BioPontal Francilelle EMMachadoAssis Anexo 70

Page 1

RESENHA DO FILME: QUANTO VALE OU É POR QUILO? O filme faz uma comparação entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pela ação do mercado institucional que forma uma solidariedade “camuflada”. Demonstrando também uma crítica às ONGs e suas capitações de recursos junto ao governo e empresas privadas. Lança uma falsa ideia de que pode promover o bem estar social, estabelecendo novos paradigmas sociais. A ênfase do filme pauta-se na grande disputa de verbas governamentais com a “mercantilização” da pobreza, um mercado da solidariedade, a briga constante para ver quem é mais solidário, ou seja, a empressa que mais investe em causas sociais se promove com mais rapidez. Com a institucionalização dos movimentos sociais em ONGs ouve um retrocesso no que se refere à combatividade das classes trabalhadoras, pois é visível a contradição que esta nos mostra. Ou seja, restringe sua atuação nas mãos dos seus financiadores (empresas, estado) deixando de atender aos interesses dos excluídos, das classes populares trabalhadoras, a fim de atender aos interesses de poucos, os “poderosos”. Estas “parcerias” que as ONGs possuem acabam por descaracterizar os movimentos sociais, bem como sua luta social. Quando as ONGs brigam por investimentos financeiros tem como conseqüência a perda de sua finalidade, resultando em fragmentação da classe trabalhadora ao capitalismo. Quando se aceita esses meios, manipulam-se as lutas atendendo as necessidades de poucos, fortalecendo o neoliberalismo. Pois a relação de subordinação e dependência que as “parcerias” demonstram e com a consolidação do neoliberalismo os indivíduos são submetidos à aceitação, tonando-se seres passivos e alienados. Sendo assim, entender as ONGs torna-se um processo relativo, pois ajudam por um lado, mais existem alguns preceitos ideológicos que perpassam essas grandes instituições, que passam a ser submissas e não mais contestatórias e conflitivas, o seu principal objetivo que é de diminuir as desigualdades sociais não passam de uma retórica que envolve “cidadania”, “justiça” e “paz”. O Estado deixou de ser prestador de serviços públicos transferindo a sua responsabilidade para a rede privada. A falta de comprometimento do estado para com as relações sociais deixa a “desejar” as necessidades da classe minoritária, pois não é feito de fato o que estes necessitam, ou seja, um assistencialismo “pobre” para o “pobre”. O mesmo acontece com a área educacional, pois o neoliberalismo ameaça a educação ao submetê-la à noção de que só a empresa e o lucro movimentam a cidade. Resultado disso é a privatização de tudo, inclusive das universidades. O particular toma o lugar do público, o interesse de poucos


substitui o interesse coletivo. A escola passa a ser um negócio, que a partir daí é vista como mercado, favorecendo apenas a classe dominante.

REFERÊNCIA:

LIMA, C. Filme Quanto Vale Ou E Por Quilo (completo) Dublado. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=fZhaZdCqrHg > . Acessado em 22 out 14.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.