Perfil Mulher

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Mais Mais Perfil Mulher

Foto: MARQUINHO SILVEIRA

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Nยบ 26 - Dezembro/2011 - Proibida a venda




Sumário

Mais Mais Perfil Mulher 12 14 23 32

Ana Laura e Dita Brasiliense Marley Castellan Armond Maria Prado Natalina Fernandes

Mais Mais Acontecimento

50

Ritos resgatados 16

Ágora por Wilma Trindade

08 Ponto de Vista Ajuste de Conduta Etelmar Loureiro

10 Mais Mais Gente

40 Mais Mais Gente

26 Mais Mais Gente

42 Mais Mais Gente

por Wilma Trindade

20 Ponto de Vista Stress e vida Cristiana Trindade

46 Ponto de Vista E o bolo caiu no chão... Crisolino Filho

54 Ponto de Vista Nova globalização Novos globalizadores Diego Trindade d´Ávila Magalhães

27 Mais Mais Empreendimentos

Residencial

Ouro Verde

por Wilma Trindade



Editorial

Wilma Trindade

“Bom mesmo é celebrar. Bom mesmo é ser feliz!” A capa dessa 8ª edição da revista Perfil Mulher foi proporcionada pela Água de Cheiro e reflete todo nosso orgulho e alegria de festejar o Natal, comemorando os 7 anos da revista Mais Mais Perfil Mulher. Um caminho de bons combates, algumas inseguranças e muitas vitórias. E é nesse clima dourado de fim de ano que trazemos a você a confiança dos nossos apoiadores comerciais, a inteligência de nossos colaboradores e o carinho que essa editoria teve em suas escolhas, para fazer de sua leitura uma conscientização, com o mais puro prazer. Com essa Perfil Mulher nos despedimos de 2011, acreditando que a virada trará a todos nós a segurança de menos ratos nas instituições governamentais, menos corruptos e corruptores, menos traficantes e viciados, menos malandragens e sacanagens com o povo brasileiro. E à meia-noite do dia 31 vale, para nós do Leste de Minas, incluir na simpatia das sete uvas e sete pedidos a duplicação da BR-381. 2012 se vislumbra cheio de expectativas e muitos investimentos. Que a bola role para gol desse grande Brasil, muitas vezes driblado e envergonhado. Brindemos, pois, à esperança! Agradecemos a colaboração da Relíquia Interiores e a todos que estiveram com a gente durante esses anos, e sempre a Deus, o nosso maior apoiador. E, desejamos a você um Natal pleno de alegria e paz. Que 2012 seja a realização do seu sonho maior. Feliz Natal! Feliz ano Novo!

Expediente Editoria Geral: Fotos Perfil: Fotos Sociais: Colaboradores:

Design Gráfico: Revisão: Impressão: Tiragem:

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Wilma Trindade Ademar Lima e Studio Kk Gontijo Wilma Trindade, Kk Gontijo, Benício Reis, Dani Pealer Crisolino Filho Diego Trindade D´Ávila Magalhães Paula Greco Cristiana Trindade D´Ávila Magalhães Etelmar Loureiro Alderson Cunha (Kila) Tarciso Alves Lastro Editora 5.000 exemplares

Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Dezembro / 2011 Contato: (33) 3271-1865 / (33) 9953-1124 / 8843-5522 / 8437-0707 wilmaperfil@hotmail.com | www.maismaisperfil.com


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Mais Mais

Ponto de Vista Etelmar Loureiro

Ajuste de conduta A corrupção brasileira tornou-se epidêmica, está em toda parte. No executivo, no legislativo, no judiciário, no esporte, na educação, no transporte, nas religiões, em qualquer lugar há sempre alguém metendo a mão no dinheiro do povo. Historiadores “genéricos” não têm dúvida em afirmar que se trata de mal congênito, provocado por um vírus que chegou ao Brasil no descobrimento, a bordo da esquadra de Cabral. Especula-se que já naquela época teria acontecido o primeiro caso de desvio de recursos, por parte da ONG “Parceiros do Tesouro”, incumbida de administrar o programa “Minha Tribo, Minha Vida”. Sem falar na descoberta de que uma das caravelas lusitanas havia sido comprada por preço inferior ao de mercado. Até hoje, único caso em que a fraude aconteceu por subfaturamento do bem adquirido. Coisa da terrinha... Daí ao “mensalão” do PT foi só questão de tempo, mas sem perda de tempo. A roubalheira avançou no mesmo ritmo da história: célere e implacável. Segundo conclusão da revista Veja, “a cada ano, a corrupção rouba dos cofres públicos brasileiros a exorbitante quantia de 85 bilhões de reais. Esse montante seria suficiente para resolver os principais problemas do país e acelerar seu desenvolvimento”.

Chegou-se a ponto de ações preventivas e punitivas perderem eficácia. Descarados e confiantes na impunidade, os corruptos avançam ferozes e impiedosos. Um velho ditado ensina que “se não puder vencer o inimigo, junte-se a ele”. Por analogia, talvez fizesse sentido imaginar que “se não puder eliminar o mal, aproveite-se dele”. Não se trata de aliar-se aos corruptos, tampouco de receptar algo do que costumam abocanhar. O plano consistiria em estabelecer com eles um “ajuste de conduta” que tornasse mais fácil a apuração e minimizasse os efeitos de suas ações. A primeira providência seria a formação do Cadastro Geral de Corruptos (CGC) com foto, identidade, CPF, endereço e demais dados dos profissionais da área. Dessa forma, haveria condições de emitirse nota fiscal, recibo ou outro documento que, quando necessário, comprovasse o ilícito. Acabaria essa história de roubar e depois negar. Paralelamente, instituir-se-ia o Imposto Sobre Valores Desviados (ISVD), incidente sobre quaisquer quantias surrupiadas dos cofres públicos. Para efeito de tributação, os corruptos seriam classificados em micro, pequenos,

médios e grandes, cada um com seu “limite operacional” e campo de atuação definido. Ninguém poderia agir em mais de uma “frente”, ou seja: se, por exemplo, roubou na área da saúde, não poderia fazer o mesmo em outro setor. O percentual do imposto variaria conforme o valor do desfalque. Quanto maior o furto, maior a alíquota. A cobrança alcançaria individualmente corruptos ativos e passivos, nas mesmas bases. Como toda obrigação gera direitos, os corruptos passariam a ter, entre outros, os benefícios do Fundo de Incentivo à Corrupção (FIC) e do Programa de Amparo à Corrupção (PAC). O primeiro destinado à capacitação da “classe”; o outro incumbido de dar assistência ao contraventor e à sua família, nos casos de demissão do cargo, aposentadoria, invalidez, prisão ou morte (preferência pelos dois últimos). Na temporada de obras relacionadas com a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016, está todo mundo de olho nos recursos financeiros que sairão dos caixas oficiais. O campo tornou-se mais propício a tramoias e falcatruas. Muito dinheiro escoará pelos ralos da corrupção. Necessário, pois, encontrar um meio, mesmo bizarro, de regular esse processo, na tentativa de salvar pelo menos parte do que os fraudadores insistem em furtar. Melhor que nada. A taxação dos valores roubados é alternativa sujeita a análise e aperfeiçoamento. Em tão curto espaço, seria impossível concebê-la perfeita. Tem tudo pra dar certo, desde que o lançamento do tributo não fique a cargo do contribuinte que se quer alcançar. Aí seria bicorrupção!

Etelmar Loureiro Bacharel em Direito E-mail: etelmar@gmail.com Blog: http://gentefatoseabstratos.blogspot.com

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A Honda Biz e a Honda Lead são como você, a cada dia estão mais bonitas e modernas. Seus novos designs encantam pela beleza e se consagram pela segurança, ambas com injeção eletrônica, que garante retomada de velocidade mais rápida. A Lead tem transmissão automática, que facilita a pilotagem e a nova Biz ganhou um assento mais largo e baixo, para o conforto do piloto e do carona. Sem falar na praticidade de seus porta-objetos, na economia de seus motores, no modelo Flex e na durabilidade de uma Honda. E você já sabe, é Honda, é Motomol.

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Mais Mais Perfil Mulher

Gente Wilma Trindade

SuperI TV

João Emídio e Cibele recebendo Alexandre Matar- leia-se Farmácias Indiana

Antônio Rodrigues Coelho, João Campos e João Emídio

Karina, Aparecida, Cibele Barra

Miriam Rodrigues Coelho

Incentivados pelo artigo “Perca o medo de celebrar suas vitórias”, do antropólogo Luiz Marins, os superdiscretos empresários valadarenses Antônio Rodrigues Coelho, João Emídio Rodrigues Coelho e João Campos de Oliveira, diretores da Super I Telecom – TV por assinatura - receberam em grande estilo para comemorar a conquista do controle acionário da empresa esponhola Media Networks Latim America. Mais do que uma vitória, um progresso para nossa cidade. A Super I TV estará em todo Brasil através do modelo de Franquia.

Mônica, da Neo TV e Camila Gil da Mídia Networks

Marcelo Marigo, Carlos Eduardo Pimentel e Cantídio Ferreira

Edvaldo Soares

Prefeita Elisa Costa e Fabiana Cabral

Mariana Coelho Barra Estonteante

Lucca Rodrigues Coelho e Ariane

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Antônio Rodrigues Coelho Neto com Edene, gerente da Super TV de Linhares, e Valdomira, contadora da empresa

Ana Karina Dutra ladeada pelos vereador Glêdston e o vice-prefeito Brito


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Ana Laura & Dita Brasiliense

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Uma neuropsicóloga, uma cirurgiã dentista, muito conhecimento, muita competência e uma afinidade que ultrapassa os laços de sangue ou parceria de trabalho. Ana Laura e Maria Ditargíria (Dita) Brasiliense são irmãs e sócias no CAB – Centro de Atendimento Brasiliense. Mas o que elas compartilham vai muito além disso. O gosto pelos estudos – uma herança paterna que as enche de orgulho, os múltiplos interesses, o respeito pelo semelhante, o carinho dispensado a cada paciente, a visão humanizada e intertidisciplinar de trabalhar na complexa área de saúde. O CAB foi fundado em 1994, quando Dita terminou sua graduação em odontologia e Ana Laura já trabalhava como psicóloga. Durante muitos anos, o centro de atendimento contou também com a dedicação e a mão firme de outra irmã, Lourdinha, cujo falecimento precoce deixou uma saudade eterna e uma ausência compensada com boas doses de superação e ainda mais entrega ao trabalho pelo qual ambas são apaixonadas. Observando-as juntas fica fácil entender porque elas se dão tão bem. Não raro, as frases de uma são completadas pela outra. Os casos de ambos os consultórios são compartilhados, numa rica troca de idéias. No acolhimento aos pacientes, a atenção primorosa também vem em dose dupla. Sim, elas são complementares, mas não uma unidade. Como pessoas e profissionais, têm suas particularidades, e falar de cada uma individualmente traz delicadas e agradáveis revelações. Falante e ao mesmo tempo muito observadora, Ana Laura começou sua trajetória profissional com a graduação em Letras. Depois estudou pedagogia, especializando-se em orientação educacional, atividade que exerce até hoje, e atuando também como psicopedagoga. A psicologia veio em seguida, como uma necessidade natural de aprofundar conhecimentos e práticas em seu trabalho. Da mesma forma, a opção pela neuropsicologia surgiu da prática em consultório e em escolas. Inicialmente trabalhando com a faixa etária infanto-juvenil, Ana Laura foi, com o passar do tempo, estendendo seu atendimento para outros públicos, atuando de forma interdisciplinar com psiquiatras e neurologistas, prestando tratamento terapêutico a pacientes de diferentes idades e disfunções, como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) até portadores de Alzheimer. Com seu jeito sério e centrado de falar, Dita conta que desde a faculdade a área de prevenção sempre despertou seu interesse. Para ela, a opção de tratar antes de adoecer evita danos à saúde – bucal e como um todo – e poupa os pacientes de dores e desconfortos. Não por acaso, ela tornou-se especialista em saúde coletiva pela UFMG. Atendendo pessoas de todas as idades, Dita guarda um carinho especial pelo trabalho com as crianças e com pacientes da 3ª idade. O aperfeiçoamento em geriatria pela ABO veio ao encontro desta prática. Em seu trabalho – que muitas vezes é feito em parceria com colegas – Dita ressalta a importância de uma abordagem correta, do diagnóstico e da orientação detalhada a cada paciente. Cuidadora nata, ela sempre teve um especial interesse pelo trabalho dos profissionais de enfermagem. Mas foi a doença do pai e sua vontade de cuidar dele agregando respaldo científico ao carinho e atenção, que levaram-na de volta à faculdade, onde cursou enfermagem, somando conhecimentos que muitas vezes coloca em prática no seu consultório. Individualmente competentes, profissionalmente afinadas e pessoalmente muito unidas, as irmãs Ana Laura e Dita Brasiliense reúnem todos os ingredientes necessários para tornar bem-sucedida uma parceria de trabalho e de vida.


Foto: ADEMAR LIMA

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Marley Castellan Armond

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“Vamos tentar. Se não tentarmos, não vamos saber se conseguimos”. A frase, do educador e visionário japonês Toru Kumon, cabe como uma luva para ilustrar o resultado das muitas e bem sucedidas mudanças que aconteceram recentemente na vida da empresária Marley Castellan Armond. O casamento feliz, com muita cumplicidade e afeto, o sucesso dos filhos mais velhos cursando boas faculdades em Belo Horizonte, somados à tranqüilidade de uma rotina prazerosamente organizada, poderiam ter acomodado Marley. Entretanto, a coragem e o prazer pelo desafio deram o “start” para um recomeço de muito trabalho, mas também de muitas conquistas. O autor da frase citada não foi escolhido por acaso. Esta metamorfose está ligada diretamente à franquia do método Kumon de ensino, que Marley assumiu desde o ano passado. Na verdade, houve uma espécie de “namoro antigo”, que finalmente se concretizou. Ela conheceu o método Kumon quando os 3 filhos, Márcio, Mateus e Marcela, ainda eram pequenos, com idade pré-escolar. A capacidade de concentração, rapidez de raciocínio e desenvolvimento da acuidade mental que o método proporciona encantaram Marley. Enquanto os meninos e ela mesma estudavam em uma das unidades do Kumon de Governador Valadares, surgiram alguns convites para ela trabalhar com o método, sempre deixados de lado por contingências cotidianas. Mas por acreditar que tudo vem no tempo certo, Marley teve a paciência de esperar a ocasião perfeita. Depois de um período de treinamentos, provas e entrevistas, que durou quase seis meses, ela assumiu, em setembro de 2010, a direção de sua própria unidade do Kumon. Quando começou a trabalhar eram exatos 51 alunos, aos quais Marley se dedicou com o mesmo empenho e seriedade que coloca em tudo o que faz. O resultado é que em maio deste ano já eram mais de 120 alunos. Isto motivou a mudança para um espaço mais amplo e confortável, preservando o ambiente de serenidade e concentração e o acompanhamento personalizado que caracterizam as atividades do método. O entusiasmo com o qual Marley fala sobre o Kumon dá a certeza de que ela está realizada profissionalmente. O método criado em 1954 por um professor japonês, Toru Kumon, possibilita que o aluno aprenda a buscar a informação por si próprio, resolve e corrige exercícios (tudo com um mínimo de ajuda do orientador) se tornando um autodidata, além de desenvolver diversas outras capacidades, como hábitos de estudo, concentração, raciocínio lógico, agilidade mental, capacidade de execução de tarefas, autonomia, responsabilidade, disciplina, entre outras. Atualmente existem centenas de unidades em mais de 50 países pelo mundo. Marley diz que a prática do método Kumon ajudou-a muito no período de adaptação à nova rotina, e que hoje se vê tranquilamente fazendo este trabalho pelos próximos 10 anos ou mais. Em razão deste novo ritmo de vida, Marley lamenta ter que suspender a realização da festa dos anos 60, 70 e 80, “No Túnel do Tempo”, que ela e o marido Hélcio Armond organizam há quase 10 anos no Filadélfia. Tranquila e perfeccionista, ela prefere retomar o projeto apenas quando puder se dedicar a ele tanto quanto antes, para que tudo esteja maravilhoso como sempre foi nas edições anteriores. Normalmente discreta e até um pouco tímida, Marley é avessa aos holofotes e, mineiramente, gosta mais de atuar nos bastidores. A fala mansa é típica de quem gosta de uma boa conversa, de cultivar bons amigos. Já o brilho do seu sorriso revela o espírito festeiro e uma alegria inerente de quem se sabe protagonista da própria vida.

RESSONÂNCIA O QUE TE MOVE? - Antes de tudo, o amor pelos meus filhos e a vontade de servir. O QUE TE COMOVE? - A injustiça. A insensibilidade da sociedade diante de tanta gente que sofre é incompreensível. O QUE TE TIRA DO SÉRIO? - Quando percebo que estão abusando da minha boa vontade. O QUE TE ALEGRA O CORAÇÃO? – O sorriso de minha mãe. O testemunho do sucesso dos nossos alunos do Kumon. O QUE NÃO PODE FALTAR EM CASA? - Um ambiente de harmonia, respeito, paz e amor. DIANTE DO ESPELHO... – Sou paciente, tenho muita fé em Deus. Acredito na realização de meus sonhos. Sei esperar o momento certo. NO APERTO: Deus. SEU LUGAR NO MUNDO: - Minha casa. O MAIS NOBRE DOS SENTIMENTOS: O amor e a solidariedade andam juntos. ELEGÂNCIA É: - Ser simples e autêntica. O MAIOR MEDO: - de como vai estar o mundo daqui a alguns anos. Preocupo-me com o meio ambiente e com os valores morais para as gerações futuras. O MELHOR MOMENTO: - Quando estou com minha família. AQUELA PESSOA: - Meu marido, amigo e companheiro: Hélcio. UM SONHO POSSÍVEL: - O sucesso dos meus filhos. VOCÊ EM POUCAS PALAVRAS: Gosto do que é simples. Adoro uma boa amizade, um bom filme, um bom livro e viajar.


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Mais Mais

Opinião

“CD do Belusconi O ex-1º ministro da Itália, famoso pelos seus affairs “infanto-juvenis”, sem o poder do cargo encontra nova maneira de colocar em prática seu romantismo e sex-appeal.

A Itália no Brasil

Desde outubro vive-se o Ano da Itália no Brasil, que vai até junho de 2012. Por todo o país, eventos que colocam o Brasil direto com a importância, a abrangência e a riqueza da história e cultura italiana. Em BH, na Casa Fiat, a exposição “Roma, a Vida e os Imperadores” conquista os mineiros. É simplesmente imperdível. Os capixabas tiveram o privilégio de receber primeiro a espetacular exposição “Modigliani: Imagens de uma Vida” –São 188 obras e traz 12 pinturas em óleo originais e 5 esculturas em bronze. Todo o acervo vem do Instituto Modigliani, em Roma e foi montado por uma concepção inédita que traça o panorama da vida e da obra do artista. Em Vitória, no Palácio das Artes, até o dia 18 de dezembro.

Ágora

por Wilma Trindade

Pensar Brasil

No caderno Pensar Brasil, do jornal Estado de Minas do dia 12 de novembro, Marcelo Freitas entrevista o engenheiro Oded Grajew para o Dossiê Prioridade Um. “O que falta é governo porque, na realidade, tudo que nos falta, enquanto nação, depende muito de políticas públicas eficientes”...

Outra

“... O nosso sistema eleitoral é montado para favorecer quem financia a campanha. E quem financia a campanha é quem tem poder. Pobre não financia campanha eleitoral, O resultado concreto disso é que o eleito passa a metade do mandato tentando retribuir a contribuição dada à campanha. E a outra metade montando o caixa para a eleição seguinte”.

Um leque de possibilidades se abre, quando em ti, meus olhos pairam Um infinito de cores e traços Refletem na retina a beleza de ser, ave e macho. Wilma Trindade

Mal Secreto Uma pérola do jornalista e escritor Zuenir Ventura, que em seu livro “Este pecado capital”, define a diferença entre ciúme, cobiça e inveja. “ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem; e inveja é não querer que o outro tenha”. Sobre o mesmo tema, ele próprio cita a socialite Vera Loyola. Para ela “o verdadeiro amigo não é o que é solidário na desgraça, mas o que suporta o seu sucesso”.

A função do Côncavo

Jóias da Rainha Ornamentado por rubis , diamantes e uma pérola do século 14 conhecida “La Peregrina”, que já pertenceu à rainha inglesa Mary I e avaliado em mais de 2 milhões de dólares, o deslumbrante colar é apenas uma das jóias da atriz Elizabeth Taylor, que vai a leilão em Nova York, entre os dias 3 e 16 de dezembro. O acervo, que inclui outras peças igualmente impressionantes e tem valor estimado em mais de 31 milhões de dólares, circulou por capitais européias e asiáticas, provocando frisson entre fãs e colecionadores endinheirados. Exemplarmente, a renda do leilão será revertida para “The Elizabeth Taylor Aids Foundation”.

Você sabe distinguir tartaruga macho, da fêmea? Olhe essas fotos feita pela Mais Mais Perfil e entenda a função do côncavo. E nem vem dizer que é cultura inútil. É só para dar a entender que tudo tem sua razão de ser...

O poder da Mulher

Com o tema “ O Despertar da Mulher Cooperativista” aconteceu o 1º Encontro de Mulheres Cooperativistas de Governador Valadares, com palestrantes de alto nível . “O poder da Mulher”, proferida pela jornalista Inácia Soares, e a palestra “A participação da Mulher como um diferencial no ambiente Cooperativista”, por José da Paz Cury, administrador de empresas e conferencista. Saber mais: mulherescooperativistas@yajoo.com.br.

Período Insalubre E coube ao Poder Judiciário dar o ultimato à prefeitura de GV para sanar a fétida água do SA AE, fornecedor da água do município. 10 dias a partir de 24/11. A multa é de 100 mil por dia se não atender. A comunidade rezando para que consigam sanar o problema, não pela condenação mas, claro, para sua volta à normalidade. Mais de um mês comprando água mineral.

Concurso de retrato

Em Vitória, no Espírito Santo, para atrair o jovem para essa exposição “Modigliani: Imagens de uma vida”, a prefeitura criou um concurso de retratos voltados para estudantes de arte e artistas plásticos de todo o Estado. E oferece uma passagem de ida e volta para Roma, para o estudante ou artista que pintar uma tela representando a temática da exposição. Enquanto na Planície estão ligados na Valéria do Bonde. É uma Zorra Total.



Mais Mais

Acontecimento

Celso, Aline, Letícia e champã

E de repente... 4.0

Zulma e Luiz Claro Pitanga, Elaine e Paulo, Aline e Celso

Com físico e pique de jeunesse dorée, a bem-casada Aline, com o maridão Celso Gama, iluminou e sonorizou a área verde de sua mansão para ostentar com toda joier de vivre seus 4.0. (que ninguém os daria, nem com microscópio). Foi arrasante. Luzes especiais, tendas e palco para a Mi Leva, ao vivo, arrastar todos para o axé music e, mais tarde, muito rock and roll. O capricho da mesa para os parabéns e o cardápio delicioso do Buffet, as 120 cadeiras de acrílico e o charme de legítimo champã francês ditavam o luxo e o caráter intimista da festa. A felicidade da aniversariante, contagiante. E haja brindes, sorrisos, abraços e beijos. Animação que pegou geral até mais de 4 da manhã. A fotógrafa Dani Tealer registrou e a Mais Mais Perfil compartilha com você essa beleza de festa, de família, de amigos. Como dissemos um dia desses, os 4.0 já não assustam mais. Chegamos a eles, apenas começando a viver.

Com Luiz Claro Pitanga Com o amigo Edvaldo Soares

Com Gisele e Zé do Carmo

Com a filha Letícia

Celso e Aline com Fabiana e Marcos Lopes Faria Aline, sua mãe Eni e Celso

Isabel, Márcia, Eusana e Gabriel com a aniversariante

Com Helania e Viviane

Telma e a filha Mariana com Aline

Com Sézzary, Tânia, Terezinha, e Lincoln Alvarenga


Aline e Millena

Júnior e Celso Gama

No pique da banda Mi Leva

O beijo da felicidade

Com Telma e Edmílson Soares

Os anfitriões com Ligia e Ignácio Tomé Sâmara Nick

O pique de Pedro Lucca

Sérgio Naves e Débora

Dayse, Vitória, Adílson, Vinícius e Mariana

A anfitriã com Aline e Thiago Elaine Pitanga na pista Gustavo Vitói e Ana Flávia

Celso e Aline , Erika e Fabiano Honorato

Marli, Celso e Aline, Marum Godinho

Cristiano e Quésia

Domício e Aline com a aniversariante

Maurício e Patrícia com Aline

Aline e Luciana

Sézzary com Marcela e Kk Gontijo

Felipe e Géssica com os anfitriões

Amanda, Vitória, Letícia


Mais Mais

Comportamento

Stress e Vida O equilíbrio do organismo depende de uma série de fatores externos e internos, interligados. Externos referentes ao ambiente ao qual o indivíduo se expõe em suas atividades de trabalho, família, lazer, dentre exigências à adaptação a eventualidades nestes contextos. Os fatores internos dizem respeito à interpretação cognitiva e emocional que o indivíduo desenvolve em relação ao ambiente e aos eventos da vida e as manifestações fisiológicas decorrentes deste processo. As nossas respostas emocionais são complexas e a extensão do seu repertório envolve a interação da nossa percepção que relaciona meio externo e interno mediante processos cerebrais. Esta dinâmica promove reações corporais intrínsecas, a fim de adaptar o corpo à determinada situação ambiental. As emoções têm uma função biológica, ou seja, são importantes para que os animais apresentem comportamentos adequados ao contexto, aumentando sua chance de sobrevivência. Para os humanos, no entanto, a emoção tem uma dimensão subjetiva, que a transforma em uma experiência única. Através da interação comportamental, são associados emoções e sentimentos a processos interligados ao arcabouço da cognição: atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem. As áreas cerebrais envolvidas na cognição e no controle emocional e motivacional se conectam a circuitos nervosos que ativam reações fisiológicas, o que torna possível a relação organismo- meio ambiente. . A porção basal do Sistema Nervoso Central, o Sistema Límbico, é formada por estruturas que regulam o processamento das emoções e atividades autonômicas como: alterações no sistema cardiovascular, gastrointestinal, no controle da alimentação, da ingestão de água e da temperatura corporal, mantendo uma cadeia de relação mútua com praticamente todos os órgãos. Mediante conexões complexas entre seus 20

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elementos e áreas específicas do córtex cerebral, este sistema se apropria do estímulo e o torna vivo, multicolorido e único, cheio de subjetividade e sentido, embebido dos efeitos de dor, prazer, raiva, paixão, medo, coragem. Esta conjectura teatral, configurada no entrelace do interno com o externo, nos torna singulares e são as características desta singularidade que muitas vezes nos iludem e constroem armadilhas. Todos esses aspectos, emoção e razão, biologia e comportamento, entrelaçados, da forma como procedem, podem ocasionar distúrbios psicofisiológicos. Um estado doentio do corpo pode estar associado a pensamentos e reações inadequadas frente aos desafios cotidianos, e vice- versa. Experiências de vida configuram nosso cérebro, mediante alterações de processos bioquímicos que podem levar a uma maneira de pensar e sentir o mundo, propícia a desencadear patologias físicas e/ou psíquicas. Deste modo, a forma como o indivíduo aprende a lidar com situações e constrói valores e crenças, perdura ao longo de sua vida, pela instalação de uma configuração de ação do sistema límbico que predispõe de conceitos predicativos como, por exemplo, bom ou mau, amedrontador ou encorajador. Quando estas crenças são adequadas podem auxiliar o ser humano no desenvolvimento de estratégias de vida, que facilitem o manejo psíquico em situações estressantes. Mas quando as reações não são assertivas servem como fontes em potencial para o desenvolvimento do stress. O termo stress, segundo Marilda Emmanuel Novaes Lipp, fundadora do Centro Psicológico de Controle do Stress (CPCS) em Campinas- SP, aponta para “[...] uma reação desencadeada por qualquer evento que confunda, amedronte ou emocione a pessoa profundamente”, alterando o equilíbrio interno, se referindo a uma ação adaptativa orgânica frente a situações incomuns, sejam elas positivas ou negativas para o indivíduo. Ou seja, tanto um acidente de carro como uma promoção no

Cristiana Trindade *

trabalho podem ser situações desencadeadoras de stress, pois qualquer tipo de mudança exige do organismo uma energia de adequação. As manifestações do stress são ações de preservação da vida. Uma determinada circunstância, ao adquirir característica ameaçadora pelo indivíduo, através do sistema límbico, requer uma atividade exacerbada do sistema nervoso simpático e do sistema endócrino, que se manifesta em reações como o aumento da pressão arterial e da freqüência cardíaca, a dilatação das pupilas, a reconfiguração da distribuição sanguínea, aumentando o volume de sangue para os músculos e cérebro, e diminuindo o sangue dirigido à pele e vísceras, entre outros mecanismos que objetivam deixar o corpo em estado de prontidão. Assim que o estressor desaparece, ou quando o corpo deixa de perceber e associar uma determinada circunstância a um estressor, estas manifestações orgânicas são interrompidas, voltando ao estado de equilíbrio interno. Se, no entanto, por alguma razão, o organismo é continuadamente submetido à estimulação estressante, ou se vive uma experiência intensa de stress mesmo que seja por um período de tempo irrelevante, poderá não recuperar seu funcionamento normal e será obrigado a manter o esforço de adaptação. Neste caso, a hiperatividade do funcionamento orgânico pode acontecer mesmo sem a presença do estressor ou como resposta exagerada ao estímulo. Esta contingência reduz a capacidade do sistema imune, possibilitando o aparecimento de doenças. O desenvolvimento do stress pode acarretar grande dano à saúde e à qualidade de vida da pessoa. O prejuízo decorrente de um desgaste geral do organismo depende da persistência da situação por um longo período, da intensidade do fator estressante para o sujeito, da vulnerabilidade física ou psicológica e da habilidade de administração do stress que o individuo adquiriu durante a vida.


Lipp deixa implícito em seus textos a existência de estressores biológicos e aprendidos. Menciona o frio, a fome e a dor como estressores que atuam no desenvolvimento do stress automaticamente e não dependem da interpretação do indivíduo, pois desencadeiam por natureza os mecanismos orgânicos reativos. E se refere a estressores internos, àqueles correspondentes a crenças irracionais atribuídas a valores adquiridos durante a vida, padrões de comportamento, falta de assertividade e dificuldade de expressão dos sentimentos, entre outros. A ansiedade, angústia, preocupação excessiva, dúvidas quanto a si próprio, dificuldade de concentração e hipersensibilidade, são algumas manifestações psicológicas do stress. A raiva e o medo também são reações observadas no stress, assim como a apatia, depressão, o desânimo, e a sensação de desalento. O stress excessivo tem ainda potencial para desencadear surtos psicóticos e crises neuróticas Das reações essenciais á sobrevivência, o stress pode desenvolver além dos distúrbios

psicológicos, doenças graves, contribuindo para a etiologia de patologias como também para o agravamento do estado enfermo. Vale ressaltar que ao stress não pode ser atribuído o papel de causa exclusiva destas doenças, dentre elas estão a hipertensão arterial sistêmica, úlceras gástricas, obesidade, câncer, psoríase, tensão pré- menstrual, vitiligo, colite ulcerativa e retração de gengivas. O stress é um fator importante no desencadeamento destas que, provocando um funcionamento de magnitude atípica das funções adaptativas, contribui para a vulnerabilidade do organismo. O cérebro, a subjetividade e o resto do corpo são indissociáveis, integrados em seus componentes, entre reguladores bioquímicos endócrinos e neurológicos. A inter-relação sistêmica deste organismo com o meio externo pode alterar suas funções comportamentais e biológicas. Os fenômenos psicológicos podem ser compreendidos neste contexto de um corpo estrutural, funcionalmente integrado na sua relação mútua com o meio. Uma vez considerada a possibilidade de

uma vulnerabilidade humana a eventos emocionais, em particular ao stress, que pode desencadear patologias com a probabilidade de se tornarem fatais, a questão recai sobre as possibilidades de intervenção psicológica. A resposta deve estimar a importância de estados ativados na expressão do stress pelo comportamento prejudicado: o pensamento. Desse modo, frente à possibilidade de intervir na pré-disposição da reação a agentes estressores mediante reestruturação cognitiva, e levando em conta que características de personalidade, presença ou não de transtornos mentais, disponibilidade de suporte social e estratégias de adaptação diante de uma situação estressante, são fatores de extrema importância no impacto psicofisiológico, torna-se essencial a atuação da psicologia no tratamento do sujeito na doença, ou como medida preventiva. Cristiana Trindade d´Ávila Magalhães

Psicóloga- Pós- graduanda em Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva. Telefones: 32711865/ 88417206 E-mail: c.tdm@hotmail.com

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Mais Mais

Acontecimento FOTOS: KK GONTIJO

Lêda Melro Cansanção, Ronaldo, Andreza, Mauro Cruz e Luzia

Os noivos Andreza Cruz e Ronaldo Cansanção

Os pais dela: Ricardo Augusto Rodrigues Pereira e Maria Inês; e dele: Antonina e José Antônio Ferreira

FOTO:BENÍCIO REIS

Alessandra e Wellington

Hillo Fróes, Cristina, Geraldinho Fróes, Chrystiane, Gustavo, Márcia e Fernando Cota e Paulo Fernando

Jefferson e KK, Ana júlia (filha dele) e Kadu (filho dela)


Maria Prado

Mais Mais Perfil Mulher

P

egue uma enorme porção de vitalidade. Acrescente muitas e generosas colheres de trabalho. Junte a isso a mesma medida de obstinação, temperança, fé (de excelente qualidade, não pode ser qualquer uma)e honestidade. Complete com pitadas de humor bem docinho e uma gotas do mais puro carisma. Misture bem, deixe maturar por quase 90 anos, e tenha a alegria de saborear a encantadora personalidade de Dona Maria Prado, uma mulher que faz jus à fibra maleável e indestrutível de que é feito o coração das mulheres sábias. Festeira e cheia de disposição, diz que não é vaidosa, e sim caprichosa. E é com capricho e carinho que ela tece a bela colcha de crochê que pretende rifar em seu aniversário, dia 26 de fevereiro, com renda revertida para a Creche do Grupo André Gustavo. Porque, para ela, se doar é ingrediente indispensável para dar sabor à vida.


Mais Mais Perfil Mulher por Wilma Trindade

Maria Impressionou-me o andar ligeiro e firme, o tom límpido da voz mansa e decidida, a prosa que fluía fácil, sem restrições. Minha lembrança de D. Maria Prado, de vestido vermelho, na passarela desfilando para uma grife, em 2005 no GV Shopping, era que ela fosse mais alta, mais imponente, quase inacessível! De perto, sua maneira acolhedora e sua simplicidade deixaram-me logo à vontade para perguntarlhe como foi chegar até aqui. “Comecei a aproveitar mesmo a vida na 3ª Idade, ou melhor, depois dos 83, quando parei de trabalhar na confeitaria. Quando os meninos me proibiram, fiquei doente. Entrar para o Grupo da 3ª Idade da Paróquia Cristo Redentor, com o professor Gonçalo Dantas, foi minha salvação. Viagens, reuniões, festas com baile, massagens. Fiquei impossível! Não perdia uma. Fui a Poços de Caldas, Fortaleza, Brasília, Maceió, Caldas Novas... encontrei o prazer de viver sem ser do trabalho”. Mãe de nove filhos (dois deles adotivos), e hoje com 33 netos, 46 bisnetos e uma tataraneta, Maria Prado tem uma vida feita de inspiração e trabalho, fazendo valer a sensibilidade e os cinco sentidos: tato, olfato, paladar, visão e audição. Sim, porque foi preciso ouvir a voz do coração, ver, tocar, cheirar, provar e dar a provar, e saber que tudo era bom. Natural de Alfenas, Sul de Minas, Maria teve sua fibra de mulher feita para trabalhar e marcar seu espaço, bem provada pela vida. De Mozambinho, ainda no sul do Estado, onde se casou com Francisco, ela se mudou para a cidade de Passos, já com três filhos. Logo seu marido ficou doente e passaram por muitas dificuldades. Como estavam não podiam ficar. A família foi morar em uma fazenda em Mariana, e de lá, nova mudança para o Vale do Aço, na vizinha cidade de Timóteo. Quando Francisco aprendeu a dirigir ficou mais fácil para ele conseguir trabalho. E assim, em 26 de abril de 1951, chegaram a Governador Valadares, onde Francisco foi trabalhar na Serraria Aliança, que era de um tio. A partir daí foram pelo menos sete anos de muito trabalho feito em casa (no inesquecível 24

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Ela foi nossa primeira inspiração, em 2004, quando criávamos a revista Mais Mais Perfil Mulher. Ao receber-me para participar dessa Perfil Mulher 2011, D. Maria Prado, a três meses para festejar 90 anos, reveste a edição de um caráter muito especial.

Prado Maria Prado rodeada pelos filhos Marlene, André, Maurício, Silvéria, Alexandre, Luzia, Graça e Francisco

endereço da Rua Belo Horizonte, no. 700), já com a ajuda do filho Maurício, da filha Marlene e do caçula Alexandre. “Meu marido concordava com tudo o que eu fazia. Era um anjo. Dizia sempre: ai de mim se eu não tivesse a mulher que eu tenho”. Em 1970 nascia a empreendedora Maria Prado, após várias tentativas com lanchonete, bar, restaurante. Uma trajetória que não poderia ser mais bem contada do que com suas próprias palavras: “comecei fazendo pão de queijo. E no primeiro dia que levei para a revenda recebi a encomenda de mais 200. Um dia, resolvi fazer um bolo e convidei minha amiga Dica Coelho, que encomendou 12 bolos”. A rosca (as tão famosas roscas da Prado, uma verdadeira instituição gastronômica da cidade) surgiu das lembranças do tempo de menina. Não tinha uma receita. “Na primeira rosca, a Dica me disse: ‘faz uma, arruma bem bonito e manda levar para a Bernadete Pagani’. Assim eu fiz e as encomendas se multiplicaram”. A vida cobraria mais esforço ainda quando foi preciso começar tudo de novo, pois precisava ajudar o filho Maurício. Mais um tempo difícil. As únicas portas abertas dispostas a confiar foram as de José Hatem e Luzia Hatem e de Sérgio Machado e Lenita Machado. Com esse apoio, o tradicional endereço da Rua São Paulo foi alugado em 1977. Foram incontáveis noites, sábados e domingos dedi-

cados ao trabalho. Com a morte do marido em um acidente de carro, a confeitaria fechou as portas por três dias, para reabrir tendo à frente uma Maria ainda mais obstinada. “Paguei tudo o que devia e depois construímos o prédio onde até hoje funciona a confeitaria”, conta com orgulho. “Depois compramos o apartamento da R. Bárbara Heliodora. Grande, de muitos quartos e janelas. Um tempo de várias homenagens. Mas, com o casamento de todos os filhos, aquele apartamento foi se tornando muito grande para mim. Por isso, depois que meu neto Arthur – que morava comigo para estudar – se formou, preferi mudar-me para um lugar menor”. Espírita desde 1952, quando conheceu Vicente Pifano, há mais de 15 anos faz parte do Grupo Espírita André Gustavo onde o filho Alexandre é presidente e ela assumiu a vice presidência. Os 90 anos se aproximam e Dona Maria Prado, com as roscas da Prado referidas além fronteiras, deixa aflorar um magnânimo sorriso de quem venceu todos os obstáculos, toda desconfiança enfrentada um dia. “Hoje compramos caminhão fechado , de fornecedores diretos”, comenta parecendo avaliar em pensamento o longo caminho percorrido. Nossa conversa é interrompida pelo chamado do Gonçalo – a quem ela diz ter aprendido a gostar como um filho – para mais uma reunião da 3ª Idade. Ela confirma dizendo: “sendo

Grupo da 3ª Idade da Cristo Redentor

às 17h, posso. Agora estou sendo entrevistada pela Wilma Trindade”. Olhei para o relógio e me dei conta que já estávamos conversando há uma hora e meia. Um tempo que passou voando e me permite, agora, mostrar aqui o resultado desse carinhoso e feliz encontro com uma “filha predileta de Deus”, como costumava lhe chamar uma amiga.

Maria Prado e o professor Gonçalo Dantas na festa de seus 80 anos

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Gente Wilma Trindade

Brian Lopes, da editora Univale, Darlan Corrêa e Giovanna Greco

Os autores da obra Darlan e Giovana com a profª. Fernanda La Noce e Brian Lopes

Viviane com o filhote

Designer gráfica Giovanna Greco ladeada pela mãe, Paula Greco, e avó Mércia Greco

Autógrafos para Helida e filhota

Happy hour de autógrafos

Juliana Pio e Pedro Lucca entre os amigos que prestigiaram Paula Greco

O pediatra e escritor, Darlan Corrêa, com a jovem designer Giovanna Greco, movimentou a Livraria Leitura no GV Shopping com happy hour de autógrafos para o lançamento do livro infantil “Filhote de Gata”. A ilustração conquistou logo a criançada que foi levada por famosos papais e mamães, a maioria médicos, como o autor.

O colunista do Jornal de Domingo Jose Vicente de Souza prestigiadíssimo novamente. Seu jantar de fim de ano levou mais de 60 amigos movimentando com elegância o Restaurante Ca Va de Bia Coelhoe e Bel Oliveira. ZVS é perfeccionista. Foi um sucesso. Ambientação refinada e cardápio personalizado regado a champa ä vontade. Entre imprensa e empresários a revistra Mais Mais perfil registrou.

O poder e simpatia de Ana Angélica ao lado do marido Alexandre Coelho Marlene e Etelmar Loureiro

Marcos de Souza e Thalyta – leia-se Gelato e Cia

O glamour de Cláudia Starling

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Ana Maria e Humberto Serafim Marley e Hélcio Armond

Aparecida Leal

Newton Concellos e namorada

Mauro Bomfim e esposa


Cissa Guimarães

estrela Global é âncora do

Ouro Verde Escolhida para ser a âncora da campanha de lançamento da 2ª etapa de vendas do Residencial Ouro Verde, a atriz global Cissa Guimarães esteve em Governador Valadares para gravar sua participação nos comercias que começam a veicular a partir deste dia 8 de dezembro, como carros-chefe de uma extensa e bem cuidada programação. Depois de uma tarde de muito trabalho nos estúdios da produtora Univale, sob a direção do publicitário Alexandre Perim, Cissa Guimarães foi recebida com as honras dispensadas

a uma estrela. Jantar para 30 lugares na Boa Vista, teve a batuta do chef Ulysses Lima e brindes com champã e Buchanan’s 18 anos. Como perfeitos anfitriões, brilharam os jovens e poderosos empreendedores Mayra e Rodrigo Souza – leiase P&S Empreendimentos Imobiliários – que receberam ao lado do empresário Alberto Monte Alto, da Correta Imóveis, responsável pela comercialização dos lotes. Um sucesso incontestável que a Mais Mais Perfil Mulher 2011 vem acompanhando com prazer, desde o começo. 27

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O chef goumet Ulisse Lima

Rodrigo e Mayra e Cissa Guimar찾es

O brinde do quinteto de amigos Ulisses Lima, Cissa, Avelino, Maria e Pedro Colen

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Mayra Rody Peixoto e Rodrigo Souza, os anfitri천es da noite para Cissa Guimar찾es


Dhair Siman, Maria Siman e Kátia Siman

Edézio Liandro e Adalgiza Raydan e Júlio Avelar

O carinho de Mayra e Rodrigo para receber a estrela do Ouro Verde O show de Kadu Vianna

Cid Terra e Yana Terra

Sandro Heringer e Camille

Airam, Thaís Monte Alto, Kadu Vianna, Beto e Bia Monte Alto

Thiago Souza e Mayse

Ulisses e Cissa Guimarães

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Residencial Ouro Verde:

2ª etapa em grande estilo São muitos os motivos que permitem atestar o sucesso do Residencial Ouro Verde antes mesmo do lançamento de sua segunda etapa de vendas, que acontece neste dia 08 de dezembro. A primeira etapa, com 160 lotes, foi completamente vendida em apenas 20 dias, praticamente sem divulgação. Além disso, a localização, estrutura e condições de financiamento estão entre as vantagens apontadas pelos empreendedores Mayra Peixoto Souza e Rodrigo Fabiano Souza e pelo empresário Alberto Monte Alto, diretor da Correta, corretora responsável pela comercialização do projeto, como principais atrativos do novo bairro que começa a se desenhar em Governador Valadares.

Entrevista: Alberto Monte Alto Diretor da Correta Imóveis

Perfil:Vocês estão lançando a segunda etapa do Loteamento Ouro Verde. Como aconteceu a primeira etapa? Alberto: A aceitação da primeira etapa de vendas foi sensacional, e até mesmo surpreendente, uma vez que nós praticamente não fizemos publicidade, e todos os 160 lotes foram vendidos em apenas 20 dias. P:A que você atribuiu esse resultado? A: São muitos os fatores, mas podemos destacar o fato de que a região em que está localizado o Ouro Verde concentra a maior expectativa de desenvolvimento da cidade. O sentido de crescimento da cidade tem sido exatamente nessa direção, a partir do final

da Avenida Minas Gerais. E os investimentos em andamento no local demonstram que muita coisa boa vai acontecer por lá nos próximos anos. P: E esta segunda etapa, como vai ser? A: São mais 200 lotes, localizados a partir do terreno onde está sendo construído o IFET (Instituto Federal de Educação Tecnológica) até a área de frente à entrada para o futuro campus da UFJF, ou seja, uma área de grande potencial de valorização. As vendas começam dia 08 de dezembro junta-

mente com uma grande campanha publicitária. P: E quais são os principais atrativos? A: Penso que o custo benefício e as condições de pagamentos estão bem atraentes. Além disso, tem a segurança e confiabilidade de ser um loteamento já aprovado em todas as instâncias legais, com as obras estruturais programas para começarem em março de 2012. Todos esses fatores reunidos dão aos clientes e futuros moradores a certeza de um bom investimento.

Entrevista: Mayra e Rodrigo Souza

diretores da Peixoto & Souza Empreendimentos Imobiliários Perfil:O que já foi comercializado e o que está sendo lançado agora? Mayra e Rodrigo: Como a área é muito grande, aprovamos e registramos todo o loteamento e divimos o projeto em duas etapas de venda. Na primeira etapa, comercializamos todos os 160 lotes disponíveis no espaço de mais de 65.000 m2 que vai do início do loteamento até a obra do IFET. Agora, estamos iniciando a venda dos 200 lotes da área que vai até as proximidades do local de acesso ao Campus da UFJF e onde também, futuramente, será instalada a Cidade Judiciária. P: Quais são os principais atrativos que 30

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a região oferece para atrair tantos investimentos? MR: Antes de mais nada, o fato dela estar situada no vetor de crescimento da cidade, inclusive comercial, com muitas empresas se instalando às margens da rodovia. Outra grande vantagem é que a área não é inundável, e fica muito perto do Centro da Cidade, com acesso rápido e fácil pela Avenida Minas Gerais. Além disso, esta segunda etapa tem uma topografia fantástica, muito plana. P: Qual a infra-estrutura prevista para o local? MR: O projeto prevê que o bairro tenha dre-

nagem de água e esgoto, iluminação, pavimentação asfáltica em todas as ruas, e áreas verdes. Como nossa logística é própria, já estamos prontos para iniciar as obras de infraestrutura, dependendo apenas das condições climáticas. Pelo nosso cronograma, começaremos até março, com absoluta certeza. P: E como são as condições de pagamento? MR: Além do preço das unidades que por si, já é bastante atrativo, temos a vantagem de trabalhar com financiamento próprio, e parcelamento em 60 vezes sem juros. Com o lançamento da campanha, no próximo dia 08, também vamos trabalhar com alguns bônus e brindes para incentivar ainda mais os nossos clientes na realização de seus sonhos de viver bem.


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Natalina Fernandes

Mais Mais Perfil Mulher

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Vão muito além do calendário as razões para a escolha de Natalina Fernandes como protagonista do especial de Natal da revista Mais Mais Perfil Mulher 2011. Filha caçula, nascida em 24 de dezembro, ela é como presente, sempre disposta a conferir cores mais vivas e sabores mais fortes às vidas daqueles a quem ama. Mas muitas mulheres nasceram nessa mesma data. Raras são, no entanto, as que reúnem em si as muitas faces que definem a alma e o coração de uma grande mulher, no mais amplo sentido da palavra. À primeira vista, ela é mesmo um “mulherão”. Altiva, elegante, de exuberante beleza e uma presença que não deixa dúvidas quanto à força de sua personalidade. Autêntica, franca e sem meias palavras, Natalina é mulher de verdades inteiras, que brilham nos olhos e são ditas como pérolas, seja lá a quem quer que elas se dirijam. Correta e perfeccionista, exige tanto dos outros quanto de si mesma, o que acaba lhe valendo uma certa fama de brava, termo que ela prefere trocar por positiva, e lembra que nunca precisou ser ríspida com quem anda na linha. Esta firmeza de propósitos sempre acompanhou Natalina em seu trabalho. Funcionária pública de carreira no município, ela começou a trabalhar aos 18 anos, no setor administrativo da então FUNSEC, quando esta ainda era responsável pela gestão de todas as escolas da rede municipal. Dedicada e competente em suas funções, ela sempre teve em mãos grandes responsabilidades, cumpridas com o rigor de quem conhece a seriedade do serviço público e se orgulha de prestar um serviço de qualidade voltado para a comunidade acima de tudo. Natalina é um furacão. Mas também é uma “manteiga derretida”, que se comove com as necessidades do próximo e não se furta às lágrimas, quando elas chegam. Uma pessoa de sentimentos intensos, afetos verdadeiros e que, tão grande e imponente, sabe se aninhar para ganhar e fazer carinho. Doces rachaduras em uma fortaleza, que, em vez de quebrá-la, tornam-na mais complexa, maleável e feminina. Nascer em um dia marcado por comemorações e trocas de presentes em todo o mundo poderia trazer vantagens e desvantagens. Em seu caso, Natalina decidiu ficar só com as primeiras. Presentes em dose dupla ou “mais caprichados” e um gosto especial pelo clima de festa que permeia a ocasião. E mais que isso, uma enorme satisfação em organizar e proporcionar estes momentos de festa, planejados e executados minuciosamente, com boa parte dos retoques dados por ela mesma; uma habilidade que se reflete no ambiente que a cerca no dia a dia, repleto de delicados e marcantes detalhes. Apesar da fama de brava, ninguém pode dizer que Natalina não é uma pessoa extremamente bem-humorada. Mais que um trunfo para encarar os dias ruins que todo mundo tem, esse humor quase debochado, até

mesmo para falar de si, rende ótimas histórias, como o fato de ter sido apresentada ao marido, Carlão, “por engano”, no lugar de uma prima. Um engano que já rende 10 anos de namoro e 22 de casamento, para sorte de ambos. Sorte que aliás, vem rendendo algumas quadras e quinas em mais de 30 anos de apostas semanais em loterias. Daí a fé, sempre expressa em tom bemhumorado, de que o grande prêmio ainda vai chegar. Mas nenhum dos seus sorrisos é tão cristalino quanto os que Natalina dedica à sua família. Nas palavras sobre o relacionamento cuidadoso com os pais, no carinho explícito ao marido e aos filhos Carolina e Gustavo transborda o turbilhão de emoções gerado pela força de uma mulher que faz do amor pelos seus o seu esteio de fé e projeto de vida.


Foto: ADEMAR LIMA

RESSONÂNCIA

O QUE TE MOVE? A vida e a minha família. O QUE TE COMOVE? O amor. Em todas as suas demonstrações. O QUE TE TIRA DO SÉRIO? Deslealdade, injustiça e mentira. O QUE TE ALEGRA O CORAÇÃO? Tanta coisa! A vitória dos meus filhos, o amor do meu marido, a saúde dos meus pais... O QUE NÃO PODE FALTAR EM CASA? Harmonia. DIANTE DO ESPELHO... Eu! NO APERTO: o Senhor! SEU LUGAR NO MUNDO: o melhor que houver.

O MAIS NOBRE DOS SENTIMENTOS: para mim, o amor. ELEGÂNCIA É: tudo! O MAIOR MEDO: perder o respeito daqueles que eu amo. O MELHOR MOMENTO: quando estou feliz, realizada. AQUELA PESSOA: meus pais. UM SONHO POSSÍVEL: ser feliz com minha família em harmonia. VOCÊ EM POUCAS PALAVRAS: uma pessoa correta, humana, carinhosa, amorosa. Uma pessoa estritamente de Deus! 33

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Mais Mais Perfil Mulher

Cidinha Araújo

a vida em firmes passadas A inesgotável fonte de prazer e vida encontra na prática esportiva é o que dá ritmo às passadas firmes da corredora e educadora física Maria Aparecida Araújo. O esporte é uma paixão despertada ainda na infância, quando a mãe levou a pequenina e inquieta Cidinha para o treino de basquete no Colégio Imaculada. A aptidão natu-

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ral e o espírito extremamente competitivo estavam ali para sempre despertos. Junto e depois do basquete, vieram o vôlei, o atletismo, o handebol – modalidade na qual ela se destacou bastante, chegando a representar a cidade nos jogos estaduais. Um pouco mais tarde, a canoagem, onde também disputou campeonatos estaduais.


Vai, Cidinha! A vitória inesquecível de Cidinha aconteceu no Uruguai. Correndo os 5.000 na pista, ela ia bem, em segundo, e seguindo de perto a líder, da Colômbia, quando sua sapatilha travou e ela caiu. A recuperação foi tão rápida que ela manteve a posição e seguiu na prova, apesar dos joelhos e cotovelos ralados. Na última volta, sentindo-se em boa condição, Cidinha apertou as passadas. Percebendo o aproach, uma amiga começou a incentivá-la da arquibancada. Os gritos de “Vai, Cidinha” ganharam coro de uns argentinos, e Cidinha foi! Ultrapassou a colombiana e segurou a posição com raça, nos últimos metros.

C

idinha conta que sempre gostou de esportes. E também sempre quis ser boa atleta. Aliás, boa não, a melhor. O prazer pela disputa – e sobretudo por vencer as disputas – sempre esteve presente em suas atividades esportivas. A corrida, por exemplo, que hoje é a sua especialidade, ela a descobriu em voltas rápidas ao redor da Ilha dos Araújos, muito antes de existir o calçadão, dadas por iniciativa própria, para aumentar a resistência e velocidade nos jogos de handebol. Mas em algum momento, correndo por fora nas prioridades de Cidinha, a vida pessoal ultrapassou o esporte. Veio a Faculdade de Administração, o casamento, os filhos, uma vida bacana, na qual a atividade física sempre esteve incluída. Mas faltava algo que a realizasse de forma mais plena. Foi então que, com os filhos crescidos e já ficando independentes, ela deu a largada para uma nova fase. A Faculdade de Educação Física tornou possível o sonho de trabalhar com esporte, e também lhe proporcionou um feliz reencontro. Foi nas raias de terra da Univale que Cidinha redescobriu o prazer de correr, tornando-se uma especialista em corridas de fundo, ou longa distância, entre 5.000 e 10.000 metros. Daí para a corrida de rua foi uma questão de “apreciar a vista”. E é claro que o “bichinho da competição” não ia ficar dormindo. Desde 2005, Cidinha vem disputando diversas provas na categoria Master, com resultados expressivos em competições por todo o Brasil e até fora dele, em países como Uruguai, Argentina e Estados

Unidos, de onde acaba de chegar. Mais especificamente de Fort Lauderdale, onde participou da corrida Turkey Trot, tradicional evento esportivo norteamericano que acontece no Thanksgiving Day, e outras provas. Apesar de toda essa paixão, o atletismo não é profissão para Cidinha. Mas o trabalho, é claro, está ligado ao esporte. Toda terça e quinta, à noite, ela atua como treinadora da BH Race, uma empresa de âmbito estadual, especializada no treinamento de corredores. De segunda a sexta, durante o dia, ela trabalha no NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família, levando atividade física de qualidade para populações de risco. No NASF, ela desenvolve ainda projetos como a Caminhada da Saúde, a Olimpíada da 3ª Idade e o “Amigos do Bem com o Esporte”, no qual ela treina Futsal com crianças da comunidade, sob a condição de disciplina e boas notas. Com os times da escolinha do “Amigos do Bem” ela disputa torneios, corre atrás de colaboradores para uniformes e materiais; e, como se fosse pouco, ainda encontra tempo para organizar corridas, como forma de fomentar o esporte na cidade, além, é claro, de fazer seus treinos pessoais, competir, e ser mãe, esposa e dona de casa. Tudo isso, com a maior disposição e tranqüilidade. Um pique que tem tudo a ver com o apoio incondicional que recebe da família. Mesmo que por lá ninguém tenha, por enquanto, despertado a paixão pelos esportes, é em casa que ela tem sua torcida mais especial, do marido, Dr. Manoel Arcísio, e dos filhos Jéssica e João, que têm o maior orgulho da mãe atleta. Para Cidinha, não poderia haver alegria maior. Sentindo-se abençoada por Deus, ela costuma dizer que nem ousa pedir mais nada além de vida e saúde, para continuar cuidando da família e correndo. Fôlego para isso ela tem de sobra. 35

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Mais Mais

Viagem por Ana Karina Dutra akcdakcd@gmail.com

ISLE OF - ilha de man C

Confesso que desta vez eu relutei em aceitar o convite para escrever sobre um destino “Mais Mais”. Não por falta deles, mas pela dificuldade em escolher que lugar compartilhar desta vez. Sabe a parábola do trabalhador que encontrou um tesouro enterrado e voltou para comprar o campo onde o tesouro estava? Pois bem, encontrei um tesouro a céu aberto, o campo não está a venda e mesmo assim eu fico com a sensação de mantê-lo em segredo. Mas em conversas animadas com amigos, acabei cedendo e eis aqui com vocês uma

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breve amostra de um tesouro que nem sei se conseguirei expressar a respeito em palavras: Ilha de Man – Isle of Man. Um lugar cujo povo tem como bandeira três pernas unidas, cujo significado é: seja qual lado cair, cairá em pé! Antes mesmo de sair do Brasil essas três pernas já tinham cativado meu coração Ilha de Man, cerca de setenta mil habitantes, membro do Reino Unido, uma infraestrutura de fazer babar qualquer país que seja sede de eventos mundiais. Só o aeroporto é maior, melhor, altamente confortável mais do que o de Vitória, uma capital importante de nosso país. A ilha


MAN está ao norte do Mar da Irlanda. Assim, chega-se a Man por mar ou ar. As opções de hotéis vão das mais normais aos mais luxuosos! Aliás, a Ilha é cheia de luxo, porém as pessoas são amáveis e acessíveis, sem sinal algum de esnobismo ou extravagâncias. IoM tem seus sabores, paisagens, passeios, história e diversão bem ao estilo britânico, com a forte influência celta e vicking. Uma vez na ilha, siga os primeiros passos: ir ao centro de informações turísticas no Porto (Douglas Harbour) e então vá ao Manx Museum, também em Douglas. Por favor a si mesmo: não faça nada na ilha antes de visitar o museu. Aproveite para interagir com as várias ferramentas tecnológicas disponibilizadas aos visitantes. Eu me senti parte da história de um povo disciplinado, feliz, consciente de seu papel na comunidade, e altamente qualificado como seres humanos. Faça também uma experiência de vida singular. Depois do museu, a gente fica até na dúvida do que fazer, aonde ir... Ramsey, Ocham, Douglas, Peel, Castletown, Port Erin (“Somewhere, beyond the sea... waiting for me…on gold sands”… Ah, Port Erin…), Calf of Man (um must go!!). Porém agora entra a parte mais emocionante: TT Racing. Anualmente, sempre na primeira semana de junho, a corrida centenária acontece, e na semana antecedente, os treinos livres. Chova ou faça sol. Quando chove muito, acontece de as provas serem suspensas, mas fora as bikes e os side-cars que saem de cena, há todo um ambiente pra se deixar levar pela atmosfera da competição. São os stands dos patrocinadores, os motor homes dos pilotos, os boxes de cada equipe – é diferente lá: você

pode assistir aos mecânicos trabalhando nas máquinas, os assistentes cuidando de cada detalhe para a corrida, e só depois é que as motos são levadas ao pit lane, onde somente credenciados oficiais têm acesso. Com licença, eu posso! Aliás, uma coisa muito interessante é a segurança que envolve todo o evento (antes, durante e depois): mesmo para o público, fica clara a infraestrutura e atendimento da organização do evento e toda a equipe. Os pilotos mais famosos, as lendas do motociclismo ficam ali, rodando, andando, dando autógrafos... Acessíveis para batepapos e mesmo amizades!! A cobertura, o apoio que a administração do governo local oferece... Imbatível! Tanto na arquibancada quanto ao longo do percurso, é imperativo assistir aos treinos e provas. Escolha os dias para assistir do grand stand, onde estão as arquibancadas oficiais, e nos outros dias é só “montar banca” nos vários pontos seguros ao longo da estrada que, para as provas, vira circuito. E que circuito!!

Ok, não podemos ficar sem nos alimentar e o que não falta é qualidade na ilha: não vou listar os lugares, são inúmeros, e todos muito bons! Dos mais simples, aconchegantes, aos mais suntuosos – vale experimentar ambos, pois a experiência vai muito além do preço. Tudo com muito capricho, organização, simpatia e aconchego. O custo de vida na ilha, para o visitante, é muito baixo. O caro é a infraestrutura. Para compras, comida, diversão, já é o oposto: aproveite e esbanje!!!! Da próxima vez, já decidi que vou com a roupa do corpo e lá eu compro tudo o que for precisando. Sem contar que um bom agasalho é fundamental. Pode não precisar, mas se precisar, você vai agradecer de tê-lo à mão! Olha, pra ser sincera, falei falei falei e não escrevi nada sobre Isle of Man. Porque, IoM, só mesmo visitando pra saber. Ainda tem a Camara Obscura (construída quando ninguém poderia imaginar que Avatar seria criado!), Eletrical Rails, Pubs, bares, festas, entretenimento noturno em Douglas Promenade durante todos os dias da temporada da TT, Laxey Wheel, Castle Rushen, Villa Marina, Tynwald Arboretum, Curraghs Wildlife, fadas, gatos... Espero que as fotos dêem uma boa idéia do lugar. E sobre a corrida, podem mandar email os interessados, pois voltaremos no próximo ano, se Deus quiser! E com torcida organizada pra equipe TT Legends! São arrepios e lágrimas de emoção. E pra ter certeza de que Isle of Man vale a viagem, complete com uma visita a Liverpool, de onde têm saídas diárias nos gigantes da Stream Packet, bem como a Glasgow, Manchester, Dublin que possuem também diários vôos para a Ilha. Aliás, Glasgow será nosso próximo destino, também de desejar com estilo! Dica especial: voe São Paulo - Paris, e de lá siga para o Reino Unido.

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Acontecimento Ginecologia em foco A Sogileste,- Associação de Ginecologistas e Obstetras do Leste de Minas, presidida pelo Dr. Arcênio Coelho Mendonça, movimentou médicos de toda região com o 9º Congresso de Ginegologia Obstetrícia. O coquetel de abertura aconteceu no Ilusão Esporte Clube, prestigiado com a presença do Dr. Marcelo Lopes Cançado, presidente da SOGIMIG. Convidada, a revista Mais Mais Perfil registrou o entrosamento perfeito.

Arcênio Coelho Mendonça, Roberto Carlos Machado, vice-presidente da Sogileste, e Marcelo Lopes Cançado, presidente da Sogimig.

Marílda Axer, Marília Nominato e Arcênio Coelho Tânia e Paulo Almeida com Luiz Murta e Marisa Murta

Vital Vieira ladeado pela irmã Rosângela e sobrinha Fernanda

Manoel Arcísio e Rômulo Leite

Carlos Eduardo Miranda Pimentel, Roberto Carlos Machado, Marcelo Lopes, Mario Murta e Nilo Nominato

Manoel Arcísio, Eusana e Gabriel Milbraz, Rômulo Leite Miriam e Célio Cardoso com Mário Murta

Bia Coelho, leia-se Laboratório Pasteur, Rita e Marcos Morais

Roberto Carlos Machado ladeado pelas filhas Natalia, Roberta e Vitória, e esposa Aparecida

CRO inaugura sua sede em Valadares

Eduardo de Abreu, Arnaldo Garrocho, Armando Gobira, Kíssila e Erika

Luiz Carlos Torres Machado (BH) e Luiz Carlos Pereira Rodrigo Miranda Pereira, Delegado Regional do CRO, e o Presidente do CRO-MG, Arnaldo Garrocho

Neyda Nembri e Kíssila Murta

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Geraldo, Luciana França e Rodrigo Miranda Pereira

Guilherme e o pai Marcelo Marigo com Arnaldo Garrocho

A sede própria do Conselho Regional de Odontologia em Valadares revitalizou o 3º andar do Ed. Trindade. A inauguração aconteceu de terno e gravata, prestigiada pelo presidente do CRO-MG , Arnaldo de Almeida Garrocho. À frente da recepção o Delegado Regional Rodrigo Miranda Pereira. A solenidade foi aberta por Armando Gobira com um cerimonial perfeito orquestrado por Luiz Carlos Pereira, vindo especialmente da vizinha Resplendor. A nova paginação do andar foi assinada pela arquiteta Luciana França e conserva a homenagem a Hilo Marigo.

Carmem e Juan Zoniz, Maria Irene Berta Zoniz e Sílvia Cuattrin

As irmãs Ana Laura e Dita Brasiliense


Valadares em bom momento Mais de R$ 300 milhões em obras de urbanização da parceria Prefeitura e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). São obras de pavimentação, drenagem, construção de redes de esgoto e pluviais, contenção de encostas, construção de escadarias, entre outras ações. Mais de 16 bairros já foram beneficiados, entre eles, Jardim do Trevo, Santa Paula, Jardim Primavera, Vila Ricardão, Penha, Vila União, Alto Paraíso, Alto Vera Cruz, Mãe de Deus, Altinópolis, Palmeiras, Atalaia, Azteca, Vila União/Ipê e Planalto. Além destes, atualmente também têm obras de pavimentação no bairro Santa Rita e construção de mais uma quadra poliesportiva na Praça de Esportes. Dió Freitas

Quando o assunto é obra, basta andar pela cidade para ver o quanto Governador Valadares está vivendo um bom momento. Elas não se resumem somente a calçamento de ruas. Além destas, muitos investimentos têm sido feitos para que Governador Valadares tenha mais espaços de convivência, opções de lazer e cultura para a população. A construção de moradias populares também tem movimentado a cidade, gerando empregos e aquecendo a construção civil. Mais espaços de convivência e lazer Governador Valadares possui mais de 120 praças e a Prefeitura vem trabalhando para revitalizar as que já existem e criar novos espaços de lazer, oferecendo às comunidades mais beleza e qualidade de vida. Desde 2009, a Prefeitura já investiu na construção de sete praças e na revitalização de mais nove, além da construção de dois canteiros e revitalização de outros cinco, incluindo os distritos. O ponto alto deste trabalho é a criação do Parque Natural Municipal, localizado entre a Ibituruna e o Rio Doce, onde todos poderão entrar em contato com a natureza e curtir momentos de lazer em uma área de 400 mil metros quadrados, na qual estão sendo investidos cerca de R$ 10 milhões para sua construção. Esta é uma obra da agenda positiva do governo municipal com a Vale. No bairro Altinópolis, os moradores já estão vendo como vai ficar o Complexo Esportivo e de Lazer. As obras de construção do novo espaço estão na fase final. Em uma área de 4.054,00 m², a comunidade terá mais lazer, esporte e qualidade de vida. Os moradores do Vila União Ipê também estão recebendo espaço para lazer e esportes. As obras de urbanização do bairro, fruto da parceria Prefeitura e governo federal, que inclui pavimentação, drenagem e recuperação de uma lagoa aterrada há mais de 20 anos, estão levando para a comunidade mais qualidade de vida. São mais de R$ 9 milhões em investimentos. A Praça João Paulo Pinheiro, a conhecida Praça da Estação também está ficando com um novo visual. As obras, também fruto da parceria Vale e Prefeitura, já estão na reta final.

Área de lazer com pista de caminhada em torno da lagoa; quadras poliesportiva, de bocha e de malha; playground; pista de skate e mesas de jogos e praça. Novo piso, iluminação e paisagismo; áreas para jogos e eventos e espelho d´água. A praça vai se integrar à Estação Ferroviária, garantindo 30% a mais de espaço Dió Freitas

Geração de emprego e renda E Valadares não é só obras. Também é geração de empregos, com a criação de mais de 8 mil novos postos de trabalho. O concurso público da Prefeitura abriu oportunidades para 2.594 novos funcionários, e o SAAE, 167. O Call Center AeC, inaugurado neste 1o de dezembro, oferecerá, até 2012, novas 2.400 vagas. Somadas, as obras do PAC e do Minha Casa Minha Vida estão gerando 1700 empregos. Outros 300 foram criados por outras obras públicas e 800 são gerados na parceria com a Vale. Com a expansão e criação de empresas, mais de 10, em média criando novos 50 empregos cada, são mais de 8 mil novos postos, sem falar nos cerca de 2000 empregos que serão gerados pelo Laticínio Bela Vista, a partir de 2013.

Dió Freitas

A Praça das Nações, no Grã-Duquesa, foi revitalizada e se transformou num lugar agradável para toda a família. Playground, trilhas ecológicas, centro de educação ambiental, mirante, lanchonetes, espaço para exposições, horto, além de ter como função preservar ecossistemas naturais. Dió Freitas

O Complexo Esportivo e de Lazer é um espaço para convívio comunitário; área para eventos com palco coberto; pista para caminhada e espaço para jogos; academias para a primeira e terceira idades e quadra poliesportiva coberta. Dió Freitas

Dió Freitas

Construção de casas populares

A construção civil ganhou centenas de postos de trabalho com o programa Minha Casa Minha Vida

Trânsito - Com o programa Nossa Valadares todo o Centro começa a ser revitalizado, com pintura de viadutos, novas faixas de pedestres, sinalizações e reorganização do trânsito.

No último 11 de novembro, as primeiras 128 moradias populares (das 996 em construção no município) foram entregues às famílias. Neste 9 de dezembro, outras 372 famílias receberão suas casas no Loteamento Figueira. E, no primeiro semestre de 2012, outras 496 famílias estarão morando em sua casa própria. Até o final do próximo ano, outras mil unidades deverão ser contratadas, cumprindo a meta do governo municipal de duas mil moradias construídas ou em construção em quatro anos.


Gente Wilma Trindade

Empresários Mais Mais - Beto Monte Alto, Beto Mol com Danilo registrados na megafesta de 40 anos do empresário Marral Lage

O segundo semestre de 2011 em GV foi de puras festas Mais Mais. Em todas, decorações estonteantes exibiam refinamento dos profissionais da área e um indicador de que a Planície vive um momento áureo. Em todas elas a revista registrou o clima de que “Bom Mesmo é Celebrar. Bom Mesmo é Ser Feliz”, constatando que a empresa Água de Cheiro acertou em cheio ao criar seu slogan e representá-lo com o luxo da atriz Débora Seco.

Dr. Luiz Claro Pitanga e Zulma no dia de sua condecoração com a importante Medalha Presidente Juscelino Kubitscheck em Ouro Preto, dia 12 de setembro 2011

Bel e Bia briandam com Sâmara Nick o sucesso do Ça-Va

Ça Va com Reveillon Isso vai, ou “tudo bem”, seriam uma tradução perfeita da expressão francesa que as empreendedoras Bia Coelho e Bel Oliveira escolheram para denominar seu Restaurante Bar no point tradicional da Israel Pinheiro com Oswaldo Cruz. Três meses e a casa está pra lá de muito bem freqüentada. Aberto a partir das quartas-feiras às 18h, e nos sábados e domingos a partir das 11h para drinques, petiscos, almoço e jantar. Tanto que o nome pegou que a Bel e Bia anunciam seu Reveillon. Vale reservar. Lugares limitados.

Zezé Andrade Vilela com o marido Reginaldo

Ilma Rodrigues Reis, Benício Reis e Olmiza Reis

O presidente da Unimed GV, Carlos Eduardo Miranda Pimentel, Ana Paula Pimentel, Márcio Rodrigues Pereira e Isabel Miranda Pereira

Simone Rangel

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Jordana Duarte e Hillo Campos Fróis,, filho de Geraldinho Fróis e Cristina Campos Fróis

Aline e Celso Gama na pista da festa de casamento de Kk Gontijo e Jeffinho

Bebel Meneses e Cláudia Miranda Meneses


Sicoob AC Credi – chegando aos 15 anos de excelentes resultados

Nada é tão bom que não possa ser melhorado. Uma antiga máxima que ilustra com precisão a história do Sicoob AC Credi. Atualmente presente em Governador Valadares (com agências no Centro e Vila Isa) e outras 10 cidades da região – Aimorés, Belo Oriente, Conselheiro Pena, Dom Cavati, Engenheiro Caldas, Itanhomi, Itambacuri, Resplendor, Tarumirim e Teófilo Otoni – o Sicoob AC Credi teve, em 2011, um ano de grandes novidades. A inclusão da marca Sicoob é a principal delas. Na verdade, a AC Credi já fazia parte do sistema desde a sua fundação. Mas este ano a marca foi incorporada, o que está gerando uma série de reformas nos 12 PAC’s (Posto de Atendimento Cooperativo), tornando-os melhores e mais confortáveis tanto para os

funcionários quanto para os associados. A mudança serve também para lembrar aos seus associados que, mesmo sendo uma Cooperativa local, o Sicoob atua em todo o país, com mais de 1.900 pontos de atendimento. Com a vantagem de usufruir de todos os serviços de um banco convencional como conta corrente, cartões, aplicações, poupança, seguros e empréstimos com taxas de juros mais acessíveis; e ainda poder se orgulhar de pertencer a uma instituição que distribui riquezas e gera desenvolvimento para a nossa região. E as novidades são muitas. O Sicoob AC Credi agora também é correspondente bancário do BDMG, com linhas de financiamento e vantagens específicos para micro, pequenas e médias empresas. Além disso, a instituição agora tem a sua própria

corretora de seguros de vida, residencial e auto, tornando personalizado um serviço que até então era oferecido de forma terceirizada. O investimento em tecnologia também se faz presente. Os associados do Sicoob AC Credi já podem fazer transações e pagamentos on-line também pelo celular, utilizando tablets e smartphones; e até mesmo fazer consultas através das redes sociais, como o Facebook. A preocupação com o futuro não se dá apenas com o acesso às tecnologias. Programas de educação cooperativista refletem o lado social da instituição, como “Cooperativista do Futuro”, voltado para crianças e adolescentes; e os projetos CoopArte, CoopEsporte, CoopLigado (de informática), CoopSaúde e CoopEcologia. Para o diretor administrativo do Sicoob AC Credi, Ivo de Tassis Filho, a razão de todo esse crescimento está no foco de atuação da instituição, voltado para produtos e serviços que fazem a diferença. “Como nosso associado é o ‘dono’, nós temos condições de conhecer as suas necessidades e, consequentemente, atendê-las melhor”, lembra ele. E as perspectivas para 2012, quando o Sicoob AC Credi completa 15 anos de fundação, não poderiam ser melhores. Para o diretor presidente, Almyr Vargas, elas são “altamente positivas. Além de contarmos com todas as benesses proporcionadas pelo nosso sistema, ainda podemos dizer com certeza que estamos aportados para entrar em 2012 prontos para investir ainda mais, ampliando os financiamentos para os nossos associados”. Sem dúvidas, não faltarão motivos para celebrar.

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Mais Mais Perfil Mulher FOTOS: WILMA TRINDADE

Gente Wilma Trindade

Em um sábado desses de muita luz solar, dessas que fazem resplandecer a alma, a super Valéria Mol, ao lado de Beto Mol, reuniu amigos no charmoso espaço externo do Ça Va, esquina realmente mágica. Alto-astral, drinques e petiscos e o sol se pôs, a lua apareceu, a noite chegou e Valéria convidou para jantar. Chic? Trés chic mes amis. Valéria Mol e seu alto astral

Beto Mol emoldurado por sua Valeria

Uma tarde com Valeria Mol

Bia Coelho, Pollyanna Soares d Bel Oliviera

Com o carinho de Rogers De Marco e Isaura

Berenice Magalhães e Conceição Cardoso Carla Aguiar e Wilma Trindade

A pose com Cacá, Meirinha e Delcimar

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Valéria com Lu e João - pura alegria

Paulo e Denise Gonçalves

Ze Carlos Araújo, Cristina.e Sabrina

Com Alba de Oliveira

Marisa Bretas e Rosa


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FOTOS: WILMA TRINDADE

Gente Wilma Trindade

Carlão Reis e Natalina Fernandes, no casamento de Chrystianne Frois e Gustavo Cota

Talita e Renato de Souza

Moreno Altino e Gabriela, ele, filho do Altino Junior, portanto, neto do legendário Cel. Altino, é jovem casal que refresca a paisagem social da Planície.

Na onda do verão

Merecida homenagem

Renato Souza e Talita Chisté casal marcante por onde passam Do verão em Porto Seguro sabe muito. Com o pai, ele comanda a Tonziro. De festas badaladas a concertos de música clássica como o da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais regida por Marcos Arkaki, uma elogiosa parceria da prefeitura que lotou o campo do Democrata esse ano, ao Valadares Jazz Festival, que trouxe a GV, Eumir Deodato, Alexandre Gismonti, Paula Faour, Leo Gandelman Tarym Szpilman, entre outros..

O diretor do Foro da Comarca de Governador Valadares , juiz Dr. Amaury Silva, convidou para uma noite especial na Câmara Municipal no dia 2 de dezembro. A solenidade de entrega da Medalha “Desembargador Hélio Costa” ao ilustre Coronel Altino Machado D’Oliveira (in memoriam) Em nome do pai, recebeu a distinta comenda o filho mais velho, José Altino Machado. A honrosa solenidade reuniu toda a família em clima de saudade e orgulho. Prestigiadíssimos.

Patrícia Lima e Rodrigo Rodrigues Pereira e Tida Leite

Dilermando Miranda e Marília Miranda

Ivinho Tassis e Nélia Bicalho Tassis

Presenças Ivinho Tassis e Nélia Bicalho Tassis, outro casal que acrescenta às festas mais descoladas é também presença marcante nos eventos de muito ritmo, seja da folia ao mais puro jazz e música clássica. Esse flash da Mais Mais Perfil aconteceu na big party do empresário do setor de automóveis Marral Lage, que ainda tem Mais Mais a comemorar com a concessionária Nissan.

Wallid Homaidan e Mônica


Valéria Mol, Bia Monte Alto e Carla Aguiar na poderosa festa de Marral Lage FOTOS: WILMA TRINDADE

Os irmãos Emílio Frois e Antonio Celso com o Desembargador Mauro Soares Freitas vindo de BH especialmente a convite de Geraldinho Fróis e Cristina Campos Fróis para o casamento da filha Chrystianne com Gustavo Cota

Wilma Trindade e Sônia Augusta no cenário criado para Marral Lage 4.0

Quatro Estações

Maria Bretas e Galeno Coelho na festa de casamento de Alessandra Rodrigues Pereira

Jorge Ferreira Pinto e Rosimar

Ruber Barbosa, comandante da fashion Quatro Estações é jovem empresário que cresce na Planície. Diretor Tesoureiro do Sindicomércio ele está fazendo um belo trabalho como administrador de empresas. Herdeiro, revitalizou os tradicionais pontos de lojas da família e anda às voltas com arrojados projetos para mais uma guinada. Sem falar que está sempre muito bem acompanhado da amiga Larissa Leite.

Larissa Leite e Ruber Barbosa

Peres: Renata, Candice e Patrícia – Luxuosas no prestigiado niver do vizinho Marral

Sofia Marta e Mariza Murta: duas mulheres Mais Mais prestigiando os Rodrigues Pereira no Ilusão

Elas vão a festas

Grasiele Moreno e Robson

Elas são exemplos da mulher moderna. Grávidas, trabalham normalmente, freqüentam a academia, e caem nos embalos de sábado à noite sem perder o pique até quase no dia D. Registramos nas madrugadas de cenários luxuosos Grasiele Moreno e Robson, Karine e Luiz Gustavo, Juliana e Gustavo Leite. Casais desse novo tempo de ser mulher que trazem no sorriso o prazer e o encantamento da espera.

Karine e Luiz Gustavo Costa

Juliana e Gustavo Leite


Mais Mais

Ponto de Vista Crisolino Filho

E o bolo caiu no chão... Não precisa dizer muito. Só de ter a capacidade de gerar em sua barriga outro ser, merecem um tratamento diferenciado. Por serem mais sensíveis, fiéis e disciplinadas, devem ser tratadas com mais respeito. No entanto não é o que acontece. Aproveitando que o tema dessa Mais Mais é o perfil da mulher, aproveito para escrever sobre o assunto. Se procurarmos no livro do Novo Testamento, da Bíblia Sagrada, em Timóteo, Capítulo 2, versículos 14 e 15, vamos ler que: “14. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em pecado”. “15. Todavia, salvar-se-á, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, no amor e na santificação”. Isto quer dizer que, apesar daquela tentação que originou o pecado, a mulher se salva quando se torna mãe, e segue os ensinamentos de JC. Muito digno, até porque, todo mundo merece uma segunda, ou dependendo do caso, até uma terceira chance. Mas acontece que até hoje, muito marmanjo aproveita a situação de fragilidade da mulher para descontar suas neuroses. E nos parece que não existe Lei Maria da Penha, ou cota de participação em campanha política, ou direito de voto, ou a grande a participação no mercado de trabalho, ou ser maioria nas universidades e outras conquistas, que erradiquem essa anomalia. Outras tantas vezes a mulher é vítima de situações curiosas, mas que não deixam de ser sofrimento. Um juiz de direito de Roraima, prolatou uma sentença atenuando em um terço a pena de um estudante de odontologia, um estuprador confesso, e reconhecido por 17 mulheres. Motivo: as 17 admitiram que o futuro odontólogo utilizava gel e camisinha em suas relações não consensuais. De acordo com o juiz, devia-se valorizar aquele gesto, que possuía elevado teor simbólico, além de revelar um traço da nobreza da alma. “Antes do prazer ele se preocupou com o conforto e a proteção de suas vítimas” 46

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sentenciou o juiz. O Código Civil de 1916 definia a mulher casada como incapaz para certos atos da vida e necessitava da autorização do marido para exercer diversas atividades, inclusive para ter profissão ou receber herança. A Lei 4121/62 mudou essa situação. Conhecida como “Estatuto da Mulher Casada” a lei contribuiu para a emancipação feminina, e o marido deixou de ser o chefe absoluto da sociedade conjugal. O novo estatuto civilista, no tocante ao Direito de Família, em seu art. 1630 e seguintes, ratificou os direitos previstos na Lei 4121/62, e a mulher pode se tornar economicamente ativa sem necessitar da autorização do mari-

do, além de ter direito sobre os filhos, compartilhar o pátrio poder e a guarda em caso de separação. Por tudo isso e pelo mais do que as notícias nos contam, a mulher teve uma grande evolução em seu papel na sociedade. Por exemplo, temos uma presidenta, uma prefeita, o STF já teve uma no seu comando, e já são várias as promotoras e juízas no ofício judicante, isto sem falar nas grandes executivas que criaram marcas de cosméticos e perfumes com franquias bem sucedidas É impossível rebobinar a história. No entanto é possível produzir uma vida mais igual. Até pouco tempo, as mulheres corriam atrás de marcas célebres, como Gucci, Dolce & Gabana, Givanchy, Kenzo, Donna Karam, Armani e outras. Como a vaidade continua em alta, continuam correndo, mas muitas vezes sob o comando de algumas delas. Somando aos predicados positivos da mulher, enumerados no primeiro parágrafo, não podemos deixar de fora sua força física/ espiritual – bem diferente da do homem, sua coragem e determinação e reconhecer que algumas vezes Ela é show até em situações hilárias. De acordo com uma manchete de jornal, veja o que uma noiva fez para atingir seu objetivo: “NOIVA INVADE HOSPITAL E LEVA PACIENTE PARA O ALTAR”. Para realizar o sonho de casar na igreja, uma faxineira, de 36 anos, se vestiu de noiva, invadiu o hospital e resgatou o noivo, de 47, internado por causa de um cálculo renal. Quando soube que o noivo não seria liberado para o casório, entrou correndo no hospital e invadiu o quarto e fugiram. Na hora da celebração, se contorcendo em dor, Ele chorou ao ouvir “na saúde e na doença”. Para completar, após a cerimônia, o bolo encomendado para festa, caiu no chão. * Crisolino Filho

Membro da Academia Valadarense de Letras – AVL -. OAB/ MG 47.103e CRB/MG 2713; Alô: (33) 8807.1877 e Fonefax: (33) 3271.7009 – E.mail: crisffiadv@ig.com.br.


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Empresarial Homens do Ano

Guilherme Olinto de Abreu Resende

Uma sociedade não se organiza sem líderes, sem pessoas que visem uma comunidade. 2010 colocou no topo das lideranças regionais o jovem André Merlo, presidente da União Ruralista Rio Doce. 2011é de Guilherme Olinto de Abreu Resende, presidente da Coaperiodoce e do Silemg, que recebeu com todo mérito o comemorado título de Empresário do Ano. A trajetória de ambos vem sendo registrada nas revistas Mais Mais Perfil. São pessoas que vieram ao mundo para somar, e não para dividir.

Reconhecimento

Almyr Vargas e Olavo Machado, presidente da Fiemg

O presidente do Siccob Ac Credi, Almyr Vargas, um líder destacado na solenidade de inauguração das novas instalações Fiemg Regional Rio Doce. Uma ação feita pelo presidente estadual da FIEMG, Olavo Machado, que veio de BH especialmente para prestigiar a iniciativa de Rozani Azevedo. Almyr Vargas presidiu a Regional, assim como Luiz Alberto Jardim.

Notável Exemplo

Rozani Azevedo, presidente da Fiemg Regional Rio Doce encontrou na reitora da Univale Ana Angélica Leão Coelho uma amiga perfeita. Tanto que seus discursos andam bem parecidos. Na foto,a satisfação do presidente da Fiemg, Olavo Machado, de estar ladeado por duas grandes mulheres. O dinamismo da Rozani a torna a bola da vez.

Em sua gestão como presidente da SODAMI, a dinâmica Arlete Brasiliense fez questão de fazer a diferença. Sucesso no 29° ENAM que contou com as presenças ilustres de Antônio Roberto Soares e o Major Wagner Fabiano dos Santos, que marcou também pela 1ª edição da revista da SODAMI. Mas o exemplo maior veio da dedicação à instituição, inclusive proporcionando algum suporte financeiro. Uma atitude inovadora que merece ser seguida, como um caminho aberto para novos horizontes.

Edmílson e Nastrini

DESIGNAR

Eles estão movendo as máquinas da Vale: Edmílson Soares, como secretário municipal de Obras e Sistema Viário, e o engenheiro Frederico Nastrini, como responsável pelas obras da Vale. São projetos que darão uma nova dimensão à nossa estrutura social e urbana. Entram na nossa lista de homens do ano 2011.

Rodrigo Moura Ramos. Bacharel em Design e pós-graduado em Ensino em Artes Visuais está há mais de 6 anos no mercado de GV, atendendo a empresas como Frigoleste, Sorveteira Nevada, Academia Arena, Academia Órbita, Due Sorelli, Recanto do Açaí, Casa do Papai, Corpore Sane, Betel, Atrium. Criatividade e profissionalismo. Tel. 3084 2337 ou 8403 3700.

Rozani Azevedo, Olavo Machado e Ana Angélica

Bola da vez

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Mayra Rody Peixoto e Rodrigo Fabiano Souza

Jovem de Fibra Mayra Rody Peixoto é nosso mais recente orgulho de ser mulher. Perfil Jovem 2010, advogada e casada com Rodrigo Souza, é força empreendedora que dinamiza a economia da cidade. Entre tantos outros investimentos imobiliários lançam nessa Mais Mais Perfil Mulher a segunda etapa do Bairro Ouro Verde. Recém-chegado da Alemanha, esse casal se aprimora com mentalidade aberta, de acordo com os novos tempos. Pelo o que estamos acompanhando, eles já estão no futuro.

Novos projetos O empresário Hercílio de Araújo Diniz é outra força valadarense que se sobressai por seu espírito de comunidade e poder de ação. Supermercadista e presidente do Sindicomércio, discreto e avesso a holofotes – característica de familia, mas participante requisitado em tudo que se refere ao desenvolvimento da Valadares, Hercilinho, recémchegado de NY, onde tem ido a trabalho e férias, está no pique de novos investimentos, dessa vez no terreno imobiliário. E acredita-se que ser Coelho e Diniz é como Midas, a cidade vai crescer.


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Mais Mais Perfil Mulher

por Paula Greco

Ritos

Resgatados

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ntre a realização profissional e pessoal, elas querem as duas. Querem vencer na carreira que escolheram, serem reconhecidas por sua competência. Mas também querem viver um grande amor. E mais! Querem as mãos dadas e o anel de noivado; os olhares cúmplices durante a troca de alianças. Querem a grinalda, o tapete vermelho, a caminhada emocionada até o altar. Querem sentimento, mas também pompa e circunstância. Bem casados, “filhos feitos de amor”, como na música. Lua de mel, crianças, casa e álbuns de família. Conquistas de uma vida que só vale a pena se construída a dois. O raro equilíbrio entre a profissão e o casamento é uma questão que há décadas permeia os sonhos (e pesadelos) da mulher contemporânea. Se até o limiar do século 19 casar e ser dona de casa era praticamente a única opção, no século 20, em tempo de luta por direitos e ainda mais deveres, ele passou a ser a última das alternativas. Amor livre, queima de sutiãs, a escalada pelo poder político e social, produções independentes, mais ideologia e menos comprometimento familiar. Tudo isso ocupou o imaginário feminino, atuando como mola-mestra de uma série de revoluções de costumes. Mas o novo milênio trouxe consigo uma outra consciência, algo próximo do que a sabedoria oriental chama de caminho do meio. Assim, a realização profissional continua sendo importante, mas não é mais prioridade absoluta. Ao contrário, são muitas as mulheres que deixam carreiras de sucesso para serem mães e esposas em tempo integral. E há as que se equilibram entre uma coisa e outra como em um salto agulha: com alguma dor e muita feminilidade. E nessa jornada que promove a renovação de uma instituição que passou muitas décadas em franco desgaste, elas ganharam a adesão masculina, transformada em um número cada vez maior de parceiros em maridos, que de bom gosto trocam os prazeres descompromissados da solteirice pelo afeto comprometido e aconchegante da vida em família.


Aceito! FOTOS: KK Gontijo

E que fique bem claro. Isso não é apenas uma impressão causada pela quantidade crescente de convites de casamentos que chegam. Para os céticos, há os números, esses que não mentem jamais, neste caso balizados pela confiabilidade do IBGE. Segundo dados do Instituto, em curva descendente desde os anos 70, a partir de 2002, o número de casamentos no Brasil tem um crescimento gradativo, chegando a 5% nos últimos três anos. Um número à primeira vista não muito expressivo, mas que ganha outra dimensão se levarmos em conta o crescimento populacional do país no mesmo período, em torno de 2,5%. Ou seja, tem mais gente casando, do que nascendo no Brasil. O perfil desses noivos e noivas também mudou. Neste novo boom de casamentos, a faixa dos 20 a 24 anos continua sendo a campeã, seguida de muito perto pela dos 25 aos 29. Na média geral, brasileiros e brasileiras estão casando mais velhos: as mulheres com 26, os homens com 29. Uma forte sinalização de que, antes de casar, eles e elas procuram se estabilizar profissional e financeiramente, para então reunir suas melhores fichas e apostar no amor.

Pompa & Circunstância FOTO: Benício Reis

E não basta apenas casar “de papel passado”. Junto com a quantidade de casamento, cresce a opção de fazêlos em grande estilo, tanto nas festas – cada vez mais sofisticadas – quanto nas cerimônias, carregadas de simbolismos que foram incorporados às tradicionais cerimônias ocidentais há tanto tempo, que em sua maioria muita gente nem sabe mais de onde vieram, mas têm raízes até mesmo milenares. O vestido branco, uma “moda” lançada pela Rainha Vitória, da Inglaterra, no século XIX, virou símbolo de pureza e acabou por transformar-se na cor oficial das noivas. Já o véu é um costume que vem da antiga Grécia. Os gregos acreditavam que a noiva, ao cobrir o rosto, ficava protegida do mau-olhado das mulheres e da cobiça dos homens. E ainda significava a separação da vida da mulher, de jovem solteira em esposa e futura mãe. O hábito de trocar alianças, representação da perfeita ligação entre o casal, tem raízes no Egito, onde o

círculo representa a eternidade do amor. Os anéis eram colocados no quarto dedo da mão esquerda, porque acreditava-se que por esse dedo passa uma veia que vai direto ao coração. Até a posição dos noivos no altar, com a noiva à esquerda do noivo, tem sua tradição. Na Idade Média, os anglosaxões assim o faziam para manter o braço direito livre para uma luta, no caso de terem que defender suas noivas de tentativas de rapto. Mas nada mais bonito e romântico do que uma chuva de arroz na saída da igreja. Os noivos recebem as bênçãos e dão os primeiros passos como marido e mulher sob esta milenar tradição chinesa, na qual os grãos simbolizam frutificação, prosperidade, fertilidade, saúde, riqueza e felicidade. Para os hindus, pétalas de flores também podem ser usadas nessa bela homenagem, que coroa um momento especial. Não um fim, como nos contos de fadas, mas o começo da realização do sonho de viver o seu próprio “E foram felizes para sempre”. 51

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Mais Mais

Entrevista

por Wilma Trindade

os 7 anos, as roupinhas de suas bonecas já eram feitas por ela. Aos 9 costurava para ela própria e aos 13, 14 fez seu primeiro curso de corte e costura. Durante essas últimas 3 décadas, Fátima Lage é griffe que ostenta muitas mulheres elegantes de nossa sociedade. Do tipo minghon em que transparecem a força e o amor pelo trabalho que faz, Fátima recebeu-me para essa entrevista, em seu atalier da Rua Rio Grande do Norte, com a simplicidade que lhe é peculiar sofisticada por uma de suas criações. Chemise de renda gripeur branca, top das tendências. Com simpatia e inteligência ela se expressa diante dos tecidos e do respeito profundo ao estilo de cada um. Mas ousar e criar combinações inusitadas com acabamentos perfeitos são o seu prazer. Por isso e mais, Fátima Lage está em nossas páginas.

O que levou você à costura? O dom. Já nasci com ele. Aos 7 anos, as roupinhas de minhas bonecas eram feitas por mim. Aos 9 fazia para mim. Aos 13/14 fiz curso de corte costura e com isso fui desenvolvendo o meu dom. Depois fui costurar com a Emília, costureira famosa no bairro. Com ela, a quem agradeço, incorporei a base para os primeiros passos. A griffe Fátima Lage é conhecida e respeitada. Você estudou para ser estilista? Não. Tenho licenciatura em ciência e matemática pela Universidade Santos Dumont, hoje, Univale. Um tempo de conhecimento e ótimos relacionamentos como as professoras Marli Elias, Tatiana Castelo Branco, Jane Pinheiro, Rosa Ferraz, Sílvia Perim, minhas clientes até hoje.

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A costura, então, venceu a matemática? Formada, tive que escolher: especializar-me para dar aula ou costurar. Não pude abandonar o meu dom. E fazer as duas coisas, impossível para mim. Mas não deixei de estudar. Fiz cursos técnicos de estilismo na Ubirajara Fidalgo (Rio) renomado figurinista,e também no CEARTE-GV, e tive oportunidades de estar nos Estados Unidos, ampliando minha visão do mundo fashion. Hoje, com a internet, a consultoria é mais prática.

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O que é moda para você? Para mim, moda é o estilo próprio de cada pessoa. Por isso trabalho sob medida. O que é fashion? Pode ser uma cor, uma peça de vestuário, acessórios e adornos. Não usar tudo, mas incorporar algo no tradicional é fashion. Diria, atualizar o estilo pessoal é fashion. A moda vai e volta, vai e volta. Devemos guardar tudo, com essa certeza? O passado é sempre inspiração para o presente, por isso gosto de trabalhar com o contemporâneo, que é o passado reciclado. E isso não significa pegar roupas velhas e refazê-las ou simplesmente usá-las como sempre foram. Significa inspirar-se na qualidade. A atualização é imprescindível. A você, o que lhe inspira? A fé, a esperança, o aprendizado, o respeito às diferenças, ao estilo de cada pessoa, a consciência de poder evoluir material e espiritualmente. O que você entende por haut couture: A alta costura é principalmente criatividade e ousadia; E o acabamento, não é sinônimo de alta costura? Naturalmente, o corte, o acabamento e a qualidade da matéria-prima. Mas a base da alta costura é a ousadia. A utilização do elemento inusitado que vai se sobressair ao comum. Quanto ao acabamento, para mim, tem que estar em todas as peças. Sou perfeccionista. Mesmo trabalhando em uma peça simples cuido para que a pessoa, vendo-a pelo avesso, tenha o mesmo prazer de quando a viu pelo direito. Uma recente ousadia sua: Tornar o Jeans tão nobre quanto a seda e outros. Usá-lo só em roupas esportivas é uma convenção. O jeans recebe bem qualquer modelagem, bordados e aplicações. É um tecido aberto a mixagens, o que desperta a criatividade e a ousadia. Uma pessoa elegante. Para mim, Sílvia Perim é a personalização da mais completa elegância. Sílvia é 100% elegante. Ela é minha cliente há anos, e jamais vi um mínimo deslize. Fátima Lage por Fátima Lage Minha palavra chave é mudança. Estou sempre desejando mudanças. No sentido geral, Justiça, bem-estar e educação formal para os menos favorecidos. Sempre estou fazendo para melhorar alguma coisa para alguém. E, acredite, a lei do retorno funciona. Neste fim de Ano... Vejo mudanças. A esperança é o que me move. Esperança de políticos, governos e administradores do bem público, conscientes do ser humano.

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Ponto de Vista

Nova Globalização, Novos Globalizadores Na nova paisagem do século XXI, as maiores fábricas do mundo e o maior edifício são chineses. A maior indústria cinematográfica é indiana. O homem mais rico é mexicano. No novo mundo, China, Índia, Rússia e Brasil estão entre as sete maiores economias do mundo. Nesse contexto, é preciso discutir as implicações da emergência de países em desenvolvimento em grandes fenômenos, tal como o da globalização. A globalização consiste basicamente no aumento inédito do volume e da velocidade de fluxos de comércio, de investimentos e de pessoas em escala global, não meramente entre países vizinhos. Tecnologia, redes e fluxos são palavras-chave do conceito. O avanço das tecnologias de transportes e de comunicações viabilizou a globalização. Até o século XIX, a velocidade e o alcance das comunicações dependiam da velocidade e do alcance dos veículos de transporte. Certas montanhas eram intransponíveis, certas distâncias, muito longas, dificultando ou mesmo inviabilizando a comunicação. A imagem clássica é da Grécia Antiga, quando um soldado ateniense partiu da batalha de Marathon, correndo dezenas de quilômetros, até Atenas, para levar a mensagem da vitória. Ofegante, o soldado faleceu, e desse antecedente surgiu o costume ocidental de realizar as chamadas “maratonas”. Sem transporte, informações não chegavam muito longe. A comunicação dependia de pessoas, de cavalos, de navios ou, após a primeira revolução industrial, de trens. Fruto da segunda revolução industrial (segunda metade do século XIX), a invenção do telégrafo foi revolucionária: a transmissão de mensagens começou a desatrelar-se dos transportes. Rádio, televisão, telefones vieram aprofundar esse processo. A terceira revolução industrial inaugurou a Era da Informação e implicou níveis inéditos de desenvolvimento e de acesso aos meios de comunicação, sobretudo após o surgimento da internet. Navios cargueiros do século XXI conseguem cruzar o Atlântico em dias, em 54

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contraste com os meses que tardavam as caravelas quinhentistas. Assim, o fluxo internacional de bens e de serviços tornou-se mais veloz. Com a internet, o fluxo financeiro tornou-se instantâneo. Tecnologias de comunicação e de transporte facilitaram a constituição de redes globais. Entende-se por Redes, conjuntos de atores (indivíduos, empresas e Estados) que têm interações internacionais regulares e padronizadas (comércio, investimentos, etc). O volume e a direção dos fluxos resultam da atuação de redes. Somente após o contato inicial entre atores de países diferentes, decide-se o que será transacionado, para onde e em que quantidade: a exportação de um automóvel, a importação de um software, a transferência de uma tecnologia... Redes e fluxos permitem a interconexão entre o meio doméstico de um Estado e o meio internacional. No século XIX o estatuto do exclusivo colonial foi gradualmente substituído pelo livrecomércio. Emergiu uma divisão internacional do trabalho, em que os países centrais do capitalismo exportavam produtos industrializados, importavam primários da periferia e sediavam grandes empresas multinacionais. A imagem clássica da globalização do fim do século XIX é a do Império Britânico promovendo a criação de redes e de fluxos no mundo. Os britânicos atuaram como um país “globalizador”, liderando a integração dos países menos globalizados, globalizando-os com crédito, ferrovias, telégrafos, navios a vapor e serviços de eletrificação, por exemplo.

Diego Trindade D’Ávila Magalhães

Como “banco do mundo”, a GrãBretanha respondia por 45% de todos os investimentos realizados no mundo entre 1875 e 1913. As duas grandes guerras entre 1914 e 1945 fizeram recuar os fluxos globais, que se recuperaram rapidamente no contexto do pós-Segunda Guerra Mundial. O comércio e os investimentos foram impulsionados por empresas multinacionais, que, nos anos 1950, eram quase todas estadunidenses. A partir dos anos 1970, empresas alemãs e japonesas conquistaram seu espaço. Estadunidenses, europeus e japoneses, que constituíam o G-7 – grupo das sete maiores economias do mundo –, estavam por trás do avanço da globalização. Em 1990, países desenvolvidos respondiam por 72% das exportações e por 92% dos investimentos. A globalização do século XX foi claramente marcada pela ação desses países. No século XXI, a China ultrapassou o Japão, tornando-se a segunda maior economia do mundo. O PIB da Índia superou o da Alemanha. Brasil e Rússia ultrapassaram o Reino Unido e a França. Os países em desenvolvimento exercem cada vez mais o papel de novos globalizadores. Em 2010, esses países já representavam 42% das exportações e 25% dos investimentos. Em 1988, 26 das 500 maiores empresas do mundo eram sediadas em países em desenvolvimento. Em 2005, esse número saltou para 61. Nesse contexto, a globalização contemporânea continua com as mesmas características? Não! Espera-se um aprofundamento dessas tendências, que implicam o aumento do papel dos emergentes no avanço dos fluxos globais. A nova globalização do século XXI alicerça-se na atuação dos novos globalizadores. Diego Trindade D’Ávila Magalhães Coordenador do curso de Relações Internacionais daPUC-Goiás. Doutorando em Relações Internacionais pela UnB. E-mail: diegotdm@gmail.com


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