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‘14/‘15 €5
OPINIÃO
FRANCE IS IN THE AIR
Manuel Serrão diz que Portugal está no caminho certo no turismo
TECNOLOGIA
Nova tendência BYOD invade as empresas. Não lhe resista
ANÁLISE
Orçamento de Estado 2015, o que muda na vida dos portugueses
ANÁLISE
Frei Bento Domingues fala-nos sobre a ética nos negócios
GRANDE ENTREVISTA ALEXANDRE DE JUNIAC, PRESIDENTE E CEO AIR FRANCEKLM
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Índice
Ficha Técnica
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“Crise já passou mas é preciso olhar o futuro com cautela”
Propriedade Amadeus Soluciones Tecnologicas, S.A. Sucursal em Portugal
O presidente e CEO da Air France-KLM Alexandre De Juniac diz que a crise já passou mas que estamos num vale por causa da procura e por isso é preciso olhar o futuro com cautela
Sede Rua de São José, 35 - 4º andar 1150-321 Lisboa, Portugal Tel.: 21 321 30 99 - Fax: 21 322 58 75 E-mail: pontoturismo@pt.amadeus.com
Diretor Geral Miguel Quintas
Diretora da Ponto Turismo Helena Torres Bimestral · Ano - 2014 - Edição 15
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Coordenação Editorial pontoturismo@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99
Produção de Conteúdos e Edição Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Tel.: 214 037 656 · mediapearl@mediapearl.pt
Publicidade htorres@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99
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Opinião Turismo em Portugal no rumo certo Manuel Serrão
Grande Entrevista
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Alexandre De Juniac A AIr France-KLM quer posicionar-se como uma companhia com glamour e elegância
Em Foco Turismo Industrial, novo nicho a explorar
Entrevista Caderno Anabela Almeida - Consolidador “Somos o elo entre o transporte aéreo e os agentes de viagens”
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Soluções
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Notícias
Amadeus Ancillary Services
TAP adota solução Amadeus Airline Ancillary Services e passa a disponibilizar os serviços adicionais no Amadeus Selling Platform.
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Tecnologia Tendência BYOD - Não resista!
Análise Orçamento do Estado 2015 por Vitor Norinha Ética nos negócios, é preciso redefinir condições
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10 Insights
Ilustração Capa Pedro Taquelim
Fotografia Mediapearl
Produção Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Centro Empresarial Tejo Rua de Xabregas, Lote A, Piso 1, Sala 13 1900-440 Lisboa mediapearl@mediapearl.pt
Insights de Marketing Digital 360 por Vasco Marques
Impressão e Acabamento
Lifestyle
Tiragem
Tendências: Experimentar uma casa tipo Hobbit
Viagem de: Vanessa Oliveira Férias é para viajar
RBM - Artes Gráficas
1300 exemplares
Registo na ERC N.º 126281
Depósito Legal N.º 350109/12
A revista Ponto Turismo é uma publicação da Amadeus Portugal. A empresa não se identifica necessariamene com o conteúdo dos artigos nem com as opiniões dos seus colaboradores. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia da empresa editora.
Editorial
Para 2015, um desejo simples “Equipa que ganha não se mexe!” › Algum treinador de futebol
A
“parábola da vinha” é um texto bíblico que conta a história de como um proprietário plantou, cuidou e desenvolveu a sua vinha e um dia, tendo que se ausentar ao estrangeiro, pediu aos agricultores para cuidarem dela e partilharem com ele os lucros da exploração. Ao fim de pouco tempo, os agricultores acharam que a vinha lhes pertencia, pois seriam eles que, ao lhe dedicarem o seu trabalho, tempo e devoção teriam pleno direito à totalidade que a colheita lhes proporcionasse. A parábola termina ensinando que jamais o proprietário conseguiria a vinha de volta. O ano 2014 foi um dos melhores anos para o turismo em Portugal. Recebemos perto de 16 milhões de turistas. Os proveitos cresceram 12%. Aumentámos a taxa de ocupação em 1,5% (embora ainda não chegue aos 50%!!) e o RevPar em quase 3,00€ (+9%). Finalmente e como prémio para os Portugueses em geral, o rácio de cobertura do sector turístico na Balança Corrente aumentou mais de 10%! Um feito histórico que deve ser assinalado, relembrado mas acima de tudo, estudado para proteger e garantir que se venha a repetir muitas vezes no futuro. E melhor ainda, se possível. Tal como na “parábola da vinha”, o sucesso dos números não depende apenas dos “agricultores” deste sector sem dúvida os grandes obreiros – mas seria injusto guardar os méritos apenas para esta força direta de trabalho (na qual me incluo também). Há que também dar crédito a quem contribuiu para garantir e potenciar as
para 2015 peço aos empresários que não abandonem o vosso “posto de trabalho” e continuem a investir nos recursos da nossa atividade
condições de atingir este patamar de sucesso. Todos nós (trabalhadores, empresários, políticos, associações, etc.) fazemos parte deste êxito. Seja através da própria atividade comercial, de gestão ou seja através das leis que auxiliam (ou bloqueiam) a atividade turística. Também todos nós temos obrigação de garantir a sustentabilidade e continuidade deste caminho de sucesso. Portanto para 2015 peço aos empresários que não abandonem o vosso “posto de trabalho” e continuem a investir nos recursos da nossa atividade. E peço à nossa classe política, que continue a criar condições para que o sector funcione ainda melhor, sendo objetivamente de evitar a criação de impostos e/ou taxas que levantem obstáculos à competitividade da nossa maior atividade exportadora. Não posso ainda deixar de espelhar a referida parábola nos sindicatos da TAP. A companhia de bandeira é transversal na economia e política portuguesa e quando se “constipa” afecta-nos a todos, com especial gravidade para o turismo. Até quando os “agricultores” da TAP vão mandar na “vinha” que é de todos nós Portugueses? Para terminar e como quando receber esta revista já teremos entrado em 2015, aproveito para lhe desejar um excelente ano, cheio de sucessos, à imagem dos que pediram enquanto deglutiam as doze passas da meia-noite do dia 31. Felicidades! Até daqui a dois meses e… boa leitura!
Miguel Quintas Diretor Geral
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Opinião Portugal no rumo certo
Manuel Serrão
Empresário e comissário do Porto Fashion Awards
Motivos para orgulho
Portugal no rumo certo
Portugal tem-se destacado com muito boas notas no que diz respeito ao setor do turismo, arrecadando prémios e destaques a nível internacional em diversos produtos. Falta saber se também os portugueses reconhecem o valor do seu País.
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uando fui convidado para escrever sobre o turismo em Portugal fiquei entusiasmado. Pensei, ora aqui está um tema em que Portugal está claramente em ascendência e onde somos reconhecidos de forma positiva pelos nossos atributos e trabalho. O que nos últimos tempos, reconheçamos, não tem acontecido em muitas áreas. Felizmente, no que se refere ao setor do turismo, Portugal destaca-se com muito boas notas. Têm sido várias as entidades e meios de comunicação internacionais a publicar artigos e a atribuir prémios a Portugal, destacando a nossa história, hospitalidade, gastronomia, o golfe (que confirmo veementemente e com total propriedade, pois também vou praticando) e os vinhos. O melhor vinho de todos, este ano, é português, e não podia deixar de o referir. O Dow’s Porto Vintage 2011 recebeu da revista especializada Wine Spectator, o título de melhor vinho do mundo. Parabéns! Portugal tem realmente motivos para se sentir orgulhoso. Dos prémios recebidos quero destacar dois, de entre os variadíssimos recebidos recentemente. Refiro-me à eleição, pela segunda vez consecutiva, de Portugal como o melhor país a visitar pela edição da revista espanhola da Condé Nast Traveler. Até os nossos “irmãos” espanhóis nos reconhecem valor. Será que nós, portugueses, também nos damos o real valor? A outra distinção em 2014 que me merece destaque foi a do site americano 10 Best USA Today. Os leitores deste site consideram Portugal o “Melhor Destino Europeu”. De acordo com a publicação, parece que «Portugal roubou o coração» dos seus leitores. #15 DEZ/JAN 2015
Quem me conhece, sabe no entanto, que não podia deixar passar em branco, o facto da minha cidade, o Porto, ter também ganho a competição European Best Destinations (EBD) promovida pela European Consumers Choice. Esta é uma organização de consumidores e especialistas sem fins lucrativos e com sede em Bruxelas. Uma coisa séria, portanto. Com isto não quero desvalorizar os prémios também arrecadados por Lisboa, o Alentejo, os Açores ou o Algarve, que muito merecidamente foram também reconhecidos e que faço questão de assinalar. Lisboa foi eleita como um dos 25 melhores destinos do mundo, pelos utilizadores do site internacional de turismo e viagens o TripAdvisor, ou seja, por pessoas que viajam intensamente e por isso, de opinião a considerar e, valorizar. Já o Alentejo, recebeu a distinção da parte da National Geographic, que escolheu esta região como um dos melhores destinos a visitar este ano. É bem verdade, prémio mais do que merecido. Os Açores foram escolhidos pelas Associações dos Agentes de Viagens e Operadores Turísticos Europeus como Destino Preferido em 2014. E o Algarve foi considerado pela Associação Internacional de Operadores de Turismo de Golf, o melhor destino da Europa para jogar golfe, o
Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo Portugal no rumo certo Opinião
Temos vindo, finalmente a ser reconhecidos e valorizados pelas nossas mais-valias. Acredito e sei que estamos no caminho certo
meu desporto de eleição. Aqui não se trata de regionalismos, como se pode perceber mas sim, de valorização do que temos de melhor. E, acho mesmo que Portugal, no seu global, é o melhor. Mas também acredito que temos ainda muito mais a dar ao mundo. É isto que eu vejo de cada vez que tenho de me ausentar do país. Conheço uma boa parte do mundo, a minha vida profissional obriga-me a viajar regularmente e para destinos variados. Conheço sítios de sonho e dignos de registo e prémios mas o meu país pede meças sem medo e por isso os prémios não me soam estranhos. Fiquei agradado por abordar este tema, porque nunca é demais referir que o nosso Portugal, um cantinho da Europa com muito para aprender, tem também muito para ensinar, mostrar e criar, precisa também de ser relembrado regularmente que nem tudo o que vem de fora é melhor e que aqui, quando se quer, também se faz muito e bem. Temos vindo, finalmente a ser reconhecidos e valorizados pelas nossas mais-valias. Acredi-
to e sei que estamos no caminho certo mas, tenho também a certeza de que precisamos de continuar a trabalhar para melhorar a nossa imagem e a nossa credibilidade. A concorrência é feroz mas, acredito no nosso valor. l
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Grande Entrevista Alexandre De Juniac
Alexandre De Juniac Presidente e CEO da Air France-KLM
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Alexandre De Juniac
Grande Entrevista
“France is in the Air”
“Grupo Air France-KLM quer apostar no luxo e elegância” Com um investimento de mais de mil milhões de euros na melhoria das suas cabinas e serviço a bordo nos próximos três anos, o grupo Air FranceKLM está a apostar numa imagem de luxo e elegância. “France is in the Air” resume a sua proposta de valor
Alexandre De Juniac destila glamour e elegância, valores que a companhia aérea quer transmitir e que, sem dúvida, refletem-se no seu máximo representante. Com uma ampla experiência no mundo da política enquanto assessor de comunicação de Nicolas Sarkozy em 1993 e diretor do gabinete do Ministério de Economia, Indústria e Emprego com Christine Lagarde, De Juniac também ocupou cargos de máxima responsabilidade no setor aeronáutico (Thomson SA, Sextant Avionique, CNS Avionics e Thales). Em 2011 entrou para fazer parte do executivo da Air France e em julho de 2013 foi nomeado presidente do grupo Air France-KLM em substituição de Jean-Cyril Spinetta.
panhia, Air Fance e KLM, tinham de acometer o plano de transformação. Durante o ano de 2014 temos estado ocupados na execução das medidas que tínhamos decidido implementar. Culminámos a segunda fase do processo em setembro passado e que implicaram as áreas de carga e de curto e médio curso. Custou-nos mais caro do que o esperado, por isso tivemos que tomar medidas adicionais. Na KLM estamos na fase de implementação do plano. O objetivo é operar como um grupo com funções conjuntas para a Air France e KLM e fazer com que tudo funcione sem qualquer fissura.
Ponto Turismo › Depois de um ano enquanto presidente e CEO da Air France-KLM e depois de um importante processo de transformação da companhia, qual é o balanço que faz? Foram cumpridos os planos da empresa? Alexandre De Juniac › Ambas as partes da com-
Ponto T. › Estão a ver então os frutos? A.DeJ › Sim. Em primeiro lugar os resultados do plano de transformação estão a cumprir-se pontualmente, tanto por parte da Air France como da KLM, e há uma segunda parte que passa por elevar a gama dos nossos produtos e serviços. Do lado da Air France, estão a
O objetivo é operar como um grupo com funções conjuntas para a Air France e KLM e fazer com que tudo funcione sem qualquer fissura
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10 Grande Entrevista Alexandre De Juniac
Estamos a investir 700 milhões de euros na melhoria das cabinas; concretamente 500 milhões na Air France e 200 na KLM
ser tomadas diversas medidas que afetam tanto as webs da empresa como os serviços de terra ou o catering a bordo. Uma parte importante deste reposicionamento da gama é o programa Best & Beyond. E, por parte da KLM, começámos a oferecer em agosto uma nova classe business denominada World Business Class, equipada com novos assentos. Estamos a investir 700 milhões de euros na melhoria das cabinas; concretamente 500 milhões na Air France e 200 na KLM.
Ponto T. › Mas o plano de transformação também passa pela redução de custos… A.De J. › Evidentemente. Uma boa forma de explicar como funciona o nosso plano é olhar para o orçamento de 2014 no qual a Air France volta a ter uma margem operacional positiva. Além disso, ao fecho do primeiro trimestre do ano estamos a cumprir o orçamento. Os resultados explicam-se com a nossa concentração no controlo de custos, que, mesmo assim, é afetado pelo preço do combustível. Ainda que se trate de um projeto que podemos realizar graças também aos esforços comerciais. Ponto T. › Acha que já passou o pior da crise? Já estamos no período de recuperação? A.De J. › Como disse, nós já estamos em recuperação. A Air France#15 DEZ/JAN 2015
-KLM já está com números positivos, e o que é importante para nós é ver que estamos num processo de recuperação do qual todos nós podemos estar realmente orgulhosos, já que pudemos alcançar este sucesso graças a todas as pessoas incluídas no processo de transformação. Em termos de redução de custos estamos exatamente onde tínhamos previsto estar. Do ponto de vista da produção, funcionamos bastante bem se tivermos em conta o momento difícil no qual a zona euro se encontra, especialmente os países do sul. O norte da Europa está a melhorar, de modo que estamos a trabalhar muito, ainda que continuemos a depender do crescimento geral da economia. Voltando ao tema da crise, considero que já não estamos em modo ‘crise’. Já a deixámos para trás, mas estamos ainda num período de ‘vale’ por causa da procura. Por isso vemos ainda o futuro com cautela. Ponto T. › Hoje em dia quem é a concorrência natural da Air-France-KLM, as companhias regulares ou as low cost? A.De J. › Depende do mercado. Na Europa as low-cost são uma concorrência muito forte, sobretudo no ponto a ponto. Em algumas rotas europeias contam até com uma quota de mercado superior a 40%... no longo curso ocidental temos uma concorrência mais tradicional, a das
Grande Entrevista 11
Alexandre De Juniac
companhias do Atlântico Norte. De qualquer das formas, em todos os casos, a concorrência é muito dura.
Ponto T. › Qual é a sua estratégia em relação aos serviços auxiliares? A.De J. › Estamos a desenvolver-nos com rapidez, sobretudo em França, e com serviços como o excesso de bagagem, assentos com espaço extra, refeições especiais… o nosso propósito é oferecê-los na nossa página web, mas também no aeroporto para compras de último minuto. Atualmente os serviços auxiliares representam 2% das receitas totais mas esperamos que daqui a três ou cinco anos representem 5%. É um objetivo razoável se tivermos em conta que somos uma companhia full service e não de baixo custo. Ponto T. › Como é que estão a mudar a estratégia de distribuição num contexto em que o consumidor mudou tanto? A.De J. › O que está a mudar é o crescimento das reservas online que aumentam o seu peso em 2% ou 3% todos os anos. O que ainda não vimos no setor aéreo é que se dê uma situação em que uma só agência possa vender passagens aéreas de forma massiva, como acontece de facto no setor hoteleiro com a Booking.com. Mesmo assim, estamos atentos para não ficarmos presos numa situação em que um terceiro fique com a nossa margem. As agências de viagens que vendem produto aéreo estão mais fragmentadas e nós não perdemos o controlo de inventário graças à Amadeus. É fundamental manter o vínculo com o consumidor final e a indústria hoteleira, de certo modo, já o perdeu.
Estamos ainda num período de ‘vale’ por causa da procura. Por isso vemos ainda o futuro com cautela
Ponto T. › O que lhe pede o atual cliente da Air France?
ORIGEM DAS RECEITAS DE € EM RECEITAS 25.520 MILHÕES EM 2013, DAS QUAIS
79% 11% 5% 5% DO NEGÓCIO DE PASSAGEIROS
DO NEGÓCIO DE CARGA
NEGÓCIO DE MANUTENÇÃO
RESTO DE EMPRESAS
77,3 MILHÕES PASSAGEIROS TRANSPORTADOS
1,3 MILHÕES DE TONELADAS TRANSPORTADAS
1.300 AVIÕES OPERADOS
RESTO DAS EMPRESAS (INCLUINDO SERVAIR E TRANSAVIA)
APESAR DO AMBIENTE ECONÓMICO DIFÍCIL, A RECUPERAÇÃO DO GRUPO ESTÁ A GANHAR IMPULSO
O RESULTADO OPERACIONAL REGRESSOU AO TERRENO POSITIVO
130MILHÕES DE €
DEPOIS DE PERDAS DE 336 MILHÕES DE € EM 2012
EM LINHA COM OS OBJETIVOS DE MUDANÇA PARA 2015 A DÍVIDA LÍQUIDA REDUZIU-SE A
OS CUSTOS UNITÁRIOS DESCERAM EM
5.35OMILHÕES DE € 2% FACE AOS 5.970 MILH DE € EM 2012
DE ACORDO COM O PROPÓSITO DE OS REDUZIR 0,4 CÊNTIMOS ENTRE 2011 E 2014
552 AVIÕES EM OPERAÇÃO*
1.800 231 103 VOOS DIÁRIOS
DESTINOS (VERÃO DE 2014)
PAÍSES (VERÃO DE 2014)
* Excepto as companhias CityJet e VLM
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Fonte: Air France-KLM Annual Report 2013
Ponto T. › Qual é a relação da Air France-KLM com a Hop! E a Transavia? Não entram em concorrência em algumas das rotas rentáveis da Air France? A.De J. › Tentamos dirigir-nos a cada segmento do mercado com a ferramenta adequada – neste caso com a companhia aérea adequada. Para o segmento de férias, muito dominado pelo baixo custo, temos a Transavia. Para o mercado doméstico e regional temos a Hop!, a Air France é forte nos voos internacionais. Além disso, mais de 40% dos passageiros que chegam ao nosso hub da Air France fazem-no para embarcar em voos de longa distância da companhia.
12 Grande Entrevista Alexandre De Juniac
A.De J. › Creio que pede o que sempre pediu, o serviço mais excelente ao preço mais barato possível! [Risos]. Agora a sério. Há várias coisas que eu destacaria. No âmbito das viagens corporativas, os viajantes pedem sobretudo reconhecimento. Querem um bom serviço, claro, mas que seja muito mais personalizado. Outras das exigências mais frequentes é a eficiência. Procura-se que a viagem seja cada vez mais cómoda, com menos interrupções, com maior excelência em todos os sentidos. E os viajantes corporativos são muito sensíveis a tudo o que não seja excelente porque na realidade, passam metade da vida no avião… Uma tendência que provavelmente iremos começar a ver é um certo relaxamento nas políticas de empresa. A crise obrigou as corporações a assumirem normas muito restritivas. Acreditamos que vai acontecer uma recuperação das classes business. Ainda é cedo, mas creio que irá acontecer. Por último, outro dos grandes assuntos é o tecnológico. Os passageiros têm cada vez mais necessidade de estar ligados através dos seus dispositivos móveis, de receber informação de forma constante e de dispor da documentação necessária nos seus smartphones. E ao mesmo tempo, conceber proximidade e suporte se se desse o caso.
No âmbito das viagens corporativas, os viajantes pedem sobretudo reconhecimento
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E logicamente isso exige que tudo funcione de forma correta e eficiente… Os resultados que vemos diariamente. A aplicação móvel da Air France por exemplo, foi descarregada 800 mil vezes na primeira semana.
Ponto T. › Se tivesse que resumir numa frase o que distingue a Air France das outras companhias aéreas o que é que diria? A.De J. › Elegância, luxo, atenção… um toque especial. Decididamente França [risos]. l
Natalia Huidobro Revista Savia
Para aprender como se faz Em Foco 13
Turismo Industrial
Para aprender como se faz... Como se faz um sapato? Como é que a mina de um lápis vai parar dentro de um “pauzinho”? Que segredos se escondem num chapéu? Se tem curiosidade em saber, pode visitar São João da Madeira e fazer Turismo Industrial.
A
curiosidade é inerente ao ser humano e como tal é normal sentir vontade de saber como se fazem os produtos… O turismo industrial, enquanto produto turístico estruturado, é algo recente. Não é de agora que algumas indústrias abriram as suas portas ao público, em particular escolas, para mostrarem o que fazem lá dentro, mas de forma desarticulada, ou seja, cada fábrica trata de si. Algumas só recebem visitas escolares, outras têm dias específicos para receberem grupos, normalmente pequenos, que rondam os dez elementos, e que têm alguém para os acompanhar. São João da Madeira é um dos exemplos com maior visibilidade em Portugal em termos de turismo industrial e aquele que tem uma estrutura montada em operação. Para a autarquia o turismo industrial é “um produto turístico de elevado valor económico, cultural e lúdico, através do qual os turistas conhecem empresas em operação, revivem atividades de outros tempos através das visitas ao património”. De acordo com Alexandra Alves, responsável pelo turismo industrial da autarquia, o projeto surgiu porque “S. João da Madeira tinha o turismo de negócios como única expressão deste setor de atividade”, pelo que para criar e desenvolver uma dimensão turística na cidade optaram “por tirar partido
daquilo que de mais genuíno possui, que é a sua forte cultura industrial, tirando partido dos ativos culturais e sociológicos, patrimoniais e históricos, e industriais, colocando-os ao serviço dos visitantes num quadro de uma oferta estruturada”. É neste quadro que surgem os Circuitos pelo Património Industrial de S. João da Madeira (SJM) centrados no Welcome Center. Um programa considerado pioneiro de turismo industrial em Portugal, “que dá corpo a uma nova dimensão turística consistente, baseada na indústria tradicional sanjoanense – passado e presente – e nas novas indústrias tecnológicas e criativas que já são também uma marca de identidade da cidade”. Este foi o primeiro projeto do género a ser criado em Portugal, pela forma estruturada e integrada como foi constituído, com a particularidade de ter um centro de acolhimento aos turistas que gere e organiza as visitas sem que o turista tenha de contactar previamente uma outra entidade ou empresa, diz a responsável, que acrescenta que a programação da visi#15 DEZ/JAN 2015
14 Em Foco Para aprender como se faz
O projeto de turismo industrial ta e a coordenação dos guias é feita pelo Welcome Center, de S. João da Madeira é oferecendo uma imagem do concelho e da considerado pioneiro no país especial região, com base em visitas a unidades fabris em plena por estar estruturado em laboração, permitindo um contacto direto com os trabatorno de um Welcome lhadores. Center Existem percursos definidos dedicados ao chapéu, ao sapato, ao lápis ou às passamanarias. No entanto, a mais-valia do Welcome Center é poder programar um circuito de acordo com as especificidades e interesses de cada grupo. Este trabalho é coordenado pelo Welcome Center que apresenta um programa ao grupo de acordo com as suas necessidades, solicita as visitas às empresas, destaca os guias e prepara todos os materiais necessários à realização do programa, nomeadamente, batas e sistemas de áudio. A autarquia pretende oferecer um turismo de experiência idêntico ao que já existe noutros países como Espanha, França e Itália, mas diferenciador pelo facto de toda a diversidade da oferta se concentrar num mesmo concelho e com gestão integrada por parte da autarquia. Nestes Circuitos estão integradas seis empresas, duas instituições e um museu. São elas a Viarco, única fábrica de lápis em Portugal, a Helsar e a Evereste, do setor do calçado, a Cortadoria Nacional de Pelo e a Fepsa, empresa líder no mercado internacional, da indústria da chapelaria, e a Heliotêxtil, fábrica de passamanarias. Ao projeto associaram-se também o Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado e o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, entidades às quais se junta o Museu da Chapela#15 DEZ/JAN 2015
ria, único na península Ibérica. A Viarco é aquela que reúne mais visitas, cerca de 41% do total, seguindo-se o Museu de Chapelaria com 23% e as empresas de calçado Helsar e Evereste, com 20%. “O Museu da Chapelaria, a Viarco ou a Metalúrgica Oliva, que renasceu como incubadora de criatividade, simbolizam a forma como em S. João da Madeira conjuga a recuperação e preservação dos edifícios com a sua adaptação às exigências do desenvolvimento económico, social e cultural da cidade e do país”, diz ainda Alexandra Alves. Atrair mais visitantes e promover S. João da Madeira e a sua indústria são as grandes mais-valias do turismo industrial, que beneficiam a cidade no seu todo. “O turismo industrial consegue construir uma relação com a própria população, dando a conhecer o trabalho em ambiente fabril e contribuindo para desmistificar alguns preconceitos em relação ao trabalho na indústria e aumentando a autoestima dos trabalhadores, o que se reflete na produtividade e no dinamismo da economia local”. Desde a abertura dos circuitos até julho de 2014 já receberam mais de 55 mil visitantes, dos quais mais de 60% são escolas. Os estrangeiros são ainda residuais, mas começa a haver um crescimento gradual, que se prevê duplicar até final de 2015. O número de pedidos para os circuitos tem vindo a aumentar cerca de 80% relativamente a 2013 e a diversidade de públicos começa a ser maior. Tudo isto no âmbito de um projeto que, em apenas dois anos, já é autossustentável, sendo financiado exclusivamente pela venda das entradas nos circuitos. l
Anabela Almeida Entrevista Caderno 15
CADERNO 16
Política de turismo consistente favoreceria o setor
Anabela Almeida CONSOLIDADOR
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Soluções
Com a Amadeus Ancillary Services os agentes de viagens podem reservar de uma forma rápida e fácil os serviços auxiliares oferecidos pelas companhias aéreas
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Notícias
TAP adota a solução Amadeus Airline Ancillary Services e passa a oferecer serviços adicionais que se vão estender ao longo de 2015
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Caderno Amadeus 16 Entrevista Caderno Anabela Almeida
Anabela Almeida DIRETORA-GERAL CONSOLIDADOR
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Caderno Amadeus Nome do Conteúdo Anabelado Almeida CapítuloEntrevista Nome do Capítulo Caderno 17
Consolidador
“Somos o elo de ligação entre companhias aéreas e agências de viagens” O Consolidador apresenta-se como um emissor de reservas aéreas independente cujo trabalho vai muito além da emissão. Inclui um conjunto de atividades vantajosas para as agências de viagens.
Ponto Turismo › Apesar de estarmos a falar para um universo de profissionais de turismo, quer explicar o que é um consolidador? Anabela Almeida › De um modo sucinto podemos definir um consolidador aéreo como uma agência de viagens com licença IATA que presta um serviço de emissões de passagens aéreas para outras agências de viagens que não possuem essa licença. Mas a nossa atividade não é assim tão redutora, o core business incide exclusivamente no sector da aviação mas a atividade é muito mais ampla, engloba processamento e gestão de reservas, emissão de passagens aéreas, reemissões, reembolsos, gestão de grupos; acabamos por funcionar também como helpdesk do setor para as agências de viagens e, inclusive, prestar apoio técnico em questões de GDS.
Temos várias Consolidador, principalmente se usarem a nossa plataforma de reservas online, uma agências IATA que vez que todo o trabalho diário de gestão das reservas (ver queues, controlo de datrabalham connosco, tas de emissão, introdução de todo o tipo normalmente nos casos de de informação na reserva, pedidos especiais, contacto com as companhias, etc.) companhias aéreas para as passa a ser da nossa responsabilidade. A agência não tem de se preocupar com as quais essas agências não questões técnicas, pode focar-se na venda que nós asseguramos o resto. possuem chapa de Todas as agências de viagens, independentemente do canal de reserva, beneficiam do nosso emissão
Ponto T. › Como é que surgiu a empresa Consolidador? A.A. › O Consolidador.com como marca e empresa independente foi criado em 2009. A empresa surgiu em 2008 dentro do grupo Airmet como emissor de passagens aéreas para as agências associadas do grupo. No entanto, e face à evolução do próprio negócio tornou-se independente do grupo em 2009 e começou a trabalhar com agências de viagens de todos os grupos de gestão presentes no nosso mercado. Foi também nesse ano que lançámos a nossa plataforma de reservas online. Ponto T. › Quais são as vantagens que o Consolidador apresenta para as agências de viagens? A.A. › São muitas as vantagens para as agências trabalharem com o
know-how, estamos no mercado desde 2008 e trabalhamos em exclusivo com aviação. Somos o elo de ligação entre as companhias aéreas e as agências de viagens. Assistimos a uma alteração diária das regras das companhias aéreas e faz parte do nosso trabalho manter-nos a par de todas estas alterações de forma a prestar sempre um serviço de qualidade e manter também os nossos clientes informados.
Ponto T. › Qualquer agência de viagens pode fazer negócio ou comprar ao Consolidador? Como é que se processa com agências IATA e não IATA? A.A. › O Consolidador trabalha em exclusivo com agências de viagens, não trabalha com clientes diretos nem com empresas. No universo das agências de viagens qualquer agência não IATA ou IATA pode trabalhar com o Consolidador. Em termos de serviço prestado e procedimentos operacionais, estes são #15 DEZ/JAN 2015
Caderno Amadeus 18 Entrevista Nome do Capítulo CadernoNome Anabela do Conteúdo Almeida do Capítulo
exatamente idênticos independentemente do tipo de agência. Obviamente que pela natureza do negócio a maioria dos nossos clientes são agências não IATA, mas temos várias agências IATA que trabalham connosco, normalmente nos casos de companhias aéreas para as quais essas agências não possuem chapa de emissão. Ponto T. › Como é que tem corrido a operação deste ano? A.A. › Ao contrário do previsto, este ano está a correr acima das estimativas em termos de resultados. Assistimos a uma retoma da economia, ainda que tímida, e isso reflete-se no tráfego aéreo e, consequentemente no nosso negócio. Em relação à parte operacional este tem sido um ano muito conturbado com a implementação de novas regras por parte das companhias aéreas. Cada vez mais assistimos à imposição de regras muito restritivas por parte das companhias aéreas que obrigam a um controlo muito rigoroso de cada reserva antes de ser emitida, reemitida e/ou reembolsada de forma a evitar os desagradáveis “ADM’s” (Agent Dedit Memo). Não é tarefa fácil processar a constante informação das diferentes companhias aéreas, informar os agentes de viagens e manter um controlo tão minucioso. Ponto T. › Como é que vê as alterações aos pagamentos ao BSP? A.A. › A alteração dos pagamentos obviamente não interessa à maioria das agências de viagens, pois com os prazos em vigor conseguiam dar crédito aos seus clientes. Com a redução dos prazos de pagamento do BSP isto deixa de ser possível, as agências terão que recorrer a outras alternativas para soluções de crédito. Mas as agências não se podem diferenciar pelo crédito, se os clientes comprarem diretamente à companhia aérea também têm que pagar de imediato. Sabemos que não é tarefa fácil, mas as agências prestam um serviço diferenciador e não podem ser vistas apenas como um agente financiador do negócio de terceiros. Ao Consolidador esta redução de prazo não afeta o nosso negócio diretamente pois não trabalhamos com crédito, em aviação não é viável trabalhar com crédito. E, não se trata de uma questão de seriedade das agências de viagens, mas todos sabemos que os imprevistos acontecem e a IATA não se compadece com atrasos de recebimentos ou cheques que não caíram, etc., se o pagamento não for efetuado na íntegra no dia estipulado a licença IATA é retirada de imediato. É impensável gerir um negócio com este risco e trabalhar com crédito.
pagar. Os objetivos da medida e onde será investida essa receita continuam por esclarecer. Antes de avançar com a implementação deste tipo de medidas impunha-se um debate com os empresários e associações do setor. Ponto T. › Concorda com as políticas de turismo que têm vindo a ser implementadas? A.A. › De acordo com as recentes estatísticas, 2014 será um dos melhores anos de sempre do Turismo em Portugal. Resta saber se efetivamente este desempenho será resultado das políticas de turismo que têm vindo a ser implementadas … O mais importante para o nosso setor seria, sem dúvida, o reconhecimento da sua importância na economia do nosso país, através da criação de um Ministério próprio, da existência de uma linha de continuidade das políticas de turismo, que não fossem cortadas radicalmente só porque muda o governo. O setor sairia, sem dúvida, muito mais fortalecido com uma estratégia sólida e consistente.
as agências prestam um serviço diferenciador e não podem ser vistas apenas como um agente financiador do negócio de terceiros
Ponto T. › Como é que vê a entrada em vigor de taxas turísticas em Lisboa, tanto nas entradas como nas dormidas? A.A. › Pessoalmente não concordo com a implementação de mais uma taxa turística, ainda que o valor seja reduzido. Não podemos cair na tentação de avaliar apenas por esse critério, existem já muitas taxas associadas aos produtos turísticos e mais uma irá encarecer o valor final a #15 DEZ/JAN 2015
Ponto T. › Como é que vê a Amadeus enquanto parceiro tecnológico? A.A. › A Amadeus tem sido desde o início da empresa o parceiro tecnológico do Consolidador. O nosso motor de reservas online está desenvolvido com base no sistema Amadeus e tem provado ser extremamente estável e fiável. Para um negócio online é crucial ter um parceiro tecnológico de confiança que nos permita não só manter o negócio, mas também que nos dê possibilidade de crescimento. A Amadeus tem sido um parceiro estratégico quer ao nível do produto existente, do apoio prestado e da apresentação de soluções tecnológicas inovadoras que nos permitem desenvolver novas funcionalidades para melhorar o nosso sistema. l
Caderno Amadeus Nome do Conteúdo Amadeus do Capítulo AncillaryNome Servicesdo Soluções Capítulo 19
Amadeus Ancillary Services Com a solução Amadeus Ancillary Services os agentes de viagens podem reservar de uma forma rápida e fácil os serviços auxiliares oferecidos pelas companhias aéreas sem ter que sair da plataforma atual de trabalho.
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evido às mudanças que a Indústria das viagens tem sofrido nos últimos anos, não somente pelo abrandamento económico e aumento de combustível, mas também devido ao aumento da competitividade das companhias Low Cost, as companhias aéreas regulares foram obrigadas a procurar novos modelos de negócio. Uma das formas encontradas é a comercialização de serviços, como os “Ancillary Services” A solução Amadeus Ancillary Services oferece aos agentes de viagens a possibilidade de visualizar, reservar, tarifar e pagar pelos serviços opcionais que a companhia aérea oferece proporcionando: • Um aumento na oferta de serviços opcionais de maneira a estar em pé de igualdade com os conteúdos oferecidos nos canais diretos e indiretos • Um aumento na qualidade de serviços prestados ao cliente reforçando a lealdade do mesmo
Com os “Ancillary Services” da Amadeus poderá tornar-se mais competitivo, pois prestará um serviço rápido e eficiente ao seu cliente. É uma solução integrada no Amadeus Selling Platform com uma oferta de serviços via catálogo dinâmico, atualizado de hora a hora pelas companhias aéreas o que permite ter acesso sempre às últimas informações que constam nos “Ancillary Services”. Os preços dos serviços são calculados de forma automática e são também baseados nos cartões de passageiro frequente dos clientes (no caso de descontos especiais aplicados). Os “Ancillary Services” oferecidos no Sistema Amadeus integram o processo de reserva e tarifação normal de um PNR sendo todo o conteúdo relevante enviado ao sistema de BackOffice via A.I.R.
Processo de reserva para serviços auxiliares no Amadeus Selling Platform Mesmo trabalhando em modo críptico poderá ter acesso ao catálogo gráfico configurando-o na tabela Customize (CTRL+Z) da Command Page do Amadeus Selling Platform:
Estes serviços poderão ser vendidos em qualquer altura no processo da reserva e aplicam-se via EMD (Electronic Miscellaneous Document). Os serviços poderão ser excesso de bagagem, seleção de lugar, filmes a bordo, prioridade no embarque, acesso ao lounge da companhia, etc.
Alguns serviços estão pendentes da emissão de um bilhete – SSR que na emissão se reflete com EMDA, outros não – SVC (EX: acesso a um lounge da companhia), que se reflete com EMDS no relatório de vendas.
Catálogo de serviço críptico
Catálogo de serviço gráfico
Nota: FXK só poderá ser visualizado depois do PNR tarifado
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Caderno Amadeus 20 Soluções Nome do Capítulo Amadeus Ancillary Nome doServices Conteúdo do Capítulo
Em críptico cria por exemplo um elemento SSR e no PNR este elemento aparece com uma “/” indicando que este serviço é pago: >SR ABML AB >ST/R/017B --- RLR --RP/LISP22118/LISP22118 CB/SU 15JAN13/1102Z 52B2HH 1.BERNARDES/CARLA MRS 2 AB8202 V 10FEB 7 TXLVIE HK1 1015 1045 1200 *1A/E* 3 AB8269 V 20FEB 3 VIETXL HK1 1020 1050 1200 *1A/E* 4 AP LIS 00 351 21 3213090 - AMADEUS TESTES - A 5 TK OK15JAN/LISP22118 6 /SSR RQST AB HK1 TXLVIE/17BN,P1/S2 SEE RTSTR 7 /SSR ABML AB HK1/S2 8 OPW-15JAN:1100/1C14/AB REQUIRES DOCUMENT ON OR BEFORE 16JAN:1100/E7 9 OPC-16JAN:1100/1C16/AB CANCELLATION DUE TO NO DOCUMENT/E7 10 RM CLIENTE OK >
Em modo gráfico deverá criar os elementos SSR em “Services”:
Sempre que um serviço está associado a um bilhete a ordem de emissão deverá ser conjunta para bilhete e EMD: >TTP/TTM OK ETICKET/EMD *TRN* >
No PNR reflete-se a linha do EMD: 10 FA PAX 745-1812270035/DTAB/EUR60.00/16SEP12/LISP22118/642123 40/E6-7
FA PAX 105-18122700042/DTAY/EUR120.00/17SEP14/LISP22118/64212345/P1
Relatório de vendas Amadeus Depois de tarifar o PNR deverá tarifar o serviço em modo críptico: >FXG FXG PASSENGER PTC ---------------------------------------OC SRV NP PR FLGT DATE (EUR)FARE TAX TOTAL 01 BERNARDES/CARLA ADT MAB ABML 1 AB8202 10FEB EUR6.50 0B5 RQST 1 AB8202 10FEB EUR10.00
EUR6.50 EUR10.00
>
>TJQ AGY NO - 64212345 QUERY REPORT 16SEP CURRENCY EUR OFFICE - LISP22118 SELECTION: AGENT - 0011CB 16 SEP 2012 -----------------------------------------------------------------SEQ NO A/L DOC NUMBER TOTAL DOC TAX FEE COMM FP PAX NAME AS RLOC TRNC --------------------------------------------------------------------------000122 745 2679320182 460.12 148.12 0.00 0.31 CA BERNARDE CB 5ZN87Y TKTT 000123 745 1812270035 60.00 0.00 0.00 0.00 CA BERNARDE CB 5ZN87Y EMDA 000124 105 1812270036 500.00 0.00 0.00 0.00 CA BERNARDE CB 5Y9PP5 EMDS *TRN* >
Ou em modo gráfico em “Customize Trip”: Companhias EMD/AAS em Portugal
Aqui a informação de que serviços poderão ser pagos. Sempre que tarifados os serviços uma máscara TSM-P é criada: >TQM M P 1 .1 2 .1
R NAME TOTAL G/G BERNARDES/CARL+ EUR A/A BERNARDES/CARL+ EUR
FOP 6.50 10.00
DELETED TSM RECORDS MAY EXIST - PLEASE USE TMH >
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Caderno Amadeus TAP Nome adota doAmadeus ConteúdoAirline do Capítulo AncillaryNome Services do Capítulo Notícias 21
Passa a oferecer serviços adicionais
TAP adota Amadeus Airline Ancillary Services
O
s agentes de viagens utilizadores de Amadeus já podem reservar alguns dos serviços adicionais/opcionais que a TAP oferece no Amadeus Selling Platform. A companhia aérea nacional adotou a solução Amadeus Airline Ancillary Services (AAAS), uma solução abrangente, multicanal que está em conformidade com os padrões da indústria, para distribuir serviços adicionais através dos seus canais indiretos. Com esta adesão, a TAP junta-se a mais 24 companhias aéreas que já disponibilizam serviços adicionais em Amadeus no mercado português. A solução Amadeus Airline Ancillary Services permite que os agentes de viagens que utilizam o Amadeus visualizem, reservem, tarifem e paguem pelos serviços adicionais/opcionais que a companhia aérea oferece. De momento, estão disponíveis para reserva os serviços de menor não acompanhado, animal na cabine, oxigénio a bordo, maca e muitos serviços relacionados com equipamento desportivo. Os agentes de viagens que utilizam Amadeus podem agora reservar de forma fácil e eficiente através do Amadeus, uma vez que a solução Amadeus Airline Ancillary Services integra o processo em trabalho normal dos agentes. A solução foi desenhada para aumentar tanto o número de reservas que a companhia aérea recebe através do canal agência de viagens quanto as receitas geradas por passageiro.
A TAP inicia com a disponibilização de produtos de excesso de “A diversificação de produtos é para a TAP uma prioridade, mantendo o foco no aubagagem e de serviços mento da sua receita através da automae simplificação de processos, disse especiais, evoluindo para Giltização Trigo, Diretor de Vendas Portugal, TAP Portugal. “Através do AAAS a TAP consegue anoutros produtos em tecipar o processo de compra de serviços, dando um maior nível de conveniência aos seus clientes e 2015
libertando as equipas no aeroporto para um maior foco no serviço ao cliente. A TAP inicia com a disponibilização de produtos de excesso de bagagem e de serviços especiais, evoluindo para outros produtos ao longo de 2015.” Por sua vez Miguel Quintas, General Manager, Amadeus Portugal, diz que: “A venda de produtos e serviços opcionais é uma prioridade para as companhias aéreas, que procuram aumentar a receita por passageiro e, correspondentemente, o lucro” l
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Caderno Amadeus 22 Notícias Nome do Capítulo Breves Nome do Conteúdo do Capítulo
Líder pelo segundo ano em I&D A Amadeus lidera mais uma vez o ranking europeu de I&D na indústria de viagens e turismo A Amadeus está novamente no topo do ranking do setor como uma das empresas líderes na Europa em investimento de Research & Development, diz o relatório 2014 EU Industrial R&D Investment Scorecard. Este relatório, publicado anualmente pela Comissão Europeia (CE), avalia as maiores 1.000 empresas europeias, e as maiores 2.000 empresas do mundo que investiram em I&D durante o ano de 2013, e classifica-os de acordo com o valor total investido. Em 2013 a Amadeus investiu €505 milhões, mais 17,1% em relação a 2012, o que representou 16,3% da receita total da empresa. Este nível de investimento posiciona a Amadeus não só como líder europeu, mas também em rankings globais na indústria de viagens e turismo. A Amadeus conta com 17 centros de I&D em todo o mundo (Nice, Londres, Sydney, Antuérpia, Aachen, Frankfurt, Boston, Miami, Toronto, Estrasburgo, Tucson, Bangalore, Bogotá,
Varsóvia, Istambul, Bangkok - e, mais recentemente Madrid), com uma equipa de 5.000 pessoas. Nos últimos anos, os esforços de I&D da Amadeus foram particularmente focados em processamento de transações com um desempenho extremamente elevado sob a disponibilidade de rigorosos sistemas e requisitos de confiabilidade; informações vindas de grandes bases de dados; motores de busca de viagens super recetivos; aplicações multicanal para serviços ao cliente (agent desktop, web, kiosk, mobile, tablets) e no pioneirismo no uso de open systems. Exemplos do impacto que isso teve sobre a inovação em produtos e serviços Amadeus’ nos últimos anos incluem: o Revenue Accounting, o Altéa DCS, o Amadeus Rail total (que inclui o Amadeus Global Rail Sales Platform), o Amadeus Featured Results™, o desenvolvimento contínuo do Amadeus Hotel Platform, e um novo completo fluxo de trabalho no re-design do Amadeus e-Travel Management (AeTM).
Amadeus Personal Disruption Companion Amadeus apresenta a primeira solução da indústria para a gestão de atrasos e cancelamentos de voos Imagine um mundo em que em caso de cancelamento ou de atraso de um voo, o passageiro não tem que ligar para a companhia aérea ou estar no aeroporto na fila para saber como agir. Imagine que os passageiros poderiam superar a frustração e stress causado por estes incidentes, simplesmente pressionando a tela do smartphone ou tablet e obter automaticamente e em tempo real, alternativas personalizadas de viagem através dos seus dispositivos. Imagine também um mundo em que, em caso de imprevistos, as companhias aéreas poderão personalizar as suas ofertas comerciais para os passageiros antes, durante e depois da mudança nas suas reservas, como uma estada gratuita num hotel, um lugar melhor ou ainda outros serviços pagos, incluindo o acesso ao spa do aeroporto. Imagine também que as companhias aéreas são capazes de automatizar completamente o processo de gestão de incidentes, gerindo tudo, desde bilhetes para EMDs através de atualizações de inventário, novos cartões de embarque e até mesmo a transferência de bagagem para o novo voo, proporcionando o aumento da produtividade, promover a fidelização dos passageiros, melhor a marca e otimização de custos.
Este mundo poderia tornar-se uma realidade atual para passageiros e companhias aéreas, graças à solução Amadeus Personal Disruption Companion, cuja primeira versão promocional estará disponível no início de 2015. Trata-se de uma solução única no mercado, uma vez que utiliza uma estratégia de gestão de incidentes focados nos clientes e dá controlo total ao passageiro em caso de atraso ou cancelamento de voos. Funciona através da análise e compreensão das características dos passageiros e do seu destino, combina essas informações com outras preferências, como modo de linguagem ou contacto. Essas informações devem ser totalmente personalizadas através do itinerário específico de cada passageiro e o histórico de compras de serviços complementares e outras preferências pessoais indicadas ou armazenadas. A solução Amadeus Personal Disruption Companion, cujo lançamento se associará com a companhia aérea TAM, companhia aérea brasileira que faz parte da LATAM Airlines Group, foi introduzida pela primeira vez no Congresso PhoCusWright Travel Innovation, onde arrecadou o segundo prémio na categoria de empresas consolidadas.
Estudo ‘Cleared for take-off’ Novo estudo exorta a indústria de viagens a adotar um pensamento ‘lean’ Um novo estudo lançado em outubro exorta as empresas de viagens a adotarem e a aplicarem os princípios de pensamento “lean” em todas as TI e operações, para criar uma indústria que pode detetar melhor, entender e responder às necessidades aos clientes cada vez mais complexas e em mudança. ‘Cleared for take-off’, escrito pelo consultor de inovação James Woudhuysen e encomendado pela Amadeus, argumenta que somente abraçando o pensamento “lean” em TI, e removendo aquelas atividades que não criam valor para o cliente, a indústria pode também ter mais controlo sobre a complexidade e os custos do sistema. #15 DEZ/JAN 2015
Com a rápida mudança nas preferências dos consumidores, a proliferação das opções de pesquisa, reserva e inventário, as novas tecnologias e os ciclos de inovação mais curtos do que nunca, as empresas de viagens precisam de adotar o pensamento “lean” imediatamente - ou arriscam ficar para trás, argumenta ainda o artigo. No seu sentido mais puro, o pensamento “lean” significa cortar com os desperdícios e eliminar ineficiências, simultaneamente aumentando a eficácia e valor para o cliente. Ao aplicar esses princípios para TI na indústria de viagens, o estudo defende que as empresas podem oferecer funcionalidades mais variadas e mais inteligíveis para os clientes por forma a melhor atenderem as suas necessidades e também melhorar a experiência de viagem.
24 Tecnologia BYOD: Não resista!
Nova tendência
BYOD: Não resista! Todos os executivos adoram controlar, porque dessa forma podem planear e gerir riscos de forma eficaz, e dotar gestores e departamentos de TI com os recursos necessários para protegerem as suas empresas das ameaças à segurança. É por isso que as empresas têm uma postura cautelosa perante o Bring Your Own Device (BYOD).
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uitos são os que consideram que uma empresa ao permitir que os seus empregados utilizem os seus próprios dispositivos no trabalho, está a contribuir para diminuir o controlo e aumentar o nível de exposição e vulnerabilidade às ameaças à segurança. Compreensível, mas incorreto: a relutância em adotar o BYOD impede as organizações de usufruírem de um amplo leque de benefícios potenciados por estes fenómeno, em particular do aumento da produtividade e da redução dos custos. A resistência das empresas face ao BYOD foi comprovada por um estudo recente da Oracle, no âmbito do qual foram inquiridos os responsáveis pelas decisões da segurança1, de um amplo leque de empresas nos vários Estados da Europa. Segundo o estudo, 44% dos inquiridos afirmaram não gostar do BYOD, ou só o permitirem em circunstâncias excecionais; e mais de 29% revelaram permiti-lo apenas aos seus empregados seniores. Menos de 10% das empresas inquiridas está a adotar completamente o BYOD. Atualmente isto é inaceitável. O BYOD não é uma moda com os dias contados. Os trabalhadores levam os seus próprios dispositivos para o local de trabalho e utilizam-nos, quer as empresas o permitam ou não. Tentar deter o BYOD não trará o controlo de volta às empresas; até terá o efeito inverso. #15 DEZ/JAN 2015
Se as empresas tentarem resistir ao BYOD, os seus colaboradores vão continuar a movimentar os dados em dispositivos não autorizados, que se podem perder, cair nas mãos erradas, ou que simplesmente podem colocar em risco a integridade da governação das empresas e das suas obrigações de proteção dos dados. A reação dos trabalhadores face à proibição será a de continuarem a utilizar os seus próprios dispositivos, só que sem autorização e sem supervisão das TI das suas empresas. O que é inaceitável na ótica das estratégias de segurança. Se as empresas realmente querem controlar mais e melhor as suas TI, e proteger mais os seus dados, a resposta passa por encorajar o BYOD, e implementar ambientes seguros onde ele possa acontecer. Os departamentos de TI ao encorajarem e permitirem claramente o BYOD passam a poder controlar o que realmente se passa na empresa e a implementar as medidas de proteção necessárias.
O desafio do BOYD Há quem acredite que o BYOD vai criar uma espécie de “Wild West” tecnológico nas empresas que o adotem, e que as TI irão gastar tempo e dinheiro a integrar
BYOD: Não resista Tecnologia 25
e a tornar seguro um vasto leque de disuma positivos. Porém, uma estratégia de BYOD bem delineada permitirá às estratégia de empresas alargarem as medidas BYOD bem delineada de segurança aos dispositivos dos seus empregados. permitirá às empresas Algumas empresas já estão a lidar com o BYOD atraalargarem as medidas vés de uma estratégia COPE (Corporate-Owned, Personally de segurança aos Enabled). As empresas COPE permitem que os seus trabadispositivos dos seus lhadores, em colaboração com os empregados departamentos de TI, selecionem os dispositivos e as aplicações que querem utilizar. Assim, os departamentos de TI podem gerir e tornar os dispositivos efetivamente seguros. As empresas podem também considerar o CODE (uma via intermédia entre o modelo tradicional de procurement das TI e o modelo aberto e livre do BYOD), como uma boa forma de entrar na nova Era da Mobilidade. No entanto, continua a ser importante que a usabilidade dos dispositivos e das aplicações seja salvaguardada face às medidas de segurança. Porque se um dispositivo se torna muito difícil de utilizar, por exemplo, por causa do excessivo número de pedidos de passwords, o mais provável é que os trabalhadores deixem de o utilizar. Caso o BYOD seja adotado de forma completa, os departamentos de TI terão de: habilitar e monitorizar quais os dispositivos que estão a ser utilizados para aceder à rede da empresa; e implementar medidas de segurança robustas sem impacto na experiência do utilizador final. A experiência do utilizador é importante do ponto de vista da produtividade, e assume particular relevo quando o dispositivo pertence ao utilizador/empregado – é preciso que os níveis de desempenho dos serviços e aplicações pessoais não sejam afetados pelas medidas de segurança implementadas pelas empresas. Finalmente, as empresas terão de ter em conta que, se num ambiente BYOD acederem a dados pessoais dos seus trabalhadores inadvertidamente, correm o risco de vir a ser processadas. No BYOD a questão da segurança é tanto das empresas (para assegurarem e protegerem os seus dados), como dos seus trabalhadores (para protegerem a sua privacidade).
Segurança na Era da Mobilidade As empresas podem desenvolver aplicações customizadas para superar estes desafios. No entanto devem ter em conta um conjunto de abordagens que estão disponíveis. Uma delas é a contentorização. A contentorização permite que as aplicações funcionem de forma independente e separada das áreas de informação pessoal nos telefones. As empresas podem ter o controlo total sobre o que se passa dentro da área contentorizada, implementando aí todas as políticas de segurança necessárias. Além disso, como as aplicações profissionais ficam separadas das pessoais, as empresas não têm que se preocupar com a possibilidade de acederem acidentalmente aos dados pessoais dos seus colaboradores. A contentorização complementa a gestão das aplicações móveis (MAM), que é outra inovação a nível da segurança que irá ajudar as empresas que adotem o BYOD. O MAM é desenvol-
vido fora da gestão do dispositivo móvel (MDM) como uma forma de impor o controlo nas aplicações empresariais. As medidas de segurança do MAM não estão focadas no dispositivo, mas sim nos conteúdos acedidos através do dispositivo dentro dos limites de segurança do container. Isto permite que as empresas protejam os seus sistemas e os dados críticos com as medidas de segurança mais adequadas para cada caso, independentemente dos seus trabalhadores utilizarem dispositivos pessoais ou da empresa. Por seu turno, o MDM pode ser implementado de forma superficial, de modo a não comprometer a experiência do utilizador. Outro aspeto muito relevante é a última geração de tecnologias de gestão de identidades e acessos. Esta abordagem concentra-se menos no dispositivo, e mais na pessoa, colocando a identidade no fulcro da segurança. O mundo empresarial mudou. Os departamentos de TI das empresas já não são o único guardião da tecnologia e os seus
trabalhadores utilizam os dispositivos e o software que querem. Nesta mudança reside uma enorme oportunidade para as empresas. As pessoas trabalham melhor em dispositivos que conhecem e que escolhem para utilização pessoal, o resultado é o aumento da produtividade. Adicionalmente, as empresas podem também reduzir drasticamente os custos associados aos investimentos em hardware com o BYOD. Por isso, a melhor estratégia para as empresas não é resistir, mas sim aceitar adotar e criar ambientes seguros onde ele possa existir. l Jorge Pedro Oliveira Sales Director Middleware Technology Solutions Oracle Portugal 1 CSO- Chief Security Officers, CISO- Chief Information Security
Officers e outros responsáveis pela segurança da informação em 700 empresas europeias de vários países – The Oracle European BYOD Index Report (April 2014) #15 DEZ/JAN 2015
26 Análise Orçamento de Estado 2015
OE 2015
Orçamento “nim” em ano de eleições 2015 não será um ano fácil, “dixit” Cavaco Silva, Presidente da República. Mas vai ser um ano eleitoral e, por isso, é esperada a “conveniente” derrapagem. Bruxelas já deu um valente “puxão de orelhas” ao executivo português. Portugal não cumpre o compromisso assumido com a Troika a nível de défice estrutural neste OE de 2015. Está muito dependente das receitas de impostos, as quais são exageradamente otimistas. As projeções de crescimento do PIB de 1,5% são relativamente consensuais, mas insuficientes para inverter o ciclo e gerar emprego.
E
efetivamente o Orçamento de Estado (OE) para 2015 tem tudo, menos ser fácil. Onde estão as políticas de compromisso para o crescimento, e onde está a flexibilidade dos fatores trabalho e capital e onde estão as medidas relativas ao estímulo de regimes concorrenciais? Estes são pontos negativos enunciados por uma das consultoras que tem desenvolvido maior trabalho sobre o OE, a Deloitte. Num recente trabalho desta mesma empresa, intitulado “Budget Watch”, e considerando uma escala de zero a 100, o OE de 2015 tem uma pontuação de 43. Uma nota negativa! Quais as iniciativas inscritas no documento que servirá para todas as contas de 2015 e merecerem pior classificação? Os empresários deram nota negativa ao trade-off entre a regulação de interesses públicos e iniciativas privadas, a par dos incentivos públicos para a promoção a mobilidade dos recursos humanos: e a informação sobre a difusão dos efeitos positivos e negativos dos investimentos públicos. Mas os empresários também encontraram pontos fortes, nomeadamente as políticas concorrenciais através das privatizações (a mais pontuada); ou a melhoria da informação relativa a contas públicas; ainda a estabilização da inflação; e a informação sobre dívida pública e compromissos futuros. Mas vamos ao comentário ao OE de 2015 em detalhe. Há um dado crucial neste documento: o contributo das despesa para o corte do défice é o menor entre os países da troika. Refere a Comissão Europeia, no final de dezembro, que #15 DEZ/JAN 2015
o ritmo das reformas estruturais abrandou consideravelmente desde o final do programa de resgate e que alguns ganhos foram mesmo invertidos. A CE dá exemplos. Diz que “enquanto algumas medidas foram tomadas, por exemplo, nos sistemas educativo e judiciário e no setor energético, no geral, o ritmo das reformas estruturais parece ter diminuído consideravelmente desde o final do programa, revertendo os progressos alcançados em alguns casos”. Os técnicos são cáusticos ao analisar ao OE e o relatório após a última avaliação da troika. Alertam para a falta de consenso político alargado em relação a uma estratégia de crescimento a médio prazo. Bruxelas quer que o Governo de Passos Coelho retome as reformas acordadas durante a última missão do programa de resgate. A CE é critica relativamente aos contratos coletivos de trabalho e o necessário alinhamento dos salários com a produtividade, ou ainda a questão de aumento do salário mínimo nacional – recorde-se que registou um aumento de 20 euros de base – que, segundo as mesmas fontes, poderá tornar a transição para o emprego, dos referidos trabalhadores, ainda mais difícil. Também não incluído neste OE e que mereceu um “puxão de orelhas” de Bruxelas foi a redução das rendas excessivas. Afirmam que é preciso “completar totalmen-
Orçamento de Estado 2015 Análise 27
te e implementar as reformas para melhorar o enquadramento de regulação e abrir mais os setores fechados”, o que é importante, não só para “aumentar a flexibilidade e a competitividade da economia portuguesa”, como também para “melhorar o potencial de crescimento de longo prazo”.
Macro Mas as grandes críticas são feitas a nível macro. Refere a CE que a redução de 7,8 pontos obtida no défice público entre 2015 e a projeção de 2015 foi, ou vai, ser conseguida com a redução do peso da despesa pública no PIB de 4,1 pontos percentuais e um aumento da receita de 3,7 pp. Ora mais de metade do corte do défice, concretamente 52,6%, foi obtida pelo lado da despesa, quando aquilo que tinha sido acordado com a troika era que objetivo chegasse aos dois terços. Ora, o OE de 2015 acaba por aumentar o papel da despesa para a redução do défice, uma vez que neste documento aponta-se para uma redução do peso da despesa pública no PIB e uma ligeira redução do peso da receita. Claro que o Governo de Passos Coelho tem acenado com o “chumbo” do Tribunal Constitucional, o qual impediu que se pudesse aplicar, de forma permanente, medidas como os cortes dos salários dos funcionários públicos e das pensões. Mas, citando uma análise feita pelo Público, “os críticos do executivo argumentam que o problema está no facto de não se ter avançado para uma reforma da administração pública que conduzisse a ganhos de eficiência e a poupanças nas despesas do Estado”. Muito negativo neste OE e que mereceu duras criticas da CE foi o facto de não se cumprir o objetivo de redução do défice nominal acordado com a troika, registando ainda uma subida do défice estrutural, quando as regras europeias exigem uma redução anual de pelo menos 0,5 pp. A CE não vai gostar da dependência contínua do aumento da receita fiscal e do excesso de otimismo neste ponto, quando se sabe que o efeito das cobranças coercivas se está a esgotar. Portugal, diferentemente de grandes países europeus, não está em condições de desafiar as regras, mesmo em ano eleitoral…
Pontos positivos Vamos a alguns pontos positivos do país. O saldo das contas externas portuguesas, medido pela balança corrente e de capital, atingiu 3.397 milhões de euros até outubro, mais 562 milhões que no mesmo período de 2013, segundo o boletim estatístico do Banco de Portugal. As exportações de bens aumentaram 1,9% entre janeiro e outubro, em termos homólogos, totalizando 40.320 milhões de euros, enquanto as importações cresceram 3,3% para 49.114 milhões de euros. Por seu lado a atratividade de Portugal está no valor mais elevado dos últimos 10 anos. Um estudo
da consultora EY conclui que 67% dos investidores estrangeiros acredita que a atratividade de Portugal vai melhorar nos próximos três anos, enquanto 27% dos inquiridos admitem terem projetos de investimento para iniciar a curto prazo. Lisboa e região Norte são percecionadas como as mais atrativas para investimento, e o turismo é o setor com maior potencial para dinamizar o crescimento da economia portuguesa. A 8.ª edição do “Attractiveness Survey” Portugal, avalia a evolução da atratividade do país enquanto destino de Investimento Direto Estrangeiro. Recorrendo a fontes de referência em matéria de competitividade, o estudo posiciona Portugal, relativamente aos mercados de Espanha, Polónia e República Checa, num conjunto de indicadores relevantes para decisões de investimento. Os resultados são, em geral, favoráveis a Portugal, com alguns dos indicadores a serem mesmo mais favoráveis do que os observados em França e, em menor grau, na Alemanha. Em concreto, o estudo salienta o facto de, apesar de o ambiente macroeconómico ser importante para a criação de uma perceção global de atratividade, as decisões de investimento serem normalmente tomadas com base em fatores microeconómicos. Daqui resulta que, para um conjunto alargado de setores ou atividades, Portugal é uma localização competitiva para a instalação de novos projetos. Para 67% dos inquiridos, a atratividade de Portugal como destino de IDE vai melhorar nos próximos três anos. Este valor compara com 37% em 2011 e com 58% em 2007 e em 2013, os dois anos em que este indicador tinha sido mais elevado. Esta perceção traduz-se também no aumento do número de intenções de investimento. Cinquenta e quatro das empresas inquiridas têm planos de investimento a curto prazo, a generalidade dos quais relativos à expansão de operações já existentes em Portugal. A manufatura surge como o tipo de atividade mais referido para os novos projetos, com 22% do total, mas a generalidade das intenções concentram-se no setor dos serviços, incluindo operações de venda, atividades logísticas, investigação e desenvolvimento e serviços partilhados. Para 73% do painel, Portugal irá superar o período de crise, com 85% das empresas a considerar que isso ocorrerá já nos próximos cinco anos. Com 91% das empresas a preverem a sua permanência em Portugal nos próximos 10 anos, este é um sinal de resiliência do investimento estrangeiro no país. O estudo reflete
que estes resultados podem estar associados ao aumento de custos de produção na Ásia e a estratégias de “nearshoring” de operações na Europa, com muitas empresas industriais e de serviços a procurarem realinhar as suas cadeias de valor ao novo enquadramento económico global. No entanto, o número de novos projetos diminuiu em 2013. A “European Investment Monitor”, uma base de dados alimentada a partir de mais de 10 mil fontes de informação, que é depois validada com as empresas relativamente às quais é identificada a existência de novos projetos, registou 38 novos projetos de investimento estrangeiro em Portugal, menos oito projetos do que em 2012. Estes projetos previam a criação de cerca de 2 mil postos de trabalho, valor que compara com perto de 2.800 em 2012. Em termos de atratividade regional, a perceção concentra-se em Lisboa e no Norte. Para 38% dos inquiridos, a região de Lisboa é a mais atrativa para investimento, logo seguida da região Norte, que recebe 31% das preferências. As regiões do Centro, Alentejo e Algarve são vistas como as mais atrativas por apenas 9%, 2% e 5% da amostra, respetivamente. Este resultado indicia uma perceção da atratividade mais associada às cidades com maior reconhecimento internacional, do que às condições, recursos e competências concretas que cada região tem para oferecer a potenciais investidores. Nesse sentido, o estudo alerta para a maior importância de as regiões prepararem propostas de valor territoriais que apoiem a promoção dos fatores de atratividade de cada região, em complemento da proposta de valor global do país enquanto destino de investimento. O turismo e I&D são identificados como áreas de oportunidade. Relativamente às atividades em que Portugal conseguirá atrair mais investimento, a seleção é eclética, com a manufatura e as atividades de I&D em primeiro lugar, ambas selecionadas por 45% da amostra como uma das três respostas possíveis, logo seguidas dos centros logísticos (37%). É especialmente importante o facto de os investidores identificarem em Portugal potencial para atração de projetos de I&D, pelo que isso representa em matéria de criação de emprego direto altamente qualificado bem como no potencial efeito de arrastamento no aumento de valor acrescentado na indústria e serviços produzidos em Portugal. l Vítor Norinha Diretor do jornal OJE
para um conjunto alargado de setores ou atividades, Portugal é uma localização competitiva para a instalação de novos projetos
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28 Análise Ética nos negócios
É preciso redefinir condições
Ética nos negócios
A ética é um fenómeno humano e no ambiente de negócios isso deveria refletir-se através de condições justas e vantajosas para todas as partes, daí que no mundo atual, em que as pessoas são conduzidas pelas necessidades da ganância é preciso haver um suplemento de alma para redefinir as condições de negócio.
É
tica é um fenómeno humano, é a forma do ser humano se responsabilizar pela sua própria felicidade e pela dos outros. Existe uma orientação ética de tipo aristotélico, que pensa sempre a ética como uma vida de qualidade, que é a chamada “vida boa” - própria e com os outros - em instituições justas, portanto uma ética de felicidade. Por outro lado, Kant, outra tradição ética importante, defende uma ética muito exigente do dever, em que as pessoas devem comportar-se de tal maneira que o seu comportamento possa tornar-se regra universal. Em relação ao ser humano, este nunca pode ser um instrumento para algo melhor do que ele. O ser humano não tem preço, só tem valor humano e não pode ser um meio para outra coisa. Posto isto, há o problema da ética dos negócios. Todos os seres humanos de todas as sociedades vivem a fazer negócios. As feiras, as trocas com os vizinhos, no trabalho são sempre a negociar. É algo que é inerente à condição humana porque ninguém é capaz de tudo, daí que trocam serviços, trocam bens e tudo mais. Depois há a mediação das negociações. A moeda, por exemplo, serve para ser a mediação, substituir as transações que fazem. Há uma coisa que Aristóteles dizia: “O dinheiro não tem filhos” só que agora, numa economia, que é cada vez menos economia, ou seja que trata menos das coisas e mais da finança, acontece que a própria finança é uma fonte de negócio. Isto para dizer que nos negócios, cada uma das partes procura tirar o melhor proveito, mas para criar um bom ambiente humano entre os negociantes há que negociar em condições que sejam justas e vantajosas #15 DEZ/JAN 2015
para todas as partes, se não começa a haver opressão de um ao outro. Falamos de negociações vantajosas. Não têm que ser exploratórias dos outros e não têm que usar de uma posição de força para impor negócios, porque o comércio livre não é o de cada um poder fazer o que lhe apetecer, porque se não o mais forte explora sempre o mais fraco. São necessárias leis de relação, a nível implícito ou explícito, porque é necessário não confundir a ética com a lei porque uma coisa pode ser legal e ser injusta. A lei pode ser imoral e anti-ética. Mas também têm de negociar com as leis e quando estas não são justas há um dever ético de lutar por leis justas. Sendo assim, o que é que acontece? Acontece que nós temos de ter também um suplemento de alma nos negócios. Ou seja, muitas vezes é preciso renegociar porque fez-se um negócio em determinadas condições que depois mudam - como por exemplo, renegociar a dívida - porque ao não se ter noção nenhuma de perdão ou de renegociação, numa situação muito desigual, passa a não haver uma ética muito importante que é a da compaixão. Uma ética que é capaz de dizer: “eu não posso fazer este negócio desta maneira, porque estou a arruinar ainda mais
Ética nos negócios Análise 29
a vida destas pessoas”. Tem de haver também - e não há, dada a internacionalização e a mundialização - leis mais justas de comércio internacional. O que acontece muitas vezes é que em vez de se procurar uma vida boa de qualidade, para si e para os outros, segundo os negócios em que se está envolvido, em instituições justas, parte-se já de as instituições serem injustas no seu relacionamento. Como as pessoas são conduzidas não pelas necessidades do comércio, mas pelas necessidades da ganância, querendo ser cada vez mais ricos, querendo cada vez mais fazer impérios de dominação, de comprar e vender, mas em condições de não observarem as boas leis da concorrência, o resultado é a corrupção. E a corrupção é anti-ética. A corrupção viceja onde não há vigilância, legal e ética, não há atenção aos outros e à sua situação. É a lei da selva e do vale tudo. É anti-ética, é o regresso do ser humano ao mundo anterior à Declaração dos Direitos Humanos. Os Direitos Humanos são uma atitude ética global porque é o primado das pessoas. Ora se em vez do primado das pessoas, se vive o primado do lucro a qualquer preço, o primado da exploração do outro, ao fim de algum tempo, todos perdem. Perde o próprio, porque isso não se aguenta. E os outros começam também a ter a mesma desvergonha, começam a ter as mesmas ambições e é uma luta sem lealdade e é a ver quem é que dá o golpe mais baixo. Em Portugal, por exemplo, se passar a ideia tonta de que a população portuguesa vivia acima das suas posses, o que se tem revelado, é que quem vive acima das suas posses são aqueles que têm mais posses porque não vivem segundo nenhuns critérios de produção de bens, de distribuição de bens. Tudo é instrumentalizado e a primeira coisa que é instrumentalizada são muitas vezes os parceiros de negócio, mas depois são instrumentalizados os mais débeis, os descartáveis: as crianças, os velhos, os que não têm poder de reivindicação… Depois é também todo o trabalho de acabar com a capacidade de reivindicação, com a capacidade de dizer não, de argumentação e uns têm advogados que podem pagar que já fazem o jogo dos poderosos, e os outros têm de aguentar. E as instituições da justiça passam a ser injustas e elas também vítimas de processos já sem sentido. Passa-se assim à desregulação total e quem sofre são os mais débeis, os pobres. O que aconteceu na sociedade portuguesa foi a destruição de uma classe média em ascendência. Isso tem efeitos culturais porque era a que lia livros, interessada na cultura, na música, consumia bens culturais. Agora não tem poder de acesso a isso.
A corrupção viceja onde não há vigilância, legal e ética, não há atenção aos outros e à sua situação. É a lei da selva
Uma sociedade injusta, nas suas leis, nos seus processos, na sua forma, acaba por ser o mal de todos porque numa economia globalizada, também os roubos de todo o mundo estão com as garras expostas e dizem “aqui vou ter um negócio” e derrubam as pessoas. A imoralidade enorme e a falta de ética que existe nos impostos... Um país produz os bens, mas há um outro país que tem leis mais favoráveis, então as sedes das empresas, e multinacionais são deslocadas para lá. Depois há os “alçapões” todos, que ninguém conhece, que não estão em lado nenhum, em que carregando num botão põe-se o dinheiro onde se quer. Isto resulta numa falta de ética enorme, que são as pessoas - mesmo os negociantes, mesmo os gananciosos - com o tempo se autodestruirem porque, em países com o capitalismo já mais experimentado, tiveram de fazer algumas regras. Havia um hábito de que os grandes milionários, as grandes fortunas, faziam fundações. Em Portugal houve a do Champalimaud, a Gulbenkian, embora esta não fosse nossa, mas o resto, quando há Fundações é para fugirem ao fisco… Se não houver consciência ética, falsifica-se o parlamento, falsificam-se as leis, falsificam-se os tribunais, falsifica-se a justiça porque, para além das leis, se não houver ética, essa mesma ganância é que conduz as leis, a interpretação das leis, a redação das leis, a aplicação das leis, porque é a lei que vale e não as pessoas. Na ética dos negócios só se fala em milhões, não se fala em pessoas, as pessoas não existem. O Papa Francisco costuma falar sempre que há os descartáveis, mas o problema não é só os descartáveis. O que se quer é “um descartar” o mais possível. As pessoas nunca contam. O que conta são os negócios e isso não é ético, é a perversão da ética. l Frei Bento Domingues cronista
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Vasco Marques Autor do livro Marketing Digital 360, Formador e Consultor
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32 Lifestyle Quem quer experimentar uma casa tipo Hobbit?
Tendências
Quem quer experimentar uma casa tipo Hobbit? De casas encastradas em colinas a praticamente aldeias construídas sob o tema dos livros de J.R. Tolkien, ninguém fica indiferente perante uma casa tipo Hobbit. Aqui estão algumas onde se pode inspirar para uma próxima aventura…
Q
ue o cinema tem impacto em diversos aspetos da vida, incluindo no turismo, ninguém tem dúvidas. Quem não se lembra da influência que o livro de Dan Brown e posterior filme “O Código da Vinci”, teve na criação de rotas turísticas em Itália? A arquitetura parece não estar imune a essa influência, não só no desenho de casas para habitação, como na criação de espaços de alojamento turístico. Por outro lado há quem procure experiências de alojamento incomuns e assim conjugam-se duas disposições: a de construir casas originais com a de procurar casas diferentes, algumas vezes pelo puro gozo de experimentar, outras vezes movidos por valores e motivações ligados a um modo de vida que se quer adotar. As casas inspiradas nos hobbits, dos filmes da trilogia d’”O Senhor dos Anéis” ou de “The Hobbit” são um exemplo presente em vários destinos no mundo, não só na Nova Zelândia, onde os filmes foram rodados, mas também nos Estados Unidos e na Europa. Algumas são low-cost onde a tecnologia é quase posta de lado e outras beiram a “obsessão” pelo tema. Há também aquelas que não são inspiradas nos filmes, mas facilmente se enquadram dentro do conceito. #15 DEZ/JAN 2015
Num tempo em que a tecnologia ocupa tantas horas, em que se passam tantas horas a olhar para ecrãs, em que há aparelhos e aplicações que literalmente matariam de susto os nossos antepassados, existe também cada vez mais uma dicotomia entre aqueles que fazem dos smartphones, tablets ou portáteis quase uma extensão dos seus membros superiores, e aqueles que, sem voltarem as costas a uma certa modernidade, optam por deixar para trás um mundo demasiado digital e regressam, literalmente, à terra. Em vez de optarem por casas inteligentes, ultra digitais, onde robots fazem a limpeza, em que o frigorífico alerta para o que está em falta, ou em que é quase preciso tirar uma pós-graduação para perceber como funcionam as luzes, optam por ir para o campo, escolher um terreno preferencialmente com declive e
Quem quer experimentar uma casa tipo Hobbit? Lifestyle 33
construir uma casa tipo Hobbit. Quase sempre os valores ecológicos pesam muito nesta opção de mudar de vida. Foi o caso da família de Simon Dale. Esta família do País de Gales, composta por um casal e dois filhos pequenos, decidiu em 2003 mudar de vida e construir a sua casa no campo. A casa foi construída em quatro meses por Simon, pelo sogro e por “amigos e passantes” e custou cerca de 3.000 libras em materiais. “Descobrimos que com uns poucos milhares de libras e alguns meses é possível criar casas simples que estão em harmonia com a paisagem natural, ecologicamente saudáveis e que são um deleite para viver”, diz Simon Dale. Atualmente a família deixou a “Hobbit house” para os trabalhadores na floresta e em 2009 compraram um pedaço de terra dentro do projeto comunitário “Lammas Eco Village”, na zona ocidente de Gales, onde construíram, entre outros, a casa “Undercroft” (foto de abertura). Levando a temática do Senhor dos Anéis ainda mais ao pé da letra, Steve Michaels, declaradamente fã do tema, construiu o “The Shire of Montana”, cujo conceito é o de guest resort privado que é alugado a quem quiser ter uma experiência de luxo diferente. Por 295 dólares por noite para duas pessoas com um mínimo de duas noites aos fins de semana e feriados, os clientes podem ficar numa casa parcialmente construída dentro de uma colina, com pouco mais de 90 metros quadrados de área, luxuosamente mobilada, com cozinha equipada, wifi, televisão, onde não faltam o chapéu de Gandalf, um anel pendurado e umas pantufas que imitam os pés peludos dos hobbits. “Com a azáfama do mundo agitado de hoje, é preciso haver um lugar onde os adultos podem afastar-se e deixar surgir a criança que existe dentro deles, sem preocupações, aborrecimentos, telemóvel ou crianças”, lê-se no site do “The Shire of Montana”. Dentro da propriedade de oito hectares os clientes podem ver alguns animais, como alpacas ou mesmo coiotes, e ver uma aldeia de duendes, a casa de Frodo, casas de trolls e de fadas, entre outras estruturas, algumas do tamanho de caixas de sapatos. Durante o inverno a guest house está fechada devido à quantidade de neve que não permite usufruir de uma experiência completa, dado que algumas das estruturas, pela sua diminuta dimensão, estão cobertas de neve. Fora do tema do Senhor dos Anéis, mas ainda com alojamentos que se aproximam do conceito Hobbit, existe na Suíça, em Vals, a Villa Vals, uma casa com cerca de 160 metros quadrados, completamente escavada na montanha, que pode alojar dez pessoas, com limite máximo de 12 dos quais quatro terão de ser crianças. O grande destaque vai para uma fachada em vidro que dá acesso a um terraço de 60 metros quadrados que oferece vistas para os prados verdes na primavera e nevados no inverno. Para quem quer viver uma experiência Hobbit mas perto da praia, também pode ter o melhor de dois mundos com o “The Dune House” em Atlantic Beach, na Florida. Completamente encastrado numa duna, o alojamento é constituído por dois apartamentos quase iguais e, apesar de ter sido construído em 1975, o seu aspeto interior é mais para o moderno do que para o retro. l
Construída em quatro meses a hobbit house é agora abrigo para passantes
The Shire of Montana pode ser alugado e reproduz o ambiente do Senhor dos Anéis
A Villa Vals está escavada na montanha e esconde um mundo de modernidade
As casas inspiradas nos hobbits são um exemplo presente em vários destinos no mundo
The Dune House em Atlantic Beach é uma casa de praia diferente
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34 Viagem de: Vanessa Oliveira
Quero muito conhecer a Itália pela parte da arquitetura e de história. IIhas gregas, e mesmo a Grécia continental
Vanessa Oliveira
Ponto Turismo › Qual foi o destino favorito? Vanessa Oliveira › Eu amo o Rio de Janeiro, já lá fui várias vezes e continuo a amar, é daqueles destinos onde volto sempre. É de pele. Ponto Turismo › O que é que leva sempre na mala nas viagens? Vanessa Oliveira › Biquínis, seja para o Inverno ou para o Verão, vai sempre um biquíni dentro da mala! E máquina fotográfica e carregador do telemóvel. (risos). Ponto Turismo › Qual é o destino que ainda falta conhecer? Vanessa Oliveira › Ui… Tantos, aqui mesmo perto. Quero muito conhecer a Itália pela parte da arquitetura e de história, iIhas gregas, e mesmo a Grécia continental. São os dois países que conheço menos na Europa. Um destino de férias paradisíacas... tenho uma “panca” pelas ilhas Fiji. Ponto Turismo › Quando tem tempo livre, como prefere passá-lo? Vanessa Oliveira › Vou sempre para fora. Às vezes vou para fora cá dentro! Mas é sempre a viajar. Férias é para viajar. Ponto Turismo › Qual o livro de cabeceira ou que leva nas viagens? Vanessa Oliveira › Levo sempre livros. Nunca leio um livro de cada vez, leio sempre uns três ou quatro, por isso levo sempre vários. Ponto Turismo › Qual o filme mais marcante? Vanessa Oliveira › Eu sou uma romântica inveterada e por ser uma história muito bonita e verdadeira e que prova que realmente o amor não tem fronteiras e que é o “Diário da minha Paixão”. É um filme muito potente e chorei horrores. Ponto Turismo › Não quer partir desta vida sem fazer o quê? Vanessa Oliveira › Mais filhos! (Risos) Ponto Turismo › Qual é o seu ídolo? Vanessa Oliveira › Ídolo de pessoa conhecida não tenho. Tenho como referências pai, mãe e avós. #15 DEZ/JAN 2015
Férias é para viajar! Ponto Turismo › Qual a sua especialidade culinária? Vanessa Oliveira › Doçaria. Qualquer uma! Tudo o que é comida normal, sou péssima! Ponto Turismo › O que é que o público não sabe sobre si? Vanessa Oliveira › Que eu apesar de tudo, sou muito introvertida. Ou envergonhada, talvez... Ponto Turismo › Tem alguma mania ou tique? Vanessa Oliveira › Ando sempre com um paninho de cetim, desde nascença porque quando era pequenina chuchava no dedo e acariciava o cetim. E ando sempre com ele. Ponto Turismo › Tem algum objeto velho do qual não se desfaz? Vanessa Oliveira › Tenho vários bonecos que me acompanham desde que nasci. Tenho uma prateleira com os meus livros de infância que hão de passar para o meu filho e tenho vários bonecos, entre eles um palhaço, um urso Angeloso e uma boneca Nancy. Ponto Turismo › Se tivesse um dom de super herói qual seria? Vanessa Oliveira › Voar ou não dormir… tenho muita coisa para fazer. Ponto Turismo › E se reencarnasse num animal qual seria? Vanessa Oliveira › Um golfinho. Ponto Turismo › Já teve ou tem alguma alcunha? Vanessa Oliveira › Vaizinha! Vanessa=vai nessa, vai nessa=vai, por isso é Vai ou Vaizinha. l