Pedagogia pontal msimonei emaureliano anexo 50

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA – UDI FACULDADE DE CIENCIAS INTEGRADAS DO PONTAL – FACIP PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA

PROJETO DE INTERVENÇÃO A LEITURA :NAS VERTENTES DA DIVERSIDADE

I.

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Licenciandas Resposáveis: Aldeliane Quaresma de Melo Pâmela Regina Alexandre Área: Diversidade Cultural/ leitura

Coordenador Orientador: Prof°. Dr°. Maria Simone Ferraz Pereira Moreira Costa Supervisora orientador: Leila Aparecida Pereira Rosa Oliveira Escola de implementação: Escola Municipal “Aureliano Joaquim da Silva” CAIC Público Alvo: alunos do Ensino Fundamental II II.

TEMA DE ESTUDO NA INTERVENÇÃO: Leitura, interpretação e diversidade cultural

III.

TÍTULO: A LEITURA: NAS VERTENTES DA DIVERSIDADE

IV.

JUSTIFICATIVA

O contexto escolar e toda a sociedade de modo geral anseiam por facetas emergenciais na tradução de formadores de opinião e seus possíveis sujeitos, com caráter que denunciem perfis cidadãos com abertura para a diversidade cultural, capazes de enunciar a própria autonomia e dessa emancipar várias outras decorrentes de seus modelos e sua ensinagem.


Sendo assim, propomos no desenvolvimento deste trabalho oportunização de se abordar as diferentes experiências decorrentes das mais diversas potencialidades culturais com foco na leitura e suas consequentes descobertas articuladas às disciplinas curriculares.

Objetivo Geral  Estimular a leitura, respeito e valorização da diversidade cultural. Objetivos Específicos  Transformar o hábito de leitura em um processo de construção de momentos Deleite;  Contribuir para que a leitura, advinda de diferentes manifestações culturais, seja instrumento de fluência e compreensão;  Formular consciência cidadã na querência de apropriação da cultura diversificada;  Valorizar a cultura do outro, estabelecida em “lócus escolar”.

Desenvolvimento O presente trabalho se desenvolverá com atividades que abordem temáticas alusivas à diversidade com propostas de atividades como contação de histórias em momentos deleite sequenciados de leitura desses pelos discentes, recontos orais e escritos com retratação ilustrativa, rodas de conversas formais e rodas de apreciação. O Brasil ignora a si mesmo devido à diversidade notável em sua composição populacional. Com isso é necessário se trabalhar a valorização das diversas culturas dos grupos sociais que vivem no território nacional, as diferenças socioeconômicas e a crítica às relações sociais discriminatórias e excludentes existentes na sociedade brasileira, com isso proporcionando ao aluno a possibilidade de conhecer o Brasil como um país complexo, multifacetado. A formação da população brasileira caracteriza-se pela miscigenação de raças e culturas. Historicamente foi sendo construída uma superiorização de uma raça sobre as outras. Desde a colonização do Brasil o modelo cultural europeu impôs-se como uma raça dominante e, consequentemente, a cultura europeia como o padrão para as relações socioculturais no país.


Atualmente, pesquisadores, professores e estudiosos têm dedicado às pesquisas voltadas para busca de novos caminhos, apresentando a necessidade e o enorme valor de se trabalhar a diversidade cultural brasileira negada e silenciada em prol da cultura europeia com o intuito de valorizá-la e respeitá-la. Muito desta inferiorização com relação às culturas formadoras dos costumes brasileiros estão ligados ao preconceito. De acordo com Silva, 2005, p.21 é preciso: Conhecer para entender, respeitar e integrar, aceitando as contribuições das diversas culturas, oriundas das várias matrizes culturais presentes na sociedade brasileira, deve ser o objetivo específico da introdução nos currículos do tema transversal Pluralidade Cultural e Educação, que considero universal, pela sua abrangência e importância social.

As culturas são determinadas pelos grupos sociais ao longo do processo histórico, as quais constroem suas formas de permanência na organização da vida social e política nas suas relações com o meio e com os outros diversos grupos sociais. Portanto a diferença cultural é produto da singularidade desses processos em cada grupo social.

De acordo com PCN Pluralidade Cultural, (1997): A desigualdade social é uma diferença de outra natureza: é produzida na relação de dominação e exploração socioeconômica e política. Quando se propõe o conhecimento e a valorização da pluralidade cultural brasileira, não se pretende deixar de lado essa questão. Ao contrário, principalmente no que se refere à discriminação, é impossível compreendê-la sem recorrer ao contexto socioeconômico em que acontece e à estrutura autoritária que marca a sociedade. As produções culturais não ocorrem “fora” de relações de poder: são constituídas e marcadas por ele, envolvendo um permanente processo de reformulação e resistência. (p.07)

Com a aprovação de leis que garantam o estudo e a valorização das diversas culturas esse quadro tem sido questionado. Isso tem provocado várias mudanças na formação e prática docente, nos materiais didáticos e na documentação da escola. Segundo Silva et. al (2010, p. 79), elas são direcionadas [...] a todo e qualquer grupo social com histórico de exclusão qualquer tipo de discriminação diante de grupos sociais hegemônicos. Populações negras e indígenas, mulheres, homossexuais, deficientes físicos, idosos, jovens das periferias urbanas, trabalhadores do campo, dentre outros grupos em situação de vulnerabilidade social, podem ser alvos de tais políticas. A curto e médios prazos essas políticas visam diminuir as desigualdades sociais entre esses grupos sociais e os grupos dominantes: em longo prazo, o que se pretende é estabelecer uma substantiva justiça e equidade social, ou seja, a construção de uma sólida democracia. (SILVA et. al, 2010, p. 79)


E este quadro somente será alcançado se conseguirmos oferecer às crianças um total acesso aos recursos culturais ressaltantes para a aquisição de sua cidadania. Esses recursos compreendem tanto o campo do saber tradicional presentes no trabalho escolar como: as inquietações atuais com o meio ambiente, com a saúde, com a sexualidade e com as questões éticas referentes à igualdade de direitos, à dignidade do ser humano e à solidariedade. Neste sentido é necessário se trabalhar com os educandos os múltiplos recursos que os façam apreenderem o seu papel particular ou individual na sociedade, assim também como o seu papel, coletivo de todos os outros nesta mesma sociedade. Já no que se refere à literatura já está provado que a leitura é um instrumento eficaz para a aprendizagem do ser humano, uma vez que por meio dela é possível enriquecer o vocabulário, obter conhecimentos, desenvolver o raciocínio e interpretar fatos. Uma vez o indivíduo seduzido pelo hábito da leitura, pode se tornar um leitor para a vida inteira. Durante a leitura deparamos com um mundo novo, repleto de coisas desconhecidas, com isso proporcionando espaço para a imaginação e criatividade dos leitores. Na literatura, durante o período de leitura a criança desenvolve sua vivência, seu pensar, seu agir e decifra os valores e os comportamentos inseridos em outras culturas, tornando-se inquieta e provocada a querer saber mais, pois fazer a leitura de certa história ou mesmo ouvir expande sua visão de mundo.

Principalmente os escritores de literatura para crianças, meninos, meninas ou jovens, encontrarão, neste sentido instigante estudo, farto material de reflexão para sua criação literária. Nele, descobrirão também que “hoje, como no passado, a tarefa mais importante e também mais difícil na criação de uma criança é ajudá-la a encontrar significado na vida”. E aí está a literatura para servir de mediadora para essa tarefa... (COELHO, 2000, p.57)

Nesse sentido, a escola necessita estimular o hábito da leitura diante daqueles que ainda não a possuem, criando momentos propícios para aquisição deste hábito. A escola deve ter como função primordial a formação do indivíduo leitor, pois ela ocupa um espaço privilegiado de acesso à leitura.


[...] propicia uma reorganização das percepções do mundo e desse modo, possibilita uma nova ordenação das experiências da criança. A convivência com textos literários provoca a formação de novos padrões e o desenvolvimento do senso crítico. (CADEMARTORI, 1987. p. 19).

A leitura é de grande importância para o desenvolvimento intelectual, psicológico e afetivo da criança, portanto desempenha papel fundamental pela riqueza de motivações, sugestões e recursos. A literatura, utilizada de modo adequado, é um instrumento fundamental na construção do conhecimento do educando, pois faz com que ele desperte para o mundo da leitura não só como um ato de aprendizagem significativa, mas também como uma atividade prazerosa.

A linguagem que constrói a Literatura Infantil se apresenta como mediadora entre a criança e o mundo, propiciando um alargamento no seu domínio linguístico e preenchendo o espaço do fictício, da fantasia, da aquisição do saber... (CARVALHO, 2006, p. 129)

Nessa perspectiva, a escola, a família e o professor são os responsáveis pelo incentivo à leitura, pois todos devem se empenhar de incluir o livro no cotidiano das crianças para se tornar um hábito e não uma obrigação.

Avaliação: A avaliação far-se-á por verificação do desempenho dos alunos de forma contínua, observando as produções desenvolvidas e o envolvimento nos temas propostos, nas habilidades adquiridas e por fim, como foco, a fluência na leitura. O produto final será a exposição dos trabalhos. Sugestões de obras: 1- A lua feiticeira e a filha que não sabia pelar 2- Amenina que não falava 3- O homem chamando namarasotha 4- O rato e o caçador 5- A gazela e o caracol 6- Os segredos da nossa casa


7- Todos dependem da boca 8- Uma ideia tonta 9- A hiena e o gala-gala 10- Coração sozinho 11- O fim da amizade entre o corvo e o coelho 12- O cágado e o lagarto 13- O caracol e a impala 14- O elefante, escravo do coelho 15- O gato e o rato 16- Por que é que os cães se cheiram uns aos outros 17- Era uma vez 18- O porco e o milhafre 19- O leão e o coelho 20- O segredo de nossa casa 21- A cabaça universal 22- A origem do tambor 23- Amigos, não para sempre 24- O jabuti de asas 25- O homem leopardo

REFERÊNCIAS SILVA, Ana Célia da. A Desconstrução da Discriminação no Livro Didático. In: MUNANGA, Kabengele. Superando o Racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. p. 21- 39. SILVA, Claudia Rocha da (et. al.). As Ações Afirmativas e a Universidade do Estado da Bahia: uma cultura universitária inovadora. Universidade e sociedade. DF, ano XX, nº 46, junho de 2010. CADEMARTORI, Ligia. O que é Literatura Infantil. São Paulo. Ed: 1°. 1987. CARVALHO, Maria Angélica Freire de, MENDONÇA, Rosa Helena (org.). Leitura da literatura: a produção contemporânea. In: Práticas de leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.


Metodologia:

Formais, informais e reflexões das etnias estudadas e sua relação com a região que moramos. Apreciação de contos africanos que retratam a população étnica estudada.


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