15 minute read

Capítulo Vinte e Sete...............VIRGEM

VIRGEM, a Virgem SIGNO: Virgem, o 6º Signo Zodiacal MODO: Mutável - ELEMENTO: Terra - REGENTE: Mercúrio OUTROS ARQUÉTIPOS MÍTICOS: Core (Perséfone) - Deméter (Ceres) - Astréia - Ísis - Maria - Quíron - Héstia (Vesta) - Ártemis

Virgem, junto com Touro, tem as mais ricas associações místicas dentre todos os signos. Para os gregos e romanos, Virgem era associada à deusa Astréia, símbolo da justiça. Ela reinava sobre a terra durante a Era Dourada (ver Saturno). Quando a humanidade declinou para seu atual estado de corrupção, ela retirou-se do mundo, desgostosa, fixando-se nos céus, onde ainda pode ser vista segurando a balança da justiça (Libra), formando assim uma unidade integral com o signo seguinte209 . Porém, o mito mais associado a Virgem sempre foi o de Deméter e Perséfone, pois Virgem rege a estação da colheita, quando Perséfone está se preparando para deixar o mundo e voltar à escuridão. Contamos essa história com mais detalhes no capítulo sobre

Advertisement

209. Gleadow, Rupert, The Zodiac Revealed, ibid, p. 89.

Cabeça de Deméter com seus atributos: feixes de milho, papoulas e cobras. Ilustrado por Diane Smirnov a partir de uma fotografia do baixo-relevo original de terracota do Museu das Termas, Roma, Itália

Ceres, e vale a pena mencionar que o glifo de Virgem representa a deusa da colheita com grãos na mão — só pode ser Deméter (Ceres). O fato de que Deméter regia Virgem no esquema dos doze olímpicos prova que os antigos também associavam o signo a esse mito em particular210. O ciclo das estações sempre foi simbolizado, no mito, como um drama cósmico envolvendo a terra-mãe e seu filho. Com muita freqüência, o filho é um menino, e é amante da mãe-terra, além de seu filho. Como vimos, o consorte da Grande Deusa tem seu período de fertilidade, seguido pela morte simbólica e a jornada pelo mundo subterrâneo. O signo de Virgem sempre foi associado a esse mito, mesmo porque a virada das estações — do verão para os dias frescos do outono que precedem o inverno — ocorre durante o mês de Virgem. No mito de Perséfone, porém, ambas as figuras-chave — mãe e filho — são femininas. Para os egípcios, Virgem era a deusa Ísis com o filho do Sol, Hórus, no colo. Os cristãos medievais viam essa mesma constelação como a Virgem Maria carregando o menino Jesus; e isso está correto, pois a história cristã é simplesmente a versão mais recente do mito da Grande Deusa e seu filho moribundo211. Vivemos numa era astrológica permeada

210. Gleadow, Rupert, The Origin of the Zodiac, ibid., pp. 80-1. 211. Fagan, Cyril, Astrological Origins, ibid., pp. 122-3.

desse mito, pois Peixes, sol) mínios aspectos, é o deus moribundo, enquanto seu signo oposto, Virgem, é a mãe. Quando Michelangelo esculpiu a Pietá, criou a imagem mítica para todo um ciclo da história212 .

Se examinarmos as associações simbólicas de Virgem, um tema particular emerge. Virgem trata da transformação da personalidade de um estado infantil ou virginal para uma individualidade mais sábia e madura, representada pela fruição da colheita. E, ao considerar o lugar de Virgem no ciclo sazonal, concluiremos, como Rudhyar, que essa transformação pessoal deve ocorrer para que possamos nos reorientar para interesses universais, e não mais pessoais — pois Virgem é o último signo da metade pessoal do zodíaco, em que predomina a força do dia213. Essa transformação nos leva a realizar algum tipo de serviço dedicado aos outros; por isso, Virgem é freqüentemente chamado signo do serviço. Tanto a transformação quanto o serviço, simbolicamente falando, devem ocorrer no nível físico, porque Virgem é, afinal de contas, um signo de terra, e por isso se acredita que Virgem diz respeito especialmente à saúde e que tipos de Virgem são com tanta freqüência encontrados entre enfermeiras, terapeutas, quiropráticos e curandeiros do mundo.

Personificação de Mercúrio, regente de Virgem, do Le grant kalendrier des bergieres, de Nicolas Le Rouge, Troyes, 1496

212. Greene, Liz, The Astrology of Fate, ibid, pp. 257-65. 213. Rudhyar, Dane, The Pulse of Life, ibid., pp. 65-73.

Mas, muitos textos astrológicos ainda apresentam a imagem mencionada de Virgem como um potencial não realizado — se é que o mencionam. Em geral, o tipo de Virgem ainda é representado como frio, irrequieto e analítico. Por quê?

Tradicionalmente, Virgem é regido pelo planeta Mercúrio. Esse planeta é excessivamente mental e do reino do ar, sendo o arquétipo da própria mente racional (ver Capítulo Três, "Mercúrio"). Mercúrio fica à vontade em domínios puramente intelectuais; ou seja, em signos de ar. Fica um tanto desarmonizado com o prático elemento terra. O intelecto de Mercúrio aplicado ao nível "terreno" da existência humana pode produzir um excelente relojoeiro, dentista ou outro técnico, mas o calor e a naturalidade da terra são um pouco sufocados pela visão cerebral de Mercúrio, e por isso virginianos são taxados de frios, analíticos e assim por diante. Muitos astrólogos questionaram essa visão estreita de Virgem, e com razão. Alguns chegaram mesmo a afirmar que Mercúrio não é um regente apropriado para esse signo e sugeriram outras possibilidades entre os asteróides ou planetóides — principalmente Quíron, Ceres e Vesta214 . Barbara Hand Clow* sugeriu o centauro Quíron

A Virgem Maria com o Menino Jesus — um dos símbolos de Virgem. Fotografia de Ariel Guttman como regente de Virgem devido a seus dons de cura altamente desenvolvidos e seu

214. Clow, Barbara Hand, Chiron: Rainbow Bridge Between the Inner & Outer Planets, ibid; e George, Demetra, Asteroid Goddesses, ibid. *. N. do E.: De Barbara Hand Clow, sugerimos a leitura de A Agenda Pleiadiana — Conhecimento Cósmico para a Era da Luz e Catastrofobia, ambos lançados pela Madras Editora.

conhecimento do corpo humano21*. Embora não haja um acordo definitivo sobre quais figuras pertencem a cada signo, há uma concordância em dizer que as quatro deusas dos asteróides e Quíron são arquétipos que expandiram muito os relacionamentos míticos entre signos e regentes na astrologia e, ao ser adicionados, cumpriram o papel de peças necessárias ao quebra-cabeças, até então faltantes.

Como observamos, Mercúrio não se encaixa bem no arquétipo de uma Deusa Virgem. Mas, o argumento em favor dele pode ser visto nas capacidades analíticas de Virgem. Como vimos, o estágio representado por Virgem na seqüência zodiacal diz respeito ao estágio final ou mais aflorado do desenvolvimento individual antes que se atinja o primeiro estágio do desenvolvimento coletivo em Libra. Por isso, o processo de Virgem envolve o rompimento de todo o organismo em pedaços para que ele possa assimilar e guardar o que é útil para o estágio seguinte, ou determinar o que não mais pode servir para o organismo em desenvolvimento e mandar aquilo para Escorpião para que seja eliminado. Tudo isso demanda discernimento, que é o traço glorificado de Virgem, e Mercúrio, nosso jovem mentalmente hábil, tem o equipamento certo para ajudar nesse processo.

Mercúrio, porém, é em si um símbolo complexo. Pois, embora os gregos e romanos conhecessem essa divindade principalmente como mensageiro dos deuses, e por isso um arquétipo do intelecto comunicativo, os alquimistas medievais viam Mercúrio como um símbolo de transformação espiritual. Para eles, Mercúrio (ou, mais apropriadamente, Mercurius) era ao mesmo tempo masculino e feminino, um espírito

Uma cabeça de Ártemis, outra possível associação para Virgem, do século XIX, segundo uma cópia romana do original grego

215. Clow, Barbara Hand, Chiron: Rainbow Bridge Between the Inner & Outer Planets, ibid.

andrógino que simbolizava a vitalidade interior inerente a todas as coisas viventes e físicas — o espírito vital interior da terra. Por isso Mercúrio era o agente que transmutava, ou transformava, a realidade física terrena em algo maior do que ela própria — pois o despertar desse espírito vital tornava o corpo terreno ou veículo físico uma totalidade, uma unidade de masculino e feminino, uma síntese dos quatro elementos216. Esse Mercurius medieval é um símbolo adequado para Virgem. Este é um signo feminino e o Mercurius alquímico é um ser andrógino, incluindo tanto o feminino quanto o masculino (e de fato, a androginia de algum tipo é com freqüência atribuída aos nativos desse signo). Mercurius é também o espírito que efetua a mudança ou a transmutação, e Virgem é um signo mutável. A matéria a ser transmutada é, de acordo com os alquimistas, "chumbo" ou "terra", ou seja, realidade física ou o corpo humano. O tema está perfeitamente de acordo com o aspecto mais elevado de Virgem — transmutação do elemento terrestre

numa unidade, uma época de colheita do espírito humano realizada através do corpo. Por isso, tipos de Virgem, na melhor das hipóteses, transformam seu próprio corpo e mente por intermédio de dieta, ioga ou outras técnicas, de forma que conseguem atingir o tipo de completude necessária para realmente ajudar ou servir os outros. Concentramo-nos no lado negativo de Virgem por tempo demais — talvez porque vivemos atualmente no final da polaridade virginiana da era de Peixes. Como vimos, os autores da Lenda do Graal — contemporâneos dos alquimistas — estavam conscientes do fato de que nossa civilização tendia para o aspecto mais negativo e excessivamente analítico de sua polaridade virginiana

Ártemis ou Diana

216. Jung, Carl G., Alchemical Studies (Collected Works, vol. 13), ibid, pp. 191-250.

(ver Capítulo Vinte, "Os Elementos", especialmente a seção "Água"). Conforme lutamos para limpar e curar um planeta ameaçado pelos excessos da civilização que substituiu o espírito pela ciência "pura", também descobrimos que é necessário redefinir a polaridade virginiana de nossa história e cultura, para moldarmos um arquétipo de cura em vez de um arquétipo de lógica dura e fria.

Para os antigos, havia sete planetas (cinco planetas, mais o Sol e a Lua) que regiam os signos zodiacais, mas, como há doze signos, alguns tinham de dividir a regência planetária. Essa situação criou uma mandala zodiacal de "Casas do Dia" e "Casas da Noite", na qual Gêmeos era a casa do dia de Mercúrio e Virgem sua casa da noite (ver capítulo Dezenove, "O Zodíaco"). Esses dois signos "estão em quadratura" na roda, e por isso se diz que agem num comprimento de onda diferente. A associação de Mercúrio com Gêmeos parece bastante adequada, já que ambos os signos retratam arquétipos jovens, aéreos, inclinados à exploração e à pesquisa curiosa. Em Gêmeos, a função de Mercúrio é obter informação, não importa qual. Já em Virgem, a função de Mercúrio é fazer algo com essa informação. Na verdade, há dois processos em andamento em Virgem. Os virginianos muito mentais lidam com a informação e os dados muito bem e preocupam-se com os contínuos desafios da mente. Esses são os tipos de Mercúrio. Mas, o outro tipo de Virgem trata do reino da terra (pois Virgem é um signo de terra) e esses virginianos estão preocupados principalmente com o corpo da terra ou seu microcosmo, o corpo humano. É aqui que tanto Ceres quanto Quíron brilham, e compartilham do amor de Virgem por cuidar do próprio corpo, assim como do corpo do planeta, a Terra. Um arquétipo adicional que vale a pena ser considerado aqui é Ártemis, protetora do parto, dos pequenos animais e amante da natureza, todos domínios de interesse para Virgem.

Em Virgem, atingimos o terceiro aspecto da Grande Deusa, após tê-la encontrado em Touro e em seguida em Câncer. Em Touro, ela era celebrada com uma barriga redonda e grandes seios, como doadora da vida. Em Câncer, sua ligação com o filho, ou seja, o relacionamento mãe-filho, era venerado. Aqui em Virgem, no terceiro estágio, Deméter deve sacrificar sua filha para outro mundo, e assim testemunhamos o primeiro estágio do corte do elo entre mãe e filho, para que o filho possa entrar em novos reinos. Na versão da Mãe e do Filho sagrados do rompimento desse elo tão importante no cristianismo, o filho é sacrificado ao reino coletivo espiritual de Peixes, onde finalmente se reúne ao pai. Esse, como vimos, é o arquétipo da polaridade Virgem/Peixes, a fase final do que a humanidade está vivendo atualmente. O domínio que entrou no mito de Deméter/Perséfone é Escorpião, o quarto estágio do poder feminino, quando Core se torna Perséfone e quando uma mulher é iniciada em seu próprio reino de poder independente de sua

mãe, no qual pode atingir a condição de anciã. Mas, o mais importante aqui é que os arquétipos dessa história são importantes tanto para Virgem quanto para Escorpião, e que os dois signos representam imagens refletidas um do outro.

O virginiano necessita ir ao mundo subterrâneo e fazer a transformação necessária em Escorpião, assim como Escorpião precisa sair do mundo subterrâneo e participar do reino terrestre. O compartilhamento desses elementos é importante na vida de ambos os signos. O corpo e o cérebro humanos devem, com freqüência, prepararse para uma abrupta depleção, mas não podem continuar assim. Virginianos viciados em trabalho, com freqüência, encontrarão uma crise que os forçará a alterar a rotina, reinterpretando o mito de Perséfone por meio de uma crise e retirando-se para as frias e escuras profundezas de seu mundo subterrâneo pessoal, onde a cura é possível. Até mesmo os glifos de Virgem e Escorpião são semelhantes, sendo que o de Virgem é virado para dentro e representa a força yin, enquanto o de Escorpião é virado para fora e simboliza um aspecto mais yang. Em qualquer dos casos, a história de Perséfone forçou os regentes de Virgem e Escorpião (Ceres e Plutão) a um compromisso libriano (o signo que separa Virgem e Escorpião), que deveria ser justo e correto para todos os envolvidos.

No corpo humano, Virgem rege os órgãos digestivos e, de acordo com sua associação com a estação da colheita e a fase final da experiência individual, é um ponto de virada importante em nosso esquema de doze partes. Ao tentar digerir o processo vital e os cinco estágios anteriores de desenvolvimento individual que levaram a Virgem, os virginianos são constantemente lembrados de que seus órgãos físicos são sensíveis e vulneráveis e devem ser mantidos na melhor forma possível. Enquanto outros signos podem ficar tranqüilos comendo de tudo sem prestar atenção à saúde, os virginianos pagam caro por isso, principalmente se a Lua, Ceres, Saturno ou Vesta estiverem em Virgem no momento do nascimento.

Aqueles que têm o Sol em Virgem naturalmente concentram sua atenção na sintonia fina do corpo, mente ou espírito, resultando em um poderoso senso de devoção que se esforça para criar um mundo perfeito, com tudo em seu lugar. Pessoas com a Lua em Virgem podem achar difícil cuidar de si próprios — estão muito ocupados consertando tudo e todos que os rodeiam. Precisam apreciar suas próprias realizações ou, melhor que isso, ser capazes de rir de seus próprios erros.

Pessoas com Mercúrio em Virgem também vão querer consertar tudo em torno deles e usar sua capacidade analítica para compreender como tudo no mundo funciona. Nativos com Vênus em Virgem certamente se regozijam com seu trabalho, de forma que para eles é extremamente necessário encontrar trabalho em que realmente tenham prazer. Também acrescentam o elemento de cor e beleza ao signo do

trabalho manual refinado. Marte em Virgem combina a perseverança física e a coragem de Marie com o signo que rege a saúde física. Assim, cuidados com o corpo e realizações atléticas (talvez musculação) serão atraentes. Além disso, dada a tradicional regência de Marte sobre o ferro e outros metais, os tipos com Marte em Virgem são, normalmente, excelentes mecânicos.

Os asteróides Ceres, Palas, Juno e Vesta foram todos sugeridos como regentes de Virgem; portanto, é provável que eles todos expressem sua natureza de forma mais eloqüente aqui, mas Ceres e Vesta parecem encaixar-se no arquétipo de Virgem particularmente bem. Como já observamos, Virgem é a regência mais provável para Ceres, dando ao indivíduo dedicação, honestidade e integridade. Aqui, ela é altamente devotada aos trabalhos que realiza e com o efeito que esse trabalho tem sobre os outros. Palas Atená muito provavelmente usaria sua ingenuidade e habilidade de modo aplicado, talvez fiando, costurando, fazendo estampas, etc, ou trabalharia por um fim social que estaria entre o glorioso e o obsessivo. Não vamos esquecer que Juno relaciona-se ao ritual do acasalamento e, em Virgem, ela tentará melhorar seus relacionamentos. Vesta em Virgem também deve ser exaltada: a consciência concentrada marca um conduto para que o espírito e o corpo se encontrem.

A consciência social de Júpiter pode preocupar-se obsessivamente com a forma e o sentido exato de suas realizações e não com o espírito, embora seja certo que haverá realizações mundanas, e em abundância. Saturno em Virgem ou na Sexta Casa tende a ser tradicionalista em muitas coisas, embora seja certamente produtivo, já que Saturno é um planeta de terra e Virgem um signo de terra. Quíron foi indicado para a regência de Virgem e certamente exerce uma influência poderosa quando está nele ou na Sexta Casa, embora possa formar tanto um curandeiro quanto um hipocondríaco. O poder rebelde de Urano fica um tanto abafado na Sexta Casa, embora suas características científicas ou inventivas permaneçam as mesmas. Netuno é um detrimento acidental na Sexta Casa: a saúde (física ou emocional) é com freqüência um problema aqui, embora esses problemas possam produzir um nativo com um senso de ordem e precisão tão desenvolvido que impede qualquer relaxamento ou ócio, embora isso também ajude o nativo a concentrar-se em um objetivo particular.

Uma das maiores conjunções planetárias de nosso tempo ocorreu em Virgem: a conjunção de Urano e Plutão durante os turbulentos e revolucionários anos da década de 1960. Esse foi um período fundamental para a humanidade, pois esses planetas estavam, pela primeira vez desde a Revolução Industrial, desafiando os sistemas que haviam sido estabelecidos naquela época. De fato, somos governados pela conjunção desses dois planetas em Virgem até que ocorra a próxima conjunção — e isso não acontecerá até o final do século XXI. A

conjunção em Virgem foi um aviso de que os recursos da terra estavam sendo rapidamente exauridos e medidas drásticas precisam ser tomadas para reverter o processo. Sem dar atenção ao aviso, continuamos a abusar da terra até que Urano fez a primeira quadratura com essa conjunção em Sagitário no meio da década de 1980, e o mundo foi novamente lembrado e finalmente começou a escutar. Esse processo é reminiscente da história de Deméter, a mãe-terra que, em meio à lamentação por sua perda, recusou-se a deixar verde a terra. Como Plutão, a sombria figura do subterrâneo, a tecnologia e a ganância violentaram a mãe-terra e, até que ela seja reabastecida ou justiçada, poderemos encarar uma crise maior do que suspeitamos.

This article is from: