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2 > Plรกstico Nordeste > Jul/Ago de 2012
Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticonordeste.com.br Av. Ijuí, 280 CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844
“A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas.”
(Johann Goethe)
Redação: Gilmar Bitencourt Júlio Sortica Departamento Financeiro: Rosana Mandrácio Departamento Comercial: Débora Moreira e Magda Fernandes
04 – Da Redação Por Melina Gonçalves
06 - Plast Vip Alceu Lorenzon, da Abiplast
10 - Especial O Perfil da reciclagem no país e na região
20 - Evento Fortaleza é palco da Recicla Nordeste
24 - Destaque O Ceará e suas oportunidades
28 - Giro NE As notícias do setor na região
30 - Balanço Conheça o novo perfil do setor
Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Nordeste é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares. Filiada à
32 - Bloco de Notas As últimas do plástico no Brasil
34 - Anunciantes + Agenda Eventos e parceiros da edição
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas Jul/Ago de 2012 < Plástico < Plástico Nordeste Nordeste < 03 <3
ARQUIVO
Editorial
Com o verde na cabeça
"O nordeste brasileiro está antenado na sustentabilidade e aproveitando as chances que esta indústria oferece. O potencial de crescimento é grande e abocanhar todas as oportunidades só depende de você."
E
sta edição da Revista Plástico Nordeste traz para o leitor uma dose substancial de sustentabilidade. O tema faz parte de quase todas as reportagens da publicação. E as razões são óbvias: a importância da consciência ambiental vem de encontro com todas as potencialidades do plástico nesta área. Além disso, o nordeste é o terceiro no ranking de reciclagem no país, ficando atrás somente do sudeste e sul. Desta forma, preparamos para você uma matéria sobre o perfil da reciclagem no Brasil e região, com números importantes que demonstram não somente o crescimento desta indústria, mas também seus principais gargalos. Também buscamos através de nossa equipe de reportagens a opinião e lançamentos de alguns dos principais fornecedores de máquinas e equipamentos de reciclagem, visando auxiliar o transformador no momento de escolher seu fornecedor. Mas não paramos por aí. Fomos além, entrevistando o vice-coordenador da Câmara Setorial de Reciclagem da Abiplast, Alceu Lorenzon. O dirigente fala sobre os objetivos e desafios que o setor enfrenta para crescer e apresentar resultados mais positivos. E como não poderia faltar, abordamos também a feira Recicla Nordeste, que acontece entre 17 e 19 de agosto, em Fortaleza (CE). Atentos à ascensão deste tema no meio empresarial, o Sindiverde, idealizador e coordenador do evento, prepara a terceira edição de um importante encontro que discute a Reciclagem em todos os seus aspectos, nos mais diferentes ângulos. O nordeste brasileiro está antenado na sustentabilidade e aproveitando as chances que esta indústria oferece. O potencial de crescimento é grande e abocanhar todas as oportunidades só depende de você. Boa leitura!
Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste > Jul/Ago de 2012
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PLAST VIP NE Alceu Lorenzon
Nova Câmara Setorial da Abiplast visa ampliar a representatividade e a mobilização das indústrias de reciclagem de plásticos do país.
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Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) criou recentemente uma Câmara Setorial direcionada para o setor de reciclagem. Conforme a entidade a iniciativa visa “instituir um núcleo de discussões e desenvolvimento de ações dentro da Abiplast em defesa da indústria de reciclagem de materiais plásticos”. O vice-coordenador da nova Câmara 6 > >Plástico 06 PlásticoNordeste Nordeste> >Jul/Ago Jul/Agode de2012 2012
Setorial da Indústria de Reciclagem, Alceu Lorenzon, presidente do Sindiplasc, afirma que este é um marco histórico para a indústria de reciclagem, composta por pequenas empresas, sendo que a maioria apresenta grandes dificuldades para se mobilizar no sentido de fortalecer o setor. Segundo Lorenzon, o órgão tem a finalidade principal de suprir esta demanda. Na entrevista a seguir o dirigente observa a importância da estruturação da reciclagem no país para o efetivo cumprimento das exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que deve entrar em vigor em 2014 e que estipula a logística reversa. Neste sentido, Lorenzon salienta que é necessário exigirmos um maior comprometimento dos governantes, principalmente neste período eleitoral.
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Estruturação do setor
Revista Plástico Sul - Recentemente foi criada a Câmara Setorial da Indústria de Reciclagem da Material Plástico da Abiplast, da qual o Sr. faz parte. Como surgiu a iniciativa e quais são os objetivos desta Câmara? Alceu Lorenzon - A Câmara surgiu da necessidade que os empresários do setor da reciclagem sentiram de se unir para buscar o fortalecimento das empresas que atuam como recicladores de Plástico, as quais encontraram abrigo e apoio na Abiplast como entidade voltada a defender os interesses das indústrias de plástico. O primeiro encontro para tratar deste assunto ocorreu em 2010 durante a Interplast, quando organizamos um amplo e importante debate que resultou no documento público denominado “Carta de Joinville”, encontro este que teve a participação de grande número de empresários do setor, bem como de presidentes dos sindicatos do setor plástico do Brasil e recebeu apoio das federações das indústrias, INP, Sociesc, Abiplast, Abief, Braskem e Maxiquim. Plástico Sul - O que essa iniciativa representa para o setor? Lorenzon - Esta iniciativa representa um marco histórico para os recicladores do plástico, como alternativa para os problemas do setor. Por ser um segmento formado quase que exclusivamente por micro e pequenas empresas, os proprietários têm dificuldades principalmente financeiras e de gestão, além do que grande parte do setor atua com informalidade elevada. Estes motivos e as grandes distâncias terrestres entre as empresas impossibilitam a união destes empresários, pois focados no dia a dia visando gerir seus negócios, têm agora na Câmara Setorial de Reciclagem do Material Plástico da Abiplast, um espaço para mobilizar as empresas, sistemizar as demandas do setor e ter um ator que nos represente nos Fóruns Pertinentes, possibilitando uma esperança de melhorias para o segmento. Plástico Sul - Quais são as metas da Câmara Setorial? Lorenzon - A Câmara tem como finalidade atender as demandas do setor da reciclagem do plástico, buscando amenizar as dificuldades do setor, potencializar as oportunidades e principalmente valorizar no mercado os produtos fabricados
com material reciclado que normalmente são depreciados e até discriminados. Temos como metas, incrementar a competitividade do setor, atuando nas seguintes áreas: desoneração tributária para o setor; criação na TIPI de um desdobramento na descrição do código de classificação para o material reciclado e para os produtos feitos a partir deste; criação de linhas de crédito diferenciadas para o setor; criação do selo de qualidade e origem; fortalecimento da imagem do plástico reciclado utilizando como argumento o crédito de carbono, a economia de energia elétrica em relação à produção do material virgem, o apelo social, a redução no uso dos materiais esgotáveis (petróleo), o apelo ambiental, etc.; qualificação técnica para mão de obra. Plástico Sul - Como o Sr. vê a reciclagem de plásticos no país atualmente? Lorenzon - É um setor muito promissor e que possui uma grande potencialidade no Brasil para as próximas décadas, tanto pelo volume (o índice de reciclagem do plástico no País é um dos mais baixos do mundo), quanto pelo uso (falta de mecanismos mais adequados pelas indústrias da transformação) e também pelo mercado (pouco explorado). Outro fator positivo para o setor diz respeito à nova Politica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), cuja Lei foi aprovada em 2010 (Lei 12.305/2010) e que esperamos que entre em vigor efetivamente em 2014. Em razão disto estamos vislumbrando medidas de apoio por parte do governo federal que promete editar atos importantes para o setor através do Programa Recicla Brasil. Além disso, recentemente foi formada na Câmara dos Deputados a Bancada da Reciclagem, com adesão de quase 200 parlamentares que deverão apoiar na elaboração e acompanhamento de projetos voltados a incentivar a reciclagem no País. Plástico Sul - Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelo setor? Quais são os gargalos que impedem o crescimento do segmento? Lorenzon - A maior dificuldade ainda é a falta de incentivos ao setor e a alta carga tributária imposta, seguido pela pouca oferta de matéria-prima de qualidade, devido o baixo índice de coleta seletiva. Temos outros gargalos que são comuns a todos
os setores como a logística pela falta de infraestrutura, a alta oneração da folha de pagamentos, a falta de mão de obra qualificada, a pouca oferta de linhas de crédito e as altas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras. Plástico Sul - A desoneração e a isenção tributária podem ser consideradas como uma das principais reivindicações do setor? Lorenzon - Sim, a desoneração ou a isenção tributária foram escolhidas por unanimidade pelos recicladores como a primeira atividade do Comitê da Reciclagem, chegando a ser considerado por alguns como discriminação o que os governos cobram do setor. Atualmente os recicladores têm um dos maiores índices de recolhimento de tributos, pois não tem crédito na compra da matéria prima (ex: sucatas), obrigando as empresas recicladoras a arcarem sozinhas com um alto recolhimento tributário, diferentemente dos demais setores que se creditam dos tributos sobre o valor da compra. O que o setor reivindica é isenção ou credito presumido sobre o valor da venda. O credito presumido sobre o valor da compra não interessa ao setor porque a matéria prima tem valor pouco representativo na composição do preço final do produto onde os maiores custos estão no processo produtivo (logística, mão de obra e energia elétrica) e os aditivos. Plástico Sul - Cresce o consumo per capita de plástico no país e também a sua participação em diversos setores, em substituição de materiais como vidro e papel, por exemplo. E em contrapartida, há ainda uma carência muito grande em nível de Brasil a respeito da coleta seletiva, prejudicando a reciclagem e afetando a imagem do plástico principalmente pelo descarte incorreto. Como resolver essa equação? Lorenzon - Ao contrário do que muitos pregam, o plástico é um dos materiais que mais tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida da humanidade, e esta entre os materiais que tem a melhor e mais econômica forma de reciclagem, porém é considerado o grande vilão no meio ambiente porque leva até séculos para se decompor e por ser leve é facilmente transportado pelos ventos e pelas águas, >>>> Jul/Ago Jul/Agode de2012 2012<<Plástico PlásticoNordeste Nordeste<<07 7
DIVULGAÇÃO
PLAST VIP NE Alceu Lorenzon A reciclagem demonstra forte potencial no Brasil, mas ainda enfrenta a falta de incentivos
quanto ao destino adequado dos resíduos resultantes do processo produtivo, encaminhando para aterros adequados os rejeitos e para a reciclagem os resíduos recicláveis, mesmo porque os descartes passaram a ser uma importante fonte de recursos financeiros no caixa das empresas em razão valorização destes descartes recicláveis.
poluindo grandes áreas do planeta, diferentemente do papel que apesar de ter maior volume se decompõe rapidamente na natureza. Desta forma a falta de coleta seletiva e o descarte inadequado do material plástico pela população é o principal causador da poluição. O grande equívoco do governo federal esta em priorizar apoio e benefício deste setor via cooperativas de catadores, esquecendo que na maioria das regiões do País não existem estas cooperativas. Cabe destacar que na maioria dos municípios o trabalho de recolher, valorizar e comercializar os resíduos já está formalizado e acontecendo via empresas especializadas em reciclagem. Outro ponto importante é que o trabalho realizado pelos catadores é desumano, pois enfrentar diariamente sol e chuva empurrando um carrinho com até duzentos quilos num trânsito perigoso, pode ser considerado como trabalho desumano e até escravo. O ideal seria realizar a coleta seletiva e encaminhar para um local adequado onde a separação e valorização seja feita com segurança e qualidade de vida para o trabalhador. Plástico Sul - A Lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos deve entrar em vigor em 2014. Qual a importância efetiva da reciclagem para o cumprimento da logística reversa estabelecida pela lei? Lorenzon - O que precisa ser esclarecido é que a PNRS que estabelece a logística reversa com responsabilidade comparti8 > >Plástico 08 PlásticoNordeste Nordeste> >Jul/Ago Jul/Agode de2012 2012
lhada entre consumidores, comerciantes e fabricantes jamais acontecerá sem o fortalecimento do setor da reciclagem, que de modo geral esta operando de forma precária, sucateada, com alto consumo de energia e sem condições de investir em novos e modernos equipamentos. O que estamos percebendo é que os governantes ainda não perceberam a importância deste setor e dentre todas as regulamentações para ajustar a entrada em vigor da PNRS, o tema apoio ou incentivo através de benefícios fiscais, linhas de crédito facilitada e subsidiada deve ficar para o ultimo round, lembrando que a PNRS prevê ainda: VI - INCENTIVO À INDÚSTRIA DA RECICLAGEM, TENDO EM VISTA FOMENTAR O USO DE MATÉRIAS-PRIMAS E INSUMOS DERIVADOS DE MATERIAIS RECICLÁVEIS E RECICLADOS; VII - gestão integrada de resíduos sólidos; VIII - articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; IX - capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; Plástico Sul - Já existe uma integração entre os setores que produzem ou utilizam transformados plásticos com as empresas de reciclagem de plásticos do país? Lorenzon - De modo geral as indústrias já estão atuando de forma adequada e preocupadas em atender a PNRS, principalmente
Plástico Sul - A Lei foi promulgada em 2010 e desde então vem se falando na Política Nacional de Resíduos Sólidos. As empresas já estão se preparando para assumirem as suas responsabilidades sustentáveis, ou como geralmente ocorre no país, deve ficar tudo para cima da hora? Lorenzon - Vimos muita utopia neste assunto quando as empresas, instituições, federações e governos tratam do tema sustentabilidade, que passou a ser constantemente utilizado, comentado e até desgastado, sem efetivamente ser praticado. As empresas, na grande maioria, fazem o destino adequado dos resíduos, porém poucas estão se preocupando com a logística reversa ou com a efetiva sustentabilidade, o que, por exemplo, pode ser alcançada através da utilização de insumos produzidos com materiais reciclados ou ainda com a fabricação de novos produtos utilizando matéria prima reciclada, fechando-se assim o ciclo da política reversa. Plástico Sul - O que mais gostaria de acrescentar? Lorenzon - Primeiro agradecer pela oportunidade que me foi dada e dizer a todos que aproveitem este momento político onde são disputadas as eleições municipais, para cobrar comprometimento dos futuros administradores na realização de programas que priorizem a implantação da coleta seletiva o mais rápido possível, pois precisamos mudar este quadro deplorável em que os administradores gastam fortunas com a coleta dos resíduos urbanos para encaminhar aos aterros sem priorizar a coleta seletiva que é socialmente, ecologicamente e economicamente mais viável e sustentável. PNE
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Especial PERFIL DA RECICLAGEM NO PAÍS
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Organizar para fortalecer
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resce a importância da indústria de reciclagem de plásticos no Brasil na cadeia produtiva do setor. Pela primeira vez, os dados sobre o segmento são incluídos no perfil setorial realizado pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). A edição de 2011 do estudo, que contém os números referentes à produção e ao consumo aparente, também traz informações sobre a indústria de reciclagem de plásticos pós-consumo, “uma iniciativa importante para se entender e mapear o ciclo dos produtos”, destaca a instituição. Segundo a Abiplast, essa indústria é um importante elo da cadeia produtiva, pois é na reciclagem que se encerra o ciclo de vida do plástico, cujo reaproveitamento permite a fabricação de novos produtos. “A atividade também gera emprego diretamente para mais de 21 mil pessoas”, acrescenta. Ainda de acordo com a instituição, o mapeamento e a compreensão da dinâmica da atividade de reciclagem de material plástico “são fundamentais para que nosso setor possa colaborar com a efetiva implantação e sucesso da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que por meio da logística
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reversa representará uma grande oportunidade para aumento da capacidade de reciclagem do produto plástico”, complementa. Para incentivar o desenvolvimento sustentável do setor de transformados plásticos e reciclagem, a entidade criou recentemente a Câmara Nacional dos Recicladores de Material Plástico, cujo objetivo é lutar pela competitividade e o fortalecimento da imagem do material reciclado. A iniciativa visa instituir um núcleo de discussões e desenvolvimento de ações dentro da instituição em defesa das empresas do segmento. O coordenador da nova Câmara é o empresário Ricardo Jamil Hajaj, do Sindiplast, e o vice-coordenador, o presidente do Sindiplasc, Alceu Lorenzon. De acordo com Lorenzon, a iniciativa tem como finalidade atender as demandas do setor da reciclagem do plástico, buscando amenizar as dificuldades do setor, potencializar as oportunidades e principalmente valorizar no mercado os produtos fabricados com material reciclado. O vice-coordenador explica que a Câmara surgiu da necessidade que os empresários do setor da reciclagem sentiram de
Com grande potencial de aproveitamento, o PET foi a resina mais reciclada no país em 2011
se unir para buscar o fortalecimento das empresas que atuam como recicladores de plástico, as quais encontraram abrigo e apoio na Abiplast como entidade voltada a defender os interesses das indústrias de plástico. Explica que o primeiro encontro para tratar deste assunto ocorreu em 2010 durante a Interplast, “quando organizamos um amplo e importante debate que resultou no documento público denominado Carta de Joinville”, fala Lorenzon. Ele conta que o encontro este que teve a participação de grande número de empresários do setor, de presidentes dos sindicatos do setor plástico do Brasil e recebeu apoio das federações das indústrias, INP, Sociesc, Abiplast, Abief, Braskem e Maxiquim.
Vencer obstáculos
Conforme Lorenzon a criação da Câmara Setorial representa um marco histórico para os recicladores do plástico, como alternativa para os problemas do setor. O empresário destaca que entre as dificuldade enfrentada pelas empresas do segmento, estão a falta de incentivos ao setor e a alta carga tributária imposta, seguido pela pouca oferta de matéria-prima de qualidade, devido o baixo índice de coleta seletiva. O empresário acrescenta que a falta de infraestrutura, a alta oneração da folha de pagamentos, a falta de mão de obra qualificada, a pouca oferta de linhas de crédito e as altas taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras, são outros gargalos enfrentados pelo setor. O dirigente salienta que a desoneração tributária é uma das principais metas da Câmara Setorial. O empresário destaca que os recicladores sofrem com a alta tributação, pois não têm crédito na compra da matéria prima (ex: sucatas), obrigando as empresas recicladoras a arcarem sozinhas
com um alto recolhimento tributário, diferentemente dos demais setores que se creditam dos tributos sobre o valor da compra. O que o setor reivindica é isenção ou credito presumido sobre o valor da venda. “O crédito presumido sobre o valor da compra não interessa ao setor porque a matéria-prima tem valor pouco representativo na composição do preço final do produto onde os maiores custos estão no processo produtivo (logística, mão de obra e energia elétrica) e os aditivos”, comenta.
Setor em alta
Apesar destes obstáculos o segmento segue em crescimento no Brasil. Lorenzon salienta que é um setor muito promissor e que possui uma grande potencialidade para as próximas décadas. Outro fator positivo destacado pelo dirigente é a nova Politica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), cuja Lei foi aprovada em 2010 (Lei 12.305/2010) “e que esperamos que entre em vigor efetivamente em 2014”. Ele comenta que em razão disso está vis-
lumbrando medidas de apoio por parte do governo federal, “que promete editar atos importantes para o setor através do Programa Recicla Brasil”. O dirigente também destaca que recentemente foi formada na Câmara dos Deputados a Bancada da Reciclagem, com adesão de quase 200 “que deverão apoiar na elaboração e acompanhamento de projetos voltados a incentivar a reciclagem no país”, acrescenta. O crescimento do setor é evidenciado na pesquisa realizada pela Maxiquim para o Instituto Sócio-Ambiental do Plástico – Plastivida. O estudo aponta que o país reciclou 19,4% dos plásticos pós-consumo em 2010, frente ao índice de 17,9% registrado no período anterior. A pesquisa também mostra que a região Sudeste foi a que mais reciclou em 2010 (60%), seguida pelas regiões Sul (26%), Nordeste (11%), Centro-Oeste (2%) e Norte (1%). O resultado de 2010 coloca o Brasil na nona posição mundial na reciclagem dos plásticos, atrás da Alemanha (34%), Suécia (33,2%), Bélgica (29,2%), Noruega (25,7%), Suíça (24%),
Itália (23%), Eslovênia (21,4%) e Dinamarca (21%). Os números de 2011 ainda não foram fechados pelo Plastivida. Os dados do perfil setorial da Abiplast revelam que em 2011 a indústria brasileira de reciclagem de contava com cerca de 800 empresas, que, somadas, têm capacidade instalada para processar 1,2 milhão de toneladas de material plástico. No período o consumo do setor foi de 804,7 mil toneladas de resíduos pós-consumo. Desse volume, produziu 724 mil toneladas de matéria prima reciclada, utilizadas na fabricação de vários tipos de produtos plásticos.
PET se destaca
O PET foi a resina mais reciclada no país no ano passado. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) o Brasil mantém a sua posição entre os líderes da reciclagem de PET no mundo. Em 2011, o País deu a destinação correta a 294 mil toneladas de embalagens de PET pós-consumo, o que representa 57,1% das embalagens descartadas pelo consumidor. >>>>
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Especial
A instituição informa que o volume total reciclado em 2011 corresponde a um aumento de 4,25% em relação as 282 mil toneladas recicladas em 2010. “Esse índice é mais do que o dobro do crescimento registrado na produção de novas embalagens, que mesmo enfrentando a crise mundial, foi de 2% em 2011”, observa. Atualmente, com faturamento de R$ 1,2 bilhão, a reciclagem responde por mais de um terço de todo o faturamento da indústria do PET no Brasil. “Isso mostra que, apesar das dificuldades em relação à coleta seletiva, o trabalho da indústria, no sentido de gerar demanda para o PET reciclado, contribui fortemente para o desenvolvimento da atividade”, afirma o presidente da Abipet, Auri Marçon. Ele acrescenta que o material reciclado é coletado, reciclado e aplicado no país. “Não exportamos as embalagens pós-consumo, como fazem algumas nações desenvolvidas, que têm bons sistemas de coleta, mas enviam seus resíduos sólidos urbanos para serem reciclados em países em desenvolvimento”, afirma. O mercado têxtil continua sendo o principal destino de todo do PET reciclado no Brasil. O setor responde pelo uso de aproximadamente 40% de todo o material. O segundo lugar, com 18% cada um, é dividido entre os setores de embalagens e o de aplicações químicas. “A indústria têxtil continua sendo a grande aposta, mas nos chama a atenção o fantástico crescimento da utilização do PET reciclado na fabricação de uma outra 12 > Plástico Nordeste > Jul/Ago de 2012
embalagem, o chamado bottle-to-bottle, que teve vários projetos lançados nos últimos dois anos”, destaca Marçon.
Recorde no PVC
Também em ritmo de crescimento segue a reciclagem do PVC. A pesquisa encomendada pelo Instituto do PVC mostra que o índice de reciclagem de PVC pós-consumo no Brasil passou de 15,1% em 2010 para 19% em 2011. “Esta é maior taxa registrada desde 2005, quando a pesquisa começou a ser realizada”, frisa a entidade. O volume reciclado foi de 29.857 toneladas frente às 25.302 toneladas recicladas no ano anterior, “ou seja, um aumento de 18%”, complementa. O estudo mostrou que a indústria brasileira de reciclagem de PVC empregou, em 2011, 1.456 pessoas e faturou por volta de R$ 138 milhões. Sua capacidade instalada que era de 73.282 toneladas em 2010 teve aumento de 9,7% atingindo 80.391 toneladas. Aliado a isso, a ociosidade que era de 59,1% no ano anterior, diminuiu para 46,7% em 2011, “o que mostra que o setor está se desenvolvendo e ainda tem grande potencial de crescimento”, acrescenta o presidente do Instituto, Miguel Bahiense. Segundo o presidente um maior crescimento da atividade de reciclagem está diretamente atrelado à intensificação de sistemas de coleta seletiva de resíduos pós-consumo. “O Brasil tem mais de 5.500 municípios dos quais apenas 8% apresentam algum tipo de sistema de coleta seletiva”,
A importância do descarte correto: país reciclou 19,4% dos plásticos pósconsumo em 2010
afirma Bahiense. Ele destca que é preciso mudar esse cenário para que a indústria de reciclagem tenha oportunidade não só de crescer, mas de ser um mercado formal. “O Instituto trabalha para promover conceitos de uso adequado, reutilização e descarte correto do PVC, como objetivo de contribuir para a criação da cultura da reciclagem na sociedade como um todo”, complementa. Ainda de acordo com a pesquisa, a relação entre o descarte e a reciclagem tem mudado. Em 2010, o país descartou 167 mil toneladas e reciclou 15,1%. Já em 2011, foram descartadas 157 mil toneladas e recicladas 19%. “Mesmo com a diminuição no total de resíduo pós-consumo gerado, a taxa de reciclagem aumentou, o que é extremante positivo”, observa o presidente. Conforme o Instituto do PVC, apesar da resina estar entre os três plásticos mais produzidos no mundo, é o plástico que menos aparece no lixo urbano. Explica que isso ocorre porque 64% dos produtos de PVC são usados em aplicações de longa duração, com vida útil superior a 15 anos, como tubos e conexões, pisos, esquadrias, janelas, entre outras, muitos dos produtos ultrapassando os 50 anos de uso. Apenas 12% do PVC são destinados às aplicações de curta vida útil, ou seja, de 0 a 2 anos. O restante, 24% são aplicados em produtos de vida útil entre 2 e 15 anos. Outro dado da pesquisa é que tanto a taxa de reciclagem de PVC flexível quanto a de PVC rígido aumentaram, de 18,7% em 2010 para 20,50% e de 11,4% para 17,40%, respectivamente. “A reciclagem de PVC flexível é maior, pois o PVC rígido está mais associado a aplicações da construção civil, ou seja, de longa vida útil”, explica a instituição. Algumas características regionais da indústria de reciclagem do PVC também foram apuradas. Do total de resíduo de PVC reciclado em 2011, a região Centro-Oeste, que em 2010 não registrou atividade, respondeu por 4,3% da reciclagem. O Sudeste respondeu por 57,7%, seguido pela região Nordeste com 27,6%, Sul com 6,9% e Norte 3,6%. PNE
RECICLAGEM NO NORDESTE
Um grande mercado Com o setor em crescimento, a região está colocada entre as três maiores recicladoras de plásticos do país.
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ssim como ocorre em outras regiões do país, a reciclagem de plásticos no Nordeste segue em expansão, apesar das dificuldades enfrentadas. Segundo o Perfil Setorial da Associação da Indústria do Plástico (Abiplas), em 2011, o setor na região era composto por 67 empresas, que faturaram R$ 140 milhões no período. Os recicladores
ocuparam em torno de 66% da sua capacidade instalada, para produzir 80.127 toneladas de material reciclado. A região é terceira no ranking de reciclagem do país, atrás apenas do Sudeste e Sul, respectivamente. No ano passado ficou na segunda colocação na reciclagem de PVC, com o índice de 27,6% na destinação correta dos produtos transformados com a resina. A Recicla Nordeste, que ocorre de 17 a 19 de outubro, em Fortaleza (CE), confirma a vocação da região para a área de reciclagem.
Investimento em equipamentos
A indústria de máquinas e equipamen-
tos para o setor de reciclagem confirma o bom desempenho do setor no Nordeste reforçando a sua atuação na região. O analista de Exportação da Seibt, Gilson Müller, observa que a indústria de reciclagem nordestina vem realizando grandes investimentos nos últimos anos, na melhoria das plantas produtivas, aumentando a capacidades de produção. E segundo ele, este movimento tem gerado uma demanda de equipamentos novos, que atendam às necessidades das empresas e do mercado. O analista informa que a empresa atua na região de forma direta e também através de representantes, atendendo a todos os estados nordestinos. “Os equipamentos mais vendidos para essa região são os moinhos da linha A – convencionais, para aplicações di- >>>>
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Especial FOTOS: DIVULGAÇÃO
Moinho MGHS 700GF da Seibt é destinado ao mercado de pós-consumo Redução de ruídos dos equipamentos é uma das metas da Mecanofar
versas em vários tipos de plásticos de formas e tamanhos diferentes”, acrescenta. Entre as novidades para o setor, Müller destaca que este ano a Seibt incorporou aos moinhos convencionais a linha GF, com opção de três tamanhos, 550GF, 900GF e 1100GF. “Além do 700GF, que passou a integrar o catálogo da empresa no último ano”, acrescenta. Conforme o analista, este equipamento teve ótima aceitação pelo mercado consumidor pela relação custo-benefício, robustez, alta produtividade além dos diferenciais, abertura do bocal pneumática, sistema mola-gás para acesso ao magazine da peneira e segurança ao operador. O moinho tem rotor sem eixo central, “o que aumenta sua capacidade na câmara de moagem”, observa. O equipamento é indicado para moagem de garrafas e filmes e outros materiais. Como forma de ampliar a sua atuação na região, Müller diz que a estratégia da empresa é de atuar próximo ao cliente, buscando oferecer sempre a melhor opção em equipamentos para a reciclagem pós-industrial e pós-consumo, fornecendo produtos adequados a realidade e necessidade dos recicladores.
De olho na região
A Mecanofar alerta que é hora de se olhar a região com mais cuidado. A empresa atua há mais de 10 anos no mercado nordestino, com representante na localidade, e com uma carteira com grandes clientes. A gerente geral da companhia, Graziela Dalsochio comenta que é um mercado em expansão, principalmente em empresas de transformação, onde são necessárias máquinas de pequeno porte. A executiva acrescenta que muitas em-
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presas estão investindo em novas plantas na localidade. A gerente conta que em 2013 a empresa pretende ampliar a sua atuação no Nordeste. Para isso deve canalizar novos investimentos, como a participação na revista Plástico Nordeste. “Estamos também em fase de avaliação de nossa participação nas principais feiras do setor plástico na região”, acrescenta. Graziela Dalsochio destaca que o mercado nordestino absorve toda a linha de produtos da Mecanofar, como os moinhos e silos, além de peças de reposição. Porém ela observa que o maior volume de vendas no Nordeste é de máquinas de grande porte, com motorização de 30cv, até 150cv. A executiva acrescenta que a empresa vai iniciar a comercialização da máquina para afiação de navalhas, que tem grande procura, principalmente por empresas de reciclagem. O lançamento do equipamento foi realizado em agosto, na feira Interplast, em Joinville (SC), com previsão para comercialização para o início de 2013. “Nossa preocupação é desenvolver equipamentos que tenham um excelente desempenho, por isso, estamos em desenvolvimento constante e sempre nos atualizando tecnologicamente”, destaca a gerente. Segundo ela a empresa oferece aos clientes um atendimento completo, que vai desde a definição do melhor equipamento até o pós-venda. “Além disso, a Mecanofar ainda disponibiliza o serviço de entrega técnica, que promove o treinamento de operação das máquinas e informações sobre manutenção”, complementa. Localizada em Farroupilha (RS), a Mecanofar possui 32 anos de atuação na indústria de transformação de plásticos. Está entre as principais fabricantes nacionais de moinhos granuladores. Conforme a executiva, a companhia atende a todo o mercado brasileiro e exporta seus equipamentos para países do
Mercosul. “A Mecanofar conta com representantes em todo o Brasil”, observa. O portifólio da empresa é composto por uma ampla gama de moinhos para transformação de materiais, como as linha de moinhos de baixa rotação, de 3cv até 10cv utilizados para pequenas quantidades e baixa produção, e de alta rotação, de 3cv até 150cv utilizados para alta produção. Também oferece silos coletores e ciclones, além da linha de ventiladores de 2cv, 3cv, 5cv e 10cv. Quanto as inovações tecnológicas dos produtos da empresa, a gerente comenta ocorrem mais em termos de processos de reciclagem do que no processo de moagem em si. “Este é relativamente simples e não demanda maiores tecnologias”, salienta. Ela informa que a Mecanofar investe tecnologicamente em processos de qualidade (inspeção recebimento, desenvolvimento de fornecedores, atualização de componentes, enfim para garantir a qualidade de seus produtos e processos com o menor custo para os clientes. Outras melhorias apontadas gerente é na questão dos ruídos, que segundo ela é uma preocupação constante para praticamente todos os fabricantes de moinho. Destaca que é uma variável impossível de ser eliminada e muito difícil de ser manipulada. “A Mecanofar trabalha sempre juntamente com seu cliente para poder identificar a melhor forma de utilização do moinho, que garanta o menor nível de ruído possível. Geralmente se aplicam cabines anti-ruído, enclausuramento da máquina e identificação dos EPIS obrigatórios para o
trabalho com o moinho”, informa.
Evolução da empresas
Em uma análise do mercado nordestino, a BY Engenharia destaca que a região possui muitas empresas atuando na reciclagem de plásticos, sendo que a maioria é composta por recicladoras de pequeno porte, utilizando equipamentos mais simples e de pequenas produções. Mas o diretor BY, Antonio Azevedo Alves, salienta que algumas dessas empresas já estão se desenvolvendo e com isso já estão procurando adquirir máquinas e equipamentos de melhor desempenho e qualidade. Alves informa que a empresa tem equipamentos em operação no Nordeste e a operação na região é através do “nosso escritório central em SP”. Ainda sobre a atuação da BY Engenharia na localidade, o diretor comenta que “recentemente estivemos visitando a feira Embala Nordeste que aconteceu em Recife”. Ele fala que no passado a empresa teve estande na feira “e estamos estudando a oportunidade de
repetir no próximo ano”, salienta. Entre os produtos que despontam nas vendas para os recicladores da região, estão os sistemas de granulação imerso em água Gala (também conhecido localmente como “corte na cabeça” da extrusora ou corte direto na extrusora). De acordo com o diretor, os sistemas são projetados para trabalhar de maneira econômica e eficiente quando são utilizadas vazões de 1 à 15.000 kg/h. Alves salienta, que no Brasil a BY Engenharia fabrica com exclusividade e sob licença norte-americana Gala Industries, sistemas de até 1.000 kg/h, que são apropriados para aplicações industriais severas, laboratórios, pesquisas e desenvolvimentos, reciclagem, entre outras. O empresário explica o funcionamento do processo. Fala que o material é alimentado na extrusora ou bomba de engrenagens, quel transporta o polímero fundido através de um troca telas ou válvula de desvio e placa matriz. Tão logo o polímero passa pela placa matriz, os peletes (grãos) são cortados pelas facas em rotação e solidificados pela água de
processo que passa pela matriz através da câmara de corte. Água temperada transporta os peletes para a secadora centrífuga onde água e peletes são separados. Os peletes secos são descarregados e a água, quando retorna ao tanque é filtrada, pressurizada, temperada (resfriada) e retorna para a câmara de corte e sistema. “Este sistema é capaz de processar termoplásticos bastante simples até plásticos de engenharia mais complexos tais como PP carregado, PET e borrachas”, comenta Alves. O diretor informa que praticamente todos os polímeros podem ser processados no sistema Gala, respeitando-se as características técnicas de cada um deles e a necessidade de equipamentos diferenciados. Alves destaca, que no Brasil as maiores aplicações para estes sistemas Gala, são para compostos diversos, masterbatch, tingimento, aditivações, reciclagem, colas hot melt, borrachas, goma base para, chicletes, WPC, Fibras, etc. A empresa também oferece troca telas hidráulicos com vazamento zero e um linha de equipamentos mais standards, sem muitos opcionais, para produções de até 1000 >>>>
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Especial kg/h, como os modelos SPIA-500 para até 500 kg/h e SPIA-1000 para até 1000 kg/h. “O uso de nossos equipamentos garante a melhora da produção e da qualidade do granulado, com isso é normal que o reciclador consiga acrescentar valor ao seu produto, tendo um melhor preço de venda”, frisa o diretor.
nada ao uso das máquinas, ShowRoom com peças de reposição originais e com disponibilidade imediata, além da garantia de um ano nos equipamentos e periféricos.
Setor organizado
A Rone Moinhos comenta que houve um crescimento significativo no mercado de reciclagem de plásticos no Nordeste, nos últimos anos, não só na quantidade, mas também na qualidade. O diretor da empresa, Ronaldo Cerri, destaca que os recicladores nordestinos estão mais organizados e produzindo reciclados de melhor qualidade. “Em todo o nordeste atendemos diretamente de nosso escritório em São Paulo, porém com constante atualização da situação dos clientes”. Entre os fatores que dificultam a ampliação do setor, Cerri observa que faltam incentivos governamentais para o mercado de reciclagem de plástico no Brasil. “Mas mesmo sem contar com muito apoio, o mercado de reciclagem, inclusive o do nordeste, vem crescendo com força e se fortalecendo”, acrescenta. Conforme Cerri, no caso de moinhos para reciclagem, o Nordeste consome muitos equipamentos de médio e grande porte (a partir de motorização 30 CV), principalmente as empresas já constituídas e em crescimento. Para atender a demanda de moinhos de reciclagem o diretor informa que a Rone vem atuando, não só no nordeste mas em todo o Brasil, principalmente com sua linha N de moinhos. Ele explica que esta linha possui grande variação de aplicações, processando com alta produtividade, com um grande custo/benefício, por serem modelos muito robustos e de fácil e simples manutenção.
Novidades para o mercado
A Shini Brasil informa que tem uma participação regular no mercado nordestino, mas salienta que a reciclagem é um dos pontos fortes da região. Dino Garofalo, representante de vendas da empresa, explica que o crescimento da reciclagem se deve principalmente a uma grande preocupação com a reutilização dos materiais, gerando uma demanda no mercado para o reaproveitamento dos resíduos.
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Sistemas de granulação imersos em água Gala Modelo Spia 1000 - BY Engenharia
Trabalho sério
A Shini conta com um representante de vendas em Recife e destaca que os equipamentos mais vendidos na região são os moinhos e alimentadores. Porém salienta que disponibiliza para o mercado de reciclagem e para os transformadores em geral, um dos mais completos mix de produtos em nível mundial. Entre os destaques do portifólio da empresa estão os manipuladores e robôs, de 1,3 e 5 eixos servo motor. “Todos os componentes utilizados são referências no mercado , um exemplo é o servo motor da marca Panasonic”, destaca. Na feira Interplast 2012, realizada em Joinville (SC), a companhia apresentou mais novidades para o mercado como o sistema de dosagem e mistura. Constituído por equipamentos como válvulas proporcionais, dosadores volumétricos e/ou gravimétricos, misturadores verticais, separadores de pó e magnéticos, que possuem aplicabilidades diferentes, permitindo ao cliente, escolher o modelo que melhor atende a sua necessidade. Outro lançamento é o sistema de secagem e desumidificação de matérias-primas, incluindo desumidificadores específicos para PET, ópticos e cristalização de PET. Entre os alimentadores, o destaque ficou por conta do modelo SAL-300, “o único monofásico do mercado com capacidade para 200 kg/h. Utilizado para o transporte de material virgem ou moído, entre suas vantagens estão o baixo nível de ruído e longa durabilidade”, salienta a empresa. Como diferencial para os clientes a empresa destaca a equipe técnica especializada para instalação e qualquer orientação relacio-
Para a Máquinas Premiata a reciclagem no Nordeste é bem desenvolvida, porém ainda necessita de aprimoramento. O diretor da empresa, Rafael Rosanelli, conta que a atuação da companhia na região se destaca pelo trabalho desenvolvido. “Temos clientes que acabaram se tornando amigos, viemos ampliando nossas vendas principalmente através de boas indicações, fruto do trabalho sério que temos feito”, salienta.
Mercado instável
Para o diretor da Wortex, Paolo de Filippis, o mercado de extrusão na área de reciclagem na região é instável, “com altos e baixos”, devido principalmente ao “vai e vem” dos preços das matérias-primas (nacionais e importadas) e as dificuldades enfrentadas pelas fábricas de reciclagens existentes no Nordeste atualmente. Segundo o empresário, a Wortex desenvolve e fornece máquinas para várias aplicações, para atender as necessidades dos recicladores regionais. Na área de reciclagem de filmes, oferece equipamentos para filmes de polietileno, polipropileno, BOPP, ráfia, nylon, materiais de multicamadas, “sem a necessidade de aglutinar”, observa. O portifólio da empresa também conta com máquinas para reciclagem de rígidos de injeção, sopro, extrusão de tubos, chapas, perfis, entre outros. As mais recentes novidades da empresa são as linhas Challenger Recycler com degasagens, alimentação forçada, corte na cabeça e sistemas de moagens específicos para ráfia, não-tecidos, PS expandido, entre outros materiais, integrados as máquinas. Paolo de Filippis destaca que os equipamentos de reciclagem devem cumprir com a sua missão: “baixo consumo de energia e operacional, qualidade dos granulados assegurada e que estejam enquadrados dentro das Normas de Segurança e de Trabalho (NR10 e NR12)”, descreve. PNE
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EVENTO Recicla NE
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Um negócio que dá lucro
Recicla Nordeste 2012 acontece entre os dias 17 e 19 de outubro, em Fortaleza (CE), e discute a reciclagem como opção de negócio lucrativo.
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ara mostrar que a reciclagem pode ser um bom negócio, será realizado, em Fortaleza, o principal evento da região sobre assunto: a Recicla Nordeste- Feira e Seminário de Reciclagem e Meio Ambiente, nos dias 17, 18 e 19 de outubro, no Centro de Eventos do Ceará. A terceira edição terá uma extensa programação com palestras, cursos, exposições e vai discutir o desenvolvimento da indústria de reciclagem, trabalhar a sustentabilidade das empresas e
Abertura da edição de 2011 da feira contou com personalidades, como Marcos Albuquerque (E), do Sindiverde
promover ações pelo resgate social de quem participa dessa cadeia de reaproveitamento de materiais. A feira terá visitação gratuita e deve reunir em média 50 expositores e 10 mil visitantes do Brasil e do exterior. As inscrições para os seminários e cursos podem ser feitas pelo site www.reciclanordeste.com.br. Com o tema “Reciclar, um bom negócio”, o evento atua em três frentes acontecendo simultaneamente: a Feira da Indústria da Reciclagem e Transformação, o Seminário Reciclagem e Meio Ambiente e a Mostra de Tecnologia e Economia Solidária. As atividades propiciam informação e conhecimento tecnológico relativo ao setor e suas aplicações, a oportunidade de criar estratégias, gerar e ampliar negócios e renda. A Recicla Nordeste vai reunir profissionais que trabalham com materiais recicláveis, pessoas interessadas na cadeia produtiva da reciclagem, da indústria de transformação; do setor hospitalar, de embalagens, da construção civil, dos transportes e de máquinas.
Última edição
A feira, que é anual, gerou em 2011, R$
4,2 milhões de negócios realizados e R$ 4,5 milhões em negócios prospectados. Segundo a coordenação do evento, neste ano a expectativa é crescer mais 10% em relação ao ano passado. A segunda edição da RECICLA NORDESTE – Feira e Seminário de Reciclagem e Meio Ambiente, e demais eventos paralelos, foi encerrada no dia 5 de novembro de 2011, na capital cearense. Com o tema “Sustentabilidade”, alcançou recordes de visitação, expositores, congressistas e volume de negócios. Recebeu cerca de 6 mil visitantes e 50 expositores. “Confirmando projeções, ultrapassamos todas as nossas expectativas referentes a número de expositores, visitantes e de negociações e resultados”, comemora Marcos Albuquerque presidente do Sindiverde (Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais do Estado),idealizador e coordenador geral da RECICLA.“Em comparação a 2010, dobramos todos os números”, explica. Na edição anterior a iniciativa recebeu 3.700 visitantes. Foram 2.000 metros quadrados no Centro de Convenções do Ceará destinados à participação de fabricantes de máquinas, periféricos e matérias-primas, empresas prestadoras de serviços e produtos para a indústria recicladora e de transformação. “Diante do desafio e da responsabilidade em organizar mais uma edição do mais importanteevento de negócios e meio ambiente do Nordeste, no setor, procuramos proporcionar aos participantes oportunidades de conhecimento e geração de negócios, primando pela qualidade e sustentabilidade”, afirma a diretora da Ikone Eventos,Micheline Camarço. Houve uma intensa participação de empresários, profissionais especializados, autoridades, estudantes e personalidades do setor socioeconômico e ambiental das regiões Norte e Nordeste, Sudeste e Sul do País, com ampla cobertura da imprensa. “Este ano, fomos capa da tradicional revista do setor, a Plástico Nordeste”, continuou Micheline. A 2ªedição da RECICLA NORDESTE, na avaliação de Marcos Albuquerque,trouxe resultados muito positivos, e reflete o bom momento da economia brasileira. Segundo o dirigente, o encontro abriu espaço para que a indústria de reciclagem e de transformação, pudesse mostrar o seu potencial de contribuição para como desenvolvimento sustentado, local e global. “Marcado pelo clima de otimismo dos participantes, a RECICLA trouxe
um dinamismo à recente Câmara Setorial da Reciclagem noEstado do Ceará.” O balanço foi positivo, na avaliação de grande parte dos expositores. “Muitos negócios concretizados entre os dias 3 e 5 de novembro, mas que certamente, serão ampliados ao longo dos próximos meses”, disse Albuquerque, destacandotambém, a boa nova sobre a instalação de novas indústrias do setor no Ceará, a partir de 2012. “Umindicativo da expectativa de forte crescimento do mercado local”.
Reciclagem e arte
No pavilhão da indústria, os artistas e artesãos também comemoraram. O balanço foi positivo para os expositores da mostra paralela de Ecoarte e Cultura e a de Tecnologias Sociais para a gestão dos resíduos. De acordo com a presidente do Grupo de Interesse Ambiental (Gia), Cláudia Bezerra, os objetivos foram atingidos, “mais uma vez conseguimos apresentar nossas peças, provenientes de materiais que seriam descartados como lixo”. A Gia apresentou inúmeros produtos amigos de meio ambiente, a marca “Pode Crer”, com destaque para a linha de móveis – cadeira, bancos e mesas – feitos de pneus velhos.Além das novas soluções e tecnologias em produtos e serviços de reciclagem, esta edição também foi marcada pela arquitetura inovadora dos estandes. Como o foco do Recicla Nordeste é o reaproveitamento de resíduos, algumas empresas apresentaram soluções simples de reciclagem e reutilização de materiais nas criativas decorações. A Coca – Cola, Coelce e Ecoletas foram bons exemplos. Esta última, usou resíduos eletrônicos na decoração. “Este tipo de material, quando lançado no meio ambiente, é extremamente nocivo, mas usado como arte, as placas tornam-se belas e benéficas peças decorativas”, explica o dirigente da Ecoletas, Marcos Bonanzini. A Coca – Cola usou e abusou das garrafas PET, destacando-se no quesito criatividade segundo visitantes. “Realmente, este estande ficou muito original”, disse a estudante Doralice Veras.
Seminário Reciclagem e Meio Ambiente
Três dias de pura “sustentabilidade”, segundo a coordenadora do Seminário Reciclagem e Meio Ambiente, Tarcilia Rego. Extrapolando as expectativas dos conferencistas, público e organizadores, o Seminá- >>>> Jul/Ago de 2012 < Plástico Nordeste < 21
rio – principal evento paralelo da RECICLA, apresentou temas aliados às diretrizes de sustentabilidade. Este foi o tema transversaldas discussões. Aspectos sociais, econômicos e ambientais, pertinentes à gestão de resíduos, foram tratados comprofunda seriedade nas tardes de trabalho. “Este ano o seminário teve um aumento significativo de congressistas, comprovando o crescente interesse no assunto”, disse a coordenadora. Foram mais de 2.500 inscrições. Especialistas de várias áreas ministraram palestras, discutiram, e expuseram a verdadeira realidade das políticas públicas e do atual cenário dos resíduos sólidos, no Ceará e no Brasil. Os mais destacados nomes do setor acadêmico, produtivo, e doterceiro setor, do governo, abordaram temas como: a logística reversa; a Análise do Ciclo de Vida do Produto (ACV); os avanços do programa Pró Catador, a contribuição das cooperativas de catadores; e o papel do governo na condução da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos e a economia Verde. A grande maioria dos processos am-
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bientais relacionado à reciclagem passa pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Quem falou sobre o assunto foi o gerente de Projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ronaldo Hipólito. Para ele, o desenvolvimento da logística reversa e a inserção dos catadores de resíduos sólidos dentro das políticas de manejo são alguns dos principais avanços da lei sancionada em agosto de 2010. “Desenvolver o trabalho dos catadores de materiais recicláveis é fundamental para impulsionar o setor. Existem cerca de um milhão de catadores em todo o Brasil que são responsáveis por 99% do reaproveitamento das latinhas de alumínio e 45% das garrafas de plástico. Dentro da logística reversa, o consumidor também tem papel importante, evitando que o lixo seja um problema exclusivo do poder público”. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Ambiental (Ibrades), o consultor Sabetai Calderoni, ao proferir a palestra “A Contribuição da Gestão de Resíduos sólidos para a Economia Verde”, disse
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EVENTO Recicla NE
que o setor empresarial é um grande gerador de resíduos sólidos. Muitas indústrias ainda relutam em adotar políticas ambientais, julgando o processo caro e dispendioso. “Entretantoé possível equilibrar lucro e ações sustentáveis”, esclarece. Em contra partida, ainda segundoCalderoni, a reciclagem é responsável direto pela redução dos gastos com o lixo de até 25% e pela maior longevidade dos aterros sanitários. PNE
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DESTAQUE
Ceará
Altas
oportunidades
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A
região nordeste do país continua em alta, mas alguns estados apresentam maior destaque do que outros. Um bom exemplo é o Ceará. Conforme o Instituto de Pesquisa e Estratégica Econômica do Ceará (IPECE), a economia cearense vai continuar apresentando resultados positivos acima do desempenho brasileiro; o comércio internacional cearense, a exemplo de 2011, manterá o crescimento; as áreas sociais e de infraestrutura vão ser alvos de investimentos maciços por parte do Governo estadual, e o superávit primário deverá aumentar R$ 250 milhões de reais. Estas são algumas das expectativas para o Ceará em 2012 esperadas pelo órgão vinculado á Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) do Governo do Estado. A indústria cearense registrou, em agosto, o segundo mês consecutivo de comportamento favorável para suas atividades, com expansão em quatro das seis variáveis pesquisadas. O resultado, no entanto, não se repetiu no acumulado do ano, quando apenas o faturamento e a massa dalarial tiveram variações positivas. Os dados são da pesquisa Indicadores Industriais, realizada em agosto pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (INDI), organismo da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o levantamento, no acumulado de janeiro a agosto de 2012, as vendas totais apresentaram expansão real de 5,86% em relação aos números de 2011, resultado que se deve ao crescimento apresentado em quatro dos sete setores pesquisados. No acumulado do ano, as exportações de produtos industrializados alcançaram US$ 579.98 milhões, decréscimo de 1,94% em relação a 2011, em igual período. Com o desempenho, a participação da indústria no total exportado atingiu 71,3% nos oito meses de 2012. O faturamento industrial cresceu 5,86% nos oito meses de 2012. Além dos números econômicos há outro fenômeno que não para de crescer no Ceará. De 2009 para cá o estado ganhou 140 mil micro e pequenas empresas, entre elas, indústrias de plásticos interessadas no potencial da região. Conforme divulgado recentemente no jornal Diário
do Nordeste, somente no Ceará, o número de empresas e empreendedores que se encaixam no perfil já atingiu o patamar de 229 mil, frente aos 87 mil registrados em 2009. Trata-se de uma ascensão que, impulsionada pela capacitação e um crescente conhecimento por parte dos empreendedores, tende a continuar no decorrer dos próximos anos, apesar de ainda ter gargalos a superar. Ainda conforme o periódico, de acordo com o diretor técnico do Sebrae no Ceará, Alci Porto, um advento importante que mudou completamente os rumos dos micros e pequenos empresários do Brasil aconteceu há quatro anos, quando, através da incrementação do Simples Nacional à legislação já existente, surgiu a categoria do Empreendedor Individual, beneficiando os autônomos que antes não possuiam direitos. “Das 229 mil MPEs que possuimos no Estado, cerca de 90 mil são empreendedores individuais, número 63% superior aos 55 mil do ano passado. Isso mostra que o crescimento está acelerado, pois as pessoas estão na fase de conhecerem o programa e suas vantagens. Tal número só deve se estabilizar no Ceará quando alcançamos os 150 mil”, diz o diretor.
Indústria petroquímica
A chegada da Prana, com licença para instalação já confirmada no Pecém, é um primeiro passo para a construção de uma cadeia petroquímica no Ceará. O que será possível com a perspectiva da construção da Refinaria Premium II da Petrobras, com início da operação previsto para 2018. “Quando você envolve projeto com envergadura de uma refinaria, ela por si só cria cadeia produtiva no entorno”, diz o consultor da área de petróleo e gás, Bruno Iughetti. Ele explica que os Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande Norte são abastecidos por refinarias distantes, do Amazonas, da Bahia e de São Paulo. A instalação de uma refinaria diminuiria os custos de logística. “Nós vamos deixar de importar, o que vai ser muito bom para a cadeia produtiva, para a balança comercial. E poderemos exportar para outros países”.
Ceará ganha laboratórios
O Estado foi contemplado com três novos laboratórios de pesquisa de bio- >>>> Jul/Ago de 2012 < Plástico Nordeste < 25
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DESTAQUE Ceará
Conheça o Ceará*
- A economia do estado é uma das mais diversificadas da região Nordeste do Brasil. - O PIB cearense em valores correntes, em 2010, foi de R$ 74,9 bilhões, dos quais 48,22% estão concentrados na capital Fortaleza, segundo estudo do Ipece . - Os principais setores da indústria cearense são vestuário, alimentícia, metalúrgica, têxtil, química e calçadista. - A maioria das indústrias estão instaladas na Região Metropolitana de Fortaleza, com destaque para Fortaleza, Caucaia e Maracanaú. - Em Caucaia e São Gonçalo do Amarante será instalada Zona de Protecção Especial do Ceará no Complexo Industrial e Portuário do Pecem onde serão instaladas uma siderúrgica e uma refinaria de petróleo. *Fonte: Wikipédia logia molecular, tecnologia de biomassa e multiusuário de química de produtos naturais orçados em R$ 13,4 milhões. Os novos centros de pesquisa da Embrapa Agroindústria Tropical, de Fortaleza, permitem o desenvolvimento de uma série de
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produtos, atendendo também demandas de empresas e indústrias, com matéria-prima regional. Segundo o pesquisador Flávio Pimentel, em um dos centros será possível desenvolver pigmentos naturais, potencializar a produção de alimentos
funcionais, produtos fitoterápicos, biopesticidas, embalagens biodegradáveis e aromas e fragrâncias. A partir do desenvolvimento dos estudos, ele destaca que serão montadas parcerias com empresas privadas. “Estamos devidamente equipados para receber a planta e identificar novos princípios ativos. O primeiro impacto disso é que poderemos caracterizar novas moléculas”, disse Pimentel. A ideia é descobrir propriedades e ampliar a capacidade de transformação das matérias. No laboratório de biologia molecular será desenvolvida tecnologia com o objetivo de obter novos materiais e produtos de energia advindos do dendê, da fibra do coco e da bananeira, segundo o pesquisador Men de Sá. “Eles podem ser voltados para embalagens de alimentos, cosméticos, indústria moveleira e para o setor biomédico. A matéria-prima é regional e biodegradável”, afirmou. O destaque, de acordo com ele, é a possibilidade de trabalhar com nanoestruturas para permitir maior resistência às matérias naturais. PNE
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Giro NE Jaques Wagner, no lançamento da pedra fundamental do Complexo Acrílico, no Polo de Camaçari
BAHIA Basf lança hotsite do Complexo Acrílico
O portal www.basf.com.br/complexoacrilico traz informações sobre o maior investimento da Basf, em sua história na América do Sul, e funciona como ponto de contato para todos os públicos interessados no Complexo. O portal mostra ainda o andamento da obra, notícias sobre o empreendimento, canal de cadastramento de currículos e fornecedores e muitas outras informações sobre o projeto, explica Gislaine Rossetti, diretora de relações institucionais da Basf para a América do Sul. A construção do Complexo Acrílico começou este ano com 2.000 empregos e, quando em operação prevista para o quarto trimestre, serão 230 empregos diretos e 600 indiretos. Segundo informações da Bahia Negócios, o Complexo tem escala global para a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP) em Camaçari, sendo a primeira fábrica de ácido acrílico e superabsorventes da América do Sul. Também produzirá acrilato de 2-etil-hexila, uma importante
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matéria-prima para as indústrias de adesivos e tintas especiais, no atual Complexo Químico de Guaratinguetá (SP), estimando para o investimento um impacto positivo de US$ 300 milhões ao ano para a balança comercial do Brasil, sendo US$ 200 milhões, por meio da redução de importações e US$ 100 milhões em função do aumento das exportações.
PERNAMBUCO BNDES aprova financiamento para Complexo de Suape
O BNDES informou ter aprovado financiamento de R$ 920,3 milhões para um projeto de infraestrutura no Complexo Portuário de Suape. O financiamento será feito ao Estado de Pernambuco, controlador do porto, para a implementação de intervenções portuárias, rodoviárias, ferroviárias, retroportuárias e de pesquisa ambiental no complexo, informou o banco em comunicado. “O financiamento prevê, ainda, a implantação de veículo leve sobre trilhos (VLT) para transporte público de passageiros entre os terminais do Cajuei-
ro Seco e do Cabo de Santo Agostinho (já existentes) até a Estação Rodoferroviária de Massangana (a ser recuperada) no complexo de Suape”, segundo a nota.
MARANHÃO Imperatriz recebe fábrica
Aos 160 anos, a cidade de Imperatriz -a segunda maior do Maranhãoreceberá sua primeira grande indústria. No quarto trimestre de 2013, a Suzano Papel e Celulose inaugura no município, uma fábrica que vai praticamente dobrar o seu tamanho. Hoje, a Suzano tem capacidade para produzir 1,9 milhão de toneladas de celulose por ano. A nova unidade, sozinha, fabricará 1,5 milhão. “É o maior projeto do setor em construção no mundo”, diz Ernesto Pousada, diretor de operações da Suzano. A unidade Eldorado, que é erguida pela J&F em Goiás, tem a mesma capacidade. Para um projeto gigantesco, cifras elevadas. A Suzano investe R$ 5,8 bilhões em Imperatriz quase três vezes o PIB do município, de R$ 2 bilhões em 2009, segundo os dados mais recentes do IBGE.
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Balanço
Abiplast lança o novo perfil do setor de transformados plásticos
O
s desafios e oportunidades do setor são observados de perto pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), uma instituição que reúne em seu quadro associativo, centenas de empresas, pequenas, médias e grandes, especializadas na transformação do material plástico, sediadas nas mais diversas regiões do País. Os dirigentes do setor plástico nacional estão sempre conectados às necessidades dos empresários, procurando sinergia com órgãos do governo e com a sociedade em geral. Prova disso são os estudos realizados anualmente que apresentam os resultados da indústria de plásticos. A pesquisa encomendada pela Abiplast estabelecendo os comparativos entre 2010 e 2011foi divulgada recentemente. O estudo apresentou um aumento de 2% nas exportações dos transformados plásticos, que chegou a R$ 1,50 bilhão. O estudo apresentou, ainda, aumento na demanda nacional por produtos transformados, que saltou de 48 bilhões para 52 bilhões em 2011, crescimento de 6,4% em relação a 2010. Outro número em ascensão no balanço realizado pela Associação Brasileira foi o faturamento. O setor de transformados plásticos faturou R$ 50,7 bilhões, um aumento de também 6,4% em relação a 2010. A nova análise contém, além dos números referentes à produção e ao consumo aparente, uma nova abordagem dos transformados plásticos, apontando seu valor agregado e tecnologia, bem como a segmentação do mercado e sua ampla utilização em praticamente todas as cadeias produtivas, como a construção civil, alimentos, bebidas, automóveis e autopeças, agricultura, indústria farmacêutica, médico hospitalar, limpeza e perfumaria, utilidades domésticas, entre outros. Nesta edição, também são incluídos, pela primeira vez, dados sobre a indústria de reciclagem de plásticos pós-consumo, uma iniciativa importante para se entender e mapear o ciclo dos produtos. A indústria de material plástico brasileira é composta por 11.465 empresas
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(dados de 2009) onde 85% encontram-se nas regiões Sudeste e Sul. Em 2011 o setor foi responsável por 357 mil empregos, um aumento 3% em relação ao ano anterior. Este número significa que foram gerados apenas no ano passado 10 mil empregos na indústria de plásticos brasileira. O setor é o 3º maior empregador da indústria de transformação nacional, respondendo por 4% dos empregos. Os dados positivos relativos ao mercado de trabalho incluem-se nas estatísticas setoriais que constituem o conteúdodeste perfil elaborado pela ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria doPlástico). Segundo o presidente da entidade, José Ricardo Roriz Coelho, “os números de empregos gerados, contudo, refletem muito mais o otimismo do empresariado do que propriamente a performance do setor, que, afetado pela perda de competitividade que atinge toda a indústria de transformação brasileira, viu a sua produção física recuar 2% na comparação com 2010.” Verificou-se queda de 7,8% nos laminados, 2,7% nas embalagens e pífio avanço de 0,3% na rubrica artefatos plásticos diversos. A demanda brasileira por produtos transformados plásticos cresceu 3% sobre o ano anterior, mas parcela expressiva desse mercado foi suprida por produtos fabricados em outros países. As importações setoriais cresceram 20% em US$/FOB, em relação a 2010. “Claramente, estamos perdendo espaço para os concorrentes estrangeiros”, alerta Roriz. “O setor de plásticos transformados, assim como toda a manufatura nacional, tem recebido duros golpes do Custo Brasil, como os juros altos, os impostos exagerados, adeficiência de transportes e logística e a burocracia”, salienta o presidente da Abiplast, acrescentando: “Tudo isso foi agravado, em 2011, pelo câmbio sobrevalorizado, que estrangulou ainda mais nossa capacidade de concorrer. Internamente, nossas fábricas são tão ou mais eficientes e competitivas do que as de numerosos países. Porém, sob os efeitos danosos dos
ônus que recaem sobre nossa produção, ficam em flagrante desvantagem.
Reciclagem
O perfil setorial apresenta, este ano, as características da indústria brasileira de reciclagem de plásticos pós-consumo. O segmento é constituído por cerca de 800 empresas, que, somadas, têm capacidade instalada para processar 1,2 milhão de toneladas de material plástico. No ano passado, seu consumo foi de 804,7 mil toneladas de resíduos pós-consumo. Desse volume, produziu 724 mil toneladas de matéria prima reciclada, utilizadas na fabricação dos mais diferentes produtos plásticos. Essa indústria é um importante elo dacadeia produtiva, pois é na reciclagem que se encerra o ciclo de vida do plástico, cujo reaproveitamento permite a fabricação de novos produtos. A atividade também gera emprego diretamente para mais de 21 mil pessoas. O mapeamento e a compreensão da dinâmica da atividade de reciclagem de material plástico são fundamentais para que nosso setor possa colaborar com a efetiva implantação e sucesso da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que por meio da logística reversa representará uma grandeoportunidade para aumento da capacidade de reciclagem do produto plástico. E para incentivar o desenvolvimento sustentável do setor de transformados plásticos e reciclagem, a entidade criou recentemente a Câmara Nacional dos Recicladores de Material Plástico, cujo objetivo é lutar pela competitividade e o fortalecimento da imagem do material reciclado.
Investimentos
Durante o ano de 2011 foram investidos em máquinas e equipamentos o valor de R$4,9 bilhões de reais. Já em inovação o valor injetado pelos transformadores brasileiros foi de R$730 milhões, um aumento de 16% em comparação com 2010. Em Pesquisa e Desenvolvimento, o investimento do setor foi de R$130milhões.
2010
Em 2010 foram produzidas quase seis milhões de toneladas de produtos plásticos. Deste número, os laminados tiveram aumento de 11,41% na produção física em relação a 2009, as embalagens apresentaram crescimento de 7,45% e os artefatos diversos ascensão de 11,39% em relação na produção acumulada em relação a 2009. Aproximadamente 26% do que é produzido no setor de plásticos é destinado ao mercado alimentício. Já a Construção Civil fica em 2º lugar no consumo, absorvendo 14,6% do material fabricado pelas indústrias do setor. Outro mercado extremamente importante para os convertedores é o de embalagens diversas, que é responsável por 14,5% da produção de plásticos nacional. Utilidades domésticas e higiene e limpeza, embora absorvam quantidades mais tímidas de plásticos em seus setores, tem grande capacidade de crescimento de aplicações e somam juntas, um consumo de 18% do plástico produzido no país.
Perspectivas para 2012
De acordo com o presidente da ABIPLAST, a luta pelo resgate da com-
petitividade setorial, como de toda a indústria de transformação do País, é meta emblemática da entidade. “Estaremos mobilizados de modo permanente, ao lado de outras entidades de classe, trabalhando com muito empenho para a melhoria das condições para produzir, crescer e continuar gerando os empregos que o Brasil precisa para conquistar seu efetivo desenvolvimento”. Segundo Roriz, se o Brasil pretende deixar de ser um país de renda mediana, com baixo nível de escolaridade e com um sistema de saúde público distante do ideal, tornando-se uma nação avançada econômica e socialmente nos próximos anos, é necessário um projeto nacionalambicioso, que tenha a indústria e os setores portadores de tecnologia comoprincipais vetores de expansão. “A manufatura moderna e os serviços informacionais são os segmentos com maior potencial para gerar o fomento tecnológico e, também, os responsáveis pelos melhores empregos, tanto em termos de salário, quanto em qualidade para o trabalhador”. PNE
Varejo responde por 21% da demanda por resinas Com um total 371 mil toneladas de resinas PP e PEs comercializadas, o canal de varejo foi responsável por atender 21% da demanda nacional desses produtos no primeiro semestre de 2012. Com mais de 47% de participação deste segmento, os distribuidores associados à ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas de BOPP e BOPET) foram responsáveis pela venda de 177 mil toneladas de plástico nos primeiros seis meses de 2012, o que os coloca como maiores representantes do canal de varejo do mercado nacional de resinas plásticas. Esses dados foram apontados por estudo inédito feito no país e encomendado pela entidade à empresa de consultoria Strategia Gestão Empresarial, que analisou 192 empresas na coleta de informações, todas participantes do Varejo de PP e PEs. Ainda segundo levantamento, a demanda interna de resinas PP e PEs no Brasil no mesmo período foi de 1,7 milhão de toneladas. Número bem aquém dos quase 2 milhões alcançados no último semestre do ano passado, mas ainda positivo, quando comparado aos primeiros seis meses de 2011. Destas 1,7 milhão de toneladas comercializadas, mais de três terços têm origem nacional. Com volume de 418 mil toneladas, as importações tiveram uma queda representativa no mercado nacional. Quando comparados os dois primeiros semestres de 2011 e 2012, 11% menos resinas foram trazidas de fora do país neste ano. Já quando levado em conta o segundo semestre do ano passado, a queda sofrida por este primeiro semestre representa 22%. Em relação às resinas mais compradas fora do Brasil, o estudo aponta os Polietilenos Linear, de Baixa Densidade e Outros PEs, com um total de 45%, como os plásticos mais importados pelos brasileiros. Em seguida vem o PEAD (Polietileno de Alta Densidade), com 27% de participação. Jul/Ago de 2012 < Plástico Nordeste < 31
Bloco de Notas ABIMAQ apoia as medidas anunciadas pelo Governo Federal
Com o objetivo de manter a competitividade dos setores produtivos, a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) tem apoiado as medidas do governo federal para incentivo à indústria nacional. Luiz Aubert Neto, presidente da entidade , diz que desonerar os investimentos são medidas que a ABIMAQ tem defendido por ser uma das mais atuantes associações brasileiras na defesa do país e suas ações, as quais têm contribuído afirmativamente para a implementação de importantes medidas tomadas pelo governo. De acordo com Aubert, os países vêm implementando medidas de estímulo para as suas indústrias, cada qual à sua maneira. ”No Brasil a elevação da alíquota do imposto de importação de 14% para 25% não provocará desabastecimento ou elevação de preços para o consumidor final. O que aconteceu, na verdade, nos últimos anos é que o Custo Brasil, amplificado por uma política equivocada de altos juros e de câmbio elevado, provocou uma redução do nível de atividade da indústria nacional e, consequente, na redução do consumo de Bens de Capital. Vale lembrar que, ao mesmo tempo que o real se valorizou, as demais moedas, como o dólar e euro, se desvalorizaram, criando uma pressão ainda maior na indústria nacional”. Aubert conclui argumentando que em relação à disputa entre produtos nacionais e importados, o exemplo do setor é significativo. Há casos em que cada três unidades de maquinário adquiridas no país, duas são importadas, mostrando claramente a agressividade com que os fornecedores internacionais estão tomando conta do mercado nacional. Portanto, essa medida proporcionará “um reequilíbrio saudável para a competição do mercado e a manutenção de setores estratégicos relevantes para o país”, afirma.
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Balança de petroquímicos fica superavitária em US$ 540 milhões
Em agosto, as exportações de petroquímicos básicos subiram 22,2% e as importações caíram 20,6%, na comparação anual, elevando o saldo comercial nos oito primeiros meses de 2012 para 112,8 mil toneladas. Os dados fazem parte do Relatório de Estatísticas do Comércio Exterior da Abiquim. No acumulado do ano, os embarques somam 543,9 mil toneladas, alta de 10,5%, e os desembarques, 431,2 mil toneladas, resultado 10,6% inferior frente a 2011. Em valor, o saldo é positivo em R$ 540 milhões ou 10,4% superior, resultado da queda de 2,7%, para US$ 1.395/t, no valor do produto nacional e inflação nos preços internacionais de 12,7%, para US$ 506/t.
Bisfenol é associado à abosidade infantil
Um estudo associou a presença de bisfenol A no organismo de crianças e adolescentes com um risco maior de obesidade um ano depois de a Anvisa ter proibido a fabricação e a importação de mamadeiras que continham a substância em sua composição. Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Nova York avaliaram 2.838 pessoas de 6 a 19 anos. A urina dos participantes foi analisada para quantificar a presença do bisfenol. Eles foram, então, divididos em quatro grupos, de acordo com a quantidade encontrada. No grupo com menos bisfenol na urina, havia 10,3% de crianças e adolescentes obesos. Já no grupo com maior quantidade da substância, 22,3% dos participantes estavam com obesidade. O estudo foi publicado hoje no Journal of The American Medical Association (Jama). Estudos em laboratório já tinham detectado uma relação entre o bisfenol e a obesidade. Essa é, porém, a primeira pesquisa em crianças e adolescentes a avaliar essa hipótese. A endocrinologista Tania Bachega, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e membro do Grupo de Trabalho dos Desreguladores Endócrinos da Regional São Paulo da SBEM, explica que, em cultura de células, já foi observado que o bisfenol seria responsável pela proliferação do tecido adiposo. Tania alerta que as principais causas da obesidade continuam sendo o aumento do consumo de calorias e o sedentarismo.
Geração de leads para segmento de plástico chega ao Brasil
O modelo de produção do plástico é composto por cadeias interligadas que geram várias oportunidades de negócio dentro de um mesmo mercado. O maior desafio para as empresas que fazem parte deste setor é conseguir vender para aquelas que estão na ponta do processo, ou seja, as unidades de transformação de plásticos, também chamada terceira geração na cadeia petroquímica. Existem algumas ferramentas que auxiliam na captação clientes. A geração de leads, por exemplo, é um trabalho de prospecção realizado por meio de uma metodologia que utiliza um banco de dados com informações de milhares de empresas e identifica quais delas estão mais propensas a adquirir bens e produtos. Basicamente, este serviço é um trabalho de pesquisa, mapeamento e prospecção que seleciona possíveis clientes levando
em consideração os fatores escolhidos por quem contratou. O CENNE é a primeira empresa especializada na geração de leads para os segmentos de plásticos e borrachas. Ela surgiu com o objetivo de proporcionar possibilidades de negócio e, consequentemente, crescimento para esses setores. O projeto de geração de leads oferecido pela empresa é o único segmentado no Brasil e pode entregar para o contratante informações como nome e dados cadastrais da empresa, volume de compra, nome e cargo dos decisores de compra, pontuação que mede o potencial de compra e até mesmo o agendamento de visitas para a equipe de vendas. Esses dados servem como direcionamento para atuação da área comercial das empresas fabricantes de máquinas, equipamentos periféricos, matérias primas, aditivos e outros fornecedores para os transformadores de plásticos e borrachas, poupando tempo e maximizando os resultados.
Produção e vendas da indústria química têm alta no início do 2º semestre
Os volumes de produção e vendas internas da indústria química tiveram resultado positivo no segundo semestre do ano, mostra o RAC (Relatório de Acompanhamento Conjuntural) da ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química. Na comparação mensal, a produção aumentou 10,82% e as vendas internas cresceram 10,37%, em relação a junho. No acumulado do ano, o índice de produção teve alta de 4,91% e o de vendas internas registrou elevação de 8,26%, sendo o melhor dos últimos cinco anos. O índice de preços caiu 1,49% no mercado interno em julho, registrando aumento de 7,29% no acumulado do ano. Na avaliação da ABIQUIM, aparentemente os clientes que estavam com estoques baixos, porque tinham expectativas de que os preços cairiam no mercado interno, como vinham caindo no mercado externo, voltaram a comprar. De acordo com a entidade, embora nos últimos meses as importações estejam mais contidas, há no setor muita preocupação com a desaceleração da economia mundial, especialmente China e alguns países europeus, em razão da redução que esse ritmo menor trará à demanda por produtos químicos. Para a diretora técnica de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna, deve-se destacar a indústria química americana, que passa por uma fase de ganhos de competitividade em relação ao Brasil. “A tarifa de energia elétrica americana é metade da brasileira e o preço do gás natural é quatro vezes mais baixo do que o brasileiro. Tais condições favoráveis são responsáveis pelo ressurgimento da indústria petroquímica americana e pelo boom de investimentos”, explica a executiva.
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Agende-se para 2012 Interplast 2012 - Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico De 20 a 24 de agosto Pavilhões da Expoville Joinville (SC) www.messebrasil.com.br Embala Nordeste 7ª Feira Internacional de Embalagens e Processos De 28 a 31 de agosto de 2012 Centro de Convenções de Pernambuco Recife-Olinda (PE) www.embalanordeste.com.br Euromold Brasil – Feira Mundial de Construtores de Moldes e Ferramentas, Design e Desenvolvimento de Produtos De 20 a 24 de agosto Pavilhões Expoville Joinville (SC)
www.brasilmold.de E-mail: feiras@messebrasil.com.br Metalurgia – Feira e Congresso de Tecnologia para Fundição, Forjaria, Alumínio e Serviços 18 a 21 de setembro Pavilhões Expoville Joinville (SC) www.metalurgia.com.br Mercopar - Feira de Subcontratação e Inovação Industrial De 18 a 21 de outubro Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva Caxias do Sul (RS) www.mercopar.com.br Powergrid Brasil – Feira e Congresso de Energia (consumo eficiente) 27 a 29 de novembro Centreventos Cau Hansen – Joinville (SC) www.powergridbrasil.com.br
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