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Capítulo Onze ......................... JUNO

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Índice Remissivo

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O casamento é a grande coroa de Juno: Ó abençoado laço de cama e mesa!

— Shakespeare, Como Você Quiser (As You Like It), V, IV

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Como outras deusas da mitologia grega, a história de Juno (Hera) trata de conquista e subjugação da deusa do céu. Homero com freqüência descreve Hera como "Hera dos braços brancos", e a cor branca, junto com a posição de Hera como deusa do relacionamento, levou alguns mitologistas a crer que ela era originalmente a deusa em seu aspecto de Lua cheia. Seu pássaro era o pavão; seu animal sagrado, a vaca. Era associada à cidade de Argos; dizia-se que tomava seu banho anual em uma fonte sagrada perto dali, um rito que renovava sua virgindade. Outro lugar consagrado a ela era a ilha de Samos, no mar Egeu, onde passou sua noite de núpcias com Zeus — uma noite que durou trezentos anos. Quando Zeus (Júpiter) exigiu Hera como esposa, não

estava simplesmente tomando uma parceira de casamento, mas incorporando em seu domínio todo o mundo patriarcal, antes regido por sua nova noiva. Quando os invasores indo-europeus entraram na Grécia, acharam necessário incorporar muitos dos costumes religiosos e rituais já existentes no novo sistema, para que a população nativa lhes oferecesse menos resistência. De acordo com a estudiosa clássica Jane Ellen Harrison, muitos dos deuses gregos eram ritualmente casados com algum dos aspectos da deusa, para incorporar os dois sistemas82 . Dessa forma, Hera foi associada ao novo governante dos deuses, Zeus. Na esfera social humana, isso corresponde ao costume de casamentos arranjados, matrimônios de conveniência em que duas famílias, nações ou oponentes políticos poderosos concordam em uma aliança política ou social unindo suas famílias e futuros herdeiros, tradição que tem sido repetida por séculos, especialmente entre a realeza e nas famílias poderosas, como meio de aumentar seu poder e posses. Em tempos pré-Grécia, Hera era o nome pelo qual a Grande Deusa era conhecida na região de Argos. Seu casamento com Zeus lhe deu uma posição especial como um dos olímpicos; além de ser esposa de Zeus, era também sua irmã, uma das filhas de Réia engolidas por Cronos. O historiador astrológico Rupert Gleadow relata que ela regia o signo de Aquário nos tempos antigos, o que punha o próprio Zeus como seu opositor, como antigo regente de Leão83. Mas os especialistas em asteróides Zipporah Dobyns e Demetra George sugerem uma regência de Libra para Juno84. Libra, como Aquário, é o signo do lar, mas está relacionado à igualdade e Juno ou Hera relacionamentos de pessoa para pessoa, e não a relacionamentos com a comunidade como um todo, como Aquário.

82. Harrison, Jane Ellen, Prolegomena to the Study of Greek Religion, Cambridge, MA Cambridge University Press, 1922. 83. Gleadow, Rupert, The Origin of the Zodiac, Nova York, Castle Books, 1968, pp. 801. 84. Dobyns, Zipporah, Expanding Astrology's Universe, ibid., p. 61; e George, Demetra, Asteroid Goddesses, ibid., pp. 169-70.

Zeus e Hera numa moeda grega antiga, reproduzida numa nota grega de 1944. Da coleção de Michael A., Sikora

Libra realmente parece um signo adequado para a regência de Juno; seu nome foi dado ao mês de junho, um mês ainda bastante escolhido para realizar casamentos. Ela presidia à instituição do casamento e era sempre invocada nas cerimônias nupciais da Antiguidade.

Em Roma, a palavra juno para mulheres correspondia à palavra gênio para homens; esses termos diziam respeito à alma ou, mais precisamente, ao espírito vital interior ou princípio animador. Cada mulher trazia consigo parte da deusa como parte da alma. Mais tarde, a palavra juno caiu em desuso, mas gênio continuou comum, o que talvez tenha dado aos Pais da Igreja do início da Idade Média a idéia de que as mulheres não tinham alma85. Uma distinção de Juno era ser uma das únicas duas deusas (além da deusa do amor, Afrodite) no Olimpo legalmente casada. Seu casamento com Júpiter era tempestuoso e turbulento; a mitologia grega está cheia de histórias de suas brigas: as recorrentes infidelidades dele, os ataques de ciúmes dela e suas tentativas mútuas (com freqüência bem-sucedidas) de vingar-se um do outro. Podemos nos perguntar por que Júpiter, que podia ter qualquer mulher no mundo ou deusa no céu, continuava com um relacionamento desses. Mas, se não fosse casado com Juno, Júpiter não seria ele mesmo, pois Juno é a personificação

85. Walker, Barbara G., The Woman's Encyclopedia of Myths and Secrets, San Francisco, Harper and Row, 1983, p. 484.

da polaridade feminina de Júpiter, assim como Júpiter é a personificação do lado masculino de Juno. Sua força e temperamento davam poder a ele e vice-versa. Seu relacionamento é um protótipo da importância que o casamento, não importa o quão turbulento seja, tem para um líder político de alta visibilidade ou monarca.

Seu casamento não era sempre tempestuoso. No início, Júpiter cortejou e seduziu Juno, perseguindo-a muito apaixonadamente. Ela tentou resistir, mas acabou por sucumbir a seus avanços. Contudo, não estava feliz em ser a esposa de alguém, mesmo de Júpiter. Preferia viver como as mulheres viviam antigamente, na era da Deusa, livres e independentes, buscando relações abertamente em seus próprios termos. No início de seu casamento, ela ficou cansada da arrogância de Zeus e de seus modos senhoris. Reuniu todos os outros olímpicos em uma conspiração — a única que não participou foi Héstia (Vesta), a mística e reclusa deusa do fogareiro. Zeus foi amarrado enquanto dormia. Hera tomou controle do monte Olimpo; havia uma rainha dos deuses, e não mais um rei. Mas, Tétis, deusa do mar, teve pena de Zeus e chamou o gigante de cem braços, Briaréu, para libertá-lo. Enfurecido pela traição de Hera, Zeus pendurou-a no céu, com os tornozelos atados em correntes de ouro. Os outros deuses ficaram embaraçados ao vê-la daquele jeito, pendurada no abismo do céu, contorcendo-se e gritando; mas tinham medo de reclamar com o irado Zeus. Hefesto, filho rejeitado de Hera, finalmente convenceu Zeus a libertar sua mãe. Zeus continuou a ser seu esposo, mas deixou-a sempre sob vigilância86 .

Já se sugeriu que a posição de Juno no horóscopo relaciona-se ao potencial de casamento de um indivíduo. O estudo feito em casamentos de longa duração revelou que o Juno de um parceiro em aspecto com o ascendente/descendente (o eixo na astrologia relacionado a relacionamentos e casamento) da outra pessoa era o aspecto que ocorria com mais freqüência nos mapas desses casais87. Mas, não importa a posição que ocupa no mapa individual, deve-se admitir que o casamento de Juno com Júpiter era normalmente tempestuoso. Como ela representa a instituição do casamento e sempre foi evocada para abençoar as núpcias, sua posição deve ser sempre levada em consideração ao se estudar os mapas daqueles que desejam se casar, além de sua posição na data pretendida. Aspectos harmoniosos de outros planetas principais com Juno ajudam a prever um futuro positivo para o casal.

O ciúme e o espírito de vingança de Juno em relação a Júpiter não se baseavam apenas em seus freqüentes casos extraconjugais. Tinha também a ver com o fato de que ele continuamente mentia para ela

86. Graves, Robert, The Greek Myths, ibid, Vol. 1, pp. 50-5. 87. Guttman, Ariel, Astro-Compatibility, Euclid, OH, RKM Publications, 1986, pp. 1114.

sobre suas escapadas. Como amante, usava muitos disfarces, pensando que estava enganando todo mundo. A humilhação de Juno aumentava a cada novo caso, depois do qual Júpiter voltava para casa e lhe pedia perdão, apenas para repetir suas infidelidades novamente. Talvez, no início, Juno tenha perdoado uma ou duas violações ao sagrado voto do casamento, mas, quando o contrato começou a ser repetidamente violado, não havia mais como aceitar ou perdoar. Padrões similares entre indivíduos modernos podem atingir o ponto em que a irritação vira raiva, a raiva vira doença e algumas vezes alguém é consumido, mata ou é morto por causa disso. A freqüência de crimes passionais atualmente indica uma disfunção coletiva de Juno.

Em um dos mitos, a ira de Hera fica visível de um jeito muito gráfico. Algumas histórias falam do monstro Tifão como filho de Gaia, morto em combate com Zeus. Mas, outra versão conta que a monstruosa serpente ou dragão era filha de Hera. Espumando de ciúme por ter Zeus dado à luz Palas Atená de sua cabeça, ela mesma deu à luz, sem intervenção masculina, Tifão. A serpente é macho, mas no mito é associada — ou talvez confundida — com Píton, a serpente fêmea de Delfos. Por isso, em algumas versões da história délfica, Apolo, o filho favorito de Zeus e herói patriarcal, mata um monstro nascido do ciúme e da raiva da rainha do céu.

Assim, o aparecimento de Juno em um mapa pode não se relacionar estritamente a casamento; também representa a raiva emocional interna que se desenvolve e entra em combustão quando o ser amado engana, trai ou desrespeita seus votos de lealdade e devoção. Isso é algo que ocorre freqüentemente no jogo do amor e do casamento. Não importa o quanto o amor possa ter sumido do relacionamento ao longo dos anos, quando um dos parceiros abandona o outro por outra pessoa (seja por uma noite ou permanentemente), a ira de Juno pode ser sentida.

Hebe

Outra dinâmica do casamento entre Juno e Júpiter ilustra o notório padrão duplo, ainda em evidência hoje. Para Júpiter, ele podia ter tantas ligações sexuais quanto desejasse, mas não era assim para Juno. As Junos dos tempos modernos que se queixam das infidelidades do parceiro, mas se recusam a fazer qualquer coisa a respeito, ou que descarregam sua raiva sobre a amante e não sobre o esposo, são exemplos de um princípio de Juno desregulado no mapa.

Há muita repressão sexual na natureza de Juno. Embora uma história conte que o profeta Tirésias foi cegado por Palas Atená, outra história põe a culpa em Hera. Conta-se que Zeus e Hera uma vez tiveram uma discussão sobre quem tinha mais prazer no sexo — o homem ou a mulher. Zeus, o eterno playboy, dizia que as mulheres tinham muito mais prazer no ato do que os homens. Hera, simplesmente, insistia que os homens faziam o que queriam com as mulheres e as deixavam sem nada. A discussão ficou mais séria. O casal apelou a Tirésias para resolver a disputa, porque ele vivera tanto como homem quanto como mulher. Tirésias respondeu, sem hesitar, que as mulheres recebiam nove vezes mais prazer do que os homens. Hera, ainda se recusando a admitir que tinha prazer no sexo, deixou-o cego.

É interessante notar que o casamento entre Júpiter e Juno produziu muito poucas crias e que seus filhos, especialmente Marte, incorporavam

O casamento de Júpiter e Juno

os aspectos tempestuosos e atormentados do relacionamento de seus pais — exceto Hebe, que pode ter sido, antigamente, o aspecto de donzela de Hera, e que se tornou copeira dos deuses. Os filhos mais interessantes e poderosos de Júpiter foram filhos de outras deusas ou mulheres mortais. Juno deu à luz Marte e Vulcano (Hefesto) e não tinha afinidade particular com nenhum deles; assim, seu papel no horóscopo pode ser o de alguém mais preocupado com relacionamentos de casal do que com relacionamentos pai/filho.

De fato, o relacionamento de Juno com seus filhos, especialmente com o talentoso Vulcano, aponta para um dos complexos mais freqüentemente associados a esse arquétipo. Juno é, afinal de contas, uma rainha — e o trono dourado de Hera era um dos principais símbolos da deusa. E uma rainha deve ter algo sobre o que reinar.

Embora Juno costume ser um planeta ou arquétipo problemático, não deixa de ser um tema comum. É, algumas vezes, a "esposa social" que avalia a vida de acordo com a posição que consegue. Essas pessoas constroem para si um pequeno reino em sua própria comunidade e precisam deixar que todos saibam que estão sentadas num trono de ouro. Para uma mulher desse tipo, o casamento com um médico ou

Hefesto, filho de Hera

com um advogado representa sucesso, enquanto o casamento com um mecânico ou com um porteiro representa um fracasso. Não importa se o médico é alcoólatra ou se o advogado bate nela. Não importa se o mecânico é o mais gentil dos homens ou o porteiro é um poeta promissor. Um homem com esse tipo de complexo de Juno pode escolher a líder de torcida arquetípica ou a garota de sociedade, negligenciando suas necessidades emocionais reais para conseguir uma parceira que saiba agir corretamente na esfera social. O relacionamento, seu sucesso ou fracasso, é definido puramente em termos de posição social.

Essa importância dada à aprovação social é freqüentemente estendida aos filhos de Juno. Quando Hefesto nasceu, sua mãe Hera ficou chocada ao vê-lo deformado, feio, repelente. Enojada, atirou-o longe. Ele caiu do céu dentro do mar. Ali as antigas deusas do mar, Tétis e Eurínome, encontraram-no, amaram-no, criaram-no. Deram-lhe uma caverna nas profundezas do oceano e foi ali que seu gênio artístico começou a surgir; ele tirava pedras preciosas do fundo do mar e as engastava em broches de ouro e prata. Tétis usou uma dessas belas peças de joalheria em uma visita ao monte Olimpo, cerca de nove anos depois. Hera ficou fascinada pelo trabalho e forçou Tétis a revelar quem havia feito aquilo. Então chamou de volta seu filho rejeitado do fundo do mar e lhe deu uma fabulosa ferraria no próprio monte Olimpo — com a ordem tácita de fazer jóias para sua mãe.

O amor da pessoa de Juno por seus filhos é muito condicional — eles têm de atender a suas expectativas sociais para merecerem afeição. Hefesto era feio, e de forma alguma tinha a aparência de um deus — por isso, Hera o jogou fora. Quando o filho da pessoa de Juno se torna um grande atleta ou o orador da classe, quando passa no vestibular para Direito (assim como seu pai), o genitor apenas sorri. Esses genitores podem ignorar a criança ou tratá-la mal se ela não vai bem na escola ou não tem jeito para esportes, o mesmo se preferir ser jardineiro em vez de médico. Juno adorará a bela filha que é líder da torcida e parece perfeitamente madura para arranjar um bom casamento — e a expulsará imediatamente se ficar grávida antes de terminar o colegial.

Mas, ao final, quem sofre é Juno. Essas pessoas buscam o amor, seja do parceiro ou dos filhos, mas seu amor depende de posição social ou sucesso — que tipo de lealdade elas poderiam esperar? Hefesto, quando chegou ao Olimpo, odiava sua mãe tão profundamente que a acorrentou ao trono de ouro. Recusou-se a soltá-la até que Zeus lhe prometeu Afrodite em casamento. O perdedor, o rejeitado, se deu bem no final. Mas, para fazê-lo, foi obrigado a rebelar-se contra a mulher que fizera dele, bastante literalmente, um rejeitado. Quando as pessoas de Juno concentram toda a sua atenção naquilo que querem que seus filhos sejam ou realizem, e conseqüentemente deixam de lado o problema de saber quem aqueles pequenos estranhos realmente são,

quase certamente conseguirão o ressentimento de seus filhos, que lutarão raivosamente contra o status e a respeitabilidade social que tanto importam a Juno. O vagabundo, o marginal, o delinqüente juvenil — assim como o artista, o roqueiro, o poeta —, todos eles provavelmente têm Juno como um dos genitores.

Por muito tempo, Vênus foi erroneamente associada ao casamento no horóscopo. Isso pode ser devido ao fato de que, por séculos, ela e a Lua eram os únicos planetas femininos no mapa. Mas, com a adição de quatro asteróides maiores, as funções próprias puderam ser devolvidas às deusas apropriadas. Enquanto Vênus é associada a amor e romance, não é, de forma alguma, admiradora do casamento. De acordo com as histórias de seu relacionamento com Júpiter, poderia parecer que Juno tem pouquíssimas razões para apreciar a vida conjugal, mas mitologicamente ela rege essa instituição. Tipicamente, Juno no mapa astral representa o tipo de parceiro ou o tipo de casamento desejado. Se há dignidade e signos de exaltação de Juno, eles provavelmente seriam Libra e Escorpião, os signos mais associados à formação de casais.

Se Juno está em uma posição "fraca" no horóscopo, talvez afligida por planetas poderosos como Júpiter, Saturno, Plutão ou mesmo o Sol ou Marte, a pessoa pode ter uma relação ou relações cheias de desonra e humilhação; pode ser sujeita à vitimação nas mãos de um parceiro demasiado poderoso ou ameaçador para ser desafiado. Claro, é possível que homens também se encontrem nessa situação. Até recentemente, esses papéis negativos de Júpiter/Juno eram tipicamente representados por um homem dominante no mundo profissional ou político (Júpiter), casado com uma mulher que vivia em sua sombra (Juno). Mas, recentemente tem sido bastante provável que a mulher represente Júpiter, com uma carreira poderosa e dinâmica e poder ameaçador sobre o marido, que se sente insuficiente ou impotente. Também é verdade que muitas mulheres com o arquétipo de Juno forte vivem na sombra de seus maridos e ficam gloriosamente contentes com essa posição88. Outras permanecem no relacionamento por medo, vergonha ou culpa, sentindo que não têm alternativa.

Freqüentemente se nota, em comparações de mapas, que contatos de Juno de um mapa para outro "amarram" um casal de maneira inexplicável. É definitivamente importante averiguar esses contatos de Juno, ao se examinar a significância astrológica de um relacionamento. Os aspectos de Juno com planetas, outros asteróides e particularmente os ângulos do mapa de um parceiro em potencial dão pistas sobre o que esperar do casamento e como fazê-lo funcionar.

88. Bolen, Jean Shinoda, Godesses in Everywoman, ibid., pp. 139-67.

Juno era uma poderosa chefe de Estado, rainha do Olimpo, por ser a primeira das filhas de Réia a emergir das mandíbulas de Saturno. Há muitos indivíduos de Juno que, por alguma razão, decidem "casar-se" com suas posições na vida, em vez de escolher outro indivíduo. As posições escolhidas por Juno, não importa em qual área, envolverão, tipicamente, poder. As lutas pelo poder, similares àquelas entre Juno e Júpiter, podem também envolver os pais, superiores hierárquicos ou mesmo irmãos e namorados. Isso não quer dizer que Juno sempre estará no poder, mas, quando Juno é dominante no mapa de uma pessoa, ela provavelmente experimentará ambos os lados do jogo de poder — como alguém que é inicialmente explorado pelo sistema (talvez devido à discriminação sexual, racial ou outra), mas que tem a força, a vontade e a determinação (e por vezes o espírito de vingança) para lutar e acabar por dominar um sistema que outrora o subjugara.

Assim, Juno no mapa astral descreve, na pior das hipóteses, sentimentos de vitimação ou ciúmes em relacionamentos devido ao excesso de entrega ao poder do outro para salvar a relação; e, na melhor das hipóteses, um poder realmente centrado na pessoa, revelando um carisma e um magnetismo que são transmitidos a todos que entram em contato com ela.

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