Mais mais junho 2014 web

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www.maismaisperfil.com

FOTO: STUDIO KK GONTIJO

Nยบ 38 - Junho/2014 Proibida a venda

Mais Mais Perfil



CHEGAMOS A GV A alegria brasileira e o melhor da culinária

Foto meramente ilustrativa.

italiana agora em Governador Valadares.

s il. s do Bra No mês da copa, a la s a gna é da s core

No Spoleto, você monta o prato do jeito

que quiser ou também pode experimentar uma das deliciosas sugestões do Chef. E elas são muitas. Confira. Inauguração em breve.

SPOLETO GV SHOPPING




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JUNHO / 2014


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JUNHO / 2014


Sumário

Mais Mais Perfil Homem

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Mais Mais Gente

Ana Carolina e Felipe

Perfil

Ágora

22 Cel. Sandro Lúcio Fonseca

43

Isso é Quente por Paula Greco

45 Mais Mais Empresarial 38

Deputado Mário Heringer recebe homenagem

8

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por Cel. Siqueira

47 Mais Mais Esporte Quatro linhas

38

Mais Mais Turismo

por Ana Karina Dutra

Glasgow


Ponto de Vista A Copa Sexagenária Etelmar Loureiro

24

Como é que é mesmo? Crisolino Filho

28

Transitando entre o real e o ideal Marly Carvalho

42

Distúrbio do sono em idosos Dr. José Adão Leal

44

Copa do Mundo e a economia

Ana Paula Kern

48

A contenção da Rússia

Diego Trindade D’Ávila Magalhães

50

Desenvolvimento Econômico

Editorial

Wilma Trindade

Mais Mais Perfil

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Querendo ou não, estamos vivendo a Copa do Mundo 2014, no Brasil. E, não importando com os movimentos que muitas vezes agitam as ruas dos grandes centros, as cores do Brasil estão por todos os lugares, nas casas e nas vitrines especialmente decoradas, torcendo pelo país. Ninguém segura a emoção patriótica, principalmente quando se trata do Futebol que é mesmo brasileiro. Dentro dessa vibe, com tanto acontecendo, atrasamos uma semana, mas chegamos até você, leitor amigo, e parceiros queridos, com a força aguerrida de Paulo Maloca no lançamento da segunda edição de seu livro “Só os fortes sobrevivem” - Continuação. Li, gostei e indico. Não o fiz antes, confesso, por ideias preconcebidas. Romper barreiras mentais é difícil. Mas vale a pena. Acredite. A amplidão que se alcança é imensurável. No mais, temos os nossos articulistas, sempre em dia com seus pontos de vista, e nossas coberturas quentíssimas. E, mesmo não usando as cores tradicionais, homenageamos os namorados pelo dia D, oferecendo a você, com exclusividade, a chic comemoração das Bodas de Prata dos colunáveis Míriam e Sebastião Santiago, um exemplo de amor cultivado com muito esmero. E... naturalmente, falamos a que velocidade pilotamos a Mais Mais 2014. Uma realidade que vai marcar o sucesso da nossa edição de agosto próximo. Até então, sempre se Deus quiser.

Newton Luiz Concellos

Expediente

Editoria Geral: Wilma Trindade | Fotos: Kk Gontijo, Wilma Trindade, Marquinho Silveira | Colaboradores: Paula Greco, Ana Karina Dutra, Diego Trindade D´Ávila Magalhães, Etelmar Loureiro, Crisolino Filho, Ana Paula Kern, José Adão Leal, Marly de Cavalho, Newton Luiz Concellos | Design Gráfico: Alderson Cunha - KDesign | Revisão: Tarciso Alves | Impressão: Gráfica Nacional | Tiragem: 5.000 exemplares Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Junho/ 2014 | Contato: (33) 9121-0601 / (33) 9953-1124 / 8843-5522 / 8437-0707 wilmaperfil@hotmail.com | www.maismaisperfil.com

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Mais Mais

Ponto de Vista Etelmar Loureiro

A COPA

SEXAGENÁRIA Dizem que o tempo apaga tudo. Para os que nisso acreditam, não há tristeza, decepção, mágoa, frustração, nenhum desgosto que resista ao passar dos anos. Com boa vontade e resignação, qualquer dissabor cai no esquecimento. Pode ser verdadeira, mas a tese não se aplica ao que houve naquele fatí�dico 16 de julho de 1950, quando a seleção brasileira foi derrotada pela uruguaia, na partida que decidiu a quarta Copa do Mundo de Futebol, em pleno Maracanã. Alguns anos depois, na visão do genial Nelson Rodrigues, “a derrota frente aos uruguaios, na última batalha, ainda faz sofrer, na cara e na alma, qualquer brasileiro. Foi uma humilhação nacional que nada, absolutamente nada, pode curar. Dizem que tudo passa, mas eu vos digo: menos a dor-de-cotovelo que nos ficou dos 2 x 1. E custa crer que um escore tão pequeno possa causar uma dor tão grande. O tempo passou em vão sobre a derrota”. O favoritismo do Brasil era tão grande que o jogo contra o Uruguai parecia simples protocolo anterior ao recebimento das faixas de campeão. O esquadrão canarinho chegou a abrir o marcador, quando lhe bastava o empate. Mas acabou derrotado por um gol de virada, a 11 minutos do final. Quando Ghiggia marcou o segundo tento do Uruguai, um silêncio sepulcral tomou conta das mais de duzentas mil pessoas que lotavam o Maracanã. Era o começo da maior catástrofe acontecida no futebol 10

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nacional. Terminado o jogo, a torcida permaneceu no estádio, inerte, perplexa e consternada, sem acreditar na tragédia a que acabara de assistir. Desde então o Brasil conquistou cinco campeonatos mundiais, todos no estrangeiro, apoiado, todavia longe do seu grande público. Talvez devido a esse distanciamento, nenhuma vitória conseguiu eliminar as sequelas deixadas pela derrota de 1950, sofrida na própria casa.

Surge, finalmente, a grande chance de acabar com uma angústia que se arrasta por tantos anos. O Brasil ganhou a oportunidade de sediar outra Copa do Mundo e, com isso, sepultar os fantasmas e pesadelos do passado. A atual edição vai de 12/06 a 13/07, ou seja, a bola já está no centro do gramado, aguardando o chute inicial. Na primeira fase da competição o Brasil enfrentará Croácia, México e Camarões, adversários sem fama de grandes bichos-papões, porém perigosos. Enquanto isso, o Uruguai estará

se digladiando contra Costa Rica, Inglaterra e Itália, bem mais assustadores, sobretudo os dois últimos. Para os revanchistas, uma nova final entre Brasil e Uruguai seria o ápice da Copa, mas tomara que a “celeste” se lasque antes, e leve consigo a Argentina. Bom lembrar, entretanto, que só chegam ao Mundial os times que tenham condições mí�nimas de disputá-lo. Umas mais, outras menos, são 32 equipes respeitáveis. Por isso, ninguém deve esperar moleza; e as zebras estarão soltas. Fora de campo, existe a possibilidade de manifestações populares contrárias à realização do certame. Movimentos que, a rigor, teriam sentido antes de o paí� s assumir o compromisso de sediá-lo. Passados sete anos, são extemporâneos e injustos para com os que investiram e se prepararam para o evento, confiantes na serenidade, na hospitalidade e, sobretudo, na seriedade do povo brasileiro. Só contribuirão para denegrir a já desgastada imagem do paí�s, perante o mundo. Além do mais, é momento de assistir ao desfecho de uma Copa imaginariamente interrompida há 64 anos, que, na continuação, poderá ser vencida pelo Brasil. Melhor torcer em campo do que brigar na rua. Etelmar Loureiro Bacharel em Direito E-mail: etelmar@gmail.com Blog: http://gentefatoseabstratos.blogspot.com


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Mais Mais

Capa

A força

de um homem

P

aulo Orlando de Matos, Paulinho, cumpriu essa regra. Bonita, por sinal. Forte, inegavelmente. Lançando seu livro “Paulo Maloca – Só os fortes Sobrevivem”, com a “Continuação...” de sua história de 20 anos aguardando justiça, Paulo Maloca fecha um capí�tulo de vida e, cercado de natureza e das pessoas que lhe são fundamentalmente importantes, amadas e leais, vem percorrendo estradas, rincões, singrando céus para cumprir a agenda e apresentando aos leitores e afeitos à verdade esta sua obra-prima de vida. Montes Claros, Resplendor, Malacacheta, Nanuque, além de Governador Valadares, claro! São algumas das dezenas de localidades em que Paulo Maloca chega, apresenta sua história para, em definitivo, fazer calar falsos testemunhos e marcar de maneira contundente a história não apenas de sua vida como também daqueles que viveram com ele, ou testemunharam, os anos dourados da segurança pública em Governador Valadares (e mesmo em Minas Gerais). Foi depois de acontecer o que ele narra em seu livro que, na planí�cie do Rio LANÇAMENTO DO LIVRO NA EXPOLESTE 2014 EM GOVERNADOR VALADARES 12

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Doce, e em todo o Brasil, começamos a ver uma justiça morosa, difí�cil de ser alcançada, tardia muitas vezes, distante dos pequenos. E então, vem Paulo Maloca e nos confronta, instiga, nos inspira com sua vida: só os fortes sobrevivem a essa chaga brasileira. Toda História deve ser sempre registrada. Já disse T. Carlyle, que “a história do mundo nada mais é que a biografia dos gran­des homens”. E isso é exatamente o que Paulo Maloca faz em seu livro: escreve não apenas a sua história, mas a de uma região, de uma geração, uma era. E é por causa da história que percebemos hoje o que Paulo Maloca testemunha em seu “Só os fortes sobrevivem” – talvez já um presságio do que hoje grassa em nosso paí�s: carência de respeito por quem nos protege – a Polí�cia; inversão de valores a ponto de criminosos terem sua palavra creditada em detrimento dos verdadeiros “homens da lei”, dos que arriscam sua vida diariamente para fazê-la cumprida em nossa sociedade, sem o conforto dos elegantes gabinetes, sem assessoria de brilhantes secretárias, todavia cobertos de bravura, senso de justiça e lealdade ao seu juramento!

FOTOS: LEONARDO MORAES

Diz-se que todo homem deve fazer três coisas: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Plantar árvore, lidar com a terra, ter cuidado e contato com a natureza, depois alegrar-se e, se for o caso, usufruir, com os frutos... Ter um filho, gerar, nutrir, ver-se num outro ser perfeito e frágil, atuar diretamente para que se desenvolva e imprimir nele sua própria marca, herança de um homem... Escrever um livro, registrar para a posteridade tempo, vida, aprendizado, luta, vitória, deixar para a história testemunhos de justiça.


LANÇAMENTO DO LIVRO EM ITAOBIM

LANÇAMENTO DO LIVRO EM MALACACHETA

LANÇAMENTO DO LIVRO EM MONTES CLAROS

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Mais Mais

Opinião

Ágora

por Wilma Trindade e Cel. Siqueira

Homem Público Gestor de sucesso e com resultados inigualáveis, só mesmo a coragem e competência de Renato Fraga para assumir a liderança da Associação Comercial de Governador Valadares. Por motivos pessoais, o presidente se afastou. E, para apaziguar ânimos pós-Expoleste, Renato é a escolha por excelência, para reorganizar a instituição e traçar rumos de verdadeiro desenvolvimento para a classe e, consequentemente, para a cidade e região.

Buracos Urbanos

Depois de algumas ruas no centro de Valadares, e ainda falta muito, semanas atrás a atenção da Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal foi para as reivindicações quanto ao calçadão da Ilha dos Araújos. Uma parte já recebeu reparos e agora é esperar a conclusão e que a orla da Ilha fique mais segura para os caminhantes. Torçamos para que a qualidade de material e da mão de obra sejam tal que o serviço dure!

E agora Joaquim?

Perguntava a revista Veja, em sua capa da edição de 4 de junho. Agora, meus caros amigos, o Joaquim, que não é nenhum Zé Mané, entregou o bastão, ou melhor, aposentou a toga. Aí� aparecem os defeitos. Intransigente, linha dura, petulante, etc. , etc. Acontece, que, se não assim, tudo estaria como antes no quartel de Abrantes. Joaquim mexeu no vespeiro com vara longa, ao contrário do ditado. Acho mesmo que tinha que sair. A arte de fazer polí�tica há muito está tão deturpada que exala odores sufocantes, a quilômetros de distância.

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A jornalista Mary Zaidan disse que “Pasadena” é um daqueles negócios que quanto mais se mexe mais forte é o odor. Concordo plenamente e tenho certeza que o odor não é de óleo, gasolina etc. O odor exarado lembra corrupção, roubalheira, cafajestagem, cinismo e outro cheiro fétido de quadrilha que se assemelha a um polvo com tentáculos em todas as áreas onde o dinheiro é mais abundante. Mary – a jornalistadisse também que o óleo já foi derramado. Penso que existe muito óleo ainda a ser derramado e tomara que muita gente por aí escorregue e quebre as pernas, a cabeça, o pescoço... E como sempre eu falo, o remédio está nas urnas.

...Aí, democraticamente, Pilatos perguntou: Qual destes vocês querem que solte. Barrabás ou Jesus chamado Cristo?”. Respondeu o Povo: “Barrabás”. Perguntou novamente Pilatos: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?”. Clamou o povo: “crucifica-o, crucifica-o”. Pilatos disse então: “estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês”. Observem bem que esta história de votar em ladrão já é antiga. A diferença principal é que, naquela época, tudo ocorreu para que se cumprisse a escritura e o povo fosse salvo dos seus pecados. Hoje o nosso grande pecado é continuar colocando alguns Barrabás no poder e, em seguida, lavar as mãos como fez Pôncio Pilatos.

Rousseff

o pai – veio para a América latina nos anos 30, e após se instalou em São Paulo. Depois de cerca de 10 anos morando no Brasil, conheceu Dilma Jane da Silva. Tiveram três filhos. Dilma Rousseff nasceu em dezembro de 1947. Sua história de vida o povo já conhece, até aqui. Daqui pra frente é que “são elas”. Não é que agora, perí�odo que antecede as eleições presidenciais, aparece no cenário polí�tico e na vida de Rousseff “um tal” de Youssef – o doleiro-, que apesar de parecidos os sobrenomes, não se ligam na origem. Contudo, Youssef pode causar um grande estrago nas pretensões de Dilma Rousseff, incluindo aqui todos aqueles ligados à presidente e que hoje ocupam cargos de confiança, principalmente na já desgastada Petrobrás. –

...E foi assim

, lutando contra abusivos impostos, que Tiradentes perdeu a cabeça, literalmente. Saltemos na história para os dias de hoje. Os impostos (o nome já diz tudo: não é voluntário, é forçado, imposto, enfiado goela-abaixo, etc.) não giram na casa dos 20%. A média de impostos que pagamos está na casa dos 35, 40%. Tiradentes foi enforcado e esquartejado após rebelar-se. Nós estamos sendo esquartejados em vida. Já estamos fartos de presenciar tanta corrupção. Estamos cansados de pagar tantos impostos, sem os retornos prometidos. Os recursos que deveriam ser empregados na saúde, habitação, segurança, e principalmente na educação, ganham outros rumos. Vão parar em contas no exterior e nos bolsos dos corruptos de ontem e de hoje.


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Entrevista

FOTO: WILMA TRINDADE

ada pode dar mais segurança e tranquilidade a um empresário, na hora de fechar negócio, que um contrato bem estruturado. E para tanto, torna-se cada vez mais fundamental a presença de um profissional do Direito. Valéria Ramos Esteves de Oliveira é advogada atuante em todo Estado de Minas Gerais, com escritórios em Governador Valadares e na Capital Mineira, assessorando empresas e pessoas físicas na concretização de negócios e consultoria empresarial. Pós-graduada em Direito Civil, do Trabalho e Processo Civil, com foco empresarial e análise de viabilidade e riscos em geral em contratos desde o início da negociação até sua concretização, ela fala com propriedade sobre o tema e esclarece aos leitores desta Mais Mais Perfil Homem o quanto a atuação de um profissional jurídico é importante para determinar deveres, resguardar direitos e evitar futuras surpresas desagradáveis para todas as partes envolvidas em um contrato.

PERFIL: A DRª PODE SER CONSIDERADA COMO A EXPRESSÃO “ADVOGADO DO DIABO”? DRª VALÉRIA: Não me considero assim, no entanto, sabemos que, popularmente, a expressão passou a designar as pessoas que apresentam muitas objeções a uma determinada tese, criando dificuldades para a defesa. Apesar de ser uma expressão estranha, esta posição é valiosí�ssima para empreendedores e seus advogados. Ao conceber uma ideia de negócio, o empreendedor pode estar tão seguro da viabilidade da sua ideia que não percebe ou não quer perceber os pontos fracos desta, ou mesmo do negócio que pretende realizar. Muitas vezes, a autoconfiança do cliente é tão grande que as pessoas em volta não têm coragem de contrariá-lo, ou de mostrar outros caminhos possí�veis. E aí� é que entra o trabalho de grande relevância do advogado para que tenhamos um contrato e uma segurança jurí�dica em relação ao negócio.


P: NA SUA OPINIÃO QUAIS AS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE UM CONTRATO? V: Defendo que todo bom contrato deve ter sua redação com precisão, clareza, brevidade, simplicidade e tom adequado, mas antes de sua redação deverá ser analisado todo o contexto documental do que está sendo negociado, para não colocar o cliente em risco. Por isso, sempre repito: o contrato tem que trazer segurança jurí�dica. P: A DRª ACONSELHA AOS SEUS CLIENTES PROCURAREM UM ADVOGADO EM QUAL MOMENTO, QUANDO PRETENDE REALIZAR UM NEGÓCIO? V: Entendo que o advogado é peça fundamental para dar a segurança jurí�dica a qualquer tipo de negócio que está sendo realizado, e o melhor é que o advogado já seja consultado desde a intenção das partes em negociar, seja

uma compra e venda, seja uma permuta, pacto nupcial, locação, prestação de serviços, contrato de trabalho e outros. P: A DRª ENTENDE QUE O CLIENTE DEVE REVISAR, ANTES DE ASSINAR, A MINUTA CONTRATUAL QUE ESTÁ SENDO ELABORADA? V: Sim, lógico, é necessário. O cliente é quem mais conhece o negócio que se está ajustando e é quem se vinculará ao termo redigido, sofrendo suas consequências, sejam elas benéficas ou não e tem que dar opinião e tirar todas as dúvidas quanto à redação oferecida. Essa necessidade se intensifica nos casos em que o advogado não participou da negociação junto a seu cliente. P: QUAIS SÃO AS REGRAS BÁSICAS PARA SE REDIGIR UM BOM CONTRATO? V: Na verdade, não existe uma regra especí�fica que indique o tamanho exato de um contrato ou de uma cláusula. Assim, o bom senso deve imperar, pois não há como deixar de lado eventuais proteções contratuais apenas para se “simplificar” o contrato. Por outro

lado, de nada serve um contrato exageradamente extenso, prevendo inúmeros eventos e a forma de lidar com cada um deles, se tais eventos em nada se relacionam ao objeto contratual. Antes de se redigir um contrato, é importante que o advogado se cerque de todas as informações existentes sobre a negociação feita entre seu cliente e as outras partes. Não pode o advogado se limitar aos seus conhecimentos jurí�dicos. É� preciso que ele se aprofunde também no ramo de negócios explorado por seu cliente. Se, por exemplo, o cliente for uma construtora, o advogado não precisa entender tudo de engenharia, mas o contrato será mais bem redigido se o jurista compreender as nuances e os desdobramentos das obras civis feitas por seu cliente para a implantação do empreendimento. Também é importante identificar precisamente qual o propósito do contrato, se é visando prevenir, garantir, constituir ou mesmo encerrar uma situação. Nesse processo, o advogado deve fazer todas as perguntas que julgar necessárias ao seu cliente e que forem pertinentes à contratação. Essas apurações devem ser no sentido de evitar problemas futuros, de forma que o contrato contemple preventivamente a forma de solução de aspectos que poderiam causar impasses entre as partes. P: E A LEGISLAÇÃO, O QUE DIZ SOBRE OS CONTRATOS? V: Nem precisa dizer que é imprescindí�vel que o advogado conheça a legislação que cercará o contrato que se quer redigir. As espécies de contratos mais comuns foram regulamentadas pelo Código Civil: são os chamados contratos tí�picos. As disposições legais auxiliam na construção do contrato, pois são um norte para o advogado, associadas à teoria geral das obrigações. Além dos contratos em espécie referidos no Código Civil, há ainda ampla legislação esparsa que regula determinadas contratações, como a Lei de Locação, por exemplo. Não basta apenas conhecer a lei, é preciso entendê-la e saber aplicá-la. P: E ALGUM NEGÓCIO PODE SER ANULADO OU NULO? V: Sim. Se não forem cumpridos os requisitos essenciais, pois é elementar que, para a validade do negócio jurí�dico, temos que ter agente capaz; o objeto lí�cito, possí�vel, determinado ou determinável e a forma prescrita ou não defesa em lei. E se houver vicio como simulação, falsidade documental

e outros fatos que induzam uma das partes a erro, deve-se ter cuidado com a legislação, sob pena de se ter um contrato parcial ou totalmente nulo. Além disso, um dispositivo contratual ilegal pode gerar responsabilidades cí�veis e criminais às partes. Até mesmo a omissão de alguma cláusula contratual pode, em função da legislação, gerar consequências. Temos que nos lembrar da técnica poermittitur quod non prohibetur, segundo a qual tudo o que não é proibido, é presumidamente permitido. Sendo assim, se não há vedação legal, as partes podem estabelecer livremente as diretrizes que se aplicarão ao contrato que visam firmar, como é o caso das sociedades, onde a legislação atual praticamente não veda o acordo entre os sócios e/ou a maioria das cotas sociais. P: A ESCRITURA PÚBLICA LAVRADA EM CARTÓRIO É UM CONTRATO? V: Sim, ela está dentre os contratos solenes, pois é um contrato translativo de direitos reais sobre imóveis de valor superior a determinada cifra (CC, art. 108 – superior a 30 vezes o salário mí�nimo). P: COM BASE NA SUA EXPERIÊNCIA NA ÁREA, COMO A DRª AVALIA A UTILIZAÇÃO DESSES RECURSOS DE REDAÇÃO CONTRATUAL PELOS EMPRESÁRIOS, DE FORMA GERAL? V: O tema da redação de contratos é pouco explorado no Brasil, o que precisa ser remediado, uma vez que o preço da má redação de um contrato pode ser, para o advogado, a perda do cliente, e para este, prejuí�zos diversos e até a possibilidade de ter que discutir o contrato frente ao Poder Judiciário ou em arbitragem. Na redação contratual, o advogado deve ser parceiro de cliente, para compreender o negócio que se está travando, a fim de que o contrato reflita exatamente os deveres e obrigações de cada parte. É� preciso que os advogados se dediquem mais aos contratos, especialmente à sua redação. Isso se justifica quando vemos que boa parte dos conflitos, especialmente no âmbito empresarial, é fruto de quebras de contrato e divergências quanto à interpretação de dispositivos contratuais. Por fim, deve-se lembrar que a atuação do advogado não se encerra com a redação do contrato. A execução do contrato deve ser monitorada após sua assinatura. O advogado deve estar atento a mudanças na legislação ou na situação do cliente que possam ensejar a revisão do contrato.

Comunicamos aos nossos clientes, amigos e parceiros que estamos atendendo em NOVO ENDEREÇO RUA SETE DE SETEMBRO, 2.716 - 1º ANDAR - ED. MEDICAL CENTER - CENTRO - GOVERNADOR VALADARES - MG ve a d vo g a d o s @ ve a d vo g a d o s .co m . b r PABX: 33 3271-4900

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Mais Mais

Cultura

por Paula Greco

No rastro da

sedução

Perfume: história e o poder milenar de provocar deliciosas sensações

“O olfato é o sentido da imaginação”, disse o filósofo Jean-Jacques Rousseau. E ele não estava sendo apenas poético com essa afirmação. A explicação para a verdadeira “festa dois sentidos” provocada por um simples perfume tanto em quem o usa quanto em quem segue seu rastro pelo ar, é bastante cientí�fica. O que acontece é que, ao serem inalados, os aromas encontram o sistema lí�mbico, responsável pela memória, sentimentos e emoções, seguindo para o epitélio olfativo, área que fica atrás do nariz e entre as sobrancelhas, Lá, são analisados e identificados com base na chamada memória olfativa. E não é de hoje, que, se não de maneira cientí� f ica, pelo menos empiricamente, a humanidade tem conhecimento dos bons efeitos que o perfume pode provocar. Essa relação milenar tem origem na queima de madeiras como pinheiro, sândalo, canela, mirra, raí�zes e cascas de outras ervas que exalam uma fumaça aromática, destinada a agradar os deuses. É� dessa prática também que se origina o nome perfume, que vem do latim Per Fumus, ou seja, ‘pela fumaça’. Mas foram os egí�pcios, mais de 3.000 anos antes de Cristo, os primeiros a se dedicarem à arte de elaborar perfumes. Os primeiros óleos essenciais eram usados nos rituais de mumificação, pois acreditava-se que o corpo deveria chegar bem conservado e perfumado ao encontro dos deuses. E consta que foi Cleópatra, a última rainha do Egito, a

responsável por transcender as funções do perfume da ordem religiosa, para a terapêutica, e de higiene, conferindolhe, em seguida, o grau de elemento sedutor. Conta-se que Cleópatra untavase com essências aromáticas dos pés à cabeça, criava em torno de si uma aura perfumada e recebia seu amado Marco Antônio em uma cama repleta de pétalas de rosas.

PELO MUNDO

Depois dos egí�pcios, gregos, romanos e babilônicos se renderam à perfumaria e transformaram-na em hábito. Mas foi na Í� ndia e na Arábia que surgiram os primeiros mestres da perfumaria. Ali já havia sido criada a água de colônia, obtida pela maceração de pétalas de rosas. E o próximo grande passo na evolução dos perfumes foi dado pelos árabes, inventores do primeiro alambique, que durante a Idade Média desenvolveram técnicas de destilação, posteriormente aperfeiçoadas pelos italianos. Foi na Europa renascentista, contudo, que floresceu o esplendor da perfumaria, que passou a fazer parte dos luxos diários e necessários das mulheres, especialmente as mais ricas e sedutoras. Também nessa época, os frascos ganharam novos contornos e charme, transformando-se – como o são até hoje – em verdadeiros objetos de desejo. Foi nessa época que Paris se

tornou uma referência mundial em produção de fragrâncias e perfumes, e fez com que os perfumes franceses conquistassem o mundo. No final século XVIII, o perfume voltou a ser associado à sedução e ganha até mesmo um toque de erotismo. Já no século XIX, surgiu a primeira fragrância sintética, um marco da indústria da perfumaria. No século XX, outra revolução: a descoberta das estruturas das moléculas perfumadas. É� nessa época que o perfume ganhou sua conotação conceitual: inovador, luxuoso, robusto, chique, sensual, sofisticado, elegante e encantador. Ele também se entrelaça a moda e a beleza, numa parceria que se mantém até hoje. Nos loucos anos 20, apareceu a primeira grande marca de perfumes, e o Chanel nº 5 – resultado de uma equilibrada combinação de rosas, jasmim e aldeí�deos, passou a representar uma ruptura com os até então utilizados métodos de fabricação e comercialização do perfume, além de tornar-se, para sempre, um clássico, um í�cone da sedução em forma de aroma. Atualmente, o perfume não é apenas um privilégio de ricos. Com os avanços da indústria da perfumaria, perfumes tornaram-se mais acessí�veis. Hoje há perfumes para todos os gostos, idades, estados de espí�rito. E claro, o perfume continua sendo um elemento conceitual, um aglomerado de sensações, imagens, estilos e muito mais.



FOTO: WILMA TRINDADE

Rozani Azevedo, a anfitriã da noite

FIEMG comemora 80 anos ao som do Skank

Mário Heringer, Daniel Saunders, Alan Toledo, Paulinho Costa e Juliana Maria

Especialmente produzida para encerrar em grande estilo as comemorações pelos 80 anos da FIEMG, a turnê que reuniu, no mesmo palco, a banda mineira Skank e a Orquestra de Câmara do Sesiminas passou por Governador Valadares no dia 30 de maio, colorindo o espaço do Filadélfia com 5.000 felizes convidados, que fizeram ferver a pista, fazendo jus aos disputadí�ssimos convites. E no espaço Premium, a presidente Rozani Azevedo recebia os VIP’s, com brindes de Chandon e muita animação. O show, perfeito, foi o ponto alto de uma noite de festa e muito glamour.

Conceição Araújo e Regina Paradela

Aline Cabral e Leilane

Cláudia e Carlinhos Wagner e o casal Antônio Matias

Paulinho Costa, Mário Heringer e Conceição Araújo

Carla Sá Rodrigues 20 Quintão e Rúbia JUNHO / 2014

Conceição Araújo e Marly de Melo

Marley e Élcio Armond

Wilma Trindade e Adilson Reis

Elaine Pitanga e Milene Lucca

Alessandra e Setembrino, Rozani Azevedo e Maria Helena Murta

Arizinho Constante Soares e Lúcia com amigos

Grazielle Moreno

Mariana Araújo e Arthur Santiago

Willian e Cida


Rogério Coelho e Cláudia, Rômulo César Leite Coelho e Adriana

Aguimar e Guilherme Olinto Resende

Hercilinho Diniz e Luiza ladeados por Carolina e Vinícius, Neto e Lorena

Kênnia Cabral, Graça Cabral

Francisco Silvestre e Wellington Braga

Tânia Mara e Francisco Silvestre

Cida Barros Duarte e Rozani

Ceci Sendas ladeada pela filha Érika e Adriano

Antônio Matias, Carlinhos Wagner e Carlos Thébit

Adolpho Campos e Luiz Alberto Jardim

Adair e Paulinho Cabral

Luiz Alberto Jardim e Josélia

Jeanne e Heládio Martins

Betânia e Christian Sendas

Euzana e Gabriel Milbratz

Socorro Braga e Lena21 Trindade JUNHO / 2014


Beto Ferreira e Mara Esteves, o casamento de julho. A cumplicidade, lealdade e amor aguerrido que dedicam um ao outro fazem com que este seja o mais esperado casamento, pela famí�lia e amigos. Certamente, as bênçãos que já permeiam o relacionamento do casal serão multiplicadas ao infinito.

Mais Mais2014 – A Festa Composições positivadas

O secretário de Estado da Agriculltura André Merlo com a famí�lia e mais amigos. Da FPF, o presidente Francisco Sérgio Silvestre com Tânia, o diretor Cel. Sandro e Valéria, o reitor da Univale José Geraldo e Keyla, e mais acadêmicos da instituição. José Geraldo Pedra Sá, com Amparo, Márcio Resende e Mariza, Marcos Alí�pio e Adriana, com a mãe Beatriz Bicalho. George Simões e Fatinha, Lélio e Vanessa Gimenez, Evandro Abrantes e Raquel. Nilton Porcaro e Milchele e mais amigos. Célio Cardoso e Mí�riam, Lincoln Byrro e Marieta, Paulinho Cunha e Lorena e mais amigos. Rodrigo Fabiano Souza e Mayra Rody Peixoto Souza, Sandro Heringer e Kamyla. Giberto Hastenreiter e Giselle, Moisés e Brenda, Bárbara Hastenreiter, Bruno Argolo. Deputado José Bonifácio

Mourão. José Luiz de Oliveira e Valéria Esteves, Escritório Valéria Esteves. Deputado Mário Heringer, com sua mesa de 10 lugares completa. Hercí�lio Coelho Diniz, Luiza e mais da superfamí�lia. Hugo Soalheiro, Carla, JR Neves, Beatriz e Ivam Meneses. Márcio Rodrigues Pereira , Isabel, Bebel e Cláudia, e muitos amigos. Ricardo Augusto Pereira e Marinês, Ricardinho, Neyla Vargas. O presidente da Câmara, Geovanne Honório. Milce Lima. Edvaldo Soares e famí�lia, mais Celso Gama e Aline. Beto e Valéria Mol, Regino e Lucianni Pontes, Berenice Magalhães Gente, são 45 mesas e 20 estão confirmadas! Convidados a participar, agilizem por favor. Você não vai querer perder essa noite. Lentes do expert Marquinho Silveira limpí�ssima aguardando o dia 2 de agosto, para aquele clic para a nossa edição de agosto.

Mais Mais acontecimento Momento em que o Pe. Francisco Vidal, pároco da Catedral de Santo Antônio, a Paróquia anfitriã, reverentemente, como manda o protocolo, recebe o novo Bispo de Governador Valadares, Dom Antônio Carlos Félix. Realmente, um grande acontecimento que tornou o dia 18 de maio inesquecível para a comunidade católica, que marcou em peso. Toda a cerimônia registrada pelas lentes do fotógrafo Marquinho Silveira. Enquanto na ACE GV, a palestra do empresário Marcos Helou, sócio-proprietário da empresa Laticínios Bela Vista, detentora da marca Piracanjuba e um dos maiores laticínios do país, foi uma resposta a todas as incertezas e indagações da comunidade. Elegante, culto e por isso mesmo de uma simplicidade digna de nota, Marcos Helou foi de uma transparência admirável. Mostrou que chegam para somar. Explicou que a localização estratégica de Valadares foi decisiva para a vinda da empresa para cá, assim como também o potencial da bacia leiteira do Vale do Rio Doce. Promovida pela Adesg, em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de GV, a sua palestra foi um evento que a revista Mais Mais Perfil teve prazer de participar.

Por indicação do ComandanteGeral da PMMG, o Coronel PM Márcio Martins Sant’Ana, o secretário de Agricultura André Merlo recebeu, no dia 9 de junho, a medalha Alferes Tiradentes, a mais alta comenda da Polícia Militar de Minas Gerais, concedida a autoridades civis e militares que se destacaram por suas atuações junto à sociedade. A medalha foi entregue pelo governador Alberto Pinto Coelho, e a solenidade contou com diversas autoridades e personalidades mineiras.



Mais Mais

Ponto de Vista Crisolino Filho (*)

COMO É

QUE É MESMO? De um tempo para cá, o brasileiro tem acompanhado de forma atônita o noticiário dos acontecimentos sociais e polí�ticos. À� s vezes têm-se a sensação de que o paí�s anda perdendo seu norte, a bússola parece querer circular sem parar, ou melhor, parece querer girar no ritmo de uma biruta de aeroporto. De um lado a violência se banaliza, já não há aquele choque frente a fatos incompreensí�veis e absurdos. Tem-se também a impressão que o Judiciário foi politizado, o que remete à sensação de previsibilidade do resultado dos pleitos judiciais nas diversas cortes. Nessa confusão sobrou até para a Petrobrás que, de acordo com notí�cias veiculadas em toda mí� d ia nacional, inadvertidamente também foi usada politicamente. Mesmo a realização da Copa do Mundo de Futebol, pelo menos até aqui, foi cheia de expectativas controversas, de muito dinheiro gasto, de muita improvisação durante o evento, poucas obras de mobilidade urbana efetivamente realizadas, e sobram muitas promessas dos legados que vão ficar. Romário disse que fora de campo o paí�s já tinha perdido o campeonato. Ronaldo, o Fenômeno, que fez parte do Comitê Organizador Local (COL), e que passou a apoiar a candidatura do presidenciável Aécio Neves (PSDB), disse se envergonhar da preparação da Copa 2014 aqui no Brasil. A corrupção se alastrou de tal forma que não se tem, quase ou nenhuma, expectativa de que uma liderança ou um partido polí�tico fale sério, e que de fato alguém queira implantar um projeto polí�tico real de mudança na polí�tica – a começar pelas reformas dos vários setores do estado brasileiro, como a reforma polí�tica, administrativa, trabalhista, judiciária e tributária. Só as reformas serão capazes de mudar de fato o Brasil, o resto são

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discursos, afagos e conchavos polí�ticos, promessas vazias e continuidade de um sistema polí� t ico eivado de ví� c ios. Ah! É� bom também mexer, e jogar na lata de lixo, um monte de burocracia. O Brasil vem perdendo posições na economia mundial, na plataforma da tecnologia, no empreendedorismo e na educação. De acordo com o ranking divulgado no dia 27 de maio último, pelo Quacquarelli Symonds University, a respeitada Universidade de São Paulo – USP, que foi considerada por muitos anos a melhor Universidade da América Latina, perdeu espaço para a Pontifí�cia Universidade Católica do Chile, O que pode amenizar um pouco a angústia por essa perda é que, entre as 10 melhores universidades latinoamericanas, seis são brasileiras: a Unicamp – 3ª, a Federal do Rio de Janeiro – 4ª, Universidade Estadual Paulista – 8ª), UFMG – 9ª, e a Federal do Rio Grande do Sul – 10ª. Por conta de tanta confusão no Brasil, temos ainda a presidente Dilma Rousseff se perdendo no mar de coisas ditas sem sentido. Sobre a inflação jogou a pérola “Ai vem uma pessoa e diz que a meta da inflação é 3%... Sabe o que significa? Desemprego lá pelos 8,2%” completando que “a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos de governo, do presidente Lula e de meu governo”. Na terra do ET de Varginha ela protagonizou o seguinte: “Primeiro eu gostaria de dizer que eu tenho muito respeito pelo ET de Varginha. Esse respeito pelo ET de Varginha está garantido”. Como assim? Ela tem respeito para um extraterrestre que vive lá naquela cidade do Sul de Minas? Será que foi isso mesmo que ela quis dizer? Os brasileiros precisam ver mais filmes de duendes, elfos, ogros, fadas, gnomos, goblins, bruxas, anões

de jardim, Papai Noel e do coelhinho da Páscoa. Numa cerimônia de entrega de tratores, máquinas e outros equipamentos, na cidade baiana de Feira de Santana, a presidente do Brasil disse que: “Quando você chega num banco, ele te pergunta: qual a garantia que você me dá? Eu vou pagar a vocês, para me aceitar emprestar um dinheiro para você me pagar”. Entendeu o que disse a presidente? Não? Nós também não. Mas ela disse isso, está registrado. Num outro momento, num seminário nos Estados Unidos, resolveu falar aos presentes sobre o programa de ônibus escolar no Brasil, o programa “Caminhos da Escola”. O assunto é de valor relevante, mas a presidente resolveu dar uma conotação nova para os gringos: “No Brasil não é assim conosco. Estamos criando o ônibus escolar padronizado do início do século XXI”. Realmente, nesse século, o sistema educacional brasileiro precisa melhorar muito. Parece que ela disse uma frase fora de contexto, mas a qualidade de ensino entre a escola pública e a particular precisa mesmo ser padronizada. E, finalmente, para coroar os desafios da saúde pública no Brasil, a presidente Dilma fez uma afirmação, durante uma visita à Á� frica do Sul, que o aparelho de tradução deve ter perguntado: Como é que é mesmo? “Esse receituário que quer matar o doente, em vez de curar o paciente, ele é complicado”. Pela boa intenção pode ser que ela quis se expressar de outra forma, mas se manifestou assim. Pela frase, remeteu à situação atual da saúde pública brasileira.

* Crisolino Filho

Membro da Academia Valadarense de Letras – AVL -. OAB/MG 47.103e CRB/MG 2713; Alô: (33) 8807.1877 e Fonefax: (33) 3271.7009 – E.mail: crisffiadv@ig.com.br.


FOTO: KK GONTIJO

Walter e Ermelinda

Míriam e Sebastião, 25 anos de amor cultivado com toda delicadeza.

Mí�riam Santiago fez linda surpresa para o marido, Sebastião Santiago, organizando uma comemoração de Bodas de Prata emocionante, no dia 6 de junho. O lugar escolhido foi o mesmo onde há 25 anos eles começaram o namoro. Os amigos convidados, aqueles que vivenciaram desde o iní�cio a conquista, o casamento, o nascimento dos filhos, e o amor em sua plenitude, cultivado por ambos. No segundo piso do restaurante Farol, uma aconchegante e personalizada decoração foi o cenário para as bênçãos celebradas pelo diácono José Á� lvaro Pimenta. Para o emocionante momento das palavras dos filhos Lucas e Luana, do marido, Sebastião e as suas fundamentadas na oração de São Francisco “Ainda que eu falasse a lí�ngua dos anjos...” Os brindes foram com champagne Veuve Clicquot e todo o esmero no finí�ssimo jantar. O segundo capí�tulo dessa história de amor será em outra segunda lua-de-mel. Miriam e Sebastião seguiram no dia 12 de junho para a Europa, para repetir o que viveram há 25 anos e cumprir a promessa dele de terminar carta de amor iniciada em um dos jardins parisienses. Ah se não fosse o amor... nada serí�amos.

Sebastião e Miriam com os filhos Lucas e Luana e D. Maria Luiza, mãe de Míriam

Elizabeth e Jackson

Com o irmão Jadson e Carol

Daniela e Robinho

Com Vanessa e Lélio Gimenez

Com Tânia e Margareth

Sebastião, Wilma Trindade e Míriam

O casal com Fatinha e George Simões

Carla e Jamilson

Com a madrinha de batismo dela, Maise Cândido Míriam e Lena Trindade

Sebastião Ferradeira, Celma e Mônica

Fátima Homaidan

Thiago

Com o irmão Josimar e Soraya

Com Vanessa e Deodoro Gonçalves

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N

o dicionário, a palavra estrategista tem sua primeira definição ligada à atividade militar; mas ela também é usada para definir pessoas com habilidade de planejar e conduzir a execução de ações para alcançar um objetivo. E talvez esta também seja a palavra mais adequada para definir – especialmente sob o aspecto profissional – a personalidade do bacharel em Direito, Coronel da Reserva e Diretor Executivo da Fundação Percival Farquhar, Sandro Lúcio Fonseca. Entretanto, seria uma injustiça não dizer que, tanto quanto estrategista, Sandro é um gentleman. Bem educado, bem humorado, excelente ouvinte, culto e bem informado, tem assunto para qualquer tema de conversa, e suas opiniões são, invariavelmente, emitidas com segurança. A fala é calma, as palavras bem escolhidas, as idéias expostas com clareza. Para ele, não existe assunto sobre o qual não se deva falar, mas em todos consegue manter um tom que é ao mesmo tempo simpático e reservado. Fora da vida profissional, Sandro guarda um pouco da seriedade para deixar fluir seu lado mais extrovertido. Tendo ingressado muito jovem na PM, ele podia, aos 50 anos, estar desfrutando a tranquilidade da Reserva. Mas esse leonino tí� p ico, cruzeirense de carteirinha, casado, pai de dois filhos adolescentes, sabe bem que ficar parado é algo que definitivamente, não faz parte do seu perfil. O prazer pelos grandes desafios também faz parte desse interessante conjunto de qualidades. O chamado para assumir a direção executiva da Fundação Percival Farquhar em um momento de grave crise, veio como uma missão que não poderia ser recusada. Nos últimos anos, calculando bem cada ação, tomando decisões tão difí�ceis tanto quanto necessárias, e empreendendo grande esforço e dedicação, ele vem, juntamente 26

JUNHO // 2014 2012 JUNHO

com a presidência, os conselheiros da FPF, e os gestores da instituição, vencendo a cada dia uma nova batalha e trabalhando arduamente para restaurar o delicado equilí�brio que mantém a UNIVALE. Liderar “times” especiais em missões de grande dificuldade não é uma novidade para Sandro. As três décadas a serviço da Polí�cia Militar de Minas Gerais conferem-lhe uma invejável e bem sucedida experiência. Como oficial da PM, ele comandou o batalhão de Teófilo Otoni, onde até hoje preserva grandes laços de amizade; e em Governador Valadares comandou a Companhia de Meio Ambiente e o 43º BPM, além de atuar na RISP – Região Integrada de Segurança Pública. Desde longo perí� o do, Sandro destaca duas importantes lições, que ele leva para toda vida: a primeira delas é o respeito à meritocracia. Quando ingressou na PM, ele logo percebeu que havia ali uma grande oportunidade de ascensão profissional. Com o trabalho, passou a observar o quanto o respeito ao mérito era essencial nessa ascensão. Outra lição, essa bem mais dura, é a de que, em qualquer situação, sempre vai haver variáveis impossí�veis de controlar, e que, de alguma forma, elas vão interferir e até comprometer o resultado esperado . Para um estrategista nato, nada mais frustrante do que lidar com essa realidade, especialmente dentro da polí� c ia, lidando com o bem-estar, a segurança e a vida da população. Todo esse aprendizado, ele faz questão de aplicar em desafio pessoal ou profissional a que se propõe: a valorização do estudo, da dedicação e da eficiência, a tranqüilidade de lidar com o inesperado, a paciência para conduzir processos demorados, a resiliência de quem compreende que nenhum objetivo é alcançado sem muito trabalho e algum sacrifí�cio. E na FPF não tem sido diferente. Muito já foi feito, mas ainda há um longo caminho pela frente.


FOTO: MARQUINHO SILVEIRA

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Mais Mais

Ponto de Vista Marly Carvalho

TRANSITANDO

ENTRE O REAL E O IDEAL Trago dentro do meu coração, Como num cofre que se não pode fechar de cheio, Todos os lugares onde estive Todos os portos a que cheguei, Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias, Ou de tombadilhos, sonhando, E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero. (Fernando Pessoa)

Existe o real, que é o que temos, por outro lado imaginamos um ideal, que é o que gostarí�amos de ter. Quando olhamos para o ideal como um ponto de partida em direção à realização de sonhos e busca da excelência naquilo que realizamos, ele funciona como um grande estí�mulo. Torna-se algo essencial ao nosso crescimento e nos impulsiona a alçar voos mais altos, e ultrapassar nossos próprios limites. A dificuldade surge quando olhamos para o ideal como um ponto de chegada. Nessa perspectiva, passamos a viver num mundo que não existe, pelo menos no momento, e descartamos o real, que é o que temos para viver. Nesse processo costumamos construir fôrmas do que consideramos o ideal e passamos a vida tentando encaixar tudo nessas fôrmas. Assim, as pessoas, muitas vezes, não estão casadas ou se relacionando com o companheiro ou companheira que têm do lado, mas com alguém que idealizou ou fantasiou na sua imaginação. Se o outro não corresponde às nossas expectativas, vamos forçando, praticamente espremendo as pessoas, para que elas se encaixem, mesmo que com desconforto, nas nossas fôr28

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mas. Há pais que não enxergam os filhos que geraram, mas filhos que gostariam de ter, e passam o tempo forçando-os a fazer o que eles não gostam, e os visualizam lá no futuro encaixados na fôrma da profissão ideal. Há ainda a fôrma da imagem ideal e, para garantir isso, usamos as mais caras roupas de grife, o celular mais recente, com recursos que muitas vezes nem aproveitamos, compramos o carro da moda e nos rendemos aos apelos do consumismo. Há também a busca frenética do corpo perfeito. Castigamos nosso corpo em doloridos exercí�cios de academia e muitas vezes nos mutilamos, tirando o que nos incomoda, ou nos deformamos acrescentando o que admiramos nos outros, e vamos construindo a fôrma do corpo ideal para nós e até para as pessoas do nosso conví�vio. Assim, vamos seguindo a vida construindo nossas fôrmas de famí�lia ideal, filho ideal, trabalho ideal, casamento ideal, corpo ideal, status social ideal entre muitas outras. Essa busca obsessiva por um ideal traz a falsa idéia de que existe a possibilidade de sermos completos, não faltantes, perfeitos e que

podemos esperar isso das pessoas que nos rodeiam, do mundo em que vivemos e de nós mesmos. Lacan disse que somos seres faltantes. Na verdade, sempre irá faltar algo nos relacionamentos, nas pessoas, no mundo, em nós, na vida, e conviver com a falta é inevitável. Quanto maior a distância entre o real e o ideal maior costuma ser a frustração, o inconformismo e a intolerância com o que não se encaixa nas nossas fôrmas. O pior é quando isso extrapola para as relações na sociedade, na polí�tica, na educação, na cultura, na religião. Daí� surgem os preconceitos, a discriminação, a intransigência com quem não se encaixa nas nossas fôrmas individuais e coletivas. Que a busca de vida perfeita, de mundo ideal aos nossos olhos, seja apenas um ponto de partida e o ponto de chegada seja aprender a lidar melhor com nossas expectativas, sonhos e fantasias, o que nos permitirá enxergar as novas e infinitas possibilidades do nosso real aqui e agora.

Marly de Carvalho

Psicóloga Clínica –Terapeuta de Casal e Família marlycarvalho@hotmail.com


FOTOS: KK GONTIJO

Ana Carolina e Felipe Da bela cerimônia na Catedral de Santo Antônio ao amanhecer festivo na Fazenda Boa Vista, o casamento de Ana Carolina e Felipe foi uma noite mágica, de puro glamour, classe e emoção. Uma autêntica festa para os olhos dos privilegiados convidados. 29

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FOTOS: KK GONTIJO

F

ilha de Carlos Henrique Barroso Mourão e Denise Dupin Barroso Mourão, a noiva Ana Carolina era a própria felicidade. Filho de Denis Moreira e Josefina Soares Ribeiro Moreira, Felipe era seu par ideal. Alegre, carinhoso, festeiro e apaixonado por ela. Na recepção, as luxuosas ambientações criadas especialmente para o dia D de Ana Carolina e Felipe revelavam, em cada detalhe, o empenho e o amor de mãe da anfitriã Denise Mourão: da delicadeza do porta-alianças feito por suas mãos à chuva de fogos para iluminar o momento do brinde, passando pelos trajes personalizados do pessoal de serviço e pelos adereços que deixaram os noivos prontos para mergulhar no clima de alegria da festa. Ao buffet sempre impecável de Célia Bitencourt somou-se o charmosíssimo flair bartender, vindo especialmente para a ocasião. Entre beijos e mais beijos, a paixão explícita do casal fundiu-se em perfeita sintonia com a juventude dourada e ditou o clima na pista de dança que, divinamente iluminada, ficou lotada de alegria e animação até o sol raiar.

Padrinhos do noivo: Marcos Alexandre, Fabiana, Luiz Carlos e Januzzi

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Padrinhos e madrinhas. Douglas, Cris, Fernando e Alice


Fernando, Guilherme com a namorada Piera, os noivos, Mourão e Denise, e Henrique com a esposa, Marcella

Os noivos com os padrinhos e avós José Pires Mourão, Geneci, e Arlete Dourado, juntamente com o também padrinho e irmão da noiva Gulherme Mourão

Família do noivo: Dênis e Neném (Josefina), os noivos, Jéssica com o noivo, Henrique, e Fernanda, com o esposo Fabrício Os pais Dênis e Neném, os noivos e os pais Mourão e Denise

Os noivos com as Damas Jullyana, Ana Paula, Camila e Mariana

Família da noiva: tias e primos e os padrinhos Fabiana e Henrique Araújo

Dr. Fabiano, Dra Kalendra, os noivos, Dra Daniela, Dra. Renata e Dr. Daniel

Carol com os irmãos Guilherme, Henrique e Fernando

Os Padrinhos e Madrinhas Dr Rudy, Dra Gabriela, Rafael e Vina

Com os noivos, a porta-aliança Bia com o irmão Fabrício e o priminho Pedro

Camila, Isabela, Jéssica, Ana Clara, Cibele, Ananda e Paulinha e colegas e amigas de infância

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Felipe e o amigo Fabrício

Gracinha, Dr. Ronald e a filha Ana Clara

Os tios da noiva: Sra Ruth Barroso, Delfin e Marlice

FOTOS: KK GONTIJO

Dr. Gencerico Barroso e Marilac

Sandra e Dr. José Bonifácio Mourão

Dr. Charles França e Dra. Aparecida

Dr. Fernando Mourão e a Dr. Osvaldo Perin e Dra. Bogumila namorada Ana Carolina

Os noivos com Alcides e Ofélia

Geovanna e Nélio

Dr. Heitor e Élida

Laiere e Socorro

Denise com os amigos Geraldo e Rosângela

Elvécio e Mércia Barroso

Padrinhos de Carol os holandeses Jennigje e Roelf

Dr. Délio e Patrícia

Dr. Henrique Mourão e Marcella

32 Larissa e Alessandro

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Dr. Marcos Mourão e Maristane

José Alvarino e Raquel Barroso

Tatiana, Alessandra, Luíza, mãe do noivo, Janete, Tamirez, Thaís, Cíntia e Marilu


Dr Sérgio Calil e esposa Rosane O amigo Cabana com os noivos

Ednei, Regina, Luzia e Dr. Homero

Roberto e Tatiana

Lúcio e Nilza

Fernando, Renato, Rudy, Henrique e Igor

Iolanda e Dr. Sérgio Souza

Camila Leite, Nathália e Cristiana Trindade

Paulo Henrique, Gustavo, Hercílio. Antonio Henrique, André, o noivo Bruno e Vinícius

Diogo Machado com a noiva Jullyana Pimentel

Dr. Wanderly e Zezé

Armine, Isabel, José Alvarino e Mário Henrique Tia Nicinha Mourão e Dila

Robson e Dra. Karen

Heloísa e Darci

Tios do noivo: Rubens e Neide

Mário Henrique, Rudy, os noivos, Cristiano, Lucas, Roberto com a namorada. Mais à frente, Larissa, Laís e Ana

André Bretas e Nathália

Ivandir Macedo e Lúcia Maria das Graças Márcia com esposo Vailton e a filha Ana Clara Paulo Henrique e Luana

Dr. Adhemar e Lorena

Dr. Maurício Brandão e Vanessa

Luciano e Lorena

Dr. Marcus Lírio e Danúbia

Regiane, a madrinha da noiva Vina e Glorinha

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Deputado Mário Heringer Cidadão Valadarense

Mário Heringer e seu momento na Câmara Municipal de Governador Valadares

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Paulinho Costa, André Merlo e o presidente do PDT homenageado, Mário Heringer

FOTOS: WILMA TRINDADE

atural de Manhumirim, em seu terceiro mandato como deputado federal, e presidente estadual de seu partido, o PDT, Mário Heringer recebeu o título de Cidadão Valadarense, concedido pela Câmara Municipal de Valadares. A proposição do vereador Paulinho Costa foi aprovada unanimemente pelos representantes da Casa. Nessa noite de sexta-feira, 30 de junho, a Câmara de Valadares esteve com seu plenário lotado, como poucas vezes. E era de se esperar: Mário Heringer arrasta amigos e colaboradores, além de um séquito de admiradores que cativa, no seu dia a dia, pela simplicidade e personalidade envolvente. Um real interesse pelo próximo e a capacidade de se envolver e ajudar as pessoas com sinceridade fazem dele uma pessoa que atrai desde o mais simples cidadão à mais eminente personalidade. Características estas que, com toda justiça, fizeram da homenagem ao deputado Mário Heringer um evento concorrido e prestigiadíssimo.

Deputado Mário Heringer

José Geraldo Pedra Sá e Amparo prestigiaram

Recebendo homenagem do PDT Jovem

Silvério Dorneles, Mauro e Robspierre, da Emater

Em Alpercata, a homenagem de Marcelo Fanni

A homenagem Talento Jovem Alpercatense a Jair Garajau Júnior

Marcelo Fanni e sua mãe, Carmen Fanni, anfitriões, em homenagem ao deputado, presidente estadual do PDT

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Deputado Mário Heringer com sua mãe Arlete Heringer, o irmão Marcelo e Rosemare

migo de longa data, Marcelo Fanni homenageou o deputado Mário Heringer, recebendo-o no sítio da família com um big almoço para comemorar o título de Cidadão Valadarense. Foi um sábado superalegre e movimentado entre muita gente, amigos dos Fanni, popularíssima família local. Música ao vivo, petiscos regados a cervejotas e o famoso frango com quiabo, entre outros saborosos pratos típicos assinados pelo próprio anfitrião. Marcelo Fanni criou também um momento de incentivo às artes, convidando Jair Garajau Júnior para receber, das mãos do deputado Mário Heringer, o título “Talento Jovem Alpercatense”. Uma ação muito elogiada pelo experiente político e por todos os convidados. Com todo pique, a animação seguiu até o anoitecer.

Mário Heringer e Márcio Melo

Marcelo Fanni, deputado Mário Heringer e Renato Andrade

Aparecida Fanni, Marcelo Heringer, Bruno Dileu, Caio Carvalho, Dilene Dileu e Juliano Dileu

Zé Maria Machado e esposa, com a sobrinha Bruna


Com Marcelo Fanni, presidente do PDT de Alpercata

Paulinho Costa, Mário Heringer, Luciano Souto, André Merlo e Fátima Salgado

Paulinho Costa, Rozani Azevedo, André Merlo, Mário Heringer e Iracy de Matos

Cel Albino, José Miguel Merlo e Carlos Amaral

Deputado Dr. Mário Heringer, lideranças da região, mais Paulinho Costa e André Merlo com Andreia

Prestigiado também por Hercilinho Diniz

Grupo de mulheres encabeçado por Creusa Merlo posa com o vereador Cezinha Alvarenga

Dilene Dileu e Juliano

Assessores parlamentares

Inúmros amigos prestigiando a festa de homenagem a Mário Heringer

Mário Heringer com a família de Jair Garajau Paulinho Costa e Francisca Fanni

Paulinho Costa, Mário Heringer, Margarida e Telírio dos Reis

Mário Heringer e Douglas Moraes

Um abraço de agradecimento


Mais Mais

Turismo

Por Ana Karina Dutra (akcdakcd@gmail.com) Fotos: Arquivo pessoal

GLASGOW Estilo, na terra do whisky

Se existe algum lugar sobre o qual eu não precisaria buscar guias, informações ou dias, esse lugar é Glasgow. O que ouvi desde criança confirmou-se-me assim que pisei na Escócia, na que é a mais famosa cidade do país. A simpatia e atenção dos escoceses em Glasgow superaram minhas expectativas, devo ressaltar! É simples chegar lá: de Londres são ônibus, trens e vôos diários.

FOTOS: ANA KARINA DUTRA

D

e fato, viajar e visitar lugares é uma experiência quase que inarrável. Especialmente quando os destinos são fabulosos! E Glasgow é um desses casos: conseguiu equilibrar sua história milenar, marcos e vultos históricos mundialmente importantes, com o que há de mais moderno em arquitetura, atrações e, sim, um paraí�so para compras. Glasgow conta com três elegantes ruas fechadas para tráfego e shopping centers por ali, além de lojas das mais famosas – e caras – grifes mundiais. Um must go é o Princess Square, além do naturalmente iluminado Argyle Arcade. Aliás, falando nesse prédio

estilo átrio, o tom terracota predominante nas edificações antigas é um charme à parte, em contraste com a arquitetura moderna de outras tantas ao redor e que dão o toque cosmopolita estiloso desta que é a mais famosa cidade do paí�s (embora a capital seja outra, Edinburg). A cidade é tão repleta de cultura que se iguala a Amsterdam, Paris, Berlin, Firenze e Atenas na lista das mais importantes no quesito! A infindável relação de museus, galerias de arte, exposições e teatros só gera dúvida quanto ao que priorizar: eis aí� uma cidade em que eu preciso de algumas semanas extras para conhecer tudo que quero! Imperdí�vel:


House of an Art Lover, onde conferimos o gênio de ninguém menos que Charles Mackintosh – atenção ao fabuloso piano ornamentado! Na verdade, Mackintosh está por toda cidade, tanto em autorias quanto em obras de seus seguidores. A galeria de arte moderna, GoMA, é visita obrigatória. Glasgow situa-se no vale do rio Clyde, e nesta região estão as seculares e mundialmente famosas destilarias de malte. Afinal, não há melhor lugar na Terra para sentar e degustar um legí�timo scotch! Tudo bem, eu não uso bebida alcóolica, mas visitar uma destilaria escocesa e experimentar o aroma de raros exemplares,

sob cuidadosa e paciente conversa de um autêntico expert... Ah! É� de tirar o fôlego! Como se não bastasse, Glasgow tem uma rica e fascinante história, de milênios, passando pela forte influência medieval até chegar aos dias de hoje. Um enorme legado de cenários e paisagens ajardinadas cuidadosamente desenhadas, perfazem um rol de mais de setenta parques. Afinal, são poucas cidades que combinam tão bem a vida urbana com a contemplação. Para isso, contamos com facilidade de transporte público com alto grau de eficiência, indicativos, mapas, totens ilustrados... Não tem

como errar! Passe uma tarde no Botanical Garden, que é um fofo. Outra visita obrigatória é o Glasgow Green com seu Palácio do Povo e os Jardins de Inverno. Tem ainda a galeria de arte Kelvingrove, com dezenas de salas de exposições. Dá para entender por que preciso de mais semanas em Glasgow, né? Na verdade, é mesmo muito difí� c il tentar descrever uma cidade como esta, e enumerar alguns, entre incontáveis atrativos, eventos, festivais. Os Jogos da Amizade, por exemplo, este ano acontecem em... Glasgow! E lá constatei que qualidade, beleza, sabor, simplicidade e consistência são singelas con-

sequências de um povo simpático, estudioso, correto e hospitaleiro na sua rotina diária. Um simples café (Italian Café, at Merchant City) ou um jantar (The Social), um descolado happy hour (Ubiquitous Chip) ou um encontro na BBC (da próxima eu levo um currí� c ulo!), todos igualmente atestam que a cidade é esse encanto porque as pessoas cuidam, respeitam e se importam. Experimentem Glasgow! E antes que alguém pergunte sobre o lago Ness e as high lands, fiquem tranquilos! Numa próxima eu conto da emoção de se imaginar a qualquer hora topando com Connor MacLeod!


A aniversariante Cláudia e Bebel Menezes com os filhos Henrique e Renata

FOTOS: KK GONTIJO E WILMA TRINDADE

O brinde das douradíssimas aniversariantes, Valéria Vitói, Marieta Byrro, Cláudia Miranda Menezes e Neuzinha Fernandes

VIVA SEMPRE COM INTENSIDADE

O glamour de 4 amigas comemorando 5.0 ditou o tom da festa que reuniu o creme de la creme da sociedade valadarense em camisetas personalizadas. Para combinar com as anfitriãs que receberam em traje passeio completo, as convidadas Mais Mais chiques deixaram fluir a imaginação e marcaram suas presenças com a marca ViVa nas mais sofisticadas combinações. Com renda finérrima, como fizeram Beatriz Neves e Valquí� r ia Vitoi, ou em manga longa na criação de Betinha Barbalho e Natalina Fernandes, ou com tule no modelo de Denise Gonçalves, e ainda trabalhada com finérrimas correntes, como Tânia Mara Silvestre, e ainda como o macacão elegantérrimo de Silvana Marques. Valeu tudo, mesmo porque o império foi do bom gosto, da alegria, da descontração, da badalação, em altí� s simo ní�vel. Buffet de Célia Bittencourt alimentou a noite com delicatesses regadas a espumante Rosé Passion e a scotch. Banda Hera, Mi Leva e DJ . Para que mais? O salão nobre do Filadélfia bombou até o sol raiar.

Adilson Reis, Wilma Trindade, Marieta Byrro e Lena Trindade

Luísa Sabino e Ricardo Rodrigues Pereira

Os irmãos Delfina e Cícero Miranda

Beto Mol e Valéria

Valquíria Vitói e Érica Coelho

Aline e Celso Gama

Massoca e Bel Miranda Pereira

Simone Carvalho

Míriam e Célio Cardoso

Marisa e Bia Miranda

Juninho Coelho

Ivo e Aniela

Alessandro e Patrícia

Lorena Cunha, Socorro Braga, Tânia Mara e Silvana Marques Paulo e Denise Gonçalves Luciana e Rodrigo Pimentel


Em família: Nelson, Flávia, Valéria e Isabela

Vítor, Neuzinha e Larissa

Daniele, Lincoln Byrro, Marieta e Rafael

VIVA SEMPRE COM INTENSIDADE

Carolina Cunha, Marília Vitói, Marieta e Valéria, Mirtes Cunha, Cristina Amorin, Cida Vitói, Raquel Faria, Cristina, Déia Vitói, Roseania, Neuzinha e Cláudia, Érica Coelho, Carminha Pereira e Andreía Vitói

Sophia e Andréia Merlo

Beatriz Neves, Roseanea Vitói e Betinha Barbalho

Dahir, Kátia, Suely Marigo e Mirtes Cunha

Gilberto Hasteinreiter e Giselle As filhas, Isabela Vitói, Flávia Vitói, Renata Miranda Menezes, Larissa Fernandes Raniere e Daniele Byrro

Priscila e Marcos Almada

Carlão Reis e Natalina Fernandes

Mariza e Márcio Resende

Fernanda e Marconi Lage Lizze e Bruno Torres Marieta e Ana Beatriz Copolli

Cláudia e Lucas Tassis

Carol e Guilherme Marigo

Marcelo Marigo e Suely

Márcio e Ana Luíza

Aline Gama e Telma Soares

Moisés e Brenda


Mais Mais

Ponto de Vista Dr. Adão Leal (*)

DISTÚRBIOS

DO SONO EM IDOSOS Os distúrbios do sono são bastante comuns na população de uma maneira geral, e nos idosos assumem caracterí�sticas particulares. O padrão do sono começa a se modificar a partir dos sessenta anos de idade, num envelhecimento normal. Em torno de 50% dos idosos apresentam alguma queixa sobre o sono. Observa-se, em geral, redução da profundidade e da duração do sono. Começa a aparecer um aumento da frequência do despertar, eles passam a despertar mais facilmente em decorrência de estí�mulos ambientais, como ruí�dos ou variações de temperatura. Tais modificações do sono em idosos saudáveis não comprometem a eficácia do sono nem a sua capacidade de restaurar a energia e a disposição para o exercí�cio de atividades funcionais diurnas. Os casos de insônia são freqüentes em adultos jovens e aumentam na Terceira Idade. Esse fato acontece pela ocorrência de doenças clí�nicas e psiquiátricas, bem como pelo uso de múltiplos medicamentos, alguns indevidamente e que acabam por prejudicar ainda mais sua saúde e seu sono. Condições dolorosas, distúrbio da micção e limitações cardiorrespiratórias figuram entre as situações clí�nicas que mais interferem no sono. Entre os distúrbios psiquiátricos, devemos destacar os transtornos ansiosos ou depressivos, e as demências. As insônias são classificadas em ocasionais, transitórias e crônicas. A insônia ocasional dura menos de uma semana, e tem como causas pro42

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váveis o estresse agudo (reversí�vel), causas ambientais (luz, ruí�do, hospitalização), mudança de fuso horário (jet-lag) ou turno de trabalho. A insônia transitória dura de uma a três semanas, e tem como causa o estresse persistente (problemas no trabalho ou com a famí�lia, por exemplo) ou doença fí�sica, causando dor ou desconforto. A insônia crônica dura mais que três semanas. Manejar os distúrbios do sono de

forma não-medicamentosa é sempre o iní�cio do tratamento. Abordagens educativas e promoção da higiene do sono visam à regularização do ciclo sono-vigí�lia. Deve-se evitar dormir durante o dia, incentivar a prática regular de exercí�cios fí�sicos aeróbicos e evitar o consumo de substâncias estimulantes ou álcool. É� importante não permanecer acordado no leito, sugerindo-se que a pessoa só permaneça na cama enquanto estiver dormindo ou exercendo atividades í�ntimas. A restrição do sono é uma estratégia eficaz. Estabeleça uma hora pela manhã para despertar e deixar o leito, mesmo que tenha dormido mal à noite. Evite cochilos durante o dia.

Após algum tempo, em função da privação do sono, ocorre diminuição da latência do sono e aumento da sua eficácia durante o tempo que permanecer na cama. O tratamento medicamentoso dos distúrbios do sono em idosos é a abordagem mais eficaz no curto prazo. Portanto, seu uso prolongado pode trazer dificuldades futuras. O uso do remédio deve sempre ser acompanhado de medidas não-farmacológicas e de cuidadosa orientação quanto aos efeitos nocivos dos medicamentos. O manejo dos distúrbios do sono em idosos, assim como em pessoas de outras faixas etárias, deve ser iniciado com o correto diagnóstico do tipo da insônia e sua causa. Desse modo, devemos sempre dirigir o tratamento à causa de base, isto é, ao que está provocando a insônia, bem como tratar a depressão, caso seja esta a causa das noites mal dormidas. Deve-se atentar ainda aos distúrbios respiratórios sonodependentes, ou nos casos de insônia associada a doenças clí�nicas. Assim, o tratamento medicamentoso dos transtornos do sono é eficaz e pode ser conduzido com segurança. O emprego de técnicas comportamentais é sempre aconselhável, proporcionando melhores resultados em longo prazo.

* Dr. José Adão Furtado Leal

CRM 19281-3

Médico especialista em Psiquiatria. Psiquiatra da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)


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Isso é Quente

Livro

Libertada:

Uma Década de Escuridão, Uma Vida Recuperada

Michelle Knight

M

ichelle “virou” notí� c ia mundial em 2013, mas 11 anos antes ela já tinha virado estatí� s tica policial, em Cleveland, nos EUA. Ela é uma das três adolescentes sequestradas pelo motorista de ônibus escolar Ariel Castro. Por mais de uma década, ele manteve a ela, e também às jovens Amanda Berry e Gina de Jesus, presas, abusadas e torturadas, sem direito de sair de uma casa no subúrbio da cidade. Em 06 de maio do ano passado, a fuga de Michelle, Amanda e Gina comoveu e assombrou o mundo. Um ano depois da libertação, ela exorciza seus fantasmas através das palavras, e em uma narrativa por vezes comovente, por vezes chocante, mas principalmente de muita garra, ela conta o que realmente aconteceu naquela casa, e como encontrou forças para sobreviver. O livro revela como uma jovem mal saí�da de sua própria infância problemática, afastada da famí� l ia e lutando para reaver a guarda do filho (quando foi sequestrada) ainda conseguiu emergir depois de viver 10 anos em cativeiro. O livro revela detalhes da história de Michelle, incluindo os pensamentos e orações que a ajudaram a encontrar coragem para suportar suas inimagináveis circunstâncias e construir, a partir de agora, uma vida que valha a pena ser vivida. Ao compartilhar seu passado e seus esforços para criar um futuro, Michelle se torna a voz dos que não têm voz, e um poderoso sí�mbolo de esperança para milhares de crianças e jovens que desaparecem todos os anos.

Por Paula Greco

(greco_paula@yahoo.com.br)

Filme Gravidade com Sandra Bullock e George Clooney Na cerimônia do Oscar 2014, todos esperavam que “Trapaça” e “12 Anos de Escravidão” disputassem, prêmio a prêmio, quem seria o maior vencedor. Mas a cada envelope aberto, sobretudo os das categorias técnicas, era “Gravidade” o nome que se repetia. Surpresa? Talvez, especialmente com o prêmio de melhor direção para Alfonso Cuarón, mas o fato é que o filme mereceu cada uma das suas sete estatuetas (além de direção, melhor trilha sonora, fotografia, edição, edição de som, mixagem de som e efeitos especiais). Uma performance que permite afirmar, sem sustos, que o filme, recentemente lançado em DVD e Blue-Ray (com versão 3D) é extremamente bem executado. Os discursos de agradecimento daquela noite do Oscar, todos mencionando a entrega, a generosidade e o talento da protagonista também credenciam o elogio à sempre excelente Sandra Bullock, que dá vida à Drª. Ryan Stone, uma brilhante engenheira médica em sua primeira missão espacial com o astronauta veterano Matt Kowalsky (Clooney) no comando do seu último voo antes de se aposentar. Mas durante uma aparentemente rotineira operação espacial ocorre um acidente. A nave é destruí�da, deixando Stone e Kowalsky completamente sozinhos, dependendo um do outro em um ambiente de total escuridão. O silêncio ensurdecedor confirma que eles perderam qualquer ligação com a Terra, e consequentemente, qualquer chance de resgate. A partir daí� o filme entra num vertiginoso espiral de “está salvo, está morto” que prende a atenção e o fôlego do espectador até o último minuto. Pra ver em boa companhia, de preferência com uma que possa ser abraçada a cada susto.

Música Samba Mesmo

- Jair Rodrigues Tinha a música; ou melhor, tem a música. Porque, essa, felizmente, é eterna. Mas junto com tanta música ainda tinha mais. Tinha o sorriso, a energia contagiante de quem, aos 70 anos, sambava e plantava bananeiras em pleno palco. Sua partida certamente deixa a música brasileira mais triste, mas seu legado é pura alegria e talento. Com mais de 50 anos de carreira, Jair Rodrigues conseguiu

se manter contemporâneo, sem se desprender de suas raí�zes. Sabia como poucos fazer os clássicos da MPB dialogar com a linguagem e a musicalidade das novas gerações. Sempre fez jus à sua condição de revolucionário, e se orgulhava em dizer precursor do rap e do hip hop no Brasil. E em uma dessas providências divinas, ele pôde, antes de morrer, concluir o projeto dirigido pelo filho, Jair Oliveira, de um CD duplo, de gravações atuais de clássicos do seu repertório, misturados com composições recentes de pai e filho. E o disco, que pretendia ser uma homenagem ao Samba de Raiz e à Seresta, acabou virando uma homenagem ao próprio artista, o último e precioso registro fonográfico de um intérprete sem igual. 43 JUNHO / 2014


Mais Mais

Ponto de Vista Ana Paula Kern

COPA DO MUNDO E A ECONOMIA

Desde que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa, em 2007, autoridades de Brasí�lia têm exaltado o potencial do evento para gerar empregos, acelerar investimentos em infraestrutura e atrair turistas com os bolsos recheados de dólares. “O Mundial é uma oportunidade histórica para promover desenvolvimento socioeconômico no âmbito local e nacional”, disse à BBC Brasil Joel Benin, assessor para Grandes Eventos do Ministério dos Esportes. “Ele gerará 3,6 milhões de empregos, movimentará R$ 65 bilhões (este ano) e deixará um legado importante na área econômica”. Nas últimas semanas, porém, alguns analistas têm advertido que o evento pode decepcionar aqueles que esperam um efeito econômico significativo, seja no curto ou no longo prazo. Dois relatórios recentes, da agência Moody’s e da consultoria Capital Economics, por exemplo, chamam a atenção para o pequeno peso, em relação ao PIB, dos gastos potenciais dos turistas e investimentos em infraestrutura ligados ao evento. “Nem o impacto econômico imediato da Copa nem seu legado devem ser expressivos”, acredita Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics para Mercados Emergentes. “Mesmo os aportes em aeroportos, redes de transporte e infraestrutura urbana não chegam a 0,5% do PIB. Depois de décadas de escasso investimento nessas áreas, não é isso que vai aliviar os gargalos estruturais da economia brasileira.” Foi um equí�voco associar o evento a obras de infraestrutura que deveriam ter sido feitas há muito tempo para o Brasil continuar crescendo. Ao final, a inclusão de obras de mobilidade urbana e a ampliação de aeroportos incluí�das na chamada Matriz de Responsabilidades da Copa, que é um documento reunindo todos os projetos relacionados ao evento, fez com que se criasse uma expectativa econômica que não pode ser atendida. Diante desse panorama, fica a dúvida

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se o impacto econômico do Mundial pode mesmo decepcionar os que esperavam que ele funcionasse como um catalisador da expansão dos investimentos, renda e emprego no paí�s, ou mesmo se o evento terá ou não um impacto significativo na economia, como promete o governo. Embora nos últimos anos tenham sido feitos diversos estudos para estimar os possí�veis efeitos da Copa na economia, seus resultados divergem. De um lado, estão as pesquisas mais otimistas, citadas pelo governo. Em 2010, um levantamento encomendado pelo Ministério dos Esportes à consultoria Consórcio Copa 2014 estimou que os “impactos econômicos potenciais” do evento chegariam a R$ 183,2 bilhões até 2019 - sendo R$ 47,5 bilhões de “efeitos diretos” (como investimentos em infraestrutura e serviços ou gastos de turistas) e R$ 135,7 bilhões de efeitos indiretos (que incluem, por exemplo, os ganhos dos fornecedores das construtoras responsáveis pelos estádios). No mesmo ano, outro estudo, feito pela Ernst & Young em parceria com a FGV, estimou um impacto econômico semelhante: R$ 142 bilhões movimentados até 2014 e a geração de impressionantes 3,6 milhões postos de trabalho. “A Copa vai produzir um efeito cascata surpreendente nos investimentos no Paí�s”, dizia o estudo. “A economia deslanchará como uma bola de neve, sendo capaz de quintuplicar o total de aportes aplicados diretamente na concretização do evento e impactar diversos setores.” É� com os cenários desses dois relatórios que o governo trabalha ainda hoje. “Essas estimativas iniciais foram confirmadas por um terceiro levantamento, da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que mostrou que a Copa das Confederações (evento-teste para o Mundial) movimentou R$ 20,7 bilhões em 2013. Do outro lado, porém, outros estudos sustentam que essas previsões são

superestimadas. Entre eles está um trabalho de 2012 do professor de economia da Unicamp Marcelo Proni, para quem os cenários iniciais não consideraram o desaquecimento econômico dos últimos anos, que teria inibido investimentos em áreas como hotelaria. Outro levantamento, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), também tem cifras bem mais modestas. “Pela nossa estimativa, o total de empregos gerados pelo torneio seria de apenas 158 mil”, exemplifica Edson Paulo Domingues, um de seus autores. Maennig, da Universidade de Hamburgo - que vem estudando há anos os efeitos econômicos da realização de Copas do Mundo e Olimpí�adas - é bastante cético sobre o impacto dessas competições. “Estimativas infladas de geração de emprego e renda são comuns em eventos desse tipo, porque os governos precisam justificar seus gastos com estádios e instalações esportivas”, diz Maennig, campeão olí�mpico de remo pela Alemanha Ocidental. Ele explica que seus estudos não captaram nenhum efeito econômico significativo, analisando a realização de Copas e Olimpí�adas em diversos paí�ses. Quanto a expectativa dos brasileiros, 55% acreditam que o Mundial trará mais prejuí�zo que benefí�cios para o paí�s segundo uma pesquisa Datafolha. Na verdade, só teremos capacidade de começar a analisar os números em 2015 ou 2016, quando estiverem disponí�veis todos os dados relativos aos PIBs regionais e municipais, e dados referentes a emprego, turismo de 2014. Diante desse cenário, tentamos ser otimistas pois, no geral, se a Copa for um fiasco, será mais complicado atrair turistas e investidores daqui pra frente. No entanto, quem sabe esse megaevento sirva de impulso para a modernização e o crescimento do paí�s.

Ana Paula Kern

Doutoranda em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Juiz de Fora Contato: ana.kern@yahoo.com.br


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Empresarial

Cenarium Residencial

Câmara Municipal

O nome é a clássica, talvez até óbvia, definição deste novo empreendimento com a marca de qualidade Construtora Predileta e Singular Imóveis. A dupla Luiz Alberto Jardim e Aparecida acertam sempre em cada novo projeto. O residencial é exatamente o cenário perfeito: tem vista inigualável para a Ibituruna, localização privilegiada no bairro Esplanada, exclusivas mordomias completam a área de lazer (espaço fitness e sala de massagem, piscina aquecida e sauna, salão de festas e de jogos, área gourmet...).

Dinamismo é a palavra que melhor define a atual gestão da Câmara Municipal. Presidente Geovanne Honório fazendo valer a denominação de “Casa do Povo”, ao implementar e incrementar diversas ações de cidadania, levando informação e serviços aos bairros e abrindo as portas da Casa para aplaudir quem realmente faz a diferença pela nossa Valadares.

Dama toda

Arlete Brasiliense

Arlete Brasiliense depois da presidência da SODAMI exercida com muita qualidade, continua seu dinamismo no apoio ao Gapon, nas atividades do Salão das damas e naturalmente da Sociedade das amigas da Univale.

Choice

Ana Amélia e Mirlene impulsionam o mercado de perfumaria na cidade com a sua Choice. São perfumes importados com selo de garantia e procedência. Tudo acompanhado de perto pelas sócias, que não abrem mão do alto controle de qualidade. Exigentes que são, sabem exatamente o que se espera em termos de fragrâncias: produtos originais e exclusivos, dos clássicos de todos os tempos aos últimos lançamentos no mundo fashion!

Dr. Yanes

Jovem e competente neurologista e recentemente instalado em Governador Valadares, Dr. Yanes Brum Bello já movimenta o Medical Center. Em sua clí�nica, além dos tratamentos e exames mais modernos, uma novidade vem chamando a atenção: a utilização de toxina botulí�mica (Botox), no tratamento da enxaqueca, um mal que atinge boa parte da população, afetando a produtividade e a vida de muita gente.

Os jovens empresários Nelson Brito e Tauana

Spoleto Nelson Britto e sua visão empreendedora traz para Valadares nova loja da franquia de culinária italiana Spoleto. Com cardápio de massas frescas, variadas e preparadas sob os olhos atentos de cada cliente, com esmero de profissionais treinados na matriz. Nelson faz com a inauguração de sua SPOLETO a novidade da Praça de Alimentação do GV Shopping nesse inverno.

Glitz O trio de irmãs, Gleice, Glaucia e Miriam ampliaram o seu Glitz Espaço Fashion e agora mais que nunca, suas clientes saem mais belas e felizes. O conforto proporcionado pelas amplas salas climatizadas e organizadas de acordo com cada serviço, o Glitz tornouse parada obrigatória para cultivar a beleza total, sob os cuidados de competentes profissionais, além de contar com espaço para lanches de baixí�ssimas calorias.

Vieira Cabral Com as poderosas assinaturas da Construtora Hercon, arquiteta Ana Cristina Cotta e das imobiliárias Aliança e Pontual, o Residencial Vieira Cabral já é sucesso desde o seu lançamento. Com opções de apartamentos de um ou dois quartos, mais coberturas chiquérrimas e muitos mimos para os moradores, o empreendimento promete deixar ainda mais nobre o privilegiado espaço na rua Eduardo Carlos Pereira, coração da Esplanada.

Girolando

Núcleo Gir Girolando dos Vales será o realizador de um dos badalados leilões da ExpoagroGV 2014. animais registrados, de alta produtividade, traduzem-se em oportunidade imperdí�vel para adquirir o melhor da raça com condições especiais. E, como incentivo extra, o sorteio de uma moto 0km entre os compradores presentes.

Feriadão country

A Vaquejada da União Ruralista, assinada pelo seu presidente, André Merlo, nem começou e já está concorridí� s sima. Seguindo a tradição no calendário, o megaevento acontece de 12 a 15 de junho, no final de semana prolongado em Valadares – feriado dia 13 – e desta vez a premiação chega a R$ 100 mil! O poder de André para realizar sucessos é incontestável: além da vaquejada, o 6° Leilão Á� guas do Rio Doce, da raça Quarto de Milha, com animais de alta qualidade genética. Por sinal, o leilão tem dado o que falar, atraindo atenção de grandes investidores também de outros setores. 45

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Esporte

Por Paula Greco

(greco_paula@yahoo.com.br) Fotos: Divulgação

Quatro linhas e uma infinidade de sentimentos A CADA COPA RENOVAM-SE OS AMORES E AS FRUSTRAÇÕES

N

asci em ano de Copa do Mundo. E não foi qualquer Copa... 1970, o ano do Tri em Guadalajara, de uma seleção histórica com Pelé, Tostão e Jairzinho, entre outros craques, sobre os quais ouvi infinitas histórias contadas pelo “Seu Juca”, um apaixonado por futebol e pai de três meninas – eu, a segunda – que não deixaram espaço para frustração quanto à companhia na hora de torcer, principalmente pela seleção. Da Copa de 70, claro, eu só ouvi as histórias. De 1978, me lembro da rivalidade com os “Hermanos”, dos apitos e pompons silenciados, as bandeirolas sendo retiradas, a tristeza dos “grandes”. Mas foi em 1982 que a minha pré-adolescência conheceu o amor e a dor dentro das quatro linhas. A seleção do Telê, a mais linda que eu vi jogar nos meus 44 anos de vida. Dava gosto ver aquela esquadra em campo, e dentro das quatro linhas, era impossí�vel não amar o Zico, í�dolo maior de um grupo que ainda tinha Sócrates, É� der, Falcão, Leandro, Junior, Cerezo, Luizinho... era tanto craque de bola, um futebol tão refinado, que ninguém esperava que tivesse um Paolo Rossi e uma Azurra no meio do caminho! Quanto sofrimento, quantas lágrimas, quanta revolta pelo pênalti não marcado sobre o Zico, que chegou a ter a camisa rasgada. Naquele dia, entre soluços, eu jurei que nunca mais ia gostar de futebol. Mentira pura. Quatro anos depois, lá estava eu, torcendo, como louca, para aquele mesmo grupo (com poucas alterações), que tinha sua última chance de conquistar uma Copa do Mundo. Era no México, e lá, eu sabia, o Brasil tinha conquistado o mundo. Aí� veio um tal de Platini, e eu aprendi, em francês, como era o ódio dentro das quatro linhas. Veio o pênalti perdido pelo Zico e meu coração se apertou de dor, de pena, de frustração. Frustração que só não seria maior que a de 1990, com aquela “amarelada” histórica na final. Naquela Copa eu não amei o Ronaldo, não amei o Dunga, não amei ninguém. Naquele dia eu briguei com a nossa seleção. E só fiz as pazes com nossa seleção canarinho em 1994. O Brasil numa tristeza só pela morte do Ayrton Senna, e eu vendo, sem nenhuma animação, os primeiros toques de bola dentro das quatro linhas lá nos Estados Unidos. Mas Romário e Bebeto, esses lindos, embalaram meu sentimento de volta em comemorações fofas e declarações de amor que, pela TV, a gente pôde ler nos lábios. E então eu amei de novo o Leonardo, o Branco (que salvou a nossa pátria nas semifinais), o Ronaldo. Até a desafinada histórica do Galvão me soou amorosa naquele dia em que o futebol devolveu a alegria ao paí�s em luto pelo automobilismo. Em 1998, minha “colère”, aprendida lá em 86, voltou com tudo. Zinedine Zidane era o alvo, e o Brasil, o alvo dele numa final que fez balançar o meu amor pelo Roberto Carlos e seus chutes que balançavam as redes.


Fragmentos do cinematográfico retorno do Democrata à primeira divisão do futebol mineiro

A quantidade de reviravoltas pelas quais passou o Esporte Clube Democrata em sua última temporada no módulo B do Campeonato Mineiro de Futebol é digna de um roteiro de cinema de aventura, daqueles do tipo “teste pra cardíaco”. Na torcida, e até mesmo no time, os sentimentos se alternavam: empolgação, garra, sustos, desânimo, frustração... uma montanha russa que subia e descia, a adrenalina a cada resultado, mas que, para a alegria da fiel e aguerrida torcida da Pantera, explodiu em alegria, em pleno Domingo de Páscoa. Uma tarde inesquecível, e um começo de noite marcada por um retorno triunfal. Missão dada, missão cumprida. Nossa tropa de guerreiros está de volta à elite. Subir assim não é para os fracos. Quem não aguenta pede pra sair, que a Pantera vem aí!

De capitão a comandante! Gilmar Estevam, o técnico que conduziu a Pantera nessa jornada épica, é um velho conhecido da torcida democratense. Como jogador – e capitão do time – foi o grande destaque na campanha histórica de 1991, quando o Demô foi vice-campeão mineiro e “Campeão do Interior”. Na época, Gilmar foi o artilheiro do campeonato, com 14 preciosos gols, que muito contribuí�ram para levar a Pantera até a final. Depois disso, ele foi contratado pelo São Paulo (onde foi, no ano seguinte, campeão da Libertadores da América). No clube paulista, Gilmar jogou na Arábia e em Portugal. Como auxiliar técnico, em 2004, esteve presente na campanha que sagrou o time vice-campeão da Taça Minas Gerais e campeão do Módulo II do Campeonato Mineiro. E em seu retorno, agora como treinador, não poderia ter começado de maneira mais sensacional sua trajetória como comandante da Pantera!

DIAS DE GLÓRIA Está lá na letra do Hino: “Pantera, teu lema é a vitória, teus dias são de glória, de raça e amor”. E para o presidente do clube, empresário Edvaldo Soares, qualquer coisa menos que isso não é digna do protagonismo do Democrata. “Digo sempre que o Democrata não entra para ser coadjuvante. Estamos de volta à elite do futebol mineiro, e vamos brigar para estar no G4, entre os grandes, que é o nosso lugar”, diz ele. E propriedade para tanto não lhe falta. Presidente “pé-quente”, Edvaldo assumiu o clube em 2002, também no módulo 2 do Campeonato Mineiro, levando-o outra vez, em 2004, ao Módulo principal, onde permaneceu até 2012. Depois de uma temporada complicada ano passado, 2014 fez brilhar mais uma vez a estrela do presidente. E para manter o time na Elite os planos são grandiosos: “Fazer futebol é caro. E fazer futebol sem dinheiro, hoje, é impossí�vel. Desde 2002, venho bancando esse time porque acredito nele, e porque paixão não tem preço. Então, venho saneando as contas, pagando dí�vidas, administran-

do problemas. Mergulhei junto com o time em um oceano turbulento, e finalmente estamos chegando na praia, no nosso grande momento. Hoje, posso dizer que tenho 60% do time fechado para a disputa do Campeonato Mineiro, e ainda vamos buscar reforços. Agora, podemos dispor com tranquilidade da quadra central onde está instalado o Mamudão. Se isso fosse feito lá atrás, as dí�vidas consumiriam todo o capital da venda. Hoje não. Assim poderemos investir na construção de uma Arena e um CT (Centro de Treinamento), onde poderemos investir nas categorias de base e sediar jogos com mais conforto e segurança para atletas e torcidas. Essa estrutura fí�sica e organizacional é o que nos separa de parcerias internacionais já articuladas para tornar o Democrata um time ainda mais forte e vitorioso, e uma instituição independente e autossustentável. E não falo de um futuro distante. Falo do que podemos começar já, nos próximos meses. Porque, para os próximos anos, além da elite do Mineiro, nossas metas têm foco no Brasileiro. Estamos de volta, e viemos para ficar.”


Mais Mais

Ponto de Vista Diego Trindade D’Ávila Magalhães

Crimeia, Ucrânia e a questão principal:

A CONTENÇÃO DA RÚSSIA

Em março, a República Autônoma da Crimeia (pení�nsula que até então pertencia à Ucrânia) declarou sua independência e aderiu à Federação Russa. A chamada questão da Crimeia envolve ao menos três temas bem mais amplos: a polí� t ica doméstica ucraniana, a intervenção de potências estrangeiras, e as relações das potências ocidentais com a Rússia. Para o dia 25 de maio (escrevi este ensaio dia 18) foram marcadas eleições presidenciais na Ucrânia e, paralelamente, referendos em proví� n cias e cidades da região Leste do paí�s sobre a possibilidade de independência. Até junho, saberemos se a guerra (pela Crimeia ou pelo Leste da Ucrânia) ou a diplomacia prevalecerá. Antes de desenvolver esta análise, convido o leitor a refletir sobre as suas fontes de informação. Veja de onde são extraí�das as notí�cias dos grupos dominantes da mí�dia brasileira (por exemplo, www.g1.com.br). Repare que todas as fontes de notí�cia no caderno Mundo são ocidentais (France Presse, British Broadcasting Corporation, Reuters...). Pense: a ausência de agências de notí�cia russas, chinesas ou indianas, por exemplo, é um indí� c io claro de que nós brasileiros precisamos ampliar nossa visão de mundo. Estude os fatos atuais e do passado, para ter uma perspectiva menos enviesada do que a da mí�dia dominante. Fatos? A palavra parece estranha aos jornais que preferem opiniões a notí�cias, e que ignoram a história. Este ensaio focaliza aqueles três temas inicialmente destaca-

dos. No fim de 2013, houve manifestações na Ucrânia em prol da associação do paí�s à União Europeia (UE), proposta rejeitada pelo presidente ucraniano Viktor Yanukovych. A mí�dia ocidental superdimensionou o apoio popular a essa causa. Parte dos que não a apoiam, por exemplo, pensa que a concorrência europeia ameaçaria economicamente as regiões mais industrializadas da Ucrânia: o Leste, onde se concentra a população russa. Yanukovych, que chegou à presidência via eleições, foi deposto do cargo em fevereiro de 2014. Nesse mês, durante manifestações contra a corrupção (semelhantes, mas menores do que as que ocorreram no Brasil em 2013), houve violência, e o governo foi culpado pelas mortes de manifestantes. Nesse contexto, parlamentares reuniram-se em sessão extraordinária, depuseram o presidente eleito e agendaram a eleição de maio (cabe imaginar o absurdo que teria sido no Brasil a deposição da presidente em 2013). Yanukovych tem sido protegido pela Rússia, que não reconhece o presidente interino Oleksandr Turchynov. Este apoia um acordo com a UE e a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Por isso, mesmo sem ter sido eleito democraticamente, o governo Turchynov foi imediatamente reconhecido pela UE e pelos EUA, que garantiram apoio financeiro (multibilionário) e militar (supostamente para “proteger” a Ucrânia e recuperar a Crimeia). Há fortes indí�cios

de que as potências ocidentais orquestraram o golpe desde o iní�cio. Diante do golpe, os parlamentares da Crimeia declararam independência, e foi aceita sua solicitação de adesão à Rússia, com a legitimidade prévia de referendo que teve ampla participação dos cidadãos da região. Parte destes compõe as forças de autodefesa que saí�ram às ruas e ocuparam prédios públicos, para garantir a segurança pública (diante da inoperância do governo de Kiev) e a autonomia do governo local. Contrariando manchetes de jornal, a Rússia não invadiu nenhuma parte da Ucrânia. Como aqueles cidadãos armados falavam russo, os jornalistas apressaram-se em dizer que eram da Rússia. Mas grande parte do povo ucraniano (e vários outros) fala russo, porque a União Soviética (URSS) construiu as primeiras escolas públicas em que os ucranianos se alfabetizaram. Além disso, a ligação de berço entre ucranianos e russos remonta à época em que o Principado de Kiev subordinava Moscou (século XI) e mesmo à época em que a Rússia czarista conquistou a Ucrânia (século XVIII) – nesse meio tempo, o território ucraniano foi dominado por poloneses, mongois e tártaros. Durante a maior parte do perí�odo mencionado, a Crimeia esteve sob domí� n io mongol ou tártaro, que perderam para a Rússia. Os soviéticos construí�ram a base naval de Sebastopol na Crimeia, onde se situa desde então a única frota russa de águas quentes. Se a Ucrânia aderisse à


OTAN, essa frota russa poderia ser neutralizada (ou sequestrada) facilmente pelo Ocidente. Por isso, a Rússia sempre buscou, junto à Ucrânia, garantir a autonomia da Crimeia, e estabeleceu aí� o limite até onde toleraria a expansão da OTAN. Por que as potências ocidentais expandiram a OTAN em direção à fronteira com a Rússia depois do fim da URSS (1991)? Para conter a Rússia. No século XIX, o Império Britânico (maior força naval do mundo) tentou conter a Rússia (maior força terrestre do mundo). Durante a Guerra Fria (1947-1991), quando uma cortina de ferro dividia a URSS e a Europa Ocidental, os EUA tentaram o mesmo. A OTAN agrupava as forças defensivas do Ocidente. Desde 1991, ao contrário do que prometeram aos russos, os EUA conferiram à OTAN caráter global e ofensivo, reavivando a ideia da cortina de ferro, agora a 800 km (não mais a 2300 km, como em 1991) de Moscou e mesmo nas fronteiras asiáticas da Rússia. Depois dos desastres criados pela OTAN na Lí�bia e no Afeganistão, há motivos para preocupação. Seu apoio incondicional ao pleito ucraniano sobre a Crimeia pode levar a uma guerra! Entre as causas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) estava a rede de acordos de grandes potências com potências menores: o Império Alemão prometeu apoio incondicional ao Império Austro-Húngaro, o Czar da Rússia prometeu o mesmo aos sérvios; a guerra dos Bálcãs envolveu sérvios e austrí�acos e, assim, alemães e russos; os franceses e britânicos vieram a reboque. Com a diplomacia engessada por alianças incondicionais, só resta a opção de ir à guerra. Esta situação assemelha-se aos pactos da OTAN com o governo interino da Ucrânia. Enquanto isso as manchetes brasileiras anunciam supostas agressões russas à Ucrânia, quando a única ameaçada e sancionada é a Rússia. Retrata-se um conflito entre Davi (Ucrânia) e Golias (Rússia), para legitimar a intervenção da OTAN, quando a intervenção ocidental na polí� t ica doméstica ucraniana deu iní� c io à escalada do conflito. Publicam-se manchetes ao estilo “os russos estão chegando!”, quando, na verdade, a Rússia tem reagido ao modo como as distantes potências ocidentais projetam-se militarmente até as fronteiras russas.

VERSÃO EURO-AMERICANA: os ucranianos apoiariam o acordo com a UE; as manifestações de apoio à UE foram violentamente reprimidas pelo corrupto governo Yanukovic; o Parlamento ucraniano teve motivação e base jurí�dica suficiente para promover um impeachment; diante de um grande exercí� c io militar russo no Mar Negro e da mobilização de militares apoiados pela Rússia na Crimeia, o novo governo ucraniano pediu ajuda aos EUA e à UE; ambos ofereceram seu apoio.

VERSÃO RUSSA: não se pode dizer que a maioria dos ucranianos apoia o acordo com a UE; as potências ocidentais apoiaram as manifestações e o movimento polí�tico que culminou com a deposição do presidente eleito; a violência policial ou a corrupção não são motivos suficientes para um golpe de Estado em qualquer paí�s; a deposição do governo eleito não seguiu os procedimentos constitucionais da Ucrânia; o Ocidente não deveria apoiar o novo governo, que não foi eleito; a Rússia realiza exercí�cios militares agendados com antecedência, assim como outros paí�ses, e não interveio na Ucrânia, direta ou indiretamente. Diego Trindade D’Ávila Magalhães Professor de Relações Internacionais (Universidade Federal de Santa Maria - RS) Doutorando em Estudos Estratégicos Internacionais (UFRGS) diegotdm@gmail.com


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Ponto de Vista Newton Luiz Concellos

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Anos atrás participei, como bolsista, de um programa na “Harvard University (USA), chamado PROBLEMAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔ� MICO”. Tí�tulo pretensioso para se avaliar problema tão complexo e que tanto afligia, e ainda aflige, a nós brasileiros. Vivia-se no Brasil os anos de chumbo da ditadura militar, e nos Estados Unidos a guerra fria contra a União Soviética. Nosso grande e poderoso irmão do norte, assustado com o estrago polí�tico causado pela pequenina Cuba, ilha isolada do resto da América pelo mar do Caribe, temia que nosso paí�s de dimensões continentais, e com numerosas fronteiras terrestres, se bandeasse para o lado da Rússia arrastando também toda América do Sul. Aí�, então, o dano teria proporções continentais. Na guerra de propaganda que visava divulgar as maravilhas da democracia com o capitalismo americano, em contraposição à ditadura do proletariado e o comunismo russo, pairavam os objetivos não declarados: ganhar os corações e mentes dos jovens, potenciais futuros lí�deres dos paí�ses emergentes. Sob esse disfarce, fomos nós diagnosticar os problemas que travavam o desenvolvimento brasileiro e sugerir soluções para superá-los. Iniciou-se então uma verdadeira maratona de leituras da história bra50

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sileira e americana. Obras de autores como Celso Furtado, Caio Prado Junior, Vianna Moog, Paul Samuelson, W.W.Rostov, Peter Drucker, Thomas Skidmore, dentre muitos outros mais, passaram a ser nossos livros de cabeceira. O primeiro choque que tivemos, ao chegarmos em Nova Iorque, foi a diferença entre a grandeza dos seus aeroportos e estradas, comparados com a BR-381, ainda não asfaltada, carroçal na verdade, e o acanhado e obsoleto aeródromo da Pampulha. Perguntas que não queriam calar: por que eles chegaram tão longe, e nós não? O que houve em nossa trajetória que travou nosso desenvolvimento? Era um bom começo, mas as respostas encontradas não foram agradáveis. O primeiro obstáculo identificado foi religioso, pois enquanto para os puritanos ingleses, trabalhar, ganhar dinheiro e enriquecer agradava a Deus, para nós ibéricos era mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha, do que um rico entrar no céu. O segundo obstáculo, talvez o mais pernicioso de todos, era a máxima que dizia que FIDALGO não trabalha, quem trabalha é o escravo. É� indigno de um verdadeiro cavalheiro sujar as mãos. Esse comportamento cognominado “mazombismo”, nos fez um grande mal, pois nenhum paí�s progride sem o trabalho duro de seu

povo. Ainda hoje, as profissões em que se sujam as mãos são depreciadas no Brasil. Diagnosticamos ainda outros problemas como a burocracia excessiva e o peso insuportável dos impostos. Estes, necessários para manter a pesada máquina governamental sustentando tanto gente ociosa, incompetente e desinteressada. Outros diagnósticos: a falta de meritocracia como desestí�mulo à produção, a corrupção e o suborno tolerados, e o famoso jeitinho brasileiro, tão valorizado por nós como prova de esperteza, e que é na verdade uma de muitas maneiras de burlar a lei. Após meses de exaustivos estudos, um dos colegas fez uma simples e singela descoberta. “Foi muito tempo e dinheiro gastos à toa. Bastaria lembrarmo-nos da piada da formação do mundo quando Deus questionado por São Pedro, por dotar um pais com tantas benesses, clima agradável, praias maravilhosas, natureza dadivosa, sem terremotos nem vulcões, ao passo que outros eram tão castigados pelas intempéries. Ao que Deus retrucou dizendo: espere só pra ver o povinho que vou colocar lá”. Será mesmo? Conclusão: esse assunto por sua importância e complexidade, exige um espaço maior. Voltaremos ao tema.

Newton Luiz Concellos

newtonconcellos@ig.com.br Engenheiro civil, mestre em gestão de universidades.


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