Carlos Eduardo da Silva VOLUME 5. 1ª EDIÇÃO. 07/2017 ANO III
POEZ I N E-SE O 5º volume do Poezine-se apresenta a sinceridade poética de Carlos.
sobre o escritor:
Carlos Eduardo da Silva é uberabense, historiador e atualmente aluno do Curso de Licenciatura em Letras pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro/UFTM na cidade de Uberaba/MG. O autor disponibiliza seus trabalhos através da internet, podendo ser acessado em: http://carloseduardopoesias.blogspot.com.br
Volume 5. 1. ed. Ano III. jul. 2017. Tiragem: 100 unidades
Leia as edições anteriores em: www.issuu.com/poezine-se
P o e s i a s d e : Carlos Eduardo da Silva
PO E S I A OR U T U F EN S I NA Z I R T OM I MA GEM NA T I V A E - SE .
Capa, diagramação impressão e montagem: Lucas Vieira Ilustrações: Karine Rodrigues Revisão e correção: Larissa Marra Apoio: Ong ‘Cultura Roulets’, Blog ‘Roulets’ ‘Desculpe o Trasnstorno’ zine, EMABEM, La Escuta, Casa Chavela. Contato: poezinese@gmail.com vulvandreamentos@gmail.com
Realização
CULTURA ROULETS
www.facebook.com/poezineseoficial
Índice
Poesia I
1
O Que Os Olhos Não Vêem Os Corações Sentem
2
Poesia III
3
Poesia IV
4
Sono de vida
5
Poesia VI
6
Homens Frios
7
Psique
8
Poesia IX
9
Poesia X
10
Poesia XI
11
Os seios me mostram a verdade O ouro falso caminha em meus olhos A metade que me falta me invade O suor da mentira sai de meus poros Um metal que soa sem destino Acorrentado nu em uma árvore Aquela estrada com falta de brilho Correndo para ver se chego a alguma parte Tentando voar como o pássaro no ar Com medo de tudo... Inclusive da morte... Medo de cair e não ter onde pousar Tentando achar um vento... Que me traga sorte... Palavras perdidas nas esquinas dessa vida Atravessam esse abismo no corcel de fogo Destruindo uma existência em ruínas Desistindo de entrar nesse jogo.
1
O Que Os Olhos Não Vêem Os Corações Sentem
(aos meninos e meninas que foram tragados pelo crack e outros vícios, por terem os corações entristecidos ) Submundo congelado entre vícios inabalados Subjetividade sombria... Vida vazia... Emoção sem rumo... Lagarta sem casulo... Vento sem cheiro... Enfumaça a mente o dia inteiro... Embriaguez de desespero! Perdido sem fim... Sem lugar a chegar... Também não queremos sofrer Mas não precisamos à fumaça nos entregar... Deixar o mundo sujo nos tragar... (efeito ventilador... onde roda roda sem sair do lugar) Emoção congelada... lá onde a vida foi esquecida... Cria-se o muro... impede-se a saída... Mundo diabólico... onde a morte transforma-se em vida... São muitas as feridas.
2
Podem costurar minha boca Mas não podem calar as palavras... Podem queimar meus pés Cortar as minhas mãos... Mas não podem prender meus sonhos Tão pouco o coração... Podem me trancafiar para sempre Mas não podem prender meu pensamento... Pois ele é livre Como uma folha caída ao vento...
3
O som de um pensamento feliz... Uma nobreza rara! Em meio a sentimentos confusos Um rosto moreno Uma vida falsa! Sonhos entrelaçados...forma uma teia... Presa fácil de um mundo horrendo! Buraco de desespero Inevitável loucura Dessa obscura doçura! Palavras que tentam buscar um por que... Um talvez...Uma razão... Alguma palavra que transforme o coração! Mas as palavras também buscam sentido E encontram seu sentido Quando descobrem Um sincero sorriso...
4
Sono de Vida
Desmanchando os cachos feitos pelo sonho Levanto em meio um dia tristonho... Não sei a qual estrela me agarrar Não sei se devo amar ou odiar... Mas no caminho colorido Ouço um som bem convidativo... Será um encanto...Uma ilusão de meu ouvido? Ou estarei escutando cantos tão bonitos... Que até abafam os meus profundos gritos? Sim...! É a música das palavras... É a poesia... Sim! Só ela poderia encher-me com tanta alegria... Agora estou realmente acordado Vejo toda a beleza que reetia ao meu lado... Acordo para sonhar... Sim! Não existe mais dúvida...já não quero odiar... Quero amar a todos e que todos venham me amar... Não existe mais tristeza... Nem melancolia... Acabou o meu profundo sono... Está mudada a minha sina... Começou o sonho... Acabou o sono... O Sono de Vida...
5
Amordace a minha mão! Longe de tudo... Longe do escuro... do medo... Da solidão... Quero o doce... o amargo... Uma mulher ao meu lado! Entre o inferno e o céu O casebre e o castelo Um mar de deleite Destruídos com o martelo! No excesso de sombra Perderemos nossa face Escorregando as certezas no chão Acorrentando na noite trágica A mágica do coração (escravos vendidos ao dragão) Morto entre espirais e cofres Sem entender nada! Somente mais um ser... Entre o universo e a estrada.
6
Os Homens Frios
Os homens frios Gelados Corações entorpecidos Amarrados
Mas não se dão conta disso Para saírem de seu frio... Ah, homens vazios!
Carrascos de sentimentos Já corrompidos não olham para o céu Alcoolizados momentos Estão perdidos De uma solidão que corre em rios Como a bala que saiu de um tiro... Só porque já são... Os homens tristes Oh! Pobres homens frios! Os homens frios Já não existe a caverna Os homens torturados... O fogo se apagou E a vida que lhes resta Os corpos que se juntam aos seus Há muito os deixou Por mais que estejam quentes Acabam por se tornar gelados Homens frios... Sem nenhum calor...! Pois nenhum sol pode sobreviver Aonde os homens frios O ato desesperado Vierem aparecer... Fecha qualquer janela Que abra a seu lado A mata azul... Agora é cinza... E o amor que fora grande Já não aparece... Nem sequer por triste instante...
Homens frios! Homens distantes! Sentados onde não existe conforto Trazem as emoções frias... 7
Psique
Soprando os cabelos pendidos Do sonho que em outrora fora vendido... Quebro a teia de vidro e torno-me macio... Coragem da tristeza em meio Uma sombra de sol... Arranco as penas da existência Para fazer a muito custo Minha sentença... Nas galerias secretas Lá estou eu escondido Um pouco com medo... Um pouco com frio... Apareço lindo... Como o céu após a chuva Apareço sorrindo... Com a beleza que me inunda.
8
Somos um só Numa mesma dança Uma dança de anjos Abraçando-se em torno de nós... Descobrimos os segredos Derrotamos nossos medos Como o velho ancestral Com sua magia universal... O pólen de um pensamento puro Junto a estrelas perdidas... Nesse caminho somos um só Um só vento... Um só assobio... Cantamos como se não houvesse lamentos Como se não sentíssemos mais frio... Arrebentamos a gaiola de vidro Caminhamos juntos Num só corpo Num único desafio... Beijamos o céu Construímos um ninho...
9
Leves plumas de alegria Escapam de mim... Como gotas que caem após a chuva. O ar quente do caminho Revela-me o segredo... Sou como o triste passarinho Prisioneiro dos seus medos... Pulo do lugar mais baixo Mas ainda assim minha existência se machuca! Vejo uma voz perguntar no ar... “Como tudo pode piorar?” É... mais pode...Infelizmente pode! Guardo meu tesouro Já tão massacrado...Tão roubado... Baú de incontáveis tristezas... Céu de incontáveis estrelas... Dizem que é inútil sonhar... Não sei! Não sei! Mas sem sonhos O que nessa vida serei...?
10
A noite traz o seu lençol Purpúreo rosa estrelado Canção de versos antigos Brilhos incontáveis do perfeito infinito... Descanso sonolento Suave som de invento Nuvem chuvosa Molha a terra...Sorri a or... A dança mais maravilhosa Choram os olhos do amor...
11
encontre-se naquilo que te incompleta, defina-se em algo que te surpreenda, poezine-se.
volume 1
volume 2
volume 3
Lucas Vieira maio/2015
Jamila Costa agosto/2015
Rebeca Canhestro e Carolina Figueiredo junho/2016
POEZINE-SE volume 4
Maycol Mundoca junho/2017 Apoio
www.issuu.com/poezinese www.facebook.com/poezineseoficial CULTURA ROULETS
Realização