Poezine-se - Volume II - Jamila Costa

Page 1

PO E S I A OR U T U F EN S I NA Z I R T OM I MA GEM NA T I V A E - S E . II JAMILA COSTA - VOLUME 2. 1ª EDIÇÃO. 08/2015.


POEZ I N E-SE Neste 2º volume, o Poezine-se propõe a você um encontro. Reflita nas palavras poéticas da escritora uberabense e poetisa Jamila Costa. O Poezine-se surgiu de um sonho, ganhou asas e agora alça o seu primeiro voo solo. Que venham muitos outros voos, sonhos e poesias.

sobre a escritora:

Jamila Costa, 32 anos, brasileira, natural de Uberaba, casada e mãe da bela Maria Stela. O seu cadastro de pessoa física consiste nesse impresso. Se há um meio para identificá-la, escolha as palavras. Poezine-se!

Volume 2. 1. ed. Ano I. ago. 2015. Tiragem: 100 unidades Poesias de: Jamila Costa Capa e diagramação: Lucas Vieira Ilustrações: Gabi Moraes - p. 1 e 5 Leo Freitas - p. 2, 6 e página ilustrada Lucas Vieira - p. 13 Priscila Pereira - p. 3 e 4 Revisão e correção: Diego C. Ribeiro Fernanda A. Galera Larissa Marra Apoio: Ong ‘Cultura Roulets’, Blog ‘Roulets’ ‘Desculpe o Trasnstorno’ zine, EMABEM, Livraria Alternativa, La Escuta

Leia a 1ª edição com poesias de Lucas Vieira em: www.issuu.com/poezine-se

PO E S I A OR U T U F EN S I NA Z I R T OM I MA GEM NA T I V A E - S E . II JAMILA COSTA - VOLUME 2. 1ª EDIÇÃO. 08/2015.

Realização

CULTURA ROULETS

Contato: poezinese@gmail.com

www.facebook.com/poezineseoficial


Índice

1...................Josephina 2...................Um Intenso Repente 3................... Aquieta 4...................Outros Nortes 5...................Considerações 6...................Pássaros 7...................Lá Se Foi 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . I n - Ve n t o 9...................Escuta 10...................Certamente 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . F a m i n t o 12...................Triste 13...................Plantae


Josephina Os meus cabelos divididos De mulher mal resolvida Me tornaram melhor

Fizeram de mim Menina e concubina À procura de ciência Em meus músculos vagos Me rendendo à cadência dos intervalos

Tanta foi minha indecisão Que o meu coração não deu conta

Preso à ultima ponta Perplexa e quase em seu fim Dizia a mim Sobre mistério e amor Parecia com a dor Mas eu sabia que não.

1


Um intenso repente Tire da gaveta Qualquer letra Qualquer parรกbola Que revele sua farsa

Que a sua boca gasta No seu discurso solitรกrio Nos anseios de sagitรกrio Encontre minha mente casta

Variada e repetida Feito casca de ferida Que a gente sabe a dor que teve Mas espera criar a casca.

2


Lamento Que o meu lamento Exagerou

Aquieta Me acanho Que o meu momento Não chegou

Me beija Que o meu beijo Te beijou

Agora eu lhe falo O que a tua fala Nunca falou

Te deito em meu colo Que o seu colo Me calou

Assanha Que o incesto Se findou

Declama a mim seus versos Que o meu inverso Se declarou

Aquieta na ponta da vida Que a minha rima Te encantou.

3


Outros Nortes

Quando o teu silêncio Insinua reticências Me aqueço em outros parágrafos Me calo E observo outras belezas.

4


{Considerações} Os resíduos nas entrelinhas Se nunca forem retirados Os fios da sua linha Se fazem grande emaranhado

Se lágrimas escorrerem Manchando lábios de tristeza Antes de sair de casa Escute todas as incertezas

Pode ser que fale muito Pode ter discurso mudo Mas nesse mundo, É preciso introjetar para retirar

Pra conhecer e entender Até que ponto da descida Deve descer e alinhar Pra caminhar em subida

Nos lábios mórbidos da vida O silêncio fala mais alto

5


Pássaros Eles me sobrevoam Me povoam Induzem minha pele quase (intacta) ao amanhecer só pra me ver sonhar…

Povoar também a pele de outrem como alguém que sobrevoa além Só para ver revoar…

e me ditar tudo que a emoção quiser contar Aquém.

6


Lá se foi A saudade atenta, mas Pra viver subitamente A gente mente Que não se lembra mais

Se insensivelmente esquecer Dos momentos que passaram, e apenas Dos tempos imemoriais Sem perceber, partirá e nunca mais

Só o sentimento em cárcere restará Repara bem como vem o esquecimento Fora de mim, fora de nós Meus olhos bebendo seus olhos

E após Viver esse destino espaventado A vontade de chorar Que vinha de todas as coisas.

7


‘In-vento’ Eu, involuntariamente, vi o vento passar, o vi soprar

E disse a ele: - Vento que ventas, lamentas eu ser do mar Sou da maré; maré-mansa, maré de azar

Mas a minha loucura Fez ponte segura Entre a liberdade e a solidão E o meu jeito de amar Os lábios das ondas Deságua no mar de corais viscerais Deixe-me molhar me entregar desal(mar).

8


Escuta

NĂŁo posso assumir Toda loucura Porque meu inconsciente Se mistura Ă realidade Que parece verdade Toda aventura.

9


Certamente

De um certo modo, incerto Podemos transar bem todas as ondas

Já que as suas impressões Sem nexo Dentro da minha história Sem vida

Não que valha, ou que sirva Mas se lhe faço essas confissões É para aliviar a doença de senti-las.

10


Frio e sórdido

Faminto

Você vem se declarar Seu beijo, cheio de desejo tenta me alcançar

Em suas mãos noto a intenção de me acariciar E do lado de cá, tento desenrolar outras preocupações

Me ocupando em pensar Que o pensamento seu É adverso ao meu

Que pra mim, É o fim do começo. E o começo do fim

"Explicarei com cautela, o fim do começo, o começo do fim. Se é que me entende; A gente se perde, se acha, as vezes se encaixa, e se beija. Se perde outra vez, pensando no beijo, tocando o impalpável, esquecendo a rotina, se rendendo à imaginação. É o começo do fim da realidade".

11


Triste

Infeliz foi aquele Que aos quatro cantos Exclamou as contundentes expectativas Infligindo a vida e seus instantes

E sem alma Uma válvula de escape Escapou-se dos olhares E do soluço que repousava

Dizendo que a paz Fosse calma demais Para um homem de desejos Que parou no medo e só conheceu a inércia.

12


Plantae

Se quer criar raiz. Plante!

13


2º CONCURSO LITERÁRIO DE NOVAS ESCRITORAS

N e s s e E s c o l a

a n o ,

o

C O L I N E

M u n i c i p a l

a c o n t e c e

A d o l f o

n a

B e z e r r a

realização

de Menezes - EMABEM, do bairro Abadia, e para que tenhamos, também, uma versão impressa do livro, o 2º COLINE precisa de parceiros. Entre em contato: roulets13@gmail.com ou (34) 9220-8032

CULTURA ROULETS



Poezine-se

Poezine-se Poezine-se Poezine-se

Poezine-se Poezine-se

Gostaria de ter um volume com as suas poesias? Entre em contato na nossa fanpage: w w w. f a c e b o o k . c o m / p o e z i n e s e o ďŹ c i a l


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.