História pontal 2014 anexo 112e113

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Universidade Federal de Uberlândia -UFU Faculdade de Ciências Integradas do Pontal- FACIP PIBID Coordenadora: Prof. Sandra Alves Fiuza Bolsista: Iago de Paula Barbosa

A cultura escolar como categoria de análise e como campo de investigação na história da educação brasileira

Tema: A temática do texto é fazer uma discutição e criar uma problemática acerca de uma bibliografia recente sobre a cultura escolar, e sua interação com a realidade escolar. Titulo: A cultura escolar como categoria de análise e como campo de investigação na história da educação brasileira Obra: Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.1, p. 139-159, jan./abr. 2004 Autor: Luciano Mendes de Faria Filho, nasceu em 1964 na cidade de Pocrane, Minas Gerais, formado em Pedagogia pela UFMG(1984-1988), onde também realizou seu mestrado(1989-1991) defendendo dissertação sobre a política de assistência e a educação para meninos pobres em Minas Gerais no período de 1909 a 1994.Defendeu seu Doutorado na USP sobre A história da escola publica em Belo Horizonte em 1996, atualmente atua na UFMG como Professor Adjunto, em concurso para a disciplina de História da Educação do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação da Faculdade de Educação. Problemática: A apropriação recente por parte da História dos campos de estudo acerca da educação e da cultura escolar. Tese: O autor faz um paralelo entre os diferentes autores que se enveredaram pela discutição acerca de cultura escolar, e a necessidade de buscar um embasamento histórico para se compreender toda uma vasta gama de documentos presentes nas pesquisas sobre este tema. Ele também busca contrapor toda influencia que este novo caráter de estudo influencia no Brasil, principalmente levando-se em conta as peculiaridades regionais que o ensino possui em nosso pais. Raciocínio do Autor:


Questões Principais: O autor inicia seu texto discorrendo sobre a bibliografia acerca da temática da cultura escolar, e as variações presentes nos discursos dos autores que ele se utiliza sobre o mesmo tema.Depois ele procura fazer um paralelo entre a educação Brasileira e todas estas correntes que acabam influenciando a educação no pais, ele também coloca como uma conclusão de seu artigo, as divergências e as peculiaridades presentes no ensino brasileiro, e todos os problemas que precisam ser sanados para que haja uma compreensão mais abrangente e rica da cultura escolar na realidade brasileira. Questão secundaria: O autor assim como Dominique Julia, faz uma inter-relação com a história do ensino e a própria realidade escolar atual, ele se utiliza de inúmeros panos de fundo acerca do desenvolvimento da educação sempre, buscando nas referencias de Julia, autor este que parece central na discutição do texto, ele também da uma certa importância a interdisciplinaridade presente nos estudo sobre a cultura escolar e a capacidade de se ampliar este discurso para varias áreas do saber, remetendo também para a psicologia e varias outras ciências onde estes estudos acabam bebendo. O autor também mostra a transição e os motivos desta transição para uma área mais historiográfica, principalmente se utilizando do trabalho de Julia.

Resumo: A cultura escolar é um tema que muito se vem discutindo atualmente, e sua importância para a história passa a ser notória no momento em que se carece de um conhecimento mais profundo parasse problematizar as fontes documentais que tais investigadores utilizam. No entanto também devemos fazer u estudo problematizante acerca da bibliografia sobre este mesmo tema e as divergências que vários autores acabam por tomar no momento em que explicitam o que é cultura escolar.Para isso autores como André Chervel e Dominique Julia entre outros acabam sendo indispensáveis. André Chervel por fazer uma introdução nesta temática buscando estudar as disciplinas e assim criar uma relação entre o que é produzido dentro do âmbito escolar e o que produzido fora, Julia por também se embasando em Chervel desenvolver um brilhante texto acerca de toda a complexidade residente na escola e de através de uma construção histórica estabelecer uma relação entre a maquina publica e o ensino, e a relação dialética entre o que se constrói na escola e o que se constrói fora dela.Tais autores acabam por legitimar mesmo que se divergindo em vários pontos a escola como não como um mero reflexo da sociedade mais algo em certos momentos autônomos em sua construção mesmo que extremamente vinculados a macroestruturas que se estabelecem fora dela. No entanto devemos buscar fazer um relação de toda esta construção histórica que vem sendo construída em torno da cultura escolar, esta por sua vez como algo que no Brasil ainda se constitui muito deficitária. E principalmente devemos fazer um estudo que se adéqüe a nossa realidade e a nossa concepção excludente que se estabelece no nosso ensino.

Universidade Federal de Uberlândia- UFU Faculdade de Ciências Integradas do Pontal- FACIP Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência- PIBID


Subprojeto da História Prof. Coordenadora: Sandra Alves Fiuza Bolsista: Iago de Paula Barbosa

Tema: O texto aborda a educação e sua evolução durante os séculos XVI e XIX, o texto procura perpassar por toda a influencia social que acaba sendo exercida sobre a cultura escolar nas transformações que se deram neste período, e também toda a influencia que a própria cultura escolar acaba por exercer na sociedade. O texto procura principalmente desmistificar o caráter neutro e isolado da escola, a escola é colocada como um reflexo da sociedade aspirando todas as suas influências e funcionando segundo as aspirações ou da sociedade ou dos mecanismos que controlam o âmbito do ensino, como o texto coloca a igreja ou o estado. Titulo: A cultura Escolar como objeto histórico Obra: Revista Brasileira de HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO/SBHE- Sociedade Brasileira de História da Educação/1º NÚMERO – 2001/Editora Autores Associados – CampinasSP/A cultura escolar como objeto histórico- Dominique Julia (Pg 9-45). Autor: Dominique Julia É diretor de pesquisas do CNRS, antigo prof. do Instituto Universitário Europeu (Florença), e especialista em história religiosa e história da educação na época moderna. Publicou Les trois couleurs du tableau noir. La révolution (Paris, Berlim, 1981) e, em colaboração com Marie-Madeleine Compère, Les colléges français (XVIXVIII siècles), 2 vols. (Paris Editions du CNRS-INRP, 1984 e 1988). Dirigiu o vol. Enseignement de l’Atlas de la Révolution française (Paris, Editions du EHESS, 1988). Problemática:

Diante da constante discução sobre o ensino e a cultura escolar o

autor vê uma necessidade de se falar sobre a inter-relação entre o ambiente escolar e o meio externo cultural que o cerca. O autor se defronta com o dilema de desconstruir a idéia de uma escola simples e constituída por si só, a escola para o autor rompe com tais moldes, e afirmações equivocadas. Para isso ele se embasa em um recorte temporal


aonde o ensino e a cultura escolar começaram a ganhar os moldes que possuem hoje, ele busca através s de exemplos integrados nestes recortes nos mostrar a influencia que a escola recebe em seu ambiente, seja em suas disciplinas e no que elas abrangem quanto a um caráter cientifico, seja na função que aquela escola ou aquele método pedagógico se propõem a ensinar. Assim sua problemática gira em torno de se estipular um estudo dobre a sociedade a cultura e mesmo as intencionalidades que se colocam por trás do pano de fundo do ensino e para se compreender isto é necessário fazer uma busca mais aprofundada no que rege o ensino durante todos estes períodos exemplificados. É interessante nos perpassarmos por alguns exemplos que ao citados no texto e cabem muito bem em uma narrativa que tente abranger sua problemática. Começando pelo ensino dentro dos parâmetros religiosos que o autor tanto se utiliza, sendo este ensino no ambiente católico ou protestante, e toda a intencionalidade que se incita por trás dos dogmas que são colocados neste tipo de ensino. Ele procura através destes exemplos nos mostrar toda uma carga de “adestramento” que se carregava junto as praticas educativas. Outro exemplo que também carece de ser colocado quando se fala da problemática levantada pelo autor, é o fato de que o estado ( a Terceira Republica Francesa, é o exemplo que ele usa) acaba por se incumbir de controlar a educação e toda a cultura e os princípios que gerem um ambiente ou uma cultura escolar, o autor cita em certo momento que na frança se ensinava a ler tendo como base a declaração de direitos do homem, e isto acaba por nos mostrar a forte influencia política que recaia e ainda recai sobre todo o ambiente escolar, a escola não é um ambiente neutro e totalmente imune a todas estes choques e descargas de conteúdos que a olho nu parecem não estar tão implícitos mais se apresentam de forma subliminar dentro do campo da pedagogia e dos métodos que o professor utiliza. O autor também procura ir além quando se utilizando sempre deste recorte temporal citado a priori, fala da relação da igreja (que até então detinha todo o controle sobre os métodos de ensino) com o estado (que em determinado momento passa a requerer uma maior influencia sobre o ensino e a metodologia pedagógica que se exerce nas salas de aula), relação esta que se dá em oposição em certos momentos quanto a hegemonia do controle pedagógico, visto o seu fator de adestramento social, e de transmissões de valores que nem sempre eram comuns entre a igreja e o estado, ou entre determinadas vertentes que se encontravam no controle do estado (absolutismo e republica), o autor chega a exemplificar em determinado momento que a s escolas da terceira republica por mais que se utilizasse de meio alegóricos que fossem intimamente


ligados a exaltação da figura do estado ( a declaração dos direitos do homem) não conseguiu desvincular por total a influencia da igreja sobre os cidadãos que ainda utilizavam a leitura bíblica para se aprender a ler, daí ele problematiza ainda mais ao afirmar que não é apenas a cultura externa que exerce influencia sobre a cultura escolar, mais em certo ponto a própria cultura escolar que acaba por exercer certa influencia sobre a própria cultura externa, no momento em que métodos pedagógicos tão enraizados em seu âmbito acabam por permanecer mesmo que contrariem os interesse do próprio estado. Assim o ator procura levantar que a uma dialética de influencias, pois enquanto o macro (estado, igreja etc...) exerce uma extensa influencia sobre o micro (escola), o micro também exerce influencia sobre o marco e só poderão ser compreendidos no momento em que ambos forem estudados de forma homogênea e de forma que ambos se entrelaçam na construção de uma cultura seja ela escolar ou ainda mais ampla e abranja toda uma sociedade. Tese: O autor responde a problemática como me adiantei acima, propondo estabelecer um estudo bivalente que abranja não apenas os meios de ensino, a proposta pedagógica mais também todo o meio onde estes se dão que se busque conhecer toda a intencionalidade que se constrói através dos processos históricos que se dão em torno de toda a linear história do ensino, o autor talvez levante uma questão dialética, uma questão de que se estudarmos e nos focarmos unicamente no ambiente da escola não compreenderemos os processos que realmente as constrói. Em determinado momento o autor chega a fazer um paralelo sobre a concepção que se tinha do papel de um professor, de todas as exigências que recaem sobre ele, e ele enfatiza bastante a representação destes professores que se obtém em uma pesquisa feita na década de 60 sobre os professores da terceira republica, e através desta relação deixamos de compreender a escola apenas como um monólito isolado e destacado de todo meio histórico e acabamos por compreende La como uma instituição como qualquer outra, como o próprio autor cita, a escola sendo uma instituição como qualquer outra se carrega de historicidade de maleabilidade temporal, e principalmente quando se estuda todas as concepções de professor que o recorte temporal do autor abrange acabamos por compreender que a escola é feita de sujeitos históricos, sendo os professores sujeitos ligados a um determinado tempo, e a um determinado anseio social, e não um ser atemporal e semelhante em todas as épocas e culturas. O professor Jesuíta se distingue do professor protestante que por sua vês se distingue do professor


camponês de origem pobre, assim como o professor de uma universidade com sua cátedra se distingue dos irmãos professores que ensinavam para crianças pobres apenas noções básicas de leitura. E este caráter histórico que liga o ambiente escolar ao ambiente externo e todas as divergências que se dão dentro dele. O autor também ressalta a necessidade se estudar a diferentes culturas escolares mesmo que se encontrem sobre a égide de um mesmo estado. Ele procura colocar as diferentes intencionalidades por trás dos vários grupos escolares que se formam dentro de um mesmo ambiente cultural como a própria Europa, ou a frança e Alemanha.Que mesmo se encontrando dentro de um mesmo estado haviam diversas vertentes de ensino, seja a voltada para a formação teológica, buscando dar ao aluno uma pretensão acadêmica, ou um ensino mais popular que buscasse unicamente dar ao aluno uma noção de leitura e interpretação de texto para que ele pudesse freqüentar a missa. Todos estes fatores são vistos pelo autor como fator crucial para se compreender a cultura escolar. Raciocínio do autor: a)Questões principais: O autor inicia decorrendo sobre o recorte temporal em que pretende tratar, e a intenção de se usar este determinado recorte temporal, no caso sec. XVI e XIX. Depois ele começa a falar sobre as fontes na qual ele se utilizou e toda a dificuldade de se lidar com tais fontes, no caso documentos escolares do período citado acima, ele também faz uma larga problematizarão do conteúdo de suas fontes, e ainda cita a escassez que este tipo de documento acaba por ter já que não há um controle, e a grande maioria acaba por ser meramente descartada. O autor depois começa a ir diretamente a sua temática, abrangendo principalmente os exemplos de escolas na Europa neste período de tempo e também fazendo uma inter-relação entre o ambiente histórico destes períodos e suas intencionalidades quando se referindo a intenção sobre a disseminação do ensino. O autor também faz uma analise sobre os professores e as transformações que se dão no âmbito de sua profissionalização, ele faz um longo paralelo entre a evolução da figura do professor na Europa, desde o período dos preceptores dos príncipes até os professores por vocação sendo eles quase que religiosos. Ele então faz uma comparação entre a forma de se ensinar e a forma como as ciências são moldadas para caber em uma determinada realidade escolar, e para acatar uma determinada demanda social, e por fim faz uma conclusão deixando em aberto


vários pontos no qual ele acredita serem necessário serem discutidos e que complementam em muito seu artigo. b)Questões secundarias: O autor apresenta algumas questões secundarias que a se encaixam bem em uma discução voltada mais para o campo historiográfico do que pedagógico, seu discurso abrangido ele os sec. XVI e XIX, passa por um período onde se fica claro visto sempre utilizando exemplos dentro do campo do ensino, o rompimento da sociedade medieval e absolutista para a formatação de uma sociedade moderna e desvinculada com a religião católica. O autor mesmo cita o avanço dentro do campo do ensino laico que o surgimento do protestantismo deu ao ensino, e principalmente as revoluções contra o absolutismo que se deram na frança e toda a ascensão burguesa podem ser vistos claramente quando se vê apenas a história do ensino neste período. Através destas concepções colocadas pelo autor passamos a enxergar os vários ambientes ou microfisicas que se desencadeiam no nascimento da modernidade, como o rompimento do estado com a igreja, como a ascensão dos interesses burgueses e a formatação de uma sociedade mais “iluminada” e baseada na razão e englobando as discuções cientificas e não apenas as descuçoes teológicas no seu âmbito de ensino, aqui toda esta concepção macro funciona como um pano de fundo para a discutição acerca da mutualidade da escola e a carga histórica que a história possui. Resumo: O texto se inicia mostrando como o sec.XVI ao sec.XIX, foram importantes na formatação do ambiente escolar, seja ele a priori dentro dos monastérios ou igrejas e a partir de um determinado momento se expandindo para áreas como o estado e apropria sociedade em si desvinculando-se da própria igreja, e pegando pára si o encargo do ensino. Logo depois ele faz um levantamento de suas fontes e as problematiza, ele chega a citar exemplos, como no caso de alguns documentos escolares que acabaram sendo reaproveitados e muitos se perderam devido ao descaso por eles, ele ainda fala sobre o perigo de se utilizar os documentos escolares existentes sobre este determinado período como extremamente verídicos, sem lhes colocar uma carga critica e seletiva, ele também fala da utilização de fontes que se encontram fora do ambiente escolar mais sim


dentro de um âmbito social e cultural, como as biografias de indivíduos e documentos do estado. Seu discurso também abrange os professore e sua colocação no âmbito de sujeito histórico não sendo eles imunes a interferência externa, e sendo eles sujeitos sociais de um determinado tempo e estando eles a serviço de um determinado propósito, para isto ele usa de vários exemplos, de uma vasta documentação principalmente derivada da Europa, ele se utiliza da Alemanha e da frança, neste momento ele faz varias contextualizações históricas, tomando momentos chaves para a compreensão de seu discurso a revolução francesa e a reforma protestante.Em outro ponto ele coloca a formação da carga pedagógica destas escolas como um método também carregado de influência histórica do período na qual ela é contemporânea, ele também discute sobre a formatação das inúmeras ciência dentro do quadro da aprendizagem e como elas podem ser inseridas sem serem defasada mais sim adaptadas as necessidades que lhe são exigidas. Na conclusão ele coloca alguns aspectos que ele não falou mais que são importantes, mais sempre ressaltando a importância da compreensão da escola como algo temporal, histórico e extremamente derivado da sociedade na qual ela é contemporânea e não um monólito utópico e feita por seres atemporais e livres de influencias e construções externas, mais ele ainda ressalta a carga dialética que a escola necessita para se ter um melhor estudo sobre sua cultura. Observação: O texto é bastante direto e de compreensão fácil, sendo que sua carga historiográfica é muito ampla e seu discurso bastante focado, por possuir um recorte temporal especifico e pequeno seu exemplos são bem sucintos o que acaba permitindo uma familiarização rápida com sua temática e uma localização histórica mais direta. O autor parece não fazer um amarração muito preciso no final, abrindo novas questões mais no próprio conteúdo textual ele discute bastante a forma de se estudar e de se entender o caráter histórico da cultura escolar o que acredito que seja o ponto de conclusão de sua narrativa;


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