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SEG, 27 MAR, 2017

• ANO: XX

• N º : 3 6 8 4 • S É R I E : I I I • D I R E C T O R : M A R C O C A R VA L H O

• MOP 10

A Cinemateca Paixão ganha uma segunda vida a partir da próxima quinta-feira. O espaço vai ser gerido pela Associação Audiovisual Cut e promete uma maior atenção ao cinema menos comercial.

P. 10

ONDE ESTÁ LEE MING-CHEH?

O taiwanês, funcionário de uma organização não-governamental que operava no Continente, encontra-se desaparecido há mais de uma semana, depois de ter atravessado a fronteira das Portas do Cerco. A Amnistia Internacional teme que Lee tenha sido detido pelas autoridades chinesas. • P. 6 QUEBRA DE RECEITAS NÃO ASSUSTA

No ano passado as receitas públicas caíram 6,7 por cento, mas o recuo não coloca em risco a saúde financeira das contas da Administração. O erário público encerrou 2016 com um saldo positivo de quase 22 mil milhões de patacas. • P. 7 SOLUÇÕES E INTENÇÕES

Os boletins de voto para invisuais até podem não ser uma solução eficaz, mas no entender de Hetzer Siu são melhores do que nada. A proposta, defende o director executivo da Macau Special Olympics, espelha uma maior preocupação com as necessidades dos portadores de deficiência de Macau. • P. 13

COMUNIDADE PORTUGUESA

HONG KONG

Macau é hipótese para "Espaço Cidadão"

A dama de jade

Se conseguir bater a concorrência de Londres e de Bruxelas, Macau pode vir a receber o terceiro "Espaço Cidadão" criado pelo Governo Português. A garantia foi dada na sexta-feira por José Luis Carneiro. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas diz que a valência - uma espécie de loja do cidadão pensada para a diáspora - deverá ser criada numa das representações com maior volume de trabalho, ainda que o reforço dos recursos humanos esteja fora dos planos do Governo de Lisboa. Carneiro esteve reunido no final da semana passada com os conselheiros das comunidades portuguesas da região da Ásia-Pacífico.

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O encontro trouxe a Macau Sílvia Rendas e Melissa da Silva, conselheiras das comunidades portuguesas na Austrália. As dirigentes querem que o Executivo português promova mecanismos de "aproximação política" à comunidade luso-australiana e não esconderam o desejo de estreitar as relações com Macau com o propósito de fomentar o ensino da língua portuguesa. P. 8 e 9

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ão houve surpresas na eleição do sucessor de CY Leung à frente dos destinos da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong. Carrie Lam, antiga Secretária-chefe do Governo da antiga colónia britânica foi eleita para o cargo com 777 votos, mais do que o dobro da votação conseguida por John Ts a n g , c a n d i d a t o a p o i a d o

pelo campo pró-democrata. O escrutínio decorreu sem incidentes de maior, ainda que as ruas de Hong Kong tenham sido palco, quer no sábado, quer no domingo, de protestos a favor da imposição do sufrágio universal. No primeiro discurso após a vitória, Lam prometeu calma e continuidade, sem referir qualquer processo de reforma política. páginas 3 e 4.

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OPINIÃO

"Essa Macau do passado que, de vez em quando, nos assalta, ignora a realidade, é incapaz de ver a mudança, não tem capacidade de perceber que os anos têm 365 dias e que passam uns atrás dos outros, os dias e os anos, e que com eles tudo muda." ISABEL CASTRO, EDITORA

Hoje Macau

DOR IMENSA, DOR IMERSA: Uma fotografia disponibilizada pelo Ministério dos Oceanos e das Pescas da Coreia do Sul mostra o ferry Sewol, que afundou a 15 de Abril de 2014, a ser rebocado numa embarcação semi-submersa nas imediações de Jindo. A embarcação deverá ser transportada para o porto de Mopko para ser alvo de análise e de investigação assim que seja possível. Pelo menos 295 pessoas morreram no naufrágio do Sewol e nove outras ainda estão desaparecidas. Muitas das vítimas eram estudantes do ensino secundário que seguiam numa excursão. EPA/MINISTÉRIO DOS OCEANOS E DAS PESCAS DA COREIA DO SUL

PONTO DE CITAÇÃO

"...como tenho muitas vezes referido, há qualquer coisa de esquisito nesses valores, pois os valores das rendas têm também caído, o que é incongruente com o que está a acontecer com os preços da habitação, que têm subido colossalmente nos últimos meses." ALBANO MARTINS, ECONOMISTA

Jornal Tribuna de Macau

"Quem vive em Macau perde a noção do real. Olhando para as sobretaxas do turismo, as fronteiras abertas, a mistura de credos, raças e origens ... ou para a organização das seitas e a indústria do jogo, antevê um cocktail explosivo de violência ao velho estilo do feudalismo chinês. Mas nada disso se passa. É um luxo com o qual se pode viver sem reparar."

escolha decente. A decência da escolha sobrepôs-se à habitual indecência das influências. Bom trabalho para ele, porque os seus êxitos serão os de todos, a começar pelo Fórum”.

ESCRITO NA REDE

Sérgio de Almeida Correia Visto de Macau http://vistodemacau.blogs.sapo.pt

“Os acontecimentos dos últimos dias impediram-me de dizer alguma coisa mais cedo, mas faço-o agora porque no meio de tanta tristeza e desconhecendo por onde passará o futuro, é bom saber que ainda existem referenciais de segurança e confiança. O Rodrigo Brum é um deles. A sua escolha para representar Portugal no Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) é uma escolha mais do que merecida. Com um percurso académico e profissional feito de trabalho, sem filiação partidária, empenhado e competente nos assuntos em que se envolve, leal a Portugal e aos seus valores, e não a homens ou organizações, com experiência de gestão, de análise de projectos e de gestão criteriosa de fundos, conhecedor da China, de Macau e dos Palop, sério e avesso a trafulhices, o Rodrigo foi uma escolha que honra os homens de bem, que só honra quem o escolheu. De nada valeram as influências dos partidos, nem os emissários que foram apressadamente a Lisboa para mexerem cordelinhos junto do Governo português. Desta vez não entrou um dos paus-mandados, um dos homens de mão. A escolha do Rodrigo Brum foi uma

PAULO REGO, DIRECTOR

Plataforma

"Vamos também deixar de receber chamadas telefónicas ou mensagens SMS, com o intuito de cativarem o voto numa ou noutra lista. E vamos deixar de ter corrupção eleitoral, pura e dura, através do pagamento de jantaradas ou almoçaradas em Macau, em qualquer outro lado das Portas do Cerco, ou até mesmo em Hong Kong." PEDRO DANIEL OLIVEIRA, CRONISTA

Semanário "O Clarim"

“Vejo com apreço a postura do Secretário de Estado das Comunidades José Luís Carneiro, em Macau, através de uma presença forte e esclarecida, respondendo com clareza e sentido de Estado, às questões postas pelos tradicionais representantes do Conselho das Comunidades Portuguesas. Naturalmente, a questão dos vencimentos do pessoal do consulado é uma preocupação mas é bom reter que os salários pagos vêm do Estado português e portanto têm de ser considerados no quadro das responsabilidades com pessoal do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O dinheiro não abunda em Portugal e todas as despesas devem ser sopesadas porque são dinheiro dos contribuintes. Será bom ter em atenção que o valor médio dos salários do pessoal do consulado, referido pela imprensa, corresponde ao valor médio da remuneração de um licenciado na administração pública, bem a meio da carreira. Ou seja existem claras dificuldades de recrutamento e restrições da política salarial que impedem uma solução miraculosa do problema. A demagogia é sempre pouco lúcida”.

“Confirmando que não há coincidências, Jaime Gama, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, o tanque de uma Jerónimo Martins que até tem sede social na Holanda, veio elogiar, no principal blogue da direita, a liderança do ainda Ministro das Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, no Eurogrupo, minimizando as suas reveladoras declarações. Por sua vez, Vital Moreira opta por uma linha complementar de contenção de danos: colocar no mesmo plano do despropósito o racismo e o sexismo, por um lado, e a justa reacção nacional, por outro. Dado que Portugal supostamente se portou mal e ainda beneficiou do que apoda de solidariedade europeia (parece que é o nome que agora se dá à operação de socialização das perdas dos bancos do norte à custa da austeridade do sul...), no fundo temos de manter a bolinha baixa. Afinal de contas, para este constitucionalista isto já é basicamente, sobretudo do ponto de vista decisivo da economia política, uma espécie de região submetida a uma espécie de constituição europeia. Confirma-se que os destruidores intelectuais e políticos por dentro da social-democracia defendem, como podem, os seus e o seu projecto de integração, a força destrutiva por excelência. Confirma-se também que a chamada pós-verdade tem origens europeias”.

Exílio de Andarilho

João Rodrigues Ladrões de Bicicletas

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ADMINISTRADOR: Ricardo Pinto DIRECTOR: Marco Carvalho REDACÇÃO: Elisa Gao, João Filipe, João Paulo Meneses, Rodrigo de Matos, Sílvia Gonçalves COLABORADORES: Hélder Beja, Luciana Leitão, Sara Figueiredo Costa, Sónia Nunes, Vera Penêda COLUNISTAS: Agostinho Caetano, Ana Cristina Alves, Ana Paula Dias, Cecilia Ho, Eric Sautedé, Esther Un, Fernanda Gil Costa, Fernando Dias Simões, Filinto Elísio, Frederico Rato, Inês Santinhos Gonçalves, João Pedro Marques, Jorge Morbey, José Drummond, Kam Sut Mei, Manuel Correia da Silva, Márcia Souto, Maria Antónia Espadinha, Maria José de Freitas, Paulo Mendes Ricardo, Pedro Cortés, Rita Gonçalves, Rui Flores, Rui Rocha, Tânia Marques PAGINAÇÃO: José Figueiredo, Catarina Lopes Alves DESIGN: Inês Campos Alves FOTOGRAFIA: António Mil‑Homens, Carmo Correia, Agência Lusa PUBLICIDADE: Weng Fung PROPRIEDADE, ADMINISTRAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO: Praia Grande Edições, Lda IMPRESSÃO: Tipografia Welfare Ltd.

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ponto final • SEG 27 MAR, 2017

Hong Kong: Carrie Lam eleita Chefe do Executivo com 777 votos Não houve surpresas em Hong Kong. A antiga número dois do Executivo da RAEHK foi eleita para a chefia do Governo com 777 votos. A votação decorreu sem incidentes de maior, ainda que activistas pró-democracia, munidos de cartazes e de guarda-chuvas amarelos, tenham voltado a exigir sufrágio universal. PEQUIM DIZ QUE ELEIÇÃO EM HONG KONG FOI JUSTA O gabinete chinês para os Assuntos de Hong Kong e Macau considerou este domingo a eleição de Carrie Lam como chefe do Executivo de Hong Kong um processo “justo”, referindo que a vencedora “cumpre os padrões estabelecidos” pelo regime comunista. “Lam cumpre as normas estabelecidas pelo Governo central para o chefe do executivo, incluindo amar o país e Hong Kong, tem a nossa confiança, capacidade própria para governar e receber o apoio do povo de Hong Kong”, disse um porta-voz do organismo, citado pela agência Xinhua. “A eleição, estritamente de acordo com a Lei Fundamental de Hong Kong, as decisões da Assembleia Nacional Popular [órgão máximo legislativo da China] e as leis eleitorais da região autónoma, cumpriram os princípios da transparência, equidade e justiça”, acrescentou.

Carrie Lam venceu este domingo as eleições para chefe do Executivo de Hong Kong, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo, após a votação de um colégio eleitoral composto por 1.200 pessoas. A antiga “número dois” do governo de Hong Kong venceu as eleições à primeira volta com 777 votos, enquanto o ex-secretário para as Finanças John Tsang e o juiz jubilado Woo Kwok-hing alcançaram 365 e 21 votos, respectivamente. A maioria dos cerca de 3,8 milhões de eleitores de Hong Kong não pode votar no líder da cidade, cuja eleição está nas mãos de um colégio eleitoral constituído maioritariamente por elementos próximos do Governo Central. O campo pró-Pequim dominava a maioria dos lugares do colégio eleitoral, enquanto a ala pró-democrata detinha cerca de 300 assentos. Para ser eleito chefe do Executivo à primeira volta um dos três candidatos necessitava de pelo menos 601 votos dos membros

do colégio eleitoral, o qual é formado por representantes de vários sectores, que vão desde a agricultura, educação, medicina tradicional chinesa até ao imobiliário, entre outros. Grande parte dos grupos políticos ligados ao campo pró-democrata manifestou nas últimas semanas o seu apoio a John Tsang. Um menor número desta ala deu o seu apoio ao candidato Woo Kwok-hing, enquanto outros mais radicais, incluindo os activistas que emergiram para a cena política nos protestos pró-democracia de 2014 e que são conhecidos como ‘localists’, apelaram ao voto em branco. Esta foi a primeira eleição para o chefe do Executivo desde as manifestações pródemocracia que paralisaram várias zonas da antiga colónia britânica durante 79 dias em 2014. Activistas pró-democracia protestaram ontem de manhã por as zonas designadas no exterior estarem localizadas muito longe

da entrada do local da votação, gerando momentos de caos enquanto decorria a votação e contagem dos votos, informou a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK). Munidos com cartazes e guarda-chuvas amarelos o símbolo dos protestos de 2014 conhecidos como Umbrella Revolution , manifestantes pró-democracia continuaram os protestos contra a forma como o líder de Hong Kong for eleito, depois de no sábado terem protagonizado uma marcha pelas ruas da cidade (ver texto na página seguinte). Ontem, após o anúncio do vencedor, os candidatos trocaram cumprimentos e posaram para uma foto oficial. Minutos depois de Carrie Lam ser anunciada a próxima chefe do Executivo da RAEHK, um grupo de activistas pró-democracia munidos de cartazes e guarda-chuvas amarelos - o símbolo das manifestações de 2014 - deu uma volta à sala a entoar palavras de ordem a exigir o sufrágio universal.

JOHN TSANG PEDE APOIO PARA LÍDER ELEITA DO GOVERNO DE HONG KONG O candidato mais apoiado pelos pró-democratas na eleição de chefe do Executivo de Hong Kong, John Tsang, instou ontem a sociedade da vizinha Região Administrativa especial ajudar a líder do governo eleita e pediu desculpas por não ter conseguido cumprir as expectativas dos cidadãos. “Lutei uma boa luta”, disse John Tsang, em conferência de imprensa, após o anúncio dos resultados eleitorais oficiais no centro de convenções de Hong Kong, onde se realizaram a votação e a contagem dos votos. Com 365 votos, John Tsang, de 65 anos, foi o segundo classificado na votação do colégio eleitoral composto por 1.194 membros, o qual deu 777 votos a Carrie Lam, de 59, e apenas 21 ao juiz jubilado Woo Kwok-hing, de 71. Carrie Lam era apontada como a candidata preferida de Pequim. O segundo candidato mais votado – com menos de metade dos votos da vencedora da eleição – disse aceitar os resultados e não ter razões para acreditar que o governo central chinês tenha interferido no processo eleitoral. Durante a campanha, o campo pró-democrata – que nas últimas semanas tinha vindo a manifestar o apoio a Tsang – denunciou a interferência de

Pequim na eleição do chefe do Executivo, com acusações de alegadas pressões sobre os membros do colégio eleitoral para votarem em Carrie Lam: “Acredito que Carrie, tal como eu, vai defender os valores fundamentais de Hong Kong. Desejo pedir a todos que lhe prestem o seu pleno apoio para que ela e o seu governo consigam um futuro mais harmonioso para (tornar) Hong Kong melhor”, disse John Tsang. John Tsang e Carrie Lam foram colegas no governo actual liderado por CY Leung. Tsang era secretário para as Finanças e Carrie Lam secretária-chefe, uma posição referida como “número dois” no Executivo. Ambos apresentaram demissão dos respectivos cargos para serem candidatos na eleição de hoje.Questionado sobre se estaria interessado em ser deputado, John Tsang disse que não queria ser uma “Regina 2.0”, uma alusão à deputada e antiga secretária para a Segurança de Hong Kong Regina Ip. Regina Ip aspirava a ocupar o cargo de chefe do Executivo para os próximos cinco anos, mas acabou por desistir do plano depois de não ter conseguido as necessárias 150 nomeações do colégio eleitoral para formalizar a respectiva candidatura.

Lam quer unir Hong Kong, mas não promete resgatar reforma política ELEIÇÕES A futura chefe do Executivo de Hong Kong Carrie Lam, prometeu este domingo unir a sociedade”, mas sem se comprometer com um calendário para iniciar um eventual novo processo de reforma política. “Hong Kong, a nossa casa, está a sofrer uma grave divisão e acumulou muitas frustrações. A minha prioridade vai ser sarar a divisão e aliviar a frustração, e unir a nossa sociedade para seguir em frente”, disse, em conferência de imprensa, Carrie Lam, depois de ter sido eleita líder do Governo. Carrie Lam, de 59 anos, venceu as eleições para o cargo de chefe do Executivo da antiga colónia britânica, à primeira volta, com 777 votos, de acordo com dados oficiais anunciados pela comissão eleitoral, no centro de convenções de Hong Kong, onde se realizaram a votação e contagem dos votos ontem de manhã: “Muita gente (...) disse-me que estava agora preocupada porque Hong Kong parece estar a perder a competitividade”, disse a antiga “número dois” do actual governo, apontando também que a Região Administrativa Especial tem “muitos problemas” de habitação, educação e saúde. “Por isso a minha prioridade é tentar demonstrar que podemos unir as pessoas com posições diferentes para seguir em frente e, com o ambiente propício, recomeçar o processo de reforma política”, afirmou. Carrie Lam não se comprometeu com datas: “O que não vos posso prometer agora é uma velocidade, ritmo e calendário porque não estão totalmente sob o meu controlo”. A chefe do Executivo eleita questionou se “os membros pró-democratas no Conselho Legislativo e os partidos políticos estão dispostos a deixar” o governo agir com rapidez suficiente “para criar esse ambiente”. Em 2015, o campo pró-democrata chumbou a proposta de reforma política para a eleição do chefe do Executivo de Hong Kong, por discordar de Pequim, que aceitava o sufrágio universal desde que os candidatos ao cargo fossem pré-seleccionados. Três candidatos disputaram a eleição para o líder do governo da antiga colónia britânica para os próximos cinco anos. O ex-secretário para as Finanças John Tsang, de 65 anos, e o juiz jubilado Woo Kwok-hing, de 71, alcançaram 365 e 21 votos, respectivamente. A comissão eleitoral validou 1.163 votos do colégio eleitoral de 1.194 membros.


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O sonho do sufrágio ainda não morreu O Comité Eleitoral da vizinha Região Administrativa Especial elegeu ontem Carrie Lam como sucessora de CY Leung à frente dos destinos de Hong Kong, mas no sábado centenas de pessoas saíram à rua para contestar os moldes em que decorreu o escrutínio. Na antiga colónia britânica voltaram a escutar-se pregões em prol do sufrágio universal e contra a interferência de Pequim na gestão directa da antiga colónia britânica. Centenas de pessoas manifestaram-se este sábado em Hong Kong “em prol do sufrágio universal e contra a interferência de Pequim” nos assuntos da antiga colónia britânica, na véspera da eleição do sucessor de CY Leung no cargo de chefe do Executivo. A antiga número dois do governo Carrie Lam, o ex-secretário John Tsang e o juiz jubilado Woo Kwok-hing foram os três candidatos que se apresentaram ontem na corrida à liderança da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong: “Seja qual for o candidato que seja eleito, isto não é democracia, isto é apenas uma eleição [feita] por um pequeno círculo”, disse aos jornalistas Au Nok-hin, coordenador da Civic Human Rights Front, que organizou o protesto, em referência ao facto de o direito de voto estar restrito a um comité eleitoral composto por cerca de 1.200 pessoas. O actual chefe do Executivo, CY Leung, foi eleito em 2012 com apenas 689 votos. A manifestação deste sábado juntou vários partidos políticos do campo pró-democrata, o qual esteve maioritariamente dividido entre apoiantes do candidato John Tsang, e outros que vão votar em branco, em protesto contra uma eleição restrita a apenas cerca de 1.200 membros do comité eleitoral. Alan Leong, líder do Civic Party, marcou presença na manifestação “para protestar contra a interferência do governo central na eleição do chefe do Executivo de Hong Kong”: “Esta eleição está dentro [das competências] da autonomia de Hong Kong e o Gabinete de Ligação [do Governo Central da China] tem usado meios (...) para aumentar a pressão sobre os membros do comité eleitoral para votarem em Carrie Lam”, disse à agência Lusa. Pequim prometeu deixar os residentes de Hong Kong escolherem o seu próximo líder em 2017 por voto directo - metodologia que colocaria fim ao actual sistema de eleição do chefe do Executivo, assente no referido comité eleitoral - mas com a condição de que os candidatos fossem aprovados por um comité de nomeação, algo que os pró-democratas contestaram, alegando que assim só os candidatos pró-Pequim teriam luz verde. Essa reforma política foi chumbada pelo Conselho Legislativo de Hong Kong em Junho de 2015, com o campo pró-democrata a votar em bloco contra a proposta. Alan Leong defendeu o chumbo da reforma política proposta por Pequim, tendo por outro lado defendido o “posicionamento estratégico” de apoiar Tsang, que até ser candidato a chefe do Executivo era membro da equipa do governo do contestado actual líder de Hong Kong, CY Leung: “Se tivéssemos aprovado a proposta de reforma política [proposta por Pequim], John Tsang não poderia ser candidato. Pelo menos agora, o seu nome está no boletim de voto», disse. “Nos últimos dois meses, com a aproximação da eleição e com a sua campanha, John Tsang ganhou o ‘coração’ de muitos residentes de Hong Kong. Ele lidera as sondagens, e as pessoas estão preparadas para lhe dar uma oportunidade de unir Hong Kong”, afirmou. Também na manifestação, Leung Kwok-Hung - conhecido como ‘Long Hair’ ou ‘Cabelo Comprido’ - tem garantido, de forma automática, o direito de voto na eleição de domingo pelo facto de ser deputado, mas vai usar “esse privilégio” para “votar em branco”: “Hoje [sábado] é a véspera da eleição do chefe do Executivo. Penso que temos o dever de mostrar às pessoas de Hong Kong e ao resto do mundo que estamos a pedir uma verdadeira democracia, o sufrágio universal para Hong Kong”, disse à Lusa. ‘Long Hair’ contesta o apoio de grupos pró-democratas ao ex-secretário para as Finanças: “Penso que é um pouco ridícula essa lógica. Parece que eles são contra a pré-seleção dos candidatos por Pequim, e contra a candidatura ‘pró-Pequim’ de Carrie Lam, mas apoiam a candidatura de John Tsang”. A também deputada Lau Siu-lai também anunciou com antecedência a intenção de votar em branco: “Eu vou votar, mas não em nenhum dos candidatos. (...) Não queremos nenhum dos candidatos que eles escolheram para nós”, explicou. “O sufrágio universal não é possível por agora, mas vamos continuar a lutar por ele”, disse, antecipando que o resultado da eleição “é difícil de prever”. O jovem activista político Joshua Wong, que ficou conhecido como o rosto da “Umbrella Revolution” em 2014 em Hong Kong não tem direito de voto na eleição do chefe do Executivo, mas se tivesse também votava em branco: “Os três candidatos concordam ou mantêm silêncio sobre a interferência do governo de Hong Kong e também concordam com a implementação do artigo 23, por isso é difícil para nós apoiar qualquer um dos candidatos pró-China”, disse. Para Joshua Wong, “o processo de democratização em Hong Kong depende do Presidente Xi Jiping e não de quem for o próximo chefe do Executivo de Hong Kong”. “Sobretudo numa altura em que o Presidente Xi está a endurecer a linha em Hong Kong, é uma batalha longa lutarmos pelo nosso futuro”, disse.

ponto final • SEG 27 MAR, 2017

“Unir Hong Kong” será um dos desafios que Carrie Lam terá pela frente Carrie Lam é, desde ontem, a Chefe do Executivo eleita da vizinha RAEHK, tendo alcançado 777 votos do colégio eleitoral em 1,163 considerados válidos. Lam é a primeira mulher a ocupar o cargo, sucedendo a CY Leung, mas não deverá ter vida fácil à frente dos destinos de Hong Kong JOANA FIGUEIRA JOANAFIGUEIRA.PONTOFINAL@GMAIL.COM

Carrie Lam venceu ontem as eleições para Chefe do Executivo de Hong Kong com 777 votos do colégio eleitoral, composto por 1,194 membros, tornandose a primeira mulher a ocupar o cargo. Depois de 36 anos de carreira na função pública, Carrie Lam demitiu-se do cargo de Secretária-Chefe do Executivo da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong e apresentou oficialmente a sua candidatura no dia 16 de Janeiro, recebendo quatro dias mais tarde o aval do Governo Central. A Chefe do Executivo eleita herda um território socialmente fragmentado, com uma população que se tem mostrado polarizada no que diz respeito à ingerência de Pequim nas políticas locais. Arnaldo Gonçalves, professor de ciência política de e relações internacionais, considera que, para uma candidata que contou com a “mobilização de Pequim e do Gabinete de Ligação em Hong Kong”, o triunfo de Lam não constitui “uma vitória esmagadora”. O resultado

e autónoma”. Em segundo lugar, “fazer uma equipa profissional, competente de gestão (...)”. Arnaldo Gonçalves teme que as pessoas que se apresentaram ao lado de Lam na conferência de imprensa após a vitória não estejam “à altura dos desafios de Hong Kong”. Por outro lado, a chefe do Executivo eleita terá de “gerir a relação entre o Governo de Hong Kong e o Governo Popular Central”, já que “a população de Hong Kong não lhe irá permitir que ela seja uma câmara de eco da vontade de Pequim”. Por fim, Carrie Lam “vai ser julgada não só pelos dossiers políticos, mas também pela performance económica do Governo que vai liderar”, sustenta o analista. José Pereira Coutinho, deputado pródemocrata, considera que “vai ser muito difícil governar Hong Kong” uma vez que “a sociedade está dividida e os problemas são muito graves.” O também presidente da Associação dos Trabalhadores da Função Pública (ATFPM) destaca a situação actual do sector da habitação e

uma realidade em Hong Kong: “Um dia, Hong Kong (...) irá resolver esse problema estruturante do sistema democrático porque não estou a ver como é que uma pessoa que não é eleita pela maioria dos residentes de Hong Kong consiga governar Hong Kong”, defende.

mostrou ainda assim, no entender do jurista, “a democracia restrita que existe em Hong Kong.” Já o deputado José Pereira Coutinho aponta que a cidade atravessa “momentos difíceis” e que não vai ser fácil, “para quem quer que seja”, governar. Para Arnaldo Gonçalves, o resultado das eleições mostra que “o sufrágio restrito está bem de saúde”: “[O sistema] não precisa de reformas profundas. Claramente não há necessidade de uma reforma política que altere o sistema eleitoral (...). Enquanto o partido comunista for dono e senhor do poder da China, e sobretudo Xi Jinping for o presidente da China, eu não vejo qualquer probabilidade de evolução do sistema político de Hong Kong para um sistema de tipo Ocidental [eleição por sufrágio directo universal]”, defendeu. No entender do analista, são quatro os desafios que Carrie Lam enfrenta agora que foi eleita Chefe do Executivo: primeiro, terá de “unir Hong Kong (...), o grosso da população que se identifica com uma identidade própria

a consequente dificuldade que os jovens têm em adquirir casa – “as casas estão extremamente caras.” Por outro lado, Coutinho assinala que “o processo democrático falhou com uma eleição indirecta do Chefe do Executivo e que o problema da identidade própria de Hong Kong está a sofrer um grande revés face à divisão social.” Quanto à mobilização do Governo Central no apoio à candidatura de Carrie Lam, Pereira Coutinho afirma que este ano se verificou, “de facto, uma das maiores movimentações de sempre e muito abertas para arrebanhar os membros do colégio eleitoral.” No entender do deputado há uma situação que evidencia a influência de Pequim: “A maioria dos empresários [eleitores] estão ligados directamente ao Interior do continente e como eles têm negócios directos e indirectos dentro da China, não têm outra hipótese senão apoiar esses pedidos de integração do voto a determinado candidato”, aponta. Contudo, ao contrário do que defende Arnaldo Gonçalves, o deputado acredita que o sufrágio universal pode vir a ser

local da votação, gerando momentos de caos enquanto decorria a votação e a contagem dos votos, informou a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK). Arnaldo Gonçalves defende que a população vai ponderar as suas acções: “Eu acho que a população agora vai pensar duas vezes naquilo que vai fazer. A população não é um corpo coeso, é uma comunidade que tem várias sensibilidades e se expressa de diversas formas. Eu acho que vão e vamos estar atentos a como é que ela [Carrie Lam] vai ser nos seus primeiros 100 dias” como líder. Por outro lado, José Pereira Coutinho sustenta que “sempre houve protestos em Hong Kong, por tudo e por nada. Em Hong Kong, as pessoas são mais activas e mais participativas a nível de demonstrações, protestos e entrega de cartas, é uma sociedade diferente da de Macau.” O deputado acredita, no entanto, que os protestos vão tornar-se mais intensos devido à “falta de legitimidade democrática para governar Hong Kong” de que padece Carrie Lam.

AS MANIFESTAÇÕES PRÓDEMOCRACIA PERSISTEM A eleição para Chefe do Executivo foi a primeira do género desde as manifestações pró-democracia que paralisaram Hong Kong em 2014. Ontem, activistas pró-democratas voltaram a protestar contra a forma como o líder do território é eleito, depois de terem marchado pelas ruas da cidade no sábado. Para além dos cartazes, os guarda-chuvas amarelos – o símbolo dos protestos de 2014 que ficaram conhecidos como “Umbrella Revolution” – foram erguidos, mas desta vez o motivo também foi as zonas designadas no exterior estarem localizadas muito longe da entrada do

CHUI SAI ON FELICITA CARRIE LAM O chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, felicitou este domingo Carrie Lam pela vitória nas eleições para a liderança do governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK). “Estou certo de que, com base nos bons fundamentos de cooperação já existentes, os dois Governos devem dar as mãos e continuar a aprofundar as relações amigáveis entre Macau e Hong Kong”, afirmou, em comunicado. Chui Sai On destacou ainda que as duas Regiões Especiais

“devem avançar unidas e abraçar as oportunidades nacionais de desenvolvimento” no estabelecimento conjunto da região da grande baía Guangdong-Hong Kong-Macau. Carrie Lam foi ontem eleita chefe do Executivo de Hong Kong, depois de vencer a primeira volta das eleições, com 777 votos, anunciou a comissão eleitoral. A antiga “número dois” do governo de Hong Kong era apontada como a candidata que reunia maior apoio por parte das forças políticas pró-Pequim.


POLÍTICA | 5

ponto final • SEG 27 MAR, 2017

Angela Leong pede implementação de um turismo multidimensional Numa interpelação escrita, a deputada fez a apologia de um turismo multidimensional, que visa a sinergia de recursos e o desenvolvimento integrado das indústrias da região, em oposição ao que chama turismo de atracções, que resulta na falta de diversidade. Helena Senna Fernandes diz estar já na última fase de elaboração do Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau. TUI LIMITA ÁREA DE MANIFESTAÇÃO A ZONA DE QUATRO METROS QUADRADOS O Tribunal de Última Instância noticiou na sexta-feira a decisão da Polícia de Segurança Pública de limitar a um espaço de apenas quatro metro quadrados o protesto da associação Macau Power People contra a corrupção eleitoral. De acordo com a Rádio Macau, os promotores da iniciativa desejavam utilizar o corredor para peões para protestar durante todo o dia até 31 de Março. O TUI defende que a intervenção da PSP não só é legal, como também se justifica devido ao elevado número de pessoas que transitam na zona das Portas do Cerco. No acórdão, os juízes do TUI defendem ainda que a lei das manifestações está desactualizada.

DSAT quer mão dura para quem estacione em lugares para deficientes Angela Leong defendeu, numa interpelação escrita dirigida ao Governo, a conversão do turismo de atracções em turismo multidimensional e holístico, questionando se irão ser estudadas e definidas políticas para a implementação desta modalidade de turismo. A deputada e empresária quer saber de que medidas concretas dispõe o Governo para o efeito. A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) respondeu com a elaboração, agora na última fase, do Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau e a proposta de criação de um plano para o desenvolvimento sustentável da indústria turística. “Em Macau ainda não existe uma cultura de turismo de massas, modalidade constituída principalmente pelo turismo de lazer e de família, por isso, a fim de construir uma ‘cidade de turismo e lazer para o mundo’, Macau precisa de transformar a modalidade de ‘turismo de atracções’ em ‘turismo multidimensional’”, começa por alegar Angela Leong. A deputada e directoraexecutiva da Sociedade de Jogos de Macau

(SJM) defendeu um conceito que visa “a sinergia de recursos e o desenvolvimento integrado das indústrias de uma região, através da optimização multidimensional e sistemática de todos os seus recursos socioeconómicos”, e questionou: “O Governo vai, atendendo à realidade de Macau, estudar e definir políticas para o turismo multidimensional?”. A deputada salientou que o objectivo do ‘turismo multidimensional’ não passa pelo “mero aumento do número de turistas, mas sim a melhoria da qualidade do turismo”. E insiste que o Executivo “deve avançar com uma modalidade de turismo multidimensional que satisfaça plenamente os diferentes tipos de turistas, e concretizar o posicionamento de Macau, isto é, a sua construção como centro de turismo e lazer mundial”. E deixa a questão: “De que medidas concretas é que o Governo dispõe para o efeito?”. Na resposta, Helena de Senna Fernandes, responsável máxima da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), revelou que o

organismo “iniciou a elaboração do ‘Plano Geral do Desenvolvimento da Indústria do Turismo de Macau’ com vista a analisar a situação geral e o rumo do desenvolvimento da indústria turística. O Governo, revela Senna Fernandes, proporá um plano a curto, médio e longo prazo para o desenvolvimento da indústria turística, concretizando, em Macau, o seu desenvolvimento sustentável”. Um tal plano, explica, será coordenado com os objectivos do Plano Quinquenal e “usando como princípio orientador a ‘Formação gradual de um sector alargado do turismo de lazer’, para elaborar medidas e concretizar soluções”. Já no que ao conteúdo do plano diz respeito, “para além de fazer a análise do desenvolvimento geral da indústria turística de Macau, também vai relatar e realizar a análise temática no âmbito do sistema dos produtos turísticos, mercados emissores de visitantes, posicionamento da imagem turística / marca da cidade, indústria turística e desenvolvimento urbanístico, para reforçar o desenvolvimento global do sector turístico”.

CIRCULAÇÃO DE TÁXIS ESPECIAIS TEM INÍCIO A 1 DE ABRIL A Companhia de Serviços de Rádio Táxi Macau S.A. oferece, a partir de 1 de Abril, um serviço de transporte de passageiros em táxis especiais, por um período de oito anos. Num comunicado, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) lembra que durante uma primeira fase de operação a empresa disponibiliza 50 táxis, incluindo 35 táxis normais, 10 de grande porte e cinco para pessoas com mobilidade reduzida. Os restantes 50 táxis irão entrar sucessivamente em funcionamento ao longo do próximo ano. Os utentes poderão chamar o serviço de táxi através de chamada telefónica,

aplicação móvel ou ainda da página electrónica da empresa. De acordo com a mesma nota, a companhia criou uma Central de táxis especiais para atender os clientes, que funciona 24 horas por dia. Estes veículos disponibilizam serviço de acesso à internet gratuito. Os táxis especiais cobram uma tarifa de acordo com o taxímetro, como os táxis normais, adicionando ao valor cinco patacas de taxa de chamada. O Governo assegura ainda que irá fiscalizar a qualidade do serviço prestado pela operadora, podendo as faltas resultar na aplicação de multas ou até mesmo na rescisão de contrato.

TRÂNSITO Tendo em vista a facilitação da identificação dos lugares de estacionamento para deficientes e a execução da lei por parte das autoridades policiais em caso de estacionamento ilegal, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) vai fazer chegar ao Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) a lista respectiva das matriculas e dos pedidos de reserva deste tipo de lugares de estacionamento. A informação foi avançada pelo organismo em resposta a uma interpelação escrita enviada ao Governo pelo deputado Chan Meng Kam, que questionou a execução da lei nos casos de estacionamento ilegal. Quanto à aplicação da legislação, a DSAT indicou que “o agravamento de sanções depende da revisão da ‘Lei do Trânsito Rodoviário’, cujo trabalho já foi incluído no plano legislativo para 2017-2019.” Por outro lado, garante o organismo, o Corpo de Polícia de Segurança Pública vai continuar a recolher opiniões sobre a instalação do “Sistema de Videovigilância em Espaços Públicos” nos “locais onde é mais frequente a ocupação ilegal dos lugares reservados aos portadores de deficiência”. Os dados recolhidos servirão de base ao estudo sobre a nova fase de planificação do sistema. No que respeita às deslocações dos portadores de deficiência, a DSAT respondeu a Chan Meng Kam que, “para facilitar o aluguer de autocarros com equipamentos para o transporte de cadeira de rodas, é solicitado às operadores de autocarros que procedam à coordenação apropriada, simplificando também o procedimento administrativo.” O organismo destacou ainda que o Instituto de Acção Social “também tem colaborado com as organizações cívicas na prestação de serviços de autocarros de reabilitação aos indivíduos com mobilidade reduzida, transportando-os às clínicas mediante marcação prévia.” O deputado defende que o aperfeiçoamento dos meios de transporte para facilitar as deslocações das pessoas portadoras de deficiência é um dos elementos subjacentes à inclusão social dos residentes com necessidades especiais.


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Amnistia Internacional preocupada com desaparecimento de cidadão taiwanês Lee Ming-cheh entrou na República Popular da China através de Macau a 19 de Março e desde então o seu paradeiro é desconhecido. Lee trabalhava para uma organização não-governamental de Taiwan que ajuda activistas chineses. MAIS DE UM MILHAR DE ÁRVORES PLANTADAS NA SEMANA VERDE Decorreu ontem a 36ª edição da Marcha da Semana Verde e Plantação de Árvores, no Parque de Merendas da Barragem de Hác-Sa. Durante a iniciativa foram plantadas mais de um milhar de árvores, numa actividade que contou com a participação de 1400 pessoas. A secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, e o presidente do conselho de administração do IACM, José Tavares, marcaram presença no evento.

IACM não detectou nenhum problema em alimentos importados Ung Sau Hong, membro do conselho de administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) garantiu, citado pela emissora em língua chinesa da Rádio Macau, que o Centro de Segurança Alimentar testou e aprovou mais de duas centenas de amostras de produtos alimentares este ano, não tendo detectado qualquer anormalidade. Entre as amostras, dois terços referiam-se a bens e a produtos alimentares oriundos do Japão, não tendo sido encontrado qualquer problema. De acordo com a Ou Mun Tin Toi, Ung Sao Hong assegurou ainda que o IACM tem vindo a intensificar o controlo de alimentos importados do Japão, tendo o Centro de Segurança Alimentar conduzido um inquérito sobre a matéria que o público pode consultar na página electrónica do organismo. O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais assegura ainda que vai realizar mais palestras e actividades em torno do tema da segurança alimentar, para tornar a informação mais transparente.

Pandas bebé: IACM alarga horário de visita O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) vai aumentar o períod em que se pode visitar os pandas gigantes bebés durante o Verão. Actualmente, os bebés Jian Jian e Kang Kang podem ser vistos todos os domingos no Pavilhão do Panda Gigante, em Seac Pai Van. De acordo com a emissora em língua chinesa da Rádio Macau, Leong Kun Fong, membro do conselho de administração do IACM, estima que os pandas terão mais tempo para receber visitas durante o Verão. Segundo a mesma estação, muitos cidadãos transmitiram ao IACM o desejo de verem alargadas as suas visitas a estes animais. Leong Kun Fong referiu ainda que os pandas são particularmente activos durante a infância. O responsável espera que o público aproveite esta fase para interagir com os dois bebés. Agora que os dois pesam cerca de 16 quilos, o IACM está a desenvolver algum treino comportamental. Já os pandas vermelhos, Tong Tong e Lok Lok, adaptaram-se ao ambiente de Macau, diz o mesmo responsável, e no Verão serão alvo de exames físicos.

Um cidadão de Taiwan, funcionário de uma organização não-governamental formosina que ajudava activistas na República Popular da China, encontra-se desaparecido há mais de uma semana, receando-se que à semelhança do que sucedeu com outros, possa ter sido detido pelas forças de segurança chinesas, alertou a Amnistia Internacional (AI). As autoridades de Taiwan dispõem da informação de que Lee Ming-cheh terá entrado na República Popular da China através de Macau a 19 de Março, mas desde então desconhecese qual é a sua situação e não há qualquer registo de que tenha dado entrada num hotel ou de que tenha sido detido, aponta a Amnistia Internacional num comunicado a que a Agência Lusa teve acesso. O taiwanês, que colaborou no passado com

o pró-independentista Partido Democrático Progressista de Taiwan, trabalha para uma organização que ajudava grupos civis e activistas na República Popular da China, se bem que desta vez terá viajado para o país com o objectivo de prestar apoio à sua sogra, que se encontra com problemas de saúde. “O facto de Lee Ming-cheh ter desaparecido volta a gerar sérias dúvidas sobre a segurança das pessoas que trabalham com a sociedade civil na República Popular da China”, afirmou o director da AI na região, Nicholas Bequelin. Bequelin pediu às autoridades de Taipé e de Pequim que informem a família de Lee sobre as diligências que estão a tomar para o encontrar ou que divulguem o seu paradeiro. A mulher de Lee contactou com o Gabinete Económico e Cultural de Taipé em Macau, onde lhe confirmaram

que o marido tinha abandonado a Região Administrativa Especial. O caso recorda a longa lista de dissidentes, activistas, advogados e outros trabalhadores de organizações não-governamentais que desapareceram, reaparecendo meses depois sob custódia das autoridades chinesas. Em muitos dos casos, as pessoas em causa estiveram confinadas em centros de detenção secretos, onde a lei chinesa permite que um cidadão seja mantido até seis meses sem obrigação de informar sobre o seu paradeiro nem de providenciar contacto com um advogado ou familiares se tal colocar em perigo a segurança do Estado. Grupos de direitos humanos advertiram que este mecanismo abre as portas a práticas de tortura que ficam impunes devido à falta de controlo.

REPARAÇÕES NA AVENIDA DE KWONG TUNG IMPÕEM ALTERAÇÕES NO TRÁFEGO O Governo está a conduzir trabalhos de reparação nos esgotos da Avenida de Kwong Tung e a iniciativa pressupõe mudanças em termos de gestão de trânsito. Segundo a emissora em língua chinesa da Rádio Macau, com o avançar dos trabalhos, a Direcção dos Serviços para os Assuntos do Tráfego (DSAT) implementou alterações no trânsito, desviando parte do fluxo para outras artérias. Entre 29 de Março e 14 de Setembro, a secção da Avenida de Kwong Tung entre a Rua de San Tau e a Rua de Bragança estará fechada, o que faz com que a outra secção da rotunda Dr. Carlos D’Assumpção seja adaptada a tráfego temporário em dois sentidos. Já a Rua do Minho, na direcção da Avenida de Kwong Tung, a secção da Rua de Bragança entre a Rua do Minho e a Avenida de Kwong Tung e a secção da Rua de Sai On entre a Rua do Minho e a Avenida de Kwong Tung vão implementar uma via de tráfego de um só sentido. No que diz respeito à circulação de autocarros, a partir das 10 horas do dia 29, os autocarros número 30, 35, MT5 vão alterar as suas rotas. O 35 e o MT5 não vão parar na estação temporária ‘Avenida de Kwong Tung/Rua de Seng Tou’, parando apenas na Rua de Bragança.


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Receitas públicas caíram 6,7 por cento no ano passado As receitas da Administração recuaram 6,7 por cento no ano passado, mas a sustentabilidade económica do erário público continua por beliscar. Apesar do recuo, as contas públicas continuam a apresentar um saldo positivo de quase 22 mil milhões de patacas, revelou a Direcção dos Serviços de Finanças no final da semana passada. VALES DE SAÚDE ACEITES NUM MENOR NÚMERO DE CLÍNICAS O Conselho Executivo deu na sexta-feira luz verde ao prolongamento do Plano de Comparticipação nos Cuidados de Saúde. Apesar do programa ter sido prolongado, o número de clínicas onde podem ser utilizados os vales de saúde é menor, tendo caído para 26. Na conferência de imprensa em que o anúncio foi feito, o porta-voz do Conselho Executivo, Leong Heng Teng, explicou que algumas das unidades de saúde anteriormente envolvidas no programa ficaram sem licença, mas não explicou porque razão.

Tribunal declara falência da promotora de jogo Sang Lung JUSTIÇA

Em 2016, as receitas da Administração de Macau caíram 6,7 por cento em 2016, mas as contas públicas continuam a apresentar um saldo positivo de quase 22 mil milhões de patacas, apesar de o valor do excedente fiscal ter caído 26 por cento no ano passado. De acordo com dados provisórios publicados no portal da Direção dos Serviços de Finanças no final da semana passada, a Administração de Macau arrecadou em 2016 receitas de 102.412 milhões de patacas. Os impostos directos sobre o jogo – 35 por cento sobre as receitas brutas dos casinos – foram de 79.482 milhões de patacas, uma diminuição de 5,9 por cento face a 2015. A importância do jogo reflecte-se no peso que o imposto detém no orçamento: 77,6 por cento nas receitas totais, 78,4 por cento nas correntes e 89,8 por cento nas derivadas dos

impostos directos. Ao contrário da receita – onde todos os componentes registaram descidas em termos anuais homólogos – a rubrica da despesa registou aumentos. A despesa global subiu 0,3 por cento face a 2015, para 80.730 milhões de patacas. No âmbito do PIDDA – Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração – foram gastos 8.519 milhões de patacas, menos 4,8 por cento do que em 2015. Entre receitas e despesas, a Administração de Macau acumulou um saldo positivo de 21.681 milhões de patacas em 2016, isto apesar de a ‘almofada’ financeira ter emagrecido 26 por cento face ao ano anterior. Os casinos de Macau fecharam 2016 com receitas de 223.210 milhões de patacas, uma

queda de 3,3 por cento face ao cômputo do ano anterior. Em Fevereiro, os casinos tiveram receitas de 22.991 milhões de patacas, um aumento de 17,8 por cento face ao período homólogo de 2016. Esta foi a maior subida desde Fevereiro de 2014, segundo os dados da Direcção de Inspeção e Coordenação de Jogos. A economia de Macau contraiu-se em 2016 pelo terceiro ano consecutivo, com o Produto Interno Bruto (PIB) a cair 2,1 por cento em termos reais, apesar da recuperação da indústria do jogo. No entanto, a agência de notação financeira Fitch prevê que o PIB cresça 2,5 por cento em termos reais este ano, apoiado pelo crescimento das receitas do jogo, depois da contração de 2,1 por cento em 2016

IC RECOLHEU OBJECTOS COM VALOR PATRIMONIAL DE DOIS ESTALEIROS DE LAI CHI VUN Já estão terminados os trabalhos de mapeamento de dois dos estaleiros (X-12 e X-15) de Lai Chi Vun, em Coloane, tendo sido recolhidos “objectos com valor de resguardo”, nomeadamente os reclames dos estaleiros, os pilares de madeira, as tabuletas de cariz religioso e gruas. O Instituto Cultural (IC), que tem trabalhado em coordenação e cooperação com a Direcção dos Serviços de Assuntos Marítimos e de Água (DSAMA) no mapeamento dos estaleiros, referiu em comunicado que os métodos “relativos ao fabrico de barcos são técnicas industriais importantes e valiosas do território e que os objectos recolhidos são

exactamente testemunho desses artesanatos de outrora.” A colecção dos objectos com valor de preservação retirados dos estaleiros de Lai Chi Vun poderá estabelecer as bases para os trabalhos futuros que o Instituto Cultural irá concretizar. Depois da demolição de dois estaleiros – que aconteceu em meados deste mês e que custou ao Executivo um milhão de patacas – segue-se o abate de outras nove estruturas. A DSAMA afirmou, na semana passada, que o organismo já começou a desenvolver os procedimentos necessários para as futuras demolições.

O Tribunal de Primeira Instância declarou a falência da promotora de jogo VIP Sang Lung Gaming Promotion Co Ltd, uma empresa ligada ao promotor de jogo Iao Kun Group Holding Co Ltd. De acordo com o portal GGRAsia, a decisão do tribunal surge na sequência de um pedido de insolvência interposto no ano passado pela Galaxy Casino Co Ltd, subsidiária da concessionária Galaxy Entertainment Group Ltd. A decisão determina ainda que os credores da Sang Lung façam as suas reclamações até 45 dias após a publicação, datada de 22 de Março último, da decisão. Lembra o mesmo portal, que em Dezembro o tribunal convocou uma outra empresa ligada ao grupo Iao Kun – a Sang Heng Gaming Promotion Co Ltd – para responder ao pedido de falência remetido pela Galaxy Casino Co. Ainda nenhuma decisão foi, contudo, tomada relativamente à Sang Heng. A ruptura da ligação entre a Galaxy Entertainment e a Iao Kun deu-se a 15 de Setembro, tendo a concessionária de jogo alegado uma brecha do contrato por parte da empresa de promoção de jogo. O contrato dizia respeito a duas salas VIP, uma no Galaxy, no Cotai, e outra no Starworld Hotel, em Macau. A Iao Kun operava as salas através dos seus parceiros de negócio. De acordo com o portal GGRAsia, o requerimento de insolvência contra os dois promotores de jogo está relacionado com uma carta remetida pela subsidiária do grupo Galaxy Entertainment. De acordo com informação divulgada pela Iao Kun, a Galaxy Entertainment defendeu que os dois promotores de jogo não cumpriram as suas obrigações, não tendo reembolsado linhas de crédito no valor de 321 milhões de dólares de Hong Kong. A Iao Kun referiu em Dezembro que as linhas de crédito para a Sang Heng e a Sang Lung estavam garantidas pelo presidente do grupo, Lam Man Pou e o seu director executivo, Vong Hon Kun. No início deste mês a Iao Kun anunciou a demissão de Lam e Vong das suas posições. Ambos deixam a direcção mas mantêm-se na empresa, assinala o mesmo portal, o primeiro como director de marketing e o segundo como chefe de operações.


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Macau na calha para receber “Espaço Cidadão” A revelação foi feita na sexta-feira passada por José Luis Carneiro. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas lembrou que o segundo espaço do género abre portas em São Paulo a 29 de Março. O governante não descarta a possibilidade de Macau vir a receber valências do género, ainda que o território conte com forte concorrência de Londres e de Bruxelas. RITA SANTOS REELEITA PARA A PRESIDÊNCIA DO CONSELHO REGIONAL DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS Rita Santos foi na sexta-feira reeleita para o cargo de Presidente do Conselho Regional das Comunidades Portuguesas na Ásia e na Oceânia, cujos membros estiveram reunidos no território no final da semana passada. O organismo abarca a jurisdição da China, Macau, Hong Kong, Australia, Timor Leste, Tailandia, Coreia, Singapura , Indonesia , Japão e India. Sílvia Rend, Conselheira de Portugal na Austrália, foi eleita Vice-Presidente do Conselho e Armando de Jesus como secretário do organismo.

Sereno confirma novos representantes no Fórum Macau DIPLOMACIA A visita do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas a Macau, José Luís Carneiro, deu azo a que fossem confirmadas as notícias avançadas pela Rádio Macau na semana passada relativamente à representação de Portugal junto do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. A delegada da AICEP em Macau, Maria João Bonifácio, é a nova delegada de Portugal no Fórum Macau, confirmou na sexta-feira o cônsulgeral de Portugal em Macau, Vítor Sereno. Por outro lado, Rodrigo Brum, ex-chefe de gabinete na secretaria para a Economia e Finanças do Executivo do último governador de Macau, Vasco Rocha Vieira, passa a ser secretário-geral adjunto do Fórum, confirmou ainda Vítor Sereno, que falou aos jornalistas à margem do encontro do secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, com associações representantes da comunidade portuguesa radicada em Macau. A delegada da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) substitui Vítor Sereno como representante de Portugal no Fórum Macau, tal como tinha noticiado a imprensa local. A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau. O Fórum Macau tem um secretariado permanente e reúne-se a nível ministerial de três em três anos. O secretariado permanente tem um secretáriogeral (Xu Yingzhen, indicada por Pequim) e dois secretários-gerais-adjuntos, um deles nomeado pelos países de língua portuguesa e outro indicado pelo Governo de Macau (Echo Chan). Integram ainda o secretariado sete delegados de sete países de língua portuguesa (Portugal, Brasil, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Timor-Leste). São Tomé e Príncipe, que até ao ano passado mantinha relações diplomáticas com Taiwan, não faz parte da organização. A quinta conferência ministerial decorreu no território entre 11 e 12 de Outubro último com a presença de cinco primeiros-ministros (da China, Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique), naquela que foi a representação de mais alto nível de sempre. Angola, Brasil e TimorLeste fizeram-se representar por ministros.

O Governo português está a equacionar a abertura de “Espaço Cidadão” em Macau. A novidade foi avançada à agência Lusa na passada sexta-feira por José Luis Carneiro. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas lembrou que o Executivo de Lisboa vai inaugurar no dia 29 de Março em São Paulo, no Brasil, uma “loja do cidadão” à medida das necessidades da comunidade portuguesa radicada na maior cidade da América Latina. “Levámo-lo em primeiro lugar para Paris, porque se trata do posto consular com maior movimento, estamos a falar de um posto com mais de um milhão de inscritos e 200 mil actos consulares. Vamos inaugurar o segundo ‘Espaço Cidadão’ em São Paulo no dia 29 de março, também é um consulado que teve 192 mil atos consulares no ano de 2016” disse José Luís Carneiro, no segundo e último dia da sua visita a Macau. A abertura de um espaço semelhante no território, também em resposta a pedidos dos conselheiros locais, está a ser equacionada, mas compete com outras prioridades como Londres e Bruxelas: “Vamos depois avançar com o objetivo de criar um espaço consular em Londres, que é uma comunidade que precisa de uma atenção muito especial do Estado português por força das circunstâncias que está a viver, nomeadamente o ‘brexit’. Temos também Bruxelas, uma comunidade que cresceu muito, praticamente duplicou o

número de portugueses. Queremos depois levar a experiência a outros postos consulares”, afirmou Carneiro, antes de se reunir com os conselheiros das comunidades portuguesas da Ásia-Oceânia. “Naturalmente que Macau não pode deixar de ser um objetivo de extensão do ‘Espaço Cidadão’ às comunidades portuguesas. Mas para isso é necessário que haja uma dimensão de infraestrutura tecnológica. É uma questão que é preciso solucionar porque há uma parte dos serviços que são disponibilizados pela administração pública portuguesa que está em Portugal. Como aqui há uma diferença horária de oito horas, há este obstáculo que tem de ser vencido”, explicou o secretário de Estado, não se comprometendo com uma data para a abertura do espaço. José Luís Carneiro garantiu que a abertura das novas valências não implica a contratação de mais funcionários – difíceis de conseguir e com salários muito abaixo da média salarial praticada no território –, já que a estratégia é “garantir que os funcionários que hoje estão apenas concentrados nos actos consulares possam ter uma formação por forma a que possam tornar o seu trabalho ainda mais eficiente”. “Em regra, são os mesmos funcionários que já temos nos postos consulares”, esclareceu. A abertura de um ‘Espaço Cidadão’ tem vindo a ser pedida por Macau, com a conselheira Rita Santos a explicar que a sua existência facilitaria

“não só a ida dos chineses a Portugal, com a obtenção mais rápida de vistos”, mas também para [os residentes de] Macau” poderem tratar dos seus impostos, taxas de autarquia, sem recorrerem a amigos ou advogados a quem precisam de pagar. Rita Santos, que é presidente do conselho regional das comunidades portuguesas da Ásia e Oceânia, voltou a insistir na falta de funcionários no consulado, que diz ser “um problema grave”, que se reflecte no elevado número de pessoas que contactam os conselheiros para ajuda com marcações para renovação de documentos, “simples esclarecimento dos procedimentos de aquisição de nacionalidade” ou pedidos de apoio “de jovens empresários que querem ir para Portugal ou estudantes que querem integrar as universidades”: “Se o consulado tivesse um número adequado de funcionários, isso poderia ser feito pelo consulado”, frisou, indicando que a dificuldade em contratar pessoas é também explicada pelos “salários tão baixos”. A conselheira alertou ainda o secretário de Estado para a importância de Portugal “dar mais atenção a Macau”: “Temos de olhar para os jovens portugueses [em Macau] porque sinto que não estão a dar muito amor e carinho a Portugal. É preciso mais sensibilização, para que os jovens possam ir a Portugal, conhecer Portugal, principalmente os lusodescendentes que já não têm tanta ligação como nós tínhamos antigamente”, sublinhou.

VÍTOR SERENO EM MACAU DURANTE MAIS ALGUM TEMPO Vítor Sereno deverá continuar a ocupar o cargo de Cônsul Geral de Portugal para Hong Kong e Macau durante mais algum tempo. A garantia foi dada na sexta-feira pelo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, em declarações à Rádio Macau. O governante luso garantiu que o Governo liderado por António Costa não tem qualquer outro nome” para o cargo de chefe da diplomacia de Portugal na RAEM. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas deixou rasgados elogios ao trabalho feito por Sereno ao longo dos últimos anos: “Vítor

Sereno tem feito um trabalho de grande qualidade. Muita proximidade com as instituições de língua portuguesa em Macau. Temos o hábito de manter o tempo das pessoas que se encontram nestes postos se não estiverem reunidas as condições para manter o nível de qualidade de trabalho”, disse José Luís Carneiro, ouvido pela Rádio Macau. O governante português garantiu que “Vítor Sereno vai cumprir o mandato” e que a continuidade do diplomata será reavaliada mais tarde.


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ponto final • SEG 27 MAR, 2017

Conselheiras das comunidades na Austrália querem aproximação a Lisboa e a Macau Sílvia Renda e Melissa da Silva querem que o Governo de Lisboa promova mecanismos de “aproximação política” à comunidade portuguesa radicada na Austrália. O repto foi deixado na sexta-feira no território, à margem de um encontro em que as duas conselheiras não esconderam também o desejo de estreitar as relações com Macau no domínio do ensino da língua portuguesa.

ROCHA VIEIRA HOMENAGEADO PELO INSTITUTO INTERNACIONAL DE MACAU O último governador de Macau, Vasco Rocha Vieira, foi homenageado na última sexta-feira pelo Instituto Internacional de Macau. O organismo, liderado por Jorge Rangel, atribuiu a Rocha Vieira um certificado de reconhecimento “pelos relevantes apoios concedidos ao IIM desde o início do seu funcionamento e pelo acompanhamento permanente e interessado das suas actividades”. Num breve comunicado, o Instituto Internacional de Macau recorda que Rocha Vieira é membro honorário do organismo desde 2004, altura em que o estatuto foi também conferido a título póstumo a Joaquim Morais Alves. As fotografias de ambos foram descerradas na sexta-feira na sede do Instituto internacional de Macau.

Ministro da Economia de Portugal marcou presença no Fórum BOAO As conselheiras das comunidades portuguesas para a Austrália e para a Nova Zelândia apelaram na sexta-feira, em Macau, a um maior trabalho quer do Governo, quer dos partidos portugueses para promoverem uma “aproximação política”, de modo a evitar a fraca participação eleitoral. “Acho que tem de haver uma aproximação política porque as pessoas podem estar recenseadas, ter métodos de voto efectivos, mas para se dirigirem para votar precisam de perceber um bocadinho de política, sobre os partidos políticos. Temos situações em que a comunidade relata que apesar de estar recenseada não sabe em quem vai votar, porque não sabe qual é a política, qual vai ser o impacto neles como imigrantes”, disse Sílvia Renda, conselheira em Melbourne. “Acho que há uma boa oportunidade para o Governo português e para os partidos políticos para fazerem um bocadinho mais de trabalho com as comunidades”, acrescentou. Sílvia Renda e Melissa da Silva participaram na sexta-feira no encontro regional de conselheiros das comunidades portuguesas da Ásia-Oceânia, em Macau, com o secretário de Estado José Luís Carneiro. Num universo de cerca de 60 mil portugueses,

a Austrália conta com números reduzidos de eleitores recenseados: em Melbourne são cerca de 150 numa comunidade de 17 mil pessoas, e em Sydney são pouco mais de mil num conjunto de cerca de 30 mil portugueses. “Temos muito poucas pessoas recenseadas na Austrália”, lamentou Sílvia Renda, sublinhando a importância dessa aproximação e também da simplificação do processo administrativo em si. A conselheira lamentou também a redução do número de trabalhadores do consuladogeral em Sydney, de sete para cinco, uma diminuição que garante ter impacto no funcionamento da representação diplomática, até porque é frequente que um dos funcionários se desloque a outro consulado no país para “permanências consulares”, aumentando a “pressão grande” em Sydney. Melissa da Silva, representante em Sydney, explicou que o perfil da comunidade está a mudar, com os novos emigrantes portugueses a afastarem-se da profissão predominante na primeira geração, a construção: “Há muitos portugueses a chegar à Austrália, não só para a construcção mas para a área da tecnologia, do marketing,

pessoas muito qualificadas que entram bem na comunidade australiana”, explicou. Com o secretário de Estado as conselheiras pretendiam discutir formas de apoiar mais os idosos portugueses na Austrália, e promover o ensino da língua portuguesa: “A nossa comunidade está a ficar cada vez mais envelhecida e as necessidades dessas pessoas são bastante diferentes das comunidades que estão a chegar agora, dos novos emigrantes portugueses na Austrália. Essa parte da nossa comunidade precisa de apoios sociais, de informação sobre os serviços que existem, e há uma oportunidade boa para desenvolver essa parceria” entre o Governo australiano e o português, indicou Sílvia Renda. As conselheiras esperam também estreitar a cooperação com Macau no domínio do ensino do português: “A promoção da língua portuguesa é extraordinária [em Macau] em relação ao que está a acontecer na Austrália. O IPOR (Instituto Português do Oriente) está a fazer um óptimo trabalho e temos [recebido] bastante apoio na formação de professores. Gostávamos de ver outras oportunidades de juntarmos forças”, concluiu Renda.

FINANÇAS: LISBOA E MACAU PREPARAM-SE PARA REVER ACORDO DE TROCA DE DADOS O Secretário de Estado português para os Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, chega a Macau a 5 de Abril e na agenda do Governante está sobretudo a revisão do acordo sobre a troca de informações fiscais entre o território e Lisboa. A notícia foi avançada na sexta-feira passada pelo semanária Plataforma. O jornal adianta que as negociações ainda se encontram em curso, mas assegura, ainda assim, que o novo memorando deve ser assinado durante a visita que Fernando Rocha Andrade se prepara para fazer à RAEM. Depois de firmado o novo protocolo, os bancos de Macau terão que passar a divulgar o saldo das contas dos seus clientes à máquina tributária de

Portugal, o mesmo sucedendo em relação aos bancos portugueses e aos clientes do território que eventualmente possam ter. A assinatura dos novos termos torna possível que a permuta de informações seja feita dentro das novas directivas da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico. As normas da OCDE deverão começar a ser aplicadas no território a partir de 2018, obrigando à revelação de dados como o nome dos clientes, o número de contribuinte e o saldo de contas bancárias. Estas informações, lembra a Rádio Macau, podem ser entregues a pedido de terceiros ou de forma automática e espontaneamente.

COOPERAÇÃO O ministro da Economia do Executivo português, Manuel Caldeira Cabral, participou até ao dia de ontem no Fórum Asiático BOAO, conhecido como ‘Davos asiático’, na província de Hainan, a ilha situada no extremo sul da China. Desde 2002, o Fórum Asiático BOAO reúne empresários, investidores, empresas e organizações internacionais, e esta edição tem como tema “Globalização e livre-comércio na perspectiva asiática”, e conta com a presença de 80 ministros de vários países. Ao contrário das edições anteriores, inauguradas ao mais alto nível - em 2015 com o Presidente chinês, Xi Jinping, e no ano passado com o primeiro-ministro, Li Keqiang - este ano a abertura coube ao viceprimeiro-ministro chinês Zhang Gaoli. O evento serviu para reforçar a nova postura próglobalização adoptada por Pequim, numa altura em que um crescente populismo atinge vários países do Ocidente. Durante a deslocação ao Continente, Manuel Caldeira Cabral participará ainda da inauguração da obra ‘Pop Galo’, da artista portuguesa Joana Vasconcelos, no 798 Art District, em Pequim. OP evento contará também com a presença da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. A China é, desde 2011, o maior mercado emissor de turistas do mundo. No total, 183.000 turistas chineses visitaram Portugal em 2016, um acréscimo de 20 por cento, face ao ano anterior, e gastaram 80 milhões de euros. O estabelecimento de uma ligação aérea directa entre a China e Portugal, que está prevista arrancar em meados deste ano, e a abertura de um novo centro de emissão de vistos em Hangzhou, na costa leste da China, fazem parte da agenda de Ana Mendes Godinho. A deslocação da secretária de Estado portuguesa ao Continente coincide ainda com a realização de sessões de encontros entre mais de uma dezena de empresas portuguesas e operadores turísticos chineses, organizada pelo Turismo de Portugal em cinco cidades da República Popular da China. De acordo com uma nota enviada à agência Lusa pelo gabinete de Ana Mendes Godinho, estão ainda previstas reuniões em Pequim com produtores chineses, visando a apresentação de Portugal como destino privilegiado de filmagens.


10 | CULTURA

ponto final • SEG 27 MAR, 2017

Nova fase da Cinemateca inclui programa de residências para realizadores DIGRESSÃO MUNDIAL DA TAIWANESA A-MEI VAI PASSAR POR MACAU EM MAIO No dia 3 de Maio, a cantora taiwanesa A-Mei vai estar em Macau para um concerto inserido na digressão com que celebra vinte anos de carreira. A tournée “aMEI Utopia 2.0 Carnival World Tour” – que resulta do resgate e actualização da digressão “Utopia” que aconteceu em 2015 – vai apresentar as músicas mais conhecidas da cantora. “Estou muito entusiasmada por voltar a Macau para a digressão mundial (...). Mal posso esperar por apresentar um bom espectáculo e dar o meu melhor aos fãs. Vai ser uma grande noite de música com uma energia fantástica”, disse A-Mei à organização do espectáculo. O certame vai decorrer no Studio City Event Center, às 20h de três de Maio. Os bilhetes vão estar à venda a partir de amanhã, pelas 11h, e o preço varia entre as 280 e as 880 patacas. Os interessados também podem optar por adquirir um pacote com alojamento incluído.

Dia Mundial da Criança celebrado com espectáculo que junta música e artes performativas EFEMÉRIDE A Orquestra de Macau vai celebrar o Dia Mundial da Criança com “A Aventura de DóRéMi”, um espectáculo pensado, como não podia deixar de ser, para agradar aos mais novos. À música do organismo liderado por Lu Jia junta-se o teatro da Associação das Artes Pequena Montanha, sendo assim apresentada “uma fusão entre uma história original e música clássica.” O espectáculo está agendado para o dia 3 de Junho , pelas 14h30, no Auditório da Torre de Macau. A associação teatral – a primeira organização artística do território dedicada em exclusivo ao desenvolvimento de artes performativas para a infância – “integra, na sua peça original, peças clássicas seleccionadas pela Orquestra de Macau, incluindo (...) composições musicais tais como ‘O Gato Dançante’, ‘Missão Impossível’ e ‘Pantera Cor-de-Rosa’”, lê-se em comunicado enviado pelo Instituto Cultural. O conceito em que o grupo faz assentar o trabalho que desenvolve passa por incentivar a criatividade e a reflexão, expondo as crianças à diversidade das artes cénicas. Entre as obras dramáticas para crianças trabalhadas pela Associação das Artes Pequena Montanha incluemse peças como “Os Músicos de Bremen – Teatro Musical para Crianças”, “Uma Estrela na Galáxia” ou “The Happy Prince and The Little Match Girl.” A Associação de Artes Pequena Montanha já marcou presença em eventos locais, mas também em iniciativas na vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong, em Xangai e Hangzhou. Os bilhetes para o “Concerto do Dia da Criança – A aventura de DóRéMi” já se encontram à venda na Bilheteira Online de Macau pelo preço de 120 patacas. O espectáculo é recomendado para crianças com idade superior a três anos.

A abertura oficial da Cinemateca Paixão, cuja gestão e programação está agora entregue à empresa CUT Lda, decorre na próxima quinta-feira. O novo responsável pelo espaço, Albert Chu, pretende aproximar o público de Macau da produção fílmica local, mas também potenciar o encontro e a partilha entre realizadores, através da realização de workshops e da criação de residências cinematográficas. SÍLVIA GONÇALVES SILVIAGONCALVES.PONTOFINAL@GMAIL.COM

Depois de um período de funcionamento experimental, a Cinemateca Paixão é formalmente inaugurada a 30 de Março, às 18h45. Na abertura oficial do espaço serão apresentadas três curtas-metragens dos realizadores locais Tracy Choi, Chao Koi Wang e António Faria. Na mesma noite, pelas 20h30, terá ainda lugar uma abertura destinada aos cineastas de Macau. Na nova fase da casa do cinema, a gestão e programação cabem à empresa CUT Lda., ligada à Associação Audiovisual CUT. O seu director, Albert Chu, aponta como meta para os próximos três anos fazer da Cinemateca uma plataforma para a apresentação da produção cinéfila local, mas também para a projecção de cinema independente que chega de fora. Uma contínua partilha de ideias e projectos que integra ainda workshops e programas de residência para realizadores. “Penso que no futuro queremos que a Cinemateca seja uma plataforma para os filmes locais de Macau e também os outros filmes independentes, para que eles ali possam apresentar os seus trabalhos. E também um espaço para que realizadores locais e estrangeiros possam trocar as suas ideias”, conta Albert Chu ao PONTO FINAL. A programação, agora traçada pela CUT, inclui ainda um contacto mais próximo com realizadores, nomeadamente os que chegam de fora do território. “Teremos diferentes programas de projecção e ao mesmo tempo teremos diferentes workshops relacionados com cinema. E também teremos residências,

vamos convidar realizadores para terem uma cooperação mais longa com a Cinemateca, para fazerem workshops e projectarem lá os seus filmes. Portanto, será muito diverso, não só a nível de programas como de workshops”. Para além dos festivais temáticos - como o programa “Realizador em Foco”, que se vão realizar todos os meses a partir de Abril, e durante dois fins-de-semana por mês – serão apresentados dois filmes produzidos em Macau, num programa designado “Descobrir Macau: Produções Independentes Locais Revisitadas”, com entrada livre: “Todos os meses vamos projectar filmes de realizadores locais, aos sábados e domingos. Para que todos possam conhecer melhor os projectos de realizadores locais. E ao mesmo tempo também vamos projectar filmes de diferentes lugares, todos os meses. E também teremos diferentes tópicos, projecções especiais de realizadores locais, projecções de mulheres realizadoras. O ‘Descobrir Macau’ é o programa normal, em que vamos projectar um ou dois filmes de realizadores locais todos os meses”, explica Albert Chu. Já o programa de residências cinematográficas destina-se sobretudo a criadores exteriores ao território: “Para os realizadores locais nós temos outro programa. No próximo Verão vamos pedir a alguns realizadores locais que conduzam diferentes workshops. Para o ‘realizador em residência’ queremos convidar realizadores de outras áreas, para

que possam trocar ideias com realizadores locais”. Um programa de residência que deverá começar “por volta de Junho”, adiantou. Chu detalha ainda a divisão de funções dentro da empresa que, após concurso público, está agora responsável pela gestão e programação da Cinemateca: “Eu sou o responsável pela empresa, mas quem estará em funções na Cinemateca será a Rita Wong [também da associação CUT]. Eu sou o consultor artístico para a Cinemateca. Em relação ao programa e operação, a Rita saberá mais detalhes, mas eu saberei sempre o que vai acontecer”, admite. Nos próximos três anos, Albert Chu espera sedimentar o modo de funcionamento da Cinemateca, lançando as bases para o futuro da estrutura: “O nosso contrato é para três anos e nestes primeiros três anos queremos estabelecer uma base de como operar isto tudo, para que no futuro a Cinemateca possa operar mais suavemente. Numa primeira fase iremos testar e tentar tudo”. O responsável da Associação Audiovisual CUT pretende ainda voltar as atenções do público para a produção local e para o cinema distante do figurino comercial: “Queremos que as pessoas possam apreciar a produção local, e que ao mesmo tempo se interessem em conhecer produções diferentes, em vez do que chamamos filmes comerciais. Portanto, aumentar a valorização face aos locais e deixá-los conhecer mais sobre produção local. Esta é uma das principais missões da Cinemateca”, remata.

“OS AZEITONAS” CONFIRMAM CONCERTO EM MACAU A banda portuguesa Os Azeitonas estreia-se ao vivo em Macau, no final do próximo mês, integrada nas comemorações do 25 de Abril. O concerto materializa-se no âmbito da digressão que o agrupamento iniciou em Fevereiro, foi no fim de semana anunciado “Este será mais um ano a percorrer o país de norte a sul, com passagens por palcos tão diversos como a Semana Académica da Covilhã, a estreia no Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra) ou no Cine Teatro Garrett (Póvoa de Varzim), na Casa da Música

(Porto) ou no CCB (Lisboa). 2017 marca a estreia da banda em Macau, integrando o programa das Comemorações do 25 de Abril”, refere a editora discográfica Warner Music, num comunicado divulgado na sexta-feira. A banda, cujo mais recente álbum “AZ” data de 2013, está a preparar um novo disco, “previsto para o final deste ano”. Entretanto, em Maio, deverá ser divulgado o segundo single e respectivo vídeo desse disco, ainda sem nome. O primeiro single, “Fundo da Garrafa”, foi divulgado na noite de passagem de ano.


CHINA | 11

ponto final • SEG 27 MAR, 2017

Pequim vai retomar importação de carne brasileira As autoridades chinesas vão reatar a importação de carne com origem no Brasil. A garantia foi dada pelo Ministro da Agricultura brasileiro, menos de uma semana depois de Pequim ter suspenso as importações de carne com origem no maior país da América Latina.

Hong Kong: Stephen Hawking falou para plateia sob a forma de holograma CIÊNCIA

O governo brasileiro anunciou no sábado que a República Popular da China, um dos seus principais mercados, vai retomar as importações de carne brasileira, depois da polémica em torno das práticas neste sector. “A China anunciou hoje [sábado] a reabertura total do seu mercado à carne brasileira”, afirmou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, num comunicado citado pela Agência France Presse. Na quarta-feira, um porta-voz do ministério chinês do Comércio tinha indicado que o país decidiu suspender as importações de carne de vaca oriundas do Brasil, na primeira confirmação oficial de Pequim sobre a interdição de carne brasileira. Uma operação policial no Brasil detectou um esquema de facilitação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos. De acordo com a polícia federal brasileira, funcionários públicos eram subornados por directores de empresas para darem aval a carnes com prazos de validade já

ultrapassados ou para a exportação de produtos adulterados. Entre as práticas a que as empresas recorreram, foi comprovado o uso de químicos para melhorar o aspecto da carnes, a falsificação de etiquetas com a data de validade ou a inclusão de alimentos não adequados para consumo na elaboração de enchidos. Blairo Maggi não precisou quando serão retomadas as importações, mas referiu que a reabertura do mercado chinês “atesta a solidez e a qualidade do sistema sanitário brasileiro” e “mostra o espírito de confiança” que existe entre os dois países. O Ministério precisou que as únicas restrições dizem respeito a produtos provenientes de 21 fábricas de transformação de carne visadas pelo inquérito que esteve na origem deste escândalo. A República Popular da China é o segundo maior comprador de carne de vaca do Brasil, com mais de 703 milhões de dólares de importações em

NOVA ZELÂNDIA: LI KEQIANG INICIOU VISITA DE QUATRO DIAS O primeiro-ministro da República Popular da China, Li Keqiang, chegou ontem à Nova Zelândia para uma visita oficial de quatro dias. Trata-se da primeira visita àquele país oceânico desde que Li tomou posse como primeiro-ministro em 2013. Durante a visita, de quatro dias, Li vai reunir-se com o seu homólogo neozelandês, Bill English, e com a governadora geral Patsy Reddy. Além de Wellington, o primeiro-ministro chinês vai também deslocar-se a Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia.

2016. Quanto à carne de frango, a China também figura em segundo lugar, com perto de 859,5 milhões de dólares de exportações. Na sexta-feira, o Governo de Hong Kong anunciou a intenção de retirar do mercado a carne brasileira exportada por seis das 21 empresas que se encontram sob investigação depois de ter sido descoberto um mega-escândalo relacionado com a exportação de produtos estragados ou adulterados. A autoridades da antiga colónia britânica já tinham proibido todas as importações de carne O anúncio acontece depois de a polícia brasileira ter revelado, em 17 de Março, um esquema realizado por empresas com o objectivo de subornar inspectores da saúde alimentar para certificar carnes estragadas. A China também suspendeu todas as importações e as autoridades brasileiras dizem que as exportações caíram de 63 milhões de dólares para apenas 74 mil dólares por dia.

HOMEM DETIDO EM HONG KONG COM MAIS DE 25 QUILOS DE MARFIM NA BAGAGEM Um homem foi detido no sábado no Aeroporto Internacional de da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong após a polícia ter detectado que transportava cerca de 25 quilogramas de alegado marfim trabalhado, noticiou ontem o jornal South China Morning Post. O valor dos produtos apreendidos no Aeroporto Internacional de Hong Kong foi estimado em aproximadamente 514 mil dólares de Hong Kong. As autoridades alfandegárias interceptaram o homem, de 20 anos, à sua chegada na tarde de sábado à Região Administrativa Especial procedente de Harare, Zimbabwé, via Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O suposto marfim trabalhado foi encontrado numa mochila do homem e dentro de um colete, feito à medida, que estava no interior da sua bagagem de mão. O caso foi entregue ao Departamento de Agricultura, Pescas e Conservação da antiga colónia britânica para ulterior investigação. Ao abrigo da legislação de Hong Kong, quem for culpado de importar ou exportar espécies ameaçadas de extinção sem licença arrisca uma pena máxima de 5 milhões de dólares de Hong Kong e até dois anos de prisão.

O astrofísico britânico Stephen Hawking esteve na sexta-feira em Hong Kong sem ter verdadeiramente ali estado. O célebre cientista falou a uma audiência na RAEHK através de um holograma, numa sessão em que se discutiu ciência, mas também política. O astrofísico britânico surgiu perante uma audiência de centenas de pessoas que aplaudiram e tiraram fotografias, num evento em que Hawking falou da sua carreira e respondeu a perguntas sobre a possibilidade de existência de vida noutros planetas, o uso da tecnologia na educação e o impacto do ‘brexit’ no Reino Unido. Hawking, de 75 anos, disse que a eleição do Presidente norteamericano Donald Trump faz parte de uma cadeia de “sucessos da extrema-direita” que vão ter implicações graves para o futuro da inovação científica: “Com o ‘brexit’ e Trump (…) estamos a assistir a uma revolta global contra os especialistas”, disse, naquela que foi a sua primeira aparição na vizinha Região Administrativa Especial desde 2006. A viragem à direita surge numa altura em que o mundo enfrenta múltiplas crises ambientais, do aquecimento global à desflorestação, acrescentou: “As respostas a estes problemas vão surgir da ciência e da tecnologia”, disse. Hawking sofre de esclerose lateral amiotrófica, uma doença neurodegenerativa que afecta os nervos que controlam os movimentos voluntários, que o deixou paralisado, só conseguindo comunicar através de um sintetizador de voz. O evento foi organizado pela empresa de jogos chinesa NetDragon Websoft, em parceria com a ARHT Media, que cria hologramas digitais humanos de celebridades, incluindo o guru espiritual Deepak Chopra, o orador motivacional Tony Robbins e o ‘rapper’ The Notorious B.I.G. A tecnologia – que permite a um humano aparecer e interagir com audiências em múltiplas localizações em simultâneo - está a expandir-se. PUB

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CRIMINAL ANÚNCIO PROCESSO EXECUÇÃO DE SENTENÇA SOB A FORMA SUMÁRA (APENSO) n.º CR3-13-0009-PCC-C 3º JuÍzo Criminal Exequente: 美高梅金殿超濠股份有限公司 MGM GRAND PARADISE S.A., 法人住所位於 Avenida Dr.Sun Yat Sen, n�er�� �er�� er�� ����, Edi�i�i�� MGM Ma�au,Ma�au。 Ma�au,Ma�au Exe�utad��: 麥夢嬋(MAK MONG SIM) ,�asada, mai��r, titular de Bilhete de Identidade de Residente Permanente da Regiã�� Administrativa Espe�ial de Ma�au,Nº�39�949(3), residente em Ma�au 黑沙環新街裕華大廈第�座3樓C室。 *** FAZ-SE SABER que n��s aut��s a�ima indi�ad��s sã�� �itad��s ��s �red��res des���nhe�id��s d��s exe�utad��s para, n�� praz�� de QUINZE DIAS, que ���meça a ���rrer dep��is de �inda a dilaçã�� de vinte dias, ���ntada da data da segunda e �ltima publi�açã�� d�� an�n�i��, re�lamarem �� pagament�� d��s seus �rédit��s pel�� pr��dut�� d��s bens penh��rad��s s��bre que tenham garantia real e que sã�� ��s seguintes: Bens penh��rad��s C��mparti�ipaçã�� pe�uni�ria �ria ria n�� Desenv��lviment�� E���n�mi��� d�� an�� ����. * Dep�sit��s Instituiçã�� de �rédit�� de Ma�au Ban��� da China, Ma�au Bran�h (���nta n.º ��-��-��-����38, perten�ente à Exe�utada) Ban��� da China, Ma�au Bran�h (���nta n.º ��-��-��-�7�53�, perten�ente à Exe�utada) Industrial and C��mmer�ial Bank ��� China (Ma�au), Limited (���nta n.º ���9���4�����5893�4, perten�ente à Exe�utada) Industrial and C��mmer�ial Bank ��� China (Ma�au), Limited (���nta n” ���9���4�����5894�8, perten�ente à Exe�utada) Ban��� Na�i��nal Ultramarin�� (���nta n .º 9��9���984, perten�ente à Exe�utada) Ban��� Tai Fung (���nta n.º ��9-�-�73��-�, perten�ente à Exe�utada)

M��eda

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*** RAEM, 8 de Març�� de ���7 O Juiz, TANG CHI LAI * A Escrivã Judicial Especialista FU MEI CHAN �ª VEZ

“PF” �7 de Març�� de ���7


12 | REGIÃO

ponto final • SEG 27 MAR, 2017

Da quizomba e de outros demónios Os ritmos da quizomba, estilo musical com origem em Angola, já chegaram ao outro lado do mundo, até Timor-leste. Popular, a dança não agrada a todos e há quem a queira ver banida por considerar que coloca em questão o futuro dos jovens.

Um pastor protestante que lidera a comissão nacional de luta contra o VIH/sida em Timor-Leste considerou que a quizomba, uma das danças

mais populares no país asiático, “estraga o futuro dos jovens” que a praticam. Citadas na imprensa timorense, as declarações

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TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL ANÚNCIO Execução Ordinária n°. CV1-13-0074-CEO 1.º Juízo Cível Exequente: AO IEONG KAI TONG, de sexo masculino, casado; WONG HANG KIO, de sexo feminino, minino, inino, casada;; AO IEONG IN IOK, de sexo feminino, casada; e 歐陽麗娟, de sexo feminino, casada, todos residentes em Macau na Rua da Praia do Manduco, n.���� ��, edif�cio Kam �on�, �.�� andar �. Executado: OUYANG JIANYUN, de sexo masculino, casado, titular do B.I.R.M. n.�� 1xx1xx�(0), com última residência conhecida em Macau na Rua de Silva Mendes, n.�� �7, edificio Man Yuen, 2.�� andar F. *** FAZ-SE SABER, que foi desi�nado o dia 19 de Abril de 2017, pelas 14:30, na deste Tribunal e no processo acima indicado, para venda por meio de propostas em carta fechada, de se�uinte bem penhorado: Imóvel Denominação da fracção autónoma: “F2”; Situação: Rua de Silva Mendes, n.���� �7, edificio Man Yuen, 2.�� andar F. Fim: Para habitação; Número de descrição na �onservatória do Re�isto Predial: n��.12�47, descrito a fls.129 verso do �ivro B�4; Número de matriz: 071079. * O Valor base da venda: MOP�.907.440,00 (cinco milhões, novecentas e sete mil, quatrocentas e quarenta Patacas). * São convidados todos os interessados na compra daquele bem a entre�ar na Sccção �entral deste Tribunal, as suas propostas, até ao momento da abertura, sendo que o preço das propostas deve ser superior ao valor acima indicado, devendo o envelope da proposta, conter, a indicação de “PROPOSTA EM CARTA FECHADA” bem como o “NÚMERO DO PROCESSO: CV113-0074-CEO”. No dia da abertura das propostas podem, querendo, os proponentes assistir ao acto. Durante o prazo dos editais e anúncios, os proponentes, a fim de prote�er os seus interesses, podem, caso queiram, antes de apresentar quaisquer propostas diri�ir-se à fiel depositária, Sra. AO IEONG IN IOK, com telefone 6�2�404�, que prestará as informações necessárias a quem pretenda fazer propostas, podendo fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspecção. Quaisquer titulares de direiro de preferência e de remição na alienação do bem supra referido, podem, querendo, exercer o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se al�uma proposta for aceite, nos termos da art.�� 7�7.�� e art.�� �06.�� do �.P.�. Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., aos 20 de Março de 2017. * A JUIZ DE DIREITO, ANA MEIRELES O Escrivão Judicial Adjunto, Carlos Assunção 1ª VEZ

“PF” 27 de Março de 2017

configuram a mais recente polémica protagonizada por Daniel Marçal, responsável pela política da comissão de retirar a promoção do uso do preservativo como medida de proteçcão contra o HIV/sida. Citado pelo jornal Timor Post, Daniel Marçal considera que a quizomba “habitua os jovens a dançar de forma provocativa”, o que “estraga o s e u f u t ur o ” , s e n d o preocupante que os mais novos, quando terminam a escola, estejam a aprender a dançar desta forma. A notícia surge na mesma semana em que uma deputada do CNRT, o maior partido timorense, Bendita Moniz Magno, considerou que o Facebook está a contribuir para o aumento da sida em Timor-Leste porque permite mais contactos entre os jovens. As declarações, nos dois casos, foram proferidas num encontro com alunos que se realizou na Escola Secundária Nobel da Paz no final desta semana. Responsáveis timorenses têm manifestado preocupação sobre as linhas orientadoras da política seguida pela Comissão Nacional de Combate ao HIV-SIDA (CNCS) e por outras estruturas, devido à influência da igreja, em Timor-Leste. No ano passado o ministro da Educação de TimorLeste defendeu que, apesar do conservadorismo e

das posições religiosas da sociedade timorense, é essencial aumentar os programas de educação sobre planeamento familiar e protecção contra doenças sexualmente transmissíveis: “São assuntos muito delicados para tratar em Timor-Leste por causa destas posições de cultura e do cristianismo. Mas tudo volta à educação, especialmente das populações que ainda estão com um nível educativo muito básico que podem não estar ainda preparadas para questões como o planeamento familiar”, afirmou António da Conceição à Lusa. Críticas têm sido feitas, por exemplo, ao facto de a CNCS ter deixado de fazer a recomendação do uso de preservativos, optando por medidas de promoção do “autocontrolo”. Esta postura é criticada por funcionários do sector da saúde e representantes de algumas organizações da sociedade civil que apontam para o aumento de doenças de transmissão sexual, incluindo hepatites, e para a falta de programas adequados de prevenção. Questionado sobre a alteração da política, Daniel Marçal explicou que se trata de “uma mudança de método”, que pretende “mudar mentalidades e hábitos” e não “estimular o sexo livre”. Em declarações à Lusa, Marçal referiu-se ao “pecado” do que definiu como “sexo livre”.

DERROCADA DEIXOU CINCO PESSOAS SOTERRADAS EM GUIZHOU Pelo menos cinco pessoas ficaram soterradas num prédio na sequência de um desabamento ocorrido na madrugada de domingo na província chinesa de Guizhou, no sudoeste da China. O desmoronamento teve lugar na aldeia de Baga, no condado de Panxian, para onde foram mobilizados mais de 300 bombeiros, polícias e médicos para a operação de resgate. A causa do desabamento está a ser investigada.

Duplo atentado no Bangladesh fez pelo menos seis vítimas TERRORISMO O número de vítimas do duplo atentado à bomba perpetrado perto de um edifício onde permanecem barricados supostos terroristas no nordeste do Bangladesh subiu para seis durante o dia de domingo, indica o mais recente balanço facultado por fontes médicas e policiais. De acordo com os dados, fornecidos à agência noticiosa espanhola Efe, foram ainda registados mais de meia centena de feridos: “Seis pessoas morreram no incidente, incluindo dois polícias, e muitas outras ficaram feridas”, disse Basudev Banik, subcomissário da polícia de Sylhet, localidade onde permanecem barricados insurgentes desde sexta-feira. Entre os feridos do duplo atentado figura o chefe dos serviços de informação do corpo de elite da polícia do Bangladesh, o tenente coronel Abul Kalam Azad, que foi transferido para um hospital da capital, Daca, “devido ao seu grave estado”, explicou o mesmo responsável. A investida terrorista teve lugar na tarde de sábado a poucas centenas de metros do prédio de cinco andares, onde os insurgentes se barricaram depois de dois homens, a bordo de um motociclo, terem lançado um engenho explosivo contra um grupo de pessoas na zona que, um pouco mais tarde, foi palco de nova explosão. Entretanto, no edifício tomado pelos presumíveis terroristas, comandos especiais do Exército tentam concluir a operação depois de ter conseguido retirar, ao longo do dia de sábado, 78 moradores do imóvel. A polícia explicou que quando as forças de segurança se aproximaram do edifício, os insurgentes gritaram “Deus é grande”, ao mesmo tempo que lançaram explosivos, detalhando que acreditam que pode haver ainda quatro pessoas no interior do prédio, incluindo uma mulher.

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AUSTRÁLIA: CICLONE DEBBIE OBRIGA À EVACUAÇÃO DE ZONAS COSTEIRAS As autoridades australianas anunciaram ontem uma ordem de evacuação para diversas localidades costeiras do estado de Queensland, no nordeste do país, face à chegada do ciclone Debbie, o mais potente dos últimos anos. O Departamento de Meteorologia indicou que a tempestade, de categoria 4, avança pelo Pacífico com ventos de 250 quilómetros por hora, esperando-se que toque terra na próxima terça-feira perto de Townsville, a mil quilómetros a norte de Brisbane, a capital estatal. O director regional de Meteorologia, Bruce Gunn, alertou que a chegada do ciclone Debbie pode provocar uma forte ondulação em amplas zonas da costa. Debbie deverá ser o ciclone mais potente a afectar a Austrália desde o Yasi, em 2011, que gerou uma forte ondulação que esteve na origem de inúmeros danos no litoral, de

acordo com o mesmo responsável. O conselho regional de Whitsunday, onde se espera que o fenómeno toque terra, ordenou a evacuação de várias localidades costeiras, enquanto o governo estatal indicou que as escolas vão permanecer fechadas na segundafeira.


DESPORTO | 13

ponto final • SEG 27 MAR, 2017

Boletins de voto em braille são um sinal de que algo está a mudar O Director Executivo da Macau Special Olympics saúda a decisão da Comissão Eleitoral de avançar com boletins de voto em braille, ainda que a solução possa não ser a mais eficaz. Hetzer Siu diz que a sugestão demonstra um maior respeito do Governo pelos problemas com que se deparam os residentes portadores de deficiência. A solução até pode nem ser a mais eficaz, mas a proposta feita pela Comissão dos Assuntos Eleitorais para a Assembleia Legislativa (CAEAL) de introduzir boletins de voto em braille é um sinal de que o panorama está a mudar no que diz respeito à preocupação com as necessidades dos portadores de deficiência . A observação foi ontem feita por Hetzer Siu à margem de uma conferência de imprensa realizada na zona da Areia Preta. O director Executivo da Macau Special Olympics considera positivo o esforço feito pela CEAL no sentido de responder às dificuldades com que se deparam os invisuais do território: "No meu entender, se os boletins forem introduzidos será um avanço. Mesmo que os resultados da experiência

não sejam os melhores neste escrutínio, é já um primeiro passo. No meu entender, ainda assim, o Governo pode e deve fazer mais para demonstrar que se preocupa com os problemas dos residentes do território com necessidades especiais", defendeu Hetzer Siu Yu Hong. "Neste momento, a comunicação que mantemos com o Governo ainda é afectada por uma grande dose de incompreensão. O Executivo propõe soluções e espera que os portadores de deficiência se adaptem a essa soluções e neste âmbito as coisas não funcionam de todo assim", remata o dirigente. Na semana passada, a Associação de Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência Visual criticou a CAEAL por promover uma

solução dificilmente facilitará a vida aos invisuais do território, uma vez uma boa parte dos 1400 cegos de Macau nunca chegaram a aprender a ler em braille. Hetzer Siu diz entender a indignação dos invisuais do território, mas recorda que quem perdeu a visão em idade adulta tem uma vantagem efectiva sobre quem nunca teve

Bis de Ronaldo em triunfo claro de Portugal sobre a Hungria MUNDIAL 2018 A selecção portuguesa de futebol bateu no sábado a Hungria por 3-0, com um ‘bis’ de Cristiano Ronaldo, num encontro em que foi claramente superior aos magiares e se manteve na luta pelo apuramento directo para o Mundial2018. No Estádio da Luz, Ronaldo marcou aos 36 e 65 minutos, depois de André Silva ter aberto a contagem aos 32, e alcançou a marca dos 70 golos com a camisola das ‘quinas’. Na fase de apuramento, já leva nove em apenas quatro partidas. Com este triunfo – o oitavo consecutivo na Luz em jogos oficiais – Portugal continua na perseguição à Suíça, que lidera o Grupo B com três pontos de vantagem, e ficou muito perto de assegurar pelo menos o ‘play-off’, já que termina a quinta jornada com cinco a mais do que a Hungria. Destaque também para João Moutinho, que entrou em campo já perto do fim, aos 83 minutos, e tornou-se no quinto jogador da história com mais internacionalizações, chegando às 95, mais uma do que o reformado Rui Costa. Ao contrário do que tinha acontecido no Euro2016, em que as duas selecções empataram a três bolas, Portugal foi muito superior a uma Hungria que só nos minutos finais conseguiu chegar à baliza de Rui Patrício. De resto, a selecção lusa dominou a partida como quis, muito graças a William Carvalho e André Gomes, que controlaram o miolo, e também a Pepe e José Fonte, que estiveram quase perfeitos na defesa. No jogo de Lyon, Dzsudzsak, conhecido por ter um excelente remate com o pé esquerdo, fez dois dos golos dos húngaros. Oito meses depois, em Lisboa, não teve qualquer oportunidade para alvejar a baliza da Patrício, tal foi a atenção dos defesas lusos. Com Nani lesionado, o seleccionador Fernando Santos optou por chamar Ricardo Quaresma ao ‘onze’ titular, quando se esperava que Bernardo

Silva fosse o escolhido, e fez regressar Cédric ao lado direito da defesa. A verdade é que Portugal não precisou de impor grande intensidade nem muita velocidade na partida, tal foi o domínio, sobretudo a partir dos 15 minutos. William e André Gomes mostravam-se ‘donos e senhores’ do meio campo, falhando apenas algumas vezes nas saídas para o ataque, sobretudo devido a alguma lentidão. Depois de Cristiano Ronaldo já ter ficado perto de marcar, aos 20 minutos, os campeões europeus chegaram à vantagem por André Silva, aos 32, naquele que foi o quinto golo do avançado na qualificação para o Campeonato do Mundo. Raphael Guerreiro, que fez uma primeira parte de grande nível, sobretudo no apoio a ataque, apareceu solto na esquerda, lançado por Ronaldo, e ‘sacou’ um cruzamento perfeito para André Silva encostar para as redes. Pouco depois, aos 36 minutos, foi a vez do jogador do FC Porto assistir, com um belo toque de calcanhar, Cristiano Ronaldo para o segundo golo da selecção nacional. O ‘capitão’ recebeu a bola à entrada da área e de pé esquerdo desferiu um remate rasteiro e seco, não dando hipóteses a Gulácsi. Portugal regressou aos balneários com praticamente a vitoria no bolso, mas Ronaldo fez questão de arrumar de vez com a questão, aos 65 minutos, de livre directo, desta vez com o guardião húngaro a parecer algo mal batido. Até final, Portugal foi gerindo o encontro, perante uma Hungria que ainda tentou por duas vezes o golo de honra, mas em ambos lances falhou a baliza de Rui Patrício. Moutinho entrou aos 83 minutos, para o lugar de João Mário, e passou a ser o quinto futebolista com mais jogos pela selecção nacional, enquanto Pizzi, a actuar em ‘casa’, foi lançado aos 86 (rendeu André Gomes) e fez a sua primeira partida oficial por Portugal.

capacidade de ver. Até agora, os procedimentos eleitorais não contemplam nenhum regime de excepção e aos invisuais era apenas permitido que votassem presencialmente, anda que por interposta pessoa. A maior parte dos cegos do território, equaciona Hetzer Siu, votariam com a ajuda dos pais: "Quando se é titular de um cartão de deficiente, a Comissão dos Assuntos Eleitorais para a Assembleia Legislativa permite que outras pessoas ajudem o portador de deficiência a votar. Os portadores de deficiências profundas, sejam deficiências físicas ou intelectuais, deficilmente se podem deslocar e a questão do direito ao voto também suscita problemas técnicos", explica Hetzer Siu. O director executivo da Macau Special Olympics diz que parte

do problema pode ser resolvida se o Governo se predispuser a melhorar o sistema de avaliação dos portadores de deficiência: "O Centro de Avaliação Geral de Reabilitação tem como competência única a avaliação do grau de deficiência dos residentes. As necessidades dos que não possuem o cartão não são tidas em conta", acusa o responsável. "Os deficientes intelectuais que não estão acreditados ou que não são funcionários públicos ou estudantes com necessidades educativas especiais ou que não têm idade superior a 65 anos têm que suportar as despesas com tratamentos e com tudo o resto. O que é que podem fazer para se sentirem integrados?", questiona Hetzer Siu. Os reparos do dirigente da Macau Special Olympics foram feitos à margem de uma

iniciativa destinada a avaliar a condição física dos portadores de deficiência intelectual do território, em domínios como a saúde oral ou a nutrição. O Governo oferece serviços médicos básicos ao nível da saúde oral e comparticipa as despesas averbadas com intervenções cirúrgicas especiais, mas quando os problemas se complicam, os apoios do Executivo nem sempre são suficientes para cobrir as despesas. Apesar da Macau Special Olympics contar com o apoio de instituições privadas, como a operadora de jogo Sands China, o esforço dispendido no capítulo da prevenção nunca é demais, defendeu ontem Hetzer Siu: "Vamos fazer mais trabalho ao nível da precaução. Sugerimos por exemplo aos pacientes mais pesados que pratiquem desporto e tenham algum cuidado com a alimentação. Os planos nutricionais não estão cobertos pelos apoios do Governo e a Macau Special Olympics propõese acompanhar estes casos, permitindo, deste modo, que os custos com este tipo de questões sejam reduzidos", remata Hetzer Siu. PUB


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ÓCIO W W W. M A R I A H E L E N A . P T

ESPECTÁCULO E EXPOSIÇÃO “SEEDS IN SPRING” ATÉ ABRIL ARMAZÉM DO BOI

“Seeds in Spring” é uma série de exposições e espectáculos promovida pela associação cultural Armazém do Boi que tem feito confluir no território, desde os primeiros dias deste mês, vários artistas locais e de outras partes do globo. Março será marcado por exposições das artistas plásticas locais Lei Cheok Mei e Yoyo Wong, pela dança de Candice Lou e Oscar Cheong no espectáculo “Body Practicers: Dancers in Residence” e por um workshop do multifacetado artista português Gil Mac.

AGENDA CULTURAL MACAU EXPOSIÇÃO “28+28 | 28 ARTISTAS + 28 OBRAS EM FEMININO” ATÉ 16 DE ABRIL ALBERGUE SCM Vinte e oito trabalhos artísticos da autoria de 28 mulheres vão preencher as paredes da galeria do Albergue SCM para assinalar o Dia Internacional da Mulher. Entre as 28 obras, a pintura é a linguagem

CARNEIRO Carta do Dia: Rei de Ouros, que significa Inteligente, Prático. Amor: Melhore o relacionamento com as pessoas que ama. Seja mais feliz. Saúde: Tendência para a tristeza. Saia com os seus amigos. Dinheiro: Inteligência em alta! Boa altura para se lançar em novos desafios. TOURO Carta do Dia: Valete de Paus, que significa Amigo, Notícias Inesperadas. Amor: O amor paira no ar e virá de onde menos espera. Saúde: Combata o envelhecimento tomando chá de pétalas roxas. Dinheiro: Um amigo poderá abrir-lhe uma nova porta a nível profissional. GÉMEOS Carta do Dia: 8 de Espadas, que significa Crueldade. Amor: Prepare uma surpresa para o seu par. Seja sábia e cuide da sua relação. Saúde: Para a rouquidão tome chá de alcaçuz. Dinheiro: Hoje alguém poderá ser cruel consigo. Não desanime. Tudo se resolverá! CARANGUEJO Carta do Dia: Rei de Espadas, que significa Poder, Autoridade. Amor: Evite preocupar-se demasiado. A pessoa que ama só pensa em si. Saúde: É o momento ideal para começar uma dieta. Dinheiro: No trabalho, deve ser mais autoritária. Faça-se respeitar. LEÃO Carta do Dia: O Carro, que significa Sucesso. Amor: Óptimo ambiente familiar. Saúde: Faça algum tipo de exercício. Combata o sedentarismo. Dinheiro: Com determinação e mão firme alcançará o sucesso. VIRGEM Carta do Dia: A Papisa, que significa Estabilidade, Estudo e Mistério. Amor: Mantenha-se a estabilidade no seu lar dizendo coisas boas ao seu par. A palavra tem muita força. Saúde: Melhore a memória comendo sementes de girassol e amêndoas. Dinheiro: Poderá colocar em marcha um projecto muito importante.

BALANÇA Carta do Dia: 3 de Paus, que significa Iniciativa. Amor: Partilhe com o seu par aquilo que lhe vai na alma. Alcance a felicidade. Saúde: Aprenda a relaxar. Fazer respirações longas pode ajudar muito. Dinheiro: Tome a iniciativa e proponha um negócio a um amigo. ESCORPIÃO Carta do Dia: 3 de Espadas, que significa Amizade, Equilíbrio. Amor: Faça um programa divertido com amigos. São um verdadeiro tesouro. Saúde: Controle o apetite. Beber um copo de água antes das refeições ajuda. Dinheiro: Irá sentir-se confiante. Aproveite a onda para traçar novas metas na carreira. SAGITÁRIO Carta do Dia: Rei de Paus, que significa Força, Coragem e Justiça. Amor: Terá força para dizer ao seu par o que anda a preocupá-la. Saúde: Se sofre de alergia tome chá de rooibos. Dinheiro: Fase favorável para iniciar novos projectos. Coragem! CAPRICÓRNIO Carta do Dia: 5 de Espadas, que significa Avareza. Amor: Evite ser tão apegada aos bens materiais. O amor é, sem dúvida, o mais importante. Saúde: Chegou a hora de inscrever-se numa actividade física. Ginástica, natação… Dinheiro: Fale abertamente com os seus superiores. Digalhe que precisa de novas tarefas para crescer. AQUÁRIO Carta do Dia: 8 de Copas, que significa Concretização, Felicidade. Amor: Uma relação pode nascer através de uma troca de olhares. Abra as portas à felicidade. Saúde: Descanse mais. Liberte-se da tensão acumulada. Dinheiro: Contenha os gastos extra. PEIXES Carta do Dia: Cavaleiro de Espadas, que significa Guerreiro, Cuidado. Amor: Seja mais cuidadosa nas atitudes com a pessoa amada. Controle o humor. Saúde: Faça todos os dias algo de que goste muito. Ouvir música, dançar, ler. Dinheiro: Evite que o trabalho afete outras áreas da sua vida. Descontraia.

mais frequente, com temas e estilos diversos. A exposição “28+28 | 28 artistas + 28 obras em feminino” assenta na sinergia entre culturas de lugares onde se fala a língua portuguesa, como Macau, Portugal, Moçambique, Brasil, Angola ou São Tomé e Príncipe. EXPOSIÇÃO “OUR SPIRITUAL HOME II – INSTALATION BY YEN-HUA LEE” DE 2 DE ABRIL A 7 DE MAIO ARMAZÉM DO BOI Yen-Hua Lee explora os conceitos de tempo, espaço e memória através de um trabalho de instalação. A artista, oriunda de Taiwan, vai também conduzir um workshop sobre encadernação de livros e uma sessão de partilha sobre a sua experiência enquanto artista no âmbito de uma residência. Lee estará no Armazém do Boi no âmbito do programa Artist-in-Residence 2017. ESPECTÁCULO “GUNS AND FLOWERS – EXPERIMENTAL THEATRE WORK” DIAS 21 E 22 DE ABRIL ARMAZÉM DO BOI “Guns and Flowers – Experimental Theatre Work” é um projecto dramatúrgico desenvolvido pelo Armazém do Boi que tem como ponto de partida o papel e o lugar da mulher em períodos de conflitos. O espectáculo cruza os conceitos de guerra e género através da mistura interdisciplinar de teatro, música e movimento. ARTE NO GELO “A AVENTURA NO GELO DO PANDA DO KUNG FU COM AS ESTRELAS DO UNIVERSO DREAMWORKS” DESDE 16 DE MARÇO COTAI EXPO, VENETIAN O certame que une a fantasia e o gelo regressa a Macau para gáudio dos mais novos. A “Aventura no Gelo do Panda do Kung Fu com as Estrelas do Universo DreamWorks” é considerado, na Ásia, o maior evento anual do género na Ásia: personagens de desenhos infantis são esculpidas detalhadamente em blocos de gelo, animadas por luzes e efeitos sonoros. O espectáculo deste ano traz novas personagens de filmes de animação da DreamWorks como “O Panda do Kung Fu”, “Madagáscar”, “Shrek” ou a série “How to Train Your Dragon”. EXPOSIÇÃO “VIAGEM SEM TÍTULO” ATÉ 14 DE MAIO MUSEU DE ARTE DE MACAU Lin Ge viajou até aos lugares da sua infância e pintou cenários que – teme - já desapareceram ou estão prestes a desaparecer. Nascido em Macau, o artista contraria, nas suas ilustrações, o desenvolvimento sem freio que se apoderou da cidade, destacando nas três dezenas de obras que compõem a mostra “Viagem Sem Título” a transformação da zona Norte de Macau. Lin Ge teima em guardar na memória as imagens de uma cidade que tanto desperta estranheza, como familiaridade, mas usa também o cartão postal para registar a viagem de revisitação na qual embarcou para criar o seu último projecto artístico.

ESPECTÁCULO “ARROZ” 15 DE ABRIL CENTRO CULTURAL DE MACAU “Arroz” é um espectáculo de dança contemporânea acompanhada da combinação de sons etéreos transversais às canções tradicionais Hakka e às composições clássicas de Camille Saint-Saens e Richard Strauss. O cenário – que exibe projecções centradas na cultura do arroz – rodeia o grupo de bailarinos que fundem a coreografia de dança contemporânea e as artes marciais. O espectáculo foi concebido pela companhia de dança-teatro Cloud Gate, de Taiwan, e pensado pelo seu fundador Lin Hwai-min. EXPOSIÇÃO “AMOR POR MACAU, FOTOGRAFIAS DE LEE KUNG KIM” ATÉ 9 DE JULHO MUSEU DE ARTE DE MACAU “Amor por Macau – Fotografias de Lee Kung Kim” é uma exposição de fotografia documental co-organizada pelo Museu de Arte de Macau (MAM) e pela Associação de Fotógrafos a Preto e Branco de Macau e que reúne 150 imagens do autor falecido em 2015. Os trabalhos fotográficos de Lee, que começou a fotografar nos anos 50 e fez carreira em Macau, foram doados para integrarem a colecção permanente do MAM. EXPOSIÇÃO “AD LIB – OBRAS RECENTES DE KONSTANTIN BESSMERTNY” ATÉ 28 DE MAIO MUSEU DE ARTE DE MACAU A mais recente exposição do artista russo inclui 34 peças, quase todas em grande escala, concebidas em anos recentes. Pintura, escultura, instalação e técnica mista são os meios de expressão do pintor numa mostra que toca temas como a cultura Pop, o planeta Terra, o aquecimento global ou a dicotomia Oriente/Ocidente. EXPOSIÇÃO “AS TELECOMUNICAÇÕES AO LONGO DO TEMPO” ATÉ 7 DE ABRIL GALERIA DE ESTAÇÃO POSTAL DO CARMO Os visitantes vão poder explorar, nesta exposição, o desenvolvimento dos métodos e equipamentos de comunicação de maior impacto na vida dos residentes de Macau ao longo das últimas cinco décadas. “A Loja da Nossa Infância”, “Lar no Passado” ou “Super Modelos de Telefone” são algumas das áreas em que se encontra dividida a mostra, despertando memórias visuais e sonoras. EXPOSIÇÃO “99999 BY IEONG MAN PAN” A PARTIR DE 30 DE MARÇO CREATIVE MACAU Ieong Man Pan, um artista jovem que nasceu e cresceu em Macau, vai expor os seus mais recentes trabalhos na Creative Macau. A exposição intitulase “99999 by Ieong Man Pan” e tem a fotografia conceptual como meio de expressão, apresentando uma perspectiva abstraccionista dos objectos. O fotógrafo já mostrou os seus trabalhos em lugares como o Regency Art Hotel e na exposição anual do Salão de Outono, na Fundação Oriente.


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KONG: SKULL ISLAND

programação

Um filme de Jordan Vogt-Roberts

CANAL MACAU 13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:50 RTPi Directo 17:10 Mentes Criminosas Sr.9 17:50 Geração Brasil (Repetição) 18:40 Contraponto (Repetição) 19:40 Os Nossos Dias Sr.1 20:30 Telejornal 21:00 TDM Desporto 22:10 Geração Brasil 23:00 TDM News 23:30 Magazine Liga dos Campeões 00:05 Qualificação Campeonato do Mundo 2018 - Resumo 00:30 Telejornal (Repetição) 01:05 RTPi Directo

CANAL DESPORTO

CINETEATRO

TORRE DE MACAU

POWER RANGERS

BEAUTY AND THE BEAST

Um filme de Dean Israelite 14h30, 16h45, 19h15, 21h30

Um filme de Peter Chelsom 14h30, 16h45, 19h15, 21h30

VAMPIRE CLEANUP DEPARTMENT

Um filme de Anthony Yan e Hang Chiu 16h45, 18h POWER RANGERS

LIFE

Um filme de Daniel Espinosa 14h30, 16h30, 19h30, 21h30

UA GALAXY CINEMAS

KONG: SKULL ISLAND

Um filme de Jordan Vogt-Roberts 14h15, 16h30, 21h30

LOGAN

SILENCE

Um filme de James Mangold 13h30, 14h, 16h10, 18h40, 21h10

Um filme de Martin Scorsese 18h45

KONG: SKULL ISLAND

Um filme de Dean Israelite 13h40, 16h10, 19h50, 21h20, 23h20, 0h10 LIFE

Um filme de Daniel Espinosa 14h35, 16h, 19h10, 22h10, 23h45

Um filme de Jordan Vogt-Roberts 13h, 15h15, 16h30, 17h30, 18h50, 19h45, 21h10, 22h, 23h30

10:00 12:20 12:40 14:10 15:00 16:00 18:00 20:00 20:55 21:00 22:00 22:20 22:50 23:00 00:55 03:00 03:10 03:40

FINA World Cup Swimming - Tokyo 2016 Sports Weekly Highlight World Snooker Tour 2016/2017 - The Masters : Q.F. BWF World Superseries 2017 - All England Badminton Championships: Singulares Femininos – Meias-Finais BWF World Superseries 2017 - All England Badminton Championships: Singulares Masculinos – Meias-Finais 2018 FIFA World Cup Qualifiers : Georgia vs Serbia (Repetição) 2018 FIFA World Cup Qualifiers : Italy vs Albania (Repetição) 2018 FIFA World Cup Qualifiers : Republic of Ireland vs Wales (Gravado) Sport News 2018 FIFA World Cup Qualifiers : Republic of Ireland vs Wales (Gravado) 2018 FIFA World Cup Qualifiers Highlights Sports Equipment Sport News 2018 FIFA World Cup Qualifiers : Spain vs Israel (Repetição) 2018 FIFA World Cup Qualifiers : Switzerland vs Latvia (Gravado) Sports Weekly Highlight BWF World Junior Championships Eye-Level Cup 2016 Highlights : Men’s Double - Semi Final 2018 FIFA World Cup Qualifiers : Portugal vs Hungary (Gravado)

TDM HD 06:30 07:00 08:00 09:00 09:30 09:50 10:30 12:00 12:30 13:00 13:25 13:30 14:00 15:00 16:00 16:30 17:00 17:30 18:00 19:00 20:00 21:30 22:05 22:30

DSEJ Information TDM Morning News Good Morning Macau Vegetarianism Our People, Our Life Singing China Our Blissful Game Repeat of Good Morning Macau Private Kitchens Our People, Our Life TDM Focus Noon News China Legal Law and Cases Repeat of Good Morning Macau Vegetarianism Back to the Wild Our People, Our Life Half a Century of Memory Happy Legend of Wai Ying Hung Our Blissful Game Singing China Our People, Our Life Secret Door

LEITURAS A CULPA NÃO É SEMPRE DA MÃE Sónia Morais Santos «É tão certo como dois e dois serem quatro, como a noite vir a seguir ao dia, como o Natal ser a 25 de dezembro. Mãe que é mãe sente culpa. Culpa do que fez e do que não fez e podia ter feito. Culpa com fundamento e sem fundamento. Com base em relatos de diversas mães, recorrendo à análise de psicólogos, pediatras, e com a experiência de 12 culposos anos de maternidade, a jornalista Sónia Morais Santos, mãe de três crianças, traz-nos um livro bemhumorado, onde as leitoras se vão comover com algumas histórias, identificar-se com outras tantas situações, gozar consigo próprias, pensar sobre a maternidade e rir-se à gargalhada com situações por que todas já passaram.

CIÊNCIA PARA MENINOS EM POEMAS PEQUENINOS Regina Gouveia Ciência e poesia existem nas coisas que nos cercam, à espera de mentes curiosas como as das crianças, que vivem intensamente cada momento. Qual a criança que não se encanta com o arco-íris, com as folhas que dançam ao sabor do vento ou as bolas de sabão que flutuam no ar? Qual a criança que não levanta questões ao ver-se “reproduzida” num espelho, ao ver que o Sol se esconde de noite, a Lua se esconde de dia e que há corpos que flutuam e outros não? Neste livro, de uma maneira simples e divertida, a autora alia a imaginação poética ao rigor científico, sem esquecer a sensibilização para os problemas ambientais.


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ÚLTIMA

ponto final • SEG 27 MAR, 2017 A LITERATURA HISTÓRICA DE MACAU ESTEVE ONTEM EM DISCUSSÃO

O “Memory of the World Knowledge Center” de Macau, inserido num programa com cunho da UNESCO, promoveu uma palestra sobre a literatura local, onde foram apresentados recursos históricos sobre a literatura do território a professores e a alunos de instituições de ensino de Macau. De acordo com a emissora em língua chinesa da Rádio Macau, uma dirigente da “Macau Documentation and Information Society” (MDIS) disse, no seu discurso durante o encontro, que a iniciativa teve como objectivo contrariar as dificuldades na promoção da educação sobre a literatura histórica de Macau e a cultura local, que precisa de chegar aos jovens o mais depressa possível.

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RODRIGO DE MATOS

PONTO FATAL

SEBASTIAN VETTEL ENTRA A VENCER NO MUNDIAL DE FÓRMULA 1

PUBLICADO NO EXPRESSO | PONTO FINAL

O alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, venceu este domingo o Grande Prémio da Austrália, primeira prova do campeonato mundial de Fórmula 1, impondo-se ao britânico Lewis Hamilton (Mercedes), que partiu da ‘pole position’. O terceiro lugar do pódio foi ocupado pelo finlandês Valterri Bottas, companheiro de Hamilton na Mercedes. Vettel, quatro vezes campeão do mundo, concluiu a corrida em 1:24.11,670 horas, menos 9,975 segundos do que o tempo conseguido por Hamilton. Após a vitória, o piloto declarou que a sua equipa está no campeonato “para lutar”: “Temos muito caminho pela frente, agora estou muito feliz. Foi um inverno difícil e uma corrida incrível”, afirmou. A lista de pilotos que tiveram de abandonar a prova, inicialmente com cinco nomes, foi entretanto actualizada pelas agências noticiosas internacionais. Em causa estão sete pilotos: o australiano Daniel Ricciardo (Red Bull), o francês Romain Grosjean (Haas), o britânico Jolyon Palmer (Renault), o sueco Marcus Ericsson (Sauber), o canadiano Lance Stroll (Williams), o dinamarquês Kevin Magnussen (Haas) e o espanhol Fernando Alonso (McLaren-Honda). A Mercedes tinha partido para a temporada de Fórmula 1 como favorita, apostando em Lewis Hamilton depois do abandono do campeão mundial Nico Rosberg, que se retirou do desporto após conquistar o primeiro Mundial da carreira. O Grande Prémio da Austrália, no circuito de Melbourne, foi o primeiro de um calendário com 20 provas, menos uma do que na temporada transacta, depois da saída do Grande Prémio da Alemanha por disputas comerciais com a administração do campeonato. A 68.ª edição do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 termina a 26 de Novembro, em Abu Dhabi.

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