ESCOLA MUNICIPAL PREFEITO CAMILO CHAVES JÚNIOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
PPP – Projeto Político Pedagógico
Escola Municipal Prefeito Camilo Chaves Júnior de Educação Infantil
Av. 39, 1432 – Setor Sul PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Diretora: Claudia Maria de Gois Vilarinho Especialistas da Educação: Katiuce Cristine A. Ribeiro Lilia Maria Mendes Bernardi
O QUE É PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO? Projectu = projicere = lançar para diante.(Ferreira1975,p.1.144) Ao construirmos os projetos de nossas escolas, planejamos o que temos intenção de fazer, de realizar. Lançar-nos para diante, com base no que temos, buscando o possível. É antever um futuro diferente do presente. O projeto busca um rumo uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. “Buscar uma nova organização para a escola constitui uma ousadia para os educadores, pais,alunos e funcionários” VEIGA, Ilma P. A. (org). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1996.
POR ONDE COMEÇAR? MAS ONDE DEVE COMEÇAR? O MUNDO É TÃO VASTO ! POR MEU PAÍS, QUEÉ O QUE EU CONHEÇO MELHOR? MAS MEU PAÍS É TÃO GRANDE! SERIA MELHOR COMEÇAR PELA MINHA CIDADE... MAS MINHA CIDADE É TÃO GRANDE! SERIA MELHOR COMEÇAR POR MINHA RUA... --- NÃO! MINHA CASA! --- NÃO! MINHA FAMÍLIA! NÃO IMPORTA! COMEÇAREI POR MIM MESMO!
IDENTIFICAÇÃO Nome da escola: Escola Municipal Prefeito Camilo Chaves Júnior de Educação Infantil Endereço: Av: 39, 1432 – Setor Sul – CEP: 38.300-022 – Ituiutaba – Minas Gerais CNPJ: 07.979.365/0001-59 Tipificação: Educação Infantil Órgão responsável: Prefeitura Municipal de Ituiutaba Número da portaria de criação e de autorização de funcionamento e publicações: O Artigo 1º, da Lei Municipal nº. 3.318, de 17 de dezembro de 1998, modificado pela Lei nº. 3.408, de três de agosto de 2000, e ainda pela Lei nº. 3.449 de 29 de março de 2001, renomeia a Pré-escola do Centro Social Urbano, passando a se chamar “Escola Municipal Prefeito Camilo Chaves Júnior de Educação Infantil”.
2. CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE 2.1 Histórico
O Centro Social Urbano, que até então era o nome desta escola, na década de 80, tinha por objetivos profissionalizar pessoas para o mercado de trabalho. Havia cursos de datilografia, crochê, corte de cabelo, manicure, pedicure, costura, bordado e outros. Havia três salas de aulas, porém com visão assistencialista. As professoras ficavam com as crianças na parte de recreação enquanto as mães participavam de cursos profissionalizantes nesta instituição. Com a abertura do mercado de trabalho para a mulher, as mães não tinham onde deixar seus filhos. Surge então, a necessidade de criar mais salas de aula. Com o apoio da Secretaria de Educação e com recursos oriundos de campanhas feitas pela direção da escola, são abertas novas salas para suprir a demanda onde a procura é sempre maior que a oferta. Foram feitas adaptações na parte física e equipamentos.
Na década de 90, havia atos de vandalismo com o patrimônio desta instituição escolar, por parte da comunidade que a frequentava. Foi realizada então, uma parceria com a Polícia Militar do bairro, através do Projeto Bom de Bola, Bom na Escola, com crianças e adolescentes, abrindo assim, as portas da escola para a comunidade. Escola e comunidade passaram a administrar juntas e o vandalismo foi eliminado. Com registro em 24 de janeiro de 1991, pelo então presidente do Conselho Comunitário da Vila Natal, senhor Valter Arantes, a escola passa a ter uma nova visão pedagógica, tornando-se assim a Escola Municipal Prefeito Camilo Chaves Júnior de Educação Infantil, uma instituição que passa a atender crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, com a preocupação de prepará-las para ingressarem no Ensino Fundamental.
2.2 Que escola temos? Atualmente a Escola Municipal Prefeito Camilo Chaves Júnior de Educação Infantil está inserida em uma comunidade de classe baixa e média, no Setor Sul da cidade de Ituiutaba, no estado de Minas Gerais. Atende alunos da faixa etária de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, inseridos na Pré Escola. A escola atende no turno matutino quatro /cinco salas de 2º período, duas / uma salas de 1º período e uma sala de multimeios que trabalha aspectos como a psicomotricidade, artes e ludicidade através de brincadeiras, brinquedos e teatro. No turno vespertino funcionam seis/cinco salas de 1º período e também a sala de multimeios. O trabalho pedagógico é realizado através de projetos, numa proposta interdisciplinar, embasados nos eixos dos Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil, que orienta a criança a desenvolver-se nos aspectos, sociais, afetivos e cognitivos. Quanto ao pedagógico a escola acredita que “O indivíduo precisa sentir a necessidade da linguagem e da escrita no seu dia-a-dia. Assim, a assimilação do código linguístico não será uma atividade de mãos e dedos (copistas), mas sim uma atividade de pensamento, uma forma complexa de construção de relações”. (Emília Ferreiro)
Quanto ao pedagógico a escola acredita que quando a criança está exposta a um meio global no qual a comunicação através da escrita é funcional, a aprendizagem da leitura e da escrita pode ser considerada como um resultado natural – processos naturais de pensamento e aprendizagem. O papel do professor no processo de construção de conhecimento consiste em facilitar o intercâmbio entre as crianças, responder as perguntas, propor situações concretas de escrita e leitura.
As sextas–feiras a equipe gestora juntamente com professores reúnem para planejar, avaliar questões pedagógicas, físicas e administrativas. Faz-se o possível para resolver questões relativas à instituição escolar. As estratégias são focalizadas nos projetos de ensino dos alunos, na concepção construtivista e no Projeto Político Pedagógico. A influência da equipe gestora é participativa e aberta. Através da realização de reuniões metas são traçadas e resoluções são tomadas. Há a descentralização do poder. semanalmente a equipe gestora e os docentes se reúnem para planejar ações pertinentes à questões pedagógicas e administrativas focadas no desenvolvimento integral da criança . A metodologia de projetos temáticos busca integrar a criança ao mundo que a cerca de maneira interdisciplinar , valorizando as aptidões individuais e incentivando a socialização com trabalhos em grupo. As decisões são tomadas de maneira participativa. As metas pedagógicas estabelecidas para o ano são definidas em conjunto com as professoras e as metas administrativas envolvem toda a comunidade escolar . Existem grandes expectativas com relação aos alunos. Expectativas elevadas, mas realistas. Traçam-se metas a cumprir durante o ano tendo como foco o sucesso dos alunos e a qualidade na educação. No processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento é fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação. Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil. ( texto retirado do RCNEI. VOL I P. 21,22)
A clientela é formada por crianças que têm acesso ao mundo letrado, aumentando assim o seu desempenho e o envolvimento com a cultura local. O nível socioeconômico é variado, mas, diante de um mundo globalizado os pais fazem de tudo para acompanhar os avanços tecnológicos. As famílias são de classe baixa a média. Acompanham de perto o desenvolvimento dos filhos, compartilham a visão e as expectativas da instituição escolar a respeito do sucesso dos filhos. Os pais acreditam na escola, nos filhos e participam da vida escolar dos mesmos, nos eventos, reuniões e campanhas desenvolvidas pela escola. Existe uma parceria desta instituição com os órgãos públicos, especificamente na SMEEL, SRE, SEE. Estes órgãos apoiam os projetos realizados pela escola, cuidam dos aspectos administrativos e incentivam cada vez mais a qualidade da educação.
3. PRINCÍPIOS 3.1 Deveres e competências da escola De acordo com a LDB- 9394/96, artigo 12º estabelece que os deveres da escola são: De acordo com a LDB- 9394/96, artigos 12º estabelece: Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I. Elaborar e executar sua proposta pedagógica; II. Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III. Assegurar o comprimento dos dias letivos e horas/aula estabelecidas; IV. Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V. Prover meios para a recuperação dos alunos de cada docente; VI. Articular-se com as famílias e a comunidade criando processos de integração da sociedade com a escola; VII. Informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como a execução de sua proposta pedagógica.
Compete à escola de Educação Infantil proporcionar condições para o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social complementando a ação da família e da comunidade.
4 . FINALIDADES 4.1 A escola que a comunidade deseja / A escola que desejamos A Escola Municipal Prefeito Camilo Chaves Júnior de Educação Infantil, atende crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, num total de 219 alunos. Sendo seu perfil crianças de nível socioeconômico médio e baixo. A escola busca de forma positiva atender as necessidades do educando propondo projetos de trabalhos pedagógicos diversificados que possam atingir de forma conscientizadora e provocar mudanças positivas de postura, visando uma sociedade mais justa, onde todos possam ser valorizados e respeitados, independente da sua condição social, financeira e etnia racial. A globalização e os avanços tecnológicos exigem atualmente uma sociedade com pessoas bem informadas, orientadas e qualificadas. Por isso, a escola deve ter uma formação voltada para o desenvolvimento de valores positivos, permitindo que os alunos participem ativamente da sociedade desenvolvendo habilidades, capacidades e autonomia.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.
5. OBJETIVOS • Proporcionar à criança possibilidades de comunicação e expressão, despertando o interesse por conhecer vários gêneros orais e escritos e participando de diversas situações de intercâmbio social nas quais possa contar suas vivências, ouvir as de outras pessoas, elaborar e responder perguntas; • Propiciar que a criança compreenda a importância do uso da linguagem oral para conversar, brincar, comunicar e expressar desejos, necessidades, opiniões, ideias, preferências e sentimentos, relatando suas vivências nas diversas situações de interação presentes no cotidiano. • Apreciar a leitura feita pelo professor de diferentes textos; • Despertar o interesse por escrever palavras e textos ainda que não de forma convencional; • Reconhecer seu nome escrito, sabendo identificá-lo nas diversas situações do cotidiano.
• Desenvolver progressivamente o processo de alfabetização de forma significativa e contextualizada. • Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural, formulando perguntas, imaginando soluções para compreendê-lo, manifestando opiniões próprias sobre os acontecimentos, buscando informações e confrontando ideias; • Estabelecer algumas relações entre o modo de vida característico de seu grupo social e de outros grupos; • Registrar as informações, utilizando diferentes formas: desenhos, textos orais ditados ao professor, comunicação oral registrada em gravador etc. • Valorizar atitudes de manutenção e preservação dos espaços coletivos e do meio ambiente. • Desenvolver atitudes de cuidados com o corpo, à prevenção de acidentes, relacionadas à saúde e ao bem-estar individual e coletivo. • Formular hipóteses para resolver situações-problema relativas a quantidades, espaço físico e medida, utilizando a linguagem oral e a linguagem matemática;
• Desenvolver noções simples de cálculo mental, medida de comprimento, peso, volume e tempo, pela utilização de unidades convencionais e não convencionais. • Identificar os números nos diferentes contextos em que se encontram. • Reconhecer e identificar propriedades geométricas de objetos e figuras, como formas e tipos de contornos. • Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, possibilitando gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação; • Deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular etc., desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras;
• Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação; • Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades de seu corpo; • Explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo; • Produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação.
6. ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL
6.1 A escola e seus profissionais 6.1.1 O Diretor É do diretor da escola a responsabilidade máxima quanto à consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido, e controlando todos os recursos para tal. A gestão do diretor deve ser democrática e transparente, agregando a ética, a pontualidade, a atualização e o comprometimento com os interesses e objetivos da escola e de seus profissionais. Devido à sua posição central na escola, a maneira como desenvolve seu papel exerce forte influência sobre todos os setores e pessoas da escola. É do seu desempenho e da sua habilidade em influenciar o ambiente que depende, em grande parte, a qualidade do trabalho, o clima escolar, o sucesso do processo ensinoaprendizagem e o apreço da comunidade pela escola. A atual diretora é formada em Pedagogia, iniciou na direção desta escola, em cargo comissionado de 40 horas semanais em 2011, é efetiva nos cargos de Professor de Educação Básica(PEB) e de Especialista de Educação Básica (EEB ) possui experiência na docência de Educação Infantil e Fundamental.
A fim de incumbir-se do seu papel, o diretor assume uma série de funções, tanto de natureza administrativa quanto pedagógica, compete-lhe: • Organizar e articular de todas as unidades competentes da escola; • Controlar os aspectos materiais e financeiros da escola; • Articular e controlar os recursos humanos; • Integralizar escola e comunidade; • Formular estratégias e ações para o alcance dos objetivos e princípios propostos; • Supervisionar e orientar a todos aqueles a quem são delegadas responsabilidades. • Dinamizar e assistenciar aos membros da escola para que promovam ações condizentes com os objetivos e princípios educacionais propostos; • Liderar e inspirar no sentido de enriquecimento desses objetivos e princípios; • Promover um sistema de ação integrada e cooperativa; • Propiciar um processo de comunicação claro e aberto entre os membros da escola e entre a escola e a comunidade; • Estimular a participação e a iniciativa dos membros da comunidade escolar.
6.1.2 o Vice-Diretor São atribuições do Vice-Diretor, além de substituir o Diretor em suas ausências e impedimentos: I. coadjuvar o Diretor em todas as tarefas que lhe forem confiadas pelo mesmo; II. desempenhar as atribuições designadas pelo Diretor por seu contrato de trabalho e pela Entidade Mantenedora; III. colaborar, ativamente, na elaboração do Plano de Gestão;
6.1.3 Os Professores Os professores são parte fundamental no processo de construção do conhecimento infantil, espera-se do professor atitudes que promovam a mediação da aprendizagem, proporcionando às crianças a apropriação de novos conceitos. Para tanto, é necessário que o professor compreenda o processo de desenvolvimento infantil, suas etapas, os recursos e estratégias necessários para uma mediação eficiente. Assim, este professor precisa ser um bom coordenador, articulador, problematizador e observador para que a aprendizagem se efetive. As turmas são distribuídas por idade e atribuídas observando-se o perfil de cada educador, suas potencialidades e experiência profissional. Durante o ano letivo, os professores e o especialista se reúnem semanalmente para elaboração do planejamento pedagógico, que é desenvolvido através de projetos que tem duração variável, os temas e atividades são definidos pelo grupo observando-se as necessidades das crianças, o desenvolvimento do projeto é constantemente analisado e avaliado durante e após a sua execução podendo haver mudanças na sua realização. Atualmente a maioria dos professores tem cargo efetivo e são graduados ou graduandos, mas há alguns professores com magistério de nível médio, estes cumprem carga horária de 24 horas semanais.
O professor deve basear suas atividades e conduta no respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas, tendo como dever: • Valorizar o brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; • Disponibilizar o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; • Desenvolver a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; • Propiciar o atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade e autonomia, cuidar e educar estão interligados. • Aproximar a escola e a família, no sentido de auxiliar as crianças no processo de aprendizagem, • Valorizar as relações interpessoais, cooperando para a harmonia do ambiente escolar, favorecendo o respeito, a ética e a solidariedade.
6.1.4 Supervisor Escolar As Especialistas de Educação são formadas na área de Pedagogia e Normal Superior, e habilitadas no cargo de Supervisão. Cumprem uma carga horária de 24 horas semanais. A supervisão reforça as ações da equipe diretiva pela demonstração de que existe interesse na integração da escola e órgãos superiores, no que tange à burocracia rotineira, mas fundamentalmente, no aspecto pedagógico, razão da existência desse profissional. Ao serviço de supervisão, em colaboração com a diretoria, compete: • Orientação didática para as atividades de áreas de estudo; • Analisar o calendário escolar; • Colaborar a elaboração do currículo do curso, PPP e PDE. • Avaliar o desempenho escolar; • Promover o ajustamento escolar, pessoal e social do aluno. • Encaminhar às instituições especializadas os alunos com dificuldades diagnosticadas. • Promover bom relacionamento entre professores e alunos; • Promover reuniões e entrevistas com os pais, visando melhoria do comportamento e aprendizagem dos alunos; • Elaborar, com os professores, os projetos e planos semanais; • Orientar, planejar, controlar e avaliar o processo de aprendizagem. • Ser elemento de ligação entre diretoria e corpo docente; • Promover atividades para entrosamento da comunidade escolar.
6.1.5 Auxiliares Administrativos O Serviço Administrativo dá suporte ao funcionamento dos outros setores da escola. É composto por profissionais que atuam na secretaria da escola, com a organização, controle e manutenção de documentos, leis, arquivos, diários e correspondências. Fazem parte do Administrativo: os inspetores de alunos, os auxiliares administrativos e secretários que coordenam e colaboram na organização das crianças, no controle do portão, no recreio e no auxilio ao supervisor escolar. Estão sempre integrados aos outros setores, interagindo com os profissionais da escola, com os pais e alunos. No momento todos os profissionais desta área são efetivos e cumprem carga horária de 40 horas semanais. Compete a esses profissionais: • Compreender a importância da valorização da criança, no sentido de estimular sua autoestima, preservando e respeitando a sua individualidade; • Comprometer-se com os objetivos e metas da escola; • Desempenhar as atribuições pertinentes ao seu cargo e função.
6.1.6 Auxiliares de Serviços Gerais É graças aos profissionais dos serviços gerais que a escola se mantém limpa, organizada e guardada. Os profissionais da limpeza, as cantineiras e os vigias são essenciais para as atividades que acontecem no ambiente escolar. São competências destes profissionais: • Colaborar para que a escola alcance seus objetivos e metas; • Zelar pela manutenção do patrimônio da escola; • Realizar as atividades pertinentes ao seu cargo e função.
6.1.7 Bibliotecário A escola não possui Biblioteca e, portanto, não tem bibliotecário. Por falta de espaço físico os livros de literatura ficam a disposição de professores e alunos no Cantinho de Leitura nas salas de aula. Os livros didáticos ficam armazenados em um armário na sala dos professores para estudo e planejamento das aulas
6.2 Avaliações de Desempenho dos Profissionais A avaliação de desempenho dos profissionais da educação desta escola é realizada anualmente, por uma comissão formada pelo diretor, vice-diretor, um especialista da educação, um representante dos professores, um representante dos serviços gerais, um representante dos auxiliares administrativo, um representante dos pais e o próprio profissional. São observadas e avaliadas as competências técnicas, acadêmicas, capacidade de trabalho coletivo, o relacionamento interpessoal, a ética, o respeito aos alunos, a criatividade, o desempenho no processo de ensinoaprendizagem entre outros fatores. Através da avaliação de desempenho é possível compreender melhor o profissional e atentá-lo para eventuais dificuldades que interfiram no seu sucesso profissional. É a partir desta avaliação que a escola elabora programas e ações que forneçam condições para que o profissional supere suas dificuldades através de orientação individual ou em cursos de capacitação e formação continuada.
6.3 Códigos de convivência Nossa sociedade é marcadamente multicultural, integrada por diferentes grupos, etnias, culturas e credos religiosos. Neste contexto, a escola precisa ser lugar de diálogo e boa convivência, para que as transformações sociais não se tornem desigualdades sociais, mas busca da paz e da inclusão de todos. Em educação, é necessário olhar as individualidades, respeitar as diferenças e o ritmo de cada um, conhecer os temperamentos e oportunizar uma liberdade responsável, porque cada aluno é um ser único, assim como todos os envolvidos no contexto desse processo. Vislumbrando a educação como um constante desafio à acolhida e às relações de qualidade, a escola cria condições que favoreçam a comunhão e a participação dos alunos entre si, com os professores, familiares e, enfim, com toda comunidade escolar, numa vivência que conduz a uma prática da liberdade.
6.4 Capacitação continuada A escola proporciona e investe efetivamente na formação continuada de seus professores, seja através de estudos realizados no planejamento, ou em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e CEMAP, que disponibiliza cursos em diversos horários para atender os funcionários públicos das escolas. É intenção e interesse da escola facilitar e incentivar essa formação a todos os professores, visando uma articulação de sua formação inicial à sua formação permanente. A escola acredita que o professor atual precisa ser autônomo, criativo, crítico e transformador, um profissional, que se preocupe em buscar novos fazeres e novas práticas para o futuro.
7. GESTÃO PARTICIPATIVA 7.1 Formas de relacionamento com os pais e comunidade A Escola Municipal Prefeito Camilo Chaves Júnior de Educação Infantil, realiza alguns eventos ao longo do ano. Estes acontecem geralmente em datas comemorativas como: dia das mães, dos pais, festa junina e encerramento do ano letivo, além de reuniões bimestrais envolvendo a equipe gestora e a comunidade escolar nas quais há grande participação dos pais e comunidade. Portanto, os projetos oferecidos pela escola, destinados a comunidade são: • Artesanato na escola: onde atende a comunidade oferecendo vários tipos de artesanato. • Bom de bola e bom na escola: atende adolescentes do bairro, em horário extra turno • Saúde na 3ª idade: ginástica na quadra de esporte. Algumas famílias são atendidas pelos programas do Governo Federal e Municipal tais como, Bolsa Família que abrange alunos das zonas rural e urbana e o transporte escolar de alunos oriundos da Zona Rural. Com relação ao programa Bolsa Família o papel da escola se limita a orientar os pais quanto à necessidade da frequência do aluno na escola e a informar a Secretaria Municipal de Educação quanto à mesma.
7.2 Formas e organizações de representatividade da comunidade A partir do ano de 2009, a escola aderiu a um novo programa (PDDE) Programa Dinheiro Direto na Escola, a nomenclatura adotada (UEX) Unidade Executora, é constituída por todos os associados e administrada pela Assembleia geral, pela diretora da escola e Conselhos Deliberativo e Fiscal. A UEX tem como objetivo administrar, controlar e prestar contas de todos os recursos transferidos, doados e arrecadados por órgãos federal, estadual e municipal. Para que o espaço escolar seja mais democrático a escola fixará na parte externa da escola onde todos possam ter acesso as prestações de contas, datas das assembleias, informativos, enfim tudo que diz respeito entre escola e comunidade. Todos os acontecimentos e eventos que são considerados importantes são registrados pela escola e divulgado no interior da própria escola (mural) e alguns na mídia (jornal, rádio e TV). Outra forma da participação da comunidade escolar é o Colegiado, que utiliza das suas reuniões para discutir assuntos pertinentes ao desenvolvimento da escola. Por se tratar de local público a escola está sempre aberta a toda comunidade, porém a mesma só aparece quando há algum evento (festas, reuniões) ou os frequentadores da quadra que é sempre utilizada e pagam uma quantia mínima pelo uso da mesma.
8. RECURSOS FÍSICOS E FINANCEIROS Toda documentação da escola está registrado em livros oficiais como o de Ata de reuniões, Colegiado, UEX e Ocorrências. Consta ainda, um registro sobre o patrimônio dos bens públicos da escola. Todos os materiais recebidos através da Secretaria Municipal de Educação ou adquiridos com recursos próprios da escola são registrados e passados para o patrimônio da escola e consequentemente, para a Prefeitura. Os responsáveis pelo registro e conferência do patrimônio da escola são a secretária, a vice-diretora e a diretora cabendo a todos os funcionários, o zelo e a conservação deste patrimônio. O mobiliário da escola, principalmente das salas de aula são adaptados para crianças da Educação Infantil e o ambiente alfabetizador predomina nas paredes da sala e nos corredores da escola, incentivando a leitura por onde a criança caminha. Nas salas de aula, as professoras procuram trabalhar com as crianças em mesas individuais que são dispostas em grupos, promovendo assim, a socialização entre elas e a interação da aprendizagem porque também se aprende com os colegas do grupo.
Quanto aos materiais didáticos a escola possui uma grande diversidade de jogos, livros, televisão, DVD, data show, brinquedos pedagógicos, um ambiente alfabetizador, além de uma sala de multimeios que procura atender a todas as etapas de evolução da criança e do conhecimento. Materiais como papéis, giz, cola, lápis, cadernos, entre outros, são fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação, que são armazenados no almoxarifado da escola e distribuídos de acordo com a necessidade dos professores. No ato da matrícula, são solicitados para os pais alguns materiais de uso da criança como caderno, estojo de lápis, placas de EVA, tintas, palitos de picolé, para os trabalhos em grupo e atividades de Artes. A escola possui um parque para o trabalho de lazer das crianças e uma piscina com escorregador para exercícios físicos e recreativos. Possui ainda, uma sala de multimeios que é o ambiente mais atrativo da escola. Nele encontra-se uma piscina de bolinhas, jacarés de gangorra, cama elástica, linha em movimento, além de vários brinquedos como bonecas, carrinhos, boliche, etc, para o trabalho psicomotor, artístico e lúdico.
8.1 Aspectos físicos da escola 01 quadra coberta 01 quadra aberta 01 sala de brinquedoteca 06 salas de aulas 01 sala de professor 01 sala de artesanato 01 refeitório 01 cozinha 01 secretaria 06 banheiros 01 parque 01 pátio 01 piscina 01 área reservada para horta – terceirizada
8.2 Caixa Escolar Em agosto de 2005 foi constituída a primeira ata de formação da Unidade Executora (UEX), porém os recursos oriundos do Estado foram repassados somente a partir de 2009, com a seguinte diretoria: Presidente: Lília Maria Mendes Bernardi Vice-presidente: Maria Sonia dos Santos Secretária: Joana Darc Baltazar Lima Tesoureira: Ana Lúcia de Assis Oliveira Conselho fiscal: Fabiana Helena Franco de Macedo, Romilda Alves Martins, Luci Domingues Paixão. Membros suplentes: Betane Donizete de Oliveira, Andréia Queiroz da Silva Guimarães, Zilda Aparecida da Silva Araújo. Conselho deliberativo Presidente: Lília Maria Mendes Bernardi Secretária: Joana Darc Baltazar Lima Conselheiros: Taís Aparecida Parreira da Silva, Nicélia Ferraz de Oliveira, Sheila Alves Silva, Wilslaine Dutra Garcia, Antonia Laudeci de Medeiros Santos.
Em 2011 houve eleição da nova diretoria: Presidente: Ana Carolina Marquez Gouveia Vice-presidente: Claudia Maria de Gois Vilarinho Secretaria: Joana Baltazar de Lima Tesoureira: Lilia Maria Mendes Bernardi Conselho Fiscal: Ana Carolina da Costa, Romilda Alves Martins, Luci Domingues Paixão. Membros Suplentes: Adriana divina do Nascimento, Dalva Gonçalves da Silva, Lidiana da Silva Araujo. Conselho deliberativo: Presidente: Ana Carolina Marquez Gouveia Secretaria: Joana Darc Baltazar de Lima Conselheiros: Rosiley Ferreira Nunes, Luciene Rubia Clemente, Alex de Jesus dos Santos, Maria Cristina Franco Pereira, Maria Regina Vieira Mendes.
Desde a sua implantação os pais foram informados sobre a sua participação e função e solicitado a presença de responsáveis de toda a comunidade escolar para fazer parte da referida Unidade. A aplicação do dinheiro é discutida em assembleias e reuniões com os funcionários da escola e a membros da UEX procurando atender as reais necessidades da comunidade. A prestação de contas é afixada no mural da escola, registrada em ata, os bens adquiridos fotografados e posteriormente é enviada uma planilha a Secretaria de Fazenda da Prefeitura Municipal de Ituiutaba atendendo as normas legais de prestação de contas como cotação de preços, notas fiscais, fotocópia de cheques emitidos, extratos bancários, aplicação do dinheiro e repasse de bens da Escola e Prefeitura.
8.3 Arrecadação própria A escola conta com a arrecadação de dinheiro o aluguel da quadra poliesportiva coberta, em horário noturno, para a comunidade do bairro. Dinheiro com o qual são pagos pequenos reparos na rede física, aquisição de materiais pedagógicos, alimentos diversificado para a merenda em dias especiais e despesas extras que por algum motivo a Prefeitura não possa arcar. A camiseta de uniforme das crianças é confeccionada na escola, na sala de corte e costura e vendida aos alunos por um preço simbólico gerando assim, mais um recurso financeiro.
8.4 Merenda Atualmente a merenda chega à escola pronta. A responsabilidade de preparo e distribuição fica a cargo da cozinha centralizada da Prefeitura Municipal de Ituiutaba. Ficando sob a responsabilidade de preparo na escola somente o leite e pão que é dado as crianças no início e final da aula.
9. GESTÃO DE RESULTADOS EDUCACIONAIS 9.1 Matrículas A Escola Municipal Prefeito Camilo Chaves Júnior de Educação Infantil, procura orientar suas matrículas através de um cronograma específico, elaborado para atender as necessidades da comunidade e a organização administrativa do estabelecimento. Esse cronograma segue as normas da Secretaria Municipal de Educação e da Superintendência Regional de Ensino de Ituiutaba-MG, de acordo com calendário previamente aprovado. Os critérios adotados para o primeiro ingresso do aluno na escola são a idade cronológica e a localização geográfica de sua residência. Havendo disponibilidade de vagas, a escola aceita matrículas de alunos transferidos de outros estabelecimentos de ensino. A escola também disponibiliza transferências para os alunos que necessitem ser transferidos em qualquer época do ano letivo.
9.2 Frequência O registro da frequência do aluno é de responsabilidade do professor que deverá ser feito no diário de classe e repassado a equipe administrativa para as medidas cabíveis. O aluno deverá ter 75% de participação presencial em sala de aula e caberá a equipe da escola proceder à investigação para apurar as causas de faltas consecutivas do mesmo. Este procedimento deverá ser tomado para evitar a evasão escolar, bem como, garantir a permanência do aluno na escola.
9.3 Classificação e reclassificação A escola adota o sistema de idade para o posicionamento do aluno nas turmas. O aluno com idade de 4 (quatro) anos completos até 31 de março frequentara salas de Educação Infantil, 1º período e alunos com 5 (cinco) anos completos Educação Infantil, 2º período. Para crianças com necessidades especiais serão adotados procedimentos que permitam seu crescimento social e psico-pedagógico. Os processos burocráticos de ordem superior e necessários para o bom andamento da escola são rigorosamente seguidos. Mas, aqueles julgados desnecessários são substituídos por condutas maleáveis e dinâmicas para acompanhar as características próprias das crianças na Educação Infantil. Os critérios seguidos para tomadas de decisões são baseadas nas Leis, Pareceres e Normas da LDB e estudos feitos por especialistas na educação infantil (Jean Piaget, Emilia Ferreiro etc) que, além de orientar dão o embasamento legal para direcionar o trabalho pedagógico a ser realizado. Os alunos oriundos de outras escolas são direcionados para uma turma coerente com a sua idade cronológica. Em casos especiais, a escola solicita um diagnóstico fornecido por profissional especializado para que a criança seja inserida em turma adequada com sua idade mental. Não há reclassificação no decorrer do ano letivo.
9.4 Recuperação Os princípios filosóficos neste estabelecimento de ensino são embasados em teorias construtivistas de Jean Piaget e Emilia Ferreiro que defendiam que através do erro a criança desenvolve seu próprio conhecimento. No decorrer do ano letivo é feito o acompanhamento do crescimento do aluno, de forma individual e diária. Através de atividades realizadas em sala de aula, na brinquedoteca, com o professor recuperador não havendo, portanto, necessidade de uma recuperação final ou paralela. A cada bimestre é realizado uma avaliação diagnóstica elaborada de acordo com os conteúdos específicos da Educação Infantil. O objetivo desta avaliação é perceber as dificuldades do educando e o nível de desenvolvimento do mesmo, para que, deste modo o professor possa direcionar seu trabalho em classe. A avaliação do aluno é conceitual, porém, avalia-se, também, os procedimentos e atitudes e principalmente o desenvolvimento integral do aluno.
A progressão do aluno é espontânea e se dá de forma gradativa. O professor é o mediador que irá conduzir o processo de aprendizagem respeitando o ritmo de cada criança. A criança que apresenta maior facilidade de assimilar os conteúdos serão agentes de aprendizagem para os alunos que não conseguem o desenvolvimento “esperado”. O fracasso escolar na Educação Infantil não é mensurável, uma vez que a criança nesta fase está dando apenas o primeiro passo. Sendo assim, o que se busca é a socialização, a recreação e o prazer da criança na escola. A aprendizagem vem como consequência deste conjunto. Cabendo a família e a escola proporcionar um ambiente propicio, estímulo e, sobretudo condições para seu desenvolvimento. O registro do desenvolvimento do aluno é feito em diário de classe, em espaço próprio. É o resultado da aplicação do diagnóstico bimestral. A análise da taxa de evasão é feita constantemente e é relativamente pequena. Apesar de a escola ser situada em uma área onde a população, na sua maioria, é constituída por trabalhadores temporários o que se vê é uma movimentação de transferências de estado e não de abandono. A evasão, quando há, é imediatamente passada para os profissionais responsáveis para tomar medidas cabíveis tais como visitas a família, acionar o Conselho Tutelar e/ou encaminhar relatórios a Promotoria Pública.
9.5 Organizações do tempo e espaço escolar A escola por trabalhar com Educação Infantil compreende que o aluno deve ter uma formação respeitando sua idade cronológica e mental. Deste modo existe uma valorização dos profissionais da escola para realizar atividades extraclasses. Acredita-se que nessa fase o “brincar” deve constituir também o aprender. Essa conduta permite que a escola valorize e priorize dimensões afetiva, emocional, cultural, ética e, sobretudo o processo de formação humana.
9.6 Organização de turmas a partir de critérios pedagógicos A heterogeneidade é tida na escola como uma forma de crescimento do professor que deve saber lidar com as diferenças de cada um, respeitando a individualidade e como conviver com ela, pois são essas diferenças que promovem o educador tanto no aspecto pedagógico como humano. Através de experiências e tendo conhecimento do desenvolvimento mental de cada idade a melhor forma encontrada para enturmar os alunos foi à idade cronológica, exceto em casos especiais. A enturmação no primeiro ingresso é feita pela idade cronológica e no ano seguinte é baseada em critérios pedagógicos. Com isso, a criança é exposta a experiências diferentes e aprenderá desde cedo a conviver com a diversidade. O reagrupamento é feito obedecendo a critérios de classificação das fases alcançadas e os professores são determinados de acordo com as habilidades que possuem em lidar com determinada faixa etária e de aprendizagem. Os horários são divididos em matutino (7:00 às 11:15) e vespertino (13:00 às 17:15), sendo que no turno noturno é conveniada com a Escola Municipal Manoel Alves Vilela para funcionar a Educação de Jovens e Adultos (EJA). O recreio não é dirigido, porém monitorado por inspetores e monitores, num período de 30 minutos, no pátio da escola.
9.7 Proposta Curricular O Currículo escolar é elaborado pela equipe gestora, corpo docente e comunidade escolar. A escola valoriza todas as opiniões propostas pelos professores respeitando a criança e seguindo as orientações da Legislação vigente. O critério para formulação curricular foi baseado na LDB e em coerência com a realidade do educados. Os componentes Curriculares do Núcleo Comum seguem as normas legais e as dos conteúdos diversificados seguem as necessidades da criança e as Leis obrigatórias. Todo conteúdo é trabalhado em forma de projetos interdisciplinares, contextualizados e a aprendizagem é gradativa e contínua seguindo a linha construtivista.
Os conteúdos curriculares trabalhados na Educação Infantil são: Núcleo Comum: • Identidade e autonomia: possibilita a criança o autoconhecimento e a inter-relação sócio-familiar. • Movimento: oferece à criança a possibilidade de trabalhar seu corpo através de atividades físicas e motoras. • Música: desenvolve a oralidade e possibilita a criança momentos de lazer, desperta a imaginação, ritmo e o lúdico. • Artes visuais: percepção e habilidades do mundo que o envolve. • Linguagem oral e escrita: desenvolve a oralidade e a escrita no sentido de alfabetização, comunicação e letramento. • Natureza e sociedade: desperta a criança a cuidar do ambiente natural e a inter-relação com a sociedade. • Matemática: desenvolver raciocínio lógico de forma lúdica, através de jogos, porém direcionando para aprendizagem significativa.
Parte diversificada: São desenvolvidos os seguintes projetos: história e cultura afro-brasileira, literatura voltada à filosofia para crianças, educação ambiental, educação para o trânsito e educação alimentar buscando a formação integral do cidadão e a sua responsabilidade social. Não há uma divisão de ciclos, há uma sequência de etapas a serem atingidas. Os alunos frequentam turmas divididas em períodos: Creche - Maternal II, Educação Infantil - 1º período e 2º período, turnos matutino e vespertino.
9.8 Calendário: É elaborado por profissionais da escola em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e homologado pela Superintendência Regional de Ensino. (ver cópia anexa).
9.9 Metodologia A metodologia desenvolvida pela escola leva o aluno a concretizar sua aprendizagem através de jogos, brincadeiras, observação, experimentação, expressão, comunicação, comparação, análise, síntese e atividades dirigidas como forma de registro, promovendo assim a memorização compreensiva. Para cada componente curricular o professor procura diversificar sua estratégia didática utilizando eixos temáticos, projetos de trabalho e resolução de situações problemas. O papel das aulas expositivas é possibilitar ao aluno a construção do seu próprio conhecimento tendo no professor apenas o mediador deste processo. Não há contato direto das crianças com os recursos tecnológicos (computadores), pois, não há números compatíveis com a quantidade de alunos. Os recursos tecnológicos condizentes com a realidade da escola são: vídeos, data show, retroprojetor e aparelhos de som que são utilizados pelo professor regente, pelo professor da brinquedoteca em dias e horários alternados. A escola prioriza o trabalho em grupo, porém oferece liberdade para que cada professor desenvolva trabalhos individualizados sem interferir nas normas da escola, seguindo o programa de ensino, mas, respeitando a necessidade e a realidade dos alunos. Todos os componentes do plano curricular são valorizados de forma igualitária e trabalhados de forma diversificada.
9.10 Utilização dos recursos e materiais didáticos A escola não possui laboratório de ciências, informática e nem biblioteca. Conta com uma sala de multimeios, quadra poliesportiva e o refeitório onde é adaptado a sala de vídeo e auditório. A sala de multimeios é muito valorizada tanto pelos alunos quanto pelos professores que procuram oferecer diversidade de atividades e um ambiente que desperte no aluno curiosidade, interesse e desenvolvimento de sua intelectualidade. Os alunos do turno noturno não utilizam a sala de multimeios. A escola utiliza os livros dos Referenciais Curriculares da Educação Infantil como fonte de pesquisa para o planejamento diário.
9.11 Novas tecnologias aplicadas à educação Os meios de comunicação são trabalhados na brinquedoteca, de forma lúdica e orientada, para conhecimento e a utilização correta dos mesmos. Além de construir seus próprios brinquedos as crianças participam ativamente das atividades que as envolvem. Através de vídeos informativos, cartazes e da transitolândia são trabalhados temas como: direitos e deveres do cidadão, respeito ao próximo, primeiros socorros, apreciação da arte, da boa música e alerta para os perigos que estão subtendidos na mídia, tais como: o uso de drogas legais e ilegais, prostituição infantil e a violência.
9.12 Procedimentos e ações com relação étnico-racial, diversidade e necessidades educacionais especiais A inclusão é trabalhada de forma natural, através de projetos envolvendo teatros, música e arte despertando o aluno apenas para o fato da igualdade entre todos: incluindo a igualdade racial, regional e física. Não há uma forma específica para alunos com necessidades educacionais especiais. O aluno é tratado de forma igualitária, submetido às mesmas atividades dos demais alunos sendo encaminhados aos órgãos competentes somente em casos em que o mesmo não acompanha os demais. A escola incentiva os professores a frequentarem os cursos de libras oferecidos pelo poder público. A escola entende que o professor do século XXI deve estar apto a receber toda diversidade de alunos, mas ainda há resistência por parte da maioria, talvez por falta de tempo ou dificuldade de locomoção para os locais onde são oferecidos os cursos
10. AVALIAÇÃO PROCESSUAL 10.1 Disciplina e formação ética dos alunos No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no Capítulo IV (Do direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer), em seu Art. 53, diz: “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento da sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II. Direito de ser respeitado por seus educadores; III. V- Acesso à escola pública e gratuita perto de sua residência. Parágrafo Único: É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. E em seu Art. 54, diz: É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: IV- Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade.” Embasada nas normas apresentadas esta Escola além de conhecer, vivencia todo o processo educacional cabível. Aos educadores cabe, incentivar os alunos a serem crianças com pensamentos críticos, respeitadoras de normas e condutas e acima de tudo propiciar momentos onde o lúdico interage com o processo pedagógico inserido na escola.
10.2 Procedimentos de trabalho com os resultados de avaliações internas e externas As atividades de avaliação do desenvolvimento individual e coletivo são realizadas cotidianamente através da observação das atitudes das crianças nas atividades desenvolvidas nos espaços coletivos. Nesses espaços podemos avaliar o desenvolvimento de atitudes de autocuidado, auto-estima, o relacionamento interpessoal, a lateralidade, a coordenação motora, o modo como lida com conflitos e na resolução de problemas do seu cotidiano. A avaliação de aprendizagem dos conteúdos é feita pela observação diária e através de atividades específicas, onde se observa o alcance dos objetivos propostos e o nível de desenvolvimento de cada criança. A classificação da criança quanto ao nível de desenvolvimento da aprendizagem segue a Psicogênese da Língua Escrita, nos estudos desenvolvidos Emília Ferreiro e Ana Teberoski. São considerados os níveis Icônico, Pré-silábico, Silábico e Alfabético. Ao início do ano é feito um diagnóstico, que identifica o nível de desenvolvimento individual, para que este sirva como instrumento norteador do planejamento das atividades. Ao longo do ano, novos diagnósticos são realizados para analisar o desenvolvimento e as dificuldades dos alunos, servindo para a reformulação do planejamento e na construção de estratégias de mediação que favoreçam a superação das dificuldades e a construção significativa do conhecimento. Ao final do ano letivo, é realizado um diagnóstico igual ao feito no início do ano que tem por objetivo principal constatar o desenvolvimento do aluno e avaliando suas evoluções.
10.3 Forma de divulgação aos pais e comunidade das ações educacionais voltadas à aprendizagem do aluno A Escola Municipal Prefeito Camilo Chaves Júnior de Educação Infantil, propicia aos pais reuniões onde são repassados diversos assuntos. A primeira reunião geral com toda a comunidade escolar trata-se de assuntos, tais como: Apresentação de toda a equipe pedagógica da escola; Metodologia que a escola trabalha; Normas e regras da escola; Explica-se aos pais toda a psicogênese da escrita; Abre-se espaço para questionamentos e também sugestões dadas pelos pais. As reuniões acontecem de acordo com a necessidade de cada sala, pois há momentos em que se fazem reuniões particulares com os pais, dependendo do que ocorreu em sala ou até mesmo extra-sala de aula, haja vista que temos aulas diversificadas. No início do ano faz-se uma avaliação diagnóstica do aluno para verificar em que nível ele se encontra e ao longo do ano vai-se trabalhando para que o mesmo possa atingir o nível alfabético, respeitando as diferenças individuais de cada aluno. Nas reuniões ocorridas em sala de aula transmiti-se aos pais o desenvolvimento de seu(a) filho(a). A Educação Infantil não participa de nenhuma avaliação externa promovida pelo governo Estadual.