Mais Mais Perfil

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FOTO: MARIO SUDAREVIC

Nยบ 36 - Dezembro/2013 Proibida a venda

O CASAMENTO DE

www.maismaisperfil.com

Kร NNIA E LEONARDO




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Sumário Mais Mais Perfil 10 Ponto de Vista

Burocracia Newton Concellos

24 Ponto de Vista

Transtornos da ansiedade José Adão

28

36 Mais Mais Turismo

Ponto de Vista

Na rota da Harley Davidson

Leilão do Campo de Libra

Ágora

Tarciso Alves

18, 36, 44, 46

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Mais Mais Casamentos

Perfil, Turismo, Lei Maria da Penha, Isso é Quente Paula Greco

38 Ponto de Vista O avanço da mulher

Kênia e Leonardo

Crisolino Filho

40 Ponto de Vista A nova política de Dilma

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Ana Paula Kern

42 Ponto de Vista Abaixo a inércia Etelmar Loureiro

50 Ponto de Vista Falta Inteligência no Brasil: é falta de inteligência? Diego Trindade d´Ávila Magalhães

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Lorena e Mauro

Thauana e Daniel


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Editorial Wilma Trindade

Chegamos ao fim de 2013 com um Brasil esfacelado moralmente. Nos campos políticos e empresariais. Salva-se socialmente? Talvez, se considerarmos que a prisão de uma cafetina de luxo na capital do país não seja um fato social e sim político. Se considerarmos que a violência contra a mulher não é problema social e sim doméstico. Que a violência urbana, que o trânsito urbano, que as estradas, que as roubalheiras... Não, não quero pensar. Como um dia se ouviu, “se paro eu penso, se penso eu choro”. É fim de ano. E se a retrospectiva do cenário nacional não é tão alegre, pelo menos pode ser promissora com a imagem de políticos com deformação de caráter atrás das grades. E, antes que esta cena se esvaia, melhor nos atermos à nossa querida e festiva cidade, com a vida fluindo como Deus quer, e não como o diabo gosta! Nas páginas desta Mais Mais Perfil Mulher três belíssimos casamentos são sinais de confiança no futuro, na família, nos bons costumes. Um encantamento próprio da Mulher. Sempre ela, tão forte e decidida quanto delicada e emocional, tão empreendedora e positiva quanto romântica e sonhadora. Nesse foco, trazemos o perfil da odontóloga Maria da Penha Assis. E, considerando o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, temos matérias sobre a Lei Maria da Penha. Naturalmente, nossos articulistas sabem o que fazem e estão ótimos! Com o novo ano batendo à porta, brindamos especialmente em amarelo e dourado, à mais qualidade de vida para todos, à solidariedade e a riquezas mais bem distribuídas. Nossos desejos são de que cada um entre no primeiro minuto de 2014 com o pé direito, de olho na bola, para fazer o gol. Afinal, esse é o ano da Copa de muitas polêmicas. Mas quem consegue tirar o amor pelo futebol do coração do brasileiro? Nem os Perrela .

Expediente

Editoria Geral: Wilma Trindade Fotos Sociais: Wilma Trindade, Mário Sudarevic, Agência Uai-BH Colaboradores: Paula Greco, Diego Trindade D´Ávila Magalhães, Tarciso Alves, Etelmar Loureiro, Crisolino Filho, José Adão Leal, Ana Paula Kern, Newton Luiz Concellos Designer Gráfico: Alderson Cunha - KDesign Revisão: Tarciso Alves, Ana Karina Dutra Impressão: Gráfica Nacional - 5.000 exemplares. Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Dezembro/ 2013

Contato: (33) 9121-0601 / (33) 9953-1124 / 8843-5522 / 8437-0707

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Mais Mais

Ponto de Vista

Burocracia

Alguns portugueses barbudos portando pesadas e inadequadas vestes, e mais de uma centena de índios em traje sumários circundavam um jovem branco que fazia anotações em um enorme livro negro. Tal cena acontecia em local privilegiado, exatamente na entrada da baia da Guanabara, na praia da Urca onde atualmente funciona o forte de São João, o IME (Instituto Militar de Engenharia), a Escola Superior de Guerra, e o Estado Maior das Forças Armadas dentre outros. Nosso personagem era Estácio de Sá fundando a cidade de São Sebastião dó Rio de Janeiro, que mais tarde seria a capital da nação. A escolha desse local para fundação da cidade não foi uma decisão aleatória, muito pelo contrario, além de controlar qualquer acesso à baia da Guanabara, estavam a cavaleiro para expulsar os franceses que haviam instalado a Franca Antártida na ilha de Villegagnom, um pouco adiante, mais pra dentro, em frente a atual praça XV, e hoje sede da Escola Naval. Com o auxilio dos índios tupinambás e muitas escaramuças, comandadas por Men de Sá Governador Geral e tio de Estácio, acabaram expulsando os franceses e frustrando seu plano de se radicarem no Brasil. Mas voltemos ao que ora nos interessa, o grande livro de capa preta, tema desse 10

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artigo, representando ainda hoje um símbolo na maneira de governar dos ibéricos, e que tanto atiçava a curiosidade dos indígenas. Questionado pelo cacique, sobre esse insólito objeto, Estácio esclareceu que estava dividindo a terra conquistada entre seus mais dedicados e valorosos colaboradores. - Mas como? Retrucou o índio, toda terra pertence a TUPÃ (DEUS), e nos todos a desfrutamos igualmente, não há, portanto porque dividi-la! Santa ingenuidade do “bom selvagem”, Estácio de Sá acabava de instalar e instaurar a BUROCRACIA lusitana na “TERRA BRASILIS”. E foi assim que tudo se deu: anote-se uma gleba de terreno para Dom Fulano, um lote para o Senhor Sicrano etc., tudo tinha que ser lavrado no livrão, registrado e sacramentado, se não estava lá não existia ou era ilegal. E assim o incipiente aparente e supostamente generoso governo controlaria a tudo e a todos. Com o passar dos séculos o monstro burocrático se agigantou. Vimos aprimorando e melhorando tanto esses controles que no Brasil, o empresário afogado em milhares e milhares de leis, portarias, regulamentos, diretrizes já não sabe a quem mais apelar pra se livrar de tantos atestados, certidões, nada consta, folha corrida, tudo sempre em muitas vias com as firmas devi-

Newton Luiz Concellos

damente reconhecidas, cópias autenticadas seladas e carimbadas. Somos sem nenhuma dúvida o paraíso da papelada e nossos governos sejam eles de esquerda ou de direita, democratas ou ditatoriais não movem uma palha para livrar o cidadão desse peso, desse verdadeiro entulho autoritário. Nada anda, nada funciona com eficiência por essas plagas, estamos todos travados pela irracional burocracia. Chegamos ao absurdo de termos obras governamentais de vulto como hidrelétricas e estradas, paralisadas ou nem iniciadas para não prejudicar o cio e a transa e reprodução de algumas pererecas, ou então porque não se pode remanejar meia dúzia de supostos índios ou quilombolas. Como exemplo próximo a nós, e recente, temos os sucessivos embargos, pelos órgãos ambientais, das obras de duplicação da BR 381, ou seja, um órgão da administração federal (IBAMA), impedindo o trabalho de outro (DNIT). Quando se coteja nosso ambiente de negócios, motor da economia do país, o descompasso BRASILEIRO comparado a outros países é gritante. Segundo a publicação “doing business” (fazendo negócios), do Banco Mundial ocupamos o 116 lugar, ou seja, somos um dos mais hostis do mundo ao empreendedorismo. O empresário brasileiro é tratado quase como bandido, tolerado como um mal necessário. Esquece-se que são eles que geram empregos, que pagam impostos, produzem riqueza, em suma, sustentam a pesada máquina governamental. Somos pessimamente avaliados em itens como tributação, facilidade de crédito, ambiente propício a negócios. Com nossa infra-estrutura deficiente, mão de obra sem qualificação, pesada carga tributaria e o cipoal de leis confusas e contraditórias dificultando a atividade empresarial aonde conseguiremos chegar? A menos de reformas profundas e urgentes, arrebentando essas amarras não chegaremos a lugar nenhum, continuaremos sendo o país do futuro, atolado em nosso subdesenvolvimento secular, apesar das nossas inegáveis riquezas naturais. * Newton Luis Concellos

e-mail: newtonconcellos@ig.com.br


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Mais Mais

Opinião

Trípticos valiosos

Ágora Polêmicas Tupiniquins

Na semana de 12 a18 de novembro, duas artes arrebataram a atenção do mundo. A primeira o leilão do trí�ptico Três Estudos, de Lucian Freud . A segunda trata-se também de um trí�ptico, esse envolvendo três personalidades brasileiras, estampadas atrás das grades. Obra cuja principal assinatura lê-se bem: Joaquim Barbosa, brasileiro da gema, que se revelou incansável construtor da arte de traçar um Brasil mais digno, para nossos filhos e netos admirarem. O Trí�ptico executado pelo inglês Francis Bacon foi arrematado na Christie´s de Nova York, pela incrí�vel soma de 142, 2 milhões de dólares. Quanto se estima que poderemos alcançar com o resultado do trí�ptico brasileiro? Obs: tríptico significa um conjunto de três obras que se complementam.

Em GV também temos as nossas polêmicas. E o baixo ní�vel, muitas vezes, pega pesado. No final, o aprendizado. O curso de um rio pode até ser mudado, mas dá muito trabalho.

Páginas Amarelas

“Agito alheio ao eleitor” “Especialmente nessa fase de acertos preliminares da competição antecipada, o eleitor, de quem dependem em ultima análise as ambições dos possí�veis candidatos, é um ser praticamente invisí�vel. Claro que falam dele o tempo todo. Mas não lhe dirigem a palavra.” (de um editorial da Folha, intitulado: Agito alheio ao eleitor)

Conclusivas

É� cartel de metrôs pra lá, e cartel de trens cá. E o Brasil está a pé.

“Economizar não é fácil. Você se indispõe, deixa gente insatisfeita. E não é gente fraca. não. É� poderosa. Os cabras juntam quatro ou cinco construtoras grandes, e se acertam no Brasil inteiro: “Você fica com o metrô de São Paulo, eu fico com o de Brasí�lia, eu fico com o de Fortaleza”. Chegam aqui na cara de pau, para dizer o resultado da licitação que você ainda vai fazer. Aí� o governo tem que lutar para ter gente interessada, atrair concorrentes. É� uma batalha.” (Governador do Ceará, Cid Gomes, abrindo o verbo na Veja de 20/11.)

Mais e mais

E para os muito curiosos ou estudiosos, o colunista sugere começar pela leitura dos interrogatórios da CPI dos Correios, “onde se encontra, ligeira e não explorada, uma pista (a primeira, creio) do que veio a ser um segredo por amizade, ou companheirismo, ou por ética pessoal, com os mesmos ônus nas três hipóteses”. Ai, que medo! Who is he? 12

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Senãomeengano,liemalgum lugar que não se pode mais reivindicar a duplicação da BR-381 até Valadares, depois de terem conseguido um projeto paliativo. A pena, caso o clamor continue, será o atraso do projeto aprovado. Parece aquela máxima do pão-duro: “Quanto custa? 25 reais. Tome 10, me dê 5 de troco e não se fala mais nisso”.

Acorda, Genoino!

“Um nome guardado”

“ ...a cada vez que cruzarem a porta de sua reclusão, José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares estarão levando o segredo de um nome e de fatos que não quiseram mencionar” (Janio de Freitas, colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S. Paulo, e um dos mais importantes jornalistas brasileiros, em seu artigo do dia 17/11/2013). Mas ele observa que não se refere ao Lula.

BR-381

A coragem anda solta Diante de tanto descalabro, a coragem anda solta. Sejam colaboradores premiados, como Everton Rheinheimer, ex-diretor da Divisão de Transportes da Siemens, que dispara sua metralhadora não deixando pedra sobre pedra, passando pelo governador do Ceará e por conceituados colunistas dos grandes jornais e revistas. Em publicação de 19\11/2013, intitulada “O peixe Nemo e o Mais Médicos”, o prof. Rogério Cezar de Cerqueira Leite (82) vai fundo na moderna simbio-

se de empresas produtoras de medicamentos e profissionais médicos. E fecha assim: “Quantos dos médicos que se declaram contra o programa, repudiaram ofertas de passagens e estadias em gostosas conferências? Quantos colocam o interesse da sociedade brasileira acima dos seus próprios e de sua corporação?” (Fí�sico e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Rogério Cezar é membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha)

Preso polí�tico!!! Como assim, cara pálida? Estamos no final do ano de 2013, e sob um governo de seu partido. O ano de 1968 está há 45 anos distante da realidade atual brasileira.

Luz no fim do túnel

No dia 20 de novembro, nas terras doadas pela famí� l ia Soares, sentiu-se que Valadares caminha para o desenvolvimento, quer enxerguem alguns, ou não. Aos presentes, bastou vislumbrar o campus da UFJF, que traz a nossa primeira Faculdade de Medicina. E com essa qualidade: não é poluente.


&

Kênnia Leonardo

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Por Wilma Trindade

s noivos Kênnia e Leonardo foram o glamour da noite de16 de novembro. Casamento realizado com toda pompa e circunstância sonhadas pela noiva, que cuidou de todos os mínimos detalhes. Da Cerimônia realizada na Igreja Presbiteriana Filadélfia e celebrada pelo Reverendo Márcio Souza Lima, à big recepção para 500 convidados, no elegante salão nobre do Clube Filadélfia. Médica, e linda, portando um buquê de calas, a noiva estava simplesmente deslumbrante em vestido off-white trazido exclusivamente da França para ela, pela Requinte Noivas, casa que assinava também a produção do noivo. Filha de Elpídio da Cunha Neto e Alice Rosa da Cunha, Kênnia tinha motivo extra para se orgulhar do seu noivo. Leonardo Battestin de Alvarenga foi eleito na semana anterior ao casamento, presidente do PT de Governador Valadares. Filho de Gabriel Archanjo Lopes de Alvarenga e Maria da Penha Battestin, o noivo, petista militante desde muito jovem, se firma como uma nova e forte liderança local do partido.


Mais Mais

Perfil

O emocionante SIM de Kênnia e Leonardo

Os padrinhos Tarcisio e Cida, Glêdston e Kelly

Kátia, Kênnia, Eduardo e Elpídio

Primas do noivos vindas do Rio de Janeiro

Mário, Regina, noivos, Alice (mãe do noivo) e Beth

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Os padrinhos Filó e Dr. Benedito


Kênnia e sua irmã Raquel

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prestígio também passou pela passarela espelhada que levou os noivos ao altar: a prefeita Elisa Costa e o presidente da Câmara Municipal, Geovanne Honório. Entre o cortejo de dezesseis padrinhos estavam o vereador Glêdston, a secretária do meio ambiente Cida Pereira e mais gente da atual administração municipal. Toda a igreja se emocionou com a entrada da bela portaaliança Maria Alice, sobrinha da noiva, e ainda mais no momento da saída dos noivos, sob uma chuva de confetes em forma de coração proporcionada pelos pais e padrinhos. Detalhes assim luxuosos se repetiram na recepção, onde em todas as mesas encantaram os convidados os cartões dos noivos com sementes de amor perfeito, cardápios e guardanapos personalizados e o maravilhoso Buffet Célia Bittencourt. O fotógrafo Mário Sudarevic registrou todos os momentos da chegada da noiva em uma reluzente limusine branca à entrada triunfal nos salões da festa, lindamente decorados com o bom gosto e experiência da griffe Maristela Chisté. Uma noite sofisticada embalada pela Banda Toccata Musical, pelos coquetéis da equipe Molotov Barman e animada pela cabine de foto-lembrança do Diga Xiss. A organização de todo evento foi de Vília Veloso Assessoria & Cerimonial. Recém- chegada da lua de mel, a noiva aprovou a capa e o conteúdo da Mais Mais Perfil.

Os noivos com Adriano e Raquel

Alice Rosa, mãe da noiva, os noivos e a prefeita Elisa Costa e companheiros do partido

Tio Walter, Marilza, tia Creuza, Alice e os noivos, tia Kelly, tia Vera e tia Glória

Conceição, os noivos e Geraldo Lucas

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Raquel e Adriano e a filha Julia

A porta-alianças, Maria Alice

Kênnia e seus pais Alice e Elpídio da Cunha Neto

Kênnia e Leonardo compartilhando o SIM Os noivos com os padrinhos, Tia Dora e tio Walther

Os pais do noivo e seu irmao Gabriel com esposa Lidia Amigos do noivo de Vicosa e Belo Horizonte- MG, Paraty-RJ, Brasilia-DF, Bahia

Kênnia e tio João Barbosa

Os padrinhos Roberto Amorim e Sra Jandira, Leonardo e Kênnia

Olga, Leonardo e Kênnia, e Eudes Cunha

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Tio Altamiro, tia Kelly e seus filhos: Ludmylla, a pequena Isabela, Luisa e seu noivo, Claiton e Yuri com esposa e o pequeno Ian

Amigas de trabalho da noiva: a equipe do Distrito Sanitário Santa Rita

Os noivos com Dionísio e Cristiane Esteves, testemunhas


Em Valadares, a Educação Inclusiva da rede municipal é referência nacional.

O CRAEDI de Valadares foi um dos três premiados pelo MEC no Brasil. Nossa cidade continua dando exemplo em educação. O Centro Municipal de Referência em Educação Especial Inclusiva (CRAEDI) acaba de receber do Ministério da Educação o III Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas. Com um atendimento especializado e educadores capacitados, nossos alunos especiais estão garantindo oportunidades iguais e a certeza de um aprendizado cada vez mais inovador, qualificado e feliz.

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Perfil

Maria da Penha Assis

Mais Mais

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A

postura elegante e a atitude determinada confere à cirurgiã dentista Maria da Penha Siqueira Assis um ar altivo, de firmeza quase germânica. Uma primeira impressão que, no entanto, não esconde o lado emotivo de um coração eternamente enternecido diante da vida, que não contém as lágrimas frente ao sofrimento do outro. Junto a essa mistura, uma trajetória profissional muito bem sucedida, uma linda família construída. Fica fácil compreender por que este final de 2013 traz para ela tantas emoções e motivos para celebrar: 30 anos de formada, e uma sólida e feliz união com o marido Wellington Souza Assis; um tempo de grandes realizações que nunca planejou viver, mas o faz com a convicção de alguém que acredita que cada dia de vida nos é dado para que sejamos pessoas melhores para nós mesmos e para o mundo. Nascida em Baixo Guandu (ES), aos 19 anos veio estudar Odontologia na Faculdade de Odontologia de Governador Valadares (FOG), hoje a Univale. Maria da Penha ainda não sabia, mas iniciava ali uma nova trajetória em sua vida. A perda do pai, ainda na infância, já havia lhe dado a fortaleza necessária para enfrentar as responsabilidades e os obstáculos, que não foram poucos, mas todos vencidos. Muito bem instalada no Ed. Work Trade Center, ela lembra com carinho o começo da carreira, que coincidiu com os primeiros anos de casada e a vinda dos filhos. Os primeiros trabalhos em Ipatinga, o retorno definitivo para Governador Valadares, o primeiro consultório

na Rua Israel Pinheiro, as longas jornadas de trabalho. Referência em grandes casos na área de reabilitação oral, Maria da Penha tem mestrado na área de Prótese Dental, especialização em Prótese, em Odontologia do Sono, em Odontogeriatria e várias atualizações em odontologia estética. Além do consultório, ela é referência também na comunidade acadêmica, onde atua, há oito anos, como professora de Prótese Fixa, da Univale. Mas essa não é sua primeira experiência docente. Em 1998, teve sua primeira experiência acadêmica na própria Univale, e também coordenou na instituição o curso de pós-graduação na área de Implante e Prótese Sobre Implante. E se no trabalho Maria da Penha é uma profissional de reconhecida competência e plenamente realizada, fora dele não é diferente. A união com Wellington, que nasceu e se consolidou junto com essa trajetória profissional, conta uma história de grande parceria, cumplicidade e afeto. Os dois jovens, cheios de esperança e fé, que se casaram há quase 30 anos, viram este amor frutificar com a chegada dos filhos Diego (hoje com 27 anos, engenheiro, casado com a também odontóloga Salen Marchese, e atualmente morando em São Luiz/ MA) e Rodrigo (23 anos, estudante de Direito em Vitória/ES). Cresceram juntos, se revezando para conciliar trabalho a criação dos filhos e hoje podem agradecer por tantas conquistas familiares e o muito que ainda têm pela frente no caminho que, acredita, Deus generosamente traçou para eles.


RESSONÂNCIA

Um lugar no mundo: Itália. No Brasil, Natal e naturalmente, Governador Valadares, uma cidade maravilhosa, onde eu cheguei e fui muito bem recebida, onde constituí uma linda família e me realizei profissionalmente. Ídolo? Deus, único e verdadeiro, meu pai, meu superior. Personalidades? Admiro pessoas que se importam e lutam para o desenvolvimento do indivíduo. Das artes: literatura, teatro, cinema ou pictóricas? Teatro e Pintura: Teatro Fantasma da Ópera. Pintura, Vincent Van Gogh. Das viagens qual gostaria de repetir e qual gostaria de fazer? Para repetir, a Espanha; em companhia do meu marido. E gostaria conhecer a Grécia. Um aroma: Gosto de cheiro bom, um perfume como Miss Dior Cherry . Planos, desejos para 2014: sabedoria para lidar com a vida e estar melhor para me doar ao próximo. E, claro, saúde e paz para todos.

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Sempre há quem nos chama mais a atenção. Pela elegância de um todo, não, unicamente pelo visual. Pessoas luxuosas pelo carinho, postura e sensibilidade. Nesta Mas Mais Perfil/dezembro de 2013, a que fecha nossas edições do ano, a editoria quis refletir o que gravou o coração. Imagens , atitudes e gestos. Em 2014 a revista Mais Mais Perfil festejará seus 10 anos de vida e, em cada edição buscamos registrar com todo amor a vida social que faz nossa cidade mais cálida e amiga. Estamos nos preparando para brindar com você uma data marcante de nossa história.

Flávia, Marli e Renata Teixeira Dias

Sandra Mourão e Luzia Coelho Diniz

Luciana Libório

Niltinho Porcaro e Michele

KK Gontijo, Thé Gontijo, Daniela e Marcela Gontijo

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Ana Paula Pimentel

Marlene Loureiro Pimenta

Míriam Coelho

Dionílio e Mariza Coelho com a filhas Milena e Letícia

André Merlo e Andréia

Guilherme e Aguimar Rezende


Rodrigo e Mayra – da Peixoto e Souza

Renato Fraga e Etelmar Loureiro

Hercilinho Diniz, Rozani Azevedo, Alberto Pinto Coelho

Giovanna Bragatto e Dr. Luciano Eloi

Homenagens do CRO A endodontista Giovanna Bragatto Ribeiro e Dr. Luciano Eloi Santos, presidente do CRO-MG no Teatro Atiaia com a Solenidade Oficial de encerramento das atividades comemorativas do dia do Cirurgião-Dentista, promovidas pelo CRO-MG por sua Delegacia Regional de Governador Valadares, em parceria com a secretaria Municipal de Saúde, Universidade Vale do Rio Doce e Associação Brasileira de Odontologia de Governador Valadares. Homenagens e apresentação cultural com o espetáculo teatral: Gandhi – Um servidor (ator João Signorelli) seguidas de coquetel fizeram uma noite elegante que movimentou a classe no dia 20 de outubro.


Mais Mais

Ponto de Vista

Transtornos da ansiedade Os transtornos de ansiedade constituem um espectro que inclui várias condições psiquiátricas. Os mais estudados são os transtornos de ansiedade generalizada, o transtorno de pânico acompanhado ou não de agorafobia, a fobia social e fobia específica, o transtorno de estresse pós-traumático, e o transtorno obsessivo-compulsivo. Embora um fenômeno natural em qualquer época da vida, a ansiedade pode assumir proporções patológicas quando acontece na vigência de situações ameaçadoras, que colocam em risco a integridade física e mental do indivíduo. Ela pode ser considerada patológica, ainda, em função de seus fatores desencadeantes e de acordo com a intensidade da manifestação de seus sintomas. Os transtornos de ansiedade generalizada têm sido considerados um dos transtornos mentais mais comuns. Podemos destacar como sinais principais de ansiedade: sentimentos de medo, tensão excessiva e instabilidade emocional. Algumas condições clínicas têm sido particularmente associadas nesse quadro, como incontinência urinária, dificuldade auditiva, hipertensão arterial e distúrbios do sono. As mulheres teriam uma tendência maior do que os homens de apresentar os transtornos de ansiedade, assim como as pessoas com funcionamento psicossocial mais pobre, com habilidades pessoais reduzidas e com maior necessidade de suporte emocional, também apresentam taxas mais altas de ansiedade. A ansiedade é um estado emocional desagradável. Ela aparece com sinais puramente psíquicos, entre eles a sensação de medo e apreensão, sensação de ameaça e estado de hipervigilância. Manifesta-se também por meio de sinais físicos decorrentes da hiperatividade autonômica, como tensão muscular, dores no corpo, coração bater acelerado, alterações da pressão arterial, suores excessivos, tremores, falta de ar, sensação de sufocação, aperto no peito, diarréia, vertigem, reflexos aumentados, inquietação, extremidades formigantes, e irritação do estômago, entre outros. Deve-se considerar sempre a possibilidade real de os transtornos de ansiedade estarem juntos com condições médicas 22

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gerais, como hipertireoidismo, dores localizadas ou generalizadas, outras doenças clínicas, outras doenças psiquiátricas, especialmente depressão, com uso de algumas medicações, intoxicações, abstinência de drogas ou uma entidade nosológica independente. Situações novas podem representar um desafio importante, provocando ansiedade. As pessoas ansiosas possuem maior dificuldade de lidar com situações desafiadoras, principalmente aquelas que provocam mudanças profundas em sua rotina diária. As vivências de tensões, preocupação e aflição, são fenômenos que precipitam um quadro de ansiedade freqüentemente relacionado com o comprometimento da saúde física. As fobias caracterizam-se por medos persistentes e irracionais perante situações que não oferecem perigos ao indivíduo, e esse fenômeno conduz à necessidade incontrolável de esquivar-se dessas situações. Quando não consegue evitar o confronto com elas, o indivíduo vivencia um quadro de ansiedade antecipatória, que pode comprometer seu desempenho. A fobia social é caracterizada por medo exagerado de envolvimento em situações em que o indivíduo sente-se observado ou avaliado por outros, e com receio de comportar-se de forma embaraçosa. Participação em festas, reuniões sociais, manter um diálogo mais prolongado com autoridades, escrever, telefonar e comer em público são alguns dos exemplos que o indivíduo com esse quadro procura evitar. Este transtorno, quando se inicia no jovem e se cronifica, tende a persistir na velhice. O transtorno do pânico são episódios de intensa ansiedade, que melhoram e voltam a acontecer espontaneamente. Tais crises são designadas de ataque de pânico, e ocorrem geralmente de forma espontânea ou devido alguma condição especial que a precipite. A agorafobia é uma situação de medo que conduz à esquiva de situações em que o indivíduo se sente desprotegido. Ele apresenta incômoda ansiedade em ambientes públicos fechados, como fila de bancos, elevador, carro, loja, avião, etc, ou pode ficar mais ansiosos em locais públicos abertos. Nessas circunstâncias, principalmente quando desacompanha-

Dr. José Adão Furtado Leal

da, a pessoa apresenta muita dificuldade a sair de casa, permanecendo reclusa e comprometendo sua vida social e pessoal. A fobia específica se manifesta por atitude de esquiva perante contextos em que o indivíduo apresenta medo irracional e despropositado à real ameaça que os estímulos oferecem. Ele manifesta medo exagerado de animais, insetos, altura, espaços fechados, etc., sem que esses elementos lhe ofereçam riscos. Às vezes a pessoa apresenta fobia de doenças, e evolui para um quadro de hipocondria. Nessa situação, muitos revelam uma percepção ameaçadora de doenças sabidamente sem riscos para ele, mas que lhe geram bastante sofrimento. Medo de violência é outro fenômeno bastante comum. Nos meios urbanos, onde a violência assume proporções gravíssimas, torna-se difícil avaliar se o indivíduo apresenta um medo irreal de violência ou se esse medo está associado aos riscos reais de sua ocorrência. O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é caracterizado pelo surgimento de sinais de ansiedade após a pessoa ter vivenciado uma ameaça grave à vida ou à integridade física ou mental. A resposta ao evento traumático envolve medo intenso, sensação de desamparo e grande sofrimento psíquico. O transtorno de ansiedade associada a uma condição médica geral constitui um fenômeno bastante comum, principalmente nos idosos. Suas características são semelhantes ao transtorno de ansiedade generalizada. Porém, no seu tratamento, o médico deve considerar a doença que o provocou, as medicações em uso e o risco de interações medicamentosas. O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (T0C) constitui em fenômenos psicopatológicos, que podem iniciar-se em qualquer fase da vida, ocorre geralmente na juventude, mas ele pode começar na vida adulta e persistir até a velhice, produzindo sofrimento importante no indivíduo. Tal quadro, devido à sua complexidade e abrangência, será discutido em outro artigo. * DR. José Adão Furtado Leal CRM19281-3

MédicoespecialistaemPsiquiatria,PsiquiatradaAssociaçãoMédicaBrasileira(AMB) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)


Celebrando A Mais Mais Perfil sente o maior prazer em registrar a alegria de Edilene e Fábio Coelho, casal que comemora nesse dezembro, 20 anos de casamento.

Edilene e Fábio Coelho

Valéria e Beto Mol, Isabel e Márcio Rodrigues Pereira, casais que fazem a diferença. Amigos fiéis, simpáticos, educados e bem humorados, são companhias maravilhosas para o ano todo.

Casamento a vista Nilinho Trindade e Drielle Toledo de casamento marcado para 26 de julho de 2014. Cerimônia e recepção na cidade de Formiga, onde estão as raízes da noiva. De férias , eles passaram 10 dias na Argentina e de volta ao Brasil seguiram caminhos diferentes. Ela, o da terra natal com o casamento em mente, ele o de Valadares para passar o aniversário com a família, No dia 9 regressaram a Brasília/DF, onde ambos trabalham.

Casal Geovanne Onório

Cibele e João Emídio Rodrigues Coelho

Lorena Cunha, Aline Cabral e Josi

Nilo Trindade e Drielle Toledo

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Mais Mais

Perfil

Anfitriões perfeitos: Regino Cruz e Lucianny Pontes

Aniversário em

altíssimo astral Por Wilma Trindade

A festejada Lucianni Pontes no dia do seu aniversário

A aniversariante com as tias: Heloisa e Regina

Invejável a alegria e entusiasmo de Regino Cruz para festejar sua personalíssima Lucianni, em tempo de mais uma primavera. Aniversariante do dia 30 de outubro, uma quarta-feira, o alto-astral do casal escolheu o sábado, 2 de novembro, para receber com muito pagode, em clima de boteco. Naturalmente que as peças de sustentação não foram outras que pé de porco à moda da Lú, dobradinha, moelinha, língua ao vinho, carneiro, e outras deliciosas comidinhas típicas. Montado no espaço A Casa da Árvore, a animação no boteco da Lú, como não poderia deixar de ser, regada a geladíssimas cervejotas, deixou o sol se pôr e seguiu na noite no maior pique dos amigos e familiares.

Com o filho Léo Lucianni com Neyla e Vera Vargas

Ricardo Augusto, Adilson Reis e Márcio Rodrigues Pereira

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Regino e Lucianni com Eduardo Lage e Samuel Sabbagh

Márcio, Beto Mol e Luizinho

Sueli Lage, Luciana Sabbagh, Cristina Matos e Berenice Magalhães


Tatiana Cabral e Fernando Cabral

Feliz com a presença da irmã Vanessa

Marcio Matos, Gérson , Lucianni, Mariza e Márcio Rezende

Lucianni com Moacir, Gabriel e, Sinara e Isabel Miranda Pereira A aniversariante com os Hastenreiter, Gilberto e Gisele e filhas, Bianca, Bárbara e Brenda

Heloísa Lucca e o filho Victor, Penha Lucca e Maria Inês Rodrigues Pereira

Larissa e Daniel Hatem, Flávio, Fábio e Luciana Bel Oliveira e Sâmara Nick

Com os grandes amigos, Ricardo e Elaine Hatem

Antônio João, Tessa e a filha Larissa Damasceno

Marisa Bretas, Valéria Mol, Carla Aguiar e Lucianni

Ivani e Gladstone Procópio

Os parabéns das primas


Estar aqui faz

CHEGAMOS AO VALE DO AÇO! Trazendo qualidade e o menor preço para cada lar, de cada cidade da região. 26

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a gente feliz!

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Mais Mais

Ponto de Vista Tarciso Alves (*)

Leilão do Campo de Libra O maior negócio do século, ou um grande crime de lesa-pátria?

Conforme estava previsto, no último dia 21 de outubro, aconteceu o leilão das reservas de Pré-Sal do Campo de Libra, na Bacia de Santos – um verdadeiro tesouro localizado a 180 quilômetros do litoral brasileiro, e a 7 mil metros de profundidade. O governo comemorou o fato, mas muitos acreditam que ele não teria motivos para isso, pois estaria “compartilhando” com potências estrangeiras um tesouro que deveria ser apenas do Brasil, e de ninguém mais. Entre os que criticam esse negócio estão alguns especialistas da área de engenharia e petróleo, que não escondem a sua decepção. Eles consideram que tudo não passou de um mau negócio para o país, e não falta quem afirme que o leilão, na realidade, é um crime cometido impunemente à luz do dia, apenas para atender objetivos do atual 28

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nho. Desde que o governo bateu o martelo nesse leilão, as críticas não param. Entre elas, pesam as opiniões do economista Carlos Lessa, que presidiu o BNDES no governo Lula, e do professor Sergio Gabrielli, que presidiu a Petrobras até pouco tempo atrás. Para ambos, o país fez um péssimo negócio, ao “compartilhar” reservas que podem gerar até R$ 4 trilhões dentro de pouco mais de 20 anos, se o preço do petróleo se mantiver no patamar atual, em torno de US$ 100. O que se depreende de tudo isso é que o governo agiu sob pressões internas que o levaram a buscar os R$ 15 bilhões que precisava, e acabou alienando parcialmente um imenso tesouro nacional localizado em sua plataforma marítima, ou seja, dentro dos limites das 200 milhas. Em resumo, esse é o quadro atual. Há muita gente protestando contra essa entrega das reservas de petróleo a empresas estrangeiras, chamada eufemisticamente de “compartilhamento”, porque o atual governo não quer usar a palavra “privatização”, já que ela remete ao governo de FHC, tão combatido antes e depois de 2003. Finalizando, cabe citar ainda o articulista Jorge Béja, da Tribuna da Imprensa, para quem compartilhar as reservas de petróleo equivale a entregar um estado brasileiro à administração de outros países, ainda que seja com prazo pré-determinado. Indo direto ao ponto, ele também acusa o governo federal de trair os interesses nacionais, ao cometer um crime de lesa-pátria de tão grande vulto, independentemente do que ele poderá significar para o futuro do país.

governo, em detrimento do interesse nacional e da própria soberania do país. O Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, por exemplo, se manifestou totalmente contrário ao leilão do Campo de Libra, considerando-o inaceitável, ”pois fere o princípio da soberania nacional, demonstra total submissão ao capital externo e desprezo por questão estratégica para o país, e se constitui em um crime de lesa-pátria”. Essa não é a única voz discordante. O vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), Fernando Siqueira, também se manifestou sobre o assunto, enfatizando questões políticas e estratégicas que o tornam um mau negócio, realizado num momento inoportuno, e de maneira equivocada. *Tarciso Alves O vice-presidente da Aepet não está sozi- Jornalista - GovernadorValadares


Medicina

Denise e Carlos Henrique, José Mourão, Cristiana Trindade e Guilherme Mourão

Felipe e a noiva formanda, Carol Mourão

Linda, estudiosa, noiva. Ana Carolina Dupin Barroso Mourão é a bela da família de Denise e Carlos Henrique Mourão, que se formou nesse dezembro em Medicina. Com ela, o casal já soma três filhos na mesma profissão do pai. As solenidades da formatura da Carol aconteceram nos dias 5, 6 e 7, movimentando o Campus V da Universidade Iguaçu, com Culto Ecumênico, Colação de Grau, Coquetel Dançante e Baile de Gala. Depois dessa conquista bem comemorada, vem o casamento dela com o Felipe.

Laiére Miranda de Alvarenga, Socorro, Marcel e namorada

Formatura

Laiére Miranda de Alvarenga e Socorro Bretas Alvarenga, outra família que saiu de GV para compartilhar a alegria de mais um filho formado em medicina. Dessa vez o canudo foi conquistado pelo Mendell na Unifenas. Solenidades em BH. Culto Ecumênico no dia 11, na Igreja Nossa Senhora da Divina Providência, na Pampulha, e Colação de Grau no dia 13 de dezembro, no Minascentro –Teatro Topázio.

O formando Mendell Bretas Alvarenga

Mariana e Marconi Bretas Alvarenga

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Thauana Trindade e Daniel Freitas Emoção pura Por Wilma Trindade

Queridos e admirados pela alegria de viver, pela educação e companheirismo, os noivos Thauna e Daniel foram a emoção familiar do dia 26 de outubro. Natural de Caratinga, onde também é professor, Daniel foi prestigiado por toda famí�lia e amigos que vieram especialmente para o enlace. Thauna, uma valadarense da gema filha de Valéria Trindade. Explica-se o glamour e a emoção na Catedral de Santo Antônio. Da entrada ao altar, passando pelas bênçãos de Pe. Francisco Vidal, à saí�da dos noivos, haja lencinhos para secar as lágrimas. Cerimonial de Priscilla Graciolli brilhou. Tudo perfeito. Na belí�ssima recepção, todos também brindaram à felicidade da noiva, aniversariante do dia, e de Daniel, considerado o noivo mais apaixonado de todos os tempos. A partir daí�, a festa aconteceu até o dia raiar, no pique dos jovens convidados e das famí�lias Trindade, Pereira e Araújo Freitas.

Valéria e Zeca Donizetti, Thauana, Daniel e sua mãe dona Geralda

Os noivos com os padrinhos, Fabriny e Eleny

Rachel e Nestor, Thauana e Daniel, Danielle e Arthur

Nazaret, Ivone, Renata, Thauana, Daniel, Márcia e Martha (irmãs do noivo)

Zeca, Valéria e Elder

Victória, Márcio, Thauana e Daniel, Thaísy e Cristian

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Danielle, Marina, Thauana, Marcela e Carolina

Valéria Trindade e Marcos Coelho


Os noivos ladeados pelo padrinhos, Flávia e Rafael, Roberta e Bruno

Gisele e Gilberto Hasteinreiter

Adilson Reis, Wilma Trindade, Driele e Nilo, Isabela, Diego, Cristiana e Guilherme

Thauana e Daniel com os padrinhos, Karoline e Diego Carla e Marina, sobrinhas do noivo

A mãe da noiva com sua irmã Wilma

O noivo com os melhores amigos

Os noivos e Fabrício

Rafael, Thauana, Daniel e Ana Letícia

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Mais Mais

Perfil

Empresarial

Sabor e qualidade

Parabéns,

Coelho Diniz! Os Supermercados Coelho Diniz comemoram seus 21 anos de existência, cumprindo o seu projeto de expansão. No final de outubro entregaram a GV mais uma filial, a loja da rua do Mercado Municipal, somando 7 confortáveis instalações para atender a cidade, nos quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Leste, Oeste. E acabam de inaugurar em Cel. Fabriciano e Ipatinga. Ainda no primeiro semestre de 2014, abrem suas portas para a cidade de Teófilo Otoni. Caratinga e Manhuaçu foram as primeiras além de nossas fronteiras. O segredo do sucesso? Trabalho. Trabalho de famí�lia unida.

Tempo de presentear Em todos os tempos, um lindo presente vale mais que mil palavras. A 1º Mundo na r. Marechal Floriano é endereço certo para você encontrar aquele presente de casamento, bodas, aniversários e, para qualquer momento que você quiser agradar. Em exposição uma diversidade de artigos finos para decorar sua casa ou escritório de forma irresistí�vel. Vale conferir.

Q-Luxo Na Q Luxo, o bom gosto e a classe da Lorena Silva, com grifes para proporcionar conforto e beleza, que farão você up to date. Moda jovem, colorida, para brilhar nas festas de fim de ano e durante todo verão. 32

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Com todo o sabor da carne, o Frigorí�fico Frigoleste, que em breve inaugura oficialmente a expansão de suas instalações no Bairro Elvamar, é outro exemplo de que Valadares oferece alta demanda por qualidade e bons serviços. À� frente, a mente empreendedora de Rodrigo Lima, um jovem com o perfil de um diplomata, que é admirado pelo seu savoir-faire empresarial. Os lançamentos merecem toda confiança.

É Honda. É Motomol O fim de ano chega inspirando pegar a estrada para viver férias com todo sabor de liberdade. Na Motomol está o mais novo lançamento da qualidade Honda, a DS 500 F, um espetáculo que vai fazer você viajar por novos ares em paisagens absolutamente prazerosas, seja por montanhas ou pelas orlas quilométricas do nosso lindo paí�s. Conforto, segurança, qualidade, beleza, design. É� Honda. É� Motomol.

Sindicomércio

Elétrica JK

Normas do estatuto da Fecomércio colocam gente nova na chapa única que irá às eleições no dia 27 de dezembro. Janjão Coelho, Osmar, do Ataca Forte, e Evandro, da Graffite, se juntam aos que permanecem: Weber, do Martins Andrade, Marconi Miranda, do Big Mais, Walter Machado, da Farmácia Predileta, Walter Vilela, do Rei da Borracha, e Hercí�lio Diniz, que emplaca a sua segunda gestão como presidente.

Na Elétrica JK, tudo para instalações elétricas, além de lâmpadas, lustres e luminárias. Bebel Menezes e sua irmã Carla garantem bom atendimento, qualidade e bom gosto, com preços pra lá de acessí�veis.


Tudo Bom Israel Ferreira é nome que conquistou espaço na região do Vale do Aço, também pelo seu savoir-faire empresarial, e chega ao Vale do Rio Doce com toda força dos produtos Le Bom, nos melhores supermercados. Experimentei o Bruster e os embutidos Bruster. Uma delí�cia, e muito mais em conta.

Spatifilus

Uma vitrine linda, bem na entrada da praça de alimentação do GV Shopping, atrai todos os olhares. Impossí�vel resistir à beleza, a elegância e ao conforto que expressa. Rasteirinhas, e saltos com o brilho das festas de fim de ano, e com a cor desse verão. Na Spatifillus você também encontra aquela bolsa ou carteiras que complementam tudo.

Requinte A empresária Eliane Moreira Castro expressa o que você sonha para o seu Dia D. Requinte, beleza, qualidade, design. Moderna e empreendedora ela expande a tradição da marca Requinte, adquirida há quatro anos. Com ataliê próprio, mantém profissionais em alta costura para noivas e noivos, pagens, damas e roupas de festa em geral, Eliane se prepara para se instalar também no centro de GV. Atualmente, no Vila Isa, mantém confortáveis instalações.

Briga antiga Depois de uma bateria de reuniões do Sindicomércio com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Governador Valadares, um consenso foi alcançado no dia 28 de novembro, colocando ponto final em briga antiga. A partir de janeiro, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. O comércio do centro poderá ficar aberto de 8 às 14h nas datas especiais: Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia da Criança, e Natal, ou no domingo que as antecederem. Para os supermercados, açougues e mercearias, horário livre de segunda a sábado, e aos domingos abrem às 8h e fecham às 14h.

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O luxuoso casamento de

Lorena e Mauro Por Wilma Trindade

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O luxo marcou propriamente na Catedral de Santo Antônio com o enlace de Lorena e Mauro. Elegância em tudo, da nave aos convidados estendendo à recepção no Ilusão Esporte Clube, jamais tão nobre e festivo. Assinando o preciosíssimo decor, a maga Maristela Chisté usou molduras clássicas douradas e arranjos florais palacianos. Para descontrair o suntuoso cenário, centenas de corações cintilavam na pista iluminada pelos globos da estrutura da disco. Da griffe de Célia Bittencourt , um buffet para reis (às 4 da manhã ainda eram degustados saborosos camarões gigantes). Impressionante a liga perfeita visível na alegria que emanava de todos os convidados, e mais ainda dos noivos. A emoção e a ternura, o amor e a atração captados nos olhares do casal na Igreja e extrapolados durante a recepção encantaram a todos. Cenas de um casamento inesquecível, que tive o prazer de paparazzi ao registrar. As fotos oficiais vieram diretamente da agência Uai, de BH, com exclusividade para essa Mais Mais Perfil Mulher.


Mauro Murta de Andrade e Jânua, Maurinho e Lorena, Ângela e Marcos Wilson Pimenta, Valéria e José Luiz

O brinde da família: Mauro, Jânua, os noivos, Ângela e Marcos Wilson, Valéria e José Luiz

A noiva ladeada pelos irmãos, Luizinho e Jéssica

Ana Luiza e Luciano Varella

José Luiz e Mauro Murta de Andrade Valéria Esteves e Waleuska

Cristiane Bretas com a avó materna da noiva, Iris Carvalho

José Luiz de Oliveira e a filha Lorena

Os noivos com Áurea Esteves

Carol Rangel e Valéria Proba

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Mais Mais

Turismo

Ricardo Augusto Pereira

Márcio Rodrigues Pereira

Márcio, Ricardo e Léo Na rota da

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A estrada é um í�cone dos apaixonados por aventura; as motos, o clássico dos clássicos sobre duas rodas; o roteiro, daqueles de empolgar até quem não é fã do gênero. Imagine o que é então, para os apaixonados pela Route 66 e pelas Harley-Davidson, uma semana e meia viajando por paisagens de tirar o fôlego, cidades e lugares cheios de história, points gastronômicos fantásticos e inúmeras atrações turí�sticas famosas no mundo inteiro. Pois foi nessa “vibe” que o empresário Marcio Rodrigues Pereira quis comemorar seu aniversário. Ao lado do filho Léo e do sobrinho Ricardo, além de outros 21 intrépidos motoqueiros, ele percorreu quase 2.000 quilômetros numa viagem incrí�vel, registrada em imagens que ficam para a história dos três. A viagem foi feita através da Eaglerider Motorcicle Tours, uma empresa especializada nas viagens pelo Wild West americano. Assim, cada um pode escolher o modelo, cor e customizar sua própria moto, e ainda contar com o apoio imprescindí�vel de uma van para levar as bagagens, e até uma moto reserva para o caso de algum defeito mecânico. Em frente ao ponto de partida, esculturas de grandes motos feitas de pás, placas de carro e ferraduras encantam os turistas. E para os aficionados como Ricardo, que tem uma Harley Fat Boy, a loja de acessórios é um verdadeiro paraí�so para compras. O roteiro escolhido pelo trio começou em Las Vegas para terminar em grande estilo, com direito a festa para os aventureiros, em Los Angeles. No caminho, points incrí�veis como o Bryce Cânion, Mammouth Lakes, Yosemite National Park, dois dias para curtir a singularidade de San Francisco, e depois Monterey, Pismo Beach e finalmente o fim da linha na Cidade dos Anjos.

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Harley D

Em zigue zague pela Lombard Street, San Francisco

Entre paredões e penhascos pela costa californiana


Léo Rodrigues Miranda Pereira

avidson Pai e filho curtindo momento turístico na Golden Gate

Descrever todas as emoções da viagem é missão impossí�vel até para quem já é turista experimentado, como eles, mas há que se registrar impressões incrí�veis como a mudança radical de temperatura do calor de um dia inteiro rodando 500 km pelo deserto, entre paredões coloridos, enfrentando tempestades de areia, para chegar à noite no gelo de uma estação de esqui. E esse foi apenas o primeiro dia! A partir daí�, os dias foram trazendo outros grandes momentos: colher maçãs no quintal de novos amigos, se deliciar com caranguejos gigantes, atravessar a Golden Gate, descer em zigue zague pela Lombard Street, ver de perto a famosa prisão de Alcatraz, observar a preguiça dos leões marinhos no Point 39, passar pelo icônico point de Bubba Gump, as viní�colas de San Luis Obispo, misturar o ronco dos motores potentes das motos com o som do litoral maravilhoso de Monterrey. Uma viagem tão fantástica que na chegada, a vontade era fazer a curva e pegar o caminho de volta para começar tudo de novo.

O descanso de centenas de leões marinhos na orla de Monterrey Os primos aventureiros, Léo da XX e Ricardo Pereira

Conhendo maça no quintal de um amigo em San Luis Obispo Léo da XX na baia de Monterrey

Pinheiros centenários no Yosemite National Park


Mais Mais

Ponto de Vista

O avanço

da mulher

No dia 25 de novembro é comemorado o “Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher”. Para começar, se a nobre causa ultrapassa fronteiras é porque a situação não é um atributo particular do Brasil. Nos parece que a agressão ao sexo frágil tem um caráter cultural que remete ao tempo do homem das cavernas. Essa data foi escolhida porque, naquele dia, em 1960, aconteceu um dos maiores atos de brutalidade contra três mulheres, as irmãs colombianas Domiciana Pátria, Minerva e Maria Teresa, que levantavam bandeiras de lutas sociais em seu país, e por isso foram perseguidas, presas, torturadas, e, por fim, assassinadas. Em 1981, durante uma organização de mulheres de vários países, que se reuniu na capital Bogotá, as três irmãs foram homenageadas, e, partir de então, foi consagrado o “Dia Latino-Americano da Não Violência Contra a Mulher”. Mais tarde, em 1999, uma Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas proclamou esse dia internacionalmente. O retrato da situação desse tipo de violência ainda é alarmante, já que no país a cada dois minutos cinco mulheres são violentamente agredidas. Há dez anos, eram oito. Apesar da melhoria do índice, o governo e a sociedade civil organizada têm muito ainda a fazer e estimular, para que essa curva decrescente chegue ao ponto zero. Afinal, esse tipo de violência destrói vida, família e lar, e não deixa de ser também um enorme indutor de problema psicológico em criança, que acaba também sendo vítima dessa situação. Um dos grandes avanços alcançado pelo Brasil nesta questão foi a aprovação da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que traz mecanismos que visam coibir e prevenir a violência doméstica e familiar. Quando for verificada essa prática, a mulher agredida deve denunciar o fato às autoridades competentes, o que fará com que o juiz aplique de imediato, em conjunto ou separadamente, as medidas protetivas 38

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necessárias, entre as quais o afastamento do agressor do lar e de sua aproximação com a ofendida, seus familiares e testemunhas, sendo fixada uma distância mínima, restringindo qualquer contato. Além disso, o magistrado pode também determinar que o agressor não frequente determinados lugares, visando preservar a integridade física e psicológica da ofendida. Se não estamos equivocados, a delegacia especializada de Governador Valadares já acumula mais de 2000 denúncias contra agressores, um número significativo. Apesar da situação contraproducente de violência contra a mulher, o gênero feminino tem alcançado vitórias inquestionáveis para a espécie humana. Os dados e estatísticas estão aí para confirmar isso. Na área de educação, por exemplo, o universitário brasileiro padrão é mulher, que estuda à noite, na rede privada de ensino. De acordo com o Censo da Educação Superior 2012, 55,5% das matrículas em 2012 foram feitas por mulheres, enquanto 44,5% eram homens. É um dado surpreendente, já que a população brasileira é formada por 51,5% de mulheres. O Supremo Tribunal Federal – STF, que vem dando uma grande contribuição à sociedade brasileira com os julgamentos recentes, já teve uma mulher como presidente, a ministra Ellen Gracie Northfleet. Entre os 11 ministros atuais da suprema corte, há duas mulheres, Cármen Lúcia e Rosa Weber. O número ainda não é o ideal, mas é um grande avanço, coisa impensável até 15 anos atrás. Na política, a cada ano eleitoral, o colar de conquistas só vai aumentando. Ainda que a palavra presidente seja um substantivo para os dois gêneros, para valorizar a ala feminina, Dilma Rousseff exige ser chamada de presidenta. No seu ministério, três são as ministras mais influentes: Gleisi Hoffmann, Miriam Belchior e Ideli Salvatti. Gleisi Hoffmann é chefe da Casa Civil, o posto número dois da República. Tem fama de

Crisolino Filho (*)

pulso firme, e é candidata nas próximas eleições ao governo do desenvolvido estado do Paraná. É bom lembrar que em maio de 2013, a revista Forbes chegou a considerar a presidenta Dilma como a 2ª mulher mais influente e poderosa do mundo, numa lista que incluiu mulheres na política, negócios e imprensa. A primeira ministra alemã, Ângela Merkel, é a mais poderosa. Cabe à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a tarefa de gerenciar os principais programas do governo federal, o PAC, voltado ao desenvolvimento da infraestrutura e o Minha Casa Minha Vida, que constrói casas populares. Já a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, mulher de confiança do governo Dilma, é a responsável pelas articulações políticas com o Congresso. Mas o mundo político ainda tem como destaque a pernambucana Ana Arraes, filha do ex-governador Miguel Arraes e mãe do atual, Eduardo Campos. Reelegeu-se deputada federal com 387.581 votos, a maior votação de seu Estado, em 2010. No final de 2012, se licenciou para assumir como ministra do Tribunal de Contas da União. Já são 11 as senadoras e 47 as deputadas federais, sendo que a senadora Kátia Abreu (PSD) é hoje uma das principais lideranças da oposição. Empresária pecuarista, é nela que os ruralistas encontram respaldo para suas reivindicações. Ainda que não esteja exercendo um mandato, a ex-senadora, ex-ministra do Meio Ambiente e ex-candidata à Presidência, Marina Silva (Rede Sustentabilidade), foi um sucesso na campanha de 2010, e recebeu mais votos do que previam os especialistas políticos. Em 2014, pode voltar à disputa presidencial. A presidente da Petrobrás, maior empresa brasileira, e uma das maiores petroleiras do mundo, é comandada por Graça Foster, uma funcionária de carreira, que diz que para se chegar aonde se quer é preciso esforço e estudo. O caminho é esse, o do conhecimento, o único que pode conduzir ao avanço que estamos presenciando. * Crisolino Filho

Membro da AcademiaValadarense de Letras – AVL -. OAB/MG 47.103e CRB/MG 2713; Alô: (33) 8807.1877 e Fonefax: (33) 3271.7009 – E.mail: crisffiadv@ig.com. br.


Moisés e Brenda, Gilberto, Bianca, Bárbara e Gisele – Unidos para agradecer

Finesse

André e Carla (Exata Publicidade)

A gratidão da família Hastenreiter Por Wilma Trindade

Os anfitriões, receberam Alexandre e Maristela Chisté

Bárbara e KK Gontijo

Érika Coelho (Cerimonial) e Ana Paula (Studio KK Gontijo)

Em retrospectiva de momentos que marcaram 2013 salta ní�tido em minha memória o finérrimo jantar oferecido por Giselle e Gilberto Hastenreiter a toda a equipe que fez do Debut da filha Bárbara uma festa inesquecí�vel. De Maristela Chisté, o decó que realçou a belí�ssima área de lazer da famí�lia anfitriã. Do Teka buffet, veio o jantar. De Bel Oliveira, as sobremesas. Música ao vivo embalou a noite finérrima e cálida, plena de carinhosos agradecimentos. Felizes com esse belo exemplo de como se deve fazer, os convidados compartilharam na maior alegria e nós, da revista Mais Mais Perfil, registramos para a posteridade.

Drielly e Caique do StudioC Filmagens

Os anfitriões e Bel Oliveira

Lucas e Jeniffer (Banda Boca Elétrico) Dj Baleia e wife

Gilberto, Teka, Gilmara e Érika Coelho

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Mais Mais

Ponto de Vista

A nova política de Dilma

Se tomarmos pelo valor de face o que tem sido noticiado, estamos vendo acontecer no Brasil diversos leilões de concessões no setor de transportes, bancos públicos reduzindo o crescimento do crédito, Banco Central levando os juros básicos de volta a dois dígitos, um novo reajuste nos preços de combustíveis e o braço de participações do BNDES vendendo ações no mercado. Todas essas decisões têm (pelo menos) dois fatores em comum: seguem em direção de maior peso nas sinalizações vindas de um mercado livre e têm o aval da economista mais influente do país, que também acumula o cargo de Presidente da República. Certamente cabem muitas restrições ao que foi dito acima: por exemplo, as novas concessões ainda brigam para encontrar um equilíbrio onde retornos são minimamente atrativos para investidores sérios; e os mais céticos tanto vão esperar pela concretização de algumas medidas quanto podem dizer que o que está sendo colocado em prática cai na categoria de “muito pouco, muito tarde”. Também é possível, porém, criar uma narrativa em que alguma coisa profunda mudou na condução da política econômica. Desde o início do governo Dilma parecia claro que os fatores que fizeram com que o crescimento do PIB nos anos Lula fosse acima 40

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da média de longo prazo, sobretudo os preços de commodities, não poderiam continuar sendo considerados em qualquer previsão minimamente conservadora. Tentou-se, então, impulsionar o consumo e o investimento via políticas monetária e fiscal. Os juros foram a mínimas históricas, os bancos estatais dominaram a expansão do crédito e as metas de superávit fiscal foram, direta ou indiretamente, afrouxadas. Seria a volta do “desenvolvimentismo”, como fez questão de sublinhar o próprio PT em suas comemorações de 10 anos na presidência. Vejo como último suspiro desse breve experimento a tentativa de forçar uma maior desvalorização do câmbio no final do ano passado. Em pouco tempo descobriu-se que seria preciso mais do que um real depreciado para ressuscitar a indústria e que o repasse para os preços começava a ameaçar a inflação, que partia de um nível que já não era confortável. Estava claro que algo precisava ser mudado, mas o rumo a ser seguido não era evidente. Por algum tempo, parecia que os que defendiam um aprofundamento dos experimentos heterodoxos haviam vencido uma importante batalha pelo poder. A combinação de uma rápida deterioração nas expectativas para a atividade econômica em 2013 e a perda de popularidade da presidente aparentemen-

Ana Paula Kern

te forçou uma nova mudança de direção, ainda que sem substituições no primeiro escalão. Mensalão terminada, em termos políticos, com a prisão dos réus, respingando enormemente ao projeto de reeleição, a presidente Dilma têm a economia do País em frangalhos com ameaça da volta de inflação. Esta situação frágil foi escolha da própria da Dilma. A presidente se encontra naquela situação de sinuca do bico. Se correr o bicho pega, se parar o bicho come! Depois de tantos condicionais, é difícil determinar quanto dessa narrativa é plausível e, mais importante, no que realmente a presidente acredita que deve ser feito para que o país volte a poder contar com o crescimento econômico como ferramenta para o desenvolvimento. A menos de um ano das eleições, acredito que os maiores incentivos sejam na direção de garantir a estabilidade de preços e a excepcional situação do mercado de trabalho. As grandes questões ideológicas e planos no campo da economia devem ficar em suspenso até lá, com a interessante evidência de que, quando as coisas apertaram, tendemos menos a governo e mais a mercado. Ana Paula Kern Mestra em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Federal do Paraná Contato: ana.kern@yahoo.com.br


André Diniz e Rodrigo Lima

George Pomarolli e Simone

Thaís e Gilmar Coelho

Desejamos a todos os parceiros da revista Mais Mais, Boas Festas e um pleno de sucessos

2014

Luís Gustavo Leão e Fabiana

George Wady

DJ Ed Willian

Alexandre Cafarello e Luciane Belizário

Daniela Garcia e Charles Soalheiro


Mais Mais

Ponto de Vista

Abaixo a inércia

A mobilidade urbana entrou na ordem do dia, e parece que veio para ficar. A qualidade de vida, sobretudo do cidadão que faz uso permanente do transporte público e das vias de acesso, tem sido objeto de debate no mundo inteiro. Todos buscam o meio de uma cidade crescer, gerar renda, empregos e, simultaneamente, manter boa estrutura de transporte. A deterioração do trânsito não mais se restringe às capitais. Também as cidades do interior sofrem com a precariedade do transporte coletivo, o acúmulo de veículos particulares e o desrespeito às normas de convivência urbana. Nas últimas décadas, pouco se fez para amenizar o descompasso entre o crescimento da frota motorizada e uma infraestrutura urbana ultrapassada. Pelos registros do Denatran, os veículos mais que duplicaram nos últimos 10 anos, rompendo a barreira dos 80 milhões de placas circulantes. Dono dessa assustadora estatística, o Brasil passou a ser a nação onde o número de autos sobe mais que o de gente. Parece que todo mundo ficou doido por pilotar a própria condução. No período em que o conjunto de automóveis, caminhões, ônibus e motos cresceu 123%, a população aumentou 11%. Desnecessário dizer que esse descomunal crescimento é acompanhado de preocupante elevação da quantidade de mortes e internações 42

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causadas por acidentes de trânsito. No contexto, cobra-se dos administradores públicos e da sociedade uma nova postura na busca de alternativas. O investimento em ciclovias e em transportes coletivos integrados, de boa qualidade e não poluentes, pode ser um bom começo. Disponibilizar calçadas e pistas seguras, bem sinalizadas, sem desníveis, buracos e outros obstáculos, constituiria outro importante passo. A providência seguinte – ou simultânea – seria incentivar a população a utilizar esses recursos, deixando o carro na garagem. Os técnicos definem mobilidade urbana como “a capacidade de deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano para a realização das atividades cotidianas em tempo considerado ideal, de modo confortável e seguro”. Na visão popular, é poder se movimentar, com facilidade, de casa para o trabalho, para o lazer e para qualquer outro local desejado, independentemente do meio de transporte utilizado. Em Valadares, o assunto foi tratado no 4º Encontro da Agenda com os Municípios – Construindo Planos de Mobilidade Urbana, recentemente promovido pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O objetivo desses eventos é conscientizar as autoridades e a sociedade civil da necessidade de observarem

Etelmar Loureiro

a Lei Federal 12.587. A norma prevê que as cidades com mais de 20 mil habitantes elaborem Planos Municipais de Mobilidade Urbana, até abril de 2015. No decorrer do encontro, a prefeita Elisa Costa Durante disse que Valadares já fez o dever de casa: seu Plano de Mobilidade será submetido à Câmara Municipal “o mais rápido possível”. Tomara que esse trabalho contemple, pelo menos em grande parte, soluções para os muitos e graves problemas que atazanam a comunidade. Tanto quanto o Brasil, Valadares precisa sair da inércia e partir para a adoção de medidas capazes de desestimular o uso de automóveis que servem a uma só pessoa. Nada contra a indústria automobilística ou o sonho do carro próprio, mas tudo em favor da racionalização dos meios de transporte. Como disse Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, “quando um ônibus passa ao lado de carros engarrafados, temos um símbolo da democracia. O interesse coletivo está acima do particular”. Acabar com engarrafamentos é obrigação das autoridades, mas a ajuda da sociedade é ato de cidadania.

Etelmar Loureiro Bacharel em Direito E-mail: etelmar@gmail.com Blog: http://gentefatoseabstratos.blogspot.com



Mais Mais

Especial

Por Paula Greco

Lei Na luta contra um inimigo íntimo

S

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e apanhou desse jeito é porque alguma ela aprontou”. “Isso é mulher de malandro, gosta de apanhar”. “Foi violentada, mas também... do jeito que saí�a por aí�...”. são frases como estas, ditas tantas vezes em tom tão casual, como se não fosse nada demais, por homens e até mesmo por outras mulheres, é que trazem em si a medida de quanto o machismo está a tal ponto enraizado na cultura nacional. Esta banalização cultural da violência contra a mulher é o que torna necessárias ferramentas como a Lei Maria da Penha, considerada uma das legislações mais completas e avançadas do mundo acerca da matéria violência contra a mulher. Entretanto, há que se levar em conta que esta violência, em grande parte cometida por maridos, namorados, companheiros ou ex, profana os melhores e mais sagrados sentimentos humanos, tornando-se mais complexa à medida que ocorre dentro do lugar onde deveria imperar a igualdade e harmonia. Daí� o medo, a vergonha, a culpa, a permanência,

muitas vezes por anos, ao lado do agressor. Pesam ainda o bem-estar dos filhos, a pressão da própria pessoa para “deixar pra lá”, a cultura de aceitação e submissão há tantas décadas repetidas e que tantas vezes impossibilita às mulheres perceber que nunca a culpa da agressão é de quem a sofre. Por isso a lei, embora amplamente conhecida e divulgada, ainda carece de ajustes na sua aplicabilidade, para que ferramentas imprescindí�veis possam servir também como prevenção de formas mais severas de violência. Entre elas, destaca-se a medida protetiva, que dá à ví� t ima alguma confiança de que é possí�vel delatar a violência, sem temer a própria integridade fí� s ica, como acontece em tantos casos relatados de agressores que voltam a atacar quem os denunciou, ainda com mais fúria e crueldade. Também este medo e vergonha, frutos de uma violência arraigada no cotidiano dessas mulheres, precisam ser não apenas uma questão

de justiça, mas também de saúde mental e assistência psicológica, para que essas mulheres compreendam a necessidade de denunciar como o único meio de parar com a violência sofrida. E quem sabe assim, viver a plenitude de sua individualidade enquanto pessoa e sujeito de direitos iguais.

Maria da Penha Fernandes, biofarmacêutica, hoje com 68 anos, ela por duas vezes foi vítima de tentativas de homicídio por parte de seu marido


Maria da Penha PERCEPÇÃO Vigente desde agosto de 2006, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) foi objeto de algumas pesquisas neste ano de 2013, após sete anos de aplicação. De um lado, pesquisaram sobre a percepção da sociedade quanto à violência contra a mulher; de outro, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou os números desta violência, revelando que, apesar de conhecida – e muitas vezes aplicada – a lei ainda não conseguiu reduzir as taxas de mortalidade das mulheres por agressão no Brasil. Na primeira pesquisa, realizada pelo Instituto Patrí�cia Galvão em todo o paí�s, alguns números saltam aos olhos. Apenas 02% dos entrevistados, por exemplo, nunca tinham ouvido falar da Lei Maria da Penha. Metade da população considera que a forma como a Justiça pune não reduz a violência contra a mulher, e mais da metade conhece tanto uma mulher que já foi agredida pelo parceiro quanto um homem que já agrediu sua parceira. Sete em cada 10 entrevistados acreditam que a mulher sofre mais violência dentro de casa do que em espaços públicos, e 69% deles acreditam que esta violência não ocorre apenas em famí�lias pobres. Para 86% dos entrevistados, as mulheres passaram a denunciar mais os casos de violência doméstica após a Lei Maria da Penha. Em contraponto, a vergonha e o medo de ser assassinada são percebidas como as principais razões para a mulher não se separar do agressor. Porque a própria pesquisa mostra que 85% dos pesquisados concor-

REALIDADE dam que as mulheres que denunciam seus parceiros correm mais riscos de sofrer assassinato. Uma percepção que a pesquisa do IPEA mostra fazer bastante sentido. O levantamento do instituto mostra que a proporção de feminicí� d ios por 100 mil mulheres em 2011 (5,43) é um pouco maior que o de 2001 (5,41). A taxa de mortes por agressão também não caiu significativamente. De 2001 a 2006, foi verificada uma taxa de 5,28 feminicí� d ios por 100 mil mulheres, quase igual a encontrada tomando-se como referência os anos entre 2007 e 2011, que é de 5,22. O instituto aponta que, entre 2001 e 2011 mais de 50 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, e que pelo fato de que cerca de um terço deles tenha ocorrido em suas próprias casas, grande parte destas mortes tinham sido em decorrência de violência doméstica e familiar contra a mulher. Ainda segundo o Ipea, os parceiros í�ntimos são os principais assassinos de mulheres, autores de mais de 40% de todos os homicí�dios no mundo. Esse cai para 6% quando considerados os homens mortos por suas parceiras. Outro dado muito sério está em um relatório da CPMI da Violência contra a Mulher, entregue em agosto à presidente Dilma, por ocasião do 7º aniversário de vigência da lei. Ele mostra que, nos últimos 30 anos, 92 mil mulheres foram assassinadas no paí�s, um número que, pelos dados da própria comissão, dá ao Brasil uma vergonhosa sétima colocação em homicí�dios praticados contra mulheres no mundo.

QUE LEI É ESSA A Lei 11.340/06, conhecida com Lei Maria da Penha, estabelece que todo o caso de violência doméstica em uma família é crime, que deve ser apurado por inquérito policial e remetido ao Ministério Público. A lei, de agosto de 2006, criou uma série de medidas de proteção e tornou mais rigorosa a punição contra a violência doméstica. Também proíbe a aplicação de penas pecuniárias aos agressores, amplia a pena de um para até três anos de prisão e determina o encaminhamento das mulheres em situação de violência, assim como de seus dependentes, a programas e serviços de proteção e de assistência social. Trocando em miúdos, ela faz com que a violência contra a mulher deixe de ser tratada com um crime de menos potencial ofensivo, acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, além de englobar, além da violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral.

Maria, Maria... O nome é uma homenagem a Maria da Penha Fernandes. Biofarmacêutica, cearense, hoje com 68 anos, ela por duas vezes foi ví�tima de tentativas de homicí�dio por parte de seu marido, o professor colombiano Marco Antonio Heredia Viveros. A primeira ocorreu em 1983, quando levou um tiro pelas costas enquanto dormia, tornando-a paraplégica. O marido alegou que tinham sido atacados por bandidos. Meses depois, o homem empurrou Maria da Penha da cadeira de rodas, tentando eletrocutá-la no chuveiro. A morosidade da justiça fez com que o primeiro julgamento de Viveros só acontecesse oito anos após os crimes. Ainda assim, seus advogados conseguiram anulá-lo.

Em 1996, ele foi novamente julgado culpado e condenado a 10 anos de prisão, mas conseguiu recorrer. Ao todo, foram 15 anos de luta pela punição do agressor, durante os quais, com a ajuda de ONG’s internacionais, ela conseguiu levar seu caso até a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiros só foi preso em 2002, e mesmo assim, para cumprir apenas dois anos de prisão. Por outro lado, o processo da OEA determinou que o Brasil criasse, como punição por sua negligência, uma legislação especí�fica para esse tipo de violência, que foi a semente para a criação da lei.

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Mais Mais

Isso é Quente

Por

Paula Greco

LIVRO

Bridget Jones: Louca pelo Garoto (Bridget Jones: Mad about the boy) Helen Fielding

Ela Voltou!

Ícone de uma geração de balzaquianas do Século 21, às voltas com os dilemas de realização profissional, sonhos de Cinderela e dramas familiares, a sempre confusa, divertida e desastrada Bridget Jones, personagem da autora inglesa Helen Fielding, ganhou notoriedade através dos livros (e filmes homônimos, protagonizados magistralmente por Renée Zellweger) O Diário de Bridget Jones e Bridget Jones: No Limite da Razão. Catorze anos depois do último

FILME

(Los Amantes Pasajeros) Pedro Almodóvar

livro, eis que Mrs. Fielding “ressuscita” nossa heroína, agora uma cinquentona viúva e mãe de um casal de filhos, que resolve “voltar à ativa”, e agora, além de não descuidar da balança e manter-se longe dos cigarros, também precisa se preocupar com sites de relacionamentos, o número de seguidores no Twitter e os perigos de trocar mensagens de texto, depois de algumas

Os Amantes Passageiros

Nem Tão Raso assim...

Depois de andar magnificamente mergulhado em filmes profundos – o anterior, A Pele em que Habito, é de tirar o fôlego – o roteirista e diretor Pedro Almodóvar voltou à fórmula que o tornou conhecido: 46

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taças de vinho. E 440 páginas depois de reencontrar-se com Bridget, é possível dizer que autora e personagem estão no melhor de sua forma. Seu novo diário começa com o convite de uma amiga para seu aniversário de 60 anos, que coincidentemente é no mesmo dia em que o novo namorado de Bridget fará 30. Um flashback explica a morte do seu amado Marck Darcy e seu retorno à condição de solteira desastrada e sem noção em busca do amor. O resultado é um daqueles livros deliciosos que não queremos terminar.

humor (nem sempre compreendido), sexo e a mais absoluta e completa falta de vontade de ser politicamente correto. Há quem tenha amado e há quem tenha detestado o filme, mas vale a locação (o filme, que estreou no cinema em junho chega às locadoras agora em dezembro) nem que seja só para acompanhar esse retorno às raízes de Almodóvar. A dinâmica lembra a de “Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos”, histórias que se misturam e são contadas dentro de um avião na iminência de se acidentar. Logo no comecinho, Antônio Banderas e Penélope Cruz aparecem em uma participação afetiva, porém decisiva ainda na pista do aeroporto; e a partir daí está tudo lá: as cores, o exagero, as situações impossíveis, o esculacho, tudo no melhor estilo Almodóvar de fazer comédia. Para fazer rir e pensar.


CD

New Paul McCartney

Sempre Novo É possível renovar-se como artista aos 71 anos de idade e mais de 50 de carreira? New, álbum recém-lançado (o primeiro de inéditas desde Memory Almost Full, de 2007) por Sir Paul McCartney é uma belíssima prova de que sim, pelo menos para o incansável Macca. O nome não poderia ser mais apropriado; afinal, o disco é um encontro de Paul com sua história musical, uma verdadeira aula de “Brit Pop”, com pitadas Indie, Folk, R&B, um gostinho misturado de Beatles e Wings, até um pequeno flerte com o eletrônico, e claro, uma pegada absolutamente rock’n roll. Todos estes tons podem ser sentidos passando pelas 15 faixas do disco que mostram um Paul vibrante, dançante e bastante à vontade mesmo quando fora de sua zona de conforto. Cercado por quatro dos mais destacados produtores da cena atual, ele respira juventude e modernidade que podem soar como uma surpresa... ou não! Um daqueles CD’s para apertar o play e deixar rolar sem medo. Mas o melhor de tudo é chegar ao final da audição com a nítida impressão de que o “velho” Macca está sempre novo. New tem a produção de Giles Martin (filho de George Martin, lendário produtor dos Beatles), Mark Ronson (que produziu “Back to Black”, da Amy Winehouse), Ethan Johns (Kings of Leon, Joe Cocker) e Paul Epworth (de Bloc Party a Florence and The Machine, passando pelo igualmente premiado “21”, da cantora Adele).


Boas

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Festas

Fim de ano, Natal, Ano Novo. Tempos para brindar os melhores sentimentos. Confraternizar, abraços, beijos , e quantos brindes levantar em nome do amor, da amizade, da união, prosperidade e sucesso. Tudo isso, presente em uma noite especial que registramos para expressar os desejos da revista Mais Mais Perfil para você leitor. A vocês parceiros, que há quase 10 anos nos incentivam a seguir .com seus elogios e apoio. Com esse time de mulheres luxuosas, que sabem fazer acontecer o brilho, que sabem fazer valer a união, o carinho e bons desejos. Com Vanessa Gimenez, Míriam Santiago, Débora de Spirito, Luciana Sabbagh, Kátia Paolielo, Raquel Coelho Abrantes, Lena Trindade, Salete Neves, Sônia Miranda, Fátima Simões e Geovana .

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Mais Mais

Ponto de Vista Diego Trindade D’Ávila Magalhães

Falta Inteligência no Brasil: é falta de inteligência? O presidente Bush estava em uma escola primária longe de Washington, quando recebeu a notícia dos atentados de 11 de setembro de 2001. Mesmo assim, ele pode dar ordens diretas a autoridades civis e militares na capital. Aparentemente, ele usou um telefone preto e grande, na verdade, era um moderno equipamento que permite receber e enviar mensagens criptografadas (codificadas), usando os mesmos cabos telefônicos que um valadarense usa quando liga para seus parentes em Massachusets. Quem conseguisse interceptar a ligação de Bush não compreenderia as mensagens, porque ouviria sons estranhos, códigos. Aquele aparelho telefônico resultou de pesquisas da National Security Agency (ou NSA, uma das agências de Inteligência dos EUA) e esclarece o significado de contra-inteligência: “adoção de medidas que protejam os assuntos sigilosos relevantes para o Estado e a sociedade e que neutralizem ações de Inteligência executadas em benefício de interesses estrangeiros”. Este é o conceito usado pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que também consegue fazer coisas parecidas com o que faz a NSA, embora sofra com falta de atenção e de recursos do governo brasileiro. No Brasil, sabe-se que a presidente Dilma fala ao celular sem se preocupar com escutas, ignorando conselhos de assessores. Segundo Matias Spektor, um funcionário do governo americano disse que “a bravata brasileira sobre a espionagem é pirotecnia pura”. Spektor, confuso, disse: “Espera aí, se vocês acham isso mesmo, estão mal informados”. O americano reclinou-se na poltrona lentamente e explicou: “Se fosse para valer, ministros e diplomatas em 50

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Brasília já teriam deixado de tratar de seus negócios oficiais por Gmail e WhatsApp”. Pouco antes desse diálogo e do escândalo sobre a espionagem que os EUA praticam no Brasil, o Governo Federal não acatou a solicitação da ABIN para a abertura de concurso público. Houve três concursos de 2004 a 2010, mas foram insuficientes para suprir as demandas atuais. Criada em 1999, a ABIN representou o maior esforço para reavivar as atividades de Inteligência no país, após 10 anos sendo relegadas ao segundo plano. Trata-se do órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN, que reúne diversas instituições e ministérios do Estado), que assessora a Presidência em assuntos da mais alta relevância para o Estado (seja qual for o partido no governo). Diante desse contexto, torna-se crucial reiterar a importância de atividades de Inteligência para qualquer país e promover a discussão acerca dos motivos para a fraqueza do Brasil nessas atividades. Há desafios gigantescos pela frente, que exigem investimento em pessoal e em tecnologias de ponta. A maioria das informações relevantes para a Inteligência é ostensiva: não é classificada como confidencial por governos nem é protegida por direitos de privacidade de qualquer cidadão. É necessário um quadro de servidores qualificados e amparados por tecnologias, para filtrar esse oceano inquantificável de informação. Entre os desafios da Inteligência estão partes da visualização de ameaças a interesses a cidadãos (direitos de privacidade, proteção de brasileiros no exterior), a empresas (a Petrobrás,

a Embraer), a recursos naturais (o pré-sal, a Amazônia) e a instituições do Estado (o sistema eleitoral, autoridades de Estado). No caso do Brasil, (1) é vital estudar as intenções e as capacidades (militares, institucionais, políticas) de Estados que poderiam representar ameaças; (2) é vital combater redes de tráfico de armas e de drogas, que ameaçam o próprio Estado; e (3) é primordial perceber o estado de infância das capacidades brasileiras de combater ameaças cibernéticas, que colocam em risco os sistemas elétrico, governamentais e mesmo de defesa nacionais. Tudo isso exige uma grande capacidade de coletar, analisar e interpretar informações. A classe política não está preparada para compreender as demandas dos serviços nacionais de Inteligência. O que falta? Falta integridade. O desvio de recursos, o superfaturamento e recursos mal gastos em atividades de segurança e de inteligência marcaram os Jogos Pan-Americanos de 2007, e tudo indica que ocorrerá o mesmo na Copa do Mundo (2014) e nas Olimpíadas (2016). Além disso, há indícios de que governantes e legisladores envolvidos com atores que representam ameaças: pessoas (traficantes de armas e de drogas), empresas (aquelas que praticam espionagem industrial ou que buscam por informações privilegiadas) e, inclusive, governos estrangeiros. Falta interesse? Que político envolvido com tráfico de drogas aprovaria investimentos na ABIN, órgão que, juntamente com a Polícia Federal, contribui para combater a contaminação do Estado brasileiro por esse tipo de criminoso? Falta inteligência? É urgente entender a importância das atividades voltadas para a proteção de interesses nacionais e para a projeção de cenários em que o Estado e a sociedade estariam ameaçados.

Diego Trindade D’Ávila Magalhães Doutorando em Estudos Estratégicos Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). diegotdm@gmail.com


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