#17 FEV/MAR
2015 €5
GRANDE ENTREVISTA
OPINIÃO
PINTO DA COSTA
Vitor Filipe fala do crescimento dos números do turismo em Portugal
ANÁLISE
As marcas no turismo. Quais os registos necessários?
10 INSIGHTS
Rita Gunther McGrath dá as suas 10 dicas para um Business Design
LIFESTYLE
As cidades do futuro. Como vamos viver amanhã
Editorial
Um Presidente. Uma cidade. Um clube. Uma nação. “No FC Porto os problemas não se levantam, porque nunca chegam a existir.” › José Maria Pedroto
F
oi há quase 28 anos e recordo-me, como se fosse hoje, o calcanhar do mágico argelino Madjer que deu ao F.C. Porto o empurrão para a conquista da primeira Taça de Clubes Campeões Europeus (hoje, Liga dos Campeões). O final do jogo foi uma explosão de alegria imensa. Tinha 16 anos e embora sempre verde de coração, a reação imediata foi ligar para a minha família no Porto para celebrar tamanho êxito. Um clube, na altura quase regional, tinha batido o pé ao todo poderoso Bayern Munique de “Rummenige e companhia”. Não com sorte. Mas sim, com muita classe. Desde então, o maior clube da cidade do Porto nunca mais parou de somar êxitos nacionais e internacionais e jamais se poderá separar este período do seu presidente de há quase 33 anos – Jorge Nuno Pinto da Costa. A verdade é que passados estes 28 anos daquela célebre final europeia, o clube que carrega no seu nome a procedência da cidade invicta, confunde-se com a sua própria origem. O clube passou de regional a nacional e de nacional a mundial. A cidade do Porto é hoje indissociável deste fenómeno futebolístico e beneficia internacionalmente da publicidade da imprensa, televisiva, dos canais online e das próprias conversas informais sobre o desporto rei em todo o mundo. A cidade beneficia disso. Portugal beneficia disso. O F.C. Porto é portanto, um “case study” de como uma marca relativamente desconhecida pode chegar ao topo do mundo arrastando consigo todos os que lhe são adstritos. E a essência
O F.C. Porto é portanto, um “case study” de como uma marca relativamente desconhecida pode chegar ao topo do mundo
da receita, por mais simples que pareça, está escrita na própria entrevista que o “Presidente” dá à Ponto Turismo: apostar na qualidade. É uma receita que muitos dão mas poucos praticam. Para mim, fica claro que a larga história de êxitos mundiais do Porto está intimamente ligada à qualidade que a equipa, treinadores e dirigentes sempre empregaram na sua “empresa”. Não que a qualidade se resuma ao jogador que faz a finta incrível, ou ao treinador que melhor dispõe a equipa no relvado. Polémicas à parte, a qualidade está nos atos de gestão. Na estratégia. Na forma como se arruma e desarruma o “status quo”. Como se antecipa às decisões dos adversários. Como se têm planos A, B e C para eventualidades não acauteladas (daí a frase de Pedroto no título) e… porque não, nalgum humor fino com que se desarmam rivais. Ah… E no querer muito! No décimo sétimo número da Ponto, há também que tomar especial atenção ao artigo da análise atual do momento do turismo por Vítor Filipe, da TQ Travel e, porque não podemos viver o presente sem olhar para o futuro, recomendo vivamente a rúbrica de “Tendências – Como será o turismo no futuro?”. Finalmente, temos por defeito que sempre que pensamos em Açores, tudo nos parece longe. Mas não é assim. Fernanda Pires da Via Vitória demonstra que a vida insular de um agente de viagens é tão ou mais exigente que a de um continental. Mas ainda assim, leva a vida a sorrir. Até daqui a dois meses e… boa leitura!
Miguel Quintas Diretor Geral
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Diretor Geral
Índice
“Portugal deve apostar no turismo de qualidade”
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Na sua entrevista Jorge Nuno Pinto da Costa diz que o desporto português tem feito mais pela divulgação do País do que qualquer outra atividade e que Portugal deve apostar na qualidade
Miguel Quintas
Diretora da Ponto Turismo Helena Torres Bimestral · Ano - 2014 - Edição 17
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Coordenação Editorial
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pontoturismo@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99
Produção de Conteúdos e Edição Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Tel.: 214 037 656 · mediapearl@mediapearl.pt
Publicidade htorres@pt.amadeus.com · Tel.: 21 321 30 99
Ilustração Capa Pedro Taquelim
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Opinião
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Grande Entrevista
Fotografia
Crescimento? A culpa é dos privados!
Mediapearl
Produção Mediapearl - Comunicação e Serviços, Lda. Centro Empresarial Tejo Rua de Xabregas, Lote A, Piso 1, Sala 13 1900-440 Lisboa mediapearl@mediapearl.pt
Em Foco
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Entrevista Caderno
RBM - Artes Gráficas
Tiragem 1300 exemplares
Registo na ERC N.º 126281
N.º 350109/12
A revista Ponto Turismo é uma publicação da Amadeus Portugal. A empresa não se identifica necessariamene com o conteúdo dos artigos nem com as opiniões dos seus colaboradores. É proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização prévia da empresa editora.
O que esta a chegar de novo para os turistas?
Fernanda Pires: “Não podemos sentar-nos à espera dos clientes”
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Soluções
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Notícias
Depósito Legal
Tecnologia
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Análise
Pinto da Costa “Os clubes de futebol são a melhor propaganda para um país”
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Impressão e Acabamento
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Tecnologia na ponta dos dedos
A marca no turismo Tendências Last-Minute Como será o turismo no futuro?
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10 Insights
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Lifestyle
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Viagem de: Ricardo Pereira
Business Design
Cidades do Futuro: Como vamos viver amanhã?
O meu grande “pecado” é viajar
Amadeus Offers
Amadeus lança versão melhorada de acesso à CP
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Opinião Crescimento? A culpa é dos privados!
Vítor Filipe
Diretor-Geral TQ Travel-Quality
Crescimento?
A culpa é dos privados! Foram divulgados em Fevereiro os dados do Instituto Nacional de Estatística referentes à atividade turística em 2014. Mais uma vez volta-se a ouvir falar em “melhor ano turístico de sempre” e obviamente que se faz referência ao incoming.
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o nível das receitas verifica-se um crescimento de 12,4% face ao ano anterior. Ou dito de outra forma, a atividade turística foi responsável por injetar uns preciosos 10,393 mil milhões de euros na economia nacional, assumindo-se como um motor fundamental na retoma tão desejada da economia nacional. Olhando de perto para os números é possível constatar que o número de hóspedes cresceu 12% em 2014, uma subida que se verifica quase de forma igual tanto no plano interno como em hóspedes oriundos do estrangeiro. Já ao nível das dormidas verifica-se uma evolução positiva de 11%, com um crescimento mais acentuado de dormidas oriundas de Portugal (+13%). Mas nem tudo vai bem. Por exemplo, os movimentos registados nos portos marítimos portugueses revelaram um comportamento negativo em 2014, com menos 3,2% no acumulado do ano. Isto traduziu-se em -2,5% de passageiros em trânsito, -20% em passageiros desembarcados e – 12,1% nos passageiros embarcados. E todos sabemos o que isto quer dizer: o negócio dos cruzeiros diminuiu em Portugal e em todas as frentes. Tendo em conta o impacto que esta atividade tem na economia direta das cidades, especialmente em Lisboa e no Funchal, é fácil perceber que muito há ainda para fazer neste domínio. Há mais números para serem lidos atentamente. Os turistas franceses continuam em alta em Portugal, com um crescimento de 19,8%; a Bélgica segue as pisadas com +23,2%; o Reino Unido com +13,5%; o Brasil com +13,5%; e até os alemães, esse tradicional mercado que nunca passa de uma promessa não concretizada, evoluiu positivamente na ordem de +9%. Mais importante que nestas subidas, na minha perspetiva, é a nossa vizinha Espanha com +14,7%. Este comportamento traduz-se em duas conclusões: a crise em #17 FEV/MAR 2015
Espanha começou a abrandar o que dada a proximidade e dependência de Portugal são muito boas notícias; segunda é que sendo Espanha o nosso principal mercado de turistas estrangeiros, qualquer subida, para mais de dois dígitos, se traduz em muitos milhares de turistas. Outro dado curioso, e que poderá passar ao lado das parangonas dos jornais nacionais, é que segundo os últimos dados do Hotel Monitor da autoria da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), agências de viagens e operadores turísticos foram o principal canal de compra de dormidas com um peso de 43%, seguidas dos travel websites com 19%. Portanto desenganem-se os Velhos do Restelo que ano após ano vaticinam o fim das agências de viagens. Aliás, sempre que me deparo com estes comentários recordo-me com um sorriso da célebre frase do Mark Twain: “Parece-me que as notícias sobre a minha morte são manifestamente exageradas.” E quando se fala em agências de viagens fala-se obviamente em setor privado. Bem faz o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, quando instado a comentar os números positivos de 2014, em afirmar que “estes resultado são da exclusiva responsabilidade do setor privado”. Fica-lhe bem porque é mesmo verdade. O que se pede de um Governo é que, no mínimo, não atrapalhe a iniciativa privada. E se os números são positivos
Nome Crescimento? do Conteúdo do Capítulo do Capítulo A culpa é dosNome privados! Opinião
e 2014 foi o melhor ano de sempre em muito o deve aos agentes de viagens. São eles a guarda avançada do turismo nacional, quem dá a cara nos bons e maus momentos; e quem anda nos mercados internacionais, na grande maioria com “armas desiguais”, a tentar vender o País e a captar eventos corporativos. Mas Fevereiro trouxe mais boas notícias, com o presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, a anunciar que a Conta Satélite do Turismo Português vai ser reativada. A medida já peca por tardia porque desde 2010, altura em que foi suspensa, que é impossível determinar o real impacto do Turismo na economia nacional. Para quem não sabe, a Conta Satélite do Turismo é a ferramenta de estatística com base na metodologia do Eurostat, que mede a importância do setor na economia do País. Ou seja, há cinco anos que estamos a trabalhar com base no “achómetro”. Eu acho que… !? Claro está que um setor não se governa assim!
Há cinco anos que estamos a trabalhar com base no “achómetro”. Eu acho que… !? Claro está que um setor não se governa assim!
Uma última palavra para a “nossa” TAP e para o esforço que tem feito e a contribuição que tem dado para a concretização destes resultados. Não me vou debruçar sobre a sua importância estratégica e para a importância de continuar a manter o hub de Lisboa como uma grande plataforma entre a América do Sul, a Europa e África. Já muitos o fizeram e com brilhantismo. O que importa é que a TAP possa crescer, ganhar outras asas e levar-nos a outros destinos há muito identificados como emergentes. Por exemplo, a tão falada e necessária ligação direta à China poderá traduzir-se em resultados visíveis para o turismo nacional a curto e médio prazo. Nós, na TQ – Travel Quality há algum tempo que andamos a desbravar esse mercado. Acreditamos que ali existe um elevado potencial não concretizado. Talvez daqui a uns anos venhamos a ter um secretário de Estado do Turismo a anunciar um ano recorde do turismo nacional à conta do trabalho que nós, e muitos outros como nós, andamos agora a fazer na China. l
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Grande Entrevista Jorge Nuno Pinto da Costa
Jorge Nuno Pinto da Costa Presidente do Futebol Clube do Porto
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Jorge Nuno Pinto da Costa
Grande Entrevista
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“Os clubes de futebol são a melhor propaganda para um país” Figura incontornável do panorama desportivo português, Jorge Nuno Pinto da Costa não deixa ninguém indiferente. Mais do que um clube de futebol, o Presidente do Futebol Clube do Porto lidera um grupo que inclui 13 empresas. A agência de viagens Dragon Tour é apenas uma delas. Nesta entrevista, Jorge Nuno Pinto da Costa dá a sua opinião sobre a relação entre o desporto e o turismo.
Ponto Turismo › Acha que em termos turísticos se poderia explorar mais a associação do futebol ao destino Portugal? De que modo, parcerias com clubes, com o campeonato… Jorge Nuno Pinto da Costa › Parece-me que o futebol, os clubes portugueses, os jogadores portugueses e os treinadores portugueses, têm feito mais pela divulgação do país do que qualquer outra atividade ou até campanha. Pela nossa parte, temos muito gosto em contribuir para que Portugal tenha uma imagem positiva, mas não nos cabe a nós definir políticas e estratégias.
o futebol, os clubes portugueses, os jogadores e os treinadores portugueses, têm feito mais pela divulgação do país do que qualquer outra atividade
Ponto T. › O Museu do Futebol Clube do Porto é outra das componentes turísticas do clube, como é que tem corrido em termos de operação e número de visitantes?
J.N.P.C. › O nosso museu é um enorme sucesso e deixa-nos muito satisfeitos. Felizmente, já faz parte do roteiro da cidade e todos os dias vemos turistas a visitá-lo. No primeiro ano, que na prática acabou por ser apenas de 11 meses, o museu recebeu a visita de 120 mil pessoas, o que são números que nos deixam muitíssimo satisfeitos.
Ponto T. › A cidade do Porto tem recebido inúmeros prémios turísticos e conta com cada vez mais voos o que faz aumentar o fluxo de turistas e visitantes. Quer comentar esta “nova agitação” na sua cidade? J.N.P.C. › O Porto teve sempre uma tradição cosmopolita. Essa tradição histórica perdeu-se um pouco com o centralismo do país, mas o carácter empreendedor #17 FEV/MAR 2015
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dos portuenses acabou por prevalecer e hoje vemos que a cidade fervilha, não por consequência de políticas da cidade, que atravessou um deserto de 12 anos, mas sim porque os portuenses não se renderam e continuaram a lutar pela sua cidade. Agora, imagine o que poderia ser o Porto se não tivesse de combater o centralismo lisboeta e o atavismo de alguns políticos que passaram pela cidade.
hoje vemos que a cidade fervilha, não por consequência de políticas da cidade, que atravessou um deserto de 12 anos
Ponto T. › Considera que os êxitos do clube, nomeadamente a nível do futebol, contribuíram para a notoriedade da cidade e, consequentemente para o aumento do turismo? J.N.P.C. › Naturalmente que sim. O futebol é uma das atividades que arrasta mais pessoas na Europa e os clubes de futebol são a melhor propaganda para um país, uma região, uma cidade. O Porto tem o Futebol Clube do Porto e o vinho do Porto. Para se perceber a importância do futebol basta pensarmos em cidades como Dortmund ou Manchester, que só estão no mapa devido ao futebol. Ponto T. › Mudando de assunto... em Lisboa está prevista a cobrança de taxas turísticas nas entradas e também na hotelaria. Qual é a sua opinião sobre esse assunto? #17 FEV/MAR 2015
J.N.P.C. › Desde que não tenhamos de pagar nada quando lá formos jogar...
Ponto T. › Qual seria, no seu entender, a melhor estratégia para o turismo em Portugal? J.N.P.C. › Não sou especialista no assunto, mas parece-me mais ou menos óbvio que Portugal deve apostar no turismo de qualidade. Há anos que ouvimos falar nisso, mas a verdade é que os progressos têm sido mais lentos do que o desejável.
Jorge Nuno Pinto da Costa
A Dragon Tour vista pelo seu Diretor, Ricardo Caldeira Ponto T. › O Senhor Presidente. Pinto da Costa é uma figura indubitavelmente ligada ao futebol e ao Futebol Clube do Porto. Porquê a opção por entrar no turismo? Ricardo Caldeira › A criação desta unidade de negócio surgiu no seguimento da estratégia do Futebol Clube do Porto, não só na redução de custos, mas também aproveitar as sinergias internas e criar novos negócios e projetos. Atendendo ao volume de negócios que temos e ao número de sócios, fazia todo o sentido a criação de uma agência de viagens
Grande Entrevista 11
Ponto T. › A Dragon Tour existe desde 2011. Como é que se posicionam em termos de estratégia? R.C. › Dragon Tour, Agência de Viagens, nasce em 2011 é detida totalmente pelo grupo Futebol Clube do Porto e a partir dessa data passa a ter a exclusividade do acompanhamento da equipa de futebol e a comercialização destes produtos, tanto ao nível nacional como internacional, sendo o único operador capaz de garantir sempre bilhetes para os jogos do FC Porto.
“Estamos neste momento a criar uma maior proximidade e fidelização ao nossos associados”
Ponto T. › Apesar de destinar-se ao público em geral, existe algum tipo de vantagem para os associados do Futebol Clube do Porto? R.C. › Os nossos associados com quotas em dia, poderão ter acesso a produtos relacionados com eventos desportivos a preços exclusivos. Outra vantagem importante que têm é ter acesso aos bilhetes para esses eventos, que é garantida pela Dragon Tour. Além disso a Dragon Tour disponibiliza os seus serviços aos adeptos do Futebol Clube do Porto seja para viagens de lazer, de negócios ou para organizar seminários, reuniões ou eventos para empresas ou particulares. Ponto T. › Imagino que a maior parte do vosso negócio virá da venda de viagens para os eventos desportivos em que está envolvido o clube. Existe procura para outro tipo de oferta? R.C. › A Dragon Tour presta um serviços às empresas do Grupo Futebol Clube do Porto. Os eventos desportivos são uma parte do negócio, outra parte são todas as deslocações do universo das empresas do Grupo, passando por atletas, funcionários, empresas parceiras do Futebol Clube do Porto e adeptos. Ponto T. › Estão a pensar alterar a vossa estratégia de negócio para a agência? O que é têm pensado para o futuro bem termos de novidades? R.C. › Estamos neste momento a criar uma maior proximidade e fidelização ao nossos associados através de um site, onde aí poderá se registar e comprar online todos os nossos produtos existentes na loja física. l
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O que esta a chegar de novo para os turistas? Em Foco 13
Restaurantes, museus, hotéis
O que esta a chegar de novo para os turistas? Portugal está na moda! O número de turistas que visitam o nosso País não deixa de aumentar e chegam para encher os novos hotéis, restaurantes e outros equipamentos que prometem animar ainda mais a dinâmica turística.
O
melhor de tudo é que os novos equipamentos não abrem apenas na capital e não são apenas hotéis... há também restaurantes, museus e outras atrações. Começando por um ingrediente que agrada a praticamente toda a gente: o chocolate. Se ao chocolate juntarmos a avelã o resultado é Nutella. A Nutelleria, espaço em que todos os produtos têm Nutella, chegou primeiro a Leiria e os criadores do conceito consideram Lisboa e o Porto como cidades prioritárias na expansão do franchise. Por exigência da Ferrero, proprietária da marca, o espaço deixou de chamar-se Nutelleria e passou a Nut’Leiria, adotando o mesmo critério para os futuros espaços em Lisboa e Porto que devem abrir até ao final do ano. E como a moda da “street food” não passou ao largo de Portugal, 2015 chegou com novas opções. Para os amantes da comida oriental abriu recentemente o quiosque PAUS no Martim Moniz, em Lisboa, cujo conceito não é o de comer com chopsticks, mas em espetadas de inspiração japonesa, tailandesa ou indiana. Muitos acreditam que a zona do Beato, em Lisboa, será a próxima a estar na moda e o certo é que alguns dos espaços que até à pouco tempo, davam um ar abandonado à área, estão a ser revitalizados dando lugar a espaços vintage, alternativos. Localizado na Alameda do Beato
nasceu recentemente o Beatus “um lugar de eleição para a realização de múltiplos e variados eventos, tais como: seminários, exposições, espetáculos, eventos sociais, festas para empresas, entre outros”. O espaço acolhe uma escola de música, podendo os alunos fazer apresentações ao vivo num dos dois palcos do antigo armazém, um espaço gourmet e um lounge. Um dos cartões de visita do Beatus é o autocarro típico londrino, vermelho de dois andares, que serve de garrafeira. “Temos praticamente quase todos os espaços a funcionar, embora ainda tenhamos de preencher e trabalhar vários aspectos decorativos, dado a dimensão do espaço”, disse à Ponto Turismo, Carlos Moreira, responsável pelo Beatus. Para o verão está programada a abertura do novo Museu dos Coches, que está a ser construído em Belém. O complexo envolve dois edifícios, num total de cerca de 16 mil metros quadrados. O atual equipamento é dos mais visitados em Portugal. Ainda no âmbito das atrações, abriu recentemente um novo espaço em Lisboa dedicado ao terror. O Labirinto Lisboa, localizado no Cais do Sodré junto #17 FEV/MAR 2015
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os novos equipamentos não abrem apenas na capital e não são apenas hotéis... há também restaurantes, museus e outras atrações
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ao Mercado da Ribeira, tem superado as expectativas. “Estamos mortos por te conhecer” é o convite que a homepage do espaço deixa aos visitantes. O espaço, que tem na sua equipa 14 atores, conta através de 17 cenas temáticas, as lendas e acontecimentos mais aterradores da história de Portugal. Sob o lema “Esta é a história de Portugal que os livros não contam” os visitantes conhecerão episódios macabros como o Poço dos Esquecidos ou o Sótão Sangrento, para conhecer a história da serial killer portuguesa Luísa de Jesus. “É como estar dentro de um filme de terror”, dizem, pelo que recomendam a visita a maiores de 18 anos e desaconselham a entrada a grávidas, pessoas com problemas cardíacos, epilepsia, claustrofobia ou respiratórios. As visitas fazem-se de quarta-feira a domingo, a partir das 17 horas. Mas se há um setor que está em grande é o da hotelaria. Na serra da Gardunha está a surgir um novo projeto no âmbito do glamping. São sete tendas de luxo que deverão estar a operar até ao final de março. Em Ílhavo irá surgir em breve o novo hotel Vista Alegre que resulta da reconversão do antigo palácio. A sua oferta integra 83 quartos. Na Madeira, a primavera dará as boas-vindas ao Saccharum Hotel Resort & SPA, de 4-estrelas, cujos 176 quartos, 6 suites e 61 apartamentos foram decorados por Nini Andrade Silva. A zona do Terreiro do Paço e Baixa de Lisboa verá a oferta hoteleira aumentar com a abertura do Hotel Almalusa Hotel, cuja abertura também está prevista para a primavera, e da Pousada de Lisboa Pestana Monument Hotel, que irá abrir a 1 de junho com 90 quartos.
Também o grupo Porto Bay Hotels tem finalmente o há muito desejado 5-estrelas em Lisboa. O Porto Bay Liberdade está localizado na rua Rosa Araújo, a 30 metros da Avenida da Liberdade, e oferece 98 suites e quartos. Outros hotéis que irão aumentar a oferta de Lisboa em cerca de 1.600 quartos este ano são o Sana Evolution no Saldanha, o Santiago de Alfama, o Bessa Hotel Lisboa, o My Story Hotel Rossio, Fénix Music, o Skyna Hotel Lisboa e o Lux Lisboa Park. Mais adiante no ano irão abrir os Turim Saldanha, Vincci Selección, Riverside Alfama, Hotel Indigo Lisbon Old Town localizado no antigo Convento Corpus Christi, o Lux Hotel by Turim, Memmo Príncipe Real, Turim Boulevard, o 5-estrelas Eurostars no cais de Santarém (Campo das Cebolas) que terá 91 quartos e uma componente de museu. No Porto, entre as unidades previstas, destaque para o hotel de 4-estrelas e 80 quartos que irá surgir no lugar do icónico café A Brasileira. Além deste estão a decorrer as obras de ampliação do Hotel Pestana, na Ribeira, e o Hotel no antigo palácio dos Condes de Azevedo, o Hotel no antigo Palácio dos TLP, na Batalha, o Hotel AS no Largo de S. Domingos e o Hotel nas antigas instalações do Comissariado para a Renovação Urbana da Área de Ribeira/Barredo. Também o grupo Hoti Hotéis vai abrir uma nova unidade em Leiria que dotará a cidade com mais 70 quartos no segmento 4-estrelas. l Antónia Barroso Jornalista
Fernanda Pires Entrevista Caderno 15
CADERNO 16
Não podemos sentar-nos à espera dos clientes
Fernanda Pires VIAVITÓRIA
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Soluções
A evolução do Amadeus Hotels Plus com Multisource passou a refletir todos os modelos de negócio praticados nas agências de viagens. Obtém resultados de hotéis GDS e não GDS
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Notícias
A Amadeus lança versão melhorada de acesso à CP que traz mais funcionalidades para os agentes de viagens Amadeus
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Caderno Amadeus 16 Entrevista Caderno Fernanda Pires
Fernanda Pires DIRETORA-GERAL VIAVITĂ“RIA
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Caderno Amadeus Fernanda Pires Entrevista Caderno 17 Nome do Conteúdo do Capítulo Nome do Capítulo
ViaVitória
Temos de evoluir para sobreviver A agência de viagens ViaVitória, na Ilha Terceira nos Açores, chega a 2015 com provas dadas no mercado regional, recolhidas em mais de 20 anos de atividade. O dinamismo e a proatividade são duas das características com que lida com os desafios que todos os dias se colocam aos agentes de viagens. Fernanda Pires é o rosto da ViaVitória Viagens que nesta entrevista dá a sua visão sobre o turismo.
Ponto Turismo › Pode contar um pouco do percurso da agência de viagens ViaVitória? Como surgiu e porquê… Qual tem sido a evolução? Fernanda Pires › Nasci para o Turismo. Comecei numa companhia aérea, na SATA AIR AÇORES. Foi uma experiência muito compensadora e um trampolim para abraçar o trabalho de agente de viagens. Fui convidada para trabalhar na Agência Açoriana de Viagens. Fiz muitos amigos e clientes que me ajudaram quando resolvi, há mais de vinte anos, abrir a minha agência. O empreendedorismo é uma das minhas características pessoais e senti que precisava de um desafio: avaliei a situação, calculei os riscos, dei muito do meu suor e lágrimas e… foi assim que nasceu a ViaVitória Viagens. É bom evoluir e ter sucesso. Nem sempre o caminho é fácil, diariamente são muitos os obstáculos que me dificultam o percurso mas “o que não nos mata torna-nos mais fortes” e, se aceitarmos os desafios como uma aprendizagem, crescemos e tornamo-nos mais fortes.
dos nossos parceiros, estamos a trabalhar no nosso programa de vendas online. Não podemos parar. Os tempos não estão fáceis e não podemos sentar-nos à espera dos clientes. Temos de ser inovadores e ir de encontro às necessidades dos nossos clientes, os de sempre e os que virão a ser. Lembro-me quando comecei neste ramo de ter de construir todas as tarifas manualmente, fazer reservas de avião por telefone e emitir e reemitir bilhetes manualmente! Esse tempo acabou! Em duas décadas, o paradigma alterou-se completamente, vivemos na era do imediato, tudo acontece agora e a nossa resposta às solicitações dos clientes tem que ser imediata. Temos que evoluir para sobreviver.
vivemos na era do imediato, tudo acontece agora e a nossa resposta às solicitações dos clientes tem que ser imediata.
Ponto T. › Como é que se posicionam em termos de negócio? Pelo que percebi tanto têm incoming como outgoing. F.P. › Sim, trabalhamos nas duas vertentes mas, atualmente estamos a apostar no outgoing, dinamizando essa área de negócio. Com a ajuda
Ponto T. › Qual é a vossa aposta em termos de produto. Quais são as estrelas do negócio? F.P. › Embora a marca ViaVitória Viagens seja uma marca estabelecida no mercado regional, há sempre espaço para melhorar, melhorar a nossa imagem, o nosso serviço. Ser pró-ativos, surpreender os clientes apresen#17 FEV/MAR 2015
Caderno Amadeus 18 Entrevista Nome do Capítulo CadernoNome Fernanda do Conteúdo Pires do Capítulo
tando as melhores soluções. Ir à procura de Turismo e, se puder ser, Turismo de luxo. Ponto T. › Como é que tem sido lidar com estes últimos anos de crise? O seu negócio foi afetado? Em que medida e como estão agora. Não me posso queixar, os clientes não me têm abandonado. Claro que procuram poupar e nós ajudamos à medida de cada um. Estabelecer uma relação de confiança com os nossos parceiros, quer sejam os clientes, quer sejam todos os parceiros de negócio que se articulam com a agência, é a base do negócio. Ponto T. › Como é que está o turismo nos Açores? Tanto em termos de nacional como internacional… F.P. › Os Açores estão a ser procurados não só pela nossa beleza e bom receber, como também pela segurança. Somos especiais. A marca AÇORES é reconhecida internacionalmente e há uma franca procura. Ponto T. › Acha que o seu negócio vai sentir o impacto da saída dos norte-americanos da Base das Lajes? F.P. › Claro! Muitas famílias vão ser afetadas e, inevitavelmente, a redução do poder de compra irá repercutir-se na economia local e, por conseguinte, em todos os negócios regionais. Mas tenho esperança que se encontrará uma alternativa que amenizará o impacto negativo desta retirada. Ponto T. › Quais são os desafios que se apresentam aos agentes de viagens tendo em conta a evolução dos clientes e a forma como procuram informação. F.P. › É na realidade um desafio. O cliente antes de nos procurar já tem toda a informação. Por um lado, adianta-nos o trabalho mas, nem sempre o que veem na Internet é real. Por exemplo a localização e apresentação de um Hotel pode não ser bem o que veem. Já tivemos clientes que compraram diretamente com o seu cartão de crédito e tiveram problemas. O mesmo se passa com as vendas online quando há algum problema não têm a quem recorrer. Na minha perspetiva o conselho e o acompanhamento de um consultor de viagens tem cada vez mais importância.
Ponto T. › Como é que veem a Amadeus enquanto parceiro tecnológico? F.P. › Neste ramo precisamos de crescer e evoluir e o Amadeus tem sido um parceiro estratégico, apresentando soluções que tornam o nosso trabalho quotidiano mais fácil, libertando tempo para o foco no cliente. Eu gosto de desafios, supera-me, estimular a equipa, mostra-me e mostrar-lhes que mudar implica um processo de aprendizagem que, embora ao início não seja fácil sair da nossa zona de conforto, por fim, é gratificante. É gratificante olhar para os benefícios que se colheram e sentir que nos superámos. A vida é um processo criativo onde a mudança é uma constante. Congratulo a Amadeus pelo trabalho que desenvolve, diariamente, para ir de encontro às necessidades dos seus parceiros. Bem hajam. l
Na minha perspetiva o conselho e o acompanhamento de um consultor de viagens tem cada vez mais importância.
Ponto T. › Como é que se posicionam em termos de online? Tanto quanto consegui perceber a Via Vitória não tem um website… A venda online é um canal de distribuição que não está dentro da vossa estratégia? F.P. › A venda online está no nosso plano estratégico e estamos atualmente a desenvolver o Website da ViaVitória Viagens, onde os nossos clientes poderão encontrar uma solução integrada, que vá de encontro às suas necessidades: os benefícios da venda online associados à confiança e ao serviço ViaVitória; em suma, a ViaVitória Viagens à distância de um clique. #17 FEV/MAR 2015
Caderno Amadeus Nome Amadeus do Conteúdo Hotelsdo Plus Capítulo com Multisource Nome do Soluções Capítulo 19
Amadeus Hotels Plus com Multisource A smart tab “Hotels Plus” evoluiu de forma a refletir todos os modelos de negócio praticados na sua agência. Agora obtém não só resultados de hotéis GDS, mas também não GDS. Poderá aceder atualmente à Bedsonline; DTOW; HRS e Travelcube. Mais virão brevemente. Tudo isto na sua plataforma de trabalho diária e com integração imediata no seu sistema de BackOffice. Com o Amadeus Hotels Plus terá acesso imediato às cadeias hoteleiras, representantes de cadeias hoteleiras e agregadores.
Se nunca efetuou o registo num agregador, a mensagem de estado é . .Para se registrar clicar em
Com o Amadeus Hotels Plus poderá: • Encontrar facilmente hotéis GDS e non-GDS numa cidade, perto de um aeroporto, numa rua específica ou perto de um ponto de referência. Não requer conhecimentos do modo críptico ou dos códigos IATA. • Disponibilizar resultados de pesquisa baseados nos critérios do cliente, com tarifas em tempo real e disponibilidade de quartos. • Ordenar os hotéis de acordo com critérios como o preço, distância ou facilidades. • Escolher e reservar um hotel diretamente do mapa, dependendo da proximidade de um ponto de referência. • Comparar vários hotéis e enviar essa informação por e-mail para o seu cliente. • Recuperar as últimas pesquisas e guardar até 10 hotéis preferidos. • Disponibilizar informações detalhadas sobre diversas propriedades hoteleiras, incluindo disponibilidade em tempo real, fotografias e facilidades de hotel. A solução Hotels Plus está totalmente integrada no Amadeus Selling Platform
A interface gráfica de utilizador está desenhada para guiá-lo por todo o fluxo de reserva. As setas no topo do ecrã informam em que parte da reserva se encontra. Cada um dos cinco passos é apresentado numa página diferente.
A solução Amadeus Hotels Plus permite que a venda seja integrada no PNR Amadeus e enviada ao seu MidOffice e BackOffice, podendo assim gerir todo o processo de reserva de forma mais eficaz. Poderá ainda aceder à reserva via Amadeus CheckMyTrip e assim visualizar todo o itinerário.
Pesquisa de hotel Para trabalhar com os agregadores será obrigatório fazer o registo em “Hotels Plus” mesmo que já tenha credenciais disponibilizadas via website. Deverá para isso clicar em e uma nova janela mostra os agregadores já disponíveis em Portugal. Cada agregador mostra a seguinte informação: • Logótipo • Nome do agregador • Estado (se ativado ou não) • Termos e condições • Lista de ações disponíveis (as ações disponíveis dependem do estado do agregador).
Encontra o ecrã dividido em 2 partes. A primeira dedicada à pesquisa propriamente dita e a segunda às opções a determinar. Poderá efetuar uma pesquisa: • Por tarifas; • Por facilidades hoteleiras; • Por plano de refeição*; • Por categorias de Hotel*; • Por distância ao centro da cidade; • Incluindo ou não crianças*; • Reservar mais do que um quarto* * Estas opções estão disponíveis apenas com conteúdo de agregadores. #17 FEV/MAR 2015
Caderno Amadeus 20 Soluções Nome do Capítulo Amadeus Hotels Nome Plus do Conteúdo com Multisource do Capítulo
Para ter acesso a todas as opções de pesquisa clicar em
Ao clicar no preço as condições referentes a cada fonte.
Depois de clicar em acede à área do viajante onde deverá preencher todos os dados do mesmo. No caso da venda com um agregador o e-mail é obrigatório para a receção do voucher
Depois de definidos os critérios ao clicar em “Search” o sistema responde com a oferta disponível. Sempre que visualiza significa que aqui encontra preços de várias fontes. Pode verifica-las à passagem do rato. O último passo da reserva serão os dados de pagamento. Ao clicar em a reserva é efetuada e o PNR criado em Amadeus.
Pode comparar hotéis e imprimir ou enviar por e-mail. Basta clicar em e os mesmos são adicionados ao filtro
Nota: A sua reserva só estará completamente confirmada depois de completar e fechar o PNR (EOT). Não é possível efetuar alterações em reservas de agregadores, deve cancelar e voltar a reservar, tendo em conta as políticas de cancelamento de cada agregador. Toda a informação sobre Amadeus Hotel Plus no Amadeus e-support. Cada agregador disponibiliza também alguma informação em Amadeus nas páginas GGHTLxx (xx=código de agregador) #17 FEV/MAR 2015
Caderno Amadeus Amadeus Nome lança doversão Conteúdo melhorada do Capítulo de acesso Nome à CP do Capítulo Notícias 21
Mais funcionalidades
Amadeus lança versão melhorada de acesso à CP
A
Amadeus, parceiro tecnológico líder global para a Indústria de viagens e turismo, anunciou o lançamento de uma versão melhorada da plataforma de acesso à CP – Comboios de Portugal. A nova versão traz mais funcionalidades para os agentes de viagens utilizadores do GDS Amadeus. Entre as novas funcionalidades que esta versão traz, destaque para a possibilidade de reembolso e a alteração de bilhetes completamente disponível para o agente, sem que este tenha necessidade de contactar a CP. Com a nova versão, os agentes de viagens utilizadores de Amadeus em Portugal, passam a poder reservar e emitir bilhetes da CP, incluindo o alfa-pendular e o intercidades, bem como consultar relatórios de vendas, consultar as suas últimas reservas, emitir duplicados, reemitir e reembolsar bilhetes. Completamente integrada e disponível tanto em português como em espanhol, esta solução possibilita aos agentes de viagem portugueses
A nova versão da solução traz mais funcionalidades para os agentes de viagens utilizadores do GDS Amadeus
realizar todos os processos de reserva de conteúdos CP. Integrada no Amadeus Selling Platform, todas as reservas da CP ficam refletidas no PNR Amadeus e o localizador e informações sobre o passageiro passam para o back office. A Amadeus foi pioneira ao disponibilizar, desde 2008, o acesso ao inventário da CP – Comboios de Portugal a partir da sua plataforma de vendas, Amadeus Selling Platform. A Amadeus tem acompanhado as evoluções constantes da sua parceira CP para que todos aqueles que utilizam a plataforma via sistema Amadeus possam beneficiar das mesmas evoluções. l
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Caderno Amadeus 22 Notícias Nome do Capítulo Breves Nome do Conteúdo do Capítulo
Inovação na pesquisa e tecnologia Aplicação VisitEurope ganha prémio UNWTO Ulysses O 11th UNWTO Ulysses Awards for Excellence and Innovation in Tourism distinguiu a aplicação iPad VisitEurope desenvolvida pela Amadeus para a ETC (European Travel Commission) em parceria com a Comissão Europeia. “A aplicação VisitEurop é uma ferramenta essencial para reforçar a imagem da Europa como líder em destinos turísticos do mundo, através da implementação de novas tecnologias, enquanto permite o trabalho conjunto da indústria pública e privada pelo desenvolvimento sustentável e pela promoção do destino Europa.”, disse Eduardo Santander, Executive Director da ETC, na cerimónia de entrega realizada em Madrid, no âmbito da passada FITUR . Por seu turno, Juan-Jesus Garcia, Senior Advisor Industry Affairs, Amadeus IT Group, disse estar “orgulhoso” do facto da Amadeus ter feito parte deste projeto, sendo “um grande privilégio trabalhar em parceria com a ETC e com a EC ao tornar uma realidade a aplicação VisitEurope”. O responsável acrescentou ainda que têm sido “muito incentivados pelo suces-
so da aplicação VisitEurope e do website que fornece aos usuários uma solução móvel, tanto para o planeamento e reservas, bem como para obter a melhor informação sobre a Europa.” Esta iniciativa impacta positivamente a competitividade do setor do turismo Europeu, dando destinos, locais e serviços que adicionam visibilidade, enquanto facilitam a sua interação com os consumidores globais em novos canais digitais, como o mobile. A pesquisa de viagens pode ser um processo extremamente fragmentado, mas a app VisitEurope une inspiração e conversão numa interface para o usuário, rico em conteúdo com o objetivo de fortalecer a imagem da Europa entre os mercados de longa distância e superar problemas como a sazonalidade, através da utilização de novas tecnologias. Projetada tanto como uma app para iPad e para um site otimizado para qualquer dispositivo móvel, a app usa tecnologia inovadora para proporcionar aos passageiros uma ferramenta de acesso à informação em tempo real, através de toda a experiência de planeamento de viagens online..
Nova geração Amadeus Cloud Aeroporto de Innsbruck é pioneiro A Amadeus, parceiro tecnológico líder global para a Indústria de viagens e turismo, anunciou um acordo com o aeroporto de Innsbruck na Áustria para implementar as soluções: Airport Common Use Service (ACUS), Airport Baggage Reconciliation System (BRS), e Airport Passenger Verification (PV). Graças ao lançamento em 2014 do ACUS, o aeroporto de Innsbruck tornou-se pioneiro na aplicação de novas tecnologias no ecossistema do aeroporto, progredindo em direção à nova geração de plataformas common use. O acordo permitirá o primeiro ambiente de uso comum baseado na cloud no aeroporto. A solução ACUS permite que as companhias aéreas e empresas de assistência em terra que operam em Innsbruck beneficiem da virtualização de aplicativos e tecnologia cloud para ter acesso a sistemas de processamento de passageiros. A plataforma está alojada no centro de processamento de dados da Amadeus, localizada na Alemanha, eliminando infraestruturas de IT dispendiosas no local e reduzindo os custos de energia. A solução cloud também proporcionará benefícios logísticos para o aeroporto, permitindo uma
maior facilidade de check-in e operações de embarque em locais alternativos, mesmo fora de aeroporto, quando necessário. Isso irá reduzir o impacto das perturbações sobre os passageiros e as companhias aéreas. O aeroporto está a introduzir também o serviço Amadeus’ Baggage Reconciliation System. Tal como acontece com o ACUS, usando uma base de dados comum, vai evitar o gasto que as companhias aéreas que operam no aeroporto têm no intercâmbio dispendioso de mensagens sobre bagagens. O sistema requer uma formação mínima e nenhuma instalação do servidor, permitindo uma rápida implementação. A solução Amadeus’ Airport Passenger Verification permitirá checks automáticos de passageiros em vários pontos dentro do aeroporto. Os dados resultantes vão ajudar a melhorar a experiência do passageiro assim como o aeroporto pode tomar decisões informadas em momentos críticos, oferecendo serviços mais personalizados ou programas upselling de fidelidade para o aeroporto.
Amadeus Altéa Corporate Recognition Lufthansa estreia nova ferramenta A Lufthansa é a primeira companhia aérea a ter a ferramenta Amadeus Altéa Corporate Recognition (patente pendente), que permite à companhia aérea reconhecer facilmente os passageiros de negócios e apresentar um serviço de excelência ao longo de todo o trajeto, promovendo a sua fidelização e satisfação. A nova ferramenta irá assegurar que as ofertas estratégicas “à medida” possam estar disponíveis tanto para clientes corporativos como para passageiros de negócios individuais em todas as fases da viagem, o que irá melhorar o processo de compra de clientes corporativos e experiência de viagem geral. Graças ao reconhecimento automático da empresa à qual pertence o passageiro de negócios, é possível personalizar o serviço a partir do mo#17 FEV/MAR 2015
mento da reserva. A ferramenta possibilita a oferta de um tratamento preferencial aos clientes corporativos a partir do primeiro passo do processo de reserva, ou priorizando os passageiros de negócios em aeroportos, por exemplo, através de uma via rápida no controlo de segurança. Ao mesmo tempo a ferramenta da Amadeus Altéa Corporate Recognition, revê a possibilidade de as companhias aéreas oferecer pacotes de serviços complementares voltados para as necessidades dos passageiros de negócios, tais como serviços de preferência de lugares e serviço de bagagem. O Altéa Corporate Recognition identifica clientes corporativos através de qualquer canal - incluindo ferramentas indiretas e self-booking das próprias empresas -, torna-se numa solução imprescindível para ajudar as companhias aéreas a atingirem os seus objetivos de customização de produtos e serviços.
24 Tecnologia Tecnologia na ponta dos dedos
Near Field Communications:
tecnologia na ponta dos dedos A tecnologia NFC já não é novidade e a sua cada vez maior utilização com equipamentos como o telemóvel, facilita em algumas tarefas, nomeadamente no que toca a hotelaria ou a aviação. A troca de dados a curta distância entre equipamentos, permite entrar no quarto de hotel ou na porta de embarque encostando o smartphone.
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e até há uns (poucos) anos ficava-se extasiado com o comando da televisão porque com ele mudava-se de canal sem se ter de levantar do sofá ou podia-se aceder ao serviço de teletexto da televisão e assim ler as notícias, ver os horários dos aviões, a programação, etc, agora, com o Near Field Communications (NFC) tudo isso parece da Idade da Pedra. A tecnologia do NFC, que ainda está em desenvolvimento, foi concebida para facilitar (ainda mais) a vida das pessoas pois permite a troca de dados entre um smartphone com NFC e outro equipamento por proximidade. Mais especificamente, a tecnologia Near Field Communication pode ser usada em conjunto com TAGs NFC para que rapidamente o utilizador possa alterar perfis e definições no telefone ou mesmo abrir aplicações e páginas web específicas. Para tal basta aproximar o smartphone a uma etiqueta (autocolante com chip NFC integrado) ou a um outro equipamento com NFC, para usufruir da tecnologia. Quando um smartphone é aproximado de uma tag esta irá despoletar uma ação pré-programada ou configurada no equipamento, que poderá ser, desde a transmissão de uma simples mensagem, a uma ligação a
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uma rede social (ex: “like“numa determinada página do Facebook), a alteração de um perfil no telefone, um pagamento ou abrir uma porta de um quarto de hotel, etc. O NFC também permite configurar tags para que estas ajudem na utilização diária dos smartphones (por ex: pré-configurando ações simples como: ligar/desligar bluetooth). A tecnologia NFC, é semelhante à tecnologia RFID (Radio Frequency Identification) muito utilizada nos dias de hoje e que permite a comunicação, por radiofrequência, entre dois aparelhos posicionados a uma longa distância. Mas, no caso da NFC e tal como o nome indica, esta nova tenologia limita o campo de atuação de frequências para uma distancia que pode ir até aos dez centímetros, obrigando a que os dois aparelhos estejam muito próximos para que a transação de dados seja efetuada com sucesso, o que faz dela uma tecnologia bastante segura, dizem os peritos. Muitos dos smartphones no mercado, já integram chips NFC que permitem esta troca de dados para um leitor localizado, por exemplo, junto a uma caixa registadora, o que dá aos utilizadores que têm os dados do cartão de crédito guardados nos seus telemóveis, a possibilidade de
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efetuarem pagamentos pela simples
aproximação do terminal ao leitor Para os colocado junto da caixa registaviajantes evitar o dora. No turismo a tecnologia NFC processo de check-in já é utilizada há bastante tempo, sobretudo nos aena receção do hotel e ir roportos. Atualmente já é diretamente para o quarto possível fazer o check-in no telefone e ter um cartão de embarque digital e depois é algo que veem com passar esse cartão de embarbons olhos que por um equipamento na própria porta de embarque para entrar no avião. Da mesma forma é lógico que na hotelaria seja possível utilizar o mesmo tipo de tecnologia. Alguns grupos como a Hyatt já tem quiosques nos lobbies onde se pode fazer o check-in ao passar o cartão de crédito e obter-se a chave, mas à medida que as fechaduras NFC se tornam cada vez mais comuns nos hotéis, não tardará que seja normal que o telefone se transforme na chave do quarto de hotel. O processo desde a reserva até entrar no quarto de hotel torna-se cada vez mais fluído. Poderá fazer-se o check-in no telefone antes de chegar ao hotel e depois utilizar o chip NFC no telefone para entrar no quarto com a chave gerada após o processo de check.-in. Para os viajantes evitar o processo de check-in na receção do hotel e ir diretamente para o quarto é algo que veem com bons olhos. Quando esta tecnologia foi testada pela primeira vez no Clarion Hotel em Estocolmo, os clientes disseram que utilizar um telefone com NFC para fazer o check-in, entrar no quarto e fazer o check-out melhorou a sua experiência de alojamento, poupou-lhes tempo e inspirou-os a usar o serviço novamente. Durante o mesmo teste, quando perguntaram aos clientes que outras aplicações NFC seriam úteis, estes responderam pagar alimentação, bebidas e serviços de hotel. A maioria também referiu que ter informação sobre o hotel e serviços do hotel, como mapa, menu de room service, spa e ginásio, informação sobre os restaurantes, bares e transportes públicos também seria apreciado. Do lado do hotel será também uma situação atraente já que, por um lado, os clientes ficam mais satisfeitos e, por outro lado, evitam o custo das chaves perdidas ou que não são devolvidas pelos clientes após o check-out. Tal como acontece com as chaves que deixam de estar ativas quando expira a hora de saída do quarto, também a aplicação no telefone vai apagar o código NFC que tinha para o quarto quando fizer o check-out, o que também poderá fazer através do telefone em vez de utilizar o controlo da televisão para ver a conta. Os hotéis também poderiam oferecer serviços extra através das suas aplicações, tais como deixar o cliente escolher um quarto específico da oferta disponível, ou o piso que se pretende e a distância do elevador. Mas tornar o check-in por NFC viável precisa de investimento por parte dos hotéis. O primeiro é equipar os
VANTAGENS – É de utilização intuitiva: A interação requer apenas que se aproxime o telemóvel; – Funciona como interface entre outras tecnologias: reduz a distância entre tecnologias distintas através de um simples toque; – É versátil: O NFC aplica-se a um conjunto alargado de indústrias: – É standard: O NFC segue parâmetros internacionalmente definidos (garante compatibilidade); – É seguro: A comunicação apenas se estabelece a uma curta distância (alguns centímetros), portanto é inerentemente seguro; foi construído para suportar medidas adicionais de segurança. Fonte: NFC.pt
quartos com NFC. Apesar do investimento, há redes que operam em diversos segmentos a colocarem fechaduras NFC nas suas unidades. A Hyatt também usa o NFC do cartão do quarto para enviar automaticamente o elevador para o andar certo o que produz uma poupança de energia e tempo dado que coloca as pessoas que vão para o mesmo andar no mesmo elevador. A Hilton Worldwide também investiu mais de meio milhão de dólares em tecnologia e desde o final do ano passado os hóspedes podem utilizar os seus telefones para selecionar o seu quarto a partir de mapas digitais dos andares e está previsto que a partir deste ano os clientes possam evitar a receção e utilizar o telefone como chave para entrar nos quartos. A cadeia Nordic Choice Hotels foi a primeira a permitir aos hóspedes escolher quartos com um telefone NFC em 2010 e começou a colocar fechaduras NFC em 2013. O mesmo acontece com cadeias como a Best Western. Mas a tecnologia NFC também envolve ligar aplicações ao sistema de gestão dos quartos que sabem quais quartos foram limpos e estão prontos para serem usados ou seja, a utilização desta tecnologia, ainda está longe de estar esgotada. l Antónia Barroso jornalista
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26 Análise A marca no turismo
Aglutinador de clientela
A marca no turismo As marcas desempenham um papel preponderante no quadro das relações comerciais nacionais e internacionais, bem como na fidelização da clientela. O tráfego de produtos e serviços realiza-se cada vez mais à sombra de marcas, de cujo poder atrativo depende tantas vezes o sucesso de um negócio. Estas características são ainda mais valorizadas nas indústrias turísticas, atenta à sua evidente internacionalização.
A
marca distingue os produtos e os serviços de um empresário ou de uma empresa, dos produtos e dos serviços que são proporcionados ao mercado por outra empresa ou por outro empresário. Esta função distintiva da marca é complementada pela função de imagem da marca, que permite atrair a clientela ajudando o seu titular a ganhar e manter novos mercados, também por meio da publicidade. A marca constitui um capital extremamente importante na estratégia de desenvolvimento de um negócio, na atração da clientela e na manutenção do negócio. Pode ser, igualmente, uma garantia de qualidade para o mercado. Mas para que este sistema possa funcionar e as empresas possam beneficiar plenamente do mesmo, torna-se imprescindível que elas procedam ao registo da sua marca, quer nos mercados onde exercem ou pensam ir exercer a sua atividade, quer para as atividades económicas que exercem. O registo da marca é condição legal de atribuição da propriedade da marca ao seu titular em Portugal e na larga maioria dos países de economia ocidental, nomeadamente dos países europeus. Acresce que o facto da empresa dispor do registo da marca em determinado país, não significa que essa mesma marca esteja legalmente protegida noutro país. Nisto, como em outras atividades económicas, rege o princípio da territorialidade do direito, ou seja, a marca registada num país concreto, só está legalmente protegida nesse país a favor do seu titular. A sua utilização noutro país, embora feita pela mesma #17 FEV/MAR 2015
empresa, mas sem o respetivo registo nesse outro país e baseada tão só no registo inicial, não confere quaisquer direitos e pode constituir uma fonte de problemas para o titular da marca. Neste ponto urge esclarecer um erro que ainda é muitas vezes cometido pelas empresas. Na verdade, muitas empresas e empresários já ouviram falar em registos internacionais de marcas e convencem-se, que tendo efetuado o registo internacional da sua marca, estão legalmente protegidos no mundo inteiro. Errado! Atualmente as leis nacionais e os tratados internacionais, disponibilizam pelo menos três tipos de registos de marca: nacionais, internacionais e comunitários. O registo nacional de marca, concede e garante o direito de marca num determinado país, mas não concede qualquer direito nos países restantes. O registo internacional de marcas, assenta num tratado internacional e concede e garante o registo de marcas em diversos países que sejam escolhidos pelo interessado nesse registo, através de um pedido internacional único. O registo comunitário de marca é baseado num regulamento aprovado pela União Europeia. Com um pedido único de registo, o interessado pode obter o registo
A marca no turismo Análise 27
de uma marca comunitária, válido e a vigorar em todos os Estados da UE. É importante, que antes de proceder ao pedido de registo de marcas, a empresa tenha a noção dos países onde pretende vir a exercer a sua atividade, para poder garantir a seu favor nesses países e ab initio um direito que é fundamental para o desenvolvimento da sua atividade, para angariar clientela e comunicar-lhe uma imagem determinada. Na indústria hoteleira, mas também em todas as atividades económicas ligadas ao turismo, a existência de marcas funciona como um fator atrativo de clientela, mas também como uma garantia de qualidade. Quantas vezes escolhemos um hotel ou um serviço turístico, com base na marca? Isto acontece porque essa marca nos impressionou, seja pela imagem que transmite, seja pela qualidade que garante, mesmo sem nunca lá termos estado. A existência da marca de determinada empresa, permite ao público tomar conhecimento da respetiva existência em certa atividade turística. E aqui encontramos outro aspeto importante a tomar em consideração no momento em que a empresa pede o registo de uma marca. Consiste em registar as marcas para o tipo de produto que se pretende vender ou serviço que se pretende prestar. Na hora de formular o pedido de registo, é conveniente ter em consideração os objetivos que presidem ao registo da marca. Se com a marca se pretende identificar, por exemplo, um serviço de transporte de turistas, então o pedido de registo deverá circunscrever-se a esse tipo de serviço, pois não só se poupam custos e burocracia, como se evitam problemas legais derivados da eventual falta de uso da marca noutro tipo de produtos ou serviços que não são prestados. Daí que a decisão sobre quais os produtos ou serviços a abranger pelo registo da marca, seja relevante no quadro da proteção da marca e do exercício do direito. O registo de marcas encontra-se organizado por classes de produtos e de serviços para facilitar, mas também para identificar claramente perante o público, a que tipo de produtos e de serviços se destina certa marca registada. Dada a enorme profusão de produtos e serviços turísticos disponíveis no mercado, bem como o elevadíssimo número de empresas turísticas em atividade, este tipo de disciplina do registo de marcas por classes é justificado, mas também é suscetível de cons-
tituir uma dificuldade, pois uma má classificação pode fazer perigar um registo. Aspeto importante a considerar no pedido do registo da marca, é a composição da marca. A experiência diz-nos que quanto mais arbitrária for a composição da marca, maior proteção perante terceiros goza e maior eficácia distintiva possui. Existem marcas registadas cuja composição é muito simples, mas com enorme poder de atração de clientela e são conhecidos casos de marcas, cuja composição é complexa, mas pouco atrativa e que nem por isso representa maior garantia contra a imitação por terceiros. Neste aspeto, existe uma grande tendência para buscar marcas cuja construção é complexa, mas que acabam por ser pouco expressivas perante a clientela e facilmente imitáveis, ou mesmo por utilizar termos usuais e genéricos que não podem ser apropriados em exclusivo por nenhuma empresa. A utilização nas marcas de termos usuais, genéricos ou descritivos dos serviços, é garantida por lei a todas as empresas e nesse particular, uma marca com estas características, acaba por dispor de um valor comercial escasso e ser, por conseguinte, desinteressante. Finalmente importa referir que o registo da marca é igualmente responsável por novos sistemas de comercialização. O registo da marca em diversos países, mesmo que o seu titular não pretenda entrar diretamente nesses países, pode revestir grande interesse comercial, na medida em que lhe permite licenciar a terceiros a exploração da sua marca nos países onde não esteja diretamente presente, contra o pagamento de royalties pela exploração da marca registada. Nomeadamente através de contratos de licenciamento da marca e de contratos de franchising hoteleiro ou de outro tipo de serviços turísticos. Esses sistemas modernos de exploração de marcas, baseados na existência de marcas registadas e na sua imagem e reputação, surgem como uma forma adequada para veicular a estratégia de crescimento do negócio, a difusão da marca e a fidelização do público à marca que já conhece. A marca registada, também aqui, representa para o seu titular e potencial franqueador, um capital determinante para o desenvolvimento do seu negócio. l
a existência de marcas funciona como um fator atrativo de clientela, mas também como uma garantia de qualidade
Manuel Durães Rocha Advogado #17 FEV/MAR 2015
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Tendências
Como será o turismo no futuro? A forma como se viaja hoje em dia não é a mesma como faziam os nossos antepassados. As exigências não são as mesmas, a internet inundou os turistas com informação e o paradigma alterou-se por completo. Cada vez mais vive-se a era do imediatismo, da tecnologia e os turistas procuram cada vez mais experiências ‘reais’, exploram novos tipos de alojamento. Do lado da oferta, os fornecedores tentam corresponder às expetativas dos novos turistas proporcionando-lhes inovações tanto na aviação como na hotelaria Como vão ser as viagens em 2015 Viajar é uma das escolhas preferidas para relaxar, tirar uma pausa do trabalho árduo durante o ano e recarregar energias. Hoje em dia, mais do que nunca, viajar tornou-se mais acessível e prático. Mas como viajam hoje os turistas? Todos os anos são apresentados relatórios e estudos que revelam as principais tendências no segmento do turismo e lazer que servem de parâmetros para os agentes económicos ajustarem as suas estratégias. A revista Travel+Leisure destaca dez tendências nas viagens para este ano, enquanto a Associação Britânica dos Agentes de Viagens faz uma análise mais por produto e apresenta nove tendências. Em 2015 algumas das tendências que começaram a desenhar-se no passado, ganham novas dimensões...
Propostas de aluguer cada vez mais próximas dos hotéis Há um novo perfil de turista que procura um tipo de alojamento que não o hotel tradicional, mas que gosta de um certo conforto e até de alguns serviços até hoje só disponíveis nas unidades hoteleiras. E de repente, “o grande terror” dos hotéis, o aluguer de apartamentos, que não pagam os mesmos impostos a que estão obrigados os hotéis, torna-se numa #17 FEV/MAR 2015
tendência com um crescente número de aderentes, em particular junto da chamada Geração do Milénio. A revista Travel + Leisure diz ainda que a linha que separa o alojamento num hotel de um aluguer de apartamento está cada vez mais difusa, principalmente desde que o gigante dos alugueres AirBnd “atacou” em força aconselhando os proprietários das casas a elevarem a experiência dos hóspedes, proporcionando-lhes outros serviços. Nessa linha, outras plataformas como a espanhola BeMate, que apresenta como lema “apartamentos únicos com serviços de hotel”, faz questão de disponibilizar apenas apartamentos que estejam a menos de 300 metros de distância de um dos hotéis Room Mate, que por sinal pertencem ao mesmo grupo da BeMate. Paralelamente a ABTA (Associação Britânica de Agentes de Viagens) identificou no seu relatório anual de tendências o movimento “viver como um local”, isto é, o turista quer ser a antítese do turista procurando experiências autênticas de férias levando a que muitas empresas propor-
Tendências Atualidade 29
cionem este tipo de opções: disfrutar de joias escondidas de autenticidade ao mesmo tempo que apreciam as atrações turísticas tradicionais.
da KLM podem aceber ao programa Meet & Seat, e escolher os companheiros de viagem com base nos perfis das redes sociais.
Novidades para dormir descansado
Férias em (novo) estilo
O descanso dos hóspedes é a prioridade máxima de qualquer unidade hoteleira. Por exemplo, a cadeia Westin está a desenvolver pulseiras eletrónicas que, em conjugação com uma aplicação para smartphones, monitoriza o sono do hóspede, analisando assim as causas de qualquer desconforto noturno. O MGM Grand, em Las Vegas, acorda gradualmente os seus hóspede com diferentes tons de luz azul e providencia colchões de algodão orgânico, que dão maior suporte à postura do hóspede durante o sono, eliminando a agitação e movimento durante a noite. Ou ainda, uma nova geração de cabeceiras de cama angulares usadas no Crowne Plaza, que eliminam até 30% do ruído exterior.
Nos últimos anos, o mercado do turismo têm-se adaptado a um novo tipo de férias. Escolher o local já não é suficiente, é também necessário escolher as atividades que podem ocupar o viajante. A moda é rentabilizar aso máximo o tempo despendido nas férias, conjugando atividades com tempo de lazer. Neste tipo de “férias de trabalho”, caracterizadas pela ida a eventos, workshops, os viajantes aprendem um novo ofício ou arte, como cozinha, pintura ou escultura. Esta tendência demonstra o interesse crescente do turista em tentar “algo de novo”. Segundo a ABTA, 35% dos turistas Britânicos pensam em visitar um país onde nunca foram, e dos turistas que tradicionalment escolhem o mesmo destino, 48% planeia visitar um local novo dentro do mesmo destino em 2015. Também as city-breaks têm vindo a ganhar terreno destronando as férias na praia como tipo de férias mais popular. Em 2015, 43% dos turistas Britânicos planeiam visitar uma cidade, enquanto 42% pretendem fazer férias na praia. A esta tendência não está alheio o aumento dos destinos de voos low cost, bem como os constrangimentos de tempo fora do trabalho dos viajantes. Amesterdão, Paris, Berlim, Roma, Dublin e Barcelona são alguns dos destinos mais procurados para estas férias na cidade. Outra tendência que se mantém, segundo o relatório da ABTA é a procura de fitness e desporto sobretudo devido ao aumento dos MAMIL (Middle Aged Men in Lycra), seja para assisitir a um evento desportivo ou para participar em atividades desportivas. As escapadelas de wellness e spa continuam na moda, tendo o The Global Wellness Institute avaliado o setor em 494 mil milhões de dólares a nível mundial. Os cruzeiros também continuam a ser um produto com potencial de crescimento, tanto os marítimos como os fluviais. l
Voar alto, voar fácil A aviação não escapou ao radar das novas tendências, nomeadamente a nível tecnológico, de estrutura nos aviões e de serviços prestados. Alguns aeroportos já usam tecnologias baseadas em sensores Bluetooth de baixa frequência, que enviam informações úteis para o smartphone do passageiro e que vão desde o tempo que demora até à porta de embarque, aos balcões que oferecem as taxas de câmbio mais favoráveis. No caso das cabinas dos aviões, a Boeing desenvolveu recentemente novos compartimentos para a bagagem de mão que irão estrear nos B737 da Alaska Airlines. Os novos compartimentos ficam mais baixos do que os atuais, irão proporcionar 49% mais espaço e facilitam o processo de arrumação das bagagens. Por seu turno e para provar que a Premium Economy está para ficar, a Singapore Airlines vai introduzir uma quarta classe já este ano, à semelhança do que já fizeram a Lufthansa, Finnair e Japan Airlines. Por um preço mais alto, ainda que longe do da primeira classe, o passageiro ganha mais espaço entre assentos, divisórias e melhores refeições do que na classe económica. O networking é uma das novas palavras em voga e a Delta e a KLM aproveitaram a tendência. Os candidatos à Innovation Class da Delta podem ganhar um lugar de avião ao lado de líderes empresariais enquanto os passageiros
a linha que separa o alojamento num hotel de um aluguer de apartamento está cada vez mais difusa
António Rui Miguel Major em Comunicação e Cultura
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Insights Business Design
Alguns modelos de negócio têm o potencial para serem mais rentáveis do que os outros. Veja como seu se compara com estes 10 critérios
Adesão Será que o seu projeto cria algum tipo de relação contínua e próxima com um cliente, de modo que será difícil ou pouco atraente para eles pararem de fazer negócios consigo?
Renovações O modelo é baseado em transações individuais, ou é um serviço ou compra contínua que é renovado automaticamente?
Interface É mais fácil para o cliente ficar consigo porque a forma de fazer negócios consigo é mais fácil do que ter que mudar para o sistema de outra pessoa?
Obrigações O cliente tem de fazer negócio consigo porque você oferece algo que eles têm obrigação de comprar?
Rede Será que o seu negócio torna-se mais valioso para cada cliente quantos mais clientes existirem na rede?
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Business Design 10 Insights 31
Importância A sua solução resolve um problema permanente que é criticamente importante para o cliente?
Relação Será que o cliente sente que construiu uma relação de confiança com a sua empresa?
Experiência Você criou uma experiência superior ao cliente ao longo de toda a jornada do consumo?
Cocriação Será que o seu modelo permite-lhe beneficiar de clientes, cocriando as ofertas?
Plataforma Será que o projeto cria uma plataforma que outros podem usar para aumentar a sua oferta? À medida que o seu modelo de conceção de negócio incorpora várias destas características, é provável que se torne mais poderoso do que se não integrar. Tome como exemplo o modelo de negócio da Amazon. A sua facilidade de uso e funcionalidade de um clique cria adesão. O recurso “Prime” autorrenova. É mais fácil para os usuários a ficarem com a Amazon porque a sua informação já está no sistema, para que eles não fiquem tentados a mudar. Os clientes sentem que têm uma relação com a Amazon porque ela “conhece-os”. A Amazon diferenciou cada elo da cadeia de consumo do cliente. E Amazon é uma plataforma que vendedores terceiros podem usar. Isso é um exemplo de uma conceção de negócio inteligente.
Rita Gunther McGrath Professora na Columbia Business School
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32 Lifestyle Cidades do Futuro: Como vamos viver amanhã?
Cidades do futuro:
Como vamos viver amanhã? A população cresce a um ritmo acelerado e escolhe a cidade para viver, logo o espaço que esta ocupa na Terra torna-se um problema para o qual é preciso encontrar solução. As cidade verticais e subaquáticas são algumas das opções que se apresentam para um futuro “lar, doce lar”.
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stima-se que população mundial deverá continuar o seu crescimento, pelo menos, até ao final do século XXI. Segundo um artigo da Universidade de Washington de 2014, em 2100 a população mundial estará na ordem dos 12,3 mil milhões de pessoas, um acréscimo bastante significativo em relação aos atuais 7,2 mil milhões. Questões como “onde viveremos?” ou “haverá espaço para todos?” tornaram-se preocupações da atualidade. Há, no entanto, alternativas a serem exploradas para aliviar o problema da lotação. Ideias que parecem sair de autênticos filmes de ficção científica e projetos ambiciosos que podem reinventar a própria noção de urbanismo. Quem não se lembra da série Espaço 1999 onde uma comunidade vivia numa base lunar? Mas descendo à terra, as opções que se congeminam vão desde cidades subaquáticas até complexos gigantes que albergam centenas de milhares de habitantes, ou ainda arranha-céus colossais que elevam o dia a dia para lá das nuvens. Os sonhos de algumas mentes brilhantes combinados com o engenho e os avanços tecnológicos, poderão ser a resposta necessária a longo prazo. Eis algumas opções em desenvolvimento que poderão vir a ser o “lar, doce lar” do futuro... #17 FEV/MAR 2015
Ocean Spiral - A ideia de viver debaixo de água podia fazer franzir um sobrolho a qualquer um, contudo a japonesa Shimizu Corporation tem entre os seus projetos de sonho, a Ocean Spiral, um conceito que permite a vida numa cidade subaquática, bem como um enorme potencial na recolha de recursos marítimos. Energia térmica proveniente do leito do oceano, aquacultura, água fresca destilada pela pressão marítima ou tratamento de dióxido de carbono são apenas algumas das potencialidades deste projeto. A Ocean Spiral tem a forma de uma esfera gigante flutuante chamada Blue Garden, com uns incríveis 500 m de diâmetro, onde apenas o topo estará fora de água. Esta esfera terá 75 andares no seu interior, diferenciados em zonas hoteleiras, residenciais, escritórios e laboratórios. Poderá albergar até 5.000 pessoas e seria o maior complexo subaquático alguma vez projetado pela engenharia humana. Por baixo da esfera, encontra-se
Cidades do Futuro: Como vamos viver amanhã? Lifestyle 33
uma espiral com 3-4 km (dependendo da localização geográfica), que desce até à Earth Factory, bem no fundo do leito do oceano, local onde os recursos marítimos serão recolhidos e devidamente processados. Vertical City - Algumas projeções estimam que até 2050, 50-70% da população mundial deverá viver em cidades. Desenvolver estruturas verticalmente será, cada vez mais, uma tendência no planeamento urbanístico. É esta ideia de “cidade vertical”, que os arquitetos Kenneth King e Kellogg Wong promoveram no seu livro Vertical City: A Solution for Sustainable Living. Um manifesto inovador com inúmeras ilustrações a cores e esquemas, que conta com a opinião de alguns dos melhores arquitetos, engenheiros, designers urbanos, microbiologistas, especialistas de transporte e energia do mundo. Com uma conceção tão elevada, os autores tiveram que recorrer ao crowdfunding apenas para o completar. Segundo King e Wong, a Vertical City será um autêntico ecossistema do céu, com parques, escolas, hospitais, restaurantes e todos os outros organismos que tornam uma cidade funcional, com a vantagem de ocupar menos área e ser energeticamente sustentável. Países com um crescimento rápido da sua população são, geralmente, os que demonstram maior interesse no desenvolvimento destas “cidades verticais”. A China parece ter uma ideia fixa em relação ao conceito. Estima-se que até ao final do ano, um em cada três arranha-céus do mundo com uma altura superior a 150 m, estarão localizados em solo chinês (que já conta com pelo menos 140 cidades com mais de 1 milhão de habitantes). A China é também palco da construção do segundo maior arranha-céus do planeta, a Shanghai Tower que deverá estar finalizada em 2015. Shimizu Mega-City Pyramid (TRY 2004) - Outro projeto da Shimizu Corporation, a TRY 2004 Mega-City Pyramid é outro conceito de “cidade no ar” que usa o vento e a luz solar como fontes de energia renovável. Projetada para servir Tóquio, esta mega estrutura toma a forma de uma pirâmide quadrangular com 2.000 m de altura e 800 hectares de base. Será um importante centro de negócios, comércio, investigação e lazer. Dispersa por quatro diferentes camadas em altura, a Mega-City Pyramid será constituída por várias unidades octaédricas, cada uma com 350 m de lado, tendo apoio estrutural tridimensional de todas as direções. No interior de cada unidade, podem ser configurados até 100 andares de edifícios de escritórios, residenciais, centros de pesquisa, culturais, hospitais ou até parques. Toda a estrutura da Mega-City Pyramid é tubular, estando a sua feitura a ser estudada com novos materiais mais leves e resistentes que, até há pouco tempo, não estavam disponíveis. O esqueleto tubular permite que a luz solar chegue ao centro da pirâmide e ameniza os efeitos de tremores de terra, ventos ciclónicos e até tsunamis. A circulação será assegurada por um sistema contínuo e inteligente de transporte que conta com uma rede de elevadores, passadeiras rolantes, escadas, corredores e um sistema linear de carris. Apesar dos grandes avanços na área, é muito incerto que a construção de uma estrutura com esta magnitude possa ser realizada com os materiais atuais. A Shimizu Corporation não adiantou grandes alterações ao projeto desde que o divulgou pela primeira vez, no entanto, não abdicou da sua visão e continua a tentar dar início ao projeto. l
Se vier a ser uma realidade, a Vertical City será um verdadeiro ecossistema no céu
A Cidade Vertical pode vir a ser a solução para o problema de espaço na Terra
A esfera da Ocean Spiral recolherá para debaixo de água em caso de intempéries
A China será também palco da construção do segundo maior arranha-céus do planeta, a Shanghai Tower
A Shanghai Tower está já em finalização e será o segundo edifício mais alto do mundo, atrás do Burj Khalifa, no Dubai
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A possibilidade de conhecer mais um destino leva-me muitas vezes a gastar aquilo que eu não pensava.
Ricardo Pereira
Ponto Turismo › Até agora qual foi o destino preferido? Ricardo Pereira › Houve um que mexeu particularmente comigo que foi a China onde conheci várias cidades. Gostei porque é um lugar que me fez pensar que existem outras culturas radicalmente diferentes da nossa. Ali senti realmente que estava longe daquilo que me era familiar e adorei. Ponto T. › O que leva sempre na mala? R.P. › Uma máquina fotográfica e um livro. Ponto T. › Qual a situação mais caricata que teve numa viagem? R.P. › Foi estar mais de 20 horas em Charles de Gaulle por causa de uma conexão de voo e conhecer um imigrante que vivia no aeroporto e que inspirou o filme com Tom Hanks.
O meu grande “pecado” é viajar Ponto T. › O que é que o público não sabe sobre si? R.P. › Não sabe o número de horas que eu verdadeiramente trabalho. Acha que trabalho menos horas do que efetivamente trabalho. Ponto T. › O que o faz perder a cabeça em termos de compras? R.P. › Viajar, faz-me completamente perder a cabeça. A possibilidade de conhecer mais um destino leva-me muitas vezes a gastar aquilo que eu não pensava.
Ponto T. › Qual é o destino que ainda falta conhecer? R.P. › Faltam-me tantos, sobretudo países no continente africano. Moçambique, Angola porque uma parte da minha família é originária de lá, mas depois quero perder-me em outros países mais no interior ,acho que África é o coração do nosso planeta.
Ponto T. › Tem alguma mania ou tique que queira partilhar? R.P › Sou muito arrumadinho. Não tenho um sapato que não esteja ao lado um do outro. É quase um perfeccionismo exacerbado, mas para mim os sapatos têm que estar arrumados aos pares.
Ponto T. › Quando tem tempo livre, como é que prefere passá-lo? R.P. › Gosto muito do sossego. Gosto muito de passear, de observar. O meu grande pecado é viajar, e mesmo cá dentro adoro fazê-lo.
Ponto T. › Tem algum objeto velho do qual não se desfaz? R.P. › Tenho um terço que anda comigo permanentemente a viajar. Fo-ram os meus pais que o trouxeram de uma viagem a Roma.
Ponto T. › Qual o livro de cabeceira ou que leva nas viagens? R.P. › Um livro que gostei muito e que levei nas últimas viagens foi o “1808”. É um livro que retrata a ida da corte portuguesa para o Brasil durante a invasão francesa.
Ponto T. › Se tivesse um dom de superherói qual seria? R.P. › Seria o Super-Homem para poder voar e viajar com fartura.
Ponto T. › Não quer partir desta vida sem… R.P. › Sem dar uma volta ao mundo. Ponto T. › E qual é o seu ídolo? R.P. › Os meus pais sem dúvida, são as minhas duas referências. #17 FEV/MAR 2015
Ponto T. › Se fosse para uma ilha deserta quem levaria? R.P. › A minha família, a minha mulher, os meus filhos, os meus amigos. Toda a gente com quem eu gosto de estar. Ponto T. › Se reencarnasse num animal qual seria? R.P. › Um leopardo, porque gosto de correr, gosto da astúcia deles, da inteligência e do poder de observação. l