JOGOS COOPERATIVOS - 4 ed

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Jader Denicol do Amaral

Jogos Cooperativos, de Jader Denicol do Amaral, é resultado da vontade e auxiliar na construção de um mundo em que todos possam viver melhor.

dos para as exigências da vida

Trata-se de um livro que tenta problematizar o assunto Jogos Cooperativos

moderna. Uma vida que exige do ser

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Jader Denicol do Amaral é graduado em Educação Física e mestre em Ciências do Movimento Humano pela Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professor das disciplinas de Lazer e Recreação, Jogos Cooperativos e Atletismo do curso de Educação Física e coordenador da Pós-Graduação em Lazer Recreação e Jogos Cooperativos da PUC/RS. O professor Jader é diretor da empresa Planeta Cooperação, especializada em desenvolvimento humano.

revisada e atualizada

humano uma adaptação contínua às novas circunstâncias e em que

relações, culminando em uma prática mais eficaz, participativa e solidária.

ele aprenda e reaprenda permanen-

Apresenta também uma série de exemplos de jogos cooperativos, que

temente. Ser humano, uma pessoa

podem ser aplicados a qualquer grupo onde se faça necessário o aprimoramento de valores como a colaboração, a integração e a solidariedade, tão importantes nos dias de hoje.

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problemas e expectativas, se faz necessário estarmos bem prepara-

busca de caminhos alternativos que venham enriquecer a dinâmica de

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lidando com tantas crises, mudanças,

e da iniciativa de um grupo de universitários, com o intuito de divulgar o tema

e levantar algumas questões na tentativa de sensibilizar as pessoas na Lucca, Pietro e o prof. Jader

Vivemos em uma época em que,

que se dedica ao crescimento do outro, que compartilha sentimentos, desejos e frustrações; que se relacione bem com o outro e seja competente na sua ação, para então tentar ajudá-lo a pensar, sentir, agir e viver como gente. Assim, o livro Jogos Cooperativos, de Jader Denicol do Amaral, aparece com o intuito de mostrar que os jogos cooperativos têm uma função no processo educativo e na construção do ser humano, com base nos valores da solidariedade, da colaboração, da integração; visando sempre à realização e ao

ISBN 978-85 -7655-240-6

9 788576 552406

bem-estar de todos.



Jogos Cooperativos 4ª edição Revisada e Ampliada


Instituto Phorte Educação Phorte Editora Diretor-presidente Fabio Mazzonetto Diretora Executiva Vânia M. V. Mazzonetto Editor Executivo Tulio Loyelo


Jogos Cooperativos 4ª edição Revisada e Ampliada

Jader Denicol do Amaral

São Paulo, 2009


Jogos Cooperativos Copyright © 2004, 2007, 2009 by Phorte Editora 4ª edição Rua Treze de Maio, 596 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP: 01327-000 – Brasil Tel/Fax: (11) 3141-1033 Site: www.phorte.com Email: phorte@phorte.com

Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios eletrônicos, mecânico, fotocopiado, gravado ou outro, sem autorização prévia por escrito da Phorte Editora Ltda.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________________ A514j 4.ed. Amaral, Jader Denicol do, 1966Jogos cooperativos / Jader Denicol do Amaral. - 4.ed. rev. e ampl. - São Paulo : Phorte, 2009. 242p. Inclui bibliografia ISBN 978-85-7655-240-6 1. Jogos em grupo. 2. Dinâmica de grupo. I. Título. 09.3036.

CDD: 793 CDU: 793

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Impresso no Brasil Printed in Brazil

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Colaboradores Alexandre Mendonça de Moura Andresa Ramona Dalsotto Bárbara Brandt Fabiana Bulgarini D’Elci Gerhardt Fernanda I. Bittencourt Andrade Gislaine Venancio Miranda do Amaral Guilherme Marcos Nogueira Jaqueline Antunes Palma Karina Dohms Luciana Fernandes Oscar R. Pignone Silva Patrícia Silveira Ferreira Renata Höher Dorneles Rodrigo Sant’anna da Costa Vivianne Vylma Rocha Toscano de Brito

Créditos Capítulo I – Jader Denicol do Amaral Capítulo II – 1. Jader Denicol do Amaral 2. Bárbara Brandt / Guilherme Marcos Nogueira 3. Bárbara Brandt / Guilherme Marcos Nogueira 4. Jader Denicol do Amaral Capítulo III – Fabiana Bulgarini D’Elci Gerhadt Capítulo IV – Fernanda I. Bittencourt Andrade Capítulo V – Patrícia Silveira Ferreira/Viviane Vylma Rocha Toscano de Brito



Conviver=(Eu+Tu)alegria=Cooperação Nós CEREUS ECO – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO www.cereus.com.br cereus@cereus.com.br jader@cereus.com.br gislaine@cereus.com.br



Dedicatória Dedico este livro ao nosso canto e recanto CEREUS. Espaço de vida, natureza e muitas alegrias. Ofereço à minha esposa, pela dedicação, paciência, parceria e amor. Agora tudo é diferente....aos meus filhos Pietro, Lucca e a mais nova luz que esta chegando...Jady. Incentivadores da vida e da felicidade......muitos sorrisos. A minha família, pelo apoio, pelo exemlplo e amor. Tudo é possível. Um grande abraço cooperativo para todos.



Agradecimentos A nossa vida é só agradecimentos, pois vivemos, crescemos, realizamos e amamos pelo outro. Como diz alguém que não recordo agora, “a vida só é vida, quando vivida e envolvida na vida de outra vida”. Agradecemos ao mundo inteiro e principalmente aquele que tornou tudo possível...Deus. Ao meu Pai, uma homenagem ao grande mestre que nos deixou suas grandes riquezas... o sorriso, a alegria, a simplicidade, a amizade, a compaixão, a justiça, o amor e o exemplo. (In memoriam) Aos amigos Guilherme, Rafael Grassi e Paulo Porto, pela amizade, presteza, lealdade, solidariedade e disposição de construir um mundo melhor. Ao grande amigo e incentivador desse trabalho o prof. Dr. Rogério Voser. Toda felicidade do mundo na nova caminhada.



Apresentação construindo um mundo melhor Este livro é o resultado da vontade e iniciativa de um grupo de estudantes universitários, através da cooperação, com o intuito de contribuir na divulgação do tema – JOGOS COOPERATIVOS –, que no Brasil teve início nos anos 80 com seu grande incentivador Fábio Otuzi Brotto, e na construção de um mundo em que todos possam viver melhor. Trata-se de um trabalho modesto que tenta problematizar o assunto e levantar algumas questões na tentativa de sensibilizar as pessoas na busca de caminhos alternativos que venham enriquecer a dinâmica de relações, culminando com uma prática mais eficaz, participativa e solidária. Acreditamos nos jogos cooperativos como potencializadores dos valores humanos essenciais, no resgate de uma convivência mais harmoniosa, baseada no amor, na compaixão e tolerância e como uma alternativa pedagógica mais humanizadora.



Prefácio Fico muito gratificado por prefaciar a obra do professor Jader Denicol do Amaral, pois acompanho sua trajetória como colega em várias Universidades, onde já lecionamos juntos. Muitas vezes brincávamos que convivíamos mais juntos, trabalhando, do que com nossas próprias famílias. Em razão disto, fui um dos incentivadores para que esta obra fosse escrita, pois, através da mesma, o autor pode compartilhar com os colegas e leigos toda sua experiência em jogos cooperativos. Sua vivência como professor; seu grupo de estudos; cursos de extensão em congressos, em prefeituras e empresas; e, por último, a elaboração de um Curso de Especialização em Recreação, Lazer e Jogos Cooperativos, o qualificam e, da mesma forma, o obrigam discorrer sobre este tema tão instigante para nós profissionais que acreditamos no poder pedagógico que qualquer tipo de atividade grupal possui. Para muitos a cooperação é o oposto de competição; são tendências antagônicas. Pela minha experiência, sem radicalismos, acredito que as mesmas podem conviver juntas harmonicamente, uma vez que ambas trazem benefícios para a construção de valores do seu praticante. Ao disputarmos uma partida de futebol, por exemplo, necessitamos da colaboração dos companheiros da equipe. Neste ambiente, devemos estar unidos em torno de um objetivo em comum; cada praticante deverá contribuir com o seu talento, sua doação, enfim, cooperação. O professor deve ser um mediador, oportunizando diversas metodologias que possibilitem este crescimento global do indivíduo. É importante vencer junto com o outro, é importante saber ganhar e, principalmente, saber também conviver com a derrota. Neste livro, com um amplo referencial teórico bem como muitas atividades cooperativas, o leitor poderá ampliar seus conhecimentos a respeito dos “Jogos Cooperativos” e aplica-los nas mais diversas áreas do desenvolvimento das relações do ser humano. Parabéns colega, que Deus ilumine mais esta tua iniciativa. Do amigo, Rogério da Cunha Voser.



Cooperando fui, descobri sorrisos, Sorrindo fui, descobri o outro, O outro foi, O que faltava em mim. Rafael Grassi, 2003



Sumário

Introdução...................................................................21 Capítulo I PRIMEIROS CONTATOS....................................................25 Capítulo II ENTENDENDO OS JOGOS COOPERATIVOS.......................27 Capítulo III JOGOS COOPERATIVOS E EXPRESSÃO CORPORAL..........39 Capítulo IV JOGOS COOPERATIVOS NAS ORGANIZAÇÕES.................47 Capítulo V JOGANDO COM TODOS....................................................51 Capítulo VI JOGANDO COM O OUTRO................................................55

REFERÊNCIAS ..................................................................97



O que se vê lá de cima é tão simples e belo que não posso deixar de sentir que maravilhoso para a espécie humana – a libertaria de tanta mesquinharia e pequenez, se mais pessoas voassem. (Georgia O’Keeffe)

Introdução É com muito carinho e satisfação que renovo a minha felicidade de poder compartilhar com os meus alunos universitários “o encontro”. Um encontro com o outro e um re(encontro) consigo mesmo, caracterizado pela descontração, amizade, carinho e vontade de ser, fazer, mudar e crescer. Um espaço de criação e crescimento em um momento muito importante das nossas vidas como seres humanos e do mundo caracterizado como a nossa casa. Viver em uma época como a que vivemos, lidando com tantas crises, mudanças, problemas e expectativas, se faz necessário estarmos bem preparados para as exigências da vida moderna. Uma vida que exige do ser humano, uma adaptação contínua às novas circunstâncias e que aprenda e re-aprenda permanentemente. Uma pessoa que conhece muita gente, uma pessoa que tem que gostar de gente, gente de todas as idades, raças, ideologias e manias. Ser humano, uma pessoa que se dedica ao crescimento do outro, que compartilha sentimentos, desejos e frustrações. Uma pessoa que deve estar preparada a cada instante, porque as mudanças são muitas e muito rápidas. Uma pessoa que se relacione bem com o outro e que seja competente na sua ação, para então, tentar ajudar essa gente a pensar, sentir, agir e viver como gente. Conviver é facilitar um processo que busca o desenvolvimento pessoal, social e profissional durante toda a vida do


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indivíduo, com a finalidade de melhorar sua qualidade de vida e da coletividade. Para isso, temos, mais do que nunca, o dever de resgatar o humano. O humano caracterizado pela paz, pelo amor e pela solidariedade, pois somos uma comunidade de pessoas. E esse resgate, encontra uma pessoa que independente de sua idade cronológica, é sempre colocada à prova, e ao ser colocada à prova, passa por crises, transformações e modificações que envolvem muitos aspectos que às vezes não nos damos conta e que tem uma importância fundamental, que são por exemplo, as mudanças de papéis frente as diferentes situações que a vida nos coloca. E nos é cobrado diante desses papéis uma grande maturidade. Somos pessoas que sempre estamos começando nossas vidas e nossas relações interpessoais. Temos que aprender a trabalhar o erro, o desequilíbrio. O conflito e a crise são momentos fundamentais para o crescimento como pessoa e especialmente o seu crescimento em grupo. Sejamos tolerantes e pacienciosos. Um outro aspecto importante é a auto-realização. Temos que criar condições para que as pessoas desenvolvam a capacidade de auto-realização, que pressupõe, no meu entendimento, chegar a ser algo realmente importante para nós mesmos e quando fazemos isso colaboramos para o crescimento das outras pessoas. Enfim, uma pessoa que saiba viver em comunidade, pois somos comunicação essencial. E nessa comunicação devemos criar pontes de acesso ao outro através do que temos em comum e deixar de lado as diferenças que criam os muros, o preconceito. Devemos estimular mais o sorriso, recriar os ambientes de aprendizagem fomentando a dinâmica integrativa. Não devemos esquecer de fazer sempre essas perguntas. Que tipo de pessoas eu quero para amanhã? Que tipo de sociedade eu quero ajudar a construir? É uma missão difícil, cheia de desafios e muito enriquecedora. A construção do humano é uma questão impreterível, porque significa a reconstrução dos valores, para o desenvolvimento da existência humana alicerçada no amor através da criação, recriação, inovação e principalmente da ousadia de mudar.


Introdução

Estamos diante de um contexto que nos exige soluções coletivas, criativas e cooperativas. Necessitamos recriar a forma de vermos o mundo e as nossas dinâmicas de interação social para que resultem numa dimensão ampliada da convivência humana, resgatando nosso potencial para vivermos juntos e compartilharmos o nosso espaço social, político e de lazer. Nesse sentido, elegemos o jogo cooperativo como um instrumento de articulação e promoção do processo educativo, onde se destacam algumas de suas principais características que é a alegria e a inclusão. Todos participam, todos ganham e todos se divertem. É um jogo que tem como fundamento levar em consideração as condições, as qualidades e as características individuais de cada pessoa. O importante é o soma de esforços para, com eficiência, realizarmos e solucionarmos as tarefas propostas através da cooperação. Ao trabalharmos com esse tipo de estrutura cooperativa, nós temos a difícil missão de compartilhar as alegrias, perdas e realizações não somente com parte do grupo, como acontece nas estruturas competitivas, mas com todos os integrantes. Os Jogos Cooperativos são um forte instrumento para promover a integração, socialização e manifestação dos valores e emoções que levam à realização e ao bem-estar de todos. Além de potencializar a criatividade e a espontaneidade, os Jogos Cooperativos auxiliam na criação de uma consciência humanitária, que ao valorizar a participação e o esforço do outro, constitui-se em um trabalho de crescimento mútuo, contribuindo através dos valores positivos com a sociedade para uma melhor qualidade de vida e a construção de um mundo melhor.

você me sufoca: Sempre que reprimo meus desejos, Porque todos vigiam a tudo, Para que ninguém faça o que seria bom que todos fizessem... Amar, cantar e dançar. Gaiarsa

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I

Nunca duvide da força de um pequeno grupo de pessoas para transformar a realidade. Na verdade eles são a única esperança De que isso possa acontecer. Margaret Mead

PRIMEIROS CONTATOS A intenção desse livro é mostrar, por meio de uma proposta cooperativa, outras possibilidades, outros caminhos de promover um desenvolvimento humano mais enriquecedor e eficaz.

1. Acessando o Grupo

Quando entramos em contato com um grupo para desenvolvermos um trabalho, é muito importante levarmos em consideração algumas orientações que irão facilitar o desenvolvimento e a continuidade da proposta: • Conhecer as necessidades e limitações dos membros do grupo; • Encontrar o melhor caminho para entender o grupo e cada indivíduo; • Alguns integrantes apresentam dificuldades de se relacionar com outras pessoas; • Idade cronológica.

2. Selecionando uma Atividade

Escolher uma atividade não é uma tarefa muito fácil. Devemos ter atenção aos objetivos e à estrutura da proposta: • Adequação das atividades às necessidades do grupo; • Adequação das atividades ao ambiente;


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• Atividades com nível de dificuldade gradativo; • Atividades que proporcionem um incremento no nível de motivação e cooperação do grupo;

3. Conduzindo a Atividade

Permita que o grupo explore todas as possibilidades que surgem durante a atividade. É aconselhável ficar atento às percepções dos participantes, pois isso enriquece a nossa forma de contribuir com o grupo. • proporcionar uma discussão durante a atividade em que o grupo perceba o seu próprio desenvolvimento. • permitir que a atividade se desenvolva naturalmente no ritmo do grupo; • preparar o grupo para o tipo de atividade a ser realizada.

4. Conduzindo a Discussão

Temos várias possibilidades de intervenção que podem favorecer o bom andamento de uma discussão. Partindo de uma crítica de nossos alunos e de uma reflexão de nossa prática, estaremos contribuindo para um melhor entendimento das vivências realizadas. • organizar o grupo em círculo; • ser flexível, tentando entender os diferentes sentimentos em reação à atividade; • sempre dar retorno de cada observação realizada. • encerrar a discussão com aspectos positivos.


II

Podemos chorar, implorar desesperadamente para que o tempo se congele, mas ele é surdo a qualquer apelo e, com muita pressa, segue em frente. Sobre os ossos petrificados e os restos amontoados de inúmeras civilizações estão as palavras patéticas: “Tarde de mais! Martin Luther King Jr.

ENTENDENDO OS JOGOS COOPERATIVOS 1. O que são Jogos Cooperativos?

Os jogos cooperativos são atividades que requerem um trabalho em equipe para alcançarem metas mutuamente aceitáveis. Não é necessário que os indivíduos que cooperam tenham os mesmos objetivos, porém seu alcance deve proporcionar satisfação para todos os integrantes do grupo. O jogo cooperativo busca aproveitar as condições, capacidades, qualidades ou habilidades de cada indivíduo, aplicá-las em um grupo e tentar atingir um objetivo comum. O mais importante é a colaboração de cada um, é o que cada um tem para oferecer naquele momento, para que o grupo possa agir com mais eficiência nas tarefas estabelecidas. Esse tipo de jogo traz uma alternativa ao jogo de competição, onde, algumas vezes, o outro passa a ser um obstáculo ao qual tenho que passar a qualquer custo para atingir o meu objetivo. O jogo é um espaço riquíssimo onde se produzem infinitas situações que exigem a participação na solução de problemas. Essa busca para solucionar problemas, característica fundamental da estrutura cooperativa, implica em um processo de exploração, escolha e, finalmente, tentar responder a algumas questões (O que fazer? Como fazer? Quando fazer? Onde atuar?) para definir a ação.


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Assim, o processo de participação no jogo pode resultar em um enriquecimento e crescimento, tanto pessoal como do grupo e das próprias atividades propostas. Os jogos cooperativos propõem a busca de novas formas de jogar, com o intuito de diminuir as manifestações de agressividade nos jogos, promovendo atitudes de sensibilidade, cooperação, comunicação, alegria e solidariedade. A esperança, a confiança e a comunicação são as principais características dos jogos cooperativos. O jogo cooperativo busca a integração de todos, a alegria, a valorização do indivíduo na construção do processo de participação. Os jogos cooperativos buscam incluir e não excluir, como diz Brown.¹ Cabe recordar que entendemos os jogos cooperativos como componentes essenciais de um projeto educativo baseado na cooperação e resolução pacífica dos conflitos, onde os meios empregados não sejam inadequadamente éticos. Para Broto,² a convivência, a consciência e a transcendência são os principais eixos da pedagogia cooperativa. • Convivência: a vivência compartilhada como contexto principal para a aprendizagem no processo de reconhecimento de si mesmo e dos outros. • Consciência: a reflexão sobre a vivência e as possibilidades de modificar atitudes, na perspectiva de melhorar a participação, o prazer e a aprendizagem. • Transcendência: ajudando a sustentar a disposição para dialogar, decidir em consenso, experimentar as mudanças propostas e integrar, no jogo e na vida, as transformações desejadas. Todos os participantes, em lugar de competir, aspiram uma finalidade comum, trabalhando juntos, onde os jogadores combinam suas diferentes habilidades unindo seus esforços para conseguir atingir um determinado objetivo. A criança jogará pelo prazer de jogar. Não por uma vitória, e sim pelo divertimento sem a ameaça de não atingir o objetivo. Nos jogos cooperativos os companheiros se vêem como companheiros de jogo com relações de igualdade onde todos são protagonistas.



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Jogos Cooperativos, de Jader Denicol do Amaral, é resultado da vontade e auxiliar na construção de um mundo em que todos possam viver melhor.

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Trata-se de um livro que tenta problematizar o assunto Jogos Cooperativos

moderna. Uma vida que exige do ser

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Jader Denicol do Amaral é graduado em Educação Física e mestre em Ciências do Movimento Humano pela Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É professor das disciplinas de Lazer e Recreação, Jogos Cooperativos e Atletismo do curso de Educação Física e coordenador da Pós-Graduação em Lazer Recreação e Jogos Cooperativos da PUC/RS. O professor Jader é diretor da empresa Planeta Cooperação, especializada em desenvolvimento humano.

revisada e atualizada

humano uma adaptação contínua às novas circunstâncias e em que

relações, culminando em uma prática mais eficaz, participativa e solidária.

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Apresenta também uma série de exemplos de jogos cooperativos, que

temente. Ser humano, uma pessoa

podem ser aplicados a qualquer grupo onde se faça necessário o aprimoramento de valores como a colaboração, a integração e a solidariedade, tão importantes nos dias de hoje.

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problemas e expectativas, se faz necessário estarmos bem prepara-

busca de caminhos alternativos que venham enriquecer a dinâmica de

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lidando com tantas crises, mudanças,

e da iniciativa de um grupo de universitários, com o intuito de divulgar o tema

e levantar algumas questões na tentativa de sensibilizar as pessoas na Lucca, Pietro e o prof. Jader

Vivemos em uma época em que,

que se dedica ao crescimento do outro, que compartilha sentimentos, desejos e frustrações; que se relacione bem com o outro e seja competente na sua ação, para então tentar ajudá-lo a pensar, sentir, agir e viver como gente. Assim, o livro Jogos Cooperativos, de Jader Denicol do Amaral, aparece com o intuito de mostrar que os jogos cooperativos têm uma função no processo educativo e na construção do ser humano, com base nos valores da solidariedade, da colaboração, da integração; visando sempre à realização e ao

ISBN 978-85 -7655-240-6

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