POPmagazine - outubro/novembro/dezembro2010

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Mais uma POPmagazine repleta de matérias, dicas e histórias bacanas. Já de cara, você pode conferir a matéria de capa com a Lippi Mais uma ex-BBB na capa?! Sim, diva ruiva, Thalita Lippi. e daí? Nós adoramos o Big Brother Brasil, e acima de tudo os participantes do programa, na verdade, nem todos, mas a grande maioria deles. Caso alguns não saibam, ou tenham alguma dúvida, existe sim vida antes e depois do BBB, claro que não são todos que possuem uma vida e uma história que mereçam ser contadas, mas muitos possuem uma vida fascinante. Eis o motivo de não colocar qualquer BBB na POPmagazine, mas os que já fizeram parte da revista e os que ainda farão, certamente são porque merecem algo além de uma noticia em algum site de fofoca e pior, em algum blog especializada em falar mal de qualquer um deles. Mantendo a tradição de ter lindas mulheres dando dicas incríveis na coluna Bela, a beldade da vez é a “coleguinha” de Luciano Huck, Dany Bananinha Bananinha. Sem aquele chavão de que beleza interior é o que importa, Dany além de linda e talentosa é a simpatia em pessoa e nos contou o segredo de como mantém suas madeixas lindas e loiras. Obrigada! 04

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Pra quem gosta de vôlei, uma matéria inteirinha E para finalizar o trio de contando a trajetória do divas que fazem parte desta esporte no Brasil. edição, Raphaella Avena Avena. E em sua matéria de estreia Simpatia, carisma, talento, Larissa Takahashi, fala de bom humor, simplicidade, moda verão. entre tantas outras qualidades, foram o que me Sejam muito bem-vindas conquistaram e me fizeram Larissa e Daniella Barreto. convidá-la para fazer parte da revista. Informe-se, divirta-se, palpite, dê sugestões, espalhe! Além de tudo isso, nossas já conhecidas colunas, com Todos nossos contatos estão textos divertidos e polêmicos. na página 60. Você já fez sua primeira tatuagem? Não?! A nossa repórter Thais Fartes fez, e nos conta como foi.

, s o j i e B Andréa Alves POP magazine

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Por Någila Câmara

Fotos: arquivo pessoal de Thalita Lippi 06

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Com uma beleza inconfundível, traços marcantes e personalidade extremamente forte, Thalita Lippi consegue aliar seus atributos físicos à opiniões polêmicas, que mostram sua maneira de pensar e, certamente, provam a sua inteligência. Para ela, mais importante do que ostentar um corpo bonito e malhado, é ser capaz de estabelecer seus próprios raciocínios, aumentar conhecimentos e deixar transparecer tudo o que está por baixo das superfícies. Sem papas na língua, luta por seus ideais e para conquistar seus sonhos. E, com toda essa força de vontade, resolveu ingressar na carreira de atriz, tendo como fonte de inspiração a mãe, Nádia Lippi, famosa por seus trabalhos na televisão e no cinema. Thalita vem aos poucos provando todo o seu talento, uma parte, herdado da mãe, outra parte, adquirido por meio de muito estudo e dedicação. A confirmação surgiu quando a ruiva foi convidada para interpretar a vilã Marcinha, em “Caminho das Índias”, novela da Rede Globo, e exerceu tão bem o papel que lhe foi atribuído, que acabou sendo indicada ao prêmio “Contigo!” de atriz revelação. No teatro, ela interpreta Amanda, uma atriz que se casa com um diretor de teatro chamado Gabriel, vivido pelo ator e diretor William Vita. O espetáculo chama-se “Amor na Fotografia” e conta a história de dois jovens que se conheceram na faculdade, casaram-se anos depois, mostrando como vivem através das décadas, separaram-se aos 70 anos e, por fim, tiveram um último encontro aos 90. Segundo o site da peça, “’Amor na Fotografia’ é feita de lembranças, de saudades, de risos, de amarguras e de cumplicidade entre duas pessoas que se amam e se completam, mas não ha08

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viam descoberto o que sentiam.” Possuindo como pano de fundo 70 anos de história do Brasil, revela mudanças de valores, hábitos e ideologias. Em 2008, Thalita provou mais uma vez que não tem medo de enfrentar desafios e participou do reality show “Big Brother Brasil”. Sempre autêntica, temia que seu caráter intenso, sua determinação e a língua afiada pudessem prejudicá-la no programa. Mesmo não ganhando o prêmio de um milhão de reais, que ela tanto almejava, já que fama nunca foi a sua pretensão, dizendo em entrevista ao próprio BBB que “Fama é efêmera. Dinheiro, se souber aplicar, não.”, ela mostrou ao público seu jeito alegre de viver e apimentou a casa com algumas polêmicas. E não há quem não se lembre da participação expressiva da ruivinha. “Big Brother” à parte, além de atriz, ela também é bartender, e preparando drinks de todos os tipos, desde os mais simples até os mais sofisticados, sempre era convidada para alegrar as festas das amigas. Dessa brincadeira, surgiu a ideia de criar um programa para a internet chamado “Vai um gole”, a bela nos conta como funciona na entrevista. Cheia de vida e de criatividade, Thalita caminha para alcançar seus objetivos. E a garotinha que um dia sofreu preconceito na escola e já teve sua beleza posta em dúvida, hoje, tornou-se um mulherão, tanto esteticamente quanto nas incansáveis demonstrações de sua personalidade forte, construída em meio a esses preconceitos e certificada por seu caráter, seu bom coração, o que muitas vezes a leva a priorizar emoções do que a pensar racionalmente, e seu senso de justiça social. Seus cabelos ruivos clamam a atenção que ela, por si só, já conquista.


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Conheça um pouco mais sobr e a apimentada sobre Thalita Lippi: Como e quando foi que você optou pela carreira de atriz? Não lembro exatamente quando decidi ser atriz. Acho que nasci imbuída de tal desejo, como uma vocação natural.

Você foi convidada para interpr etar interpretar a Bruna Surfistinha no teatro, mas a peça foi cancelada. Qual o motivo do cancelamento? A direção do mestre Rubens Ewald Filho fazia referências incríveis ao cinema, tratando o tema polêmico de maneira sutil e sedutora, já o produtor queria colocar as protagonistas (eu e Ellen Roche) de calcinha e sutiã. Como não houve um acordo, e apesar dos dois meses de ensaio, fomos dispensados. Ainda acredito que um dia vamos montar esse espetáculo com o elenco original e direção de Rubens.

Que tipo de personagem você prefere, a mocinha ou a vilã? Nunca fiz uma mocinha acredita!? Acho que a minha cara marcante e minha per- Por que você topou fazer o papel de sonalidade forte atraem as vilãs. É gosto- uma pessoa tão polêmica? so poder externar coisas distantes. Eu sou uma pessoa polêmica que gosta de assuntos polêmicos. E um assunto com O que te deixa feliz quando está um universo tão distante do meu, me deiatuando? xou aguçadamente curiosa. Adoro desaA perspectiva de me colocar em uma si- fios! tuação inusitada e a possibilidade de se analisar sob tal perspectiva enquanto atriz No Brasil, é difícil conseguir recursos e ser humano. financeiros para a produção de peças teatrais, entr e outras manifestações ar entre ar-Como foi interpretar a vilã Marcinha, tísticas. Por que você acha que é tão em “Caminho das Ìndias”? complicado encontrar patrocinadores Um presente inenarrável. Veio de manei- interessados em projetos culturais? ra inesperada, através de um convite, sem Existem inúmeros problemas, desde os fatestes. No primeiro telefonema da produ- mosos “QI”s até a corrupção na prestatora de elenco, achei que fosse trote. Só ção de contas. Já caminhamos rumo às acreditei que o sonho era realidade, regulamentações, mas ainda precisamos quando cheguei para gravar a primeira ex- evoluir muito. Políticas de incentivo á culterna. Fazia questão de ser a primeira a tura são importantes e convenientes, mas chegar e de me comportar de maneira nem sempre acessíveis. exemplar. Você participou do Big Br other Brasil Brother Na peça, “Amor na fotografia”, você 8. O que te levou a se inscrever? Arreinterpreta Amanda, que também pende-se de alguma coisa que fez lá é uma atriz, além dessa semelhança, dentro? vocês se parecem em mais alguma Putz, inscrevi meu namorado porque ticoisa? nha certeza que ele entraria. Como partiEu e a Amanda dos primeiros atos somos cipei de um site pré-BBB, acabei fazendo muito parecidas, principalmente pelos um perfil para mim, e quando me dei consentimentos contraditórios em relação ao ta, já estava fazendo campanha online e amor e à profissão. Gosto muito de realmente pleiteando uma vaga. Me arAmanda, pois foi através dela que rependo de ter exaurido as minhas forças Marcinha surgiu. durante o confinamento virtual. Quando POP magazine

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cheguei á casa do BBB, já não aguentava sua vida de alguma forma? mais, mas só fui perceber isso quando saí. Como o Alberto Cowboy me disse uma vez, ser ex-BBB significa responder perComo você resume a sua participação guntas sobre o programa o resto da vida! E eu não me incomodo quando me rotuno programa? Foi a maior loucura da minha vida, a mai- lam assim. Me incomodo é com o coletivo. O brasileiro tem mania de equalizar or aventura e um péssimo rendimento! tudo pelo negativo. Nem toda ex-BBB é Você disse que pr eferia dinheir o do só bunda. Costumo dizer que sou ex-BBB preferia dinheiro que fama. O que o programa mais por condição: que apenas participei do te trouxe? Ainda continua com essa reality de maior audiência da TV brasileira, e só! opinião? Sim, mesmo porque eu não ganhei dinheiro. Tirando o contrato que um parti- Você citou várias vezes a canção cipante é obrigado a ter, não fiz revista, “Como nossos pais”, na voz de Elis não faço quase nenhum jabá e não ga- Regina, como uma de suas favoritas. nhei nenhum prêmio. Continuo com a O que mais te atrai nela e por quê? mesma opinião e ainda mais reforçada. A atemporalidade da letra. Ela é tão real Tem um bando de ex-BBB que vive de hoje, quanto na época em que foi feita! aparência, de fama, mas estão passando Você já foi traída e per doou, você se perdoou, aperto! arrependeu disso? Perdoaria novaComo é a vida pós-BBB? Esse rótulo mente? de ex-BBB te incomoda ou atrapalha Amiga eu não perdoo, mas homem per12

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doei uma vez e descobri que fiz isso para ou faz “a egípcia” e trata o chifre na terame perdoar. Não sei se seria capaz de per- pia. Eu prefiro a primeira opção! doar outra traição. Antes de entrar no BBB, você brincou Em uma das últimas edições da revis- dizendo: “Hoje sou quase um travesta Playboy Playboy,, Fani Pacheco e Natália ti, com cabelo pintado, unhas postiCasassola posaram juntas. V ocê topa- ças e seios de plástico”, ainda se sente Você ria posar nua com outra mulher? Quem assim? O que mais você usa para se personificar? seria essa mulher? Não chega a ser personificação, é mais Não combina comigo! uma complementação. Minhas unhas nunEm entrevista ao Paparazzo, você dis- ca cresceram e como minhas mãos são pese: “Não me trate como se eu fosse quenas, as unhas alongam-nas. Minha de açúcar açúcar.. Sou pequena, mas de car car-- alma é ruiva, mas o único lugar onde cresne e osso. T em que ser uma dama na ce cabelo ruivo, não é na cabeça. E o Tem mesa e uma puta na cama. Senão, silicone mudou minha vida (sempre foi um vamos combinar combinar,, o bofe vai atrás de sonho ter um seio farto). Deixei de ser outra.” V ocê acha que mulher que faz despeitada, literalmente. Você o estilo “sou santa” não convence mais? Mulher tem que ter atitude? Quando você deu um selinho Mulher tem que ter atitude? A mulherada em Bianca, muitos questionaram a sua sabe que se o cara não tiver em casa, vai sexualidade e você afirmou que procurar na rua. E aí você tem duas esco- não era lésbica e que não teria neoblema em assumir problema assumir,, caso foslhas: ou se atualiza e reinventa a relação, nhum pr

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se. V ocê acr edita que a homofobia Você acredita tem diminuído ou as pessoas ainda continuam muito preconceituosas? Essa é uma questão bem delicada. Acho que ambos os pensamentos estão corretos, apesar de contraditórios. Vivemos uma época de mais liberdade, porém, tal liberdade é permeada por valores invertidos e preconceitos velados. O que se diz na rua, não parece ser exercido da porta de casa pra dentro e vice-versa. Vivemos em um período de ditadura da beleza, quem não se encaixa nesse padrão se sente “excluído” da sociedade. V ocê, alguma vez, já se sentiu Você, “excluída”? Faz algum tipo de sacrifício para estar sempre bonita? Já me senti mega excluída e já perdi muito tempo da minha vida questionando a beleza. Ser filha de uma ex-sex symbol, capa de “Playboy” e sofrer bullying no colégio, onde seu apelido de infância era Thalita Van Damme, o grande dragão branco, me fez sofrer muito, mas também

me deu algo, em minha opinião, de mais valor que a beleza, personalidade. Não sou escrava do meu armário, mas gosto de ver meu reflexo no espelho. Para você, o que é mais importante: beleza ou talento? Talento, pois a beleza tende a acabar e o talento a se aprimorar. Você já foi bartender bartender,, e agora está lançando o programa para a web “V ai um gole”. Como sur giu a ideia? “Vai surgiu E como funciona esse programa? A ideia surgiu depois de alguns anos de exploração das minhas amigas. Sempre que elas iam fazer algum jantar, me ligavam e pediam dicas do que servir de drink. O “Vai um gole” une um tudo sobre drinks, em um único lugar, por meio de quadros interativos e vídeos estilo “Do it yourself”. Quem sabe se na próxima recepção na sua casa, você não vai acessar um dos vídeos do projeto para aprender a fazer aquele seu drink preferido. POP magazine

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Reality Reality,, show?! O que é realidade e o que é show, quando o assunto é reality show? Se as pessoas surtam é porque são loucas, se não surtam é porque estão fazendo tipo. Como agradar gregos e troianos? Fica difícil, qualquer um de nós, julgarmos e apontarmos os erros, primeiro porque na grande maioria das vezes são pessoas que nem conhecemos e segundo porque esses erros tornam-se tão grandes simplesmente pelo fato de serem expostos em rede nacional. Se cada errinho desses fosse feito aqui, no mundo real, será que seriam tão graves e tão criticados? É óbvio que a grande maioria nunca parou para pensar o que fez que cada uma dessas pessoas, participassem de um programa desses, ou o que as fez ficarem confinadas, como em um zoológico humano. Certamente, que, talvez, a maioria esteja ali somente por fama, mesmo que instantânea, outras, pela bolada milionária, do tão falado dinheiro fácil. Mas e os sonhos? Será que se resumem apenas em fama e fortuna? Claro que, para nós, meros expectadores da fragilidade humana, estamos em uma posição mais que confortável, podemos julgar sem sermos julgados, podemos decidir quem é melhor que quem, quem é realmente o merecedor de sagrar-se campeão. Mas, em contraponto esquecemo-nos de que tanto nós, quanto eles, somos seres 16 POP magazine

humanos passíveis de erros, esquecemo-nos que também sofremos alterações de humor, que também tentamos ser vencedores, só que vencedores em nosso próprio game, em nossa própria vida, com provas de resistência, sorte, habilidade, e tudo o mais que nos for permitido. Só que aqui, a parada é mais sinistra, de um dia para o outro deixamos de ser líder, para irmos direto ao paredão, sem direito de votação, noutro, somos o fazendeiro e em um piscar de olhos, pegamos o caminho da roça. Como no livro 1984, de George Orwell, somos observados o tempo todo, consciente ou inconscientemente. Observados e julgados por aquele que se julga o Grande Irmão. Porém, o que me deixa mais indignada, deixando a realidade de lado e voltando ao show, são as pessoas que fora do confinamento, sentem-se no direito e até no dever de ofender os que lá estão confinados, sem a menor chance de responder as palavras insanas. Reality show, mais do que realidade é um show, e show não passa de entretenimento e diversão, ao menos, deveria ser essa a concepção. Achar defeitos nas pessoas quando estamos sentados confortavelmente em frente à televisão é fácil, mas dar a cara a tapa em rede nacional, expondo medos e fraquezas é que são elas.


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Por Larissa Takahashi

NA MODA Cada vez mais democrática, a moda nesse verão abusa de cores, estampas, tecidos e texturas gares inusitados, como por exemplo, nos sapatos.Tornando as produções moderninhas sem deixar de ser delicadas. Renda preta, branca, colorida, sobreposta sob um fundo nude ou colorido, uma blusa, no detalhe da manga, onde e como você vai usar não importa, o interessante é ela aparecer e ganhar atenção nas produções. Ainda de temporadas passadas podemos usar os LBDs ou Little black dress, ou simplesmente o pretinho básico que nunca sai de moda. As skinny jeans, aquele jeans bem justo que até parece uma legging. As skinny por marcar bastante o corpo vestem bem quem tem pernas longas e quadril estreito. Não sabemos ao certo a origem dessa calça, quem inventou, mas as primeiras a serem flagradas usando uma peça, foram modelos como Kate Moss. A cada nova estação todas querem saPeças nude, cores clarinha tom de ber, o que será usado, o que será pele, e o off-white, o branco gelo contitendência. nuam em alta. O nude de uns tempos pra E nesse verão, segundo a jornalista e cá tomou conta das vitrines. A cor está preblogueira Raphaella Avena, as peças que sente nas roupas, acessórios, maquiagem não podem faltar no guarda-roupas da e também nas unhas. Combina – lá com mulher brasileira são, calças de compri- cores neon foi a aposta do verão passamento mais curto e de corte reto, vesti- do, esse ano ele vem muito bem acompanhado do bordô, verde musgo, e azul dos soltos, transparência e muita renda. marinho, ou o visual nude completo, que As rendas já muito usadas no inverno deixa o look clique. por aqui continuam em alta, ela dá um As estampas como em todo verão checerto ar retrô as produções. Com inspiração na moda boudoir (lê - boudoar), pala- gam com força total, os destaques ficam vra francesa que define peças inspiradas por conta das estampas liberty, as flores nas lingeries, as rendas aparecem em lu- bem miudinhas, que foram moda nos anos 18

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ra marcada e vestidinhos soltinhos. Outra ideia é usar as bolinhas em acessórios, como brincos, colares, pulseiras, lenços, e nos sapatos. A estampa é um símbolo do look pin – up que surgiu no pós guerra. A dica da blogueira Raphaella,é investir em open boots ou ankle boots, que será útil nas próximas temporadas. E falando em open boots, as botas abertas na frente ou atrás, o calçado virou queridinho das brasileiras no inverno e ainda reina nesse verão. Ele pode ser combinado com peças mais curtas, mas se você tem o tornozelo mais grosso cuidado. Fica melhor em quem tem pernas longas. 70. E têm esse nome em referência à Liberty of London loja que abriu suas portas em Londres em 1861 na Inglaterra, e popularizou a estampa. Uma dica para tornar a peça ainda mais romântica, é mistura - lá com as rendas, já que também estão em alta. O Tié – Dye assim como estampas liberty, vem para marcar a volta dos anos 70 na moda. O tecido manchado muito usado pelos hippies, na década de 70, chega as praias com poucos contraste e mais elegantes. Outro clássico é a moda Navy, peças listradas que lembram os uniformes dos marinheiros, e que foi eternizada por Coco Chanel. As tradicionais listras nas cores azul, vermelho e branca, foram criadas por Chanel nos anos 20, quando a estilista criou a primeira calça feminina. As peças leves podem ser combinadas com coletes, calças pantalonas, saias, e shorts. Elementos navy, como correntes, âncoras, cordas, bússolas e navios, aparecem nas estampas, nos colares, brincos, pulseiras e botões.

Porém nesse verão surgem as summer boots, uma versão das ankle boots, mais leves e arejados. Apesar do mesmo padrão abotinado, as Summer boots é caracterizado pelas tiras e solados meia – pata, o que dá mais segurança na hora de andar. E quem não se lembra das babuche? Sim elas também estão de volta, agora rebatizadas de clog, tamanco em inglês. A peça é polêmica tem quem adore e tem quem odeie. Tudo começou depois que Karl Lagerfeld colocou suas modelos para desfilar com os clogs na temporade de

A estampa de bolinha conhecida como Poá, ícone da década de 50, também está em alta, para a peça ficar com cara de verão escolha usa – lá com cintuPOP magazine

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verão 2010 da Chanel. Depois disso, o sapato virou febre na Europa e agora chega ao Brasil. Com inspiração nos calçados masculinos a Oxford continua com tudo nesse verão, com cores e texturas misturadas em um mesmo modelo, ela ainda podem ser colorias e ter recortes diferenciados. E para não perder a feminilidade, use – os com saias e vestidinhos bem leves. Para completar toda essa produção a pedida é muita pulseiras, anéis e colares. Os maxi acessórios chegam para finalizar o visual das mulheres. Os materiais usados na produção das bijus vai de madeira, tecidos, miçangas, contas, fibras sintéticas e naturais e pedrarias artesanais. Tudo é permitido, desde que tenha muita cor. Para neutralizar um pouco o visual vá de make up bem neutro, com destaque para os lábios pintados com batons mais vivos. Nas unhas, que a muito deixaram de ser detalhes, para inclusive ser o astro principal em muitas produções, podemos abusar das cores. Democracia é o que manda aqui, os tons vai desde o nude em tons pastéis, marrom e cinza até cores vibrantes como

azul, verde, amarelo, laranja, rosa pink, e claro o vermelho. Como é verão os biquínis e maiôs não podem ficar de fora, segundo Avena, as marquinhas de cortininha está fora de moda há algumas estações, para enfrentar a praia sem medo à dica é investir em peças maiores. Biquínis com decote em V, amarrados no pescoço, calcinhas mais largas e com lacinhos nas laterais. Os maiôs com efeitos gráficos nas laterais e os modelos engana mamãe também fazem bonito nesse verão. As cores também invadem as praias, com listras grossas ou finas, que não ficam só na roupa de praia e podem também ser estendidas, para as bolsas e toalhas. O estilo étnico aparece em traços tribais e estampas de onça coloridas, e misturar essas estampas nos biquínis e acessórios é super atual. O look militar segue na faixa de areia com muito verde, camuflados e até cintos de tachas. E como não poderia deixar de faltar, para que as praias fiquem com mais graciosas, muitas flores. E para finalizar, quem quer uma peça mais estilizada, com cara de única pode investir sem medo em crochê, tricô e rendas. O que dá certo ar de sofisticação ao look.

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Quer falar comigo? Na fila do banco, passa uma mosca e o cara da frente vira e fala: “Cara, viu aquela mosca? Passou baixinho.”, e fica esperando a sua resposta. Se não responder, ele vai pensar que você está nervoso, com pressa e afins, aí ele cutuca o cara da frente, que a essa altura do campeonato já são amigos íntimos e fala: “xiii, esse aí tá nervoso...”. Mas se você responder, meu amigo, o papo vai render. Chegando até a mostrar foto da família, te convida para aquele churrascão na laje regado a Itaipava quente e carne de gato. Eles insistem em puxar assunto comigo, mas eu respondo balançando a cabeça positivamente e sorrindo. E só. Aí eles tentam com outra pessoa. Acho que esse deve ser um sinal de “sai pra lá seu mala, me deixa quieto”.

E quando os puxadores se encontram?? Aí sai de perto, meu amigo. São 24 horas de papo. Eles agem principalmente em lugares que não possuem televisão. Você já percebeu como as pessoas chegam para falar com um cego? É assim: “B-O-M D-I-A, P-O-S-S-O A-T-R-AV-E-S-S-A-R V-O-C-Ê?”, isso mesmo, gritando bem pausadamente, como se a pessoa fosse retardada. E quando são surdos ou mudos? Chamam atenção aqueles sinais todos sem parar. Um amigo meu, uma vez soltou essa: “Aquele mudinho não cala a boca”. Imagine-se no trem distraidão e o povo todo conversando. Eis que surgem as perguntas: “Você é virgem?”, “Você matou também?” e “Você deu?”. Claro que na hora, imediatamente, você começa a acompanhar a conversa, mas logo percebe que estavam falando sobre signos, matar aula e dar esmola no sinal. Ou seja, nosso cérebro já está treinado para captar besteiras. Esses nem são puxadores de conversa, mas são do tipo que não sabem falar baixo. Podem estar do lado da pessoa, mesmo assim falam absurdamente alto, ou seja, suas merdas são ouvidas por todos. Você está lá tranquilão e do nada duas pessoas começam a discutir teorias da conspiração ou teorias da vida e tal… Sem fazer ideia do que estão falando. Tipo: ”Ahh, o atentado lá nos EUA foi coisa dos comunistas aliados dos Nazistas. Comandados pelos Illuminati, que não gostam de torres.”. Só coisa bizarra. Ainda têm os que falam sozinho. A pessoa pensa em voz alta, sabe? Há monólogos, perguntas e respostas, pensamentos soltos... tudo que você possa imaginar. E eu pergunto a vocês: Quando o assunto é bom, como fazemos pra entrar nessa conversa? O pior de tudo é quando a pessoa fala alguma coisa e você responde, mas ela já sabe o que falar independentemente da sua resposta. E fica aquele monólogo, sabe? Você pode até entender do assunto e querer opinar, mas a pessoa não te ouve e praticamente fala sozinha. Exemplo: “Cara, você viu o jogo ontem?” – “Poxa, não vi. Minha mãe morreu.” – “Caaaara, que jogão. E o juíz ainda deu aquela roubada básica…”

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Por Thais Fartes

A PRIMERIA TATUAGEM

Um relato que conta desde o momento onde surgiu meu desejo em ter minha tatuagem, até a concretização desse sonho Quando eu tinha 10 anos ou um pouco menos minha mãe chegou em casa com a primeira tatuagem dela: um anjo sentado em uma lua, bem na nuca. Era linda e colorida, mas, principalmente, era diferente de tudo que eu já conhecia. Naquela idade, tudo o que eu conhecia eram tatuagens de chiclete e de canetinha colorida. Mas aquela não. Era um desenho perfeito, era quase uma pintura e eu realmente me encantei. Passaram alguns meses e eu pedi a ela que me deixasse fazer uma. Obviamente fiz uma de henna que durou duas semanas ou menos. Fiz um desenho aleatório no tornozelo que só me fez crescer a vontade de ter uma. Ao longo dos anos, minhas mãe fez outras quatro tatuagens, todas igualmente lindas e surpreendentes e minha vontade só crescia. Sete anos depois da primeira tatuagem dela, entrei no último ano da escola. Fiz muitos amigos e a maioria deles tinha piercings ou tatuagens. Criei uma paixão por piercings, mas o medo da dor nunca me deixou fazer um. Foi naquele mesmo ano que uma das minhas amigas fez a primeira tatuagem e eu a acompanhei. Enquanto esperava, folheei várias revistas com desenhos diferentes. Era um portfólio que parecia conter todos os de-

senhos existentes e fiquei com uma vontade incontrolável de ter a minha própria tatuagem. Mas eu não tinha nada em especial que eu realmente quisesse tatuar, então deixei a ideia em espera, até que aparecesse algo. No ano passado entrei na faculdade e mais pessoas eu conheci e mais tatuagens eu via. Era um amor antigo, mas nunca tinha visto algo que tivesse me dado uma vontade louca de tatuar. Mais um ano se passara e eu continuava sem nenhuma tatuagem. Até que no meio desse ano, logo após meu aniversário, vi uma foto de uma menina com uma tatuagem do símbolo infinito (ou lemniscate). E eu realmente fiquei apaixonada, eu precisava daquele desenho. Na verdade, ver aquela tatuagem com o símbolo do infinito tinha um significado diferente pra mim: eu faço Engenharia, então é um símbolo matemático que aparece sempre no meu cotidiano. A tatuagem era simples, pequena, delicada, mas era tão recheada de significados pra mim que eu sabia que não podia não fazer. Tudo o que eu me perguntava era como eu não tinha pensando nisso antes e que eu realmente precisava ter uma tatuagem como POP magazine

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aquela. Comecei então a amadurecer a ideia, comentando com amigos da minha vontade, que foi prontamente apoiada. Pensava como eu queria o tamanho e o lugar pra ter uma idéia clara na minha cabeça e ter certeza que estava decidida. Quando escolhi tudo isso, falei da minha vontade primeiro com a minha mãe e depois com a minha avó. Elas me apoiaram (e me deram permissão), embora quando eu entrei na faculdade sempre diziam que eu deveria esperar por questões de trabalho. Por isso, decidi que a tatuagem seria pequena, sem cor e na nuca, um lugar mais “escondido”, afim de que não me causasse problemas futuros. Marquei então um horário com o mesmo tatuador da minha mãe e, quando cheguei lá, falei sobre o que eu queria. Ele imprimiu diferentes tamanhos e me mostrou para que eu escolhesse o que eu queria. Isso levou um pouco de tempo, porque ele queria fazer maior do que eu desejava e demorou um pouco até acharmos o tamanho certo. Aliás, pra quem for tatuar, isso é muito importante: você deve ouvir a opinião do tatuador, mas não deve fazer nada que você não queira, afinal, tatuagem é algo definitivo. Quando o desenho estava decidido, fui pra sala e ele primeiro decalcou o desenho na minha pele, uma espécie de contorno pra que ele pudesse seguir com a agulha. Terminado isso, ele abriu o material descartável na minha frente. Tudo na verdade era descartável: desde as luvas e a máscara até as agulhas. É fundamental que ao tatuar você tenha certeza que o material é absolutamente descartável. Após tudo pronto, ele começou a tatuar. A princípio, achei que fosse doer por causa das agulhas, mas, na verdade, apenas incomoda um pouco. É uma estranha sensação de formigamento, mas doer, não dói. No final dá pra sentir um pouquinho de dor, porque, na finalização, a agulha passa por cima de onde já havia passado, mas não é nada insuportável.

Não demorou nem uma hora e eu já tinha a minha primeira tatuagem. Saí de lá com o plástico como todas as outras tatuagens e com as recomendações. Nos dias seguintes, a tatuagem precisou de cuidados especiais como evitar encostar e passar pomada cicatrizante algumas vezes por dia. No meu caso, na primeira semana o local da tatuagem ficou dolorido e às vezes ela ardia, mas não foi nada de insuportável também. Duas ou três semanas depois já estava cicatrizada e exatamente como eu queria. Para quem vai fazer a tatuagem pela primeira vez, é importante ter algumas coisas em mente sobre todo esse processo. A primeira delas é ter certeza sobre o que se vai tatuar. É preciso pensar bem, avaliar e só então procurar um estúdio, porque embora hoje existam métodos de remoção de tatuagens, é caro e doloroso. Além disso, é preciso escolher um tatuador de confiança, conhecer seu trabalho, seus desenhos, ter boas referências para que não haja insatisfação sobre o desenho tatuado. Também é fundamental ter certeza sobre a higiene do lugar e conferir se todos os materiais são descartáveis. Muitas doenças podem ser transmitidas pelas agulhas, já que elas, de certo modo, furam a pele. Desconfie de preços muitos baratos. O material é relativamente caro, assim como tintas de qualidade. Procure preços justos, mas não faça em lugares excessivamente baratos. Se o preço estiver muito abaixo do que o de outros lugares, melhor não fazer. Por fim, não descuide da tatuagem assim que a fizer. Siga as recomendações, passe a pomada indicada e não tome sol direto na tatuagem, pois pode causar problemas. Além disso, quando cicatrizada, é importante passar protetor solar na tatuagem para que ela não desbote. No mais, aproveite o universo de possibilidades que o mundo das tatuagens te proporciona e expresse-se por meio delas. POP magazine

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AND OSCAR GO’S TO...

chamando um por um, uma infinidade de melhores não sei em quê que dói.

O quase final de ano já pode ser considerado como o QUASE FINAL DE ANO dos melhores.

E quando pensamos que o show já terminou, vêm as atrações. Geralmente, algumas meninas meio gordinhas dançando a “Dança do Ventre”, muito em voga em nossos recantos tupiniquins (pelo menos ainda não é música sertaneja!). E “rebola pra cá, remexe pra lá” mais uns tantos minutos.

Melhor em tudo: o melhor empresário, o melhor dentista, o melhor mecânico, o melhor pipoqueiro... e assim vai! São inventadas tantas festas para homenagear alguém que a gente começa a se perder em achar quem é, verdadeiramente, o melhor de alguma coisa. Se não bastasse isso, ainda inventam os famosos jantares para distribuir os trofeus. E cada um mais enfeitado do que o outro. Estruturas diversas compõem o cenário da estatueta desejada (?) pelos “the best”. Umas redondas, outras quadradas, outras, ainda, retangulares (sem dizer daquelas disformes, difíceis de serem entendidas). Tudo para agradar o mais requintado gosto de formas. E aí chega a hora da distribuição de elogios. Todos sentados à mesa, já meio comidos, pois uma seleta quantidade de frios faz a “outra” festa (a dos mais esfomeados!). O homenageador pega o seu rascunho de listas de nomes, coloca os óculos (e insiste nas brincadeiras de que a idade não permite que viva sem eles) e começa a improvisar um discurso que, pelo amor de Deus, dá sono em qualquer um. E vai

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E vai agora termina! Que nada, ainda ficaram os prêmios mais esperados: o HOMEM DE DESTAQUE e A MULHER DE DESTAQUE. Todos apreensivos. Olhares se cruzam para saber de onde eles sairão. Até que, finalmente, é anunciado: FULANO DE TAL. E todos olham com aquela cara de admiração e batem palmas, apoiando a decisão suprema de escolher tal ou qual pessoa. No final das comemorações, vem o jantar. No entanto, como estamos entupidos de frios e água, decidimos só mesmo averiguar o que estão servindo. A promessa da roda de dança, nem pensar. O estômago já não permite. E, dessa maneira, vamos para casa contentes de saber que mais uma noite dessas terminou e na esperança de que o mundo não acabe sem antes descobrirmos quem será o próximo destaque.


EST AÇÕES ESTAÇÕES Viver é andar de trem. A única diferença é que na vida não existe um itinerário definido. Não é como se comprássemos uma passagem e esperássemos chegar a um lugar. Mas viver, em si, é pegar um trem. E sem planejar, sem saber o destino. Em alguma estação você embarca em um trem. Dentro dele já te esperam quem se alegra pela sua presença. E a viagem começa. E, se a princípio, o trem pode parecer meio solitário, vai parando ao longo de outras estações e passageiros vão subindo. Alguns deles sentam-se ao seu lado e tornam a viagem mais agradável. Em alguns momentos, tornam apenas suportável, mesmo. O caminho é tão longo quanto desconhecido. Há momentos em que se passa por um imenso campo de flores, mas há momentos em que se passa por um túnel muito escuro e sombrio, que parece interminavelmente extenso. Numa hora dessas pensa-se que talvez fosse melhor não ter embarcado. Mas a viagem segue. E o túnel termina enfim. Ao longo de tantas estações, algumas pessoas vêm apenas para um verão. Outras delas ficam até que a primavera deixe de existir. Algumas entram com o propósito de serem breves e, sendo breves, descem numa próxima estação. Outras, com o propósito de serem eternas descerão apenas quando descermos também. Entretanto, a viagem é imprevisível. Sempre imprevisível e, por isso, algumas pessoas que deveriam descer logo po-

dem se tornar, em uma grata surpresa, justamente uma das que descem conosco. Já algumas que deveriam ser eternas descem antes mesmo assim, porque, às vezes, é como tem que ser. Talvez sejam essas as piores partes da viagem. Mas, no meio de tantos vazios, existe ainda a possibilidade de alguém que desceu em uma estação embarcar novamente. Esta estação tem nome: chama-se Segunda Chance. Não existe para todas as viagens ou para todos que descem, mas pode ser bastante gratificante. E a grande verdade é que não há retorno sem memórias. Ainda sobre nomes, esse trem tem dois maquinistas: um se chama Livre Arbítrio; o outro, Destino. Na maior parte das vezes comandam juntos, numa perfeita harmonia. Mas às vezes se alternam em trechos bastante específicos e tudo aquilo que chamamos de coincidência é quando o Destino comanda o trem e tudo o que chamamos de conseqüência é quando quem comanda é o Livre Arbítrio. Tudo o que sabemos é que estamos viajando. Não se sabe até quando, o porquê, aonde iremos parar, quem irá aparecer nas próximas paradas. Não se sabe nada. Sabe-se apenas que uma viagem existe e que o trem sabe sempre por onde segue. Pra falar a verdade, eu nunca andei de trem. Mas desconfio que faço uma boa ideia de como é.

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Fica para a próxima Depois da decepção de milhões de brasileiros que acreditavam no milagre do hexacampeonato na Copa do Mundo da África do Sul, (Copa mais estranha, para não dizer sem graça, que já vi, e mesmo o meu histórico de copas não sendo lá muito grande, não creio que alguma outra reservou tantas “surpresas” como está. O que não deixou o brasileiro desanimar de vez, foi a Argentina perder de 4 a 0 para a Alemanha, acabando com os sonhos de quem esperava ver o exuberante corpo de Dom Diego Maradona nu.) trocou-se, finalmente, o técnico da seleção brasileira e, pelo que parece, a seleção também. O designado para ocupar esse importante cargo, algumas vezes mais importante do que o de presidente da república, foi o queridinho da Fiel Corinthiana, Mano Menezes. Em sua primeira convocação, tratou logo de organizar a casa dos anões, que, felizmente, não conta mais com a “ajuda” daquele anão que erraram o nome, lembra? Os garotos sensação do Peixe, Ganso e Neymar, foram solicitados para a alegria dos torcedores que tanto queriam esses jogadores na Copa e não puderam ver. Por ironia do destino, talvez, no amistoso contra os Estados Unidos, que marcou a estreia de Mano como treinador oficial da seleção brasileira, os garotos mostraram toda a sua desenvoltura e não sentiram o peso da camisa. Ganso jogou muito bem e Neymar e Alexandre Pato, outro que também não foi convocado para fazer um safári na África do Sul, marcaram os dois gols da partida, que terminou em 2 a 0 para o Brasil. Essa seleção de caras novas e algumas antigas, agradou ao público, ainda ressentido e tentando recuperar os ânimos. Até a Copa de 2014, que será realizada em solo brasileiro, o país do futebol possui muito tempo para mostrar suas melhorias, encantar novamente os torcedores e voltar a honrar esse consagrado título que lhe foi atribuído com tanto louvor no passado. Só espero que essa Copa não nos deixe afundados em dívidas, pois com tantas reformas e construções de estádios, meios de transportes e toda a estrutura necessária para um evento desse porte, os gastos públicos não serão pequenos. Agora, nos resta torcer para que dê tudo certo e não façamos feio tanto no futebol, dentro dos gramados e com a bola nos pés, quanto nos preparativos e na festa, quando, enfim, chegar o dia. O assunto Copa, por hora, foi abolido. Mas quem sabe a Branca de Neve não apareça para opinar.

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Eu, eu mesmo e o Facebook Algumas pessoas podem não se conformar que Mark Elliot Zucherberg é hoje um homem bilionário às custas de uma ferramenta social. Eu considero mais que justo, levando em conta que seu invento deu novos ares às redes sociais e alterou definitivamente a maneira de se comunicar no mundo. Para quem não sabe, Zucherberg é quem nos apresentou o Facebook, uma das redes sociais (ou mídias, como preferirem) mais utilizadas atualmente. Poderia falar de qualquer outra rede: Orkut (a mais antiga e possivelmente a menos interessante) ou o Twitter (a mais hype), mas dessa vez vou ter que ser parcial, já que posso dizer que minha vida se divide em duas: dentro e fora do Face. Minha história de amor começou com a famigerada FarmVille que me fez perder horas de sono e vários copos de cerveja com os amigos. Tanto que a abandonei num momento que já havia me tornado um latifundiário cibernético. Graças à Deus que a Zynga não conhece a política agrária do Brasil, senão minhas terras já teriam sido invadidas. À partir daí, o Face, que era apenas a porta de entrada para a Farm passou a ser indispensável no meu modo de me atualizar, de me relacionar e é claro, de expor minha figura. É incrível como pode existir algo que me prenda a tal ponto de esquecer um longo e cansativo dia de trabalho. Nada é obstáculo quando o que se quer é ver o que as pessoas estão pensando e colocar o que você pensa para o mundo. Zucherberg trabalhou bem: pensamos, compartilhamos, postamos, enviamos e recebemos. Até acho que o segredo está nesse surpreendente desprendimento quanto à privacidade no negócio, que praticamente não existe. Sei onde meus amigos estão, o que estão fazendo, se estão felizes ou tristes e até se querem destruir algo ou alguém. É tudo tão claro e interativo que a vida de cada um deixa de

pertencer só a si, e passa pertencer a todos. Disso, não dá pra discordar, afinal quem está preocupado em se esconder, não consegue se divertir nesta ferramenta. É o preço que se paga, afinal com certeza Zucherberg comprou a ideia de que todo mundo quer seus quinze dias de fama, e ficou bilionário com isso. No entanto, como tudo que é muito livre vira bagunça, tem horas que a falta de bom senso é extremamente irritante. Imagino que ninguém queira saber que estou acordando, comendo, dormindo se não houver algo pitoresco inerente a isso. Sem falar de alguns aplicativos que só servem pra poluir o ambiente do negócio. Enfim, nem tudo é perfeito. Assim como na nossa reles vidinha real, a máscara construída no “Face” geralmente não tarda a cair. Afinal, até o próprio fundador tem sua “imagem perfeitinha” maculada no filme A Rede Social, que estréia nos cinemas este mês. No longa, Zuckerberg que é acusado de se apropriar da ideia do site e de trair os amigos, luta para ser aceito socialmente. Um paradigma mais que interessante para quem de alguma forma, propiciou a inúmeras pessoas a inclusão social, que para David Fincher cineasta que produziu o filme - é ilusória. No Face, tornar-se popular, poderoso e o que mais se quiser é muito fácil; e mesmo apaixonado por essa ferramenta que transformou a comunicação e a sociabilização no mundo, sou obrigado a admitir que tudo tem seu preço. Tornar-se público implica muitos contras e enganos, sendo que muitas vezes suas conseqüências podem ser irreversíveis. Não tem muito segredo: como em nosso cotidiano, é preciso ter muito cuidado com o perigo. Só que ao contrário da realidade, o inimigo virtual é quase sempre o desconhecido, e nesse ponto o Face perde pra “vidinha”. Só aqui, frente a frente, podemos ver, sentir e tocar, seja lá o que tiver que ser, pro bem ou pro mal.

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Por Andréa Alves

Comer ezar Comer,, rrezar ezar,, amar - O filme é baseado no best seller da escri-

tora Elizabeth Gilbert. Depois de um casamento desastroso e de um breve romance com um jovem ator, Liz resolve viajar por um ano, tendo como destino a Itália, a Índia e a Indonésia em busca do prazer pela própria vida e do equilíbrio espiritual. O que ela não esperava encontrar no fim dessa longa viagem seria um grande amor. Porém, como ninguém é dono do próprio destino, sua vida toma um rumo totalmente diferente do imaginado. Talvez seja esse o motivo do grande sucesso do livro e do filme, as possibilidades que o destino nos proporciona. A trilha sonora é composta de muita bossa nova, o que dá um charme a parte. Um filme leve, com cenas divertidas e inusitadas, além de imagens belíssimas.

Tropa de Elite 2 - A frase usada nas chamadas do longa é o

que mais reflete a realidade do valente Capitão Nascimento, que agora é Coronel. Além de lutar contra os bandidos, Nascimento agora luta também contra o sistema, ao qual ele faz parte. E como se não bastasse, trava uma luta constante em sua vida pessoal, depois de ter perdido a mulher, por não suportar ser casada com o capitão do Bope, agora ele corre o risco de perder o amor do próprio filho. Sua ex-mulher se casou com um de seus desafetos, um deputado que luta pelos direitos humanos e condena firmemente os métodos do Coronel Nascimento, o que causa um conflito entre pai e filho. Muito menos violento e mais real do que nunca, uma sequência que merece sequência.

Os Infiltrados - Ganhador de quatro Oscars em 2007, (melhor

filme, diretor, roteiro adaptado e edição), faz desse filme um clássico entre os cinéfilos. Leonardo DiCaprio e Matt Damon, fazem um legítimo jogo de gato e rato, deixando em dúvida, algumas vezes, quem é o gato, quem é o rato, e Jack Nicholson, tenta controlar o bom e o mau, munido de uma crueldade impressionante. É o tipo de filme que nos tira o fôlego em vários momentos. Mais instigante que o roteiro, é o desfecho, dando aos personagens um destino que não deixa de ser o merecido, porém não deixa de ser o esperado, quando se trata de um filme onde o enredo é a eterna batalha entre mocinho e bandido, entre certo e errado, entre o bem e o mal. Indispensável em qualquer lista de filmes que marcaram época.

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Por Andréa Alves

Férias! - Depois do sucesso de Melancia, Marian Keyes retorna

com outro livro delicado e surpreendente. Rachel, irmã de Claire nossa antiga conhecida, é a heroína da vez. Morando em Nova Iorque, ela de alguma forma, acha que precisa ser aceita e faz de tudo, tudo mesmo, para conseguir tal feito. Sofrendo de baixa auto-estima, o que lhe acompanhou boa parte da vida, ela se envolve com drogas e após uma overdose seu pai decide internála em uma clínica de reabilitação na Irlanda, onde realmente, não eram bem as férias que ela imaginava que merecia ter. Inebriante, encantador e apaixonante. Um livro que relata os conflitos humanos, mas com a leveza que só a autora consegue produzir.

Malu de bicicleta - Romance de Marcelo Rubens Paiva, onde

o protagonista é um homem que reflete perfeitamente o estereótipo do “galinha”, até que quando menos se espera, ele apaixona-se por uma mulher que o fará mudar de ideologia. Luiz é um cara que só quer curtir a vida e acorda cada dia do lado de uma mulher diferente, até que é atropelado, literalmente, por uma paixão assustadora. Nosso anti-herói, que também é o narrador de suas peripécias é atropelado de bicicleta por uma bela garota. Ela é Malu, uma misteriosa carioca, que resolve embarcar nesse romance. Os opostos se atraem, ou os iguais se unem? Só lendo essa deliciosa história para saber.

O meu pé de Laranja Lima - Um dos clássicos da literatura nacional e uma das mais belas obras de José Mauro de Vasconcelos. Um livro indicado como infanto-juvenil, mas que deveria ser lido por todas as idades. Zezé é um menino de 5 anos, sua família é muito pobre e ele possui muitos irmãos, mas mesmo cercado de tantas pessoas não recebe um pingo de carinho, por ser um menino levado todos o repreendem e o veem com maus olhos. Tudo o que ele busca só encontra quando mudam para uma nova casa onde em seu quintal está plantado um pé de laranja lima. Ao descobrir que ele era compreendido por aquela árvore e que ela podia falar, Zezé finalmente encontrou todo o afeto que precisava. Uma lição de amor. POP magazine

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Por Luciana Omena

Vôlei também é paixão nacional

Os êxitos das equipes feminina e masculina de voleibol do Brasil fizeram do esporte uma grande paixão do nosso país Antes mesmo de me matricular no ano letivo da 5ª série, eu pedi aos meus pais que me colocassem nas aulas de vôlei. Na escola onde eu estudava só pude entrar para o esporte de quadra aos 11 anos, o que para mim foi um martírio. Muito ativa, para me manter ocupada, fazia aulas de ginástica olímpica, balé, desenho, mas que sempre de olho no vôlei. Antes de ser paixão nacional, esse esporte era a minha paixão. E é até hoje. Quis (e sonhei) ser jogadora profissional. Praticar o voleibol é quase um vício para mim e falar dele, um prazer enorme. O voleibol foi criado nos Estados Unidos, em 09 de fevereiro de 1895, por William George Morgan. Ele trabalhava na Associação Cristã de Moços (ACM) e teve como motivação criar um esporte de equipes sem contato físico entre os adversários, de modo a minimizar os riscos de lesões. Em 1947 foi fundada a Federação Internacional (FIVB) e, em 1964, o voleibol passou a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos. Na praia o esporte também é tradicional e o Brasil é modelo em ambos. Ao contrário de esportes como futebol ou basquetebol, o vôlei é jogado por pontos, e não por tempo. Cada partida é dividida em sets, que terminam quando uma das duas equipes conquista 25 pontos (devendo haver uma diferença de no mínimo dois pontos com relação ao pla34

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car do adversário). O vencedor será aquele que conquistar primeiramente três sets. Cada partida pode durar no máximo cinco sets (o quinto, chamado de tie-break ou set-desempate, termina quando um dos times atinge a marca de 15 pontos). Cada equipe é composta por doze jogadores, dos quais seis estão atuando na quadra e seis permanecem no banco, na qualidade de reservas. Nos anos 80, a Geração de Prata (seleção medalha de prata das Olimpíadas de Los Angeles 1984) levou o vôlei brasileiro a um status de respeito. Mas foi em 1992, com a conquista do Ouro Olímpico pela Seleção Masculina, que o esporte se popularizou em nosso país. Os jogadores da Geração de Ouro viraram ídolos e a ascendência do vôlei é notória desde então. Muitos títulos, investimento pesado de patrocínio, formação de base, atletas de elite, uma liga nacional forte e a construção de um império.

Meninos e Meninas A Seleção Brasileira de Voleibol Masculino é organizada e gerenciada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Os resultados expressivos começaram a aparecer de forma consistente na década de 80, fazendo do Brasil uma força mundial. Depois da conquista da primeira medalha de ouro olímpica em Barcelona, e


do bi, em 2004, nas Olimpíadas de Atenas, a A Seleção Brasileira de Voleibol Masculino é organizada e gerenciada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Os resultados expressivos começaram a aparecer de forma consistente na década de 80, fazendo do Brasil uma força mundial. Depois da conquista da primeira medalha de ouro olímpica em Barcelona, e do bi, em 2004, nas Olimpíadas de Atenas, a seleção tornou-se hegemônica. Já sob o comando de Bernardinho, foi, e ainda é, um time praticamente invencível. De 2001 a 2006, disputou 20 títulos, obtendo 16 primeiros lugares, três segundos e um terceiro. Esse ano, em julho, conquistou o eneacampeonato da Liga Mundial (1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010) e, ainda em 2010, conquistou o tricampeonato mundial de forma consecutiva. Atualmente a seleção masculina ocupa o primeiro lugar geral do ranking da FIVB (152.50 pontos, em 15 de janeiro de 2010). A sequência de resultados positivos é certamente fruto de uma administração de qualidade, que conseguiu transformar o voleibol no segundo esporte no coração dos brasileiros. É uma seleção que já conquistou todos os principais campeonatos desse esporte. A Seleção Brasileira de Voleibol Feminino também é administrada pela CBV. É o time mais bem-sucedido na história do Grand Prix, sendo a seleção nacional que mais vezes conquistou esse campeonato (equivalente a Liga Mundial), com oito títulos até então (1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008 e 2009). A primeira medalha de ouro olímpica veio em 23 de agosto de 2008, nos Jogos de Pequim, um grande marco. O time feminino do Brasil só começou a despontar mesmo no cenário internacional nos anos 90,

especificamente em 1 9 9 4 , q u a n d o Bernardinho assumiu o comando da seleção. Outros títulos mais expressivos aconteceram depois da entrada de José Roberto Guimarães, em 2003. O Brasil fez uma campanha impecável no Grand Prix do ano passado, com 14 jogos e 14 vitórias, contra Estados Unidos, Alemanha, Porto Rico, China, Polônia, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Holanda, um ano após a conquista da medalha olímpica, que consagrou definitivamente esse grupo. A Feminina atualmente ocupa o primeiro lugar geral do ranking da FIVB (177.5 pontos em 15 de janeiro de 2010).

Fazem a Difer ença Diferença Os grandes responsáveis por dar início a todo esse alvoroço do vôlei no Brasil foram os jogadores da chamada Geração de Prata. As estrelas eram Bebeto de Freitas (técnico), William, Bernard Rajzman, Xandó, Renan, Badalhoca, Montanaro, Bernardinho e Amauri. E a sonhada Geração de Ouro, que fez os brasileiros sonharem por muito tempo, teve José Roberto Guimarães (Técnico), Tande, Marcelo Negrão, Giovane, Maurício, Carlão, Paulão, Pampa, Douglas, Amauri, Janelson, Jorge Edson e Talmo. Nomes que ficaram para sempre marcados na história do voleibol mundial. Ídolos eternos. Nomes que fizeram do voleibol um sonho para milhares de garotos e garotas, que elevaram o nome do nosso esporte para o mundo, são destaques. Bernard, diga-se de passagem, com grande maestria e talento, aplicou o saque chamado ‘Jornada nas Estrelas’ na praia no POP magazine

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início da década de 80, e o levou para os ginásios com muito sucesso. Até hoje ele é lembrado quando o assunto é vôlei. Atuante, é membro do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), membro da Câmara Setorial dos Esportes, Presidente da Comissão Nacional de Atletas e Subsecretário do Pan-Americano Rio 2007. Nas campanhas vitoriosas da seleção, há um jogador, em particular, que destoa dos demais, apesar do ótimo grupo do Brasil. Giba ainda integra a equipe brasileira e quase sempre titular em todas as conquistas do Brasil na era Bernardinho. Alcançou duas vezes o pódio olímpico (ouro em 2004 e prata em 2008) e conquistou três campeonatos mundiais (2002, 2006 e 2010), duas copas do mundo (2003 e 2007), três copas dos campeões (1997, 2005 e 2009), oito ligas mundiais (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010), um pan-americano (2007) e oito sulamericanos (1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2005, 2007 e 2009). Sem contar os títulos pelos clubes que passou. Ao conquistar o título mundial em 2010, Leandro Vissotto igualou-se a Nalbert e tornou-se o segundo jogador a obter títulos mundiais em todas as categorias: junior, juvenil e adulta.Ele é o atual oposto da seleção e um dos grandes nomes do esporte hoje, ao lado de Murilo e Serginho, Rodrigão, Marlon, Bruninho, Lucão, Sidão, Théo. No feminino, algumas jogadoras fizeram história no voleibol nacional e internacional. Contando com novos talentos no voleibol nacional nos anos 90, como Ana Moser, Fernanda Venturini, Ana Paula, Márcia Fú, Fofão, Virna, Hilma e Leila, o voleibol brasileiro cresceu de tal 36

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forma que começou a incomodar a Seleção de Cuba (considerada a melhor equipe do mundo da época). Frequentemente, as duas seleções se enfrentavam em finais das principais competições, com bastante rivalidade (e brigas históricas) e provocação de ambos os lados. Sob o comando de Bernardinho, Brasil e Cuba se enfrentaram 27 vezes, com 14 vitórias para Cuba e 13 para o Brasil. Outros nomes de peso do vôlei feminino apareceram com a conquista do ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnepeg em 1999. Time renovado, contando com Érika, Elisângela, Fofão, Walewska, Carol, Janina, Raquel, Leila e Virna. Em 2003, já sob o comando de José Roberto Guimarães, outra renovação aconteceu, e novos talentos como Mari, Sheilla, Paula Pequeno, Sássa, Carol Gattaz, Carol, Fabi, Fabiana, Jaqueline apareceram. Em 2010, os nomes Joycinha, Natália, Fabíola, Adenízia, Camila Brait, Fernanda Garay e Dani Lins figuram em destaque, unindo juventude à experiência das mais antigas. São brasileiros e estão incluídos no Hall da Fama do Voleibol: Bernard Rajzman (introduzido como jogador em 2005), Jacqueline Silva (introduzida como jogadora em 2006), Carlos Nuzman (introduzido como líder em 2007), Ana Moser (introduzida como jogadora em 2009), Adriana Behar (introduzida como jogadora em 2010) e Shelda Bede (introduzida como jogadora em 2010). Há também o Most Valuable Player ou MVP, prêmio geralmente conferido ao atleta ou atletas de melhor desempenho em um torneio. No voleibol, o prêmio tam-


bém é válido para designar um (a) jogador (a) como melhor do mundo no momento.

:. :.Popularizado na décaEntre os brazucas consagrados como da de 1980 pela equipe MVP, André Nascimento, Giba, Giovane, brasileira, ele hoje é conMaurício, Murilo, Ricardinho, Serginho, siderado ultrapassado, e Ana Moser, Fabi, Fabiana Claudino, Hélia já não é mais empregado em competições Souza ‘Fofão’, Joycinha, Leila Barros, Paula internacionais. Pequeno, Sheilla Castro e Virna Dias. :. O saque viagem, um dos mais utilizados, tem o nome original de Viagem ao fundo do mar, saque em que o jogador Curiosidades lança a bola, faz a aproximação em passadas como no momento do ataque, e acerta-a com força em direção à quadra :. Inicialmente jogava-se com uma câma- adversária. Supõe-se que este saque já ra de ar da bola de basquetebol, dando existisse desde a década de 1960, e tenome ao esporte de Mintonette. Mas, ra- nha chegado ao Brasil pelas mãos do jopidamente, ganhou popularidade com o gador Feitosa. De todo modo, ele só se nome de volleyball (bola em voleio). tornou popular a partir da segunda metade dos anos 1980. :. O criador do voleibol faleceu em 27 de dezembro de 1942 aos 72 anos de idade. :. Durante uma partida, um jogador dá de sessenta a oitenta saltos entre os saques, :. A quadra é retangular, com a dimensão ataques e bloqueios. Alguns podem chede 18 x 9 metros. A altura da rede é variá- gar a cem saltos. vel conforme o sexo e a categoria dos jogadores (masculino -2,43 m; femininos :. Bebeto de Freitas, treinador da Sele2,24 m). ção Brasileira tinha um estoque interminável de superstições, entre elas, usar uma :. A bola empregada nas partidas de vo- calça furada. leibol é composta de couro ou couro sintético e mede aproximadamente 65 cm :. A Seleção Masculina possui os dois rede perímetro. Ela pesa em torno de 270g cordes mundiais de público: 95.887 pese deve ser inflada com ar comprimido a soas, no dia 26 de Julho de 1983, Estádio uma pressão de 0,30 kg/cm². do Maracanã, no Rio de Janeiro, no amistoso com a União Soviética; e 25.326 tor:. Uma cortada pode atingir velocidades cedores, no dia 6 de Julho de 1995, no de aproximadamente 200 km/h. Ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte (recorde de público numa partida :. Jornada nas estrelas: um tipo específi- indoor), na fase final da Liga Mundial conco de saque por baixo, em que a bola é tra Itália. acertada de forma a atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O aumento no :. Antes do estouro do voleibol, durante raio da parábola descrito pela trajetória os anos 80, a Seleção Brasileira se resufaz com que a bola desça quase em linha mia a um único grande jogador. A dinasreta, e em velocidades da ordem de tia de Antônio Carlos Moreno durou 21 70 km/h. anos e 366 jogos. POP magazine

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Ades também deixaram suas marcas. Fabi é a única mulher a ter suas mãos lá.

:. A jogadora brasileira Fernanda Venturini nasPrincipais competições ceu com a perna esquerda um centímetro mais curta que a direita. Por isso, ela é obrigaOrganizadas pela federação internada a usar uma palmilha especial. cional (FIVB), as principais competições de voleibol são torneios internacionais que :. O carioca Dartagnan Jatobá, ex-cam- podem ser divididos em dois grupos: peão carioca de judô, tem uma profissão grandes eventos que ocorrem em ciclos insólita: é um torcedor profissional de vo- de quatro anos e eventos anuais, criados leibol. Sua corneta é conhecida desde a partir da década de 1990. De menor im1982. No Mundialito desse ano ele foi o portância, mas igualmente tradicionais, responsável por distribuir em Barcelona são os torneios organizados por cada uma 15 mil camisetas e mil bonés com das cinco grandes confederações contio logotipo do Banco do Brasil. Para isso nentais. Por fim, diversas federações posele recebeu passagem de avião, ingres- suem torneios e ligas nacionais, que gasos para os jogos e diária de quarenta nham em prestígio de acordo com o vodólares. lume de capital investido e a qualidade dos atletas envolvidos. :. Ao contrário do que muitos pensam ou sabem, o saque Jornada nas Estrelas não Entre as principais competições de foi inventado por Bernard, e sim por voleibol, destacam-se: Internacionais (TorVicente Pinheiro Chagas, no início da dé- neio Olímpico de Voleibol - a cada quacada de 50. Vicentão, como era conheci- tro anos, desde 1964; Campeonato Mundo em Minas Gerais, executou esse tipo dial de Voleibol - a cada quatro anos, desde saque quando jogava pelo Clube Atlé- de 1949 (homens) e 1952 (mulheres); tico Mineiro. Naquela ocasião, a maiori- Copa do Mundo - a cada quatro anos, as das quadras eram descobertas em Belo desde 1965 (homens) e 1973 (mulheres); Horizonte, e esse saque surtia, segundo Liga Mundial - anualmente, desde 1990; os mais antigos, um efeito devastador. A Grand Prix - anualmente, desde 1993; bola subia além do feixe de luz dos holo- Copa dos Campeões de Voleibol - a cada fotes e, momentaneamente, não era vis- quatro anos, desde 1993). Nacionais ta pelos jogadores. (Superliga, no Brasil; Liga Nacional de Vôlei e Liga Feminina de Vôlei, no Chile). :. O Ginásio do Maracanãzinho agora tem a sua Calçada da Fama, em homenagens aos atletas que passaram pelo ginásio, Os Comandantes em diversas modalidades esportivas. E o vôlei é um dos grandes destaques, incluOs dois maiores nomes do voleibol sive inaugurando a Calçada, com as marcas das mãos dos 12 jogadores da Sele- brasileiro são, sem dúvida, Bernardinho e ção Masculina campeã Pan-americana, e Zé Roberto. Ambos já passaram pelo codo técnico Bernardinho. Bernard Rajzman mando das duas seleções principais do e jogadora Fabi, campeã olímpica, eleita Brasil e tornaram-se bem sucedidos como a melhor líbero dos Jogos de Pequim e técnico. Pela forma como conduzem seu tricampeã da Superliga pelo Rexona/ trabalho e pela interminável lista de vitó38

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rias. Não estamos acostumados a ver um time liderado por um dos dois perder. De fato, a índice de êxito é bem maior do que o de fracasso. São case de sucesso em qualquer palestra motivacional e fizeram escola. Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, é carioca, nascido em 1959. Ex-jogador, atuou de 1979 a 1986, defendendo times do Rio de Janeiro. Virou técnico em 1990, treinou a equipe feminina do Peruggia, na Itália, por dois anos. Antes, em 1988, parou de jogar e começou a carreira de treinador como assistentetécnico de Bebeto de Freitas, nas Olimpíadas de Seul. Como treinador, Bernardinho é o maior campeão da história do voleibol, acumulando mais de 30 títulos importantes em vinte anos de carreira dirigindo as seleções brasileiras feminina e masculina. Depois de iniciada sua carreira como treinador, voltou ao Brasil para assumir o comando da seleção brasileira de voleibol feminina adulta, em 1994. Em 2001, transferiu-se para a masculina, onde está até hoje. Ele voltou a ser técnico do Unilever, que estreia em final de novembro na SuperLiga Feminina 2010. No tempo que sobra, dedica-se à família, a esposa Fernanda Venturini e aos filhos Bruninho (do primeiro casamento com a também jogadora Vera Mossa), Júlia e Vitória. O êxito nas quadras fez do técnico um conferencista requisitado. Inspirado pela Pirâmide do Sucesso, criação do treinador John Wooden, que usa a figura geométrica para ensinar o passo-a-passo do sucesso, Bernardinho desenvolveu a ‘Roda da Excelência’. Nela, dispõe valores como trabalho em equipe, liderança, motivação, perseverança e outros conceitos comuns a manuais de recursos huma-

nos. Também escreveu os livros: ‘Bernardinho - Cartas a um jovem atleta Determinação e Talento: O caminho da Vitória’ e ‘Transformando Suor em Ouro’. José Roberto Lages Guimarães, paulista de Quintana (nascido em 1954), também é ex-jogador, atuando nas quadras de 1969 a 1981, defendendo times nacionais e italianos. Da mesma forma que Bernardinho, iniciou sua carreira como assistente-técnico de Bebeto de Freitas, em 1988. Nos anos 90 passou a treinar equipes nacionais femininas, entre 1989 e 1991, e em 1992, dedicouse aos times masculinos, daí a oportunidade de comandar a Seleção. Foi o xerife da vitória olímpica em Barcelona. Ele é o único técnico no mundo campeão olímpico em duas seleções: Seleção Masculina (Olimpíada de Barcelona 1992) e Seleção Feminina (Olimpíada de Pequim 2008). José Roberto permaneceu na Seleção Masculina até a Olimpíada de Atlanta, em 1996. Depois disso, deixou de trabalhar com o voleibol e virou gerente de futebol no Corinthians. Alguns anos depois, em 2000, voltou ao vôlei, como técnico da equipe feminina do Osasco, assumindo a Seleção Brasileira de Voleibol Feminino em 2003. A ‘era’ Zé Roberto continua até hoje, vitoriosa. Ele renovou a seleção e conquistou inúmeros títulos importantes, marca da sua carreira. Um dos grandes feitos dele foi levar a seleção à primeira medalha olímpica no feminino, em 2008 e conquistar o octacampeonato do Grand Prix, em 2009. Ele tem um perfil calmo, diferente do amigo Bernardinho, que é agitado. José Roberto também é formado em Educação Física e hoje treina o time do Fenerbahçe, na Turquia. POP magazine

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são aplaudidos mundialmente.

Na praia, outra paixão O voleibol de praia evoluiu a partir dos jogos de voleibol disputados socialmente na praia de Santa Mônica, Califórnia, EUA, na década de 1920, tendo chegado à Europa na década seguinte. No Brasil, os dados são de que a prática desse desporto acontece desde 1950, nas areias da antiga Praia do Caju, no Rio de Janeiro, por membros da Polícia do Exército e remadores do São Cristóvão de Futebol e Regatas. Por volta de 1940, disputavam-se dois torneios amadores nas praias de Santa Mônica, onde mais tarde tentou, sem sucesso, começar um campeonato profissional. 30 anos depois, nova tentativa, ainda em Santa Mônica, e alguns torneios profissionais passaram a acontecer, patrocinados por empresas de cerveja e cigarros. Ao tornar-se um esporte olímpico, em 1996, o vôlei de praia se propagou para o mundo, atraindo adeptos dos mais diversos lugares.

Conquistar um espaço como esporte olímpico foi importante. Em 1996, fazendo dobradinha em Atlanta, Jacqueline Silva e Sandra Pires levaram o Ouro e Mônica e Adriana, a Prata. Em Sydney 2000, Adriana Behar e Shelda ficaram com a Prata, perdendo a final para as australianas Natalie Cook e Kerri Pottharst . Completaram o pódium Adriana Samuel e Sandra Pires, com o Bronze. Já em Atenas 2004, as ‘gigantes’ americanas Kerri Walsh e Misty May levaram a melhor sobre Adriana Behar e Shelda, que ficaram novamente com a Prata. No masculino, em Sydney, Zé Marco e Ricardo foram Prata e em Atenas 2004, o Ouro ficou para Ricardo e Emanuel. Em Pequim 2008, Márcio Araújo e Fábio Magalhães foram Prata e Ricardo e Emanuel, Bronze.

Base Sólida

O Brasil é uma grande potência também nas areias, com campeões olímpicos e do circuito mundial em diversos anos.

Nas categorias de base (Sub-18 e Sub20 para os homens, e Sub-19 e Sub-21 para as mulheres), o Brasil também ocupa as primeiras posições nos principais torneios, inclusive, lidera o ranking da FIVB no masculino e é o terceiro no feminino.

Atletas de alto nível, alguns migrados das quadras, mas a maioria cria da praia, elevam o nome do nosso país pode onde passam.

A tradição de ser um país forte nesse esporte também se estende aos mais jovens, sendo o Brasil, o maior vencedor dos campeonatos mundiais sub-20 e sub-18.

Nomes como Jacqueline, Sandra Pires, Mônica, Adriana Samuel, Adriana Behar, Shelda, Zé Marco, Ricardo, Emanuel, Márcio, Fábio, Juliana, Larissa

O título mais recente foi conquistado em 1° de agosto de 2010, com a seleção brasileira juvenil feminina, a Copa Glória, de forma invicta.

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Entre os títulos das categorias de base, seis ouros em Campeonatos Mundiais sub-20, 15 ouros em Campeonatos Sulamericanos Sub-20 e sub-18 e três ouros em Campeonatos Mundiais sub-18, no masculino; e cinco ouros em Campeonatos Mundiais sub-21, 15 ouros em Campeonatos Sul-americanos Sub-21, seis ouros em Campeonatos Mundiais sub-19 e 15 ouros em Campeonatos Sul-americanos Sub-19.

Algumas expr essões expressões do voleibol :. Saque ou serviço :. Recepção ou passe :. Levantamento :. Ataque :. Defesa :. Contra-ataque :. Bloqueio :. Ataque de fundo :. Ataque em diagonal ou paralela :. Rodízio :. Dois toques :. Condução :. Meia-bola :. Invasão de fundo :. Queimar saque

:. Erro de rodízio :. Toque :. Manchete :. Largada :. Peixinho

Livr o de rrecortes ecortes Livro Uma das melhores lembranças que eu tenho é acompanhar o Circuito Banco do Brasil de Volei de Praia, em Maceió, AL, onde cresci. Quando tinha etapa, era certo que eu passava horas torrando no sol das arquibancadas montadas nas areias da praia da Pajuçara. A primeira vez que vi a seleção masculina também é um momento especial. Quando voltei a morar em São Paulo, a primeira fase da Liga Mundial realizou jogos no Ginásio do Ibirapuera e eu pude ir. Achei que nunca iria gritar quando visse os jogadores de perto, mas me peguei descabelada. Em São Paulo também tive oportunidade de ir aos jogos do campeonato paulista e SuperLiga, antes nos Ginásios do Banespa e Palmeiras, e hoje nos Ginásios do Pinheiros e Osasco. Foto e autógrafo com Montanaro. Paixão pelo Maurício. Sem contar nas horas intermináveis em frente à TV, assistindo jogos, de todos os campeonatos, a qualquer hora do dia e da noite. Torcedora, jogadora amador, apaixonada e fanática por voleibol, essa sou eu. POP magazine

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Click

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Foto: Andréa Alves

PERUÍBE - SP


Os cabelos da Dany Bananinha Olá leitores da coluna BELA!

Lavo os cabelos, seco um pouco com a toalha e, com eles úmidos, aplico o creme mecha por mecha por mecha. Deixe agir por 15 a 30 minutos e depois enxáguo.

Estou feliz de poder estar aqui com vocês e revelar minha dica para as meninas terem os cabelos bonitos e saudáveis!

Uma boa hidratação é fundamental para manter os fios saudáveis, macios e brilhosos.

De nada adianta gastar um dinheirão no melhor salão, experimentar as técnicas mais modernas e as tinturas da última moda, se você não for cuidadosa com seus cabelos no dia-a-dia.

Como meu cabelo é liso e eu gosto do cabelo com movimento e um pouco ondulado, eu faço assim: Com os cabelos um pouco úmido, eu aplico do meio até as pontas, proteína ou Silicone, enrolo e prendo fazendo um coqui. Quando solto ele fica com movimento e um leve ondulado, como eu gosto, tipo o da minha musa Gisele Büdchen...

O tratamento diário que você dá a ele é determinante para que seus fios mantenham-se bonitos e saudáveis. Primeira dica ao lavar meus cabelos, evita a água quente, que abre a cutícula dos fios e provoca ressecamento. No máximo água morna e, no último enxagüe , dou um jato frio para fechar as escamas dos fios. O ideal não é lavar os cabelos todo dia. Só se eu sentir necessidade de laválos diariamente, do contrário eu alterno, lavo dia sim, dia não, sempre trocando o Xampu e uso apenas condicionador do meio até as pontas. Uma vez por mês, recorro ao Patrick e a Zazá e faço alguma Hidratação de choque, mas quando não posso ir ao salão, uso cremes de tratamento em casa, uma vez por semana.

Na verdade pra mim o mais importante é cuidar da paz de espírito, ser feliz! Quando uma pessoa é feliz, tem paz de espírito, ela se encontra bem consigo mesma, com seu corpo, com seu trabalho, com a família, os amigos e tudo o que lhe rodeia. Quem está feliz internamente se sente bem e está claro que isso notamos externamente. Isso é beleza interior! Isso sim é BELO! Fiquem com Deus!! Toda positividade eu desejo a vocês!! Mil beijos,

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Por AndrĂŠa Alves

Fotos: arquivo pessoal de Raphaella Avena 44

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“Repórter de Moda, Fashion Designer, Stylist, Fashion Victim e Fashion Killer tudo em uma pessoa só!!” Essa é a Bio de Raphaella Avena no Twitter, é assim que ela se descreve, porém vou me atrever a descrevê-la, contando antes como foi que “descobri” Avena. Em uma madrugada no Twitter, apareceu um RT em minha TL de uma twitcam que “uma tal” @AvenaOficial estava fazendo. Por curiosidade fui lá ver quem era a bola da vez querendo ganhar seus 5 minutos de fama, e para minha surpresa, diga-se de passagem, uma grata surpresa, “descobri” a Rapha. Ela estava ali, em plena madrugada, super simpática, respondendo várias perguntas, sendo que a maioria delas eram sobre dicas de moda, cortes de cabelo, produtos de beleza. Seguindo meu extinto de jornalista, fui eu, bisbilhotar o Twitter da moça para saber de quem se tratava. Será que só que não a conhecia?! Imperdoável. Eis então que comecei a desvendar Avena. Dentre os diversos blogs de moda que já pude constatar pela blogosfera, certamente o dela foi o único que me fez ter vontade de clicar nos arquivos e ver tudo o que ela havia postado. POP magazine

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Porque cá entre nós, a grande maioria não desperta em mim nem um pouco de interesse. E o motivo é simples, pelo que já pude analisar, e não faço disso uma regra, a impressão que tenho é que os blogs que já visitei sobre o assunto, são feitos por Patricinhas sem estilo próprio, que fazem apenas um ctrl C + ctrl V dos sites especializados. Mas “Estilo Avena” é diferente, além do fato dela se preocupar em provar que moda é para todos, a própria serve de modelo de como podemos montar um look super moderno e arrojado com aquelas roupas que temos no guarda roupas e não usamos mais. Claro que Raphaella fala e usa roupas de griffes famosas, o que é mais que normal para alguém que vive no mundo fashion, mas isso não a impede de usar do básico ao clássico, fazendo dela, certamente, um dos ícones da moda brasileira. No meio da noite, mandei um tweet para ela fazendo o convite e de imediato ela aceitou. O que me deixou bem feliz, descobrindo que ao contrário de muitas, ela realmente é o que parece ser, gente da melhor qualidade, de uma leveza visual e espiritual incontestáveis. Aos 29 anos (com carinha de 18, como a própria diz, e não há quem discorde), essa carioca, aquariana legítima, tem certamente um futuro brilhante pela frente. Formada em Marketing e Jornalismo, no ano de 2003, em Salvador, onde morou por 15 anos, deve deixar nosso país em breve, rumo aos Estados Unidos, onde passará uma temporada estudando. Quando eu a perguntei qual era o seu maior sonho de consumo, a resposta não foi nada mais, nada menos, do que se poderia esperar de Raphaella Avena: “morar em Beverly Hills e casar com um ator de Hollywood! Hahaha. E ter saúde pra desfrutar da vida até 90 anos!!” Quem duvida que essa menina é puro estilo e está com tudo?! 48

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Na sequência, um pouco mais sobre Raphaella Avena e algumas dicas quentíssimas do que está na moda. Como surgiu a ideia de criar um blog sobre moda? Eu trabalhava como repórter em uma TV, e sempre as outras repórteres me pediam dicas de lojas, make-up e produtos pra cabelo, de tanto responder resolvi criar um blog onde tirava todas estas dúvidas das amigas. Você acha que jor nalista de moda pode ser uma nova tendência para a jornalista profissão? Sim, assim como outras especializações. É natural que o jornalista procure uma área onde tenha mais afinidade para atuar, assim como na medicina já existe há bastante tempo. Em seu blog, você dá dicas de como ser fashion com roupas que necessariamente não são de grife. Ser fashion cabe em qualquer bolso? Sim, em qualquer bolso, qualquer classe e qualquer geografia. Estilo e bom gosto caminham juntos? Estilo todo mundo tem o seu, bom gosto é muito relativo, prefiro falar coerência, e nem sempre andam juntos, infelizmente. Você já trabalhou com a Gloria Kalil, ela é uma rreferência eferência para você? Sim, super. Em tudo, elegância, classe e humildade. POP magazine POP magazine

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Qual a diferença entre ser chic e ser fashion? Fashion é quem é antenado com as novidades, com as tendências do momento, e chic é quem é mais minimalista, não se apega à modismos necessariamente, é mais tradicional. Em geral a mulher brasileira tem mais quadril, mais seios, coxas mais grossas, por que os estilistas e as marcas nacionais ainda insistem em fazer roupas em um padrão que não combinam com essas medidas? Isto é um erro ainda, não só dos estilistas como do próprio consumidor se pautar em belezas estrangeiras como padrões ideais. Quando a brasileira passar a assumir suas curvas, as marcas também passarão a assumir. Até pouco tempo quem tinha um blog era considerado desocupado, hoje ser blogueiro tornou-se profissão. Já dá pra viver somente disso no Brasil? Ninguém consegue viver somente disso, seja por questões financeiras ou por ordem prática, porque o trabalho online puxa vários trabalhos offline, é inevitável, e bom que seja assim. Como você define o seu estilo? Ou cada dia é um dia e você se veste de acordo com o seu humor? Meu estilo é justamente o mix de estilos, não me visto com um estilo só nunca nas minhas produções. Sempre mesclo tendências e esta é a minha principal característica.

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Cadê a renovação do automobilismo brasileiro? Inegável que o Brasil continua representado no automobilismo mundial. Na F-1 temos 4 brazucas, sendo que Massa e Rubinho sentam em carros como Ferrari e Williams respectivamente, escuderias de sucesso. Temos ainda Di Grassi e Bruno Senna. Inegável também, que o autobilismo no Brasil vem se solidificando de forma surpreendente em fortes campeonatos como a F-Truck, StockCar, GT Brasil (GT3, GT4), Porsche Cup e até automobilismo regional, onde vemos, por exemplo, o Paulista de Marcas e pilotos com 50 carros alinhados no Grid. Então estamos no caminho certo? Errado! O automobilismo continua sendo considerado um hobbie perante a lei brasileira e não um esporte. Uma lei arcaica e ingrata, uma vez que pilotos como Piquet, Senna e Fittipaldi trouxeram quase tanta alegria pra nosso povo quanto o futebol. Porém, o esporte é considerado coisa de playboy e de filhinho de papai, uma brincadeira. Se fosse só moralmente não tem problema, ocorre que acaba não se enquadrando nas leis de incentivo ao esporte, que já são poucas e super burocráticas. Desta forma muitos talentos são perdidos, pois não conseguem patrocínio pra correr. E como tantos correm? Aí vem a revelação. Quem corre mesmo? Filhos de pilotos, empresários de sucesso, playboys. E como eles se financiam? Aqueles que estão no ramo há muito tempo, como os pilotos e seus filhos, usam o nome pra atrair os empresários

ricos e entusiastas pra patrociná-los em troca de ensinarem aos próprios a arte de pilotar. Os empresários torram suas fortunas pela diversão e glamour. E no meio de tudo isso vêm grandes esquemas de lavagem de dinheiro, créditos de impostos forjados, etc. E assim vive o autoimobilismo brasileiro. Quem está no esquema tem vaga garantida, quem tem influência, carta na manga, um bom escrtório tributarista monta seu jogo. E os mesmos são campeões sempre, aqueles que têm mais grana, produzem um carro melhor e ganham tudo. Quem não tem esquema anda atrás e depois de uma ou duas temporadas desiste. E aí vem o óbvio, por que o Brasil não produz mais campeões mundiais de F-1? Porque o automobilismo está nas mãos de poucos poderosos e gente sem talento. Algo muito parecido com a política do nosso país, onde os poderosos se revezam no poder e é aquela podridão que conhecemos. Mas pra não ficar só reclamando, acho que sim, tem solução! Basta mudar a lei e permitir e incentivar empresas a patrocinar as categorias. Com dinheiro digno e limpo as escudeiras poderão se financiar independente dos empresários poderosos e não precisaram vender suas vagas para qualquer um. Pelo contrário, com o dinheiro na mão vão contratar os melhores pilotos que puderem pagar pra vencer o campeonato e dar retorno sobre o investimento. Nada mais do que profissionalizar o esporte e democratizá-lo. Fica a dica!

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“...ninguém sabe o duro que dei...” (Wilson Simonal)



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