Universidade Federal de Uberlândia- UFU Faculdade de Ciências Integradas do Pontal- FACIP Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência- PIBID Subprojeto da História Prof. Coordenadora: Sandra Alves Fiuza Bolsista: Iago de Paula Barbosa
Tema: O texto aborda a forma como a história oral pode ser tratada dentro dos estudos que se propõem a estudar a cultura escolar e os sujeitos que a caracterizam, assim como busca mostrar todo o percurso historiográfico da assimilação do método da história dentro do modo que integrem a pesquisa e a escrita historiográfica. Titulo: A história oral e suas contribuições para o estudo das culturas escolares
Problemática: A questão que a autora busca responder, é: como a história oral pode ser utilizada nas pesquisas que se voltam para uma abordagem dos estudos da cultura escolar, que acréscimos e que tipos de abordagem este método pode possibilitar a história voltada para os centros educacionais e os seus sujeitos. Tese: A tese fundamentada no texto é de que a história oral quando se trata de um método de abordagem utilizado dentro das pesquisas sobre a cultura escolar pode ser extremamente positiva, pois permite que outros sujeitos não contemplados pelas fontes escritas se insiram como sujeitos históricos. Estes sujeitos (professores, pais, funcionários) que se veem enquanto reprodutores de algo planejado em instâncias superiores, e limitam seu nível de autonomia e atuação, acabam se percebendo enquanto parte ativa e pensante do ambiente escolar, onde suas experiências, seus objetivos e sua forma de ensinar agir e trabalhar acabam lhes garantindo uma autonomia em relação a verticalidade do currículo. Para a autora, o método oral possibilita todas estas abordagens, e principalmente a inserção de novos sujeitos e novas experiências nas pesquisas sobre a cultura escolar.
Raciocínio do autor: a)Questões principais: •
A história oral como uma nova possibilidade metodológica para captar as experiências dos sujeitos cotidianos da escola.
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A necessidade de se compreender a cultura como uma construção humana, e não um objeto fechado, neste aspecto a escola entraria como fruto da ação e da mediação dos sujeitos que a compõem.
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A história oral como algo atrelado aos processos culturais.
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As novas abordagens oriundas da história cultural, e a inserção da história oral como método, possibilitaram novas perguntas, novas fontes, novos sujeitos.
Resumo: O texto busca inicialmente mostrar como através das novas abordagens da história cultural, a história oral foi ganhando espaço dentro das novas visões historiográficas. As visões positivistas e que buscavam construir uma história objetiva vão decaindo e sendo substituída por novas perspectivas seja através do marxismo estruturalista seja mais adianta através dos estudos culturais, e de uma visão de circularidade e subjetividade cultural. Desta forma novas fontes além das fontes oficiais entram em cena, essas fontes apesar da descredibilidade dada por muitos historiadores elas, acabam possibilitando novos questionamentos, e sobretudo a inserção de novos sujeitos dentro da escrita da história. Novas experiências, novos saberes e novas culturas são inseridas e analisadas de uma perspectiva critica. Desta maneira quando se trata de educação e da cultura escolar, o método da história oral acaba sendo muito útil, pois possibilita a inserção de novos sujeitos, presentes dentro da escola e atuantes dentro da mesma como de fato sujeitos históricos. Isto por um lado gera um ganho para a historiografia que visualiza as experiências e os saberes destes segmentos antes excluídos, e por outro lado confere a estes sujeitos um potencial de atuação dentro dos espaços em que atuam (a escola). Desta maneira se faz crucial a utilização deste método oral como forma de legitimar a voz e a atuação enquanto sujeito histórico destes membros intermediadores da cultura escolar.