Anais Trabalhos e Resumos

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II ENCONTRO INTERINSTITUCIONAL DO PIBID/UFU/UFTM

RESUMOS 10 - 11 de outubro, 2012, Uberl창ndia, MG 1


II ENCONTRO INTERINSTITUCIONAL DO PIBID/UFU/UFTM 10 - 11 de outubro, 2012, Uberlândia, MG ISSN: XXXXXXXXX

ANAIS/RESUMOS Apoio:

Uberlândia UFU – PROGRAD 2013 2


II ENCONTRO INTERINSTITUCIONAL DO PIBID/UFU/UFTM 10 - 11 de outubro, 2013, Uberlândia, MG ISSN: XXXXXXX

ANAIS/RESUMOS

Organizadores: Daisy Rodrigues do Vale Vlademir Marim Marilí Peres Junqueira Deividi Márcio Marques Maria Célia Borges

Uberlândia UFU – PROGRAD 2011 3


Universidade Federal de Uberlândia Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD) – Diretoria de Ensino Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Av. João Naves de Ávila, 2121 – Campus Santa Mônica CEP 38.408-100 – Uberlândia/MG Reitor: Elmiro Santos Resende Pró-reitor de graduação: Marisa Lomônaco de Paula Neves Universidade Federal do Triângulo Mineiro Pró-reitoria de Ensino Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência Av. Frei Paulino, 30 – Bairro Abadia CEP 38.025-180 – Uberaba/MG Reitor: Virmondes Rodrigues Junior Pró-reitor de ensino: Acir MárioKarwoski Realização: Pró-Reitoria de Graduação – UFU Diretoria de Ensino – UFU Divisão de Licenciatura – UFU PrópReitoria de Ensino – UFTM Coordenação PIBID/UFU Coordenação PIBID/UFTM Coordenação Geral do evento Daisy Rodrigues do Vale – UFU Maria Célia Borges – UFTM

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) _________________________________________________________

_________________________________________________________ Elaborado pelo Sistema de Bibliotecas da UFU / Setor de Catalogação e Classificação

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ANAIS DO II ENCONTRO INTERINSTITUCIONAL DO PIBID/UFU/UFTM ORGANIZADORES: Daisy Rodrigues do Vale – UFU Vlademir Marim – UFU Marili Peres Junqueira – UFU Deividi Márcio Marques – UFU Maria Célia Borges – UFTM Sandra Maria Dantas – UFTM Marinalva Vieira Barbosa – UFTM Fernanda Borges de Andrade Dantas – UFTM Realização: CAPES

UFU

UFTM

PROGRAD

PIBID

Comissão Científica Betânia de Oliveira Laterza Ribeiro Claudia Machado Coutinho Freitas Cristiane Coppe de Oliveira Daisy Rodrigues do Vale Deividi Marcio Marques Emerson Luiz Gelamo Fernanda Borges de Andrade Dantas Francielle Amâncio Pereira Jose Gonçalves Teixeira Junior Karina Klinke Luciane Ribeiro Dias Gonçalves Maria Beatriz Junqueira Bernardes Maria Célia Borges Marilí Peres Junqueira Marilia Beatriz Ferreira Abdulmassih 6


Marinalva Vieira Barbosa Milton Antônio Auth Mirian Maria Andrade Gonçalez Neiva de Castro Cardoso Andraus Renata Carmo de Oliveira Sandra Mara Dantas Sandro Prado dos Santos Vilma Aparecida Souza Vlademir Marim

Convidados do II Encontro Interinstitucional do PIBID Alessandra de Assis – Coordenadora Institucional do PIBID/UFBA Ana Lúcia Queiroz de Assis Galotta - Coordenadora Institucional do PIBID/UFAM Cristiane Silva França - Coordenadora Institucional do PIBID/UEMG Eduardo Sales de O. Barra - Coordenador Institucional do PIBID/UFPR Helena Maria dos Santos Felício - Coordenadora Institucional do PIBID/UNIFAL Irene Cristina de Mello - Coordenadora Institucional do PIBID/UFMT Márcia de Almeida Gonçalves - Coordenadora Institucional do PIBID/UERJ Mirian do Amaral Jonis Silva - Coordenadora Institucional do PIBID/UFES Mirian Pacheco Silva - Coordenadora Institucional do PIBID/UFABC Wagner Auarek - Coordenador Institucional do PIBID/UFMG

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SUMÁRIO 1.Apresentação............................................................................................................... 26 Guimes Rodrigues Filho 2.Prefácio........................................................................................................................ 29 Daisy Rodrigues do Vale e Maria Célia Borges

1. UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE AS CONCEPÇÕES DOS ESTUDANTES SOBRE A ESTRUTURA DA MATÉRIA E OS ÍONS, REALIZADA NO ÂMBITO DO PIBID. Juscelino Pereira da Silva; José Gonçalves Teixeira Júnior.......................................... 31 2. CONSTRUÇÃO DE MATERIAL CURRICULAR: UMA EXPERIÊNCIA DOS BOLSISTAS DO SUBPROJETO EDUCAÇÃO FÍSICA. Mayara M. Belarmino; Larissa R. Duarte; Èlida R. de Jesus; Bruno Marques ............ 33 3. QUALQUER CHAVÃO ABRE PORTA GRANDE?: A EXPRESSIVIDADE DE DITADOS POPULARES E DE CLICHÊS Jéssica da Silva Belucci; Giuliene Fernandes Stefani.................................................... 35 4. ANÁLISE DOS FATORES QUE DIFICULTAM O PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO POR BOLSISTAS PIBID Thalita F. Rodrigues Silva; Diele A. G. Araújo; José G. T. Júnior................................ 36 5. O RAP DA LEISHMANIOSE: A MÚSICA COMO CANAL DIRETO PARA A VEICULAÇÃO DE MENSAGENS Martes Alem Souza; Angélica Maria Escavassa............................................................ 38 6. PROJETO DROGAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS Suéllen Fernandes Carrijo; Thaís Ferreira Rocha; Olenir Maria Mendes...................... 40 7. SOLETRANDO: UMA ALTERNATIVA METODOLÓGICA PARA A APRESENTAÇÃO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Isabela Garcia; Beatriz Cuim.......................................................................................... 42 8. O JORNAL MURAL COMO ESPAÇO DE INTERAÇÃO Priscila R. Lopes; Lucas de C. Morilhas; Flávia Martins da Cruz ................................ 43 8


9. MINICURSO SOBRE METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE QUÍMICA – RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO ÂMBITO DO PIBID Jucelaina A. de L. Mendes; Tatiane A. S. Rocha; Nayara F. de Freitas; José G. T. Júnior............................................................................................................. 45 10. O CINEMA COMO LINGUAGEM REFLEXIVA Jéssica Latorre Genari.................................................................................................... 47 11. ANÁLISE DAS OPINIÕES DOS ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA QUANTO A PARTICIPAÇÃO DOS BOLSISTAS PIBID/QUÍMICA/PONTAL EM SALA DE AULA Aline P. Macêdo; Ana Paula S. Oliveira; Julieta H. K. Dib; José Gonçalves T. Júnior................................................................................................ 48 12. PROPOSTA DE UM JOGO DIDÁTICO ELABORADO POR BOLSISTAS PIBID PARA O CONTEÚDO DE LIGAÇÕES QUIMICAS: “DOMINÓ DAS LIGAÇÕES” Ana Paula Sabino Oliveira; Aline Pereira Macêdo; José Gonçalves Teixeira Júnior...................................................................................... 50 13. O TEMA ÁGUA EM UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA UMA TURMA DE 2° ANO DO ENSINO MÉDIO Tatiane A. Silva Rocha; Maila Maria D. Moreira; José Gonçalves Teixeira Júnior...... 52 14. A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA COMO TEMA INTERDISCIPLINAR E FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM Núbia Aparecida Santos Neves; Jéssica Azevêdo Vieira; José Gonçalves Teixeira Júnior...................................................................................... 54 15. AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Bruno Benhocci Santana; Taíza Maschio de Lima; Marisa Maurício Carrasco Dionísio............................................................................... 56 16. UMA EXPERIÊCIA COM O USO DE MATERIAL PEDAGÓGICO NO ENSINO DA TABUADA Claudinéia L. Santana Pavanelli; Renata de O. Navarro; Milena A. Batelo Ramos...... 58 17. A MONITORIA COMO UM ELEMENTO ESSENCIAL NA FORMAÇÃO DE FUTUROS DOCENTES EM QUÍMICA Jackelinne C. de Lima; Mariana L. Cabral; Julieta H. K. Dib; José Gonçalves T. Júnior................................................................................................ 60 9


18. OS ALUNOS COMO PROTAGONISTAS NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM SOBRE O TEMA PILHAS E BATERIAS Jennifer Felipe Brito; José Gonçalves Teixeira júnior................................................... 62 19. PROPOSTA DE ATIVIDADE ENVOLVENDO EXPERIMENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DE MODELOS PARA O ENSINO DO PRINCÍPIO DE LE CHATELIER Rosane Mayara Andrade Costa; Aline Pereira Macêdo; José Gonçalves Teixeira Júnior...................................................................................... 64 20. BIOGRAFIA, AUTOBIOGRAFIA E LINHA DO TEMPO: ATIVIDADE DESENVOLVIDA COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Adair Fernandes David Júnior; Tatiane Helena da Costa.............................................. 66 21. O USO DA CHARGE COMO UMA NOVA METODOLOGIA PARA TRABALHAR POLÍTICA EM SALA DE AULA Karine Ferreira de Moraes............................................................................................. 68 22. RELAÇÃO COM A MATEMÁTICA DE ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA Luana Mitsui Segawa; Alex Vieira Ramos................................................................... 70 23. PIBID: INCENTIVANDO A LEITURA ATRAVÉS DE FÁBULAS Poliana T. Ribeiro; Arione G. Júnior; Denize de A. Oliveira; Rosiene de Jesus Costa................................................................................................. 72 24. CONCEPÇÃO DOS ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA EM RELAÇÃO AO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA Ana Carolina C. Oliveira e Sousa; Erica C. da Silva; Tania Maria Furtado de Faria....................................................................................... 74 25. A PRODUÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS “RESUMO” E “RESENHA” NO ENSINO MÉDIO Viviane Miki Oda; Isabella Borges Mendes................................................................ 76 26. A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DE BOTÂNICA Kamila A. M. Gonçalves; Letícia A. Alves; Anésia Marina S. Santos; Simone Acrani............................................................................................................. 78

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27. ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA FÍSICA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR CHAVES. Letícia A. Lemes; Amanda P. Silva; Eliziane V. Ferro; Jonathan O. Rios; Julian C. G. S. Junior; Leandro S. Rodrigues; Mateus G. Silva; Naira R. Pithan; Paulo R. Faquinelli; Sandra R. Freitas; Tatiane B. Martins; Priscila M. Gomes; Simone Acrani.................. 80 28. AULA PRÁTICA COMO NOVAS METODOLOGIAS PARA A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DE BOLOGIA Amanda P. Silva; Eliziane V. Ferro; Julian C. G. S. Junior; Leandro S. Rodrigues; Letícia A. Lemes; Mateus G. Silva; Naira R. Pithan1; Paulo R. Faquinelli; Sandra R. Freitas; Tatiane B. Martins; Priscila M. Gomes; Simone Acrani................................... 82 29. O USO DO MURAL COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Julian C. G. S. Junior; Jonathan O. Rios; Leandro S. Rodrigues; Mateus G. Silva; Paulo R. Faquinelli; Tatiane B. Martins; Priscila M. Gomes; Simone Acrani............... 84 30. O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PIBID/SUBPROJETO BIOLOGIA: NOSSA EXPERIÊNCIA COM JOGOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE GENÉTICA Ana Claudia Silveira; Helen Diane S. Gomes Silva; Karen Ferraz Faria; Patrícia M. Miranda; Talita Moura Franco; Patrícia Silva da Costa Alves; Sandro Prado Santos...................................................................................................... 85 31. ELABORAÇÃO DE LIVRETO ANIMAL: A DESCONSTRUÇÃO E A RECONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE OS VERTEBRADOS Drayna Versone; Eliziane V. Ferro; Simone Acrani..................................................... 87 32. OS DESCRITORES DE LÍNGUA PORTUGUESA: DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS Henrique Campos Freitas; Rosa Maria da Silva; Sandra Eleutério Campos Martins.... 88 33. REALIZAÇÃO DO MINICURSO “JOVENS CIENTISTAS” DURANTE AS ATIVIDADES DO PIBID-BIOLOGIA-UFTM Sandra Regina de Freitas; Juliana Aline de Souza Costa; Anésia Marina S. Santos; Simone Acrani................................................................................................................ 90 34. PRÁTICA DE ENSINO EM AULAS DE ALFABETIZAÇÃO Tereza Raquel Fiorile Nogueira; João Vicente Escremin; Dione Maribel L. Figueiredo; Juliane C. Mendes; Talita T. de Oliveira; Mislene da C. Oliveira ................................ 92

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35. O PROJETO PIBID DE LÍNGUA INGLESA DA UFMG: PROPOSTA DE EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA Andréa Machado de Almeida Mattos; Márcia Cristina Ferreira Silva; Charles André da Silva; Gabriel Víctor Mendes Braga; Nicole Pires Maciel; Pollyanna Aparecida Ferreira......................................................................................... 94 36. TRAMAS EM PAPEL Marta Prata Soares......................................................................................................... 96 37. VISUALIDADES ÉTNICAS: A CRIAÇÃO DE NOVAS METODOLOGIAS E MATERIAIS DIDÁTICOS. Raquel Mello Salimeno de Sá; Marcelo Messias Ponchio............................................ 98 38. ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA STOPMOTTION NO ESTUDO SOBRE EFEITO ESTUFA. Marina de A. Caldeira; Pedro de A. T. Macari1; Vera L. Bonfim Tiburcio................ 100 39. PIBID ESPANHOL: UM TRABALHO SOCIOEDUCATIVO NA CONSTRUÇÃO DO CIDADÃO Ariadne Bernardes Novaes; Camila Elias Ferreira da Silva; Michelle Ramos Ferreira; Rosanna Cinthya dos Santos Oliveira ........................................................................ 102 40. OFICINA DE CRÔNICA: A PRODUÇÃO TEXTUAL COMO MEIO FACILITADOR NO EXERCÍCIO DA ESCRITA E DESENVOLVIMENTO CRIATIVO DO GÊNERO LITERÁRIO NO ÂMBITO ESCOLAR Ariane Silva Alves Martins; Joelice Pardinho da Silva; Heloísa Maria Marques Lessa...................................................................................... 104 41. UMA CONTRIBUIÇÃO DO PIBID PARA A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE FÍSICA: UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE ÓPTICA Emerson Luiz Gelamo; Gilberto Ezer da Silva ........................................................... 106 42. NOVAS TECNOLOGIAS: UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE FÍSICA. Emerson Luiz Gelamo; Quesia Silva Ribeiro; Yakyma Matos Damasceno................ 108

43. A INTERNET COMO RECURSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA Fernanda R. Ferreira; Maria Isabel S. L. Marques; Pollyana Araújo; Elizandra Zeulli............................................................................................................ 110 12


44. DA ORALIDADE À ESCRITA Ana Marcia Pereira de Almeida Zacarias; Renata Cristina Stephanuto....................... 112 45. ¿CUÁL ES SU CONOCIMIENTO? – VALORIZANDO AS EXPERIÊNCIAS INDIVIDUAIS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA Bruna L. Garcia; Francyellen K. C. Ferreira; Rebeca de C. Murtinho; Elizandra Zeulli............................................................................................................ 113 46. O JORNAL ESCRITO E SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO DE DIVERSOS GÊNEROS TEXTUAIS. Sandra E. C. Martins; Heloísa M. M. Lessa; Adriana N. Coelho; Camila S. dos Santos.................................................................................................... 115 47. CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTÍMULO A LEITURA E ESCRITA SOBRE CIÊNCIAS COM ALUNOS DE 7º ANO Camila de Oliveira Assugeni; Gabriela Cunha; Vera Lúcia B. Tiburcio..................... 117 48. A LÍNGUA ESPANHOLA NOS EXAMES VESTIBULARES: UMA OPÇÃO PARA O CANDIDATO Mayra Natanne Alves Marra; Maria Cecília Mahmed Resende; Elizandra Zeulli....... 119 49. O USO DE ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA COMO UMA ESTRATÉGIA DE MOTIVAÇÃO PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Jossiane Cristina de Jesus; Lorena Cordeirode Paula; Elizandra Zeulli........................ 121 50. PROJETO CONHECER PARA TRANSFORMAR Carla Virgínia Almeida Silva; Jéssica Rodrigues Gonzaga......................................... 123 51. CONTRIBUIÇÕES DA MEDIAÇÃO DE OFICINAS NO ENSINOAPRENDIZAGEM EM EVOLUÇÃO BIOLÓGICA Karina Adriele Pereira Nunes; Bárbara Módena Tódero; Luciana Resende Allain..... 124 52. PRODUÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID/BIOLOGIA PONTAL: IMPACTOS NA FORMAÇÃO INICIAL, NO CURSO DE LICENCIATURA E NA EDUCAÇÃO BÁSICA Karen Ferraz Faria; Patrícia Miguel Miranda; Patrícia Silva Costa Alves; Helen Diane Siqueira Gomes Silva; Ana Cláudia Silveira; Sandro Prado Santos............................ 126 13


53. O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS E ENSINO DE HISTÓRIA NO PIBID Júlio César do Carmo de Sá.......................................................................................... 128 54. PERCURSOS PROMISSORES PARA O ENSINO DE LÍNGUA FRANCESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS. Zuleika da Costa Pereira............................................................................................... 130 55. BISCUIT: ATIVIDADE DE INTEGRAÇÃO COM A COMUNIDADE E O AMBIENTE ESCOLAR Daiene O. Severino; Denici Laura C. Bolsista; Bruno Guimarães da Silva; Ana Carolina de A. Pereira; Isadora Gois Lima; Lêda Franco M. Andrade; Sandro Prado Santos..................................................................................................... 136 56. JOGO DA VELHA BIOLÓGICO COMO UMA FORMA ESTRATÉGICA DE APRENDIZAGEM SOBRE VERTEBRADOS Ana Carolina de A. Pereira; Bruno G. da Silva; Daiene Oliveira Severino; Denici Laura Carvalho; Isadora Gois Lima; Lêda Franco M. Andrade; Sandro Prado Santos......... 138 57. INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO ENSINO MÉDIO: EDUCAÇÃO FÍSICA Lucier F. Barboza; Mateus Petrachini Terra; Rodrigo O. de Souza; Jean Carlo Moreira de Souza; Larissa A. Santos Matias; Denise Rodrigues; Rayanne Fonseca Dias; Solange Rodovalho Lima; Sônia Bertoni; Gustavo Abdulmassih Cunha Borges...................... 140 58. MAFALDA E CIDADANIA: AÇÕES, DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL, DO PIBID/SUBPROJETO BIOLOGIA POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Denici Laura Carvalho; Ana Carolina de Alcântara; Bruno Guimarães da Silva; Daiene Oliveira Severino; Isadora Gois Lima; Lêda Franco Martins Andrade; Sandro Prado................................................................................................................. 142 59. O PIBID-LETRAS/UEM E O ENSINO DE LITERATURA EM COLÉGIOS DA REDE ESTADUAL DE MARINGÁ-PR Jéssica Fernanda de Oliveira Silva; Rhaysa Ricci Correa............................................ 144 60. POR QUE ENSINAR O GÊNERO DA DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA NO ENSINO MÉDIO Josiane Amaral de Amorim. Cardoso F. M. ................................................................ 146

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61. EXPERIÊNCIAS EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: AÇÕES DO PIBID/SUBPROJETO BIOLOGIA PONTAL COM ALUNOS/AS DO ENSINO MÉDIO Denici Laura Carvalho; Ana Carolina de Alcântara; Bruno Guimarães da Silva; Daiene O. Severino; Isadora Gois Lima; Sandro Prado Santos; Lêda Franco Martins Andrade...................................................................................... 148 62. LEITURAS CONECTADAS: LEITURA DE TEXTOS E HIPERTEXTOS SOBRE ENERGIA SUSTENTÁVEL EM LÍNGUA INGLESA Melissa Ariadne T. A. Rodrigues; Jéferson Ferreira Belo........................................... 150 63. AULAS DE REFORÇO ESCOLAR DE FÍSICA – SUAS CONTRIBUIÇÕES NO CONTEXTO SOCIAL DOS ALUNOS. Carlos Eduardo de Oliveira Hypólito; Artur Justiniano............................................... 152 64. AVALIAÇÃO E RESULTADOS PARCIAIS DAS ATIVIDADES DO PIBID/BIOLOGIA/UFTM EM ESCOLA DE UBERABA/MG. Josiane Aparecida de Sousa da Cunha; Guidson Martins. .......................................... 154 65. AS COLABORAÇÕES DO PIBID PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Luana de Souza Gorini; Anderson A. Souza Nunes; Nilton Luiz Souto; Andréa M. do Amarante Paffaro.................................................................................. 156 66. DESENVOLVENDO O RACIOCINIO LOGICO UTILIZANDO A GEOMETRIA. Milena A. Resende; Rafael F. de C. Sousa; Clovis Alvim B. Filho; Éliton M. Moura; Débora Parreira; Arlindo J. de S. Júnior....................................................................... 158 67. ENSINO DE GENÉTICA PARA ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO ATRAVÉS DO TEMA “GENÉTICA FORENSE” Guilherme Ribeiro Gonçalves; Júlia Borges Paes Lemes; Luisa Miglio; Natália de Andrade Nunes; Núbia Roberta Rodrigues; Fátima Lúcia Dezopa Parreira................ 160 68. A INFLUÊNCIA DE ATIVIDADES PRÁTICAS NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ANÁLISE DE VIVÊNCIAS Anderson Adaldizio S. Nunes; Luana de S. Gorini; Nilton Luiz Souto; Andréa M. do Amarante Paffaro.......................................................................................................... 162 69. A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA ATRAVÉS DO JOGO DE XADREZ: INOVANDO COM O PIBID Jéssica Cristina Silva; Edson Alves Abreu; Brunno de Oliveira Borges; Arlindo José de S. Junior; Jean Carlo da Silva....................................................................................... 164 15


70. TEXTOS DE DIVULAÇÃO CIENTÍFICA: TRABALHO COLABORATIVO NAS AULAS DE FÍSICA Deicielle Souza de Freitas; Thatianna Fernanda Barbosa de Souza; Sandro Rogério Vargas Ustra; Naiara Signorelli Santos.............................................. 166 71. IDENTIFICANDO ASPECTOS MOTIVACIONAIS PARA A APRENDIZAGEM EM FÍSICA A PARTIR DA ATUAÇÃO DO PROFESSOR Waldo Franco Ferreira, Deicielle Souza de Freitas, Sandro Rogério Vargas Ustra..... 168 72. ROBÓTICA EDUCACIONAL COMO RECURSO TECNOLÓGICO EM UMA ESCOLA PÚBLICA PERIFERICA DE UBERLÂNDIA Gustavo Boaventura de Oliveira; Brythnner Monteiro Delfino; Éliton Meireles de Moura; Arlindo José de Souza Junior........................................................................... 170 73.A IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE METODOLOGIAS ALTERNATIVAS EM ESCOLAS PÚBLICAS: FEIRA DE CIÊNCIAS Thainara Minussi Aguilar; Amanda Francisco Vieira; Ana Paula das Graças Ferreira; Luciana Resende Allain................................................................................................ 172 74. CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE Ludmila Bolina Costa; Milton Antônio Auth; Vanda Paiva Rezende.......................... 174 75. LITERATURA NA ALFABETIZAÇÃO: ORALIDADE E ESCRITA Kenia Márcia R. Girotto; Débora Cristine de Souza; Maria de Lourdes Santos Dâmaso................................................................................ 176 76. ESTRATÉGIA DE ENSINO “GINÁSTICA” NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE UBERLÂNDIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO SUBPROJETO PIBID EDUCAÇÃO FÍSICA Andressa da Silva Costa; Lorena Marques Vieira........................................................ 178 77. PIBID – SUBPROJETO LÍNGUA PORTUGUESA: O ENSINO DOS GÊNEROS TEXTUAIS, NOTÍCIA E EDITORIAL. Aliandra Ferreira de Jesus; Ana Carolina Oliveira Silva Reis..................................... 180 78. APRENDENDO EXPRESSÕES ALGÉBRICAS COM O JOGO PEGA VARETAS NA OFICINA MINISTRADA PELO PIBID Istaell Pereira de Araújo; Éliton M. Moura; Débora Parreira; Arlindo J. de S. Júnior.................................................................................................. 181 16


79. AÇÕES DE DIAGNÓSTICO E DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Carmelita de Morais Expedito; Leidiane Aparecida; Milton Antonio Auth................ 183 80. EFEITOS DA REGULARIZAÇÃO DO FLUXO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL Danielle Beatriz de Sousa Borges; André Luiz M. Freitas; Aennder Ferreira de Sousa; Maria Juliana Peron; José Fernando Condeles............................................................. 185 81. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DA ESCRITA: ANÁLISES E RESULTADOS DE AMOSTRAS Aurinete Farias Guimarães; Enilma Nunes de Souza; Luciene Reis Silva.................. 187 82. PROBLEMA DA SEMANA: ASPECTOS MOTIVACIONAIS E ATITUDINAIS Carlos Eduardo P. Boiago; Sara Lindsey Alves da Silva; Odaléa Aparecida Viana............................................................................................... 189 83. FORMAÇÃO CONCEITUAL EM GEOMETRIA: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PROPOSTA NAS AÇÕES DO PIBID Lucas Rafael Pereira Silva; Carlos Eduardo Petronilho Boiago; Odaléa Aparecida Viana............................................................................................... 191 84. NÚMEROS INTEIROS E CALCULADORA: UMA PROPOSTA DIDÁTICA Juliene Azevedo Miranda; Ana Carolina Igawa Barbosa; Hanna Isadora S. Barbosa; Mirian Ramos da Silva; Odaléa Aparecida Viana........................................................ 193 85. PERFIL DO NÍVEL DE ESTRESSE DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO PARTICIPANTES DO PROJETO PIBID – EDUCAÇÃO FÍSICA - UNIFEV Rodrigo Firenzini Oliveira; Geovana Ferreira da Silveira; Valter M. dos Santos Junior......................................................................................... 195 86. PERFIL DOS INDICADORES DE SAÚDE DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO PROJETO PIBID – EDUCAÇÃO FÍSICA - UNIFEV Geovana Ferreira da Silveira; Valter Brighetti............................................................. 196 87. AS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS COMO TEMA GERADOR PARA O ENSINO MÉDIO – UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR NO ÂMBITO DO PIBID Rosália Alves Santos.................................................................................................... 197

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88. FEIRA DE CONHECIMENTO PARA ENSINO E APRENDIZAGEM DE QUÍMICA Maiara de Souza Magossi............................................................................................. 199 89. A IMPORTÂNCIA DO USO DE ATIVIDADES PRÁTICAS REALIZADAS PELO PIBID-UNIFEV PARA O ENSINO DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VOTUPORANGA – SP Ana Maria M. Martins; Aline Maria Sasso; Stela de Souza; Waldir Perissini Junior................................................................................................. 201 90. A DINÂMICA EM SALA DE AULA E AS POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE EM QUÍMICA Mariana Lopes Cabral; Jackelinne Camargo de Lima; José Gonçalves Teixeira Júnior.................................................................................... 203 91. A DISCRIMINAÇÃO DE ALUNOS HOMOSSEXUAIS NO ESPAÇO ESCOLAR – IMPRESSÕES DE UMA BOLSISTA PIBID Ana Paula Costa da Silva; Rívia Arantes Martins; José Gonçalves Teixeira Júnior.... 205 92.ABORDAGEM AMBIENTAL DO PLÁSTICO: VALORIZANDO INTERDISCIPLINARIDADE E SUSTENTABILIDADE NA REALIDADE DA QUÍMICA NA VIDA E NA SOCIEDADE Julieta Hanna Kalil Dib; José Gonçalves Teixeira Júnior ........................................... 207 93. JOGO DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS: UMA ALTERNATIVA NO ENSINO DA MATEMÁTICA Érica Charliane Alves Prates; Fabricio Oliveira de Carvalho; Sandra Lameu Izique; Milena Aparecida Batelo Ramos.................................................................................. 209 94.O PETRÓLEO COMO TEMA GERADOR INTERDISCIPLINAR: POSSIBILIDADES E DESAFIOS VIVENCIADOS NO ÂMBITO DO PIBID Carina A. da Silva; Diele A. G. Araújo; Julieta Hanna K. Dib; José Gonçalves T. Júnior.............................................................................................. 211 95. TEXTO OU GRAMÁTICA? O (FALSO) DILEMA. Keci V. da Silva; Ane Caroline S. dos Santos; Vania L. R. Dutra; Edimara P. N. Patané.................................................................................................... 213 96. O TRABALHO COM O TEXTO E A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO PANORAMA DE ENSINO DE LP EM SALA DE AULA. Bárbara Cazumbá; David Gonçalves da Silva; Stella Garrido; Thayane Moutinho.... 215 18


97. TRABALHANDO ESTATÍSTICA ATRAVÉS DE PROJETOS: PERFIL DOS ALUNOS DO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA Ébane Rocha Falconi; Gracelina Alves Silva; Vanderleia Conceição Ribeiro............ 216 98. ATITUDE DE ALUNOS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA EM RELAÇÃO AO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA Gustavo Alves C. Neto; Maurício Gomes Bahia; Sandro de Macedo G. Ferreira....... 218 99. CONCEPÇÃO DOS ALUNOS DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA EM RELAÇÃO AO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA Alessandra Nepomuceno Prata, Amanda A. Rocha Machado, Érika Brinck Gonçalves................................................................................................ 220 100. MOTIVAÇÃO DE ACESSO AO ENSINO SUPERIOR DE ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA Joana Dos Santos Silva; Lorena Fernanda G. Duarte; Roberta de Cássia dos Anjos........................................................................................ 222 101. O TRABALHO COM LITERATURA NOS ANOS INICIAIS: EXPERIÊNCIAS PIBIDIANAS Patriciana Ferreira Alves; Lidian de Almeida Gomes; Rosângila Domingos Gualberto; Maria das Graças Damascena de Lima......................................................................... 224 102. TENHO UMA HISTÓRIA: O LUGAR ONDE VIVO Lara Jane Souza Araujo; Cecilia Francisca de Morais; Elcimar Cardoso Valadares; Emivalda Costa Cardoso Vidal..................................................................................... 226 103. O APRENDIZADO ATRAVÉS DO CORDEL: PRÁTICAS DO PIBID EM ARRAIAS-TO Shirley Ramalho de Souza; Débora Campos de Almeida; Lays Ribeiro Souza; Fabiana B. Santana Rodrigues................................................................................................... 228 104. UTILIZANDO RECURSOS TECNOLÓGICOS PARA ENSINAR E APRENDER GEOMETRIA EM UMA ESCOLA PÚBLICA ASSISTIDA PELO PROJETO PIBID. Cloves Alvim Borges Filho; Rafael F. de C. Sousa; Débora Parreira; Éliton M. Moura; Arlindo J. de S. Júnior.................................................................................................. 230

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105. OFICINA DE PAPEL RECICLADO: CONSTRUCÃO E UTILIZAÇÃO DO PAPEL EM UM EVENTO DE LEITURA ORGANIZADO PELO SUBPROJETO PIBID-2011 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS-UFTM. Raquel Chaves Macedo; Luciana Maria De Oliveira Barbosa; Vera Lucia B. Tiburcio................................................................................................. 232 106. O LÚDICO NO ENSINO DE LITERATURA: PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA MOTIVAR O CONTATO COM A OBRA DE JORGE AMADO. Miriã de Paula Neves.................................................................................................... 234 107. CÁLCULO DA FORÇA DE ATRITO EM DIFERENTES SUPERFÍCIES Felipe Souza Gonçalves; Luana Arantes Ribeiro; Edna Maria Fernandes e Faria; Géssyka Santos Moreira............................................................................................... 236 108. PROCESSOS GENEALÓGICOS: DA HISTÓRIA FAMILIAR À HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA Jéssica da Silva Furtado; Eduardo César Catanozi....................................................... 238 109. AÇÕES DE COMUNICAÇÃO DO PROJETO VISUALIDADES ÉTNICAS Ligia Maciel Alves....................................................................................................... 240 110. “O ENSINO DE LITERATURA POR MEIO DA DRAMATURGIA” Camila Meloni; Carolina Catarina Medeiros de Souza................................................ 242 111. JÚRIS SIMULADOS REALIZADOS PELO PIBID: A IMPORTÂNCIA DO ALUNO PROTAGONISTA Ailton Jose Silveira Carvalho; Ceila Donizetti Pereira Tomaz; Luciana R. Allain..... 243 112. GRAFFITI NO PIBID Karen Christye Fideles................................................................................................. 245 113. REFLEXÕES DA PROFESSORA SUPERVISORA SOBRE OS PROCESSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA ATRAVÉS DO PIBID. Rívia Arantes Martins; José Gonçalves Teixeira Júnior.............................................. 247 114. DESAFIOS QUE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ENFRENTA NA MUDANÇA DE PADRÕES DE UMA SOCIEDADE CONSUMISTA Ana Paula das Graças Ferreira; Cariny Helena Pinto; Fernanda Prado Passos; Luciana Resende Allain................................................................................................ 249

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115. O ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA E O USO DE FONTES: O EXEMPLO DO PIBID/HISTÓRIA DA UNIFAL-MG Jaqueline kelly da Nóbrega Souza................................................................................ 251 116. O PIBID E SUAS ESCOLAS DE ATUAÇÃO: UM CONTRASTE DE REALIDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA Rayanne Márcia Finholdt Prado; Natália Marçola....................................................... 253 117. INVESTIGAÇÕES SOBRE A METODOLOGIA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA NO PIBID DA UNIFAL-MG Natalia Cruz Spinelli.................................................................................................... 255 118. VIVENCIANDO A REALIDADE ESCOLAR: INTERROGAÇÕES SOBRE A DOCÊNCIA ATRAVÉS DO PIBID Ideuvaneide Gonçalves Costa; Lucélia Carla da Silva dos Anjos................................ 257 119. PIBID E LEI N° 11.645/08: CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOLOGIA PARA UMA EDUCAÇÃO VOLTADA PARA A DIVERSIDADE Thiago Henrique Fracarolli; Dener Jesus Freitas de Melo; Marili Peres Junqueira..... 259 120. A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DOS ALUNOS PARA O PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DO PIBID Dener Jesus Freitas de Melo; Marili Peres Junqueira................................................... 261 121. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: O USO DO TERMO NO COTIDIANO DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ITUIUTABA-MG. Luciana Abadia do Carmo; Renata Figueiredo de Freitas; Vilma Aparecida Souza................................................................................................ 263 122. ENSINO DA MATEMÁTICA POR MEIO DO DESIGN Leandro Eity Io; Fernando da Costa Barbosa; Edson Abreu; Nueli Vilela; Arlindo José de Souza Junior....................................................................................... 265 123. O ENSINO DE ARTE E A LEI 11.645/08: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Carla Jacqueline Silva Sousa........................................................................................ 267 124. O USO DE JOGO DIDÁTICO COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA DE ENSINO: VISÃO DE DOCENTE E BOLSISTAS DO PROJETO PIBID-QUÍMICA DA UNIFEV Beatriz Minto Chimati; Daiane Maiara da Silva Heiss; Josiel da Silva Rocha; Ana Maria Mateus Martins; Waldir Peressine Junior..................................................................... 269 21


125. O PROFESSOR DE HISTÓRIA E AS TIC'S EM SALA DE AULA: O EXEMPLO DE PIBID/HISTÓRIA DA UNIFAL-MG Andre Luiz Menari Pereira........................................................................................... 271 126. AÇÕES DO PIBID E A EXPLORAÇÃO DE EXPERIMENTOS EM AULAS DE FÍSICA Tiago de Castro Bisaio; Wellison Dutra de Carvalho; Milton Antonio Auth.............. 273 127. LITERATURA E OUTRAS ARTES: POR UM ENSINO DIALÓGICO Ana Carolina Martins Borges....................................................................................... 275 128. ATITUDES DE ALUNOS NA APLICAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE FILMES Candice Guarato Santos................................................................................................ 277 129. NANOCIÊNCIA NO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DA ATUAL EDIÇÃO DO PNLD Flavio Araújo Pousa Paiva; Marcos Dionízio Moreira; Nilva Lucia Lombardi Sales......................................................................................... 279 130. UTILIZANDO BLOGS PARA ENSINAR ESTATÍSTICA EM UMA ESCOLA PÚBLICA ASSISTIDA PELO PROJETO PIBID. Geliaine T. Malaquias; Arlindo J. de S. Júnior; Éliton M. Moura; Débora Parreira.... 281 131. O POTENCIAL DA ORGANIZAÇÃO DE UMA FEIRA DE QUÍMICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Aline Resende Gomes; Joyce L. Rocha; Murilo C. D. Oliveira. Nayara P. da Silva; Andressa R. Rettondin; Gáveni B. Valeria; Carmem M.A. dos Santos; Alexandre Rosse; Adriana F. Neves................................. 283 132. UMA EXPERIÊNCIA COLETIVA COM ROBÓTICA EDUCACIONAL NO PIBID EM UMA ESCOLA PÚBLICA. Brythnner Monteiro Delfino; Gustavo Boaventura de Oliveira................................... 285 133. A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO TEXTUAL PARA A COMTEMPORANEIDADE Liliane Cruvinel Mendonça; Marcus Garcia de Sene................................................... 287 134. UMA PROPOSTA DE ESTUDO DO MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO E A UTILIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS 22


134.VIRTUAIS NO ENSINO DE FÍSICA DO NÍVEL MÉDIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Caio Philip Maciel Tesch; César Augusto Silva Cardoso Assis; Clayson Alcides; Eder José do Carmo...................................................................................................... 289 135. APLICAÇÕES DE ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS PARA ENSINO DE BIOLOGIA Angelo Antônio Franzoi Ardengui............................................................................... 291 136. MEDINDO A VELOCIDADE ANGULAR DA TERRA ATRAVÉS DA REFLEXÃO DA LUZ SOLAR EM UM ESPELHO PLANO. Jamili de Paula Neves; Geraldo C. M. Neto; José F. Condeles; Cleiton Gonçalves Pedroso; Flávia Vieira Pereira; Kelly Cristina Cruz da Silva; Marlon Jean Ball Claro................................................................................................. 293 137. LITERAFRO Murilo Cândido Vitorino.............................................................................................. 295 138. O USO DE ANÁFORAS INDIRETAS EM TEXTOS ESCOLARES Marcelo Alexandre Teodoro; Francini Mello Bento de Senne..................................... 297 139. A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR LITERATURA INFANTIL NA ESCOLA Gasparina Ferreira Lima de Souza; Leila Cristina Pereira Magalhães; Rita de Cássia Castro Vidal; Vanda Silva Costa.................................................................................. 298 140. A UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO COM O ARCO DE MAGUEREZ NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM DO SONHO E CIDADANIA Ana Paula R. de A. Oliveira; Premma Hary R. Moura; Elaine Marques dos Santos....299 141. OFICINAS DE EDUCAÇÃO SEXUAL - UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID BIOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Bruno Rafael Santos de Cerqueira, Bianca Hipólito de Oliveira, Priscila Adriana Rossi.................................................................................................. 301 142. REFLEXÃO DOS ESTUDANTES SOBRE TEMAS AMBIENTAIS – EXPERIÊNCIAS DO PIBID BIOLOGIA Cariny Helena de Mendonça Pinto; Ana Paula das Graças Ferreira; Fernanda P. Passos; Luciana Resende Allain................................................................................................ 303

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143. ESCRITA E ORALIDADE – TRABALHANDO O PROJETO RÁDIO – ESCOLA Caio César da C. Ferreira; Sandra Eleutério C. Martins; Mônica Aparecida de O. Cruz...................................................................................... 305 144. CAMPO ELÉTRICO: ABORDAGEM NO ENSINO MÉDIO André Luiz M. Freitas; Aennder Ferreira de Sousa; Danielle Beatriz de S. Borges; José Fernando Condeles; Antônio Alberto; Maria Juliana Peron................................. 307 145. ANÁLISE DE UMA FEIRA DE CIÊNCIA COMO METODOLOGIA PARA O ENSINO DE FÍSICA. Anderson dos Santos; Phelipe de Almeida Piva; Artur Justiniano............................... 309 146. AS POTENCIALIDADES DO JORNAL ESCOLAR NO ENSINO DE LINGUAGEM. Ana Esther R. de Camargo; Filipe Guilherme Lemos; Ana Cecília Fernandez dos Santos............................................................................... 311 147. A LEITURA E A ESCRITA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Tereza Raquel F. N.; Dione M. L. Figueiredo; Juliana da Costa; Talita Q. Serejo...... 313 148. O ARTIGO DE OPINIÃO NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE LÍNGUA PORTUGUESA Érika Fernanda Caixeta Moreira; Sabrina Souza Rodrigues; Mônica Cruz................. 315 149. A RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O APRENDIZADO Diego Montanini Cardeal............................................................................................. 317 150. QUESTIONAMENTOS SOBRE OS JOGOS NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM Aurineide Carneiro Dos Santos; Leidiane Martins dos Santos; Maria do Socorro de Oliveira; Naiana Silva Pereira...................................................................................... 319 151. CIRCUITO DE LEITURA: ENSINANDO CIÊNCIAS ATRAVÉS DO ENSINO DE INGLÊS Adriane Frazão Da Silveira; Gabriela Souza de Almeida............................................ 321 152. QUALIFICAÇÃO E EDUCAÇÃO Tereza Raquel Fiorile Nogueira; Ana Elize Vieira; Renata Fernanda Comino............ 323 24


153. PIBID: UM VALIOSO DIFERENCIAL NO COTIDIANO ESCOLAR Nathally Gomes Lucatelli............................................................................................. 325 154. PIBID: EXPERIÊNCIA INQUESTIONÁVEL NA VIDA DISCENTE Maria Luiza Silva Mariano........................................................................................... 327 155. CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO EM GEOGRAFIA: DOMINÓ GEOGRÁFICO – “OS PRINCIPAIS TIPOS DE RELEVO” Izabel Leopoldino; Francielle Camargo Medeiros; Gerusa Gonçalves Moura; Maria Beatriz Junqueira Bernardes.............................................................................. 329 156. A EXPERIÊNCIA DO PIBID/PEDAGOGIA NA VISÃO DAS SUPERVISORASPERCEPÇÕES INICIAIS Ana Maria Fernandes Elias; Maria do Rosário Dias.................................................... 331 157. A INSERÇÃO DE TÓPICOS DE FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA NO ENSINO MEDIO: UMA ANÁLISE SOBRE COMO OS LIVROS DE DIDÁTICOS APRESENTAM A FÍSICA DAS PARTÍCULAS Thais Balada Castilho; Antonio L. Ferreira Junior; Gustavo S. Gomes; Thalyta T. Martins; Marcos D. Moreira; Nilva L. L. Sales............................................................ 333 158. PIBID: A EXPERIÊNCIA DA SALA DE AULA COM A LITERATURA INFANTIL NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Izis Almeida Domingues; Fernanda Borges Ferraz; Lorena Franco; Jucileni Fernanda de Lima Freitas................................................................................ 335 159. ESTRUTURANDO POSSIBILIDADES DE ENFRENTAMENTO DA DESMOTIVAÇÃO NO ENSINO DE FÍSICA ATRAVÉS DA INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-ESCOLA Naiara Signorelli; Eder Antonio Souza Arantes; Sandro Rogério Vargas Ustra......... 336 160. O USO DE MALHAS QUADRICULADAS E PONTILHADAS NO ENSINO DA GEOMETRIA Joyce Andrielli Batista Taylor; Valéria Araújo de Paula; Milena Aparecida Batelo Ramos; Renata Laudemira Giovanini........................................................................... 338 161. TRABALHANDO PINTURA RUPESTRE NO ENSINO FUNDAMENTAL Tatiane Helena Da Costa; Adair Fernandes David Júnior............................................ 340

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162. COMPETIÇÃO DE LANÇAMENTO DE FOGUETES: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE FÍSICA. Wanderson Geraldo Knupp; Guilherme Almeida de Souza Pereira; Artur Justiniano............................................................................................................ 342 163. UM RELATO SOBRE AS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS ATRAVÉS DE AULAS DE REFORÇO PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO. Guilherme Almeida De Souza Pereira; Wanderson Geraldo Knupp; Artur Justiniano...................................................................................................................... 344 164. ALUNO DOCENTE: UMA EXPERIÊNCIA REAL ENQUANTO ALUNO PIBID Jean Carlos De Almeida............................................................................................... 346 165. FORMAÇÃO DOCENTE EM SERVIÇO: POR UM NOVO SENTIDO PARA AS REUNIÕES DE PROFESSORES Ana Franciely Cabral de Queiroz................................................................................. 348 166. A LINGUAGEM ESCRITA COMO REPRESENTAÇÃO DA ORALIDADE NAS SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Renata Carolina Vieira Resende; Jucileni Fernanda de L. Freitas; Fernanda Oliveira Lima.............................................................................................................................. 350 167. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A ESCOLA: OBSERVAR PARA MELHORAR A QUALIDADE DO AMBIENTE ESCOLAR Elaine Aparecida Ramos; Gessika Freitas Andrade; Hosana Maria Oliveira Barcelo; Maria Beatriz Junqueira Bernardes; Gerusa Gonçalves Moura................................... 351 168. QUAIS AS EXPECTATIVAS DOS LICENCIANDOS COM O PIBID? Luciana Caixeta Barboza; Esdras Viggiano de Souza.................................................. 353 169. O PLANEJAMENTO DO ENSINO COMO EIXO DA FORMAÇÃO NO CONTEXTO DO PIBID/EDUCAÇÃO FÍSICA-UFU: UM MODELO EM CONSTRUÇÃO Gislene Alves do Amaral; Natalia Justino Batista........................................................ 355 170. A CONTRIBUIÇÃO DO SUBPROJETO: HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA E AFRICANA NAS ESCOLAS DE UBERLÂNDIA-MG César Paulo Silva; Lorena Silva Oliveira..................................................................... 357

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APRESENTAÇÃO Guimes Rodrigues Filho Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Para a apresentação do presente livro que traz uma coletânea dos trabalhos desenvolvidos pelos distintos subprojetos da segunda edição do PIBID-UFU poderíamos colar frases que foram ditas/escritas/projetadas durante o biênio 2010-1012. Mas podemos tomar alguns exemplos das experiências que vivemos e dar vozes aos seus distintos atores e atrizes.

Por exemplo, uma das alunas do Subprojeto de

Pedagogia da FACIP-UFU, campus Pontal-Ituiutaba-MG mencionou que o PIBID se finalizava nas escolas, mas ao mesmo tempo é uma espécie de início da escola, enquanto que para o/a bolsista discente se tratava do final de uma formação na UFU, no caso do seu curso de graduação, mas o começo da formação do/a futura/o professor/a a partir do chão da escola. Juntou-se a essa reflexão a militância, que não era escolar na sua origem, e surgiu da fala, quase um discurso, de uma das bolsistas do Subprojeto de História e Cultura Afro-Brasileira. A militância em questão tratava-se da discussão das africanidadesbrasileirasafricanas exigidas pela LDB desde 2003, através da lei federal 10.639/03, e posteriormente reafirmada em 2008, entre a construção da Usina Belo Monte no Rio Xingu e a necessária rediscussão do papel da educação na formação para o exercício da cidadania e que por isso mesmo a LDB sofreu nova modificação, por meio da lei federal 11.645/08, para tratar também em todos os níveis de ensino das indigenatitudesbrasileiras. Indigenatitude é um termo cunhado pelo grupo de rap de São Paulo chamado Z'África Brasil na música Do Oiapoque a Chuí isto é Brasil:

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Negritude, Branquitude, Indigenatitude Pra plenitude Precisamos de mais Humanitude (Z'África Brasi, 2008) Assim, poderíamos tentar definir o PIBID-UFU, pelos olhares da sua segunda edição, como O início e o fim, o fim e início da militância escolar. Desse modo, os vários subprojetos durante esses dois anos buscaram fazer uma reflexão da humanatitude que se quer mais para que o PIBID se torne de fato o início e o fim o fim e o início da militância por uma maior aproximação entre universidade e educação básica. Os distintos subprojetos apresentaram características em comum que são oriundas da etapa de observação pedagógica, ou seja, parece consenso de que conhecer a escola é uma etapa fundamental na formação do futuro docente. Mas esse conhecimento ultrapassa os limites do estágio supervisionado. Esse conhecimento ultrapassa os limites da formação atual proporcionada pela universidade. Pudemos escutar distintas falas que apontaram para uma formação na graduação que é demasiadamente idealizada porque o/a docente da universidade, via de regra, não conhece a escola de educação básica. Como ensinar a partir do que não se conhece, foi uma questão que sempre permeou as reflexões no Programa. Enfim, parece consenso de que depois do PIBID algo fica impregnado na escola tal como a escola impregnou os/as futuros/as profissionais da educação no espaço público. Tanto para incentivá-los/as a desistir de querer como para querer ser mais um/a melhor educador/a no país do paubrasil. Para os/as diversos/as atores e atrizes que representam e representaram os seus papéis neste Programa, nesses dois anos ficam alguns pensamentos como o de uma das avaliadoras externas de que o PIBID está preparando (seus atores e atrizes) para avaliar os diferentes contextos/diálogos, sendo que o maior ganho é o estreitamento de laços com a escola; o de uma das supervisoras da língua estrangeira de que os dois anos de 28


PIBID foram muito importantes para que ela entendesse o seu próprio papel como supervisora; para o crescimento dos/as bolsistas discentes como futuros/as docentes que agora estão mais bem preparados/as para a realidade; e para os professores da UFU que puderam conhecer a escola pública através do PIBID. E o pensamento de um dos bolsistas do Teatro, cujo subprojeto está se iniciando no PIBID, de que a presença dos/as bolsistas cria diferença nas relações professor/aluno. Isto é, mesmo depois do PIBID a “ruptura” criada vai permanecer, ou seja, o que fica não precisa ser concreto. Axé!

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PREFÁCIO

Daisy Rodrigues do Vale Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Maria Célia Borges Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

O II Encontro Interinstitucional do PIBID, realizado nos dias 10 e 11 de outubro de 2012, foi desenhado para promover uma integração maior entre os Projetos Institucionais de diferentes universidades do país considerando a importância desse momento histórico de consolidação do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. O evento teve conferência, mesas redondas, apresentações de comunicações e apresentação de pôsteres. A conferência de abertura foi proferida pelo Prof. Hélder Eterno da Silveira, que é hoje Coordenador geral responsável pelos programas da Diretoria de Educação Básica da CAPES. Para as mesas redondas, a organização do evento trouxe coordenadores PIBID institucionais numa tentativa de representar o PIBID no Brasil. Num primeiro momento, tivemos a mesa de coordenadores da Universidade Federal do Amazonas (Região Norte), da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (Região Centro Oeste), da Universidade Federal da Bahia (Região Nordeste), e da Universidade Federal do Paraná (Região Sul). A segunda mesa representou a Região Sudeste – Universidade Federal do ABC Paulista (São Paulo), Universidade Estadual do 30


Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Universidade Federal do Espírito Santo (Espírito Santo), Universidade Federal de Alfenas (Minas Gerais). Por fim, foi organizada uma mesa de coordenadores do Estado de Minas Gerais com a Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Estadual de Minas Gerais, Universidade Federal do Triângulo Mineiro e Universidade Federal de Uberlândia. Os pôsteres foram apresentados pelos mais de trezentos bolsistas licenciandos do PIBID, das várias regiões do país, que apresentaram trabalhos desenvolvidos durante o período de participação no Programa. Tais trabalhos, cujos resumos estarão compilados num volume a parte, representam a grande mudança de perspectiva dos alunos das licenciaturas bolsistas PIBID. Os licenciandos deixam de se ver como meros alunos e passam a ver a escola com olhos de profissionais da educação. Elaboram e proferem seus discursos referindo aos alunos da educação básica como aqueles maiores beneficiados pelo PIBID através dos trabalhos lá desenvolvidos. Os trabalhos apresentados nas comunicações feitas por professores supervisores e coordenadores de projetos PIBID são apresentados nesta coletânea de 12 artigos. Os artigos passaram por um crivo cuidadoso de nossos pareceristas e por uma revisão atenta. Agradecemos a confiança dos autores e esperamos que este seja o primeiro de uma série de publicações de trabalhos apresentados nos encontros interinstitucionais do PIBID.

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UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE AS CONCEPÇÕES DOS ESTUDANTES SOBRE A ESTRUTURA DA MATÉRIA E OS ÍONS, REALIZADA NO ÂMBITO DO PIBID Juscelino Pereira da Silva; José Gonçalves Teixeira Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em uma Escola Estadual, em Ituiutaba−MG, com o objetivo de analisar as concepções dos estudantes sobre átomos e íons. Pesquisas indicam que o entendimento desses possibilita uma melhor compreensão de outros conceitos químicos. Por isso, foi realizada uma investigação com 21 alunos (3 de cada turma) do 1º ano do Ensino Médio sobre modelos atômicos e íons. Solicitou-se aos estudantes: i) Elabore, com base em seus conhecimentos, um desenho que mostre como você imagina “ser” um átomo, indicando as partes que o constituem; ii) O que você entende por íon? Como você pensa que se formam os íons? Explique; iii) Demonstre o cátion e o ânion, ambos monovalentes, do átomo de sódio (Na) utilizando os símbolos adequados para a representação. A análise da primeira questão mostrou que 19% dos alunos representaram o átomo semelhante ao modelo de Rutherford, 14,3% semelhante ao modelo de Dalton, outros 14,3% identificaram o núcleo, a eletrosfera e as partículas por escrito, 9,5% representaram o átomo composto por duas ou mais partes, mas sem identificação, e a maioria dos alunos (42,9%) deixou a questão em branco. Além disso, nenhum aluno representou o modelo como o de Bohr, que é comumente estudado nas escolas e também nos livros didáticos. Credita-se o alto número de respostas em branco à dificuldade inerente ao assunto em função do alto grau de abstração. Na segunda questão, 28,6% dos estudantes responderam que os íons são formados quando o átomo perde ou ganha elétrons; 4,8% afirmaram que íons 32


apresentam o número de prótons diferente do número de elétrons; outros 4,8% que os íons são formados com cargas positivas e negativas, e novamente a maioria (61,9%) não respondeu à questão. Isso demonstra que a maioria dos alunos apresenta dificuldades em relação ao conceito de íons. E, na terceira questão, apenas um aluno conseguiu representar um cátion, e os demais estudantes deixaram a questão em branco. Com este trabalho, verificamos que os estudantes apresentam inúmeras dificuldades na representação e no entendimento sobre átomos e íons. Percebe-se, enquanto futuros professores, a importância de o docente conhecer como seus alunos concebem o átomo e os íons. Isso pode auxiliar no planejamento de melhores aulas, melhorar a aprendizagem destes conceitos pelos alunos.

Palavras-chave: Modelos atômicos; Dificuldades conceituais; Ensino de Química.

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CONSTRUÇÃO DE MATERIAL CURRICULAR: UMA EXPERIÊNCIA DOS BOLSISTAS DO SUBPROJETO EDUCAÇÃO FÍSICA Mayara M. Belarmino; Larissa R. Duarte; Élida R. de Jesus; Bruno Marques Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Resumo: A leitura em quadrinhos, como qualquer outro tipo de leitura, pode levar seus leitores a ampliar conceitos, como também fomentar reflexões e construção de significados, além de despertar interesse por novos conteúdos, o que torna sua utilização um recurso privilegiado na escola, especialmente quando se trata das aulas de Educação Física. Reconhecendo tais possibilidades, os bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade Federal de Uberlândia, subprojeto Educação Física, elaboraram uma história em quadrinhos no 1º semestre de 2012, na Escola Municipal Prof. Eurico Silva. Os quadrinhos serviram como procedimento metodológico de encerramento de uma sequência de aulas em que foi desenvolvido estudo sobre a Escola e a aula de Educação Física, com estudantes do 4º ano, pela professora de Educação Física, supervisora do projeto. Esta temática é abordada no início do ano letivo, considerando a necessidade de desconstruir uma visão utilitarista que as crianças têm sobre esse componente curricular. Neste trabalho apresentamos o processo de elaboração da história em quadrinhos cujo tema abordado foi “O conhecimento e sua origem”. Como subsídio teórico para o planejamento, nossa fonte foi o livro “A Escola e o Conhecimento – fundamentos epistemológicos e políticos”, de Mario Sergio Cortella. A finalidade da história foi apresentar uma concepção de conhecimento como algo que não é “descoberto” e sim construído a partir das necessidades humanas. Os personagens foram os próprios integrantes da equipe do PIBID, o que, além de divertido para as crianças, contribuiu para aumentar a visibilidade do programa na Escola. O enredo foi 34


elaborado e submetido à apreciação da supervisora e da coordenadora e a ilustração foi feita por um profissional contratado. Optamos por deixar os desenhos em preto e branco, pois, além de ser financeiramente mais viável, as crianças também se divertiram colorindo, enquanto relembravam o conteúdo abordado. O desenvolvimento das atividades com a utilização da história foi acompanhado por nós, sendo sua repercussão positiva visível, incluindo a percepção da importância de se introduzir, desde cedo, a utilização de termos e expressões que, mesmo sendo de maior complexidade, são assimilados pelas crianças nessa faixa etária. Para o grupo, o grande desafio foi elaborar a explicação de tal forma que facilitasse sua compreensão, considerando os limites das turmas. Apesar disso, reafirmamos e indicamos a utilização de história em quadrinhos como procedimento de ensino, pois se constitui uma ferramenta importante no processo pedagógico, principalmente para crianças. Palavras chaves: História em quadrinhos; Material curricular; PIBID.

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QUALQUER CHAVÃO ABRE PORTA GRANDE? A EXPRESSIVIDADE DE DITADOS POPULARES E DE CLICHÊS Jéssica da Silva Belucci; Giuliene Fernandes Stefani Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo:

Este projeto, desenvolvido em uma escola pública de Votuporanga−SP durante as atividades do PIBID, objetivou mostrar aos alunos que enunciados são carregados de intencionalidade e que os aforismos (ditados populares) são marcados por uma força semântica cristalizada que permite a repetição de certos efeitos de sentido. Para tanto, propôs-se a alunos do sexto e sétimo anos uma atividade lúdica que desenvolvesse, na prática, alguns conceitos confluentes da Semântica, da Estilística e da Pragmática. As classes foram divididas em equipes de três alunos, representadas cada uma por uma cor. Foram escritas palavras-chave na lousa e um integrante de cada grupo vinha à frente para jogar, enquanto os outros ficavam sentados, cada um com sua equipe. Em uma caixa, foram postas fichas com alguns ditados populares ou com clichês (chavões). Cada aluno pegava uma ficha e tentava associar o ditado ou o clichê com a expressividade de alguma das palavras-chave escritas na lousa: caso fizesse a associação adequada, sua equipe ganhava um ponto. Quando terminaram os ditados e os chavões, os pontos foram somados e ganhou a equipe com maior pontuação. Ao final da atividade, os alunos deram suas impressões sobre o jogo e foi discutida a seiva semântico-estilística dos adágios populares, cujo sentido não pode ser confundido com o desgaste dos clichês.

Palavras-chave: Ditados populares; Clichês; Efeitos de sentido. 36


ANÁLISE DOS FATORES QUE DIFICULTAM O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO POR BOLSISTAS DO SUBPROJETO DA QUÍMICA DO PIBID Thalita F. Rodrigues Silva; Diele A. G. Araújo; José G. T. Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior), com o objetivo de identificar os fatores que causam dificuldades aos alunos do Ensino Médio a respeito dos conteúdos químicos. A investigação foi realizada ao final do 1º bimestre letivo em uma das escolas parceiras do PIBID, em Ituiutaba – MG, tendo como ponto de partida a análise dos resultados das avaliações em Química, uma do primeiro ano e outra do segundo ano do Ensino Médio. Com essa análise, verificou-se que a maioria dos alunos (73%) apresentou rendimento abaixo da média. Em seguida, foram aplicados questionários aos alunos, visando entender melhor suas dificuldades em relação aos conteúdos trabalhados, como também a disponibilidade dos estudantes para os estudos em sala e fora da escola. A partir das análises dos questionários, verificou-se que os alunos do segundo ano apresentaram um maior interesse nos estudos químicos, sendo que a maioria reconheceu a necessidade de participar mais das aulas de Química, como também de dedicar mais tempo aos estudos em casa. O tema químico de maior dificuldade citado por esse grupo de alunos foi o cálculo do número de oxidação. Já entre os alunos do primeiro ano, a maioria afirmou não ter tempo disponível para os estudos em casa, e as dificuldades citadas foram os cálculos químicos, como, por exemplo, a densidade. Em ambas as turmas, notou-se a dificuldade em relação aos cálculos. Várias pesquisas 37


indicam a predominância, em aulas de Química, das operações matemáticas, em detrimento dos conceitos químicos. É preocupante a dificuldade dos alunos em realizar operações simples. Os documentos oficiais indicam que “o insucesso na aprendizagem matemática tem tido importante papel destacado e determina a frequente atitude de distanciamento, temor e rejeição em relação a essa disciplina, que parece aos alunos inacessível e sem sentido” (BRASIL, 2002). Verifica-se que a maioria das questões nas avaliações poderia ser resolvida com a mera aplicação de fórmulas, bastando ao aluno saber qual expressão usar e substituir os dados presentes nos enunciados. Sabe-se que essas “práticas não asseguram a competência investigativa, visto que não promovem a reflexão e a construção do conhecimento” (BRASIL, 2006). Essa análise se mostrou importante para que os futuros professores tenham conhecimento sobre as dificuldades dos alunos do Ensino Médio, possibilitando planejar as ações posteriores do PIBID na comunidade escolar.

Palavras-chave: Ensino de Química; Ensino-aprendizagem; PIBID.

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O RAP DA LEISHMANIOSE: A MÚSICA COMO CANAL DIRETO PARA A VEICULAÇÃO DE MENSAGENS Martes Alem Souza; Angélica Maria Escavassa Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: O rap é uma espécie de “cantofalado” que tem se tornado, nas últimas décadas, expressão de excluídos sociais, de jovens e de todos aqueles que têm um inconformismo para proclamar. Sem grandes acrobacias melódicas e de conteúdo com grande teor de referencialidade, encontra terreno fértil para a denúncia, o protesto, crônicas, relatos e, interesse maior deste trabalho, para a conscientização. Uma vez que a cidade de Votuporanga está passando por um grave surto de leishmaniose – doença crônica que pode causar a morte –, alunos, coordenadores e supervisores do PIBID da UNIFEV de todas as áreas desenvolveram atividades interdisciplinares para conscientizar a população da gravidade da doença e difundir ações que podem prevenir a proliferação do protozoário Leishmania. Após uma palestra com o gestor ambiental responsável pela Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de Votuporanga para que houvesse maior conhecimento teórico sobre o assunto – como o papel dos cães na disseminação da doença, os principais sintomas no animal e no homem e os métodos de prevenção para combater o inseto transmissor –, coube aos bolsistas PIBID a proposição de atividades nas escolas públicas parceiras. Um grupo de graduandos do subprojeto de Letras encontrou no rap o veículo ideal para a difusão dessas informações, motivo pelo qual esses estudantes criaram o “Rap da Leishmaniose”. A letra foi impressa, distribuída aos alunos da escola-campo e todos juntos cantaram a música. Constatou-se que a arte, seja ela erudita ou popular, mobiliza o indivíduo para a veiculação de uma mensagem de maneira bastante direta, e que a propagação das 39


informações por meio do rap foi bastante eficaz, pois houve uma grande identificação dos alunos com o gênero musical escolhido. Além disso, ao criar a letra da música, os bolsistas puderam pôr em prática conhecimentos teóricos sobre variação linguística.

Palavras-chave: Rap; Leishmaniose; Mensagem.

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PROJETO DROGAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS Suéllen Fernandes Carrijo; Thaís Ferreira Rocha; Olenir Maria Mendes Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O Projeto “Drogas e suas consequências” é parte das atividades desenvolvidas pelo subprojeto Pedagogia do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), que conta com o financiamento da CAPES. O objetivo desse projeto foi possibilitar, aos alunos da escola em que as bolsistas do PIBID Pedagogia atuam, momentos de reflexão, problematização e análise sobre a temática “Drogas”. O interesse pelo tema surgiu de uma solicitação da equipe de coordenação da escola às bolsistas do PIBID. O foco trabalhado buscou alertar a comunidade escolar sobre os problemas causados pelo uso das drogas, além de proporcionar questionamentos sobre a valorização da vida. Através de observações do cotidiano da escola detectou-se um envolvimento excessivo de alunos com o uso frequente de drogas. Como metodologia de trabalho, optou-se pela exibição do filme Candy, de origem australiana, dirigido pelo cineastra Neil Armfiel, que discute o uso de drogas e suas consequências. Os personagens da película vivenciam a difícil realidade dos usuários de drogas, e após a exibição, foi possível realizar uma importante discussão com os alunos sobre a temática. Em seguida foi organizada uma apresentação feita pelas bolsistas, trazendo informações sobre as consequências do uso e sobre os diferentes tipos de drogas. Os resultados demonstram que os problemas estão, na maioria das vezes, ligados com a má influência de supostos amigos, curiosidade em experimentar, e desarmonia familiar, e que a droga mais usada atualmente é a maconha. Apesar de muitos alunos demonstrarem conhecimento acerca dos prejuízos causados pelo uso das drogas, e reconhecerem que uma vez feita a escolha desse 41


caminho o retorno é difícil, ainda assim o seu uso é bastante significativo. De acordo com relatos feitos por eles, essa apresentação os fez repensar e refletir sobre o verdadeiro sentido que dão às suas vidas.

Palavras-chave: Drogas; Jovens; Cidadania.

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SOLETRANDO: UMA ALTERNATIVA METODOLÓGICA PARA A APRESENTAÇÃO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO Isabela Garcia; Beatriz Cuim Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo:

Com o objetivo principal de apresentar, de forma lúdica, aos alunos de uma das escolas conveniadas do PIBID UNIFEV – Subprojeto Letras as principais mudanças gramaticais a partir do novo acordo ortográfico, desenvolveu-se uma competição no mesmo molde realizado por um programa de televisão: o Soletrando. Primeiramente, os bolsistas criaram um banco de palavras que sofreram alguma alteração ortográfica, dividindo-as em três categorias: fáceis, médias e difíceis. Cada palavra foi escrita em uma ficha, na qual também constava a definição e uma frase em que era aplicada. Os participantes do jogo não foram indicados pelos professores, já que tinham de realizar a sua própria inscrição. No total, houve 83 jogadores. Os pais dos alunos foram convidados a assistir ao evento, que ganhou ares de solenidade. As palavras eram sorteadas e os estudantes tinham de soletrá-las, indicando também a existência de hífen e de acentuação gráfica. Quem soletrava, adequadamente, segundo a norma culta da língua, o maior número de palavras, passava para a fase seguinte, com outros finalistas. No final da atividade, foi entregue aos três primeiros colocados um prêmio simbólico. Percebeu-se grande envolvimento no jogo, que se apresentou como uma alternativa metodológica eficaz para o ensino da gramática normativa e para despertar o interesse por fatos linguísticos.

Palavras-chave: Acordo ortográfico; Jogo; Alternativa metodológica.

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O JORNAL MURAL COMO ESPAÇO DE INTERAÇÃO Priscila R. Lopes; Lucas de C. Morilhas; Flávia Martins da Cruz Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo:

Um

determinado

gênero

textual

pressupõe

características

linguísticas

específicas, que, ao serem observadas, auxiliarão na produção de textos semelhantes e, até mesmo, no desenvolvimento da compreensão gramatical. Um gênero textual possui uma função social própria, o que determina formas linguísticas, escolhas lexicais, construções sintáticas e entendimento do contexto de produção. Na concepção de linguagem como lugar de interação, o sentido é construído na relação do sujeito com o texto, ou seja, não há um sentido preexistente. A partir dessa premissa, cabe à escola a proposição de atividades que estabeleçam essa inter-relação, e não exercícios mecânicos, baseados na repetição de modelos, cópias ou meras transcrições. Com o intuito de apresentar o gênero jornal aos alunos, propôs-se, em uma das escolas-campo do subprojeto PIBID – Letras da UNIFEV a criação de um jornal mural. Por meio das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), são feitas pesquisas na internet sobre os assuntos da atualidade, entrevistas e coberturas dos eventos culturais que acontecem na cidade de Votuporanga−SP. Os alunos são divididos em grupos, responsáveis por uma “sessão” do jornal: coluna esportiva, novidades do mundo televisivo, eventos locais, caderno de cultura, dentre outros. Assim, aprendem a elaborar pauta e a distribuir tarefas. Uma vez que os textos se destinam à publicação interna, passam por revisões, momento em que se observam aspectos gramaticais e de coesão e coerência. O jornal mural é econômico, pois não requer nenhum equipamento caro ou sofisticado: basta reservar um espaço no ambiente escolar que seja visível e atrativo aos leitores. A proposição desse gênero textual proporcionou a apresentação de outros gêneros, como os quadrinhos, as charges e os artigos de opinião, além de revelar-se uma atividade que 44


aguçou a criatividade e despertou o interesse do aluno pela produção e correção de textos.

Palavras-chave: Gêneros textuais; Interação; Jornal mural.

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MINICURSO SOBRE METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE QUÍMICA – RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO ÂMBITO DO PIBID Jucelaina A. de L. Mendes; Tatiane A. S. Rocha; Nayara F. de Freitas; José G. T. Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo como objetivo relatar a experiência vivenciada em um minicurso oferecido a licenciandos em Química. O PIBID tem a perspectiva de elevar a qualidade da formação dos futuros professores que, consequentemente, poderão contribuir com a qualificação do ensino de Química nas escolas públicas, através da inserção dos licenciandos no cotidiano escolar, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar, que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensinoaprendizagem. Entretanto, como nem todos os graduandos têm a possibilidade de participar do programa, os bolsistas PIBID planejaram e promoveram o I Ciclo de Minicursos do PIBID/Química, no campus Pontal, a fim de socializar as experiências vivenciadas durante o programa. O trabalho aqui apresentado visa analisar o minicurso sobre Metodologias para o Ensino de Química, buscando possibilidades metodológicas aplicadas nas escolas, no âmbito do PIBID, visando transpor as práticas que muitas das vezes fazem com que os alunos atribuam características negativas às aulas de Química. Inicialmente, abordou-se a importância da utilização de metodologias, suas dificuldades e fontes de pesquisa, visando apresentar estratégia de ensino para conteúdos de Química para o Ensino Médio, como, por exemplo: experimentação, 46


aprendizagem cooperativa, recursos de multimídia, analogia e lúdico. Foram utilizados, também, exemplos de metodologias diferenciadas publicados na revista Química Nova na Escola, assim como textos que discutem questões referentes a dificuldades conceituais relacionadas a alguns conceitos químicos.

Durante o minicurso

foi

possível desenvolver algumas metodologias, tais como a construção de modelos atômicos com bolas de isopor, o jogo de bingo adaptado para discutir o conteúdo da tabela periódica e atividades experimentais com materiais alternativos, para verificar a condutividade elétrica de alguns materiais do cotidiano. O minicurso proporcionou a divulgação de atividades realizadas nas escolas, no âmbito do PIBID, ao mesmo tempo em que possibilitou contribuir para o processo formativo dos licenciandos, que puderam vivenciar experiências metodológicas diferenciadas. Também foi momento rico para os bolsistas, possibilitando a troca de experiências com outros licenciandos, e por contribuir, de forma indireta, para a articulação teoria-prática necessária à formação docente, elevando a qualidade das ações acadêmicas no curso de licenciatura em Química.

Palavras-Chave: Formação docente; Minicurso; PIBID.

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O CINEMA COMO LINGUAGEM REFLEXIVA Jéssica Latorre Genari Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: Promover a produção de textos dissertativos sem o peso da obrigação e vinculados ao prazer de escrever é uma tarefa árdua, motivo pelo qual este trabalho debruça-se sobre o texto fílmico como manancial de interesse dos discentes para elaborações escritas. Com o objetivo de ampliar a capacidade de argumentação e de debate, além de desenvolver a estrutura lógica da dissertação, propôs-se que os discentes assistissem ao filme Regras da Vida (The Cider House Rules, Lasse Hallstrom, 1999), sobre uma das várias abordagens possíveis para problematizar as relações existentes entre as regras morais. Após a exibição, iniciaram-se debates sobre a compreensão, análise, crítica e interpretação da obra. Em grupos, os alunos foram instigados a descobrir o sentido geral do texto fílmico, momento em que foram identificados os temas abordados, as microteses apresentadas pelo cineasta e os argumentos. Para que houvesse leitura crítica, solicitou-se que identificassem os argumentos bons e os argumentos ruins e que fizessem os seguintes questionamentos para si mesmos a partir do filme: “Eu mudei?” “Como mudei?” “Por que mudei”? Ainda oralmente, sugeriu-se que defendessem a sua tese, desenvolvendo argumentos e refutações e, por fim, depois de trabalhados todos esses aspectos, os alunos estavam prontos para produzir o seu texto dissertativo escrito. Além de sensibilizar os estudantes para os dramas humanos e de considerar elementos afetivos, potencializando a compreensão do sujeito e do próprio mundo que o circunda, a atividade proporcionou a passagem da informação à transformação e contribuiu para o processo de produção do texto escrito de maneira prazerosa. Palavras-chave: Filme; Leitura; Dissertação. 48


ANÁLISE DAS OPINIÕES DOS ESTUDANTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA QUANTO À PARTICIPAÇÃO DOS BOLSISTAS PIBID/QUÍMICA/PONTAL EM SALA DE AULA Aline P. Macêdo; Ana Paula S. Oliveira; Julieta H. K. Dib; José Gonçalves T. Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo por objetivo analisar as opiniões de estudantes do Ensino Médio, a respeito da participação dos bolsistas PIBID/Química/Pontal em sala de aula. A pesquisa foi realizada com 80 alunos, de faixa etária entre 14 e 45 anos, dos três turnos, na Escola parceira PIBID, em Ituiutaba−MG, que responderam à questão aberta sobre a ação dos bolsistas. A partir da análise das respostas, observou-se que muitos estudantes (44%) encaram a presença dos bolsistas como um auxílio ao professor na dinâmica educacional, esclarecendo dúvidas durante as atividades, como descrito nas falas: Eles ajudam a professora e também os alunos, que não sabem das experiências (aluno 2); Eles ajudam nas dúvidas dos alunos, pois o professor não consegue atender à dúvida de todos (aluno 39). Outros discentes (10%) afirmaram que os bolsistas trazem atividades diferenciadas, auxiliando na aprendizagem, como se verifica na fala de alguns estudantes: estão sempre inovando para a nossa aprendizagem (aluno 5); Os bolsistas sempre trazem ideia para que as aulas se tornem mais interessantes e legais, pois eles pensam em fazer coisas diferentes para que incentive o aluno a participar das aulas (aluno 39). Verifica-se, também, que 16% dos alunos percebem a oportunidade que os bolsistas PIBID têm para adquirir experiência na prática educacional e, assim, sejam motivados e incentivados a seguir a carreira docente, como exemplificam as falas: Eles 49


aprendem um pouco como é a vida dos professores em sala de aula (aluno 25); Acho uma oportunidade boa para eles aprenderem na prática (aluno 42). Assim, os alunos percebem que a formação dos licenciandos é permeada por situações reais vividas nas escolas, que situam o profissional em formação com a sua profissão. Os estudantes destacaram também o bom relacionamento com os bolsistas (8%), ressaltando que são tratados com atenção e educação, possuindo maior liberdade em questionamentos referentes ao conteúdo. Por meio desta pesquisa, foi perceptível que os alunos veem os bolsistas como um auxílio para o professor de Química, apresentando metodologias diferenciadas, como experimentos, jogos didáticos, dentre outros, complementando o processo ensinoaprendizagem e provocando melhorias no processo educacional. Assim, o PIBID possibilita elevar a qualidade da formação dos bolsistas, licenciandos em Química, proporcionando a participação em ações, experiências metodológicas e práticas docentes inovadoras, articuladas com a realidade escolar.

Palavras-chave: Iniciação à Docência; Concepções dos estudantes; Ensinoaprendizagem.

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PROPOSTA DE UM JOGO DIDÁTICO ELABORADO POR BOLSISTAS PIBID PARA O CONTEÚDO DE LIGAÇÕES QUÍMICAS: “DOMINÓ DAS LIGAÇÕES” Ana Paula Sabino Oliveira; Aline Pereira Macêdo; José Gonçalves Teixeira Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

Desenvolveu-se o presente trabalho no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo por objetivo apresentar um jogo didático como proposta metodológica para o conteúdo de ligações químicas, relatando sua elaboração e aplicação. O jogo “Dominó das Ligações” foi desenvolvido por meio da adaptação do dominó tradicional, para trabalhar o conteúdo de ligações químicas, com o fim de prever o tipo de ligação que ocorre entre determinados elementos, diferenciando a ligação iônica da covalente. Este é composto por 28 peças, contendo diferentes elementos químicos e tipos de ligações, iônicas e covalentes. Para a elaboração do jogo, escolheu-se elementos químicos possíveis de realizar o maior número de ligações com outros elementos. As peças foram elaboradas em um editor de textos, impressas em papel cartão e plastificadas. Aplicou-se o “Dominó das Ligações” como forma de revisão do conteúdo, para aproximadamente 80 alunos do 1° ano do Ensino Médio, em uma das escolas parceiras do PIBID. Para a aplicação, os alunos foram divididos em trios e as peças distribuídas sobre as mesas com as faces voltadas para baixo. Cada jogador escolheu seis peças, ficando o restante como monte de “compra”. O jogo foi conduzido como um dominó tradicional, porém as peças são unidas de acordo com o tipo de ligação (iônica ou covalente) entre os elementos. Os alunos utilizaram a tabela periódica como recurso para localização dos elementos e 51


consequente classificação dos mesmos como metais ou ametais. Com a aplicação do jogo, notou-se que este se mostrou uma ferramenta significativa no processo de revisão do conteúdo de ligações químicas, de forma lúdica e educativa, percebendo-se uma grande participação dos alunos, que se mostraram mais motivados em relação a esse conteúdo. Também foi perceptível que estes apresentaram um interesse maior sobre a aula diferenciada, solicitando sempre a presença de um bolsista no momento em que surgiam dúvidas durante a formação das ligações. É importante ainda destacar que o objetivo dos jogos didáticos não se resume apenas em facilitar a memorização dos conteúdos pelos estudantes, mas a induzir o raciocínio, a reflexão e a (re)construção do conhecimento químico.

Palavras chave: Ligações químicas; Jogo didático; Ensino de Química.

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O TEMA ÁGUA EM UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR PARA UMA TURMA DE 2° ANO DO ENSINO MÉDIO Tatiane A. Silva Rocha; Maila Maria D. Moreira; José Gonçalves Teixeira Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo como objetivo o relato de uma experiência interdisciplinar sobre o tema água. O desenvolvimento desse trabalho visou estimular a conscientização dos alunos de uma escola parceira do PIBID, em Ituiutaba−MG, possibilitando sensibilizar a comunidade escolar para a necessária conservação dos recursos hídricos, a partir da reflexão e participação na busca por soluções para essas questões. O trabalho constituiu-se da realização de um projeto interdisciplinar envolvendo a Química, Biologia, Física e Geografia, sobre o tema água, em uma turma de 2° ano do Ensino Médio. Para a elaboração do projeto foram sugeridos os subtemas: ciclo da água; consumo humano de água; poluição das águas; doenças provocadas por águas contaminadas; tratamento de água e utilização da água como fonte de energia. Estes foram distribuídos aos grupos para realização de uma pesquisa e apresentação aos colegas. O projeto foi realizado durante um mês, onde pôde-se perceber que os alunos estavam empenhados, interessados e curiosos, participando das monitorias extraclasse, para sanar suas dúvidas. Foram realizadas visitas de campo na Superintendência de Água e Esgoto, na Estação de Recuperação e Preservação Ambiental de Ituiutaba, e no Ribeirão São Lourenço, que é o rio que abastece a cidade. A abordagem interdisciplinar possibilitou que as diferentes disciplinas pudessem contribuir para abordagens consistentes dos fenômenos relativos a cada uma das áreas específicas. Para a apresentação das pesquisas 53


os alunos utilizaram vídeo, cartazes, maquetes, experimentos e curiosidades sobre subtemas relacionados à água. Durante o planejamento verificaram-se inúmeras trocas de experiências entre os participantes, buscando solucionar dúvidas, contribuindo para que todos se sentissem à vontade para sugerir e propor ações. Pode-se observar que a escolha de um tema gerador representativo de uma questão real, contextualizada e presente no cotidiano dos alunos, possibilitou um aumento no interesse e na participação da turma, tanto na discussão, quanto na tomada de decisões. Verifica-se a necessidade do conhecimento de aspectos que dizem respeito à disponibilidade de água no planeta e em sua região, o papel da água na manutenção da vida e da saúde, seus usos, questões relacionadas aos padrões de qualidade e o tratamento, na contribuição com o exercício da cidadania. Além disso, foi de grande aprendizado para os licenciandos envolvidos, por se tratar de uma experiência interdisciplinar.

Palavras-Chave: Água; Proposta interdisciplinar; PIBID.

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A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA COMO TEMA INTERDISCIPLINAR E FACILITADOR NO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM Núbia Aparecida Santos Neves; Jéssica Azevêdo Vieira; José Gonçalves Teixeira Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em todas as salas do Ensino Médio de uma Escola Estadual da cidade de Ituiutaba – MG, com a proposta interdisciplinar, denominada “Feira: Meio Ambiente – Onde as Ciências se completam”. Este evento teve como objetivo divulgar o programa PAAES (Programa de Ação Afirmativa de Ingresso no Ensino Superior), da Universidade Federal de Uberlândia, devido à preocupação da escola em relação à quantidade de alunos inscritos. A feira contemplou as áreas de Biologia, Física, Geografia e Química, cujos temas abordados foram retirados do conteúdo programático do PAAES como sugestões para projetos interdisciplinares. Este relato de experiência destaca o desenvolvimento dos trabalhos em uma turma do segundo ano da escola, que teve como tema eleito a Poluição Atmosférica. Em um primeiro momento, o tema foi subdividido de acordo com os tipos de poluentes e alguns efeitos, como, por exemplo, poluentes primários, secundários, catalisadores e efeito das queimadas, distribuídos aos cinco grupos formados na sala. Com o ajuda dos bolsistas PIBID, foram realizadas monitorias semanais, nas quais os alunos expunham suas dúvidas e ideias, apresentando a pesquisa prévia sobre o assunto a ser trabalhado e discutido. Dentre os assuntos trabalhados com os alunos destacam-se os catalisadores, usinas termoelétricas, correntes de convecção e inversão térmica, e emissão de poluentes primários. No dia da feira, o trabalho desenvolvido pela sala foi apresentado utilizando experimentos, maquetes, cartazes e a explicação dos 55


alunos aos visitantes. Aplicou-se aos alunos da referida turma um questionário antes e após a realização do evento, a fim de verificar se a prática de atividades como esta realmente contribui para o seu aprendizado, facilitando assim o processo de ensinoaprendizagem. Analisando os

resultados,

verificou-se um

aumento significativo do

conhecimento dos alunos sobre os temas. Ressalta-se, também, que todos os participantes

consideraram

vantajoso

o

desenvolvimento

das

atividades

e,

consequentemente, constatou-se propícia a realização do evento, pois foram alcançados os

objetivos

iniciais,

sendo

priorizado

o

desenvolvimento

de

atividades

interdisciplinares.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade; Meio Ambiente; PIBID.

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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Bruno Benhocci Santana; Taíza Maschio de Lima; Marisa Maurício Carrasco Dionísio Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: O início da vida sexual tornou-se cada vez mais precoce nas últimas décadas, porém, os conhecimentos dos adolescentes sobre sexualidade, métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis (DST) é escasso e, muitas vezes, errôneos. A falta de conhecimento sobre métodos contraceptivos e sua correta utilização é uma das principais causas da gravidez na adolescência. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente

oito

opções

de

métodos

contraceptivos:

injetáveis,

pílula

anticoncepcional, pílula do dia seguinte, diafragma, dispositivo intrauterino (DIU) e preservativos masculino e feminino, além dos métodos definitivos (laqueadura e vasectomia). Este trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento dos alunos concluintes do Ensino Fundamental sobre métodos contraceptivos. Foi aplicado um questionário contendo oito questões objetivas e nove questões abertas aos alunos do nono ano de uma escola pública de Votuporanga, SP. Participaram da pesquisa 33 alunos, dos quais 60,61% eram do sexo masculino e 39,39%, do sexo feminino. A idade dos estudantes variou entre 13 e 17 anos. A maioria dos alunos (87,88%) recebeu algum tipo de orientação sexual na escola, na disciplina de Ciências, enquanto 12,12% afirmaram não ter recebido orientação escolar. Quando questionados sobre os métodos de anticoncepção conhecidos, foram citadas apenas camisinha (100%) e pílula anticoncepcional (90,91%). Pode-se concluir que, apesar de o conteúdo de Ciências do oitavo ano conter informações sobre orientação sexual, o conhecimento dos alunos sobre métodos contraceptivos é bastante precário. Embora a camisinha e a pílula anticoncepcional 57


sejam citadas pelos alunos, o conhecimento sobre tais métodos é deficiente, com noções errôneas. Isso pode ser a causa da escolha inadequada de métodos de contracepção, voltada principalmente para a camisinha e a pílula. A deficiência no conhecimento sobre os diversos métodos contraceptivos relaciona-se à maior resistência ao seu uso. Os resultados obtidos mostram a necessidade de se abordar esse tema de forma mais aprofundada e interativa, por meio da utilização de palestras, dinâmicas de grupo, simulações e jogos pedagógicos.

Palavras-chave: Métodos contraceptivos; Orientação sexual; Ensino Fundamental.

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UMA EXPERIÊCIA COM O USO DE MATERIAL PEDAGÓGICO NO ENSINO DA TABUADA Claudinéia L. Santana Pavanelli; Renata de O. Navarro; Milena A. Batelo Ramos Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: O ensino da Matemática feito por diferentes estratégias contribui para que as aulas sejam mais dinâmicas e não se tornem tão expositivas. O uso de materiais pedagógicos por muitos professores das redes públicas e particulares de ensino reflete esta importância, e o aluno tem maior possibilidade de interação com o professor expondo suas ideias e estratégias que promovem a aprendizagem. Considerando esta proposta como uma alternativa metodológica, as bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da área de Matemática da UNIFEV desenvolveram um material pedagógico para o ensino da tabuada. A proposta de utilização surgiu devido à necessidade de entendimento da tabuada, do número dois ao número nove, pelos alunos do 5º e 6º anos de uma escola da rede pública estadual parceira do projeto PIBID na cidade de Votuporanga – SP. Foram elaborados oito quebra-cabeças com diferentes figuras que, para montar, exigiam a compreensão dos alunos a respeito das regras de multiplicação. Após a montagem, os alunos também tinham a possibilidade de colorir o desenho formado. O material foi trabalhado em cada sala durante duas aulas com cerca de setenta alunos, que tiveram grande interesse na participação da atividade. Em cada sala os alunos articularam diferentes estratégias com o princípio da multiplicação para a construção de um raciocínio que levasse à conclusão das figuras. Os resultados foram muito satisfatórios mesmo diante das dificuldades apresentadas por alguns. Durante todo o processo as salas foram acompanhadas pelas bolsistas que colaboraram no esclarecimento das dúvidas. A realização do projeto proporcionou a participação do

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aluno em atividades que promovem o raciocínio lógico e a criatividade, permitindo que a compreensão dos conteúdos seja possível e se torne cada vez mais efetiva.

Palavras-chave: Formação Inicial; PIBID; Educação

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A MONITORIA COMO UM ELEMENTO ESSENCIAL NA FORMAÇÃO DE FUTUROS DOCENTES EM QUÍMICA Jackelinne C. de Lima; Mariana L. Cabral; Julieta H. K. Dib; José Gonçalves T. júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), para avaliar os impactos das atividades de monitoria realizadas em uma escola parceira. A monitoria é uma atividade proposta e desenvolvida pelos bolsistas PIBID do subprojeto Química/Pontal, com o objetivo de minimizar as dúvidas em conteúdos já abordados pelos professores, resolução de exercícios e demais atividades sugeridas em sala de aula. Além disso, através da monitoria tem-se a possibilidade de melhorar os conhecimentos específicos e pedagógicos dos bolsistas, que têm a oportunidade de vivenciar o contato direto com os alunos e com os professores de Química. As monitorias foram realizadas na própria escola, em período extraturno, onde os bolsistas se preparavam estudando os conceitos no livro didático adotado pela escola e tinham a possibilidade de adaptar e aplicar os conhecimentos estudados na graduação, buscando aplicar métodos diferenciados daqueles vistos em sala para o entendimento dos alunos. Visando analisar o impacto de tais ações na aprendizagem dos estudantes, foram aplicados questionários aos professores de Química da escola atendida pelo projeto. Um dos docentes afirmou que a monitoria é um reforço para o conteúdo trabalhado em sala, e verifica que mesmo sendo, em alguns momentos, poucos os alunos participantes das atividades extraturno, estes se tornam multiplicadores dos aprendizados durante a resolução de exercícios em sala de aula. Os docentes percebem a melhoria no rendimento e nas notas dos alunos. Os professores de Química das escolas relataram um aumento do interesse dos alunos pela matéria e até mesmo uma melhora na relação professor-aluno. Outra professora 61


afirma que “é muito cedo para escrever sobre a monitoria”, sendo necessário ampliarmos as investigações sobre as possibilidades e os seus impactos para os discentes. Entretanto, para os licenciandos, o contato direto com os estudantes e a possibilidade de ensinar conteúdos diversos contribuem de forma significativa para a formação pedagógica de uma prática reflexiva e transformadora, em constante processo de reflexão, reavaliação e reconstrução, valorizando e incentivando sua escolha profissional.

Palavras-chave:

Iniciação

à

Docência;

Monitoria;

Ensino

de

Química.

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OS ALUNOS COMO PROTAGONISTAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM SOBRE O TEMA PILHAS E BATERIAS Jennifer Felipe Brito; José Gonçalves Teixeira júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo por objetivo avaliar a proposta de uma metodologia alternativa para o ensino sobre pilhas e baterias. Este tema foi escolhido em função de sua relevância para o entendimento de outros conceitos químicos e por possibilitar estabelecer relações com o cotidiano dos estudantes. Apesar disso, pesquisas indicam diversas dificuldades conceituais atreladas a este conteúdo, tais como a diferenciação entre oxidação e redução, o entendimento da corrente e da condutividade elétrica e a representação das reações envolvidas. Por isso, foi realizado um projeto, em uma turma de 2º ano do Ensino Médio, em uma escola pública de Ituiutaba−MG, a fim de trabalhar o conteúdo de pilhas e baterias em uma perspectiva diferenciada. O assunto foi dividido nos seguintes subtemas: questão histórica, malefícios para a saúde e o meio ambiente, reciclagem, metais presentes, aplicação e função de pilhas e baterias, questões econômicas, diferença entre pilhas-baterias, pilhas comuns e recarregáveis. Estes foram distribuídos aos grupos de alunos para realização de uma pesquisa a ser apresentada em momento posterior. Foram realizadas monitorias com todos os grupos, a fim de esclarecer as dúvidas − uma vez que o conteúdo não era do conhecimento da turma − e organizar as apresentações. Foram produzidos cartazes e maquetes, reproduzindo com materiais de baixo custo diferentes etapas dos processos envolvidos em cada subtema, possibilitando que os estudantes criassem, organizassem e elaborassem materiais diversos, contribuindo 63


para sua própria aprendizagem. Além disso, alguns grupos realizaram atividades experimentais, a partir de proposições da revista Química Nova na Escola, a fim de interpretar os fenômenos e relacionar os aspectos teóricos e práticos. Os grupos utilizaram diversas metodologias para apresentação de suas pesquisas, de forma clara e objetiva, relatando que o trabalho foi de grande importância para o aprendizado dos temas químicos relacionados a pilhas e baterias. Foi possível observar que os alunos ficaram empolgados em apresentar uma pesquisa com algo inovador como teatros, experimentos, vídeos, maquetes e cartazes que eles mesmos realizaram. Assim, verifica-se que é possível fazer diferente, deixando de atribuir ao professor o papel de único responsável pela aprendizagem em sala de aula, podendo proporcionar aos estudantes a oportunidade de realizar atividades mais participativas e investigativas, além de sistematizar e socializar os conhecimentos, despertando a curiosidade e o interesse pela ciência. Palavras-chave: Ensino de Química; Pilhas e baterias; PIBID.

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PROPOSTA DE ATIVIDADE ENVOLVENDO EXPERIMENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DE MODELOS PARA O ENSINO DO PRINCÍPIO DE LE CHATELIER Rosane Mayara Andrade Costa; Aline Pereira Macêdo; José Gonçalves Teixeira Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo por objetivo relatar uma atividade experimental realizada com três turmas de 3° ano do Ensino Médio, em uma escola pública, em Ituiutaba−MG. Desenvolveu-se uma atividade envolvendo o conceito do Princípio de Le Chatelier, possibilitando ao futuro professor vivência de uma prática metodológica diferenciada e proporcionando uma aprendizagem significativa aos alunos, de modo a perceberem a influência da concentração e temperatura de um sistema em equilíbrio químico. Sabe-se que diversas pesquisas discutem as dificuldades conceituais de alunos do Ensino Médio em relação ao estado de equilíbrio químico. Dentre essas dificuldades, destaca-se o entendimento, a correta aplicação e a utilização do princípio de Le Chatelier. Por isso, a aula foi planejada pelas bolsistas, a pedido da professora regente da Escola parceira PIBID, onde os estudantes deveriam modificar o equilíbrio da reação química entre a amônia e íon amônio e entre os íons dicromato e cromato, aumentando a concentração de uma das espécies. Para observar o efeito da temperatura sobre o equilíbrio, realizou-se, de forma demonstrativa, o aquecimento da solução de amônia contendo fenolftaleína e do sulfato de cobre pentahidratado. Após as duas atividades, os alunos representaram através de modelos − utilizando desenhos de bolas em nível microscópico − a concentração dos reagentes e produtos decorrente do deslocamento do equilíbrio da reação. Durante a prática, foi 65


possível verificar uma participação expressiva dos estudantes, os quais questionaram os fenômenos ocorridos e correlacionaram-nos com a teoria já estudada. Esta atividade permitiu aos estudantes constatar o princípio de Le Chatelier ao causar um distúrbio nas reações químicas e, através dos modelos, observar que grande parte dos alunos (62%) conseguiu representar a concentração dos reagentes e produtos indicando o deslocamento do equilíbrio. Alguns alunos optaram por não elaborar os modelos, mas, por meio das discussões geradas no decorrer da aula, averiguou-se que os mesmos puderam compreender o assunto abordado. E, nesse sentido, ao fim desta atividade foi possível vivenciar uma prática metodológica, enriquecendo a formação docente e, ao mesmo tempo, propiciar uma aprendizagem satisfatória aos estudantes, através de uma aula diferenciada, permitindo-lhes uma discussão a respeito das observações realizadas. Palavras chave: Experimentação; Equilíbrio químico; Modelos.

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BIOGRAFIA, AUTOBIOGRAFIA E LINHA DO TEMPO: ATIVIDADE DESENVOLVIDA COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Adair Fernandes David Júnior; Tatiane Helena da Costa Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo por objetivo relatar uma atividade desenvolvida com alunos do 6° ano de uma Escola Municipal de Ituiutaba−MG. Esta oficina foi desenvolvida a partir do tema Biografia e Linha do Tempo com o objetivo de possibilitar ao futuro professor vivência de novas práticas metodológicas em sala de aula. Apresentamos aos estudantes do 6° ano a diferença entre biografia e autobiografia, bem como sua importância. Ressaltamos que não são apenas as pessoas consideradas importantes que têm direito a ter sua história de vida escrita, ou seja, cada pessoa é um sujeito histórico que participa ativamente da História. Para o desenvolvimento da oficina utilizamos um roteiro com questões referentes ao tema, o qual apresentava como exemplo a biografia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde os alunos deveriam analisá-la, bem como construir uma linha do tempo respeitando a ordem cronológica. A partir disso, desenvolveram sua autobiografia e linha do tempo, apontando os acontecimentos que consideravam relevantes, levando em conta a discussão gerada durante a dinâmica. Apresentamos, também, a autobiografia e linha do tempo dos bolsistas PIBID ministrantes da oficina, para que os alunos tivessem contato com história de vida de pessoas próximas a sua realidade. As questões apresentadas no roteiro foram respondidas no caderno, sendo possível verificar por meio das respostas dos discentes 67


que os mesmos conseguiram compreender a diferença entre biografia e autobiografia e que uma linha do tempo não é necessariamente linear, mas também pode ser representada por diferentes formas, segundo a intenção de quem a elabora. Durante a atividade os alunos se mostraram participativos e questionadores, proporcionando aos bolsistas PIBID/História/Pontal a vivência de uma prática metodológica focada no desenvolvimento das habilidades de leitura, produção de texto, narrativa oral e trabalho em grupo, contribuindo, assim, para a formação docente fora do paradigma da aula magistral.

Palavras-chave: Relato de experiência; Ensino de História; PIBID.

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O USO DA CHARGE COMO UMA NOVA METODOLOGIA PARA TRABALHAR POLÍTICA EM SALA DE AULA Karine Ferreira de Moraes Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Esta pesquisa é um recorte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência /PIBID, da UFU. Visa apresentar o uso da charge em sala de aula como recurso metodológico eficiente para ensinar política. Esta didática tem o objetivo de envolver mais o discente na aprendizagem dos conteúdos, já que estes são limitados, considerando que as disciplinas são pré-determinadas e apenas científicas, o que distancia o aluno do contexto social no qual está inserido. A proposta é fazer com que o educando se interesse pelo conteúdo, mostrando que o que está sendo ensinado tem a ver com a vida dele e motivá-lo para o processo de ensino-aprendizagem. Com este instrumento pedagógico o aluno pode ser levado à reflexão e à criticidade. Para fundamentar este argumento, realizamos através do PIBID, na Escola Estadual Bairro Jardim das Palmeiras, uma oficina de Charge que teve como objetivo apresentar aos alunos o que é Charge, Cartum, Tirinha e Mangá, suas principais características, chargistas mais conhecidos e alguns temas para que eles pudessem participar do I Concurso de Charges – Millôr Fernandes, realizado também pelo projeto. A oficina teve como metodologia aulas expositivas ministradas pelos bolsistas sobre os autores selecionados, tais como Millôr Fernandes, Ernani Diniz Lucas, Joaquin Salvador Lavado, Scott Adams, Arnaldo Angeli Filho, Glauco Villas Boas, entre outros. Utilizamos como recurso didático data show, por considerarmos uma ferramenta que potencializa os dispositivos metodológicos convencionais. Através da projeção de imagens os alunos conheceram os personagens dos autores anteriormente citados como 69


a Mafalda, desenhada por Quino, O Menino Maluquinho, criado por Ziraldo, Geraldão e Geraldinho, de Glauco, entre outros. O público-alvo foram alunos do Ensino Médio. As aulas foram bem ministradas, dinâmicas, explicativas, com espaço para debate, conseguindo despertar seu interesse para o concurso. O objetivo deste foi estimular o desenho na escola. O tema foi Ciência Política e os desenhos poderiam ser em formato de charge, tirinha ou cartum. Conseguimos reunir aproximadamente quinze alunos, do matutino e do noturno, que desenharam no pátio da escola charges políticas sobre acontecimentos recentes, como a corrupção, a desigualdade social, problemas na educação e desemprego. Concluímos que o uso da charge em sala de aula como recurso metodológico é um importante instrumento para o aprendizado, uma vez que desperta o interesse dos discentes pelo conteúdo ministrado, tornando estes alunos mais reflexivos e críticos.

Palavras-chave: Charge; Política; Ensino-aprendizagem.

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RELAÇÃO DE ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA COM A MATEMÁTICA Luana Mitsui Segawa; Alex Vieira Ramos Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Um dos maiores problemas que os estudantes do Ensino Médio enfrentam reside na qualidade do ensino público, além da problemática vocacional dos pais, o padrão de interação familiar e os níveis socioeconômicos. Através da aplicação de questionário a turmas do 1º ano do Ensino Médio de duas escolas estaduais de Uberaba, estabeleceu-se o perfil deste grupo e identificou-se sua relação com o processo ensino e aprendizagem da Matemática. Diante destes fatores, o questionário foi aplicado a 385 alunos do 1º ano do Ensino Médio de duas escolas deste município, a fim de estabelecer o perfil sócio-demográfico-acadêmico dos alunos sujeitos da pesquisa e verificar como estes se relacionam com o ensino de Matemática. O estudo aqui apresentado pode ser classificado como descritivotransversal com abordagem quantitativa-qualitativa. Pelos resultados de ambas as escolas, os alunos dizem em sua maioria gostar de Matemática. Também mostram que a grande maioria sente dificuldade e não procura o seu professor fora da sala e/ou professor particular para tirar dúvida sobre esta disciplina. Os alunos advertem que os métodos utilizados como suporte ,pelo professor, devem ser revistos, de modo a criar uma condição de assimilação do assunto. O professor utiliza pouco o computador em sala de aula, e é importante relatar que, num mundo tão informatizado, a inserção da tecnologia em sala de aula pode ser uma importante ferramenta de apoio ao docente. Os alunos afirmam que há uma pequena utilização de jogos matemáticos e acreditam que é uma ferramenta que auxilia a prática docente. 71


Os dados ainda revelam que o aluno não está empenhado com os estudos, pois a maioria estuda às vésperas da prova somente para obter nota. Além disso, alguns alunos afirmam que quase nunca entendem a matéria, enquanto outros quase sempre compreendem o conteúdo e os problemas aplicados em sala de aula. Percebe-se que os alunos do primeiro ano do Ensino Médio têm uma relação conflituosa com a Matemática, pois dizem que gostam da matéria, mas que sentem dificuldade e mesmo assim não procuram ajuda fora do período de sala de aula. Além disso, mostram a maneira como gostariam que a disciplina fosse ministrada, mas também indicando que não se empenham em seus estudos. Portanto, é necessário identificar estes problemas e a partir daí criar ações para a melhoria do processo ensinoaprendizagem da Matemática.

Palavras-chave: Alunos; Ensino Médio; Ensino-aprendizagem; Matemática.

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PIBID: INCENTIVANDO A LEITURA ATRAVÉS DE FÁBULAS Poliana T. Ribeiro; Arione G. Júnior; Denize de A. Oliveira; Rosiene de Jesus Costa Universidade Federal do Tocantins (UFT) Campus Universitário de Arraias Resumo: O PIBID tem a função de aplicar novos procedimentos que capacitam e contribuem para a escola no aspecto de ensino-aprendizagem, tendo uma função muito importante para a habilitação dos futuros professores no intuito de adquirir práticas pedagógicas que possibilitem melhoras em uma futura atuação docente. Além disso, teve como finalidade a melhoria da qualidade do aprendizado do educando da escolacampo. A formação de leitores não é uma tarefa tão simples quanto parece, é uma ação que demanda tempo e dedicação. Dentre os alunos das séries iniciais do ensino fundamental há certa resistência, considerando que uma boa leitura vai além de uma mera decodificação de palavras. Por isso, há necessidade de buscar metodologias inovadoras, atendendo às necessidades e interesse dos alunos. O trabalho do PIBID da UFT de Arraias teve como objetivo trabalhar o incentivo à leitura com alunos do 4° ano da Escola Estadual Silva Dourado, tendo em vista a formação de leitores. Neste aspecto, buscou utilizar as fábulas, pois proporcionam uma leitura agradável e formativa, uma vez que trabalham com valores. Por meio de estratégias diversificadas buscamos trabalhar esse gênero com os alunos, através de dobraduras, baú literário, bingo, apresentação de teatros de forma lúdica e prazerosa. A escrita é outra dificuldade que os alunos enfrentam, tornando-se um desafio para a escola. Nesse sentido, desenvolvemos atividades relacionadas à leitura de fábulas e contemplamos a reescrita e a criação de novos textos a partir dos que foram trabalhados. Foi significativa a realização desse trabalho, pois as fábulas despertam o interesse e retratam situações reais contribuindo para a formação do caráter. Nesse 73


sentido, Paço (2009, p. 12) afirma que “através da literatura, a criança descobre o mundo onde os sonhos e a realidade são acrescidos, levando-as à descoberta do mundo mágico, interferindo na realidade”. Durante a execução das atividades propostas houve maior integração entre os alunos, desenvoltura e interesse pela leitura. Ao ler, os alunos se identificaram com as situações vividas pelos personagens. Os resultados do trabalho refletiram no desenvolvimento da oralidade, gosto e apreciação pelas fábulas e também a ampliação do conhecimento de mundo que, de certa forma, é apresentada nas fábulas.

Palavras-chave: Leitores; Formação; Descoberta.

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CONCEPÇÃO DOS ALUNOS DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA, EM RELAÇÃO AO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA Ana Carolina C. Oliveira e Sousa; Erica C. da Silva; Tania Maria Furtado de Faria Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A Matemática é vista atualmente como uma disciplina que apresenta dificuldades no processo ensino e aprendizagem. Existem alunos que não conseguem visualizar esse fato, achando apenas que o que é realizado na sala de aula e na escola como um todo serve somente para impressioná-los ou para obrigá-los a estudar e levar de forma séria essa disciplina. Através da aplicação de questionário a turmas do 9º ano do ensino fundamental de duas escolas estaduais de Uberaba, estabeleceu-se perfil deste grupo e identificou-se sua concepção e atitudes em relação ao processo ensinoaprendizagem da Matemática. O estudo apresentado pode ser classificado como descritivo-transversal, com abordagem quantitativa-qualitativa, tendo como sujeitos da pesquisa 134 alunos do 9º ano do ensino fundamental de duas escolas públicas de Uberaba, e desenvolvido da seguinte maneira: (1) formulação de problemas; (2) elaboração e aplicação do instrumento de pesquisa junto aos sujeitos da pesquisa; (3) montagem do banco de dados; (4) tabulação e análise dos dados; (5) divulgação dos resultados. No que se refere à idade deste grupo de alunos, observa-se que, em média, os da Escola I possuem 13,9 anos e os da Escola II 14,53 anos. Segundo o sistema educacional brasileiro, que considera a idade de 14 anos para a finalização do Ensino Fundamental, os alunos encontram-se nesta idade. Outros resultados indicam que 68,6% dos alunos da Escola I e 52,8% dos alunos da Escola II dizem que gostam de estudar Matemática. 75


Quanto ao porquê de os alunos não gostarem de estudar Matemática apresentase: dificuldade na aprendizagem do conteúdo; achar a matéria chata; dificuldade de entender algumas coisas; etc. Ainda observade atitudes deste grupo de alunos em relação à Matemática é igual a 0,73595 para a Escola I e 0,90145 para a Escola II, portanto, há indicação de uma relação mais positiva dos alunos do 9º ano da Escola II do que na Escola I em relação a esta disciplina. Diante de tal estudo, é importante salientar que o ser humano necessita compreender os fenômenos que o cercam, e ampliar, aprofundar e organizar progressivamente o seu conhecimento e sua capacidade de intervenção sobre esses fenômenos através do conhecimento.

Palavras chaves: Concepção; Aluno; Matemática; Ensino-aprendizagem.

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A PRODUÇÃO DOS GÊNEROS TEXTUAIS “RESUMO” E “RESENHA” NO ENSINO MÉDIO Viviane Miki Oda; Isabella Borges Mendes Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Este Projeto de Pesquisa possui como tema “A produção dos gêneros textuais resumo e resenha no Ensino Médio”, que se encontra inserto no assunto geral “gênero textual” e tem como objetivo ser aplicado em uma turma de Ensino Médio, de uma escola pública estadual na cidade de Uberaba. A ideia surgiu durante a participação das autoras no Projeto de Iniciação de Bolsa à Docência, onde notaram a carência dos alunos na produção dos gêneros “resumo” e “resenha”. A língua, como atividade social, histórica e cognitiva é “uma forma de ação social e histórica que, ao dizer, também constitui realidade”, conforme expressa Marcuschi (2003, p. 22). Toda comunicação verbal se realiza por meio de gênero textual, que, por sua vez, realiza-se por meio de sequências textuais. Gênero textual é fenômeno histórico, profundamente associado à vida social e cultural do indivíduo; são textos materializados do cotidiano, que possuem características funcionais e formais, políticas e sociais. Nesse sentido, verifica-se que os gêneros textuais “resumo” e “resenha” são práticas escolares arraigadas, bastante úteis para a vida do aluno, dentro e fora do âmbito estudantil, eis que a função e a forma deles são proveitosas para a interpretação de textos, sínteses de estudos, construção da imagem de um trabalho acadêmico (visto que este, geralmente, é apresentado por um resumo), exposição e argumentação de opinião, etc. Tais gêneros textuais foram escolhidos como objeto do projeto de intervenção escolar porque seus estudos e práticas são conexos e trabalham, ao mesmo tempo, a leitura, a interpretação de texto, a escrita e a argumentação. Isso porque, antes de iniciar o processo de execução do resumo (escrita), necessária é a leitura e a interpretação do 77


texto e, para a consecução do gênero, imprescindível é sua reprodução escrita e, no caso da resenha, o registro da opinião do produtor do gênero. Assim, entendemos que esse projeto será eficaz para o desenvolvimento de ambas as essenciais habilidades do aluno: leitura e escrita. Ademais, resumo e resenha são gêneros bastante utilizados na universidade, pelo que este projeto também se presta para preparar os alunos do Ensino Médio na passagem para o terceiro grau. Assim, pretende-se com o presente projeto tornar os alunos do Ensino Médio aptos a produzirem textos no gênero textual resumo e resenha, melhorando a leitura e a escrita, iniciando-os na realização de textos acadêmicos e científicos.

Palavras-chave: Resumo e resenha; Gênero textual; PIBID.

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A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO COMO ESTRATÉGIA PARA O ENSINO DE BOTÂNICA Kamila A. M. Gonçalves; Letícia A. Alves; Anésia Marina S. Santos; Simone Acrani Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo:

A Botânica é uma área da Biologia que estuda as plantas, inclui a Sistemática Vegetal que analisa a diversidade vegetal com base na variação morfológica e nas relações evolutivas, produzindo um sistema de classificação, o qual permite estabelecer uma identificação ideal para as espécies vegetais. A grande maioria dos alunos encontra dificuldades para entender esse conteúdo, devido à ausência de aulas práticas ou outras atividades que aproximam o conteúdo da realidade desses estudantes. Tendo em vista a importância dos modelos didáticos e do lúdico para o ensino de Biologia, o objetivo do trabalho foi elaborar um jogo de cartas que tornasse o aprendizado de Botânica atrativo e dinâmico. Antes de iniciar a construção do jogo, os alunos tiveram acesso ao conteúdo teórico dos quatro grupos de plantas (Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas), assim como as principais diferenças entre elas. Em seguida, com a ajuda das monitoras do PIBID-BIOLOGIA-UFTM, os alunos analisaram algumas árvores da escola que comporiam o jogo e realizaram várias pesquisas para determinar as características de cada uma delas como: altura, diâmetro do tronco, características das folhas e flores, família e outros. A partir dessas informações, as cartas foram confeccionadas, impressas, coladas no papel cartão e as regras do jogo determinadas. O jogo de cartas foi apresentado na Feira de Ciências da escola junto com exposição de um pôster sobre o minicurso. Além disso, os alunos levaram representantes de cada grupo de plantas estudado para explicar aos visitantes as suas principais características. Assim, concluímos que a confecção do jogo foi importante para a construção do 79


conhecimento dos alunos na disciplina de Botânica, além de facilitar a interação entre a Universidade e a escola. Palavras-chave: Ensino de Botânica; Biologia; Lúdico.

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ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA ESTRUTURA FÍSICA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR CHAVES Letícia A. Lemes; Amanda P. Silva; Eliziane V. Ferro; Jonathan O. Rios; Julian C. G. S. Junior; Leandro S. Rodrigues; Mateus G. Silva; Naira R. Pithan; Paulo R. Faquinelli; Sandra R. Freitas; Tatiane B. Martins; Priscila M. Gomes; Simone Acrani Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O espaço físico presente na escola é importante para aprendizagem e socialização dos alunos, pois estes passam parte de suas vidas presentes neste ambiente. Este trabalho tem como objetivo principal conhecer o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Professor Chaves e relacioná-lo com a realidade escolar, e possui também como objetivos secundários: compreender o processo de formação dos professores; levantar o número de alunos da escola e dentre estes quantos são portadores de necessidades especiais; investigar o processo educacional no qual estes alunos estão inseridos; analisar a adequação estrutural da escola e outros. Para a coleta dos dados, foi aplicado um questionário para identificar os aspectos relacionados à localização, espaço físico, financeiro, gestão e pedagógico, realizada uma entrevista com a diretora da escola, e realizadas leituras do Projeto Político Pedagógico, do Regimento Escolar e do livro “Egressos de Sucesso − História da Escola Estadual Professor Chaves”. Diante do exposto, e a partir da pesquisa realizada, foi constatado que a escola apresenta ótima infraestrutura, corpo docente qualificado e quadro de funcionários que atende às necessidades da escola. Porém, não existem professores especializados para trabalhar com alunos com necessidades especiais.

Existem

programas que visam promover a interação entre família e escola, bem como momentos culturais, palestras, passeios e excursões. Conta, também, com convênios que auxiliam no seu bom funcionamento. É perceptível que a disponibilidade de recursos e as 81


parcerias com outras instituições podem aprimorar o desempenho da escola e ainda otimizar a formação dos alunos. Percebemos a existência de infraestrutura adequada, porém pequenos ajustes em alguns aspectos pedagógicos precisam ser realizados para que a escola tenha correlação positiva entre estrutura física e ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Infraestrutura escolar; Educação; Aprendizagem.

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AULA PRÁTICA, COMO NOVA METODOLOGIA PARA A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DE BIOLOGIA Amanda P. Silva; Eliziane V. Ferro; Julian C. G. S. Junior; Leandro S. Rodrigues; Letícia A. Lemes; Mateus G. Silva; Naira R. Pithan; Paulo R. Faquinelli; Sandra R. Freitas; Tatiane B. Martins; Priscila M. Gomes; Simone Acrani Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O modelo tradicional de ensino ainda é bastante utilizado por muitos professores nas escolas de Ensino Básico. Os alunos estão muito preocupados com notas, provas, vestibulares e, para mudar esse cenário, é preciso realizar novas metodologias, como a atividade prática em laboratório, já que esta é fundamental para o ensino de Ciências Biológicas. Acreditando na importância de trabalhar de forma associada o conteúdo teórico-prático para o desenvolvimento do aprendizado, monitores do PIBIDBIOLOGIA-UFTM desenvolveram junto às seis turmas da primeira série do Ensino Médio da Escola Estadual Professor Chaves uma atividade sobre enzimas. No primeiro momento, foi realizada uma abordagem teórica sobre o assunto, utilizando a exposição dialogada, e vários questionamentos foram feitos para que as dificuldades fossem elencadas. No segundo momento, as turmas foram divididas e levadas separadamente ao laboratório pelos monitores. Após o desenvolvimento da aula prática, vários questionamentos foram feitos novamente e as respostas eram realizadas prontamente, o que podemos inferir o bom aproveitamento do conteúdo pelos alunos; além disso, o interesse foi total, todos realizaram a atividade com envolvimento pleno. Não percebemos brincadeiras ou descaso com a atividade. Posteriormente, o assunto foi avaliado de forma quantitativa na avaliação bimestral, o que demonstrou desempenho satisfatório, pois 80% deles responderam corretamente às questões referentes ao tema. Isso comprova que a aula prática é uma ferramenta importante para despertar o interesse e a curiosidade nos alunos. A prática também ajudou os alunos a desenvolverem 83


conceitos científicos e facilitou a assimilação do assunto abordado. Palavras-chave: Aula prática; Enzimas; Educação.

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O USO DO MURAL COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Julian C. G. S. Junior; Jonathan O. Rios; Leandro S. Rodrigues; Mateus G. Silva; Paulo R. Faquinelli; Tatiane B. Martins; Priscila M. Gomes; Simone Acrani Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A organização de atividades com os temas transversais é uma forma eficiente de desenvolver atividades de ensino e aprendizagem, permitindo grande contribuição de diversos campos do conhecimento, tornando as informações objetivas e significativas. E para tornar o processo de aprendizagem mais eficaz e dinâmico, é importante a utilização de materiais estratégicos, com aplicações prazerosas para os alunos. Tendo como objetivo a elaboração de atividades atrativas e que estimulem a informação e busca de aprendizado, os monitores do PIBID-BIOLOGIA-UFTM que atuam na Escola Estadual Professor Chaves propuseram a criação de um mural, onde os temas da Biologia, assim como os transversais, são expostos. A montagem do mural é feita em duplas e a cada quinze dias ele é totalmente reorganizado. A localização é interessante, pois fica em lugar visível por toda a comunidade escolar. A utilização de cores fortes e desenhos chamativos são propositais para que as pessoas parem e leiam as informações ali contidas. Os temas expostos são interessantes e despertam a curiosidade dos alunos, assim como a de professores de diferentes áreas. Concomitantemente com os temas específicos, notícias e informações da escola são ali colocadas. A estratégia do mural foi bem aceita pelo público-alvo. Os conteúdos expostos no mural tiveram grande repercussão, e muitas discussões chegaram até as salas de aula e de professores. A estratégia do mural superou as expectativas como estratégia didática, tanto que os alunos propuseram participar da elaboração da montagem dos próximos murais.

Palavras-chave: Mural; Estratégia didática; Temas transversais.

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O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PIBID/SUBPROJETO BIOLOGIA: NOSSA EXPERIÊNCIA COM JOGOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE GENÉTICA Ana Claudia Silveira; Helen Diane S. Gomes Silva; Karen Ferraz Faria; Patrícia M. Miranda; Talita Moura Franco; Patrícia Silva da Costa Alves; Sandro Prado Santos Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Resumo: Durante aproximações e vivências no espaço da escola pública, enquanto bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES), os quais apoiaram a realização desse trabalho, notamos que as principais dificuldades encontradas pelos alunos do Ensino Médio estão associadas ao conteúdo de Genética, sobretudo aos aspectos conceituais. Nesse contexto, um dos objetivos do PIBID, além de fomentar a aproximação da Educação Superior com a escola pública, é incentivar experiências metodológicas, reflexões de possíveis propostas, estratégias e recursos didático-pedagógicos no ensino de Biologia. As intervenções, realizadas pelo subprojeto Biologia, orientaram-se nesse propósito com o ensino de Genética. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo mostrar os resultados pedagógicos da aplicação dos jogos: Show da Genética e Dominó da Genética em uma escola pública estadual de Ituiutaba/MG, por cinco bolsistas. Os públicos-alvo foram aproximadamente 150 alunos da 3ª série do Ensino Médio. O Show da Genética, elaborado por pesquisadores da Universidade Estadual de São Paulo, configura-se como um recurso interativo e tem como finalidade trabalhar com os conceitos de DNA, RNA, 1ª e 2ª Lei de Mendel, por meio de perguntas com alternativas de múltipla escolha. Esse foi realizado no Laboratório de Informática da escola com grupos de alunos. O jogo Dominó da Genética foi uma proposta 86


metodológica da disciplina Genética, do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da FACIP/UFU. As regras deste são semelhantes ao do dominó tradicional, no qual os alunos devem encaixar as respostas certas em suas perguntas específicas e vice-versa, sendo abordadas as temáticas: divisão celular, replicação, tradução, transcrição, mutação, transgênicos, clonagem, genótipo, fenótipo, dentre outras. Os jogos trouxeram resultados positivos, tais como: facilitação da compreensão e da aprendizagem dos conceitos; utilização de outro recurso didático nas aulas de genética, além do Livro Didático; utilização do Laboratório de Informática e espaços de diálogo para exposição das dúvidas. Dessa forma, consideramos que a aplicação desses jogos são instrumentos sugestivos que podem ser eficazes na prática docente diante da abordagem de conteúdos que, muitas vezes, são de difícil compreensão e decorados pelos estudantes. Dentre as necessidades formativas para os professores de Biologia, em formação inicial, destacamos que, a partir das experiências vivenciadas, construímos saberes teóricos e práticos fundamentados na realidade da escola, possibilitando o entendimento da dinâmica educacional e o ensino dos conceitos de Genética, bem como um contínuo diálogo e interação com a professora supervisora.

Palavras-chave: Genética; Ensino Médio; Jogos didáticos.

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ELABORAÇÃO DE LIVRETO ANIMAL: A DESCONSTRUÇÃO E A RECONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE OS VERTEBRADOS Drayna Versone; Eliziane V. Ferro; Simone Acrani Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A utilização do material didático na construção do conhecimento alicerça e torna concreto aquilo que objetivamos ensinar aos alunos. Sob essa perspectiva, planejou-se a elaboração e confecção de um livreto abordando os animais vertebrados. O trabalho foi realizado pelos monitores PIBID-BIOLOGIA-UFTM e desenvolvido na Escola Estadual Professora Corina de Oliveira, na cidade de Uberaba−MG, com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental e objetivou a exploração dos conteúdos prévios dos alunos, a desconstrução de conceitos errados e, posteriormente, a fundamentação e reconstrução do conhecimento sobre o tema. Nessa atividade, os alunos participantes desenharam um animal vertebrado de cada táxon de sua escolha e elencaram as principais informações de cada grupo, como hábitat, alimentação, reprodução, respiração. Ao colocar suas informações prévias, muitos alunos se depararam com conhecimentos que não condiziam com a biologia do táxon, desmistificando tais concepções. Com a realização da atividade os alunos puderam fixar o conhecimento obtido nas aulas regulares, compartilhar com os demais colegas e ainda levantar questões que são consideradas polêmicas no mundo animal, como, por exemplo, “Quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?”. A atividade despertou o interesse dos alunos, uma vez que o material de estudo foi de autoria de cada participante e, ainda, a construção do material didático permitiu a busca de novos conhecimentos. Os alunos demonstraram entusiasmo, pois tiveram a oportunidade de compartilhar com os demais colegas, professores e familiares um livreto de sua autoria. Palavras-chave: Material didático; Ensino de Biologia; Ensino de Zoologia. 88


OS DESCRITORES DE LÍNGUA PORTUGUESA: DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS Henrique Campos Freitas; Rosa Maria da Silva; Sandra Eleutério Campos Martins Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A todo o momento, somos invadidos por propagandas, muitas vezes enganosas, sobre a situação educacional brasileira e percebemos que, mais uma vez, estão tentando mascarar a realidade. O acesso à educação tornou-se mais amplo, mas a qualidade despencou. A falta de qualificação docente é um fator importante, pois os professores não são bem remunerados, o que faz com que se formem menos professores. A partir desse cenário, o Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), surge como uma alternativa importante no cenário das novas propostas para a educação brasileira. O subprojeto de Língua Portuguesa (2009), da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), tem como principal foco que seus bolsistas consigam ajudar os alunos das escolas-campo a desenvolverem as habilidades de ler e escrever, por meio da utilização dos descritores de Língua Portuguesa do SAEB, que pormenorizam processo de leitura e descrita, decompondo-o em habilidades, as quais precisam ser desenvolvidas para que os alunos se tornem leitores e produtores de texto proficientes. O objetivo principal deste trabalho é diagnosticar o perfil de leitor dos alunos,

analisar

esse

perfil,

identificando

as

suas

dificuldades

e

intervir

pedagogicamente, utilizando os descritores de Língua Portuguesa, a fim de auxiliar os alunos no desenvolvimento e construção sólida das habilidades de leitura e produção de textos. A metodologia utilizada é, assim, a diagnose e o levantamento de dados, os quais são sistematizados em gráficos e analisados pelos bolsistas, para identificar o nível de 89


desenvolvimento dos alunos nessas habilidades e quais são as maiores dificuldades para que o trabalho seja feito. Até o presente momento, os resultados alcançados são positivos, visto que os alunos estão lendo e escrevendo muito melhor do que antes. Palavras-chave: Descritores; Ensino; Produção de textos.

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REALIZAÇÃO DO MINICURSO “JOVENS CIENTISTAS” DURANTE AS ATIVIDADES DO PIBID-BIOLOGIA-UFTM Sandra Regina de Freitas; Juliana Aline de Souza Costa; Anésia Marina S. Santos; Simone Acrani Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Resumo:

O ensino de Biologia tem se caracterizado principalmente pela abordagem teórica, tendo em vista que muitas pesquisas mostram a relevância das atividades práticas. Em razão dessas questões o PIBID-BIOLOGIA-UFTM realizou um minicurso denominado “Jovens Cientistas”, com alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Santa Terezinha, na cidade de Uberaba−MG. Procurou-se desenvolver uma metodologia com atividades de intervenção no pressuposto teórico e demonstrativo, com o objetivo de melhorar a aprendizagem do conteúdo científico dos alunos na área de Biologia e também de criar oportunidades para a discussão e reflexão, em atendimento aos novos paradigmas da educação, independentemente do grau de ensino a que se destinam. Além disso, buscou-se com essa ação contribuir com o trabalho pedagógico realizado na escola. As atividades foram realizadas no laboratório de informática da escola, com algumas estratégias educativas como palestras, experiências, apresentação de filmes. Para as aulas práticas foram utilizados materiais do dia a dia, para que as experiências pudessem ser também realizadas em casa, de forma simples, permitindo que os alunos pudessem interagir melhor com o mundo. Resultados eram discutidos e conceitos determinados. Olhar diferente sobre atividades, educação e ciência foi construído, evidenciando que o conhecimento pode ser prazeroso e simples. Neste sentido, o trabalho pode contribuir para o estímulo e desenvolvimento do conteúdo científico nos alunos. 91


Palavras-chave: PIBID-BIOLOGIA-UFTM; Atividades prรกticas; Ensino.

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PRÁTICA DE ENSINO EM AULAS DE ALFABETIZAÇÃO Tereza Raquel Fiorile Nogueira; João Vicente Escremin; Dione Maribel L. Figueiredo; Juliane C. Mendes; Talita T. de Oliveira; Mislene da C. Oliveira Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) visa propiciar momentos articuladores entre os estudos teóricos que fundamentam os componentes curriculares do curso de Pedagogia com a pesquisa/docência vivenciada e refletida nas escolas, oferecendo um espaço de aplicação da teoria na prática concreta inserida numa efetiva reflexão da ação e sobre a ação. Nesse sentido, busca-se desenvolver um trabalho de superação dos descompassos produzidos pelas práticas de alfabetização mal sucedida, organizando atividades por meio do alfabeto para a construção da leitura e escrita da criança, e criando situações que possibilitem a alfabetização e letramento de forma tranquila e prazerosa, mostrando como se faz necessária a prática pedagógica na formação do docente. Através do programa PIBID do Centro Universitário de Votuporanga – SP, foi possível presenciar o cotidiano de uma sala de aula do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Prof. Geyner Rodrigues e Escola Municipal Anita Liévana Camargo, situadas no mesmo município. A divisão do trabalho foi realizada em quatro fases: na 1ª fase foi feita uma sondagem a fim de conhecer o aluno, o ambiente, suas limitações e necessidades, traçando assim o seu perfil. Na 2ª fase foram organizados os conteúdos e a metodologia de ensino a ser aplicada. Na 3ª fase realizou-se o primeiro contato, trabalhando diretamente com os alunos e fazendo a aplicação das atividades propostas. Na última fase, ainda em desenvolvimento e coleta de dados, pôde-se verificar uma evolução no desenvolvimento das crianças, que se mostraram mais entusiasmadas para a aprendizagem e com uma significativa melhora na leitura, escrita e interpretação das atividades propostas, embora 93


necessitem de mais aprofundamento, cujos resultados serão divulgados em uma próxima oportunidade. Vale ressaltar que durante todas estas fases houve uma orientação da coordenadora que nos auxilia nas atividades e na postura que devemos tomar perante a aplicação do conteúdo e da metodologia utilizada. A partir desta experiência foi notada uma melhora para o desenvolvimento de um bom educador e dos métodos para se alcançar o objetivo de contribuir para a alfabetização destes alunos; portanto, apontamos todos estes fatores como indicadores para a formação do docente, pois nos proporciona vasta experiência, além de nos introduzir na vida acadêmica, dando-nos a oportunidade de transcrever para a prática todos os conceitos teóricos que nos são passados em sala de aula.

Palavras-Chave: Alfabetização; PIBID; Sondagem.

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O PROJETO PIBID DE LÍNGUA INGLESA DA UFMG: PROPOSTA DE EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA Andréa Machado de Almeida Mattos; Márcia Cristina Ferreira Silva; Charles André da Silva; Gabriel Víctor Mendes Braga; Nicole Pires Maciel; Pollyanna Aparecida Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Resumo: O Projeto PIBID de língua inglesa da UFMG baseia-se nas teorias de Novos Letramentos

e

Letramento

Crítico,

introduzidas

no

cenário

nacional

de

ensino/aprendizagem de língua inglesa por documentos oficiais recentes, como as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM) (BRASIL, 2006) e o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) (BRASIL, 2009/2010). O projeto teve início em agosto de 2012, após a ampliação do programa PIBID-UFMG, que passou a incluir várias novas áreas, dentre elas a área de Inglês. Tendo em vista a perspectiva dos estudos dos Novos Letramentos e Letramento Crítico no ensino de línguas, nosso plano de trabalho será orientado por dois eixos norteadores: as relações entre teoria e prática na formação inicial de professores de língua inglesa e o ensino de línguas; a formação inicial de professores de língua inglesa e a produção de materiais didáticos virtuais e impressos. Alguns de nossos objetivos incluem: coordenar processos de formação inicial de professores em parceria com supervisores de escolas públicas que resultem em intervenções pedagógicas de qualidade junto à Educação Básica; realizar planejamento da prática pedagógica em conjunto com os supervisores e licenciandos, visando à produção de projetos de trabalho e material didático e paradidático; potencializar a autonomia do aluno de licenciatura por meio do seu engajamento em processos de produção coletiva de materiais impressos, vídeos, CDs, páginas e ambientes de trabalho interativos na internet; e discutir documentos oficiais de línguas estrangeiras, como o 95


CBC e as OCEM, o PNLD 2012 do Ensino Médio e referenciais teóricos sobre novos letramentos e letramento crítico. Com isso, pretendemos contribuir para a melhoria do ensino da língua inglesa na escola pública, através do fomento da formação cidadã pelo letramento crítico, e, ao mesmo tempo, proporcionar espaço de integração universidadeescola, dando suporte à formação e autoformação de todos os envolvidos.

Palavras-chave: PIBID; Educação; Formação inicial.

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TRAMAS EM PAPEL Marta Prata Soares Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O subprojeto Visualidades Étnicas do PIBID/UFU em Artes Visuais intensificou a aproximação do curso de Licenciatura em Artes Visuais com o Museu do Índio desta mesma instituição. A direção do museu, representada pela antropóloga Lídia Maria Meirelles, nos disponibilizou o acesso a informações e pesquisas por meio de consultas na biblioteca e no acervo do museu, viabilizando nossos estudos sobre a cultura indígena brasileira. Em agosto de 2012, firmou-se uma parceria entre o PIBID/UFU em Artes Visuais e o Museu do Índio, durante a exposição XIV Mostra Etnográfica – Tramas e fibras: arte e subsistência no universo indígena.

Nessa

ocasião, ministrei a oficina intitulada Tramas em Papel, a qual foi oferecida aos educadores da rede pública, como uma opção de releitura dos desenhos indígenas, presentes nos trançados de fibras naturais. Acompanhei os participantes à exposição explicando a enorme diversidade de grupos indígenas ainda existentes no Brasil, ressaltando o quanto eles diferem culturalmente entre si. Apresentei, também, as espécies da botânica brasileira que mais são utilizadas na confecção dos objetos indígenas e suas diversas funções. Cada participante pôde escolher, dentre os trançados existentes na exposição, um desenho para copiá-lo em um papel quadriculado, registrando suas formas e peculiaridades. Em seguida, seguimos para a oficina de trabalhos manuais do museu, visando reproduzirmos os trançados utilizando papel multicolorido. A concentração dos participantes em tramar as tiras de papel cartão foi grande, e tudo aconteceu sob um clima de descontração, trocas de ideias e diálogos entre os participantes. Dessa forma, creio que, por meio de pesquisas teóricas e oficinas práticas, pude cumprir com um dos objetivos do subprojeto Visualidades Étnicas, ao 97


oferecer sustentação para que “os participantes possam identificar e difundir a arte indígena como manifestação viva e atual e incluir, nas suas práticas docentes, valores estéticos até então ocultos ou desconsiderados no ensino formal”. Vale enfatizar que acolhi duas das estratégias do subprojeto para alcançar os objetivos de minha oficina: a primeira, ao reconhecer o valor de outros campos do saber junto às Artes Visuais, tais como a Antropologia e a Sociologia, e a segunda, igualmente importante, foi a aproximação do Museu do Índio com professores da rede formal de ensino, buscando identificar no seu acervo formas de promover o diálogo entre as produções estéticas contemporâneas dos índios com a dos não índios. A partir disso, acreditamos ter atendido aos três eixos da sustentação acadêmica, ou seja, o ensino, a pesquisa e a extensão.

Palavras-chave: PIBID; Artes Visuais; Arte indígena.

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VISUALIDADES ÉTNICAS: A CRIAÇÃO DE NOVAS METODOLOGIAS E MATERIAIS DIDÁTICOS Raquel Mello Salimeno de Sá; Marcelo Messias Ponchio Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Propostas educativas que explicitam a diversidade cultural são expressas nos Parâmetros Curriculares Nacionais e nos Temas Transversais, ambos publicados pelo Ministério da Educação. Também com essa preocupação, em março de 2008, foi aprovada e sancionada a Lei 11.645/08, que diz respeito à obrigatoriedade da inclusão no currículo oficial da rede de ensino do estudo e valorização da cultura indígena, medida que vale para todas as escolas de Ensino Fundamental e Médio e os cursos de licenciatura. De acordo com a nova Lei, todas as disciplinas, especialmente a Arte-educação, Literatura e História, devem incorporar a contribuição dos indígenas à cultura brasileira. Nesse sentido, como trabalhar com saberes e fazeres indígenas ainda pouco reconhecidos no meio acadêmico, alguns tão próximos e tão nossos? Esta questão desafia o arte-educador, dado o confronto entre as esferas do ensino de arte moderno e pós-moderno. Para que a lei ao ser aplicada não atue como um veículo de fortalecimento de preconceitos e estereótipos, o subprojeto do curso de Artes Visuais, Visualidades étnicas: culturas indígenas nas salas de aula, vinculado ao PIBID – UFU, pretende responder às questões inicialmente levantadas por meio de pesquisas teóricas e oficinas práticas, oferecendo sustentação para que os licenciandos possam identificar e difundir a arte indígena como manifestação viva e atual e incluir nas suas práticas docentes valores estéticos até então ocultos ou desconsiderados no ensino formal. As oficinas experimentais e os materiais didáticos apresentados aqui são resultantes do diálogo estabelecido entre diferentes áreas do saber e tipologias dos 99


museus, e aconteceram no Laboratório de Ensino de Artes Visuais sediado no Campus Santa Mônica da UFU, contando com a participação ativa da equipe envolvida: coordenadora, professor supervisor e licenciandos do PIBID/UFU e dos alunos da Escola Estadual Bueno Brandão.

Palavras-chave: PIBID; Arte indígena; Material didático.

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ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA STOPMOTION NO ESTUDO SOBRE EFEITO ESTUFA Marina de A. Caldeira; Pedro de A. T. Macari1; Vera L. Bonfim Tiburcio Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O PIBID objetiva aproximar os alunos das Licenciaturas à sua futura prática docente. Dentro do programa são desenvolvidos vários subprojetos. O Subprojeto realizado na E. M. Adolfo Bezerra de Menezes/Uberaba−MG conta com alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e tem o uso da técnica de animação stopmotion como ferramenta para discutir assuntos sobre Ciências. Nesta técnica o aluno tem que detalhar os acontecimentos do fenômeno, além de ficar atento às novas tecnologias. Durante o semestre, vários assuntos sobre Ciências foram discutidos com a turma do 9º ano, e dentre estes, o Efeito estufa foi escolhido para a animação. Com a definição do tema, os licenciandos prepararam uma avaliação e esta foi aplicada aos alunos no início das atividades. O propósito desta foi diagnosticar o que os alunos sabiam sobre o assunto. Também foi aplicado um “questionário de saída” e nele foram feitos questionamentos sobre a metodologia utilizada e sobre o conhecimento adquirido após o estudo. Com os resultados percebeu-se que o conhecimento prévio dos alunos sobre a técnica de stopmotion era pouco ou inexistente. Metade da turma não conhecia a técnica e mesmo os que conheciam não haviam tido a oportunidade de usá-la. Após a confecção da animação, todos demonstraram terem aprendido e gostado da técnica de animação. Todos se mostraram empolgados em aprender algo que pudesse fazê-los unir o teórico, apresentado em sala de aula, com a prática das atividades de leitura propostas pelo subprojeto. Os alunos possuíam algum conhecimento sobre o Efeito estufa, porém, a necessidade de se detalhar o conteúdo para que a animação fosse confeccionada fez com que dúvidas fossem esclarecidas. Esta foi uma maneira de 101


buscar despertar nos alunos o interesse pela leitura, pois foi preciso ler sobre o que se propuseram a editar na animação. Acreditamos que proporcionar diferentes situações de leitura aos alunos pode ser uma forma de instigá-los a conhecer mais sobre determinado assunto. Poder visualizar ou conseguir imaginar o que está sendo ensinado pode facilitar a aprendizagem. Assim, o stopmotion oferece, ao aluno que o executa, a possibilidade de dar forma ao conteúdo trabalhado e entender o funcionamento dos eventos, pois para confeccionar a animação é fundamental que se saiba a sequência correta e detalhada dos acontecimentos que estão inseridos no assunto.

Palavras-chave: PIBID; Stopmotion; Leitura; Efeito estufa.

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PIBID ESPANHOL: UM TRABALHO SOCIOEDUCATIVO NA CONSTRUÇÃO DO CIDADÃO Ariadne Bernardes Novaes; Camila Elias Ferreira da Silva; Michelle Ramos Ferreira; Rosanna Cinthya dos Santos Oliveira Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo:

Este trabalho relata as experiências e contribuições de uma oficina oferecida por bolsistas do PIBID, subprojeto Espanhol, aos alunos de uma escola estadual da rede pública de Uberaba. Os alunos pertencem ao Programa de Educação em Tempo Integral (PROETI), implantado pela Prefeitura Municipal, visando o desenvolvimento integral do ser humano em suas diferentes dimensões. Trabalhamos com alunos de uma faixa etária que varia de 10 a 14 anos, os quais estão em situação de vulnerabilidade social e apresentam problemas de aprendizagem. O projeto objetiva disponibilizar espaços e propostas socioeducativos que proporcionem o desenvolvimento integral do indivíduo. Inseridas nessa realidade, nós, bolsistas do PIBID/ Espanhol, embasadas nos documentos oficiais: PCN de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental (1998), OCEM (2006) e a Lei 11.161 (2005), como também em práticas socioeducativas e nas Sequências Didáticas − materiais que nós produzimos −,, desenvolvemos atividades que proporcionam aos alunos não só o conhecimento de elementos e estruturas da língua espanhola, mas que os levem a uma reflexão e percepção de mundo, a fim de torná-los cidadãos mais críticos e cientes da importância de se estudar uma Língua Estrangeira numa sociedade globalizada. Com a inserção das licenciandas na realidade escolar, há a vivência no referido ambiente e, consequentemente, o aperfeiçoamento do conhecimento adquirido na universidade, proporcionando a integração do PIBID com a proposta do PROETI. Os 103


primeiros resultados advindos de uma pesquisa qualitativa de caráter etnográfico apontam que trabalhando com alunos de realidades diferentes a experiência docente é mais enriquecedora, pois nos tornamos mais críticas, adquirimos mais preparo e segurança diante de situações delicadas, além de conhecer e respeitar o outro. Vale ressaltar que, durante as atividades, foram apresentados indícios de aprendizagem, mas a maioria dos alunos vê o Espanhol assim como o senso comum, ou seja, como uma “língua fácil” por apresentar algumas semelhanças à língua portuguesa. Mas este é o nosso grande desafio: fazer com que esses sujeitos estejam abertos ao aprendizado, não só como cidadãos, mas como seres conscientes de um mundo plural marcado por valores culturais distintos e maneiras diversas de organização política e social. Acreditamos, ainda, que este trabalho contribui também na melhoria do ensino público e em nossa formação inicial.

Palavras-chave: PIBID; Ensino; Espanhol.

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OFICINA DE CRÔNICA: A PRODUÇÃO TEXTUAL COMO MEIO FACILITADOR NO EXERCÍCIO DA ESCRITA E DESENVOLVIMENTO CRIATIVO DO GÊNERO LITERÁRIO NO ÂMBITO ESCOLAR Ariane Silva Alves Martins; Joelice Pardinho da Silva; Heloísa Maria Marques Lessa Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A crônica é um gênero literário que possibilita ao aluno um maior desenvolvimento criativo no processo de produção textual, tendo em vista que é uma narrativa variável, podendo tanto assumir características ficcionais quanto verossímeis, flexibilidade que assegura a liberdade criativa do aluno. Levando em consideração a dificuldade que os alunos apresentam em produzir textos, apresentar-lhes um gênero literário que possibilita a produção textual livre mostra-se um excelente mecanismo facilitador no exercício da escrita e no despertar do interesse pela leitura e consequentes produções. Este trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual Professora Corina de Oliveira, como parte das atividades do PIBID/Português/UFTM, no 1º Ano E do Ensino Médio. A oficina de crônica foi realizada, principalmente, em função da participação dos alunos na II Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa; foi dividida em três etapas, abordando teoria, prática, escrita e reescrita. A crônica revela-se como um interessante meio de trabalhar a escrita em sala de aula, justamente por permitir ao aluno revelar opiniões e até mesmo sentimentos, identificando-se com as situações cotidianas, observadas ou vividas por ele. O objetivo geral da oficina de crônica foi, sobretudo, despertar nos alunos o interesse em abordar fatos cotidianos, narrando e comentando os acontecimentos de forma prazerosa e enriquecedora, viabilizando o reconhecimento da leitura em si e a 105


capacidade de distinguir diferentes gêneros de escrita. Após a realização da oficina, concluímos que é de grande relevância a circulação e exploração deste gênero no âmbito escolar. Os resultados obtidos na oficina de crônica foram os melhores possíveis, tendo em vista que conseguimos despertar, em boa parte dos alunos, o interesse pela escrita e o compromisso com a atividade proposta, sendo que a grande maioria dedicou-se bastante nas produções, fato que comprovamos com as excelentes crônicas que passaram pela banca examinadora.

Palavras-chave: Oficina de crônica; Crônica no âmbito escolar; Produção de crônica.

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UMA CONTRIBUIÇÃO DO PIBID PARA A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE FÍSICA: UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE ÓPTICA Emerson Luiz Gelamo; Gilberto Ezer da Silva Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido por um aluno do curso de Física na Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP), na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma sequência didática relacionada ao tema “óptica”, utilizando-se equipamentos tecnológicos como computadores e projetores multimídia, que quase não são utilizados pelos professores no cotidiano escolar. Após as reflexões iniciais sobre o tema, realizadas pelo professor e com base nas informações apresentadas no livro didático de Física adotado na escola, optou-se pela exploração dos fenômenos dos eclipses (do sol e da lua) e fases da lua. Três animações de 50 minutos foram desenvolvidas envolvendo os fenômenos citados e, após apresentação das mesmas, foi disponibilizado um tempo para que os alunos pudessem comentar e/ou perguntar sobre o tema. Os alunos se mostraram extremamente interessados pelo assunto por conta das animações, pois puderam compreender como os conceitos da óptica (luz, sombra e penumbra) se relacionam com os fenômenos naturais, como os eclipses e as fases da lua. A participação efetiva dos alunos foi confirmada pelos comentários realizados por eles, como, por exemplo: a utilização de dispositivos próprios (filmes de raio X usados) para observações mais precisas dos eclipses e perguntas a respeito das posições relativas entre Sol, Terra e Lua, que originam as fases da Lua e os fenômenos das marés. Os resultados mostraram que esta metodologia 107


inovadora tem efeito positivo no aprendizado e pode contribuir significativamente tanto para o ensino de Física quanto para a formação inicial dos futuros docentes. Palavras-chave: Educação, Formação inicial, PIBID.

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NOVAS TECNOLOGIAS: UMA PROPOSTA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE FÍSICA Emerson Luiz Gelamo; Quésia Silva Ribeiro; Yakyma Matos Damasceno Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido pelos alunos do curso de Física na Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP), na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). A partir da década de 80, o uso dos computadores se popularizou e o acesso a este equipamento associado ao surgimento de novos aplicativos de fácil manuseio aumentou substancialmente. Atualmente, este dispositivo está presente nas escolas públicas, porém seu uso ainda é bastante limitado à internet. A proposta deste trabalho é utilizar as novas tecnologias, especificamente o computador, como uma ferramenta auxiliar no ensino de Física por meio de animações contextualizadas, de acordo com as recomendações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e o Currículo Básico Comum (CBC). Neste sentido, após as observações em uma escola da rede pública de ensino no município de Ituiutaba, MG, uma sequência didática relacionada ao tema “óptica” foi preparada, utilizando-se o computador por meio do aplicativo PowerPoint®, de forma que as aulas possibilitassem uma visão real desses fenômenos ópticos, imprimindo uma dinâmica diferente às aulas, resultando em maior interesse dos alunos pela disciplina de Física. A questão interdisciplinar foi amplamente contemplada, por meio da exploração do sistema do olho humano e seu funcionamento, com base nos princípio da Física. Os resultados observados, além da contribuição valiosa à formação inicial dos professores de Física, foi o discreto aumento nas notas dos alunos; porém, o maior ganho ocorreu na forma como os alunos começaram a se interessar pelos conteúdos abordados, confirmando que, com planejamento adequado, o 109


computador pode ser utilizado como uma metodologia inovadora para o ensino de Física. Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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A INTERNET COMO RECURSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM NAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA Fernanda R. Ferreira; Maria Isabel S. L. Marques; Pollyana Araújo; Elizandra Zeulli. Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A partir da oportunidade de trabalhar em uma escola pública da cidade de Uberaba/MG, experiência proporcionada pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), este trabalho tem como objetivo relatar nossa experiência ao ministrarmos uma oficina. Ressaltamos que nessa oficina utilizamos as novas tecnologias para introduzir o ensino da Língua Espanhola aos alunos do Ensino Médio. Abordamos o aspecto linguístico nas aulas, partindo do conhecimento contextualizado, utilizando a internet como recurso e suporte para as aulas. A partir dessa experiência, julgamos ser importante o professor pensar em estratégias para se aproximar do mundo que o jovem vive e motivá-lo a participar das aulas, diversificando a forma de ensinar. O objetivo dessa oficina, desde o princípio, era de propiciar a interação no grupo e utilizar o conhecimento dos alunos por meio da internet para transformá-lo em aprendizado nas aulas de língua espanhola desta escola pública onde o PIBID atua, pois o ensino desta disciplina parte do conhecimento prévio dos alunos, utilizando as novas tecnologias para que o aprendizado se concretize efetivamente; na oficina, a língua não é vista só como estrutura e, sim, como a língua em uso em diferentes contextos. Considerando a realidade local e as condições de vida dos alunos desta escola, o trabalho com as novas tecnologias ocorre dentro do âmbito escolar, onde todos trabalham juntos, desenvolvendo não só o aprendizado da língua espanhola, mas o trabalho em grupo, que auxilia os alunos nas relações interpessoais e na formação como cidadãos. Nesta oficina, também são enfatizados os aspectos culturais, sociais, históricos, econômicos e políticos dos países de Língua Espanhola, propiciando em sala de aula a interação e a troca de experiências entre aluno e professor, mostrando que é 111


possível aprender através das novas tecnologias, pois, a princípio, o aluno participa das atividades por se identificar com o computador, mas depois participa ativamente das atividades interagindo com o grupo, o que torna esse aprendizado mais significativo e próximo da realidade do aluno.

Palavras-chave: Internet; Ensino-aprendizagem; PIBID-Espanhol.

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DA ORALIDADE À ESCRITA Ana Marcia Pereira de Almeida Zacarias; Renata Cristina Stephanuto Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Com o intuito de fazer com que os alunos percebam as diferenças, mas também as relações entre oralidade e escrita, pensamos um trabalho em que usaríamos vídeos e documentos escritos, por meio dos quais poderíamos mostrar algumas das diferentes perspectivas e modos de falar e escrever disponíveis em nossa cultura. Esse trabalho está sendo desenvolvido numa escola da rede pública estadual, na cidade de Uberaba−MG, em que realizamos as nossas atividades como bolsistas do PIBID−Português. A partir de gêneros orais, mais especificamente locuções radiofônicas, pretendemos proceder a um levantamento das diferentes construções e recursos linguísticos próprios da modalidade oral da língua, relacionando também essas escolhas aos interlocutores desse gênero. Em seguida, os alunos serão solicitados a proceder a uma retextualização adequando o texto a interlocutores que pertençam a diferentes grupos. Para isso, trabalharemos também com o fenômeno da variação linguística, no que diz respeito às variáveis regionais, sociais, de idade, de profissão, dentre outras, tendo em vista a seleção dos interlocutores aos quais os alunos deverão dirigir seus textos. É importante salientar que o objetivo não é induzir o aluno a defender um único modo adequado de fala e escrita, mas sim possibilitar que ele perceba que considerar a situação de comunicação, principalmente os seus objetivos e o seus interlocutores, será imprescindível para definir que modalidade e que variedade da língua serão empregadas e, consequentemente, que recursos da língua serão mobilizados para construir seus textos.

Palavras-chave: Oralidade e escrita; Variação linguística; Situação de comunicação. 113


¿CUÁL ES SU CONOCIMIENTO? – VALORIZANDO AS EXPERIÊNCIAS INDIVIDUAIS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA Bruna L. Garcia; Francyellen K. C. Ferreira; Rebeca de C. Murtinho; Elizandra Zeulli Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Este trabalho parte da experiência vivenciada na rede pública de ensino, propiciada pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Espanhol, financiado pela Capes. Nosso objetivo é relatar uma análise inicial de nossa pesquisa com os alunos do primeiro ano do Ensino Médio em uma Escola Estadual de Uberaba. Ao trabalharmos, inicialmente, como monitoras nas aulas regulares do terceiro ano do Ensino Médio, verificamos a necessidade de a língua espanhola ser inserida na matriz curricular previamente. Notamos também que é preciso um estudo, um reconhecimento do perfil dos alunos, verificando o conhecimento prévio que eles têm no idioma. A partir dessa constatação, decidimos oferecer aos alunos do primeiro ano do Ensino Médio a oficina intitulada: “¿Cuál es su conocimiento?”, que visa incentivar e despertar o interesse pela língua espanhola, usando como base o conhecimento prévio de cada estudante, a fim de prepará-lo para os anos subsequentes. As aulas são ministradas às segundas-feiras, duas horas por semana, e as atividades foram planejadas a partir dos dados coletados no questionário perfil, instrumento aplicado no primeiro dia de aula. Os dados revelam os interesses, as expectativas e o conhecimento dos alunos quanto à citada disciplina. Os registros coletados e analisados nos auxiliaram na produção das sequências didáticas (SD).

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Os conteúdos das SD são trabalhados por meio de músicas, filmes/séries, notícias e publicações no nosso blog (www.pibidespanholuftm.blogspot.com.br). Os temas sugeridos aproximam os alunos da cultura hispânica, desmistificando a ideia de que a língua espanhola é de fácil aprendizagem, por ser parecida com o Português. Em contraponto a esse conceito, os dados evidenciam que a proximidade territorial do Brasil com a maioria dos países de língua espanhola não proporciona uma vivência entre brasileiros e as culturas vizinhas; há costumes que os alunos desconhecem, mas que os atrai, justamente por serem tão distintos. Os primeiros resultados revelam que há um interesse significativo por grande parcela dos alunos, tendo em vista que 90% deles já participaram de outra oficina, também oferecida pelo PIBID Espanhol, no semestre anterior. Acreditamos que, partindo do conhecimento prévio dos alunos, possamos relatar as experiências vivenciadas nessa oficina, favorecendo o aprendizado da língua espanhola por meio de interações e atividades que incentivam o conhecimento cultural, social e histórico.

Palavras-chave: Conhecimento; Espanhol; Cultura.

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O JORNAL ESCRITO E SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO DE DIVERSOS GÊNEROS TEXTUAIS Sandra E. C. Martins; Heloísa M. M. Lessa; Adriana N. Coelho; Camila S. dos Santos Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A produção de um jornal no contexto escolar é de extrema relevância, uma vez que, ao produzirem diversos gêneros textuais com assuntos que estejam relacionados ao dia a dia e próprio interesse, o estudante terá prazer em escrever e ter sua escrita reconhecida e estampada em uma página de jornal, e que, posteriormente, verá com outros olhos esse importante veículo de comunicação que é pouco utilizado e trabalhado pelos alunos. Durante o desenvolvimento das atividades do PIBID – Português, produzimos e começamos a criar o projeto: produção de um jornal na escola. Tivemos por objetivos: (i) desenvolver nos alunos a habilidade de produzir textos escritos de acordo com diversos gêneros textuais; (ii) desenvolver desconstrução do gênero jornal em partes e redescobrir outros gêneros; (iii) orientar os alunos, durante as oficinas, para que produzam seus próprios textos e permitir que o aluno perceba e corrija seus próprios erros por meio da reescrita (revisão, reelaboração e autoavaliação). Os diversos gêneros textuais que serão apresentados aos participantes da oficina foram previamente selecionados de acordo com as necessidades atuais e futuras desses estudantes. Os alunos serão orientados por nós, bolsistas, com aulas em horário alternativo para que possam aprender e distinguir cada gênero. As aulas serão ministradas em forma de debates e círculos de conversa para que os alunos tenham a liberdade de trazer suas ideias e para que se interessem pela oficina. Saber escrever é essencial ao aluno da educação básica; por essa razão, esse trabalho é de extrema importância, pois estimula o discente a produzir textos, fazendo com seja capaz de expor suas ideias, enriquecer seu 116


vocabulário, aumentar capacidade de interpretação e melhorar suas habilidades em outras áreas de ensino. Palavras-chave: Jornal impresso; Gêneros textuais; Produção de textos.

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CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO ESTÍMULO À LEITURA E ESCRITA SOBRE CIÊNCIAS, COM ALUNOS DE 7º ANO Camila de Oliveira Assugeni; Gabriela Cunha; Vera Lúcia Bonfim Tibúrcio Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Resumo: O PIBID é um programa de iniciação à docência da CAPES que introduz licenciandos em escolas públicas, visando um contato inicial com o trabalho docente. O curso de Ciências Biológicas da UFTM possui um subprojeto vinculado à edição 2011 do PIBID e este é desenvolvido em parceria com duas escolas de Uberaba – MG, uma delas a E. M. Adolfo Bezerra de Menezes, na qual as atividades aqui descritas foram realizadas. O principal objetivo deste subprojeto é inserir a Ciência e Tecnologia (C&T) no cotidiano dos alunos de Ensino Fundamental através de práticas de leitura e escrita. Uma das metodologias desenvolvidas neste subprojeto é a leitura e discussão em grupo de textos sobre C&T. A seleção dos textos a serem trabalhados foi feita pelos licenciandos e pela professora supervisora, tendo a escolha se baseado no plano de ensino de Ciências praticado na escola e também no interesse e curiosidade dos alunos. Parte das leituras feitas no subprojeto foi realizada como contação de histórias, duas vezes por semana, entre agosto e dezembro de 20iuo de estimular nos alunos a interpretação dos textos lidos. Os alunos recontavam em grupo o texto lido e muitas vezes o interpretavam na forma de teatro. Nesta contação teatralizada, os alunos criavam personagens e textos para assimilarem melhor o conteúdo das leituras. Para a contação de histórias acontecer, os licenciandos construíram cenários, fantoches de dedo e inicialmente protagonizaram as teatralizações. Em seguida, foram os alunos que assumiram o protagonismo. Os

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textos foram lidos pelos alunos do 7º ano, que depois recontaram as histórias conforme as haviam interpretado. Foi possível perceber com estas atividades que a concentração e a criatividade dos alunos ficaram mais afloradas, pois eles se mostraram mais atentos às leituras e menos tímidos durante as contações. Percebemos que as histórias foram corretamente recontadas, ou seja, havia o conteúdo correto sobre o tema de Ciências lido e os alunos ainda se divertiram com as contações dos colegas. Palavras-chave: Contação de histórias; Interpretação de textos sobre Ciências; PIBID.

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A LÍNGUA ESPANHOLA NOS EXAMES VESTIBULARES: UMA OPÇÃO PARA O CANDIDATO Mayra Natanne Alves Marra; Maria Cecília Mahmed Resende; Elizandra Zeulli Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo:

A Língua Espanhola, além de ser um dos idiomas mais utilizados no mundo atualmente, está muito próxima de nós, brasileiros, pois estamos localizados em meio a países que possuem o Espanhol como idioma oficial. O ensino de Língua Espanhola é oferecido na maioria das escolas públicas como uma oportunidade a mais de escolha para os alunos que estão finalizando o Ensino Médio e que pretendem ingressar no Ensino Superior e/ou no mundo laboral. Este trabalho tem por objetivo apresentar uma pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico, na qual desenvolvemos um projeto por meio do Programa Institucional de Iniciação à Docência – PIBID, especificamente do subprojeto Espanhol. Trabalhamos com a Língua Espanhola por meio de uma oficina denominada Conociendo la Lengua Española, oferecida aos alunos do terceiro ano do Ensino Médio de uma escola estadual do município de Uberaba. As aulas são ministradas uma vez por semana, todas as terças-feiras. Durante nosso trabalho, utilizamos textos pertencentes à realidade destes alunos, como também conscientizamos os mesmos quanto à importância de aprender uma nova língua, seus aspectos culturais, políticos e sociais, além de incentivarmos o ingresso no Ensino Superior. As atividades são elaboradas com base nas exigências dos vestibulares, processos seletivos, dentre outros. Tais processos seletivos utilizam uma variedade de gêneros textuais que requerem uma boa capacidade de interpretação que vai além da gramática. Portanto, visando sempre uma verossimilhança com os exames vestibulares, 120


buscamos trabalhar dando ênfase no estudo a partir de textos presentes em exames vestibulares anteriores. Além disso, tentamos conscientizar os alunos de sua capacidade de ingresso nas universidades públicas, fornecendo informações que os aproximem do meio acadêmico. Acreditamos que a realização de oficinas como esta, que enfocam e incentivam o ingresso no Ensino Superior é de grande relevância, pois assim os alunos sentem-se mais próximos da realidade acadêmica, desconstruindo a imagem de que o Ensino Superior é para poucos ou impossível.

Palavras-chave: Língua Espanhola; Vestibular; Conscientização.

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O USO DE ATIVIDADES LÚDICAS NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA COMO UMA ESTRATÉGIA DE MOTIVAÇÃO PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Jossiane Cristina de Jesus; Lorena Cordeiro de Paula; Elizandra Zeulli Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Neste trabalho relatamos a importância de atividades lúdicas no ensino de língua espanhola em nossas experiências proporcionadas pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), programa financiado pela CAPES, do qual fazemos parte. O estudo proposto parte de nosso trabalho desenvolvido em uma escola estadual da cidade de Uberaba, onde oferecemos uma oficina de língua espanhola intitulada “Español también se aprende con cultura” a alunos que fazem parte do Programa de Educação em Tempo Integral (PROETI). Como instrumento de ensino, escolhemos trabalhar com materiais autênticos, organizados em sequências didáticas (SD), para que pudéssemos adequá-los ao contexto apresentado. Isso nos possibilitou desenvolver atividades que oferecessem aos alunos um ambiente em que pudessem se expressar. Vygotsky (1998) considera que as atividades lúdicas são um recurso eficaz, pois motiva os alunos a aprenderem algo novo. Além do mais, como afirmam Delduque e Pereira (2009, p.48), “o professor tem um papel de mediador, pois cria as situações onde o aluno poderá explorar seus movimentos, interação entre colegas e resolução de situações-problema”; em outras palavras, nós, professores, temos que criar atividades que possibilitem que os alunos sejam o foco principal da sala de aula, levando-os a vivenciar situações mais próximas de sua realidade e interesses, sendo, o professor, mediador desse processo através dessas atividades, promovendo maior interação entre alunos, professor e a língua estrangeira. 122


Trazendo essas ideias para nossa realidade, elaboramos uma SD em que apresentamos um pouco da cultura dos países hispanofalantes através de um jogo desenvolvido em várias etapas e que englobava o uso de mapas, músicas típicas, bandeiras e conhecimentos em geral sobre os países em questão. Percebemos, então, que os alunos se envolveram mais do que quando trabalhamos atividades com ênfase na gramática. Os resultados mostram que os alunos se sentem mais interessados e motivados quando as aulas são ministradas em um ambiente mais descontraído de aprendizagem. Por isso, partindo dos resultados positivos que obtivemos através da execução desta SD, acreditamos que, com a utilização de jogos interativos, podemos enriquecer o ensino e despertar o interesse dos alunos para as aulas, unindo a teoria com a prática, de uma forma diferente e criativa. Defendemos, portanto, um trabalho que se afaste do ensino tradicional de línguas, ou seja, aquele que priorize o aspecto linguístico, mas que explore também o uso da língua em diferentes contextos e as atividades lúdicas para tornar o processo de aprendizagem mais prazeroso e eficaz. Palavras-chave: PIBID; Lúdico; Espanhol.

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PROJETO CONHECER PARA TRANSFORMAR Carla Virgínia Almeida Silva; Jéssica Rodrigues Gonzaga Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

Devido à preocupação acerca da evasão escolar e as dificuldades dos alunos com relação à aprendizagem, tivemos a necessidade de desenvolver um projeto que tem como objetivo conhecer as condições em que os alunos se inserem no Ensino Médio, compreender a realidade do contexto educativo e traçar o perfil dos alunos da escola pública. Nesse sentido, para a realização do projeto elaboramos um questionário socioeconômico e cultural contendo 53 questões, que foi aplicado aos alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Hortêncio Diniz. Além disso, realizamos uma exposição apresentando os resultados para os alunos e alguns professores da escola, onde surgiram discussões e algumas propostas de atividades a serem desenvolvidas. Pretende-se expor alguns dados que foram obtidos com os questionários, dentre eles: a média de livros que os alunos leem por ano, a quantidade de alunos que já foram reprovados em alguma série cursada, as horas diárias que os discentes dedicam aos estudos fora do ambiente escolar, qual a influência da política na vida dos alunos e qual a perspectiva dos educandos ao concluir o Ensino Médio. Almeja-se abordar algumas propostas de atividades elaboradas pelos bolsistas e supervisor do subprojeto.

Palavras-Chave: Realidade da escola pública; Contexto educativo; Ensinoaprendizagem.

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CONTRIBUIÇÕES DA MEDIAÇÃO DE OFICINAS NO ENSINOAPRENDIZAGEM EM EVOLUÇÃO BIOLÓGICA Karina Adriele Pereira Nunes; Bárbara Módena Tódero; Luciana Resende Allain Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Este trabalho apresenta como eixo temático o ensino-aprendizagem do conceito de Evolução Biológica realizado por integrantes do grupo PIBID/BIOLOGIA/UNIFALMG, com os alunos do terceiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Dr. Emílio da Silveira, no município de Alfenas/MG. O objetivo deste texto é apresentar a contribuição da construção de modelos conceituais na aprendizagem do conteúdo de Evolução Biológica a partir da relação horizontalizada entre licenciandos e alunos do Ensino Médio. No primeiro semestre de 2012 desenvolvemos na escola parceira um projeto de oficinas. A oficina de Evolução Biológica foi planejada tentando construir modelos conceituais para diminuir as dificuldades do ensino-aprendizagem do conteúdo. Os estudantes, durante as oficinas, responderam questionários de pré e pós-sondagem sobre seus conhecimentos sobre o tema. No instrumento pré-sondagem, diagnosticamos que os alunos foram capazes de associar Evolução Biológica com outros termos, porém não conseguiram explicar o seu conceito propriamente dito, ressaltando os dizeres de Gould (1997), que a Evolução Biológica está agregada a um conjunto complexo de conceitos e significados. Os alunos apresentam um conhecimento fragmentado dos conceitos e não conseguem estabelecer relação entre conceitos e os processos evolutivos mais amplos, apontando a necessidade de trabalhar o tema como integrador dos saberes e articular com um enfoque histórico (El-Hani, 2000). 125


No instrumento pós-sondagem, os alunos, em sua maioria, conseguiram definir o conceito de Evolução Biológica sem denotar uma perspectiva teleológica, no sentido de aperfeiçoamento, de progresso (SANTOS e BIZZO, 2000). Os alunos demonstraram também um grande número de acertos em questões que continham concepções alternativas, além de conseguirem associar estas concepções à teoria Lamarckista. Durante as oficinas, buscou-se manter uma relação horizontalizada entre os alunos licenciandos e os do Ensino Médio, o que permitiu uma maior interação entre as oficinas. A partir do momento que o professor assume sua postura mediadora de conhecimentos, a ação educativa favorece o desenvolvimento da personalidade do aluno, bem como sua capacidade de pensar, raciocinar e cooperar com esse processo (Bordenave, 1983). A relação horizontalizada entre pibidianos e alunos do Ensino Médio permitiu que o ensino-aprendizagem do conteúdo de Evolução Biológicao tornasse mais dinâmico e atraente. A postura mediadora dos pibidianos favoreceu uma experiência docente significativa no interior do PIBID, além de permitir que os alunos desmistificassem algumas concepções alternativas sobre o tema.

Palavras-chaves: PIBID; Educação; Formação inicial.

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PRODUÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA – PIBID/BIOLOGIA PONTAL: IMPACTOS NA FORMAÇÃO INICIAL, NO CURSO DE LICENCIATURA E NA EDUCAÇÃO BÁSICA Karen Ferraz Faria; Patrícia Miguel Miranda; Patrícia Silva Costa Alves; Helen Diane Siqueira Gomes Silva; Ana Cláudia Silveira; Sandro Prado Santos Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/CAPES que apoiou este trabalho, visa fomentar a iniciação à docência nas Instituições Federais de Educação Superior e preparar docentes para atuar na educação básica pública. Nesse sentido, apresentamos a discussão e análise de algumas atividades didático-pedagógicas experenciadas, em uma escola pública do município de Ituiutaba/MG, pelas bolsistas do PIBID do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da FACIP/UFU, durante o 1º semestre/2012. O objetivo deste estudo foi discutir e analisar, com base em relatos das pibidianas, os impactos na formação inicial; no curso de Licenciatura e na Educação Básica, das ações para o Ensino Médio: visita técnica e científica na Estação de Tratamento de Água (ETA) e de Recuperação/Preservação Ambiental de Ituiutaba/MG (ERPAE); colaboração no projeto de Extensão Relação entre os Gêneros, sexualidades e prevenção, que tal falarmos sobre isso? Oficinas reflexivas com adolescentes; participação nas reuniões de preparação pedagógica da escola e a realização da Feira de Ciências Meio Ambiente: Onde as Ciências se completam. Na visita técnica e científica vivenciamos o processo de programação de visitas em espaços não formais de educação, que contribuem para o enriquecimento cultural e pedagógico das bolsistas. A participação na ação extensionista nos instiga na troca de 127


experiências e nas possibilidades do trabalho interdisciplinar associado à sexualidade, fornecendo subsídios para confirmar a importância da temática sexualidade na formação inicial e nos ajudará a iniciar a carreira/prática docente com um olhar sensibilizado para essas questões. As reuniões de preparação pedagógica da escola nos proporcionaram o conhecimento sobre funcionamento/dinâmica do conselho de classe, bem como as atividades desenvolvidas no Módulo II. Tais participações são necessárias na formação do(a) professor(a), pois permite conquistarmos saberes que permeiam a formação docente. A realização da Feira de Ciências foi a primeira aproximação e diálogo interdisciplinar entre os subprojetos PIBID, Biologia, Física e Química existentes na escola, representando uma vivência essencial na formação dos futuros professores. Observamos que o PIBID passou a ser necessário e até mesmo “cobrado” para fazer parte do contexto da escola. A parceria com o PIBID oportuniza uma elevação da qualidade das ações acadêmicas da licenciatura, uma vez que promove uma interação entre os saberes acadêmicos e os saberes escolares. As experiências negativas e/ou positivas das ações do PIBID são compartilhadas com as disciplinas de práticas de ensino da licenciatura do curso de Ciências Biológicas, passando a fazer parte das ações acadêmicas do curso. Palavras-chave: Iniciação à docência; Formação docente; Intervenção pedagógica.

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O USO DE FONTES ICONOGRÁFICAS E ENSINO DE HISTÓRIA NO PIBID Júlio César do Carmo de Sá Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo:

Uma das primeiras atividades do PIBID/História da UNIFAL−MG, que teve início no ano de 2012, foi realizar uma análise parcial do interesse dos estudantes pela disciplina História nas escolas públicas. Na E. E. Judith Vianna, no município de Alfenas, percebemos que há um declínio com relação às notas e experiências adquiridas pelos alunos no ensino de História, principalmente se comparamos com o mesmo desenvolvimento e interesse em outras disciplinas. Neste sentido, com o intuito de aumentar o interesse dos alunos, pensamos em um projeto que considere o uso das tecnologias de comunicação, tendo em vista as novas perspectivas juvenis, para que, gradativamente, possamos modificar a visão de parte dos estudantes de ensino público com relação ao conhecimento histórico. Ao trabalharmos inicialmente com fontes iconográficas, objetivamos estimular e valorizar os estudantes do Ensino Fundamental e Médio, incentivando-os a buscar novas formas de conhecimento. Verificamos que há, nas escolas, materiais didáticos de boa qualidade, porém pouco utilizados. No caso das fontes iconográficas, em muitas situações, elas acabam possuindo uma conotação basicamente ilustrativa e não como um material que auxilia no processo educacional. Através de materiais iconográficos, tanto no caso de patrimônio histórico-cultural, quanto através de mídias, buscamos passar o conhecimento suscitando um entendimento crítico de análise dos fatos. Usando do próprio material impresso já disponível na escola e imagens do patrimônio histórico-cultural da cidade, buscamos trabalhar contextos históricos 129


diferentes. Com esses materiais, pretendemos um ensino que seja eficaz para o aluno, fazendo com que este obtenha não apenas a lembrança do fato, mas sim o significado daquele conhecimento da história e suas consequências na atualidade.

Palavras-chave: Recursos didáticos; Fontes iconográficas; História medieval.

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PERCURSOS PROMISSORES PARA O ENSINO DE LÍNGUA FRANCESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS Zuleika da Costa Pereira Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este projeto de ensino tem como objetivos valorizar a interação entre os professores das escolas públicas de educação básica junto aos alunos bolsistas; estreitar os vínculos da universidade com a escola; possibilitar aos graduandos a experiência da profissão ainda no período de formação inicial; oferecer oportunidades aos alunos do Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia de experimentar e aperfeiçoar o trabalho de docência na sala de aula de línguas estrangeiras, no nosso caso, o Francês. Visa, ainda, a melhoria do ensino de línguas no contexto educacional. Fica claro que estimular a integração da educação superior com a educação básica no Ensino Fundamental e Médio possibilita estabelecer projetos de cooperação que elevem a qualidade do ensino nas escolas da rede pública. A concepção de ensino e de aprendizagem de uma língua trazida pelo professor orienta seu trabalho no que diz respeito a decisões e práticas (COURTILLON, J. 2003). Ele deve refletir sobre seu trabalho enquanto professor; avaliar o rendimento de alunos de língua estrangeira; discutir e se posicionar criticamente em relação à profissão escolhida − de professor de uma língua estrangeira. Após a abertura oficial do PIBID Institucional, em 17 de abril de 2010, foi estipulado um calendário para encontros semanais com objetivos de debater documentos legais que abordem a questão da educação e ensino de línguas (LDB), assim como artigos sobre rendimento escolar, políticas educacionais, ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, metodologias, análise de materiais didáticos, elaboração de planos

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de curso e de aula. Tivemos a participação entusiasta dos seis bolsistas de língua francesa. As discussões também envolveram estratégias de observação nas escolas participantes, o ingresso na escola e, mais especificamente, a observação. Entendemos que a observação exige ética profissional e que se dá mediante princípios educacionais fundamentados. Nesse momento do PIBID, a observação na escola básica deixa de ser um mero evento de visita para se tornar uma oportunidade investigativa com objetivos delineados e bem claros tanto para o observador quanto para os colaboradores participantes da/na escola. Destacamos, como metodologia de registro de todas as atividades, além dos relatórios próprios do projeto PIBID, o registro de controle das atividades no Ambiente Virtual de Aprendizagem MOODLE, desde a abertura oficial do programa. No MOODLE estão as produções textuais dos bolsistas, como resumos, relatórios semanais e mensais, relatórios de observação, links de textos teóricos, bibliografia complementar, slides dos seminários, relatórios de observação, planos de curso e de aulas, diários de classe. Foram realizados seminários sobre metodologias de ensino de língua estrangeira, como também discussão teórica e prática a respeito do planejamento de curso e plano de aula. Fizemos visitas às escolas, junto das coordenadoras e supervisoras, para levantamento das condições de atuação e planejamento das oficinas do segundo semestre de 2010. As observações de aulas se iniciaram já no mês de junho, sendo que cada aluno cumpriu 15 observações: nove observações de aulas de Inglês (única língua estrangeira do currículo) e seis à escolha dos alunos bolsistas, entre as outras disciplinas do currículo escolar. A observação nos moldes adotados é ingrediente básico para a formação de um bom professor, ou seja, a reflexão sobre a prática docente se inicia no momento da observação. 132


Os seminários teóricos deram sequência a atividades de prática relacionadas à análise de materiais didáticos. Divididos em grupos, os alunos bolsistas investigaram tipos de atividades e de materiais disponíveis no mercado, de acordo com a língua estrangeira de sua especialidade – Inglês, Francês ou Espanhol. Responderam aos questionários de avaliação técnica sobre materiais didáticos, apresentaram os resultados aos colegas em forma de seminários, garantindo uma discussão e reflexão das diferentes estratégias e metodologias de ensino existentes para as línguas estrangeiras. Tal aprendizado garantiu a montagem dos primeiros planos de curso e de aulas das oficinas. No início do mês de agosto, com o cronograma das oficinas elaborado pelo grupo de Francês, foram realizadas a divulgação e as inscrições do alunado das escolas participantes, sendo o principal objetivo das oficinas a sensibilização à língua estrangeira. A montagem das oficinas contou com o apoio pedagógico sistemático tanto das supervisoras quanto das coordenadoras. O oferecimento dos cursos envolve planejar um curso de língua estrangeira com objetivos e metas claras; planejar aulas de língua dentro da abordagem comunicativa; ministrar aulas; trabalhar em equipe; desenvolver habilidade de gerenciamento de sala de aula, no que diz respeito a planejamento de aula, controle de disciplina, organização do espaço e de material, divisão do tempo, usar os recursos de olhar e de voz; usar os recursos impressos e tecnológicos com eficiência; estabelecer uma conexão clara entre a teoria estudada no decorrer do Curso de Letras com a prática da sala de aula; selecionar e criar materiais didáticos e paradidáticos; refletir sobre seu trabalho enquanto professor; avaliar o rendimento de alunos – aprendizes língua estrangeira; discutir e se posicionar criticamente em relação à profissão escolhida − de professor de uma língua estrangeira. A abordagem comunicativa se caracteriza por ter o foco no sentido, no significado e na interação propositada entre os sujeitos que estão aprendendo uma nova língua. O ensino comunicativo é aquele que organiza as experiências de aprender em 133


termos de atividades/tarefas de real interesse e/ou necessidade do aluno para que ele se capacite a usar a língua-alvo para realizar ações autênticas na interação com outros falantes-usuários dessa língua. Além disso, este ensino não toma as formas da língua descritas nas gramáticas como modelo suficiente para organizar as experiências de aprender outra língua, embora não descarte a possibilidade de criar na sala momentos de explicitação de regras e de prática rotinizante dos subsistemas gramaticais, como o dos pronomes, as terminações de verbos, etc. (Almeida Filho, 1993). Propusemos cursos de curta duração em Francês justamente para possibilitar aos alunos das escolas parceiras a inclusão de um novo idioma, a partir de suportes variados que refletem os interesses e as preocupações deste público-alvo. Oferecemos atividades mais próximas da vida quotidiana do aluno, com o intuito de adequar o uso da língua aos interlocutores e às diferentes situações e intenções comunicativas; compreender diferentes tipos de textos, por exemplo, entrevistas, conversação, e-mails, convites, etc.; e, a despeito das limitações no conhecimento linguístico, saber manter a comunicação através de estratégias de comunicação. Diante disso, planejamentos foram elaborados para atender as duas escolas parceiras. O grupo de professores em formação da Escola Gladsen Guerra de Resende propôs um trabalho focado na interação em sala de aula, e participou de encontros semanais para preparação, seleção e elaboração de material didático. Para a realização do curso, houve uma sensibilização e divulgação na escola, com autorização dos pais para as inscrições de uma turma de Francês. O curso teve a duração de 30 horas, realizado aos sábados, das 9:30h às 11:30h, de 2/04/ 11 a 2/07/11. O grupo de professores em formação da Escola Municipal Domingos Pimentel de Ulhoa propôs um trabalho baseado em tarefas com foco em conteúdo, na interação, na criatividade, no aspecto lúdico em sala de aula e no trabalho colaborativo entre os bolsistas licenciandos entre si, entre os alunos e entre os bolsistas e alunos. O grupo participou de encontros semanais para preparação, seleção e elaboração de material 134


didático. Para a realização do curso, houve uma sensibilização e divulgação na escola, com autorização dos pais para as inscrições de uma turma de Francês. O curso teve a duração de 24 horas, realizado às quartas e sextas-feiras, das 16h às 17h, de 06 /04/ 11 a 01/07/11. Este trabalho com o PIBID oferece aos alunos do Curso de Letras a oportunidade de inserção do aluno em seu contexto profissional desde o início de sua formação, contribuindo para o ensino/aprendizagem do Francês como língua estrangeira (FLE) nas suas diversas manifestações linguísticas, culturais, sociais, artísticas, entre outras. E proporciona, a nós, coordenadores, um crescimento humano muito grande, visto que temos que aprender a trabalhar em equipe, a conviver, a colaborar, tanto com os alunos das escolas quanto com os bolsistas, supervisoras e coordenadores das outras línguas estrangeiras. Esse Programa nos permite, ainda, além de conhecer e melhorar a realidade da educação de nossas escolas municipais do Ensino Básico, contribuir para a formação acadêmico-profissional de nossos futuros professores através de pesquisas, reflexões, elaboração de materiais didáticos, da prática em sala de aula e, sobretudo, contribuir para que o Francês tenha seu espaço nas escolas (infelizmente não é ensinado nas escolas de Ensino Fundamental e Médio) e possa contribuir para a educação através de um ensino de qualidade para a formação cidadã da criança e do adolescente, dando-lhes, assim, a oportunidade de conhecerem essa língua de grande importância mundial (é falada nos cinco continentes assim como o Inglês), de conhecerem uma outra cultura, outros costumes e visões de mundo. O minicurso de Língua Francesa demonstra aos alunos da rede pública de ensino um pouco do mundo em francês: a língua, a cultura, o cotidiano; enfim, fazer com que eles despertem para a língua e a cultura francófona.

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O PIBID de LE, cria a oportunidade para que os alunos conheçam outras línguas e culturas em um mundo tão globalizado, permitindo-lhes assim fazer escolhas quanto à língua estrangeira que eles gostariam de aprender e alimentando o sonho de poderem ter uma educação de qualidade e um futuro melhor e mais promissor. A inserção do Subprojeto de Francês no Projeto Institucional PIBID 2011 apresenta-se, assim, como uma oportunidade única para que o licenciando do curso de Francês possa aprimorar sua formação docente inicial por meio da sua efetiva imersão no espaço escolar, isto é, em contato direto com a escola e com a sala de aula. Além disso, sob a orientação do coordenador de área e do professor supervisor, reflexões sobre as questões teóricas e práticas postas pelo processo de ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira, e do Francês especificamente, são propostas e discutidas por todos os membros do subprojeto, de modo a orientar o licenciando a pensar suas ações como futuro docente de Francês Língua Estrangeira (FLE).

Palavras-chave: Iniciação à docência; Formação de professor de Francês Língua Estrangeira; Planejamento de ensino.

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BISCUIT: ATIVIDADE DE INTEGRAÇÃO COM A COMUNIDADE E O AMBIENTE ESCOLAR Daiene O. Severino; Denici Laura C. Bolsista; Bruno Guimarães da Silva; Ana Carolina de A. Pereira; Isadora Gois Lima; Lêda Franco M. Andrade; Sandro Prado Santos Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

Uma das propostas do PIBID/CAPES, que fomentaram a realização do presente trabalho, é criar vínculos e canais de diálogo e interação com os alunos e a comunidade escolar, visando valorizá-los em suas necessidades, trazendo para o âmbito escolar situações motivadoras, como diversidade cultural, artes, que possam direcionar trabalhos didáticos. Com esse propósito, realizamos oficinas de Biscuit em dois espaços, as quais serão socializadas neste trabalho, constituindo-se o nosso objetivo. Os graduandos de Licenciatura do curso de Ciências Biológicas da FACIP/UFU, bolsistas do projeto PIBID em parceria com a escola Estadual Antônio Souza Martins, elaboraram a oficina que foi oferecida em dois momentos: o 1º pelo grupo de desenvolvimento profissional (GDP) e o 2º pela rede de televisão Integração com o projeto Ação no Bairro, na Praça Tancredo Neves, ambos os espaços na cidade de Ituiutaba/MG, tendo por objetivos aproximar a comunidade escolar, reforçando o convívio social por meio de feiras, e valorizar a diversidade cultural e a arte. No 1º momento, quando oferecida na escola, os alunos aprenderam a fazer a massa do Biscuit e depois a modelar os objetos utilizando os moldes e as técnicas aprendidas; no 2º momento, com o projeto Ação no Bairro, a comunidade pôde aprender a modelar os objetos e construir artesanatos, utilizando moldes e as técnicas aprendidas.

Nessas

atividades os licenciandos bolsistas acompanharam cada passo da oficina e puderam observar a motivação dos alunos envolvidos e a construção dos objetos, além da satisfação das pessoas ao aprender e ao desenvolver as atividades. Neste contexto, o 137


nosso objetivo foi atendido, pois houve valorização humana, promovendo conhecimento que pode contribuir para a qualidade de vida da comunidade, possibilitando-lhes uma fonte de renda extra e colaborando para a criatividade, comunicação e concentração do aluno. Estas atividades contribuíram na formação inicial dos bolsistas, pois proporcionaram aprendizado na elaboração de um planejamento na inclusão e conhecimentos aos alunos e à comunidade, podendo auxiliar na formação, promoção humana e social. Palavras-Chave: Oficina; Biscuit; Comunidade; PIBID.

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JOGO DA VELHA BIOLÓGICO COMO UMA FORMA ESTRATÉGICA DE APRENDIZAGEM SOBRE VERTEBRADOS Ana Carolina de A. Pereira; Bruno G. da Silva; Daiene Oliveira Severino; Denici Laura Carvalho; Isadora Gois Lima; Lêda Franco M. Andrade; Sandro Prado Santos Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: É notável o desinteresse encontrado nas salas de aula; alunos consideram a maioria das aulas chatas, desestimulantes e cansativas. Um dos motivos da evasão de alunos na escola é devido à concepção de baixo interesse nas disciplinas. Com isso, a elaboração de formas estratégicas de ensino, como a aplicação de jogos didáticos, aulas práticas e dinâmicas pedagógicas, é uma forma de proporcionar aos alunos um maior interesse no conteúdo abordado pelos professores em sala de aula. Este trabalho relata a elaboração e aplicação de um jogo didático, por graduandos de Licenciatura do curso de Ciências Biológicas da FACIP/UFU do projeto PIBID/CAPES, que apoiaram a realização do trabalho, em parceria com a escola Estadual Antônio Souza Martins. O “Jogo da Velha Biológico” tem como objetivo relacionar, por alunos do Ensino Fundamental, os diferentes animais com suas respectivas classe, ordem e reino. Produziu-se um tabuleiro de jogo da velha tradicional em folha A4 e peças feitas de papel cartão em forma circular nas cores vermelha e azul; o jogo possui fichas com o nome de alguns vertebrados e uma tabela com a classificação sendo a ordem, classe e reino dos animais para que fosse feita a análise e correção. Os alunos foram divididos em trios, sendo que cada um exercia uma função no jogo: um juiz e dois jogadores. Uma ficha com o nome do animal era sorteada, o aluno respondia as classificações pedidas e o juiz conferia em sua tabela; assim, o jogo se desenvolvia até ter um vencedor no tabuleiro do jogo da velha. 139


O jogo didático foi um meio de fornecer aos alunos um ambiente agradável, motivador, prazeroso, planejado e enriquecido e, também, reconstrução do conhecimento, trabalho em grupo, além de uma revisão da matéria já dada pelo professor. Pode-se ressaltar a grande participação que os alunos tiveram no jogo didático, o interesse pela aula diferenciada, questionamentos sobre o tema abordado, desenvolvimento do raciocínio e também da memória. A metodologia lúdica influenciou os alunos bolsistas a repensar a forma de apresentar os conteúdos, contribuindo, em termos gerais, a buscar opções para adequar a variedade de jogos, além de desenvolver a habilidade de resolução de problemas e favorecer a apropriação de conceitos. Pode-se ressaltar que o trabalho com a turma do Ensino Fundamental ocorreu de forma a auxiliar a escola e o professor de Ciências.

Palavras-chave: PIBID; Jogos didáticos; Vertebrados.

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INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO ENSINO MÉDIO: EDUCAÇÃO FÍSICA Lucier F. Barboza; Mateus Petrachini Terra; Rodrigo O. de Souza; Jean Carlo Moreira de Souza; Larissa A. Santos Matias; Denise Rodrigues; Rayanne Fonseca Dias; Solange Rodovalho Lima; Sônia Bertoni; Gustavo Abdulmassih Cunha Borges Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

A Educação Física é uma prática social e possui como conteúdo os elementos da cultura corporal: esporte, jogo, dança, ginástica e luta. Na escola, na atualidade, tendo como subsídio uma perspectiva crítica de ensino, a preocupação é que a Educação Física possa contribuir para a formação do aluno. Porém, a prática pedagógica da maioria dos professores das escolas está sedimentada numa perspectiva técnico-instrumental em função da formação adquirida nos cursos de graduação, fundamentada no viés biologicista. Diante desta realidade, propusemos o subprojeto Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), com foco no Ensino Médio, que será realizado na Escola Estadual Antônio Tomas Ferreira de Rezende, tendo início em agosto de 2012. Seu objetivo é melhorar a formação inicial dos alunos do curso de Graduação em Educação Física, assim como contribuir para a prática pedagógica do professor na escola. Para isto, foram traçadas ações, como a produção de materiais didáticos pedagógicos, a elaboração de estratégias de ensino, reuniões com estudos temáticos, levantamento de material e bibliografia específica, realização de evento recreativo, entre outras. O PIBID/Educação Física/Ensino Médio está em fase inicial, mas já fizemos os primeiros contatos para diagnosticar a realidade da escola, observamos e acompanhamos algumas aulas de Educação Física, interagimos com os alunos e 141


realizamos algumas reuniões pedagógicas. Portanto, esperamos, ao findar as ações, contribuir para a valorização da Educação Física, na escola, enquanto um componente curricular fundamental para a formação dos alunos.

Palavras-chave: Ensino Médio; Educação Física; PIBID.

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MAFALDA E CIDADANIA: AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL DO PIBID/SUBPROJETO BIOLOGIA POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Denici Laura Carvalho; Ana Carolina de Alcântara; Bruno Guimarães da Silva; Daiene Oliveira Severino; Isadora Gois Lima; Lêda Franco Martins Andrade; Sandro Prado Santos Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho procura refletir sobre a oficina Mafalda e Cidadania e a sua aplicação aos alunos do Ensino Médio. Partimos do pressuposto que os alunos, também representam os sujeitos protagonistas do espaço escolar. Dessa forma, precisamos valorizá-los e reconhecer suas necessidades, trazendo para o âmbito escolar situações motivadoras, como problemas socioambientais, políticos, uso consciente dos recursos, participação nas decisões políticas de interesse local e global, a diversidade cultural, dentre outras temáticas que possam direcionar trabalhos didáticos que levantem tanto aspectos teóricos quanto a relação dos conteúdos em contextos de impacto social, visando à promoção humana e social. Por meio dessas perspectivas, os alunos bolsistas do PIBID/CAPES/Subprojeto Biologia Pontal, em parceria com a escola Estadual Antônio Souza Martins, ministraram uma oficina intitulada Mafalda e Cidadania, no período de 2011-12, na tentativa de atender às proposições elencadas anteriormente, tais como: a sensibilização quanto as questões ambientais, conservação e preservação, por meio da elaboração de histórias em quadrinhos com os personagens do Quino, cartunista criador da Mafalda, uma “menininha” preocupada com as atitudes da humanidade. Sendo assim, a oficina propiciou a construção, aplicação e orientação de um dos/as graduandos de Licenciatura 143


em Ciências Biológicas da FACIP/UFU do projeto subprojeto Biologia, em parceria com o Grupo de Desenvolvimento Profissional (GDP) da referida escola pública de Ituiutaba/MG. No primeiro momento da oficina foi exposto aos alunos participantes qual personagem seria adotado e qual era a sua visão de mundo, sendo realizado um debate de questões sociais, políticas, econômicas e éticas associadas à Educação Ambiental e à proposição de atividades didático-pedagógicas no Ensino de Biologia. E em um segundo momento, os alunos criaram uma história em quadrinhos que posteriormente seria exposta no mural da escola, como forma de divulgação do trabalho feito por eles. Por meio desta experiência, pôde-se observar resultados positivos no aprendizado dos alunos devido ao crescente interesse na participação nas ações e apropriação de conhecimentos. Palavras-chave: Oficina temática; Formação de professores; PIBID.

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O PIBID-LETRAS/UEM E O ENSINO DE LITERATURA EM COLÉGIOS DA REDE ESTADUAL DE MARINGÁ−PR Jéssica Fernanda de Oliveira Silva; Rhaysa Ricci Correa Universidade do Estado de Minas Gerais (G-UEM) Resumo: O Programa Institucional de Iniciação à Docência – PIBID − do Curso de Letras da Universidade Estadual de Maringá visa o intercâmbio entre Ensino Superior e Básico. No entanto, centra suas atividades em um projeto específico que consiste no preparo de estudantes do Ensino Médio para o Programa de Avaliação Seriada da UEM, adotado por esta instituição a partir de 2009. O projeto desenvolvido na Universidade Estadual de Maringá para incentivo de estudantes de graduação conta com a participação de 20 acadêmicos do Curso de graduação em Letras e tem como objetivos: promover a integração de acadêmicos da licenciatura em Letras com o Ensino Básico; inserir os alunos no universo de escolas de modo a oferecer-lhes uma formação teórica e prática no que tange aos aspectos da educação literária; promover intercâmbio entre a Universidade e as escolas de Ensino Básico. A criação deste projeto está ligada a uma necessidade gerada pela própria universidade, a partir da adoção do Programa de Avaliação Seriada em 2009. Dessa forma, o projeto PIBID organizou um plano de trabalho que abarcou três etapas: 1) preparo teórico-metodológico dos licenciandos; 2) inserção dos alunos nas escolas selecionadas − Colégio Estadual João XXIII e Colégio Estadual Doutor Gastão Vidigal, na cidade de Maringá, PR − por meio de atividades específicas; 3) oferta de cursos de contra turno, com aulas ministradas pelos alunos da graduação desta instituição, sobre obras literárias e sobre os gêneros textuais indicados pelo PAS. O projeto prevê a construção de um saber sobre o ensino de Literatura e a proposição de um projeto pedagógico de ensino desta disciplina para as escolas em foco. Ressalta-se 145


também que muitos dos alunos que participam do projeto desde seu início foram aprovados para as etapas do PAS. Neste sentido, o projeto auxilia os alunos tanto na escola regular quanto no processo de preparação para os vestibulares, mais especificamente para o PAS-UEM. Sem contar com o aumento do desempenho dos estudantes a cada ano, principalmente daqueles que participam do projeto com assiduidade. Sendo assim, é de extrema importância que universidade, escola e estado/município se unam para que o aproveitamento e a mediação dos alunos seja cada dia melhor.

Palavras-chave: PIBID−Letras; Ensino de Literatura; Programa de Avaliação Seriada (PAS).

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POR QUE ENSINAR O GÊNERO DA DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA NO ENSINO MÉDIO Josiane Amaral de Amorim; Cardoso F. M. Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo:

É de grande relevância a produção textual ao longo da vida do estudante, mas ela se torna um fator crucial no Ensino Médio. Como observamos que a dissertação argumentativa é mais exigida tanto nos Vestibulares quanto no Enem, decidimos fazer dela nosso foco de ensino. Assim sendo, buscamos explicitar a importância que ela tem no contexto do Ensino Médio. Segundo os Descritores da Língua Portuguesa, o aluno, ao terminar o Ensino Médio, deverá estar apto a redigir um texto dissertativo argumentativo se valendo de diferentes recursos de operações linguísticas e também saber se expressar de forma crítica e persuasiva. E, ainda, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ensino Médio (1999:139), “O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele que pode ser entendido pelos textos que produz e que o constituem como ser humano.” Para atingir nosso objetivo, discutimos e aplicamos exercícios sobre a teoria estudada com os alunos do 3º ano do E.M. da Escola Estadual Professora Corina de Oliveira. Em seguida, eles fizeram uma produção textual dissertativa. Selecionamos três propostas de redação retiradas de Vestibulares e de ENEMs com temas atuais e distintos. Cada proposta continha uma coletânea para dar suporte temático aos alunos, as quais foram lidas e discutidas com eles.

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Os alunos escolheram o tema três sobre “Conflitos entre gerações”. As redações foram corrigidas e avaliadas de acordo com os seis critérios de correção de redação do Ensino Médio: adequação ao tema proposto, adequação ao tipo de texto, adequação à norma padrão, coesão textual, coerência textual, autoria e criatividade. De todos os critérios descritos, o único que os alunos atingiram a média avaliativa foi o de adequação ao tema proposto, que foi de 3,3, sendo o valor total deste 5. As redações tiveram o valor de 30 pontos. A menor nota foi de 8 pontos e a maior nota foi de 24 pontos. Concluímos que os alunos chegam ao último ano do 3º do E. M. com grandes dificuldades na produção dissertativa. Para que haja uma melhora significativa neste quadro é necessário um árduo trabalho de leitura, escrita e reescrita com os alunos, desde o Ensino Fundamental.

Palavras-chave: Produção textual; Dissertação argumentativa; Ensino Médio.

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EXPERIÊNCIAS EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: AÇÕES DO PIBID/SUBPROJETO BIOLOGIA PONTAL COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Denici Laura Carvalho; Ana Carolina de Alcântara; Bruno Guimarães da Silva; Daiene O. Severino; Isadora Gois Lima; Sandro Prado Santos; Lêda Franco Martins Andrade Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: As

Atividades

Extraclasse

representam

importantes

possibilidades

de

aprendizagem e ensino de Biologia. Existem vários ambientes que podem ser utilizados com essa finalidade, oferecendo aos alunos do Ensino Médio e aos bolsistas do PIBID uma formação diferenciada. Nesse sentido, este trabalho relata a realização de visita técnico-científica em espaços não formais, por graduandos de Licenciatura em Ciências Biológicas da FACIP/UFU do projeto PIBID, com alunos do Ensino Médio de uma escola pública de Ituiutaba/MG. As visitas aos vários ecossistemas, ambientes e “habitats” específicos de determinados organismos podem oferecer um contato mais direto com esse conhecimento, além de proporcionar melhor entendimento dos procedimentos utilizados para a compreensão do ambiente natural, representando a importância dos espaços não formais na formação dos alunos. A visita foi realizada no 1º semestre de 2012 ao Museu da Biodiversidade do Cerrado, situado no Parque Municipal Victorio Siquierolli, localizado na zona norte de Uberlândia−MG e também ao Parque do Sabiá, um parque/zoológico localizado nessa mesma cidade. No Parque conheceram o Museu da Biodiversidade, realizando observações dos espécimes expostos taxitermizados pertencentes ao Bioma Cerrado; no apiário os alunos observaram as colmeias presentes, como as comunidades das abelhas; fizeram uma trilha e puderam observar legítimos exemplos da vegetação do Cerrado. Todas as atividades realizadas no Parque ocorreram com o auxílio de monitores. Em seguida, os 149


alunos foram conhecer o Parque do Sabiá, onde evidenciaram os animais expostos no zoológico. Com a visita observamos empenho e participação dos alunos nas atividades realizadas e percebemos o aprendizado concebido nos locais visitados, pois puderam compreender os conteúdos estudados na sala de aula, de forma teórica/expositiva, e, com as visitas, puderam conhecer os conteúdos abordados como algo visível, palpável e atrativo, incentivando o interesse pela descoberta e análise do universo científico. Além disso, a organização destas visitas puderam agregar experiências para os bolsistas, tais como: a realização de um planejamento prévio de visita; uma proposta metodológica para o Ensino de Biologia, pois oportuniza aos alunos a possibilidade de interação de ver, tocar e aprender, numa relação homem-natureza; apropriação dos saberes científicos; levar em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, contextualizando-os a partir de sua realidade e, ao mesmo tempo, possibilita ter um contato maior com eles, ressaltando, assim, os ganhos em sociabilidade e ao relacionamento com colegas e professores/as. Esperamos que o relato instigue os professores da Educação Básica para que utilizem mais os espaços não formais de ensino no seu planejamento.

Palavras-chave: Formação inicial; Espaços não formais; PIBID.

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LEITURAS CONECTADAS: LEITURA DE TEXTOS E HIPERTEXTOS SOBRE ENERGIA SUSTENTÁVEL EM LÍNGUA INGLESA Melissa Ariadne T. A. Rodrigues; Jéferson Ferreira Belo Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Este trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual Boulanger Pucci (Uberaba/Minas Gerais) por licenciandos bolsistas do Projeto Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Língua Inglesa (UFTM/2011). Além disso, este trabalho fez parte do Circuito de Leitura, evento interdisciplinar e extraclasse, que contou com quatro atividades criadas pelos subprojetos Língua Inglesa e Biologia sobre o tema energia sustentável. O primeiro objetivo da atividade “Leituras conectadas” foi propiciar uma experiência empírica das possibilidades da rede mundial de computadores aos alunos do Ensino Fundamental e Médio por meio de textos em língua inglesa e portuguesa. Dentre essas possibilidades foram explorados o hipertexto e a tradução. Já o segundo objetivo foi verificar se os alunos seriam capazes de perceber essas possibilidades, de encontrar informações específicas nos textos, de fazer análises de gráficos e inferências. Para a realização da atividade foram feitos quatro cartazes com textos em língua inglesa, sua tradução e os hipertextos, informações adicionais feitas em folha de papel sulfite e colocadas sobre palavras dos cartazes. Os textos escolhidos eram sobre a história da energia, as formas de energia, fontes de energia e como usar a energia. A atividade desenvolveu-se como um jogo, da seguinte forma: os alunos, em grupos, recebiam um questionário com dezesseis perguntas em português sobre os textos, o qual deveria ser respondido em, no máximo, dez minutos. Após a correção dos questionários, ganharia o grupo que respondesse mais perguntas corretamente. De modo 151


geral, a maioria dos participantes conseguiu responder a quase todas as questões. Sendo assim, essa atividade se mostra bastante flexível, já que pode atingir diversos públicos (como dito anteriormente, na ocasião, o público-alvo foi o Ensino Fundamental e Médio). Pode-se dizer, então, que devido à flexibilidade e possibilidades que este trabalho propôs, é viável a criação de trabalhos semelhantes, contemplando outros temas. Palavras-chaves: Língua Inglesa; Ensino-aprendizagem; Hipertexto.

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AULAS DE REFORÇO ESCOLAR DE FÍSICA – SUAS CONTRIBUIÇÕES NO CONTEXTO SOCIAL DOS ALUNOS Carlos Eduardo de Oliveira Hypólito; Artur Justiniano Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Inúmeras atividades são desenvolvidas pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do subprojeto de Física da Universidade Federal de Alfenas.Neste trabalho faremos uma análise sobre uma atividade desenvolvida em uma das escolas parceiras, as aulas de reforço escolar. Acompanhando o desenrolar das aulas regulares, notamos que o modo como a Física é ensinada aos alunos do Ensino Médio não satisfaz as necessidades deles, ou seja, não permite que todos tenham uma compreensão precisa dos fenômenos físicos, e nem que possam se interessar pela área científica. Nas aulas de reforço, pretendemos não somente reforçar os conteúdos que não foram bem absorvidos pelos alunos como inseri-los num contexto lógico e social despertando, assim, o seu interesse pela área. Ao ministrar aulas de reforço para alunos dos primeiros anos do Ensino Médio, que tratam de Cinemática e Dinâmica, relacionamos ao movimento dos corpos envolvidos nos fenômenos algumas situações já vividas pelos alunos, por exemplo, o movimento de um ônibus ou automóvel que descreve uma trajetória retilínea com aceleração constante. Para os alunos do segundo anos do Ensino Médio, que estudam a Termologia, também buscamos exemplos de fenômenos que podem ser observados por eles, como um fio de alta tensão que fica mais dilatado em um dia quente, demonstrando o fenômeno da Dilatação Linear. Já para os alunos do terceiros ano do Ensino Médio, que estudam a Eletricidade, podemos dar exemplos sobre esse tema ao explicar o 153


funcionamento de uma usina hidrelétrica ou a forma como os aparelhos eletrônicos das casas dos alunos combinam associação de resistores, capacitores, etc. Desta forma, com exemplos simples, porém importantes, conseguimos despertar um maior interesse dos alunos pela área e desmistificar um pouco a ideia de que a Física é apenas um emaranhado de fórmulas sem encadeamento lógico; notamos que os alunos adquiriram mais conhecimento sobre a Física e perceberam que os fenômenos físicos estão presentes em qualquer situação, podendo auxiliá-los a entender melhor o mundo em geral. Tal fato pôde ser comprovado por meio de discussões em sala, além do melhor desempenho em avaliações. Também verificamos que a participação durante as aulas regulares melhorou, os alunos conseguem responder questões que outrora tinham grande dificuldade para fazê-lo. Outrossim, provamos que o ensino de Física não deve ser meramente propedêutico e sim prazeroso e útil.

Palavras-chave: PIBID; Educação; Formação inicial.

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AVALIAÇÃO E RESULTADOS PARCIAIS DAS ATIVIDADES DO PIBID/BIOLOGIA/UFTM EM ESCOLA DE UBERABA/MG Josiane Aparecida de Sousa da Cunha; Guidson Martins Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A UFTM, em parceria com a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), concede bolsas através do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) para alunos de cursos de licenciatura, para coordenadores e supervisores responsáveis institucionalmente pelo Programa. O objetivo do projeto subsidiado pela CAPES é permitir aos alunos de licenciatura das universidades e institutos federais um contato direto com a realidade da educação nas escolas públicas, na busca de soluções práticas e adequadas para os desafios do atual contexto educacional brasileiro. Desta forma, no primeiro semestre de 2012 foi feito um levantamento para identificação das características da Escola Estadual Santa Terezinha. Para isso, foram realizadas entrevistas com a pedagoga, com o diretor e com funcionários responsáveis pelo gerenciamento de recursos da escola. Também foi consultada uma tese de mestrado de uma ex-professora do estabelecimento. Assim foi feito um levantamento dos aspectos relacionados à localização, espaço físico, financeiro, gestão e pedagógico. Em um segundo momento, os bolsistas assistiram às aulas das professoras de Biologia como ouvintes, identificando-se como bolsistas do subprojeto PIBID e, em seguida, prepararam e executaram aulas práticas com alunos do Ensino Médio dessa escola. Para elas, foram elaborados roteiros que deveriam passar pela aprovação da supervisora do projeto na escola, e para as aulas foram utilizados materiais como microscópios cedidos pela universidade, plantas, alimentos e vidrarias, a fim de enriquecer a atividade prática.

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No segundo semestre de 2012 foi desenvolvido um projeto de meio ambiente com os alunos da escola, no Parque das Acácias, Uberaba/MG. Os alunos foram divididos em quatro grupos: Avifauna, Água e História do Parque, Diagnóstico das Vertentes e Exsicata, em que cada bolsista foi monitor de um grupo ministrando um minicurso. Além disso, o projeto também consistia em uma parceria com a professora Yara Rocha, que levou os alunos ao aterro sanitário de Uberaba que conheceram o local, as características e sua importância, e depois fizeram um trabalho relacionado com a atividade realizada. Também foram realizadas algumas palestras. Para encerramento do projeto, foi organizado um evento tanto na escola quanto no Parque estudado, para que os trabalhos dos alunos fossem apresentados para a sociedade, encerrando, assim, as atividades do segundo semestre de 2012.

Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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AS COLABORAÇÕES DO PIBID PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Luana de Souza Gorini; Anderson A. Souza Nunes; Nilton Luiz Souto; Andréa M. do Amarante Paffaro Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL)

Resumo: Atualmente, a atividade docente tem sido desvalorizada, seja pelo aspecto econômico ou pessoal, no entanto, é uma das profissões mais importantes para a formação de uma sociedade intelectual. Não raro, alunos dos cursos de licenciatura são constantemente desestimulados a seguir a profissão docente, acabando por direcionar a formação para áreas voltadas à pesquisa ou até mesmo especializações como meios alternativos para não enfrentarem os desafios da prática pedagógica. Esta análise teve como instrumento de coleta de dados os relatos presentes nos diários de campo de bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do subprojeto de Ciências da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL – MG). As ações desenvolvidas através do PIBID têm possibilitado aos alunos do curso de licenciatura em Ciências Biológicas vivenciar a docência como algo realmente desejado, embora ainda existam resistências por parte de alguns licenciandos. O PIBID tem como objetivo fortalecer subsídios para a formação dos licenciandos, além de contribuir com o desenvolvimento das escolas parceiras, atendendo alunos da rede pública de ensino e oferecendo suporte pedagógico aos professores. O contato com os embasamentos teóricos e a socialização do grupo na UNIFAL–MG tem nos possibilitado compreender que não basta ao educador ser detentor do conhecimento, ele precisa ser instigador, mediador, curioso, pesquisador e, acima de tudo, considerar as 157


especificidades presentes na prática docente, caracterizadas, entre outras, pela elaboração do planejamento e pelos critérios de avaliação. Neste sentido, o PIBID tem possibilitado aos licenciandos compreender que a prática docente é impregnada de valores, os quais são manifestados de forma oculta ou explícita nas interações que ocorrem no contexto escolar. Assim, o Programa tem diminuído a resistência pela profissão, possibilitando aos alunos bolsistas um contato direto com os dilemas presentes na prática docente, aumentando a proximidade com a realidade e enfatizando a importância de articular teoria e prática na formação profissional.

Palavras-Chave: Formação; Prática docente; PIBID.

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DESENVOLVENDO O RACIOCINIO LÓGICO UTILIZANDO A GEOMETRIA Milena A. Resende; Rafael F. de C. Sousa; Clovis Alvim B. Filho; Éliton M. Moura; Débora Parreira; Arlindo J. de S. Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O projeto PIBID vem propiciando o desenvolvimento de técnicas de ensino que facilitam a interação e o aprendizado dos alunos por meio de atividades em horários regulares e extraclasse. Neste trabalho serão apresentadas atividades do projeto, voltadas aos níveis fundamentais, que vêm sendo desenvolvidas em uma instituição de ensino público de Uberlândia−MG. Desde seu início o projeto se sustentou em bases estabelecidas pelas informações colhidas no questionário socioeconômico aplicado aos alunos, ainda no momento de reconhecimento da escola. Tal reconhecimento possibilitou visualizar grande dificuldade por parte dos alunos no estudo da Matemática. Surgiu, então, já no momento de intervenção, e com o auxílio da professora Débora, supervisora do projeto, a ideia de se trabalhar atividades que envolvessem a Matemática a alguma ferramenta que possibilitasse aos alunos um desenvolvimento do raciocínio lógico. Tal estímulo ao raciocínio lógico pode ter reflexos positivos no aprendizado de todo o conteúdo pedagógico especialmente na área das ciências exatas. A oficina se iniciou com os alunos do oitavo e nono anos no manuseio e estudo do tangram – um quebra-cabeça milenar formado por sete peças geométricas (cinco triângulos e dois quadriláteros). Com as sete peças é possível montar mais de mil e quinhentas figuras diferentes apenas organizando-as sem sobrepô-las. A montagem do quebra-cabeça foi inicialmente feito com papel A4 recortado pelos próprios alunos. Criou-se, então, a oportunidade de visualizar na prática o engenho das figuras planas e, posteriormente, o cálculo da área de cada peça do jogo. Depois do estudo matemático foi, ainda, proposto a cada aluno confeccionar um cartaz 159


formando figuras com o tangram, utilizando papel colorido. Ao final da atividade, se observou que os alunos aprimoraram suas habilidades em diferenciar os tipos de figuras planas e em calcular suas respectivas áreas. Desta forma, vemos que tal atividade mostra ser possível a existência de aulas diferenciadas, e ao mesmo tempo de simples trato, nas quais os alunos se sentem atraídos para o estudo da Matemática. Além disso, ainda afirmamos que, para os futuros professores, essa atividade se fez de grande estímulo para a prática docente.

Palavras-chave: Jogos; PIBID; Geometria.

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ENSINO DE GENÉTICA PARA ALUNOS DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO ATRAVÉS DO TEMA “GENÉTICA FORENSE” Guilherme Ribeiro Gonçalves; Júlia Borges Paes Lemes; Luisa Miglio; Natália de Andrade Nunes; Núbia Roberta Rodrigues; Fátima Lúcia Dezopa Parreira Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: No ensino de Biologia, os conceitos básicos de genética são tradicionalmente trabalhados a partir de bases conceituais, muitas vezes desvinculadas de suas aplicações. A proposta aqui apresentada foi de mudar a abordagem da aula, trazendo uma temática que desperte o interesse e a curiosidade. Observa-se que nos dias de hoje o assunto “Genética Forense” está muito presente no cotidiano dos alunos, levado para o seu universo, principalmente pela mídia. Programas televisivos com essa temática geram curiosidade nos jovens, além de instigá-los a entender como ocorre a resolução de mistérios policiais por meio da identificação de pessoas, a partir de corpos, partes ou vestígios. Nesse cenário, foi realizado um minicurso intitulado “Genética Forense”, com o objetivo de introduzir conceitos básicos da Genética para os discentes do terceiro ano do Ensino Médio, a partir de seus questionamentos sobre a Genética Forense, nas aulas de Biologia. O minicurso, ministrado pelos licenciandos do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), subprojeto Biologia, aconteceu em uma manhã de sábado, fora do horário de aula e atendeu cerca de vinte e cinco estudantes. As ações se desenvolveram a partir de uma explanação do conteúdo e de uma explicação sobre métodos de investigação forense; posteriormente, os discentes resolveram alguns exercícios de vestibulares sobre teste de paternidade e um caso de assassinato. 161


Géis de Eletroforese SDS-page foram utilizados para ilustrar o método explicado anteriormente (material emprestado pelo Laboratório de Biofísica Molecular da UFU). Por último, os discentes foram divididos em grupos e elaboraram exercícios na forma de uma situação hipotética a ser desvendada pelo uso dos métodos de investigação forense, como desafio para ser respondido por colegas de outra equipe. Orientados pelos licenciandos, todos os grupos conseguiram resolver corretamente os exercícios, demonstrando, tanto nesta etapa de elaboração do desafio quanto na anterior, atitudes de autonomia. Ao final, foi solicitado que os discentes do Ensino Médio avaliassem o minicurso, destacando o que eles mais gostaram e o que poderia ser melhorado. Os estudantes do Ensino Médio se posicionaram não somente em relação à temática desenvolvida mas também em relação à postura dos licenciandos, enquanto docentes. Perceberam esforços no sentido de mudanças no planejamento e desenvolvimento das aulas nas atividades desenvolvidas pelo PIBID – Biologia. Assim, tal atividade não rompeu totalmente com um padrão ou forma de ensinar genética, mas indicou novas possibilidades.

Palavras-chave: Ensino de Biologia; Formação docente; Genética Forense.

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A INFLUÊNCIA DE ATIVIDADES PRÁTICAS NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: ANÁLISE DE VIVÊNCIAS Anderson Adaldizio S. Nunes; Luana de S. Gorini; Nilton Luiz Souto; Andréa M. do Amarante Paffaro Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: O desenvolvimento de atividades práticas no ensino fundamental vem sendo, durante anos, um desafio na aprendizagem escolar. Acreditamos que quando o professor se utiliza apenas de metodologias mecânicas, desprezando o envolvimento e a participação, aumentam as dificuldades de os alunos associarem a temática trabalhada em sala de aula com a sua realidade, acabando por diminuir as possibilidades de compreensão e, consequentemente, o interesse pela disciplina. Sabe-se que práticas de ensino tradicionais, onde o professor é considerado o único detentor do saber e o aluno um mero receptor de informações, não desperta o interesse dos discentes. Através do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), do subprojeto Ciências da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL – MG), estamos tendo a oportunidade de vivenciar o cotidiano das escolas parceiras localizadas no sul do Estado de Minas Gerais, em especial aos fatores relacionados ao ensino com ou sem o auxílio de práticas pedagógicas que possibilitem a construção e o desenvolvimento de habilidades e competências nos alunos. Este trabalho utiliza-se da pesquisa qualitativa, por entendê-la como a mais adequada para esse processo. Optamos pela pesquisa bibliográfica e pela pesquisa de campo, privilegiando os registros feitos pelos bolsistas nos diários de campo, um instrumento utilizado para registrar o que ocorreu durante ou após cada intervenção. 163


As ações em foco neste trabalho foram mediadas pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), caracterizadas por apresentação de vídeos e mídias musicais. Durante o desenvolvimento das ações didático-pedagógicas foram abordados temas que englobam aspectos químicos, físicos e principalmente biológicos, além de chamar a atenção sobre o consumismo, despertando o senso crítico dos discentes através de interpretação de textos. Para constatar se os objetivos propostos foram alcançados, utilizamos as redações e os questionários, além da observação dos comportamentos manifestados pelos alunos em sala de aula e no entorno da escola. As ações desenvolvidas atingiram os objetivos descritos inicialmente, demonstrando como o uso de diferentes metodologias interfere positivamente no processo de ensino e aprendizagem. Esperamos que as reflexões presentes neste trabalho possam oferecer alguma contribuição para o desenvolvimento de diferentes práticas pedagógicas.

Palavras-chave: Metodologias; Prática pedagógica; Ensino fundamental.

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A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA ATRAVÉS DO JOGO DE XADREZ: INOVANDO COM O PIBID Jéssica Cristina Silva; Edson Alves Abreu; Brunno de Oliveira Borges; Arlindo José de S. Junior; Jean Carlo da Silva Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Resumo: Dentre todos os jogos de natureza lúdica já criados pelo ser humano, estudos relacionam o jogo de xadrez com o ensino da Matemática por proporcionar situações que requerem tomadas de decisões, pensamento crítico, raciocínio lógico, concentração, pensamento analítico, autonomia e autoconfiança, ou seja, tudo isso faz parte do planejamento estratégico. O presente artigo tem como objetivo apresentar as reflexões sobre o ensino do jogo de xadrez na Educação Matemática, através do Minicurso de Xadrez Escolar proposto em uma escola estadual na cidade de Uberlândia, com alunos do 1º Ano do Ensino Médio. A ideia do Minicurso se deu por um Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), oferecido pela Universidade Federal de Uberlândia, que tem por objetivo estreitar os laços entre a universidade e a educação básica, pela valorização do trabalho dos docentes e do cotidiano escolar. A ideia inicial do projeto foi inserir a informática no Minicurso de Xadrez Escolar, levando os alunos a praticarem o jogo de xadrez em softwares e posteriormente organizar campeonatos virtuais com todos participantes. São realizados encontros semanais com os alunos no contra-turno, com duração total de 4 encontros, sendo aplicado o projeto durante toda a permanência na escola. Contamos com a ajuda do supervisor, coordenador e bolsitas do projeto para a sua realização. Conclui-se que o jogo de xadrez é significativo para o desenvolvimento intelectual da criança, pois é o 165


espaço para a sua expressão genuína, decorrente da sua relação afetiva com o mundo, os objetos e as pessoas. Palavras-chave: Minicurso; Xadrez escolar; PIBID; Ensino Médio.

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TEXTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: TRABALHO COLABORATIVO NAS AULAS DE FÍSICA Deicielle Souza de Freitas; Thatianna Fernanda Barbosa de Souza; Sandro Rogério Vargas Ustra; Naiara Naiara Signorelli Santos Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

Neste

trabalho

apresentamos

uma

análise

sobre

atividades

didáticas

desenvolvidas no âmbito do subprojeto Física/Pontal, vinculado ao Programa PIBID da universidade. Estas atividades envolveram o planejamento e implementação de aulas sobre Física Térmica no Ensino Médio, de forma colaborativa com o professor regente (supervisor PIBID) das turmas envolvidas. Nas atividades planejadas foram utilizados textos de divulgação científica (TDC) numa perspectiva diferenciada, sugerida pela literatura da área de Ensino de Ciências, na qual se destacam quatro momentos: contextualização do texto, ativação do conhecimento, construção de um mapa textual, leitura do TDC e verificação de hipóteses de leitura. Desta forma, as aulas foram implementadas junto a duas turmas do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola pública estadual na cidade de Ituiutaba/MG. Para análise dos dados, obtidos através dos registros escritos dos estudantes e de nossas observações, utilizamos técnicas da análise de conteúdo. O tema escolhido permitiu contemplar aspectos que permeavam o imaginário dos estudantes, relacionados a curiosidades, compreensão parcial ou equivocada do fenômeno e o sentimento da necessidade de uma postura social mais consciente. A abordagem destes aspectos de forma articulada aos principais conceitos de Física Térmica permitiu que levantássemos

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indícios da potencialidade de se proporcionar uma compreensão mais consistente dos conteúdos pelos estudantes. Convém ressaltar que esta utilização dos TDCs de modo mais fundamentado teoricamente foi possível, em grande parte, devido às interações estabelecidas no Grupo de Pesquisa na Formação de Professores de Física – GPFPF/UFU, através dos estudos e trabalhos desenvolvidos. Esta consistência teórica foi observada pelo próprio professor supervisor, o qual atuou diretamente nas atividades, manifestando interesse em ampliar para as demais turmas. Através da interação estabelecida entre o GPFPF, bolsistas PIBID e professor supervisor pudemos verificar a importância de se considerar tanto os conhecimentos mais sistematizados presentes no contexto universitário quanto os saberes mobilizados pelo docente e, de modo mais amplo, o próprio contexto escolar. Palavras-chave: Textos de divulgação científica; Ensino de Física; PIBID; Interação Universidade-Escola.

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IDENTIFICANDO ASPECTOS MOTIVACIONAIS PARA A APRENDIZAGEM EM FÍSICA A PARTIR DA ATUAÇÃO DO PROFESSOR Waldo Franco Ferreira, Deicielle Souza de Freitas, Sandro Rogério Vargas Ustra Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

Neste trabalho, relatamos e analisamos resultados de uma investigação desenvolvida a partir da solicitação do professor regente da turma, para realizarmos uma atividade de modo a motivar os estudantes, que se encontravam muito apáticos e pouco participativos. Assim, na perspectiva de investigar as características de uma relação motivadora em sala de aula, partindo das próprias concepções dos estudantes, desenvolvemos um conjunto de atividades didáticas no âmbito do subprojeto Física/Pontal, vinculado ao PIBID da universidade. A expectativa do professor regente era motivar os estudantes a partir de atividades que os deixassem mais participativos, entrosados e animados para aprender. Utilizando estas características básicas (atribuídas pelo próprio professor da turma – animação, participação e entrosamento), buscamos planejar atividades que estivessem efetivamente associadas à disciplina. Focamos numa das atividades implementadas, a qual foi desenvolvida junto a uma turma de Ensino Médio de uma escola do município de Ituiutaba/MG. Buscou-se tornar as aulas mais envolventes e dialógicas, procurando um maior entrosamento dos alunos entre si, com o bolsista PIBID e com o conteúdo lecionado, no caso a Terceira Lei de Newton. Inicialmente identificamos elementos da prática cotidiana que pudessem subsidiar a elaboração de planejamentos didáticos com vistas a contemplar estes aspectos. A participação ativa dos alunos, principalmente daqueles considerados menos 169


interessados, foi a grande surpresa. Estes não gostam de atividades apenas de cálculos e raciocínio, mas sim de atividades que os intriguem e os façam pensar de forma a motivá-los a dar uma resposta, por mais que seja errada, mas que seja efetivamente considerada na discussão principal. Nestes termos, ressaltamos a importância de referenciar práticas motivadoras no ensino de Física ou de qualquer outra disciplina na própria atuação do professor, nos elementos que este considera como efetivamente motivadores. Para isto, cumpre que se tenha em consideração seu planejamento didático como um efetivo instrumento de atualização e de exercício profissional. Palavras-chave: Motivação; Ensino de Física; PIBID; Planejamento didático; Interação Universidade-Escola.

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ROBÓTICA EDUCACIONAL COMO RECURSO TECNOLÓGICO EM UMA ESCOLA PÚBLICA PERIFÉRICA DE UBERLÂNDIA Gustavo Boaventura de Oliveira; Brythnner Monteiro Delfino; Éliton Meireles de Moura; Arlindo José de Souza Junior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este trabalho é fruto de dois dias de uma oficina de robótica realizada coletivamente, no laboratório de Ciências de uma escola periférica de Uberlândia. Tal experiência foi desenvolvida por professores da Universidade Federal de Uberlândia, licenciandos em Matemática, bolsistas do projeto PIBID, subprojeto Matemática, e professores do município, e buscou levar aos alunos o conhecimento de Robótica Educacional, usada como recurso tecnológico para uma aprendizagem dinâmica e motivadora. Esse recurso, tratado na educação, possibilita ao aluno desenvolver algumas habilidades, tais como visão crítica, autonomia e iniciativa, que ainda geram interesse e disponibilidade para resolver problemas e o amadurecer do pensamento lógico. O projeto robótica, desenvolvido no PIBID Matemática, através da prática com a tecnologia, propicia o convívio em grupo por meio das ações dirigidas para a construção de robôs. Implantou-se robótica no sentido de incentivar nos professores uma prática onde o conhecimento seja colocado de forma fácil e prática, e para isso se utilizou o material da LEGO. Ressaltamos ainda a relevância do uso desse recurso na educação, baseando-se em autores como KONZEN, entre outros, que discutem robótica e suas finalidades. Dentro da disciplina Matemática, resolveu-se trabalhar o perímetro e a área em um contexto geométrico a partir dos movimentos do robô, e com isso surgem 171


discussões e reflexões que levam o aluno a construir as suas próprias definições, partindo do conhecimento prévio que eles adquiriram ao longo dos anos. O objetivo deste trabalho é criar uma familiaridade com o conceito através da prática da construção e a programação dos robôs. Ao final, apresentamos uma atividade, dividida em duas etapas, com alunos do 6º ao 9º ano, onde resultados obtidos fizeram com que recordassem esses conceitos de geometria com as quais não se fixaram no tempo que tiveram em salas de aula Essa atividade teve a participação de todos os alunos, e para aqueles que ainda não tiveram o conteúdo de geometria ao seu alcance, essa foi uma ótima oportunidade. Palavra-chave: Robótica; PIBID; Educação.

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A IMPORTÂNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE METODOLOGIAS ALTERNATIVAS EM ESCOLAS PÚBLICAS: FEIRA DE CIÊNCIAS Thainara Minussi Aguilar; Amanda Francisco Vieira; Ana Paula das Graças Ferreira; Luciana Resende Allain Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Poucas escolas buscam inovações para obtenção de um sistema educacional diferenciado, mas existem algumas iniciativas que incentivam o desenvolvimento e a criação de novas práticas escolares. Essas modificações no contexto escolar visam incentivar a criatividade, pesquisas e produção de conhecimento, contextualizar a realidade social dos alunos com os conteúdos abordados, fomentar o pensamento crítico e oferecer conteúdos significativos para a formação do aluno. A escola, por seu ritmo educativo, não consegue, ou não tem conseguido, em suas atividades curriculares tradicionais, atender às necessidades assinaladas no mesmo ritmo em que elas ocorrem na sociedade. Daí a preocupação em se buscar meios de completar ou expandir a formação tradicional desenvolvida na escola. As feiras de ciências oferecem uma forma de contribuição para os referidos objetivos. A partir de uma junção do PIBID Ciências e Biologia da Unifal−MG, foi desenvolvida uma Feira de Ciências em uma escola pública situada em Alfenas − MG. A participação em Feiras de Ciências é, portanto, a culminação de um processo de estudo, investigação e produção, que tem por objetivo a educação científica dos estudantes. Neste projeto os alunos do Ensino Médio receberam formação teóricoconceitual dos pibidianos do curso de Ciências Biológicas, a fim de transmitir os conteúdos abordados nas oficinas da feira aos alunos do Ensino Fundamental. Foram 173


abordados diversos eixos temáticos, como sexualidade, alimentação, biologia celular e meio ambiente. Em cada oficina foi feita uma avaliação para possível análise por parte dos graduandos indicando os benefícios e o rendimento de cada atividade. Os alunos do Ensino Médio frequentaram os encontros formativos e buscaram fontes de conhecimento alternativas para o desenvolvimento e aprendizado das temáticas das oficinas. Durante a aplicação das atividades, esses alunos trocavam de posição (de receptores para agentes ativos) e ensinavam o conteúdo aprendido. A finalidade do PIBID com a feira foi promover a interação aluno-aluno, fazendo com que o aluno do Ensino Médio participe da produção e transmissão dos saberes, possibilitando, assim, um olhar diferenciado em relação à prática docente, à escolha da metodologia a ser usada, considerando o perfil de cada turma, o conteúdo abordado e as dificuldades encontradas para tal.

Palavras-chave: Escolas públicas; Aluno; Feira de Ciências.

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CONTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE Ludmila Bolina Costa; Milton Antônio Auth; Vanda Paiva Rezende Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O resumo esboça experiências vivenciadas pelos bolsistas do PIBID, do curso de Física da FACIP−UFU, que, por intermédio do programa foram estimulados a se inserir no contexto escolar, a fim de vivenciar a prática pedagógica e contribuir com o desempenho dos alunos. Durante dois anos os “pibidianos” tiveram experiências reais de contato com a rotina escolar, docência, estudo de teorias educacionais e refletiram sobre a prática docente. Isso proporcionou um campo fértil para uma formação inicial com qualidade, compreendendo a importância da interface com a formação continuada. O produto que surge dessa interatividade vem possibilitando um conhecimento que não seria atingido apenas com o estágio supervisionado. São momentos menos conflitantes, em que o bolsista se depara com experiências e situações novas, fortalecendo a relação com a escola quanto ao ensino-aprendizagem, a dinamização dos conteúdos propostos e com a formação cidadã. Destaca-se, ainda, a possibilidade de conhecer de perto as dificuldades dos alunos em relação à compreensão dos conteúdos, e buscar mecanismos para alcançar a aprendizagem significativa. As discussões com os colegas de projeto também foram relevantes, pois possibilitaram experiências e sugestões de novas ideias que surtiram efeito na dinamização das aulas ministradas e no aproveitamento dos alunos da escola com o seu desencadeamento. As atividades realizadas também mostraram aos “pibidianos” que não conseguimos evitar muito da realidade da escola, da sua rotina e, por isso, há que se aproveitar as aberturas possíveis. Existe um currículo real que é diferente daquele 175


apresentado nos planejamentos e existe uma dinâmica que cerceia iniciativas para um aprendizado diferente do usual. Muito se discutiu nas reuniões a respeito da prática docente e do papel do educador, que no contexto atual se sente desmotivado a buscar atualizações e aprofundamentos pedagógicos. O acompanhamento em sala de aula juntamente com o professor supervisor é uma experiência real do que espera o futuro professor, dando o ensejo de criar oportunidades para pensar e se manifestar, valorizando a postura epistemológica, proporcionando a experiência de ministrar um conteúdo inteiro sobre um tema, elaborando atividades, desenvolvendo e revisando-as, podendo analisar e escolher qual metodologia se adapta melhor a cada sala e a cada assunto. O uso de diferentes fontes de informação permitiu observações em ilustrações, experimentos, organização dos conhecimentos, ideias de registros das atividades e produções, como desenhos, textos e esquemas matemáticos. Assim, o PIBID se mostra um importante aliado na construção de uma escola de qualidade para todos. Palavras-chave: PIBID: Educação; Formação inicial.

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LITERATURA NA ALFABETIZAÇÃO: ORALIDADE E ESCRITA Kenia Márcia R. Girotto; Débora Cristine de Souza; Maria de Lourdes Santos Dâmaso Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este trabalho foi desenvolvido por licenciandas do curso de Pedagogia, da Universidade Federal de Uberlândia – UFU/FACIP, bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), envolvendo 23 alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental de uma escola Municipal de Ituiutaba−MG, com o objetivo de trabalhar, na alfabetização, a escrita a partir da literatura. experiências

vivenciadas

no

subprojeto

De acordo com as

Alfabetização−PIBID,

constatamos

a

importância de trabalhar a Literatura em sala de aula, com intuito de instigar a criatividade e aguçar a curiosidade da criança para melhor desenvolvimento no processo de leitura e escrita. Optamos por desenvolver trabalho de intervenção nessa temática, que aconteceu com a contação da história: Vento Norte, da autora Bia Bedran. Após o conto, por meio de uma roda de conversa, comentamos que o Vento Norte havia deixado uma caixa surpresa contendo gibis de diversos personagens, e convidamos os alunos ao manuseio do material disponível, oportunizando-os a observar a fala dos personagens Chico Bento e Cebolinha na escrita. Em seguida, trabalhamos a diferença entre oralidade e escrita, fazendo intervenção nas falas dos personagens sempre que necessário; posteriormente foi construído com os alunos um painel de palavras trabalhando a diferença entre fala e a escrita, ressaltando a importância de respeitar a cultura de cada um. Nesse prisma, o trabalho de intervenção pedagógica justifica-se pela necessidade de instigar as crianças ao desenvolvimento de ambas as linguagens, 177


aumentando, assim, suas percepções de mundo, fatores essenciais para o desenvolvimento integral da criança. No processo da alfabetização, o contato do aluno com diversos tipos de textos é ainda mais importante, vai além de proporcionar apenas o prazer de ler, conduzindo à autocompreensão. O trabalho envolvendo literatura na prática educativa poderá ser desenvolvido conforme a faixa etária de acordo com o gosto pessoal, a cultura e o meio social em que vivem. Portanto, é importante o educador desenvolver na prática pedagógica o uso da literatura com textos significativos para os alunos, propiciando que as regras, normas, invenções da escrita tenham sentido. A leitura permite que os aprendizes tenham reflexão, aprendam gramática sem decorar as regras ortográficas, desenvolvam habilidades de interpretar, produzir textos, envolvendo as relações sociais do cotidiano. Ao perceber o envolvimento dos alunos e as atividades realizadas, foi possível compreender a contribuição significativa e prazerosa da literatura para o desenvolvimento da escrita. Palavras-chave: Alfabetização; Literatura; Escrita.

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ESTRATÉGIA DE ENSINO DE “GINÁSTICA” NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM UMA ESCOLA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE UBERLÂNDIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO SUBPROJETO PIBID EDUCAÇÃO FÍSICA Andressa da Silva Costa; Lorena Marques Vieira Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

Este trabalho é um relato de experiência do desenvolvimento de uma estratégia de ensino sobre o tema “Ginástica”, com alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental, na Escola Municipal Professor Eurico Silva, da Rede Municipal de Ensino de Uberlândia. O planejamento foi elaborado pela equipe PIBID Educação Física/UFU, tendo como pressuposto que o conteúdo do ensino deve expressar conhecimentos sobre o tema que podem ser tratados na escola, e que os procedimentos metodológicos devem responder às necessidades de aprendizagem das crianças a partir de dinâmicas estimuladoras. O ponto de partida foi o estudo de artigos que apresentam reflexões críticas sobre o tema, construindo-se, dessa forma, um referencial teórico para orientar o planejamento. Os procedimentos foram organizados em três momentos principais: 1– introdução ao tema (apresentação de um vídeo “A ginástica através dos tempos”, elaborado a partir de fragmentos encontrados na internet). Foram apresentados e identificados os tipos de ginástica em diversas épocas, com o objetivo de reconhecer os elementos constitutivos desta prática corporal; 2– experimentação e exploração de movimentos da Ginástica Rítmica com dois aparelhos (corda para os primeiros anos, e fita para o 4º ano); 3– reprodução de coreografias com apresentação para a comunidade escolar (2º ao 4º ano). 179


Vivenciar um processo de planejamento coletivo de uma sequência de aulas reforça para nós a importância do estudo permanente como forma de ampliar o conhecimento tanto do professor quando do aluno, à luz do saber científico convertido em saber escolar; além disso, é possível reconhecer as possibilidades de introduzir temas de ensino pouco presentes no contexto escolar, detectando as dificuldades para que isso ocorra. O desenvolvimento desse modelo de planejamento na escola tem sido importante para dar maior visibilidade ao trabalho da equipe PIBID na comunidade escolar e para reafirmar a Educação Física como componente curricular. Palavras-chave: PIBID; Educação; Formação inicial.

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PIBID – SUBPROJETO LÍNGUA PORTUGUESA: O ENSINO DOS GÊNEROS TEXTUAIS, NOTÍCIA E EDITORIAL Aliandra Ferreira de Jesus; Ana Carolina Oliveira Silva Reis Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O trabalho refere-se ao relato de experiências das referidas discentes e participantes do PIBID−Subprojeto Língua Portuguesa, acerca do ensino de Gêneros Textuais para alunos do Ensino Médio de uma escola estadual. As alunas buscam, por meio do painel, relatar como foi o minicurso que ofereceram para tais alunos durante dois dias, bem como as eventuais dificuldades, facilidades e a “recepção” destes quanto ao conteúdo (gêneros textuais) e a metodologia aplicada para este ensino. No minicurso, as alunas utilizaram matérias de jornais para mostrar aos alunos as especificidades dos gêneros notícia e editorial. O referido trabalho demonstrará o quão produtivo pode ser o ensino de gêneros textuais para alunos de todos os níveis escolares, pois é também por meio de suportes encontrados em seu cotidiano, neste caso, o jornal, que os alunos podem desenvolver tanto a leitura como a escrita. É importante ressaltarmos a necessidade da inserção do ensino de gêneros textuais no âmbito das escolas públicas, pois é por meio deles que os alunos poderão conhecer, desenvolver e aprimorar as técnicas da escrita, bem com as da leitura, objetivando a formação de leitores e escritores críticos e atuantes na sociedade. Este trabalho tem como foco a análise e o relato da experiência das bolsistas do PIBID – Subprojeto Língua Portuguesa, enquanto docentes e observadoras de uma nova abordagem de ensino da língua portuguesa, o ensino de Gêneros Textuais, que é também o foco deste subprojeto. Palavras-chave: PIBID; Educação; Formação Inicial. 181


APRENDENDO EXPRESSÕES ALGÉBRICAS COM O JOGO PEGA VARETAS, NA OFICINA MINISTRADA PELO PIBID Istaell Pereira de Araújo; Éliton M. Moura; Débora Parreira; Arlindo J. de S. Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo:

Esta atividade foi desenvolvida em uma escola municipal de Uberlândia localizada na zona periférica da cidade, onde atuam bolsistas do PIBID Matemática, da Universidade Federal de Uberlândia. Por meio do período de reconhecimento escolar, notou-se a dificuldade de aprendizagem e ensino da álgebra durante o ensino fundamental. Diante desta realidade, buscaram-se maneiras diferenciadas de ensino, que viessem a ser, ao mesmo tempo, divertidas no trato de expressões algébricas. Descobriu-se, então, no jogo pega varetas, uma boa solução para o trabalho com alunos do sétimo ano do ensino fundamental. A proposta deste trabalho foi fundamentar os primeiros conhecimentos relacionados à álgebra, evitando uma sequência dos estudos que trouxessem sequelas por conterem uma base fraca, que, com o passar do tempo, na sequência das séries, tende a se agravar, gerando, ou intensificando, uma deficiência de aprendizado por parte dos alunos. Num ambiente onde há superlotação das turmas e o professor não consegue atender a todos com o devido tempo e atenção, é preciso fundamentar bem os primeiros conceitos sobre álgebra para não traumatizá-los, fazendo-os desistirem da Matemática que já classificam como algo extremamente difícil, ou até mais, impossível de se aprender. Este projeto, que teve duração de uma hora e meia, levou os alunos a

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desenvolverem as habilidades do jogo e depois a resolverem situações-problemas com expressões algébricas, elaboradas pelo grupo PIBID. Nesse projeto, a oportunidade de visualizar a álgebra aplicada a uma brincadeira comum do universo estudantil foi de grande aprendizado para todas as partes envolvidas. Para os estudantes, foi uma oportunidade de observar a Matemática sem sua feição sisuda, e, já para os pibidianos, mais uma atividade que tiveram que desenvolver desde sua elaboração até a conclusão, preparando-os significativamente para a atuação no ensino público. Os alunos participantes deixaram relatos sobre o que aprenderam e disseram que gostaram. O que implica que a atividade foi significativa para eles.

Palavras-chave: Jogo; Expressão algébrica; PIBID.

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AÇÕES DE DIAGNÓSTICO E DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Carmelita de Morais Expedito; Leidiane Aparecida; Milton Antonio Auth Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este trabalho foi desenvolvido a partir das ações do PIBID, do Curso de Física da Facip−UFU, no contexto escolar, diante da constatação de carências quanto à compreensão de conceitos e fenômenos de Física por parte dos alunos do 2º ano do Ensino Médio/EJA de uma escola da Rede Pública do Município de ITUIUTABA−MG. A ação de diagnóstico nos motivou a desenvolver ações voltadas a compreender melhor essas carências e contribuir para com o enfrentamento das mesmas. O acompanhamento das aulas durante dois anos possibilitou reconhecer limitações do processo e pensar em novas possibilidades, como o estudo sistemático de um dos tópicos relevantes da Dinâmica: as Leis de Newton. Primeiramente, foi aplicado um pré-teste aos estudantes para verificar seus conhecimentos prévios. Uma proposta metodológica flexível e diferenciada foi elaborada/desenvolvida, abrangendo experiências de simples manuseio, leituras compatíveis com as condições dos alunos, exercícios de cunho teórico e matemático, de modo a envolver a maioria dos alunos com faixa etária diversificada. Foram abordados conceitos físicos relacionando-os ao cotidiano, facilitando, assim, o processo ensinoaprendizagem e, consequentemente, potencializando as interações professor-aluno. Ressalta-se que grande parte desses alunos não tem a pretensão de dar continuidade aos estudos, pois o conteúdo programático é abordado de forma excessivamente abstrata, sem relação com a sua realidade, faltando clareza e objetividade.

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Entretanto, alguns alunos se encontram em situações distintas, dando preferência a cursos técnicos, por serem de curto prazo e de melhor acessibilidade ao mercado de trabalho. Observamos, também, que o fator necessidade de ingresso no nível superior não é prioridade da maioria, por motivos como: econômicos; longo prazo para conclusão do curso; sentimento de incapacidade (por parte de alguns, devido à idade já avançada). Os resultados obtidos foram averiguados durante o desenvolvimento de atividades teóricas e práticas, bem como com o questionário pós-teste. A maioria dos alunos participou ativamente na realização de experiências e respostas às situaçõesproblemas do tópico estudado, relacionando-as com seu próprio dia a dia. Atividades trabalhadas de forma interativa e investigativa proporcionaram aos alunos interações ativas e resultaram em estímulo à sua autoestima (minimizando o complexo de inferioridade),

constituindo

fatores

essenciais

para

uma

aprendizagem

mais

significativa.

Palavras-chave: Leis de Newton; Três momentos pedagógicos; Ensino Médio/EJA.

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EFEITOS DA REGULARIZAÇÃO DO FLUXO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL Danielle Beatriz de Sousa Borges; André Luiz M. Freitas; Aennder Ferreira de Sousa; Maria Juliana Peron; José Fernando Condeles Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O ensino fundamental no Brasil passou por consideráveis mudanças políticas e educacionais nas últimas quatro décadas. Neste trabalho são abordadas essas modificações sob a perspectiva da qualidade de ensino dos alunos egressos deste nível de ensino e faz parte do trabalho dos bolsistas do Pibid-Física/UFTM. O objetivo é mostrar que a evolução do ensino fundamental quanto à expansão e qualidade do ensino esteve, nas últimas décadas, intimamente ligado às políticas educacionais pautadas em indicadores quantitativos de fluxo escolar. Foi realizada uma análise das políticas educacionais no Brasil e sua relação com os dados de distribuição percentual de matrícula por série do ensino fundamental, desde 1974 até 2009, abordando a inclusão do ano inicial ao ensino fundamental e seus resultados na política de correção de fluxo escolar. Com base nos valores absolutos divulgados pelo INEP, foram calculados os valores percentuais de matrículas por série do ensino fundamental para cada ano no período considerado. Como resultado para o período considerado, podemos salientar que as políticas educacionais no Brasil poderiam eventualmente ser direcionadas segundo o acompanhamento da distribuição percentual de alunos por série, no tocante à busca pela correção ou regularização do fluxo escolar, principalmente na década de 90. Os efeitos dessa política são discutidos e orientados a explicar o mau preparo dos alunos para o ensino de Física no nível médio. Com efeito, a inclusão do ano inicial, 186


a partir de 2004, favorece a correção do fluxo escolar, uma vez de diminui as discrepâncias entre a primeira série e as demais séries do Ensino Fundamental. O presente estudo trouxe uma contribuição no sentido de explicar as dificuldades enfrentadas pelo estudante de Física no Ensino Médio, em função das políticas educacionais de correção de fluxo, no ensino fundamental. Palavras-chave: PIBID; Educação; Formação inicial.

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PROCESSOS DE FORMAÇÃO DA ESCRITA: ANÁLISES E RESULTADOS DE AMOSTRAS Aurinete Farias Guimarães; Enilma Nunes de Souza; Luciene Reis Silva Universidade Federal do Tocantins (UFT) Resumo: Pensar na educação básica implica bem mais que ater-se a métodos e técnicas que possam proporcionar uma revolução no ensino. A alfabetização, segundo FERREIRO, 2008, continua sendo considerada a mais básica de todas as necessidades de aprendizagem, e o processo de aprendizagem do sujeito não depende, necessariamente, do método que o meio utiliza para ensinar-lhe. Ferreiro e Teberosky (1999) procuram determinar o caminho pelo qual a criança toma consciência do sistema de representação escrita. Segundo elas, essa tomada de consciência é definida como o estágio de equilibração final do processo de aprendizagem. As autoras definem as hipóteses como as equilibrações intermediárias criadas pela própria criança em relação ao funcionamento do código. O trabalho de Ferreiro e Teberosky demonstra, sem dúvida, que o aprendizado da leitura e da escrita implica o exercício de certos mecanismos cognitivos. Segundo as autoras, a criança chega a compreender a estrutura do sistema de representação escrita a partir de construções originais que independem do ensino do adulto (RIBEIRO, 1993, p.57-58). Considerando os níveis de aprendizado da escrita proposto pelas autoras na obra citada e com base no trabalho realizada através do PIBID, na Escola Municipal Alto da Boa Vista II, durante dois anos, propusemos o seguinte questionamento: O que as amostras de tentativas de escrita dos alunos acompanhados pelo PIBID nos revelam sobre os níveis de alfabetização? Ferreiro e 188


Teberosky consideraram, em seus escritos, o sujeito cognoscente aquele que possui autonomia no processo de construção de seu conhecimento. O trabalho desenvolvido na escola nos colocou diante de desafios ligados à alfabetização e estes nos impulsionam e nos motivam, a cada dia, a buscar respostas às inquietações que nos circundam no cotidiano escolar.

Palavras-chave: Alfabetização; Processo de aprendizagem; Escrita.

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PROBLEMA DA SEMANA: ASPECTOS MOTIVACIONAIS E ATITUDINAIS Carlos Eduardo P. Boiago; Sara Lindsey Alves da Silva; Odaléa Aparecida Viana Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este relato tem por objetivo refletir sobre uma experiência vivenciada por meio de uma das ações do PIBID, subprojeto da Matemática FACIP. A proposta está sendo desenvolvida e é denominada Problema da Semana; é aplicada em alunos do sexto ano e tem por objetivos promover mudanças nas atitudes, conforme apresentam os PCN (BRASIL, 1997), e também na motivação, conforme definição de Boruchovitch (2008), Bzunech (2001) e Guimarães (2001), dos alunos frente à Matemática, já que havia sido verificado o seu desinteresse pela disciplina. Inicialmente, organizou-se um painel para cada sala a ser exposto nos horários de aulas, o que permitiu um movimento diferente no ambiente da sala de aula: semanalmente, o professor da sala, com a contribuição dos licenciandos, seleciona um problema para a turma. Uma cópia do problema escolhido é colocada em cada saquinho no referido painel, que é afixado na parede da sala. O professor apresenta o problema, indicando a data em que este será recolhido para correção. Os alunos então retiram-no para buscar a solução; eles podem levá-lo para casa, pedir ajuda para os familiares ou responsáveis, além de socializar com os colegas de sala os caminhos que levam à solução do problema. Se o aluno conseguir resolver, coloca-o de volta no painel e aguarda a correção. O professor e os licenciandos do PIBID realizam uma breve análise das respostas e dos possíveis caminhos que os alunos percorreram para chegar à solução do problema. A atividade finaliza com a socialização das soluções apresentadas pelos 190


alunos e com as indagações realizadas pelo professor ou licenciandos. Essa atividade despertou o interesse dos alunos, pois em várias situações eles preferiam resolver o problema da semana ao invés de realizar outras atividades propostas em sala. O comportamento observado demonstra a vontade e o anseio pela busca de solução para os problemas propostos, o que promove nos alunos a motivação para pensar, elaborar estratégias e discuti-las com os colegas, com o objetivo de solucionar o problema. Evidentemente, a motivação que o Problema da Semana conseguiu atingir não pode ficar restrita a essa atividade apenas. É esperado do aluno o empenho e o estabelecimento do objetivo de aprender para todas as situações de sala de aula. Considera-se importante que o professor tenha consciência sobre as variáveis motivacionais que interferem na aprendizagem significativa da Matemática, pois estas poderão guiar suas opções metodológicas. Palavras-chave: Ensino de Matemática; Atitudes; Motivação.

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FORMAÇÃO CONCEITUAL EM GEOMETRIA: UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PROPOSTA NAS AÇÕES DO PIBID Lucas Rafael Pereira Silva; Carlos Eduardo Petronilho Boiago; Odaléa Aparecida Viana Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este trabalho apresenta relato e análise de uma experiência proporcionada pelo PIBID, no curso de Matemática da FACIP. Os conceitos de geometria constituem parte importante do currículo de Matemática. Visando uma aprendizagem significativa, realizou-se um diagnóstico dos conhecimentos prévios a respeito do conteúdo de polígonos de aproximadamente 120 alunos, em quatro turmas do 6º Ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública municipal da cidade de Ituiutaba, em Minas Gerais, parceira do Subprojeto Matemática do Pontal. De acordo com Ausubel (2003), este tipo de aprendizagem refere-se a um processo que permite que a nova informação recebida pelo sujeito se relacione com aspecto relevante na sua estrutura cognitiva. Planejou-se e aplicou-se, então, uma sequência didática para a aprendizagem destes alunos com objetivo de elevação dos níveis de formação de conceitos, que, por sua vez, tem sido estudada por vários autores, e entre eles destacam-se Klausmeier e Goodwin (1977). Para estes, o processo de desenvolvimento conceitual se dá por meio de quatro níveis: concreto, identidade, classificatório e formal. Por meio da observação e reflexão das respostas dos alunos foi possível notar que a maioria encontrava-se ainda no nível concreto de formação conceitual. A confecção dos materiais manipuláveis para a aplicação da sequência didática tentou satisfazer as ponderações de Klausmeier e Goodwin (1977) acerca da importância dos exemplos e não exemplos no processo de formação de conceitos. 192


Possibilitou-se, por meio deste recurso, maior interação entre as propriedades do material concreto e as relações geométricas, auxiliando na formação dos conceitos, conforme ponderam Miranda e Viana (2011) e Silva e Viana (2011). Podemos vivenciar e analisar o processo de aprendizagem dos alunos, exploração e relação das propriedades, as ações de investigação, raciocínio lógico, análise do conteúdo aprendido e construção do conhecimento, conforme apontado pelas autoras. Na realização dos questionamentos iniciais, durante o processo de separação das figuras, notou-se nos alunos um desenvolvimento conceitual, do nível concreto para o nível identidade, pois estes faziam generalizações de duas ou mais formas de um mesmo objeto, como, por exemplo, que as figuras fechadas e formadas por apenas segmentos de retas pertenciam ao grupo de polígonos. A sequência didática apresentada atende, dentro do possível, às condições para que ocorra um processo de aprendizagem significativa, porém salienta-se que cada aluno possui seu tempo para que ela de fato aconteça. Faz-se necessário que o professor retome os conceitos em atividades futuras, possibilitando aos alunos o desenvolvimento do conceito em um nível formal. Palavras-chave: Geometria; Polígonos; Aprendizagem significativa.

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NÚMEROS INTEIROS E CALCULADORA: UMA PROPOSTA DIDÁTICA Juliene Azevedo Miranda; Ana Carolina Igawa Barbosa; Hanna Isadora S. Barbosa; Mirian Ramos da Silva; Odaléa Aparecida Viana Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Um dos objetivos do ensino de Matemática nas séries iniciais é desenvolver nos alunos a capacidade de construir seu próprio conhecimento. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998), o discente deve ter um papel ativo nesta construção e uma das sugestões é o trabalho com a identificação de regularidades que possibilitem a compreensão sobre os números utilizando recursos tecnológicos. Destaca-se a importância do trabalho com a calculadora, a qual pode ser utilizada na resolução de problemas, na validação de procedimentos e resultados, etc. Guinthter (2009) ressalta que a calculadora pode ser importante instrumento de trabalho, desde que se saiba perceber seus limites e suas possibilidades em determinados contextos. O presente trabalho foi desenvolvido por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), Matemática FACIP, em uma escola da rede municipal de ensino da cidade de Ituiutaba/MG. Entre as atividades desenvolvidas durante o ano de 2012, destacam-se o planejamento e a execução de sequências didáticas, com o objetivo de intervir no ambiente de ensino e aprendizagem da sala de aula e refletir sobre os temas e resultados alcançados. A sequência destacada neste relato contemplou o tema Multiplicação de Números Inteiros e foi aplicada, na escola participante, em duas turmas do 7° ano do Ensino Fundamental, utilizando a calculadora como recurso didático e explorando os números a partir de suas regularidades. Tinha como objetivos fazer com que os alunos percebessem a necessidade de ampliação do conjunto dos números naturais por meio de situações contextualizadas, 194


resolver problemas que contemplassem as operações neste conjunto, além de proporcionar aos licenciandos o contato com metodologias diversificadas relacionadas à tecnologia. Durante a aplicação da sequência, percebeu-se que alguns alunos pareciam não estar muito familiarizados com a manipulação da calculadora. Após a realização de cálculo mental, a mesma foi utilizada para expressões com adição e subtração com números inteiros. O trabalho com a multiplicação e divisão foi iniciado com a calculadora, em que os discentes resolveram alguns exercícios de modo a perceber as regularidades existentes na sequência. Desta forma, foi possível aos alunos concluírem as regras de sinais para a multiplicação e divisão. Considera-se que parte dos objetivos propostos tenha sido alcançada, pois as atividades propiciaram a formação de alguns conceitos e o entendimento sobre certos procedimentos realizados pelos alunos. Além disso, espera-se que a atividade tenha contribuído para o desenvolvimento de atitudes favoráveis ao uso de recursos tecnológicos e à aprendizagem da Matemática.

Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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PERFIL DO NÍVEL DE ESTRESSE DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO PARTICIPANTES DO PROJETO PIBID – EDUCAÇÃO FÍSICA – UNIFEV Rodrigo Firenzini Oliveira; Geovana Ferreira da Silveira; Valter M. dos Santos Junior Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: Por meio desta pesquisa, intencionou-se verificar, através de questionários aplicados pelos bolsistas CAPES – PIBID – UNIFEV, subprojeto Educação Física, como os alunos do Ensino Médio da rede pública da cidade de Votuporanga encontramse em relação ao seu estresse. O nível de estresse foi mensurado por meio de um questionário que levou em consideração as seguintes questões: frequência em que os entrevistados sentem dores de cabeça, e se tiveram períodos de depressão. Participaram do estudo 76 alunos, sendo 40 do sexo masculino e 36 do sexo feminino (idade entre 15 e 17 anos). Os alunos foram classificados em quatro níveis de estresse, que iriam variar de acordo com a quantidade de pontos que eles fizessem dentro do questionário. Quinze por cento dos alunos mostraram-se sem estresse e a maior parte deles (80% da amostra) estava com estresse moderado. Cinco por cento deles revelaram-se com estresse intenso e nenhum deles no estágio muito intenso. O presente trabalho permitiu-nos chegar à conclusão de que a maioria dos alunos mostram-se estressados. A proposta dos bolsistas do PIBID do subprojeto Educação Física da UNIFEV, ao analisar a realidade de nossa sociedade, entremostrou que a maioria dos jovens encontra-se em condições de sedentarismo. A partir dessa constatação, intenciona-se intervir na realidade desses jovens da rede pública de Votuporanga, com o fito de proporcionar efeitos significativos na melhoria da qualidade de vida do aluno, estimulando um estilo de vida mais ativo e reduzindo, destarte, os seus níveis de estresse, ao porem em prática atividades físicas regulares, associadas a hábitos alimentares adequados. Palavras-Chave: Estresse; Sedentarismo; Atividades físicas. 196


PERFIL DOS INDICADORES DE SAÚDE DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO PROJETO PIBID – EDUCAÇÃO FÍSICA – UNIFEV Geovana Ferreira da Silveira; Valter Brighetti Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: Com a pesquisa que ora se relata, intencionou-se verificar, por meio da aplicação de questionários e da análise dos dados, como estão os indicadores de saúde de alunos do Ensino Médio da rede pública da cidade de Votuporanga, atendidos pelo PIBID – UNIFEV – Educação Física. Foi considerada como indicador de saúde a satisfação dos estudantes com o peso corporal; como gostariam de modificar seu peso corporal; como está a qualidade do sono; qual a quantidade de refeições diárias. Participaram do estudo 76 alunos, sendo 40 do sexo masculino e 36 do sexo feminino (idade entre 15 e 17 anos). Após a análise dos dados coletados, constatou-se que 61% dos alunos entrevistados mostraram não estarem felizes com o seu peso atual, sendo que 34% da amostra gostaria de diminuir o seu peso corporal e 26% de aumentá-lo; 82% dos alunos fazem de 3 a 5 refeições diárias e apenas 50% do total de alunos afirmam dormir bem; 20% têm dificuldade em dormir bem, sendo que este último item está intimamente ligado à saúde do indivíduo. O estudo mostrou que grande parte dos alunos (38% da amostra) tem preocupação com seu peso e o controlam com frequência. A proposta dos bolsistas do projeto PIBID – subprojeto Educação Física da UNIFEV é conhecer a realidade das escolas públicas da cidade de Votuporanga, a fim de proporcionar impactos significativos na qualidade de vida do aluno, retirando-o da condição de sedentarismo e conscientizando-o sobre a importância do controle do peso corporal, de boas horas de sono, de uma alimentação rica e regrada, não se esquecendo da atividade física. Palavras-Chave: Atividade física; Saúde; Peso corporal. 197


AS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS COMO TEMA GERADOR PARA O ENSINO MÉDIO – UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR NO ÂMBITO DO PIBID Rosália Alves Santos Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de apresentar um relato de experiência a partir da realização de uma feira de Ciências, realizada em uma escola pública, em Ituiutaba − MG. Para este evento, alunos da 1a série do Ensino Médio elaboraram e apresentaram, para a comunidade, maquetes e pesquisas feitas sobre o tema Energias Renováveis, dividido nos tipos de energia: eólica, solar, hidráulica; maremotriz; biomassa e geotérmica. A turma era composta por 42 alunos divididos em 6 grupos. Os estudantes realizaram pesquisas baseadas nas seguintes questões, relacionadas aos respectivos temas: O que é? Como funciona? Quais as vantagens e desvantagens? E quais são as curiosidades? Cada grupo montou uma maquete, reproduzindo com materiais de baixo custo diferentes etapas dos processos de produção dessas energias, possibilitando aos alunos o envolvimento na criação, organização e elaboração de materiais diversos, contribuindo para sua própria aprendizagem, como também de toda a comunidade escolar. Os alunos se mostraram animados com a possibilidade de expor aos visitantes os trabalhos por eles desenvolvidos , no dia da feira. A partir da elaboração e execução deste projeto, verifica-se que a busca por uma estratégia metodológica mais dinâmica e participativa pode possibilitar resultados 198


significativos na aprendizagem dos alunos, demonstrando que a prática docente pode ser repensada e reelaborada. Além disso, permitiu aos alunos um envolvimento efetivo em todas as etapas do projeto, tendo como resultado principal uma melhor compreensão dos conteúdos relacionados às disciplinas de Química e Física. É importante ainda ressaltar e reconhecer as limitações inerentes às atividades deste tipo, a partir da execução de experimentos demonstrativos, projetados no sentido de uma explicação única e das dificuldades relativas à avaliação da aprendizagem tanto dos visitantes quanto dos participantes do trabalho. Entretanto, através de atividades desta natureza, vislumbra-se a possibilidade de tornar os alunos sujeitos ativos de sua própria formação.

Palavras-chave: PIBID; Feira de Ciências; Energias renováveis.

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FEIRA DE CONHECIMENTO PARA ENSINO E APRENDIZAGEM DE QUÍMICA Maiara de Souza Magossi Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: Este trabalho foi desenvolvido com o principal objetivo de facilitar a aprendizagem do aluno em relação à disciplina Química, como também o desenvolvimento de habilidades, competências e criatividade. Na realização deste evento educativo tivemos a intenção de estimular os alunos a participarem mais dos trabalhos escolares e motivá-los a terem mais interesse nas aulas práticas, resultando em uma aprendizagem mais significativa. Visando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem de Química no Ensino Médio, o projeto PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, vem colaborar para a superação dessas dificuldades através da realização de atividades extracurriculares que incentivem o desenvolvimento de habilidades e competências do aluno, como a realização de uma Feira de Conhecimento. Este evento foi realizado nas escolas públicas participantes do Projeto PIBID – E.E. Dr. José Manoel Lobo e E.E. Profª Uzenir Coelho Zeitune, situadas na cidade de Votuporanga−SP. Dentre as atividades realizadas no evento destacamos a apresentação de experimentos de química com materiais simples e presentes no cotidiano dos alunos, com enfoque para se trabalhar os conteúdos já estudados na teoria em sala de aula. A realização deste tipo de atividade promove, entre outras coisas, a interdisciplinaridade, o trabalho em equipe e o incentivo à pesquisa, pois abrange desde as discussões para a escolha dos temas propostos para os experimentos como as etapas de preparação e apresentação ao público. Os resultados obtidos foram satisfatórios, pois demonstraram a importância da integralização entre os conteúdos transmitidos na teoria com a experimentação no 200


ensino e o cotidiano dos jovens, promovendo o desenvolvimento de suas habilidades e competências e, assim, facilitando a aprendizagem dos alunos em relação aos conteúdos ministrados na disciplina de Química. Concluiu-se que a realização de atividades extracurriculares como metodologia complementar para ensino de Química pode ser eficiente e estimuladora, capaz de fazer com que os jovens reconheçam os valores da ciência na busca de conhecimentos. A importância de práticas inovadoras no ensino nesta disciplina enriquece e facilita o ensino-aprendizado do aluno e também proporciona atividades de formação inicial de professores, promovendo uma articulação maior entre a educação superior e as escolas públicas de ensino básico.

Palavras-chave: PIBID; Ensino de Química; Feira de conhecimento.

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A IMPORTÂNCIA DO USO DE ATIVIDADES PRÁTICAS REALIZADAS PELO PIBID-UNIFEV PARA O ENSINO DE QUÍMICA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE VOTUPORANGA – SP Ana Maria M. Martins; Aline Maria Sasso; Stela de Souza; Waldir Perissini Junior Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) tem por finalidade levar os alunos de licenciatura para as escolas públicas, onde terão uma visão mais realista do processo de ensino-aprendizagem. Assim, com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e do Governo Federal, esse programa foi introduzido no Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV), em parceria com as escolas E. E. Dr. José Manoel Lobo e E. E. Profª Uzenir Coelho Zeitune, na cidade de Votuporanga, estado de São Paulo. O Curso de Licenciatura em Química da UNIFEV atua nas escolas parceiras, buscando alternativas de ensino que tornem a disciplina mais interessante, e para isso desenvolve principalmente projetos voltados para a parte prática, utilizando assuntos do cotidiano, o que tem proporcionado resultados bastante satisfatórios. O objetivo deste trabalho foi avaliar a importância do uso de atividades práticas, realizadas pelo subprojeto de Química do PIBID-UNIFEV, bem como o aprendizado e as melhorias no ensino que essas atividades proporcionaram aos alunos das escolas públicas, aos licenciandos do PIBID e aos professores. Dentre os projetos voltados para a parte prática da Química, desenvolvidos desde agosto de 2010, podemos citar os seguintes: realização de uma “Feira do Conhecimento”, com apresentação de experimentos interessantes, análise do pH de 202


águas provenientes de fontes naturais nos mananciais de Votuporanga, realização de aulas práticas nos laboratórios das escolas e de aulas práticas extras nos laboratórios da UNIFEV. Com a execução desses projetos pelos alunos do PIBID−Química da UNIFEV, os licenciandos em Química puderam praticar, ainda como alunos, o que é ser um professor, além de adquirem experiência de como trabalhar em sala de aula. A realização de projetos voltados à prática e ao cotidiano trouxe para os alunos uma nova visão da Química, levando até eles conceitos e atividades que não eram trabalhados, e trouxe aos professores das escolas públicas acréscimo de conhecimentos e novas metodologias de trabalho, agindo para o aperfeiçoamento e melhoria do ensino, além de servir como uma troca de aprendizado entre professores e licenciandos.

Palavras-chave: Ensino de Química; Atividades práticas; PIBID.

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A DINÂMICA EM SALA DE AULA E AS POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE EM QUÍMICA Mariana Lopes Cabral; Jackelinne Camargo de Lima; José Gonçalves Teixeira Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), buscando apontar as contribuições que o acompanhamento do trabalho docente em aulas de Química trouxe para a formação inicial docente de bolsistas PIBID. Durante quatro meses, foram acompanhadas aulas de Química em turmas da 1ª série do Ensino Médio, com o objetivo de proporcionar aos licenciandos – bolsistas PIBID, participação em experiências metodológicas inovadoras, o conhecimento dos conteúdos ministrados nas escolas. Os conhecimentos teóricos construídos pelos professores da área de ciências da educação, que são ministrados nos cursos de formação para o ensino, proporcionam pouca validade aos saberes dos professores, sendo ainda saberes criados e mobilizados por meio de seu trabalho (TARDIF, 2000, p. 18). Esses saberes nos dão subsídio no que diz respeito ao entendimento das bases legais e outros fatores determinantes no ensino de Química, porém não conseguem contemplar a diversidade encontrada nas escolas. Por isso, com a vivência diária que o PIBID nos proporciona nas salas de aula, podemos colocar esses saberes em prática, consolidando esse aprendizado. O acompanhamento do trabalho dos professores possibilitou ajudar os alunos na resolução de exercícios dentro da sala de aula. Esta atividade foi importante, pois permitiu a compreensão das dificuldades de aprendizagem e a procura por uma forma de solucioná-la, em parceria com os 204


professores. Também foi possível acompanhar o desenvolvimento de projetos interdisciplinares, discutindo o meio ambiente e também conhecimentos sobre o petróleo. Esta atividade nos proporcionou o trabalho em equipe e também a enfrentar as dificuldades de se trabalhar com conhecimentos novos. Conversou-se com os professores para compreender como eles transformam os programas escolares para torná-los efetivos. Além disso, pode-se acompanhar na prática como isso é aplicado pelos professores e ainda auxiliar os alunos em monitorias para ajudá-los a compreender melhor os conteúdos. O contato com a Escola nos aproxima das condições de trabalho, das dificuldades e nos torna mais preparados para esta profissão, que exige esforço para que todos os alunos alcancem um aprendizado significativo; com isso, adquire-se maior experiência e confiança para assumir a carreira docente. Por meio da observação e da participação nas aulas estaremos mais capacitados a enfrentar o mundo real que encontraremos depois de formados, tendo a oportunidade de vislumbrar futuras ações do trabalho docente.

Palavras-chave: PIBID; Formação docente; Experiências metodológicas.

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A DISCRIMINAÇÃO DE ALUNOS HOMOSSEXUAIS NO ESPAÇO ESCOLAR – IMPRESSÕES DE UMA BOLSISTA PIBID Ana Paula Costa da Silva; Rívia Arantes Martins; José Gonçalves Teixeira Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, com o objetivo de compreender questões relacionadas à discriminação de alunos homossexuais em uma escola parceira do subprojeto PIBID/Química - Pontal. Durante o período de observação do ambiente escolar, foram vivenciadas situações onde alunos eram discriminados em função de sua orientação sexual. Como um dos objetivos do PIBID é “elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre a Educação Superior e a Educação Básica”, vê-se a necessidade de entender a dificuldade que a escola tem em lidar com o diferente. Para isso, foi realizada uma entrevista com um dos alunos que sofria discriminação, durante o período de observação das aulas. A tendência natural das pessoas é rejeitar e/ou ignorar o que difere do que é mais comum. O aluno entrevistado se diz prejudicado pelo preconceito desde criança. Ele relatou, ainda, não encontrar na escola suporte para lidar com suas dúvidas e dificuldades, que surgem em relação à sua sexualidade e com o preconceito que encontra diariamente. Me sinto desanimado de ir à escola. Esse ano, acho que nem passo. Acho que é por isso que a maioria dos gays não viram nada, nunca arranja um serviço bom, porque sai da escola antes de acabar. Pesquisas indicam que diferenças muitas vezes são transmutadas em desigualdades, e como os sujeitos são constituídos no processo de desenvolvimento de resistências e tentativas de superação destas desigualdades. Assim como a família e a sociedade, a escola é responsável pela 206


educação sexual de seus alunos. De acordo com a LDB, o ensino deve ser ministrado no sentido de garantir o “respeito à liberdade e apreço à tolerância”. Por isso, a busca de uma prática que reflita e entenda a importância desta educação é extremamente necessária, a fim de que os professores possam se preparar para desempenhar seu trabalho de maneira significativa, tendo condições de levar os alunos a superar suas dúvidas, dificuldades e angústias. Assim, concluiu-se que a escola precisa planejar ações pedagógicas que desencadeiem discussões diante das questões da sexualidade entre os alunos, fazendo-as de maneira séria e esclarecedora, focando a diminuição da discriminação sofrida pelos alunos homossexuais, sendo capaz de encaminhar o aluno a uma vida digna, exercendo a cidadania, sendo respeitado e respeitando as diferenças do outro.

Palavras-chave: Homossexualidade; PIBID; Formação docente.

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ABORDAGEM AMBIENTAL DO PLÁSTICO: VALORIZANDO INTERDISCIPLINARIDADE E SUSTENTABILIDADE NA REALIDADE DA QUÍMICA NA VIDA E NA SOCIEDADE Julieta Hanna Kalil Dib; José Gonçalves Teixeira Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior), no subprojeto PIBID/Química/Pontal. O fato do alto consumo e da elevada geração de plásticos implica nas questões ambientais inerentes ao seu descarte e ao consumo racional. O objetivo deste trabalho é conscientizar alunos do Ensino Médio Regular e EJA sobre questões ambientais e sustentabilidade do ponto de vista de cada disciplina cursada por eles, com o apoio dos bolsistas PIBID, nas pesquisas sobre a decomposição do plástico como um dos resíduos sólidos mais abundantes na natureza, devido ao fácil acesso no mercado, e também sobre a coleta seletiva e reciclagem. Como método de abordagem, professores de diversas disciplinas trabalharam a política da educação ambiental e salientaram sobre a importância e necessidade de utilizar sacolas oxibiodegradáveis ou de material alternativo, conscientizando sobre a sustentabilidade, incentivando a pesquisa sobre os impactos socioeconômicos, e investindo na prática social, confeccionando uma sacola ecológica de tecido, as ecobags, feitas por mães de alunos. Esta dinâmica envolveu professores e alunos que trabalharam com parceiros, promovendo interação entre educadores, educandos e comunidade, conferindo ao ensino um aspecto dinâmico e mais participativo, possibilitando a aprendizagem, mas principalmente a responsabilidade de todos em relação ao seu papel na sociedade. 208


A temática ambiental e sustentável é de suma importância e relevância em toda e qualquer área, principalmente aquelas relacionadas à educação. Verificou-se que as atividades promovidas na escola, visando à educação ambiental e conscientização dos estudantes sobre sustentabilidade, aumenta o interesse destes pela questão ambiental. O trabalho multidisciplinar, distribuído em grupos, estimula a pesquisa e se torna interessante ao interagir os resultados, na forma de textos objetivos e linkados em um mural. Em um debate, ao interagir os resultados de cada grupo, questionamentos foram levantados e esclarecidos pelos bolsistas PIBID, com apoio da professora. O diferencial se mostrou principalmente no envolvimento dos alunos e no resultado das notas acima da média agora alcançada. Ficou evidente que desenvolver uma atividade multidisciplinar possibilita o processo de ensino-aprendizagem de forma mais significativa, discutindo conceitos pouco trabalhados em sala de aula, como a educação ambiental, além de incentivar os pibidianos à docência com atividades diferenciadas.

Palavras-chave: PIBID; Educação ambiental; Interdisciplinaridade; Sustentabilidade.

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JOGO DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS: UMA ALTERNATIVA NO ENSINO DA MATEMÁTICA Érica Charliane Alves Prates; Fabricio Oliveira de Carvalho; Sandra Lameu Izique; Milena Aparecida Batelo Ramos Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: No contexto escolar, a Matemática muitas vezes é vista pelos alunos como uma disciplina de difícil entendimento. Por isso, os docentes desta área de atuação devem repensar sua prática no sentido de definir estratégias de ensino que valorizem suas aulas e despertem o interesse do aluno em aprender. Assim, os jogos pedagógicos são importantes ferramentas de ensino que, de forma lúdica, favorecem a aprendizagem. Então, este trabalho tem como objetivo apresentar um jogo matemático desenvolvido pelos bolsistas do programa PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), para compreender propriedades de sólidos geométricos relativas ao número de vértices, faces e arestas, bem como o reconhecimento da nomenclatura utilizada em alguns prismas, pirâmides, cilindros, cones, cubos e paralelepípedos. Além disso, relatar a experiência vivenciada com o desenvolvimento deste projeto na segunda e terceira séries do Ensino Médio de escola da rede estadual na cidade de Votuporanga – SP, com cerca de 110 alunos. O projeto teve duração de quatro aulas em cada sala e serviu de apoio às atividades didáticas elaboradas pela professora, por meio do resgate de conteúdo, feito através de explicação dos principais conceitos por meio de DANTE (2006), utilização de material concreto e exploração do jogo. Durante as aulas de resgate de conteúdo, os alunos demonstraram interesse em aprender, sendo participativos e questionando quanto às dificuldades apresentadas. 210


No momento da aplicação do jogo, alguns alunos apresentaram um pouco de resistência, mas à medida que o conhecimento das regras foi se consolidando, tiveram interesse em jogar e fizeram isto mais de uma vez, o que possibilitou melhor aprendizagem da nomenclatura dos sólidos. Portanto, o projeto desenvolvido foi uma atividade diferenciada que demonstrou participação, envolvimento e interesse em aprender Matemática, contando com a contribuição dos professores das salas, que foram mediadores no desenvolvimento da proposta. Logo, a atividade serviu como ferramenta de apoio que, em conjunto com o planejamento das estratégias de ensino, possibilitou o desenvolvimento de habilidades e competências para uma aprendizagem significativa destes conteúdos da geometria espacial.

Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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O PETRÓLEO COMO TEMA GERADOR INTERDISCIPLINAR: POSSIBILIDADES E DESAFIOS VIVENCIADOS NO ÂMBITO DO PIBID Carina A. da Silva; Diele A. G. Araújo; Julieta Hanna K. Dib; José Gonçalves T. Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior), no subprojeto PIBID/Química/Pontal. É relevante para os estudantes de graduação a oportunidade de vivenciar algumas atividades relacionadas à docência, visando contribuir para o processo formativo do futuro professor, bem como permitir aos estudantes correlacionar a prática com situações do seu cotidiano, trazer atividades que façam com que o futuro professor vivencie de uma prática metodológica para o exercício da docência, e fazer com que professores da escola participem de atividades interdisciplinares. O objetivo deste trabalho é abordar sobre o petróleo, destacando suas propriedades biológica, química e física, em uma aula de intervenção para alunos da primeira série do Ensino Médio Regular. Como métodos de abordagem, bolsistas do PIBID, junto ao professor de Biologia, salientaram desde a formação do petróleo, inclusive do pré-sal no Brasil, sua destilação fracionada em subprodutos utilizados diariamente na sociedade, e recurso energético não renovável, bem como a necessidade de investir em fontes de energia renovável e sustentável. Esta dinâmica envolveu professores e bolsistas PIBID que trabalharam juntos, promovendo interação e ampliando conhecimentos, já que para desenvolver a aula pesquisas e encontros diversos foram realizados.

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A abordagem metodológica baseou-se em pesquisas bibliográficas realizadas pelos bolsistas, com planejamento e elaboração de uma apresentação com amostragem dos produtos trazidos pelos próprios alunos em uma participação ativa. Foi perceptível o interesse por parte dos alunos devido à grande participação quanto às amostras coletadas, demonstrando a concepção deles sobre os produtos derivados do petróleo, possibilitando a aprendizagem. Para todos os envolvidos, ficou evidente que uma aula de intervenção, elaborada de forma diferenciada e aliada à interdisciplinaridade, provoca melhorias no contexto e no aprendizado, promovendo interação entre PIBID, professor e alunos e um processo de ensino-aprendizagem de qualidade, motivando os licenciandos PIBID à docência com atividades diferenciadas.

Palavras-chave: Petróleo; Interdisciplinaridade; PIBID.

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TEXTO OU GRAMÁTICA? O (FALSO) DILEMA Keci V. da Silva; Ane Caroline S. dos Santos; Vania L. R. Dutra; Edimara P. N. Patané Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Resumo: A formação de professores qualificados é uma das mais relevantes funções sociais das universidades. Diante da descontinuidade de ações governamentais voltadas para a educação básica, do baixo incentivo ao docente dos Ensinos Fundamental e Médio e da precariedade de recursos destinados à escola pública por diferentes governos, torna-se extremamente importante o papel desempenhado pela Universidade Pública no debate permanente sobre questões inerentes à formação de professores, objetivando buscar ações alternativas para promover e revitalizar o sistema de ensino público no Brasil. O objetivo deste trabalho é relatar a rica experiência do trabalho desenvolvido pelo subprojeto “Ensino de Língua Portuguesa” (UERJ) junto a uma escola da Rede Estadual do Rio de Janeiro, cuja maior dificuldade tem sido a substituição da gramática (nomenclatura e classificação) pelo texto, como objeto de análise nas aulas de língua portuguesa. Em “Aula de Português” (2003), Irandé Antunes constata que há uma certa dificuldade em se incorporar a leitura e a produção de textos ao trabalho da sala de aula. Em nosso caso, a alegação é a de que o tempo não será suficiente para que se possa “dar a matéria” exigida pelo currículo mínimo da rede estadual, matéria que será cobrada na avaliação bimestral oficial aplicada pela Secretaria de Educação, conhecida como “Saerjinho”. Entenda-se por “matéria” o conteúdo gramatical. Essa situação, que é real e está presente hoje em toda a rede estadual do Ensino Médio no RJ, afasta a possibilidade de um investimento maior nas habilidades de leitura e escrita (NEVES, 2007), contribuindo para que nossos alunos da rede pública continuem, em sua maioria, à 214


margem de nossa sociedade, que se constrói pela palavra. Para reverter essa situação, vimos trabalhando na construção de atividades que abordam textos de gêneros variados e que exploram a sua leitura. A compreensão é nosso objetivo, e, para tanto, abordamos questões de formato do gênero, seu objetivo comunicativo e sua função social, aspectos da sequência textual que nele predomina e as questões gramaticais relevantes para a construção de seu sentido (MARCUSCHI, 2008). Pretende-se, com este trabalho, apresentar alguns resultados alcançados por meio da elaboração de material didático que privilegia o texto, objetivando ampliar a competência comunicativa dos alunos. De fato, já se percebe uma mudança relevante na produção da leitura e da escrita pelos alunos, que apresentam uma propriedade maior ao abordar o texto, seja lendo ou escrevendo.

Palavras-chaves: PIBID; Gramática; Leitura e produção de textos.

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O TRABALHO COM O TEXTO E A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO PANORAMA DE ENSINO DE LP EM SALA DE AULA Bárbara Cazumbá; David Gonçalves da Silva; Stella Garrido; Thayane Moutinho Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Resumo: O trabalho proposto tem como objetivo principal demonstrar os pontos alcançados e as dificuldades encontradas em relação à produção textual e leitura frente aos discentes do segundo e terceiro anos da escola estadual Ernesto Faria, possível devido ao projeto de iniciação à docência (PIBID) ter adentrado no universo escolar desses alunos e professores. No âmbito universitário, muitas vezes são apresentadas aos estudantes propostas inovadoras de ensino, acompanhando os preceitos dos PCN (1998) de construir a inter-relação da produção textual, análise linguística e leitura; porém, em uma realidade cujo auxílio ao professor é mínimo, estando o mesmo amparado somente pelo livro didático porque possui pouco tempo para produzir, aplicar e problematizar conhecimento, trazer as ideias dos PCN para a sala de aula é um trabalho árduo. Para exemplificar essa dificuldade, textos argumentativos produzidos por esses alunos serão apresentados, assim como parte do trabalho dos bolsistas junto às professoras para modificar a realidade do ensino de Língua Portuguesa. Essa nova dinâmica é revigorante e procura fazer com que as professoras percebam as vantagens de apresentar uma aula diferenciada, cujo objetivo principal não deve ser a gramática como objeto único, mas dar ao aluno a possibilidade de ele desenvolver suas competências comunicativas e compreender a análise linguística (análise das estruturas gramaticais da língua), a leitura e a escrita como etapas fundamentalmente relacionadas no ensino da língua.

Palavras-chave: PIBID; Gramática; Leitura e produção de textos. 216


TRABALHANDO ESTATÍSTICA ATRAVÉS DE PROJETOS: PERFIL DOS ALUNOS DO 7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA Ébane Rocha Falconi; Gracelina Alves Silva; Vanderleia Conceição Ribeiro, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo:

A Estatística vem, ao longo do seu desenvolvimento, prestando uma grande contribuição à sociedade, pois além de fornecer métodos para organizar, resumir e comunicar dados, também proporciona condições de fazer inferência através de observações realizadas por um universo maior de observações potenciais. Lopes (1998) justifica o ensino de estatística na escola como uma ferramenta capaz de auxiliar o estudante a responder perguntas como: “quantos?”, “quando?”, “como?” e “em que medida?”, questões estas que possibilitam uma melhor compreensão da realidade. Através da prática estatística e modelagem matemática, pretendeu-se estabelecer o perfil dos alunos do 7° ano do Ensino Fundamental de duas escolas estaduais de Uberaba, auxiliando na formação inicial de alunos bolsistas do Subprojeto Matemática da UFTM. A proposta desenvolvida deu-se da seguinte maneira: (1) formulação de problema – estabelecer perfil de alunos do 7° ano do Ensino Fundamental pelo trabalho através de projetos; (2) elaboração e aplicação do questionário de pesquisa; (3) montagem do banco de dados; (4) tabulação e análise dos dados; (5) divulgação dos resultados. Os dados foram coletados junto a 108 alunos (92,3%) da Escola I e 38 alunos (55,1%) da Escola II, escolas estas participantes do subprojeto Matemática da UFTM. A riqueza de dados do trabalho é grande e apresentaremos aqui alguns aspectos. Na Escola I 27,79% dos alunos declararam que a renda bruta da família fica entre R$ 217


1.001,00 e R$ 3.000,00. Nesta escola, os alunos vêm de famílias que, por começarem a ter problemas financeiros e gostarem da proposta de ensino da escola, tiraram seus filhos das escolas particulares e colocaram nesta escola, que tem a tradição de prezar por uma educação de qualidade. Na Escola II destaca-se que 59,83% dos alunos que responderam ao item declararam que a renda bruta da família é de até R$ 1.000,00. Neste estabelecimento, a situação socioeconômica e cultural é baixa, com desigualdade social e uma desestrutura familiar. Esperamos, com o estabelecimento do perfil dos alunos do 7º ano do ensino fundamental de escolas estaduais em Uberaba, da análise dos dados estatísticos e do desenvolvimento de processos de modelagem matemática, trazer melhorias para o ensino-aprendizagem dessa parte dos conteúdos do módulo Tratamento da Informação, constante dos Parâmetros Curriculares Nacionais.

Palavras-chave: Alunos; Matemática; Ensino Fundamental; Ensino-aprendizagem.

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ATITUDE DE ALUNOS DO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA, EM RELAÇÃO AO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA Gustavo Alves C. Neto; Maurício Gomes Bahia; Sandro de Macedo G. Ferreira Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM) Resumo: A atitude constitui-se numa condição psicológica necessária para que o indivíduo realize uma tarefa com sucesso. Em particular, interessam-nos as tarefas matemáticas realizadas na escola e como podem ser desenvolvidas as atitudes dos alunos quando as executam. Assim, o objetivo deste trabalho é estabelecer o perfil dos alunos do sexto ano do Ensino Fundamental de duas escolas estaduais, e identificar a sua atitude em relação ao processo ensino-aprendizagem da Matemática e, a partir destes resultados, gerar outros para desenvolver ações para a melhoria do ensino da Matemática nestas escolas. Realizou-se um estudo descritivo-transversal com abordagem quantitativoqualitativa realizada através da aplicação de questionário a 146 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental de duas escolas estaduais de Uberaba em Minas Gerais, sendo 115 alunos da Escola I e 31 da Escola II, no primeiro semestre letivo de 2011, participantes do subprojeto PIBID/Matemática. Tais instituições apresentam realidades distintas, que foram medidas de acordo com o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O questionário visou definir o perfil e as atitudes dos alunos das duas escolas em relação à Matemática. Para definir as atitudes, foram feitas proposições sobre Matemática através de uma escala de atitudes. Os estudos realizados nas duas escolas revelaram resultados que confirmam os índices do IDEB das duas escolas. Com relação à Escola II, esta apresentou índices sociais e econômicos piores que os da Escola I. Mesmo com tais índices, os alunos da Escola II demonstraram uma 219


atitude mais positiva em relação à Matemática que os alunos da Escola I. Ao considerarmos as duas escolas em conjunto, a média do valor total dos pontos obtidos pelos alunos foi de 73,68 e o valor do α de Cronbach foi de 0,91978; assim, consideramos que a atitude do grupo de alunos se mostrou bastante positiva ou muito boa em relação à Matemática. As ações que podem ser propostas à Escola II para atender às contradições apresentadas no estudo (indicam uma relação positiva com a Matemática, mas que ao mesmo tempo apresentam dificuldades no seu aprendizado) podem ser no sentido de atender aos aspectos sociais e econômicos de cada aluno, como o oferecimento de monitorias para suprir as deficiências apresentadas, enquanto na Escola I as ações estarão voltadas para o seu aparelho didático pedagógico, ou seja, a utilização de elementos lúdicos no ensino de Matemática, bem como tecnologias da informação.

Palavras-chave: Atitude; Alunos; Matemática; Ensino Fundamental; Ensinoaprendizagem.

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CONCEPÇÃO DOS ALUNOS DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA, EM RELAÇÃO AO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA Alessandra Nepomuceno Prata, Amanda A. Rocha Machado, Érika Brinck Gonçalves Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Com relação ao estudo da Matemática, percebe-se que alguns alunos consideram-na um conhecimento importante, mas acreditam que estudá-la se resume a aprender seus conteúdos básicos. Poucos têm uma visão da Matemática como uma disciplina que desenvolve competências importantes para a inserção na sociedade. Pretendeu-se estabelecer o perfil dos alunos, identificar e entender suas opiniões sobre as aulas, os conteúdos e suas concepções em relação ao ensino-aprendizagem da Matemática. Foi aplicado um questionário a 152 alunos do 8º ano do Ensino Fundamental de duas escolas estaduais de Uberaba, em Minas Gerais. O estudo apresentado pode ser classificado como descritivo-transversal, com abordagem quantitativa-qualitativa, e foi desenvolvido da seguinte maneira: (1) formulação de problemas; (2) elaboração e aplicação do instrumento de pesquisa; (3) montagem do banco de dados; (4) tabulação e análise dos dados; (5) divulgação dos resultados. Os motivos mais citados pelos alunos para explicar o fato de não gostarem de Matemática foram: dificuldade na aprendizagem do conteúdo (27,43% dos alunos na Escola I e 18,92% na Escola II); a maneira que o professor dá sua aula (11,50% dos alunos da Escola I e 13,51% da Escola II); acham a matéria chata (5,31% dos alunos da Escola I e 10,81% da Escola II); e 2,70% da Escola II); e dificuldade de entender alguns conteúdos (1,77% dos alunos da Escola I e 5,41% da Escola II). 221


Pode-se perceber que estes motivos estão principalmente ligados às didáticas utilizadas e aos conceitos pré-estabelecidos durante o desenvolvimento dos alunos, como, por exemplo, dizer que a Matemática é difícil. Isso pode criar certa rejeição ou medo por parte dos alunos, gerando preconceitos que podem levar às dificuldades de aprendizagem. A relação que os alunos têm com a Matemática e seus componentes são construídos através do seu desenvolvimento pessoal e cognitivo, e geralmente é carregada de crenças, que podem influir de forma significativa na aprendizagem. As concepções pessoais que cada aluno e o professor têm influenciam no gosto pelo estudo, no interesse e na relação que estabelecem com a Matemática. Portanto, percebemos que um dos pontos principais a se dedicar atenção para a melhora do ensino desta matéria está justamente ligado às concepções que os alunos e os professores possuem sobre aprender Matemática, para que e como aprender, pois estas concepções influem de forma significativa nas práticas didáticas e no sucesso da aprendizagem.

Palavras-chave: Concepção; Alunos; Matemática; Ensino-aprendizagem.

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MOTIVAÇÃO DE ACESSO AO ENSINO SUPERIOR DE ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO DE ESCOLAS ESTADUAIS EM UBERABA Joana dos Santos Silva; Lorena Fernanda G. Duarte; Roberta de Cássia dos Anjos Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM) Resumo: Para melhor compreender os problemas que afetam a escolha profissional em relação a um curso superior ou técnico por parte dos alunos do Ensino Médio, faz-se necessário um estudo para se conhecer as principais razões da motivação ou não em continuar os estudos. Para Dörnyei (2001), o ponto comum entre as diversas definições propostas na literatura sobre motivação é a escolha por uma ação particular, a persistência em mantê-la e o esforço despendido para fazê-la. Compreender os problemas que afetam a escolha profissional por parte dos alunos do Ensino Médio da rede estadual e também conhecer as principais razões da motivação ou não em continuar os estudos. O trabalho teve como sujeitos 198 alunos do 3º ano do Ensino Médio de duas escolas estaduais de Uberaba. O estudo pode ser classificado como descritivotransversal, com abordagem quantitativa-qualitativa. Foi desenvolvido da seguinte maneira: (1) formulação de problemas; (2) elaboração e aplicação do instrumento de pesquisa; (3) montagem do banco de dados; (4) tabulação e análise dos dados; (5) divulgação dos resultados. A maioria dos alunos gostaria de dar continuidade aos estudos, e 93,5% da Escola I e 63,3% da Escola II fariam também um curso superior após o Ensino Médio, e o maior motivo que poderia impedi-los de continuar a estudar seria a falta de condições financeiras. Além deste fator, o que também os impediria a continuarem os estudos é a disponibilidade de tempo, pois se percebe que muitos deles

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possuem um trabalho que, em muitos casos, são exercidos para auxiliar no sustento da família. Embora a maioria dos alunos que frequentam o 3º ano do Ensino Médio das duas escolas estaduais pretendem dar continuidade aos estudos, grande parte optaram pelos cursos técnicos pertence à Escola II, possuem uma renda familiar mais baixa, e cujos pais têm um nível menor de escolaridade (a maioria possui apenas o Ensino Fundamental incompleto). A maior parte dos alunos que optou em fazer um curso superior ao terminar o Ensino Médio pertence à Escola I, onde a renda familiar é maior, e seus pais possuem um nível de escolaridade mais elevado, indicando que tanto a renda familiar quanto a escolaridade dos pais influenciam de forma significativa na motivação dos alunos no acesso ao Ensino Superior.

Palavras-chave:

Motivação,

Alunos,

Matemática,

Ensino

Médio,

Ensino-

aprendizagem.

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O TRABALHO COM LITERATURA NOS ANOS INICIAIS: EXPERIÊNCIAS PIBIDIANAS Patriciana Ferreira Alves; Lidian de Almeida Gomes; Rosângila Domingos Gualberto; Maria das Graças Damascena de Lima Universidade Federal do Tocantins (UFT) Resumo: O escritor Monteiro Lobato, que foi o criador de muitas obras que despertam a curiosidade em todas as idades, trouxe através das fábulas uma nova forma de escrever e contar histórias infantis para as crianças, retratando, assim, a sua forma de ver e compreender o mundo, cada um com sua visão, trabalhando com o imaginário das crianças. Utilizar contos e fábulas nos abre um leque de possibilidades para trabalhar de forma interdisciplinar, pois essas mudanças foram acontecendo de maneira dialógica, lúdica, trazendo então para a literatura infantil uma diversidade de valores do mundo contemporâneo. De acordo com Aguiar (1986), aprender a ler e a escrever, o uso da literatura como veículo de informação e lazer, de aprendizado e de leitura, promove, assim, a formação do indivíduo enquanto leitor crítico, criativo e a sua interação com o mundo, mas, acima de tudo, ler tem que significar para cada um o poder de refletir, pensar, comentar, trocar opinião; enfim, fazer com que cada sujeito aprenda desde sempre a exercer a sua cidadania. Nessa perspectiva, iniciamos as atividades do Programa Institucional de Iniciação à Docência – PIBID nas escolas-campo, desenvolvendo o projeto: “Despertando o interesse pela literatura através do teatro”. Foram realizadas atividades que possibilitassem aos alunos refletirem sobre o espaço em que estão inseridos, de forma crítica, tendo também uma visão da língua portuguesa de forma divertida e prazerosa, levando à inserção das demais disciplinas.

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Para alcançar os objetivos propostos, utilizaremos pesquisas bibliográficas, dialogando com autores da área de literatura como: Aguiar (1986); Bamberger (2000); Bagno (2002), dentre outros, e Monteiro Lobato como autor clássico da literatura infanto-juvenil. Através de narração/leitura de histórias e utilização de fábulas, buscando sempre trabalhar a literatura de forma lúdica para o enriquecimento dos conteúdos por meio de contos e recontos, propõe-se trabalhar as fábulas de Monteiro Lobato com atividades como o Origami, aula expositiva, e propor aos alunos a produção de desenhos e textos. O desenvolvimento deste trabalho com os alunos da escola permitiu detectar as necessidades de cada um por meio da escrita e da leitura. Acredita-se, dessa forma, que as ações desenvolvidas tenham contribuído para o crescimento e aperfeiçoamento de todos os envolvidos, coordenação, supervisão e bolsistas do PIBID, bem como os professores regentes e alunos da turma na qual o projeto foi realizado.

Palavras-chave: Literatura; Leitura e escrita.

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TENHO UMA HISTÓRIA: O LUGAR ONDE VIVO Lara Jane Souza Araujo; Cecilia Francisca de Morais; Elcimar Cardoso Valadares; Emivalda Costa Cardoso Vidal Universidade Federal do Tocantins (UFT) Resumo: O presente resumo busca relatar uma das ações desenvolvidas pelos acadêmicos bolsistas do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), no projeto “Pequenos Escritores”, executado no primeiro semestre de 2012 , na turma do 5º ano, na Escola Estadual Professor Apoenan de Abreu Teixeira, na cidade de Arraias. Como o município de Arraias tem um riquíssimo histórico de lutas e crenças, partir do pressuposto de o aluno conhecer o local onde está inserido, para assim se firmar em sua identidade e resgatar a cultura de seus ancestrais de modo valorativo. Segundo Gomes, a cultura é a identidade de um povo ou de uma coletividade, que se forma em torno de elementos simbólicos compartilhados. Esses elementos, em que se incluem os valores, permitem à coletividade pairar acima das diferenças que a dividem, seja de classe social, região, religião, etc, e essa acepção é muito usada para se compreender as diferenças, identidades e lealdade que existem entre os povos. Cultura é uma dimensão que é perpassa todos os aspectos da vida social; por conseguinte, é aquilo que dá sentido aos atos e aos fatos de uma determinada sociedade. Sendo assim, utilizamos a seguinte metodologia: trabalhamos com uma poesia intitulada "Noite Arraiana", de Antônio Gonçalves (morador do município), que traz referências das lendas, histórias e contos de Arraias, e ao ser apresentada aos alunos, pedimos que buscassem informações com a família e comunidade sobre as histórias e mitos dos antigos moradores da cidade, e que cada um escolhesse uma lenda para que pudessem contar para os colegas de forma dinâmica; depois, que escrevessem sua própria poesia sobre a história de Arraias. O trabalho obteve o seguinte resultado: a 227


percepção dos alunos quanto à identidade cultural e participação da história local, o desenvolvimento enquanto pesquisadores e reprodutores da história, a ideia de que deve prevalecer a cultura local no âmbito escolar, a oralidade, leitura e escrita dos alunos, e, contudo, os tornando conhecedores de sua própria história.

Palavras-chave: Ensino; Identidade; Cultura local.

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O APRENDIZADO ATRAVÉS DO CORDEL: PRÁTICAS DO PIBID EM ARRAIAS−TO Shirley Ramalho de Souza; Débora Campos de Almeida; Lays Ribeiro Souza; Fabiana B. Santana Rodrigues Universidade Federal do Tocantins (UFT) Resumo: O presente texto busca relatar uma das ações desenvolvidas do projeto “Pequenos Escritores”, executado em uma turma de 5º ano, por um grupo de pibidianos na Escola Estadual Prof. Apoenan de Abreu Teixeira, na cidade de Arraias−TO, cujo objetivo era estimular o prazer pela leitura e a escrita, trabalhando com textos e gêneros literários diversos, em específico, a literatura de cordel. Procurou-se proporcionar atividades que envolvessem a leitura e a escrita, pois não é possível dissociar a aprendizagem da leitura e da escrita; para Antunes (2003, p.67) essas são atividades de interação que se completam. Da mesma forma que a leitura, a produção de textos escritos é uma prática de linguagem e, assim, uma prática social; isso significa que devemos possibilitar ao aluno a escrita de textos para diferentes interlocutores, com objetivos diferentes, organizados nos mais diversos gêneros, para circularem em variados espaços sociais, de maneira adequada “à situação em que se insere o evento comunicativo” (ANTUNES, 2003, p. 64). O projeto visa ampliar o uso da linguagem e verificar formas de tornar o processo de aquisição da linguagem mais conciso e eficiente do ponto de vista da linguística textual. Atrair o aluno para o mundo da leitura e da escrita é tarefa da escola; assim, torna-se primordial o desenvolvimento de projetos e atividades que envolvam o aluno nesse mundo “novo”, possibilitando o desenvolvimento da produção textual nas suas diversas formas, além de melhorar o desempenho nas outras disciplinas escolares.

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Para obtermos um bom resultado, dividimos nossas ações em três encontros, utilizando como recurso metodológico o filme “O Auto da Compadecida”, rimas, repentes e o jogo da trilha, a fim de interagir a turma. Com esse trabalho realizado na escola-campo, pudemos perceber o quanto as crianças são carentes do ato de ler e escrever. E que essa carência pôde ser trabalhada à medida que nós, pibidianos, propusemos atividades que chamassem a atenção deles, e que os mesmos compartilhassem seu próprio conhecimento, criando uma participação e envolvimento da turma e dos bolsistas. No desenvolver das atividades, percebemos o quanto é importante para a nossa formação social acadêmica e profissional obter metodologias e trabalhar com atividades diferenciadas para que as aulas não fiquem tão monótonas.

Palavras-chave: Leitura; Escrita; Escola.

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UTILIZANDO RECURSOS TECNOLÓGICOS PARA ENSINAR E APRENDER GEOMETRIA EM UMA ESCOLA PÚBLICA ASSISTIDA PELO PROJETO PIBID Cloves Alvim Borges Filho; Rafael F. de C. Sousa; Débora Parreira; Éliton M. Moura; Arlindo J. de S. Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este trabalho vem tratar de um projeto desenvolvido por bolsistas do PIBID, Subprojeto Matemática, em uma escola pública, periférica, da cidade de Uberlândia, onde foram feitas intervenções envolvendo o ensino e a aprendizagem de Geometria. Este trabalho relata algumas atividades desenvolvidas e aplicadas durante o segundo semestre de 2011 e primeiro semestre de 2012. Uma das primeiras tarefas desenvolvidas pelos bolsistas foi o reconhecimento do espaço e realidade escolar, dados para conhecer o perfil dos alunos que seriam acompanhados nas intervenções. Para isso, a ideia da supervisora do projeto, professora Débora, de elaborar um questionário socioeconômico e pedagógico, veio a calhar. Com ele foram detectadas, além das condições sociais e financeiras, importantes para ajudar na elaboração de atividades que fossem relevantes a esse público, um grande déficit na área da Matemática por parte desses alunos. Terminada essa etapa de reconhecimento escolar, e já com esses dados em mãos, foi planejada e desenvolvida uma oficina destinada ao estudo da Geometria, já que, pelo resultado do questionário, era uma das mais temidas disciplinas pela maioria dos alunos. O objetivo, então, era reverter essa aversão ao estudo da Geometria, tornando-a mais interessante aos olhos desses alunos. Para isso, já que atualmente dispomos de vários recursos que podem nos auxiliar no ensino de Matemática e, depois de uma pesquisa sobre quais recursos seriam de melhor uso nessa empreitada, o grupo do PIBID, animado pela existência de bons 231


laboratórios de informática na escola e sabendo que o software GeoGebra traz em si vários recursos que facilitam a visualização do universo geométrico, o que ainda torna a abstração mais fácil de ser entendida, resolveu fazer desses recursos o caminho dessa oficina. Com várias aulas no laboratório, as principais intervenções tiveram como tema central o estudo de retas paralelas e retas concorrentes. Para desenvolvimento dessas atividades, foram utilizadas a lousa digital e treze computadores, em bom estado de conservação. Os recursos da lousa foram ampliados ao uso do software GeoGebra, e os alunos puderam, através de algumas listas de simulações e exercícios, ministradas durante as aulas no laboratório, ampliar seu olhar dentro do universo geométrico. Ao final dessas atividades, foram aplicados questionários, com o objetivo de observar se houve mudança por parte dos discentes, sobre seu sentimento acerca da geometria, além do uso de tecnologias, como a lousa digital e o software GeoGebra, no benefício de seu aprendizado. Propõe-se que os resultados destes questionários sejam apresentados e discutidos nesse evento.

Palavras-chave: Tecnologia; PIBID; Geometria.

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OFICINA DE PAPEL RECICLADO: CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DO PAPEL EM UM EVENTO DE LEITURA ORGANIZADO PELO SUBPROJETO PIBID-2011 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS-UFTM Raquel Chaves Macedo; Luciana Maria de Oliveira Barbosa; Vera Lucia B. Tiburcio Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O Subprojeto Ciências Biológicas do PIBID-2011 é um dos oito subprojetos aprovados pela UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) e dele participam 14 licenciandos, duas supervisoras, uma coordenadora de área e duas escolas da cidade de Uberaba−MG. O objetivo principal do subprojeto em questão é o estímulo à leitura e escrita sobre Ciência e Tecnologia (C&T), com alunos do 6º ao 9º ano. Este trabalho apresenta resultados obtidos numa oficina de reciclagem de papel ocorrida durante um evento de leitura realizado na E. E. Boulanger Pucci. Este evento contou com a parceria do subprojeto de Língua Inglesa do PIBID-2011 da UFTM, caracterizando uma atividade interdisciplinar. Seu objetivo principal era desenvolver oficinas relacionadas às leituras sobre C&T realizadas anteriormente. Nas semanas anteriores ao evento, os alunos fizeram leituras em Inglês e Português, sobre reciclagem, preservação do meio ambiente e técnicas sustentáveis para a captação de energia. As oficinas envolveram jogos, brincadeiras e leituras sobre o tema “sustentabilidade”. Dentre as oficinas, a de confecção de papel reciclado contou com a organização de 4 licenciandos e nela os alunos da escola puderam produzir seus próprios papéis reciclados e, posteriormente, 233


escreverem poemas, frases e textos a respeito dos temas das leituras prévias. A oficina foi organizada em 3 momentos: (I) explicação de todas as etapas de confecção de um papel reciclado (cortar, bater, umedecer, prensar e secar); (II) confecção, pelo aluno, de seu próprio papel e (III) produções escritas pelos alunos em papéis reciclados previamente confeccionados pelos licenciandos do PIBID. Como resultado desta oficina, obtivemos diferentes produções realizadas pelos alunos. Percebemos que os alunos se interessaram em conhecer a técnica de produção do papel reciclado, além de terem demonstrado vontade em confeccioná-lo, pois houve grande procura pela oficina. Com relação à produção dos textos no papel reciclado, os alunos demonstraram ter entendido a importância da reciclagem, seja de papel ou de qualquer outro material. Em particular, observamos que os alunos começaram a discutir sobre as práticas de sustentabilidade relacionadas no evento.

Palavras-chave: PBID-2011; Oficina de papel reciclado; Produções escritas.

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O LÚDICO NO ENSINO DE LITERATURA: PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA MOTIVAR O CONTATO COM A OBRA DE JORGE AMADO Miriã de Paula Neves Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: A constatação da falta de interesse dos alunos do Ensino Médio das escolas públicas pela leitura de textos literários é quase unânime. Após pesquisar em sala de aula os principais motivos do desencanto, ficou claro que os alunos consideram “ultrapassadas” “essas literaturas clássicas”, pois possuem uma linguagem distante do seu cotidiano, o que dificultaria o entendimento. Na tentativa de atrair a atenção dos estudantes para a literatura, propusemos a aplicação de jogos lúdicos, prática com a qual os jovens estão mais acostumados em função do interesse por jogos interativos da internet e por videogames. Com o fito de homenagear Jorge Amado, um dos grandes escritores brasileiros, que neste ano completaria cem anos, e aproximar os alunos do Ensino Médio da escola “Sebastião Almeida Oliveira” de obras que eles conhecem apenas pelas adaptações televisivas, foram escolhidas alguns livros do autor baiano para leitura. Em seguida, com o auxílio da supervisora do PIBID na escola, desenvolveu-se com os alunos um jogo de tabuleiro, peões, dados e cartas. Os vencedores ganharam livros do autor, patrocinados por uma livraria da cidade, e uma caixa de balas baianas, feitas pela bolsista do PIBID (a receita também foi compartilhada com os alunos). O resultado obtido com este projeto foi satisfatório e desencadeou a criação de outros jogos com autores como Machado de Assis e José de Alencar. A partir dessa atividade, os alunos entraram em contato com a obra de Jorge Amado e puderam 235


concluir que muitas obras, apesar de escritas há certo tempo, mantêm frescor temático, linguagem contemporânea e podem, sim, ser compreendidas, pois é na maioria delas que os autores de hoje buscam inspiração para compor as suas obras. Os discentes também ficaram surpresos em perceber que muitas palavras usadas em seu vocabulário já eram utilizadas há muitos anos e que, apesar de os tempos mudarem, algumas características da Bahia de outrora permanecem até hoje em nosso país.

Palavras-chave: Jorge Amado; Jogo; PIBID.

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CÁLCULO DA FORÇA DE ATRITO EM DIFERENTES SUPERFÍCIES Felipe Souza Gonçalves; Luana Arantes Ribeiro; Edna Maria Fernandes e Faria; Géssyka Santos Moreira Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A dinâmica tem um papel de destaque no ensino de Física por abordar conceitos que são utilizados em todas as outras áreas desta disciplina. Assim, é fundamental que o aluno compreenda os conceitos envolvidos durante a abordagem de seus conteúdos, tais como: forças, forças resistivas, aceleração, conceitos de cinemática, como velocidades final e inicial, deslocamento e também outros conceitos que atualmente vêm sendo pauta de discussões em países por todo o mundo como, por exemplo, as diferentes formas de energia, sua transformação, sua melhor utilização e sua conservação. A proposta do trabalho é de estreitar os vínculos entre os conhecimentos teóricos e empíricos, utilizando, para tal propósito, um experimento demonstrativo que relaciona diferentes superfícies colocadas em contato com a outra e a intensidade da força de atrito existente em cada situação. Assim, o presente trabalho contempla facilitar o aprendizado do aluno, contextualizando os conteúdos ministrados em sala de aula e vinculando os conceitos apreciados com o exemplo demonstrativo. Foram realizados experimentos com foco na determinação da força de atrito e do coeficiente de atrito em duas diferentes superfícies. Para isso, foram usados materiais alternativos de fácil acesso, tais como blocos de madeira e metal, uma esfera de chumbo, haste de ferro, fio de nylon, pincel atômico, régua milimetrada, massa de modelar. Posteriormente, com o uso das ferramentas matemáticas é possível estabelecer a ordem crescente do atrito encontrado com as superfícies estudadas. A esfera de chumbo é posicionada com um ângulo de aproximadamente 30 graus com a superfície e solta; ao se chocar com o bloco contendo a massa de modelar, a mesma impulsiona o 237


bloco para frente até que, devido ao atrito, ele volte ao estado de repouso. Com as devidas marcações é possível, usando os conceitos de cinemática, a segunda lei de Newton e conservação de energia mecânica, calcular o atrito que age sobre o bloco. A proposta reúne a teoria com a prática, procurando sempre expor os resultados de forma clara e objetiva, facilitando o aprendizado do aluno, foco principal deste trabalho. O experimento acaba sendo de fácil construção e manuseio, tornando o aluno capaz de montá-lo em casa utilizando materiais alternativos, acabando por estar imerso na esfera de aprendizado dinâmico e prático. O experimento pode ser utilizado em séries anteriores, apenas para fornecer ao aluno uma noção da diferença de atrito entre superfícies sem, contudo, calculá-lo.

Palavras-chave: Dinâmica, Cinemática, Atrito.

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PROCESSOS GENEALÓGICOS: DA HISTÓRIA FAMILIAR À HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA Jéssica da Silva Furtado; Eduardo César Catanozi Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: Com o objetivo de apresentar as origens da Língua Portuguesa a um grupo de alunos do 1º ano do Ensino Médio de uma das escolas parceiras do PIBID – Letras – UNIFEV, formulou-se esta proposta de sequência didática. Primeiramente, solicitou-se aos estudantes que construíssem, individualmente, a árvore genealógica de sua família, com o intuito de perceberem que tudo é fruto de um processo histórico. Essa árvore foi exibida pelos alunos em uma das redes sociais da qual fazem parte. Em seguida, valendo-se da internet, mostrou-se aos alunos o Museu da Língua Portuguesa, localizado em São Paulo, que resgata o passado da língua. Posteriormente, foram convidados a fazer, em grupo, uma pesquisa, em livros ou na web, sobre a formação de nossa língua. Os resultados do que aprenderam foram exibidos em cartolinas, no pátio da escola. Por fim, criou-se um jogo a partir de expressões latinas: foram escritas, em cartões, várias expressões latinas; em outros cartões, que foram entregues aos grupos, estavam as traduções em português das expressões. Sorteava-se um cartão e, se o grupo mostrasse o cartão correto com a tradução, marcaria um ponto. Ganhou o grupo que acertou primeiro cinco expressões. A classe mostrou-se bastante interessada nas atividades e no processo de formação da Língua Portuguesa, o que se constituiu em uma forma prazerosa de se ensinar Filologia, referencial teórico que estuda uma língua sob a ótica histórica, na qual se baseou este trabalho. Os alunos perceberam que também a língua é fruto de processos 239


históricos, pois existiram outras línguas que originaram a nossa, e passaram a ter o hábito de consultar livros, dicionário, gramática, entre outros. Houve, portanto, ampliação do universo cultural dos discentes e do conhecimento sobre Língua Portuguesa. Palavras-chave: História; Língua Portuguesa; Filologia; Sequência didática.

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AÇÕES DE COMUNICAÇÃO DO PROJETO VISUALIDADES ÉTNICAS Ligia Maciel Alves Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Apresentamos aqui o Subprojeto Visualidades Étnicas do PIBID/UFU em Artes Visuais, que acontece na Escola Estadual Bueno Brandão há dois semestres. Nosso trabalho tem por objetivo contribuir com o curso de Licenciatura em Artes Visuais e com as escolas de ensino fundamental e médio, no cumprimento da Lei 11.645/08, que diz respeito à obrigatoriedade da inclusão do estudo e valorização da cultura indígena no currículo oficial das redes de ensino. Para alcançar tal objetivo, iniciamos com o desenvolvimento de atividades denominadas educomunicação, que diz respeito à criação de um blog, e de um jornal mural e impresso, além de um programa de rádio no formato de drops. Nesse sentido, nossa primeira realização foi criar um blog (que se encontra disponível em: <http://www.visualidadesetnicas.blogspot.com.br>), com o intuito de aproximar os alunos e funcionários da escola, e demais interessados, da temática indígena, incentivando o convívio nesse espaço virtual, além de difundir pesquisas e outros conteúdos educacionais e culturais. Isso somente aconteceu pela popularização da Internet, sanando a nossa necessidade de contatar várias pessoas ao mesmo tempo. Desenvolver essa atividade há algum tempo teria sido impossível, principalmente devido à dificuldade que encontrávamos em publicar nossos trabalhos em sites de hospedagem pagos, cujo administrador deveria ter certo domínio em alguns programas de informática. Os blogs, também conhecidos como weblogs, são métodos mais fáceis de publicação “online”, sobretudo por não exigirem tanto domínio técnico. Além do

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blog que idealizamos e produzimos, realizamos também alguns murais que foram expostos na escola supramencionada. Recentemente, estamos trabalhando na criação do jornal impresso e retomando algumas ações em direção aos drops em um programa de rádio. Para que isso se viabilize, abrimos um novo caminho de comunicação através de contatos com a rádio universitária. Desse modo, estamos encontrando meios diferenciados de conhecer e divulgar a cultura dos povos indígenas brasileiros aos que a ela não tem acesso, bem como buscar a aproximação a comunidade escolar da realidade desses grupos étnicos. Pensando nas diversas fontes informativas e comunicativas, aliamos nossas pesquisas do PIBID/UFU em Artes Visuais às novas mídias, que possibilitam algumas habilidades tecnológicas como uma forma mediadora entre a escola, a comunidade e a cultura indígena, visando facilitar a educação através da inclusão digital, por meio do acesso a informações e pesquisas via Internet, as quais se encontram disponibilizadas em nosso blog. Palavras-chave: PIBID; Artes Visuais; Novas mídias.

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O ENSINO DE LITERATURA POR MEIO DA DRAMATURGIA Camila Meloni; Carolina Catarina Medeiros de Souza Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O presente trabalho visa incentivar a leitura de alunos de uma escola da rede pública, por meio da dramatização de textos. Como meio para uma reflexão sobre o texto, os alunos fazem deste uma encenação de teatro. O teatro, como forma lúdica, entrelaçado à leitura de textos literários, faz com que o aluno se interesse em proceder a uma leitura mais cuidadosa do texto, eliminando as ingenuidades que possam gerar uma leitura superficial. Assim, o principal objetivo do projeto é despertar o interesse dos alunos para a literatura e, consequentemente, para a escrita. A escrita é exercitada através da criação de textos para dramatização, baseados nos textos estudados e encenados pelos alunos. Assim, procura-se estimular a competência interpretativa, mostrando ao aluno que a escrita pode ser uma concretização do que conseguem imaginar através do lúdico. O projeto é implementado por meio de encontros semanais, com alunos do Ensino Fundamental e Médio dessa escola da rede pública de Minas Gerais, em Uberaba (MG). Os bolsistas do PIBID-Português selecionam previamente textos literários a serem discutidos e analisados. Em seguida, os alunos expõem o que compreenderam e seus pontos de vista, junto aos pibidianos; da compreensão extraída da discussão de todos os participantes, reúnem-se todos e transformam o texto em uma cena de teatro. O projeto se encontra em andamento, e, por isso, não há resultados finais. Porém, percebe-se o desenvolvimento da criticidade dos alunos a cada aula dada. A junção da arte dramática com a arte literária tem despertado um forte interesse nos alunos.

Palavras-chave: Literatura; Ensino; Escrita. 243


JÚRIS SIMULADOS REALIZADOS PELO PIBID: A IMPORTÂNCIA DO ALUNO PROTAGONISTA Ailton José Silveira Carvalho; Ceila Donizetti Pereira Tomaz; Luciana R. Allain Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: O PIBID Biologia UNIFAL−MG (PIBIO) é constituído por doze bolsistas licenciandos, duas professoras supervisoras (escola parceira) e uma coordenadora da UNIFAL−MG. Ao observarmos a necessidade de inserir bioética nas discussões escolares, foram realizadas oficinas na escola, que expunham e debatiam temas ligados à bioética. O trabalho objetivou verificar a diferença existente na percepção entre alunos quando apenas participam de uma atividade (oficina) e quando são colocados para elaborar, guiar e ministrar a atividade (júri simulado). Inicialmente, “Fertilização in vitro”, Aborto, Clonagem e Transgênicos foram abordados no Ensino Médio (EM) e os alunos preencheram uma ficha avaliativa. Após isso foram convidados a participarem de uma feira a ser feita com o Ensino Fundamental (EF), em outra escola, realizando o Júri Simulado (JS), a respeito do tema “aborto”. Após a realização do JS, os alunos do EM foram entrevistados a respeito das práticas realizadas. Os resultados expostos nesse texto comparam as fichas avaliativas (FA) das oficinas e a entrevista aos alunos do EM que, além de participarem das oficinas, elaboraram, guiaram e participaram do JS. Trechos como “é que são nessas palestras que podemos conhecer e desenvolver temas para a redação do ENEM, que exige senso crítico”, “fazer todo começo de matéria uma aula dessa, até na sala mesmo” e que “não sabia direito como era feito o aborto” demonstram, pela análise das FA, argumentos agrupados em cinco categorias para justificar o ensino de ciência para todos. Utilizando-os, os argumentos predominantes das fichas se encaixam como

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econômicos e utilitários. Segundo autores da área, esses são argumentos importantes, mas não apresentam validade geral. Na entrevista com os alunos do EM que realizaram o JS esta mostrou-se uma atividade “desafiadora e enriquecedora”, pois “criar consciência sobre temas tão polêmicos, trazer isso para a realidade escolar foi muito importante”. Relataram intensa interação e que “muitas vezes, as culturas têm uma visão muito criada sobre determinado tema, mas procuramos ampliar e aprofundar a visão deles”. Retomando autores, estes trechos somados ao seguinte “... criar um ser pensante, democrata, um cidadão sem consciência da bioética, hoje é complicado” demonstram argumentos democráticos, sociais e culturais. Estes são argumentos mais sólidos, pois, para manter coesão social é importante haver ligação entre ciência e cultura geral. Embora ambas as atividades tenham sido benéficas aos alunos, ao se tornarem protagonistas, estes migraram do senso comum a uma percepção diferenciada da importância da Biologia. Como o próprio PCN+ sugere, infere-se que o desenvolvimento de competências da representação e comunicação envolveria “reconhecimento, utilização e interpretação de seus códigos, símbolos, formas de representação, elaboração de textos; a argumentação e o posicionamento crítico perante temas de ciência e tecnologia”. Palavras-chave: Aluno protagonista; Ensino de Biologia; Júri simulado.

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GRAFFITI NO PIBID Karen Christye Fideles Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O Subprojeto Visualidades Étnicas – Artes Visuais – PIBID, busca a valorização da cultura e das produções estéticas dos indígenas brasileiros em sala de aula, assim como a interlocução dessas produções com as dos não índios na arte contemporânea. Para isso realizamos pesquisas, visitas técnicas, participação em palestras e aproximação ao Museu do Índio. Fomos incentivados a incorporar o que aprendemos sobre a arte indígena às nossas produções artísticas, compartilharmos nossas poéticas com o outro, passando de ações individuais para coletivas. Assim, incorporamos novos parceiros ao projeto, como instituições públicas (museus), membros da comunidade, bem como outras escolas que abrigam o PIBID de diferentes áreas. Compartilho aqui uma experiência como bolsista e artista tratando da interação que

aconteceu

na

Escola

Estadual

Jardim

das

Palmeiras,

buscando

a

interdisciplinaridade com o Subprojeto das Ciências Sociais, produzindo e ensinando graffiti. A releitura da obra Abaporu, exemplar da arte moderna brasileira que foi pintada no muro, apresenta grafismos da etnia Karajá no corpo da figura, seu cabelo é moicano e ao fundo aparecem edifícios. Foi elaborada pelos alunos da escola, sendo incrementada e grafitada sob minha orientação. Também cito a produção de um repercutido graffiti em outro ponto da cidade, no qual utilizei conhecimentos adquiridos no PIBID – Artes Visuais para produzi-lo. A temática é um protesto contra a usina de Belo Monte. Ali nota-se o desenho parcialmente imerso na água e estão retratadas crianças e um adulto da etnia Kayapó, identificados por suas pinturas corporais. Considero que o projeto, por meio dessas atividades, contribuiu com o diálogo intercultural, rompendo as barreiras existentes entre culturas e as possíveis existentes 246


entre as instituições envolvidas. Visualidades Étnicas nos conscientiza sobre as minorias sociais e nos incentiva a expandirmos nossos conhecimentos, contribuindo na nossa atuação como futuros docentes, onde faremos a diferença, nas escolas da rede pública.

Palavras-chave: PIBID; Artes visuais; Graffiti.

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REFLEXÕES DA PROFESSORA SUPERVISORA SOBRE OS PROCESSOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA ATRAVÉS DO PIBID Rívia Arantes Martins; José Gonçalves Teixeira Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), na Escola parceira do PIBID, em Ituiutaba – MG. O objetivo deste é analisar as contribuições do PIBID para o processo de formação continuada do professor supervisor, durante sua atuação no programa. Pesquisas indicam a necessidade de o professor da Educação Básica atualizar e reconhecer outros métodos de ensino para os processos educativos, possibilitando as condições básicas para a formação continuada e aperfeiçoada da prática docente. O PIBID, que possibilita uma reflexão sobre os processos de ensinoaprendizagem em Química no Ensino Médio, incentivando os licenciandos no desenvolvimento de ações didáticas inovadoras, possibilita também a formação continuada do professor supervisor, da Educação Básica, contribuindo para a reconstrução de suas próprias práticas pedagógicas. A análise aqui apresentada foi feita a partir dos registros das reuniões semanais entre os bolsistas, professor supervisor e coordenador, dos relatórios semestrais enviados à CAPES e das publicações em eventos científicos, durante os dois primeiros anos no PIBID. No início do projeto, em 2010, a professora assumia um papel de supervisão, auxiliando os bolsistas nas ações realizadas no âmbito da escola, prestando informações, compondo relatórios, participando das reuniões.

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A partir de 2011, a docente passou a verificar no programa a possibilidade de investir em sua própria formação, percebendo a necessidade de mudança em vários aspectos, como a postura em sala de aula e o aprofundamento nos conhecimentos químicos específicos e metodológicos, em experiências reflexivas e investigativas de sua prática docente. Foram produzidos 8 trabalhos pela professora supervisora, a partir das atividades vivenciadas em sala de aula, e apresentados em eventos científicos. A participação nestes eventos possibilitou a troca de experiências entre os pares, a compreensão do papel do professor e a importância/necessidade da formação continuada, como também condições para que ela aconteça. Tais ações justificam a relevância do programa para a educação pública e a expressiva participação no âmbito da docência. A vivência no programa na escola e as reflexões realizadas durante as reuniões semanais possibilitou a aquisição de diversos conhecimentos específicos e metodológicos para o ensino de Química. Além de compartilhar os saberes experienciais com os bolsistas, o professor da Educação Básica tem a possibilidade de investir em sua própria formação docente, refletindo, investigando e tornando-se também protagonista nos processos formativos.

Palavras-chave: PIBID; Formação continuada; Ensino de Química.

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DESAFIOS QUE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL ENFRENTA NA MUDANÇA DE PADRÕES DE UMA SOCIEDADE CONSUMISTA Ana Paula das Graças Ferreira; Cariny Helena Pinto; Fernanda Prado Passos; Luciana Resende Allain Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: A sociedade consumista, na busca de suprir seus desejos econômicos, se transformou em compulsão e vício, estimulados pelas forças do mercado, da moda e da propaganda. Sendo este um dos principais problemas das sociedades industriais modernas, deve-se destacar que a elevada produção de lixo também é reconhecida como um grave problema ambiental. A educação ambiental é um elemento crítico na sensibilização de um novo modelo de desenvolvimento, de modo que o aluno busque valores através de uma proposta pedagógica que contemple a formação de uma consciência ecológica, portadora de valores éticos, atitudes e comportamentos nos planos individuais e coletivos. Este trabalho visa à importância de promover em sala de aula um aprendizado que adote uma cultura de sustentabilidade na expectativa de ampliar, aprofundar e integrar o conhecimento sistematizado. A integração da pesquisa ao ensino como estratégia de aprendizagem da docência se apresenta como eixo norteador deste trabalho, possibilitando a formação de um profissional reflexivo, comprometido e pesquisador. Teve como objetivo relatar uma experiência de educação ambiental realizada no âmbito do PIBID Biologia da UNIFAL−MG. Os dados aqui apresentados referem-se a um questionário entregue ao final das oficinas, distribuído a 18 alunos do Ensino Médio da escola parceira do PIBID. Os dados apontam que, embora conscientes da relação entre consumo e produção de lixo, a maioria dos alunos (12) afirmam que o papel do consumidor é satisfazer suas próprias vontades e dar lucro às empresas. 250


Estes resultados são alarmantes, pois apontam a falta de conhecimento dos alunos sobre seu papel individual no agravamento de um problema que é coletivo: a produção de lixo. Os alunos reconhecem que os principais responsáveis por esse consumo exagerado são as pessoas. A mídia também aparece como uma causa desse comportamento excessivo. As propagandas são tão eficientes que quando se vê um produto, a vontade imediata é de obtê-lo; a sociedade moderna tem se preocupado muito com valores relativos ao “ter” em detrimento do “ser”, exaurindo os recursos naturais e caminhando para um colapso ambiental. Assim sendo, reforçamos o papel da escola na problematização destes comportamentos, de modo a construir nos alunos posturas mais condizentes com uma sociedade sustentável.

Palavras-chave: Consumo; Produção de lixo; Educação ambiental.

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O ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA E O USO DE FONTES: O EXEMPLO DO PIBID/HISTÓRIA DA UNIFAL−MG Jaqueline kelly da Nóbrega Souza Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: O presente trabalho tem por objetivo apresentar alguns dados sobre como o PIBID/História da UNIFAL−MG contribui para a inserção no currículo das temáticas relacionadas à história africana. Sabemos que a lei 10639/2003 torna obrigatório o ensino de História e cultura Afro-brasileira nas escolas brasileiras e ressalta a necessidade da inserção curricular de tais temáticas. Esse ensino deve considerar a contribuição histórica, cultural, econômica, política e social dos povos africanos para a formação do Brasil e de suas demais influências para todo o mundo. No PIBID/História da UNIFAL−MG trabalhamos com o ensino de História da África, fazendo uso de fontes textuais e imagens para auxiliar na compreensão das temáticas apresentadas. A utilização de fontes iconográficas deve ser criteriosa, pois se não for bem utilizada pode induzir os estudantes a fazer interpretações equivocadas da história. Há uma complexidade que podemos notar com a utilização de imagens: não podemos deixar de ressaltar que aquilo é uma ilustração, e que deve ser feita constante análise crítica por parte do professor e dos alunos sobre o material oferecido em sala de aula. Assim, o trabalho com imagens deve estar vinculado à análise e leitura de textos, já que não exclui a necessidade da leitura e compreensão de textos, e ambos trabalhados juntos servem como recurso para concretizar o aprendizado. Tendo isso em mente, realizamos sequências didáticas em que foram utilizadas fontes variadas, desde mapas até contos infantis que relatam a cultura e a organização política das sociedades africanas de maneira generalizada. De acordo com as avaliações e discussões em sala de aula, podemos notar que as temáticas apresentadas foram bem 252


assimiladas pelos alunos, conseguindo com que eles debatessem e explorassem mais sobre o tema.

Palavras-chave: Recursos didáticos; Ensino de História; História da África

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O PIBID E SUAS ESCOLAS DE ATUAÇÃO: UM CONTRASTE DE REALIDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA Rayanne Márcia Finholdt Prado; Natália Marçola Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O ensino da Língua Espanhola é um desafio para os professores em formação inicial, visto que sua implementação tornou-se obrigatória, e é tarefa dos futuros docentes adequá-lo aos documentos oficiais. Portanto, objetivamos com este trabalho relatar como se dá esse processo sob a ótica da atuação do PIBID no ambiente escolar. Duas realidades distintas foram contrastadas através da experiência de dezesseis bolsistas do PIBID/ESPANHOL/UFTM, sendo que oito bolsistas atuam na Escola A como ministrantes de oficinas e monitoras no Ensino Médio; as outras oito, atuam na Escola B como monitoras no Ensino Médio e ministram oficinas no Ensino Fundamental aos alunos do Programa de Educação em Tempo Integral (PROETI). Esperamos, ao término desta pesquisa, traçar um perfil que evidencie o real contexto da nessas escolas, a partir da verificação dos seguintes itens: recursos tecnológicos, material didático, horário das aulas, dentre outros. Para a coleta de dados foram utilizados questionários e entrevistas que registram diferentes depoimentos dos participantes da pesquisa. Através da coleta de dados evidenciamos a atuação do PIBID e sua relevância nos dois contextos pesquisados. Esperamos demonstrar a complexidade da questão, afirmando que o Espanhol implementado na matriz curricular é mais produtivo, visto que o horário de aula resulta em maior número de alunos; já as aulas de Espanhol no sexto horário, muitos alunos não podem cursar por vários motivos: necessidade de trabalhar, afazeres em casa, dificuldade de transporte, dentre outros.

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Os primeiros resultados revelam que o PIBID auxilia na implementação da língua espanhola, visto que o idioma é divulgado semanalmente nas escolas parceiras por meio de mural e participação efetiva dos bolsistas em eventos do calendário escolar. No entanto, alguns fatores convergem para uma melhor condição de trabalho em uma das escolas, pois enquanto em uma a língua é optativa, na segunda essa faz parte da matriz curricular, ou seja, é obrigatória. Concluímos, portanto, que faz-se necessária a implementação da Língua Espanhola na matriz curricular, e que a atuação do PIBID, em ambas as escolas, contribui com a melhoria da educação, com o ensino de língua espanhola e com a formação do cidadão.

Palavras-chave: Implementação; Ensino; Língua Espanhola.

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INVESTIGAÇÕES SOBRE A METODOLOGIA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA NO PIBID DA UNIFAL−MG Natalia Cruz Spinelli Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Ainda esta presente, em muitas práticas escolares, a ideia de que o ensino de História deve estar baseado no acúmulo de fatos organizados e ensinados em ordem cronológica. Ao questionarmos esses procedimentos, iniciamos, no interior do PIBID/História da UNIFAL−MG, nossos estudos sobre metodologias de ensino que evitem um ensino de história baseado em cronologias lineares e “decorebas” de fatos. Assim, objetivamos que os alunos compreendam e tenham opinião sobre o conhecimento; que este seja pensado pelo aluno; que os alunos explorem o conhecimento já adquirido em seu cotidiano. Defendemos então que o professor seja o mediador entre o conhecimento já adquirido pelos alunos em seu cotidiano e o conhecimento a ser construído pelos alunos em sala de aula. Assim, buscamos na interação, em suas variadas possibilidades, uma maneira que pode ser utilizada como método de ensino de História. Nessa interação, deve haver ação mútua em sala de aula: gerar discussões e reflexões sobre o objeto estudado e estimular a capacidade cognitiva dos alunos, evitando, assim, um ensino de História baseado na narrativa em que, na maioria das vezes, somente o professor atua. Buscamos, de forma interativa a formulação de conceitos junto aos alunos. Os conceitos podem ser abstraídos dos conteúdos analisados em sala, e, com isso, objetivamos uma maior compreensão e novos processos de problematização do tema em questão. Para a concretização dessa metodologia, utilizamos diversas fontes documentais, tais como textos de jornais, poemas, fotos, quadros, etc. Nesse processo de interação, o que muitas vezes é considerado distante dos alunos surge para eles como 256


algo passível de ser analisado, portanto, como parte do conhecimento a ser explorado. Algumas formas que podem integrar a metodologia de ensino apresentada constituem uma das metas no PIBID de História da UNIFAL−MG, sempre partindo de conceitos e questionamentos que coloquem os alunos mais participativos quanto aos assuntos e reflexões possíveis nos temas propostos. Há também a inserção de diferentes fontes em aulas, quando possível, para que possamos observar como o seu uso pode possibilitar essa interação. Palavras-chave: Ensino de História; Metodologia de ensino; Interatividade.

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VIVENCIANDO A REALIDADE ESCOLAR: INTERROGAÇÕES SOBRE A DOCÊNCIA ATRAVÉS DO PIBID Ideuvaneide Gonçalves Costa; Lucélia Carla da Silva dos Anjos Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Este texto tem como objetivo apresentar as reflexões no que se refere à prática docente. Nesse sentido, mediante o tempo destinado às atividades do PIBID/Pedagogia, e a partir das observações e vivências através da docência compartilhada, percebemos que a prática da docência comporta uma série de desafios que demandam do professor um conjunto de habilidades e aprendizagem para além das teorias estudadas. Percebemos que o docente necessita de tais habilidades para superar de imediato os desafios existentes diariamente, tais como: alunos desmotivados e sobrecarga de conteúdos a serem trabalhados. Tais fatores são compreendidos aqui como inibidores da autonomia docente, haja vista que são cobrados a produzirem resultados desejáveis e, para tanto, obrigados a seguirem determinados modelos (planejamentos pré-elaborados) para que se alcancem tais resultados. A percepção de que os professores estão imersos numa realidade na qual impera a regra da obediência submissa em relação aos planejamentos previamente elaborados, alheios à participação dos professores e com vistas à obtenção de resultados, tem sido recorrente. Tal recorrência nos faz crer que o professor é impedido de exercer a sua autonomia profissional e intelectual, afetando, assim, sua identidade e ocasionando desencantamentos pela profissão, expressos pela sintomática e repetida afirmação de que os professores nos endereçam como estudantes: “a prática é bem diferente da teoria”. Afirmação, aliás, bastante compreensível, posto que são cobrados pelos resultados de um trabalho do qual não possuem condições adequadas de atuação 258


profissional que lhes permita estudar e buscar nas teorias um referencial que lhes permita refletir sobre a prática. Além disso, a condição dos professores em serviço é bastante diferente da nossa condição de professores em formação porque podemos, com o auxílio de referenciais teóricos, elaborar aulas bem planejadas e executá-las de forma autônoma, não estando submetidas às mesmas regras e cobranças. Portanto, ao estarmos inseridas no PIBID, nos tornamos docentes antes de vivenciar a prática docente como profissionais, o que nos permite sermos um diferencial capaz de planejar, praticar e refletir e, a partir dessa reflexão mudar, não somente a prática, mas sim a maneira de refletir. O desafio é, portanto, nessa lógica, criar e oferecer as devidas condições para que o professor em serviço também tenha tais oportunidades.

Palavras-chave: Docência; Autonomia; Prática.

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PIBID E LEI N° 11.645/08: CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOLOGIA PARA UMA EDUCAÇÃO VOLTADA PARA A DIVERSIDADE Thiago Henrique Fracarolli; Dener Jesus Freitas de Melo; Marili Peres Junqueira Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: A principal hipótese acerca da formação étnica e cultural do Brasil é que ela se deu a partir do encontro de diversas culturas diferentes. Neste sentido, discutir a maneira como cada uma das matrizes culturais influenciou a cultura brasileira tornou-se ponto fundamental nas grades curriculares de ensino. No entanto, o currículo básico das escolas nunca foi capaz de contemplar de maneira equilibrada o ensino sobre as principais matrizes culturais. A história e cultura indígena sempre foram desconsideradas e/ou tratadas de maneira equivocada. Como tentativa de superar este cenário, foi aprovada, no ano de 2008, a Lei n° 11.645, que alterou a LDB no sentido de incluir no currículo oficial da rede de ensino brasileira a obrigatoriedade do estudo e reflexão acerca da história e cultura dos povos indígenas. Dessa maneira, a legislação passou a vigorar exigindo a inclusão das temáticas da história e cultura indígena no ensino regular brasileiro, tendo como escopo promover uma educação que reconheça, respeite e valorize a diversidade. Neste sentido, o Subprojeto de Sociologia do PIBID/UFU/CAPES realizou na Escola Estadual do Bairro Jardim das Palmeiras uma atividade intitulada “Oficina da Sociodiversidade Indígena”. A atividade foi direcionada ao corpo discente da escola e tinha como objetivo discutir a história e cultura dos povos indígenas para desnaturalizar preconceitos e desconstruir estereótipos sobre o índio brasileiro. Para tanto, a atividade foi dividida em três etapas: 1) aulas expositivas dadas pelos bolsistas do PIBID, para discutir teoricamente a sociodiversidade indígena com os alunos; 2) palestra de índios não aldeados residentes na cidade de Uberlândia, para aproximar mais os alunos da história e cultura dos povos 260


indígenas; 3) pintura corporal, para demonstrar de maneira prática as diferentes manifestações artísticas das principais etnias brasileiras. Sem dúvida, a aprovação da Lei N° 11.645/08 representou uma grande avanço para a Educação brasileira, que passou a valorizar o respeito ao “outro”. No entanto, a simples redação e aprovação da lei não são suficientes para que preconceitos, estereótipos e generalizações reproduzidas e arraigadas durante séculos na sociedade brasileira sejam superados. De qualquer forma, ao realizar a “Oficina da Sociodiversidade Indígena”, o Subprojeto de Sociologia do PIBID/UFU/CAPES teve êxito ao abordar de maneira inovadora a temática da história e cultura indígena, pois a atividade fez com que os alunos superassem alguns preconceitos em relação aos povos indígenas, e suscitou o debate em toda a comunidade escolar acerca da importância de uma educação voltada para o respeito e a diversidade. Palavras-chave: Sociodiversidade indígena; Lei N° 11.645/08; PIBID.

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A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DOS ALUNOS PARA O PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DO PIBID Dener Jesus Freitas de Melo; Marili Peres Junqueira Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Diante do reconhecimento de que vários fatores interferem na apropriação do conhecimento por parte do aluno, os educadores devem ser bastante criteriosos ao planejar as ações que irão desenvolver nas escolas. Neste sentido, torna-se de suma importância diagnosticar a realidade dos alunos antes de planejar as atividades para que elas produzam melhores resultados. De maneira geral, diagnosticar significa fazer um retrato da realidade (TURRA et al, 1975), obter um conjunto de elementos capazes de orientar uma tomada de decisão (FERREIRA, 2004). Neste sentido, a primeira atividade realizada pelos bolsistas do Subprojeto de Sociologia PIBID/UFU/CAPES é o mapeamento da escola e do seu entorno. O objetivo desta iniciativa era identificar a realidade dos alunos para construir um planejamento de atividades que respeitem os seus conhecimentos, e tornar as ações propostas posteriormente mais interessantes e produtivas para eles. No entanto, a realidade dos alunos não é composta apenas pelo meio físico em que estão inseridos na escola ou fora dela, mas envolve também relações humanas desenvolvidas entre eles, dentro e fora do espaço escolar. Ou seja, o diagnóstico da realidade não se esgota com a obtenção de dados quantitativos (número de alunos por sala, metragem das salas de aula, número de laboratórios, quadras esportivas, nível de escolarização dos pais, etc.), mas abrange situações de vida, como a sua condição social, cultural e econômica. Por isso, a atividade de mapeamento não se encerra com a análise do espaço físico da escola, mas deverá abarcar as relações humanas travadas no interior da instituição 262


escolar (relação aluno/aluno, relação professor/aluno e demais), a observação de manifestações culturais dos alunos (vestimentas, músicas tocadas no recreio), acontecimentos presenciados na escola (brigas, roubos) e eventos do calendário escolar (festas, atividades extracurriculares). Além disso, é necessário realizar uma análise do entorno da escola, isto é, do bairro em que a escola está inserida. Estudar a história do bairro, entrevistar moradores, presidentes da associação de moradores do bairro e integrantes de ONGs, observar o cotidiano e pesquisar notícias nos meios de comunicação em massa sobre acontecimentos no bairro, também é de suma importância para o diagnóstico da realidade dos alunos. Enfim, pode ser concluído que a realização de tal diagnóstico para o Subprojeto de Sociologia do PIBID/UFU/CAPES tem sido uma atividade de suma importância para o planejamento das atividades que serão desenvolvidas nas escolas. Obter elementos que retratem a vida dos alunos é fundamental para identificar a realidade para apreender as demandas dos alunos e decidir as atividades que serão desenvolvidas nas escolas.

Palavras-chave: Diagnóstico da realidade; Planejamento de atividades; PIBID.

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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: O USO DO TERMO NO COTIDIANO DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ITUIUTABA−MG Luciana Abadia do Carmo; Renata Figueiredo de Freitas; Vilma Aparecida Souza Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este artigo tem como objetivo fazer referência às experiências realizadas no Subprojeto Alfabetização, no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade Federal de Uberlândia – FACIP, referente a uma escola pública do município de Ituiutaba−MG. A temática se refere à compreensão dos termos alfabetização e letramento, e a forma abordada entre os docentes para garantirem o ensino e a aprendizagem dos educandos na aquisição da leitura e escrita no processo de alfabetização. Realizou-se uma pesquisa com as professoras alfabetizadoras do primeiro ano do Ensino Fundamental, que partiu de questionamentos sobre a sua compreensão em relação aos termos; a postura que assumem em relação aos termos e como desenvolvem o seu trabalho a partir do entendimento desses termos. Entretanto, para a concretização desta pesquisa foram realizadas observações e um outro questionário, buscando compreender a prática pedagógica norteadora das professoras. Para um melhor entendimento da temática, buscamos, por meio bibliográfico, resgatar historicamente o desenvolvimento da alfabetização em nosso país, até chegar à origem do termo letramento, sobre o qual realizamos uma discussão teórica, recorrendo a pesquisadores como Batista e Soares (2005), Monteiro (2009), Mortatti (2004-2006) e Soares (1999-2005), os mesmos vêm contribuindo em pesquisas e discussões sobre essa temática em diferentes espaços da sociedade. Também abordamos a autora Soares (2003), que nos expõe as diversas faces da alfabetização e letramento, ressaltando diferenças e relações indissociáveis dentro das perspectivas 264


teóricas e da prática pedagógica, julgando necessária para que os professores compreendam a diferença entre ambos no seu cotidiano. Dessa forma, desenvolvemos esta pesquisa, a fim de entendermos até que ponto os docentes compreendem e utilizam os termos nesta realidade escolar, a fim de sanar dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita. Logo, percebemos que alfabetizar e letrar são conceitos distintos, porém inseparáveis, que devem ser trabalhados juntos. Portanto, a alfabetização não pode ser concebida por um método específico, mas pela união de métodos, tendo em vista as várias especificidades dos alunos a serem alfabetizados. Entretanto, percebemos que, num contexto geral, os processos de alfabetização escolar dificilmente têm aplicações “puras” de uma ou de outra perspectiva teórica, mas a ênfase está em respeitar as fases de construção da criança na aquisição da leitura e escrita. Assim, é necessário alfabetizar, letrando com procedimentos metodológicos eficientes e significativos, com os quais os alunos possam construir habilidades de codificar e decodificar e consigam fazer o seu uso social.

Palavras-chaves:

Letramento;

Alfabetização;

Formação

docente.

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ENSINO DA MATEMÁTICA POR MEIO DO DESIGN Leandro Eity Io; Fernando da Costa Barbosa; Edson Abreu; Nueli Vilela; Arlindo José de Souza Junior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho é um relato de experiência que visa fomentar as possibilidades do ensino interdisciplinar da Matemática. A partir do desenvolvimento de um projeto do Programa Institucional de Bolsa de Incentivo à Docência (PIBID) de Matemática, da Universidade Federal de Uberlândia, discutimos um processo coletivo de produção de saberes docentes relacionados à prática de trabalho educativo com design, realizando uma tentativa de conexão entre Arte e Matemática. Com esse objetivo, promovemos um concurso de logotipos envolvendo 800 alunos do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola estadual de Uberlândia, MG, durante o primeiro semestre de 2012. Cada grupo de alunos produziu três logotipos representando os projetos do PIBID desenvolvidos nessa escola (Robótica Educacional, Esporte e Orientação e Xadrez Escolar). A criatividade, a beleza e os significados abstratos dos logotipos produzidos pelos alunos nos fizeram observar que essa é uma ferramenta de grande potencial para o ensino da Matemática. Esse trabalho possibilitou aos alunos exporem os conceitos matemáticos nas obras produzidas, restabelecendo para estes, a Matemática como uma ciência prática. Em especial, pudemos realizar uma análise dos logotipos que continham engrenagens, demonstrando a possibilidade de trabalhar o ensino por meio da modelagem matemática. Dessa forma, o esforço criativo dos alunos pode ser utilizado para estimular outras dimensões e discussões. Vários outros desenhos feitos pelos alunos neste projeto também indicam a conexão entre Matemática, design e criatividade. 266


Todos eles demonstram a relação e a profundidade desses temas no processo de ensino e aprendizado da Matemática. Com esse trabalho, propusemos uma nova forma de unir dois pontos aparentemente tão distantes para a educação brasileira: criatividade e ciência estabelecida. E, nesta perspectiva, ressaltar a importância do design como uma ferramenta interessante para o ensino da Matemática. Embora esse projeto ainda esteja em andamento, está claro para nós, autores, que essa proposta contribuirá para o estreitamento do diálogo entre as diversas áreas do saber na busca pela interdisciplinaridade.

Palavras-chave: PIBID; Educação; Formação inicial.

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O ENSINO DE ARTE E A LEI 11.645/08: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Carla Jacqueline Silva Sousa Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho propõe apresentar um relato de experiência realizada pela autora, como bolsista do PIBID/UFU Artes Visuais, referindo-se diretamente à Lei 11.645/08, que diz respeito à obrigatoriedade da inclusão do estudo e valorização da cultura indígena no currículo oficial da rede escolar de ensino. De acordo com essa nova Lei, todas as disciplinas, especialmente Arte-Educação, Literatura e História, devem incorporar em suas aulas a contribuição dos povos indígenas à cultura brasileira. Para que essa Lei, ao ser aplicada, não atue como um veículo de fortalecimento de preconceitos e estereótipos, o PIBID/UFU Artes Visuais criou o subprojeto denominado Visualidades Étnicas. Tal projeto pretendeu criar oficinas de arte contextualizadas e dirigidas aos alunos da Escola Estadual Bueno Brandão, para que eles pudessem identificar a arte indígena como uma manifestação viva e atual, e incluir em seus fazeres artísticos alguns valores estéticos até então inexistentes ou desconsiderados no ensino formal. Antes mesmo de levarmos qualquer proposta para a escola, percebemos ser importante a realização de um diagnóstico para detectarmos quais necessidades e potencialidades ali existentes. Iniciamos este trabalho com o mapeamento do espaço físico, seguindo o roteiro de orientação que nos foi fornecido pelo PIBI/UFU, e levantamos todos os dados que o plano nos exigiu. Posteriormente, aplicamos também um questionário junto aos alunos para descobrir o que eles pensavam da escola nos seus aspectos positivos e negativos, procurando compreender também o que sabiam sobre as culturas indígenas e

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sobre a importância das Artes Visuais no mundo contemporâneo, o qual se comunica principalmente por meio de imagens. Depois de coletados, a autora do presente texto ficou responsável pela tabulação e análise dos dados, que fora realizado a contento. A partir disso, o professor de Arte da mencionada escola e então supervisor do PIBID/UFU em Artes Visuais, Marcelo Ponchio, propôs aos seus alunos que criassem um gibi, cada qual escolhendo uma etnia indígena para ser pesquisada , contando com o apoio dos professores de Português e História, além dos licenciandos/bolsistas do Projeto. Ao analisarmos os textos dos gibis concluímos que, de um modo geral, a maioria dos alunos pouco sabia sobre a arte e a cultura indígenas e carregavam uma visão bastante estereotipada desses povos. A análise dos dados nos possibilitou pensarmos acerca dos materiais didáticos que foram posteriormente produzidos, bem como das oficinas e das outras propostas que foram oferecidas à escola.

Palavras-chave: PIBID, Artes Visuais, Diagnóstico escolar.

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O USO DE JOGO DIDÁTICO COMO METODOLOGIA ALTERNATIVA DE ENSINO: VISÃO DE DOCENTE E BOLSISTAS DO PROJETO PIBID-QUÍMICA DA UNIFEV Beatriz Minto Chimati; Daiane Maiara da Silva Heiss; Josiel da Silva Rocha; Ana Maria Mateus Martins; Waldir Peressine Junior Universidade Federal de Alfenas (UNIFEV) Resumo: Pensando nas dificuldades de ensinar Química, pesquisas e propostas são desenvolvidas para que a qualidade do ensino no Brasil melhore cada vez mais. No município de Votuporanga−SP foi aplicado um jogo lúdico da memória sobre os elementos químicos da tabela periódica. Este trabalho apresenta a visão dos bolsistas PIBID que desenvolveram o jogo e da docente da escola quanto ao uso deste tipo de atividade como metodologia de ensino. O ensino de Química no nível médio é, ainda hoje, um desafio para professores e alunos. Pode-se perceber que há uma grande dificuldade em passar conceitos básicos de Química, sendo que esta ciência é considerada uma disciplina difícil, que causa desmotivação entre os alunos. A união de jogos com os conteúdos de Química, como uma nova estratégia de ensino, pode ser um caminho para um melhor desempenho escolar e para futuros docentes, como os bolsistas PIBID. Este trabalho aborda a confecção e aplicação do jogo “Memória Química”, pelos bolsistas do projeto PIBID-Química da UNIFEV. Foi criado um jogo que visou ensinar de forma prática e divertida assuntos considerados “maçantes” e difíceis de serem explicados, pois os elementos da tabela periódica se encaixam nesse eixo. O jogo aplicado ensinou de forma clara, prática, fácil e divertida aos alunos os conceitos em tempo mais curto que o necessário. Isso pôde comprovar que o lúdico é realmente uma

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boa maneira de ensinar Química. O jogo foi aplicado na Escola Estadual Profa Uzenir Coelho Zeitune, no município de Votuporanga−SP. Após a aplicação do jogo, a professora e os bolsistas do PIBID-Química observaram que o uso do lúdico despertou o interesse dos alunos para o assunto e acrescentou conhecimento, sendo assim uma alternativa positiva para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem. A professora de Química da escola relatou que Com certeza os jogos complementam significativamente as aulas, ‘aprender brincando’ é um atrativo que desperta interesse. A partir dos resultados e do interesse despertado nos bolsistas e professores PIBID-Química da UNIFEV, conclui-se que este tipo de recurso pode ser utilizado como metodologia alternativa de ensino de Química nas escolas de Ensino Médio. A resposta positiva obtida com este trabalho motivou os bolsistas a desenvolver novos jogos didáticos. Palavras-chaves: Jogo didático; Ensino de Química; PIBID.

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O PROFESSOR DE HISTÓRIA E AS TICS EM SALA DE AULA: O EXEMPLO DE PIBID/HISTÓRIA DA UNIFAL−MG Andre Luiz Menari Pereira Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: O PIBID/História tem por objetivo analisar, avaliar e adicionar metodologias diferenciadas em relação à abordagem dos temas históricos em salas de aula do Ensino Fundamental II. A ideia de usar as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) em sala de aula não é nova, mas com a expansão das novas ferramentas esse debate toma outros significados. Para Ubiratan D’Ambrosio (2002), é preciso questionar se a sala de aula está preparada para receber essa nova carga de equipamentos, e se o professor sabe como operá-los e como utilizar esse conjunto de informações a fim de melhorar os resultados de seu trabalho. Segundo Tania M. Esperon Porto (2002), é perceptível que quando o professor chega em sala de aula com aulas diferenciadas, que usam outras mídias, seja um filme ou uma sessão de fotos sobre determinado assunto, a maioria dos alunos interage mais e melhor com o conhecimento. Em nossas experiências, trabalhamos em sala de aula alguns temas históricos que estão divulgados em mídias audiovisuais, como, por exemplo, o nazismo, a Segunda Guerra Mundial, a Era Vargas. Ao trabalhar com esses recursos, verificamos que os alunos apresentam dificuldades na transmissão do conhecimento de forma escrita, mas quando questionados oralmente apresentavam melhores resultados. Percebemos, também, que com a utilização dos recursos audiovisuais, houve maior participação dos alunos nas aulas. Para nós, é essa a discussão que deve ser feita a respeito da utilização de novas tecnologias em sala de aula. O objetivo, portanto, deste trabalho é demonstrar a melhor forma possível de utilizar as TICs como recurso didático. Pensamos, também, na melhor 272


forma de disponibilizar aos alunos o acesso ao conhecimento através desses recursos. Por isso, torna-se necessário debater cotidianamente com o professor sobre as possibilidades metodológicas de utilização das TICs na sala de aula.

Palavras-chave: TICs; Metodologias de ensino; Ensino de História.

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AÇÕES DO PIBID E A EXPLORAÇÃO DE EXPERIMENTOS EM AULAS DE FÍSICA Tiago de Castro Bisaio; Wellison Dutra de Carvalho; Milton Antonio Auth Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este trabalho tem como base realizações de bolsistas do PIBID-Física, em três turmas do 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Coronel Tonico Franco. Um dos aspectos evidenciados nas ações de diagnóstico na escola foi a carência de atividades experimentais nas aulas de Física. Isso motivou o estudo desse assunto, a elaboração e desenvolvimento de atividades experimentais em aulas de Física da escola. De acordo com Pazzini (2009, p. 7), “As atividades experimentais têm cumprido um inusitado papel no ensino de Física: promover um intenso debate sobre sua pertinência ou não para a aprendizagem de conceitos físicos.” Num primeiro momento, desenvolvemos com os alunos experimentos sobre calorimetria e transferência de calor, com o intuito de demonstrarmos os processos de transferência de calor por condução e irradiação, em interface com o assunto que vinha sendo desenvolvido pelo professor em sala de aula. Para a realização dos experimentos, foram confeccionados materiais pelos bolsistas do PIBID, tais como: “hastes de condução” (usando-se fios de cobre e ferro, grampo isolante e parafina), que permitiram explorar fenômenos como a condução de calor; materiais isolantes e condutores e diferenças no diâmetro dos materiais quanto à condução do calor; “radiômetro” (usando-se um pedaço de madeira, duas latinhas de alumínio, de refrigerante, sendo uma pintada de preto e a outra pintada de branco, lâmpada incandescente e dois termômetros), com o qual focamos a exploração do fenômeno da irradiação. Ao final de cada experimento os alunos eram indagados sobre o que estava ocorrendo, sobre que fenômeno físico tratava aquele experimento e o porquê de cada 274


situação. Os alunos mantiveram-se atentos durante toda a realização dos experimentos. A atenção era total, com olhares curiosos. Isso evidencia que os alunos ficam fascinados por aulas práticas/experimentais. Eles indagaram quanto a algumas evidências dos experimentos, querendo saber o motivo de ocorrer tal situação. Notava-se que os questionamentos eram espontâneos, de real interesse. A realização dos experimentos possibilitou que os estudantes se sentissem mais à vontade em relação ao processo de ensino-aprendizagem, pois conseguiam relacionar aspectos das atividades com conhecimentos que já possuíam, a exemplo da influência da cor no aquecimento, e dialogar a respeito na sala de aula, permitindo conciliar a teoria lecionada pelo professor com o cotidiano. Essa dinâmica, ao instigá-los a participar e querer aprender mais, favoreceu o processo de ensino-aprendizagem dentro da sala de aula.

Palavras-chave: Formação inicial; Educação; PIBID.

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LITERATURA E OUTRAS ARTES: POR UM ENSINO DIALÓGICO Ana Carolina Martins Borges Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual Professor Chaves, com alunos do terceiro ano/noturno do Ensino Médio, em Uberaba, como parte das atividades do PIBID-Português. O objeto de estudo foi o livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos e um trecho do livro Urupês, de Monteiro Lobato. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma forma agradável e estimulante de os alunos terem contato com a literatura, e abordar o ensino desta disciplina na escola de forma diferente da tradicional. Os alunos foram divididos em dois grupos para a realização do trabalho. O primeiro grupo se dedicou ao estudo de Vidas Secas, durante o qual foram feitas a leitura e interpretação, envolvendo elementos internos e externos do texto literário e também as relações estabelecidas entre si. Além disso, os alunos assistiram ao filme “Vidas Secas”, procurando estabelecer um diálogo entre o texto literário, o filme e a realidade atual. O segundo grupo estudou o trecho de Urupês, no qual o foco era o personagem Jeca Tatu. Além da leitura e interpretação, o intuito era verificar qual foi o contexto de produção desse personagem e qual a sua significação no contexto atual. O trabalho culminou com a apresentação de teatro no “Sarau Literário”, organizado pela professora de Língua Portuguesa. O grupo 1 apresentou a peça teatral escrita por mim, licencianda bolsista do PIBID-Português, e adaptada do livro Vidas Secas, enquanto o grupo 2 apresentou a peça teatral sobre o personagem Jeca Tatu, escrita pelos próprios componentes da equipe, baseada livremente no trecho de Urupês. Ao invés de uma aula voltada para a historiografia literária e centrada na figura do professor que transmite o “sentido” do texto para o 276


aluno, as atividades foram desenvolvidas de forma a promover um diálogo entre textoaluno-professor. Assim, sendo o texto literário o foco da aula, foram construídas e negociadas relações de sentido do texto que dialogam com seus fatores internos e externos e relações entre a literatura e outras artes, como o cinema, teatro, pintura, dentre outras. Como os alunos do noturno chegam à escola cansados devido à dura jornada de trabalho do dia, eles não se sentem motivados para ler e interpretar um texto. A prática de ensino adotada foi capaz não só de motivar esses alunos, mas também de promover aulas dialógicas, nas quais eles foram sujeitos na construção do conhecimento.

Palavras-chave: Literatura; Diálogo; Artes.

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ATITUDES DE ALUNOS NA APLICAÇÃO DE UMA SEQUÊNCIA DIDÁTICA SOBRE FILMES Candice Guarato Santos Universidade Federal do Triângulo Mineiro ( UFTM) Resumo: O Subprojeto de Língua Inglesa do PIBID 2011 tem como proposta aliar o ensino de Língua Inglesa com as novas tecnologias. Para o primeiro semestre de 2012, foi planejado pelos licenciados uma sequência didática, que envolvia dois filmes e o blog, para os alunos do segundo ano do Ensino Médio de uma escola pública de Uberaba, Minas Gerais. Aplicar aulas sobre filmes, que na época foram os últimos a serem lançados, é uma maneira de atrair o interesse de adolescentes. Mas nem sempre os alunos podem participar da forma como foi prevista durante o planejamento dessas aulas. Por esse motivo, com a ajuda dos diários de bordo, onde se registrava o que acontecia durante as aulas, este trabalho se propõe a mostrar diferentes reações à aplicação de aulas que requerem o uso de novas tecnologias, e tendo como tema algo que faz parte do cotidiano de jovens como eles. Foram aplicadas oito aulas que tinham o objetivo trabalhar os gêneros digitais como ferramentas de ensino-aprendizagem. Após o término da aula, cada bolsista elaborou e postou no Moodle o seu próprio diário de bordo, cujo conteúdo são as observações, reflexões e relatos do que aconteceu na aula. Nesses relatos estão registrados como os alunos interagiram à medida que o conteúdo foi sendo trabalhado. Atualmente a tecnologia é uma questão que não pode mais ser ignorada, pois, como aponta Souza (2011), há um crescente número de aprendizes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio que podem ser considerados nativos digitais. Ainda Souza (2011), retomando Prensky (2011), mostra que os nativos digitais possuem um processamento não linear e são proativos e interessados quando se trata de tecnologia. 278


Foi possível perceber esse fato durante a aplicação da sequência didática, pois por se tratar de ferramentas tecnológicas, os próprios alunos se sentiram confortáveis em procurar os conteúdos relacionados com a matéria por iniciativa própria. Como, por exemplo, ao usarem o blog do PIBID, perguntaram mais informações sobre um site que permite a prática de “writting” e “listening”, e também houve momentos em que os alunos utilizaram jogos do próprio computador que estão em língua inglesa. Não diferentemente, o blog também despertou o interesse dos discentes que não só acessaram várias partes da página, mas também os links. Por serem atividades que envolvem o uso da internet, muitos alunos se distraíam das atividades propostas ao acessar outros sites. Mas não seguir o que está no roteiro nem sempre é ruim para o desenvolvimento das aulas. Palavras-chave: Língua Inglesa; Ensino-aprendizagem de línguas; Sequência didática.

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NANOCIÊNCIA NO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE DOS LIVROS DIDÁTICOS DA ATUAL EDIÇÃO DO PNLD Flavio Araújo Pousa Paiva; Marcos Dionízio Moreira; Nilva Lucia Lombardi Sales Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Além de ser uma área do conhecimento multidisciplinar, a nanociência tem sido um assunto promissor no mundo científico nas últimas décadas; por isso é um tema importante a ser inserido no Ensino Médio, e o principal meio facilitador dessa inserção é o livro didático. Na elaboração deste trabalho, realizado pelo Subprojeto Física 2011 do PIBID-UFTM, tivemos acesso a cinco dos dez livros indicados pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), e fizemos uma análise sobre a presença ou ausência do conteúdo de nanociência neles. Com isso, pudemos perceber que a nanociência ainda se faz pouco presente nesses livros, pois em apenas dois deles encontramos algum tópico relacionado ao tema. O primeiro deles fala da história da nanociência e sobre algumas áreas de atuação; o segundo livro também inicia com uma abordagem histórica, faz uma pequena relação com a biologia ao falar de como as proteínas são produzidas no nosso corpo, e finaliza citando áreas de atuação. Entretanto, esses dois livros tratam a nanociência de forma superficial e não satisfatória, deixando de abordar aspectos importantes, como produtos e equipamentos que são produzidos nessa escala e que já podem ser encontrados no mercado, além de não relacionar o tema com conteúdos de Física tradicionalmente estudados pelos alunos. Ou seja, essa abordagem apresenta-se desconectada dos demais temas, dando a impressão de ser apenas um complemento ou curiosidade da Física e não um conteúdo a ser estudado. Percebemos, com esta análise, que há muito que alterar no cenário educacional para a entrada efetiva desse, e talvez outros temas mais contemporâneos da Física nas salas de aula. Temos clareza de que não basta a adaptação dos livros didáticos 280


à nanociência, é necessária uma reforma na formação dos professores e uma atualização dos já inseridos nas escolas. Entendemos que a análise dos livros didáticos é apenas uma etapa desse processo, mas de grande importância, já que este é o material mais utilizado pelos professores em seus planejamentos. Por fim, consideramos que essa análise contribuiu com o objetivo do Subprojeto Física 2011 do PIBID-UFTM, ao permitir que os atuais e futuros professores de Física refletissem sobre vantagens e desafios de levar temas de Física Contemporânea para as salas de aula.

Palavras-chave: Nanociência; Livro didático; Ensino Médio.

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UTILIZANDO BLOGS PARA ENSINAR ESTATÍSTICA EM UMA ESCOLA PÚBLICA ASSISTIDA PELO PROJETO PIBID Geliaine T. Malaquias; Arlindo J. de S. Júnior; Éliton M. Moura; Débora Parreira Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente relato propõe descrever o envolvimento dos autores, membros do PIBID, na utilização de recursos de informática como ferramenta para o ensino de estatística. Desde o início, o projeto, em forma de oficina, feito para alunos do 8º ano de uma escola pública e periférica da cidade de Uberlândia, preocupou-se em desenvolver atividades que levassem em consideração as dificuldades e as condições sociais dos alunos. Primeiro, porque os alunos possuem dificuldades básicas em Matemática, trazidas desde as séries iniciais. Segundo, porque os alunos possuem, em muitos casos, um histórico familiar desestruturado, proveniente de uma cultura popular moldada, por anos, em carências significativas, da educação à saúde. Isso torna quase todas as ações de tentativa de mudança dessa realidade de grande relevância, principalmente para aqueles aos quais essas ações são destinadas. Esse cenário fez com que os autores da oficina buscassem maneiras dinâmicas, e com maiores possibilidades, para o trato dessa realidade. A partir daí pensou-se em um projeto com tecnologias, a fim de contribuir positivamente na formação dos alunos, mesmo porque se observou que o contato com as mídias digitais, principalmente o computador, é de grande defasagem nesse contexto. Como resultado, decidiu-se criar uma oficina de Educação Estatística, ramo da Matemática, que pode englobar assuntos diversos, e que, ainda, permite que o uso dos recursos digitais seja amplo e criativo. Em forma de estudo dirigido, tal oficina trouxe, primeiramente, o estudo teórico dos principais conceitos presentes na estatística, embasado numa apostila confeccionada 282


pelos pibidianos. Após essa etapa, os alunos vêm desenvolvendo, então, uma pesquisa orientada, na qual selecionaram um tema de maior interesse, à sua escolha, buscando colocar a teoria aprendida em prática, socializando essa integração em BLOGs, criados por esses alunos, com a orientação da equipe do PIBID. Para a criação destes BLOGs contamos com os dois laboratórios da escola, sendo um com sistema operacional Linux e o outro com o sistema Windows. Este último ainda possui uma lousa digital. O projeto tem o objetivo de incentivar os participantes a estudarem estatística de uma forma interessante, relacionando-a com o dia a dia, através do uso das ferramentas computacionais, num auxílio dinâmico e potencial das possibilidades de inter-relações entre a teoria e o mundo real. O intuito deste trabalho é visualizar como se encontram os diversos BLOGs confeccionados pelos estudantes e, através dessas observações, iniciar uma discussão acerca desse tipo de ferramenta no cotidiano escolar.

Palavras-chave: Informática; PIBID; Estatística.

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O POTENCIAL DA ORGANIZAÇÃO DE UMA FEIRA DE QUÍMICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Aline Resende Gomes; Joyce L. Rocha; Murilo C. D. Oliveira. Nayara P. da Silva; Andressa R. Rettondin; Gáveni B. Valeria; Carmem M.A. dos Santos; Alexandre Rosse; Adriana F. Neves Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O pensar no planejamento, na organização e na realização das feiras mostra-se contribuir imensamente para a formação inicial de professores. Neste contexto, a organização desses eventos serve como um instrumento pedagógico, contendo vários elementos de aprendizagem que normalmente não se consegue trabalhar em sala de aula. Assim, o objetivo deste trabalho é destacar as principais contribuições para o processo de formação de professores, através do planejamento, organização e realização de uma Feira de Química, que foi planejada para ocorrer nas dependências da Universidade Federal do Triângulo Mineiro/UFTM, envolvendo seis Escolas Estaduais da cidade de Uberaba/MG, contando com a participação dos bolsistas do Subprojeto de Química/PIBID/UFTM. O número máximo de estudantes e professores de Química do Ensino Médio foi limitado a 480, envolvendo os três anos do Ensino Médio. Pensando na formação de qualidade de Professores de Química, a organização da Feira de Química proporcionou o refletir de questões como: a) data, local e tempo de duração do evento; b) quais atividades (experimentos/jogos químicos) seriam aplicadas; c) o número de salas e laboratórios que iriam ser utilizados; d) o número de alunos e professores de Química do Ensino Médio participantes; e) trabalho de divulgação do evento nas Escolas. Em se tratando de atividades que envolveram experimentos químicos, levaram os bolsistas do PIBID-Química/UFTM a refletirem questões importantes como a da integridade física dos participantes, além da minimização e do descarte correto de resíduos químicos gerados. Pensando na ampliação da formação 284


inicial de professores, buscou-se uma maneira clara e objetiva de se abordar os conteúdos envolvidos nas atividades, a fim de não tornar o evento um amontoado de experiências e demonstrações que não acrescentariam nenhum benefício aos visitantes. A realização da Feira de Química permitiu o estabelecimento de uma aproximação entre os futuros professores de Química e as Escolas Públicas de Educação Básica, além de proporcionar aos alunos do Ensino Médio um momento de conhecimento de novos espaços de aprendizagem, como, por exemplo, laboratórios químicos, que são praticamente inexistentes na maioria das escolas. A Feira de Química mostrou ser uma importante ferramenta no processo de formação de professores para os membros do PIBID-Química/UFTM, abrindo um campo em direção à construção do conhecimento químico e de professores mais qualificados.

Palavras-chave: Feira de Química; Formação de professores; Ensino de Química.

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UMA EXPERIÊNCIA COLETIVA COM ROBÓTICA EDUCACIONAL NO PIBID EM UMA ESCOLA PÚBLICA Brythnner Monteiro Delfino; Gustavo Boaventura de Oliveira Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este texto traz relato de um trabalho coletivo realizado em uma escola pública de Ensino Fundamental na periferia de Uberlândia. Envolveu professores da Universidade Federal de Uberlândia, alunos do curso de Matemática e do 8º e do 9° ano do Ensino Fundamental, e professores da rede municipal. O trabalho foi desenvolvido dentro das oficinas realizadas pelo PIBID nessa escola, no primeiro semestre de 2012. Dentre as oficinas realizadas, relataremos a de Robótica Educacional, que trabalha conceitos educacionais através de robôs. Para construir os robôs foram utilizados os kits de robótica LEGO Mindstorms®, que capacitam atividades que partem desde a teoria até a prática. Dentre as montagens, destacaram-se a construção de um carro e uma montanharussa de bolas. Tais construções emergiram a fim de contextualizar a funcionalidade dos modelos originais através das réplicas, e assim ensinar aos alunos conceitos matemáticos, tecnológicos e sociais de maneira lúdica. Os conceitos estão implícitos nas montagens, e cabe ao professor, através de uma prática pedagógica, saber trabalhá-los utilizando-se das montagens e o funcionamento dos robôs. Durante as aulas buscou-se identificar as manifestações dos alunos frente ao emprego de uma nova metodologia de ensino; identificar os métodos utilizados por eles, nos trabalhos em grupo, na elaboração de estratégias de resolução de problemas e contextualização com robôs; acompanhar o processo de construção do conhecimento do aluno, a partir da utilização da metodologia de robótica educacional; e verificar a aprendizagem adquirida pelos

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alunos mediante o uso da robótica educacional e apurar as dificuldades e avanços apresentados pelos mesmos. O processo de avaliação foi contínuo e cumulativo, considerando as fases de desenvolvimento da atividade e o trabalho em equipe para se chegar a um resultado, e não apenas o que se tinha em mente. Em outras palavras, fez-se uma avaliação silenciosa dos alunos. Este trabalho pode mostrar que através de ações coletivas, pesquisa e, principalmente, vontade de ensinar e aprender, é possível desenvolver aulas que não são comuns aos alunos. Ressalta-se, ainda, o uso dessa metodologia, baseandose em autores como Barbosa, Campos, dentre outros, que discutem a importância e benefícios que a robótica pode gerar na educação. Brincar, manipular e construir robôs é resgatar o interesse por aprender, e despertar a criatividade para superar os desafios diversos, primeiramente deparados no projeto, mas que, em algum momento da vida dos alunos, pode vir a ser útil para transpor outros desafios.

Palavras-chave: Robótica educacional; LEGO; PIBID.

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A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO TEXTUAL PARA A CONTEMPORANEIDADE Liliane Cruvinel Mendonça; Marcus Garcia de Sene Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo:

A necessidade de se produzir textos bem escritos está cada vez mais presente na sociedade letrada em que se vive no Brasil. Preocupados com a enorme contingência de alunos que deixam o Ensino Médio com estas dificuldades, resolvemos elaborar um projeto, por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), no qual pudéssemos atenuar os problemas dos alunos do segundo ano do Ensino Médio de uma das escolas da rede pública estadual em Uberaba, na qual os licenciandos bolsistas do subprojeto Letras-Português desenvolvem as suas atividades. Embasados em KOCH e ELIAS (2011), GERALDI (1984) e MARCUSCHI (2001), iniciamos os trabalhos com a apresentação da importância de se saber produzir um texto coeso. O objetivo do trabalho está em promover a leitura e produção de qualquer gênero textual e atenuar todo e qualquer desvio frequente dos alunos nas suas produções textuais, no que se refere aos aspectos constitutivos de uma boa produção escrita. Para isso, selecionamos temas de propostas de produção textual, de tal forma que levassem os alunos a se sentirem mais confiantes ao escreverem suas próprias redações, trabalhando também com a leitura de textos, que subsidiariam estas produções. Todo esse trabalho veio a calhar com a necessidade de a professora ensinar alguns gêneros textuais aos alunos e à carência de conhecimento e prática nessa produção por boa parte deles. Inicialmente, corrigimos duas produções que os alunos já haviam feito anteriormente como um trabalho individual (uma crônica e uma autobiografia). Os textos foram devolvidos aos alunos e foi-lhes pedido que reescrevessem somente a crônica, visto que o trabalho com a autobiografia era apenas descritivo. 288


Fizemos, coletivamente, comentários sobre as produções textuais de maneira geral. Foram comentados os erros mais frequentes. Novamente os textos dos alunos foram corrigidos, sendo que pouca melhora foi notada em suas produções. Para tentar amenizar estas dificuldades, preparamos uma aula sobre a produção textual de uma narrativa, e entregamos aos alunos um material para que pudessem acompanhar a explicação. Em seguida, aplicamos uma proposta de narração para ser elaborada em sala de aula. Só então notamos uma significativa melhora nas produções. Percebemos, também, que a dificuldade encontrada naquela sala é a mesma encontrada em outras séries. Assim, foi proposta a realização de uma oficina extraclasse, para os alunos que estiverem interessados.

Palavras-chave: Redação; PIBID; Atenuação.

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UMA PROPOSTA DE ESTUDO DO MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO E A UTILIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS VIRTUAIS NO ENSINO DE FÍSICA DO NÍVEL MÉDIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Caio Philip Maciel Tesch; César Augusto Silva Cardoso Assis; Clayson Alcides; Eder José do Carmo Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A atuação do PIBID Física UFTM nas escolas estaduais de Uberaba−MG consiste na confecção de kits experimentais, plantões de monitoria, aulas de reforço, dentre outras atividades que visam facilitar o aprendizado da disciplina. No presente trabalho, especificamente, faremos um apanhado geral da experiência do dia a dia da sala de aula e um relato de duas atividades desenvolvidas nas escolas. O objetivo da primeira atividade era propor uma alternativa para o estudo do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, a partir de uma montagem experimental confeccionada com materiais de relativo baixo custo para o uso na Educação Básica. Para isso, os alunos bolsistas elaboraram um roteiro fundamentado por conceitos de Mecânica, presentes em diversos livros didáticos indicados pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). A metodologia utilizada consiste em acelerar um móvel (carrinho) situado sobre uma superfície plana, através de um fio com massas suspensas e registrar o deslocamento em função do tempo. A atividade foi apresentada na Feira de Ciências da E. E. Nossa Senhora da Abadia, juntamente com os projetos dos alunos. Já a segunda atividade, desenvolvida na E. E. Corina de Oliveira, objetivou a reutilização do laboratório de informática da escola, de modo que os alunos pudessem aprender Física a partir de experimentos virtuais encontrados em diversas plataformas on-line. A atividade teve embasamento de artigos e discussões a respeito das abordagens atuais de

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Ensino de Física. Os alunos foram levados ao laboratório e apresentados ao projeto PhET (Physics Education Technology), da Universidade do Colorado. Trata-se de uma plataforma on-line que provê mais de 70 milhões de simulações de experimentos das diversas áreas do conhecimento, tais como Física, Química, Biologia, Ciências da Terra e Matemática. Então, sob a supervisão e orientação dos pibidianos, os alunos puderam manusear os experimentos virtuais de Física relacionados ao conteúdo estudado. Concluímos que a elaboração dessas atividades práticas poderá fomentar o interesse por trabalhar a física experimental em sala de aula no Ensino Médio, bem como o interesse pela investigação científica, a construção de gráficos e análise de resultados.

Palavras-chave: Movimento Retilíneo Uniformemente Variado; Experimentos virtuais; Física experimental.

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APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS PARA ENSINO DE BIOLOGIA Angelo Antônio Franzoi Ardengui Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: A elaboração de diferentes tipos de materiais didáticos relacionados aos diversos assuntos do Ensino Básico permite a realização de atividades dinâmicas que sintetizam e evidenciam conceitos científicos, permitindo maior abstração dos conteúdos. O objetivo do presente trabalho foi verificar a eficiência da elaboração e aplicação do vídeo como material didático no ensino da Biologia. A atividade, que aconteceu no contra turno das aulas, foi proposta pelos monitores PIBID-BIOLOGIA-UFTM aos alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Santa Terezinha. A metodologia do projeto envolve a utilização do espaço social dos alunos, tanto no ambiente escolar, quanto fora da escola, e usufrui de encontros fora do horário escolar com os grupos formados para o desenvolvimento das atividades. Inicialmente, alguns encontros aconteceram para explicação da atividade e desenvolvimento dos conteúdos teóricos. Posteriormente, os alunos se reuniam em grupos de 4 a 5 alunos para a organização e confecção de seus vídeos e determinados temas. Os temas escolhidos foram: efeito estufa e ciclos biogeoquímicos (com maior foco no ciclo da água e do carbono), sustentabilidade, sexualidade, zoologia, entre outros. Os alunos interpretaram personagens, como jornalistas, biólogos e outros profissionais especializados e elaboraram pequenos vídeos com enfoques bastante diferenciados (debate, telejornal, reportagem, etc.). Os vídeos foram socializados, primeiro apenas para o grupo participante da atividade e, em seguida, para toda a comunidade escolar – esse foi momento importante para os alunos explicitarem suas habilidades e seus conhecimentos e também para 292


estimular a realização de outras atividades lúdicas que estimulem o conhecimento e o aprendizado. Os professores perceberam o interesse dos alunos participantes, pois foram questionados diversas vezes sobre os temas para que pudessem elaborar os vídeos. O resultado foi positivo, pois aumentou o interesse dos discentes, houve aproximação dos conteúdos à realidade dos alunos e a comunidade escolar teve acesso a todos os vídeos elaborados, o que também possibilitou aquisição de conhecimentos.

Palavras chave: Lúdico; Vídeo; Ferramenta didática.

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MEDINDO A VELOCIDADE ANGULAR DA TERRA ATRAVÉS DA REFLEXÃO DA LUZ SOLAR EM UM ESPELHO PLANO Jamili de Paula Neves; Geraldo C. M. Neto; José F. Condeles; Cleiton Gonçalves Pedroso; Flávia Vieira Pereira; Kelly Cristina Cruz da Silva; Marlon Jean Ball Claro Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: No Ensino Médio, podemos notar um enorme interesse e admiração dos alunos pela área da Astronomia. Com o propósito de inserir novas formas de aprendizado e fomentar o interesse pela ciência exata, como parte do programa PIBID-Física/UFTM, optamos por pesquisar uma maneira simples de determinar a velocidade angular da Terra. Foram realizadas adaptações em uma experimentação já conhecida, para desenvolvermos uma maneira fácil e divertida de estudar e demonstrar o movimento aparente do sol, a partir da reflexão de sua luz em um espelho plano. Com o uso de um espelho plano, uma régua, fita adesiva, relógio ou cronômetro e na presença da luz solar, foi possível desenvolver a referida experimentação. A montagem foi realizada com materiais de relativo baixo custo e de fácil acesso, e acompanhada de um roteiro de possíveis indagações para a abordagem do aluno durante a aula. Foi possível calcular a velocidade angular da Terra através da reflexão da luz solar em um espelho plano, fazendo uso de conhecimentos teóricos relativamente simples e compatíveis com o nível de ensino dos alunos abordados, e sendo facilmente praticável por professores que se interessem pela adoção da prática experimental em sua aula. Toda a teoria será apresentada neste trabalho, com maiores detalhes, bem como os resultados adquiridos com o estudo da abordagem do aluno em sala de aula. Podemos 294


concluir que o experimento é de grande valia tanto para fomentar o interesse pela Astronomia, tendo em vista o cálculo da velocidade angular da Terra, quanto para mostrar as vantagens de trabalhar com materiais de relativo baixo custo e fácil acesso, dependendo somente de um pouco de criatividade, despertando a curiosidade dos alunos e construindo o conhecimento de forma significativa. Palavras-chave: Velocidade angular; Reflexão; Matemática; Terra e Sol.

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LITERAFRO Murilo Cândido Vitorino Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O Subprojeto do PIBID “História e Cultura Afro-brasileira” auxilia seus alunos bolsistas a trabalharem com projetos que envolvem temas de cunho obrigatório contidos na Lei 10. 639/03, que visa o conhecimento e o aprendizado dentro do ambiente escolar sobre a história africana e afro-brasileira. No ano de 2011, foi realizado na escola municipal Dr. Gladsen Guerra de Rezende o projeto Literafro, que teve como objetivo trabalhar com grupos de alunos a temática africana e afro-brasileira através da leitura e interpretação de textos de livros infantis, que possibilitou o conhecimento de grandes personalidades da nossa história. O subprojeto foi realizado em um espaço oferecido pela escola aos bolsistas do PIBID, que contou com a participação dos alunos inscritos no início do semestre, divididos em grupos de cinco pessoas hora/aula (duração 50 minutos). Essa atividade de leitura abriu espaço para que os sujeitos envolvidos discutissem temas contidos dentro da sua própria realidade, que envolvia a religiosidade, o folclore, o preconceito e tolerância às diferenças existentes dentro da escola. Além dos livros foram utilizados DVDs e mapas pertencentes ao material didático “A Cor da Cultura”, um kit com ilustrações e imagens do Brasil e da África para melhor visualização e compreensão dos alunos. Todo material utilizado na execução das atividades do projeto permanecem disponíveis para empréstimo, na biblioteca da escola e na sala do PIBID, para apreciação e usufruto dos alunos e professores. Como resultado da pesquisa e da leitura sobre a história e cultura afrobrasileira, os alunos envolvidos no projeto Literafro, que passaram pelo processo de conhecimento e discussão sobre a influência negra na história e construção do Brasil, 296


tornaram-se mais compreensivos e tolerantes às questões raciais e às diferenças culturais presentes no ambiente escolar.

Palavras-Chave: África; Literatura; Lei 10.639/03.

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O USO DE ANÁFORAS INDIRETAS EM TEXTOS ESCOLARES Marcelo Alexandre Teodoro; Francini Mello Bento de Senne Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência foi desenvolvido pelo MEC, e é gerenciado pela CAPES, como incentivo à formação de professores para a educação básica e a elevação da qualidade da escola pública. Com esse projeto, os alunos dos cursos de licenciatura são inseridos no contexto escolar, participando do cotidiano escolar com o intuito de aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem. Na UFTM, o PIBID se encontra em sua segunda edição; o subprojeto de língua portuguesa “A produção escrita no contexto escolar” tem como objetivo trabalhar a produção textual junto a alunos do Ensino Médio, atuando na E.E Minas Gerais e E.E. Quintiliano Jardim, a fim de desenvolver nos alunos as competências avaliadas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Este artigo propõe investigar o uso das anáforas indiretas na produção escrita do texto escolar, pois notamos nos textos produzidos pelos alunos uma grande dificuldade em realizar atos de referenciação, prejudicando a estrutura dos textos. O corpus desse trabalho constitui-se de textos escolares coletados do primeiro e segundo lotes do banco de dados, criados a partir das oficinas de redação oferecidas pelo projeto PIBID, na Escola Estadual Quintiliano Jardim. Nossas reflexões se norteiam pelos pressupostos teóricos que estudam a língua sob o ponto de vista sóciocognitivo-interacional segundo os autores Koch, Marcuschi, Mussalim, dentre outros.

Palavras-chave: Ensino da escrita; Referenciação; Anáfora indireta. 298


A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR LITERATURA INFANTIL NA ESCOLA Gasparina Ferreira Lima de Souza; Leila Cristina Pereira Magalhães; Rita de Cássia Castro Vidal; Vanda Silva Costa Universidade Federal do Tocantins (UFT) Resumo: Este trabalho contempla uma visão sobre a importância da literatura infantil na escola, em que se discute a relevância dos contos infantis na formação de leitores, bem como no desenvolvimento social, cognitivo e afetivo. Para tal discussão, travou-se um embate teórico-prático que envolveu pesquisa bibliográfica e de campo. Para se discutir sobre as funções da literatura infantil na escola e a arte de contar histórias, evocamos Abramovich (1997), Cademartori (2010), Coelho (2001), Sosa (1985) e Zilberman (2003), e quanto à pesquisa de campo, foi realizada uma entrevista com professores da Escola Municipal Walfredo Campos Maia, situada na cidade de Tocantinópolis, sendo esta um dos campos de atuação das bolsistas do PIBID, cujos objetivos eram identificar como a escola trabalha com a literatura, quais as metodologias, os procedimentos, as histórias infantis mais utilizadas, como é feita a exploração e qual sua finalidade dentro da sala de aula, ou seja, suas práticas docentes. Assim, diante das informações coletadas na análise da referida pesquisa, esta nos trouxe elementos que contribuíram para identificarmos a relação entre escola, literatura infantil e formação de leitores de maneira mais clara e menos preconceituosa do trabalho com literatura infantil na escola, desta forma propiciando uma imagem mais aproximada do real, posto que, com isso, percebemos que o trabalho com literatura não é algo ingênuo, possui intencionalidade mesmo que algumas ações realizadas não sejam compreendidas em relação ao enlace teórico-prático. Palavras-chave: Educação; Literatura infantil; Formação de leitores. 299


A UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO COM O ARCO DE MAGUEREZ NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM DO SONHO E CIDADANIA Ana Paula R. de A. Oliveira; Premma Hary R. Moura; Elaine Marques dos Santos Universidade Federal do Tocantins (UFT) Resumo: As atividades desenvolvidas pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), durante o segundo semestre de 2011, em Porto Nacional−TO, utilizou-se a metodologia da problematização através do Arco de Maguerez, para a abordagem do tema “Cidadania, sonho e ação política”. Este teve como temática central “Sonho”, que foi trabalhada em relação às expectativas pessoais e profissionais dos alunos participantes do Programa. O trabalho ocorreu de forma interdisciplinar, desde o planejamento até a aplicação e desenvolvimento das atividades, através da composição de grupos interdisciplinares constituídos por bolsistas de quatro graduações: Biologia, Letras, Geografia e História. A metodologia da problematização através do arco de Maguerez parte da realidade dos alunos para lhes apresentar uma situação-problema, seguida de hipóteses de solução antes da teorização, hipóteses após a teorização, terminando com a compreensão, aplicação e reconstrução da realidade. Segundo HENGUMUHLE(2004), o processo tem sua origem na realidade e, no final, volta à realidade. Nesta perspectiva, o professor leva os alunos a observarem a realidade, apresentando uma ou mais situações-problemas que eles sejam capazes de compreender, analisar e interferir na realidade. Neste trabalho discutimos a utilização da metodologia da problematização através das etapas do arco de Maguerez, numa oficina realizada no PIBID, cujo objetivo era orientar o exercício da cidadania através da educação para a realização dos sonhos.

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A oficina em questão foi desenvolvida em duas partes; na primeira, diagnosticamos a situação-problema por meio do levantamento de conhecimento prévio, e, em seguida, foi apresentada a teorização. Depois os alunos pesquisaram no bairro em que moram os problemas a respeito dos temas: educação, saúde, segurança, cultura e lazer. Trabalhamos, a seguir, a quinta etapa, na qual os alunos apresentaram resultados das pesquisas em relação aos temas sociais citados acima. Com a aplicação da atividade, percebemos o interesse dos alunos em relação aos problemas vivenciados em sua realidade. Os alunos foram instigados a escrever documentos para os órgãos públicos competentes para a reivindicação de melhorias sociais para o bairro. Eles afirmaram que nunca tinham passado por essa experiência de reivindicarem seus direitos de cidadãos. A partir desse trabalho, os alunos da escola campo passaram a ter consciência de que podem reivindicar seus direitos, exercendo sua cidadania e agindo coletivamente.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade; Cidadania; Profissão.

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OFICINAS DE EDUCAÇÃO SEXUAL – UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID BIOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Bruno Rafael Santos de Cerqueira, Bianca Hipólito de Oliveira, Priscila Adriana Rossi Universidade Federal de São Carlos – campus São Carlos (UFSCAR) Resumo: A escola é apontada como um ambiente propício para a abordagem da sexualidade, sendo de extrema importância que o tema seja incluso no currículo escolar, pois dessa forma é possível, a partir da interação com os jovens, contribuir para a construção de sua identidade, como apontado pelos parâmetros curriculares nacionais de orientação sexual. A elaboração do programa de educação sexual do PIBID Biologia UFSCar aconteceu a partir de um levantamento prévio das áreas da sexualidade, que deveriam ser priorizadas em uma escola pública do interior de São Paulo e conveniadas ao PIBID; assim, o foco das oficinas foi autoestima, preconceito e métodos contraceptivos. Foram selecionadas atividades que se adequassem aos assuntos, prezando pela praticidade e fácil reprodução pelo docente. O kit composto por cinco encontros foi aplicado a partir de uma parceria entre a professora de Biologia de três classes do primeiro ano do Ensino Médio e um grupo de bolsistas.

As oficinas têm como

objetivos: promover a reflexão dos alunos em torno de temas ligados à sexualidade, permitir o autoconhecimento e ressaltar a importância do mesmo no exercício pleno da sexualidade, desmistificar alguns conceitos errôneos em relação ao tema e presentes no ambiente escolar, de forma a contribuir para atitudes conscientes e responsáveis. A partir das atividades e observações iniciais, foi possível identificar as características e as demandas de cada sala, adequando o projeto de acordo com as necessidades.

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As atividades e decisões em torno do encaminhamento do programa foi uma construção coletiva com os discentes e atendiam às suas dúvidas e sugestões, além de se adequarem às propostas do Projeto Vale Sonhar, sugerido pela Diretoria Regional de Ensino. Os dados obtidos a partir das atividades mostram, mesmo que superficialmente, o quão culturalmente os alunos estão inseridos em um contexto que envolve preconceitos e falta de informações adequadas. As oficinas de educação sexual contribuíram para a formação e aprofundamento dos bolsistas e da professora da classe em relação ao assunto, produção de um material didático que poderá ser reaplicado pelas escolas conveniadas ao PIBID, além do levantamento da percepção dos alunos em relação ao tema. Todos esses fatores vêm reafirmar a importância do Programa de Bolsas de iniciação à docência na formação de futuros professores.

Palavras-chave: Educação sexual; Sexualidade; PIBID.

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REFLEXÃO DOS ESTUDANTES SOBRE TEMAS AMBIENTAIS – EXPERIÊNCIAS DO PIBID BIOLOGIA Cariny Helena de Mendonça Pinto; Ana Paula das Graças Ferreira; Fernanda P. Passos; Luciana Resende Allain Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: O PIBID Biologia juntamente com o PIBID Ciências da Unifal−MG promoveram uma feira de ciências realizada em uma escola pública no município de Alfenas, onde foi abordada a temática Meio Ambiente. Foram planejadas duas oficinas: uma foi intitulada Teia, e objetivou problematizar a relação de interdependência e integração entre os seres vivos. Inicialmente foi feita uma sondagem sobre o conhecimento dos alunos em relação à cadeia e teia alimentar e ecossistema. Organizados em círculo, os alunos receberam um crachá com o nome de um ser vivo. Assim, com os alunos representando os componentes das cadeias alimentares, a teia começou a se formar por meio de barbante que os alunos seguraram interligando os produtores, consumidores primários e secundários. Terminada a simulação, um aluno do Ensino Médio fez uma discussão sobre a importância do equilíbrio ecológico no ecossistema, mostrando que a ausência de um nível trófico pode desestruturá-lo. A outra oficina, intitulada Nosso lixo de cada dia, buscou relacionar os padrões de consumo ao estilo de vida e tipos de lixo gerados. Os alunos iniciaram com um jogo da memória, utilizando cartões com figuras de objetos de diferentes materiais, como papel, plástico ou metal e um quadro identificando suas matérias-primas. Questionamos se os participantes sabiam qual matéria-prima foi utilizada na fabricação do objeto do cartão e em seguida os participantes deveriam colar o cartão no quadro, de acordo com a composição do material.

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Na sequência, perguntamos se eles sabiam quanto tempo o objeto levava para se degradar no meio ambiente. Obtendo a resposta ou não, os alunos abordaram conceitos como produção de lixo excessivo, consumismo exagerado, tempo de degradação dos objetos e descarte de lixo na natureza. Também, por um cálculo matemático, eles problematizaram a quantidade de lixo que cada indivíduo produzia. Apontamos, através de quadros, dados estatísticos de produção de lixo por habitante, dimensionando o prejuízo que o excesso de lixo causa no meio ambiente. Por meio das oficinas relatadas, em especial quando convidados a dimensionar a quantidade de lixo produzida individualmente na família e na cidade inteira, pudemos perceber que os alunos tiveram a oportunidade de refletir sobre seus valores e atitudes, em direção a posturas ambientalmente responsáveis.

Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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ESCRITA E ORALIDADE – TRABALHANDO O PROJETO RÁDIO-ESCOLA Caio César da C. Ferreira; Sandra Eleutério C. Martins; Mônica Aparecida de O. Cruz Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Sabe-se que a linguagem humana hoje é estudada não apenas por sua finalidade comunicativa, pois o ato da comunicação está associado a algo mais específico da língua. Pensando nisso, o projeto Rádio-Escola foi reestruturado pelo professor de língua portuguesa em parceria com os estagiários do PIBID, em uma escola estadual de Uberaba, oferecendo alguns cursos de capacitação aos estudantes que puderam compreender a importância de um texto ser bem escrito, seguindo as formalidades da língua portuguesa. Segundo Koch (2010), o texto é um evento sociocomunicativo, que ganha existência dentro de um processo interacional. Todo texto é resultado de uma coprodução entre interlocutores: o que distingue o texto escrito do falado é a forma como tal produção se realiza. Seguindo este parâmetro, foram encontradas algumas dificuldades dos alunos no momento de transformar o texto bem escrito para um bem falado, lembrando que, no texto escrito, a coprodução se resume à consideração daquele para quem se escreve, não havendo participação direta e ativa deste na elaboração linguística do texto, em função do distanciamento entre escritor e leitor. Já o texto falado emerge no próprio momento da interação. É o próprio rascunho, por estarem os interlocutores copresentes refletindo na materialidade linguística por marcas da produção verbal conjunta. Pereira (1984) caracteriza diferenças fundamentais entre a fala e a escrita, em cinco aspectos distintos: físico, situacional, funcional, na forma e na estrutura gramatical. Considerando que o público-alvo da Rádio-Escola são adolescentes, o objetivo deste trabalho é fazer com que os alunos percebam que há formas de transformar um 306


texto formal numa linguagem jovem e adequada aos requisitos do “bem falar” a língua portuguesa, sem, contudo, ser vulgar. Assim, sob orientação dos alunos do PIBID, muitas reescritas de textos serão desenvolvidas e o texto final será veiculado na RádioEscola para toda a comunidade. Dessa forma, a comunicação não será utilizada somente com a finalidade do conhecimento, mas, principalmente, como um rico instrumento capaz de promover a interação entre as pessoas.

Palavras-chave: Rádio-Escola; Comunicação; Interação.

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CAMPO ELÉTRICO: ABORDAGEM NO ENSINO MÉDIO André Luiz M. Freitas; Aennder Ferreira de Sousa; Danielle Beatriz de S. Borges; José Fernando Condeles; Antônio Alberto; Maria Juliana Peron Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo O conceito de campo elétrico, quando abordado no Ensino Médio, é de difícil compreensão quando restrito somente às aulas teóricas. Assim, o uso de aparatos experimentais torna-se um método interessante para a compreensão deste conceito. O objetivo do trabalho é desenvolver um método didático-experimental, voltado ao Ensino Médio e usando materiais de baixo custo, como forma de estimular a experimentação em sala de aula para esse tópico considerado demasiadamente abstrato. A metodologia usada pelos autores deste projeto e integrantes do PIBID-UFTM consistiu em usar acessórios experimentais com relativo baixo custo, em substituição aos equipamentos tradicionais comumente usados na referida prática. Os alunos bolsistas se empenharam na busca de materiais que possibilitassem a montagem da atividade na escola, pelo fato de esta não possuir um laboratório efetivo de Ciências. Logo após o levantamento dos materiais, os pibidianos aplicaram o experimento nas turmas de 3º ano, utilizando as aulas em horário normal para garantir a participação de todos os alunos na atividade. Deste modo, foram usados: i) um carregador de celular, com tensão de saída de 9,0 volts, em substituição às tradicionais fontes de tensão de corrente contínua; ii) eletrodos construídos com o uso de moedas; iii) um multímetro digital de relativo baixo custo; iv) fios condutores, e v) solução salina (H2O). Como resultado, foi possível traçar as linhas equipotenciais e, a partir destas, obtivemos as linhas de campo elétrico entre os eletrodos metálicos. Através da realização da atividade experimental, foi perceptível que a utilização de uma abordagem alternativa no ensino tradicional gerou grande motivação aos alunos, e tal resposta pode

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contribuir muito no processo de aprendizagem, uma vez que o conteúdo em questão se destaca pelo seu nível de abstração. Neste sentido, a experimentação se confirma como um objeto de aprendizagem viável ao ensino. O experimento foi desenvolvido na Escola Estadual Profª Corina de Oliveira e os resultados da abordagem são apresentados neste trabalho. Em síntese, concluímos que a montagem alternativa apresentada contribuiu para o entendimento do conceito de campo elétrico, com reais possibilidades de uso no Ensino Médio, devido ao relativo baixo custo de montagem dos equipamentos.

Palavras-chave: Atividade experimental; Mapeamento de campo elétrico; Superfícies equipotenciais.

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ANÁLISE DE UMA FEIRA DE CIÊNCIA COMO METODOLOGIA PARA O ENSINO DE FÍSICA Anderson dos Santos; Phelipe de Almeida Piva; Artur Justiniano Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL)

Resumo: Durante o estágio de adaptação dos alunos bolsistas do PIBID na escola, observamos a falta de recursos ofertados aos professores de Ensino Médio da rede estadual, fatores que atenuam a dificuldade de trabalhar os conceitos de Física, desde a exposição teórica até as demonstrações práticas. Esta problemática resulta do pequeno número de aulas e a falta de estrutura nas escolas, o que contribui para as dificuldades vivenciadas pelos alunos. Neste contexto, foi gerada uma discussão, sobre o que fazer para melhorar a situação encontrada. No intuito de trazer à tona uma maior interatividade dos alunos com o conteúdo ministrado em aula, levantou-se a possibilidade de fazer um trabalho expositivo, podendo assim desmistificar que a Física é um conjunto de fórmulas matemáticas ou uma disciplina sem utilidade e aplicabilidade. Na expectativa de despertar o interesse e ao mesmo tempo atrair a família para a realidade e convívio escolar, o projeto idealizado em conjunto com outras disciplinas (Química e Biologia) foi uma feira de ciência, por meio da qual, propiciamos um ambiente interessante para o ensino e tentamos a referida aproximação com a família, já que a feira de ciência é uma excelente oportunidade de interação da escola com a comunidade. A realização consistiu na divisão das salas em pequenos grupos para discutir suas dificuldades e desenvolver as atividades que lhes cabiam, sendo que os assuntos abordados surgiram do próprio interesse dos alunos por conteúdos outrora vistos em sala de aula.

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Aos integrantes do PIBID coube a tarefa básica de acompanhar e auxiliar na execução das atividades, com a preocupação de que os alunos pudessem colocar em prática o que só tinham visto teoricamente; foi estabelecido, ainda, o objetivo de desenvolver a autonomia dos alunos, ou seja, nossa função foi estar presente apenas para mediar o desenvolvimento do evento, que teve uma identidade muito própria do público escolar. Procuramos avaliá-los, pedindo um relatório onde pudessem demonstrar a compreensão do que eles mesmos promoveram, e, assim, termos um retorno sobre a efetividade ou não da feira. O envolvimento do público escolar com essa atividade foi muito satisfatório, até pelo fato de considerarmos que essa experiência foi inusitada na escola parceira, levando-nos a concluir que esse tipo de evento acrescenta positivamente no processo de ensino-aprendizagem e na interação do ambiente escolar; além disso, a própria participação da comunidade na escola, é algo que pode melhorar através de novos eventos.

Palavras-chave: Ensino de Física; Feira de Ciência; Socialização; Comunidade.

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AS POTENCIALIDADES DO JORNAL ESCOLAR NO ENSINO DE LINGUAGEM Ana Esther R. de Camargo; Filipe Guilherme Lemos; Ana Cecília Fernandez dos Santos Universidade Federal de São Carlos (UFSCar/CAPES) Resumo: Este trabalho tem por finalidade apresentar os resultados iniciais de um projeto em desenvolvimento no âmbito do PIBID-UFSCar – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – área de Letras, relacionado às potencialidades do jornal escolar no ensino-aprendizagem de línguas e linguagem. Sendo assim, elencamos como eixos teóricos os pressupostos que abordam a linguagem enquanto prática social (STREET, 2007); a noção de gênero proposta por Swales (1990), que enfatiza o propósito comunicativo na escolha e uso de diferentes gêneros; e, finalmente, a noção de letramento que “tem como objeto de conhecimento os aspectos e os impactos sociais do uso da língua escrita” (KLEIMAN, 2007). O desdobramento do projeto se dá a partir da oferta de oficinas, ministradas por bolsistas PIBID, que visam o desenvolvimento de habilidades redacionais e editoriais envolvidas na elaboração e difusão do jornal escolar em duas escolas públicas do interior paulista. Dentre as inúmeras diferenças entre as escolas, ressaltamos as que se fazem pertinentes aos objetivos da proposta: o modo como as equipes do jornal escolar, em suas respectivas instituições, estavam organizadas anteriormente ao projeto; uma já experiente enquanto equipe e produção do jornal, e a outra em processo de formação. Foram realizadas visitas à redação de um jornal de grande circulação nacional – também pensada e organizada pelos bolsistas PIBID – com o propósito de estimular o interesse dos alunos e seu engajamento no projeto de configuração dos respectivos jornais escolares, buscando, dessa forma, a emergência e manutenção de uma cultura comunicacional no âmbito escolar. 312


Como resultados iniciais, percebemos a necessidade de uma reflexão sobre uma metodologia que possa ser desenvolvida diante das situações que nos deparamos devido à especificidade do projeto, e também a conclusão dos próprios alunos de que o jornal não correspondia às expectativas da comunidade escolar. Partimos do pressuposto de que este meio de comunicação, o jornal, por contemplar diversos gêneros, possibilita práticas de letramento (STREET, 2007), favorecendo um ensino mais significativo da língua.

Palavra-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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A LEITURA E A ESCRITA NO PROCESSO DE ENSINOAPRENDIZAGEM Tereza Raquel F. N.; Dione M. L. Figueiredo; Juliana da Costa; Talita Q. Serejo Centro Universitário Votuporanga (UNIFEV) Resumo: O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) é o meio pelo qual os alunos de licenciatura de Pedagogia oferecem em duas escolas da rede municipal de educação da região noroeste do estado de São Paulo, apoio pedagógico com acompanhamento do desenvolvimento do aluno em atividades de alfabetização: leitura e escrita. Os alunos envolvidos neste projeto têm como objetivo levar até as escolas materiais pedagógicos e atividades de alfabetização que auxiliem no desenvolvimento do aluno em suas maiores dificuldades. Para a confecção dos materiais é oferecido o apoio da supervisora da área, onde podemos utilizar de recursos já pré-estabelecidos por meio de um planejamento realizado junto com o coordenador. A aplicação na escola (campo de pesquisa) acontece após o planejamento dos objetivos, e em cada fase deste projeto é desenvolvido as ações com os alunos que apresentam defasagem de aprendizagem em leitura e escrita. O projeto de alfabetização dessas crianças busca desenvolver habilidades de leitura, escrita, e interpretação de textos por meio de parlendas, fábulas, quadrinhas e materiais didáticos, como alfabeto móvel e outros. Para alcançar os objetivos realizaram-se três etapas fundamentais. A primeira foi a sondagem do aluno, momento em que analisamos as dificuldades sobre o processo de ensino e suas lacunas. A segunda foi o desenvolvimento de um plano com as atividades que poderíamos aplicar e, por último, foi o momento da aplicação das atividades planejadas. Os pressupostos teóricos que fundamentam o processo de ensino-aprendizagem como, por exemplo, Emílio Ferreiro e Piaget, além da leitura e da escrita, foram pensados a 314


partir das dificuldades que os alunos apresentavam e, assim, adequá-las às intervenções pedagógicas para o avanço das crianças. Depois de realizadas as etapas, foi realizado um relatório, indicando os avanços e dificuldades dos alunos. Para a realização e aplicação, provocamos conflitos cognitivos adequados ao nível de desenvolvimento conceitual, acolhemos as hipóteses que as crianças criaram sobre a leitura e a escrita, fortalecendo sua autonomia na arte de ler e escrever. Portanto, podemos destacar que o papel fundamental do PIBID é aproximar a universidade da escola pública, e proporcionar a nós, bolsistas, experiência na docência e provocar na escola campo da pesquisa o repensar sobre a prática pedagógica cotidiana.

Palavras chaves: PIBID; Leitura e Ensino-aprendizagem.

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O ARTIGO DE OPINIÃO NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE LÍNGUA PORTUGUESA Érika Fernanda Caixeta Moreira; Sabrina Souza Rodrigues; Mônica Cruz Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O trabalho realizado por nós, nas atividades desenvolvidas no PIBID-Português da UFTM, em uma turma de segundo ano do Ensino Médio de uma escola pública de Uberaba, tem como base o artigo de opinião e o nosso objetivo é fornecer aos alunos subsídios teóricos e práticos para a produção desse gênero textual, com vistas a sua participação na Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa. Primeiramente, o trabalho foi com a diferenciação dos gêneros e tipos textuais, para que os alunos conhecessem melhor sobre o gênero textual que seria produzido, o artigo de opinião. A base de um artigo de opinião são os argumentos, portanto, é necessário que os alunos conheçam os tipos de argumentos, bem como os operadores argumentativos que os articulam adequadamente, na definição de uma direção argumentativa. Para isso, ajudamos a professora, preparando e ministrando aulas sobre o assunto, com base em Ducrot (1987), Koch (2001) e Guimarães (2002). Além disso, utilizamos o material disponibilizado aos professores que inscrevem suas escolas na Olimpíada, tais como as revistas que explicam sobre a competição, o que não pode faltar nos textos, quais são os critérios utilizados para avaliá-los e, o que mais nos chama a atenção, quais os descritores que devem ser trabalhados no texto, pois o foco do nosso subprojeto Letras-Português do PIBID-UFTM são os descritores. Considerando que o tema da Olimpíada é “O lugar em que vivo”, foi necessário um levantamento sobre os maiores problemas enfrentados pela população da cidade de Uberaba.

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Em seguida, os alunos realizaram uma pesquisa sobre essas questões, para que pudessem definir o seu ponto de vista. Para elaborar os argumentos, os alunos realizaram debates, jogos, e diversas discussões. Só depois é que os alunos passaram a produzir seus textos, num trabalho em que praticaram não só a escrita, mas, principalmente, a reescrita de textos. Finalmente, escolhemos o texto que achamos que contemplasse as características necessárias para a Olimpíada. Os alunos estiveram muito empenhados o tempo todo, e isso nos deixou realizadas. Além disso, a qualidade das produções escritas dos alunos melhorou significativamente, tanto no que se refere ao gênero artigo de opinião, como à adequação à norma culta, coesão e coerências textuais.

Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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A RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO E SUA IMPORTÂNCIA PARA O APRENDIZADO Diego Montanini Cardeal Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: O PIBID de Ciências Sociais da UNIFAL/MG possibilita estabelecermos um maior contato com o cotidiano escolar e a realidade vivenciada pelos professores da rede pública de ensino. Realizamos as atividades em duas escolas, uma central e outra periférica, coletando informações e análises fundamentais para o desenvolvimento da prática docente. Acompanhamos as aulas de Sociologia e de algumas outras disciplinas de turmas específicas, pois nosso objetivo é observar as diferentes maneiras de se desenvolver uma aula e também analisar a relação aluno-professor na turma, em diferentes disciplinas. À medida que fui me aprofundando nos acompanhamentos das aulas e também nos estudos teóricos, notei com mais atenção a importância existente na relação entre professor e aluno. O presente estudo foi embasado principalmente na teoria do sociólogo francês François Dubet (1997), que enfatiza a importância de se criar uma boa relação com os alunos, pois eles são sensíveis ao fato de lhes tratarmos como pessoas, chamá-los pelo nome e criar de fato uma relação amigável, o que torna possível que o professor desenvolva seu trabalho e que os alunos tenham um melhor aprendizado e compreensão do conteúdo. Observei a prática docente de três professores e como ambos buscavam de formas diferentes se relacionarem com os mesmos alunos. Atentei-me ao meu ponto chave, que seria o interesse e a atenção dada pelos professores aos alunos. Em algumas aulas, observei como uma turma considerada indisciplinada conseguia realizar com êxito suas atividades e compromissos, uma vez que a relação entre professor e aluno era mais amigável, sem deixar de lado o respeito entre ambos. 318


O professor consegue, de forma amigável, cobrar os alunos menos aplicados e elogiar os que se dedicam, deixando explícito a todos que se interessa pelo êxito de cada um. Além disso, conhecia todos pelo nome e quando solicitado atende os alunos em suas próprias carteiras quantas vezes for preciso. Tomando como base estes exemplos e a teoria de Dubet (1997), começamos a realizar determinadas atividades em sala, priorizando a construção de uma relação amigável com os alunos, demonstrando nosso interesse pela sua aprendizagem e seu sucesso não só na escola, mas na vida. Portanto, notamos que, ao tratar os alunos como pessoas próximas, tornamos o convívio em sala muito mais harmonioso, e o mais importante: elevamos o nível de aprendizado dos alunos.

Palavras chave: Relação professor/aluno; Aprendizado; Prática docente.

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QUESTIONAMENTOS SOBRE OS JOGOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Aurineide Carneiro Dos Santos; Leidiane Martins dos Santos; Maria do Socorro de Oliveira; Naiana Silva Pereira Universidade Federal do Tocantins (UFT) Resumo: Este artigo foi produzido com base nas análises dos questionários aplicados às bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência-PIBID de Tocantinópolis, sabendo que atualmente muitas são as discussões acerca da eficácia dos jogos que auxiliam no processo de ensino-aprendizagem; portanto, o intuito deste artigo é analisar quatro jogos mais trabalhados pelas bolsistas das duas escolas, Alto da Boa Vista II e Walfredo Campos Maia, atendidas pelo programa. Em busca de propiciar um resultado satisfatório na realização desta análise, realizamos uma coleta de dados, em que buscamos saber, primeiramente, quais os jogos mais utilizados no PIBID/Pedagogia durante os dois anos de atuação em Tocantinópolis. Quanto aos jogos utilizados em atividades lúdicas, de ensino, recreação e entretenimento, exploramos os quatro jogos mais utilizados que foram: o jogo de boliche, o bingo alfabético, o jogo da memória, e o alfabeto móvel, sendo que o seu objetivo primordial é levantar questionamentos sobre a sua importância e utilização nas escolas, sabendo que o jogo é uma ferramenta que contribui na formação corporal, afetiva e cognitiva; por ter uma característica lúdica se torna mais atrativo e eficiente em seu desenvolvimento, preparando e estimulando as diversas inteligências (a corporalcinestésica, lógica matemática, a linguística, a interpessoal e a intrapessoal), assim como o caráter da criança. Também auxilia no conceito de quantidade e de espaço, tendo o objetivo de estimular a socialização e a autonomia, e não simplesmente ensinar as crianças a jogá-los. 320


Com base principalmente nas concepções de Kishimoto e Piaget, e nas análises dos dados coletados, percebemos que as crianças se tornam mais capazes de coordenar pontos de vista quando estão envolvidas em situações que requerem coordenações motoras e psíquicas. Desta forma, percebemos, através da aplicação dos quatro jogos e estudos teóricos, que os jogos permitem que as crianças assimilem, ampliem e construam mais rapidamente seus próprios conceitos, visto que, no momento em que brincam e se divertem, imaginam diversas situações. Restava-nos saber se e de que maneira os jogos ajudaram na assimilação do conhecimento sistematizado, uma vez que são utilizados frequentemente nos espaços escolares. Portanto, através das análises aqui descritas, percebemos que os jogos contribuíram positivamente para o aprendizado dos alunos, pois foi alcançado o objetivo proposto e a sua realização se deu de forma satisfatória, principalmente para os alunos, que ampliaram seus conhecimentos.

Palavras-chaves: Jogos; Ensino-aprendizagem; Autonomia.

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CIRCUITO DE LEITURA: ENSINANDO CIÊNCIAS ATRAVÉS DO ENSINO DE INGLÊS Adriane Frazão Da Silveira; Gabriela Souza de Almeida Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O Circuito de Leitura foi um projeto proposto nos subprojetos de Língua Inglesa e Ciências Biológicas do PIBID – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – da UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro – como uma forma de trabalhar a leitura em Língua Inglesa com os conteúdos de Ciências. O presente trabalho foi realizado com o apoio do PIBID e da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil. O foco do Circuito de Leitura não era somente o de leitura nas duas áreas mencionadas, mas também o desenvolvimento de atividades que unissem as duas disciplinas, já que a pedagogia tem se preocupado tanto com a interdisciplinaridade e, de acordo com as OCN (2006, p. 94), as propostas de projetos interdisciplinares nas escolas têm sido reforçadas. Para desenvolver as atividades, selecionamos três textos em inglês sobre os dinossauros. A partir desses textos, criamos três tabuleiros de jogos, com regras específicas e perguntas a partir dos textos. As perguntas feitas referentes aos textos foram escritas na Língua Portuguesa, e o aluno tinha a liberdade para respondê-las tanto em português como em inglês; porém, as regras foram escritas em inglês, dessa forma o aluno só poderia caminhar, ou seja, avançar casas se conseguisse entender o que estava descrito na ficha. Para jogar e responder às perguntas durante o jogo, os alunos tinham de ler os textos antes de jogar e tentar entender o que estava sendo informado. Entendendo os textos, os alunos podiam responder às perguntas durante a partida do jogo e avançar casas de acordo com as regras criadas. Para tanto, os alunos utilizaram estratégias de inferência de vocabulário e de conteúdo. 322


Como resultado, vimos alunos empolgados para ler o texto, pois estavam conseguindo entender algumas palavras que já haviam estudado antes, e ainda ficaram mais empolgados pelo assunto de que tratavam os textos. Essa atividade foi desenvolvida com crianças do Ensino Fundamental, na Escola Municipal Adolfo Bezerra Menezes, e com adolescentes do Ensino Médio, na Escola Estadual Minas Gerais.

Palavras-chave: Língua Interdisciplinaridade.

Inglesa;

Ensino-aprendizagem

de

línguas;

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QUALIFICAÇÃO E EDUCAÇÃO Tereza Raquel Fiorile Nogueira; Ana Elize Vieira; Renata Fernanda Comino Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) – trabalho de intervenção feito com o objetivo de criar vínculos com os futuros professores e a sala de aula. Feito pelos discentes do curso de Licenciatura de Pedagogia pela faculdade UNIFEV, apoiado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), tendo como objetivo a formação qualificada de professores. Desenvolvido através da observação e aplicação de atividades realizadas com alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da escola C.E.M Professor Geyner Rodrigues, situada na cidade de Votuporanga – SP. Na escola, campo de pesquisa, atuamos com crianças que apresentam defasagem e dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita, por meio de atividades de alfabetização, utilizando ora métodos tradicionais e, em outros momentos, atividades voltadas para a proposta construtivista de alfabetização, respeitando o nível de desenvolvimento cognitivo de cada um. As atividades foram fundamentadas nas teorias de Emília Ferreiro, Ana Teberosky e Antoni Zabala. Na maioria dos casos, utilizamos o alfabeto móvel, leitura e reescrita de parlenda e atividades de fixação. Nota-se que, com as atividades elaboradas, em um dos casos, houve uma melhora significativa tanto no comportamento do aluno como no desenvolvimento das atividades em sala de aula. O programa tem funcionado como uma ferramenta a mais nas salas em que atuamos; a troca de conhecimento entre aluno-professor-estagiário tem tido uma repercussão muito importante, pois colocamos em prática o que aprendemos desde o 324


primeiro ano do curso, desenvolvendo em nós uma qualificação e aprimoramento das práticas educacionais. Palavras-chave: Educação; Alfabetização; Qualificação.

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PIBID: UM VALIOSO DIFERENCIAL NO COTIDIANO ESCOLAR Nathally Gomes Lucatelli Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: A experiência do PIBID oferece ao graduando uma gama enorme de conhecimentos que, de modo algum, poderiam ser adquiridos sem a vivência constante na escola. Um dos pontos que mais se salienta no ambiente educacional é o modo como o professor deve se utilizar de diversos artifícios para conseguir atrair a atenção de seus alunos e transmitir os conhecimentos desejados. O objetivo deste trabalho é mostrar o quão valioso se mostra o PIBID, ao auxiliar o professor em seu ofício, trazendo o “diferente” para os estudantes, pois, como afirma Dubet (1997), os alunos não estão dispostos a cumprir o seu papel naturalmente, eles necessitam ser estimulados a todo o momento. Uma demonstração de como o projeto pode ajudar nesse estímulo foi a realização de uma sessão de cinema pelo PIBID de Ciências Sociais na Universidade, com os alunos das escolas parceiras. Para a execução da atividade foi preciso pensar em um filme que, de certa forma, abordasse os conteúdos oferecidos nas aulas, especialmente de Sociologia. A opção recaiu sobre “O menino do pijama listrado” (2008), que abre um extenso leque de possibilidades para discussões. Na primeira aula posterior à sessão foi aplicado um exercício que visava discutir e analisar, juntamente com os alunos, os principais temas do filme, ao mesmo tempo em que se avaliava o teor da compreensão deles sobre os assuntos. Certamente, trazer os alunos para a Universidade, salientando a todo o momento que ela é pública e que eles podem e devem desfrutar de seu espaço foi muito positivo, pois os aproximou desse ambiente, até então desconhecido por muitos. 326


Nesses momentos fica evidente a importância do elemento tido como “diferente” (aqui representado pela presença dos graduandos do PIBID na sala de aula e pela ida dos alunos à Universidade) para chamar a atenção dos estudantes, pois a grande maioria deles (até mesmo aqueles mais “desinteressados”) se empenhou e participou do trabalho. O sucesso de atividades como essa pode ser visto como uma grande conquista, pois salienta tanto a experiência para a carreira docente que os graduandos adquirem com o P IBID quanto o valor da intervenção destes para o aprimoramento da aprendizagem dos alunos das escolas parceiras. É exatamente essa troca de habilidades que muito acrescenta a todos os envolvidos na parceria.

Palavras-chave: Experiência; Estímulo; Diferença.

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PIBID: EXPERIÊNCIA INQUESTIONÁVEL NA VIDA DISCENTE Maria Luiza Silva Mariano Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Fazer parte do PIBID de Ciências Sociais, sem dúvida, é uma contribuição singular para a formação acadêmica e pessoal de cada bolsista. Estar no projeto proporciona ao discente vivenciar o cotidiano da sala de aula e da escola com os olhos do professor e ao mesmo tempo do pesquisador. As duas escolas parceiras nos foram apresentadas como dois extremos: uma central e considerada a escola modelo da cidade, e outra, localizada na periferia, vista como uma das piores da cidade. Por meio do contato direto com as duas escolas, foi possível desconstruir essa impressão inicial passada aos bolsistas. Se observadas pelo âmbito da sala de aula, a realidade das duas escolas é a mesma. Os alunos têm uma grande dificuldade em se concentrar e em se manter em silêncio para que o professor explique como será a aula e o conteúdo a ser trabalhado. Dessa forma, esse trabalho visa discutir a dificuldade encontrada pelo professor em prender a atenção dos alunos durante as aulas. Dubet (1997) – autor conhecido por suas pesquisas sobre a juventude marginalizada na França – afirma que a grande dificuldade encontrada pelo professor é fazer com que o aluno trabalhe. O supracitado autor constatou que em uma aula com duração de uma hora só se aproveitam vinte minutos, os outros quarenta minutos são utilizados para colocar a sala em ordem e para passar orientações. Foi possível presenciar tal afirmação ao acompanhar as aulas nas duas escolas parceiras e também em alguns eventos que promovemos com os alunos.

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Como atividade inicial do projeto, nós, bolsistas, fizemos uma apresentação para cada turma do Ensino Médio das escolas. Começamos com uma breve apresentação individual de cada participante do projeto, falamos um pouco sobre as nossas intenções de trabalho na escola e um pouco sobre o curso de Ciências Sociais. Exibimos o documentário ‘Ilha das Flores’, e depois tentamos fazer um breve debate com cada turma sobre o conteúdo do vídeo. Os alunos demoraram muito tempo para descer até a sala de projeção, e durante a apresentação dos participantes do projeto e do filme houve muita conversa paralela, e a participação no debate foi mínima. Isso evidencia a dificuldade encontrada pelos professores e até mesmo pelos bolsistas do projeto para prender a atenção dos alunos e estimular sua participação nas atividades propostas. Palavras-chave: Projeto; Aula; Alunos.

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CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO EM GEOGRAFIA: DOMINÓ GEOGRÁFICO – “OS PRINCIPAIS TIPOS DE RELEVO” Izabel Leopoldino; Francielle Camargo Medeiros; Gerusa Gonçalves Moura; Maria Beatriz Junqueira Bernardes Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil, desenvolvida pelo grupo PIBID da Licenciatura em Geografia da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Durante a realização das atividades do PIBID, ao ministrar atividades de Geografia no segundo seguimento do Ensino Fundamental, equivalente ao 6º anos na Escola Municipal Aureliano Joaquim da Silva, notou-se uma deficiência dos alunos em realizar atividades em grupo, socializar o conhecimento, além de alguns não se interessarem pelo conteúdo ministrado. Nesse sentido, surgiu a proposta da aplicação do jogo Dominó Geográfico: Tipos de Relevo, por entender que o uso de jogos na sala de aula é um material atrativo, instigante e que desperta a curiosidade e a vontade de aprender dos alunos, contribuindo de forma prazerosa no aprendizado. Além disso, é um importante aliado para o aprendizado e a construção de conhecimento dos alunos, ou seja, o uso de jogos e situações-problema contribuem para um ensino que confere ao aluno um papel ativo na construção dos novos conhecimentos, como destaca Silva (2006). De acordo com Antunes (2005), os jogos operatórios proporcionam dinâmicas de grupos e trabalho em equipe. Como material didático, os jogos favorecem a socialização de conhecimentos prévios e possibilitam ao aluno desenvolver habilidades para trabalhos em grupo. 330


O material didático – Dominó Geográfico – foi aplicado em turmas do segundo seguimento do Ensino Fundamental (sexto ano), como material didático teóricometodológico que complementasse o conteúdo trabalhado durante o semestre. Participaram cerca de vinte e cinco estudantes em cada sala de aula em que foi aplicado o jogo, divididos em dois grupos de treze alunos, aproximadamente. Mediante a aplicação do jogo, alcançamos, com resultados positivos, os objetivos pretendidos. Nas duas salas em que o jogo foi aplicado os alunos gostaram muito da atividade e foram bastante participativos. Com a aplicação do Dominó Geográfico, o conteúdo trabalhado foi fixado de forma lúdica e dinâmica, além de despertar o interesse dos alunos e proporcionar a socialização dos alunos participantes do jogo.

Palavras-chaves: Material didático; Dominó Geográfico.

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A EXPERIÊNCIA DO PIBID/PEDAGOGIA NA VISÃO DAS SUPERVISORAS – PERCEPÇÕES INICIAIS Ana Maria Fernandes Elias; Maria do Rosário Dias Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Durante os meses de PIBID vivenciados nas escolas observamos que houve dedicação, estudo e envolvimento de ambas as partes (bolsistas e supervisoras). Nesse contexto de envolvimento e dedicação, o conhecimento da realidade escolar, realizado na primeira fase dos trabalhos, possibilitou um estudo detalhado sobre as escolas e detectou pontos que passavam despercebidos no dia a dia. Isso nos ofereceu uma visão mais apurada das necessidades, dos pontos frágeis e quais tomadas de decisões seriam indicadas para atuar nas causas dos problemas, de modo que pudéssemos assim encontrar maneiras eficazes de enfrentá-los e deixar através do PIBID um legado para as escolas. Durante as atividades do PIBID/Pedagogia, consideramos ainda que as pibidianas estão tendo a oportunidade de perceber que o profissional docente deve estar consciente que a sua formação é permanente e, ao mesmo tempo, integrada ao cotidiano real e concreto das escolas; entendidas aqui como um espaço clássico de atuação do pedagogo. Semanalmente são realizadas reuniões com as pibidianas, organizadas por nós supervisoras, onde são abordados assuntos relacionados ao plano de trabalho, balanço das atividades desenvolvidas na semana e estudo sobre temas envolvendo educação e aprimoramento profissional. Tais reuniões são compreendidas como importantes formativos porque acreditamos que o professor enriquece seu aprendizado e constrói sua relação com o outro através da troca de experiências. A troca de experiências e a partilha de saberes 332


consolidam espaços de formação mútua, nos quais cada professor é chamado a desempenhar, simultaneamente, o papel de formador e formando (NÓVOA, 1997). A relação universidade/escola é de extrema importância para a formação de um profissional competente, eficiente e com uma visão crítica da realidade escolar. Sendo assim, a experiência com o PIBID é única e enriquecedora, pois, ao conhecer o Programa e o subprojeto, nos encantamos. Houve um grande comprometimento com esse trabalho. O envolvimento e empenho de todos causou um impacto positivo nas escolas e também em nosso aprimoramento profissional. Observando a dedicação e vontade das pibidianas, foi possível ter a certeza de que teremos uma educação de qualidade para o futuro.

Palavras-chave: Formação docente; PIBID; Supervisão.

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A INSERÇÃO DE TÓPICOS DE FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA NO ENSINO MÉDIO: UMA ANÁLISE SOBRE COMO OS LIVROS DIDÁTICOS APRESENTAM A FÍSICA DAS PARTÍCULAS Thais Balada Castilho; Antonio L. Ferreira Junior; Gustavo S. Gomes; Thalyta T. Martins; Marcos D. Moreira; Nilva L. L. Sales Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O subprojeto de Física PIBID-UFTM 2011 tem como objetivo incluir, nas escolas parceiras, temas de Física Moderna e Contemporânea (FMC). Para isso, buscamos tópicos que não são discutidos, ou mesmo trabalhados superficialmente, dentro do ambiente escolar e elaboramos aulas abordando esses assuntos com maior clareza. Com esse intuito, os alunos do PIBID-UFTM 2011 planejaram uma aula sobre radioatividade, contendo como base o Modelo Padrão de Partículas (MPP) para explicar decaimentos e as três principais emissões radioativas. No entanto, ao analisar conteúdos presentes nos livros, deparamo-nos com materiais sem informações suficientes para a construção desta oficina. Mesmo com a orientação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) (Brasil, 2002) em inserir a FMC, buscando a compreensão da matéria e da sua constituição, ainda é muito difícil trabalhar tendo apenas esses livros como subsídios para discutir tais temas. Porém, existe uma iniciativa, ainda tímida, da inclusão destes temas, devido às exigências do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Portanto, este trabalho tem como objetivo discutir e levantar informações sobre o uso de conceitos de Física Moderna (mas especificamente MPP), para a explicação e o entendimento da radioatividade em livros didáticos (LDs), aprovados na atual edição do PNLD (2012), principalmente nos dois livros usados nas escolas parceiras do projeto. 334


Analisando um dos livros, conseguimos achar conceitos de Física Moderna (MPP) apenas para explicar cosmologia, sendo que no outro a busca foi em vão. Consultando mais um livro da lista dos aprovados do PNLD, nos deparamos com uma explicação detalhada sobre o MPP, porém passa superficialmente por decaimentos, não explicando emissões radioativas. Basicamente foram analisados apenas três livros (30%) dos dez aprovados; os demais não foram possíveis por falta de acesso aos mesmos. Dos livros analisados, dois contemplavam o Modelo Padrão de Partículas e de radioatividade, porém com uma abordagem muito simplificada, o que nos levou a acreditar que de uma ou outra forma a Física Moderna e Contemporânea estão sendo inseridas no Ensino Médio, mas muito devagar e pouco objetiva. Este trabalho também visa, em sua continuação, uma revisão dos demais LDs para contribuir com a discussão sobre a inserção de temas de Física Moderna nos LDs. Consideramos este material fundamental para auxiliar os professores a desenvolverem seus planos de aula e projetos, incorporando conceitos atuais de Física de partículas na explicação dos conceitos de radioatividade.

Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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PIBID: A EXPERIÊNCIA DA SALA DE AULA COM A LITERATURA INFANTIL NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Izis Almeida Domingues; Fernanda Borges Ferraz; Lorena Franco; Jucileni Fernanda de Lima Freitas Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Este trabalho foi desenvolvido por 18 licenciandas do curso de Pedagogia, bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência), envolvendo alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental de duas escolas da rede pública de Ituiutaba−MG, com o objetivo de trabalhar a literatura infantil de forma diferenciada e como recurso pedagógico na alfabetização, despertando, desta maneira, o prazer pela leitura. Portanto, foram realizadas várias atividades relacionadas à literatura. Foi possível perceber, a partir das atividades realizadas, o envolvimento dos alunos e que a literatura contribui de forma significativa e prazerosa para o desenvolvimento da escrita.

Palavras-chaves: Literatura infantil; Alfabetização e curso pedagógico.

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ESTRUTURANDO POSSIBILIDADES DE ENFRENTAMENTO DA DESMOTIVAÇÃO NO ENSINO DE FÍSICA ATRAVÉS DA INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-ESCOLA Naiara Signorelli; Eder Antonio Souza Arantes; Sandro Rogério Vargas Ustra Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Através do Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência – PIBID, subprojeto Física Pontal, desenvolvido no Curso de Física, da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal – FACIP/UFU, temos constantemente recebido demandas dos professores de Física para ministrarmos "dinâmicas motivacionais". A justificativa é a de que os alunos não se sentem motivados nas aulas, o que também acaba desestimulando os professores. Nossa postura tem se fundamentado na convicção de que a situação apenas será adequadamente enfrentada a partir da análise e implementação de alternativas por parte da própria comunidade escolar, particularmente dos professores. Desta forma, desenvolvemos uma investigação colaborativa de natureza qualitativa com os professores em uma escola participante do Programa, com vistas a identificar e compreender aspectos motivantes e desmotivantes na aprendizagem de Física. Neste trabalho, apresentamos e discutimos as respostas obtidas a um questionário aplicado a 221 alunos dos primeiros e segundos anos, incluindo uma turma de EJA. As questões contemplavam a postura dos alunos frente à disciplina, aspectos que os deixavam com ou sem vontade de estudar, sugestões de mudanças no contexto presente e indícios da motivação. Através da análise de conteúdo das respostas e utilizando referenciais teóricos recentes das áreas de Psicologia da Educação e Ensino 337


de Ciências/Física, identificamos

categorias

distinguidas

entre motivantes

e

desmotivantes, agrupadas em quatro dimensões: currículo, aspectos organizacionais, relações afetivas e relações cognitivas. Um momento bastante significativo consistiu em tornar público os resultados junto a alunos, professores e coordenação pedagógica. O retorno aos estudantes ocorreu durante as aulas, com a apresentação da tabulação das categorias e citação de algumas respostas com frequências mais altas. Nesta oportunidade, deram-nos a sensação de uma profunda descrença em relação a qualquer mudança do quadro apresentado. A supervisora pedagógica encarou os resultados de forma um pouco distante. Se, por um lado, reconheceu a importância da investigação e da atuação colaborativa, alegando que “mexe com as feridas da escola”, por outro, inicialmente, furtou-se ao trabalho de encará-los e analisá-los de modo a constituir ações efetivas de enfrentamento, como era nosso intuito. Pedia-nos respostas e ações "prontas" para solucionar o problema. Da parte dos professores, concentraram-se em estabelecer justificativas para os conflitos, seja buscando um culpado ou se posicionando como vítima, não sem certa razão, de todo o "complexo educacional". De nossa parte, reiteramos a necessidade de uma solução colaborativa envolvendo a comunidade escolar, colocando-nos à disposição, mas, no entanto, deixando claras nossas limitações enquanto pesquisadores e/ou bolsistas do PIBID.

Palavras-chave: Motivação; Investigação na escola; PIBID; Interação UniversidadeEscola.

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O USO DE MALHAS QUADRICULADAS E PONTILHADAS NO ENSINO DA GEOMETRIA Joyce Andrielli Batista Taylor; Valéria Araújo de Paula; Milena Aparecida Batelo Ramos; Renata Laudemira Giovanini Centro Universitário de Votuporanga (UNIFEV) Resumo: O uso de materiais pedagógicos no ensino da Matemática pode auxiliar os professores no desenvolvimento de estratégias que promovam a aprendizagem. Por isso, acreditando nesta proposta como uma alternativa para a construção do conhecimento, o objetivo deste trabalho é relatar uma experiência dos bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) Matemática no uso de polígonos regulares para pavimentação do plano. Além disso, promovemos a construção de mosaicos em malhas formadas por polígonos regulares e malhas pontilhadas para a representação de sólidos fornecendo subsídios para a investigação do problema de ladrilhamento no espaço tridimensional. O projeto foi desenvolvido na E.E. Dr. José Manoel Lobo, Votuporanga – SP, com cerca de 65 alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental II, durante dois meses, complementando o trabalho realizado pela professora supervisora no ensino de polígonos, com base na proposta da Secretaria de Estado de Educação (SEE, 2011). Assim, o projeto teve início com a apresentação de um seminário onde foram expostas diferentes situações expressando a ideia do padrão de regularidade, da simetria e da observação de exemplos de mosaicos encontrados no dia a dia. Em um segundo momento, foram confeccionados mosaicos por meio de malhas com polígonos regulares pré-definidos e, finalizando a proposta, foram introduzidas as malhas pontilhadas para representação de sólidos geométricos simples e o ladrilhamento correspondente. 339


Logo, as atividades descritas tiveram a participação assídua dos alunos que puderam expor suas ideias, opiniões e críticas, o que possibilitou a criação de diversos trabalhos e uma aprendizagem valiosa dos conceitos abordados. Os alunos usaram a criatividade, o raciocínio lógico-dedutivo, além da exploração do aspecto lúdico da atividade, do senso estético para valorizar e apreciar o que foi desenvolvido. A atividade contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento de competências quanto à análise e interpretação de imagens, como também um olhar diferente sobre como ensinar Matemática. Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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TRABALHANDO PINTURA RUPESTRE NO ENSINO FUNDAMENTAL Tatiane Helena Da Costa; Adair Fernandes David Júnior Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), com alunos do 6° ano do Ensino Fundamental, em uma escola municipal de Ituiutaba−MG,

contando com o apoio da CAPES

(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). A atividade aqui descrita foi realizada em forma de oficina, tendo como tema Pintura Rupestre, item do Plano de Aula do professor Supervisor do PIBID/História. O objetivo era desenvolver nos pibidianos a competência para organizar e dirigir situações de aprendizagem (PERRENOUD, 2000) por meio da produção de sequência didática, focando o desenvolvimento de habilidades, como: observação, leitura, análise e comparação de imagens. Este Subprojeto objetivou trabalhar uma metodologia que nos permitisse realizar a mediação do conhecimento em sala de aula fora do paradigma da aula expositiva. Nesta atividade utilizamos diferentes materiais, como pinturas rupestres, pintura histórica, texto e roteiro de atividades para os estudantes. Inicialmente, visando fazer o levantamento dos conhecimentos prévios, perguntamos: o que é Pintura Rupestre? Em que período foi produzida? Por quem? Como identificá-la? Dessa maneira, os conduzimos à formulação de hipóteses. Posteriormente, entregamos um roteiro, imagens representativas de Pinturas Rupestres (as quais os discentes tiveram que descrever e criar legendas) e um fragmento de texto para que pudessem ler e analisá-lo circulando as palavras desconhecidas e grifando as ideias mais importantes. Deste 341


modo, foram desenvolvidos conceitos como: pintura rupestre, pré-história e fontes históricas (BITTENCOURT, 2004). Constatamos, a partir da socialização de experiências com os pibidianos, após a oficina, que esta atividade não precisa necessariamente acontecer fora da sala de aula. De fato, compreendemos que necessita de planejamento, requer esforço e embasamento teórico por parte do docente, mas que se mostra uma metodologia que coloca os alunos na condição de sujeitos que agem, pensam, discutem, problematizam e elaboram hipóteses de forma participativa, e o professor, como organizador de situações de aprendizagem, ou seja, ele não transmite conhecimentos, mas cria situações que levam os alunos a pensar. Desta forma, compreendemos que esta atividade proporcionou aos bolsistas questionar os papéis tradicionais atribuídos ao professor e aluno. Nesse paradigma tradicional (MONTEIRO, 2007), o professor seria o sujeito que detém o conhecimento, transmitindo-o aos alunos, que, vazios de conhecimentos, devem ouvir, memorizar e reproduzir o que o professor e o livro didático ensinam. Essa atividade não contribuiu apenas para a formação docente, mas também despertou um interesse maior nos discentes pelo conhecimento histórico.

Palavras-chave: Sequência didática; Ensino de História; Formação docente.

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COMPETIÇÃO DE LANÇAMENTO DE FOGUETES: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE FÍSICA Wanderson Geraldo Knupp; Guilherme Almeida de Souza Pereira; Artur Justiniano Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Quando se ensina ciência, temos que tentar fazer com que os alunos se tornem pessoas mais críticas, propiciando a eles a construção de uma personalidade avaliativa e uma alfabetização científica. A metodologia do seguinte trabalho consistiu em uma competição de lançamento de foguetes para ensinar aos estudantes do Ensino Médio os conceitos relacionados à matéria de Física de uma forma mais prática, ou seja, fazer com que estes conceitos se tornassem mais palpáveis para eles, visto que existe grande dificuldade de aprendizado dessa disciplina. A construção dos foguetes teve como objetivo fazer com que os alunos construíssem conhecimentos próprios e também conseguissem assimilar o conteúdo científico envolvido no lançamento, como: impulso, quantidade de movimento, leis de Newton, aceleração dos corpos, movimento vertical e horizontal, movimento de um fluido perfeito, utilizando a equação de Bernoulli e a equação da continuidade. Para isso foi feita a apresentação do projeto para os alunos, que demonstraram interesse em sua elaboração. Para realizar a ideia, dividimos o processo de criação em partes: sugerimos, inicialmente, que fosse realizada uma pesquisa na internet, visto que esta fornece um vasto material, como tutorias para montagem de bases e foguetes. Discutimos as várias formas de construção de foguetes e bases de lançamento com as ideias levantadas pelos estudantes. Após a discussão, iniciamos a construção dos foguetes, onde observamos grande interação entre os alunos das turmas do Ensino Médio. Surgiram algumas dificuldades durante o processo de montagem da base. que 343


foram sanadas com discussões entre o grupo integrante do projeto. Já a construção aerodinâmica dos foguetes foi de responsabilidade dos alunos, que demonstraram criatividade e predisposição na sua elaboração. Após finalizada a montagem do foguete foi feito o lançamento, e avaliado o alcance máximo por ele obtido . Como resultado imediato do projeto, percebemos um grande interesse dos alunos, que se propuseram a participar de novos trabalhos e sugeriram novos temas de apresentação. Concluímos, em linhas gerais, que ensinar os conceitos básicos do que está acontecendo durante a experiência, sem fazer o uso de jargões ou fórmulas matemáticas elaboradas, fez com que eles pudessem opinar e fazer parte integralmente da construção de conhecimento acerca do experimento. Pensamos que o professor de Física nunca deve desprezar a simplicidade e a importância de um experimento, pois este pode despertar o interesse dos alunos e trazer uma melhor compreensão dos conteúdos de Física.

Palavras-chave: PIBID; Educação; Formação inicial.

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UM RELATO SOBRE AS EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS ATRAVÉS DE AULAS DE REFORÇO PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Guilherme Almeida De Souza Pereira; Wanderson Geraldo Knupp; Artur Justiniano Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Ao acompanharmos as aulas de Física da escola estadual Padre José Grimminck, notamos por parte dos alunos um grande desinteresse pela matéria. Constatamos também que este desinteresse, em parte, se devia ao fato de os alunos não conseguirem encontrar a relação entre os conteúdos estudados e o seu cotidiano. Este trabalho é a proposta de uma nova metodologia de ensino, focada em conceitos simples, que utilizamos na escola estadual Padre José Grimmink, com o objetivo de atrair o interesse dos alunos para a matéria a ser estudada. Propusemos à coordenação da escola que aplicássemos aulas de reforço em contra turno, duas vezes por semana, para assim tentarmos revitalizar este interesse pela Física. Planejamos todo o cronograma de aulas, focando-as na parte mais conceitual. As aulas então foram aplicadas sempre voltadas para o mesmo princípio – relacionar o conteúdo estudado com os fenômenos corriqueiros da vida comum, como, por exemplo: o acender de uma lâmpada como um fenômeno físico, o funcionamento de um carro, ou de uma usina hidrelétrica. Ao final do trabalho, já se notava em sala de aula que o interesse dos alunos havia aumentado muito, exatamente porque agora eles conseguiam traçar um paralelo que aproximava a Física de suas vidas. Aplicamos, por fim, uma prova para medir o quanto os alunos haviam evoluído, tanto na compreensão dos conceitos quanto na aplicação prática, e os resultados foram satisfatórios. Com base no problema que tentamos combater, vimos que esta metodologia funcionou bem, uma vez que atingimos o objetivo explicitado, 345


com resultados coerentes, medidos não só na vivência com os alunos, mas também através da prova que lhes foi aplicada. Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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ALUNO DOCENTE: UMA EXPERIÊNCIA REAL ENQUANTO ALUNO PIBID Jean Carlos De Almeida Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: Os atuais parâmetros educacionais exigem que o profissional da área domine os principais conceitos sociológicos, para que possa desempenhar seu trabalho corretamente e com bons resultados nos principais índices educacionais. Tal modelo encontra-se defasado, principalmente se observarmos um assunto delicado que é o emprego de professores substitutos nas lacunas deixadas por titulares, que por ventura estejam ausentes. Observa-se que ter uma experiência de professor substituto, enquanto ainda cursando a graduação, pode sim contribuir de modo positivo para a formação de professores mais capacitados com a real situação da educação pública no Brasil. Porém, se analisarmos o processo, pode-se enxergar uma situação precária, onde a burocracia tira a oportunidade de muitos graduandos de se capacitar em um modelo de experiência enriquecedor. Coincidentemente, um dos alunos do PIBID-Biologia 2009/UFTM pôde substituir uma professora que atuava na escola onde discorria seu projeto de extensão, tendo contato direto com o ambiente escolar por uma visão diferente da perspectiva e vivência dos demais acadêmicos pibidianos que ali se encontravam. Identificamos um sistema que permite tal fato, porém neste caso trouxe benefícios mútuos; deste modo, um profissional sem seguimento das atividades que já ocorriam poderia ter atuado na mesma função. O que foi percebido pelos coordenadores, alunos da escola, e alunos PIBID, é que as atividades foram desempenhadas da melhor forma possível, agindo como incentivo a outros pibidianos na busca por essa “pré-docência”, que, com certeza, foi um marco na formação deste discente, permitindo que lidasse desde já com as 347


deficiências do sistema, fazendo-se reflexo para um futuro melhor, engajado na docência do ensino básico público.

Palavras-chave: PIBID; Formação de professores; Docente.

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FORMAÇÃO DOCENTE EM SERVIÇO: POR UM NOVO SENTIDO PARA AS REUNIÕES DE PROFESSORES Ana Franciely Cabral de Queiroz Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) Resumo: Através do PIBID tenho tido a oportunidade de construir uma visão sobre a formação dos professores em serviço, e como ela ocorre durante no cotidiano das atividades escolares. O objetivo deste trabalho é relatar a observação que pude fazer na escola, e, por meio desta, realizar uma reflexão sobre a formação dos docentes e as suas implicações nas práticas pedagógicas, e como esta formação é vista pelos próprios docentes. O tema da formação de professores em serviço vem recebendo a atenção de pesquisadores e estudiosos há algum tempo; discute-se sua forma e conteúdo, procurase observar ou inferir sobre as possíveis mudanças e avanços que ela acarreta sobre as práticas pedagógicas. Entretanto, o que observo no cotidiano da escola é que a formação de professores em serviço é realizada apenas quando é obrigatória porque os professores não a percebem como momentos formativos ou como algo importante, e sim como um “peso”, pois isso ocorre logo após o horário de trabalho. Além disso, o que se enxerga é a realização de reuniões que visam apenas o repasse de informações sobre o modo como os professores devem trabalhar, para que seus alunos estejam preparados para as provas e avaliações feitas pelo Estado. A formação de docentes em serviço deveria ser algo capaz de estimular a crítica reflexiva sobre o trabalho e as suas condições. Ao invés disso, a formação ocorrida nas escolas não favorecem a troca de ideias entre os professores e há pouco embasamento teórico norteador circulando entre os docentes. Por meio do PIBID, vamos construindo a 349


percepção de que neste cenário os professores terminam, por força das contingências, por esvaziar a prática pedagógica de um sentido mais ampliado do ato educativo. As reuniões de professores poderiam ser destinadas à formação de profissionais mais autônomos e seguros de suas práticas pedagógicas, e conscientes da responsabilidade que eles possuem sobre a própria formação. Palavras-chave: PIBID; Formação docente; Reuniões.

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A LINGUAGEM ESCRITA COMO REPRESENTAÇÃO DA ORALIDADE NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Renata Carolina Vieira Resende; Jucileni Fernanda de L. Freitas; Fernanda Oliveira Lima Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente artigo tem como objetivo discutir a escrita como forma de representação do oral nas séries iniciais, incluindo como experiência as atividades realizadas no Subprojeto Pedagogia/Alfabetização no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). O eixo central deste Subprojeto visa à formação inicial dos alunos. Começamos nossas atividades no segundo semestre do ano de 2011, dando continuidade no primeiro semestre de 2012, que nos proporciona grandes contribuições para a nossa formação como alunas do curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal, da Universidade Federal de Uberlândia. Por meio de reflexão e problematização sobre as práticas de alfabetização e das contribuições dos estudos teóricos podemos vivenciar a realidade nas escolas que são parceiras do Subprojeto. Tal concepção nos leva a considerar que o projeto vem sendo de suma importância na nossa formação. Os instrumentos de pesquisa utilizados para a coleta dos dados apresentados neste artigo foram observações dirigidas e avaliações diagnósticas.

Palavras-chave: Linguagem; Oralidade e escrita.

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A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A ESCOLA: OBSERVAR PARA MELHORAR A QUALIDADE DO AMBIENTE ESCOLAR Elaine Aparecida Ramos; Gessika Freitas Andrade; Hosana Maria Oliveira Barcelo; Maria Beatriz Junqueira Bernardes; Gerusa Gonçalves Moura Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil, desenvolvida pelo grupo PIBID da Licenciatura em Geografia da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal (FACIP) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Durante a realização das atividades do PIBID, notou-se uma deficiência na Escola Municipal Aureliano Joaquim da Silva, no que se refere a ações de educação ambiental. Verificou-se que a comunidade escolar desconhece ou ignora aspectos relacionados ao meio ambiente, o que inclui desde não jogar um papel de bala no chão até a discussão de políticas públicas. Diante disso, a proposta do grupo é, a partir de pequenas ações ambientais, propor melhorias na qualidade ambiental da escola e no seu entorno, a partir do desenvolvimento do projeto intitulado “A educação ambiental e a escola: observar para melhorar a qualidade do ambiente escolar”. O objetivo do projeto consiste em levar a sensibilização de toda a comunidade escolar por meio de ações que desenvolvam o sentimento de pertencimento. Para Carvalho (2006), a educação ambiental é concebida inicialmente como preocupação dos movimentos ecológicos com uma prática de conscientização capaz de chamar a atenção para a finitude e a má distribuição no acesso aos recursos naturais, e envolver os cidadãos em ações sociais ambientalmente apropriadas. E é em um segundo momento que a educação ambiental vai se transformando em uma proposta educativa no sentido 352


forte, isto é, que dialoga com o campo educacional, com suas tradições, teorias e saberes. Para isso, a metodologia pautará na observação de toda a escola; conversa informal com todos os envolvidos na escola sobre as possibilidades de melhora do ambiente; ações de sensibilização nas salas de aula; confecção de brinquedos com material reciclado; atividades que envolvam as famílias e discutam, entre outros assuntos, o consumo de água e a separação do lixo em casa.

Portanto,

é

justamente por se tratar de um assunto de tamanha importância que este trabalho se justifica, porque visa promover ações educativas voltadas às atividades que irão potencializá-las em uma visão integrada no tempo e espaço no ambiente escolar. A experiência que estamos tendo com o desenvolvimento dessas atividades tem sido a melhor possível, pois todas as bolsistas do PIBID Geografia têm participado ativamente, juntamente com a professora supervisora. Assim, estamos contribuindo para a formação não só de alunos conscientes, como de cidadãos conscientes.

Palavras-chaves: Educação ambiental; Escola; Projeto.

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QUAIS AS EXPECTATIVAS DOS LICENCIANDOS COM O PIBID? Luciana Caixeta Barboza; Esdras Viggiano de Souza Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Resumo: O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) busca estimular e valorizar a docência, auxiliando na formação de alunos de licenciatura de diversas áreas de conhecimento, incentivando-os quanto à atuação na Educação Básica. Neste trabalho buscamos fazer um levantamento sobre as expectativas dos bolsistas do PIBID/Química/UFTM, que se iniciou em agosto de 2012. No primeiro encontro com a coordenadora de área, sem que esta explicasse sobre o projeto ou sobre as atividades que seriam desenvolvidas, alunos e professores supervisores responderam a um questionário que buscava levantar uma discussão sobre as expectativas do projeto que se iniciava. Neste trabalho, analisaremos apenas uma questão respondida pelos 16 licenciandos: “O que você espera do PIBID?”. Com relação a esta pergunta obtivemos variadas respostas e as agrupamos por suas similaridades. Cerca de 62% dos alunos esperam que o PIBID os auxilie a atuar como docentes, adquirindo experiência dentro de sala de aula. Outras respostas apresentadas mostram que os estudantes esperam que o projeto auxilie a trabalhar bem em grupo (13%), e ajude na formação acadêmica e melhora do currículo (25%). Com base nas respostas dos alunos, observamos que a grande maioria mostra-se preocupada com a sua formação como docente e em adquirir experiência para atuar como professor. Esta preocupação apresenta-se legítima e vai ao encontro dos objetivos do Programa no que diz respeito ao incentivo à formação de docentes e valorização do 354


magistério. Consideramos, assim, que ao se integrar ao projeto os estudantes têm suas maiores expectativas no que diz respeito ao PIBID ajudá-los a atuar como docentes. Palavras-chave: PIBID; Formação inicial; Educação.

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O PLANEJAMENTO DO ENSINO COMO EIXO DA FORMAÇÃO NO CONTEXTO DO PIBID/EDUCAÇÃO FÍSICA-UFU: UM MODELO EM CONSTRUÇÃO Gislene Alves do Amaral; Natalia Justino Batista Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: Neste artigo apresentamos a concepção de planejamento que orienta o trabalho de formação docente desenvolvido no contexto do PIBID-Educação Física, da Universidade Federal de Uberlândia. Além de reflexões sobre a importância do ato de planejar para a qualificação do trabalho docente, o texto apresenta também um modelo de registro do planejamento denominado Estratégia de Ensino, que vem sendo utilizado para a sistematização das atividades desenvolvidas na escola. Este modelo tem como elementos centrais o registro escrito dos Objetivos do ensino (Geral e Específicos) e a descrição dos procedimentos metodológicos, entendendo que as decisões em torno de o que e como ensinar precisam estar acompanhadas de reflexões sobre por que e para que ensinar e, ainda, de especificação do a quem se dirige o ensino. Neste sentido, a Estratégia de Ensino se articula com as reflexões sobre a unidade dialética conteúdométodo, uma vez que o conteúdo do processo pedagógico deve ser entendido como o conjunto de conhecimentos cuja assimilação/apropriação a escola deve propiciar aos educandos. A necessidade de recolocar a prática pedagógica como centro da reflexão nos processos de formação de professores tem estimulado, cada vez mais, o investimento em parcerias Universidade/Escola, como é o caso deste programa. A fertilidade destas experiências tem contribuído para aproximar estes dois espaços de produção de conhecimento, tornando possível o diálogo entre pesquisadores da academia, professores-pesquisadores da Educação Básica e estudantes-professores. 356


Quanto mais a Universidade reconhecer os professores como autores de suas práticas e não como aplicadores de conhecimentos elaborados longe deles, mais eles serão estimulados a se qualificarem.

Palavras-chave: Planejamento do ensino; Conteúdo-método; Formação docente.

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A CONTRIBUIÇÃO DO SUBPROJETO: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NAS ESCOLAS DE UBERLÂNDIA−MG César Paulo Silva; Lorena Silva Oliveira Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Resumo: A importância da Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas de Uberlândia, através do Subprojeto História e Cultura Afro-brasileira, da Universidade Federal de Uberlândia, vem ao encontro para fazer o cumprimento da Lei 10.693/03. Lei que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Africana nas escolas de Ensino Fundamental, Médio e Superior. Entretanto, nove anos após a implementação da Lei, ainda há resistência de algumas escolas e professores para trabalhar a temática étnico-racial em sala de aula. Muitos professores sentem dificuldade ou simplesmente ocultam a aplicação da Lei. Assim, com vistas a contribuir com a implementação da Lei 10.639/2003, desde 2010 o subprojeto História e Cultura Afro-brasileira vem auxiliando os professores da Escola Estadual Américo Renê Giannetti, Escola Municipal Doutor Gladsen Guerra de Rezende e Escola Estadual Segismundo Pereira, e, em 2012, pelo fato de o subprojeto encerrar suas atividades na Escola Segismundo Pereira, passou a atuar na Escola Estadual do Parque São Jorge. Diante disto, o presente trabalho visa relatar como a OFICINA DE AUTOIDENTIFICAÇÃO realizada na Escola Segismundo Pereira contribuiu para o ensino da real situação dos negros no Brasil e o ensino dos valores civilizatórios da Cultura Africana, abordando os seguintes temas: Memória, Identidade e Ancestralidade, Diáspora Africana, Identidade e Raça, A Marginalização do Negro e a Criminalização do Racismo, e a reflexão de Gênero e Alteridade. 358


O trabalho almeja, ainda, relatar como o PIBID-HCAFRO contribuiu para que os bolsistas começassem a pensar o estudo sobre Africanidades através da emenda, do plano de curso e ficha de disciplinas de seus respectivos cursos de graduação, considerando que este subprojeto é o único multidisciplinar, e cada licenciando construiu uma emenda, plano de curso e ficha de disciplina com a temática da Lei 10.639/03, para aplicar em suas futuras aulas. Visamos, além disto, expor como a utilização de materiais paradidáticos – filmes, curta-metragens e músicas − contribuíram para despertar a reflexão crítica sobre as questões étnico-raciais na Escola Estadual Américo Renê Giannetti. A aplicação de tais atividades justifica-se pela extrema necessidade de

recontarmos a nossa História por um viés antirracista, e assim

demonstrarmos às crianças e jovens a extrema importância dos negros na formação do povo brasileiro, visto que nossa matriz também é africana.

Palavras-chave: Lei 10.639/2003; Cultura; Escola.

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