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Capítulo Trinta.........................SAGITÁRIO

SAGITÁRIO, o Centauro SIGNO: Sagitário, o 9º Signo Zodiacal MODO: Mutáveis - ELEMENTO: Fogo - REGENTE: Júpiter OUTROS ARQUÉTIPOS MÍTICOS: Quíron, o Centauro Ártemis (Diana) - Héstia (Vesta)

Para os egípcios, Sagitário era um signo de guerra, pois a lua cheia nesse signo (junho) marcava a época em que os exércitos imperiais começavam a marchar. Para nós, porém, Sagitário é um signo de filosofia, e não de guerra, o que condiz com sua posição no ciclo anual. Durante o mês de Sagitário, o mundo está trancado nas profundezas do inverno. A paisagem está silenciosa, enterrada sob a neve. A atividade está em nível mínimo. Entre povos indígenas americanos, essa é a época de contar histórias, de reflexão filosófica. Por isso, não é de espantar que Sagitário seja um signo de sabedoria e preeminentemente o signo do filósofo. Embora os dias sejam igualmente curtos durante Capricórnio, há uma diferença significativa entre os dois signos. Em Capricórnio, o Sol passou pelo ponto do solstício e os dias estão ficando mais longos, mas em Sagitário o poder da noite, da humanidade coletiva, é o que está

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crescendo. Assim, é adequado que Sagitário represente O estágio em que as preocupações pessoais ou individuais estão num nível mínimo e as preocupações universais tornam-se as principais. Isso ocorre porque se diz que os sagitarianos se perdem em conceitos filosóficos obscuros, negligenciando as realidades cotidianas enquanto vagueiam com a cabeça nas nuvens.

Há um correlato astronômico para essa universalidade: o centro da galáxia situa-se nos graus finais de Sagitário, ou seja, a partir de nosso ponto de observação na Terra, o centro da Via Láctea parece estar próximo do fim desse signo. Assim, os dias mais escuros do ano, logo antes do ponto de virada do solstício de inverno, estão ligados em uma moldura mais ampla de referência, com preocupações e conceitos tão vastos que apenas podem ser simbolizados pela galáxia como um todo.

Está claro, portanto, como Sagitário adquiriu seu simbolismo filosófico. Mas, essa universalidade também se reflete no mito. Sagitário está ligado a Quíron, o Centauro (Ver Capítulo Quinze, "Quíron"). Os centauros eram uma raça de seres meio-humanos e meiocavalos — sua mente e suas mãos tinham a clareza e a destreza da raça humana, enquanto seu corpo inferior, em forma de cavalo, o ligava à terra e ao mundo do instinto. Quíron, o rei dos centauros, era filósofo, professor e curandeiro. Ferido no pé por uma das setas envenenadas de Hércules, não podia curar a si próprio. Mas, sendo imortal, também não podia simplesmente morrer. Quíron escolheu morrer, mas por uma finalidade mais elevada — seu sacrifício possibilitou que Prometeu, o grande iluminador, retornasse ao serviço da humanidade; como recompensa, Quíron foi posto nos céus como a constelação de Sagitário237. Aqui novamente, como no calendário sazonal, encontramos o tema do filósofo que sacrifica as preocupações pessoais para o bem de todos. Diferentemente dos outros centauros, que eram guiados principalmente por seus instintos animais e paixões, Quíron transcendeu seu eu primordial e apoiou-se principalmente em sua natureza divina. Como co-regente de Sagitário, ele representa o estágio em que nos conscientizamos dos três aspectos do "Eu": a natureza animal dirigindo-nos de baixo, a natureza humana (espírito aprisionado num corpo) e a natureza divina.

A seta de Sagitário está sempre apontada para cima, para o divino, como o olhar daquele que está preocupado com mundos ou galáxias distantes — nosso lar nas estrelas. Muitos sagitarianos estão bastante conscientes dessas três naturezas dentro de si, cada uma com sua voz distinta, e com freqüência sentem dificuldade em aceitar as três naturezas como parte de um "Eu" que deve ser integrado e mantido em equilíbrio.

237. Bulfinch, Thomas, Bulfinch's Mythology, Nova York, Avenel, 1978, pp. 127-8.

A consciência desses três as pectos da natureza interior de uma pessoa, assim como a transmissão de energia do animal ao espiritual, é o que torna os seres humanos únicos entre as criaturas do mundo. Aqui, em Sagitário, essa consciência é testada até os limites — pois quando uma pessoa está envolvida em mover energia dos chakras inferiores aos superiores, enquanto ao mesmo tempo continua a receber estímulo excessivo Um centauro de um sarcófago egípcio, século II d.C. dos chakras inferiores, há um grande processo alquímico ocorrendo. O centauro típico mal poderia ser visto como símbolo desse processo, mas Quíron não era um centauro típico.

É significativo que o ferimento de Quíron tenha sido na coxa ou no pé, afetando assim sua mobilidade. Como Gêmeos, Sagitário (que rege a coxa na astrologia médica) necessita da máxima liberdade para perambular. Quando essa liberdade é restrita ou obstruída, Sagitário pode sentir-se realmente ferido. Quíron vivia numa caverna próxima à terra, compartilhando da beleza e da sabedoria natural da terra. Os sagitarianos com bastante terra em seu mapa provavelmente terão fortes relações com Quíron. Podem também relacionar-se fortemente ao aspecto de curandeiro ferido desse signo, pois a consciência de espírito preso em um corpo é para eles um tema importante; a importância de lembrar que eles são espíritos em um corpo, e não corpos buscando um espírito, tem o maior dos interesses.

De sua caverna, Quíron compartilhava seu conhecimento dos fenômenos celestiais, medicina, ervas, disciplinas espirituais, música e matemática. Isso não é diferente do Quíron moderno que se retira freqüentemente para as montanhas, fica energizado pela terra e as estrelas e anseia por compartilhar sua sabedoria recém-adquirida com os outros. Essa pessoa sem dúvida tem uma cura ou uma prática astrológica atarefadas, e sua busca por mais conhecimento é igualada apenas pela necessidade de compartilhar o que já foi aprendido. Assim, o aspecto de Sagitário que se relaciona ao sábio professor, filósofo e curandeiro parece apontar fortemente para a associação de Quíron com o signo e sua casa astrológica natural, a Nona.

Podemos também considerar Quíron o meio-irmão de Júpiter, pois ambos eram filhos de Saturno. Júpiter é o planeta que agora associamos a Sagitário. O deus Júpiter não tem ligação particular com a alta filosofia — esse aspecto de Sagitário é melhor compreendido com referência ao mito de Quíron e à posição do mês no ano sazonal. Mas há uma forte ligação entre Júpiter e Sagitário e uma dessas ligações é melhor descrita com referência à palavra jovial. Jove era outro nome de Júpiter; pessoas que têm temperamento otimista e entusiasta são, de muitos modos, similares a esse rei dos deuses. Todas as coisas abundantes e expansivas relacionam-se a Júpiter (assim como autoindulgência, autojustiça e pomposidade excessivas quando o planeta está aflito). Um infatigável bom humor é outro aspecto do arquétipo de Júpiter, muito importante no que toca a Sagitário. O sagitariano típico (se essa criatura existe) em geral é conhecido por possuir esse temperamento despreocupado, fundindo a filosofia tolerante com a boa natureza terrestre. Como Júpiter foi bem-sucedido em se tornar rei do monte Olimpo enganando seu pai Saturno e usurpando seu trono, ele representa o aspecto destemido e influente de Sagitário, ou o herói (similar a Áries e a Leão, os dois signos de fogo anteriores) que se torna governante natural. Esse é um arquétipo adequado para sagitarianos que parecem soberanos em sua sabedoria, mesmo se for fingimento.

Mas, outras correlações entre Júpiter e Sagitário também ficarão aparentes. Sabe-se bem que Júpiter passa mais tempo atrás de casos amorosos do que no governo do monte Olimpo. Uma questão que sempre surge com Sagitário é o problema da fidelidade. Eles são comprometidos com seu amante atual — essa não é a questão. Mas, quanto tempo eles podem se manter nesse compromisso já é outra questão. "Até que a morte nos separe" não é exatamente um credo para os sagitarianos (a menos que a carta traga forte simbolismo de Juno ou Câncer) e, quando postos contra a parede para dizer essas palavras, eles normalmente estremecem. Como os geminianos, seus opostos polares, os sagitarianos estão sempre à procura. E, em sua busca por Deus, o significado da vida e a resposta a cada questão já proferida, os sagitarianos pulam muros e cercas e arrombam portas; em outras palavras, eles sempre precisam de um alçapão de escape e estão sempre em busca da próxima montanha a escalar ou da próxima aventura, particularmente se envolver o ar livre.

Sagitário sempre foi considerado um signo de sorte, seja no jogo (que o signo rege) ou simplesmente na vida. É verdade que há um aspecto de Sagitário que tem a velha e simples boa sorte, e com ela a fé de que tudo irá pelo melhor. O otimismo e o conhecimento interior que o sagitariano possui (alguns diriam que anjos da guarda o acompanham em cada aventura) podem derivar do fato de que Júpiter é seu regente, e Júpiter sempre podia endireitar tudo, não importava o problema em que

Gravura do século XIX mostrando Diana, segundo a estátua em tamanho natural de Jean-Antoine Houdon na Coleção Frick, Nova York

a pessoa estivesse envolvida, se ele a julgasse merecedora de seus esforços. E, na maior parte do tempo, um olhar para cima e uma oração a Júpiter bastavam para realizar o desejo do receptor.

A atribuição olímpica de Sagitário é tão importante quanto reveladora. Manílio escreve:

A parte humana da caçadora Diana rege, mas a do cavalo é regida por Vesta...238

Com freqüência, pensamos em Diana/Ártemis como uma deusa da Lua, embora isso não seja muito exato. No final do período clássico ela tinha associações lunares, embora tenha estado sempre ligada a uma fase em particular do ciclo lunar — a lua nova, simbolizada pela ninfa ou donzela (ver capítulo Seis, "Lua"). Ártemis afastou-se de qualquer envolvimento romântico com homens ou deuses, preferindo a liberdade para correr solta pelas montanhas da Arcádia, e até hoje se diz que Sagitarianas notoriamente têm "medo de homem" quando se trata

238. Manílio, citado em Gleadow, Rupert, The Origin of the Zodiac, ibid., p. 80.

de compromisso em relações humanas e que elas dão um valor realmente alto à liberdade pessoal. Porém, Ártemis não poderia ser vista como uma virgem fria, meio mal-humorada, pois seu desejo de permanecer afastada do jogo sexual não se baseava num afastamento negativo. Mais que isso, sua liberdade era a liberdade da própria natureza, pois originalmente Ártemis era a Senhora dos Animais Selvagens, uma deusa da caça239. Seu local de moradia era nas florestas no alto das montanhas; seu totem era o urso. Sagitário é chamado Arqueiro, o que é peculiar se pensarmos no signo apenas em relação a Quíron, o centauro, que não está particularmente ligado à arte do arco e flecha. Eles pertencem mais apropriadamente a Ártemis, assim como as tradições de que esse signo é atlético, amante da liberdade, incansável e inclinado ao ar livre. Ártemis, a deusa da caça, protegia animais de ser caçados mais freqüentemente do que os caçava. A irmã gêmea de Apolo, regente olímpica de Gêmeos, era também a protetora das crianças pequenas e da natureza em geral. Ártemis hoje em dia sem dúvida faria campanha para salvar as baleias, os oceanos e as florestas tropicais. Ela representa o lado de Sagitário que conseguiu a completude e que expressa suas preocupações compassivas por aqueles que não podem falar por si. A sagitariana Jane Fonda demonstrou repetidamente esse aspecto de Ártemis em sua carreira.

Héstia ou Vesta era a guardiã da chama sagrada ou fogo espiritual, e assim se relaciona às paixões internas e ao senso de devoção da pessoa. Vesta representa um tipo diferente de consciência espiritual. Como mencionado anteriormente, o simbolismo do centauro em Sagitário reflete o aspecto do culto que se relaciona a um tipo celeste de divindade — por isso a seta e o olhar apontam para cima, além desta dimensão terrestre. Júpiter residia no alto do monte Olimpo e, para fazer contato com ele, a atenção da pessoa também tinha de estar concentrada em cima. Vesta é um símbolo do fogo divino interior e por isso simboliza a compreensão de que a própria divindade está no interior. Erigiram-se templos a ela em toda a Grécia; seus devotos, cansados da batalha, buscavam seu consolo e eram renovados apenas por entrar em contato com sua energia. Esse aspecto de Sagitário é refletido no padre ou na freira, conselheiro ou amigo, que, como agente ou representante direto da energia do Deus/Deusa, está sempre ali com o calor e constante radiância interna que nos consola e inspira durante os tempos difíceis.

Talvez, a combinação mais verdadeira para Sagitário seja Quíron/ Ártemis; de fato, há algo distintamente selvagem em alguns sagitarianos. Com freqüência parecem prontos a sair correndo, principalmente em situações sociais. Sentem-se desconfortáveis em meio a multidões e estão

em casa quando estão ao ar livre. Seu amor pela liberdade pessoal e proverbial e têm uma sexualidade positivamente feroz, mais característica de animais selvagens do que de filósofos cultos. Como Quíron e Ártemis, o verdadeiro sagitariano tem um pé no mundo primitivo da natureza. Ele deve viajar mentalmente aos cumes do Olimpo, onde Júpiter reina supremo, mas a verdadeira sabedoria sagitariana está enraizada na terra. Isso não significa que os sagitarianos são práticos; longe disso. Têm a ingenuidade dos bichos selvagens e podem parecer meio deslocados no "mundo real". Mas, sua ligação com a natureza impede sua filosofia de tornar-se demasiado abstrata e torna sua sabedoria tão essencialmente humana.

Diana e o veado, do Kunstbüchlin de Jost Amman, publicada por Johann Feyerabend. Frankfurt, 1599

Quando o Sol está em Sagitário, o conceito da jornada do herói para compreender a vida e a existência (ou seja, para conhecer Deus intimamente) mantém o fogo aceso. A Lua em Sagitário, por outro lado, necessita encarar a vida com um toque bastante leve. Essas pessoas sentem-se bem andando, ou apenas divagando, mas provavelmente sentem-se melhor ainda ao viajar, explorar novos países — ou, se isso é impossível, ao menos uma nova parte da cidade (especialmente com seus cães). Em suma, a Lua em Sagitário tem uma forte dose de Ártemis em sua natureza; por causa de sua ligação com esse signo, podemos mesmo considerar Sagitário uma exaltação para a Lua, especialmente quando é nova.

Mercúrio em Sagitário pode se perder em grandes visões e deixar de lado os detalhes, mas essa posição sustenta a busca por um objetivo de vida e dá o combustível para essa busca. Pode-se dizer dessas pessoas que viajar está em seu sangue, assim como um monte de informação sobre o mundo. Vênus em Sagitário vem sendo acusada de ser muito amorosa nos estágios iniciais do romance, mas fugir quando é necessário compromisso, embora isso nem sempre seja verdade. O que mais excita a paixão de Vênus nesse signo é um "companheiro de viagem" — alguém com quem esses nativos possam escalar novas montanhas e mapear novos territórios. Marte em Sagitário dispende uma porção de energia e desenvolvimento pessoal em atividades filosóficas, especialmente ao ar livre. Essas pessoas também se sentem atraídas por atividades que demandem pouca supervisão ou regras.

Ceres alimenta as visões, objetivos, ideais, sonhos e crenças da pessoa. Ela pode tornar-se filha do universo, professora e visionária. Como Júpiter era pai de Atená, Palas em Sagitário exerce pressão sobre a defesa da pessoa contra o sistema patriarcal e sua relação com o pai. Juno no signo de seu esposo Júpiter nos lembra de seu volátil relacionamento; esses indivíduos precisam olhar profundamente para aquilo em que estão entrando antes de se comprometer em um relacionamento sério. Podemos considerar que Vesta, como a Lua, é exaltada em Sagitário, ou ao menos está muito bem localizada ali. Um indivíduo com essa posição pode trabalhar para criar a compreensão entre diferentes pontos de vista filosóficos e religiosos, assim como estar altamente concentrado em seu próprio desenvolvimento espiritual (Mahatma Gandhi tinha essa localização). Mas existe o perigo de que a devoção a uma causa política ou social possa tornar-se tão poderosa que chegue a sugerir o fanatismo.

Júpiter em seu próprio signo em geral tem os ganhos de um político ou advogado e pode mostrar o tipo de celebridade ou fama pela qual alguém influencia as massas (exemplo: George Bush). Saturno em Sagitário ou na Nona Casa liga Júpiter a seu pai, e é favorável para investir nos negócios e no mundo financeiro, mas também é verdade que a

Cabeça de Zeus (Júpiter) numa moeda de bronze de Ptolomeu IV, rei do Egito, 221204 a.C. Da coleção de Michael A. Sikora

tensão entre os dois pode resultar em um conflito entre seguir um caminho material ou espiritual. Outro conflito que pode surgir dessa combinação (Júpiter na casa ou signo de Saturno ou Saturno na casa ou signo de Júpiter, etc.) é fazer o oposto do que o pai quer. Além disso, quando o espírito prático e mundano de Saturno está centrado em um senso jupiteriano de finalidade social ou espiritual, o resultado geralmente é o sucesso. Isso pode produzir um advogado ou um banqueiro.

Quíron, como Júpiter, era filho de Saturno, embora Quíron possa ser considerado o irmão sombrio, "animal", de Júpiter. Quíron na Nona casa favorece essa grande síntese de conhecimento que é o maior dom de Júpiter, pois acrescenta uma sabedoria terrena às especulações mais cerebrais de Júpiter. Isso pode produzir o curandeiro ou médico. Urano na Nona Casa pode conceder a habilidade de pôr para funcionar até os projetos mais malucos, pois o senso de finalidade da pessoa está centrado na originalidade uraniana. Aqui podemos encontrar o ativista social ou político, o líder (ou o seguidor) de um culto, o inovador ou o inventor. Mas o lado problemático de Sagitário — sua arrogância e absolutismo — muito provavelmente surgirá com esses contatos.

Antigamente, Júpiter regia Peixes, um signo agora dado a Netuno. Por isso, a posição de Netuno na Nona Casa ou quaisquer aspectos entre Júpiter e Netuno são potencialmente de enorme importância. Netuno canaliza o senso de finalidade social da Nona Casa em objetivos idealistas; essa posição é comum entre trabalhadores sociais, clérigos,

psicoterapeutas e outros membros de profissões de ajuda. Há um forte impulso espiritual nesses indivíduos para fazer o que acham que "agradará a Deus" ou ajudará a trazer a salvação para suas próprias almas. Plutão na Nona Casa concede poder e determinação — e talvez obsessão — para a própria busca espiritual. Muitos desses nativos crescem em famílias que encampam rígidos sistemas de crença. Outros são criados em famílias sem nenhum sistema de crença. De qualquer modo, são compelidos a buscar respostas espirituais que funcionem para eles como indivíduos e, por causa do poder de Plutão, podem também influenciar as massas em suas crenças (exemplo: Joseph Campbell).

Os períodos em que Netuno e Urano passaram por Sagitário acabaram se justapondo — de 1970 até 1988, um ou ambos os planetas exteriores estavam nesse signo magnânimo. Cultos religiosos e gurus prosperaram durante esses anos de forma inédita na história recente, e foi um tempo acelerado para a viagem aérea, quando nenhuma distância era grande demais para se viajar em busca de um ideal. De fato, a pirataria aérea, um infeliz subproduto do tempo, atingiu seu ápice também durante essa época, tornando a viagem a longa distância muito mais arriscada. Plutão entrará em Sagitário na virada do milênio, quando, esperamos, as barreiras raciais, religiosas e políticas não mais continuarão a nos separar.

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