A POPmagazine de agosto/setembro está especial. Como vocês já puderam notar, nossa capa dessa vez não tem nenhuma celebridade, e o motivo é simples, nossa celebridade é a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. A maior festa do peão da América Latina, que completa 55 anos em 2010, é o evento que todas as pessoas deveriam ir, ao menos uma vez na vida. Outros destaques são as entrevistas com o músico Glad Azevedo, que está lançando um novo trabalho, o CD “canto de lá” e com o MC Kiko, que faz funks polêmicos e é a sensação da internet. Na edição passada, eu cometi um erro na matéria do Roger, por uma informação errônea, obviamente não passada por ele, escrevi errado o nome de sua esposa. Então, peço desculpas ao Roger e à Mariana Wajc, esposa do cantor. No mais, aguardem a próxima edição e enquanto isso, digam o que pensam da revista e deem suas opiniões.
, s o j i e B
Andréa Alves
Por Nágila Câmara
A rede, suas inúmeras utilizações, os internautas e a dependência digital
Já faz algum tempo que a internet surgiu. Ela foi, aos poucos, conquistando o seu espaço na vida das pessoas. Cada vez mais o mundo está interligado por meio dessa ferramenta tecnológica, os processos de globalização são favorecidos por ela, o que facilita a integração de pessoas diferentes, em seus diferentes países, com suas culturas diferentes, enfim, todos com suas particularidades, trocando informações e possibilitando novos conhecimentos aos que estão conectados a esse mundo virtual. As funções atribuídas à internet e o papel que ela representa na sociedade são muito relativos, até mesmo intimistas, pois isso depende de cada usuário da rede, o que ele procura, suas “necessidades”, a parcela de tempo que ele dedica a essa atividade, o significado da vida longe dos computadores para ele, entre outros fatores. Alguns utilizam a rede para agregar conhecimentos e se manterem atualizados
nessa era das informações rápidas e constantes. Seja pesquisando sobre o assunto desejado no Google, ou outro site de pesquisas, seja consultando as inúmeras páginas online de jornais e revistas do mundo inteiro, toda e qualquer tipo de informação pode ser encontrada na internet, sendo ela verdadeira ou não. Existem aqueles que gostam de comprar ou vender pela internet, e para isso, visitam os sites específicos, encontrando os mais variados produtos e ofertas de preços. Como nem tudo na rede é seguro, é necessário muito cuidado e encontrar fontes confiáveis para estabelecer negócios nesse comércio eletrônico, ou e-commerce, como é chamado esse tipo de transação comercial. Ainda existem os usuários que buscam uma socialização virtual, ou apenas entretenimento, por meio de redes sociais e sites de relacionamento, baixando músicas, filmes e diversos outros arquivos, jogando tipos diferentes de games nos sites destinados a isso, trocando e-mail
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las, os internautas nem percebem que estão excedendo e se tornando dependentes desse vício da sociedade moderna e globalizada.
Você é um viciado? Segundo algumas pesquisas, as pessoas viciadas em internet apresentam características semelhantes, como:
:. Preocupação quando não estão conectadas à rede, voltando seus pensamentos para o fato de estar off-line
:. Necessidade de uso prolongado da internet :. Irritação quando seu tempo de conexão diminui
com seus “conhecidos”, visitando blogs, emitindo opiniões pessoais ou de um grupo, xeretando a vida alheia, afinal, fazendo tudo o que a imaginação for capaz dentro dos limites determinados pela internet.
:. Utilizar a internet na tentativa de fugir de problemas, ou para aliviar sentimentos depressivos, entre outros
:. Contar mentiras para mascarar o uso O que as pessoas fazem quando estão conectadas sofre mutações ao longo de seus históricos de navegação. Elas podem privilegiar algum tipo de ação ou realizar várias tarefas ao mesmo tempo, é uma questão de habilidade, interação com os aparelhos eletrônicos e sua tecnologia, ou simplesmente uma preferência do momento. A internet, assim como o álcool, o cigarro e tudo aquilo que causa dependência, é considerada um vício quando seus usuários extrapolam as barreiras físicas, mentais e fisiológicas do próprio corpo para permanecerem o maior tempo possível e impossível nesse ambiente virtual. Embora, muitas vezes, ou na maioria de-
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cessivo da rede
:. Abandono ou apatia por atividades que não sejam no mundo virtual
:. Comprometimento da vida social, pessoal e profissional
:. Lesões por esforços repetitivos (LER), problemas nas articulações motoras causadas pela intensa digitação
:. Predomínio de temas referentes à internet quando estão longe dela
:. Sensação de estar sonhando :. Exagerar no tempo de conexão e, especialmente, não utilizá-lo de forma adequada
Será que ele é? Os comentários e depoimentos a seguir foram emitidos por pessoas distintas. Algumas estão conscientes em relação à dependência causada pela internet, enquanto outras acreditam que suas atitudes são normais e enxergam a internet com olhos bem afáveis. Como a maioria preferiu não se identificar, todas as pessoas foram designadas aleatoriamente por letras do alfabeto e suas idades correspondentes. “Eu não consigo imaginar a minha vida sem a internet. Eu posso ficar sem MSN, Orkut, ou qualquer outra coisa desse tipo, mas não sem a internet. Se ficar sem ela, eu me sinto perdido no mundo, deslocado, sei lá. Preciso dela para me manter informado e atualizado, não consigo ficar um dia sem me conectar, senão já tenho a sensação de que o mundo me excluiu. Sou totalmente dependente, mas não me sinto mal por isso, consigo controlar os meus horários e essa dependência nunca me atrapalhou.” A, 20 anos. “As minhas madrugadas eu passo em frente ao computador, na internet, é claro! Eu fuço em tudo, sinto que vale a pena passar todo esse tempo. Às vezes, me esqueço de comer e até de ir ao banheiro, seguro até não aguentar mais, não gosto de parar o que estou fazendo. Acho que isso acontece com a maioria dos internautas ou pelo menos com os que gostam tanto de internet.” B, 17 anos. “Não me dou muito bem com tecnologia, no computador eu sei o básico, mas na internet eu me viro razoavel-
mente. Ela é essencial na minha vida, embora não seja um viciado, pois a utilizo em tempo regulado e para coisas que considero extremamente necessárias.” C, 34 anos. “Assim que eu acordo, já entro na internet, só paro porque tenho que ir à escola, senão continuaria por lá. Antes eu ficava mais tempo conectado, ia dormir muito tarde e por isso não conseguia levantar para ir à escola, e quando ia, dormia na carteira. Vi que isso ‘tava’ me prejudicando, aí eu resolvi mudar os meus horários, mas mesmo assim, quando ‘tô’ online, não tenho vontade de sair da frente do monitor.” D, 13 anos. “Eu adoro a internet! Uma vez fiquei tão viciado num joguinho do Orkut que passava o dia todo e esquecia da vida. Nesse jogo (Colheita Feliz), havia horário para colher as coisas e cuidar da minha
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tempo que destina para ficar em frente a um monitor. Essa dependência pela conexão com o mundo virtual pode causar danos físicos e emocionais as suas “vítimas”.
fazendinha, então, à noite, eu colocava o despertador pra tocar e levantava na hora certa pra não perder o meu dinheiro e nem deixar meus amigos roubarem a minha plantação. Depois de um tempo, eu enjoei e parei de jogar, mas continuo usando a ‘net’ pra outras coisas.” E, 26 anos. “Existem horas em que eu me canso da internet, ela torna as pessoas muito dependentes. Eu prefiro o contato real com as pessoas, esse negócio de ficar batendo papo pelo MSN, Orkut, Twitter e outros tantos meios para se comunicar virtualmente, definitivamente, não é comigo! Muitas vezes, fico semanas sem me conectar, mas infelizmente não tem jeito, todo mundo me envia coisas importantes por e-mail, então, tenho que verificá-lo e acabo com o meu jejum de internet.” F, 21 anos.
Vítimas do mundo virtual Dentre todos os procedimentos comuns em viciados na internet, o que determina se o indivíduo é um viciado ou não, é a maneira como ele utiliza a rede e para quais fins a aproveita, além do
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Fisicamente, entre os sintomas apresentados estão: a sudorese, a taquicardia, as tremedeiras, a secura da boca, a má postura, as lesões por esforço repetitivo, problemas na visão (causada pela luminosidade do monitor) e obesidade ou subnutrição (resultantes de uma alimentação não adequada). Já psicologicamente, o indivíduo pode ter sua capacidade de concentração afetada e também sentir-se angustiado e impotente, comprometendo o seu rendimento escolar e/ou profissional e o sono, quando o viciado passa madrugadas no computador. O fato é que não importa o que você faz na rede e se a utiliza para trabalho, estudo, lazer, jogar conversa fora, exprimir pensamentos, levantar questionamentos, conhecer novas pessoas ou manter o contato com os antigos amigos. Não importa nem se isso é uma forma de comunicar-se com o mundo ou do mundo comunicar-se com você. O que realmente importa é a dependência que ela pode estar causando, é verificar a quantidade de tempo que se passa em frente a um monitor, voltando a suas atenções somente para o mundo virtual e se esquecendo do real. O mais importante e imprescindível é lembrar-se de que existe vida lá fora e é bem mais bonita que uma fria tela de computador.
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Ctrl C + Ctrl V
dadeiro escritor... e nunca confio em alguém que se beneficia do Ctrl C + Ctrl V para usurpar o que não lhes pertencem Como já diria Abelardo Barbosa... “Na assumindo a autoria... quem comete esse TV nada se cria, tudo se copia.” E não é tipo de fraude é capaz de qualquer coisa... que hoje... a televisão não é o único meio capaz de roubar a própria mãe. de comunicação... que pode privilegiar-se A magia do Ctrl C + Ctrl V é incrível... desse artifício... depois de instituído o mundo digital... tudo ficou mais fácil... as vilões tornam-se heróis... o Zé da Poesia cópias, as fraudes, as pessoas descarada- vira Camões... Joãozinho 171 torna-se Mamente sem talento algum... que vivem do chado de Assis... e por aí vai... então você chega para este novo futuro membro da talento alheio. Academia Brasileira de Letras... no melhor E você acha que isso é tão imprová- estilo SOLETRANDO... e ordena... soletra vel... quanto à queda de um Boeing 707 P-I-R-A-T-A-R-I-A... e eis que depois de na sua cabeça... quanto um contato de 15º muito pensar surge a pérola... “Pirataria com um ET bonitão com a cara do Thiago é com 3 ou 4 ERRES mesmo?”. Lacerda... que nada... você nem imagina Outra coisa que me impressiona... como isso é comum... e está tão perto de você... perto o suficiente para mexer com muito nesses pseudo-talentosos... é a consseu imaginário agora e ficar a dúvida... tante afirmação... “Ah... ler? Nossa eu “Será que esta crônica é inédita ou ape- odeio ler!”... odeia ler e diz que sabe esnas mais uma cópia feita por alguém que crever... aham... escrever né... só se for um bilhete para São Jorge Amado pedindo não sabe escrever?” perdão por tanta blasfêmia. Respondo-lhes francamente... não... Cá entre nós... bom mesmo é o originão é uma cópia... como diria aquele comercial que aparece no início dos DVD’s... nal... aquele que veio direto da fábrica... ao menos dos originais... PIRATARIA É direto do autor para o leitor... agora imaROUBO, VOCÊ ROUBARIA UM FILME?... ginem se essa moda pega... imaginem se pois cá estamos já migrando para a pira- todos resolvessem copiar tudo... seria um taria... outra maravilha facilitada pelo tal de Ctrl C + Ctrl V... de dar até medo... e mundo digital... e que invade nossos dias você provavelmente nunca teria a certeza se o que está na sua frente é o original ou de tal forma... que passa despercebida. a cópia... mesmo que esta tivesse sido comFrancamente... não gosto de produtos prada na Galeria Pajé. piratas... nunca desempenham o que deveriam... não gosto de textos copiados... nunca nos transmitem a emoção do ver10 POP magazine
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Os movimentos culturais da moda, que envolvem o vestuário de adolescentes e jovens nos grandes centros urbanos, são conhecidos como Tribos Urbanas. As roupas, os acessórios, os esportes que praticam e as músicas que curtem diferenciam-nos uns dos outros. Houve um tempo em que a moda era usada como forma de protesto, como no movimento hippie, na década de 70, onde as camisetas estampavam os símbolos de paz e amor e as frases nelas escritas protestavam contra as guerras. As tribos atuais revelam não apenas a realidade sócio-econômica desses jovens, como também a sua condição cultural.
Hippies Os primeiros hippies rejeitavam o consumismo e olhavam para o Oriente como inspiração religiosa. A devoção a culturas e religiões exóticas foi absorvida também nas roupas. Sob forte inspiração étnica, ciganas, túnicas indianas, estampas florais e símbolos da paz se misturaram ao básico americano, como o jeans e a camiseta.
Punks A moda é, junto à música, o aspecto cultural mais característico e evidente do punk. Apesar dos punks em geral, não aceitarem o termo moda, por ser entendido estritamente como modismo, aceitação social, comércio e/ou mera aparência.
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Roqueiros Os elementos do visual rock são os vistos em shows desde sempre, muito preto, camiseta, tênis All Star, jeans estragado. A tendência mais recente do grupo roqueiro são as roupas de brechó, as camisetas estampadas ou coloridas, com aspecto envelhecido.
Góticos Essa subcultura abrange um estilo de vida, estando a ela associados, principalmente, gostos musicais dos anos 80, estética (visual, "moda", vestuário, etc) com maquiagem e penteados alternativos (cabelos coloridos, desfiados, desarrumados) e uma certa bagagem filosófica.
Surfistas O surf além de um esporte é encarado por quem o pratica como um estilo de vida, indo muito além da moda, mas influenciando também os hábitos alimentares e o dia-a-dia dessas pessoas.
Skatistas Além de fazerem arte com suas manobras radicais, fazem também na hora de se vestir. Não abrem mão dos bonés inseparáveis e dos bermudões, eles se preocupam em fazer bonito com o visual, que logo entrega: esse cara é do skate!
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Funkeiros As popozudas são as funkeiras típicas e seguem regras bem claras em seu visual. Usam tops justíssimos e calças ou micro-shorts mais apertados ainda, que deixam à vista a marquinha do biquíni. Seus umbigos com piercings estão sempre à mostra e os saltos altos complementam esse jeitão provocativo.
Lutadores A influência do jiu-jitsu na moda, na cultura e no comportamento masculino nessa virada de século é uma realidade. O corte de cabelo, por exemplo, cortado a máquina, quase careca. A moda de usar sungão e roupas de grifes, que representam hoje para o jiu-jitsu o que a Company representou para o surf no início dos anos 80. Foram os lutadores de jiu-jitsu que popularizaram o açaí como alimento.
Nerds Nunca se preocuparam muito com moda, para eles isso era uma coisa dispensável. Podiam ser facilmente reconhecios por usarem camisa social de manga curta, sempre muito bem passada e calça social de estampas variadas, quase sempre presas por um cinto com a inicial um pouco acima da cintura.
Geeks Assim são chamados todos os nerds do novo milênio. Ao contrário do seu antecessor, os geeks além de ligados em tecnologia, são super antenados com a moda e gostam de vestir algo transado e confortável. Gostam de camisetas com estampas de jogos de videogame, comandos de computador e gadgets da moda. 16
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Patricinhas e Mauricinhos Vivem em função da moda. Normalmente, para fazer parte dessa tribo, é necessário ter uma boa condição financeira, ou muita criatividade, porque para eles, moda é o que existe de mais caro no mercado.
Cowboys Quando o assunto é moda, os cowboys não ficam nenhum um pouco atrás das cowgirls. Para estar bem “traiado” é indispensãvel camisa de manga comprida (de preferência xadrez), calça jeans bem justa (existem marcas direcionadas ao gênero), um belo par debotas e é claro que um bom chapéu, o que pode custar um bom tanto de reais.
Emos Com um estilo diferente e com a mistura de sobreposições, muitos acessórios (principalmente bolinhas) e o preto e rosa, esses jovens buscam o romantismo na música Rock Emocore (daí vem nome do estilo, emo é a abreviação de Emocore ).
Coloridos São considerados como a evolução dos emos. Mas como o próprio nome já diz, são extremamente coloridos, lembrando bastante o visual coloridérrimo dos anos 80. Eles são a última novidade quando o assunto são tribos urbanas, e apesar demuitos acharem que esse movimento é passageiro e dizem que vieram pra ficar. POP magazine
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Moda é o que você é Coloridos, roqueiros, geeks, a tribo pouco importa, na realidade o que importa mesmo é o estilo que combina com nossa personalidade. Moda é o que nos faz sentir bem, é o que nos deixa confortáveis e é o que nos faz felizes. Não importa se nossos amigos pertencem a essa ou àquela tribo. Não precisamos ter os mesmos gostos de quem nos cerca, afinal, não dizem que são os opostos que se atraem?! O bacana mesmo é quando olhamos uma vitrine e o nosso olho brilha, melhor ainda se o modelo que nos encheu os olhos for do tamanho exato.
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Viajando de avião Promoção: “SP R$ 80”, você fica todo animado. Mas eu não sabia que havia taxa de embarque. Isso significa que mesmo comprando a passagem, você NÃO consegue embarcar (embarcar não seria no barco? Deixa pra lá) no avião. Você vai para o aeroporto e fica olhando pro avião, mas só passa pelo portão de embarque e chega até o avião se pagar a taxa! É tipo um pedágio. E ainda temos que preencher o cartão de embarque com nome e telefone de alguém que eles possam ligar caso aconteça alguma coisa, só aí você já se borra de medo. Preenchi assim: Nome: Deus; Grau de Parentesco: Pai; Telefone: 2 Pai Nosso, 1 Credo, 3 Ave Maria e 2 Salve Rainha. A aeromoça dá as instruções como nos filmes. Ensinam a usar o cinto como se você não
andasse de carro desde 1850. Primeiro em português, depois inglês, como se alguém que fale inglês fosse para o Acre. Na parte em inglês, para disfarçar a falta de fluência, fazem voz sensual, vão falando cada vez mais baixo e rápido. Quem não entender em português não vai saber colocar o cinto, o que fazer com a máscara, onde ficam as saídas de emergência, que não pode fumar e para onde o avião está indo. E aqueles lanchinhos? Meu Deus, que pobreza. Um biscoitinho seco, ruim pra caramba com um copinho de Dolly. É comer e torcer pra não ter turbulência. Não tem uísquezinho 12 anos pra relaxar e nem aquela lagosta deliciosa. E depois do lanche ainda teve balinha 7 Belo, é sério. Uma das piores coisas é sentar na poltrona do meio e o que piora é sentar no meio de duas pessoas que nunca viu na vida. Viajei olhando pra frente e só. O cara do meu lado estava lendo jornal, inclinei a cabeça um pouco e ele pensou que eu estava tentando ler. Olhou-me e perguntou: “quer ler?” - respondi: “não, mas vai servir quando eu for ao banheiro”. Outra coisa é a turbulência. Tudo treme. E para alguém que nunca teve essa experiência, é bizarro. Todas as luzes de aviso ascendem, ninguém levanta, cintos apertados, mas e o cara que está no banheiro? Ir ao banheiro é horrível, você só levanta da poltrona para duas coisas: mexer na mala ou ir ao banheiro. Levantou e andou, vai ao banheiro. Todo mundo meio que te julga, fazem uma cara de tipo: “vai mijão, se encheu de Dolly né?”, “vai cagão, ficou com medo da turbulência ou foi o biscoito?”. Uma coisa que vi e achei estranho foi a carona para funcionários. Imagina só, o cirurgião operando e chega alguém da limpeza e diz: “Doutor, quero assistir a cirurgia”. Tenham cuidado porque viajar de avião VICIA, é sério gente. Todo dia acordo querendo ir de avião para a faculdade que fica há 10 minutos daqui. Venci o vício, agora só uso o avião para levar o Rex para passear em Nova Iorque. Não sou viciado, paro quando quiser!
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fim de estudar música, e também atrás de reconhecimento profissional. Lá, depois de quatro meses divulgando seu trabalho pelas rádios, conseguiu uma chance para se apresentar no programa do Faustão, na emissora Rede Globo, onde interpretou a Participante mirim das serestas que música “Codinome Beija-flor”, 7 dias após aconteciam em sua casa junto à seus pais a morte de Cazuza. e amigos, guiados pelo som do violão de Desde então, o cantor, violinista e Agostinho Reis, Glad, desde pequenino, ouvia e se encantava com os músicos da compositor não parou mais. Seu segundo época – Dolores Duran, Maysa, Nelson trabalho foi “Marcas” (1994), e o terceiro Gonçalves, Cartola, Noel Rosa e a tão fa- “Por Inteiro e Quase Tudo” (2005). Atumosa Jovem Guarda – que mais tarde in- almente, segue com seu último trabalho “Cantos de Lá”, interpretando canções de fluenciariam seu trabalho. compositores maranhenses. O CD foi graEm contato constante com a música, vado em São Luis do Maranhão, mesclanjá que crescera dentro da loja de discos de do a linguagem regional com um arranjo seu pai, foi inevitável que florescesse des- universal. de cedo sua grande paixão. Glad ganhou Paralelo aos seus trabalhos, o cantor seu primeiro violão aos nove anos de idade, fez sua primeira música aos 10 e aos também participa de outros projetos que 11, ganhou o prêmio de melhor interprete envolvem a música. Um deles é o “Corujão em um festival de música que aconteceu da Poesia e da Música”, uma vigília que acontece em uma livraria no Leblon, onde em sua escola. uns artistas recitam poemas próprios ou Apesar de sua árvore genealógica ser de terceiros, e outros contribuem com musicalmente talentosa, Glad Azevedo é o performances musicais. Como curador do primeiro músico profissional da família, grupo, Glad se orgulha do número de Bida qual recebe grande apoio e incentivo. bliotecas Solidárias criadas pelo Corujão Gravou seu primeiro LP - Inocência (1989) com doações de voluntários, que já pas- em Recife, e foi para o Rio de Janeiro a sam de 90. Sua realização com o projeto é evidente. Natural do Maranhão, nascido e criado em berço musicalmente enriquecido pela MPB, Glad Azevedo começou sua jornada pela trilha das notas musicais logo cedo.
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Outro projeto do qual participa é o “Voluntários da Pátria”, também chamado pelo grupo de “Circuito Coletivo de Música e Reflexões Coletivas”. Nele, o coletivo de arte contemporânea reúne música, poesia e debates de grandes ações sociais, resultando na mescla de entretenimento e responsabilidade social. Glad Azevedo não só canta, compõe e toca violino. Participando de projetos sociais, ele sabe qual é a sensação de ver as coisas acontecendo, o que o torna mais que um artista. E é nesse ritmo que ele está conquistando o seu espaço e fazendo uma carreira grandiosa, levando na bagagem seu talento, determinação e as ações por um mundo melhor. Quais foram suas primeiras influências musicais, e quais são nos dias atuais? Dolores Duran, Maysa, Nelson Gonçalves, Cartola, Noel Rosa... Depois veio o rádio com a Tropicália e a Jovem Guarda. O rock dos anos 70 e 80 também me influenciou: Mutantes, Secos e Molhados, os Doces Bárbaros, Raul Seixas, Cazuza, Barão Vermelho, Legião Urbana, Blitz, Titãs. Tenho ouvido muita gente boa pelos saraus de compositores que participo. Maria Gadú
e Roberta Sá eu destaco como uma das minhas maiores surpresas. Quem foi que disse que não tem gente boa fazendo música boa no Brasil? Com certeza estes não andam comigo! Qual é a sensação de compor a única vigília poético/musical da América Latina – O Corujão da Poesia e da Música? Eu encaro ser o curador musical do projeto como uma grande oportunidade de exercitar minha arte, de trocar experiências com todos que passam por lá e/ou que freqüentam sempre. No Corujão sou produtor, cantor, músico e pratico poesia, estou no projeto praticamente desde o começo e já vi muita coisa acontecer, fiz amigos pra toda vida. É uma experiência que enobrece a gente. Como funciona a mistura de poesia com música no sarau? Como é feita e de que maneira age sobre o público? Desde o começo desse ano estamos abrindo o Corujão com música antes da rodada de poesia, criando um espaço para que músicos e intérpretes mostrem seus trabalhos. Então o sarau segue com poetas recitando obras próprias e/ou de poetas consagrados. Depois de uma seqüência de POP magazine
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outros convidados? Qual é a sensação de fazer a música online? O Sarau Eletrônico foi uma experiência única, onde eu e meu amigo Tico Santa Cruz comandávamos as madrugadas de segunda pra terça-feira, transmitindo uma ideia bem legal e inovadora pelo canal Justin Tv. Nossos convidados contavam histórias de suas carreiras e tocavam ao vivo suas músicas, com uma proposta meio de jam session e improviso. Tenho saudade dos tempos do Sarau Eletrônico. Foi incrível e serviu de aprendizado. Espero que um dia a gente volte. poemas um ou outro músico que está na livraria se apresenta com uma ou duas canções, e assim segue a madrugada coordenada pelo professor João Luiz Sousa, criador do projeto. O padrinho do Corujão, o mestre Jorge Benjor, que quase sempre está entre nós, também coordena a rodada de poesia e música. É sempre uma festa quando ele vem ao Corujão, coordenando com uma gentileza e criatividade incrível. O que te levou a participar do Grupo “Voluntários da Pátria”? Qual é sua visão sobre o grupo e sua relação com os jovens universitários? Uma vontade grande de mudar, de ajudar a transformar esse país num lugar melhor pra se viver. Através da arte, conscientizar o maior número de pessoas. Olhar cara a cara os estudantes e universitários deste Brasil e entender suas dúvidas, tentar ser mais humano com o outro. Tentar alertar as pessoas da importância de se ligar mais na política, para que juntos possamos escolher melhor quem vai nos representar. O grupo Voluntários da Pátria é a união de pessoas que não se acomodam, que não esperam a morte chegar sentados na poltrona de um apartamento, protegidos por seus condomínios fechados, atrás de grades, assistindo um programa de TV. Como foi ter feito parte do Sarau Eletrônico, junto ao Tico Santa Cruz e 24
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O que você acha do cenário musical nacional de hoje? Os músicos que estão na estrada há menos tempo encontram maiores oportunidades que antes? A Internet nos possibilita o acesso a um maior número de artistas, gente de todo tipo fazendo música de todo tipo, e que em um click rapidamente chegam a um determinado público obtendo uma respos-
“No Corujão sou produtor, cantor, músico e pratico poesia. Estou no projeto praticamente desde o começo e já vi muita coisa acontecer, fiz amigos pra toda vida.É uma experiência que enobrece a gente.”.
tece é olhar pra frente e perceber que não teremos mais aquelas capas de Lp’s incríveis, o cd com o formato digipack que é super charmoso. A falta disso deixa um vazio que nenhum download vai preencher. Mas o mundo sem música não teria graça nenhuma mesmo!Existe um protesto contra a iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) em alterar a atual lei de direitos autorais brasileira (9.610/98). A iniciativa do MinC causou polêmica na classe artística, principalmente por dar ao Ministério o poder de decidir sobre a utilização das obras artística. Qualquer coisa que seja feita ou decidida deve ser em favor da classe, que já encontra tanta dificuldade pra recolher seus direitos de forta quase que imediata. Talvez essa seja a ma justa e clara. grande oportunidade. A Internet hoje é a ferramenta de maior divulgação da músi- O que você espera do seu último traca mundial, onde temos prova de que vá- balho “Canto de Lá”? rios artistas e bandas já conseguiram che- Fiz questão de gravar o CD em São Luis gar mais longe e conquistaram sucesso. por causa da sonoridade, pra poder captar a energia dos tambores, da percussão, Qual sua posição em relação à “mú- dos ritmos... Voltar a trabalhar com meu sica pra baixar”. Até que ponto as amigo, o músico e arranjador Jayr Tormúsicas disponibilizadas para res, com quem não trabalhava desde 1994 download na rede ajudam ou preju- e poder usar linguagem regional mescladicam um musico? da com arranjos que considero universal O número de sites pra baixar e divulgar e sem fronteiras. Nunca tinha feito um música crescem sem parar. Não vejo pro- disco só interpretando canções, sem neblema em disponibilizar música na rede, nhuma música minha. Canto de Lá é todo já que isso é uma tendência mundial. Mas dedicado a canções de compositores do temos que regularizar isso de forma que Maranhão, com o intuito de contribuir e não prejudique os compositores. Já basta divulgar seus trabalhos. Pretendo dar conas rádios que não falam seus nomes e dão tinuidade a esse projeto gravando compodestaque só para o interprete, usando sem- sitores da minha terra. Canto de Lá ainda pre a mesma desculpa da falta de tempo vai render muitos discos e outras músina programação pra fazer tal coisa. Aqui cas. Com esse novo trabalho, quero poder no Rio, só a Mpb Fm e a Roquete Fm di- apresentar-me para um maior número de vulgam o nome dos compositores depois pessoas e tornar sólida a carreira que semdas canções. A única coisa que me entris- pre quis seguir. POP magazine
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A SINCERIDADE EM PALAVRAS NÃO (?) PROFUNDAS Dia desses comecei a pensar sobre a sinceridade do homem (da mulher, adolescente, criança...). Quantas moedas será que pediríamos para colocar a cabeça de alguém em prêmio? Essa pergunta nasce, quem sabe, nesses tempos em que pensamos que ninguém pensa em ninguém e ninguém pensa em nada. A descrença, torna-se, portanto, amiga da imperfeição. Ações reais portam, dentro de si, sentimentos negativos, já diziam alguns intelectuais por aí. Prova disso são as muitas atrocidades que estão acontecendo até mesmo em nossas pacatas cidades brasileiras. O que antes era notícia só de jornais com veiculação nacional, agora virou caso corriqueiro em nossas “tentativas” de jornais grandes. Basta enfrentar o trânsito no horário de pico para ser alvo de xingamentos, revólveres, tapas e pontapés. No maior descaramento, todos acreditam ser portadores de impropérios capazes de tornar o “outro” vulnerável para revidar um insulto e, assim, começar a armar um barraco o qual (pasmem!) pode acabar em choros e ranger de dentes (e acredito que, piamente, para ambos os lados). Por que me referi a esse fato tão aterrador se havia começado com a questão da sinceridade? Acho que foi minha maneira de elucidar que a questão da sinceridade passa também por fatos como esse. A sinceridade, para mim, tem um certo limite. Devemos pensar que nem para todos os 26
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nossos atos ela é necessária. Às vezes, temos de ter a consciência de que, mesmo com razão, devemos calar, refletir.... e, só então, analisar sobre o certo e ou o errado de nossas atitudes. Se todas as vezes em que fico nervoso, para defender os meus instintos de raiva, decido atirar em alguém ou ofender pessoas, vou me sentir como um ser incapaz de ter a sensibilidade de que todos erram, até mesmo eu. Na perfeição de pensar que não somos perfeitos, temos de acreditar que do outro lado existe um alguém com o mesmo querer meu, com as mesmas necessidades, inclusive, a de perdoar e ser perdoado. As palavras não foram feitas para serem pronunciadas em um único viés. Elas existem para que possamos utilizá-las, mas, sempre, com a exata medida em que elas são necessárias nos vários momentos de nossa vida. A sabedoria da sinceridade está aí. A reflexão crítica do uso do vocabulário que temos é que nos fará detentores de um poder que nenhum outro animal pode ter. As armas são essas: as escolhas pensadas, calculadas. Se existir a necessidade de ser espontâneo e natural, que seja para o auxílio ao bem, à ajuda, ao acolhimento, ao estouro de um sorriso que facilitará a vida. Nunca o contrário. Dessa forma, podemos pensar nessa tal sinceridade sim!
DESENCONTROS Provavelmente o melhor sentimento que existe é mesmo o amor. Ele abrange todos os outros, é universal, atemporal. Eu concordo. A questão é que amar é fácil em algumas ocasiões. É fácil amar o claro, o simples, o belo. O clássico e o perfeito ninguém rejeita. Difícil não é amar o cheio de defeitos, de imperfeições, sem qualidades. Difícil mesmo é amar o real. E é aí que as coisas se complicam. O que era amor se transforma em mágoa como num passe de mágica. O que era pra ser amor e não chegou a ser se converte em decepção. O que era amor e foi rejeitado, se transforma em ódio. O que era amor e nunca recebeu o devido valor, se transforma em desprezo. E adicionamos mais carga às nossas costas como se nossos fardos não fossem pesados o suficiente. Aquela decepção, já esquecida, já escondida, já abafada se torna mais viva do que nunca numa simples palavra, num simples instante, numa situação corriqueira. E toda aquela dor que você superou, está lá de novo, ao seu lado. Normalmente, já não é fácil viver. Viver com mágoas, decepções, preconceitos e uma lista interminável de coisas das quais não gostamos torna tudo muito mais difícil. Seria mais fácil se não tivéssemos que viver com essa coisa de gostarmos de algumas coisas e não suportar outras. Isso porque quando nos deparássemos com aquilo que não gostamos não nos renderíamos ao impulso de rejeitar. Acolheríamos. Ou então não nos afetaria. Mas afeta.
E sobre as feridas... Ah, as feridas. Qualquer ferida que a gente carregue, é sempre uma ferida. Às vezes cicatrizada, às vezes não, mas é sempre a recordação de um machucado. Um machucado que, apesar disso, não foi forte o suficiente pra te matar. Mas, meu Deus, como é difícil crescer. Como é difícil ser adulto. Encarar as coisas com a graça que as pessoas parecem exigir sempre. Como é difícil ter que estar sempre sorrindo pra quem te machucou ou como é difícil se sentir na obrigação de perdoar um erro que, pra você, é imperdoável. Como é difícil ter, muitas vezes, um juiz implacável dentro de si. E o pior é que se trata de você mesmo. Onde é que algumas pessoas se perdem em tanta mágoa que não conseguem nem se encarar? Qual é o exato momento que algumas pessoas machucam tanto umas as outras que olhar é difícil, ouvir o nome é difícil, ser forçado a conviver é difícil? Qual é o instante que muda tudo, que transforma chuva em tempestade, vento em furacão? Eu também não sei. Eu carrego mágoas, decepções, desapontamentos, ilusões desfeitas. Algumas cicatrizes, algumas feridas. Eu carrego tudo isso e não é fácil. Mas seria impossível se junto de tudo isso eu não pudesse carregar minha fé, minha esperança que às vezes não sei como é tão inabalável e, principalmente, amor. Não é fácil. Não é simples. Mas um dia, a gente entende. Eu espero.
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Fica para a próxima Depois da decepção de milhões de brasileiros que acreditavam no milagre do hexacampeonato na Copa do Mundo da África do Sul, (Copa mais estranha, para não dizer sem graça, que já vi, e mesmo o meu histórico de copas não sendo lá muito grande, não creio que alguma outra reservou tantas “surpresas” como está. O que não deixou o brasileiro desanimar de vez, foi a Argentina perder de 4 a 0 para a Alemanha, acabando com os sonhos de quem esperava ver o exuberante corpo de Dom Diego Maradona nu.) trocou-se, finalmente, o técnico da seleção brasileira e, pelo que parece, a seleção também. O designado para ocupar esse importante cargo, algumas vezes mais importante do que o de presidente da república, foi o queridinho da Fiel Corinthiana, Mano Menezes. Em sua primeira convocação, tratou logo de organizar a casa dos anões, que, felizmente, não conta mais com a “ajuda” daquele anão que erraram o nome, lembra? Os garotos sensação do Peixe, Ganso e Neymar, foram solicitados para a alegria dos torcedores que tanto queriam esses jogadores na Copa e não puderam ver. Por ironia do destino, talvez, no amistoso contra os Estados Unidos, que marcou a estreia de Mano como treinador oficial da seleção brasileira, os garotos mostraram toda a sua desenvoltura e não sentiram o peso da camisa. Ganso jogou muito bem e Neymar e Alexandre Pato, outro que também não foi convocado para fazer um safári na África do Sul, marcaram os dois gols da partida, que terminou em 2 a 0 para o Brasil. Essa seleção de caras novas e algumas antigas, agradou ao público, ainda ressentido e tentando recuperar os ânimos. Até a Copa de 2014, que será realizada em solo brasileiro, o país do futebol possui muito tempo para mostrar suas melhorias, encantar novamente os torcedores e voltar a honrar esse consagrado título que lhe foi atribuído com tanto louvor no passado. Só espero que essa Copa não nos deixe afundados em dívidas, pois com tantas reformas e construções de estádios, meios de transportes e toda a estrutura necessária para um evento desse porte, os gastos públicos não serão pequenos. Agora, nos resta torcer para que dê tudo certo e não façamos feio tanto no futebol, dentro dos gramados e com a bola nos pés, quanto nos preparativos e na festa, quando, enfim, chegar o dia. O assunto Copa, por hora, foi abolido. Mas quem sabe a Branca de Neve não apareça para opinar.
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Os meus cinco dedos As melhores coisas da vida não raramente podem ser contadas nos dedos de uma mão: as melhores viagens, os melhores restaurantes, os momentos inesquecíveis... e por que não, os grandes amigos. Assim como acontece comigo, é claro que não temos em nossas vidas somente cinco melhores amigos. Muitas vez – graças à Deus – nossa vida está cheia de pessoas que a fazem ser mais gostosa, mais engraçada, mais tênue. No entanto nossos dedos estão lá, mostrando que as melhores coisas sempre são contadas assim: em uma só mão. Em cada ambiente criamos nosso círculo de amigos, baseado na confiança, na empatia e no olhar, que acaba se tornando essencial em determinadas situações. No trabalho, elegemos aqueles que são ouvintes para nossas frustrações e anseios profissionais. Também são eles que nos deixam informados sobre as nossas fofocas corporativas de cada dia. Ora, se não fosse assim, o que seria da tão famosa e reconhecida “rádio-peão”? Neste caso, geralmente a amizade para por aí. Dificilmente esses amigos do ambiente de trabalho passam disso. Acabam não se adequando à nossa vida fora do cotidiano da empresa, o que às vezes é muito bom e mantém as coisas em seus devidos lugares, sem confusões. Você também vai reconhecer em sua vida seus “amigos-balada”. São aquelas pessoas divertidíssimas, que fazem qualquer programa de índio se tornar pura alegria. Nem sempre são tão íntimos a ponto de querermos revelar nossos segredos mais profundos, ou ainda não tão cultos para dividir um papo mais imerso sobre as novas tendências da cultura contemporânea. Nada disso importa, pois na verdade eles cumprem seu papel: ser a companhia divertida que precisamos para uma festa regada a muita música e vodka. Ah! Esta categoria também pode ser muito bem aproveitada numa tarde
de compras. São pacientes, entendem de moda (já que estão sempre na noite), e encaram as compras como uma terapia eficaz, assim como eu (rs). Pense comigo. No decorrer dos anos, quantas pessoas passaram na sua vida? Quantas permanecem? Como seria bom ter como amigas algumas pessoas que passaram por nós, mas que hoje já não se fazem presentes, por um motivo ou outro. São nossos “amigos-relâmpago”, que passam rapidamente por nós, deixam boas lembranças e se dissipam no ar, sendo que às vezes nos deixam ensinamentos que levamos pro resto da vida. Como nem tudo são flores, a amizade também pode ser fonte de aborrecimentos. Fiquemos atentos. Aí mesmo do seu lado, provavelmente existe um “amigo da onça”, categoria extremamente danosa. Sempre está perto por interesse e não hesitará em deixar você pra trás assim que precisar dele. Ou assim que ele encontrar alguém que possa proporcionar mais do que você proporciona, como se só uma amizade sincera não bastasse. Nada disso importa quando temos em nossa vida “os cinco dedos” da amizade. Aqueles que elegemos como nossa família, que nos completa em tudo e que nos fazem imensamente felizes. Com eles, apreciamos as melhores coisas da vida, mas também encontramos o ombro para as piores. Nossos “cinco dedos” têm a incrível capacidade de ser a melhor companhia para ouvir coisas do seu trabalho, sair pra balada com você, fazer compras, nos proporcionar ensinamentos a cada momento e o melhor de tudo: são fiéis, verdadeiros e podemos sentir nos seus olhos o que é um amor de verdade. Pensando assim, parece até fazer mais sentido aquele velho ditado: “se vão os anéis, ficam os dedos”. Ou melhor, ficam nossos “cinco dedos”.
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Por Andréa Alves
Meu Malvado Favorito - Fofo. Essa é a melhor definição para esse longa divertido e bem humorado. Quando você acha que acabou de assistir a cena mais engraçada do filme, eis que surge a próxima, a próxima e a próxima. Apesar de ter como tema a velha luta entre o bem e o mau, tudo é passado de uma forma leve e delicada. Esse realmente é um filme feito para as crianças, e tem a cara das crianças do novo milênio, é um filme inteligente, dinâmico e colorido. Ele quer ser o maior vilão do mundo, elas querem apenas encontrar alguém que as ame. De uma forma inusitada as suas vidas se entrelaçam, e o que era apenas para ser parte de um plano maléfico, torna-se uma grande aventura.
Os Desafinados - Um filme com Rodrigo Santoro e Selton Mello no elenco, já é um bom motivo para ser assistido. E quando esse filme tem como trilha sonora o melhor da bossa nova, tornase praticamente obrigatório. Roteiro, fotografia, tudo é de altíssimo bom gosto. Rio de Janeiro, Nova Yorque e Buenos Aires são os cenários dessa trama delicada e supreendente. Um dos filmes mais envolventes e cativantes já feitos. Música, amor e política mudam a vida desses jovens, os unem e os separam e marcam suas vidas para sempre. O que podem esperar cinco jovens talentosos quando os sonhos parecem estar a um passo de serem realizados? Simplesmente imperdível.
P.S. I Love You - É um filme que ensina a amar, que ensina que o verdadeiro amor não destrói, que quem realmente ama quer a felicidade da outra pessoa, mesmo que a felicidade dela não esteja ao seu lado, ensina que quem ama cuida mesmo que distante. Quando você lê a sinopse, imagina uma coisa totalmente diferente, acha que é uma releitura de Ghost, acha que vai chorar um monte, mas não é nada disso, é um filme leve, doce, cheio de amor e com um final surpreendente, final feliz é claro, mas um final que prova que todas as pessoas encontram-se onde têm que se encontrar, na hora certa e no momento exato. Destaque à parte para a interpretação de Hilary Swank, a eterna “Menina de Ouro”. 32 POP magazine
Por Andréa Alves
O Aleph - O bruxo está de volta. Depois de um romance policial, Paulo Coelho volta às suas origens e lança um livro contando sua trajetória pela ferrovia transiberiana. Quando ele não acreditava mais em si mesmo, quando não acreditava em mais nada do que havia aprendido em todos esses anos, ele recebe um sinal e decide fazer algo inusitado. Durante esse percurso, ele conhece algumas pessoas que faram parte de sua história daquele momento em diante. Nenhum obstáculo será motivo para que ele deixe de completar sua missão. Nada o impedirá de achar o que estava procurando, mesmo que ele ainda não saiba o que procura. A única certeza que ele tem é que deve chegar ao fim dessa viagem.
Comer, rezar, amar - A escritora Elizabeth Gilbert conta suas experiências em uma viagem que mudou sua vida por completo. Cansada de tudo. ela resolve viajar em conhecer novos lugares, a primeira parada é a Itália, onde descobre os prazeres da comida, depois vai para a Índia, onde aprende sobre espiritualidade e finalmente na Indonésia encontra com seu Xamã que a ensina a equilibrar tudo isso. Esse é provavelmente o desejo de boa parte da humanidade, pode parar a própria vida por um ano e sair para descobrir o mundo, mas acima de tudo usar esse tempo para descobrir a si mesmo.
Feliz Ano Velho - Esse é o primeiro livro de Marcelo Rubens Paiva. Nesse livro, Marcelo relata todo o trama vivido por ele quando tornou-se paraplégico após mergulhar em um lago. É uma das autobiografias mais sinceras já escritas. Ele não poupa um só instante de dor, de fúria e de ódio. Tudo o que deve sentir um jovem saudável, que de uma hora para outra se vê preso em uma cadeira de rodas e acha que sua vida acabou. Mas ele não conta só como deu a volta por cima, mas também tudo o que passou para que isso fosse possível. Hoje, Marcelo é um dos escritores mais respeitados, mas no momento em que resolveu escrever o livro, a única coisa que lhe importava essa se livrar daquele ano velho, que mudou sua vida. POP magazine
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Aproximadamente um ano atrás, mais ou menos na época em que comecei a realmente usar o Twitter, conheci um dos primeiros virais do microblog: o Funk do Twitter. Assinado por, então, MC Kiko, fez sucesso antes mesmo da grande popularização do serviço. Com letra irreverente e rima criativa, me tornei seguidora do MC Kiko, com a alcunha de @douguod e, na realidade, descobri um perfil de um cara gente boa e de bem com a vida. MC Kiko na verdade é Douglas Castro, tem 23 anos, faz faculdade de Administração e é bancário. Nada dessa história de que MC tem que ser bandido. Surge a pergunta: de onde surgem os funks? “Acompanho as coisas que acontecem no mundo virtual. Tento pegar o assunto mais relevante do momento e ser criativo, original. A letra eu faço normalmente em menos de 15 minutos. Não leva mais que isso, basta pintar aquela ‘luz’. Mas eu nunca sei quando será um viral. Depende muito do momento.”, conta. Com o sucesso do Funk do Twitter, MC Kiko foi convidado por Tico Santa Cruz para fazer parte do sarau eletrônico que naquela época ocorria semanalmente. Tal fato contribui para o sucesso de ambos: do trabalho do MC Kiko e do próprio sarau: “Com certeza [foi quando comecei a ficar mais conhecido]. Aliás, na época foi o sarau que mais bombou. Muita gente do Twitter e amigos daqui de Campos ficaram ligados! O Funk do Twitter foi meu primeiro sucesso do Youtube. Depois disso, começaram a acompanhar o que eu aprontava”, revela. Depois do Funk do Twitter, muitos outros foram compostos e lançados na rede e praticamente todos alcançaram visibilidade e muitas exibições. A que se deve esse sucesso, então? “Como já disse anteriormente, eu pego aquilo que tá fazendo sucesso no momento. E desde pequeno eu tenho o dom de criar letras de funk criativas e, claro, o funk só bomba de verdade se eu tiver criticando alguma coisa pra valer... O que é polêmico, bomba. Um exemplo são os vídeos do Felipe Neto.”, compara. Apesar disso, as críticas são recorrentes e muitas vezes MC Kiko vê seu trabalho exposto de forma errada. Além disso, é preciso lidar com os defensores dos assuntos abordados em seus vídeos de críticas. Sobre isso, ele é enfático: “Da vontade às vezes de responder a cada um, mas depois eu vejo que não me traz vantagem isso. A maioria são mesquinhos de mente vazia.”, demonstrando a tolerância que muitas vezes não encontra em resposta a seus vídeos. Entretanto, apesar de tantas críticas ao longo dos seus sucessos, MC Kiko já viu seu trabalho chegar ao Projac, com o funk do Dourado e com o funk em parceria com o humorista Helio de la Peña, do Casseta e Planeta, para a Copa do Mundo. Sobre ter conhecido Marcelo Dourado e ter feito parceria com De La Peña, MC Kiko se mostra surpreso com tanta repercussão: “Nunca imaginei um dia chegar a tanto! Conhecer o Projac, fazer amizade com um global. Conhecer o Dourado, um cara que me tornei fã assistindo BBB... ”. Sobre os dois, ele elogia: “Os dois são grandes pessoas, muito humildes. Agradeço muito 36 POP magazine
pelo espaço que o De La Peña me proporcionou, ele foi fundamental desde o Funk do Twitter, e ele sabe disso.” No mesmo vídeo sobre o Dourado, MC Kiko ironiza, na letra, a própria língua presa. Mas, e aí, ele realmente leva numa boa no dia a dia? “Claro, o engraçado que algumas pessoas não percebem. Um exemplo, minha namorada.”, diverte-se. Outro vídeo que gerou muitos elogios e muitas críticas foi o funk que ele fez para a mãe e que contou com a participação da própria no vídeo. Na letra, ele diz ser ela a sua inspiração. “Quando digo que ela me inspirou, me refiro à genética... Mas a convivência com o lado artístico dela pode ter influenciado, sim. E ela sempre apoiou esse lado meu, vê todos meus vídeos e critica quando ela não gosta.”, abre o jogo. Apesar de tantos êxitos e de fazer do funk o ritmo da suas músicas, ele revela que não ouve mais funk e não gosta dos atuais. Afinal, por que então fazer tantos? “Realmente, não consigo mais ouvir funk. Só tem besteira! Principalmente no funk do Rio já que os funks da Baixada Santista se salvam alguns. Hoje em dia qualquer um é DJ ou MC. As montagens são copiadas e os funks são feitos sem um pingo de criatividade e bom gosto.”, dispara. “Eu sou funkeiro das antigas, da época de “Rap Brasil” e “Jack Matador”, relembra. ‘Mas até que ponto a fama do MC Kiko interfere na vida pessoal do Douglas? “As pessoas que convivo, tanto no trabalho como no lazer, curtem o ‘Mc Kiko’ e acompanham tudo que acontece. Esse lance de 'reconhecer na rua' é relativo. Até pouco tempo eu era Mc Kiko no mundo real também, pois fazia show, cantava em festinhas e tudo mais.”, conta. E por que parar? “Eu parei, pois enjoei. Continuam me convidando, só que não me animo mais... Nunca me deram valor, e o que gosto eu já tenho, que é a fama virtual”, entrega. Falando em vida real, quem ele prefere ser: o MC Kiko dos vídeos, o @douguod do Twitter ou o Douglas, da vida real? “Prefiro o Douglas da vida real, pois assim sou quem eu sou de verdade. O Mc Kiko é divertido, porém passa uma imagem errada, às vezes. E o @douguod é minha versão nerd”, categoriza. Sobre essa imagem errada, ele postou um vídeo no seu canal do Youtube, contando coisas relevantes sobre a própria vida e que talvez as pessoas não conhecessem. Sobre a possibilidade de começar um vlog, ele não nega e nem confirma: “Não tenho talento pra isso. Mas, quem sabe um dia...”. Questionado sobre a possibilidade de surgir um convite para uma carreira artística, ele não se mostra deslumbrado: “Só aceitaria caso não atrapalhasse o meu emprego. Sou concursado, considero um bom emprego, tenho intenção de seguir uma carreira, e não pretendo desistir dele.”, explica. Por fim, pergunto o que ele gostaria que soubessem sobre ele e que ainda não sabem. “Fica pro próximo vídeo”, ele responde. Mas a verdade é que as pessoas que ainda não sabem, deveriam saber que por trás do polêmico MC Kiko está Douglas, alguém que fala o que pensa e que, mesmo assim, não deixa de ser alguém que vale muito a pena conhecer. POP magazine
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Foto: Andréa Alves
UBIRANAN PATAXÓ
Treino novo, vida nova Oi Gurias! Nos últimos meses o meu corpo mudou bastante, resolvi fazer uma ultramegapwer mudança, o processo foi penoso, mas valeu a pena. Na vida podemos mudar tudo, basta apenas um pouco de boa vontade e disciplina. Não sei explicar o que me fez mudar tanto, mas era alguma coisa dentro de mim muito forte. As mudanças sempre têm que acontecer de dentro para fora. O que eu fiz para construir esse corpo que estou? Primeiro uma mudança na alimentação. Sempre fiz questão de comer alimentos saudáveis, mas agora como sempre na hora certa (o que às vezes a correria do dia-a-dia não me permitia) e um cardápio super bacana feito por uma nutricionista. Comecei a fazer aulas de Pilates. Gurias. é bom demais! Além de deixar o corpo com tudo no lugar, você adquire um equilíbrio inacreditável.
de uma hora para outra. Tem que ser aos poucos, começando por longas caminhadas e devagarinho aumentando o rítmo. Sempre que vocês resolverem praticar algum exercício (o que é recomendável para qualquer pessoa) não podem deixar de seguir todas as recomendações de um profissional. Fazer exercícios sem orientação e sem um acompanhamento é muito perigoso, pode acorrer de uma simples lesão até algo mais grave. É recomendável também, principalmente se você leva uma vida sedentária, procurar um médico antes de iniciar qualquer programa de treinamento. Afinal, fazer um check up não faz mal a ninguém. Gurias, o que vocês nunca podem esquecer, é que o que realmente muda alguém é o amor. Ame vocês mesmas, ame a vida, os amigos, a família... E beije, beije muito... beijar é bom, movimenta vários músculos faciais, exercitando-os e ainda queima calorias. #PositividadeGeraPositividade Um ultramega beijo,
E por fim comecei a correr. Mas cuidado, não se pode começar a correr assim POP magazine
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Barretos é sinônimo de rodeio. O melhor da América Latina, diga-se de passagem. Mas não é só de rodeio que vive a Festa do Peão mais famosa do Brasil. Os dez dias de evento transformam a cidade, que vira a capital mundial da música, do esporte e da cultura. O clima muda, a cidade recebe pessoas de todo o país e também de fora dele, milhares de empregos diretos e indiretos são criados, laços de amizade são traçados, amores começam e terminam. Mais do que tudo isso, sonhos são realizados. Barretos é sinônimo de sonho. Estar dentro do Parque do Peão, participando de cada atração programada. Cada um na sua ‘praia’. Os peões que sonham em ganhar a fivela mais cobiçada do Brasil. Os músicos e cantores que sonham em se apresentar para a multidão que é diferente; os amadores que sonham em se lançar na carreira artística; os artistas amadores que aproveitam o público para mostrar seu trabalho; o público que sonha em conhecer de perto tudo que rola por lá... é mágico. Sentar na arquibancada em forma de ferradura (o estádio de rodeios foi projetado por Oscar Niemayer) e fechar os olhos. Sentir a emoção a cada música tocada, a cada palavra eletrizante dos locutores, a cada aplauso do público, a cada vibração dos competidores. Rezar, sorrir, emocionar-se, torcer, cantar, aplaudir, interagir, ser feliz. Isso é estar em Barretos durante a Festa do Peão. Há 55 anos histórias são contadas, diversas, por milhares de pessoas, histórias que ficam para sempre.
surgiu a idéia de fundar uma entidade. Nasceu então ‘Os Independentes’. Para fazer parte deste seleto grupo, os pretendentes deveriam ser maiores de idade, solteiros e independentes financeiramente, pois a maior intenção era arrecadar recursos para entidades assistenciais durante as festas de aniversário da cidade. O primeiro presidente, por ser o autor da idéia, foi Antônio Renato Prata, que ficou no cargo por um ano. Os Membros Efetivos são os diretores eleitos pelos votos dos membros que fazem parte da entidade e que juntos respondem pela diretoria de ‘Os Independentes’. Assim que eleito os Membros Efetivos têm uma função dentro do Clube, trabalhando em prol a entidade por dois anos. E é ‘Os Independentes’ que promovem a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. O Clube foi fundado em 15 de julho daquele ano e nenhum deles imaginava que tornariam a cidade e a Festa famosa no mundo todo. Da primeira Festa, em arena montada dentro de uma lona de circo, ao que é hoje, no Parque do Peão, muita coisa aconteceu. O empenho desses jovens e das diretorias que se seguiram foi enorme. Os acontecimentos foram tomando proporções gigantescas tornando Barretos uma referência, é a vitrine do rodeio nacional.
Parque do Peão
De 1956 a 1984 a Festa do Peão aconteceu no Recinto Paulo de Lima Correia, no centro da cidade. Quando o Parque do Peão Mussa Calil Neto foi inaugurado, a Festa transferiu-se para lá. A área total do Parque tem aproximadamente oitenta Era 1955. Um grupo de 20 jovens es- alqueires, um complexo de dois milhões tava reunido numa mesa de bar em de m². O Local impressiona por sua Barretos, interior de São Paulo, quando grandiosidade e encantamento.
Como tudo começou?
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Em 2010, o Parque comemora 25 anos. Lá dentro, Estádio de Rodeios, com capacidade para 35 mil pessoas sentadas; Berrantão e Palco Esplanada, responsável por shows paralelos durante a festa; Rancho do Peãozinho, espaço dedicado aos futuros cowboys; Feira Comercial, com mais de 100 estandes; Camping, uma área de 21 mil m²; Hípica, onde acontecem provas durante todo ano; Ranchos particulares; Ponto de Pouso, local da Queima do Alho; Palco do Pau do Fuxico; Estacionamento, com 120 mil metros de área, que abriga 14 mil veículos por dia; Praça de Alimentação; sala de Imprensa, escritório de rodeio e departamento de Turismo, para atender os visitantes com maior organização; Fazendinha. Outros pontos foram criadores com o passar dos anos. Pontos turísticos que podem ser visitados durante todo o ano, não só na época da festa: Monumento do Cavalo; a Roseta, que simboliza ‘Os Independentes’; uma Capelinha em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, protetora dos profissionais de rodeio; o Monumento ao Peão, que representa e homenageia todos os profissionais de rodeio; Memorial do Peão, onde é possível encontrar vários objetos que contam a história da Festa do Peão e da vida do sertanejo; Monumento Montaria em Cavalo, prestando homenagem a esta modalidade que foi a primeira a ser praticada no Brasil; Monumento Montaria em Touro; e o Monumento em Homenagem ao Touro Bandido.
Rodeio A história da cidade de Barretos se confunde com a do rodeio brasileiro. Até 1955, Barretos era uma pacata cidade que tinha na pecuária sua principal atividade econômica. Passagem obrigatória dos ‘corredores boiadeiros’, como eram conhecidas as vias de transporte de gado entre
um estado e outro. Mas eram os peões das comitivas, que reunidos para descansarem, acabavam criando mil maneiras para se divertirem. E como não podia deixar de ser, nestes encontros tentavam mostrar suas habilidades na lida com o gado. Nesta época era frequente em Barretos a vinda de dançarinas de cabarés franceses para entreter fazendeiros e os peões de comitivas. Em um sábado de 1947, na quermesse realizada pela Prefeitura Municipal de Barretos, na praça central da cidade, aconteceu o primeiro rodeio do país, realizado dentro de um cercado com arquibancadas. Em 1955 o grupo denominado ‘Os Independentes, ligados a agropecuária local, teve a idéia de promover festas inspiradas na lida das fazendas. Um ano depois, em 1956, foi lançada a 1ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. Sob a lona de um velho circo, surgiu o modelo do evento rural de maior sucesso do país atualmente. Já na primeira festa, a principal atração foi o rodeio. E os mesmos peões que passavam meses viajando pelos estados brasileiros, agora eram estrelas da festa do peão de Barretos. O resultado de tudo isso gerou a disseminação desse gênero de festa pelo país. Na década de 60 o número de eventos ligados ao rodeio no Brasil havia crescido muito, principalmente no estado de São Paulo. Muitos peões acabaram se transformado em competidores e corriam de uma festa para outra atrás dos prêmios. Mas era em Barretos que todos tentavam a ‘sorte grande’. É a festa do interior, criada e inspirada no dia a dia dos peões das comitivas. O esporte nasceu da lida das fazendas e evoluiu. Hoje, com 55 anos de existência, a Festa do Peão de Barretos reúne todos os anos atrações culturais, esportivas e gastronômicas da melhor qualidade, que são inspiração para outras comissões de festa do gênero. POP magazine
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Toneladas de equipamentos e equipes de Rodeio de todo o mundo compõem essa mega estrutura. A programação esportiva comporta competições internacionais. O tradicional Rodeio Internacional de Barretos é a ‘coqueluche’ entre os competidores. Barretos também abriga eventos internacionais de outras entidades, como no ano passado, onde sediou a Copa do Mundo de Montarias em Touro da PBR, com peões de Estados Unidos, Brasil, Canadá, México e Austrália e esse ano será sede do Mundialito de Três Tambores da NBHA.
Resgatando tradições, acontecem três grandes eventos durante a Festa do Peão: Concurso da Queima do Alho, Pau do Fuxico e Violeira Rose Abrãao. O nome Queima do Alho é dado a tradição da culinária típica das comitivas de peões de boiadeiro e virou uma das principais atrações da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. O cardápio é composto de arroz carreteiro, feijão gordo, paçoca de carne e churrasco. A comida é feita em fogão improvisado, com carvão e fogo, bem próximo ao chão. O concurso durante a Festa, realizado no Ponto de Pouso, dá o prêmio ao cozinheiro que prepara a melhor refeição à moda dos tropeiros, no menor espaço de tempo. Imprensa, celebridades, nomes da política e convidados podem provar essa comida que é maravilhosa. Ir à Barretos e não provar dessa maravilha é um pecado.
No entanto, a programação esportiva realiza também todos os anos as finais da Liga Nacional de Rodeio, da ANTT (Associação Nacional dos Três Tambores) e da ANB (Associação Nacional de Bulldog), além da Prova de Team Penning. A Festa de Barretos tem orgulho e respeito pelo seu passado, cuida com coragem e comManter viva as raízes e a cultura do petência de seu presente, e olha o seu fuinterior do Brasil também faz parte do ideturo com o entusiasmo de quem tem quaal de Os Independentes. O Pau do Fuxico se 55 anos de história para contar. é o espaço da música raiz moda de viola. No Palco, duplas, cantores, declamadores sertanejos raiz, amadores e profissionais, podem ser apresentar. Para manter a tradição é obrigatória a presença de uma viola e é proibido o uso de qualquer instrumento eletrônico como teclado ou play back. Todos os dias de Festa do Peão o público se reúne para ouvir e encantar-se com essa tradição. É especial! Os eventos paralelos ao rodeio são O Festival Violeira Rose Abrão é o mais referencia nacional. A diversidade cultural, a vontade de acolher diversas formas antigo e importante festival de música raiz de manifestar sonhos, isso é Barretos. Pes- que se tem notícia. A final acontece há 27 soas simples, que se realizam ao fazer par- anos durante a Festa do Peão de Barretos. te da história da Festa do Peão. As ruas É conhecida em todo Brasil por manter do Parque ficam apinhadas de pessoas de em sua essência a tradição e a cultura sertodos os tipos, cada uma com seu objeti- taneja, além de revelar novos talentos da vo. Atrações para todos os públicos, shows música raiz. Entre os importantes nomes internacionais, uma multidão ávida por que já passaram pelo festival estão novidades e pelo resgate da cultura do in- Rionegro & Solimões, Zé Henrique & terior. È o maior evento cultural da Amé- Gabriel, Durval & Davi, Zé do Cedro & João do Pinho, Gedeão da Viola, Edmauro rica Latina.
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e Edivaldo (Violeiros da Amazônia), rodeio e dos shows, reencontrar amigos Itamaracá, entre outros. Na fase mais do que especiais, me divertir tamclassificatória são inscritas em média 250 bém, porque não. canções, obrigatoriamente inéditas. Descer para a arena e ver a abertura No concurso é obrigatória a apresen- do rodeio, cumprimentar e desejar boa tação com uma viola de dez cordas, para sorte aos competidores, torcer a cada manter a tradição e as raízes da genuína montaria e a cada prova, me emocionar música sertaneja. Como tema, grande par- com cada vitória, ficar de olho em tudo, te das canções falam Festa do Peão de anotar tudo para poder escrever depois, Boiadeiro, seu estilo de vida, suas participar das coletivas, encontrar figuras vestimentas e costumes estradeiros. Em- peculiares como Zé Capeta , Pedro da Sanbora o tema seja livre, as canções buscam ta e Asa Branca. a cada nova edição, manter suas bases, com palavras e vocabulários usados tão Personagens esse que são parte do rosomente entre pessoas que vivem a verda- deio no Brasil. Zé Capeta, Berranteiro, nasdeira música raiz. cido em 1943, em Itaberaí, GO, na TV hoje faz parte da reprise de Ana Raio e Zé TroProcurando unir os diversos tipos de vão. Aliás, sua participação em novelas o público, Barretos realiza não só esses con- fez ser reconhecido nacionalmente. Do cursos tradicionais, mas mantém uma gra- Oiapoque ao Chuí, Zé Capeta vai anuncide de programação musical variada. Du- ando, com o toque do berrante, mais um plas sertanejas, bandas de axé e pagode e evento. Ele faz apresentações em shows, estrelas do rock nacional. Alguns shows cavalgadas, desfiles e, é claro, nos rodeios marcaram época, como o mega fenômeno também. Não larga o berrante por nada. da country music Garth Brooks. Sua vin- Foi peão por 33 anos. Em suas andanças da ao Brasil não é esquecida até hoje. No pelo sertão aprendeu todas as formas de palco de Barretos também Allan Jackson, sobrevivência. Rebe McEntire, A-Ha e agora a diva Mariah Carrey, completa o quadro de cePedro da Santa, um andarilho devoto lebridades internacionais. de Nossa Senhora Aparecida, nascido em Aparecida do Norte, onde está a maior basílica da Santa no Brasil. Viaja o ano todo, de rodeio em rodeio, levando uma imagem de Nossa Senhora para abençoar os peões, cumprindo uma promessa que ele fez para que sua mãe melhorasse de Alguns pontos dessa mágica festa mar- um problema de saúde. Ele entra na arecam, especialmente para essa jornalista na na abertura dos rodeios e todos os comque vos fala. Acredito que todo mundo, em petidores tocam na imagem pedindo proalgum momento da vida, desejou ver de teção. Ir a um rodeio e não encontrar o perto a Festa do Peão em Barretos. E co- Pedro é difícil. Ele também participou da migo não foi diferente. A minha Festa do novela América, da Rede Globo. Na sua Peão de Boiadeiro de Barretos não é a bolsa, ele carrega muita esperança e tammesma do que é para a maioria. É o meu bém pulseirinhas e fitinhas de Nossa Setrabalho, é um sonho realizado. Acordar nhora que entrega ao público. Proteção! Enfim, posso dizer, hoje, com o maior cedo, chegar ao Parque de manhã, sentir a brisa calorosa, ver a montagem das coi- orgulho do mundo, que faço parte dessa sas, acompanhar de perto os bastidores do grande festa!
Peculiaridades
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Cadê a renovação do automobilismo brasileiro? Inegável que o Brasil continua representado no automobilismo mundial. Na F-1 temos 4 brazucas, sendo que Massa e Rubinho sentam em carros como Ferrari e Williams respectivamente, escuderias de sucesso. Temos ainda Di Grassi e Bruno Senna. Inegável também, que o autobilismo no Brasil vem se solidificando de forma surpreendente em fortes campeonatos como a F-Truck, StockCar, GT Brasil (GT3, GT4), Porsche Cup e até automobilismo regional, onde vemos, por exemplo, o Paulista de Marcas e pilotos com 50 carros alinhados no Grid. Então estamos no caminho certo? Errado! O automobilismo continua sendo considerado um hobbie perante a lei brasileira e não um esporte. Uma lei arcaica e ingrata, uma vez que pilotos como Piquet, Senna e Fittipaldi trouxeram quase tanta alegria pra nosso povo quanto o futebol. Porém, o esporte é considerado coisa de playboy e de filhinho de papai, uma brincadeira. Se fosse só moralmente não tem problema, ocorre que acaba não se enquadrando nas leis de incentivo ao esporte, que já são poucas e super burocráticas. Desta forma muitos talentos são perdidos, pois não conseguem patrocínio pra correr. E como tantos correm? Aí vem a revelação. Quem corre mesmo? Filhos de pilotos, empresários de sucesso, playboys. E como eles se financiam? Aqueles que estão no ramo há muito tempo, como os pilotos e seus filhos, usam o nome pra atrair os empresários
ricos e entusiastas pra patrociná-los em troca de ensinarem aos próprios a arte de pilotar. Os empresários torram suas fortunas pela diversão e glamour. E no meio de tudo isso vêm grandes esquemas de lavagem de dinheiro, créditos de impostos forjados, etc. E assim vive o autoimobilismo brasileiro. Quem está no esquema tem vaga garantida, quem tem influência, carta na manga, um bom escrtório tributarista monta seu jogo. E os mesmos são campeões sempre, aqueles que têm mais grana, produzem um carro melhor e ganham tudo. Quem não tem esquema anda atrás e depois de uma ou duas temporadas desiste. E aí vem o óbvio, por que o Brasil não produz mais campeões mundiais de F-1? Porque o automobilismo está nas mãos de poucos poderosos e gente sem talento. Algo muito parecido com a política do nosso país, onde os poderosos se revezam no poder e é aquela podridão que conhecemos. Mas pra não ficar só reclamando, acho que sim, tem solução! Basta mudar a lei e permitir e incentivar empresas a patrocinar as categorias. Com dinheiro digno e limpo as escudeiras poderão se financiar independente dos empresários poderosos e não precisaram vender suas vagas para qualquer um. Pelo contrário, com o dinheiro na mão vão contratar os melhores pilotos que puderem pagar pra vencer o campeonato e dar retorno sobre o investimento. Nada mais do que profissionalizar o esporte e democratizá-lo. Fica a dica!
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“O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo.” (Antoine de Saint-Exupéry)