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Preparações Orais Líquidas 3ª edição
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Preparações Orais Líquidas 3ª edição Formulário Procedimento de Preparo Flavorização Estabilidade e Conservação
Anderson de Oliveira Ferreira Gilberto Fernandes de Souza
2011
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Copyright© 2011 by Anderson de Oliveira Ferreira e Gilberto Fernandes de Souza. Pharmabooks Editora. Todos os direitos reservados. É vedada a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, ou outros), sem permissão expressa dos Autores e da Editora. Projeto gráfico: Fabiano José Costola Editoração eletrônica: Pharmabooks Editora Capa: Ana Márcia Zago (adaptado para a 3ª edição) Fotos da capa: Corbis® Images Douglas de Oliveira Ferreira Revisão de texto (Parte I): Ana Célia de Moura
Rua General Jardim, 645 cj52 – Vila Buarque, São Paulo, SP 01223-011 – Brasil tel (11) 3257 6200, fax 3257 6165 atendimento@pharmabooks.com.br www.pharmabooks.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP).
Ferreira, Anderson de Oliveira. Preparações Orais Líquidas: formulário, procedimento de preparo, flavorização, estabilidade e conservação. / Anderson de Oliveira Ferreira. – 3. ed., rev. e ampl. – São Paulo: Pharmabooks Editora, 2011. 728 p. Inclui bibliografia e índice. ISBN10 85-89731-44-8 ISBN13 978-85-89731-44-7 1. Farmacologia 2. Medicina – Fórmulas e Receitas. CDD 615.4
Impresso no Brasil Printed in Brazil
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Autores
Anderson de Oliveira Ferreira - Farmacêutico-bioquímico graduado pela Universidade Federal de Juiz de Fora - Minas Gerais. - Pós-graduado em Fármacos e Medicamentos pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal de Juiz de Fora - Minas Gerais. - Especialista em Manipulação Alopática Magistral pela ANFARMAG. - Diretor da Ortofarma Laboratório de Controle da Qualidade. - Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. - Diretor técnico da Acesso Magistral. - Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Farmácia Magistral pela Suprema Universidade de Ciências. Médicas em Juiz de fora - Minas Gerais. - Autor do livro Preparações Orais Líquidas. - Atua há 22 anos na área Magistral.
Gilberto Fernandes de Souza - Farmacêutico formado pela Faculdade de Farmácia e Odontologia de Juiz de Fora em 1959 - Atuou em diversas empresas Farmacêuticas, tais como: Diamond Shamrock do Brasil; Johnson & Johnson; Squibb Indústria Química; Instituto Medicamenta Fontoura.
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Dedicatórias
Às minhas filhas: desejo que este trabalho represente para vocês a herança dos meus ideais e sonhos.
Anderson de Oliveira Ferreira
À minha esposa Otília, ajuda certa nas horas difíceis de nossas vidas, e aos meus filhos pela compreensão por períodos de ausência dedicados aos meus estudos e trabalho. In Memoriam Ao meu pai, José Fernandes de Souza, o “Zéca”, que dedicou sua vida à profissão farmacêutica e ao incentivo a minha formação universitária. À minha mãe, Dolores Fernandes de Souza, pela formação educacional recebida. “Exemplo de trabalho, honestidade, humildade e amor aos demais”.
Gilberto Fernandes de Souza
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Abreviações
Abrev.
Significado
aa
partes iguais
g
grama
L
litro
mcg
micrograma
mEq
miliequivalente
mg
miligrama
mL
mililitro
p/v
peso por volume
qs
quantidade suficiente
qsp
quantidade suficiente para
UI
unidade internacional
Advertência
As informações contidas neste livro são frutos de pesquisas respaldadas por referências e informações técnicas já descritas, bem como da experiência profissional dos autores. Os autores não se responsabilizam por quaisquer erros, omissões ou por aplicação indevida das informações aqui descritas no seu total ou em parte.
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Sumário
Parte I Formas Farmacêuticas Líquidas Enfoque nas formas de uso oral
1
Definição, características, composição básica e preparação Soluções
9
Xaropes
11
Elixires
15
Linctus
17
Misturas
17
Gotas orais
17
Soluções saturadas
9
23
Procedimento geral para o preparo de uma solução 34 Solubilidade de compostos orgânicos e inorgânicos 36 Suspensões
44
Preparações orais oleosas (anidras) 59 Emulsões orais
61
Formas farmacêuticas rudimentares líquidas de uso oral
Flavorização de Preparações Orais
83
Relação química com os cinco paladares primários Técnicas de flavorização
86
Correção do sabor amargo
88
69
85
Flavorizantes 90 Uso de edulcorantes na correção do sabor amargo em preparações orais líquidas 96
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Sumário
Medidas e administração para preparações líquidas
105
Administração e uso correto de preparações farmacêuticas orais líquidas 107
Considerações sobre estabilidade de preparações orais líquidas 109
Parte II Preparações de Fármacos e Veículos Fármacos
115
Veículos
659
Parte III Ensaios de Qualidade para Formas Farmacêuticas Líquidas Orais Procedimento Operacional Padrão 669 Anexos
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Índice das Preparações Índice Remissivo
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Enfoque nas formas de uso oral A adesão ao tratamento farmacológico depende, muitas vezes, da administração do medicamento na forma farmacêutica adequada ao paciente. Frequentemente, as especialidades farmacêuticas comercializadas não atendem às necessidades específicas de determinados grupos de pacientes. Pacientes pediátricos e idosos necessitam de doses diferenciadas e frequentemente apresentam dificuldade de deglutição de comprimidos e cápsulas. Pesquisa realizada com 6158 pessoas na Noruega constatou que cerca de 26% da população entrevistada tinha dificuldade para deglutir comprimidos. Para aumentar a compliance é muitas vezes necessário que o medicamento seja preparado na forma líquida. Entretanto, somente uma pequena parte dos fármacos está disponível como especialidade farmacêutica na forma de preparações líquidas pediátricas. A maioria dos medicamentos industrializados é, por motivos comerciais ou de estabilidade, exclusivamente comercializada em formas farmacêuticas sólidas, como comprimidos e cápsulas em doses destinadas à população adulta. A pesquisa, desenvolvimento, fabricação e registro de medicamentos de uso relativamente especializado não se mostra financeiramente atrativa. A prática de triturar comprimidos ou abrir cápsulas e adicionar o pó a uma bebida palatável, ou polvilhar o pó sobre um alimento sólido imediatamente antes da ingestão, pode ser apropriada ou necessária sob certas circunstâncias. Entretanto, torna difícil assegurar a obtenção da dose completa, além de ser preocupante a manipulação do medicamento pulverizado pela enfermagem ou responsáveis pela administração do medicamento. Além disto, a dispersão “caseira” do pó proveniente de cápsulas ou da trituração de comprimidos pode não ser prática e conveniente quando as doses requeridas representarem pequenas frações destas formas farmacêuticas. A obtenção de preparações orais líquidas a partir da dispersão dos pós resultantes da trituração de comprimidos ou do esvaziamento do conteúdo de cápsulas, ainda que realizada por profissional habilitado (farmacêutico), em condições e com equipamentos adequados, não é o ideal. Os excipientes e adjuvantes presentes no comprimido ou na cápsula podem modificar o pH da preparação e eventualmente comprometer a estabilidade e/ou alterar a solubilidade do fármaco no veículo. Isto provavelmente explica o porquê da solução de amilorida preparada a partir da substância pura ser mais estável 1 issuu
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que a preparação líquida obtida a partir do comprimido de amilorida. O ideal, sempre que possível, é a preparação a partir da substância pura (matéria-prima). Deve-se considerar ainda que as preparações orais líquidas obtidas a partir do pó de comprimidos e cápsulas devem ser exclusivamente preparadas na forma de suspensão. Mesmo que o fármaco presente seja solúvel no veículo não se pode garantir a sua completa extração. Nesta situação, não se recomenda filtrar a preparação. Um outro problema decorrente desta prática é quando a quantidade de pó resultante do comprimido ou cápsula é relativamente grande, dificultando a dispersão em pequenos volumes do veículo. Além disto, para alguns fármacos disponíveis comercialmente em formas de liberação modificada (ex.: formas entéricas e de ação prolongada) pode não ser recomendada a preparação a partir da especialidade farmacêutica. Outra prática alternativa empregada na eventual falta de uma especialidade farmacêutica na forma oral líquida é a administração oral de preparações injetáveis. Isto é possível para alguns fármacos, mas existem importantes fatores que se deve considerar ao avaliar se uma forma injetável é adequada ou não para uso oral. Normalmente, se o fármaco da especialidade injetável é exatamente o mesmo da forma para administração oral (ex.: a forma injetável com ondansetrona contém este fármaco na forma de cloridrato, assim como a forma para administração oral) poderemos presumir que o fármaco será absorvido a partir da forma oral. Entretanto, pelo fato do fármaco estar na forma de solução pode-se esperar uma absorção mais rápida e picos plasmáticos mais altos em comparação à absorção mais lenta da forma sólida. Por um outro lado, quando a forma do fármaco no produto injetável for diferente da forma oral (sais diferentes), a biodisponibilidade também poderá ser diferente. Neste caso não seria recomendada a administração oral do medicamento injetável. Outros aspectos desfavoráveis depõem contra esta prática, como a presença comum de excipientes e adjuvantes em preparações injetáveis não adequados para a administração oral; a baixa concentração do fármaco nas formas injetáveis comparada à necessidade de uma dose maior para administração via oral, implicando na necessidade de ingestão de um volume grande para se obter a dose terapêutica oral; alguns fármacos administrados na forma de injetáveis são degradados quimicamente pela acidez gástrica; e ainda o custo maior das preparações injetáveis. Neste contexto, podemos concluir que a preparação magistral extemporânea de formulações orais líquidas representa uma importante alternativa para o atendimento das necessidades farmacoterapêuticas de pacientes pediátricos e eventualmente de adultos e idosos que necessitem do medicamento na forma líquida. A formulação de preparações orais líquidas requer consideração cuidadosa de vários fatores críticos para assegurar que o produto tenha eficácia e qualidade adequadas. Preparações líquidas, particularmente as aquosas, são susceptíveis à degradação físico-química e microbiológica, o que compromete sua estabilidade. A instabilidade química, física e microbiológica destas preparações precisa ser considerada. Antes da manipulação de uma preparação oral líquida é preciso procurar dados referentes a estabilidade do fármaco nesta forma farmacêutica. Um problema constantemente encontrado pelos formuladores é a falta de publicação de informações e formulários de preparações extemporâneas para orientar o preparo de formulações orais líquidas. Na ausência de estudos publicados, a estabilidade destas preparações tem sido determinada de forma arbitrária. Sem dúvida, a instabilidade das preparações líquidas aquosas é o ponto mais crítico de uma formulação. A degradação de uma preparação oral líquida devido à instabilidade química, física ou microbiológica pode ocasionar uma dose subterapêu2 issuu
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tica do fármaco, exposição à produtos de degradação tóxicos ou ingestão de um número inaceitável de microorganismos. É importante que o farmacêutico esteja atento aos problemas causados pela instabilidade de forma a assegurar que a farmacoterapia seja efetiva e segura. Consideraremos a seguir os diversos tipos de instabilidade e alguns aspectos críticos envolvidos na formulação de líquidos orais.
Instabilidade química Fármacos em preparações líquidas podem estar mais susceptíveis a reações químicas de degradação. As reações de degradação mais comuns são hidrólise, oxidação e redução. Normalmente, o tipo ou a velocidade da reação é influenciada pelo pH. A azatioprina, por exemplo, é rapidamente hidrolisada em 6-mercaptopurina em pH alcalino, mas é relativamente estável em condições ácidas ou neutras. Outros fatores, além do pH, que também podem aumentar a velocidade da reação de degradação são a presença de metais traços que podem catalizar, por exemplo, a oxidação do captopril e da metildopa, e a exposição à luz, que pode catalizar a degradação oxidativa da 6-mercaptopurina e de diversos outros fármacos. A velocidade de degradação química normalmente aumenta com a temperatura. Esse fator que serve de base para estudos de estabilidade acelerados em formulações bem como para recomendações de conservação em baixas temperaturas (exemplo: sob refrigeração) de preparações contendo fármacos quimicamente instáveis como as soluções orais de captopril. O fármaco, em uma preparação líquida, pode estar parcialmente ou totalmente na forma de solução ou predominantemente em estado sólido, como em uma suspensão. Fármacos em solução são mais vulneráveis à degradação química que os em estado sólido (ex.: suspensões, cápsulas e comprimidos). Portanto, suspensões de acetazolamida e de hidroclorotiazida são mais estáveis que suas respectivas soluções. Entretanto, em alguns casos as soluções podem eventualmente ser mais estáveis que as suspensões. A furosemida é um exemplo, pois sofre hidrólise em condições ácidas quando encontrada predominantemente no estado sólido (em suspensão). No entanto, ela é muito mais estável em pH alcalino, quando está totalmente solubilizada.
Instabilidade física Suspensões orais podem ser susceptíveis à sedimentação dos fármacos não solubilizados, causando caking (massa compacta formada pela sedimentação das partículas que estavam suspensas de difícil dispersão). A dificuldade de ressuspender as partículas sólidas ou sua rápida sedimentação após a agitação pode levar a erros de medida da dose do medicamento, sendo este problema um motivo de preocupação na formulação de suspensões. A própria refrigeração, normalmente desejável para aumentar a estabilidade química e reduzir o crescimento microbiano em algumas preparações líquidas, pode aumentar demasiadamente a viscosidade de uma suspensão, dificultando a sua ressuspensão, ou causar a precipitação do fármaco ou de conservantes. É importante considerar o efeito do pH sobre todos os componentes da formulação e o seu possível impacto na estabilidade. O xarope simples, por exemplo, é relativamente ácido, e se utilizado nesta faixa de pH na preparação de uma solução oral de fenobarbital sódico poderá causar a precipitação de fenobarbital não ionizado (o fenobarbital sódico precipita em meio ácido).
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Instabilidade microbiológica O crescimento microbiano em preparações orais líquidas pode causar odor desagradável, turbidez e um efeito indesejável na palatabilidade e na aparência das formulações. Uma contagem alta de micro-organismos em uma formulação pode ser perigosa para a saúde, principalmente em crianças ou pacientes imunocomprometidos. Além disso, o metabolismo microbiano pode causar alterações no pH da preparação e reduzir a estabilidade química ou solubilidade do fármaco, podendo ocorrer sua precipitação. A ocorrência de contaminação microbiana durante a preparação de uma formulação oral líquida deve ser minimizada pela utilização de equipamentos e vidrarias limpos e sanitizados, pela uti-lização de água purificada e/ou outros veículos com qualidade microbiológica adequados e pelo cuidado de evitar a utilização de matérias-primas e embala-gens contaminadas. É preciso também considerar que a efetividade do sistema conservante da formulação sofre influência do pH. Por exemplo, se o benzoato de sódio ou ácido benzoico são utilizados como conservantes, o pH final da preparação deve ser menor que 5,0, faixa na qual este conservante está predominantemente na forma não ionizada e apresenta atividade antimicrobiana. Evidentemente, a escolha do sistema preservante deverá ser compatibilizada com o pH de estabilidade do fármaco.
Palatabilidade O sabor, textura e cheiro são importantes fatores para a aceitabilidade de uma preparação farmacêutica destinada à administração oral em crianças. As crianças possuem um número maior de papilas gustativas do que os adultos. Isto explica o porquê das crianças serem mais sensíveis a sabores desagradáveis. Normalmente, o sabor doce é mais desejável que o sabor amargo. O mascaramento do sabor amargo em preparações farmacêuticas é particularmente problemático, pois o número de compostos que expressam o sabor amargo excede aos compostos que promovem o sabor doce. Para cada “problema de flavorização” em uma formulação é necessária uma solução específica. Portanto, o farmacêutico tem como desafio desenvolver técnicas e recursos para realizar a combinação harmônica de flavorizantes, evidenciadores de sabor, edulcorantes e corantes.
Considerações relativas aos excipientes ou ingredientes inertes Excipientes ou ingredientes inertes são substâncias adicionadas aos compostos farmacologicamente ativos para permitir a produção da forma farmacêutica, aumentar a estabilidade do fármaco e aumentar a palatabilidade da formulação para o paciente. Enquanto a maior parte dos pacientes tolera bem estas substâncias “inertes” presentes na formulação, deve-se considerar que alguns destes compostos são capazes de induzir a efeitos adversos, incluindo reações alérgicas. O conhecimento sobre o potencial dos excipientes para causar efeitos adversos tem aumentado continuamente com o crescimento dos relatos na literatura médica. Relacionamos algumas considerações sobre excipientes normalmente empregados em preparações orais líquidas. A. Edulcorantes e flavorizantes Em uma recente avaliação de medicações para uso oral, Kumar e colaboradores constataram que mais de 90% dos produtos avaliados continham tanto edulcorantes como flavorizantes. A ampla utilização destes excipientes reflete 4 issuu
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o desejo dos pacientes por medicamentos com apelo visual e sabor agradáveis. No momento da prescrição de medicações para crianças os clínicos deveriam ter em mente que a percepção do sabor muda com a idade. A preferência pelo sabor doce é inata nos seres humanos, sendo ainda mais pronunciada em crianças. Diferenças individuais no desenvolvimento do paladar durante a vida são influenciadas pelas experiências iniciais de alimentação e por fatores genéticos. Produtos desenvolvidos especialmente para crianças pequenas não são necessariamente bem aceitos por crianças maiores, adolescentes e adultos. Líquidos contendo grandes quantidades de edulcorantes artificiais podem promover um sabor amargo residual (aftertaste), resultando na diminuição da adesão ao tratamento pelo paciente. A sacarina, sacarose, sorbitol, aspartame e frutose são os edulcorantes mais utilizados. Frequentemente dois ou mais edulcorantes são associados em preparações orais líquidas. A lactose, embora não seja utilizada como edulcorante, é empregada como diluente na preparação de cápsulas e comprimidos que poderão eventualmente servir como fonte da matéria-prima no preparo extemporâneo de suspensões orais. Embora a maioria dos pacientes tolere estes açúcares sem efeitos adversos, alguns podem apresentar reações de hipersensibilidade. O uso do sorbitol e da lactose pode estar relacionado à diarreia e dor abdominal, mas raramente a quantidade dessas substâncias presente nas preparações farmacêuticas é grande o bastante para promover estes efeitos. Entretanto, pacientes com intolerância à lactose podem desenvolver diarreia mesmo com a ingestão da pequena quantidade de lactose encontradas em um comprimido ou cápsula. A concentração total de edulcorantes em soluções e suspensões orais varia dentro de uma faixa de 30 a 80% p/v. O uso de produtos contendo grande quantidade de açúcar deve ser evitado em crianças com diabetes, sempre que possível. No caso da necessidade de utilização destes produtos, o nível de glicose sanguínea deve ser monitorado regularmente. O uso prolongado de medicações orais contendo grande quantidade de edulcorantes tem sido relacionado ao desenvolvimento excessivo de cárie dental em crianças. Os açúcares, em particular a sacarose, causam um decréscimo do pH da placa dental, dissolvendo o esmalte e promovendo a cariogênese dental. Por conseguinte recomenda-se a utilização de preparações sugar-free em terapias durante períodos prolongados. Se for necessária a administração prolongada de uma preparação contendo açúcar, os pais ou responsáveis devem ser instruídos para realizarem ou supervisionarem a higienização dental da criança após a ingestão de cada dose. Uma grande variedade de flavorizantes naturais e sintéticos é utilizada na formulação de preparações farmacêuticas. Os flavorizantes normalmente contêm um grande número de ingredientes. Como exemplo, uma marca comercializada de flavorizante sintético de morango continha mais de 30 diferentes componentes. Relatos de efeitos adversos associados a flavorizantes são raros, mas o mentol e os óleos essenciais de limão e Mentha piperita têm sido associados a reações de hipersensibilidade. B. Corantes Os corantes são utilizados para melhorar a aparência e proporcionar identidade ao produto. A exposição a corantes contidos em preparações farmacêuticas tem sido associada a reações de hipersensibilidade em pacientes susceptíveis, incluindo anafilaxia, broncoconstrição, angioedema, urticária, dor abdominal, vô5 issuu
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mito e dermatite de contato. Embora não existam estudos clínicos controlados, alguns pais e médicos têm sugerido haver uma ligação entre corantes e hiperatividade ou comportamento agressivo em crianças. Alguns corantes associados a reações de hipersensibilidade incluem os azocorantes, como o amarelo de tartrazina (FD&C amarelo 5), FD&C amarelo 6, FD&C vermelho 36, FD&C vermelho 17; os corantes derivados do trifenilmetano (FD&C Azul 1 e 2 e verde 3). Os corantes FD&C amarelo 5 e 6 têm demonstrado reatividade cruzada com o ácido acetilsalicílico e com a indometacina. Estes corantes devem ser evitados para pacientes com histórico anterior de alergia a estas medicações. Alguns corantes xantênicos (FD&C vermelho 3 e vermelho 22) são potentes fotossensibilizantes. C. Solventes Fármacos que não são altamente solúveis em água representam um problema para formuladores. Em preparações orais líquidas, assim como em algumas preparações tópicas, o fármaco precisa estar solubilizado no veículo, sendo comum a utilização de sistemas cossolventes para esta finalidade. O etanol, o propilenoglicol e o polietilenoglicol são utilizados como solventes auxiliares em várias formulações farmacêuticas. O etanol é frequentemente utilizado como solvente em formulações de preparações orais liquidas, podendo causar hipoglicemia e outros efeitos tóxicos agudos e crônicos, como o alcoolismo. Existem duas preocupações maiores em relação ao uso do etanol em preparações pediátricas. Uma é a possibilidade de intoxicação aguda pela ingestão acidental de uma overdose; a outra é a possibilidade de toxicidade crônica associada ao uso prolongado do medicamento contendo álcool na sua formulação para condições médicas crônicas. Em 1984, nos EUA, a American Academy of Pediatrics recomendou um limite de conteúdo de álcool em produtos de uso pediátrico não superior a 5%, além de um volume restrito destas preparações que correspondesse a quantidades não letais de álcool. Em 1993, um comitê formado pelo Food and Drug Administration (FDA) e por uma associação de fabricantes de medicamentos daquele país concordaram em estabelecer um limite de álcool para preparações orais liquidas. Este comitê concluiu que todos os produtos de venda livre destinados a crianças menores de 6 anos de idade deveriam ser livres de álcool (alcohol-free). Produtos destinados a crianças em idades entre 6 a 12 anos deveriam conter no máximo 5% de álcool, e produtos destinados a crianças maiores de 12 anos e adultos deveriam ser limitadas a 10% de álcool, no máximo. Para determinadas preparações em que conteúdos maiores de álcool sejam necessários para se obter a solubilidade do fármaco, rótulos de advertência deveriam instruir os pais ou responsáveis a contactarem um médico antes de administrar o medicamento para crianças. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a partir da Resolução RE n° 543, de 19 de abril de 2001, proibiu o uso do álcool em formulações de estimulantes de apetite, tônicos e complementos de ferro e fósforo, visando diminuir a exposição das crianças ao etanol. Já a resolução RE n° 1, de 25 de janeiro de 2002, deste mesmo órgão, estabelece que complexos vitamínicos destinados a crianças com idade até 12 anos deverão apresentar concentração máxima de etanol igual a 0,5% em suas fórmulas e trazer nos rótulos a frase “Contém 0,5% de etanol”. Esta mesma resolução estabelece a concentração máxima de 2% de etanol em formulações polivitamínicas de uso adulto com a necessidade do uso de rótulo de advertência contendo a frase “Produto de uso exclusivo em adultos. O uso em crianças representa risco à saúde”.
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Preparações orais líquidas contendo grande quantidade de propilenoglicol são contraindicadas para neonatos e crianças menores de 4 anos. Formulações oleosas (óleo de rícino, óleo de fígado de bacalhau, óleo mineral etc) não são recomendadas para pacientes pediátricos. Estas preparações geralmente apresentam sabor desagradável e seu uso tem sido associado à diminuição da absorção de nutrientes e vitaminas e ocorrência de pneumonia lipídica decorrente de aspiração inadvertida. D. Conservantes Conservantes são adicionados em preparações farmacêuticas com o objetivo de prolongar a estabilidade e/ou manter sua esterilidade. Para-hidroxibenzoatos (parabenos) podem causar reações de hipersensibilidade e exacerbar os sintomas de asma. Tem sido sugerido que benzoatos e para-hidroxibenzoatos podem agravar a hiperbilirrubinemia pelo deslocamento da bilirrubina ligada às proteínas plasmáticas. Esse efeito não foi demonstrado in vivo e as quantidades destes conservantes presentes em formulações orais não apresentariam risco. Entretanto, os possíveis efeitos adversos dos conservantes devem ser considerados em formulações para pacientes pediátricos. Conclusão
A preparação magistral de formulações orais líquidas representa uma alternativa importante para o atendimento de pacientes pediátricos e de todos que necessitem dessas formas farmacêuticas em dosagens específicas, formuladas com ingredientes inertes adequados e seguros. No entanto, o farmacêutico precisa considerar os diversos fatores que influenciam a estabilidade, a eficácia e a segurança destas preparações. É necessário avaliar criteriosamente o pH e aplicar informações de estudos de estabilidade disponíveis em fontes de referência na formulação. Também é importante avaliar a segurança do veículo e de solventes e adjuvantes farmacotécnicos empregados para aumentar a estabilidade química, física e microbiológica. Referências 1. Andersen O, Zweidorff OK, Rodland EA. Problems when swallowing tablets. A questionnaire study from general practice. Tidsskr Nor Laegeforen. 1995 Mar 20;115(8):947-9. 2. Mistry B, Samuel L., Bowden S, McArtney RJ, Roberts DE. Simplifying oral drug therapy for patients with swallowing difficulties. Pharm J 1995;254:808-9. 3. Golightly LK., Smolinske SS, Bennet ML, Sutheland EW, Rumack BH. Pharma-ceutical excipients. Adverse effects associated with “inactive” ingredients in drug products. Med Toxicol 1988;3:128-65 (Part I) and 1988; 3:209-240 (Part II). 4. Fawcett JP, Woods DJ, Ferry DG, Boulton DW. Stability of amiloride hydrochlo-ride oral liquids prepared from tablets and powder. Aust J Hosp Pharm 1995; 25:19-23. 5. Ahmed GH, Stewart PJ, Tucker IG. Extraction of propranolol hydrochloride from crushed tablets. Aust J Hosp Pharm 1987; 17(2):95-8. 6. Boulton DW, Woods DJ, Fawcett JP, Tucker IG. The stability of an enalapril ma-leate oral solution prepared from tablets. Aust J Hosp Pharm 1994; 24:151-6. 7. Connors KA, Amidon GL, Stella VJ. Chemical stability of pharmaceuticals. 2nd ed. New York: Wiley-Interscience, 1986. 8. Van Scoik K. Azathioprine. In: Chemical stability of pharmaceuticals. 2nd ed. New York: Wiley-Interscience, 1986. 9. Trissel LA. Stability of compounded formulations. 2nd ed. Washington: Ameri-can Phar7 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
maceutical Association, 2000: 54-59. 10. Stewart B. Methyldopa. In: Connors KA, Amidon GL, Stella VJ. Chemical stabi-lity of pharmaceuticals. 2nd ed. New York: Wiley-Interscience, 1986: 573-9. 11. Van Scoik 1986(i): 6-Mercaptopurine. In: Connors KA, Amidon GL, Stella VJ. Chemical stability of pharmaceuticals. 2nd ed. New York: Wiley-Interscience, 1986: 544-47. 12. Nahata M.C., Hipple T.F. Pediatric Drug Formulations. 4th edition. Cincinnati, Ohio: Harvey Whitney Books Company, 2000. 13. Alexander KS, Haribhakti RP, Parker GA. Stability of acetazolamide in suspen-sion compounded from tablets. Am J Hosp Pharm 1991; 48:1241-4. 14. Longer M.A. In: Connors KA, Amidon GL, Stella VJ. Chemical stability of phar-maceuticals. 2nd ed. New York: Wiley-Interscience, 1986: 345-50. 15. Addicks W. Furosemide. In: Connors KA, Amidon GL, Stella VJ. Chemical stabi-lity of pharmaceuticals. 2nd ed. New York: Wiley-Interscience, 1986: 474-77. 16. Fawcett JP, Stark G, Tucker IG, Woods DJ. Stability of dantrole oral suspension prepared from capsules. J Clin Pharm Ther 1994 1; 19:349-53. 17. Hugo WB, Russel AD (Eds). Pharmaceutical microbiology. 4th ed. Blackwell, 1987. 18. Nunn AJ. Formulation of medicines for children. In: Medicines for children: summary of a symposium organized by Academy of Medical Sciences. London, 14 June 2004. 19. Bartoshuk LM, Beauchamp GK. Chemical senses. Annu Rev. Psychol 1994;45:419-449. 20. Committee on Drugs, American Academy of Pediatrics. “Inactive” ingredients in pharmaceutical products. Pediatrics 1985;76:635-43. 21. Kumar A, Rawlings RD, Beaman DC. The mystery ingredients: sweetners, flavo-rings, dyes, and preservatives in analgesic/antipyretic, antihistami-ne/decongestant, cough and cold, antidiarrheal, and liquid theophylline prepa-rations. Pediactrics 1993;91:927-33. 22. Golightly LK, Smolinske SS, Bennett ML et al. Pharmaceutical excipients: ad-verse effects associated with inactive ingredients in drug products. Part I. Med Toxicol 1988;3:128-65. 23. Golightly LK, Smolinske SS, Bennett ML et al. Pharmaceutical excipients: ad-verse effects associated with inactive ingredients in drug products. Part II. Med Toxicol 1988;3:209-40. 24. Ruff ME, Schotik DA, Bass JW. Antimicrobial drug suspensions: a blind compa-rison of taste of fourteen common pediatric drugs. Pediatr Infect Dis J 1991;10:30-3. 25. Schiffman SS, Gatlin CA. Sweeteners: atate of knowledge review. Neurosci Bi-obehav Rev 1993;17:313-45. 26. Hill EM, Flaitz CM, Frost GR. Sweetener content of common pediatric oral li-quid medications. Am J Hosp Pharm 1988;45:135-42. 27. Feigal RJ, Jensen ME, Mensing CA. Dental caries potential of liquid medicati-ons. Pediatrics 1981;68:416-9. 28. Maguire A, Rugg-Gunn AJ. Consumption of prescribed and over-the-counter li-quid oral medications in Great Britain and the northern region of England, with special regard to sugar content. Public Health 1994;108:121-30. 29. Committee on Drugs, American Academy of Pediatrics. Ethanol in liquid prepa-rations intended for children. Pediatrics 1984;73:405-7. 30. Anon. Panel recommends limits on alcohol content of nonprescription products. Am J Hos Pharm 1993;50:400. 31. Pagliaro LA, Pagliaro AM. Problems in pediatric drug therapy. 4th ed. Washing-ton: American Pharmaceutical Association, 2002. p.8-9. 32. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RE n° 543, de 19 de abril de 2001. D.O.U., Poder Executivo, de 20 de abril de 2001. Disponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=980. 33. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RE n° 1, de 25 de janeiro de 2002. D.O.U., Poder Executivo, de 28/01/2002. Dis-ponível em: http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=1503.
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Preparações Orais Líquidas
Definição, características, composição básica e preparação Soluções Soluções são preparações líquidas que contêm uma ou mais substâncias químicas dissolvidas, ou seja, molecularmente dispersas, em um solvente adequado ou em uma mistura miscível de solventes. Podem ser destinadas para uso oral, tópico ou parenteral.
Soluções orais São soluções para administração oral. Características
• Podem conter um ou mais ingredientes ativos dissolvidos em água ou em um sistema água-cossolvente.
•
Podem conter adjuvantes farmacotécnicos para prover maior estabilidade (ex.: antioxidante, tampões, agentes sequestrantes e conservan-tes), palatabilidade (ex.: edulcorante e aromatizantes) e viscosidade.
Tipos de soluções orais
• Xaropes • Edulitos e melitos • Elixires • Linctus • Misturas (soluções orais + suspensões) • Gotas orais Vantagens das soluções orais
• Os componentes ativos veiculados nesta forma são mais rapidamente absor-
vidos pelo trato gastrintestinal em relação às formas sólidas, como cápsulas ou comprimidos.
• São mais fáceis de engolir, condição importante para pacientes pediátricos ou
geriátricos ou para aqueles com condições crônicas que afetam a capacidade de deglutição de formas farmacêuticas sólidas, como doença de Parkinson.
• Homogeneidade na dosificação, independente da agitação, quando comparada à forma de suspensão.
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Formas Farmacêuticas Líquidas
• Possibilidade de adição de cossolventes para princípios ativos pouco solúveis no veículo principal.
Desvantagens das soluções orais
• As formas farmacêuticas líquidas são mais difíceis de transportar para o paciente em relação às formas sólidas.
• Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica do que as formas sólidas (ex.: são mais vulneráveis a reações de hidrólise).
• A solubilização realça o sabor dos fármacos. Portanto, para princípios ativos com sabor desagradável esta forma farmacêutica pode ser inadequada.
• O paciente pode não ter acesso a sistemas de medida de volume precisos e uniformes, e o volume administrado de uma dose pode variar em relação a outra ou ao recomendado. O sistema de medida caseira não é preciso, pois as colheres de um mesmo tipo podem possuir diferentes tamanhos.
Soluções tópicas São aquelas que se destinam à aplicação tópica. São geralmente aquosas, mas podem conter sistemas cossolventes, como álcoois, ou outros solventes orgânicos (ex.: acetona, éter) com ou sem ingredientes ativos adicionados. Algumas soluções são não-aquosas, contendo solventes orgânicos ou óleos como veículos. Frequentemente o termo loção é empregado para designar soluções ou suspensões aplicadas topicamente. Tipos de soluções tópicas e solventes usualmente empregados Solução
Solventes
Hidróleos (soluções aquosas)
Água purificada
Alcoóleos (soluções alcoólicas)
Etanol, álcool isopropílico
Eteróleos (soluções etéreas)
Éter
Soluções acetônicas
Acetona
Gliceróleos (soluções glicéricas)
Glicerina
Outras
Propilenoglicol, dietilenoglicol, sorbitol, polietilenoglicóis de baixo peso molecular (ex.: PEG 300, PEG 200), etoxi diglicol (Transcutol®), DMSO.
Expressão da concentração do soluto em soluções A concentração do soluto pode ser expressa como:
• % p/p = gramas presentes em 100 g da solução; •% p/v = gramas presentes em 100 mL da solução; 10 issuu
Preparações Orais Líquidas
• % v/v = mililitros do soluto líquido miscível em 100 mL da solução. • quantidade / unidades de volume: exemplos 100 mg/5 mL; 500 mg/10 mL etc. Xaropes Xaropes são preparações aquosas concentradas à base de açúcar ou um substituto do açúcar, com ou sem agentes flavorizantes e substâncias medicinais. Apresentam não menos que 45% (p/v) de sacarose ou outros açúcares em sua composição. Nos xaropes o açúcar geralmente está presente em quantidade próxima à saturação, formando uma solução hipertônica. A proximidade da saturação evita a precipitação do açúcar utilizado.
Vantagens dos xaropes
• Boa conservação – por serem hipertônicos desidratam os micro-organismos, que sofrem plasmólise.
• São apropriados para fármacos hidrossolúveis. • Possibilitam a correção de sabor da formulação (efeito edulcorante). Desvantagem
• O xarope oficinal (à base de sacarose) e as formulações magistrais prepara-
das com o mesmo são contraindicados para pacientes diabéticos. Para estes pacientes deve ser utilizado preferencialmente um xarope dietético isento de sacarose (sugar-free).
Preparação a. Xarope Simples Sacarose (açúcar refinado) Água destilada qsp
85 g 100 mL
Nota: para melhor conservação é aconselhável a adição de um sistema conservante, como a associação de parabenos (metilparabeno 0,15% + propilparabeno 0,05%) ou de benzoato de sódio a 0,2%, conforme desejado. Modo de preparo
1. Pesar com precisão os ingredientes sólidos, sem misturá-los. 2. Dissolver os parabenos em quantidade suficiente de propilenoglicol. 3. Em recipiente adequado, dissolver o açúcar com auxílio de 50 mL de água, em banho-maria, com agitação constante. Esfriar, completar o volume com água, homogeneizar e filtrar em gaze. Nota: a temperatura do banho-maria não deve ultrapassar 80°C. Na preparação não deixar levantar fervura, pois poderá haver cristalização do açúcar (açúcar invertido)*. 11 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
Embalagem: frasco de vidro âmbar, bem fechado. Armazenamento: temperatura ambiente (15 – 30°C), ao abrigo da luz. Estabilidade: 1 ano. b. Sugestão de xarope dietético (sugar-free) CMC-Na (média viscosidade) Metilparabeno Sacarina Ciclamato sódico Água destilada qsp
2,0% 0,15% 0,1% 0,05% 100 mL
Modo de preparo
1. Dissolver o metilparabeno em um pouco da água quente. 2. Adicionar aos poucos o CMC-Na na água, dissolvendo-o. 3. Adicionar o restante e agitar até a dissolução. Embalagem: frasco de vidro âmbar, bem fechado. Armazenamento: temperatura ambiente. Estabilidade: 3 meses. c. Veículo para solução oral sugar-free alternativa ao Ora-Sweet® (EUA) Goma xantana
0,05 g
Glicerina bidestilada
10 mL
Sorbitol 70%
25 mL
Sacarina sódica
0,1 g
Ácido cítrico mono-hidratado
1,5 g
Citrato de sódio di-hidratado Sorbato de potássio Metilparabeno Água destilada qsp
2g 0,1 g 0,1 g 100 mL
Modo de preparo
1. Colocar 30 mL de água destilada em um béquer e aquecer a cerca de 50°C. 2. Utilizando um agitador magnético, polvilhar a goma xantana e agitar até completar a dispersão. 3. Em um béquer separado, dissolver o fosfato sódico dibásico, o ácido cítrico, o sorbato de potássio e o metilparabeno em cerca de 50 mL de água. Se necessário, aquecer um pouco para acelerar a dissolução. 4. Misturar o passo 3 ao passo 2 e agitar 5. Ajustar o volume final com água destilada. 6. Envasar em frasco de vidro âmbar. 12 issuu
Preparações Orais Líquidas
Embalagem: frasco de vidro âmbar, bem fechado. Armazenamento: temperatura ambiente. Estabilidade: 6 meses. Prevenção da formação de açúcar invertido em xaropes Quando se utiliza o aquecimento no preparo do xarope, ocorre certa inversão de uma pequena porção da sacarose (açúcar). As soluções de sacarose são dextrorrotatórias, mas conforme ocorre a hidrólise, a rotação óptica diminui e se torna negativa quando a reação é completa. Esta reação é chamada de inversão devido à formação do açúcar invertido (dextrose + levulose) (ver figura 1). O aquecimento exagerado ou a presença de ácidos pode catalizar este processo hidrolítico e aumentar a formação de açúcar invertido. O açúcar invertido é mais rapidamente fermentado que a sacarose, e a levulose (frutose) é responsável pela coloração do amarelo ao pardo que se desenvolve (escurecimento do xarope). O controle adequado da temperatura durante o processo de fabricação reduz a formação do açúcar invertido. A cristalização no xarope simples pode ser evitada através da adição de certos polióis na formulação, tais como a glicerina (5 a 10%) ou o sorbitol. Estes polióis retardam a cristalização da sacarose e aumentam a solubilidade dos ingredientes aditivados.
Figura 1. Reação de inversão do açucar.
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Formas Farmacêuticas Líquidas
Aditivação de princípios ativos em xarope Nas farmácias magistrais é rotina partir de um xarope simples estocado e aditivá-lo de acordo com a prescrição médica. Material utilizado
• EPI: máscara, gorro, luva de procedimento • Balança eletrônica de precisão semianalítica com sensibilidade de 1 mg • Bastão de vidro • Espátula de plástico do tipo pão-duro • Agitador magnético com aquecimento • Gral de vidro ou porcelana • Béquer com capacidade volumétrica apropriada • Cálice graduado com capacidade volumétrica apropriada • Álcool a 70% (p/p) Requisitos prévios
• O manipulador deverá estar adequadamente paramentado. • Ligar a balança 30 minutos antes de iniciar a pesagem. • Verificar a limpeza e sanitização das bancadas, vidrarias e utensílios utilizados. • As matérias-primas, vidrarias e utensílios necessários deverão ser previamente separados.
• Proceder conforme as BPMF, seguindo as técnicas descritas em formulário de fórmulas padronizadas ou seguindo técnicas gerais apropriadas para a manipulação da formulação em específico.
• Condições ambientais recomendadas: umidade relativa em torno de 60% e temperatura de 25 ± 5°C.
• É recomendável a preparação da formulação com um excesso de 5% para compensar eventuais perdas que ocorram durante o processo de manipulação.
Modo de preparo
1. Incorporar o ativo(s), diluindo-o(s) previamente em solvente adequado compatível (ex.: água destilada, qs de álcool) ou diretamente no próprio xarope simples. Se o ativo não for facilmente solúvel, será recomendável levigá-lo antes com agente levigante apropriado (ex.: propilenoglicol, glicerina) como forma de favorecer sua dissolução ou dispersão. 2. Adicionar aos poucos o xarope simples ao passo anterior, até obter um volume próximo do final. Agitar com o auxílio do bastão de vidro ou agitador magnético. 14 issuu
Preparações Orais Líquidas
3. Se desejável, adicionar o agente flavorizante. Misturar. 4. Medir o pH e, se necessário, ajustar para um valor na faixa compatível com a maior estabilidade do(s) ingrediente(s) ativo(s). 5. Se necessário, filtrar em gaze. 6. Envasar e rotular. Considerações técnicas sobre aditivação de xaropes Aditivação de tinturas e extratos fluidos: acrescentar a quantidade de tintura ou extrato fluido prescrita e em seguida quantidade suficiente de xarope. Os xaropes contendo fitoterápicos formam precipitados, porque os extratos fluidos e tinturas contêm álcool com substâncias resinosas e oleosas dissolvidas, causando precipitação quando misturados ao xarope (veículo aquoso). O precipitado pode ser retirado por filtração quando não houver interesse medicinal. Aditivação de ativos sólidos (pós) hidrossolúveis: para os ativos solúveis em água, basta dissolvê-los em qs de água e acrescentar qsp de xarope ou dissolvêlo no próprio xarope (ex.: xarope com hidroxizine, salbutamol, piridoxina, sulfato de zinco). Associação de ativos: nestes casos, depois de verificar a compatibilidade dos ativos a serem acrescentados, deve-se também verificar as propriedades físico-químicas de cada fármaco individualmente e qual a melhor faixa de pH de estabilidade para cada fármaco, e então calcular a faixa de pH que atenderá a todos os componentes da fórmula. Verificar também a necessidade de adicionar adjuvantes farmacotécnicos para aumento da estabilidade e a melhor forma de solubilizar cada ativo, adicionando cossolventes, se necessário.
Elixires Os elixires são preparações líquidas hidroalcoólicas, límpidas, adocicadas, flavorizadas, com teor alcoólico entre 20 a 50%. Veículo adequado para fármacos insolúveis em água, porém solúveis em misturas hidroalcoólicas. Os elixires geralmente são menos doces e viscosos do que os xaropes e são menos efetivos no mascaramento do sabor do fármaco. Os elixires podem também conter diferentes sistemas solventes e cossolventes, por exemplo, a glicerina, propilenoglicol e polietilenoglicol 300. A vantagem dos elixires é a possibilidade da dissolução tanto de componentes ativos hidrossolúveis como dos solúveis em álcool. A desvantagem é a restrição para crianças e adultos que devem evitar o uso de álcool, devido ao seu teor alcoólico.
Preparação de elixires Material utilizado
• EPI: máscara, gorro, luva de procedimento • Balança eletrônica de precisão semianalítica com sensibilidade de 1 mg • Bastão de vidro 15 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
• Espátula de plástico do tipo pão duro • Agitador magnético com aquecimento • Gral de vidro ou porcelana • Béquer com capacidade volumétrica apropriada • Cálice graduado com capacidade volumétrica apropriada • Álcool a 70% (p/p) Requisitos prévios
• O manipulador deverá estar adequadamente paramentado. • Ligar a balança 30 minutos antes de iniciar a pesagem. • Verificar a limpeza e sanitização das bancadas, vidrarias e utensílios utilizados.
• As matérias-primas, vidrarias e utensílios necessários deverão ser previamente separados.
• Proceder conforme as BPMF, seguindo as técnicas descritas em formulário de fórmulas padronizadas ou seguindo técnicas gerais apropriadas para a manipulação da formulação em específico.
• Condições ambientais recomendadas: umidade relativa em torno de 60% e temperatura de 25 ± 5°C.
• É recomendável preparar a formulação com um excesso de 5% para compensar eventuais perdas que ocorram durante o processo de manipulação.
Modo de preparo
• Pesar separadamente os princípios ativos hidrossolúveis e álcool solúveis. • Dissolver separadamente os componentes hidrossolúveis na água ou no xarope simples e os componentes álcool solúveis no álcool já na quantidade que será empregada na formulação (geralmente substâncias na forma de sal são mais solúveis em água e substâncias ácido ou base livres são mais solúveis em álcool).
• Adicionar a fase aquosa sobre a alcoólica e misturar. • Se a formulação ficar turva, adicionar talco farmacêutico (1 g/100 mL), misturar e filtrar.
• Embalar em frasco de vidro âmbar e rotular. • Armazenar em temperatura ambiente ou no refrigerador, dependo das características dos componentes ativos.
Nota: sistemas cossolventes podem ser utilizados não só para solubilizar a droga 16 issuu
Preparações Orais Líquidas
ativa, mas também os adjuvantes farmacotécnicos. Adoçantes artificiais podem ser necessários para edulcorar a formulação (ex.: sacarina, ciclamato de sódio, acessulfame de potássio, esteviosídeo, sucralose e aspartame). Exemplo de formulação de elixir Fenobarbital
0,4 g
Óleo de laranja
0,025 mL
Propilenoglicol
10,0 mL
Álcool etílico
20,0 mL
Sorbitol 70%
60,0 mL
Corante alimentício qs
para obter cor amarela ou laranja.
Água destilada qsp
100,0 mL
Modo de preparo
1. Dissolver o fenobarbital em álcool etílico. 2. Adicionar o óleo de laranja. 3. Adicionar o propilenoglicol e o sorbitol 70%. Misturar. 4. Ajustar o volume com água destilada e adicionar qs de corante. 5. Envasar o produto em frasco de vidro âmbar. Embalagem recomendada: vidro ou PET âmbar. Estabilidade aproximada: 1 ano.
Linctus São líquidos viscosos recomendados para administração oral no tratamento da tosse. Devem ser bebidos e deglutidos lentamente, com adição ou não de água. Geralmente contêm uma alta concentração de sacarose, outros açúcares ou um adequado álcool poli-hídrico ou alcoóis.
Misturas Termo genérico utilizado para várias preparações líquidas de uso oral.
Gotas orais Introdução A administração de um medicamento líquido por via oral dividido em dose unitária como gota é de longa tradição na farmácia galênica. Esta forma farmacêutica continua sendo muito aplicada nos dias de hoje, notadamente em preparações contendo concentrações de ingredientes ativos superior àquelas usualmente encontradas na forma de xarope, elixir ou outras soluções destinadas à administração em volumes maiores. A forma gotas é também aplicada na administração (instilação) de medicamentos via nasal (gotas nasais), via auricular (gotas auriculares ou óticas), via oftálmica ou óptica (colírios).
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Formas Farmacêuticas Líquidas
Gotas (forma farmacêutica) Gotas pode ser definida com uma preparação farmacêutica líquida na forma de solução ou suspensão aquosa ou oleosa, destinada a ser administrada na forma de gota por via oral, nasal, auricular ou óptica. As gotas orais são administradas ao paciente usualmente após a prévia diluição em água ou outras bebidas compatíveis. Conta-gotas Instrumento utilizado para medir pequena quantidade de líquido. É constituído por um pequeno tubo com uma das extremidades estreitada ou então de um dispositivo dispensador adaptado ao frasco (gotejador).
Figura 2. Exemplos de conta-gotas usados na administração de medicamentos
Figura 3. Frasco com dispositivo gotejador
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Preparações Orais Líquidas
Fatores físicos que influenciam a massa e o volume das gotas A massa e o volume das gotas dispensadas de um tubo capilar ou de um contagotas são determinados por leis físicas:
• O escoamento de um líquido em um capilar (e também em um conta-gotas)
irá ocorrer a partir da extremidade deste, com a formação de uma gota que aumenta progressivamente. O líquido permanece retido por uma membrana invisível constituída pelas forças de tensão superficial. A gota se desprende quando a sua massa (peso) supera as forças de tensão superficial (força resultante da atração entre as moléculas).
• A massa da gota de um líquido depende do conta-gotas (do seu diâmetro ou
abertura), da temperatura, além das forças de tensão superficial atuantes. Variações nestas condições promoverão alterações na massa da gota formada.
• Para um diâmetro ou abertura idêntica de um conta-gotas, a massa das gotas
estará relacionada com tensão superficial de cada líquido em específico. A massa de cada gota dependerá ainda da natureza do líquido e da sua viscosidade em determinada temperatura.
A equação abaixo expressa matematicamente a relação dos fatores físicos que influenciam a massa da gota dispensada a partir de um tubo capilar ou de contagotas e gotejadores:
mxg=dxπxσ Onde:
m = massa da gota (g) g = constante da aceleração da gravidade (981 cm.s-2) d = diâmetro da extremidade do capilar σ = tensão superficial (dyn. cm-1) π = constante pi ( ≅ 3,1416) → Quando a força peso do líquido (m x g) ultrapassa a tensão superficial, a gota desprende-se do conta-gotas. Consequentemente, temos:
m= dxπxσ g
→ Portanto, a massa da gota depende de dois fatores principais: da tensão superficial do líquido (σ) e do diâmetro da extremidade do capilar ou do conta-gotas (d).
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Formas Farmacêuticas Líquidas
Figura 4. Esquema da formação e desprendimento da gota de um conta-gotas (Ragazzi, 2006).
Conta-gotas oficial Frequentemente, a gota é empregada como unidade de medida de um medicamento. No passado, a gota era usada como equivalente de um mínimo. Entretanto, como medida, a gota por si só não representa uma massa ou volume específico. De fato, a gota não representa uma quantidade definitivamente determinada, uma vez que o volume das gotas de diferentes líquidos varia muito (ver tabela I e II) (Ansel; Stoklosa, 2001). O tamanho da gota é influenciado por vários fatores, incluindo aqueles supracitados, como densidade do líquido, temperatura, tensão superficial, diâmetro e abertura da extremidade do gotejador e do ângulo de gotejamento (há uma tendência do aumento da massa e volume da gota com o aumento do ângulo de inclinação do conta-gotas) (ver figura 5). O conta-gotas medicinal oficial, segundo a Farmacopéia Americana e outras farmacopeias (ex.: Farmacopeia Francesa e Italiana), apresenta o diâmetro externo de 3mm e dispensa 20 gotas de água por mL a uma temperatura de 25º C, posicionando o conta-gotas perpendicular ao recipiente que receberá a gota ( = ângulo de inclinação de 0º) (ver figura 6). 5
150
10
30 10 ≥1,0 3,00-3,05 20 issuu
Figura 5. Dimensões (mm) do conta-gotas oficial.
Preparações Orais Líquidas
Tabela 1. Número de gotas dispensadas por mL de diversos líquidos (conta-gotas oficial) Substância (líquida)
Número
de gotas
Água destilada
20
Álcool 96º GL
57
Álcool 50º GL
50
Álcool 70º GL
54
Propilenoglicol
38
Glicerina
25
Tintura de valeriana
54
Extrato fluido de hammamélis
50
/
mL
(25º C)
Adaptado (Charpentier et al., 2004; Ragazzi, 2006)
Tabela 2. Variação do volume da gota entre diversos colírios comercializados Número gotas /frasco
Volume/frasco (ml)
Volume gotas (µ l)
Duração
Número
tratamento
frascos
(dias)
(anual)
Azopt®
121,60 (± 6,40)
4,94 (± 0,07)
40,74 (± 2,43)
30,40 (± 1,60)
12,04 (± 0,64)
Betoptic®
200,40 (± 5,45)
5,15 (± 0,05)
25,73 (± 0,72)
50,10 (± 1,36)
7,29 (± 0,20)
Betoptic S®
102,87 (± 3,18)
4,92 (± 0,11)
47,85 (± 1,07)
25,72 (± 0,80)
14,21 (± 0,43)
B-tablock®
145,87 (± 21,87)
5,29 (± 0,08)
36,92 (± 4,60)
36,47 (± 5,47)
10,19 (± 1,29)
Cloridrato Betaxolol 0,5% (Genérico)
188,80 (± 7,27)
5,047 (± 0,06)
26,77 (± 1,02)
47,20 (± 1,82)
7,75 (± 0,30)
Cosopt®
169,33 (± 5,23)
6,15 (± 0,17)
36,35 (± 0,87)
42,33 (± 1,31)
8,63 (± 0,27)
Glautimol®
179,07 (± 6,78)
5,00 (± 0,00)
27,96 (± 1,08)
44,77 (± 1,69)
8,17 (± 0,32)
Iopidine®
172,47 (± 6,69)
5,06 (± 0,06)
29,40 (± 1,06)
43,12 (± 1,67)
8,48 (± 0,33)
Isoptocarpine® 2%
418,47 (± 14,97)
15,30 (± 0,25)
36,61 (± 1,50)
52,31 (± 1,87)
6,99 (± 0,25)
Lumigan®
101,80 (± 4,54)
3,31 (± 0,09)
32,59 (± 1,36)
50,90 (± 2,27)
7,19 (± 0,33)
Maleato de Timolol 0,5% (Genérico)
184,07 (± 5,28)
5,01 (± 0,04)
27,26 (± 0,89)
46,02 (± 1,32)
7,94 (± 0,23)
Nyolol®
139,93 (± 5,89)
5,00 (± 0,09)
35,79 (± 1,52)
69,97 (± 2,94)
5,23 (± 0,22)
Produto
21 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
Pilocan®
292,80 (± 22,38)
10,41 (± 0,07)
35,77 (± 2,97)
36,60 (± 2,80)
10,03 (± 0,84)
Tartarato Brimonidina 0,2% (Genérico)
133,40 (± 4,10)
5,01 (± 0,03)
37,56 (± 1,16)
33,35 (± 1,03)
10,96 (± 0,34)
Timoptol XE®
125,13 (± 3,27)
6,03 (± 0,09)
48,19 (± 1,33)
62,57 (± 1,64)
5,84 (± 0,15)
Timoptol®
183,73 (± 8,55)
6,49 (± 0,21)
35,41 (± 1,96)
45,93 (± 2,14)
7,96 (± 0,36)
Travatan®
100,80 (± 4,25)
2,51 (± 0,04)
24,98 (± 1,24)
50,40 (± 2,12)
7,26 (± 0,31)
Trusopt®
168,40 (± 3,81)
6,11 (± 0,11)
36,32 (± 0,87)
42,10 (± 0,95)
8,68 (± 0,20)
Xalacom®
91,20 (± 3,99)
3,04 (± 0,05)
33,39 (± 1,43)
45,60 (± 1,99)
8,02 (± 0,35)
Xalatan®
102,13 (± 9,61)
2,97 (± 0,07)
29,32 (± 2,44)
51,07 (± 4,81)
7,20 (± 0,62)
Fonte: Stillitano et al., 2005.
0º (50 µL)
60º (62 µL)
Figura 6. Aumento progressivo do volume da gota de água com aumento do ângulo de inclinação do conta-gotas (conta-gotas oficial a 25ºC).
Calibração do conta-gotas Os fabricantes de medicamentos normalmente fornecem os conta-gotas e gotejadores especialmente calibrados para seus produtos. Contudo, em diversas situações, incluindo no contexto a farmácia magistral, o profissional de saúde tem necessidade de calibrar o conta-gotas ou outro dispositivo gotejador para medida de pequenas quantidades do produto líquido. A calibração pode ser realizada segundo o procedimento descrito a seguir. Procedimento para calibração de conta-gotas e outros dispositivos gotejadores
1. Contar o número de gotas requerido para transferir um volume de 2mL do líquido do produto de sua embalagem original (utilizando seu respectivo conta22 issuu
Preparações Orais Líquidas
gotas ou gotejador) para uma proveta graduada de 5mL. 2. Dividir o número de gotas gasto por 2, e então teremos o número de gotas dispensado por mL. 3. O volume dispensado por gota poderá ser calculado por regra de três, conforme demonstrado a seguir. Por exemplo, caso sejam necessárias 40 gotas para preencher o volume de 2 mL de um determinado líquido, qual será o volume dispensado por gota e quantas gotas dispensadas equivalerão a 1mL do líquido? 40 gotas ______________________ 2mL 1 gota
______________________ X (mL)
X= 2 / 40 → X = 0,15mL Para calcular o número de gotas equivalentes a 1mL é só dividir por 2: 40 / 2 → 20 gotas/mL Referências 1. Ansel, H.C. & Stoklosa, M.J. Pharmaceutical Calculations. 11th ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2001. p.66-67. 2. Khan, M.A. & Reddy, I.K. Pharmaceutical and Clinical Calculations. 1st ed. Lancaster, Pennsylvania: Technomic Publishing Company, 1997. p.32-33. 3. Ragazzi, E. Galenica Pratica – Formulazione e Tecnologia. 1ª ed. Padova, Italia: Libreria Internazionale Cortina Padova, 2006. p.23-44. 4. Charpentier, B. et al. Guide du Préparateur em Pharmacie. 2e édition. Paris:Masson, 2004.735-736. 5. Stillitano, I.G. et al. Impacto econômico do custo de colírios no tratamento do glaucoma . Arq Bras Oftalmol. 2005;68(1):79-84
Soluções saturadas Soluções nas quais uma quantidade máxima de soluto é dissolvida em uma determinada quantidade de solvente, após a qual não se pode mais dissolver o soluto. Após a saturação, a quantidade excedente de soluto adicionada irá se precipitar. Algumas soluções saturadas são prescritas com frequência na rotina da farmácia. As duas mais comuns são a solução alcoólica saturada de ácido bórico (uso externo) e a solução saturada de iodeto de potássio (uso interno). Para o correto preparo deste tipo de solução é importante o conhecimento e cuidados específicos. Não é correto simplesmente adicionar um excesso de soluto, agitar alguns minutos e então considerar que a solução esteja saturada. Em várias situações os solutos se dissolvem lentamente, particularmente quando a concentração está próxima da saturação. Nem tampouco é satisfatório adicionar excesso de soluto em um solvente aquecido, pois neste caso poderá se formar uma solução supersaturada. O procedimento correto requer dados referenciais de solubilidade encontrados em bibliografias oficiais, como as farmacopeias e o Merck Index. O cálculo da quantidade correta do soluto e do solvente necessários para a preparação destas soluções depende destes dados, não havendo um 23 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
método único de preparo para todas as situações. É necessário compreender e escolher entre os métodos existentes o mais adequado para cada situação. As situações seguintes ilustram o contraste entre os métodos de preparo adequados para substâncias pouco solúveis e para substâncias muito solúveis:
•
Para substâncias pouco solúveis: para estas substâncias é satisfatório utilizar o método no qual um pequeno excesso da solução é preparado. Podemos ilustrar este método com o exemplo de como preparar 30 mL de uma solução saturada de ácido bórico em álcool (álcool boricado saturado).
Exemplo 1: Preparo do álcool boricado saturado
A Farmacopeia Americana menciona que 1 g de ácido bórico dissolve-se em 18 mL de álcool. Portanto, a quantidade correta de ácido bórico que irá saturar 30 mL de álcool será: 1g x 30 ml = 1,67g de ácido bórico 18 ml O preparo de 30 mL da solução saturada em álcool pode ser realizado solubilizando 1,67 g de ácido bórico em 30 mL de álcool; um pequeno excesso de volume da solução se formará (uma quantidade ligeiramente superior a 30 mL) e poderá ser desprezado.
•
Para substâncias muito solúveis: inicialmente calcular a densidade de uma solução a partir de dados de solubilidade com as densidades dos componentes da solução. Os valores de densidade de substâncias puras estão disponíveis em handbooks de Química e Física. Podemos exemplificar este método com o preparo de 30 mL de uma solução saturada de iodeto de sódio.
Exemplo 2: Preparo da solução saturada de iodeto de sódio
Conforme a Farmacopeia Americana, a solubilidade em água do iodeto de sódio é de 1 g para 0,6 mL de água. A densidade do iodeto de sódio é de 3,667. Portanto, considerando que: d = m (g) V (mL) 1 g ÷ 3,667 g / mL = 0,273 mL → volume ocupado por 1 g iodeto de sódio. 0,273 mL + 0,6 mL → volume da solução 1 g + 0,6 g = 1,6 g → peso da solução 1,6 g ÷ 0,873 = 1,83 g / mL → densidade da solução Esta densidade calculada aproxima-se bem da verdadeira densidade da solução, que no caso seria de 1,9. É importante lembrar que este método é somente uma aproximação, uma vez que no cálculo a densidade utilizada é aquela aplicada para a substância na forma sólida. Portanto, a densidade verdadeira na solução seria diferente. 24 issuu
Preparações Orais Líquidas
É também fato que a verdadeira densidade de um soluto varia conforme sua concentração na solução vai sendo alterada. Entretanto, a aproximação pode ser por arredondamento para um valor maior. No exemplo em questão o arredondamento seria de 1,83 para 1,9. Os cálculos seriam então completados conforme se segue: Para preparar 30 mL de solução saturada de iodeto de sódio teríamos que dissolver 35,6 g de iodeto de sódio em 21,4 mL de água. 30 mL x 1,9g/mL = 57g (peso da solução total) 1g x 57g = 35,6 g de iodeto de sódio 1,6g 0,6 mL x 57g = 21,4 mL (volume de água na solução) 1,6g A tabela a seguir relaciona dados para o preparo de algumas soluções saturadas aquosas: Tabela 3: Soluções aquosas saturadas de uso interno e externo Quantidade Soluto
Temperatura (°C)
de solu-
to necessária para o preparo de
100
mL
Quantidade
de água
necessária para o preparo de
100
mL
da solução saturada
da solução saturada
(em
(em
gramas)
mL)
Acetato de potássio
25
97,1
44,3
Acetato de zinco
25
30,0
86,5
Ácido benzoico
25
0,367
99,63
Ácido bórico
25
5,1
97
Ácido cítrico
25
88,6
42,7
Ácido oxálico
25
10,3
94,2
Ácido tartárico
15
76,9
54,7
Azul de metileno
25
4,3
97
Benzoato de sódio
25
41,5
73,9
Bicarbonato de potássio
25
31,6
87,5
Bicarbonato de sódio
25
8,5
98
Borato de sódio (bórax)
25
5,9
98
Carbonato de amônio
25
22
88
Carbonato de potássio
25
82,2
73,5
Carbonato de sódio
25
28,1
96,5
Citrato de potássio
25
92,1
59,2
Citrato de sódio
25
61,2
66,0
Clorato de potássio
25
6
98
Cloreto de alumínio hexaidratado
25
75
60
25 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
Cloreto de amônio
15
28,3
79,3
Cloreto de cálcio
25
67,8
79,2
Cloreto de magnésio
25
79
47,5
Cloreto de potássio
25
31,2
86,8
Cloreto de sódio
25
31,7
88,1
Cloreto de zinco
25
128
61
Dextrose (glicose)
25
59
60
Éter
22
5,34
93
Fenol
20
6,14
94,5
Fosfato de sódio dibásico
17
4,4
99,9
Fosfato de sódio tribásico
14
10,5
99,8
Hidrato de cloral
25
120
31
Hidroquinona
20
6,78
94,4
Hidróxido de potássio
15
79,2
74,2
Hidróxido de sódio
25
77
74
Hipofosfito de sódio
16
72,4
66,6
Iodato de potássio
25
8,99
98
Iodeto de potássio
25
103,2
69,1
Iodeto de sódio
25
124,3
67,7
Lactose
25
17
90
Nitrato de amônio
25
89
44
Nitrato de prata
25
164
65,5
Nitrato de sódio
25
65,5
73
Permanganato de potássio
25
7,43
97,3
Resorcinol
25
67,2
47,2
Sacarose
25
90,9
43
Salicilato de metila
25
0,12
99,88
Salicilato de sódio
25
67
58
Sulfato de amônio
20
53,1
71,7
Sulfato de cálcio
25
0,208
99,7
Sulfato de cobre penta-hidratado
25
22,3
98,7
Sulfato de magnésio
25
72
58,5
Sulfato de potássio
25
11,8
96,9
Sulfato de sódio anidro
25
26,4
94,5
Sulfato de sódio deca-hidratado
25
33,3
87
Sulfato de zinco
25
54,6
94,7
26 issuu
Preparações Orais Líquidas
Tiossulfato de sódio (hipossulfito de sódio)
25
93
46
Ureia
25
62
53,5
Adaptado: JENKINS et al., 1957 ; ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMÁCIA, 2001.
Controle da qualidade de soluções orais
• Verificação do volume final; • Características organolépticas (aparência, cor, odor, presença de precipitados, gases ou turvação);
• Limpidez; • Densidade; • pH; • Teor microbiológico. → Produtos que apresentarem características diferentes do esperado não devem ser dispensados, mas terão que ser reformulados. Considerações físico-químicas sobre solubilidade Para obter uma solução farmacêutica, o fármaco deve solubilizar-se completamente no veículo escolhido, e para que isto ocorra deve ter comportamento semelhante ao solvente. Deve-se pesquisar, antes do preparo de uma solução, as características físico-químicas dos fármacos e veículos a serem utilizados, verificando a solubilidade, possibilidade de alterações com o decorrer do tempo, necessidade de adjuvante, necessidade de aquecimento (muitas vezes tem-se que aquecer o solvente para acelerar ou possibilitar a solubilização do soluto), faixa de pH de maior solubilidade, conhecimento do pKa do fármaco e das suas características ácido-base (ex.: se é um ácido fraco ou base fraca). O pKa é o pH no qual as formas ionizadas e não ionizadas de uma substância estão em proporção igual. O estado de ionização da molécula é um fator determinante para a sua solubilização, uma vez que quanto maior for a fração molar de droga ionizada maior será sua solubilidade em água. A relação das formas ionizadas e não ionizadas depende do pH do meio e do pKa do composto. O grau de ionização de um fármaco em uma solução pode ser calculado a partir da equação de Henderson-Hasselbach, caso o valor do pKa do fármaco e o pH do meio sejam conhecidos. Equação de Henderson-Hasselbalch
pKa = pH + log Ci Cu Ci = concentração de espécies ionizadas 27 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
Cu = concentração espécies não ionizadas As tabelas abaixo relacionam o efeito do pH e do pKa na solubilidade de fármacos de caráter ácido fraco e fármacos de caráter básico fraco: Tabela 4: Efeito do pH e pKa na solubilidade em água de fármacos de caráter ácido fraco pH
- pKa
Fração
molar de fármacos
Solubilidade
ionizados
em água
< -2.0
< 0.01
Insolúvel
-1
0.09
Insolúvel
0
0.5
Solúvel em baixas concentrações
1
0.91
Solúvel exceto em altas concentrações
> 2.0
> 0.99
Solúvel
Tabela 5: Efeito do pH e pKa na solubilidade em água de fármacos de caráter base fraca pH
- pKa
Fração
molar de fármacos ionizados
Solubilidade
em água
< -2.0
> 0.99
Solúvel
-1
0.91
Solúvel
0
0.5
Solúvel exceto em altas concentrações
1
0.09
Solúvel em baixas concentrações
>2
< 0.01
Insolúvel
pH ótimo para solubilidade de alguns fármacos O conhecimento prévio do pKa de uma determinada substância (base ou ácido fraco) possibilita ao formulador ajustar o pH para uma faixa onde as moléculas estariam mais ionizadas e, portanto, solubilizadas. Esta é uma técnica interessante para obtenção de soluções de fármacos com característica de ácido ou base fracos, desde que o pH final da preparação seja compatível com a estabilidade química do composto. Veja os exemplos a seguir: 1. Ácido fólico: caráter ácido, pKa = 6,8 Em meio ácido, por exemplo: pH 4,0: pH – pKa = 4,0 – 6,8 = -2,8 (insolúvel) Em meio básico, por exemplo: pH 8,5: pH – pKa = 8,5 – 6,8 = + 1,7 (solúvel)
28 issuu
Preparações Orais Líquidas
a. Xarope com ácido fólico (mg/mL) Ácido fólico
100 mg
NaOH 0,1N qs
pH 8,0 a 9,0
ou Bicarbonato de sódio
1g 65 mL
Água destilada Sorbitol 70% qsp
100 mL
Estabilidade: 30 dias (temperatura ambiente) 2. Furosemida: caráter ácido, pKa = 3,9 Em meio ácido, por exemplo: pH 4,0: pH – pKa = 4,0 – 3,9 = 0,1 (pouco solúvel) Em meio básico, por exemplo: pH 8,5: pH – pKa = 8,5 – 3,9 = + 4,6 (solúvel) Tabela 6: pKa’s de alguns fármacos8 Fármaco Acetanilida Acetazolamida Aciclovir
pKa
0,5 8,8 / 7,2 2,27 / 9,25
Ácido acético
4,8
Adrenalina
9,9
Alopurinol
9,4
Amilorida Amantadina Ácido paraminobenzoico (PABA) Aminofilina Amitriptilina Amônia*
8,7 10,8 2,4 (amina) / 4,9 5 9,4 9,3
Amoxacilina
2,4 (carboxila) / 7,4 (amina) / 9,6 (fenol)
Amfotericina-B
5,7 (carboxila) / 10,0 (amina)
Ampicilina
2,7 / 7,3 (amina)
Antipirina
2,2 / 1,4
Ácido ascórbico (vitamina C)
4,2 / 11,6
Ácido acetilsalicílico
3,5
Atropina
9,7 29
issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
Fármaco
pKa
Bendroflumetiazida
8,5
Benzocaína
2,8
Ácido benzoico Bromazepam Cafeína
4,2 11,0 / 2,9 14,0 / 0,6 (amina)
Carbacol
4,8
Cefalexina Cloral hidratado Clordiazepóxido Cloroquina
3,6 / 5,25 10 4,8 8,1 / 9,9
Clorfeniramina
9,2
Clorpromazina
9,2
Clorpropamida
5
Clortalidona
9,4
Ácido cítrico
3,1(1°) / 4,8 (2°) / 6,4 (3°)
Clindamicina
7,5
Clofibrato Clonazepam Clonidina
3,0 (ácido) 10,5 / 1,5 8
Codeína
7,9
Colchicina
1,7
Cromoglicato sódico Dapsona
2 1,3 / 2,5
Ácido deidrocólico Desipramina Dextrometorfano
5 10,2 8,3
Dextrose
12,1
Diazepam
3,3
Diazóxido
8,5
Di-hidroergocristina
6,9
Difenidramina Dipiridamol Doxepina Doxiciclina Efedrina
9 6,4 8 3,4 / 7,7/ 9,3 9,6
Epinefrina
8,7 (fenol) / 9,9 (amina)
Ergometrina
7,3
Ergotamina
6,3 / 7,3
30 issuu
Preparações Orais Líquidas
Fármaco
pKa
Eritromicina
8,8
Estolato de eritromicina
6,9
Estriol Flunitrazepam
10,4 1,8
Fluorouracil
8
Flufenazina
8,1 (1°) / 9,9 (2°)
Ácido fumárico
3,0 (1°) / 4,4 (2°)
Furosemida
4,7 / 3,9
Ácido gentamicina
8,2
Glibenclamida
6,5
Ácido glutâmico Glicina Ácido glicólico
4,3 2,4 / 9,8(amina) 3,8
Guanetidina
11,9
Haloperidol
8,3
Hexaclorofeno
5,7
Homatropina
9,7
Hidantoína
9,1
Hidralazina
0,5 (anel N) / 6,9 (hidrazina)
Hidroclorotiazida Hidrocortisona Hidroxizine
7,0 / 9,2 5,1 1,8 / 2,1 / 7,1
Hioscinamina
9,3
Ibuprofeno
5,2
Idoxuridina
8,3
Imipramina
9,5
Indometacina
4,5
Isoniazida Isoxsuprina Ácido láctico Leucovorina (ácido folínico) Levodopa
10,8 (piridina)/ 11,2 (hidrazida) 9,8 / 8,0 3,9 3,1 / 4,8 / 10,4 (fenol) 2,3 (carboxila) / 8,7 (amina) / 9,7 (1° fenol) / 13,4 (2° fenol)
Levomepromazina
9,2
Levotiroxina (T4)
2,2 (COOH) / 6,7 (OH) / 10,1
Lidocaína Liotironina (T3)
7,9 8,4 (fenol)
31 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
Fármaco
pKa
Lorazepam
11,5 / 1,3
Ácido mandélico
3,8 / 3,4
Medazepam
6,2 / 4,4
Meperidina
8,7
Mercaptopurina L-metionina Metotrexato Metildopa Metilparabeno Metilprednisolona 21- fosfato
7,8 2,3 / 9,2 4,8 / 5,5 2,2 / 10,6 (amina) / 9,2 (1°fenol) / 12,0 (2°fenol) 8,4 2,6 / 6,0
Metoprolol
9,7
Metronidazol
2,6
Miconazol Minociclina
6,9 2,8 / 5,0 / 7,8 / 9,5
Morfina
8,0 / 9,6 (fenol)
Ácido nalidíxico
6,0 (amina) / 1,0
Nafazolina
3,9 / 10,1
Naproxeno
4,2
Nicotinamida Ácido nicotínico Nitrazepam Nitrofurantoína
0,5 / 3,4 4,8 10,8 / 3,2 7,2
Nitrofurazona
10
Nortriptilina
9,7
Orfenadrina Oxazepam Oxifenilbutazona Oxitetraciclina Papaverina
8,4 1,8 / 11,1 4,5 / 10,0 (fenol) 3,3 / 7,3 / 9,1 5,9
Penicilamina
1,8 (carboxil) / 7,9 (amino) / 10,5 (tiol)
Penicilina G
2,8
Penicilina V
2,7
Fenacetina
2,2
Fenformina
11,8 / 3,1
Fenobarbital
7,5
Fenol
9,9
32 issuu
Preparações Orais Líquidas
Fármaco
pKa
Fenolftaleína
9,7
Fentermina
10,1
Fentolamina
7,7
Fenilbutazona
4,4
Fenilefrina
9,8 (amina) / 8,8 (fenol)
Fenilpropanolamina
9,4
Fenitoína
8,3
Pindolol
8,8
Piperazina
5,7
Polimixina B
8,9
Prazosina
6,5
Prilocaína
7,9
Procainamida
9,2
Procaína
9
Propranolol
9,5
Propilparabeno
8,4
Propiltiouracil Piridoxina
7,8 2,7 / 5,0 (amina) / 9,0 (fenol)
Pirimetamina
7,2
Ácido pirúvico
2,5
Quinacrina
8,0 / 10,2
Quinidina
4,2 / 8,3
Quinino
4,2 / 8,8
Reserpina
6,6
Resorcinol
6,2
Riboflavina
1,7 / 10,2
Sacarina Salicilamida Ácido salicílico Escopolamina Sotalol
1,6 8,1 3,0 / 13,4 (fenol) 7,6 9,8 (amina), 8,3 (sulfonamida)
Sulfacetamida
5,4 / 1,8
Sulfadiazina
6,5 / 2,0
Sulfaguanidina
2,8 / 12,1
Sulfametoxazol
5,6
Sulfassalazina
0,6 (amina) / 2,4 (carboxil) / 9,7(sulfonamida) / 11,8(fenol)
Ácido tartárico
3,0(1°), 4,3 (2°)
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Formas Farmacêuticas Líquidas
Fármaco
pKa
Tetracaína
8,5
Tetraciclina
3,3 / 7,7 / 9,5
Teofilina
8,8 / 0,7(amina) / 3,5
Tiamina
4,8 / 9,0
Ácido tioglicólico
3,6
Tioridazina
9,5
Tolbutamida
5,3
Tranilcipromina
8,2
Triamtereno Trifluoperazina
6,2 4,1 / 8,4
Trimetoprim
7,2
Trometamina
8,1
Ureia
0,2
Varfarina
5,1
Xipamida
4,8 (fenol) / 10,0 (sulfonamida)
Fonte: Thompson, 2004.
Procedimento geral para o preparo de uma solução Equipamentos / materiais necessários
• EPI: máscara, gorro, luva de procedimento • Balança eletrônica de precisão semianalítica com sensibilidade de 1 mg • Bastão de vidro • Agitador magnético com aquecimento • Béquer com capacidade volumétrica apropriada • Cálice graduado com capacidade volumétrica apropriada • Proveta graduada com capacidade volumétrica apropriada • Filtro de papel ou outro material apropriado • Álcool a 70% (p/p) Requisitos prévios
• O manipulador deverá estar adequadamente paramentado. • Ligar a balança 30 minutos antes de iniciar a pesagem. • Verificar a limpeza e sanitização das bancadas, vidrarias e utensílios utiliza34 issuu
Preparações Orais Líquidas
dos.
• As matérias-primas, vidraria e utensílios necessários deverão ser previamente separados.
• Proceder conforme as BPMF, seguindo as técnicas descritas em formulário de fórmulas padronizadas, ou seguindo técnicas gerais apropriadas para a manipulação da formulação em específico.
• Condições ambientais recomendadas: umidade relativa em torno de 60% e temperatura de 25 ± 5°C.
Modo de preparo
1. Pesar e/ou medir todos os componentes da formulação. 2. Misturar ¾ do volume do solvente com o ingrediente ativo, agitando até a dissolução. A velocidade de dissolução do soluto poderá ser aumentada com aquecimento, sempre que o aumento da temperatura não afetar a estabilidade do produto. Caso o ingrediente ativo seja termolábil, dissolvê-lo a frio. Caso o ingrediente ativo seja insolúvel no solvente, incorporá-lo previamente dissolvido em um cossolvente compatível de polaridade adequada. 3. Adicionar aos poucos os demais componentes minoritários, como antioxidantes, flavorizantes, corante, agitando até sua completa dissolução. 4. Adicionar lentamente, sob agitação, os doadores de viscosidade. O aspecto da solução deverá ser homogêneo. 5. Caso necessário, filtrar a solução em filtro adequado. 6. Ajustar para o volume final com o restante do solvente. 7. Verificar o pH e corrigir para o valor apropriado, conforme seja necessário. 8. Envasar e rotular.
Dicas e técnicas para solubilização de fármacos
• O uso de agitador magnético, agitador mecânico ou banho de ultrassom pode
favorecer a solubilização, economizando tempo no preparo. A agitação aumenta a velocidade de dissolução.
• Partículas menores de uma determinada substância dissolvem-se mais rapi-
damente do que partículas maiores. Na incorporação de substâncias pouco solúveis é recomendável levigar o pó com uma pequena quantidade de um líquido viscoso (agente levigante, como propilenoglicol, glicerina, PEG 400, polissorbato 80, etc) miscível com o veículo final.
• Quanto mais solúvel for a substância, mais rápida será sua dissolução. • Os sais (ingredientes ativos) devem ser dissolvidos em uma pequena quanti-
dade de um solvente não viscoso (ex.: água, álcool) antes de serem adicionados a um veículo viscoso (ex.: xaropes).
• Adicionar líquidos de alta viscosidade sobre os de baixa viscosidade, nesta ordem.
• Para se obter pequenas quantidades do ingrediente ativo (ex.: fármacos po35 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
tentes prescritos em baixas doses), utilizar diluições para aumentar a segurança na manipulação. Para o preparo de diluições, utilizar um solvente ou diluente. Não precisa ser somente solvente líquido, diluentes como a lactose são solúveis em meio aquoso.
• Quando se trabalha com um líquido viscoso, a velocidade de dissolução é diminuída.
• Um aumento de temperatura geralmente induz um aumento na solubilidade e
velocidade de dissolução de uma substância. Caso necessário, o aquecimento pode ser utilizado como forma de otimizar a dissolução de determinadas substâncias compatíveis com a temperatura empregada.
• A solubilidade de uma substância não eletrolítica pode ser aumentada ou diminuída pela adição de um eletrólito.
• Uma base alcaloídica (alcaloide) ou bases nitrogenadas de relativo alto peso
molecular são geralmente pouco solúveis, exceto se o pH do meio é diminuído, aumentando sua solubilidade (conversão para sal).
• A solubilidade de substâncias ácidas pouco solúveis é aumentada se o pH do meio é aumentado (conversão para um sal).
• Hidrocoloides devem ser hidratados lentamente antes da dissolução. • Ao preparar um elixir ou uma solução hidroalcoólica é aconselhável dissolver
os constituintes solúveis no álcool antes de misturá-lo ao restante do veículo, e os constituintes hidrossolúveis devem ser previamente solubilizados na água.
• A adição de PEG 400 a uma substância pouco solúvel pode aumentar sua solubilidade em água. O PEG 400 apresenta caráter anfifílico, favorecendo a solubilização em meio aquoso de substâncias lipossolúveis.
• A adição de surfactantes (ex.: polissorbatos) pode favorecer a solubilização de determinados ingredientes pouco solúveis. Estes ingredientes devem ser previamente levigados com surfactante e então adicionados ao veículo.
• Deve-se estar sempre atento ao pH e à concentração de álcool na preparação. • O talco farmacêutico pode ser usado para remover o excesso ou gotículas de óleos flavorizantes de soluções. Deve-se adicionar de 1 a 2 g de talco para cada 100 mL de solução e em seguida filtrar em papel de filtro. Este procedimento é também realizado na clarificação de soluções turvas.
Solubilidade de compostos orgânicos e inorgânicos Substâncias inorgânicas
• Cátions e ânions monovalentes são geralmente hidrossolúveis (NaCl, LiBr, KI, NH4NO3, NaNO2).
• Se apenas um dos íons é monovalente, geralmente são hidrossolúveis (BaCl , MgI2, Na2SO4, Na3PO4).
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2
Preparações Orais Líquidas
• Se cátion e ânion forem multivalentes, geralmente possuirão baixa hidrossolubilidade (CaSO4, BaSO4, BiPO4, exceções: ZnSO4 e FeSO4).
• Sais comuns de metais alcalinos (Na, K, Li, Cs, Rb) geralmente são hidrossolúveis (exceto Li2CO3).
• O amônio e os sais quaternários de amônio são hidrossolúveis. • Os nitratos, nitritos, acetatos, cloratos e lactatos geralmente são hidrossolúveis (exceto acetato de prata e acetato mercuroso).
• Os sulfatos, sulfitos e tiossulfatos geralmente são hidrossolúveis (exceto sais de íon prata e íon mercuroso).
• Os sais ácidos correspondentes a um sal insolúvel serão mais hidrossolúveis que o sal original.
• Os hidróxidos e óxidos de compostos que não sejam cátions de metais alcalinos e o íon amônio geralmente são insolúveis em água.
• Os sulfetos são insolúveis em água, exceto no que se refere a seus sais de metais alcalinos.
• Os fosfatos, carbonatos, silicatos, boratos e hipocloritos são insolúveis em
água, exceto no que se refere a seus sais de metais alcalinos (Li, Na, K, Rb, Cs, Fr) e aos sais de amônio.
Substâncias orgânicas 1 .Moléculas com grupo funcional polar* geralmente são solúveis até o comprimento total de cadeia carbônica de 5 átomos. 2. As moléculas com cadeias ramificadas são mais solúveis que o composto correspondente com cadeia reta. 3. A hidrossolubilidade diminui com o aumento do peso molecular. 4. Quanto maior a semelhança estrutural entre soluto e solvente, maior a solubilidade. *Grupos polares: OH, CHO, COH, CHOH, CH2OH, COOH, NO2, CO, NH2 e SO3H.
Informação Adicional
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Formas Farmacêuticas Líquidas
Solução oral e retal com fosfatos de sódio Riscos envolvendo seu uso e critérios técnicos para a correta manipulação e utilização
Os fosfatos são normalmente utilizados no tratamento de condições clínicas onde há deficiência deste íon, no tratamento da hipercalcemia (fosfato dissódico) e como acidificante urinário (fosfato ácido de sódio). São também utilizados em doses maiores como laxante salino (solução hiperosmótica) administrados na forma de soluções diluídas por via oral (solução oral) ou retal (enema) na terapia da constipação intestinal e no preparo intestinal antes de exame médico (ex.: colosnocopia). Em preparações laxativas, normalmente emprega-se a associação do fosfato ácido de sódio com o fosfato sódico na forma de solução aquosa oral ou retal. Farmacologia: a ação laxativa do fosfato ácido de sódio e do fosfato de sódio pode ser explicada pelo fato de que ambos os sais são pouco absorvidos pelo trato gastrintestinal e promovem a retenção de água no lúmen do intestino. Efeitos adversos e contraindicações: os laxativos à base de fosfatos produzem, como esperado, diarreia nos pacientes aos quais são administrados. Entretanto, também pode ocorrer náusea, vômito, dor gástrica/abdominal, inchaço abdominal, tontura ou cefaleia. Alguns efeitos adversos podem ser mais sérios e necessitam de imediata avaliação médica, como a presença de sangue as fezes, fezes escuras e cãibras musculares. Hipocalcemia, hiperfosfatemia, hipernatremia, hipocalemia e acidose podem ocorrer com o uso de soluções orais de fosfatos de sódio. Estes efeitos adversos são mais prováveis com a utilização de doses maiores que a recomendadas. Há relatos de sérios distúrbios eletrolíticos, desidratação, acidose metabólica, falência renal, tetania e morte atribuídos a médicos que prescreveram mais de 45mL da solução oral de fosfatos de sódio (solução de fosfatos de sódio USP) para preparo intestinal para colonoscopia, cirurgia, ou enema de bário e/ou quando prescrito para pacientes com risco médico. Os médicos devem recomendar aos pacientes somente doses usualmente empregadas. A dose diária máxima recomendada não deverá ser superior a 45 mL da solução de fosfatos de sódio USP ou ao equivalente a cerca de 5760 mg de fósforo. Há diversos relatos na literatura de casos de nefropatia aguda e de insuficiência renal associados ao uso de soluções orais de fosfatos de sódio. Preparações laxativas de fosfatos são hiperosmóticas e são contraindicadas para pacientes com doenças cardíacas (ex.: insuficiência cardíaca, angina instável), distúbios intestinais (ex.: colite aguda, constipação crônica, obstrução intestinal, sangramento gastrintestinal, megacólon congênito), fluidos/inchaço do estômago/abdome (ascites) e outras condições que tornem o funcionamento do intestino mais lento (ex.: hipotiroidismo, escleroderma). Os riscos e benefícios da administração de fosfato devem ser considerados pelo médico em situações onde o paciente apresentar histórico de problema renal, outros problemas cardíacos (ex.: arritmias, ataque cardíaco, cirurgia cardíaca recente), desidratação ou problemas sanguíneos ou no equilíbrio hidroeletrolítico (ex.: baixos níveis de sódio, potássio ou cálcio; ou altos níveis de fosfato), doença inflamatória intestinal, alergia e em pacientes que fazem uso de medicamentos que afetam a reperfusão renal (ex.: diuréticos, inibidores da enzima de conversão da angiotensina, bloqueadores dos receptores de angiotensina e possivelmente de anti-inflamatórios AINEs). É aconselhada
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Preparações Orais Líquidas
cautela na administração de formulações com fosfato em pacientes idosos e em pacientes debilitados. A segurança da utilização da solução oral de fosfatos de sódio não foi determinada para pacientes pediátricos e para gestantes. Farmacotécnica: o fosfato de sódio e o fosfato ácido de sódio estão disponíveis na forma anidra e em diversas formas hidratadas. Uma das principais dificuldades envolvidas na manipulação de formulações com fosfatos de modo geral é a utilização da forma química correta, uma vez que tanto o fosfato ácido de sódio como o fosfato de sódio apresentam diversos sinônimos e estão disponíveis na forma anidra e em diversos graus de hidratação, situação que favorece a ocorrência de confusão entre as formas empregadas. Frequentemente, equívocos de interpretação na forma prescrita são cometidos e em decorrência disto ocorre o emprego da forma errada de fosfato, como por exemplo, o uso da forma anidra no lugar da forma hidratada sem os devidos ajustes de concentração. O intercâmbio em uma formulação com concentração expressa em termos fosfato de sódio hepta-hidratado (Na2HPO4.7H2O) pela forma anidra deste sal (Na2HPO4) sem os devidos ajustes de equivalência entre a forma hidra e anidra, implicará no preparo de uma formulação mais hipertônica e com maior concentração de fosfato de sódio. Este erro pode ocasionar aumento dos efeitos adversos ocasionados pela formulação erroneamente preparada. Veja na tabela a seguir as principais formas de fosfato ácido de sódio e fosfato de sódio, sinônimos e características. O preparo de formulações contendo fosfatos de sódio depende da utilização da forma química correta deste sal. Antes do preparo, é importante verificar a correta sinonímia e o grau de hidratação do fosfato solicitado na composição da formulação prescrita. Deve-se empregar o sal com o grau de hidratação correspondente ao solicitado na prescrição. Na indisponibilidade deste, uma eventual substituição por um sal com diferente grau de hidratação pode ser considerada, desde que observada a concentração correspondente em termos do sal anidro. Por exemplo, caso a composição de uma formulação relacione 5% de fosfato de sódio anidro e a substuição for realizada com a forma heptahidratada deste sal, deve-se multiplicar pelo fator de equivalência. Portanto, multiplicaria-se 5% por 1,89 (fator de equivalência do fosfato dissódico heptahidratado) (5 x 1,89 = 9,45% do fosfato de sódio hepta-hidratado). De outra forma, caso a formulação expresse 5% de fosfato de sódio heptaidratado e a substituição for realizada com o sal anidro, deve-se dividir esta concentração pelo fator de equivalência da forma hidratada. O valor resultante será a quantidade equivalente da forma anidra a ser empregada no preparo da formulação em substituição à forma hepta-hidratada (5 ÷ 1,89 = 2,65% de fosfato de sódio anidro). Contudo, é importante ter em mente que a solubilidade entre as formas químicas anidras e hidratadas podem ser significativamente diferentes e influenciar diretamente no modo de preparo. Normalmente, a forma hidratada é mais solúvel que a forma anidra. Portanto, o ideal é mesmo empregar a forma química com o grau de hidratação relacionado na formulação.
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Fórmula
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Hidrogenofosfato dissódico di-hidratado, fosfato monoácido de sódio, fosfato de sódio diidratado
Fosfato de sódio hepta-hidratado
Fosfato dissódico cristalizado, hidrogenofosfato de sódio dodeca-hidratado, fosfato de sódio cristalizado, fosfato de sódio secundário fosfato de sódio dibásico, fosfato dissódico, fosfato de sódio
Fosfato de sódio dibásico
Fosfato de sódio dibásico di-hidratado
Fosfato de sódio dibásico hepta-hidratado
Fosfato de sódio dibásico dodeca-hidratado
Adaptado: (F.BRAS II, 1959; F.BRAS IV, 1988; The Merck Index, 2001; USP 29, 2006; USP 2007)
Na2HPO4
Fosfato dissódico anidro, hidrogenofosfato de sódio anidro, fosfato de sódio anidro, fosfato de sódio secundário anidro, fosfato monoácido de sódio anidro, sal dissódico do ácido fosfórico anidro, fosfato de sódio dibásico anidro.
N a 2H P O 12H2O
N a 2H P O 7H2O
4
4
4
NaH2PO4
Fosfato de sódio monobásico anidro, Di-hidrogenofosfato de sódio anidro, fosfato ácido de sódio anidro, bifosfato de sódio anidro, fosfato monossódico anidro, ortofosfato monossódico anidro, fosfato de sódio primário anidro.
Fosfato de sódio monobásico
N a 2H P O 2H2O
NaH2PO4.H2O
4
Di-hidrogenofosfato de sódio monoidratado, fosfato ácido de sódio monoidratado, bifosfato de sódio monoidratado, fosfato monossódico monoidratado, ortofosfato monossódico monoidratado, fosfato de sódio primário monoidratado.
P O
Fosfato de sódio monobásico monoidratado
2
N a H 2H2O
molecular
Fosfato ácido de sódio
Sinonímia
Fosfato de sódio monobásico di-hidratado
Nome DCB / DCI
.
.
.
.
358,10
268.07
178,00
141,98
119,98
138,00
156,01
Peso Molecular
Fator de
1g dissolve-se em 2,7 mL de água a 25º C. Praticamente insolúvel em álcool.
Facilmente solúvel em água e muito pouco solúvel em álcool.
Facilmente solúvel em água e insolúvel em álcool
1g dissolve-se em 8,1 mL de água; em 1,1 mL de água fervente; praticamente insolúvel em álcool.
1,0 (quando utilizado em substituição à forma anidra, empregar o fator de equivalência 2,5)
1,0 (quando utilizado em substituição à forma anidra, empregar o fator de equivalência 1,89)
1,0 (quando utilizado em substituição à forma anidra, empregar o fator de equivalência 1,25)
1,0
1,0
1,0 (quando utilizado em substituição à forma anidra, empregar o fator de equivalência 1,15)
1g dissolve-se em cerca de 2 cm3 de água; praticamente insolúvel em álcool, insolúvel em clorofórmio e em éter Facilmente solúvel em água, insolúvel álcool.
1,0 (quando utilizado em substituição ao fosfato de sódio monobásico anidro empregar o fator 1,3 )
equivalência
Facilmente solúvel em água, praticamente insolúvel em etanol.
Solubilidade
Tabela 7: Diversas formas químicas de fosfatos de sódio: características & propriedades. Formas Farmacêuticas Líquidas
Preparações Orais Líquidas
Exemplos de formulações: 1. Solução oral de fosfatos de sódio (USP30/NF25) Fosfato de sódio dibásico hepta-hidratado (Na2HPO4.7H2O) 18% (p/v) Fosfato de sódio monobásico monoidratado (NaH2PO4.H2O) 48% (p/v) Água destilada qsp
100 mL
Indicação: preparo intestinal para colonoscopia ou outros propósitos que requeiram os esvaziamento intestinal, tratamento ocasional da constipação intestinal Informação importante: cada 15 mL desta solução contém cerca 1668mg de Na e 1928 mg de P. Posologia: Preparo intestinal: administrar 3 doses de 15 mL da solução oral de fosfatos de sódio (administradas em intervalos de 10 minutos), cada uma diluída em 250 mL de água ou outra bebida límpida. “Não administrar diretamente a solução pura concentrada. A dose diária (em um período de 24h) não deverá ser superior ao total de 45 mL da solução oral de fosfatos de sódio”. Após o intervalo de 24h, o esquema posológico pode ser repetido da mesma forma, caso seja necessário. Preparo: separar os fosfatos de sódio, certificando-se do uso da forma química correta correspondente ao especificado na formulação. Se necessário, observar se a especificação constante no certificado de análise da matériaprima disponível corresponde à especificação solicitada. Dissolver os fosfatos em quantidade suficiente de água destilada aquecida. Ajustar o volume final com água destilada. Envasar em frasco de PET ou vidro âmbar. 2. Solução oral de fosfatos de sódio flavorizada Fosfato de sódio dibásico hepta-hidratado (Na2HPO4.7H2O)
18% (p/v)
Fosfato de sódio monobásico monoidratado (NaH2PO4.H2O)
48% (p/v)
Flavorizante de laranja
0,5 %
Sacarina 0,1 % (p/v) Benzoato de sódio 0,2 % (p/v) Glicerina bidestilada 10 mL (p/v) Água destilada qsp
100mL
Informação importante: cada 15 mL desta solução contém cerca 1668mg de Na e 1928 mg de P. Indicação: preparo intestinal para colonoscopia ou outros propósitos que requeiram os esvaziamento intestinal, tratamento ocasional da constipação intestinal Posologia: Preparo intestinal: administrar 3 doses de 15mL da solução oral de fos41 issuu
Formas Farmacêuticas Líquidas
fatos de sódio (administradas em intervalos de 10 minutos), cada uma diluída em 250mL de água ou outra bebida límpida. “Não administrar diretamente a solução pura concentrada. A dose diária (em um período de 24h) não deverá ser superior ao total de 45 mL da solução oral de fosfatos de sódio”. Após o intervalo de 24h, o esquema posológico pode ser repetido da mesma forma, caso seja necessário. Preparo: separar os fosfatos de sódio, certificando-se do uso da forma química correta correspondente ao especificado na formulação. Se necessário, observar se a especificação constante no certificado de análise da matériaprima disponível corresponde à especificação solicitada. Dissolver os fosfatos e o benzoato de sódio em quantidade suficiente de água destilada aquecida. Adicionar a glicerina e o flavorizante. Ajustar o volume final com água destilada. Envasar em frasco de PET ou vidro âmbar. Armazenamento: temperatura ambiente controlada. 3. Solução retal de fosfatos de sódio (USP30/NF25) – Enema Fosfato de sódio dibásico hepta-hidratado (Na2HPO4.7H2O) 6% (p/v) Fosfato de sódio monobásico monoidratado (NaH2PO4.H2O) 16% (p/v) Água destilada qsp
100 mL
Indicações: alívio da constipação; como um enema de rotina médica, quando é necessário promover a evacuação intestinal para a realização de proctoscopia e sigmoidoscopia, limpeza pré-operatória e cuidados geral no pós-operatório; impactação por bário, durante a gravidez e no pré e pós-parto. Contraindicações: o enema de fosfatos não deve ser usado na existência das seguintes condições clínicas: apendicite, bloqueio intestinal, colite ulcerativa, ileite, doença cardíaca, sangramento retal, hipertensão, doença renal. Não administrar em crianças menores de 2 anos. Precauções: em pacientes desidratados ou debilitados, o volume da solução administrado precisa ser cuidadosamente determinado, uma vez que a solução é hipertônica e pode causar mais desidratação. O uso repetido em intervalos curtos de tempo deve ser evitado. Produtos laxativos não devem ser usados por período superior a uma semana, salvo orientação médica. Existem alguns relatos de lesões no tecido anorretal induzidas pela aplicação indevida ou incorreta do enema de fosfatos de sódio 20. Posologia: Adultos: 120 mL via retal. Crianças 2-12 anos: 60 mL como dose única via retal ou conforme orientação médica. Crianças menores de 2 anos: não usar. Preparo: separar os fosfatos de sódio, certificando-se do uso da forma química correta correspondente ao especificado na formulação. Se necessário, observar se a especificação constante no certificado de análise da matériaprima disponível corresponde à especificação solicitada. 42 issuu
Preparações Orais Líquidas
Dissolver os fosfatos em quantidade suficiente de água destilada aquecida. Ajustar o volume final com água destilada. Envasar em frasco com aplicador para enema. Armazenamento: temperatura ambiente controlada. Constipação intestinal (uso como laxativo para o alívio ocasional da constipação): Idade (anos)
Passo I
Passo II
Dose máxima em 24hs
Adultos e crianças ≥ 12 anos
Tomar pelo menos 1 copo Misturar 15mL (1 colher de (250mL) extra de líquido (sem a sopa) em um copo (250mL) solução laxativa) para compende líquido gelado. Beber. sar a perda de líquido pelo efeito laxante.
15mL 3x
Crianças entre 10 e 11 anos
Tomar pelo menos 1 copo Misturar 15mL (1 colher de (250mL) extra de líquido (sem a sopa) em um copo (250mL) solução laxativa) para compende líquido gelado. Beber. sar a perda de líquido pelo efeito laxante.
15mL
Crianças entre 5 a 9 anos
Tomar pelo menos 1 copo Misturar 7,5mL (1/2 co(250mL) extra de líquido (sem a lher de sopa) em um copo solução laxativa) para compen(250mL) de líquido gelado. sar a perda de líquido pelo efeito Beber. laxante.
7,5mL
Abaixo de 5 anos
Não usar
Não usar
Não usar
Referências 1. Clavijo, M.J.L. & Comes, V.B. Formulario Básico de Medicamentos Magistrales. 1ª ed. Valencia: Distribuiciones El Cid, 2001.p.253-255. 2. Reynolds, J.E.F. Martindale – The Extra Pharmacopoeia. 28th ed. London: The Pharmaceutical Press, 1982. p.641-642. 3.Internet: http://www.rxlist.com/cgi/generic/visicol.htm (acessado em 15/11/2007). 4. FDA – Food and Drug Administration. Information for Healthcare Professionals Oral Sodium Phosphate Products for Bowel Cleansing. Disponível em: http//www.fda.gov/cder/ drug/safety/sodiumphospate.htm (acessado em 15/11/2007). 5. Desmeules et al. Acute phosphate nephropathy and renal failure. NEJM. 2003 Sep 4; 349(10): 1006 – 7. 6. Markowitz et al. Acute phosphate nephropathy following oral sodium phosphate bowel purgative: an under-recognized cause of chronic renal failure. J Am Soc Nephrol. 2005 Nov; 16 (11): 3389 – 96. 7. PHARMASCIENCE INC. IMPORTANT SAFETY INFORMATION REGARDING PHOSPHATES SOLUTION. Health Products and Food Branch Direction générale des produits de santé et des aliments –Health Canadá, 2002. Disponível em: http://www.hc-sc.gc.ca/ dhp-mps/alt_formats/hpfb-dgpsa/pdf/medeff/phosphate_solutions_hpc-cps_e.pdf (acessado em 15/11/2007). 8. FDA – Food and Drug Administration. Food and Drug Administration Science Backgrounder: Safety of Sodium Phosphates Oral Solution. Disponível em: http://www.fda.gov/Cder/ drug/safety/sodiumphospate.htm. 9. Farmacopéia Brasileira, 2005. p.290, 4a.ed 10. The Merck Index, 2001. p.1545, item.8734, 13a.ed. 11. USP 29, 2006. 12.USP 30/NF 25, 2007.
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Preparações Orais Líquidas
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PREPARAÇÕES ORAIS LÍQUIDAS
GYMNEMA
SYLVESTRE
I
Spray sublingual
25 mg (extrato seco padronizado c/ 25% de ácidos gimnémicos) / mL Classe terapêutica: fitoterápico indicado no tratamento do diabetes e na re
gulação da glicemia. Composição Gymnema sylvestre ext. Seco Álcool etílico 96ºGL Glicerina Óleo essencial de menta Sucralose Acesulfame de potássio Água purificada qsp
2,5 g 50 mL 15 mL 0,5 mL 0,03 g 0,03 g 100 mL
Modo de preparo
1. 2. 3. 4.
Dissolver o extrato seco de Gymnema no álcool. Adicionar o óleo menta. Misturar. Adicionar a glicerina e misturar. Dissolver a sucralose e o acesulfame na água destilada e em seguida ver ter aos poucos no passo anterior. 5. Ajustar o volume com água destilada adicionada aos poucos sob mistura. 6. Envasar em frasco de vidro âmbar com spray calibrado. Informações sobre estabilidade Embalagem recomendada: frasco de vidro âmbar com spray calibrado. Temperatura de armazenamento recomendada: temperatura ambiente controlada. Estabilidade aproximada: 6 meses. Nota Acredita-se que a Gymnema aumenta a secreção de insulina pelas cé lulas beta no pâncreas, resultando no aumento do controle do açúcar no san gue. Tem sido relatado que a Gymnema estimula a atividade enzimática nos me canismos metabólicos insulinodependentes, promovendo um aumento da utiliza ção da glicose e pode, desta forma, resultar em perda de peso. Os ácidos gimné micos presentes na Gymnema sylvestre podem inibir a captação intestinal de glicose. Também tem sido relatada a supressão, na língua, da percepção do pa ladar doce promovida por estes ácidos. Referências 1, Krinsky, D.L. et al. Natural Therapeutics Pocket Guide. 2nd ed. Hudson, American Pharmaceutical Association, 2003.p.461-462.
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PREPARAÇÕES
DE
FÁRMACOS
GYMNEMA
E
VEÍCULOS FÁRMACOS
SYLVESTRE
II
Spray sublingual
20% (v/v) (Tintura de Gymnema sylvestre) Classe terapêutica: fitoterápico indicado no tratamento do diabetes e na re
gulação da glicemia. Composição Tintura de Gymnema sylvestre Benzoato de sódio
20 mL 0,1 g
Aspartame
0,5 %
Clicamato sódico
0,3 %
Sacarina sódica Flavorizante Água purificada Sorbitol 70% qsp
0,15 % 3% 15 mL 100 mL
Modo de preparo
1. Solubilizar o benzoato de sódio, ciclamato sódico, sacarina sódica e o as partame na água purificada. 2. Adicionar cerca de 60 mL de sorbitol 70% ao passo anterior. Agitar. 3. Verter o passo 2 sobre a tintura de Gymnema sylvestre, nesta ordem. 4. Adicionar o flavorizante de preferência e agitar. 5. Ajustar para o volume final com o sorbitol 70%. 6. Envasar e rotular. Informações sobre estabilidade Embalagem recomendada: frasco de vidro âmbar com válvula spray calibrada. Temperatura de armazenamento recomendada: temperatura ambiente controlada. Estabilidade aproximada: 6 meses. Nota Acredita-se que a Gymnema aumenta a secreção de insulina pelas cé lulas beta no pâncreas, resultando no aumento do controle do açúcar no san gue. Tem sido relatado que a Gymnema estimula a atividade enzimática nos me canismos metabólicos insulinodependentes, promovendo um aumento da utiliza ção da glicose e pode, desta forma, resultar em perda de peso. Os ácidos gimné micos presentes na Gymnema sylvestre podem inibir a captação intestinal de glicose. Também tem sido relatada a supressão, na língua, da percepção do pa ladar doce promovida por estes ácidos. Referências 1. Krinsky, D.L. et al. Natural Therapeutics Pocket Guide. 2nd ed. Hudson, American Pharmaceutical Association, 2003.p.461-462.
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Preparações Orais Líquidas
issuu
PREPARAÇÕES
DE
FÁRMACOS
E
VEÍCULOS FÁRMACOS
NALTREXONA Preparação Oral Líquida
1 mg/mL Classe terapêutica: antagonista opioide, uso aprovado para o tratamento da dependência de opioides e do alcoolismo. A naltrexona tem sido empregada em doses baixas para diversas outras condições clínicas (Exemplo: Esclerose múlti pla, Fibromialgia, Doença de Crohn etc). Composição Naltrexona
0,1 g
Ácido ascórbico
0,5 g
Benzoato de sódio Glicerina
0,1 g 20 mL
Água purificada qsp
100 mL
Modo de preparo
1. Misturar e triturar a naltrexona, ácido ascórbico e o benzoato de sódio até obter um pó fino. 2. Adicionar a glicerina e misturar, até formar uma pasta fina. 3. Adicionar a água purificada, aos poucos e sob agitação constante, até ajustar o volume final. Misturar bem. 4. Envasar e rotular. Informações sobre estabilidade Embalagem recomendada: frasco de vidro ou PET âmbar. Temperatura de armazenamento recomendada: temperatura ambiente controla da ou sob refrigeração. Estabilidade aproximada: 90 dias sob refrigeração ou 60 dias em temperatura am biente controlada. Processo de degradação provável: oxidação. Referências 1. Fawcett, JP, Morgan, NC, Woods, DJ. Formulation and stability of naltrexone oral li quid for rapid withdrawal from methadone. Ann Pharmacother 1997,31(11): 1291-1296. 2. International Journal of Pharmaceutical Compounding. Vol. 19 No.6 November/De cember 2006, p.459.
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PREPARAÇÕES ORAIS LÍQUIDAS
ÍNDICE
DAS
PREPARAÇÕES
ALENDRONATO DE SÓDIO ALOPURINOL
142
ALPRAZOLAM
143
AMANTADINA HCL
141
144
AMBROXOL, CLORIDRATO 145 EDULITO (SOLUÇÃO ORAL PEDIÁTRICA SEM AÇÚCAR)
15 mg/5 mL
DISPOSIÇÃO GERAL DO TEXTO NAS MONOGRA116 FIAS ACETATO DE CORTISONA
117
ACETATO DE FLUDROCORTISONA
118
ACETATO DE MEDROXIPROGESTERONA 119
ACETATO DE ZINCO 122
ACICLOVIR
123
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
120
125
200 mg / mL ÁCIDO ASCÓRBICO (VITAMINA C) XAROPE
126
150
AMIODARONA, CLORIDRATO
151
AMITRIPTILINA, CLORIDRATO I XAROPE
152
AMITRIPTILINA, CLORIDRATO II XAROPE
128
129
2N
154
AMOXACILINA
155
158
ATENOLOL
160
AZATIOPRINA
161
AZITROMICINA
163
BACLOFENO
164
159
BECLOMETASONA, DIPROPIONATO
130
165
BENAZEPRIL, CLORIDRATO 166 BENZIDAMINA CLORIDRATO
0,1 N 1 litro ÁCIDO CLORÍDRICO 131 SOLUÇÃO DILUÍDA (N.F.)
10% (p/v) 1 litro
BETACAROTENO
168
BETAMETASONA
169
BETANECOL, CLORETO
ÁCIDO DIMERCAPTOSUCCÍNICO, DMSA, SUCCÍBICARBONATO DE SÓDIO 133 MER BIOTINA (VITAMINA H) ÁCIDO FÓLICO 134 SOLUÇÃO ORAL ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO (GABA) 0,5 mg/mL 135
ÁCIDO LÁCTICO
153
1 mg / mL AMLODIPINA
ARGININA, CLORIDRATO
6N
ÁCIDO CLORÍDRICO SOLUÇÃO
149
AMPICILINA
127
ÁCIDO CLORÍDRICO SOLUÇÃO
148
AMINOBENZOATO DE POTÁSSIO (POTABA)
AMOXACILINA + ÁCIDO CLAVULÂNICO 156
250 mg / 5 mL ÁCIDO CLORÍDRICO SOLUÇÃO
AMILORIDA CLORIDRATO
1 mg / mL 124
ÁCIDO ASCÓRBICO (VITAMINA C) GOTAS
ÁCIDO CÍTRICO
7,5 mg / mL ANFOTERICINA B 147
AMINOFILINA
ACETAZOLAMIDA 121 ACICLOVIR
AMBROXOL, CLORIDRATO 146 GOTAS (USO ORAL E NEBULIZAÇÃO)
167
171 172 173
BIOTINA 174 136
ÁCIDO NALIDÍXICO
2,5 mg/mL 137
ÁCIDO URSODESOXICÓLICO ALBENDAZOL I 139 SUSPENSÃO ORAL SUGAR-FREE
200 mg/5 mL ALBENDAZOL II 140 SUSPENSÃO ORAL SUGAR-FREE
100 mg/5 mL
BROMAZEPAM 138
175
BROMETO DE POTÁSSIO
176
BROMETO DE PROPANTELINA
177
BROMEXINA, CLORIDRATO 178 BROMOFENIRAMINA, MALEATO BROMOPRIDA
179
180
BUCLIZINA, DICLORIDRATO 181
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ÍNDICE
DAS
PREPARAÇÕES
BUDESONIDA
CETOTIFENO
182
BUPROPIONA, CLORIDRATO 183 SUSPENSÃO EM ÓLEO FIXO
CICLOFOSFAMIDA 217
75 mg/5 mL
CIMETIDINA 218 SOLUÇÃO ORAL
BUPROPIONA, CLORIDRATO 184 XAROPE
300 mg / 5 mL
75 mg/5 mL
CIMETIDINA I 219 SUSPENSÃO ORAL
BUSPIRONA, CLORIDRATO 185
300 mg / 5 mL
CAFEÍNA ANIDRA 186 CÁLCIO, ACETATO 187 CÁLCIO COM VITAMINA B12 CALCITRIOL
188
190
CAOLIM + PECTINA
191
75 mg/5 mL
CIPROEPTADINA HCL + COBAMAMIDA 224 SUSPENSÃO 195
CIPROEPTADINA E L-LISINA 225 CIPROFLOXACINA 226
100 mg/5 mL CARBIDOPA + LEVODOPA I 197 SUSPENSÃO ORAL AQUOSA E ANIDRA CARBIDOPA + LEVODOPA II 199 SUSPENSÃO ORAL
CIPROTERONA ACETATO I SOLUÇÃO ORAL ANIDRA
228
50 mg / 5 mL CIPROTERONA ACETATO II 229 SUSPENSÃO ORAL
200
50 mg / 5 mL 201
CITALOPRAM, BROMIDRATO
202
CITRATO DE CAFEÍNA CITRATO DE LÍTIO 232
CARVEDILOL I 204 SUSPENSÃO ORAL
CITRATO DE MAGNÉSIO
233
CITRATO DE PIPERAZINA
235
CITRATO DE POTÁSSIO
236
1,25 mg / mL CARVEDILOL 205 SOLUÇÃO ORAL
CITRATO DE POTÁSSIO MONOIDRATADO 237
0,625 mg / mL (formulação para 120 mL) CÁSCARA SAGRADA + DOCUSATO SÓDICO 206 207
CEFADROXIL MONOIDRATADO CEFALEXINA
209
CELECOXIB
210
CETIRIZINA, DICLORIDRATO CETOCONAZOL 212 SUSPENSÃO ORAL
20 mg / mL CETOCONAZOL SUSPENSÃO
100 mg/5 mL CETOPROFENO
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208
CITRATO DE SÓDIO
238
CLARITROMICINA PALATÁVEL 239 PÓ REVESTIDO PARA SUSPENSÃO ORAL 241 CLARITROMICINA (REVESTIDA) I SUSPENSÃO ORAL (SABOR MORANGO)
125 mg/5 mL 211
CLARITROMICINA (REVESTIDA) II 243 SUSPENSÃO ORAL (SABOR CHOCOLATE)
125 mg/5 mL CLOBAZAM
245
CLOMIPRAMINA, CLORIDRATO 213
214
230
231
CARVÃO ATIVADO 203
CEFACLOR
223
2 mg/5 mL
194
100 mg/5 mL
CARISOPRODOL
222
CIPROEPTADINA, CLORIDRATO XAROPE
1 mg / mL
CARBOCISTEÍNA
221
6,7% (p/v) = 50 mg/0,75 mL
CAPTOPRIL II 193 SOLUÇÃO ORAL
CARBONATO DE CÁLCIO
200 mg / 5 mL
CINARIZINA SUSPENSÃO
1 mg / mL
CARBAMAZEPINA II SUSPENSÃO ORAL
CIMETIDINA II 220 SUSPENSÃO ORAL CINARIZINA GOTAS
CAPTOPRIL I 192 SOLUÇÃO ORAL
CARBAMAZEPINA I SUSPENSÃO ORAL
215
CIANOCOBALAMINA (VITAMINA B12) 216
CLONAZEPAM GOTAS
247
2,5 mg / mL
246
PREPARAÇÕES ORAIS LÍQUIDAS
CLONAZEPAM I 248 SUSPENSÃO ORAL
DEXAMETASONA 290 SOLUÇÃO ORAL
0,1 mg / mL
4 mg / mL
CLONAZEPAM II 249 SUSPENSÃO ORAL
DEXAMETASONA 291 ELIXIR
0,1 mg / mL
0,5 mg / 5 mL
CLONAZEPAM + FLUOXETINA CLONIDINA, CLORIDRATO CLOPIDOGREL
250
251
252
CLORANFENICOL 253 CLORDIAZEPÓXIDO HCL
254
DEXTROMETORFANO, BROMIDRATO 292 DIACEREÍNA
293
DIAZEPAM
294
DICLOFENACO RESINATO
295
DICLOFENACO SÓDICO
296
CLORETO DE CÁLCIO HEXAIDRATADO 255
DIFENIDRAMINA, CLORIDRATO
297
CLORETO DE POTÁSSIO
DIFOSFATO DE CLOROQUINA
299
256
CLOREXIDINA, DIGLUCONATO I ENXAGUATÓRIO BUCAL
257
DIGITOXINA GOTAS
259
DIGOXINA 302 ELIXIR PEDIÁTRICO
261
DIIDROERGOCRISTINA MESILATO
0,2% (p/v)
0,1 mg / mL
CLOREXIDINA, DIGLUCONATO II ENXAGUATÓRIO BUCAL
0,2% (p/v)
0,05 mg / mL
CLORFENIRAMINA, MALEATO CLOROFILA
DILTIAZEM HCL
305
264
DIMENIDRATO
306
266
DIMETICONA (SIMETICONE) I GOTAS
262
CLORPROMAZINA HCL CLORTALIDONA
300
265
CODEÍNA, FOSFATO
CODEÍNA, FOSFATO + CLORPROMAZINA, CLO267 RIDRATO + DIPIRONA SÓDICA CODEÍNA, FOSFATO + DIPIRONA SÓDICA 268
304
307
43,2 mg / mL DIMETICONA (SIMETICONE) II GOTAS
309
50 mg / mL
CODEÍNA, FOSFATO + MALEATO DE CLORFENIDIMETILGLICINA, CLORIDRATO (D.M.G.) RAMINA + CLORIDRATO DE FENILEFRINA + 310 ÉTER GLICERIL GUAIACOL 269 DIPIRIDAMOL 311 COENZIMA Q10 270 DIPIRONA SÓDICA 312 COLCHICINA 271 DMAE 313 COLINA, CITRATO + BETAÍNA, CLORIDRATO + DOMPERIDONA 314 272 DL-METIONINA DOXAZOSINA 315 COMPLEXO B I 273 XAROPE
DOXEPINA, CLORIDRATO
316
COMPLEXO B II XAROPE
274
DOXICICLINA CÁLCICA *
317
COMPLEXO B III XAROPE
276
EBASTINA I 319 XAROPE ISENTO DE AÇÚCAR
COMPLEXO B GOTAS
278
1 mg/mL
COMPLEXO ESTIMULANTE DO APETITE 280
EBASTINA II 320 XAROPE ISENTO DE AÇÚCAR
1 mg/mL
COMPOSTO ESTIMULANTE DO APETITE E DO 282 DESENVOLVIMENTO
EFEDRINA, CLORIDRATO
322
EFEDRINA, SULFATO
323
COMPOSTO FITOTERÁPICO CALMANTE I 284
ENALAPRIL, MALEATO
324
COMPOSTO FITOTERÁPICO CALMANTE II 285
ERITROMICINA XAROPE
CREATINA
286
DAPSONA
287
DEFLAZACORT
288
325
125 mg (base) / 5 mL ERITROMICINA 326 PÓ PALATÁVEL ESCITALOPRAM OXALATO
328
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ÍNDICE
DAS
PREPARAÇÕES
ESPIRONOLACTONA
329
ESPIRONOLACTONA + HIDROCLOROTIAZIDA
FUROSEMIDA 359 SOLUÇÃO ORAL
10 mg / mL
330
ETILEFRINA CLORIDRATO
FUROSEMIDA 360 SOLUÇÃO ORAL ALCOHOL FREE
331
FAMOTIDINA I 332 SUSPENSÃO ORAL
2 mg / mL FUROSEMIDA XAROPE
40 mg/5 mL FAMOTIDINA II 333 SUSPENSÃO ORAL
5 mg / 5 mL
40 mg/5 mL FEMPROPOREX HCL FENILALANINA
362
335
FYAT
363
FYAT-K
364
GABA, PIRACETAM, L-GLUTAMINA, ÁCIDO GLUTÂMICO, VITAMINA B6 & NICOTINAMIDA 365 (VITAMINA B3)
336
FENITOÍNA BASE 338 FENOBARBITAL ÁCIDO
339
GABAPENTINA
367
FENOBARBITAL SÓDICO
340
GANCICLOVIR
368
GENFIBROZILA
369
GINKGO BILOBA
370
FENOFIBRATO
341
FERRO QUELATO (FE)
342
FERRO QUELATO TASTE-FREE®
343
GLIBENCLAMIDA 371
FITOMENADIONA (VITAMINA K1) SOLUÇÃO DILUÍDA
344
GLICONATO DE CÁLCIO
10 mg / mL (1:100) FITOMENADIONA (VITAMINA K1) SUSPENSÃO ORAL
345
1 mg / mL
1 mg / mL
GRANISSETRONA 377 GRISEOFULVINA MICRONIZADA I SUSPENSÃO ORAL
1 mg / mL 348
349
FLUORETO DE SÓDIO I ENXAGUATÓRIO BUCAL
GYMNEMA SYLVESTRE I SPRAY SUBLINGUAL
351
GYMNEMA SYLVESTRE II SPRAY SUBLINGUAL
352
382
20% (v/v) (Tintura de Gymnema sylvestre)
0,5% (p/v)
HALOPERIDOL GOTAS ORAIS
383
2 mg / mL
20 mg / 5 mL 354
HALOPERIDOL 384 SOLUÇÃO ORAL
355
HIDRALAZINA, CLORIDRATO
2 mg / mL
20 mg / mL FOLINATO DE CÁLCIO
356
FOSFATO DE CÁLCIO TRIBÁSICO 358
357
HIDRATO DE CLORAL I XAROPE
386
10% (p/v) HIDRATO DE CLORAL II XAROPE
5% p/v
issuu
381
25 mg (extrato seco padronizado c/ 25% de ácidos gimnémicos) / mL
FLUOXETINA 353 SOLUÇÃO ORAL
714
379
GUAIAFENESINA 380
0,2% (p/v) FLUORETO DE SÓDIO SOLUÇÃO ORAL
GRISEOFULVINA MICRONIZADA II SUSPENSÃO ORAL
125 mg / 5 mL
350
0,05% (p/v) FLUORETO DE SÓDIO II ENXAGUATÓRIO BUCAL
FURAZOLIDONA
378
125 mg / 5 mL
FLUFENAZINA, CLORIDRATO
FLUTAMIDA
374
GLUCOSAMINA, SULFATO 2KCL + CONDROITI376 NA, SULFATO
FLUCONAZOL II 347 SUSPENSÃO ORAL
FLUOXETINA GOTAS
GLICONATO FERROSO
GLICOSAMINA, SULFATO + CONDROITINA, SULFATO SÓDICO 375
FLUCONAZOL I 346 SUSPENSÃO ORAL
FLUNARIZINA
372
GLICONATO DE MAGNÉSIO 373
387
385
PREPARAÇÕES ORAIS LÍQUIDAS
HIDROCLOROTIAZIDA SUSPENSÃO ORAL
ITRACONAZOL II SUSPENSÃO
388
10 mg / mL
417
40 mg / mL
HIDROCLOROTIAZIDA 389 SUSPENSÃO ORAL PARA USO EM PREMATUROS E NEONATOS (BAIXA OSMOLALIDADE)
2 mg/mL HIDROCORTISONA I
390
HIDROCORTISONA II
391
HIDROXICARBAMIDA
392
HIDROXICLOROQUINA, SULFATO
IVERMECTINA
418
L-ASPARAGINA, L-GLUTAMINA, VITAMINA B6, 419 PIRACETAM & FOSFORILSERINA L-CARNITINA
420
L-CARNOSINA
421
L-TRIPTOFANO, L-TIROSINA, L-ARGININA, VITA422 MINA B6, ASCORBATO DE SÓDIO 393
LACTASE 424
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO 394
LACTOBACILLUS ACIDOPHILUS
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO + HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO 395
LACTATO DE CÁLCIO 5H2O 426
HIDRÓXIDO DE SÓDIO (NAOH) SOLUÇÃO
396
0,1 N HIDRÓXIDO DE SÓDIO (NAOH) SOLUÇÃO
397
1N HIDROXITRIPTOFANO SUSPENSÃO ORAL
50 mg/5 mL
4 mg/mL
402
HIOSCINAMINA, SULFATO + FENOBARBITAL 403
HYPERICUM PERFORATUM (ERVA-DE-SÃO-
407
INOSITOL
408
IODETO DE POTÁSSIO XAROPE
409
325 mg/5 mL IODETO DE POTÁSSIO (KI) SOLUÇÃO SATURADA
410
1 g / mL IPECACUANHA, XAROPE ISONIAZIDA 412 SUSPENSÃO ORAL
30 mg / mL ISONIAZIDA XAROPE
414
10 mg / mL ITRACONAZOL I SUSPENSÃO
415
50 mg/5 mL
433
LEITE DE MAGNÉSIA (FORMULÁRIO NACIONAL) II 434 LEVAMISOL
435
LEVETIRACETAM 436 LEVOCARNITINA 400 MG/ML E COENZIMA Q10 437 10 MG/ML LEVOFLOXACINO 438
405
IMIPRAMINA, CLORIDRATO 406 INDOMETACINA
431
LEITE DE MAGNÉSIA I
HIDROXITRIPTOFANO + L-TEANINA 400
IBUPROFENO
1 mg/mL LAMOTRIGINA II 429 SUSPENSÃO ORAL
LANSOPRAZOL
50 mg / mL
404
LAMOTRIGINA I 428 SUSPENSÃO ORAL
LAMOTRIGINA III 430 SUSPENSÃO ORAL
HIDROXITRIPTOFANO 399 SUSPENSÃO SUBLINGUAL
JOÃO)
LACTOFOSFATO DE CÁLCIO 427
1 mg/mL
398
HIDROXIZINA, CLORIDRATO
425
411
LEVOMEPROMAZINA GOTAS
439
LEVOTIROXINA (T4)
440
LIDOCAÍNA, CLORIDRATO
442
LIOTIRONINA SÓDICA
443
LIPOICO, ÁCIDO ALFA
444
LISINOPRIL
445
LORATADINA
446
LORAZEPAM
447
LOSARTAN POTÁSSICO LOVASTATINA
449
MANITOL
450
448
MANDELATO DE METENAMINA
451
MALEATO DE TRIMEBUTINA
452
MEBENDAZOL
453
MEGESTROL, ACETATO
454
MEMANTINA, CLORIDRATO 455 MERCAPTOPURINA MESALAZINA
456
457
715 issuu
ÍNDICE
DAS
PREPARAÇÕES
METFORMINA CLORIDRATO458
NORFLOXACINO
493
METILBROMETO DE HOMATROPINA + DIMETICONA (SIMETICONE) 459
NORTRIPTILINA
494
OLANZAPINA
495
METILDOPA
ÓLEO DE FÍGADO DE BACALHAU
460
METILTESTOSTERONA METIMAZOL
462
ÓLEO DE LINHAÇA
463
METOCLOPRAMIDA
ÓLEO DE RÍCINO 498 464
ÓLEO MINERAL I 499 EMULSÃO ORAL FLAVORIZADA
METOPROLOL, TARTARATO 465 METOTREXATO
0,5 mL / mL (50%)
466
METOXISSALENO (8-MOP)
467
METRONIDAZOL, BENZOATO MIDAZOLAM, CLORIDRATO 469 MINOCICLINA
471
MINOXIDIL
472
MIRTAZAPINA
473
468
ÓLEO MINERAL II 500 EMULSÃO LAXATIVA
50% OMEPRAZOL 501 SUSPENSÃO ORAL TAMPONADA
2 mg / mL
MORFINA, CLORIDRATO
474
MORFINA, SULFATO
475
N-ACETILCISTEÍNA
476
OMEPRAZOL 502 SUSPENSÃO ORAL TAMPONADA E EDULCORADA
10 mg / 5 mL OMEPRAZOL 504 SUSPENSÃO ORAL TAMPONADA E EDULCORADA
20 mg / 5 mL
NADOLOL
477
NALTREXONA
478
ORFENADRINA CITRATO
NAPROXENO
479
ONDANSETRONA 508
NEOMICINA, SULFATO NIFEDIPINA GOTAS
480
481
20 mg / mL
483
515
486
487
PARACETAMOL GOTAS ORAIS
20 mg / 5 mL 520
100 mg / mL
4% (p/v)
PARACETAMOL 521 SUSPENSÃO ORAL
NISTATINA 488 ENXAGUATÓRIO BUCAL
160 mg/5 mL
100.000 UI / mL
PARACETAMOL 522 XAROPE CONCENTRADO
NISTATINA 489 SUSPENSÃO ORAL
325 mg/5 mL
100.000 UI / mL 490
NITROFURANTOÍNA SUSPENSÃO ORAL
491
50 mg/5 mL NITROFURANTOÍNA 492 SUSPENSÃO EMULSIONADA
issuu
514
OXITETRACICLINA, CLORIDRATO
PANTOPRAZOL II 518 SUSPENSÃO ORAL TAMPONADA E EDULCORADA
40 mg / mL
716
OXIBUTININA, CLORIDRATO
2 mg / mL
10 mg/mL
25 mg/5 mL
511
PANTOPRAZOL I 517 SUSPENSÃO ORAL TAMPONADA E EDULCORADA
NIMESULIDA 484 SUSPENSÃO ORAL
NITRAZEPAM
510
OXANDROLONA XAROPE
PABA (ÁCIDO PARA-AMINOBENZOICO) 516
50 mg/mL
NIMODIPINA II GOTAS
509
OXANDROLONA
OXCARBAZEPINA 512
4 mg / mL
NIMODIPINA I GOTAS
OSELTAMIVIR
506
1 mg/mL
NIFEDIPINA 482 SUSPENSÃO ORAL NIMESULIDA GOTAS
496
497
PARACETAMOL XAROPE
523
160 mg/5 mL PAROXETINA
524
PASSIFLORA INCARNATA
525
PREPARAÇÕES ORAIS LÍQUIDAS
PENICILAMINA
526
QUINIDINA, SULFATO DIHIDRATADO 561
PENTOXIFILINA
527
QUETIAPINA, FUMARATO
PEPSINA 528 PEPSINA + ALFAMILASE
529
PERCLORATO DE POTÁSSIO 530 PICOSSULFATO SÓDICO PILOCARPINA
532
PIRACETAM GOTAS
533
564
75 mg/5 mL RIBAVERINA
535
536
539
PIROXICAM 540 PREPARAÇÃO ORAL LÍQUIDA OLEOSA
10 mg/5 mL
RIFAMPICINA
570
RISPERIDONA
571
RIVASTIGMINA, HIDROGENOTARTARATO I 572 SOLUÇÃO ORAL
2 mg/mL RIVASTIGMINA, HIDROGENOTARTARATO II 573 SOLUÇÃO ORAL S-ADENOSILMETIONINA (SAME)
2 mg / mL
SALBUTAMOL 543
SECNIDAZOL
POLIVINIL PIRROLIDONA-IODO (PVP-I) 544
SENE
PRAZOSINA, CLORIDRATO
SERTRALINA
545
PREDNISOLONA 546 SUSPENSÃO ORAL
578 579
5 mg/mL SILDENAFILA 582 SUSPENSÃO PEDIÁTRICA
547
5 mg / 5 mL
1 mg/mL
548
15 mg / 5 mL 549
PREDNISONA 550 SUSPENSÃO ORAL
552
PROCAINAMIDA, CLORIDRATO
553
PROGESTERONA 554 SUSPENSÃO ORAL
40 mg / mL
584
SOLUÇÃO DE EISEMBERG
585
SOLUÇÃO DE JOULIE
586
SOLUÇÃO DE LUGOL
587 588
589
SOLUÇÃO ELETROLÍTICA DE PEG
590
SUBSALICILATO DE BISMUTO
592
SUCRALFATO
593
SULFADIAZINA
594
SULFADIAZINA SÓDICA + PIRIMETAMINA 595
PROGESTERONA 555 GOTAS SUBLINGUAIS
SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA 597 SULFASSALAZINA 598
10% p/v PROMETAZINA, CLORIDRATO
556
558
PROPRANOLOL, CLORIDRATO 560
583
SINVASTATINA
SOLUÇÃO DE SHOHL
PREGNENOLONA 551
PROPILTIOURACILA
SILIMARINA
SOLUÇÃO DE LUGOL FRACA
5 mg/5 mL
PSYLLIUM
576
577
SILDENAFILA 580 SUSPENSÃO ORAL
1 mg / mL
PRIMIDONA
574
575
SALIVA ARTIFICIAL
542
POÇÃO DE RIVIÈRI MODIFICADA
PREDNISONA
569
2 mg/mL
PIROXICAM 541 SUSPENSÃO ORAL
PREDNISOLONA XAROPE
566
568
RIBOFLAVINA (VITAMINA B2)
PIRIDOXINA, CLORIDRATO (VITAMINA B6) 538
PREDNISOLONA XAROPE
562
565
REIDRATANTE ORAL
PIRANTEL PAMOATO
PIZOTIFENO
RANITIDINA I XAROPE RANITIDINA II XAROPE
100 mg / mL
PIRIMETAMINA
563
75 mg/5 mL
531
33,3% (p/v) PIRACETAM XAROPE
RAMIPRIL
559
SULFATO DE ZINCO HEPTAHIDRATADO 599 SULFATO FERROSO I XAROPE
600
200 mg Sulfato Ferroso 7H2O / 5 mL
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ÍNDICE
DAS
PREPARAÇÕES
SULFATO FERROSO II XAROPE
TRIPLO ESTRÓGENO
601
200 mg Sulfato Ferroso 7H2O / 5 mL SULFATO FERROSO + VITAMINA C + COMPLE602 XO B SUSPENSÃO ORAL SULINDAC
604
SULPIRIDA GOTAS
605
635
637
VALERIANA (VALERIANA OFFICINALIS), XARO638 PE (FARMACOPEIA BRASILEIRA) VALPROICO
639
VARFARINA SÓDICA VENLAFAXINA
640
642
VERAPAMIL, CLORIDRATO 643
25 mg/mL SULPIRIDA
TRIPTOFANO
VITAMINA A
606
200 mg/5 mL TACROLIMUS
607
TADALAFILA
608
644
VITAMINAS A E D3 645 GOTAS
TARTARATO DE ERGOTAMINA
609
VITAMINAS A E D3 647 SOLUÇÃO ORAL
TAURINA 610
VITAMINA B12
TEANINA 611
VITAMINA C, CÁLCIO, COMPLEXO B & VITAMI649 NA E
TEOFILINA ELIXIR
613
VITAMINA D3 650 GOTAS OLEOSAS
50 mg / 5 mL
400 UI/gota (0,03 mL)
TEOFILINA 614 SUSPENSÃO ORAL (ALCOHOL-FREE)
VITAMINA D3 GOTAS
100 mg/5 mL TERBINAFINA, CLORIDRATO I SUSPENSÃO ORAL
615
25 mg/mL TERBINAFINA, CLORIDRATO II SUSPENSÃO ORAL
616
TESTOSTERONA
617
620
TETRACICLINA, CLORIDRATO + DEXAMETASO621 NA 622
TIAMINA, CLORIDRATO (VITAMINA B1) 623 TIMOMODULINA
624
TINIDAZOL I
625
654
50 UI / mL VITAMINA E 655 SUSPENSÃO ORAL
200 UI / mL XAROPE IODOTÂNICO
656
XILITOL 657 ZINCO QUELATO TASTE-FREE®
658
ÁGUA DESTILADA PRESERVADA COM BENZOA660 TO DE SÓDIO
TINIDAZOL II 626 SUSPENSÃO ORAL
100 mg/mL TIORIDAZINA, CLORIDRATO 628 TOPIRAMATO I 629 SUSPENSÃO EXTEMPORÂNEA
15 mg / 5 mL (Reconstituição para 100 mL) TOPIRAMATO 630 SUSPENSÃO ORAL
ÁGUA DESTILADA PRESERVADA COM PARABE661 NOS ELIXIR AROMÁTICO ESTEVIOSÍDEO
662
663
EXCIPIENTE PARA SUSPENSÃO EXTEMPORÂ664 NEA FRUTOSE
665
GEL COM CMC-NA / VEÍCULO SUSPENSOR COM CMC-NA 666
6 mg / mL TRAMADOL, CLORIDRATO
20.000 UI/mL
VITAMINA E GOTAS
TETRACAÍNA, CLORIDRATO 619
TIABENDAZOL
2500 UI/mL VITAMINA D3 652 DILUIÇÃO PARA O PREPARO DE FORMULAÇÕES ORAIS LÍQUIDAS
200 UI / mL
618
TETRACICLINA, CLORIDRATO
651
VITAMINA E 653 EMULSÃO ORAL
25 mg/mL TERBUTALINA, SULFATO
648
631
TRAZODONA, CLORIDRATO 632
GEL DE HIDROXIPROPILMETILCELULOSE (HPMC) 667
TRIANCINOLONA 633
SACARINA + CICLAMATO DE SÓDIO 668
TRIMETOPRIMA
SOLUÇÃO ALCOÓLICA FLAVORIZANTE DE VA-
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