#22 OUT/NOV DEZ/JAN
‘2015 15/‘16 €5
AGENTES DE VIAGENS CADA PORTUGUÊS É TÊM AGENTE DE REVOLUCIONAR-SE UM TURÍSTICO OPINIÃO
António Perez Connect to Success, Metelo programa introduz-nos da àembaixada HELPO, saiba dos oEUA que parapode empresárias fazer
ANÁLISE TECNOLOGIA
As mulheres Managed Travel no Turismo. 3.0, o futuro Quais os desafios das viagensque enfrentam no setor corporativas
ANÁLISE ATUALIDADE
Saiba diretiva Nova o que vai mudar na europeia legislação das viagens europeia sobre viagens organizadas
TECNOLOGIA EM FOCO
Cuidado com Descansar nos as apps queas aeroportos, descarrega soluções mais no seu aparelho móvel confortáveis
GRANDE ENTREVISTA JOÃO COTRIM COMENDADOR DE FIGUEIREDO RUI HORTA PRESIDENTETOPMIC DO CHAIRMAN TURISMO DEPORTUGAL PORTUGAL TURISMO
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Índice
Ficha Técnica
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“O agente [de viagens] tem de se revolucionar”
O presidente da TOPMIC Turismo Portugal, Rui Horta, considera que os profissionais das agências de viagens têm de ser conhecedores ao mínimo detalhe daquilo que vai acontecer ao passageiro numa viagem e avisá-lo antes de acontecer.
Propriedade Amadeus Soluciones Tecnologicas, S.A. Sucursal em Portugal
Sede Rua de São José, 35 - 4º andar 1150-321 Lisboa, Portugal Tel.: 21 321 30 99 - Fax: 21 322 58 75 E-mail: pontoturismo@pt.amadeus.com
Diretor Geral Miguel Ángel Puertas
Diretora da Ponto Turismo Helena Torres Bimestral · Ano - 2016 - Edição 22
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Coordenação Editorial pontoturismo@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99
Produção de Conteúdos e Edição Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Tel.: 214 037 656 · mediapearl@mediapearl.pt
Publicidade htorres@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99
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Opinião Connect to Success
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Grande Entrevista Comendador Rui Horta Criar a TOPMIC foi um desafio em plena presença da Troika
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Em Foco
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Entrevista Caderno
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António Guimarães “Inclusão da DCC enfraquece as agências de viagens”
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Soluções
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Notícias Lucro ajustado Amadeus chega aos 611,9 milhões de euros até Setembro
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A olhar para o horizonte do Managed Travel 3.0
Ilustração Capa Pedro Taquelim
Fotografia Mediapearl
Descansar nos aeroportos
Amadeus Customer Profiles
Tecnologia
Análise - Tendências do Turismo Europeu: tecnologia, competências e transportes - O consumidor do turismo de nichos: O caso das regiões turísticas transfronteiriças
Atualidade Nova Diretiva da Viagens organizadas
Produção Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Rua de Xabregas, 2, Piso 2, Sala 2.06 / 2.07 1900-440 Lisboa mediapearl@mediapearl.pt
Impressão e Acabamento RBM - Artes Gráficas
Tiragem 1600 exemplares
Viagem de: Pedro Granger “A viagem da vida é aquela que falta fazer”
Registo na ERC N.º 126281
Depósito Legal N.º 350109/12
A revista Ponto Turismo é uma publicação da Amadeus Portugal. A empresa não se identifica necessariamene com o conteúdo dos artigos nem com as opiniões dos seus colaboradores. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia da empresa editora.
Editorial
A Bola de Cristal
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uando se inicia um novo ano, é inevitável fazer o balanço do que aconteceu no anterior e tentar puxar o lustro à nossa bola de cristal privada para prever o que vai acontecer. 2015 foi um ano muito interessante para o turismo, mas o passado só me interessa na medida em que afeta o futuro, e não é pouco. Não se pode ignorar que mudámos de Governo e os responsáveis institucionais desta indústria terão algo a dizer em 2016. Recentemente, no congresso da APAVT, ouvi a intervenção da nova Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. Perdi a conta às vezes que utilizou as palavras “investimento” e “turismo” na mesma frase e isso agradou-me. É indiscutível que esta indústria continua a ser o motor da economia, mas apesar de não ser impermeável aos ciclos de crise, tem mostrado uma resiliência à prova de bala. Mas na minha opinião, e espero coincidir com a SET, é necessário investir constantemente, porque as mudanças que se produzem são rápidas e contínuas e só com investimento coerente com a legislação, formação de profissionais, tecnologia e promoção, se podem enfrentar estas mudanças. Portugal continua a bater recordes de crescimento no turismo e as opiniões que se refletem no New York Times, no The Guardian, na CNN, ou na revista Forbes, apontam Portugal como o país mais atrativo de toda a Europa. E não falam apenas da cosmopolita e supertrendy Lisboa, ou de se perder pelas ruas e cais do Porto. Falam das serras e do património histórico do norte, das praias do Algarve e do Alentejo, da natureza e das tradições das ilhas dos Açores e da Madeira. Falam, na realidade, das infinitas possibilidade que há em todo o país. Há que tirar proveito disso em termos de negócio, e na minha humilde opinião, há quatro linhas que penso que devemos ter em conta. A primeira é a legislativa. As empresas turísticas
As competências dos profissionais que trabalham neste setor devem ser adequadas e para isso só há um segredo: formação contínua
têm de trabalhar e desenvolver-se num ambiente legislativo estável e que facilite o negócio. A nova legislação para viagens organizadas, por exemplo, deveria facilitar a possibilidade de sermos capazes de comercializar tudo o que este país tem para oferecer de uma forma segura e cómoda. Sejamos práticos e realistas, senhores legisladores. A segunda é humana. As competências dos profissionais que trabalham neste setor devem ser adequadas e para isso só há um segredo: formação contínua. Não falo apenas de hard skills, em sistemas e processos. Falo das competências soft: negociação, técnicas de venda, etc. Essas são realmente as difíceis de cunhar livremente. E o profissional que tenha as duas facetas será o profissional completo que qualquer empresa turística deveria desejar. Invistam em formação, caros colegas do grémio do turismo! Em terceiro lugar está a tecnologia. A platarforma tecnológica em que trabalhamos deve ser tão boa que até nos esquecemos que existe. Passo a explicar: a tecnologia é um meio, não um fim. Deve ser, nada mais (e nada menos) que o meio em que se apoiam os profissionais para gerar negócio. Aqui, penso que esta casa (Amadeus) tem muito a dizer. As principais companhias aéreas que operam em Portugal trabalham em Amadeus, e esse pequeno grão de areia é a nossa contribuição para fazer com que os agentes de viagens que trabalham connosco tenham a garantia de que a plataforma tecnológica que utilizam é a melhor e que os seus viajantes se movimentam sem surpresas. Por último não esqueçamos que devemos promover este património. A forma de falar de qualquer coisa no mundo mudou muito nos últimos anos. Não só temos de pensar na cobertura e na rapidez de difusão das redes sociais. A essa velocidade e alcance há que dar-lhe também certeza e pontaria. Se às capacidades das redes sociais lhes somarmos uma boa gestão de dados e uma análise de tendências com uma ferramenta de Marketing Intellingence, temos uma arma de promoção infalível, capaz de ativar alavancas de promoção em zonas concretas e momentos concretos. Eu vendi a minha bola de cristal já há algum tempo, mas vaticino um bom ano para Portugal em muitas coisas, e como vivo da indústria do turismo, espero que seja melhor do que bom. Gostava que fossemos capazes de encontrar a receita secreta para fazer com que este país e nós os profissionais que trabalhamos no turismo, sejamos capazes de gerar muito negócio e estas quatro linhas que menciono poderiam ser uma boa base para começar. Desejo a todos um magnífico ano 2016! Miguel Ángel Puertas Acting General Manager #22 DEZ/JAN 2016
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Opinião Connect to Success
Kim Sawyer
Embaixatriz dos EUA em Portugal
Programa Connect to Success
Apoio ao empreendedorismo feminino da Embaixada dos EUA Quando soube que o meu marido, Robert Sherman, ia ser o novo Embaixador Norteamericano em Portugal, pensei logo que esta seria uma ótima oportunidade para proporcionar a terceiros as oportunidades às quais tive a sorte de ter acesso ao longo da minha carreira. Tal como o Bob, eu queria ter a certeza que sairia de Portugal tendo feito uma diferença.
E
sta foi a motivação que levou ao desenvolvimento do Connect to Success, um programa da Embaixada dos EUA em Lisboa, que visa fortalecer a economia Portuguesa ao apoiar o crescimento de PMEs detidas por mulheres, que foi lançado dois meses após chegarmos a Portugal, em julho de 2014. Em suma, o objetivo desta iniciativa é ajudar mulheres a ultrapassarem barreiras no que respeita ao crescimento dos seus negócios, aumentando a sua emancipação económica, e desta forma fortalecer a economia Portuguesa. O Connect to Success tem três componentes formais; um programa de mentoring empresarial, um programa de consultoria com alunos de MBA e mestrado, e workshops educativos gratuitos. No primeiro programa as PMEs detidas por mulheres trabalham durante um ano com uma equipa de mentores de uma grande empresa, composta por executivos com valências diferentes, o que lhes permite, muitas vezes pela primeira vez, distanciarem-se das tarefas do dia a dia e dedicarem-se à empresa de uma forma geral. O projeto de consultoria com alunos de MBA/mestrado dá às empreendedoras a oportunidade de verem um dos seus desafios de gestão abordado por grupos de alunos de MBA e mestrado durante um semestre. Permite também que os alunos apliquem os seus recém-adquiridos conhecimentos de gestão e competências de consultoria a projetos reais. Ambos ganham experiência prática e conhecimentos aprofundados. Os workshops estão focados em desenvolver competências práticas necessárias para que as empreendedoras possam gerir uma empresa de sucesso. Tenho muito orgulho em poder partilhar que em setembro, o Connect to #22 DEZ/JAN 2016
Success recebeu o European Diversity Award para o Melhor Programa de Diversidade de Inclusão da Europa. E, mais recentemente, no mês passado, o Connect to Success foi distinguido com um International Stevie Award, na categoria de “Mulheres a Ajudar Mulheres”, em Nova Iorque. Contudo, mais importante que os prémios são os resultados. Tenho ainda mais orgulho em poder dizer que em pouco mais de um ano, o Connect to Success tem mais de 360 mulheres registadas como membros, que têm beneficiado das diferentes componentes to programa, e tiveram acesso a várias oportunidade de networking. Em termos do programa de consultoria com alunos de MBA/mestrado, durante os dois semestres académicos de 2015, algumas das melhores escolas de gestão Portuguesas (Catolica Lisbon School of Business and Economics, ISCTE Business School, Lisbon MBA, Nova SBE, Porto Business School, Faculdade de Economia do Porto) deram a 22 empreendedoras a oportunidade de verem um dos seus desafios de gestão abordado por um grupo de alunos. No que respeita ao programa de mentoring empresarial, 28 empreendedoras tiveram a oportunidade de terem uma equipa de especialistas, provenientes de 24 das maiores empresas em Portugal, a mentorá-las durante um ano. Em relação aos workshops, em conjunto com os nossos parceiros académicos
Nome do Conteúdo do Capítulo do Capítulo ConnectNome to Success Opinião
o Connect to Success foi distinguido com um International Stevie Award, na categoria de “Mulheres a Ajudar Mulheres”,
e empresariais, o Connect to Success organizou 26 workshops gratuitos dando conhecimentos práticos de gestão a mais de 500 mulheres. Outra conquista com a qual ficámos muito contentes, foi quando no verão passado três das empreendedoras participantes no Connect to Success foram selecionadas e patrocinadas pelo Departamento de Estado Norte-americano para estarem presentes na Cimeira Global de Empreendedorismo 2015, promovida pelo Presidente Barack Obama, no Quénia. A cimeira foi o sexto encontro anual de empreendedores de todo o mundo em todas as fases de desenvolvimento dos seus negócios, líderes empresariais, mentores, e altos representantes governamentais, o que demonstra o constante compromisso do governo dos EUA em estimular o empreendedorismo por todo o mundo. Estou muito impressionada com as empreendedoras que tenho conhecido em Portugal. O nível de envolvimento e dedicação pelas oportunidades oferecidas pelo Connect to Success, bem como a qualidade das candidaturas que
temos recebido para os diferentes programas torna claro que as mulheres Portuguesas têm o espírito e o engenho necessários para o sucesso. Ainda assim, o ingrediente para o sucesso que muitas vezes parece faltar é a autoconfiança. A autoconfiança é a característica mais comum entre empreendedores de sucesso. Se não acreditarmos em nós próprios, ninguém vai acreditar nas nossas ideias de negócio. Sem autoconfiança, qualquer fracasso ao longo do caminho torna-se esmagador, e às vezes falhar em determinados momentos é inevitável, se nos propusermos a correr os riscos necessários para alcançar grande sucesso. Um fracasso do qual aprendemos uma lição é o primeiro passo para o sucesso. Por esta razão, em última análise, o proveito mais importante e duradouro que as empreendedoras participantes no Connect to Success levam consigo, não é o aconselhamento que recebem dos seus mentores ou consultores, nem as competências práticas que aprendem nos workshops, nem mesmo as oportunidades de networking e marketing gratuitas. Com autoconfiança ganhamos a capacidade de controlar o nosso próprio futuro; e embora tornarmo-nos bem-sucedidos tenha muito a ver com criar a nossa própria sorte, ser bem-sucedido tem a ver com partilhar com terceiros as oportunidades que tivemos a sorte de receber, estabelecendo uma cadeia de favores. l
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Grande Entrevista Comendador Rui Horta
Comendador Rui Horta Chairman TOPMIC Turismo Portugal
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Comendador Rui Horta Grande Entrevista
Rui Horta
Criar a TOPMIC foi um desafio em plena presença da Troika “Nasceu” há 50 anos para o turismo e desde então nunca mais se separou da atividade. À TOPMIC chama-lhe “a filha” que não teve e a sua criação foi um desafio que se propôs vencer indo contra a opinião de todos. Hoje o Comendador Rui Horta está à frente de um projeto que já é um vencedor que pretende manter dentro de uma dimensão de boutique.
Ponto Turismo › O Expresso chamou-lhe há uns anos, “Mr. Turismo”, como é que reage quando lhe chamam isso? Comendador Rui Horta › Eu reajo com alguma satisfação por uma razão muito simples. Eu faço este ano 2015, 50 anos ininterruptos ao serviço do turismo em Portugal, 50 anos a exercer numa atividade como o turismo é algo que é marcante, portanto não é de ânimo leve que se completa uma efeméride destas. Depois, por força da minha atividade eu tive contactos com as várias componentes da atividade turística porque fui administrador e fundador de várias agências de viagens, fui administrador de companhias de aviação, de cadeias hoteleiras, e na prática assisti ao nascimento do turismo enquanto atividade económica, porque eu comecei a trabalhar no turismo em 1965 quando Portugal dava os primeiros passos enquanto pais importador de turismo e por estranho que pareça, e as pessoas poderão não acreditar nisso, mas nessa altura visitavam Portugal 300 mil americanos por ano. Um número que nunca mais se atingiu. E isto porque naquela altura, nos anos 60, os aviões não tinham autonomia para viajar para a europa, tinham de parar no primeiro ponto para reabastecer e o primeiro ponto era Lisboa. Havia então umas seis ou sete companhias de aviação que faziam
quando atingi os 65 anos, que foi precisamente em 2011, decidi que ainda era capaz de criar alguma coisas
escala em Lisboa para poderem chegar aos seus destinos finais e muitos passageiros faziam um interregno da viagem em Lisboa, ficavam uns dias para depois prosseguir.em É neste fenómeno, nos anos 60, que de facto começa a atividade turística como indústria em Portugal e eu fui testemunha disso e a partir daí nunca mais saí. É uma coisa estranha, porque mesmo enquanto estive na tropa, nos dois anos, continuei a trabalhar no turismo em part-time. Por isso é mesmo ininterrupta… daí que o Expresso me tenha chamado Mr. Turismo, mas de facto, tenho uma experiência da qual me orgulho.
Ponto T. › Quando diz ininterrupta, inclui a altura quando saiu de cena quando foi a fusão da Top Tours… R.H. › Eu vendi a minha participação na Top Tours em 2004 e entre 2004 e 2011 fui administrador de um grupo que agora é conhecido pelas piores razões mas que na altura era um marco histórico, eu fui administrador dos hotéis Ti#22 DEZ/JAN 2016
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10 Grande Entrevista Comendador Rui Horta
A ideia é manter uma voli e fui administrador da Portugália, continuei boutique muito administrador da Espírito Santo Viagens até 2011 e é no final desse ano que decido iniciar funcional, muito efetiva e atividade por conta própria e começo a fazer a TOPMIC que tem os seus primeiros passos isso não é conjugável Ponto T. › Depois do DMC o que é que se em janeiro de 2012, por isso é mesmo ininterseguiu? rupto. Pode haver uma pequena fase em que não com grandes Comecei pelo DMC, foi a parte que para mim foi trabalhei como executivo, mas estive no centro de números mais fácil de arrancar porque foi a área onde eu semquase tudo o que acontecia no turismo em Portugal. Ponto T. › E como foi regressar à distribuição? R.H. › Eu senti falta de ter uma ocupação que me entretivesse. Não sou homem para ir para as esplanadas e para as sombras de jardim jogar à sueca e portanto, quando atingi os 65 anos, que foi precisamente em 2011, decidi que ainda era capaz de criar alguma coisa e contra todas as opiniões, contra toda a gente, na pior altura possível da Troika, quando ninguém investe nada, quando toda a gente diz que as agências de viagens estão condenadas à partida, quando nunca mais há hipótese nenhuma de fazer nada, nem ganhar dinheiro nesta atividade, eu decidi dizer que sou mais teimoso do que eles e vou fazer. E fiz! Pus-me a fazer isto devagarinho, e comecei a TOPMIC. Ela foi germinada na minha cabeça no final de 2011 e comecei a fazer os convites às várias pessoas que vieram para meus sócios e vieram trabalhar comigo no início de 2012, por fases, e hoje em dia tenho a funcionar uma realidade que foi muito útil porque se todos os portugueses fizessem como eu fiz, uma empresa ou um conjunto de empresas novas e criassem 20 postos de trabalho em dois ou três anos, a economia do país era outra completamente diferente. #22 DEZ/JAN 2016
pre trabalhei. Toda a vida tive um carinho muito especial pela vinda de estrangeiros a Portugal e foi nessa área específica que sempre desenvolvi a minha atividade, mas também reconheço que a parte da exportação, da saída de portugueses para o estrangeiro também é muito importante e por isso decidi criar as condições, juntamente com as pessoas que convidei para sócios, para fazer aquilo que têm dito por aí que é uma agência de segmento muito específico. A TOPMIC é uma agência de aconselhamento e de preparação de viagens de grande qualidade e de grande responsabilidade. Nós não estamos vocacionados para vender excursões de fim de semana ou para vender charters para Cuba ou para a República Dominicana. Nós estamos mais vocacionados para as grandes viagens, grandes organizações, grandes safaris, grandes cruzeiros, grandes voltas ao mundo, onde é necessária uma intervenção e um aconselhamento de viagem para o cliente poder usufruir da melhor maneira possível. Nós temos umas características de prestação serviço que são únicas e que não existem com frequência. Nós temos um atendimento de 24horas, sete dias por semana sempre a funcionar. O cliente tem sempre um telefone com alguém do outro lado que não é um computador, é uma pessoa, e que o atende 24horas por dia
Comendador Rui Horta Grande Entrevista 11
e sete dias por semana, seja de que parte do mundo for. Nós acompanhamos a viagem do cliente enquanto ela é concretizada e tecnologicamente vamos à frente do cliente, de modo a ter tudo preparado para onde vai e como vai. Inclusive damos todos os cartões de embarque a todos os clientes já com os lugares reservados, 24 horas antes do voo. O cliente não tem que se preocupar com nada a não ser usufruir da viagem. Em vez de sermos um pronto-a-vestir, somos uma empresa de “fazer fatos por medida”.
clientes, e nós temos uma gama de clientes média, média-alta, querem coisas muito específicas como bilhetes para o torneio de Wimbledon, entradas para os óscares, coisas deste estilo e então temos a TOPMIC Concierge Services que faz o apoio a todas estas atividades que os nossos clientes querem e que estão fora do âmbito tradicional da agência viagens. Tenho também uma empresa que é a Euro Holding que é uma sociedade imobiliária e de serviços, onde eu intervenho no mundo da imobiliária e dos serviços. E de tudo isto, destas empresas todas, nasceu o Grupo Rui Horta, que no fundo sou eu.
o agente de viagens tem de se transformar numa mais-valia para dar antecipadamente ao cliente, a experiência que ele tem
Ponto T. › Então criar a TOPMIC foi uma “teimosia”. Não foi uma estratégia por causa da crise económica? R.H. › É um desafio. Eu estou sentado em casa a ler jornais, e a ler sobre uma crise enorme a desenvolver-se, não há oferta de emprego, não há formação de empresas, não há ninguém a fazer rigorosamente nada, e está toda a gente à espera que aconteça alguma coisa que ninguém sabe bem o que é. E eu decidi fazer qualquer coisa. É um desafio pessoal, onde eu me empenhei, onde eu apliquei o meu dinheiro. A TOPMIC não tem financiamentos que não sejam meus, e portanto é uma situação em que convidei dois sócios para trabalharem comigo, um na área do Tours & Travel que é a Catarina Neves, e outro na área de economia e finanças, que é o António Bento Silva, e temos conseguido levar as nossas empresas, cada uma com um propósito específico. Eu considero a TOPMIC um bocado como uma filha minha. Ponto T. › Quando se refere ao grupo de empresas está a referir-se à TOPMIC Air… R.H. › Exato. Nós temos a TOPMIC – Turismo de Portugal que é a empresa maior, o centro nevrálgico que tem a parte do Tours & Travel que é a parte da exportação de portugueses para o estrangeiro e tem o incoming, o DMC, está inserido dentro da TOPMIC Turismo. Depois temos outra empresa que é a TOPMIC Eventos, que destina-se a fazer e organizar eventos e tem uma estrutura separada da TOPMIC Turismo, depois temos a TOPMIC Air que é um motor de busca de venda de bilhetes de avião na internet, baseada em tecnologia Amadeus, e que também pensamos que é uma coisa útil para complementar a nossa atividade porque a TOPMIC Turismo tem interesse em vender grandes viagens, executivas, primeiras classes, dentro desta filosofia de trabalho que temos, mas depois a TOPMIC Air serve para vender o low-cost, os bilhetes de avião baratos em que não há interferência humana. O passageiro vai à TOPMIC AIr faz a reserva, paga, recebe o bilhete, voa. É outro público. Depois temos a TOPMIC Congressos que se dedica única e exclusivamente à atividade de congressos, à organização de congressos, basicamente em Portugal. Depois temos a TOPMIC Safaris que é uma empresa que só organiza safaris e temos uma atividade muito forte nesta matéria. E temos a TOPMIC Concierge Service, que é algo diferente porque hoje em dia os nossos
Ponto T. › Há pouco quando estava a falar dos serviços “atípicos”, do acompanhamento aos clientes, é a isso que se refere quando diz na apresentação da empresa no site que “Situa-se fora dos registos tradicionais”? R.H. › Eu quero dizer é que uma pessoa pode fazer uma viagem a Londres. Vai à internet faz a reserva no hotel, escolhe algumas excursões para pontos de interesse e tem uma determinada experiência organizada inteiramente por ela. No nosso caso é diferente. Aquela pessoa quer ir a Londres, quer ir o melhor documentada possível, fala connosco e nós já fomos 327 vezes a Londres, já conhecemos 1722 hotéis em Londres e sabemos as características de cada hotel, de cada quarto, conhecemos a vista dos quartos. Sabemos os cantos à casa… podemos e organizar uma viagem em que a pessoa de facto usufrui do know-how que já foi adquirido sobre aquele destino. E quem diz Londres, que é relativamente fácil, também diz de um cruzeiro às ilhas Galápagos… nós somos de facto conhecedores do que as pessoas querem fazer, vendemos o nosso know how para as pessoas usufruírem de uma viagem de sonho, com a nossa experiência. Nós neste momento somos 19, na Tours & Travel, e entre nós temos uma experiência acumulada de locais e de sítios… eu praticamente já estive no mundo inteiro. Pessoalmente sou capaz de dizer a qualquer pessoa qualquer coisa sobre qualquer destino. Desde ter nadado em Bora-Bora rodeado por 24 tubarões, até ter atravessado os Estados Unidos de automóvel, já fiz tudo. Por experiência própria. Se por exemplo houver alguém que quiser fazer a Route 66 nos EUA, que é a viagem entre Chicago e Los Angeles de automóvel, eu consigo dizer-lhe exatamente tudo o que tem de fazer, onde é que para, onde abastece, onde é que almoça, onde é que dorme, o que é que vai visitar, e a pessoa usufrui da experiência que nós temos. E quem diz eu, diz o conjunto de pessoas que estão aqui. É esse serviço que prestamos aos clientes. Nós não somos a agência para quem quer comprar um charter e estar sentado na praia. Nós vendemos experiências e acompanhamos as experiências das pessoas e eu, pessoalmente, tenho experiências únicas. No fundo tornamos a viagem o mais eficiente possível dando a possibilidade ao cliente de usufruir ao máximo. #22 DEZ/JAN 2016
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Ponto T. › E em termos de negócio, como, como é que está dividido? R.H. › A empresa que tem maior peso é obviamente a TOPMIC Tour & Travel que é aquela que queremos que seja o flagship. Qualquer das duas áreas, tanto a de exportação como a do DMC, estão a desenvolver-se extraordinariamente bem. Estamos muito otimistas com 2016. Aprovámos o orçamento para 2016 e vamos aproximar-nos dos 10 milhões de euros o que para nós é uma meta muito simpática porque também não quero fazer uma empresa do tamanho da Top Tours. A ideia é manter uma boutique muito funcional, muito efetiva e isso não é conjugável com grandes números. Não quero sair do registo dos 25 empregados e com 10 milhões de euros de vendas porque é onde nos sentimos confortáveis, que damos este serviço aos clientes. .
fundamental. Hoje em dia é tudo paperless, é tudo feito eletronicamente e a dificuldade que às vezes sentimos em vários sítios é que os nossos interlocutores por força da grande eficácia dos computadores, as pessoas vão ficando menos profissionais ou menos conhecedoras. Há mais gente nova a trabalhar com menos experiência. E acontecem coisas que temos que prever para que tudo corra bem. Às vezes há tecnologia a mais que torna os processos mais complicados. Ponto T. › Falámos do serviço de aconselhamento. Significa que a profissão de agente de viagens se extinguiu para dar origem ao consultor de viagens? R.H. › Quem não for por aí tem pouco futuro. Hoje em dia a agência de viagens tem de dar um valor acrescentado ao cliente. Um cliente que quer fazer uma viagem daqui para Londres numa low-cost não precisa do agente de viagens para nada. Vai à internet e compra. Nessa perspetiva a agência de viagens é dispensável. Por sua vez não será dispensável no aconselhamento. Ou seja o agente de viagens tem de se transformar numa mais-valia para dar antecipadamente ao cliente, a experiência que ele tem. É nisto que o agente tem de se revolucionar para ser um conhecedor ao mínimo detalhe daquilo que vai acontecer ao passageiro e avisá-lo antes de acontecer. Ponto T. › O que é que espera do novo Governo em termos de Turismo? R.H. › Eu conheço bem o Dr.. António Costa, porque enquanto foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, foi simultaneamente Presidente da Associação Turismo de Lisboa da qual sou presidente da Assembleia-Geral e nessa qualidade tive variadíssimas oportunidades de o ver trabalhar e sei que ele é um homem extraordinariamente interessado no Turismo e que foi uma grande mais-valia para a ATL a proteger o turismo na capital. O turismo é um fenómeno que ele conhece bem porque o viveu. Estou extraordinariamente tranquilo porque acho que ele vai ter uma atitude penso que correta porque se já o teve na ATL, irá ter a mesma em relação ao turismo nacional através das instituições que existem para esse efeito.
Ponto T. › Como é que o agente de viagens responde aos desafios dos cliente de hoje? R.H. › Tem que ser mais experiente, tem que saber mais do que o cliente. Por isso é que não temos um balcão em que se entrega um folheto. Conversamos com eles. Depois juntamos o nosso know-how com o know-how deles para fazerem uma viagem de sonho. Ponto T. › É isso a juntar às novas tecnologias que o agente também tem que ter… R.H. › É evidente, novas tecnologias que já não são novas. Hoje utilizamos as melhores TI técnicas de gestão e de reservas para o que o GDS Amadeus é #22 DEZ/JAN 2016
Ponto T. › Em termos de promoção diz que vai prosseguir a mesma linha de envolvimento com os privados… R.H. › É inteligente… se bem que nessa história dos privados envolvidos na promoção do país considero que deva ser “quanto baste”. O Estado tem um papel importante na promoção e na divulgação do Turismo, e muitos erros têm sido feitos que não podem continuar a acontecer e estou satisfeito que essa parceria dos privados tomarem conta da promoção externa tenha acabado por não sair no papel e recomendo que este assunto seja tratado com luvas porque nós temos uma instituição que é o Turismo de Portugal que serve para fazer a promoção do país, tem bons técnicos, tem bons dirigentes só precisa de meios e dinheiros. É evidente que deve haver uma espécie de Conselho Estratégico que envolva os privados e estes devem dar a sua opinião, o seu contributo e devem acompanhar o que está a ser feito mas sempre numa posição do Conselho Estratégico. l
Descansar nos aeroportos Em Foco 13
Adeus aos assentos desconfortáveis
Descansar nos aeroportos
Quem é que, sendo um viajante ainda não ficou retido por alguma razão num aeroporto e tentou descansar ou mesmo dormir por ali? Seja porque o voo atrasou, ou foi cancelado, a escala é demasiado longa, porque a ligação é muito cedo, porque não querem gastar dinheiro num hotel de aeroporto, porque há greves, erupções vulcânicas, tempestades, por 1001 razões, quase todos quantos utilizam os aviões já “secaram” num aeroporto.
A
pensar nestas razões os aeroportos têm evoluído no sentido de proporcionarem mais opções de descanso para os viajantes que tenham ou não acesso aos lounges. Uma delas é a Sleepbox que já está disponível, entre outros, no aeroporto Charles de Gaulle em Paris. Trata-se de uma “caixa” de 2m x1,40m x2,30m que permite ter alguns momentos de sono tranquilo e descanso, sem perder tempo à procura de um hotel. Esta “caixa de dormir”, não é exclusiva para os aeroportos. O conceito surgiu há já algum tempo, foi idealizado para estações de comboio, aeroportos, hospitais, locais públicos e outros lugares onde haja muita gente e que esteja cansada. Num momento de emergência – sim, porque o sono e cansaço extremos são emergências – qualquer pessoa pode passar uma noite em segurança, com algum conforto e sem gastar muito, basta ir a um dos terminais onde é feito o pagamento e receber a chave electrónica. Os “slots” de descanso começam nos 30 minutos e podem ir até várias horas. De acordo
com as especificações e com as opções do comprador a Sleepbox pode estar equipada com uma cama com sistema automático de mudança de lençóis, ventilação, alarme, televisão LCD, Wi-Fi, uma plataforma para um portátil e espaço para as bagagens de baixo da cama ou até pode ter mais do que uma cama, uma por cima da outra. Existem outras soluções, que são mais próximas dos hotéis, que também são pagas à hora e que, apesar de serem de dimensões pequenas, têm alguns serviços que os aproximam dos hotéis. É o caso do Yotel, um conceito de hotelaria que existe na cidade mas também dentro dos terminais dos aeroportos de Amesterdão (Schiphol) e de Londres (Heathrow e Gatwick), em que os clientes têm cabinas com casa de banho e duche e direito a bebidas quentes (café, chá ou chocolate). Este verão irá abrir em Charles #22 DEZ/JAN 2016
14 Em Foco Descansar nos aeroportos
Não existe um limite mínimo de tempo para utilizar o Yotel, mas é cobrado um mínimo de quatro horas
de Gaulle em Paris e depois no aeroporto em Singapura disse à Ponto Turismo, Jo Berrington, diretora de Marketing, que adiantou ainda estarem a procurar outras localizações na europa, ásia e Estados Unidos. A mesma responsável garante que o feedback tem sido “fantástica”. Não existe um limite mínimo de tempo para utilizar o Yotel, mas é cobrado um mínimo de quatro horas que pode custar cerca de 32 libras, dependendo do aeroporto e da época do ano. Os clientes ficam em média sete horas, diz ainda Jo Berrington. Mas estas soluções de descansar numa “caixa” ou cabina não é opção para todas as situações, quanto mais não seja porque não existem em todos os aeroportos. O site, convenientemente chamado “sleepinginairports. net” dá instruções e dicas aos viajantes para conseguirem descansar, além de fornecerem “guias” de cerca de 800 aeroportos no mundo, com informação sobre a disponibilidade de lounges, Wi-Fi, hotéis para quem está em trânsito, opções 24 horas para comer, duches entre outros. São 15 as dicas que o site dá a quem se prepara para passar largas horas no aeroporto. A primeira, e considerada a mais importante é ter um plano B. Nem todas as autoridades aeroportuárias, leia-se segurança, vêem com bons olhos aqueles que dormem nos aeroportos por isso aconselham a terem seu bilhete à mão, a fazerem prova de que vão viajar no dia seguinte ou dali a umas horas, e a responderem às perguntas dos seguranças, tais como,
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porque é que não foi para um hotel? Outra dica é “estar preparado”. Esta aplica-se sobretudo quando existem notícias meteorológicas ou greves, que aumentem drasticamente a possibilidade de ter de passar a noite no aeroporto no dia da viagem. A preparação passa por fazer um kit de sobrevivência que inclui um colchão insuflável barato, máscara de dormir para os olhos ou óculos escuros, tampões para os ouvidos, água engarrafada e snacks, livros, música, portátil, headphones, desinfectante para as mãos, manta ou saco-cama, lenços de papel, alarme para acordar. A segurança é uma das dicas também abordadas pelo site. Assim, os viajantes a solo ou em grupo devem procurar locais seguros para dormir, ou perguntar aos seguranças quais os locais mais seguros. Para quem já sabe de antemão que vai ter de dormir no aeroporto, deve chegar cedo, principalmente em época alta, para conseguir um bom lugar. Para arranjar um bom lugar passa também por escrutinar o aeroporto à procura de um e isso pode ser um desafio, diz o SleepingInAirports que aconselha procurar em todos os terminais independentemente daquele de onde se vai viajar. Mas já agora, dormir nos aeroportos só pode ser feito esporadicamente, até porque com a segurança cada vez mais apertada, torna-se cada vez mais difícil l Antónia Barroso Jornalista
António Guimarães Entrevista Caderno 15
CADERNO 16
É preciso dar mais atenção ao Minho”
António Guimarães CEO ATLAS VIAGENS
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Soluções
Amadeus Customer Profiles: a solução mais rápida, fácil e segura para criar e armazenar perfis de clientes individuais e de empresas no sistema Amadeus
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Notícias
Lucros Amadeus aumentam nos primeiros nove meses do ano e permitem continuar a investir em áreas estratégicas
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Caderno Amadeus 16 Entrevista Caderno Ant贸nio Guimar茫es
Ant贸nio Guimar茫es CEO ATLAS VIAGENS
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Caderno Amadeus Guimarães Caderno 17 Nome do António Conteúdo do CapítuloEntrevista Nome do Capítulo
António Guimarães
“Inclusão da DCC enfraquece as agências de viagens” O Grupo Atlas está no mercado há cerca de 40 anos, sempre no norte de Portugal mas com uma abrangência que vai mais além da agência de viagens. Para António Guimarães a introdução de um custo por reserva de GDS por parte da Lufthansa é uma medida que vai enfraquecer as agências. Ponto Turismo › Pode explicar um pouco sobre o que é o vosso grupo e de como surgiu a agência? António Guimarães › O Grupo Atlas está no mercado há quase 40 anos. Continuamos nos mesmos locais, com o mesmo nome, o mesmo número de contribuinte e com a mesma entidade patronal. Não é por si só um grupo de agências localizadas no Norte com balcões em Braga, em Vila Nova de Famalicão, com sucursais em Vila Verde, Barcelos, Viana do Castelo e Arcos de Valdevez, como integra também a componente de Rent a car – a Intercar - e a Quinta da Malafaia que é um projeto, sonhado e criado, para ser único e que representa o Minho em toda a sua plenitude. Abriu em 1999, vamos a caminho de 1,4 milhões de pessoas que por lá já passaram. O grupo possui mais uma empresa, a Interatlas, em Portugal e Angola, que tem desde 2008 a concessão e administração de um hotel em Angola. A agência surge porque o meu avô já era empresário ligado aos transportes de serviço público e depois vieram as viagens. Sou filho de um dos sócios, fiz a minha iniciação neste ramo na empresa do meu pai e depois dei um salto e decidi iniciar a minha própria empresa a partir daí.
Ponto T. › A nível tecnológico, como é que a Atlas Viagens se posiciona? A. G. › A nível tecnológico a Atlas procura ter as ferramentas necessárias para poder corresponder à exigência do cliente. Tentamos que os colaboradores tenham formação para irem acompanhando as inovações que vão surgindo e procuramos sempre estar “em cima do acontecimento”.
Ponto T. › Sei que trabalham tanto no outgoing como no incoming, quais são os produtos-estrela? A. G. › O produto estrela continua a ser a marcação de férias por parte dos particulares, pois com a recessão da economia, muitas empresas fecharam e deixamos de vender os voos, as estadias, a participação nas feiras que até então era garantido. Continuamos ainda com esse segmento pois felizmente algumas dessas empresas sobreviveram e continuam a procurar os nossos serviços, mas já de uma forma menor. Acho que acabamos todos
Ponto T. › O que diz sobre a introdução por parte da Lufthansa da DCC, uma taxa sobre as reservas através de GDS? A. G. › De facto esta inclusão vem prejudicar as agências de viagens, visto que, num mercado cada vez mais aberto, onde o cliente compara tudo e mais alguma coisa, vem fraquejar a nossa posição. Hoje em dia o cliente pesquisa na Internet antes de se dirigir a uma agência. Ou para saber o custo real da viagem, ou até mesmo para a adquirir, após confrontação de preços. Parece que não, mas este valor, para muita gente já é considerável. Urge tentar
A nível tecnológico a Atlas procura ter as ferramentas necessárias para poder corresponder à exigência do cliente.
por ficar sensibilizados para uma economia onde não se pode esperar por milagres, daí que agora pedimos exatamente o que é necessário. O extra já começou a ficar de parte…Tínhamos dois balcões que trabalharam muito bem com o mercado Angola, mas que teve também uma queda abrupta devido ao que se tem vivenciado nesse país. Ponto T. › Quais diria que são os princípios pelos quais se rege a Atlas Viagens? A. G. › Qualidade no atendimento ao cliente, rigor, transparência, continuar a procurar sempre a excelência…
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Caderno Amadeus 18 Entrevista Nome do Capítulo CadernoNome António do Conteúdo Guimarãesdo Capítulo
contrariar esta opção, para quer outras companhias não adotem o mesmo método. Ponto T. › A “redução do IVA no golfe”, “mais promoção e maior envolvimento dos privados”, “mais financiamento para as empresas” são algumas das exigências da CTP para o Executivo. Quer comentar? A. G. › O mercado do golfe em Portugal, tem vindo a aumentar, fruto de desenvolvimento de novos campos, adoção de pacotes mais atrativos e profissionalização da oferta. Este mercado é um ponto forte para os meses de menor procura de turistas. É uma atividade de lazer a ser explorada em meses de maior sazonalidade e a maior promoção e aposta em diferentes zonas do nosso território, poderão potenciar o Turismo em todas elas. Neste momento, o mercado mais forte é o Algarve, contudo, temos potencial para novos projetos. O desenvolvimento de novas empresas, ou a modernização de algumas já existentes, bem como novos projetos de fomento do turismo serão bem-vindos, de modo a que o setor se potencie e melhore. Se ao longo dos últimos anos, temos potenciado novas zonas no território nacional, outras também deveriam acreditar que são capazes. Para isso, devemos apoiar novos projetos e fazer de tudo para que singrem. Ponto T. › O congresso da APAVT será em Aveiro, o que é que acha da escolha? A. G. › Ficaria mais satisfeito se o mesmo congresso fosse anunciado para o Minho e porquê? É fundamental para a economia do Turismo que esta se desenvolva à escala local e tenha implicações diretas e indiretas sobre a vida das pessoas e locais onde se desenvolve. É de extrema importância que o setor se desenvolva de forma sustentada, satisfazendo as necessidades dos turistas, mas ao mesmo tempo, proporcionando melhoria da qualidade de vida às populações. Não é o que, infelizmente, vai acontecendo. Trabalha-se de forma desarticulada, privilegiando algumas áreas em detrimento de outras que são, no parecer de especialistas, fundamentais e estruturantes e que contribuiriam para a coesão territorial. Não é de todo possível atrair turismo a uma região, oferecendo-lhe unicamente o produto City Breaks, embora muito importante, ou mesmo o Turismo Náutico, igualmente primordial. Existem outros produtos de grande valor mas, infelizmente, pouco explorados pelo organismo que tutela a região, nomeadamente o Porto Norte de Portugal. Aliás, é nesta organização que reside o primeiro grande obstáculo à promoção turística. Todos os agentes sabem que este formato regional do Turismo não resultou e assiste-se ao abandono total de outros produtos como, por exemplo: o Turismo de Natureza, o Touring cultural e Paisagístico, as Festas, Arraiais, Rusgas e Romarias. O Minho, que se caracteriza por uma grande diversidade, é tudo isto, mas passou a estar em segundo plano. O Porto, sendo importante no turismo do Norte de Portugal, o aeroporto e a política de voos de baixo custo, o Rio Douro e o Douro Vinhateiro, o Património Mundial da região: tudo é fundamental para a promoção, mas as Terras do Minho e as suas gentes trazem valor acrescentado e constituem-se produtos únicos, daí que a marca “ Minho“ tem tudo para se representar por si só como destino
turístico e não na dependência do Porto e Norte de Portugal. Em todos os países de Turismo existem cidades históricas com patrimónios classificados, rios soberbos com margens luxuriantes, o que lhes falta, a maior parte das vezes, é o que o Minho lhes pode dar – Turismo Religioso, Festas Populares. O Minho possui a natureza, a tranquilidade, património cultural de excelência, paisagens ímpares e acima de tudo, um povo afável, risonho e acolhedor. Em suma, temos recursos excecionais que nos conferem uma identidade própria e nos demarcam no contexto nacional.
É de extrema importância que o setor se desenvolva de forma sustentada, satisfazendo as necessidades dos turistas
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Ponto T. › Existe uma nova diretiva europeia para as viagens organizadas que tem por objetivo trazer uma maior proteção aos consumidores. O que é que lhe parece? A. G. › Embora para as agências de viagens seja mau porque o cliente que até hoje nos vem comprar um voo ou estadia fá-lo porque se sente mais seguro, ou seja, confia no seu “companheiro” de viagens para a resposta às suas necessidades, agora com maior proteção não se vai sentir inibido de o fazer pela internet. Já é certo que nos tempos que decorrem, a maior parte dos clientes já adapta as férias às suas necessidades e muitos são os que recorrem à internet para adquirir o voo, o hotel ou mesmo a viatura de aluguer. É bom que estejam mais informados e protegidos, mas no meu ver a máquina nunca irá substituir a 100% a componente humana. Ponto T. › Como é que define a Amadeus como parceiro tecnológico? A. G. › Penso que a Amadeus ganhou um nicho de mercado que não estava à espera de angariar, mas isso deve-se única e somente à qualidade da ferramenta que têm. Penso que no início deve ter sido difícil entrarem no mercado, mas depois de lá estarem conseguiram provar a sua alta qualidade e manter-se, tanto que, pelo que sei muitas agências têm vindo a trocar o sistema com que operam pelo AMADEUS. Só lhes tenho a deixar ficar os Meus Parabéns pela forma como se posicionaram no mercado. l
Caderno Amadeus Nome do Conteúdo Amadeus do Capítulo Customer Nome Profiles do Soluções Capítulo 19
“Amadeus Customer Profiles” A solução Amadeus mais rápida, fácil e segura para criar e armazenar perfis de clientes individuais e de empresas, no sistema Amadeus.
A solução Amadeus Customer Profiles permite-lhe guardar informações sobre um cliente individual ou sobre um cliente empresarial, de forma a facilitar o processo de reserva. Os dados armazenados no perfil podem ser utilizados para preencher o PNR mas também para armazenar informação para consulta. Um perfil é uma “pasta” que contém toda a informação necessária sobre um viajante, uma empresa ou agência e que poderá ser bastante útil na criação de um PNR. Nos perfis, poderá armazenar informação que utilize com frequência, como um contato, a informação de uma forma de pagamento, preferências aéreas, de hotéis e de carros. Poderá criar um perfil de companhia e associa-lo a um perfil pessoal de viajante. Cada vez que efetuar uma reserva, pode transferir a informação da empresa ou do perfil de viajante para o PNR, sem ter de inserir manualmente a informação. Pode também definir se cada elemento criado no perfil será de transferência automática, selecionável ou manual.
Criação de um Perfil de Viajante Aceda à Smart Tab Profile
e crie um novo perfil de viajante.
Insira os detalhes que pretende adicionar ao perfil percorrendo os diferentes módulos disponíveis.
Vantagens para o agente de viagens que utiliza a solução Amadeus Customer Profiles - Uma forma fácil de armazenar a informação através do Sistema Central Amadeus sem ser necessário nenhum hardware ou software adicional. - A criação, atualização e gestão do perfil é fácil e intuitiva. Pode criar um perfil a partir de um PNR ou um PNR a partir de um perfil já criado. - Redução de tempo e de custos de manutenção - Maior eficiência para o trabalho diário do agente de viagens - Menos erros - Melhor serviço ao cliente
Guarde o Perfil
Criação de um Perfil de empresa Crie um novo perfil de empresa
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Caderno Amadeus 20 Soluções Nome do Capítulo Amadeus Customer Nome doProfiles Conteúdo do Capítulo
Crie os elementos do perfil da empresa e guarde os elementos criados em
E complete o PNR já com os dados do Perfil.
Neste caso o PNR criado foi recuperar elementos aos dois tipos de perfil (viajante e empresa).
Associação de um perfil de viajante a um Perfil de empresa Recupere o perfil de viajante…
Criar um Perfil a partir de um PNR Crie um perfil a partir de um PNR. Selecione os elementos que pretende guardar no perfil
… E associe-o à empresa
Clique em e escolha o tipo de perfil que pretende criar e guarde o perfil em . O perfil foi criado com sucesso. Comece hoje mesmo a criar os seus perfis em Amadeus. Guarde as alterações e no cabeçalho do Perfil poderá verificar a associação criada.
Transferir elementos de um Perfil a um PNR Transfira os elementos do perfil ao clicar em
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Caderno Amadeus Nome do Conteúdo do Resultados Capítulo Financeiros Nome do Capítulo Notícias 21
Lucro ajustado Amadeus chega aos
611,9 milhões de euros até Setembro
A
Amadeus IT Holding S.A. anunciou que nos resultados financeiros dos primeiros nove meses do ano, e face ao período homólogo de 2014, o lucro ajustado excluindo os custos de aquisição cresceu 9,6% para 611,9 milhões de euros. Este crescimento foi impulsionado pelo aumento das receitas, que cresceram 14,7%, para 2.964,8 milhões de euros, e o EBITDA excluindo custos de aquisição, cresceu 10,6%, para 1.149,6 milhões de euros. No negócio de distribuição, o número total de reservas aéreas realizadas através de agências de viagens aumentou 9,4% para 389,7 milhões. O crescimento das regiões da América do Norte e da Ásia-Pacífico que favoreceu um aumento de 1,9 pontos percentuais em posição competitiva por reservas aéreas realizadas através de agências de viagens, o que levou a um crescimento sólido dos benefícios de 12,1% no negócio. Por outro lado, o negócio de Soluções Tecnológicas registou um aumento de receitas de 21,3%, impulsionado pelo impacto anual completo das migrações de companhias aéreas da plataforma Altéa, muitas delas na região da Ásia-Pacífico, onde existem ainda empresas por migrar. Nos primeiros nove meses o volume total de passageiros embarcados através da plataforma Amadeus aumentou 8,2% para 562,3 milhões. A 30 de setembro de 2015, a dívida financeira líquida consolidada alcançou 1.693.6 milhões de euros, representando um rácio de dívida líquida /
os resultados financeiros permitiram continuar a investir em áreas estratégicas para a Amadeus
EBITDA dos últimos doze meses 1,20 vezes a dívida. A valorização do dólar em relação ao euro, em comparação com os primeiros nove meses de 2014 teve um efeito cambiário positivo sobre as receitas e o EBITDA da empresa. No entanto, o mesmo efeito reduziu a margem EBITDA. De acordo com a Amadeus os resultados financeiros permitiram continuar a investir em áreas estratégicas e, no último trimestre, foi anunciado um acordo para adquirir a Navitaire que está pendente de aprovação regulamentar. A Amadeus reforçou ainda a sua estratégia com a aquisição de duas empresas de soluções tecnológicas para o setor hoteleiro: a holandesa Itesso BV e a americana Hotel SystemsPro. l
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Caderno Amadeus 22 Notícias Nome do Breves Capítulo Nome do Conteúdo do Capítulo
Travelgenio e a Amadeus renovam contrato Trabalho conjunto para melhorar a experiência de compra dos viajantes A Amadeus Espanha, filial da Amadeus IT Group, e a agência de viagens online Travelgenio renovaram por três anos o contrato de distribuição, permitindo que a Travelgenio tenha acesso às tarifas presentes no sistema de distribuição. Em virtude deste acordo, a Travelgenio irá trabalhar na implantação de opções de tarifas de última geração Amadeus, que irá permitir aos clien-
tes da agência de viagens online, tenham acesso a mais opções de viagem com um tempo mínimo de resposta. O acordo de distribuição entre a Travelgenio e a Amadeus inclui também a distribuição de tarifas de companhias aéreas low cost, o que irá melhorar as opções de voo que a agência oferece aos seus clientes (atualmente, as low cost constituem 62% do total de voos vendidos em Espanha, mais de 43 milhões por ano).
Novo módulo Airport Express Levar os passageiros do aeroporto até ao centro da cidade A partir de agora os viajantes estão mais perto que nunca de disfrutar uma experiência de transporte “porta a porta” graças ao último módulo Airport Express integrado no Amadeus Selling Platform. O novo módulo da Amadeus permite aos agentes de viagens venderem bilhetes de comboios expresso com ligações ao aeroporto no momento de
reservar um voo ou um quarto de hotel, com a simplicidade de um clique. Com base neste conceito, Heathrow Express foi a primeira empresa a implementar o serviço no Reino Unido, França, Alemanha, Escandinávia e Rússia, prevê expandir para todo o mundo em 2016. A Airtrain, empresa com sede no aeroporto de Brisbane, que também já assinou acordos com a Amadeus, irá começar a oferecer este modelo de conexão a partir do próximo ano.
Amadeus Schedule Recovery Ferramenta de análise de dados ajuda companhias aéreas em momentos difíceis A Amadeus anunciou o lançamento da solução de Travel Intelligence para as companhias aéreas Amadeus Schedule Recovery, que minimiza as interrupções geradas em acontecimentos externos, como o clima adverso ou congestionamento no controlo do tráfego aéreo. A solução atua como motor de recomendação utilizando funções de análise de dados, com o objetivo de identificar de uma maneira mais rápida e eficiente os problemas mais críticos e implementar soluções face a estes. O objetivo é dar apoio a qualquer companhia aérea em que o tamanho e a complexidade organizacional das operações - como a necessidade de atuar com urgência – compliquem a tarefa de avaliar todo o panorama operativo.
Além disso, a solução não requer que a companhia aérea utilize nenhum outro produto Amadeus, já que pode integrar-se em qualquer sistema de serviço de passageiros. A solução divide-se em três módulos: Airport Resource Tracker, Schedule Manager e Schedule Optimiser. A solução ajuda as companhias aéreas a tomarem decisões rápidas sobre questões como atrasar ou cancelar os voos, trocar ou realocar slots de aterragem. Além disso, a Schedule Recovery reduz os esforços manuais e melhora a qualidade das decisões ao mesmo tempo que controla os limites e os custos operativos das companhias aéreas e minimiza o impacto global sobre os passageiros.
Amadeus patrocina conferência GlobalStar Travel Management em Lisboa A Amadeus foi a patrocinadora da conferência anual da GlobalStar Travel Management, que se realizou em Lisboa de 28 a 30 de outubro. O grupo com mais de 85 empresas líderes nos respetivos mercados, que re-
presentam 14 mil milhões de USD em vendas, veio a Lisboa onde através de seminários e workshops, partilhou as melhores práticas e debateu a adoção de tecnologia de ponta.
A partir de janeiro de 2016 Fernando Cuesta, novo Diretor Geral da Amadeus Espanha Fernando Cuesta é o novo Diretor Geral da Amadeus Espanha a partir de janeiro de 2016, substituindo Paul de Villiers que é o novo Diretor da África Subsariana (SSA) do Amadeus IT Group. Fernando Cuesta trabalha há mais de 10 anos no Grupo Amadeus, ocupando diferentes cargos de responsabilidade (regional, global e local) relacionados com o mundo das agências de viagens e da distribuição. Em 2006 e durante cinco anos desempenhou o cargo de Diretor do Médio Oriente e África, tendo contribuído para o forte crescimento e #22 DEZ/JAN 2016
desenvolvimento do negócio nesta região. Em 2010, Fernando passou a ocupar o cargo de Travel Agency Global Marketing Director no Amadeus IT Group, pelo que é um profundo conhecedor do sistema Amadeus, da diferenciação dos seus produtos e serviços assim como do negócio da distribuição de viagens. Em fevereiro deste ano, Fernando integrou a Amadeus Espanha como Diretor Comercial e Adjunto da Direção Geral, onde implementou uma nova forma de relação e de acrescentar valor às agências de viagens para melhor conseguir dar resposta às suas necessidades atuais e futuras.
24 Tecnologia A olhar para o horizonte do Managed Travel 3.0
A olhar para o horizonte do
Managed Travel 3.0
Nunca teve a sensação que numa viagem de negócios, apenas a sua parte de negócios é que viaja? Eu passo pelo menos oito semanas por ano “na estrada”, a viajar em médio curso, de longo curso, doméstico, viagens europeias e intercontinentais em igual medida.
M
as o que eu mais gosto quando viajo é de estar no terreno com os clientes, no seu ambiente, a realmente fazer o que se diz. Mas também uso o meu tempo de viagem para fazer o que normalmente não tenho tempo para fazer no
quotidiano. Pense por exemplo, no tempo que passa no aeroporto, ou mais precisamente, no tempo que demora de ir do ponto A para o ponto B. Percorrer as lojas do aeroporto, navegar pelo novo livro do seu autor favorito, tomar tranquilamente um café, contemplar um novo conjunto de headphones ou verificar e-mails no lounge (para aqueles que têm acesso!). Pense no serão no hotel após passar todo o dia em reunião e petiscar rapidamente fora, ou recuperar as séries mais recentes no Netflix. Agora imagine o seu alojamento com o vídeo de yoga pronto, ou alguns pesos disponíveis e uma oferta de treinos no seu widescreen, ou uma app de hotel com sugestão de um excelente parque com uma pista de corrida como opção, transferível para o seu smartphone. Imagine ter uma lista de restaurantes, ou onde irão tocar as bandas locais, com ofertas na vizinhança para que possa apreciar durante o seu tempo mais livre. #22 DEZ/JAN 2016
Imagine o pop-up no ecrã no táxi a sugerir o tempo para o seu transfer do aeroporto. Onde é que isto encaixa no Managed Travel? Onde é que isto se enquadra no processo de planeamento, aprovação, reserva e custo? Onde é que se enquadra na política das viagens? A resposta é: não se enquadra, ainda. No entanto, o facto de estas ofertas não estarem disponíveis ainda, não nos impede de desejar de poder fazer tudo o que dissemos e mais. A realidade é que há muito mais nas viagens de negócios do que quem paga a conta. Os cidadãos corporativos têm mais poder do que nunca, e têm acesso a muitos serviços personalizados e convenientes apenas com um “deslizar de ecrã” de distância, o mundo tornou-se, sem dúvida, um espaço muito mais ligado. Novos operadores, aplicações e experiências
A olhar para o horizonte do Managed Travel 3.0 Tecnologia 25
- como Uber ou Airbnb, RouteHappy, fazem agora parte de nossas vidas diárias, perturbando os players já estabelecidos e criando a oportunidade e a necessidade a todos para inovarem de forma significativa para conseguirem permanecer em jogo. No entanto, muitos dos operadores estabelecidos ainda não viram a oportunidade de providenciar estes serviços aos viajantes. No mundo do Managed Travel, ainda estamos a olhar para o business travel com um olhar astuto da conformidade, política e despesa. Mas a experiência e a diversão das viagens parecem estar nas mãos dos já cansados viajantes de negócios, que são deixadas muitas vezes entregues aos seus dispositivos móveis, no momento em que deixam o escritório – parece-me que há muito mais a fazer por e para eles. Se todos os players no ecossistema das viagens – dos TMC aos aeroportos, aos fornecedores tecnológicos, operadores na indústria da hospitalidade, e até locais para comer e serviços terrestes – se focassem um pouco mais no que os viajantes querem, ou é provável quererem, suspeito que todos poderíamos voltar a colocar o divertimento nas viagens de negócios, e criar cidadãos corporate mais felizes. Pense no pequeno mas muito importante mundo dos serviços adicionais nas companhias aéreas. Os serviços adicionais (ancillaries) e outro conteúdo de merchandising vão continuar a ser uma área de crescimento com a indústria a adaptar-se de forma a fornecer o serviço
Os cidadãos corporativos têm mais poder do que nunca, e têm acesso a muitos serviços personalizados e convenientes
previsto personalizado, que os viajantes estão à espera, reservar o lugar favorito sem ter de o pedir, saber que precisa de uma mala reservada para uma viagem de uma semana longe de casa – a indústria está repleta de pontos-chave em que o viajante gostaria de receber um pouco mais de amor e carinho. Daí que na Amadeus, estamos a promover a nossa visão com o cidadão corporate no centro do Managed Travel 3.0. O Managed Travel 3.0 é sobre nós, os viajantes corporativos, e como a tecnologia vai criar a oportunidade para um ecossistema mais ligado, com mais interacção e uma melhor experiência em viagem, ao mesmo tempo que respeita as necessidades da empresa. O que o Managed Travel 3.0 significa é que o profissional e o pessoal coexistam no business travel. Para saber mais sobre o Amadeus Managed Travel 3.0, visite o nosso blog, e veja o nosso documento sobre o assunto em amadeus.com/managed-travel. l Arlene Coyle Director, Managed Travel, Amadeus IT Group
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26 Análise Tendências do Turismo Europeu: tecnologia, competências e transportes
Tendências do Turismo Europeu:
Tecnologia, competências e transportes Falar de tendências e dinâmicas de futuro do turismo europeu é referir o impacto, a cada vez maior relevância e a contribuição deste setor para o desenvolvimento económico e social da sociedade.
H
á um volume considerável de procura estimulada pelo aumento do rendimento disponível, das experiências novas que os consumidores procuram, do crescimento dos mercados emergentes acompanhado pelo crescimento dos mercados tradicionais, das mudanças demográficas, sociais, mas também das tecnológicas. A Organização Mundial de Turismo (OMT) prevê que o número de turistas internacionais estará aproximadamente perto dos 1,6 mil milhões em 2020. Destinos de África, Ásia e Médio Oriente prevê-se que tenham um crescimento superior à média, enquanto que as previsões para os destinos mais maduros da Europa estejam em queda. Em plena era digital, falar de novas tecnologias, plataformas de negócio, serviços prestados online e novos produtos disponibilizados ao consumidor a partir de gadgets, já não é um pressuposto, é uma realidade. Quem não está, arrisca-se a perder, quem está investe para ganhar. Hoje é praticamente inconcebível pensar que vivemos sem estar ligados ao mundo via internet. Hoje, grande parte das startups nasce de dinâmicas ligadas ao mundo das tecnologias. O desenvolvimento tecnológico tem influenciado o setor do turismo de uma forma sem paralelo noutros setores. A expansão das TIC no setor trouxe uma nova dimensão ao mercado global das viagens. Permitiu ao
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cliente ter acesso a serviços que antes não tinha e como tal este passou a ter maior domínio do processo de decisão e compra. As TIC hoje são parte de todo o processo; desde a procura de informação até à partilha das recordações de viagens, possível através do desenvolvimento da Web 2.0. O Turismo sobreviverá e conseguirá impor-se no mercado quando aceitar que as dinâmicas e as tendências acontecem à velocidade de um click ou de um toque no ecrã de um smartphone que finaliza uma reserva, que concretiza uma compra. Note-se que em especial, os dispositivos móveis vieram aproximar ainda mais estes serviços ao consumidor final. No seguimento desta revolução tecnológica, a Economia de Partilha apareceu associada a pequenas e médias empresas no turismo… cresceu e veio para ficar, articulada com toda esta dinâmica e evolução do mundo na era digital. Não queiramos “parar o vento com as mãos” pois há novos modelos de negócio a surgir. O importante é que seja encontrado o equilíbrio e um “campo de ação”, em que ambas (novas e tradicionais
Tendências do Turismo Europeu: tecnologia, competências e transportes Análise 27
formas de negócio) possam coexistir e competir ao mesmo nível, respeitando, obviamente, as regras da concorrência. Refira-se ainda que é mesmo impressionante a avaliação que algumas das startups têm tido relacionadas com este mercado, como é o caso da Uber, ou Airbnb. Refira-se que no caso da Airbnb, em Portugal, esta teve um impacto no Alojamento Local, com crescimento exponencial. Neste contexto é necessário fazer uma referência à urgência de uma ação legislativa por parte de Europa, contudo estas plataformas peer-to-peer representam, nem mais nem menos uma ligação e uma resposta entre procura e oferta. No entanto estão já reguladas pela Directiva e-Commerce, logo definidas pela Lei Europeia, bem como nas várias transposições nacionais. Na Europa, o Turismo, que já não pode caracterizar-se apenas por lazer, é um setor que representa 563 milhões de visitantes (mais de metade de todos os turistas do mundo) e com um peso de 5% do PIB da Economia da União. O verdadeiro potencial que o Turismo tem para a Economia e a importância que assume na criação de emprego (além dos 10 milhões de postos de trabalho que oferece aos cidadãos europeus) é inegável e tem de ser cada vez mais séria a aposta neste setor. Mas referir criação de emprego não pode estar indissociável de uma outra aposta que tem de ser feita com urgência e abraçada por todo o setor. A melhoria das competências de todos quantos trabalham no setor, e serve tanto para colaboradores como para empregadores. Todo o setor necessita adaptar-se, evoluir e seguir as tendências. É preciso criarmos não apenas a tendência, mas a emergência para que no turismo, exista uma carreira, uma profissão de excelência. Para que todos os profissionais colaboradores e empregadores estejam “de mão dada” na prossecução do sucesso de todas as empresas. Um dado importante a ressalvar é que 90% das empresas e dos modelos de negócio ligados ao turismo são PME muitas delas negócios familiares, e isto não deve de forma alguma ser desconsiderado. Este tipo de aposta pode ser feito também
através de programas como o COSME ou do Fundo Social Europeu. Programas de estágio, intercâmbios formativos nas épocas baixas, programas de formação, um “Erasmus turismo” para que faça uma aposta clara e efectiva no desenvolvimento de mais e melhores competências. Não é possível referirmo-nos ao turismo sem o associarmos imediatamente ao setor dos transportes, especificamente aos transportes aéreos. E como estes têm ajudado também a alterar o panorama do turismo internacional. A crescente liberalização do transporte aéreo, a expansão das companhias aéreas lowcost tem permitido que os custos das viagens tenham vindo a diminuir significativamente o que tem impulsionado o aumento dos short-breaks e alterou padrões de consumo que o setor tem, cada vez mais, de se adaptar e acompanhar. Os comportamentos dos consumidores europeus mudaram e o setor têm de encontrar forma de superar os novos desafios, de estar à altura das novas tendências e dinâmicas. O Turismo do séc. XXI tem, acima de tudo, de demonstrar que está verdadeiramente unido na diversidade. l
É preciso criarmos não apenas a tendência, mas a emergência para que no turismo, exista (...) uma profissão de excelência
Claudia Monteiro de Aguiar Deputada ao Parlamento Europeu Transportes e Turismo Pescas e Assuntos Marítimos
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28 Análise O consumidor do turismo de nichos
O consumidor do turismo de nichos:
O caso das regiões turísticas transfronteiriças O turismo é uma das atividades motoras da economia mundial, assumindo-se como um setor altamente impulsionador e facilitador da globalização, ao mesmo tempo em que se destaca a sua importância como gerador da inovação, emprego e atividades empreendedoras.
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e acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), as chegadas internacionais ultrapassaram, em 2014, os mil milhões de turistas. Em 2020, a Organização Mundial do Turismo (OMT) estima que o número de turistas internacionais alcance os 1,6 mil milhões (46% dos quais caberão à Europa). Portugal não é, certamente, exceção, para mais numa época em que se alcançaram números nunca antes vistos. Estamos, seguramente, perante um dos principais setores exportadores de bens e serviços de Portugal, representando mais de 12% das exportações e soma receitas externas superiores a 8 mil milhões de euros. Portugal é dos países em que o turismo mais contribui para a economia. Representa, aproximadamente 9% do Produto Interno Bruto (PIB) e 8% do emprego direto em Portugal. Ano após ano, e em muito devido às alterações frequentes do ambiente que o rodeia, o turismo fomenta a competição entre e dentro dos destinos turísticos, tornando-a cada vez mais numa atividade multifacetada e geograficamente complexa. É, igualmente, no turismo que diferentes serviços são solicitados e fornecidos em diferentes estágios, desde a origem até ao destino. #22 DEZ/JAN 2016
Por outro lado, a crescente diversificação de mercados aliada ao avanço das tecnologias (as quais fomentam novas abordagens de marketing e levam à deterioração de grandes organizações) tornam o visitante cada vez mais exigente, informado, crítico e atento a tudo. Neste sentido, o marketing e o turismo de nichos parecem revelar-se uma abordagem adequada num ambiente de constante mudança, à medida que se avança para o alargamento dos espaços comuns e globalização de mercados (além da intensa e exigente competição empresarial). Para o visitante, um turismo com interesses específicos parece oferecer um significativo leque de experiências no conhecimento das necessidades, gostos e desejos que possam ser atendidos. Os padrões de consumo turístico e o crescimento pelo turismo de interesse especial (special interest tourism – SIT) são pensados para refletir a diversidade crescente dos múltiplos interesses de lazer da sociedade moderna. Por outro lado, os turistas procuram, gradualmente, estímulos emocionais, com o intuito de “comprar sentimentos” e não apenas produtos palpáveis ou tangíveis. Procuram, sim,
O consumidor do turismo de nichos Análise 29
a experimentação das qualidades imateriais ou ambientais, ansiando por uma experiência rodeada de intimidade e intensidade. Neste sentido, o turismo de nichos emergiu recentemente e em contraponto ao denominado turismo de massas (mass tourism). O marketing de nichos aplicado em contextos de turismo implica uma maior sofisticação de práticas na distinção e diferenciação dos turistas. Num mundo globalizado, o turismo de nichos representa a diversidade e diferentes formas de marcar a diferença. Para quem gere um destino turístico, e observa o fenómeno como um mecanismo para o desenvolvimento económico, a abordagem do turismo de nichos parece revelar-se interessante, entusiasta e não deve ser negligenciada. Além de oferecer maiores oportunidades e um turismo mais sustentável, parece proporcionar altas receitas, resultantes dos gastos dos turistas específicos. Torna-se, assim e corroborando a ideia anterior, cada vez mais importante analisar o comportamento e o perfil do consumidor de turismo de nichos, no caso específico das regiões transfronteiriças (cross-border regions – CBR’s), numa tentativa de detetar fatores que influenciem as atitudes e comportamentos face a um destino. As regiões turísticas transfronteiriças não são somente regiões funcionais. Assumem-se igualmente como uma entidade social e territorial com capacidade e visão estratégica. Por conseguinte, as Euro-regiões (micro CBR’s) possuem uma reduzida extensão geográfica enquadrando-se, per si, como um nicho (teoria dos nichos), não obstante a própria segmentação da atividade turística e o aparecimento de segmentos de mercado cada vez mais reduzidos e com interesses individuais distintos (e.g. turismo de peregrinação, observação de pássaros, gastronomia e vinhos, cicloturismo, entre outros). A título de exemplo apresenta-se a Euro-região Norte de Portugal e Galiza, a qual partilha um significativo património cultural, histórico e natural, com enorme potencial turístico. Com a abertura das fronteiras nacionais entre Estados Membro da União Europeia, o in-
tercâmbio regional registou um claro incremento, tanto a nível económico como social, criando sinergias regionais altamente compensatórias. Trata-se de uma Euro-região com mais de 6 milhões de habitantes, assentando num espaço de forte interação social, económica e cultural. Tão ou mais importante que o património é o grau de complementaridade que partilham, desenvolvendo-se esforços por uma consolidação da integração territorial transfronteiriça em busca da afirmação como um destino comum. Estes espaços contíguos constituem um território privilegiado no desenvolvimento do marketing e do turismo de nichos, sendo que o local de residência deverá produzir um efeito multigrupo. Esse efeito poderá ser avaliado quer ao nível da afetividade ao local (conexão afetiva ou funcional com o espaço comum), como também ao nível das emoções e gestão de expectativas, enquanto antecedentes das intenções comportamentais (i.e. satisfação e lealdade aos destinos turísticos). As regiões turísticas transfronteiriças são, portanto, espaços adequados a um potencial desenvolvimento de estratégias comuns (pelo grau de similaridade mas também pela sua natureza complementar), não obstante as dificuldades subjacentes a essa proximidade e cooperação. Deste modo, o estudo do comportamento e perfil do consumidor do turismo de nichos revela-se um instrumento de apoio ao desenvolvimento da região turística transfronteiriça enquanto aposta e destino turístico comum (i.e. estratégia de comunicação, captação de novos segmentos de mercado, fidelização de clientes).l
o turismo de nichos emergiu recentemente e em contraponto ao denominado turismo de massas
Bruno Sousa Bruno Sousa é doutorado em Marketing e Estratégia, com aplicação em contextos de turismo, pela Universidade do Minho. Arrecadou, recentemente, o “Best Thesis in Tourism Award” no âmbito da International Conference on Innovation and Entrepreneurship in Marketing and Consumer Behaviour (ICIEMC 2015). Atualmente é Investigador e Professor Universitário.
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30 10 Insights Para investir em Angola
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Insights para investir em Angola
Avaliar bem o setor de atividade que se pretende Apesar da crise de divisas que o país atravessa, ainda existem muitas oportunidades de negócio, principalmente em setores como a Indústria e a Agricultura, que irão crescer muito nos próximos anos.
Apoio ao investimento privado Existe um grande incentivo ao investimento privado em vários setores, essencialmente na Indústria Transformadora, pelo que os empresários que pretendam investir nestas áreas serão muito bem recebidos. Também o setor da construção deverá continuar a oferecer boas oportunidades.
Presença direta é essencial É importante sentir e viver a cultura angolana para que o negócio seja bem-sucedido. A gestão do negócio à distância, com algumas visitas esporádicas ao terreno, não é suficiente para poder sentir as reais necessidades do cliente e prestar o acompanhamento necessário.
Escolher bem as infraestruturas Existem boas infraestruturas para abrir um escritório local. Contudo, é necessária alguma paciência na procura da melhor opção, pois em cidades como Luanda já estão instaladas inúmeras multinacionais e é preciso procurar bem um local estratégico que não condicione muito a deslocação.
Apurar bem os custos de operação #22 DEZ/JAN 2016
Os custos de operação são um fator importante a ter em consideração. O principal centro económico do país, Luanda, tem um dos custos de vida mais elevados do mundo. Por isso é necessário ponderar e contrabalançar bem as perspetivas de negócio face ao investimento a efetuar.
Para investir em Angola 10 Insights 31
Reunir uma equipa local O investimento em RH deve incidir sobre o capital humano local, pois são fundamentais para dotar a empresa de capacidade de resposta às necessidades particulares deste mercado. Apesar da margem de evolução do ponto de vista da qualificação, há muita vontade de aprender, de evoluir e de adquirir novas competências, transformando-se em produtividade e em vantagens competitivas para as empresas.
Estruturar um plano de formação contínua Não basta dar formação às pessoas, é preciso definir um plano bem estruturado de formação contínua e à medida das necessidades de cada recurso, para que possam evoluir profissionalmente e contribuir para a competitividade das empresas.
Adaptação Aqui tudo é diferente: as pessoas, os hábitos, os rituais, a cultura. É enriquecedor conhecer uma sociedade tão diferente, mas é necessário esquecer a cultura ocidental e nos integremos inteiramente para que a adaptação aconteça de forma natural e consigamos sentir as necessidades dos nossos clientes, para lhes podermos apresentar respostas adequadas.
Saúde e Educação A Saúde e Educação ainda se encontram em fase de desenvolvimento, existindo já algum investimento privado. Contudo, são setores nos quais ainda é visível alguma carência de profissionais qualificados. Esta é uma situação a ponderar, particularmente nas situações de deslocação de famílias.
Partir, mas de forma moderada O balanço da PRIMAVERA em Angola é extremamente positivo, por isso, sugerimos aos que pretendem expandir o negócio a equacionarem este mercado, mas é necessária Sérgio Lopes alguma moderação nas country Manager da perspetivas de sucesso PRIMAVERA BSS em imediato. Angola
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32 Atualidade Nova Diretiva da Viagens organizadas
Fichas normalizadas obrigatórias
Nova Diretiva da Viagens organizadas Em 27 de outubro, com a aprovação pelo Parlamento Europeu, cumpriu-se a última etapa do processo legislativo da União Europeia relativo à nova Diretiva das Viagens Organizadas / Serviços de Viagem Conexos.
A
estruturante brochura ou programa desaparece normativamente, o que não significa a sua eliminação comercial atento o seu importante papel na divulgação do serviço. Em sua substituição surgem-nos um conjunto de fichas contendo informação normalizada. Estas fichas espelham os diferentes graus de proteção do viajante, conceito intencionalmente mais amplo que o de consumidor, de molde a abranger os representantes das pequenas empresas ou profissionais que reservam viagens relacionadas com a sua atividade comercial ou profissional através dos mesmos canais de reserva que os consumidores. A opção destes últimos beneficiarem da mesma proteção legal dos consumidores pode criar uma grey zone relativamente ao acordo geral para a organização de viagens [art.º 2º/2/c)] que exclui a aplicação do protetor regime das viagens organizadas. Com efeito “as empresas ou organizações que reservam serviços de viagem com base num acordo geral frequentemente celebrado para um número elevado de serviços de viagem por um período determinado, por exemplo com uma agência de viagens” não lhes é aplicável a nova disciplina europeia, solução que mereceu o aplauso da GEBTA. O Anexo I aplica-se às viagens organizadas, enquanto o II se aplica aos serviços de viagens conexos. O grau de proteção do viajante nas primeiras, ou seja no Anexo I, é consideravelmente maior pois quando na primeira coluna se refere que o “viajante beneficiará de todos os direitos da UE”, estamos a falar dos tradicionais direitos em matéria de informação pré-contratual, deslocados do programa ou brochura para as fichas associadas a cada tipologia de viagem, mas que comportam significativos avanços ao nível do turismo acessível (se a viagem ou férias são em geral adequadas para pessoas com mobilidade reduzida), a possibilidade de o viajante rescindir o contrato de viagem mesmo na véspera da partida mediante o pagamento de uma taxa de rescisão adequada ou que a deficiente informação sobre taxas, encargos e outros custos adicionais isenta o viajante do seu pagamento. #22 DEZ/JAN 2016
As protetoras regras sobre a variação do preço, designadamente a imodificabilidade nos vinte dias anteriores à partida, ainda que observando as apertadas regras contratuais que a legitimam, surgem agora reforçadas com a seguinte inovação: se o operador pode aumentar o preço o consumidor também o pode reduzir. Elimina-se nas viagens organizadas a pressão que alguns operadores colocavam sobre os consumidores, ameaçando-os com 100% de custos, quando pouco antes da partida ocorriam situações de guerra, terrorismo, riscos significativos para a saúde humana (exemplo: surtos de doenças graves no destino da viagem), catástrofes naturais (inundações ou terramotos) ou até condições meteorológicas que impossibilitem viajar em segurança para o destino, permitindo doravante que o viajante rescinda o contrato sem pagar qualquer taxa de rescisão. Outro dos “direitos da UE aplicáveis à viagem organizada” mas de que não desfrutam as os serviços de viagem conexos, ocorre quando não se possa garantir o regresso atempado do viajante ao local de partida em razão por exemplo de uma forte tempestade no destino, situação em que o organizador deverá suportar os custos do alojamento do viajante até três noites por viajante, a menos a legislação europeia relativa aos direitos dos passageiros, atual (Regulamento nº 261/2004) ou futura, estabeleça períodos mais longos. Outro dos direitos associados à viagem organizada é a novel redução do preço quando a qualidade da viagem seja inferior à contratada ou o direito à indemnização por quaisquer danos sofridos pela desconformidade contratual. Ocorre igualmente um substancial alargamento do prazo para apresentar reclamações, não podendo ser inferior a dois anos, sendo que atualmente a regra da comissão arbitral do Turismo de Portugal, I.P. é de 30 dias, consagrando-se
Nova Diretiva da Viagens organizadas Atualidade 33
Anexo I Parte A: Ficha informativa normalizada para contratos de viagem organizada caso
Parte B: Ficha informativa normalizada para contratos de viagem organizada caso sejam distintas das abrangidas pela Parte A
da nova Diretiva das Organizadas
Parte C:Ficha informativa normalizada caso o organizador transmita dados a outro operador, nos termos do
Anexo II: Parte A Ficha informativa normalizada caso o operador que facilita os serviços de viagem conexos em 5/a), seja uma transportadora que vende bilhetes de ida e volta.
Parte B: Ficha informativa normalizada caso o operador que facilita os serviços de viagem conexos em linha, na
Parte C: Ficha informativa normalizada para serviços de viagem conexos
um operador distinto de uma transportadora que vende bilhetes de ida e volta.
operador (distinto de uma transportadora que vende bilhetes de ida e volta) e do viajante.
caso os contratos sejam celebrados simultaneamente na presença
Parte D: Ficha informativa normalizada caso o operador que facilita os serviços de viagem conexos em linha, na
Parte E: Ficha informativa normalizada caso o operador que facilita os serviços de viagem conexos em linha, na
uma transportadora que vende bilhetes de ida e volta
um operador distinto de uma transportadora que vende bilhetes de ida e volta
Viagens
organizada.
Apenas XY responsável pela execução
A(s) empresa(s) XY tem/têm uma reembolsar os pagamentos que tenha efetuado e, se o organizada, assegurar o seu repatriamento caso seja(m) declarada(s) insolvente(s). Ao celebrar um contrato com a AB no serviços de viagem prestados pelas Diretiva reembolsar os pagamentos que tenha efetuado e, se o transporte estiver assegurar o seu repatriamento caso seja declarada insolvente. um serviço de viagem, reservar serviços de viagem suplementares para
organizadas nos termos da nova Diretiva
serviços de viagem suplementares. Em caso de problemas, queira contactar o prestador de serviços em causa. No entanto, se reservar serviços de viagem suplementares durante a mesma visita do parte de um serviço de viagem conexo. Nesse caso, conforme exigido pelo direito reembolsar os pagamentos que efetuou a
abrange o reembolso em caso de insolvência do prestador de serviços em causa. Se reservar serviços de viagem suplementares para a sua viagem ou as
X (desta
na nova Diretiva. No entanto, se reservar serviços de viagem
empresa XY, esses serviços de viagem viagem conexo. Nesse caso, conforme
abrange o reembolso em caso de insolvência do prestador de serviços em causa.
também com caráter inovador a possibilidade de o viajante contactar o organizador por intermédio do retalhista.
Temos associados ao Anexo I, um vasto conjunto de direitos dos viajantes sendo estes informados eficazmente através de hiperligações.. l
Carlos Torres Jurista
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34 Viagem de: Pedro Granger
“Copenhaga é uma das cidades da minha vida, a Dinamarca é um dos países da minha vida”
Pedro Granger Ponto Turismo › Qual é a viagem da sua vida? Pedro Granger › A viagem da minha vida é sempre aquela que falta fazer. Uma viagem importante para mim é Israel. Mas há outras, quero fazer Austrália e Nova Zelândia, quero fazer Islândia… Já fiz outros destinos que eram importantes para mim: Índia, África do Sul… Há umas que queremos mesmo fazer, há outras que fazemos e que nos surpreendem pela positiva e outras que nos desiludem. Mas Israel é muito importante. Ponto T. › O que é que leva sempre na mala? P.G. › Eu sou um bocadinho hipocondríaco, por isso levo sempre a minha farmácia bastante completa. Quando estivemos a gravar na Índia durante um mês, as pessoas já não iam à farmácia da produção, batiam-me à porta a pedir remédios.. Não é que vá tomar, mas levo sempre uma farmácia, especialmente para certos destinos. Ponto T. › Qual foi a viagem que mais gostou até agora? P.G. › Isso é impossível responder. Todas as viagens que faço à Eurovisão são diferentes. Já fui em trabalho, já fui em lazer, são viagens em que fazemos amigos, em que já sabemos que durante aquele tempo vamos estar juntos. Já fui a vários sítios na Alemanha: Berlim, Dusseldorf… depois a trabalhar como apresentador e tradutor para a Eurovisão, fui a Baku, a capital do Azerbeijão, que se calhar seria um sítio onde nunca iria ou pelo menos não estaria nas primeiras escolhas, e descobri que foi ali que se criou a primeira religião monoteísta, que adoravam o Deus de Sol e fui a sítios fantásticos, tive uma experiência que se calhar não teria de outra forma, depois fui muito a países nórdicos. Copenhaga é uma das cidades da minha vida, a Dinamarca é um dos países da minha vida e foi uma viagem especial também. Depois estive três anos em Nova Iorque que é muito especial para mim. Adorei a África do Sul… A primeira vez que fui à Grécia também fiquei louco… é muito difícil escolher uma. Ponto T. › E quando tem tempo livre o que é que faz? P.G. › Primeiro agradeço ter tempo livre! É tão raro que agradeço! Mas tento aproveitar para estar com os meus amigos, com a minha família, que são as pessoas mais importantes da minha vida e com o trabalho nós nem #22 DEZ/JAN 2016
“A viagem da vida é aquela que falta fazer” sempre conseguimos. À parte disso, no verão, sou “praiaodependente”. Eu passava a vida em São Martinho do Porto. Cresci descalço na praia, a andar de bicicleta, a ir para a praia a chover. Depois vou ao ginásio. Música sempre: tocar piano, guitarra, compor, escrever… sou uma pessoa muito normal. Ponto T. › Qual é a personagem que gostava de representar? Mais uma vez é aquela que nunca fizemos. Mas tenho muitas saudades de fazer comédia que foi por onde comecei. Ponto T. › O que é que detesta comer? Não é “detesta”! Há coisas que não posso comer, como por exemplo o queijo e nada que tenha muita lactose. E eu mudei a minha alimentação, cortei completamente com a lactose, deixei de comer coisas com fermento, era viciado em chocolate gomas, passei a comer chocolate preto. De vez em quando faço umas facadinhas… Ponto T. › Qual é a sua maior fraqueza… São muitas, graças a Deus, só prova que sou um ser humano normal. Ponto T. › Tem algum tique ou mania? Roo as unhas. E digo um grande palavrão, mas faço logo a seguir o sinal da cruz, todos os dias antes de entrar no estúdio. As pessoas sabem logo quando eu cheguei.