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Capítulo Trinta e Dois..............AQUÁRIO

AQUÁRIO, o Carregador de Água SIGNO: Aquário, o 11º Signo Zodiacal MODO: Fixo - ELEMENTO: Ar - REGENTE: Urano OUTROS ARQUÉTIPOS MÍTICOS: Saturno - Juno - Osíris, Ísis e Hapi (Egípcios) - Gilgamesh e Utnapishtim (Sumérios) - Ganimedes - Hebe - Prometeu - Pandora

O Nilo começa a se encher em julho, no mês de Leão. Essa é a época do ano em que Aquário ascenderá no pôr-dosol — ou, para dizer de outro modo, quando a Lua estará cheia em Aquário. Portanto, não se deve surpreender que esse signo fosse originalmente associado à cheia do Nilo252 . Em sentido simbólico, os egípcios pensavam no Nilo como o deus Osíris fecundando a deusa Ísis, que simbolizava a terra egípcia. O mito de Osíris trata da morte, do desmembramento e da ressurreição final desse deus. Um dos mais sagrados santuários do antigo Egito fica no Templo de Elefantina, venerado como o início simbólico (embora não verdadeiro) do Nilo. Ali era guardada uma relíquia especialmente sagrada, o osso da canela do deus Osíris. Ali perto, na ilha de Philae, havia um baixo-relevo que representava Hapi, o deus do Nilo, derramando a água da vida de dois

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252. Fagan, Cyril, Astrological Origins, ibid., pp. 114-15.

vasos. A imagem de Aquário mostra o carregador de água derramando as águas da vida; e a canela é associada a esse signo em astrologia médica253. Para os antigos egípcios, portanto, Aquário representava o poder espiritual vital que renova e fertiliza todas as coisas.

O signo tinha também poderosas associações entre os babilônicos. Como vimos, os quatro signos fixos do zodíaco aparecem repetidamente no mito babilônico, especialmente no épico de Gilgamesh e no

Livro de Ezequiel em hebraico, composto na Babilônia durante o cativeiro. Enquanto os outros três signos fixos são representados por animais, Aquário adquire uma distinção particular, já que é representado por um ser humano. No épico de Gilgamesh, esse ser humano tem um nome e uma história.

Gilgamesh perdeu seu melhor amigo, Enkidu, seu companheiro de armas. Tentando devolver Enkidu à vida, Gilgamesh saiu em busca da erva da imortalidade. A Deusa enviara um touro contra ele (Touro) e, durante sua demanda, venceu um bando de leões (Leão) e atravessou o portão onde três homens-escorpião montavam guarda (Escorpião). Esses são os primeiros três signos da cruz fixa que Gilgamesh teve de dominar antes de poder chegar ao outro mundo onde vivia o imortal Utnapishtim, que podemos reconhecer como Aquário. Utnapishtim anteriormente fora mortal, mas apenas ele ouvira as vozes divinas avisando da destruição do mundo. Utnapishtim construiu um barco e salvou-se assim da inundação que assolou o mundo. Utnapishtim é a forma

Osíris

253. Lamy, Lucy, Egyptian Mysteries, Nova York, Crossroad, 1981, p. 5.

Suméria ou babilônica de Noé e a história da inundação em que representa esse papel principal é o protótipo da história do Dilúvio em Gênesis. Por causa de sua obediência à vontade divina, Utnapishtim recebeu a vida eterna e a guarda da erva da imortalidade.

O épico conta como Gilgamesh ganhou a erva da imortalidade e a perdeu novamente — pois, afinal de contas, a humanidade ainda não ganhou a imortalidade254. Mas, novamente encontramos uma figura mítica associada tanto ao dilúvio quanto à renovação ou imortalidade. Utnapishtim, Hapi e Osíris incorporam todos o mesmo arquétipo.

Os gregos contavam uma história bastante diferente. Associavam Aquário a Ganimedes, o Ganimedes belo rapaz troiano que atraiu a atenção de Zeus (Júpiter). O rei dos deuses desceu do Olimpo em forma de águia e levou Ganimedes para torná-lo o copeiro dos deuses255 (a outra copeira era Hebe, a donzela filha de Hera, que incorporava muitos dos atributos de sua mãe). Os deuses viviam de néctar e ambrosia e presumivelmente era a ambrosia que Ganimedes derramava de seu copo. Ambrosia é equivalente ao sânscrito amrita, que significa "a bebida da imortalidade". Essa era a mesma substância mágica que vimos em poder de Utnapishtim. O significado de Aquário está ligado ao conceito de uma substância divina que alimenta toda a vida. Essa substância é descrita variadamente como as águas da vida, uma erva ou uma bebida vivificantes. _________________________________________________________

254. Sandars, N.K., trad., The Epic of Gilgamesh, ibid., pp. 97-107. 255. Graves, Robert, The Greek Myths, ibid., vol. 1, pp. 115-18.

Rei Seti I oferece vinho diante de Osíris. Atrás de Osíris estão Ísis e Hórus

Uma interpretação atual diz que Aquário rege a eletricidade e que o glifo desse signo (K) deve ser compreendido como ondas elétricas, e não como água. Em nosso mundo científico, concebemos a substância vivificante como uma quantidade vital, elétrica, de energia cósmica, não mais como uma beberagem mágica. E também vemos os aspectos tecnológicos altamente avançados de nosso mundo como inebriantes — talvez até demais. Além disso, sem os avanços científicos aquarianos que foram prenunciados desde os dias da descoberta de seu planeta regente, Urano, o mundo ainda estaria meio adormecido. Estando entre o segundo e o terceiro milênio da era cristã,* já percebemos como estender a vida (transplantes de coração, fígado e rins), como criar vida em laboratório (bebês de proveta) e como destruir a vida em questão de segundos (energia atômica). Certamente, a imortalidade de proveta não pode estar muito distante nesta época em que o homem brinca de ser Deus.

Embora Aquário sempre tenha sido associado com as águas da vida, a verdadeira interpretação do signo mudou muito ao longo dos séculos — o que não surpreende, tanto que a regência também mudou. O regente olímpico do signo era Juno, a deusa do casamento — um

* N. do E.: Lembramos que a edição original desta obra foi publicada em 1993, daí referências a essa época.

significador que pode parecer estranho para nós atualmente, já que normalmente pensamos que os aquarianos fogem do casamento porque este limita sua liberdade256. Vale lembrar, porém, que as regências olímpicas eram arranjadas em pares de opostos, e que Leão, o signo oposto a Aquário, era regido por Júpiter, o esposo de Juno. Também é apropriado que, conforme nos aproximamos da Era de Aquário, os princípios de liberdade e igualdade sejam honrados acima de tudo. A associação de Juno com Aquário sugere que a humanidade não seja libertada de suas trevas até que o homem e a mulher estejam unidos como iguais, no casamento e nos assuntos mundanos.

Na astrologia moderna, o planeta recém-descoberto (1781) Urano rege Aquário. Se examinarmos Urano de perto no mito, descobriremos que seu comportamento não se encaixa absolutamente na imagem que fazemos desse iluminado signo. Também não encontraremos muita correlação com o antigo regente, Saturno. Porém, descobriremos dois deuses com incríveis capacidades vivificantes e procriativas, os deuses das primeira e segunda gerações que deram origem a todas as gerações subseqüentes. O problema surgiu quando eles não puderam retirar-se de boa vontade e deixar que seus filhos tomassem a frente. Seguraram-se firmemente em suas posições de poder, pois sem essa posição se sentiam inúteis, inadequados. Isso relembra o tremendo potencial criativo inerente a Aquário (ideologistas, inventores, artistas) e também sua fixidez. Esses futuros pensadores e visionários que podem nos empurrar para a frente tão rapidamente podem também ter grande dificuldade em desistir de antigas idéias, opiniões ou posições, mesmo quando já é hora de se retirarem. Podem permanecer rigidamente presos a um modo de pensar para sempre, e é, provavelmente, por isso que se diz que seu planeta regente, Urano, que despedaça conceitos velhos e desusados, cria um terremoto em nossa vida quando está em um trânsito importante.

Na astrologia clássica, porém, Saturno regia esse signo; textos astrológicos muito antigos descrevem os aquarianos em termos saturninos257. Essa imagem também nos parece estranha, pois atualmente vemos o comportamento aquariano como oposto a tudo o que é tradicional ou saturnino. Ocasionalmente, porém, ainda podemos encontrar aquarianos cautelosos, conservadores e melancólicos, ou quietos, pensativos e profundos. Ronald Reagan certamente incorpora o lado cauteloso e conservador do aquariano saturnino em sua filosofia, mas demonstra o lado carismático de Aquário em sua personalidade. Por outro lado, o aquariano Abraham Lincoln deve ser visto como saturnino em sua aparência, melancolia e na profundidade de seu pensamento.

256. Gleadow, Rupert, The Origin of the Zodiac, ibid, pp. 80-1. 257. Lilly, William, An Introduction to Astrology, ibid.

Pandora, antes de deixar o monte Olimpo

Suas idéias, porém, encaixam-se mais propriamente em nossa imagem atual de Aquário como o profeta, o reformador social e o livrepensador. Essas qualidades são características de Prometeu, o divino rebelde do Olimpo que "roubou o fogo dos deuses" (ver Urano).

Essas imagens mutáveis de Aquário ilustram um ponto importante. Podemos pensar nos arquétipos do inconsciente coletivo como imutáveis; mas não o são. Mesmo as grandes imagens adormecidas na mente de toda a humanidade estão sujeitas a mudanças. Elas mudam gradualmente ao longo dos séculos; mas, como o deus do mar Proteu, que podia mudar de forma à vontade, eles têm uma flexibilidade que os permite responder às necessidades da humanidade em um dado momento. Durante os últimos duzentos anos, a mente coletiva formulou uma nova imagem de Aquário para que se encaixasse na era astrológica vindoura. Se o signo agora representa a liberdade, a união da ciência e da magia e o poder da individualidade equipada para o serviço de um todo maior, essas são as qualidades de que nós, coletivamente, mais necessitamos.

Assim, como notamos em Urano, Prometeu talvez seja o arquétipo mais adequado para esse signo. Devemos lembrar que Quíron deu sua vida para que Prometeu pudesse ser libertado de seu tormento. Aqui vemos uma associação entre Sagitário ou Virgem (Quíron) e Aquário (Prometeu). Ambas as figuras míticas devotaram grandes serviços à humanidade, ambos sofreram e desejaram libertar-se de seu próprio sofrimento mundano. Há um aspecto desses três signos associado à liberdade, especialmente ao tipo de liberdade que vem da transcendência da vida corporal e terrena. A principal diferença é que Sagitário, o signo do fogo, busca a liberdade física através de amplos espaços vazios para perambular, enquanto Virgem, um signo da terra e outro lar de Quíron, busca a libertação espiritual das exigências físicas como um todo — a transmutação do corpo (terra). Aquário, o signo do ar, busca a liberdade de pensamento e, se não consegue obtê-la, sente-se acorrentado, assim como Prometeu.

Pandora é outro arquétipo adequado para Aquário; no Tarô Mítico, Pandora é representada na carta A Estrela, a associação do Tarô com o Aquário astrológico258. Pandora também se relaciona a Prometeu. A ação de Prometeu de roubar o fogo e entregá-lo aos mortais foi o que irritou Zeus. Como conseqüência Zeus mandou que o deus-ferreiro, Hefesto, criasse Pandora e sua caixa. Dizendo-lhe para não abrir a caixa, Zeus teve a certeza de que ela ignoraria a ordem e assim soltaria todos os males que ali havia sobre a humanidade. Ter

258. Sharman-Burke, Juliet e Liz Greene, Mythic Tarot, ibid., pp. 69-71.

aberto a caixa deixou Pandora em apuros e esse ato de curiosidade pode parecer mais com Gêmeos do que com Aquário. Mas há uma diferença entre a incansável curiosidade da mente jovem em Gêmeos e a curiosidade aquariana que fez com que Pandora abrisse a caixa. A caixa selada é um lugar de escuridão, medo ou ignorância. Assim, sua abertura representa a iluminação e o conhecimento. Quando Pandora abriu a caixa, saíram de lá todos os males e a pestilência do mundo infligidos pelos deuses sobre a humanidade. A única coisa que sobrou na caixa foi a esperança. A esperança, bem como o conhecimento e a iluminação da humanidade, é o que acabará por espantar a escuridão, o medo e a ignorância, e é o principal ingrediente na cura ou transmutação de todos os males, sejam infligidos pelos deuses ou obra do homem.

Os signos do ar, como já observamos (ver Capítulo Vinte, "Os Elementos", seção "Ar"; Capítulo Vinte e Quatro, "Gêmeos"; e Capítulo Vinte e Oito, "Libra"), têm dificuldades em manter uma boa relação com o corpo. O corpo refere-se ao corpo físico e à vida na Terra em geral. O ígneo olhar sagitariano sempre foi dirigido para cima, para algum lugar distante, enquanto em Capricórnio atingimos o alto da montanha (o capricorniano Martin Luther King: "Estive no alto da montanha!") Em Aquário, o deus ou deusa está derramando o cântaro sobre a terra, indicando que o conhecimento existe no plano celeste e deve ser transmitido aos terrestres. Esse é o comprimento de onda de muitos aquarianos; os que não travaram contato apropriado com suas informações, ou que acham, assim como Lincoln, que as deram de presente a um mundo que ainda não estava preparado para recebê-las, se vêem em um lugar solitário e isolado e, portanto, fora de harmonia com a "vida na Terra". Prometeu descobriu o quão solitário se pode estar no alto da montanha.

Aquário, na mandala astrológica, mantém uma importante relação com Leão. São opostos polares e dependem um do outro para muitas funções-chave. Em Leão, observamos que a terra era um símbolo primordial; em Aquário, é a circulação do sangue. Se nosso sistema circulatório está funcionando mal, não estamos recebendo sangue suficiente no coração; assim, nossos sinais vitais enfraquecem e podemos até morrer. Coágulos sanguíneos são uma manifestação da energia aquariana disfuncional. A circulação também inclui a sobrevivência das células cerebrais para receber novas informações. Quando a estimulação do cérebro está obstruída, ocorre a estagnação mental. Dessa forma, tumores cerebrais, coágulos, endurecimento das artérias e ataques cardíacos são todos relacionados a essa polaridade Leão/Aquário. Quando um indivíduo pára de pensar, ele pára de crescer. E para os aquarianos não basta apenas receber informações. O cântaro está virado para baixo — ele deve retransmitir essa informação para os outros para que eles não tenham de viver na escuridão.

Em Aquário, em que princípios universais — e não pessoais — são enfatizados, o temperamento inflamado, ígneo, do Sol está em detrimento, pois ele encontra pouca satisfação em um signo em que todos são considerados iguais. Pessoas com a Lua em Aquário não têm problemas em apenas existir — isso é natural para eles. Essas pessoas gostam de travessuras e precisam manifestar toda a irresponsabilidade quanto possível no processo. Dependendo de seu temperamento, podem preferir as florestas ou a grande tela verde do computador, mas precisam dessa absorção infantil do jogo.

Mercúrio em Aquário pode ser brilhante. Esse tipo de gênio destaca-se entre os amiguinhos A carta A Estrela de um baralho de Tarô por seus prodigiosos dons, assim francês do século XIX como Hermes ao inventar a lira. Vênus em Aquário ama de um modo que, para muitos, é demasiado cerebral e desprendido; mas essas pessoas genuinamente sabem como encontrar sua alegria nos relacionamentos de um modo bastante único. Marte em Aquário pode ser brilhante tanto física quanto mentalmente, pois todo o sistema da pessoa está cheio de criatividade uraniana. Pessoas com essa posição serão provavelmente bastante individualistas, do tipo que é contra o sistema apenas pelo gosto de ser do contra.

Com Ceres em Aquário, não há exatamente uma ligação maternal em nível emocional. Uma separação prematura dos pais provavelmente produzirá um pensador ou um agente independente que será brilhante em sua área. Palas Atená, assim como Mercúrio, pode ser brilhante nesse signo e pode sofrer o mesmo isolamento em suas relações íntimas com outros, mas será vista como líder. E, se Hermes inventou a lira, Atená dava presentes práticos, como a oliveira. Juno recebeu a regência sobre Aquário no sistema olímpico e essa é uma posição que poderia pressionar a igualdade em todos os tipos de relação humana. Vesta poderia produzir um genuíno visionário com uma natureza sexual irregular, mas altamente carismática.

Júpiter em Aquário pode produzir o reformador social, pois a visão ampla do deus-céu alcança mais longe que o normal nesse signo. Mesmo o mais conservador dos mortais deve, com essa posição, ter uma mente mais aberta que a maioria. Saturno está no signo de sua antiga regência em Aquário; essa posição sempre foi associada a liderança, seja política ou outra, mas esses líderes têm uma espécie de melancolia nascida de seu isolamento no cume da montanha.

Quando Quíron está na Décima Primeira Casa ou combinado com Urano ou Aquário, forma-se um posicionamento poderoso e mítico, com influência direta em nossa capacidade de atravessar a ponte entre Saturno e os planetas exteriores e liberar as energias uranianas. De 1952 até 1989 esses dois planetas estavam em oposição, o que implica toda uma geração para a qual a busca prometeana — a libertação do Eu — é de enorme importância. Quando Urano está em Aquário ou na Décima Primeira Casa, está em sua casa natural. O idealismo futurista, a inventividade e o iconoclasmo desse planeta estão no auge aqui. Tanto o príncipe Charles quanto seu filho, o príncipe William, os futuros reis da Inglaterra, têm esse posicionamento. O príncipe Charles já foi vítima do fogo dos conservadores por causa de alguns de seus conceitos nada tradicionais e muito pessoais. Netuno na Décima Primeira Casa, assim como Urano, certamente dará origem ao idealismo social, embora o netuniano possa ter trabalho para trazer sua visão para um nível prático, mundano. Plutão na Décima-Primeira casa pode emprestar seu poder obsessivo tanto a ideologias quanto a grupos na vida do nativo; essas pessoas precisarão identificar-se com elas próprias e não com seus amigos e filosofias.

Diz-se que os aquarianos estão à frente de seu tempo, e por isso levemente fora de sincronia com o mundo que os rodeia. A Revolução Industrial, um período na história que se seguiu à descoberta do planeta regente de Aquário, Urano, em 1781, introduziu a chamada Idade das Luzes — ou, ao menos, a Era da Tecnologia. Desde aquele tempo, os astrólogos afirmam que estamos entrando na cúspide da era de Aquário. E, embora ainda não estejamos plenamente nela, certamente estamos na transição. Já que uma era astrológica leva 2100 anos para se completar, a cúspide pode durar cerca de duzentos anos, e nessa cúspide ou período entre duas eras temos vivido desde o final do século XIX. No mundo de hoje, muitas idéias e invenções aquarianas (notadamente as dos aquarianos Thomas Edison e Nikola Tesla*) vieram à luz, tendo como efeito geral fazer o mundo parecer fácil de compreender. As tecnologias aquarianas produziram tanta informação sobre nosso mundo (chamamos à nossa época Era da Informação), e outros mundos,

* N. do E.: Sugerimos a leitura de As Fantásticas Invenções de Nikola Tesla, de David Hatcher Childres e Nikola Tesla, Madras Editora.

que não mais precisamos viver com medo do inimigo ou do desconhecido. Mesmo assim, muitos ainda o fazem. Enquanto os líderes mundiais estiverem preocupados em fazer guerras, enquanto nações ainda viverem na pobreza, na ignorância e sem abrigo, enquanto as pessoas ainda tiverem medo umas das outras, enquanto indivíduos e nações que têm abundância estiverem acumulando os recursos da terra sem compartilhá-los com os necessitados e enquanto existirem ainda preconceitos raciais e religiosos, ainda não estaremos vivendo na era de Aquário. Mas os conceitos de Aquário têm ficado mais fortes conforme cada nova década se desdobra, e a humanidade está vagarosamente dando a grande virada que expulsará a fome e a doença, criará a paz e a liberdade e dissolverá as fronteiras políticas e raciais, de forma que poderemos realmente ver que cada indivíduo é parte de um todo, tão importante quanto qualquer outra.

Urano entra em seu próprio signo em 1995, onde ficará por sete anos. Netuno se seguirá, entrando em Aquário em 1997, por catorze anos. Baseado nas elevadas vibrações de Urano e Netuno nesse signo humanitário, voltado para o futuro, os primeiros anos do terceiro milênio devem ser bastante significativos em termos de atingir uma nova espiral de realização evolucionária para a humanidade.

Sereia tocando harpa, do Kimstbüchlin de Jost Amman, publicada por Johann Feyerabend. Frankfurt, 1599

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