FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS
Expediente Conceitual - Publicações Segmentadas www.plasticosul.com.br Rua Cel. Fernando Machado, 21 CEP 90.010-321 - Centro Histórico Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3392.3975 plasticosul@conceitualpress.com.br Direção:
10
Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844
"Ser contra um movimento é ainda fazer parte dele." (Pablo Picasso)
Redação:
22
Erik Farina Gilmar Bitencourt Júlio Sortica Departamento Financeiro:
Da Redação
Rosana Mandrácio
Por Melina Gonçalves. >>>> Pág. 05
Departamento Comercial:
Plast Vip
Débora Moreira e Magda Fernandes
John Jansen fala sobre P&D. >>>> Pág. 06
Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 9941.5777)
Especial
Plástico Sul é uma publicação da editora Conceitual -
Desempenho dos plásticos de engenharia. >>>> Pág. 10
Publicações Segmentadas, destinada às indústrias
Tendências & Mercado
produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração
Masterbatches e sustentabilidade. >>>> Pág. 22
petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil,
Petroquímica
formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área,
Braskem muda de comando. >>>> Pág. 34
entidades representativas, eventos, seminários, congressos,
3ª Geração
fóruns, exposições e imprensa em geral.
Green Pallet chega ao mercado. >>>> Pág. 36
Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.
Filiada à
ANATEC PUBLICAÇÕES SEGMENTADAS
ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas
34
Balanço Sinplast divulga resultados. >>>>Pág. 38
Evento Bill Tobin faz palestra no Sul. >>>> Pág. 39
Expansão Activas adquire Unipar Comercial . >>>> Pág. 40
Foco no Verde As ações ambientais do setor. >>>> Pág. 42
Bloco de Notas Novidades variadas sobre o setor. >>>> Pág. 44
Anunciantes + Agenda Fique por dentro. >>>>
Pág. 46
Capa: divulgação
404 >> Plástico Plástico Sul Sul > Dezembro > Dezembro de 2010 de 2010 >> >
ARQUIVO/PS
Da Redação
O futuro já começou
A
demanda nacional por plásticos de engenharia ainda é muito pequena se comparada a outros países. Tal fato dificulta a produção local em escala comercial. Multinacionais investem em fábricas de determinadas resinas no Brasil e outras injetam verbas em laboratórios para gerar inovação personalizada ao transformador verde e amarelo. O fato comprovado é que as empresas estrangeiras dominam o segmento de polímeros de alta performance no país e nos proporcionam tecnologia de ponta para ganharmos competitividade. As companhias nacionais, por sua vez, também buscam concentrar-se para ganhar espaço e apresentar diferenciais. Apesar de inúmeros esforços, ainda esbarramos em alguns desafios difíceis de serem vencidos no que diz respeito à Pesquisa e Desenvolvimento. Nesta edição, publicamos uma entrevista com o vice-presidente de Inovação e do Segmento de Polímeros de Performance da DuPont América latina, John Jansen. Experiente no tema, Jansen explica que, embora o Brasil esteja num momento interessante, onde várias empresas investem em P&D, ainda andamos vagarosamente rumo à superação. E são pelo menos três dificuldades importantes que precisam ser superadas. A primeira delas é a carência nos incentivos governamentais à pesquisa e desenvolvimento quando comparado a outros países que agem de forma mais
agressiva neste aspecto. O segundo entrave é a questão da falta de cultura brasileira em criar propriedade intelectual. O terceiro é a pouca integração entre academia e iniciativa privada. Estes pontos são fundamentais para o crescimento da competitividade brasileira. É através de investimentos em inovação e em pesquisa por produtos que agregam valor, que o Brasil obterá diferencial para enfrentar a concorrência externa, além de ampliar as aplicações do material plástico para setores mais técnicos. As resinas, sejam elas commodities ou especiais, já estão presentes em diversos lugares. Estão no ar, na terra e no mar. Estão nos hospitais, contribuindo para a medicina, na cozinha, no banheiro, na nossa sala e no nosso quarto de dormir. O que se precisa é buscar diferenciais, tentar superação e se atrever a inovar. Existem as dificuldades, mas inúmeras tendências apontam que o plástico é um caminho sem volta e buscar tecnologia é uma estrada de mão única. O Brasil é um país que precisa ter diferencial competitivo e tanto nas commodities quanto nos plásticos de engenharia, buscar constantemente novas soluções se faz cada vez mais necessário. Em qualquer segmento, o que não se pode é ficar parado, afinal, o futuro já começou e o plástico é um dos personagens principais. Boa leitura!
MELINA GONÇALVES / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br <<<<<< Dezembro Dezembro de de 2010 2010 << Plástico PlásticoSul Sul<<05 5
PLAST VIP John Jansen
Por Melina Gonçalves
John Jansen, vicepresidente de Inovação e do segmento de Performance Polymers para a DuPont América Latina aponta os desafios para o avanço tecnológico e revela as principais mega tendências que nortearão a sociedade e o mercado nos próximos anos.
P
esquisa e desenvolvimento na busca pela inovação são fundamentais no segmento de polímeros de alta perfomance. O Brasil ainda caminha lentamente neste sentido, entretanto, as 6> > Plástico PlásticoSul Sul>> Dezembro Dezembro de 2010 de 2010 >> >>>>
multinacionais que aqui se instalam preocupam-se em tornar o país um provedor de plásticos diferenciados, gerando competitividade ao transformador. A DuPont, por exemplo, é uma multinacional produtora de itens para diversos setores da indústria, como agrícola, alimentício e tintas. Entre os principais segmentos da empresa, está o de polímeros, como poliamidas e elastômeros. Presente no Brasil há 73 anos, a Companhia vendeu no país US$ 1,6 bilhão em 2009 e possui 10 Centros de Pesquisa e Desenvolvimento, incluindo o recém inaugurado Cen tro de Inovação e Tecnologia para a América Latina, em Paulínia (SP). Com grande experiência nesta área, o vice-presidente de Inovação e do segmento de Performance Polymers para a DuPont América Latina, John Jansen, deu detalhes do setor como os problemas do Brasil em P&D: falta de integração entre academia e inici-
FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS
“Existe uma série de fatores que dificultam P&D no Brasil”
ativa privada, carência intelectual e falta de incentivos governamentais se comparado a outros países. O executivo também revela quatro mega tendências que permearão o consumo nos próximos anos.
agrícolas, uma unidade de desenvolvimento de bicombustíveis, nosso centro de balística, que são fibras aramidas que não deixam de ser também um polímero. Esse centro foi inaugurado em 2009.
Revista Plástico Sul - Qual o histórico da DuPont de uma forma geral? John Jansen - A DuPont é uma empresa de mais de 200 anos. Este ano estamos completando 208 anos de existência. É uma empresa que foca muito do seu trabalho em inovação e desenvolvimento de novos produtos e novas tecnologias. Acreditamos que somos muito mais uma empresa de ciência e tecnologia, do que uma empresa química.
Plástico Sul - A empresa possui plantas no país? Jansen - Não temos planta de polímeros no Brasil. Temos uma unidade fabril na Argentina e outras unidades produtivas espalhadas mundialmente. Procuramos colocar nossos ativos de forma estratégica que permitam ter um grau de competitividade bom. Não adianta ter um produto bom, é preciso também ter uma boa operação para trazer a inovação a um custo acessível. Mas temos hoje no Brasil um laboratório de desenvolvimento de aplicações na área de polímeros.
Plástico Sul - Quais os principais segmentos no Brasil? Jansen - Nós estamos divididos em 13 unidades de negócios, desde produtos agrícolas, a proteína isolada de soja, tintas para área automotiva e industrial, negócios de pigmentos, de polímeros e etc. É uma gama de produtos muito extensa. Nós lançamos de 500 a 600 produtos a cada três meses. Para se ter uma idéia, globalmente, a DuPont possui cerca de 35% de seu faturamento total da empresa vindo de produtos que foram introduzidos nos últimos quatro anos. A cada três ou quatro anos renovamos praticamente todo nosso portfólio de produtos. Nossa produção intelectual é muito grande. Esse é o foco e no Brasil nós expandimos bastante. Estamos com nove centros de pesquisa no país. Só em 2011 investiremos aproximadamente US$ 8 milhões em expansão de infraestrutura de centros de pesquisa. Globalmente são investidos US$ 1.4 bilhões por ano em P&D. Plástico Sul - O Centro de Tecnologia de Paulínia é específico de polímeros? Jansen - Não. É um centro que compartilhamos com várias unidades de negócios. Mas tem grande parte de polímeros lá. Temos uma unidade de pesquisa de produtos
Plástico Sul - Quais são os motivos pelos quais o Brasil não conta com uma planta da DuPont? E porque de uma forma geral o país conta com pouquíssimas plantas de especialidades? DIVULGAÇÃO/PS
Plástico Sul - Como se dá a atuação da DuPont no Brasil? Jansen - Há muito tempo a empresa vem focando nos mercados emergentes onde o Brasil é um deles, com uma presença de mais de 70 anos. Nosso trabalho aqui tem sido de buscar novos negócios, desenvolver produtos e adaptá-los ao mercado local.
Jansen - Acredito que, para ter uma planta em escala comercial, uma das questões importantes é sem duvida tamanho de mercado. Mas também precisamos avaliar toda a questão da cadeia antecessora. Observe o setor como um todo: no passado e até hoje, grande parte dos polímeros provem da cadeia petroquímica. Então tem uma questão de balancear os intermediários, que acabam influenciando muitas vezes no local onde será colocada uma planta de polímeros. Você precisa ter uma indústria primária, anterior a sua, que esteja se movimentando em relação as matéria - primas que vão servir de input para esse processo. E o Brasil tem um déficit grande nessa área da petroquímica. O país tem alguns polos como o Comperj, que está sendo desenvolvido, mas tem muita coisa para fazer antes que possamos pensar em ter uma indústria efe-
“A única coisa que não podemos fazer nesse processo é ficarmos parados.” tivamente competitiva a nível mundial. Não adianta fazer um escala onde depois você não terá competitividade com produtos importados. Acredito que essa é uma das razões que se têm poucas unidades e muito especificas no país em termos de plásticos de engenharia. Mas no nosso caso, o detalhe é que o foco é o desenvolvimento de aplicação. Na verdade o nosso trabalho está muito mais voltado a trabalhar junto com os clientes, com equipe técnica e preparo. Nós sentamos com eles e desenvolvemos novas aplicações. Isso vai desde desenhar até criar novos produtos, novas fórmulas e materiais para atender aquela aplicação específica. Plástico Sul - Essa aposta em P&D de novos produtos no Brasil significa também uma preocupação com as peculiaridades dos brasileiros, uma adaptação ao perfil dos transformadores daqui? Jansen - É mais que isso. Nós procuramos ir ao cliente final e desenvolver com ele a aplicação em si. Vou dar o exemplo de um projeto que é público: recentemente nós trabalhamos com a Giroflex, que é um dos lideres de mercado na área de móveis de escritório para desenvolver uma nova linha de produtos mais leve, com apelo de reciclagem e com uma série de características funcionais. Uma cadeira que exigiu trabalharmos a quatro mãos devido a necessidade de fazer desde o projeto inicial da peça à analise de elementos finitos e o estudo de viabilidade econômica da produção. O nosso foco é como podemos ajudar o transformador a resolver o seu problema. A venda do polímero é uma conseqüência.
Plástico Sul - Como você avalia o transformador nessa busca por alta tecnologia? Jansen - Existe uma gama muito diferente de transformadores. Alguns deles trabalham mais nessa linha, outros não. Mas de forma geral hoje ainda é bastante incipiente neste sentido. O mercado atualmente é muito>>>> <<<< <<Dezembro Dezembrode de2010 2010 < < Plástico Plástico Sul < 7
DIVULGAÇÃO/PS
PLAST VIP John Jansen Jansen destaca a importância da produção intelectual e da união entre academia e iniciativa privada para o setor de P&D
voltado para a parte mais básica das necessidades, Para ter um exemplo, em plásticos de engenharia, o mercado brasileiro é muito direcionado a injeção, pouca coisa é feita em extrusão e sopro. Mas existem várias novidades e tecnologias. Plástico Sul - O Brasil já foi um polo de P&D. Atualmente como avalia essa questão no mercado? Jansen - O Brasil está num momento interessante. Várias empresas investem em P&D e expandem a parte de pesquisa. Talvez o Brasil tenha algumas desvantagens. A primeira delas é que ainda é difícil conseguir acesso a incentivos e créditos do governo etc. Quando converso com meus colegas ao redor do mundo, em outros países os programas são muito mais agressivos de incentivo a pesquisa e desenvolvimento. Obviamente o governo aqui tem feito um esforço grande, tem alguns programas, mas não está ainda em um nível parecidos com os lugares mais agressivos, mas pelo menos já temos alguma coisa e o caminho está certo. 8> > Plástico PlásticoSul Sul >> Dezembro Dezembro de 2010 de 2010 >> >>>>
O segundo ponto importante é a questão de propriedade intelectual. Acredito que no Brasil ainda não temos cultura e surgem problemas sérios neste sentido. Apesar do INPI ter feito esforços, ainda não existe uma infraetrutura adequada nas próprias universidades. Se você perguntar a um recém formado hoje nas melhores escolas do Brasil o que ele conhece a respeito de propriedade intelectual, patentes etc. irá provavelmente receber um ponto de interrogação do seu interlocutor. Então não existe cultura no Brasil de criar propriedade intelectual e tirar vantagem dela. E o terceiro ponto que acho importante neste aspecto de pesquisa e desenvolvimento é a falta de integração entre iniciativa privada e academia. Ainda existe no Brasil a herança cultural. Hoje está mudando fortemente, já tem institutos de ensino e centros e excelência que contam até com centros de incubação de negócios, interação grande entre academia e industria é fundamental para gerar inovação. Mas ainda é pouco perto do que existe no mundo. Quan-
do comparamos a produção cientifica do Brasil com a Coréia, o número de patentes gerado no Brasil e no outro país é um abismo. Porque nós temos o ranço cultural de que iniciativa privada fica de um lado e academia do outro. Plástico Sul - Não são poucos os cursos no país direcionados especificamente a polímeros, dificultando a criação de massa intelectual dirigida ao setor? Jansen - Durante muito tempo, mais da metade dos engenheiros, formados pela Escola Politécnica da Universidade Federal de São Paulo, não decidiram trabalhar como engenheiros e sim no mercado financeiro. Ou seja, além de não haver foco, grande parte dos talentos são absorvidos pelo mercado financeiro. Existe uma serie de fatores que dificultam a P&D no Brasil. O que buscamos fazer é ajudar nossos clientes a fazer essa parte. Plástico Sul - O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Paulínia é voltado para
toda a América Latina. Porque a escolha do Brasil para sediar um centro de inovação tecnológica? Jansen - Acho que hoje a economia brasileira dentro do contexto América Latina é a principal, é a de maior crescimento potencial, seguida de perto pelo México. A segunda razão dos motivos pelos quais escolhemos Paulínia é porque está no meio de um polo de tecnologia bastante importante. Tem vários centros de excelência e pesquisa que estão localizados nesta mesma área. Plástico Sul - Quais são as tendências sustentáveis para os plásticos de engenharia? Jansen - O Brasil tem um papel importante no futuro para ser um grande polo de produção de matérias de fontes renováveis. A demanda por esses produtos tem crescido e nosso enfoque na DuPont é trabalhar e atender esse mercado. A DuPont foca o trabalho dela mundialmente no que chamamos de Mega Tendências, que irão direcionar a sociedade e o mercado. A companhia viu quatro, entre elas, a questão do meio ambiente. Plástico Sul - Quais são as mega tendências que direcionarão a sociedade e o mercado? Jansen - A primeira é aumentar e melhorar a produção e qualidade dos alimentos. A população está crescendo. É preciso cada vez mais tecnologia para produzir mais alimentos. E temos várias tecnologias e procuramos desenvolver produtos e linhas dentro dessa mega tendência. A segunda é relacionada a meio ambiente, sustentabilidade, energia etc. Essa é uma grande mega tendência. E o porquê ela é importante para nosso mercado de plásticos de engenharia? Primeiro pela redução de peso a fim de aumentar a eficiência do veiculo. Existe toda uma nova tendência para substituição de metal por plásticos para reduzir o peso, reci clar, melhorar produtividade e reduzir consumo de energia durante o processo. Estamos vendo cada vez mais carros híbridos e elétricos. Temos uma série de novas necessidades que precisamos atender. Há toda a parte de materiais que vem de uma fonte renovável. E a DuPont tem um conhecimento em diversas áreas. Recentemente anunciamos a aquisição da Danysco, uma empresa especializada na área de
biotecnologia industrial. Esta área é uma tendência onde estarão as novidades em termos de produtos e onde o Brasil tem um papel de destaque no cenário mundial, porque temos capacidade de produção de biomassa etc. A 3ª mega tendência é a questão de proteção que vai desde segurança alimentar até uma questão de segurança pessoal como carros blindados e construções mais acessíveis. Hoje tem um déficit habitacional enorme e não vai funcionar bem com o modelo atual. A 4ª mega tendência é que existem sete bilhões de pessoas no mundo. Deste número, quatro bilhões estão nos mercados emergentes que têm necessidades novas. Então é atender e buscar desenvolver as tecnologias e ofertas pensando nos países emergentes. No geral imaginamos, por exemplo, que os polímeros de engenharia são aplicados apenas em modelos sofisticados como os europeus Ford e Mercedes. Quando pensamos no carro mais barato do mundo, temos quase certeza de que lá não deve ter muito espaço para produtos de alto valor agregado. E na verdade nós temos uma quantidade significativa de polímeros de engenharia neste carro. Porque para redesenhar o processo e fazê-lo viável, temos que ter uma quantidade significativa de plásticos sofisticados a fim de reduzir os custos no final da etapa. Então são paradigmas que temos. Até para viabilizar esses produtos é necessário ter uma boa dose de tecnologia. Plástico Sul - O mercado de plásticos de engenharia perde espaço para o polipropileno e outras commodities? Jansen - Acredito que conforme vamos nos desenvolvendo, conseguimos atingir novas fronteiras. Então, por exemplo: recentemente lançamos um novo nylon que consegue chegar a temperaturas muito superiores ao tradicional. Isso é importante porque precisa-se trabalhar em temperaturas cada vez mais altas nos carros.Desta forma, do mesmo jeito que aumentamos o padrão dos polímeros de engenharia, as commodities também vão melhorando. Tem espaço para todo mundo. Há uma série de necessidades que exigem soluções mais complexas. Essa não é uma preocupação que está na minha agenda porque somos uma empresa de ciência e tecnologia. Aprimoramos sempre justamente por isso. Porque as necessida-
“Mesmo no mercado de commodities o que faz a diferença é a inovação.” des vão mudando. Cada vez mais estão fazendo inovações nas commodities e elas vão abocanhar parte de mercados e assim vai. A única coisa que não podemos fazer nesse processo é ficarmos parados. Plástico Sul - Como avalia a demanda por especialidades no país? Jansen - Penso que há muito espaço para crescer. As pessoas conhecem muito pouco ainda o potencial dos plásticos e tem muito para desenvolver. E acho que com essa nova tendência de crescimento econômico e aumento da classe media, começa a ter mais necessidades. Plástico Sul - Os transformadores brasileiros ainda são percebidos na cultura de fabricar mais quantidades das mesmas coisas ou estão atentos às necessidades de produção de itens diferenciados, com maior valor agregado? Jansen - Acho que no geral a descrição que você fez é boa, embora toda regra tenha sua exceção. Na média, o transformador brasileiro está mais focado em seguir o que os clientes estão pedindo. Eu vejo um foco pequeno em desenvolvimento e tecnologia. Acho que o trabalho básico de realizar uma mudança que chamamos de mudança de patamar, são raríssimas e eventuais exceções de transformadores que fazem. Plástico Sul - Como estão os preços das resinas especiais? Jansen - O que me preocupa em 2011 é que estamos com escalada nos custos em geral: tanto das matérias-primas intermediárias, como polímeros em geral. Acho que existe uma tendência de aumento dos preços dentro da cadeia. Isso tem um impacto dentro do processo. Esses aumentos devem-se a demanda do mercado em nível mundial. Uma das formas de compensar os aumentos é trabalhar com os clientes para tentar ajudálos a minimizar o impacto desse aumento. Mesmo no mercado de commodities o que faz a diferença é a inovação. PS << Dezembro de 2010 < Plástico Sul < 9
ESPECIAL Plásticos de Engenharia
Vidrados no Brasil
Com suas bandeiras cravadas em solo verde e amarelo, multinacionais dominam o segmento de plásticos de engenharia e trazem ao país tecnologia de ponta no que se refere a polímeros de alto desempenho. Com espírito sustentável, as Companhias estrangeiras apostam todas as fichas no aumento da demanda nacional por plásticos de alto valor agregado, que embora cresça vagarosamente, tem na indústria automobilística um dos principais aliados. 10 > > Plástico Sul > > Dezembro Dezembro de de 2010 2010 >> >>
cas , através da Braskem que, por meio de fusões e aquisições ganha cada vez mais espaço neste mercado. Entretanto, em relação às especialidades, o país ainda é, na maioria dos casos, grande dependente de resinas de origem estrangeira. Dados da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas (Adirplast) confirmam este contexto. Conforme pesquisa encomendada pela instituição à Maxiquim, o volume de especialidades distribuídas no 1º semestre de 2010 foi 38,3% maior do que os volumes vendidos
especial além de chapas e filmes de PC, é um bom exemplo de quem percebeu esse potencial e no ano de 2007 adquiriu a divisão de plásticos da GE. A unidade brasileira está localizada no interior de São Paulo, mais precisamente em Campinas com fábricas de compostagem de plásticos de engenharia, de compostos especiais de alto desempenho da linha LNP e de chapas alveolares de policarbonato Lexan. “Para os próximos anos esperamos um crescimento considerável no país, impulsionado pelas ini-
no mesmo período de 2009. Já no faturamento bruto dos distribuidores, no 1º semestre de 2010 as especialidades representaram 7,9% do total de R$ 1.115 milhões. Sabedoras disso e percebendo a demanda crescente do Brasil por plásticos com melhor desempenho e sofisticação, empresas multinacionais investem em Centros de Pesquisa e Desenvolvimento no país, aprimoram suas fábricas e conferem cada vez mais de perto os resultados da indústria nacional.
ciativas de programas governamentais, como é o caso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, observa o DiretorPresidente da SABIC Innovative Plastics na América do Sul, Ricardo Knecht, demonstrando sua atenção especial à região. Desta forma, o executivo acredita que setores como de infraestrutura e transportes serão fortemente influenciados por estes programas, demandando materiais e tecnologias mais avançadas. Para suprir essas necessidades, Knecht ressalta as unidades de Campinas e Tortuguitas, na Argentina, como fundamentais para a estratégia de cresci>>>> mento na região sulamericana.
FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS
A
evolução da economia brasileira está sendo percebida lá fora. Não é de hoje que o país é alvo de investimentos estrangeiros, entretanto, o poder de consumo da população, aliado a aprovação para sediar grandes jogos esportivos e a valorização do real, torna-o ainda mais visado pelas empresas internacionais. Todavia, é preciso observar que, destacadamente em 2010, não foram somente investimentos estrangeiros que chegaram ao país, mas as importações estiveram na pauta duO diretor-presidente, Ricardo Knecht, está confiante no crescimento brasileiro de plásticos de engenharia
rante os 12 meses do ano. Todos querem vender para o Brasil. Para se ter uma ideia diretamente relacionada ao setor plástico, o faturamento líquido da indústria química brasileira deve encerrar 2010 totalizando US$ 130,2 bilhões, o que representa avanço de 29%, em relação aos US$ 100,9 bilhões de 2009. Na projeção da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), durante o ano, quase a metade do faturamento total é corresponde ao segmento de produtos químicos de uso industrial (que inclui as resinas termoplásticas) responsável por uma fatia de US$ 63,8 bilhões, montante 38% maior em relação ao do ano passado. Mas a balança comercial brasileira de produtos químicos deve chegar ao fim de 2010, com déficit de cerca de US$ 20,6 bilhões, superior ao déficit de US$ 15,7 bilhões alcançado no ano passado. O montante deste calendário será resultado de importações de US$ 33,7 bilhões e de exportações da ordem de US$ 13,1 bilhões. As resinas termoplásticas são dividas entre commodities, como polipropilenos e polietilenos, e plásticos de alto desempenho (mais conhecidos como plásticos de engenharia) que tem como principal objetivo agregar valor a produtos finais. Dentro deste contexto, o Brasil apresenta-se como o maior produtor de commodities das Améri-
A SABIC Innovative Plastics, produtora mundial de resinas e compostos
<< Dezembro de 2010 < Plástico Sul < 11
Também estimulada pelo comportamento da indústria brasileira e projetando um crescimento acima de 5% na demanda nacional por plásticos de engenharia nos próximos anos, a Rhodia ampliou em 15% sua capacidade de produção de compostos no país em 2010 e investiu na nova unidade industrial que produzirá o Technyl Star A 205, poliamida 66 sem carga, destinada a produção de componentes da indústria automobilística e eletro-eletrônicos. O diretor da Rhodia Plásticos de Engenharia América Latina, Marcos Curti, salienta que a empresa ainda exporta parte importante da sua produção para a América do Norte e Ásia. Apesar dos investimentos atuais, a Rhodia está
Curti, da Rhodia: “Polímeros de alta performance na A. L. representam 20% dos negócios mundiais da divisão
o que a parceria entre as empresas poderá proporcionar ao mercado.
há 91 anos anos no Brasil e produz plásticos de engenharia há mais de 40 anos. Com fábricas em Paulínia, Santo André e São Bernardo do Campo (SP) a empresa fatura no país em torno de U$ 1 bilhão. Curti revela ainda que os negócios de plásticos de engenharia na América Latina representam aproximadamente 20% dos negócios mundiais desta divisão. Dentro da estratégia de fortalecimento do mercado de poliamidas para plásticos de engenharia, a Rhodia assinou no final de 2010 um acordo de longo prazo com a empresa Daicolor para a produção e comercialização de poliamidas coloridas, atendendo um nicho de mercado em expansão na região da América Latina. Segundo o acordo, a Rhodia transferirá a sua carteira de clientes desse segmento de mercado para a Daicolor, de quem será a fornecedora exclusiva de polímero de poliamida. As duas empresas trabalharão em conjunto para atender as necessidades de poliamida colorida dos clientes na região, incluindo em uma primeira etapa o suporte técnico necessário para o desenvolvimento das atividades. “Juntas, as nossas companhias poderão agregar novos serviços e ampliar a expertise para o desenvolvimento de novas aplicações de poliamidas coloridas”, afirma Curti. Segundo ele, o mercado brasileiro está em forte expansão e requer mais inovações,
volvimento no Brasil, é mais uma multinacional atenta aos negócios no país. A Companhia atende este mercado com resinas produzidas nas plantas da Europa e Nafta, por meio de importação direta dos clientes, com suporte local na logística, venda se assistência técnica. Conforme o Gerente do Negócio de Plásticos de Engenharia da BASF para a América do Sul, José Carlos Belluco, a empresa há mais de 15 anos introduziu no mercado o primeiro Coletor de Admissão em Poliamida, desenvolvido na Alemanha com o Ultramid B3WG6 BGVW black 564. Desde então fornece produtos a seus clientes globais e locais resinas de alto desempenho como o Ultramid® – PA6 e 6.6; Ultradur® – PBT; Utraform® – POM e Ultrason® – PSU.
quantiQ prevê crescimento A quantiQ, que conta com bases de distribuição nas principais regiões do Brasil, é distribuidora de toda a linha produzida pela Mitsubishi Engineering Plastic, como Policarbonato e Poliacetal, além de ABS da Formosa. A empresa aumenta sua participação na linha de plásticos de engenharia. “Estamos em uma etapa de forte crescimento, pois o trabalho foi iniciado no final de 2009, portanto nossa expectativa de crescimento é acima de 15%”, afirma o gerente da Unidade de Negócios de Borracha, Termoplásticos e Masterbatch, Ricardo Verona. O executivo observa que o Brasil se torna, a cada dia, um player importante no mercado automobilístico, alcançando a quar-
12 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
A BASF, embora não possua plantas e Centros de Pesquisa e Desen-
Outra empresa que vê no Brasil uma estratégia para fortalecer a competitividade da sua Unidade de Negócios Automotivo e Linha Branca na América do Sul é a Borealis. A companhia considera o país a economia mais importante da América do Sul e que hospeda as plantas de produção da Borealis há mais de cinco anos. A empresa opera com duas plantas próximas de São Paulo e Porto Alegre e localizadas próximas das rodovias mais importantes que contribuem para o fluxo eficiente de matéria-prima para as fabricas e subsequente a entrega dos plásticos por>>>>
ta posição em 2010 no ranking de comercialização de veículos novos. Com isso, analisa Verona, é normal que sejam direcionados investimentos não só no aumento da capacidade produtiva como também nas equipes de P&D. Para ele, outro fator que está ajudando no médio prazo é a exploração do pré-sal, já que cada vez mais novas empresas estão se instalando no Brasil e investindo em pesquisa. O aumento do interesse dos transformadores por produtos de alto valor agregado é percebido de forma gradativa pela quantiQ. “É claro que é um processo lento e que não é percebido a todo momento, mas devido a exigências de legislações, novos players globais vindo para o Brasil entre outros fatores, certamente teremos uma acelerada mudança neste quadro”. DIVULGAÇÃO/PS
DIVULGAÇÃO/PS
ESPECIAL Plásticos de Engenharia
ESPECIAL Plásticos de Engenharia
todo o Brasil e toda a América do Sul. No Brasil, a Borealis emprega aproximadamente 120 pessoas nas suas duas plantas em Itatiba – SP e Triunfo – RS e os serviços do Skill Center e Creation Center também estão em Itatiba. A planta em Triunfo está situada no pólo petroquímico e sua capacidade produtiva é de 25.000 toneladas por ano. As duas plantas da Borealis produzem composto de polipropileno (PP) através de extrusoras específicas com sistema de controle de formulação automático e equipamentos auxiliares especiais. Os clientes convertem os produtos em párachoques, painéis, portas, revestimentos, lava-louças, refrigeradores, entre outros.
Empresa britânica, com todas suas fábricas localizadas na Inglaterra e dedicada na produção dos polímeros da família das poli-aril-eter-cetonas (PAEK), a Victrex ini-
DIVULGAÇÃO/PS
Belluco, da Basf, destaca que as resinas ganham mercado em substituições a outros materiais
ciou suas atividades no Brasil em 2007 através de um escritório de vendas e desenvolvimento localizado em São Paulo (SP). A empresa utiliza a marca Victrex®PEEKTM, criada em 1978 e sua produção comercial foi iniciada três anos depois, atingindo a capacida-
de produtiva de 1.000 ton/ano já em 1987. Com continuos investimentos desde então, hoje, a Victrex tem capacidade produtiva de 4.250 ton/ano, com produtos no formato de pellets e em pó, além de tubos, filmes e revestimentos produzidos a partir destes. Através do escritório em São Paulo, a empresa faz todas as negociações e desenvolvimentos de projetos para o Brasil (e América do Sul), contando com suporte Global quando necessário. Após a criação ou a nacionalização de algum item, a distribuição dos materiais é feita da Matriz (UK) direto para os clientes. Conforme o Gerente de Negócios da América do Sul, Ricardo Ehlke , o Brasil ainda representa uma fatia muito pequena no grupo. “Mas em 2011 esperamos um faturamento, pelo menos, 30% maior que em 2010”, diz. Por ser “novata” no Brasil, a Victrex não possui ainda um Centro de P&D no país. “O primeiro trabalho é tornar nossos produtos conhecidos em diferentes ramos da indústria e realmente entender as necessidades e tendências de nosso mercado, para, aí sim, definir foco e estrutura de um eventual P&D local”, avalia. >>>>
FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS
ESPECIAL Plásticos de Engenharia Peças de alta tecnologia aplicam-se em diversos setores, como o marítmo
Pesquisa e Desenvolvimento Alguns especialistas do setor acreditam que o Brasil já foi, no passado, um polo de pesquisa e desenvolvimento de resinas termoplásticas. Outros avaliam que, apesar de haver um potencial futuro imenso, o país continua sendo atualmente um grande provedor de tecnologia quando o assunto é polímeros de alto desempenho. Levantamento da Abiquim, indica que, nos próximos cinco anos, a indústria química deverá investir US$ 26 bilhões. Financiar pesquisa e desenvolvimento é uma das principais metas de tais movimentos. As multinacionais que se encontram no Brasil estão atentas à necessidade de gerar inovação através de investimentos em P&D. Mesmo as empresas que não produzem especialidades no país, possuem aqui centros dedicados ao desenvolvimento de novas tecnologias e adaptações de produtos importados aos clientes nacionais. Para Marcos Curti, da Rhodia Plásticos de Engenharia América Latina, o Brasil continua sendo um polo regional de desenvolvimento, com a responsabilidade de adequar os 16 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
produtos às características regionais do mercado. “Inclusive, a nova tecnologia apresentada no Technyl Star foi desenvolvida no país”, afirma. A empresa possui um Centro de Pesquisa em Paulínia que atende todas as operações no Brasil e um Centro especifico de P&D em São Bernardo do Campo (SP) voltado ao desenvolvimento de novos produtos e processos destinados à atividade de Plásticos de Engenharia. Já o diretor-presidente da SABIC Innovative Plastics, Ricardo Knecht cita o Centro Tecnológico localizado na unidade de Campinas, que possibilita o desenvolvimento de produtos “customizados” no país. O executivo explica que o Centro desenvolve produtos capazes de atender a requisitos específicos, de acordo com as necessidades de cada um de seus clientes. Entre os últimos desenvolvimentos realizados no Brasil, Knecht destaca os trabalhos realizados em parceria com a Universidade São Francisco e a Unicamp no desenvolvimento de materiais plásticos sustentáveis, os compostos LNP Fibercomp.
A filial brasileira da companhia americana Dow Chemical anunciou recentemente o investimento de US$ 2 milhões em um centro tecnológico no estado de São Paulo. Em comunicado, a Dow Brasil detalhou que o laboratório, cuja inauguração está prevista para janeiro de 2011, será sediado em Jundiaí, a 60 quilômetros da capital. “O objetivo do novo espaço será o desenvolvimento de soluções e fórmulas em poliuretanos personalizados para nossos clientes”, explicou o diretor de sistemas formulados da firma no Brasil, Marco Fay.
Foco na área automotiva Um dos principais mercados para os plásticos de engenharia é o setor automobilístico. Esta indústria, em busca de materiais que substituam o metal e proporcionem leveza e design aos carros, nas resinas de alta performance características ideais para compor suas carrocerias e partes internas. Ricardo Knecht, da SABIC, acredita que a indústria automotiva vive um momento especial com o avanço da economia brasileira. “A demanda por plásticos de engenharia no setor deve acompanhar o aumento da produção de automóveis esperados para os próximos anos no país. Para o setor de alta performance, a expectativa é de um crescimento de duas a três vezes superior ao percentual de crescimen-
to da indústria automotiva no Brasil”, explica o executivo, acrescentando que os principais produtos da empresa para este setor são as resinas Ultem, utilizadas na fabricação de refletores de faróis automotivos,a Xe noy, par a a fabricação de spoilers, a Noryl GTX para paralamas, a Lexan EXL, para os voltantes e a Stamax para módulos frontais de motores e de portas para veículos. Quem concorda com Knecht no que diz respeito a demanda de plásticos de engenharia pela industria automobilística é Marcos Curti, da Rhodia. Para o executi-
PP X Especialidades A indústria automobilística é um dos setores em que as especialidades disputam espaço com algumas commodities. Para José Carlos Belluco, da Basf, o mercado de plásticos de engenharia é alvo constante para as commodities que procuram expandir suas aplicações oferecendo soluções mais econômicas, porém, com parâmetros técnicos redimensionados. “Por outro lado, os plásticos de engenharia ganham mercado em substituições de
vo os automóveis continuam sendo o alvo principal dos novos desenvolvimentos, principalmente visando garantir a redução do peso, flexibilizando às montadoras a possibilidade de incluir novos componentes com a mesma motorização. “As peças sob o capô e estruturais são os principais focos”, ressalta Curti.
outros materiais onde possam trazer vantagens econômicas, como, por exemplo, metais”. Knecht, da SABIC, acredita que apesar de existir um aprimoramento natural das propriedades de materiais convencionais, como o polipropileno e outras commodities, os plásticos de engenharia também são submetidos constantemente a processos de evolução, que visam atender aos níveis cada vez mais elevados exigidos pelas novas aplicações que surgem no mercado. “Na indústria automotiva, por exemplo, a sofisticação dos novos modelos de automóveis, observada principalmente na parte eletrônica e de design, tem exigido materiais que apresentem um balanço de propriedades térmicas e mecânicas de altíssimo nível, bem como tolerâncias dimensionais cada vez menores, fazendo-se limitado o grupo de materiais capazes de atender a estes requisitos”, observa. >>>>
Em bens de consumo em geral, os plásticos de engenharia entram no mercado das mais diversas formas, como aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos << Dezembro de 2010 < Plástico Sul < 17
ESPECIAL Plásticos de Engenharia
Demanda
DIVULGAÇÃO/PS
A participação de multinacionais no mercado de plásticos de engenharia é decorrente da demanda que, apesar de crescente, ainda é pequena para justificar muitas plantas de produção nacional em escala comercial. No país ainda predominam a fabricação de peças plásticas convencionais e itens de maior valor agregado começam aos poucos a entrar com mais ênfase na pauta dos transformadores brasileiros. Belluco, da Basf, acredita que a questão de fundo é a baixa demanda por produ-
18 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
tos mais sofisticados, o que inviabiliza a utilização do plástico de alta performance. “A utilização das commodities então é uma consequência, já que os padrões técnicos assim o permitem”. Já Knecht observa que, apesar do foco na produção de peças já desenvolvidas ainda se fazer presente em alguns transformadores, é possível perceber também o avanço de algumas empresas na busca por novas tecnologias, materiais e inovações no mercado, com o objetivo de alcançarem melhores níveis de qualidade, produtividade e, consequentemente, a redução de custo sistêmico. Curti, da Rhodia, se mostra ainda mais otimista, afirmando que a sofisticação ocorrida na indústria de bens duráveis já provocou uma mudança no perfil dos transformadores. Para ele, a chegada de grandes empresas mundiais também colaborou para essa evolução. “A cadeia também exige componentes já integrados, o que oferece aos transformadores as oportunidades de avançar na produção, indo além da injeção das peças, chegando à montagens dos conjuntos e sub-conjuntos. >>>>
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 19
DIVULGAÇÃO/PS
ESPECIAL Plásticos de Engenharia
Sustentabilidade Focadas em trazer vantagens aos fabricantes de plásticos, os fornecedores buscam desenvolver produtos ambientalmente corretos, seguindo as tendências internacionais. A SABIC, por exemplo, criou as resinas Lexan (Policarbonato), um material que destaca-se pelo apelo ambiental. Este produto apresenta em sua composição até 5% em “bio componentes” incorporados à resina, que auxiliam na manutenção das propriedades do material, sendo, no entanto, menos agressivos ao meio ambiente se comparados aos agentes convencionais. As resinas Valox iQ e Xenoy iQ também destaca-se pela contribuição ao meio ambiente, pois os materiais são obtidos a partir de processos de recuperação de garrafas PET pós-consumo usadas na fabricação de embalagens de água. A Elekeiroz lança completa linha de resinas sustentáveis de base vegetal para a fabricação de peças em compósitos, substituindo parcialmente recursos fósseis como o petróleo. Para acompanhar os desenvolvimentos de produtos verdes, a Elekeiroz (Várzea Paulista, SP), uma das mais importantes fabricantes de resinas poliéster na América Latina, está lançando a linha BIOPOLI de resinas poliéster insaturado (bases ortoftálicas/ tereftálicas, diciclopentadieno DCPD e isoftálicas), de base vegetal, para a fabrica-
ção de peças em compósitos (também conhecido como composites, plástico reforçado ou fiberglass). Como empregam matérias-primas de fontes renováveis e resinas termoplásticas reutilizadas em sua fabricação, esta nova linha pode economizar até 20% dos recursos fósseis não-renováveis usados nas resinas poliéster tradicionais. Com tecnologia 100% nacional e pedido de patente requerido, é fruto dos investimentos realizados pela empresa em Pesquisa e Desenvolvimento nos últimos anos. De fácil processamento pois não exigem nenhuma alteração de processo do transformador, as resinas desta nova linha oferecem excelente rigidez e durabilidade, requisitos fundamentais para serem aplicadas nos materiais compósitos. Mantêm todas as propriedades físico-químicas das resinas poliéster convencionais, garantindo performance similar ou superior às peças fabricadas. Estão disponíveis para os processos de moldagem aberta como laminação manual e a pistola, e moldagem fechada como RTM convencional e de baixa pressão. O lançamento desta tecnologia no mercado latino-americano viabilizará o desenvolvimento de uma ampla gama de produtos com exigências específicas de sustentabilidade e desempenho, em diversos segmentos industriais como automotivo, cons-
A. Schulman compra Mash Compostos A norte-americana A. Schulman anunciou recentemente a aquisição da produtora brasileira de compostos plásticos Mash. O valor da aquisição não foi divulgado. A companhia norte-ameri-
20 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
trução civil, eletroeletrônico, náutico, infraestrutura, esporte & lazer, entre vários outros. Também se caracteriza como uma excelente alternativa de produção para as empresas transformadoras que já desejam se alinhar com as tecnologias futuras. A linha BIOPOLI de resinas poliéster da Elekeiroz é produzida integralmente com recursos de aproveitamento de energia gerada internamente e proveniente de outros processos de produção química no site da empresa. Esta energia, em vez de ser desperdiçada nos trocadores de calor, é convertida novamente em utilidade industrial, economizando enorme quantidade de recursos externos proveniente de concessionária de energia elétrica ou, ainda, obtida de queima de gás ou óleo combustível.PS
cana afirmou que a aquisição da Mash vai expandir sua presença no mercado brasileiro. A A. Schulman fornece compostos plásticos e resinas que são utilizados como matérias-primas em uma variedade de mercados.
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 21
Tendências & MercadoMasterbatch e Aditivos
Indústria de masterbatches e aditivos está atenta à exigência por produtos eco e investe na produção de materiais sustentáveis.
Todas as cores levam ao verde
S
e por um lado o plástico é injustamente acusado como um dos principais vilões da poluição do planeta e pela degradação do meio ambiente, por outro ele ocupa cada vez mais o espaço de outros materiais, em vários setores industriais, por contribuir com a sustentabilidade. Um exemplo disso é a indústria automotiva que tem ampliado a quanti22 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
dade de plástico nos veículos para diminuir a agressão ao meio ambiente, auxiliando na redução do peso dos carros e no consumo do combustível. Ironia do destino ou não, o fato é que a cadeia produtiva do setor termoplástico está de olho nesta tendência ecológica e direcionando os seus investimentos com o foco no verde. A feira K realizada na Alemanha, em outubro passado, deixou claro esta nova ordem de mercado. A mostra foi permeada por lançamentos de produtos ecologicamente corretos. O início da produção da planta de PE verde da Braskem, que coloca a empresa entre as pioneiras no mundo na prática de química verde, é outro indício que comprova esta tendência. Nesta mesma esteira seguem os fabricantes de masterbatches e aditivos. Muitos produtores já estão apresentando ao mercado produtos de fonte renovável ou com composições que agridem menos o meio ambiente. E quem ainda não tem materiais nesta linha, está investindo em pesquisas e desen-
volvimentos de novos produtos. Esta indústria, que em 2010 conseguiu retomar o crescimento, já percebeu que é preciso investir cada vez mais nesta área para atender a demanda crescente e para enfrentar a grande competitividade do setor.
A Cristal Master está totalmente inserida no contexto da susten-
tabilidade. Todo o seu processo produtivo atende os requisitos sustentáveis, como aproveitamento dos resíduos e estação de tratamento. A empresa também está desenvolvendo fórmulas com produtos biodegradáveis. Ainda com o objetivo de atender as exigências do mercado, a Cristal Master adquiriu em 2010 mais uma extrusora dupla rosca automatizada e vários equipamentos de laboratório como QUV, Filter Test e outros. Esses investimentos, conforme informações da empresa são para atender as demandas do transformador, “que exige cada vez mais qualidade, desenvolvimentos e produção com menor tempo”. >>>>
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 23
Tendências & MercadoMasterbatch e Aditivos A Macroplast foi fundada em 1972. Está sediada em São Bernardo do Campo (SP), em uma área de 19.000 m2, e conta com uma filial na cidade de Indaial (SC), ocupando 1.000 m2. Atualmente tem capacidade instalada para a produção de 2.000 toneladas, em todas as linhas de produto. Em 2004 adquiriu da Basf, a linha de produtos masterbatch para a América Latina, assumindo as atividades comerciais e industriais. Conforme Karin Braun, os mercados do Sul é estratégico para a empresa, prova disso é a filial instalada em Santa Catarina.
vamente menor. Para ela, atualmente existe no segmento todo tipo de empresa, das gigantes multinacionais que atendem toda a área de plásticos, às empresas menores, muitas vezes voltadas para especialidades. “O share de mercado hoje é muito mais pulverizado. Mas é certo que não cabem tantos produtores de masterbatch no mercado e que nos próximos anos uma boa parte não conseguirá continuar na corrida”, observa. Além da concorrência nacional os produtores de masterbatches também estão sofrendo com o crescimento do ingresso no país de produtos importados. A executiva comenta que alguns segmentos do mercado foram mais afetados pelas importações, especialmente da China, “mas como a Macroplast atua em um número muito vasto de segmentos, a perda em uns foi compensada por ganhos em outros”, esclarece.
A Cromex confirma que a forte tendência mundial para o universo de masterbatches e aditivos são desenvolvimentos atrelados à sustentabilidade. Segundo o diretor comercial, Cesar Ortega, a empresa tem acompanhado o mercado lançando produtos com reconhecimento mundial como os apresentados na Feira K 2010. No evento foram apresentadas novas linhas de compostos de cores e aditivos desenvolvidas para os plásticos feitos com o polietileno (PE) verde, de fonte renovável, e com as resinas biodegradáveis à base de ácido poliláctico (PLA), derivado de plantas. Ortega explica que o PE verde é uma resina de fonte renovável, proveniente do etanol da cana-de-açúcar, desenvolvido pela Braskem. “Já o PLA é um bioplástico que leva de 3 a 4 meses para se decompor, desde que esteja em condições de com->>>>
DIVULGAÇÃO/PS
focar mais em produtos especiais e em soluções inovadoras aos clientes que estão cada vez mais exigentes quanto à qualidade do produto. Outro objetivo da empresa para 2011 é consolidar sua atuação no mercado, principalmente com produtos especiais e de alta performance. Diante do aumento da concorrência, a diretora dá a receita para sobreviver neste mercado. “É necessário, principalmente, qualidade, credibilidade e competência”. Karin Braun comenta que há dez anos o número de fabricantes de masterbatches era expressiFábrica da Cristal Master, em Joinville (SC), tem capacidade instalada de 8 mil ton/ano
Tendo como carro-chefe master brancos, pretos, coloridos e aditivos, a Cristal Master tem uma capacidade instalada de 8 mil toneladas por ano. Para 2011 a empresa pretende manter o crescimento conquistado em 2010 e adquirir uma nova linha de extrusoras dupla rosca para produção e laboratório. Entre as metas do ano também está o aumento do volume de exportações. A empresa comercializa ainda aditivos, compostos, pigmentos em pó, salt pepper, cristal micro perolizado, cristal micro peletizado, cristal finish, cristal color blend, tingimentos técnicos.
A Macroplast também está focada na sustentabilidade. A empresa acredita que as tendências para masterbatches e aditivos, assim como para o mercado de plásticos em geral, são os biopolímeros e a nanotecnologia. Neste sentido, tem desenvolvido parcerias com produtores de polímeros, facilitando o acesso a estas tecnologias, e com clientes que estão analisando alguns produtos quanto a melhoria em sua performance e em custo. Nesta linha de investimentos a Macroplast prevê o acréscimo de aproximadamente 15% na produção de masterbatch para o próximo ano, com novas aquisições de equipamentos. “Os investimentos estão focados na modernização do parque industrial e aquisição de novos equipamentos que devem chegar no primeiro trimestre de 2011”, afirma Karin Braun diretora presidente da companhia. Ela revela que a empresa pretende 24 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 25
DIVULGAÇÃO/PS
Tendências & MercadoMasterbatch e Aditivos
postagem (umidade de 80% com temperatura constante maior que 60ºC)”, acrescenta. Ele conta que a Cromex desenvolveu linhas de cores especiais e de aditivos para serem aplicados nesses dois tipos diferentes de plásticos, condizentes com suas características específicas. A Cromex é uma das principais empresas brasileiras do mercado nacional de masterbatches de cores e aditivos para plásticos. Sua matriz está localizada em São Pau-
26 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
lo, onde são produzidos masterbatches coloridos e produtos especiais. Conta, ainda, com uma moderna fábrica em Simões Filho (BA), onde estão concentradas as produções dos masterbatches brancos, pretos e aditivos.>>
A Cromex desenvolve linhas de cores especiais para serem aplicados em diversos segmentos
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 27
Tendências & Mercado
A companhia emprega diretamente mais de 500 pessoas e gera centenas de empregos indiretamente. Tem hoje capacidade produtiva de 132 mil toneladas por ano. Com aproximadamente 30 anos no mercado, a empresa conta com um portfólio composto por masterbatches brancos, pretos, coloridos (cores normais, especiais, etc), aditivos, produtos especiais como as gamas para PE Verde, PLA, masters bactericidas para ráfia, fibras e linha branca, produtos com nanotecnologia aplicada. Além dos tradicionais masterbatches granulados, a Cromex conta ainda com os maters líquidos em uma linha de produtos apresentada com a marca Dispermix®. Segundo o diretor, 2010 foi um ano de recuperação da crise mundial, tanto no mercado interno, quanto no externo. “Encerraremos o ano com resultados positivos. No mercado interno, o crescimento foi de 28% em relação a 2009 e já ultrapassamos em 13% o resultado de 2008, ano de bons resultados. O crescimento nas vendas externas também foi de 28% maior com relação a 2009”, observa. O executivo comenta que em 2011, o desafio é buscar o crescimento na casa dos dois dígitos. “Já nas exportações, o desafio é crescer, apesar do chamado efeito câmbio”, informa. O aumento da renda da população, principalmente da classe C, foi um dos fatores que contribuíram para o aquecimento do mercado interno. Este fenômeno refletiu diretamente nas vendas da Cromex, que tem uma forte atuação no segmento de embalagens, sendo um dos principais mercados da empresa. “Além disto, notamos crescimento significativo dos segmentos automotivo e construção civil”, acrescenta Ortega. O bom desempenho da empresa já é no28 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
tado no mercado, principalmente na última década, fruto de várias ações e investimentos realizados neste período. Segundo o diretor, há exatos 10 anos, a empresa inaugurava sua unidade da Bahia para produzir brancos e aditivos. Naquela época, produzia duas mil toneladas mês. Ele acrescenta que desde aquela data a companhia vem trabalhando na profissionalização e qualificação de pessoas, sistemas e melhorias na parte fabril. A empresa integrou sua TI à inteligência de mercado e atualizou seus sistemas, implantando um CRM mais moderno e hoje ganhou agilidade para diagnosticar as demandas do mercado e oferecer soluções específicas e mais adequadas. “Tudo isso, além de trabalhar com fornecedores globais e as melhores matérias primas, dentro dos padrões de qualidade ISO 9001/2008; ISO 14000/2004 e OHSAS 18001/2007”, conta o executivo. Entre os principais investimentos da empresa em 2010, destaca-se o início da atividade de uma nova máquina que está alocada na unidade da empresa em Simões Filho, na Bahia. É uma extrusora com capacidade para produção de 16 mil toneladas por ano. O valor do investimento foi de US$ 2.2 milhões, com o objetivo de ampliar em cerca de 7% a capacidade produtiva. Já para 2011, os planos são de renovação fabril na unidade de São Paulo. Segundo Ortega, ainda está na fase de planejamento. Outra ação de destaque da empresa visando a sustentabilidade foi a parceria da Braskem, que de acordo com o diretor vem de longa data, “da fidelidade e dos serviços prestados”. “Hoje a Braskem é parceira da Cromex em desenvolvimentos – como nos produtos para o PE verde – e nas questões logísticas (sistema a granel implantado na Bahia em 2010), visando agilidade nos processos”. O trabalho na área logística visa a agilidade nos procedimentos, o que se reverte em produtividade, segundo o diretor. Já a parceria em novos desenvolvimentos, como no caso da gama de produtos para o PE verde, “se reverte em visibilidade mundial em um mercado ainda novo para todos”, comenta.
A Clariant, empresa multinacional, localizada em São Paulo, está
direcionando a sua atuação na produção de aditivos ecologicamente corretos. Prova disso foram os lançamentos realizados na Feira K, na Alemanha. “Essa é uma for->>>>
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 29
Tendências & MercadoMasterbatch e Aditivos
te tendência regional e mundial”, comenta o executivo da Unidade de Negócios de Aditivos, Paulo Cesar Ghidetti. Na área de masterbatch, a Clariant lançou na K uma linha de compostáveis de fontes renováveis. Segundo Roberto Guzmán, da Unidade de Negócios de Masterbatches, para obter produtos sustentáveis a um custo acessível para o fabricantes de plásticos, a empresa aposta ainda na oferta de soluções intermediárias, usando pigmentos e
30 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
aditivos convencionais, que são de alto desempenho e baixo custo, mas que são compatíveis com resinas de diversas fontes. “Estamos fazendo um pacote de soluções, para todos os bolsos. As empresas estão saindo de um período de recessão, estão todos tentando aumentar a lucratividade. Temos que ter opções”, revela Guzmán. Na mostra internacional, a empresa também fez o lançamento global dos masterbatches líquidos. “Estamos oferecendo os líquidos sobretudo para a indústria de poliolefinas. Isso é uma novidade. O master líquido já era conhecido, mas só para PET já que as bases e os veículos não eram adequados para poliolefinas”, explica. Na tecnologia da Clariant, afirma Guzmán, a troca de cores é mais fácil e com menor desperdício de material. “Em muitos casos o custo total de coloração é menor”. No segmento de aditivos, a empresa também está disponibilizando ao mercado linhas de produtos livres de metais pesados e de alogêneos, como os retardantes de chama, que visam agredir menos o meio ambiente e preservar a saúde das pessoas. Segun-
do Ghidetti, os produtos com metais pesados e alogenados, cumprem com objetivo de evitar o incêndio, mas emitem gases tóxicos com a queima do material. Para Ghidetti, está aumentando o consumo de produtos sustentáveis, principalmente na Europa e em outros grandes centros onde já existe um apelo maior para a sustentabilidade e leis que determinam a utilização de materiais com estas características. “Estamos sentindo que está crescendo a demanda destes produtos, por motivos de exigências de legislação, entre outros”, comenta. No Brasil, de acordo com o executivo, ainda está se difundindo a importância destes produtos. “O empresário brasileiro vai passar a usar realmente quando o mercado exigir ou foi obrigado por lei”, observa. O executivo da unidade de aditivos da Clariant destaca que o Brasil é o maior mercado da empresa na América Latina. “O país tem uma importância estratégica, por ser um dos mercados emergentes do momento”, acrescenta Ghidetti. Ele comenta que nas regiões Sul e Nordeste a empresa
DIVULGAÇÃO/PS
Presente nos mais variados segmentos da indústria, setor de master apresenta crescimento anual
tem uma atuação crescente. “No Sul tem o polo petroquímico de Triunfo, que na nossa área de aditivos é um grande mercado no Nordeste tem o polo de Camaçari. Na parte de aditivos são duas regiões superimportantes”, observa. Superando a crise econômica mundial a empresa já está registrando números semelhantes ao período pré-crise. “Tivemos uma retomada muito forte na questão e no consumo”, comenta o executivo da área de aditivos. E existe uma perspectiva de crescimento na ordem de 4%.
O gerente comercial da Procolor, Sérgio Leonel Palermo, também destaca que o grande mote do mercado são materiais ecológicos e acrescenta outras tendências do setor como embalagens perolizadas e paralelamente as cores
fortes, principalmente para o mercado de utilidades domésticas, como o laranja, lilás, Pink, entre outras. Com 23 anos de mercado, a Procolor atua principalmente no segmento de masterbatches coloridos. “Nós temos 38 co-
res de linhas básicas, mas quando o cliente precisa de uma cor especial, nós fazemos o desenvolvimento no nosso laboratório. Temos hoje 3.420 cores desenvolvidas”, conta o gerente. A empresa está instalada em Cotia (SP)>>>>
<< Dezembro de 2010 < Plástico Sul < 31
Tendências & Mercado Visando novos mercados e com o objetivo de iniciar o processo de internacionalização, a Procolor vai começar a direcionar a sua atuação para a área de exportação, inicialmente para a América Latina. O ponta-pé inicial deverá ser na feira Brasilplast, que ocorre no mês de maios de 2011. Segundo o gerente ainda é muito cedo para estimar o volume das vendas externas, “ainda estamos fazendo um trabalho inicial”.
e possui filiais nas cidades de Jaguariúna (SP) e Baurú (SP). Conta com 60 funcionários e capacidade instalada de aproximadamente 10 mil toneladas por ano. “Este número é estimado, pois as últimas aquisições da empresa que são duas extrusoras de dupla-rosca, chegaram a pouco tempo e ainda não temos um histórico perfeito”, comenta Palermo. A produção é realizada só na matriz, as filiais funcionam como escritório e estoque. Entre os produtos que compõem o portifólio da empresa, também estão os masters pretos e brancos, aditivos e materiais especiais. Apesar de registrar um crescimento de aproximadamente 35%, em relação ao período anterior, o gerente comenta que 2010 foi bom até outubro, “depois o mercado ficou morno. Foi um ano bom, mas aquém da expectativa ”, observa. Segundo ele, historicamente o mercado de master começa a crescer a partir de agosto até novembro, que são os meses mais fortes, mas em 2010 ele cresceu um pouco antes e teve uma queda em outubro. Palermo destaca que o crescimento registrado pela empresa se deve mais ao fraco desempenho do primeiro semestre de 2009. Mas salienta que a empresa lançou uma linha master branco para atender o mercado de sacolinhas e de ráfia, que teve muito sucesso e incrementou as vendas. O crescimento da empresa também está baseado na conquista de novos clientes. “Temos uma média de 30 a 35 novos clientes por mês, que é uma meta que estabelecemos. E isso é o que está fazendo com que a empresa cresça”, explica Palermo. Ele ressalta que o sucesso deste trabalho se deve também a forma de trabalho desenvolvida pela empresa, de prestar um atendimento direto aos clientes. 32 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
Cores cada vez mais vivas e o aumento da demanda de masterbatches ecologicamente corretos são as principais tendências apontadas pela Termocolor, que vão nortear o setor. Segundo a empresa vai crescer a exigência por produtos biodegradáveis e de fonte renovável. “Os pigmentos deverão seguir a mesma linha. Os aditivos serão cada vez mais usados para melhoria do material e do processo, como os aditivos antibacterianos, que agregam valor ao produto final”, comenta a executiva, Roberta Fantinati. Ela informa que a Termocolor é certificada na normativa RoHS, que assegura a produção de masterbatches isentos de metais pesados. Conta ainda, que a empresa está processo de certificação ISO 14001, meio ambiente, e da OHSAS 18001, saúde e segurança no trabalho. “Assim iremos produzir nossos materiais com mais sustentabilidade, garantindo nossa qualidade, preservando o meio ambiente e a saúde de nossos funcionários”, acrescenta a executiva. A termocolor é uma empresa brasileira fundada em 1984, que fabrica uma ampla linha de produtos que incluem: masterbatches, compostos e aditivos e oferece o serviço de beneficiamento. Localizada em Diadema (SP), a empresa atua em todo território nacional. Tem capacidade para produzir 40.000 toneladas por ano e ”nosso carro chefe são os masterbatches”, comenta Roberta Fantinati. Atua nos mercado de automotivo, higiene e limpeza, agroindústria, eletrodomésticos, moveleiro, brinquedos, UD, entre outros. Segundo a executiva o maior desafio de 2010 foi atender a grande demanda por masterbatches e as expectativas de preços dos clientes. Para ela as perspectivas para 2011 são muito boas. “Esperamos crescer mais do que crescemos em 2010. Estamos realizando investimentos contínuos para atender a demanda e oferecer produtos com qualidade”, comenta.
Este ano a empresa finalizou os investimentos iniciados em 2009 em máquinas e laboratório, logística e armazenagem. Também concluiu a implementação do sistema de gestão Integrado. “Para 2011 estamos adquirindo duas extrusoras dupla rosca corotante, novos equipamentos para o laboratório”, informa. A grande competitividade do mercado é encarada por Roberta Fantinati como estímulo para que a empresa se aperfeiçoe cada vez mais.
A Cromafix, empresa do grupo MBN, que atua na distribuição de produtos químicos há mais de três décadas, faz coro com os outros entrevistados ao afirmar que o futuro do mercado de masterbatches e aditivos é o crescimento da exigência produtos desenvolvidos com sustentabilidade ambiental. Como exemplo cita os compostos feitos com o polietileno verde desenvolvido pela Brasken e resinas biodegráveis derivadas de plantas (PLA). Neste sentido, a companhia destaca que está trabalhando em pesquisa e desenvolvimento destes materiais. Com sede no distrito industrial da cidade de Cachoeirinha (RS), a Cromafix conta com uma capacidade instalada de 100 toneladas por mês de masterbatch branco, para atender os três estado da região Sul do País. Segundo a direção da empresa o maior desafio de 2010, foi desenvolver masterbatch de alta qualidade a preços competitivos. “Para 2011 continuaremos trabalhando nos desenvolvimentos de produtos voltados à indústria de transformadores de plásticos e na qualificação técnica de nossos colaboradores”, observa. Quando se fala em tendência a frisa que os transformadores estão exigindo produtos cada vez mais específicos para o seu processo, que reduza os custos sem alterar a qualidade e a produtividade. Para atender esta demanda e poder enfrentar a competitividade do setor, a Cromafix observa que o fabricante tem que estar preparado técnico e estruturalmente, senão será eliminado do mercado. “A concorrência entre as empresas preparadas com equipamentos modernos e colaboradores qualificados é basicamente pelos custos e a pesquisa constante no desenvolvimento de produtos com melhor desempenho, além da preservação do meio ambiente, mantendo a competitividade nos preços”, acrescenta.
Com 20 anos de atuação nos segmentos de masterbatches, compostos e aditivos e atenta as exigências do setor, a paranaense Colorfix está trabalhando no desenvolvimento de masters biodegradáveis. A atenção para materiais sustentáveis também se aplica a área de compostos minerais, que segundo a empresa agridem menos o meio ambiente e que podem substituir outros compostos na proporção de 5% a 15%, dependendo da complexidade do produto processado, sem causar perda de suas características mecânicas ou estéticas. O gerente do suporte técnico da empresa, Fábio Fazolim, destaca que a constante inovação de novos produtos voltados para a sustentabilidade, deve ser uma tendência do mercado. Com a capacidade instalada de aproximadamente 15 mil toneladas por ano, a empresa se dedica ao desenvolvimento e produção de masterbatches e aditivos de alta performance. Segundo Fazolim, o principal desafio deste ano foi atender a necessidade crescente de novos produtos e o aumento da demanda, “que em 2010 foram mais apertados do que em anos anteriores”, destaca. Ele salienta ainda, que a perspectiva para 2011 é de um crescimento ainda maior nas vendas e na procura por novos materiais. Para atender a demanda do mercado aquecido, influenciado principalmente pelo aumento do consumo da população, o gerente conta que a Colorfix em 2010, investiu em mais três linhas de produção. Também adquiriu equipamentos de última geração para os laboratórios situados em Colombo/PR e em São Caetano do Sul/SP, “cumprindo assim mais uma etapa do plano de expansão e atualização tecnológica”, informa Fazolim. Ainda no período, a empresa fez alguns projetos de exportação para o Mercosul e Europa. Devido à grande competitividade e a falta de condições técnicas de alguns produtores master e aditivos para atender os padrões do mercado, o gerente prevê que deverá ocorrer uma consolidação do número de empresas nestes segmentos, “como ocorreu com o mercado petroquímico”, exemplifica. Ele observa que os transformadores de plástico estão exigindo pigmentos e aditivos de maior performance, mas com valores baixos, “além da incorporação de diversas normas para atender a sua necessidade”, complementa. PS << Dezembro de 2010 < Plástico Sul < 33
Petroquímica
Braskem sob nova direção
34 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
DIVULGAÇÃO/PS
A
Braskem anunciou ao mercado mudanças no comando na companhia. O principal executivo da empresa, Bernardo Gradin, deixou a presidência da petroquímica. Em seu lugar assumiu o executivo Carlos Fadigas, que está à frente dos negócios do grupo, nos EUA. Fadigas deve assumir o cargo entre o fim do 1º trimestre de 2011 e início do 2º trimestre. No comando da Braskem, desde o início do 2º semestre de 2008, Gradin foi o responsável pela condução do processo de internacionalização da companhia. No início deste ano, a Braskem anunciou a compra dos ativos da Sunoco, nos EUA, por US$ 350 milhões, o que inclui três fábricas, e novas aquisições deverão ocorrer a partir do próximo ano. O executivo também coordenou os projetos da companhia no México e na Venezuela, que está com o projeto de engenharia concluído. No Brasil, Gradin costurou o processo de incorporação da Quattor em parceria com a Petrobras, anunciado em janeiro. Segundo informações divulgadas pela empresa, Fadigas deve permanecer no cargo de presidente da Braskem Amé-
Carlos Fadigas coordenou os projetos da companhia no México e na Venezuela
rica, até o grupo definir seu sucessor - que provavelmente será alçado do próprio grupo Odebrecht. O executivo teve boa parte de sua carreira desenvolvida na Odebrecht. Ele ingressou no grupo baiano em 1993 e tornou-se VP de finanças e relações com investidores da petroquímica em 2007. O processo de sucessão no grupo é orquestrado pelos controladores do grupo. Marcelo Odebrecht, presidente do conselho da petroquímica e principal executivo da Odebrecht, começou as mudanças em 2008, quando Gradin assumiu a presidência da Braskem, no lugar de José Carlos Grubisich, que foi coordenar a ETH Bionergia. A meta da Braskem é se tornar uma das cinco maiores petroquímica do mundo nos próximos anos. Em 2011, a companhia vai investir cerca de R$ 1,6 bilhão para expandir seus negócios no país, mas esse valor não inclui aquisições dentro e fora do país. A empresa também está adotando uma nova estratégia ao começar a produzir matéria-prima a partir de cana, o chamado plástico verde. Uma fábrica já está em operação em Triunfo e outra será construída no país, mas o local ainda não foi definido.PS
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 35
3ª Geração Nova empresa de transformação deve produzir em torno de 100 mil peças por ano.
C
om investimento na ordem de R$ 10 milhões, foi inaugurada no início de dezembro, a Green Pallet do Brasil, na cidade de Gravataí (RS). A empresa tem como objetivo a produção de pallets (estrados) utilizando como matéria-prima, plásticos reciclados de pós-consumo e refugos industriais. Segundo a direção da empresa o processo tecnológico é inédito na América Latina, dentro do conceito de sustentabilidade, que prevê a retirada do meio ambiente de aproximadamente 300 toneladas de plásticos por mês. A grande maioria da matéria-prima utilizada para fabricação dos pallets é composta por
36 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
plásticos menos nobres, como PE e PP. E a própria Grenn Pallet faz o processamento do material reciclado, oriundo de sacolas plásticas, cadeiras e engradados de plásticos, aparas entre outros. O sistema de fabricação é pelo processo de intrusão, “com da o emprego de equipamento de Sócios companhia, que avançada tecnologia”, observam terá capacidade de os diretores da companhia. A produção de 100 máquina é uma combinação de mil peças por ano uma extrusora e de uma injetora, que permite a produção de um pallet pela nova legislação de resíduos sólidos. Os monobloco com maior resistência, podendo produtos são destinados para vários setores da indústria, como automotivo, sustentar 3 toneladas para armazenamento metalmecânico, farmacêutico, alimentício, estacionário ou 1,5 tonelada em movimento. Além da robustês, outro diferencial petroquímico e em operações logísticas e apresentado pela empresa é o fato dos pallets redes atacadistas. Na primeira etapa, a capacidade serem 100% reciclados e recicláveis, instalada de produção da Green Pallet é de cumprindo com a logística reversa exigida 100 mil peças por ano, destinadas para o mercado interno. A empresa vai gerar 50 empregos diretos e cerca de 600 indiretos, oriundos da cadeia de reciclagem. A segunda etapa do projeto está prevista para 2012, com investimento de R$ 15 milhões, gerando mais 80 vagas de trabalho. A empresa é o resultado da joint venture constituída entre o grupo canadense Elgner Group Investments, com sede em Toronto, com os empresários gaúchos Luciano Mendes Ribeiro e Carlos Alberto Velhinho. A Elgner Group atua nas áreas plástica e automotiva. De acordo com os sócios das empresa, o empreendimento foi formado a partir de um projeto inicial idealizado pelo engenheiro Sergio Mendes Ribeiro. “Profissional com mais de 50 anos de experiência na cadeia do plástico e um dos pioneiros na utilização de material plástico reciclado para o segmento industrial”, observa. A Elgner Group informa ainda que ela seus parceiros locais estão avaliando novas oportunidades de investimentos no Rio Grande do Sul e em outros estados brasileiros, em empresas de setores como plástico e automotivo. “O objetivo não é o simples financiamento com aporte de capital de giro, mas a participação societária com apoio tecnológico e gerencial, buscando inovação, crescimento e novos projetos”, complementa. PS
GILMAR BITENCOURT/PS
Apostando em pallets reciclados
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 37
Balanço
GILMAR BITENCOURT/PS
Indústria gaúcha de produtos plásticos registra crescimento
Schmitt (c): participação gaúcha no consumo de resinas vem crescendo nos últimos anos
38 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
A
indústria de produtos plásticos no Rio Grande do Sul registra bons resultados em 2010. Dados divulgados pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do RS (Sinplast), revelam que somente em termos de faturamento, houve um crescimento na ordem de 9% se comparado com o ano anterior. Em 2010, o setor faturou R$ 4589 bilhões e consumiu 524 mil toneladas de resinas – 12% a mais do que em 2009. Além disso, a indústria gaúcha da terceira geração do plástico aumentou em 6% os índices de emprego no setor no Estado, passando de 27.139 em 2009 para 28.869 em 2010. “Tivemos uma melhora no desempenho do
setor em 2010. Inclusive a participação do Rio Grande do Sul no consumo de resinas no Brasil vem crescendo e, esse ano, atingiu o maior patamar desde 2008, chegando aos 8%”, ressalta o presidente da entidade, Alfredo Schmitt. Para 2011, a entidade projeta a continuidade do crescimento da economia brasileira e gaúcha, com a perspectiva de haver crescimento no ano, embora em menor magnitude. Além disso, o aumento no consumo de matérias-primas deve atingir a ordem de 4 a 5% no próximo ano.
Gestão Com uma gestão descentralizada, dividida em 10 Comitês e vice-presidências regionais, o Sinplast atua em diferentes frentes com metas pré-estabelecidas e planejamento estratégico definido. A entidade tem como principais metas a busca pela melhoria da competitividade do setor, a defesa incondicional do plástico e das indústrias do setor instaladas no Rio Grande do Sul, a luta pela melhoria das condições de energia elétrica para as empresas e, com destaque, a forte atuação em prol da sustentabilidade e da reciclagem dos artefatos plásticos. Coordenado pelo industrial e vice-presidente administrativo do Sinplast, Júlio Cesar Roedel, o tema de sustentabilidade é abordado no Programa Sustenplást – RS Plástico com Inteligência. Lançada nacionalmente em 2009, a iniciativa busca desmistificar a imagem de vilão do plástico, orientar e conscientizar a comunidade sobre o descarte correto do material, seus benefícios e a sua total reciclabilidade. Atualmente, o Sustenplást vem coordenando uma ação piloto em Porto Alegre voltada à educação de crianças. O chamado “Programa Amigos da Natureza” consiste na distribuição de revista educativa a crianças de 6 a 10 anos em escolas públicas e particulares da capital. Ao todo, 5 mil crianças estão sendo atendidas no Programa. A reciclagem dos artefatos plásticos é outro tema de grande relevância na atuação do Sinplast. Em 2010, o Comitê de Reciclagem do Sinplast, coordenado por Luiz Hartmann, promoveu o Fórum Gaúcho de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos com Ênfase em Plásticos. O sucesso do evento, realizado na Fiergs, garantiu o anúncio do próximo encontro em 2011. Desta vez, o agora chamado de Energiplast 2011 terá caráter nacional. PS
Desvendando os mistérios da moldagem
C
mentar de 4 a 5 vezes, pois elimina praticamente a produção de refugo. Segundo ele, “ao invés de simplesmente ficar adivinhando, a gente vai fazer testes para cada parte do ciclo para identificar seus melhores pontos”. Acrescenta ainda que o este processo faz com que as pessoas entendam o que estão fazendo, ao tempo de ficarem repetindo o que lhe foi passado. “A moldagem científica faz você saber o porque das coisas. E quando você entende, você ficar melhor”, explica. O especialista comenta que vários erros são cometidos no processo de moldagem que acabam trazendo prejuízo ou reduzindo o lucro das empresas. Ele destaca que os profissionais não usam ou as vezes não entendem as especificações
tar técnicas de produção e processamento que resultam em redução de custos e que podem beneficiar até mesmo os profissionais mais experientes. O evento vem sendo apresentado periodicamente por Bill Tobin há vários anos em diferentes cidades dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, México e Israel, já tendo sido oferecido GILMAR BITENCOURT/PS
om o título de Moldagem Científica, foi realizado um seminário intinerante nas cidades de Caxias do Sul, Canoas, São Paulo, Curitiba e Joinville, entre os dias 29 de novembro e 03 de dezembro. As palestras ministradas pelo especialista americano em injeção, Bill Tobin, tinham como principal objetivo fornecer informações para
DIVULGAÇÃO/PS
EVENTO Seminário
os que participantes possam aumentar a lucratividade de sua fábrica, otimizando o processo de moldagem, reduzindo os custos de produção e melhorando a qualidade dos seus produtos. Segundo Tobin, ao concluir este seminário de um dia, o profissional tem ferramentas e técnicas que poderão ser imediatamente aplicadas no seu trabalho para melhorar a produtividade e aumentar a lucratividade da sua empresa. O seminário foi desenvolvido para apresen-
também oferecido em Dubai, Marrocos e Arábia Saudita. “O seminário mostra para as pessoas como fazerem peças melhores, mais rápidas, com menos erros e como ganhar mais dinheiro com isso”, resume o especialista. Para Tobin a moldagem científi ca elimina o mistério do processo de injeção. Ela ensina o profissional a se organizar para fazer peças de uma maneira adequada e rápida. “Sua produtividade vai aumentar em torno de 10% a 15%. O seu lucro vai au-
Bill Tobin garante: “A produtividade do transformador vai aumentar em torno de 10% a 15%”
sobre o material que os fabricantes fornecem para os clientes. Além disso, os operadores muitas vezes não conseguem aproveitar todos os recursos oferecidos pelas máquinas. “Dessa forma passam a produzir muito refugo, que não precisam e que não produziriam se entendessem melhor o processo de moldagem”, complementa. Bill Tobin é um conferencista, professor e autor internacionalmente reconhecido e muito solicitado para cursos e seminários na área de Injeção de Plásticos. Ele tem mais de 40 anos de experiência na área de Plásticos e é Membro Senior da Society of Plastics Engineers. Ele é autor de 23 livros técnicos e já escreveu mais de 250 artigos técnicos para diferentes revistas especializadas. Tem um estilo de treinamento divertido, informativo e cadenciado. O seminário está foi organizado pela Plassoft Tecnologia Ltda, contando com patrocínio da Steelmach e Pavan Zanetti e apoio institucional da Abiplast, SindiplastSP, Simplás, Simpesc, INP, Revista Plástico Sul, Sociesc/Faculdade de Tecnologia Tupy de Curitiba e Blog do Plástico. PS << Dezembro de 2010 < Plástico Sul < 39
Expansão
Activas adquire Fundo de Negócios junto à Braskem Com este movimento, empresa pretende crescer 42% em volume e faturamento.
A
Activas, uma das maiores distribuidoras de resinas termoplásticas do Brasil, com sede no ABC Paulista, comprou em novembro de 2010, o Fundo de Comércio da Unipar Comercial, Divisão de Distribuição de Resinas Termoplásticas, junto à Braskem S.A. Com esta manobra a Activas passa a atender a carteira de clientes do fundo de negócios e esta transação referese somente ao fundo de comércio (carteira de clientes) de distribuição das resinas Quattor: Polietilenos, Polipropilenos e Eva.
40 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
Com a negociação, a Activas objetiva a liderança nacional de distribuição de resinas termoplásticas, projetando um share de 20% do mercado, faturamento para 2011 na ordem de R$ 596 milhões e movimentação de 103 mil toneladas de resinas commodities. Segundo Laercio Gonçalves, presidente da Activas, as expectativas iniciais são de 30 mil toneladas/ano e 700 clientes incorporados. Hoje, sua carteira conta com 5 mil clientes e movimenta 70 mil toneladas. “Este negócio representa 42% de incremento em volume e faturamento. Para 2011, esse percentual deve girar em torno de 40%, caso sejam confirmadas as bases dos números projetados”, explica o executivo. Os clientes de resinas termoplásticas da Unipar Comercial passarão a contar com os serviços da Activas como estoques, atendimento e entregas regionalizadas e o mesmo portfólio da Quattor, sem nenhuma alteração como crédito, homologações de produtos, além de acrescentar resinas de engenharia, especialidades, aditivos, masterbatches e compostos. “Ressaltamos ainda entre os benefícios as premissas estratégicas de gestão & pessoas, crescimento orgânico, responsabilidade social, meio ambiente & sustentabilidade, além de uma série de inovações que passam por revalidação do planejamento estratégico quinquenal”, acrescenta Laercio Gonçalves.
Em 2010, a Activas tem um faturamento projetado de R$ 360 milhões e desde o ano passado, a empresa investiu cerca de R$ 7 milhões em ativos, como nova sede administrativa, nova frota de veículos e área de logística no ABC. A Activas possui filial em Jaboatão dos Guararapes (PE), Rio de Janeiro (RJ), Joinville (SC), Caxias do Sul (RS) e Londrina (PR). “Nossa empresa tem grande importância no segmento de resinas termoplásticas, pois no Brasil existem 11 mil empresas transformadoras que utilizam essa matéria-prima. As maiores do segmento, que chegam a aproximadamente 2,5 mil, são abastecidas diretamente pelas petroquímicas e, as menores, são atendidas pelas distribuidoras. A Activas, por exemplo, atende 5 mil empresas de menor porte e com os investimentos que estamos realizando cresceremos mais rápido, antecipando os nossos planos em um ano. Hoje, 80% das entregas são efetuadas em até 18 horas após o pedido e chegaremos a mais de 90%, isto nacionalmente”, explica o presidente da distribuidora. PS
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 41
Foco no Verde
DIVULGAÇÃO/PS
Software SolidWorks Resina sustentável da Sustainability ganha SABIC é utilizada em prêmio na Inglaterra carregadores de veículos elétricos
A Dassault Systèmes SolidWorks Corp. (DS SolidWorks) anuncia que a solução SolidWorks® Sustainability, que ajuda projetistas e engenheiros a reduzirem o impacto ambiental de seus produtos com facilidade, ganhou o prêmio de honra da nova categoria Best New Green Product Innovation (Melhor Inovação em Produto Verde) do GREEN AWARDS™ 2010 global, realizado em Londres. Instituído pela UK Royal Society of Arts (Sociedade Real de Artes do Reino Unido), os prêmios reconhecem a criatividade que leva em consideração a importância da responsabilidade corporativa e social, o desenvolvimento sustentável e as melhores práticas éticas. A categoria Best Green New Product Innovation foi introduzida esse ano. “Estamos orgulhosos por essa honra”, diz Oscar Siqueira, gerente geral da DS SolidWorks Brasil. “Os consumidores brasileiros apresentam uma demanda crescente por produtos mais ecológicos; todos sabemos que projetistas de produtos exercem um impacto significativo no meio ambiente”. Segundo Siqueira, isso acontece porque esses profissionais criam produtos que são usados e descartados diariamente. “Nosso objetivo com o SolidWorks® Sustainability é tornar todos os projetos sustentáveis.” 42 42> > >Plástico PlásticoSul Sul > >> Dezembro Dezembro Dezembro de de 2010 2010 de 2010 >> >> >>>>
A Leviton Manufacturing, líder norte-americana em dispositivos e sistemas elétricos, escolhe a resina Valox iQ* para produzir o novo carregador portátil para alojar cabos para veículos elétricos (EV) Evr-Green™. A resina Valox iQ, que utiliza politereftalato de etileno (PET, polyethylene terephthalate) reciclado pós-consumo de garrafas de água, possibilita a moldagem de peças na cor final, evitando a pintura secundária e ampliando significativamente os benefícios ambientais do carregador da Leviton. Além disso, o produto oferece elevado desempenho elétrico e mecânico, além de poder ser produzido em cores personalizadas. A família de resinas Valox iQ, que usa conteúdo reciclado pós-consumo (PCR, post-consumer recycled), faz parte da linha de soluções sustentáveis da SABIC Innovative Plastics.”Um requisito importante ao desenvolver nossa unidade de carregamento Evr-Green foi o uso de materiais sustentáveis “, afirma Michael Mattei, Vice-Presidente e Gerente geral da unidade de negócios comerciais/industriais da Leviton. “Queríamos certificar que o nosso carregador, além de facilitar a inserção dos carros elétricos no mercado, minimizasse também os impactos ambientais. Para isso, procuramos a SABIC Innovative Plastics, um fornecedor confiável em razão de sua liderança no mercado de materiais sustentáveis. A resina Valox iQ, além de ser um material PCR, atendeu a todas as exigências oferecendo excepcional desempenho elétrico, mecânico e estético, que são requisitos necessários a esta exigente apli cação para o consumidor. Acreditamos que o uso da resina Valox iQ agrega um aspecto importante ao valor ambiental de nossa nova linha de produtos”, completa Mattei.A unidade portátil do Evr-Green da Leviton opera em 110 volts permitindo aos consumidores recarregarem seus EVs alimentados por baterias em suas próprias residências ou em qualquer outra tomada de 110 V / 15 A próximo ao veículo. Ela é compatível com todos os veículos plug-in norte-americanos, com entradas J1772, que é o padrão atualmente estabelecido pela Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE, Society of Automotive Engineers).
Plast Mix
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 43
Bloco de Notas Camex eleva a 35% a alíquota para importação de brinquedos
A MVC Soluções em Plásticos, de São José dos Pinhais (PR), fechou contratos para produzir 1,3 mil casas em plástico de engenharia reforçado no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, dentro do programa Minha Casa Minha Vida do governo federal. A operação faz parte do plano da empresa controlada pelo grupo Artecola de ampliar a participação dos negócios na área da construção civil para até 40% do faturamento total até 2011, disse o diretor-geral Gilmar Lima.Em 2009, o setor respondeu por 13% da receita bruta de R$ 116 milhões da MVC, enquanto o restante veio da produção de componentes automotivos. A fatia deve subir em 2010 - quando serão entregues 1,1 mil das 1,3 mil casas recém-contratadas - para 18% da receita estimada em R$ 148 milhões e alcançar os 40% dos R$ 220 milhões projetados para 2011.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu elevar de 20% para 35% a alíquota de importação de diversos brinquedos. De acordo com resolução publicada no Diário Oficial da União, ficarão mais caros triciclos, patinetes, bonecos e seus carros, trens elétricos, brinquedos de montar, quebra-cabeças, instrumentos musicais de brinquedo e outros brinquedos com motores (produtos que levam plásticos em seu processo produtivo). O aumento das tarifas vale até 31 de dezembro de 2011. Para a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), a elevação da alíquota de importação deve ajudar a indústria nacional a r eequilibrar o mercado brasileiro do setor, em que a participação dos chineses já chega a 60%, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Sinésio Batista da Costa. FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS
MVC vai produzir 1,3 mil casas em plásticos
EPS é utilizado na duplicação da rodovia BR101 Blocos de EPS (conhecido como Isopor®) estão sendo utilizados de maneira pioneira em obras viárias no Brasil em substituição ao solo compactado na duplicação da Rodovia BR 101 nas regiões Sul e Nordeste. São mais de 30 mil m³ (o equivalente a mais de 650 toneladas de material) aplicados com o conceito de aterro ultraleve, o que possibilitou a entrega das obras em tempo recorde. Estima-se que a economia de custos com uso do EPS pode chegar a 40%. As obras fazem parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e estão sob responsabilidade do DNIT. Em Tubarão, Santa Catarina, os blocos de EPS estão sendo utilizados na obra do aterro da cabeceira do viaduto principal de acesso à cidade. É o maior projeto de EPS (poliestireno expansível) na América do Sul com um volume aproximado de 13 mil m³ de blocos fornecidos pela Tecnocell e produzidos com EPS da BASF (Styropor®). Na região Nordeste, o EPS também está sendo usado na duplicação da BR 101, nos Estados da Paraíba e de Pernambuco. São mais de 20 mil m³ de EPS em blocos com dimensões de 4 metros de comprimento, por 1,25 m de largura e 1 m de altura, fornecidos pela Knauf-Isopor e pela Termotécnica. O bloco de EPS foi escolhido por ser resistente à compressão, proporcionando redução na pressão exercida em cima desses solos, e pelo baixo custo que a solução apresentou em comparação com outras tecnologias. Outra qualidade do EPS é ser totalmente inerte, não apresentar qualquer risco de contaminação e a sua decomposição leva cerca de 400 anos, o que garante a segurança e a estabilidade ao terreno onde está sendo aplicado. 44 > Plástico Sul > Dezembro de 2010 >>
WEG anuncia aquisição da Equisul
A LANXESS e a holandesa Royal DSM N.V. firmaram um acordo para a venda da DSM Elastômeros para a LANXESS por 310 milhões de euros, à vista e livre de dívidas. O negócio envolve a incorporação de duas fábricas da DSM Elastômeros, sendo uma localizada em Triunfo (RS), com capacidade anual de 40 mil toneladas, e outra, em Sittard-Geleen (sede da empresa), na Holanda, com capacidade produtiva de 160 mil toneladas/ano. A DSM Elastômeros produz borracha sintética de monômeros de etileno propileno dieno (EPDM), sob a marca Keltan. Possui aproximadamente 420 funcionários em todo o mundo e deverá obter um faturamento de cerca de 380 milhões de euros em 2010. “Estamos ansiosos para dar as boas vindas aos profissionais da equipe de EPDM da DSM, bem como para receber seus ativos em nossas principais atividades de borracha sintética”, disse Axel C. Heitmann, presidente mundial da LANXESS. “A transação também será um passo importante rumo à nossa meta de atingir cerca de 1,4 bilhão de euros em EBITDA préexcepcionais em 2015”.
Governo renova antidumping de PVC O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) acatou o pedido da indústria brasileira e decidiu prorrogar, por até 5 anos, o direito antidumping aplicado ao policloreto de vinila (PVC) importado dos EUA e do México. O antidumping é válido para a resina PVC não misturada a outras substâncias, obtida por processo de suspensão (PVC-S), e não deverá superar a 16% o preço CIF por tonelada de cada operação de importação. “Quando isto ocorrer, o valor a ser cobrado, correspondente ao direito antidumping, deverá se limitar a 16% do preço CIF por tonelada de cada operação de importação, no caso dos EUA e 18%, no caso do México”, destaca o documento. Além da sobretaxa atrelada à medida de antidumping, o PVC é taxado em 14% via Imposto de Importação.
FOTOS: DIVULGAÇÃO/PS
LANXESS fecha acordo para compra da DSM Elastômeros
A WEG acaba de anunciar a assinatura de acordo para a aquisição da empresa Equisul Indústria e Comércio Ltda, companhia especializada no desenvolvimento e fabricação de sistemas de fornecimento ininterrupto de energia (uninterruptible power supply ou UPS), como no-breaks, retificadores, carregadores e bancos de
baterias, bem como inversores. A Equisul possui uma unidade fabril em São José (SC), conta com cerca de 50 colaboradores e deve obter receitas operacionais de aproximadamente R$ 15 milhões em 2010. Com a aquisição da Equisul, a WEG aumenta o seu portfólio de produtos e de soluções para sistemas de energia, incorporando as soluções conhecidas como critical power.
Dow anuncia parceiro na distribuição para o mercado de aditivos A Dow Brasil, por meio da divisão de Plastics Additives, anuncia a substituição de seu distribuidor da linha de aditivos para plásticos na América do Sul, a partir de 1º de janeiro de 2011. Após seis anos de relação comercial com a Foothills, a Dow decidiu pela nova parceria entre a Buntech Tecnologia em Insumos que passa a ser distribuidora exclusiva para as seguintes linhas de aditivos para plásticos da Cia: Modificadores de Impacto Acrílicos, Modificadores de Impacto MBS, Auxiliares de Processo e Estabilizantes Térmicos para PVC.
<< Dezembro de 2010 < Plástico Sul < 45
DIVULGAÇÃO/PS
Anunciantes Agenda
Activas # Pág. 19 Apema # Pág. 31 Aura # Pág. 43 AX Plásticos # Pág. 36 Borbamec # Pág. 43 Borealis # Pág. 15 Brasilplast # Pág. 37 Chiang # Pág. 25 Cristal Master # Pág. 23 Cromex # Pág. 29 Deb’Maq # Pág. 21 Detectores Brasil # Pág. 36 Dry Color # Pág. 14 Embala Nordeste # Pág. 41 Gabiplast # Pág. 44 HGR # Pág. 27 Incoe # Pág. 28 Itatex # Pág. 26 Krisoll # Pág. 38 Mainard # Pág. 43 Mecanofar # Pág. 43 Mega Steel # Págs. 02 e 03 Met. Wagner # Pág. 26 Multi-União # Pág. 30 Nuevotec # Pág. 40 Office Con. # Pág. 34 Pallmann # Pág. 33 Plastech # Pág. 35 Plastimagem # Pág. 32 Pro Color # Pág. 47 quantiQ # Pág. 18 Radial # Pág. 30 Replas # Pág. 13 Rone # Pág. 38 Rosciltec # Pág. 43 Sabic # Pág. 48 Sinergia # Pág. 43 Teck Trill # Pág. 45 46 > 46 > Plástico PlásticoSul Sul>> Dezembro Dezembro de 2010 de 2010 >> >>
Düsseldorf, na Alemannha
Nacionais Brasilplast 2011 – 13ª Feira Internacional da Indústria do Plástico De 09 a 13 de maio Pavilhão de Exposições Anhembi São Paulo (SP) www.brasilplast.com.br Feimafe 2011 - Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura De 23 a 28 de maio Pavilhão de Exposições Anhembi São Paulo (SP) www.feimafe.com.br Fispal Tecnologia 2011 De 07 a 10 de junho Pavilhão de Exposições Anhembi São Paulo (SP) www.fispal.com Plastech Brasil 2011 – Feira de Tecnologias para Termoplásticos e Termofixos, Moldes e Equipamentos De 16 a 19 de agosto Parque Mário Bernardino Ramos (Parque de Eventos Festa da Uva) Caxias do Sul (RS) www.plastechbrasil.com.br Feipack - 4ª Feira Sul-Brasileira da Embalagem De 17 a 20 de agosto Expotrade, Pinhais/Curitiba (PR) www.feipack.com.br
Embala Nordeste 2011Feira Internacional de Embalagens e Processos De 23 a 26 de agosto Centro de Convenções de Pernambuco – Recife/Olinda (PE) www.greenfield-brm.com Mercopar – Feira de Subcontratação e Inovação Industrial De 18 a 21 de outubro Centro de Feiras e Eventos Festa da Uva Caxias do Sul (RS) www.mercopar.com.br
Internacionais Interplástica De 25 a 28 de janeiro Moscow – Rússia www.interplastica.de Plásticos - Exposição Internacional da Indústriado Plástico de Buenos Aires 27 a 30 de junho Buenos Aires – Argentina Interpack - Evento Internacional de Embalagem e Processamento 12 a 18 de maio Dusseldorf – Alemanha www.interpack2011.com.br Chinaplas – Feira Comercial Asiática de Plásticos e Borrachas De 17 a 20 de maio Guangzhou – China www.chinaplasonline.com
<< Dezembro de 2010 < Plรกstico Sul < 47