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Foto: KK Gontijo

Nยบ 32 - Abril/2013 Proibida a venda

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O luxo dos Hastenreiter

O carro mais vendido da Europa, agora fabricado no Brasil

Novo Peugeot 208 O CARRO MAIS ESPERADO DOS ÚLTIMOS TEMPOS VAI FAZER VOCÊ SE APAIXONAR!

Editorial Wilma Trindade

O iní� c io de 2013 foi marcado pela tragédia de Santa Maria/ RS que chocou o Brasil. Os motivos apontados pela perí� c ia revelaram o que estava exposto a olho nu. A falta de responsabilidade para com o outro, e não diria nem amar o próximo como a si mesmo, o segundo mandamento das leis de Deus. A inversão de valores imposta por polí�ticos e empresários gananciosos aproxima nossa realidade de cenas de cinema com terrenos contaminados doados para construção de casas para funcionários, e cidades calçadas com escória tóxica de chumbo.

Casos protagonizados pelo grupo CSN – Cia Siderúrgica Nacional, Prefeitura Municipal de Santo Amaro/BA, e outros mais próximos, a exemplo da cobertura na ponte da Ilha dos Araújos.

Sadios mesmo foram alguns jovens em Santa Maria, que, arriscando as próprias vidas, lutaram para salvar a vida de outros.

Sadia e cidadã é a campanha do Ministério Público contra a PEC 37, que está em discussão no Congresso Nacional e que retira do Ó� rgão a possibilidade de realizar investigações criminais. Um poder que, em parceria com a Polí�cia Federal, vem executando uma necessária devassa na corrupção, predadora do dinheiro público e que impede de vivermos em um Brasil que merecemos e pagamos para construir.

Cidadã e louvável, mas que seria totalmente desnecessária, se não houvessem criado a PEC 37, que nada mais é que o desejo de alguns polí� t icos de deixar tudo como era antes no Quartel de Abrantes. É� por essas e outras que a Mais Mais Perfil traz, em quatro páginas, reportagem sobre a importância de se passar o Brasil a limpo, através da educação.

E, como sinal de que nem tudo está perdido, em nossa capa e páginas, a festa de amor proporcionada pelos pais Gilberto e Giselle Hastenreiter, comemorando os 15 anos da filha Bárbara. E ainda festas que celebram a vida e a união de famí�lias pelo amor do homem pela mulher, e da mulher pelo homem.

Naturalmente, Mais Mais Gente e polêmicos temas que movimentam a mí�dia, nas páginas Á� gora e Pontos de Vista, sempre aguçados de nossos especiais colaboradores.

Sorvam, sem moderação. Ler faz bem à saúde.

Até a edição de junho, sempre se Deus quiser.

Sumário

Mais Mais Perfil 40

A (des)construção da cidadania Paula Greco

Ágora 15

Wilma Trindade

16 Ponto de Vista A educação é a resposta Crisolino Filho

24 Ponto de Vista 14 44 46

No reino da trairagem Etelmar Loureiro

48 Isso é Quente

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36 Ponto de Vista As eleições de 2014 e a economia Ana Paula Kern

Um jardim paraLuisa 6

ABRIL / 2013

50 Ponto de Vista Venezuela: O chavismo e o Brasil Diego Trindade d´Ávila Magalhães

Foto: KK Gontijo

30 Daniella e Camila

Expediente Editoria Geral: Wilma Trindade Fotos Sociais: Kk Gontijo, Wilma Trindade Colaboradores: Paula Greco Diego Trindade D´Ávila Magalhães Etelmar Loureiro Crisolino Filho Ana Paula Kern Design Gráfico: Revisão: Impressão: Tiragem:

Agência RIX Tarciso Alves Gráfica Nacional 5.000 exemplares

Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Abril / 2013 Contato: (33) 9121-0601 / (33) 9953-1124 / 8843-5522 / 8437-0707 wilmaperfil@hotmail.com | www.maismaisperfil.com

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ABRIL / 2013

Fotos: KK Gontijo

Bárbara E

a Avenida Minas Gerais viveu seu dia de Fifth Avenue, fazendo brilhar a estrela dos mais que perfeitos anfitriões Gilberto e Giselle Hastenreiter, que mais uma vez se superaram para celebrar em estilo internacional os 15 anos da filha Bárbara.

Desde a badalada distribuição dos convites - um mês antes da festa - já dava para prever que o debut de Bárbara Libório Martins Hastenreiter abalaria geral. Exigindo traje preto para os homens, e branco para as mulheres, deixava antever o clima e o naipe da comemoração, que transformou o salão nobre do Ilusão em uma autêntica Manhattan, com o metro quadrado mais cobiçado da cidade pelo High!

Mais uma vez os Hastenreiter encantaram a sociedade valadarense e convidados vindos de todas as partes. Da Missa de Ação de Graças, com a apresentação do Coral Intendente Câmara, da Usiminas, e celebração de Pe. Francisco Vidal para uma Catedral completamente ocupada ao clássico Ilusão Esporte Clube, onde o saber fazer extrapolou a incredulidade.

8

ABRIL / 2013

15 anos

Hastenreiter

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ABRIL / 2013

O fato é que tão cedo Valadares verá uma superprodução como esta, digna dos mais consagrados musicais da Broadway. Maga da decoração de festas, Maristela Chisté, ousou e extrapolou em sua arte, ao criar um indescrití�vel cenário cinematográfico. New York coube em GV. Entre imagens icônicas da Big Apple, os 600 convidados foram recebidos em piso espelhado, flashes de KK Gontijo e filmados pela ótica experiente de Drielly e Caique.

Com DJ Baleia, luxo de 66 globos e 33 movies irradiavam suas luzes e fizeram do nobre salão uma imensa discoteca “a la” Studio 54, lendário Nigth Club novaiorquino. Para os convidados de Bárbara, show especial da Banda Boca Elétrico, estações de coquetéis coloridos, um imenso buffet japonês, scoth e espumante jorrando e delí�cias assinadas pelo buffet da Teka, à base de frutos do mar e massas finérrimas.

E, fonte de todos os pecados, a suntuosa mesa com a grife de Bel Oliveira, que ia de Petit Gateau a tortas Suicí�dio.

Na verdade uma noite de grandes emoções, não só pela magia cênica da movimentação do preto e do branco, dos brilhos nos trajes e da juventude dourada. Muito mais pela nobreza da famí�lia anfitriã, pelo joie de vivre contagiante. Foi um prazer sentir aquela energia de vitória, de mais um sonho realizado. Foi um orgulho sentir no ombro aquelas lágrimas e guardar no coração estas palavras: “Tudo por elas”.

Giselle, a debutante Bárbara, e Gilberto Hastenreiter

Wilma Trindade

Quatro gerações: tataraneto Bernardo, bisneta Brenda e o neto Gilberto Hastenreiter, e o patriarca Euclides Hastenreiter

Tios Sérgio e Josiane Ferreira Martins

Drielly e Caique StudioC Filmagens

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Com os avós maternos, José Teixeira e Marilene Ferreira Martins

Maristela Chisté e Alexandre Prado, sendo recebidos pelos Hastenreiter

O brinde da família: Bianca, Giselle e Gilberto, a aniversariante, Brenda e Moisés

Tios Daniel e Fernanda Hastenreiter

Tios Ricardo e Luciana Hastenreiter

Fotos: KK Gontijo Valsa com o pai Gilberto Hastenreiter

Valsa com avô materno, Sr. José Teixeira Martins Recebendo o carinho das irmãs Bianca Hastenreiter e Brenda Hastenreiter Mendes

A aniversariante faz charme diante do staff do buffet japonês

Bárbara com o tio e padrinho Luiz Márcio, e a noiva Priscila

Valsa com o bizavô, Sr. Euclides Vasconcelhos Hastenreiter

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Gente

Wilma Trindade

Alessandra Lage e Cláudia Murta

Anuska Prado e Ricardo Augusto Rodrigues Pereira

Michele Gusmão Mascarenhas

Diana e Guilherme Ganso

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No chique e poderoso salão nobre do Clube Filadélfia, agora totalmente climatizado e de visual novo, destaquei entre as belas, no casamento duplo das irmãs Daniella e Camila Chisté, a elegância de Michele Gusmão Mascarenhas, a primeira-dama da Peugeot Granville. Naturalmente sob o olhar simpático do marido, Lucas Mascarenhas.

Talita e Renato Souza

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ABRIL / 2013

Uma luz que nunca se apaga

E

u sempre ouvi dizer que a dor é uma ótima professora.

E, pelo que se pode perceber, é também uma grande catequista. É� geral a percepção de que a humanidade vive tempos doí�dos, pesados, turvados pela sombra da violência, da falência das relações humanas, do desamor coletivo. E quanto mais as notí�cias dos jornais mostram tanta dor ao redor do mundo, mais se enchem de fiéis os bancos das igrejas, os templos, praças e lugares sagrados, para onde correm homens e mulheres, ainda bem jovens ou já no outono da vida, em busca de algo que os console.

Em tempos de dor, ela ensina, é preciso ter fé. Acreditar é como agarrar-se ao último galho da última árvore, para não ser levado pela enxurrada. Acreditar é não sucumbir, é buscar forças para empreender algum tipo de transformação cujo começo é profundamente interior, mas muitas vezes depende de um “start”, de uma faí�sca, um brilho novo, que quase sempre é encontrado no outro: na dor do outro, na solidariedade do outro, na esperança do outro.

Adélia Prado, poeta de rara sensibilidade, escreveu que “a Igreja é o melhor lugar do mundo. É� lá que o gado de Deus para pra beber água”. No meu imaginário, essa sempre foi uma imagem linda, de gente sorvendo luz, conhecimento, harmonia, paz. Essa é a água para as sedes da alma. E ela, eu acredito, não está necessariamente em uma única igreja, uma única denominação, uma única religião; mas em todas as crenças que professam a fraternidade, o respeito e a tolerância entre os iguais, e sobretudo entre os diferentes.

Nasci em uma famí�lia cristã. Cresci católica, estudei em 14

ABRIL / 2013

escola franciscana, aprendi a admirar a alegria simples da fé inabalável de um homem singular, que viveu uma vida santa e dedicada. Confesso que não tenho muito o hábito de me colocar em oração, mas desejo sempre, todos os dias, ter em meu coração um pouco da força de alguém que seguiu sua fé ao extremo, e ainda assim conseguiu não se perder em fundamentalismos, esses sim, os grandes provocadores da intolerância e tudo o que ela traz: preconceito, intolerância, violência. E acho que isso é orar um pouco, também.

As pessoas que se apóiam na fé em tempos turbulentos não querem começar uma guerra. Ao contrário, elas querem se sentir protegidas das dores do mundo, ou pelo menos consoladas das suas próprias. Querem acreditar que a simples vontade de ser bom já nos torna seres humanos um pouco melhores. Querem, como uma criança que estende os braços para mãe sempre que sente medo, fome ou apenas necessidade de um colo, alcançar este outro plano, se religar a tudo o que é divino, perfeito, amoroso, em meio às tristezas, angústias e dores de um caminho que às vezes parece interminável, intransponí�vel, insuperável.

Aí� , para que não se apague a esperança, para acreditar mais – ou de novo, ou enfim... - o tempo da dor torna-se o tempo de ir à igreja, ao templo, à sinagoga, à praça, dobrar os joelhos, curvar a fronte, erguer os olhos para continuar vendo, ainda que ao longe, essa luz que nunca se apaga. E assim, mesmo tateando no escuro das dúvidas, dos medos, das mazelas da humanidade, seguir em frente, sustentado pela fé!

Mais Mais

Opinião

Ágora

“ Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.”

por Wilma Trindade

Leon C. Megginson

Vivíssima

Embate pesado travado entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, e toda a representatividade da magistratura brasileira lembra a frase do grande Nelson Rodrigues: “o homem pode até não saber por que está batendo, mas a mulher sabe bem porque está apanhando”. A diferença é que, nesse caso, ambos os lados sabem bem o motivo de cada golpe desferido.

Um grande brasileiro

Dilema de mãe I

Foto: Divulgação

Bate e volta

Com sua morte, no dia 8 de abril a Dama de Ferro, Margareth Tatcher provou que pulso forte não faz mal a ninguém, nem para a própria imagem. Nos noticiários da semana, só deu a baronesa que soube imprimir sua marca como primeira ministra e se imortalizou na história da Inglaterra e nos rumos da economia mundial. Polêmica por implementar sua avançada idéia de Estado, mereceu – exatamente por isso – o reconhecimento das cúpulas mundiais e festa nas ruas de Londres promovida pela classe operária.

“ A Universidade brasileira ensina de costas para o nosso país e o nosso povo.

”

Dramaturgo, professor, poeta e advogado, Ariano Suassuna coleciona pensamentos e frases lapidares, como esta. Ferrenho defensor da identidade da cultura nacional, ele não apenas disse, como comprovou suas palavras ao perguntar para um auditório cheio de universitários quem ali já tinha ouvido falar de Immanuel Kant, filósofo Alemão do século XVIII. Diante da anuência de quase toda a platéia, perguntou por Matias Aires, brasileiro, contemporâneo de Kant, e segundo ele, o mais importante filósofo da língua portuguesa de sua época. Sobre ele, apenas um universitário tinha ouvido falar. E mesmo assim, porque morava em uma rua com o seu nome. Com histórias assim, e seu incrível carisma, prende a audiência em platéias lotadas, por todo o país. E, aos 85 anos, a vitalidade de suas palavras e atitudes nos faz desejar mais brasileiros como Suassuna.

Deixo minha filha estranhar esse novo casal e perguntar, ou devo prepará-la para que veja como normal e natural essa nova idéia de famí�lia?

Na segunda hipótese, a pergunta é: como?

Filhinha, daqui pra frente tudo vai ser diferente. Você tem que aprender a ser gente, ou seja, só pessoa. Esqueça a sua anatomia que foi preparada para receber aquela outra parte do outro sexo identificado como masculino, em carne e osso. Segundo a entendida dessa nova ordem social – leia-se Daniela Mercury – ser ou não ser (homem ou mulher) não é mais a questão.

Dilema de mãe I

- Mamãe, o Pedrinho tem dois pais.

- Não meu bem, o Pedrinho tem um pai e uma mãe.

- Como assim? Eles são iguais.

- Meu amor, não precisa mais um homem e uma mulher para formar uma famí�lia.

- Eu nasci de você. De qual dos dois o Pedrinho nasceu?

- Ele foi adotado e acabou a conversa. Vai brincar, menino (e pensou: ou seria melhor só “vai brincar”? Sabe-se lá o que ele vai querer ser quando crescer).

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ABRIL / 2013

Mais Mais

Ponto de Vista

EDUCAÇÃO

é a resposta

Em função de sua formação histórica, o Brasil tem um ní� v el educacional muito baixo. Apesar dos avanços de sua economia, ainda é um paí�s de muita desigualdade social. Para piorar, a soma desses dois fatores tira de muitos jovens oportunidades de ensino e trabalho, relegando-os ao segundo plano. Como resultado, surge nas comunidades em que vivem a guerra urbana. Hoje é altí�ssima a taxa de mortalidade entre pessoas de 18 a 25 anos, o que faz baixar a expectativa de vida do brasileiro.

E para entender por que vivemos essa situação, duas boas referências são as obras sociológicas “Raí� z es do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, e “Casa-Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, que explicam o comportamento histórico/ social do brasileiro. Para SBH, por exemplo, “Os brasileiros agem de forma mais aventureira do que como trabalhadores.

A agricultura não é planejada, aparelhada, metódica e racional. Existe uma depredação da natureza, um esforço para colher sem plantar. Tudo se faz com desleixo e abandono, sem projeto, sem método. Os brasileiros não se associam por interesses racionais, mas pela festa, pela bebida, pela comida e na religiosidade”.

Ou seja, vivemos numa sociedade pouco justa, e um bom exemplo é o agronegócio.

Embora esteja avançando, e de já ser o maior produtor de soja mundial, são muito 16

ABRIL / 2013

poucos os que se beneficiam dessa riqueza. Os poucos que enriquecem se tornam senadores, deputados, governadores, e aí� todo mundo já conhece o roteiro de filme dinheiro e poder polí� t ico, poder polí�tico e dinheiro.

Para completar o quadro, Holanda teoriza que “Essa plasticidade aventureira tem suas vantagens, mas certamente não conduz à construção de uma sociedade marcada pela associação, pelo planejamento, pelo método. Além disso, o modelo econômico do Brasil sempre privilegiou uma minoria em detrimento da maioria”. Por isso muita gente tenta levar vantagem, ou fazer qualquer coisa para se dar bem. Apesar de o brasileiro ser trabalhador, em certas situações ordeiro, e uma parte da população ser bem intencionada, a sociedade brasileira ainda é desorganizada.

Cada paí� s tem uma caracterí� s tica, uma cultura, um modelo de desenvolvimento, mas somente aqueles que investiram nos jovens e em educação se desenvolveram extraordinariamente. Como exemplo, Coréia do Sul e Japão, este último, inclusive, totalmente destruí� d o na 2ª Grande Guerra, nos anos 40. Não estamos defendendo a tese de que a geração atual vai ser a única responsável por nossa redenção. Essa responsabilidade deve começar pelas mãos de quem hoje detém o poder polí� t ico, e se perpetuar nas gerações futuras.

Acreditamos que as redes sociais na internet estabeleceram uma nova revolução, que não pode ser classificada de esquerda, de centro, ou de direita. Num mundo desenvolvido, nesse novo conceito de revolução, está tudo junto e misturado.

As informações são velozes e as manifestações na “web” movem montanhas.

Não podemos mais aceitar viver num paí� s onde, por exemplo, um profissional

Crisolino Filho (*)

é contratado para entregar uma obra em 5 dias, mas não cumpre, e, para ganhar um pouco mais no negócio, “enrola” outros cinco. Ou então, um cliente pagar por um preço, pensando que comprou uma mercadoria de qualidade, quando na verdade levou um produto inferior. E o que dizer de um estádio de futebol com limitação de público, onde os dirigentes vendem mais ingressos do que o limite de sua capacidade, com o intuito de faturar mais? Não era um estádio, mas aconteceu recentemente na Boate Kiss, em Santa Maria-RS, onde morreram mais de 240 jovens. Tinha mais gente do que permitia o local.

Os currí� c ulos escolares deveriam sair dessa letargia de ensinar coisas que no futuro não terão nenhum resultado prático e passar a ensinar o que é cidadania plena, como reivindicar direitos, como cobrar deveres e o bom funcionamento da máquina pública, e como reivindicar melhorias em todos os setores do território em que se vive.

Os pais e adolescentes que voltam do exterior elogiando a limpeza e a organização dos paí� s es mais desenvolvidos são os mesmos que aqui jogam lixo no meio da rua, sem a menor cerimônia. A grande vantagem para eles é contar aos amigos que viajaram ao exterior.

Deve-se ensinar ainda nas escolas a importância da honestidade para o equilí�brio do conví�vio social, e que é proibido estacionar em fila dupla, em portão de garagem ou na esquina, impedindo a visão do outro. E que ninguém, ninguém mesmo, está acima do bem, do mal, da lei e do Estado, e que uma condição econômica privilegiada não deve levar um cidadão a crer que pode levar vantagem como se isso fosse um direito, principalmente quando se está fazendo coisa que prejudica o direito alheio.

Qualquer indagação para essas questões e dúvidas sobre o futuro do Brasil leva a uma resposta irreversí�vel: investimento pesado na qualidade da educação. * Crisolino Filho

Membro da Academia Valadarense de Letras AVL - OAB/MG 47.103e CRB/MG 2713 Alô: (33) 8807.1877 e Fone: (33) 3271.7009 – E.mail: crisffiadv@ig.com.br

Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo)

Um jardim paraLuisa Por Wilma Trindade

Uma princesinha, uma estrela. Assim foi Luisa na festa de seu primeiro aniversário. Afinal, 1 aninho trazendo tanta felicidade é mesmo para ser comemorado, e festejado com muitas flores e todo carinho, como decidiram os jovens pais Camila Bragança Cabral e Viní�cius Cabral Costa. E assim, com a griffe de Nancy Ferrari Barroso, foi criado no La Maison Festas, no dia 23 de fevereiro de 2013, um belí�ssimo jardim para a Luisa, onde se deleitaram os 250 convidados. O buffet foi da Teka, o bolo e docinhos, da Norma Fonseca.

Tudo registrado pelas lentes da Ana Paula, do Studio KK Gontijo.

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Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo)

Luisa Bragança Cabral Costa – em seu jardim de primeiro aniversário No La Maison,a entrada para o jardim da Luisa

Um dos ambientes assinados por Nancy Ferrari Barroso

Vinícius, Camila e Luisa, prontos para receber os convidados

C

ARINHO, CUIDADO, AMOR, ALEGRIA, FELICIDADE. O jovem casal Camila e Viní�cius expressa todos esses seus sentimentos, ao festejar com infinitos mimos o 1 º aniversário de sua primogênita. Luisa Bragança Cabral Costa nasceu em 10 de fevereiro de 2012, trazendo com ela uma felicidade imensa. Há, simplesmente, 21 anos, se aguardava uma menina na geração de Tuca Costa e Lí� l ia Cabral, pais do Viní� c ius, e dos Bragança de Iolanda e Freitas, pais da Camila. Na ambientação delicada e mágica dos verdadeiros jardins, a festa aconteceu em clima de encantamento da pequena aniversariante, da famí�lia e de seus convidados.

A elegante Lília Cabral com a netinha aniversariante

Luisa com o tio Rinaldo Cabral e Ana Lúcia, Felipe e Estevão

Nos braços da tia Grace, com Oscar Heringer e Vitor Heringer

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Luisa, a 4ª geração de Cordovil e Mariinha Gomes - os bisavós

Bisavó Ester Bragança

Curtindo a festa Com Vó Iolanda e Vô Freitas

O prestígio das tias com a aniversariante, mais a avó Lília e Camila

Três gerações: Vó Iolanda com a filha Camila e a neta Luisa

Iara e Fábio, e anfitriões

Com a tia Ivone

Com os primos Kristen e Arthur

Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo)

Fotos: KK Gontijo

Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo)

Um jardim para Luisa. Criatividade assinada por Nancy Ferrari Barroso

Tio Aldo e tia Kyssila

N

omes dos mais tradicionais de Governador Valadares, todos brindaram com bênçãos e muitos parabéns. E na memória ficaram a delicadeza das flores, as cores e sabores que fizeram da primeira primavera da Luisa uma alegre festa em um jardim encantado.

Pastor Eneziel e família com os anfitriões

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ABRIL / 2012

Rosana e a aniversariante

Pastor Eneziel em ação de graças e bênçãos

Com a tia Márcia e tio Wilson

Com as primas Mariana e Larissa

Ester e Luisa

Camila, Luisa e o tio Aldo

Tia Iara e Tio Ranner e João Vitor com Camila, Luisa e Vinícius

A delicadeza das lembrancinhas

Fotos: Ana Paula (Studio KK Gontijo)

A alegria do papai Vinícius

Os parabéns com a emoção da vovó Lilian, do avô Freitas e da Vó Iolanda, papai Vinícius e mamãe Camila e alegria dos primos

O orgulho da mamãe Camila

No Jardim do primeiro aniversário da linda Luisa, pura diversão

Encantada, a pequena Luisa se diverte em seu primeiro aniversário Camila, Luisa e Vinícius ladeados por Janine, Eduardo e João Pedro

Amanda, Verônica e Beatriz

Sônia Gorete, Camila, Luisa e Vinícius

Ana Maria e Dr.Fausto Coutinho com Luisa,Vinícius e Camila

Com os anfitriões,Renata e Pastor Marco Antônio

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ABRIL / 2012

Mais Mais

Acontecimento

Tributo P

por Paula Greco

Antimonotonia

oeta das dores e delí�cias de uma geração que conheceu a culpa e o medo de amar, ele personificou o emblemático refrão cantado outro músico – e amigo, Lobão: “é melhor viver 10 anos a mil do que 1.000 anos a dez”. Diante do seu legado, de tantas canções inesquecí�veis, de tanta ironia, polêmica, rebeldia, loucura, lucidez, beleza, descontrole, mazelas e tédio transformados em poesia, fica difí�cil acreditar que entre os primeiros ensaios com o Barão Vermelho, em 1981, e seus últimos dias de luta contra a Aids, em 1990, a carreira de Cazuza não chegou a completar uma década. É� a este artista, visceral e inigualável, que a edição 2013 do festival Rock In Rio renderá homenagens em sua abertura, no dia 13 de setembro. O tributo, chamado de “Cazuza: o poeta está vivo” tem a curadoria do amigo e ex-companheiro de Barão Vermelho, Roberto Frejat, e vai contar com a participação de artistas como Bebel Gilberto, Ney Matogrosso, Rogério Flausino, Paulo Miklos e Maria Gadú, que cantarão os maiores sucessos entre as mais de 250 canções compostas por Cazuza em sua curta, porém intensa trajetória.

O Rock in Rio 2013 homenageia o talento e a poesia em carne viva, de Cazuza

Entre dinossauros do rock e estrelas do Pop

Iron Maiden é rock1n roll na veia do Rio.

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ABRIL / 2013

Da 1ª edição, em 1985, até hoje, lá se vão 28 anos e muitas histórias.

Nascido com a pretensão de ser “o maior festival do mundo” o Rock in Rio sofreu baixas, migrou para a Europa e depois de um hiato de 10 anos, voltou, em 2011, ao palco onde tudo começou. Agora, em sua 13ª versão – a 5ª no Brasil – o festival se cerca de uma expectativa de grande sucesso, balizada por números que impressionam.

Mesmo com o line-up de shows ainda incompleto, já são mais de 50 as atrações confirmadas para os sete dias do evento (13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro) nos dois principais palco: o Mundo (com shows a partir das 18h30) e Sunset (com shows a partir das 14h30).

Isso, fora os Dj’s convocados para a tenda eletrônica e as atrações ainda não definidas para a Rock Street, destinada às bandas emergentes.

Entre os artistas brasileiros, estão confirmados (além dos presentes no Tributo ao Cazuza) no palco Mundo, o Capital Inicial, Skank, Jota Quest, Ivete Sangalo e Kiara Rocks, além de outros grandes nomes como Ivan Lins, Lenine e Maria Rita, que vão se apresentar no Sunset.

Entre as estrelas internacionais, a nata da constelação pop representada por Beyoncé e Justin Timberlake se junta a nomes como Ben Harper, John Mayer, Bruce Springsteen, Muse, Florence and the Machine, Bom Jovi, Nickelback, e pesos pesados do rock como Metallica, Alice in Chains, Sepultura (+ Lês Tambours do Bronx), Slayer e Iron Maiden, só para citar alguns.

Como a grade de shows ainda não foi 100% fechada, a melhor opção para saber quem se apresenta em que palco, e em qual dia, é acessar www.rockinrio.com/rio/line-up e resolver em que datas investir os R$ 260, do ingresso diário.

Foto: KK GONTIJO

“Vida louca vida, vida breve.

Já que eu não posso te levar, quero que você me leve.”

Nascido Agenor de Araújo Neto, Cazuza ganhou esse apelido do pai quando ainda estava na barriga de sua mãe, Lucinha, que até hoje se dedica a manter viva a memória do filho através da Fundação Viva Cazuza, que ajuda crianças portadoras do ví�rus da AIDS, doença que matou precocemente o artista, aos 32 anos de idade.

O apelido, que no regionalismo nordestino é sinônimo de moleque, caiu como uma luva para o garoto que nunca cresceu, refém de sua própria inconsequência e ao mesmo tempo, consciente de que não poderia causar mal nenhum a não ser a si mesmo. Para Cazuza, a vida era “tudo ou nunca mais”. E foi tudo, o tempo todo, de todas as maneiras.

Artista autobiográfico, ele se expunha completamente em suas canções, trazia à flor da sua pele uma enorme e intensa gama de emoções e sentimentos. No muito que já foi escrito a seu respeito, é descrito pelos amigos como “um anjo caí�do do céu”, um ser humano adorável, com uma paixão ilimitada pela vida, à qual se entregou completamente, de peito aberto, sem preconceitos, vivendo cada dia como quem se joga de penhascos, apenas para sentir o vento no rosto.

Ainda à frente do Barão Vermelho, Cazuza esteve na primeira edição do Rock in Rio, em 1985. Na época, três excelentes discos gravados davam à banda a condição de protagonista no cenário do rock nacional, e o hit “Pro Dia Nascer Feliz” fazia um mar de gente cantar com eles. Mas, para o exagerado Cazuza, o palco era céu para apenas uma estrela, e meses depois do festival, ele deixou os companheiros pra se lançar em carreira solo, com igual sucesso.

Dois anos – e mais dois grandes discos – depois veio o diagnóstico da AIDS. Com ele vieram as internações, os longos perí�odos de tratamento nos EUA, o abatimento fí�sico mostrado ao mundo, com toda coragem e honestidade.

E também a frenética produção artí�stica que deu origem aos seus dois últimos discos: Ideologia e Burguesia. Em 1989, sua saúde frágil fez com que se despedisse dos palcos depois do antológico show “O tempo não para”. Mas enquanto viveu Cazuza seguiu à risca seu próprio conselho (escrito no último dos seus cadernos de anotações, uma agenda de 1989): “fique livre do mundo, aproveite a dor, ame de olhos fechados e se divirta na Terra”.

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Ponto de Vista No reino da trairagem

Mais Mais

Assim como as conquistas, as descobertas, as invenções e outros grandes marcos, as traições ocupam espaço nobre na biografia da humanidade.

Estão presentes na boemia, na polí�tica, no futebol, na religião, no meio artí�stico, nas relações empresariais, no campo diplomático e onde mais haja gente, sobretudo na vida a dois.

A antologia de traições é extensa, abrangendo casos curiosos e instigantes O mais emblemático tem como protagonista Judas Iscariotes, o apóstolo mau-caráter que entregou Jesus Cristo, por mí�seras trinta moedas de prata. Tornou-se sí�mbolo da canalhice.

Outro clássico é a tragédia romana em que Brutus participou do assassinato de seu pai adotivo, o imperador Júlio César, incluindo-se entre os que o apunhalaram.

No Brasil, embora acirradamente disputado pelos homens públicos, o “Troféu Traí�ra” está em poder de Joaquim Silvério dos Reis, desde quando ele dedurou a Inconfidência Mineira, fazendo com que Tiradentes se ferrasse.

Fonte inesgotável de mexericos, as traições que mais provocam buchichos são as “puladas de cerca”, com destaque para as cometidas por gente famosa. Na 24

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categoria há muitos enredos e atores premiados.

Os incendiários “affaires” de Cleópatra indicam uma prática anterior à Era Cristã. A rainha do Egito não era bela como foi revivida no cinema por Elizabeth Taylor, mas tinha o talento de Hilda Furacão.

Mais recente, o triângulo amoroso formado pela princesa Diana, o prí�n cipe Charles e a então amante dele, Camilla Parker, quase fez desmoronar o Reino Unido. A monarquia balançou.

Não menos explosivas foram as incursões eróticas de John Kennedy e Bill Clinton, capazes de provocar inveja em Silvio Berlusconi. Tanto quanto elas, marcaram época as trapalhadas de alcova em que se meteram certos ex-presidentes de paí�ses sul-americanos, envolvidos com mulheres jornalistas, domésticas e róseas secretárias.

Por abomináveis que sejam, as traições mexem com o emocional. Inspiram obras literárias, teatrais, cinematográficas, televisivas e musicais. O interesse por elas é diretamente proporcional à intensidade dos escândalos e ao prestí�gio dos envolvidos.

Até recentemente, obedeciam a uma liturgia que impunha paciência, habili-

Etelmar Loureiro

dade, persistência, bastante coragem e discrição. Por isso eram mais excitantes. Hoje já não têm tanto charme, nem despertam a adrenalina de outros tempos. A quebra de tabus sociais e a evolução dos meios de comunicação tornaram tudo mais fácil. Homens, mulheres, jovens e velhos, polí�ticos, empresários, falsos religiosos, quase todos arriscam uma escapulida. Basta um telefonema, um torpedo, um MSN cifrado e correr para o abraço. Lealdade deixou de ser obrigação, para transformar-se em opção dos poucos que se dispõem a defendê-la (bem lembrado!).

A modernidade descomplicou o processo, mas não saneou o Reino da Trairagem. Os desequilibrados e despreparados ainda agem aos montões, encenando recorrentes situações que seriam cômicas, não fossem trágicas.

O exemplo poderia resumir-se na atitude do proprietário de circo que matou sua mulher e o gorila com o qual ela contracenava, suspeitando que tivessem um caso. Outro sintoma foi o barraco armado pela esposa que se sentiu traí�da, quando, ao desmontar o aspirador da casa, encontrou uma calcinha que não era dela.

Mas a mediocridade vai longe. Em Vila Velha, Espí�rito Santo, um sexagenário casado há mais de trinta anos, pai de três filhas, excedeu na bizarrice: largou a famí�lia para juntar-se ao o genro, com quem mantinha tórrido romance, curtido em furtivas viagens e pescarias.

Doido!

Depois dessa, não há como discordar de Júlio César. Segundo o filósofo Plutarco, o imperador declarou que amava as traições, mas odiava os traidores.

Sujeito sensato!

Etelmar Loureiro

Bacharel em Direito E-mail: etelmar@gmail.com Blog: http://gentefatoseabstratos.blogspot.com

News Viajar é preciso

Agostinha e seu pai, Agostinho Aguiar, prestigiando o novo Subsecretário André Merlo, acompanhado de Andréia

Secretário da Agricultura, Elmiro Nascimento, o vicegovernador Alberto Pinto e o casal José Miguel e Creuza Merlo

Classe e carinho de Lagilda e Márcio Pena nos preparativos da festa que vai comemorar mais um ano da filha Carol. Entre tantos presentes listados, mais viagens.

O passaporte da pequena, que vai completar nove anos, já ganhou carimbos de Espanha, Israel, Estados Unidos, Itália e França. Até os 15, estão na meta Japão, China e o Leste Europeu.

Debut em agosto Os elegantes e finérrimos Michele e Niltinho Porcaro também em clima de festa. Agosto chega com os aniversários das duas filhas, Gabriela e Izabela, dias 16 e 17.

Mas as luzes de neon se acenderão especialmente para Gabriela, na noite de 16 de agosto. A primogênita fará seu debut na nobreza do Ilusão.

Mãe e filhas já podem ser vistas pelo itinerário fashion entre GV e BH.

Posse André Merlo Presidente da União Ruralista, André Merlo agora é também Subsecretário do Agronegócio da Secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado Minas. Prestígio da família Merlo e amigos do novo subsecretário lotaram o salão do vice-Governador Alberto Pinto Coelho, que ao lado do secretário Elmiro nascimento, deu posse a André no último dia 09. Dividindo seu tempo entre Valadares e BH, André não para e já comanda os preparativos para a Expoagro 2013, que está a todo vapor, com muitas novidades.

Maristela e Alexandre

Célia Bittencourt comemorando 24 anos no comando de seu Buffet, hiperagradecida pela preferência e fidelidade de seus clientes.

Sobrancelhas

Josy Oliveira e Otto Martins da Silveira Filho

À frente da charmosa Ponto Íntimo, com suas belas lingeries, Josi e Otto estão entre os lojistas da nossa “little Savassi”, o fervilhante quarteirão da Israel Pinheiro, entre a Barão do Rio Branco e a Dom Pedro II.

Maura Lima é marca especializada em sobrancelhas, que se expande no Brasil, Norte Sul,Leste, Oeste. Ela traz técnica aliada a muito conforto para seus clientes. Em Governador Valadares a franquia chega instalada na Rua Graça Aranha, bem no coração do Bairro Esplanada. À frente, Bruno Machado, cuja experiência administrativa está na Salgadinhos Click, onde foi iniciado pelos pais, Mônica e José Roberto. Vale conferir.

Expert em decoração de festas Maristela e sua equipe da Parabéns prá Você cravaram sua griffe em três salões em um mesmo dia: 27 de abril.

No Ilusão, recepção de casamento da bela e simpática Aline Abi Ali; no elegante salão nobre do Filadélfia e em seu próprio salão, o Maristela Festas. Entre um grande evento e outro, ela nem quis saber de descanso, depois de casar as filhas com uma festa inesquecível: comemorou seu aniversário e os 32 anos de casada com Alexandre Prado, em clima intimista.

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ABRIL / 2013

Mais Mais

Comportamento

O avanço do Trupico A Ilha dos Araújos, bairro residencial e bucólico ponto turí�stico de GV, ganhou outro foco turí�stico em janeiro. Ao contrário das inundações que a atemoriza e, vez por outra, a assola e entristece no verão, uma avalanche de alegria passou por suas ruas no dia 2 de fevereiro, provocada pelo bloco Trupico do Lalá. Criado em 2011, em torno de uma banda com marchinhas antigas, ele vem alcançando seu propósito de reacender a há muito apagada chama dos famosos carnavais valadarenses, nas décadas 70/80. Nesses três anos, de 300 seguidores iniciais passou para 8 mil, em 2013. Um verdadeiro fenômeno que expressa o tamanho da carência da cidade. Da Prefeitura Municipal, apenas os banheiros quí�micos, mas, com um mí�nimo de visão, essa iniciativa merece muito mais. Ela pode atrair atenção positiva para a cidade, ao contrário das enchentes e outras cositas. Minhas fotos não mentem jamais.

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ABRIL / 2012 ABRIL / 2013

por Wilma Trindade

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ABRIL / 2012 ABRIL / 2013

Mais Mais

Turismo

Ibituruna

Por Wilma Trindade

INSPIRAÇÃO

Diversão em família no Village do Sol: Nilo, Drica, Daniel, Diego, Thauana, Nilton, Guilherme, Cristiana, Pedro, Vera, Danielle, Felipe e Bruno

Fotos: KK Gontijo

H

á um encanto mágico no alto dessa pedra, feito de luz e sombras feito de névoas.

Encanto do verde refletido em águas transparentes De alçar de voos, de cantar de colibris.

Magia de estradas e caminhos floridas por ipês que colorem a mata atlântica, magia de céu infinitamente azul.

Nilinho Trindade e Drielle Toledo vieram de Brasília para 3 dias de Carnaval na Ibituruna

Magia de tons quando o sol se esconde e a noite cai e outras luzes se acendem escondendo as estrelas.

Thauana, Larissa, Niltinho, Daniele, Diego e Drica

Isabella e tia Drica

Maristela Chisté e Alexandre Prado casam as filhas

Daniella e Camila com cerimônia e recepção suntuosas

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Mais Mais

Acontecimento Fotos: KK GONTIJO

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Fotos: KK GONTIJO

Moraima, Sabrina Simone, Amanda, Lorena e Flávia, as damas de honra, com os noivos Altair e Daniella Por Wilma Trindade

A

mais requisitada profissional da arte de decoração de festas do leste mineiro, Maristela Chisté, viveu no dia 30 de março deste ano a emoção de executar o projeto e realizar o sonho do casamento de suas filhas, Daniella e Camila, que escolheram o mesmo dia para dizerem “sim“ a seus amados.

E Maristela não fez por menos. Experts, ela e sua equipe transformaram o despojado Templo Ecumênico Univale em um suntuoso ambiente. Lustres em estilo medieval e uma passarela espelhada, em lugar do tapete vermelho, criavam um efeito cênico de rara beleza.

As noivas Daniella e Camila, impecáveis para o SIM a seus amados Altair e Raphael

F

A beleza da noiva Daniella

Anuska Prado, Marlene Prado, os noivos, Jorge e Graça Prado

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ABRIL / 2013

ilho de Dr. Altair de Paula Vargas e Marisa Coelho de Paula Vargas, Altair, carinhosamente conhecido como Tatazinho, era a própria felicidade a caminho do altar. Às 22h soaram as trombetas e a noiva Daniella surgiu, deslumbrante e graciosa, conduzida por seus pais. Assim, Alexandre Prado e Maristela Chisté e a entregaram ao noivo, marcando o início de uma nova caminhada na vida do jovem casal.

Daniella e Altair - a felicidade no dia do Sim

Fotos: KK GONTIJO

O brinde dos noivos após a valsa

O brinde das famílias Prado e Vargas

O noivo em família: os pais Altair e Marisa, Altair e Daniella, irmão Fabiano com a namorada Laura e Graziele, com Fabiano Caetano Altair, Daniella com a avó Idiméia Chisté

Samuel e suas irmãs, as noivas Daniella e Camila

Márcia, Ângela, Sra. Idiméia, Maristela Chisté e Rosângela

Maristela brinda com as filhas

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Fotos: KK GONTIJO

Demoiselles d´honneur Sabrina, Lorena e Simone, os noivos Camila e Raphael, Moraima, Flávia e Amanda

Camila e Raphael, os noivos pela ótica de KK Gontijo

Vítor, Lucas, Sandra, Raphael, Camila, Dr. Cláudio José, Ana Carolina, Alane e Cláudio Neto

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Novamente ecoaram solenemente as trombetas, dessa vez anunciando a entrada de Camila, encantadora e radiante. O noivo, Raphael, filho do Dr. Cláudio José Pinto de Carvalho e de Sandra Maria Rangel de Carvalho, a esperava, sorridente e ansioso. Dessa forma, deu-se outro momento de grande emoção. Ao levarem sua outra filha ao altar, Alexandre e Maristela propiciavam mais uma união. Os laços foram firmados sob as palavras do Pastor Evangélico Rimack, pelas bênçãos do pai das noivas, Alexandre Prado, de filosofia espírita, e pelo caloroso discurso da Dra. Lourdes Miranda, representante da religião Católica. Mensagens doces, de amor e de ensinamentos, que enterneceram noivos e convidados. Palavras que servirão de norte para Daniella e Altair, Camila e Raphael, em sua nova vida de casados.

Aline, Márcia, os noivos Raphael e Camila, Larissa, Rodrigo e Fabiana

Fotos: KK GONTIJO

Brindando à felicidade com os noivos, Alexandre e Maristela, Sandra e Dr. Cláudio José

Em seus belíssimos vestidos de noiva a griffe de Alexandre Dutra

O brinde à felicidade

Aplausos de mãe

A chegada das noivas em luxuosa limousine

No salão nobre do Clube Filadélfia, onde aconteceu arecepção,umcenáriohollywoodiano. Muito glamour e estilo. O calor dos tons, a classe do estilo colonial, a riqueza do bolo, by Norma, a exuberância da mesa de doces, por Doce Mania. As flores, as cores, as luzes, a prataria e a suntuosidade do buffet esplêndido assinado pela experiência da griffe Célia Bittencourt, regado a espumante e scotch. O som contagiante da Banda Hera comandada por Fabiano, a dupla Robert e Davis e o DJ Baleia. A união das três famílias fizeram da recepção do casamento duplo uma das mais chiques, prestigiadas e animadas dos últimos tempos, em Governador Valadares. Tanto que, às 7 da manhã, a pista bombava e convidados ainda se serviam do jantar, enquanto outros se deliciavam com o café da manhã.

Avó Idiméia Chisté e avó Maria Prado portam as alianças

Alexandre Dutra direto da Capital BH para acompanhar a cerimônia

Samuel Prado e a namorada Letícia Cabral

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ABRIL / 2013

Mais Mais

Ponto de Vista

As eleições de 2014 e a economia

U

m ano antes do esperado, foi dada a largada da disputa pela sucessão presidencial. A mobilização prematura com a eleição de 2014 deverá aumentar em muito as dificuldades que já vêm marcando a condução da polí�t ica econômica no paí�s. Em vez de um ano de campanha presidencial a cada quatro, a polí�t ica econômica vem tendo de lidar com um biênio eleitoral a cada dois.

Reeleger a presidente não parece um desafio tão grande, como o de 2010. Mas garantida a reeleição ainda não está. Primeiro, foi a especulação diante a escolha de seu vice, que após rumores de que Eduardo Campos (PSB) ocuparia esse lugar, o PT acabou sinalizando que sua aliança com Michel Temer (PMDB) ainda é bastante sólida.

Logo após, o senador Aécio Neves também antecipou sua campanha, e firmou sua posição na próxima disputa eleitoral, inclusive com discurso que listou as falhas da sua rival. Em contraponto ao tom comemorativo do evento que celebrou 10 anos de governo petista, em fevereiro passado, o senador Aécio Neves (MG) fez um discurso em que enumerou o que considera os “13 fracassos do PT” no governo.

Em sua fala, criticou, entre outros pontos, o baixo crescimento econômico na gestão Dilma (na América do Sul, só superior ao do Paraguai), as falhas na infraestrutura do paí�s, as manobras contábeis para fechar as contas do governo de 2012, e a desvalorização de duas das principais estatais brasileiras, a Petrobras e a Eletrobrás.

Disse ainda que o PT não reconhece os avanços que o paí�s teria obtido no governo FHC e que, segundo ele, permitiram as conquistas da atual gestão.

Na verdade, o desempenho do governo vem deixando a desejar, a economia con36 ABRIL / 2013

tinua rateando e é bem provável que a base aliada chegue a 2014 seriamente desfalcada.

Segundo relatório do Banco Central, o PIB cresceu somente 0,9% em 2012. A interpretação mais comum nas análises do PIB de 2012 recai sobre os juros, como acertada a decisão do Comitê de Polí�tica Monetária do Banco Central (Copom) de manter a taxa Selic em 7,25% ao ano.

Mas o grande vilão mesmo foi o investimento, a queda de 4% na formação bruta de capital fixo (FBCF) é prova cabal da falta de confiança dos empresários e da inanição da indústria nacional.

E agora, que efeitos terão a antecipação da disputa eleitoral sobre a condução da polí�tica econômica? É� bom não ter ilusões. A polí�t ica econômica está fadada a se tornar ainda menos sóbria, mais imediatista e mais improvisada do que já vem sendo há algum tempo. O principal desafio da presidente é mostrar ao Paí�s uma expansão do PIB em 2013 que caracterize, de forma inequí�voca, superação do regime de crescimento entravado dos últimos dois anos.

E o Planalto parece disposto a apostar o que for necessário na consecução desse objetivo.

Isso significa que a economia deve atravessar 2013 sob as tensões de uma polí�tica de estí�mulo à demanda, que deixará a inflação sob permanente pressão. No script eleitoral que passou a pautar a polí�tica econômica pode-se observar que o Banco Central não recebe luz verde do Planalto para atuar na contramão do

Ana Paula Kern

estí�mulo à demanda, impondo novo ciclo de elevação da taxa de juros.

Tudo indica que a contenção de danos do lado da inflação será feita de forma bem mais primitiva. E que o governo não relutará em fazer uso cada vez mais intenso de intervenções diretas na formação de preços de mais peso no IPCA, como visto agora com a cesta básica, onde o governo anunciou desoneração de PIS/Cofins sobre 11 produtos que a compõem. Tanto nas medidas de estí�mulo à demanda agregada como na polí�tica de administração do í�n dice de preços, o vale-tudo deverá ser o nome do jogo, como bem ilustram dois exemplos concretos.

Cético sobre sua capacidade de desentravar a tempo o investimento público na esfera federal, o governo está empenhado em relaxar de todas as formas as restrições orçamentárias de estados e municí�pios, para que possa ampliar em grande medida seus dispêndios, sem maiores preocupações com a preservação de regras que vinham assegurando a sustentabilidade fiscal dos governos subnacionais.

Tendo em vista a precariedade da oferta de energia elétrica, as usinas térmicas deverão ser mantidas em operação por muitos meses. Em condições normais, isso deveria implicar repasse do aumento de custo de geração de energia aos consumidores. Para evitar que isso ocorra, o governo quer que o Tesouro arque com os custos das térmicas ou, pelo menos, financie as distribuidoras para que o repasse do aumento de custo aos consumidores seja suavemente diluí�do no tempo.

São duas iniciativas emblemáticas que dão bem um ideia do que ainda vem por aí�.

Ana Paula Kern

Mestre em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná ana.kern@yahoo.com.br

O

Buffet Célia Bitencourt escolheu o ano de 2013 para trazer novidades, envolvendo muito requinte para melhor atender seus clientes. Com cardápios ousados e com toque internacional, o Buffet trará inovações com a participação em cursos culinários em São Paulo, onde estarão presentes chefs renomados de todo o país. Sempre se empenhando para o reconhecimento de sua empresa, a proprietária Célia Bitencourt foi agraciada na escolha entre 13 grandes nomes da culinária de Belo Horizonte, com o convite para estar presente no Congresso Gastronômico, que será realizado nos Estados Unidos no mês de outubro. O evento contará com a participação de empresários do ramo e com a presença de grandes chefs internacionais. O Buffet Célia Bitencourt busca agradar seus clientes oferecendo muita qualidade, sofisticação e bom gosto, para suprir com rigor àqueles que são fonte de inspiração e a chave principal para esse grande sucesso.

www.buffetceliabittencourt.com.br

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33 3277

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ABRIL / 2013

Fotos: Marquinho Silveira

Mais Mais

Em tempo de

acerola

Por: WILMA TRINDADE

Gilberto Hastenreiter, Giselle, Bárbara e Bianca

Giselle Hastenreiter

Míriam Santiago

Adriana Gonçalves

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ABRIL / 2012

Beré Magalhães e Denise Gonçalves

Em tempo de acerola os frutos maduros de árvores espontâneas enchem as copas e caem colorindo o chão Vivas a esse tempo a todos os tempos que ainda virão

Valéria Mol

Beto Mol e Paulo Gonçalves

Adílson Reis, Marlene e Etelmar Loureiro, Milton Luiz e Newton Concellos

Fátima Simões

Marcelo Fani e Isabel Miranda

Vera Trindade, Beré e Marcelo Machado

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ABRIL / 2012

Mais Mais

Comportamento

Por

Paula Greco

Eram tão jovens, dezenas deles, que numa noite de verão saíram para se divertir e não voltaram mais. Vítimas do fogo, da fumaça tóxica. Mas sobretudo vítimas da negligência, do “não se importar” com o outro, não de forma deliberada ou maldosa, mas pela simples falta de noção do tamanho da responsabilidade que é ter a vida das pessoas em suas mãos. Por esta falta de cuidado, de respeito, perderam-se vidas e sonhos. Famílias foram quebradas, feridas que nunca vão cicatrizar.

A (des)construção da cidadania

A tragédia aconteceu em uma boate, mas poderia ser em um clube, uma escola, um ginásio de esportes ou até uma igreja. O esfacelamento dos preceitos da cidadania é um fenômeno crescente, que não escolhe classes ou nichos sociais. Uma realidade que, há anos, vem sendo objeto de estudo de filósofos, educadores e cientistas polí�ticos. E boa parte deles aponta na mesma direção: é preciso retomar, com urgência, o investimento na educação para a cidadania, um “esquecimento polí�tico” que vem resultando em gerações cada vez mais individualistas, que trocam o senso de coletividade e o respeito, pela defesa exacerbada da propriedade e do egoí�smo.

E é lá na primeira infância que tudo começa. Ou deveria começar. Um panorama histórico, elaborado pela pedagoga Renata de Greco de Oliveira, mostra que “o perí�odo militar no Brasil educou toda uma geração, num momento de expansão da escola pública, oferecendo uma formação tecnicista, mecanicista, com a ní�tida intenção de estabelecer uma ordem e um pensamento único, que com certeza contribuiu para o quadro atual, onde cidadãos parecem dormir um sono de esquecimento de sua soberania e ação pública.”

Um perí�odo cujas consequências se refletem nos dias de hoje, onde os interesses individuais e particulares se sobrepõem às necessidades coletivas de interdependência

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social. Paulo Freire diz que “ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. Neste universo de individualidades levadas ao extremo, especialmente em forma de consumo, as pessoas tendem cada vez mais a se tornarem consumidoras ávidas e cidadãos apáticos, que não se preocupam em priorizar os interesses públicos.

Na conclusão do panorama traçado pela pedagoga, a alternativa para esta preocupante e incômoda realidade é uma “reconciliação com o mundo enquanto espaço coletivo único, capaz de conferir dignidade à existência humana.

Resta-nos nos comprometermos com esse mundo, e educar as nossas crianças de forma que também se identifiquem e comprometam com ele.”

SEMENTES DO AMANHà Há poucas semanas, no Bom Dia Brasil, o jornalista Alexandre Garcia falava sobre a questão da creche e da educação de crianças de 0 a 4 anos, um investimento que, segundo ele, merece uma atenção muito mais qualitativa que a oferecida pelo governo. Em sua defesa, Garcia descreveu, até com certa poesia, o iní�cio de uma formação cidadã: “uma creche deveria ser um estí�mulo nos primeiros anos de vida, a primeira escola da vida. As primeiras noções de relacionamento, do

respeito pelos outros, de bons modos, a comida certa que evita subnutrição ou obesidade, o estí�mulo à curiosidade, os primeiros ensinamentos da fala, da necessidade da escrita, o que nos distingue dos outros animais.

As primeiras noções de responsabilidade, o respeito aos outros, às regras, a diferença entre o sim e o não, e o quanto é feio o egoí�smo. E, último e mais importante, o sentimento do amor, para ser doado e recebido, que é a regra básica da convivência.”

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Vivemos uma cultura de estímulo à falta de respeito. O ‘desgoverno político’ leva as pessoas a pensarem apenas em ‘defender o seu’, muitas vezes se calando diante de situações que interessam a toda a comunidade. Abigail Gonçalves

Mais Mais

Comportamento

Entre o discurso e

a prática

A

palavra cidadania sempre esteve fortemente ligada ao conceito de direitos, especialmente os direitos polí�ticos, causas e conquistas obtidas através da mobilização coletiva da sociedade. Mas no estado democrático, a prática cidadã também pressupõe uma contrapartida de deveres, essenciais para a garantia dos direitos individuais e coletivos.

Cumprir esses deveres é demonstrar, na prática, a cidadania que se prega. Muito mais que de conceitos, ser um bom cidadão depende de ati-

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ABRIL / 2013

tudes. E para formar essa consciência nas novas gerações, não existe nada mais precioso que o exemplo. Não adianta falar de respeito para uma criança e, ao deixá-la na porta da escola, parar em fila dupla (ou tripla), congestionando o trânsito e desrespeitando desde o direito do outro de trafegar até o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que qualifica como falta grave – com perda de cinco pontos na habilitação – o ato de estacionar em fila dupla.

Para os pais apressados, que todos

os dias repetem o mesmo ato, é “apenas um minutinho, que não atrapalha em nada”. A justificativa para a infração é sempre a mesma: “nem estacionei, foi só uma paradinha”, ignorando os estudos que dizem que 30 segundos de parada são suficientes para provocar um acúmulo de veí�culos, e que a mesma infração cometida quase que de forma coletiva deixa caótico e perigoso o trânsito em volta da escola, colocando em risco as próprias crianças. Mas principalmente ignorando o mau exemplo diário que dão aos seus filhos, e à comunidade.

A cidadania no trânsito é, por sinal, um dos maiores objetos de investimento por parte de órgãos públicos e escolas. “Transitolândias” e campanhas educacionais são constantes, mas de pouco adiantam se a uma criança, ao alertar o condutor de um veí�culo porque percebeu que ele parou sobre a faixa de pedestres escutar algo do gênero: “Ah, isso não tem problema, não”.

O problema é exatamente acreditar que não tem problema. Mesmo vendo diante de si o exemplo do contrário. Em Brasí�lia, por exemplo, as ruas largas e de várias pistas sempre foram o paraí�so dos motoristas e o pesadelo dos pedestres, especialmente na hora de atravessar. Anos de campanhas de conscientização, primeiro educativas e depois punitivas, mudaram a realidade, melhorando o trânsito e reduzindo os acidentes. Um plus na qualidade da vida urbana já copiado por outras cidades, como Curitiba e Vila Velha, que se tornaram modelo de gentileza urbana no trânsito.

A ANTICIDADANIA A distância entre o conceito e o exemplo é a grande responsável por uma “cultura anticidadã” cada vez mais presente no dia a dia. É� o motorista que não para na faixa para pedestres, é o papel jogado no chão, o sinal avançado “só por um segundinho”, a fila furada por causa da falta de tempo, o lixo jogado na calçada de qualquer jeito... exemplos negativos que interferem na vida da comunidade e colaboram para essa “deseducação cidadã”.

O espaço público é muito mais que apenas um local de tráfego, e a responsabilidade por ele não é apenas do poder público. Manter os passeios desimpedidos e boas condições é responsabilidade de moradores e comerciantes. Cabe à administração municipal, de acordo com o Código de Posturas, fiscalizar essas condições. Existe uma série de regras, que determinam desde materiais a serem usados (o piso não pode ser irregular ou escorregadio) até a forma de ocupação.

Mas quem caminha pelo centro da cidade – e por muitos bairros também – sabe que a realidade vive bem longe da regra. Buracos, desní�veis, ambulantes, mesas e cadeiras são alguns dos itens que transformam essas caminhadas em uma verdadeira prova de obstáculos, e muitas vezes “empurra” o pedestre para o meio da rua. Falta fiscalização? Certamente, ou não haveria tantas irregularidades à vista de todos. Mas a conscientização passa longe. Quando a prefeitura multa, em geral, a preocupação é maior em conseguir uma forma de não pagar a multa que em desfazer o errado. As estatí�sticas de recursos contra as punições e reincidências estão aí� para ilustrar essa realidade. É� a paralógica do famoso “jeitinho brasileiro”.

Reclamar do lixo do vizinho, mas sair para passear com o cachorro sem levar uma sacolinha para recolher as eventuais necessidades fisiológicas do animal, deixando tudo espalhado nas calçadas alheias. Reclamar que a fila não anda e procurar um conhecido para passar à frente de quem espera de forma correta. Sentar-se à frente da TV indignado com as denúncias de corrupção sobre os polí�ticos que, pelo menos na teoria, deveriam estar acima de qualquer suspeita, e em uma ocasião qualquer tentar convencer um policial na rua, muitas vezes de uma maneira nada ética, a não aplicar uma multa por excesso de velocidade ou avanço de sinal.

CIDADà EXEMPLAR Comprometimento. Esta é uma palavra cujo significado Abigail Gonçalves conhece bem. Ex-conselheira tutelar em Governador Valadares, ela faz questão de manter uma prática cidadã que a torna referência em sua comunidade. Foi para melhorar as condições fí�sicas da escola em que os filhos estudavam que Abigail se juntou a outras mães, dando origem a um trabalho que transformou muitas vidas no Bairro Santa Rita, cuidando, ensinando uma profissão, dando novas perspectivas de cidadania e de vida.

Mas ela sabe que, nos dias de hoje, essa prática é, lamentavelmente, quase uma exceção. “Vivemos uma cultura de estí�mulo à falta de respeito. O ‘desgoverno polí�tico’ leva as pessoas a pensarem apenas em ‘defender o seu’, muitas vezes se calando diante de situações que interessam a toda a comunidade, ou a não se posicionar frente a uma injustiça por medo de perder algum benefí�cio pessoal é um absurdo, mas é algo que se tornou banal, por falta de formação, de investimento lá na primeira infância, onde o cérebro da criança está se formando e os valores vão sendo apreendidos, interiorizados”.

No entanto, Abigail não perde a esperança de ver, quem sabe, a geração de sua neta de quatro anos retomando essas noções tão desconstruí�das. “Cidadania é muito mais prática que discurso. Então, é preciso acreditar nessa mudança de mentalidade, acreditar que é possí�vel encontrar o equilí�brio entre o que é pessoal e o que precisa ser comunitário, que é preciso pensar no todo antes de pensar no individual.”

Para ela “ainda tem muita gente boa no mundo, que luta com dignidade para viver, mas muitas vezes falta orientação, formação mesmo. O que a gente não pode é perder a fé. E continuar lutando para que o investimento na base, na educação humaní�stica dos primeiros anos, seja uma prática levada a sério. Porque uma criança que cresce com boa formação nunca vai ser um cidadão negligente”.

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Oficialmente liberado O Ilusão Esporte Clube, o mais tradicional da cidade, com 68 anos de vida social teve, finalmente, seu funcionamento certificado autorizado pelo Corpo de Bombeiros.

Na quarta-feira, 10/04, o presidente Paulinho Cunha e diretoria comemoraram, ligando imediatamente e agradecendo a Gilberto Hastenreiter, pela confiança de realizar ali com todo sucesso, três festas grandiosas. “Todas, como a do dia 6, engrandeceram ainda mais as instalações do clube”.

Márcia e Ricardo Miranda

Tudo, Tudor Márcia e Ricardo Miranda curtindo lua de mel duradoura em sua mansão. As filhas, uma médica em São Paulo e a outra estudando medicina em Volta Redonda, enquanto o caçula estuda em BH. Mais tempo para Márcia viajar e ele se dedicar a Tudor, que em breve inaugura instalações construídas especialmente para receber uma máquina de última geração. Imagine o tamanho e o peso.

Lorena e Paulinho Cunha

A felicidade de Ildeu Leite Moreira Júnior

Laiere Alvarenga e Socorro Bretas Alvarenga

Cândice Fonseca e o amigo Renato Andrade

Candice Fonseca, bela e poderosa, apoiada pelo amigo Renato Andrade nessa fase de termina/volta, termina/volta com o noivado de longa data. Aproveitei para focar na belíssima esmeralda Paraíba que adornava seu elegante dedo médio.

Cel. Sandro Fonseca e Valéria

Elegância Máxima Vestidos, ele de Hugo Boss, e ela de Ducarmo Castelo Branco, Gilberto e Giselle Hastenreiter deram o tom da festa que ficou para a história da vida social de GV. Agora se preparam para voarem em julho, com destino a Portugal, Israel e Itália, em circuito religioso. Enquanto, ao mesmo tempo, a filha Bárbara desembarca nos Estados Unidos para curtir a Disney com os tios.

Lumumba com, Carol e Guilherme Marigo

Afonso Bretas e Christiane sempre atraem meus flashes. Presidente do Sindicato Rural de Governador Valadares tem a atenção voltada para o agrobusiness com a aproximação da Expoagro, que acontece a partir do dia 04 de julho.

Stella e Carlos Magno Simões

Gilberto e Giselle Hastenreiter

Marinalva e juiz José Barbosa

Luis Gustavo Werneck

Romilda e Nicola Perim, simpáticos e elegantes, sempre

KK Gontijo

Marcela e Gustavo Siman

Prestigiando no Filadélfia, Patrícia e Marquinho Lara

Mais Mais

Isso é Quente

Por

Paula Greco

ESPECIAL Cinema Na Telona

O rei está morto... será?

Aficionados por quadrinhos e filmes de ficção são sempre os mais afoitos na expectativa pelo lançamento de filmes e afins sobre seus personagens preferidos. E este mês de abril é quase angustiante para os fãs do Homem de Ferro. O 3º filme da franquia chega aos cinemas de todo o Brasil dia 26 (uma semana antes dos EUA) e pelos trailers, imagens e informações já liberadas pelo estúdio, o que vem por aí� é a garantia de mais duas horas eletrizantes e cheias de efeitos especiais na frente da telona.

Quem é fã do Iron Man sabe que Tony Stark (o alter ego do herói interpretado – e praticamente “incorporado” – pelo excelente ator Robert Downey Jr.) é o rei das confusões. Quase um anti-herói. O cara arrogante, beberrão, cheio da grana e que se auto define como “gênio, playboy, filantropo e bilionário” no fundo tem o coração (ou o que esteja no lugar dele) bom, é apaixonado por sua assistente e entre uma piadinha cretina sensacional e outra, salva a humanidade.

Mas desta vez, parece que Tony vai estar mesmo em maus lençóis. Ele vai enfrentar um vilão e tanto, o terrorista Mandarim, que de posse de uma nanotecnologia poderosa, vai criar um exercito de combatentes modificados. Ou seja, o bicho vai pegar pesado para o lado de Tony, que chega a ser dado como morto. E por mais que a gente saiba que no final, o super herói sempre consegue, não deixa de ser emocionante imaginar como é que o Homem de Ferro vai se safar mais uma vez.

“Iron Man 3”, a estréia cinematográfica mais aguardada do mês, é dirigido por Shane Black, que divide o roteiro com Drew Peatce. No elenco, além de Robert Downey Jr. e Gwyneth Paltrow (como Peper Potts), Guy Pearce, Ben Kingsley, Paul Bettany, Rebecca Hall e Jon Favreau.

Na Telinha

Argo - O vencedor do Oscar

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Ben Affleck, um dos mais importantes artistas das novas gerações, desde 2007, vem investindo paralelamente em uma bem sucedida carreira de diretor. Sua primeira incursão como produtor também se mostrou um sucesso, a se medir pela quantidade de prêmios arrebatados por Argo.

Como ator, ele já tem novos trabalhos engatilhados, como “To the wonder”, produção de Terrence Malick, que ainda não tem data de estreia no Brasil, e em “Runner, runner”, onde contracenará com Justin Timberlake.

Em suas outras multifunções ainda não dá para saber. Mas, enquanto isso, o público que não pôde conferir no cinema o excelente vencedor do Oscar 2013, ou quer – com razão – vê-lo de novo, pode comemorar o recente lançamento do filme em DVD. Uma excelente pedida para a próxima ida à locadora.

Literatura

Contos de Fadas para gente grande

O enredo “o soberano de um importante reino procura uma noiva para seu filho, o prí�ncipe” parece bastante familiar. Mas quando este reino está situado no futuro, e a escolha da noiva se dará em um reality show as coisas começam a ganhar um rumo diferente.

A mais nova “febre literária” internacional é uma interessante mistura de tudo aquilo que tem feito sucesso junto a diferentes públicos. Como outros sucessos editoriais, trata-se de uma trilogia, cujo primeiro volume, “A Seleção”, lançado em outubro do ano passado, começou devagar, mas chegou ao final do ano como um dos mais vendidos do perí�odo, a ponto de as expectativas para o lançamento do 2º volume, “A Elite”, que acontece este mês de abril, incluí�rem pré-venda esgotada e tour internacional da autora, a norte-americana de origem porto-riquenha Kiera Cass.

Aos 30 anos, Kiera passou por um complexo perí�odo universitário, em que estudou música, comunicação e teatro, até finalmente decidir-se por graduar em História. Casada e com um casal de filhos pequenos, ela ainda encontrou tempo e criatividade para desenvolver um enredo de sucesso. Sua distopia – gênero muito em voga nas obras de maior sucesso no mercado literário – é praticamente um conto de fadas para gente mais crescida, com um toque contemporâneo: tem prí�ncipe, tem reality show, tem romance, mocinhas e vilãs, triângulos amorosos e apesar dos inúmeros pontos de conflito, trata-se uma leitura leve, marcada por personagens bem construí�dos e uma narrativa cativante. Por enquanto, ainda com o terceiro livro mantido em segredo pela autora, só não dá para garantir o “felizes para sempre”.

Música - Justin Timberlake É� verdade que ele foi apresentador do “Clube do Mickey”.

Também é verdade que ele namorou a Britney Spears (que conheceu no Clube do Mickey) e fez parte da N Sync, uma Boy Band de estrondoso sucesso junto ao público adolescente.

Mas ainda que pareça o contrário, nada disso é motivo para se deixar levar pelo preconceito e não perceber que Justin Timberlake cresceu e amadureceu artisticamente. Seu mais recente CD, “The 20/20 Experience” é a prova mais concreta desse amadurecimento.

O garoto (que na verdade já tem 32 anos, apesar da “baby face”) sempre demonstrou talento. Vendeu milhões de discos e colecionou prêmios com o N Sync, e quando se lançou em carreira solo elevou o padrão. Foram dois CD’s em quatro anos, 25 milhões de discos vendidos, mais Grammys, um recorde de músicas nas paradas de sucesso (batendo ninguém menos que Michael Jackson) e uma pausa para se dedicar a uma bem-sucedida carreira como ator.

Hoje, não dá para dizer que Justin Timberlake não é um artista para ser levado a sério. E “20/20” mostra bem o porquê. Lançado mundialmente no mês passado, o CD já chegou ao mercado tendo o seu primeiro single, “Suit & Tié” – um dueto com o Midas do R&B, Jay Z – alcançado o 1º lugar nas paradas do iTunes em 23 paí�s es, e o topo do Hot 100 da revista Bilboard. Se tudo isso não for suficiente para convencer, experimente ouvir Mirrors (também do disco novo) e se deixar levar pelo ritmo e a voz suave de Justin. Ou melhor ainda, ver o belo clipe da música para entender que muito além dos olhos azuis, o moço sabe muito bem o que faz.

Aprecie sem preconceito!

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Mais Mais

Ponto de Vista Venezuela: o chavismo e o Brasil

A morte de Hugo Chávez, a renúncia do papa e a inédita ascensão de um papa latino-americano estão entre os acontecimentos que marcaram o iní�cio de 2013. Certamente, serão vendidos mais livros sobre o Vaticano, mas é importante que os brasileiros compreendam bem o significado que teve o ex-presidente venezuelano. Nos principais livros de História do Brasil e de Polí�tica Externa Brasileira, o papa sequer é mencionado desde a Primeira República (18891930) até hoje. Por outro lado, Chávez certamente constará nas páginas acerca do século XXI. Por quê? Primeiro, ele representou uma ruptura na polí�tica de um dos mais importantes paí�ses sul-americanos. Segundo, ele aproximou seu paí�s do Brasil, de um modo que nunca antes havia ocorrido. Terceiro, ele contribuiu fortemente para integração da América do Sul. Desde 1958, a polí�tica venezuelana era um teatro das sombras, em que dois partidos conservadores se revezavam no poder, comprometendo-se com a estabilidade institucional e ofuscando a corrupção com a riqueza do petróleo. Mais da metade da população vivia abaixo da linha da pobreza em meados dos anos 1990, e o desemprego atingia mais de 15%. O Pacto de Punto Fijo, que selava esse compromisso bipartidário, ruiu em 1998, quando Chávez foi eleito democraticamente, com sua proposta de “refundar” o Estado.

A Constituição de 1999 renomeou o paí�s para República Bolivariana da Venezuela, preparou o caminho para o “socialismo do século XXI” e pregou o projeto bolivariano de integração latino-americana. O desempenho da economia venezuelana foi péssimo nos primeiros quatro anos do novo governo.

Mas polí�ticas sociais nunca antes vistas pelo povo venezuelano e o carisma do presidente contribuí�ram para a reeleição de Chávez e para seu projeto de poder perpétuo, com forte viés personalista.

Em 2002, Colômbia e Estados Unidos – maiores inimigos polí�ticos do chavismo e maiores parceiros econômicos da Venezuela – orquestraram um golpe, mas Chávez voltou ao trono no dia seguinte, com ainda mais legitimidade popular. Desacreditada, a oposição venezuelana só veio ter chance de 50

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vitória dez anos após o golpe frustrado. Atualmente, mais de um terço da população milita ativamente pela causa chavista, e cerca de um terço da população tem mostrado apatia e mesmo fadiga – cansados da polarização polí�tica e da falta de perspectivas concretas para a solução de problemas como os altos custos de vida, a péssima infraestrutura, a criminalidade, etc. Vencer o chavismo será difí�cil para a oposição.

A alta do preço do petróleo foi decisiva para acelerar o crescimento econômico. A despeito da alta inflação durante quase todo o perí�odo chavista, houve expressiva melhora nas condições de vida da população entre 2000 e 2010, contrastante com o modesto resultado dos anos 1990, segundo o Í�ndice de Desenvolvimento Humano (í�ndice adotado pela ONU), que considera, por exemplo, a mortalidade infantil, a expectativa de vida.

Estima-se que a população abaixo da linha da pobreza é de menos de um terço do total, e que o desemprego está abaixo de 8%.

Esse quadro de melhoras socioeconômicas foi favorecido pelo aumento do preço do petróleo, sobretudo a partir de 2003. O petróleo responde aproximadamente por 90% das exportações, por metade da arrecadação governamental e por um terço do PIB da Venezuela. A ação do Estado vem inibindo o investimento privado e alastrando a ineficiência, que é evidenciada pelo número de incêndios em refinarias de petróleo, pela queda da produtividade e pelos frequentes apagões. Mas o perí�odo de bonança propiciou aumentos nos gastos do governo (gastos militares, por exemplo), na atividade industrial (que vem sendo estatizada) e no comércio exterior.

Desde o golpe de 2002, Caracas tem procurado alternativas aos laços comerciais com a Colômbia e com os Estados Unidos. A Colômbia, que era o segundo maior fornecedor de bens e serviços à Venezuela (abaixo dos Estados Unidos), foi ultrapassada pela China e pelo Brasil. As exportações brasileiras para a Venezuela multiplicaram-se por oito, em apenas cinco anos, de 2003 a 2008.

Recentemente, o Brasil tem importado menos de 1 bilhão de dólares em matérias-primas, e vendido cerca de 5 bilhões de dólares por ano, em carros, tratores, aviões,

Diego Trindade D’Ávila Magalhães equipamentos industriais e alimentos (carne, frango, arroz, etc.), principalmente.

A construção do metrô de Caracas por uma grande construtora brasileira prova que não são apenas os empresários e os trabalhadores brasileiros dos setores industrial e agrí�cola que se beneficiam da aproximação com a Venezuela. É� possí�vel e mesmo necessário explorar a cooperação nos setores energético e militar, além da ação conjunta contra narcotráfico. Esses temas têm sido alçados à esfera regional, no âmbito da União Sul-Americana de Nações, que Caracas ajudou a criar desde o iní�cio, com o Brasil.

A Venezuela tornou-se um paí�s sócio pleno do Mercosul e contribuiu para fortalecer o bloco regional sul-americano. Além de benefí�cios econômicos, a integração regional tem criado para os paí�ses sul-americanos instituições voltadas para a solução de problemas comuns: deficiências de infraestrutura, narcotráfico, conflitos regionais e debilidade contra ameaças militares de fora da América do Sul. Por outro lado, Chávez insuflou controvérsias envolvendo a Colômbia, apoiou narcoguerrilheiros, prolongou a disputa territorial de Caracas com a Colômbia e com a Guiana e, por fim, interveio indevidamente em processos eleitorais na Bolí�via, no Equador e no Peru.

As mudanças engendradas por Chávez na polí�tica doméstica afetaram decisivamente o cotidiano dos cidadãos, positiva ou negativamente. Sua maior herança, o chavismo, deve perdurar por décadas (assim como o peronismo na Argentina). Na polí�tica regional, Chávez beneficiou o Brasil, contribuiu para a integração regional, embora tenha atrapalhado a região em alguns aspectos.

Chávez constará na História como tema polêmico, sujeito ao julgamento daqueles que só veem contribuições, e dos que só enxergam atrapalhadas. O fato é que deverí�amos compreender o que ele representou, para entender o futuro da Venezuela e de suas relações com o Brasil, e os contornos adquiridos pela América do Sul. Diego Trindade D’Ávila Magalhães

Doutorando em Estudos Estratégicos Internacionais (UFRGS). Professor de Relações Internacionais (UniRitter).

Bacharel e Mestre em Relações Internacionais (UnB).

E-mail: diegotdm@gmail.com

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Grafica Nacional

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