela está sempre pelas capitais da moda selecionando sempre o melhor. Afinal, a Maria Maria veste ladies da Sodami, da Casa da Amizade, do Lions, do Rotary, mulheres de vida social intensa que precisam estar elegantes mesmo no casual wear. Up to date, Maria Barra sabe que fim de ano tem formaturas, férias, Natal e Reveillon. Vale conferir!
Este ano, a virada para 2008 será no Filadélfia. Sua diretoria se esmera. Para comandar a festa mais chic do ano trazem a Banda Calistones e ainda uma mega estrutura de boate com o Dj Ed Willian no salão social com vista privilegiada para o grande show pirotécnico. Vale correr para reservar sua mesa. O buffet está um luxo.
Expoagro 2007 Outra mulher invejável, por sua beleza e competência, é Juliana Tavares. Ao lado da diretoria da União Ruralista ela é uma das peças-chave no grande mosaico que representa empreender a Exposição Agropecuária de Governador Valadares. Você já viu quem vem para a Expoagro 2008? A cidade vai ferver no parque José Tavares Pereira nos dias 4 a 13 de julho com as atrações contratadas. A temporada country vai ser o máximo. Gino & Geno, Bruno & Marrone, César Menotti & Fabiano. Se prepare.
Cirurgia de catarata com implante de lentes multifocais O conceituado oftalmologista Dr. Gilberto Boechat sempre buscando tecnologia de ponta, esteve em São Paulo participando, na USP, do 10º Congresso de Oftalmologia. Um fórum avançado para cirurgiões com grande experiência em cirurgia de catarata, que teve ênfase especial em implantes de lentes intra-oculares multifocais, as que corrigem a visão para longe e para perto em pacientes portadores de catarata, bem como em pacientes presbitas (vista cansada). As pessoas que mesmo usando óculos permanecem com dificuldade para leitura de jornais, revistas, perda da nitidez de imagens ao assistir televisão etc., apresentam manifestações da catarata. E a solução só pode ser conseguida cirurgicamente.
Refeições empresariais Romara Machado, uma jovem com a determinação que Deus lhe deu, abriu a sua Alimentar - Refeições Empresariais, em sociedade com o seu irmão Júnior Machado, uma empresa que já tem em sua carteira de clientes a Odebrech. Para não dizer mais, para atender na obra da construção da Usina de Baguari, a mocinha levanta às três da manhã. Assim, trabalhando com esse afinco, competência e boa vontade, vai longe.
Bolsas e Bolsas
Romara Altino Machado e seu irmão Júnior Machado
E não há como passear pelo quadrilátero fashion mais chic de GV sem entrar na Pé ante Pé para conferir o máximo da griffe Victor Hugo em bolsas para todas as horas. O sonho de consumo de muitas e o hábito de poucas que não abrem mão de ser naturalmente finas e poderosas. Elas fazem a diferença. Quer ver? Experimente.
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Bia Coelho Dalva Rodrigues Milce Lima
Wilma Trindade Geralda Sรก
Margarida de Oliveira
Sonhos realizados, confianรงa no amanhรฃ. Uma certeza 48
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SĂlvia Aguiar
Magali Amariz
Neuzanne Assis
de que Ele ĂŠ amor. Dezembro / 2007
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Ponto de Vista Relacionador Internacional? Diplomata Mirim? Diego Trindade D’Ávila Magalhães Bacharel em Relações Internacionais
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De que se trata o curso de Relações Internacionais? Quais universidades são referência no Brasil? É curso para diplomata? Essas perguntas são muito comuns, especialmente entre vestibulandos seduzidos por esse curso. Porém, ainda mais recorrente é o diálogo: - O que você estuda? - Relações Internacionais. - Que chique! Se você é curioso, aberto para o mundo e se gosta de viajar e de conhecer pessoas e culturas novas, NÃO faça Relações Internacionais. Economize seu tempo e dinheiro, pegue um mapa e uma boa mochila e tome o atalho: aventure-se pela América Latina, mochile na Europa e/ou conheça a Índia! O curso de Relações Internacionais é um dos mais interdisciplinares entre os das Ciências Humanas. Ele envolve, além das matérias específicas do curso, matérias obrigatórias de Ciência Política, Direito, Economia, História e Sociologia. Optativas são várias, mas destacam-se as de línguas estrangeiras e matérias de Administração e Antropologia. Assim como a própria amplitude da globalização e da agenda internacional, há uma lista inesgotável de temas estudados, muitos dos quais inter-relacionados: meio ambiente, finanças, comércio, desenvolvimento, migrações, questões de gênero, organizações internacionais e não-governamentais, direitos humanos, conflitos internacionais, missões de paz, teoria política, teoria da democracia, teoria das relações internacionais, entre vários outros. Nota-se que nada é mais essencial para quem deseja esse futuro do que já ter hábito de leitura e fluência ao menos em inglês – no caso da Universidade de Brasília, é necessário provar que se sabe inglês e uma segunda língua estrangeira. Dezembro / 2007
Se já é complicado saber qual curso fazer, mais ainda é considerar que cada universidade ou faculdade tende a enfatizar certos aspectos do curso de Relações Internacionais. Independentemente disso, cabe lembrar que nas universidades públicas (UnB, Unesp, USP e UFRGS) há mais possibilidades de se aprofundar em certa área de interesse. De modo geral, bacharéis em Relações Internacionais estão mais propensos a trabalhar com comércio exterior (iniciativa privada), em organizações internacionais ou como diplomatas (setor público). Entretanto, vários se destinam para a área internacional de órgãos do setor público, desde o Tribunal de Contas da União até o Ministério do Planejamento (gestor público); ou especializam-se em cursos de pós-graduação – alguns no exterior –, visando, entre outras coisas, lecionar. A iniciativa privada, como na maioria das profissões, é o maior empregador do internacionalista. Empresas estrangeiras no Brasil, transnacionais brasileiras, bancos ou simplesmente empresas exportadoras ou importadoras de bens e serviços precisam de profissionais capazes de entender como funciona o comércio, as finanças internacionais e a OMC, de buscar informações sobre potenciais mercados no exterior e de articular redes com agentes econômicos de outros países, entre outras coisas. Organizações internacionais, como o PNUD, o PNUMA, a Unesco e outras agências das Nações Unidas possuem escritórios no Brasil. Além delas, há mais possibilidades de trabalho nessa espécie de setor público internacional, em que se poderia incluir mercocratas, por exemplo. Para carreira diplomática, embora seja requisitada e ocupada por cursos como Direito, Economia e Jornalismo, o curso de Relações Internacionais é o mais próximo das exigências do concurso do Instituto Rio Branco. Quem se prepara para tal concurso deve encarar milhares de páginas desde já. Passando, o felizardo ingressa automaticamente no mestrado do Instituto. Após dois anos, o diplomata trabalha com cargo de terceiro secretário no Ministério das Relações Exteriores, onde o topo da carreira é o embaixador. Seja qual for a carreira desejada – e não “relacionador internacional” –, cabe a quem pleiteia ser internacionalista compreender suas próprias capacidades e preparar-se para um grande desafio. A começar pela grande concorrência no vestibular, especialmente para as melhores universidades. Para quem vislumbra ser diplomata – nunca “mirim” – o desafio é ainda maior. BOA SORTE! OU BOA VIAGEM!