Agosto 2009
MERCADO Veja a entrevista exclusiva com Michele Hyron, chefe de integração da Atos Origin para os Jogos Olímpicos de Londres
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Ano 1 - nº 07 - Agosto de 2009 - R$ 10, 90
EVENTOS
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II Mobile Banking & Mobile Payment, evento realizado pela Corpbusiness que movimentou as Instituições Financeiras, Operadoras e as empresas do nosso País
TECNOLOGIA SupportComm anuncia lançamento do serviço de autorrecarga para celular
COLUNISTAS
Erivelto Rodrigues
Será que devemos buscar soluções quando a crise bate em nossa porta?
InterIT nº 07
Presidente da Novo E-Pay
“O estouro do Mobile Payment vai ser em 2011” 1
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EDITORIAL
Mobile Payment a revolução que veio pra ficar
E
stamos completando mais uma edição de sucesso do evento que vem se tornando um dos principais do setor - MOBILE PAYMENT 2009. Os patrocinadores e parceiros já apostaram suas fichas que este é o principal do setor. Após dois dias de congresso, conseguimos comprovar que o relacionamento entre as operadoras de Telecom e as instituições financeiras tem atrasado a adoção de soluções de pagamento móvel e a ampliação da oferta de serviços, apesar de diversas apresentações de soluções para essa área, ficou evidente o desconforto que o tema causa entre os gestores das instituições financeiras. Infelizmente, na disputa bancos/operadoras, quem sofre é o consumidor, principalmente, os não-bancarizados, e que hoje, possuem um terminal celular. O consumidor acha que ganhou muito com o Internet Banking, pois faz consultas, pagamentos e aplicações sem pegar filas. Isso é verdade, mas é também é fato que ele pegava fila porque o banco subdimensionava sua estrutura de atendimento. O Mobile Payment é apenas uma natural evolução deste processo. Se você faz com o PC, por que não fazê-lo com o celular? Hoje em dia, o que se vê são serviços oferecidos por empresas que viram no M-payment uma oportunidade de lucrar. Uma saída para os bancos é procurar modelos de negócios diferentes do esquema de divisão de receita com as operadoras móveis, o chamado revenue sharing. Uma experiência já bastante difundida é o uso da câmera do telefone celular como leitor de códigos de barra para validar preços. Uma sugestão: Os bancos não devem ignorar a “revolução” do Mobile Payment. Isso porque a conveniência de realizar uma compra pelo celular é muito alta para o cliente. Ou seja, haverá demanda pelo serviço. Resta saber quem a atenderá. Enfim, a Corpbusiness já venceu vários desafios, porque imaginou, ousou e renovou. Novos desafios virão. E desafio veio para ficar e, como MOBILE PAYMENTS 2009 - CORPBUSINES, levantar questões e apontar caminhos.
Publisher Diogo Pastori diogo.pastori@corpbusiness.com.br Editor Responsável Eduardo Mustafa Araujo eduardo.mustafa@corpbusiness.com.br Jornalista Responsável (MTB – 50443/SP) Arte Wilson Hiramatsu (Designer Gráfico) Colaboradores Leonardo Caetano, Paulo Rodrigues, José Antônio Milagre, Claudio de Sá, Jorge Leonel e Rafael Siqueira. Gerente Comercial Nacional Tatiana Barbosa José Perez Departamento Comercial Jane Silva, Jaqueline Ferreira e Sandro Souza (Gerentes de Negócios) Logística Circulação São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Gerais Revista Inter IT Rua São Vicente de Paulo, 95 – Conjunto 93 CEP: 01229-010 Higienópolis São Paulo-SP (11) 3661-2785
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Eventos e Congressos Informações sobre os eventos e congressos organizados pela Corpbusiness (11) 3666-5208 (11) 3661-2785 contato@corpbusiness.com.br SITES www.corpbusiness.com.br www.interit.com.br
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SUMÁRIO 0MERCADO 12 48
Mobile Payments
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Experiência que traz qualidade
Investindo em certificação
0TECNOLOGIA 18 22
A plataforma da vez Revolução a vista
0EVENTOS 32 44
O MAIOR evento do setor Marcando espaço no setor
0SEGURANÇA 20
Direito Digital e Guerra Virtual entre as TVs Brasileiras
0GOVERNO 14
Demissão em massa?
0COLUNISTAS 16 17 40 41
Mobile Banking baseado no SIM card
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Comportamento - Muito além de um aplicativo de localização
CAPA
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Empresa Novo.... mas competente
Erivelto Rodrigues, Presidente da Novo e-pay, recebeu a revista Inter IT em seu escritório em Barueri para explicar o novo modelo de negócio e as conquistas realizadas pela empresa em poucos meses de atuação
BPM é uma jornada Economia e rodutividade Otimizando custos com serviços de telemunicações
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“As matérias II Mobile 2.0, da página 32, e As melhores práticas de um setor em transformação, página 44, referente aos eventos organizados pela Corpusiness estão sensacionais. Infelizmente não tenho a possibilidade de participar do congresso, então sempre que possível vejo como foi através das fotos e leio para saber as opiniões de quem participou. Meus PARABENS”.
Osvaldo Duarte Cardoso, Rio Preto-SP
“Foi de grande relevância o artigo da página 23 – As dificuldades para as empresas se adaptarem ao Decreto-Lei 6.523, autoria de Rodrigo Gonsales. Eu digo isso porque sou empresário e tive problemas em relação ao novo decreto, com isso pude esclarecer algumas coisas e por em prática na empresa que atuo. Só tenho elogios ao artigo, muito bom”. José Antonio Moura, São Paulo-SP
“A melhor seção da revista Inter IT é a Tendências & Inovação. Aonde sempre encontro produto interessante e de poder aquisitivo acessível. Minha pequena reclamação, protesto ou pode ser uma sugestão, é que na última edição ficou faltando um livro, não que precisava estar naquela edição, mas na próxima bem que vocês poderiam dar uma dica sobre um bom livro. Agradeço a compreensão e espero a Inter IT 07 para saber se fui atendido, obrigado”. Leandro Ruiz, São Paulo-SP
“A matéria que mais chamou a minha atenção foi a da página 40, onde a Lenovo anunciava que estava entrando no mercado varejista. Eu não tinha visto nenhuma propaganda, anúncio ou coisa do gênero sobre isso, foi surpreendente ver isso, uma novidade muito satisfatória, pois gosto muito dos produtos da empresa”. Carina Bastos, Itajai-SC
Se você tem alguma sugestão ou comentário, mande um e-mail para contato@corpbusiness.com.br Não esqueça de colocar o nome completo e a sua cidade. 6
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TELECOMEXPRESS.WORDPRESS.COM
iG lança serviço de alerta de e-mail via SMS O PortaI iG lança em parceria com a Aorta Entretenimento o serviço de alerta de e-mail. Agora, o usuário do iG Mail poderá selecionar as mensagens que quer ser avisado quando chegar na sua caixa de mensagens. O iG vai enviar mensagens SMS para o celular do usuário iG Mail avisando que os e-mails já esperados chegaram na caixa de mensagens. O próprio usuário cria o perfil das mensagens que quer ser avisado, define filtros, dias e horários além de quantos alertas SMS quer receber, selecionando apenas dos e-mails que desejar. O serviço estará disponível para clientes de todas as operadoras e custará R$0,31 (mais impostos) por mensagem recebida no celular. O internauta deve acessar sua conta iG Mail e clicar sobre o botão “Alerta de E-mail”. Em seguida, deverá fazer um login com usuário e senha. O próximo passo é cadastrar o celular desejado.
Recorde na Portabilidade Numérica De acordo com o balanço mensal da portabilidade numérica realizado pela Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações, o mês de julho superou junho em solicitações de portabilidade numérica em 2% com 395.118 pedidos de troca de operadora e manutenção do número do telefone, realizadas entre os dias 1º e 31. Em julho, os pedidos de migração feitos por usuários de telefonia móvel foram 252.909, enquanto na fixa, 142.209 solicitações foram registradas. Quanto às efetivações, 94.648 ocorreram na telefonia fixa e 220.619 na móvel no último mês.
TELECOMNEWS
Ringtones mais baixados em julho A Takenet, empresa especializada no desenvolvimento de plataformas de entrega de Serviços de Valor Agregado, divulga os dez ringtones mais baixados do mês de julho. O cantor Michael Jackson continua entre os preferidos, aparecendo com quatro canções, mesmo depois de um mês após sua morte. Thriller ocupa o segundo lugar, Billie Jean ficou com a quarta posição e Black or White e Beat it ficaram em nona e décima colocação, respectivamente. O primeiro lugar ficou com a música “Você Não Vale Nada Mas Eu Gosto de Você”, do grupo Solteirões do Forró. Ranking dos ringtones mais baixados em julho: 1) Você Não Vale Nada Mas Eu Gosto de Você – Solteirões do Forró 2) Thriller – Michael Jackson 3) Cadê Xoxó No Forró – Tenison Del Rey 4) Billie Jean – Michael Jackson 5) Deus e Eu no Sertão – Victor & Leo 6) Borboletas – Victor & Leo 7) Faz Um Milagre Em Mim – Regis Danese 8) Paga Pau – Fernando & Sorocaba 9) Black or White – Michael Jackson 10) Beat it – Michael Jackson
Lei Antifumo via Mobile O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Comunicação, fechou uma parceria com as quatro principais operadoras de telefonia móvel que atuam em São Paulo para alertar a população sobre o início da mudança. As operadoras Vivo, Tim, Oi e Claro dispararam mensagens de texto de cunho educacional sobre a nova lei para todos os seus clientes. A expectativa era de atingir mais de 25 milhões de usuários de telefone celular. Além das mensagens de texto, a pasta tem veiculado propaganda nas principais emissoras de rádio e televisão. Outra ação foi criar um site na internet para tirar as dúvidas da população. As operadoras de celular não vão cobrar a divulgação feita por torpedos. “Esta é uma enorme ação de responsabilidade social por parte das operadoras, que decidiram apoiar a lei ajudando na sua divulgação maciça”, comenta o secretário de Comunicação de São Paulo, Bruno Caetano.
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CORPNEWS
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Uno Soluções registra crescimento
Cisco anuncia faturamento
A Uno Soluções, pioneira no desenvolvimento e implementação de ERP (Enterprise Resource Planning) via Web, registrou crescimento de 33% no faturamento do primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. A meta da empresa é crescer 30% neste semestre do ano em relação à igual período de 2008. Grande parte desse panorama favorável ocorre por conta da disseminação da utilização de tecnologia sob demanda, em especial, do modelo SaaS (Software as a Service). Cada dia mais comum as empresas buscarem por tecnologias que reduzam seus custos e, o U-Commerce - sua completa solução de ERP - por ser operado totalmente via web, é um grande facilitador dos negócios quando utilizado em empresas de todos os segmentos.
Totvs revela nova solução A Totvs anuncia o lançamento do sistema de armazenagem de recinto alfandegado. Desenvolvido para controlar todo o fluxo de documentos e mercadorias em Estações Aduaneiras do Interior (Portos Secos), o software esta implementado em companhias cujas operações estão aprovadas pela Receita Federal do Brasil. O órgão é responsável pelo processo de fiscalização e desembaraço de toda a mercadoria que entra ou sai do País, podendo solicitar alterações de processos e sistemas conforme suas necessidades. Unindo o sistema de ERP e Recursos Humanos da companhia, este software surgiu da carência específica de um cliente da TOTVS e, com a evolução do produto e a realidade deste segmento, integrou-se ao portfólio da companhia. A oferta é altamente configurável e conta com três modos de operações distintos. Ao todo, existem 12 macros processos nos quais o sistema de armazenagem de recinto alfandegado pode ser utilizado: portaria, expedição, operacional, coletor de dados, OS interna, aduaneiro, faturamento, cobrança, comissões, consulta, relatórios e transparência. O software possibilita às estações aduaneiras controlar todas as suas operações, permitindo assim que a entrada e saída de pessoas, veículos e cargas sejam feitas de forma mais eficiente. 8
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A Cisco anunciou seus resultados do quarto trimestre e do ano fiscal para o período encerrado em 25 de julho de 2009. A Cisco relatou vendas líquidas de US$ 8,5 bilhões no quarto trimestre, receita líquida com base em princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP) de US$ 1,1 bilhão ou US$ 0,19 por ação, e receita líquida não-GAAP deUS$ 1,8 bilhão ou US$ 0,31 por ação. “A Cisco apresentou resultado trimestral e anual muito sólidos em um ambiente econômico desafiador, à medida que mantivemos nosso foco em execução disciplinada e no sucesso de nossos clientes. Estamos confiantes em nossa posição estratégica, tanto em mercados em que já atuamos quanto em trinta outros mercados adjacentes”, disse John Chambers, presidente do conselho e CEO da Cisco. Chambers continuou, “O objetivo da Cisco é transformação. Tornar-se a empresa da próxima geração e continuar a melhorar nosso posicionamento no mercado executando nossas oportunidades de crescimento. Vemos a rede tornar-se efetivamente a plataforma para inovação e novos modelos de negócio, capacitados por tecnologias de colaboração”. A Cisco concluiu sua aquisição da Pure Digital Technologies, Inc., criadora da marca Flip Video e pioneira no desenvolvimento de soluções de vídeo amigáveis para consumidores, com grande apelo de mercado de massa. A Cisco concluiu a compra da Tidal Software, um desenvolvedor de soluções de automação e gerenciamento inteligente de aplicativos..
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System Marketing Com o objetivo de comercializar a versão online do DataSetting, sua ferramenta de tratamento de dados , a System Marketing contratou Paulo Martins como executivo de conta. A meta é vender dez licenças da versão online do produto até o final do ano, basicamente para instituições de ensino, jornais, editoras, seguradoras e agências de comunicação, entre outras atividades econômicas. Martins é bacharel em administração de empresas, com especialização em marketing e soma mais de dez anos de experiência no mercado de marketing direto, prestando serviços para empresas como a TIM, Natura, Banco Real, Arezzo, Sudameris, Grupo Estado, Microsoft, HP e Ford.
Hitachi Paulo Godoy assume a divisão de Canais da Hitachi Data Systems no Brasil. O executivo volta para a empresa, depois de um ano, com o objetivo de aumentar ainda mais o número de parceiros e desenvolver a área de canais da empresa em todo o Brasil. Seu maior desafio no novo cargo é ajudar a reestruturar a área de canais da empresa, estabelecendo uma formação ainda mais sólida dos parceiros por meio de treinamentos em temas que vão desde conceitos básicos do storage, estabelecimento de programa de canais “True North” e suas categorias até a expansão de canais Golden e Silver. Formando em Engenharia Eletrônica pela USP, com MBA e especialização no exterior, Godoy tem mais de dez anos de experiência no mercado de tecnologia. Atuou anteriormente em empresas como IBM, Etek, Itaúcom e na própria Hitachi Data Systems.
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Damovo do Brasil em fase de reestruturação A Damovo, líder na oferta de soluções e serviços para o mercado corporativo de Tecnologia da Comunicação e Informação, anuncia que está promovendo uma reestruturação interna e acaba de criar uma diretoria específica para serviços e de contratar três novos executivos. As mudanças no Comitê Executivo Central da integradora fazem parte de um conjunto de ações que serão colocadas em prática durante o segundo semestre deste ano. Para assumir sua diretoria de Vendas, a Damovo trouxe Caio Graccho, executivo de negócios com cerca de 30 anos de carreira, que já passou pela alta gerência de empresas como Xerox e Canon, e foi sócio co-fundador da Diveo, da Geodex e da .comDominio. Os executivos Roberto Araújo e Décio Garcez são os outros dois novos nomes da Damovo. Araújo assume a diretoria de Finanças e Administração, enquanto Garcez passa a liderar a diretoria de Gestão de Pessoas & Informações. A nova diretoria de Serviços será liderada por Rogério Redondo, que ocupava o cargo de diretor comercial antes desta reestruturação. Artur Borges, até então responsável pela diretoria de Marketing e Operações passa a dirigir a área de Operações e Alianças Estratégicas.
CSC completa aquisição da BearingPoint A CSC anunciou no início de agosto que completou a aquisição das operações da BearingPoint no Brasil. Os termos financeiros da transação não foram revelados. A compra apóia o plano plurianual de crescimento estratégico da CSC, expandindo a presença da companhia no Brasil, nona economia do mundo, e acrescentando capacidades em soluções horizontais e experiência nas indústrias onde a empresa atua. Com aproximadamente 550 funcionários, e escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, a operação ampliará a capacidade da CSC em suportar os clientes atuais com presença no Brasil, adicionando um conjunto representativo de novos clientes e posicionando a CSC para conquistar novos negócios na região. A aquisição também expandirá a experiência em indústrias verticais da CSC, incluindo os clientes dos setores, Químico, Energia, Recursos Naturais, Tecnologia e Produtos de Consumo. No Brasil incluem alguns dos maiores produtores mundiais de petróleo e gás, minério de ferro, assim como marcas líderes mundiais de outros segmentos. A presença da CSC na América Latina inclui também operações correntes na Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Peru e México.
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INTERITNEWS
Samsung cria hot sites para aproximar consumidores A Samsung desenvolveu hot sites para as suas linhas de home theaters e câmeras fotográficas digitais. Nesses canais de comunicação a Samsung oferecerá informação de maneira simplificada e, por meio deles, a empresa pretende auxiliar o consumidor a identificar que tipo de produto pode atender necessidades específicas. Os hot sites, que já estão no ar, foram elaborados pela Digitas, líder mundial em marketing digital e uma das responsáveis pela comunicação online da Samsung. O hot site sobre câmeras (www.samsung.com.br/cameras) mostra os principais benefícios de cada modelo da nova linha de câmeras Samsung. Interativo, o canal oferece diferentes respostas de acordo com as escolhas do internauta. Outra novidade da Samsung é o hot site destinado a sua linha de home theaters (www.samsung.com. br/hometheater), que oferece conteúdo prático a respeito da tecnologia, além de mostrar que a Samsung tem o melhor e mais completo portfólio da categoria
Brasil recebe o BlackBerry Enterprise Server 5.0 A Research In Motion (RIM), fabricante da solução BlackBerry, anunciou recentemente a disponibilidade do BlackBerry Enterprise Server 5.0 no Brasil. A versão 5.0 é a próxima geração do software para servidor baseado no método push para mobilidade nos negócios, suporta avançados recursos de administração de TI e controles de smartphones que ajudam a melhorar a produtividade dos profissionais móveis e atende mais efetivamente a demandas de larga escala e missão crítica dentro das empresas. O BlackBerry Enterprise Server 5.0 provê um link seguro com gerenciamento central entre os smartphones BlackBerry e os sistemas corporativos, aplicativos e as redes sem-fio. Integra-se perfeitamente com o IBM Lotus Domino, e o Microsoft Exchange e foi desenhado para oferecer acesso altamente seguro a email, organizadores de dados, mensageria instantânea, navegação na internet e outros aplicativos empresariais. O BlackBerry Enterprise Server 5.0 está disponível para IBM Lotus Domino e Microsoft Exchange. 10
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Hospital 9 de Julho totalmente na web
É cada vez maior a gama de informações sobre saúde que circula na internet, porém, nem todas as fontes podem ser consideradas confiáveis. Atento a essa realidade, o Hospital 9 de Julho aposta na modernização de sua comunicação, tornando-se o primeiro hospital do País a ter um blog institucional e a expandir seu diálogo com toda a sua cadeia de valor, utilizando diferentes ferramentas web 2.0, como o Twitter, Flickr e You Tube. A estreia do blog e a participação nas redes sociais são parte da estratégia de reposicionamento, expansão e revitalização da comunicação do Hospital 9 de Julho, que acaba de completar 54 anos de fundação. Desenvolvido pela Pólvora! Comunicação, o blog “Por dentro do Hospital 9 de Julho” é destinado a pacientes, médicos e estudantes de medicina e traz conteúdos multimídia, como fotos e vídeos, voltados ao relacionamento com os diversos públicos da instituição. Nele, os usuários também encontrarão links para as demais iniciativas do Hospital nas redes sociais, incluindo posts sobre as questões relevantes de saúde mais buscadas na internet, dicas, curiosidades e novidades sobre a instituição - sempre com uma linguagem clara, objetiva e de fácil acesso. O blog Por dentro do Hospital 9 de Julho já está disponível no link: www.pordentrodo9dejulho.com.br.
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Telecheque Como parte de sua estratégia de expansão e consolidação no país, a TeleCheque, empresa de concessão de crédito no varejo, reforçou sua equipe com a contratação de Neusa Ramos para assumir a diretoria de Recursos Humanos. Formada em Psicologia pela Unimarco e com MBA em Gestão de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas FGV, Neusa possui especialização em Psicologia Analítica Junguiana pela IBHE e Psicologia Transpessoal pela Unipaz. Sua experiência profissional inclui passagens por empresas de renome como a Rede Energia, AES Eletropaulo, Senac-SP, Odebrecht, Unimed, entre outras.
T-Systems do Brasil A T-Systems convidou Edson Perez, então Diretor de Vendas e Gerenciamento de Serviços, a ocupar o cargo de Head of International Key Account, que passa a ser responsável pelo gerenciamento dos clientes globais presentes no Brasil, bem como pelo desenvolvimento de novos negócios, fortalecendo assim a padronização e a agilidade nos serviços e produtos. Com 25 anos ocupando posições chaves em grandes empresas multinacionais, o executivo ingressou na T-Systems em 1993 como Gerente de Vendas, Implantação e Suporte Técnico. Ao longo de sua carreira na empresa, também já foi Gerente de Vendas e Gerente de Desenvolvimento de Negócios. Antes, Edson havia trabalhado na Mercedes-Benz do Brasil, onde ocupou cargos gerenciais nas áreas de Suporte Técnico e Segurança de Sistemas, Comunicação, Planejamento e Automação de Escritórios.
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Everis A everis, consultoria multinacional de negócios, tecnologia da informação e outsourcing anunciou duas novas promoções de executivos que irão dirigir as áreas de Tecnologia e Telecomunicações no escritório da empresa no Brasil. As nomeações fazem parte da estratégia de crescimento da consultoria, que investe no desenvolvimento de seus funcionários por meio da Universidade Corporativa. Felipe Dáguila faz parte do time da everis desde 2004, quando entrou como consultor e atuou em importantes projetos no Brasil, Espanha, México e Portugal nos diversos segmentos em que a empresa atua. O executivo é graduado em Análise de Sistemas, com especialização em Tecnologia da Informação pela Fundação Getúlio Vargas e certificado em gestão de projetos pelo PMI. Para liderar a área de Telecomunicações foi nomeado o executivo Marco Galaz, que compõe a equipe da everis desde 2000. O executivo, que também iniciou sua carreira na empresa como consultor, é formado em Engenharia Civil pela Universidade de Engenharia do Chile e atua na área de Telecom no Brasil desde julho de 2004, liderando importantes projetos da everis para as principais operadoras no Brasil, Chile, Peru e Espanha. A everis anuncia a chegada de mais um sócio para a unidade Brasil. Javier Rodriguez Molowny, que atuava na sede espanhola da companhia, chega ao País com o objetivo de dar continuidade ao projeto de expansão da área de Outsourcing na América Latina. Javier Molowny é formado em Engenharia de Telecomunicações pela Universidade Politécnica de Madri, com especialização em Transmissão de Comunicação. Proveniente do Grupo Telefônica, Javier ingressou no time da everis em 1997 como consultor e, ao longo de sua carreira, participou de importantes projetos de implantação de sistemas e outsourcing para grandes bancos e operadoras de telefonia na Espanha, Chile e Brasil. Seu maior desafio, agora na everis Brasil, será gerenciar um dos maiores projetos de outsourcing na área de telecomunicações para América Latina. do Grupo Telefônica, Javier ingressou no time da everis em 1997 como consultor e, ao longo de sua carreira, participou de importantes projetos de implantação de sistemas e outsourcing para grandes bancos e operadoras de telefonia na Espanha, Chile e Brasil
Oki Data Americas A OKI Data Americas revelou que Takabumi Asahi será o novo presidente e CEO da companhia. O executivo será responsável pela estratégia de negócios e liderança da OKI Data Americas e responderá pelas principais decisões da empresa. Asahi terá como missão o crescimento rentável para que a OKI mantenha sua posição mundial como provedora de soluções para usuário final. Anteriormente, Asahi ocupava a posição de Vice-Presidente Executivo e Diretor de Operações da OKI Data Americas norte-americana, onde esteve envolvido no desenvolvimento e implementação da estratégia de negócios Internacionais de todas as áreas de produtos voltados para o mercado norte-americano, incluindo vendas e marketing, comercialização de produtos, finanças e logística. O presidente e CEO anterior, Stewart Krentzman, continuará na OKI Data Americas, mas como Conselheiro para a Administração Executiva, trazendo seus insights, orientações e expertise baseados em sua experiência no setor tecnológico.
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MERCADO
Mobile Payments A breve história de uma inovação estudada pela indústria, esperada pelos reguladores, testada pelos attackers e sonhada pelos clientes, que ainda não aconteceu Por Leonardo Caetano (Responsável pelo lançamento do OI Paggo, um dos primeiros cases de m-payment do Brasil)
A
história dos Pagamentos Móveis não é diferente da maioria dos grandes breakthroughs tecnológicos ocorridos até hoje. Primeiro a concepção da idéia, depois o excesso de expectativas, até que aos poucos as dificuldades são suplantadas e os resultados começam a surgir. O mais interessante, é que quando esse novo modelo torna-se usual olhamos para trás e não entendemos como um dia alguém chegou a duvidar do sucesso da inovação. Mais ainda, nos perguntamos como pudemos viver tanto tempo sem ter isso ou aquilo em nossas vidas. Desde que comecei a trabalhar com o tema, em 2005, apenas uma coisa é consenso em toda a indústria: o potencial do M-payment. Apesar dos números referentes a pagamentos eletrônicos no Brasil e no mundo serem gigantes, a verdade é que o número das transações e pontos de vendas, formais ou informais, fora desse processo é maior ainda. Todas as pesquisas apontam que consumidores e merchants têm total interesse em novas formas de comprar e vender, e em especial usando o celular. Soma-se a isso o contínuo aumento da penetração de aparelhos móveis no mundo e a crescente familiaridade que o consumidor tem com computadores, games, ATMs, celulares e demais aparelhos eletrônicos.
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Otimismo exagerado ou modelo complexo? Se pensarmos que alguns gigantes da indústria de tecnologia atual como o Google ainda estavam engatinhando há dez anos e que alguns dos principais cases de m-payment foram lançados entre 2000 e 2004 poderemos ter uma
“É consenso em toda a indústria: o potencial do M-payment” dimensão mais correta de em que pé estamos. Projetos como NTT DoCoMo, Mobipay, Smart Money, Obopay, M-Pesa, Pay-Pass, Visa Wave, Paggo, Wappa e etc. são belos exemplos de iniciativas e, em diferentes graus, podem ser considerados sucesso, mas estão longe de terem definido modelos ou exaurido possibilidades. A verdade é que não é o otimismo exagerado sobre o tema que está atrapalhando e sim a dificuldade de se conseguir colocar alinhados tantos interesses de uma cadeia de valor muito complexa em que estão nada
menos que bancos, operadoras, bandeiras, emissores, acquirers, processadoras, fabricantes de chip, fabricantes de aparelhos e integradores.
Pluralidade de soluções Além disso, precisamos entender que as necessidades e issues das soluções existentes não serão resolvidas por um único modelo de Pagamento Móvel. Da mesma forma que o NFC pode ser a solução perfeita para a venda de bilhetes de metrô, o celular
MERCADO como POS é perfeito para lojistas informais e delivery. Para os plásticos já emitidos o celular pode trazer redução de riscos ou um local alternativo para se colocar a senha fora do ambiente web. Cada doença tem um remédio e sob nome genérico M-Payment se esconde uma infinidade de modelos possíveis, que apesar de serem antagônicos do ponto de vista de tecnologia ou modelo de negócio terão seu futuro testado da mesma forma.
Seguindo em frente Esse teste se dará como sempre, pela aceitação do usuário, que em ultima instância é o fiel da balança que irá escolher entre a solução vencedora, e que por isso mesmo será melhorada pelo uso contínuo, e a perdedora. Como esse é um negócio de escala os desdobramentos possíveis me parecem óbvios. Temos de um lado as iniciativas disruptivas que precisam penetrar o suficiente para se tornarem
incômodos para os players estabelecidos e assim gerarem valor para os seus negócios. E temos, na mão oposta, esses mesmos grandes players usando a estratégia de observar o mercado e fazer pequenos testes para evitar investimentos em direções erradas. Da confrontação entre o perigo de serem atacados por essas iniciativas e verem parte de seus negócios migrarem para uma nova concorrência e o time to market ideal para fazer tudo conforme os padrões pré-determinados globalmente deve sair o combustível necessário para colocar o trem da história em marcha, e criar uma nova relação entre os participantes desse mercado.
Estratégia não é tudo Uma das frases mais célebres de Napoleão Bonaparte é: “Na estratégia, decisiva é a aplicação”, e agora não será diferente. Não basta que as condições mercadológicas e técnicas estejam favoráveis, não é suficiente que as estratégias e modelos estejam 100% combinados, é necessária uma superior capacidade de implementação. Só assim esse excepcional conceito se tornará realidade, e dessa maneira passará por todas as fases de desenvolvimento até que não entendamos mais como era antes possível se comprar algo sem usar o celular.
PERFIL Leonardo Caetano: Formado em administração e possui MBA em Gestão e Economia Empresarial pela UFRJ, além de ter sido responsável pelo lançamento do OI Paggo, um dos primeiros cases de m-payment do Brasil. O executivo atuou em diversas grandes empresas, tais como OI, Fininvest, Banco Icatu e Price Waterhouse.
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GOVERNO
Demissão em massa? Uma verdadeira “bola de neve” pode acontecer a partir da decisão da Anatel em proibir a venda do Speedy da Telefônica. Trabalhadores temem o pior: Demissão. Por Eduardo Mustafa
A
Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, decidiu no mês de julho proibir a venda do Speedy, serviço de banda larga da Telefônica. A proibição da Anatel ocorreu após a empresa ter dificuldade em oferecer o serviço aos seus clientes. Causando grande transtorno aos usuários do serviço Speedy em São Paulo. Mas a decisão deixou os trabalhadores da atividade, principalmente os de empresas terceirizadas com alguns receios, principalmente quando a assunto mais pertinente é o desemprego. As empresas prestadoras dessa modalidade de serviço têm sob contrato, somente nesta área, cerca de cinco mil funcionários. Caso prevaleça a decisão, as demissões podem afetar um universo de mais de 20 mil de seus familiares, gerando um caos incalculável também nos serviços de manutenção. Segundo as empresas prestadoras, mantida a decisão, ocorrerá uma série de retrocessos no segmento: - Os funcionários são profissionais que foram formados pelas empresas terceirizadas ao longo dos últimos anos, treinados e qualificados para absorver os avanços tecnológicos constantes no segmento de serviços de banda larga. Portanto, a demissão desses profissionais significará não somente a perda de uma mão de obra altamente capacitada na atividade, como, também, a dispersão de um conhecimento tecnológico acumulado no decorrer de vá-
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rios anos e que significou substantivos investimentos de parte das empresas prestadoras de serviços; - Com a qualificação técnica e a especialização, esses profissionais conquistaram melhorias em suas remunerações e adquiriram vários benefícios como reajuste salarial acima dos índices inflacionários, participação nos resultados das empresas prestadoras de serviços, planos de saúde, adicional de periculosidade e assistência social; - Como consequência desses avanços na terceirização voltada para as telecomunicações, há, hoje, inequívoca melhora na qualidade dos serviços, que se reflete na expressiva redução dos prazos para a instalação de linhas de telefones fixos e móveis. Anteriormente, a média para instalação e habilitação de celulares e telefones fixos superava 24 meses. Atualmente, esta operação não leva mais do que dez minutos. As empresas privadas são totalmente dependentes dos serviços de internet – banda larga, cuja instalação é feita em uma hora e meia. - Além desses retrocessos, os trabalhadores e as empresas prestadoras de serviços temem, ainda, os prejuízos aos consumidores, caso a decisão seja mantida por mais tempo. Por exemplo, mesmo no Estado de São Paulo há localidades que são atendidas somente pela Telefônica. Com a proibição, os moradores dessas regiões estarão simplesmente impedidos de utilizar a internet.
Opinião Formada Veja aqui a entrevista que a Inter IT fez com Vivien Mello Suruagy, Presidente do Sindicato Nacional das Empresas
GOVERNO Prestadoras de Serviços e Instaladoras de Sistemas e Redes de TV por Assinatura Cabo, MMDS, DTH e Telecomunicações (SINSTAL).
“Uma verdadeira bola de neve pode acontecer”
Revista Inter IT: O recente problema do Speedy, da Telefônica. O que você acha da decisão da Anatel em suspender a venda? Vivien Mello Suruagy: Acho uma de-
lefones instalados, prazos e qualidade dos serviços, gerando maior satisfação do cliente. Grandes investimentos foram e estão sendo realizados. Diversos setores de atividade no País, como por exemplo, energia, saneamento e obras públicas, tiveram problemas tão ou mais graves. Vimos por exemplo o acidente no buraco do Metrô, o apagão de energia, e vários outros. Não tenho conhecimento de nenhuma paralisação de atividades das empresas envolvidas. Sabemos todos que o País necessita continuar produzindo e trabalhando.
cisão precipitada e injusta. Não foram analisadas as consequências imediatas, bem como as causas e a melhor solução. Creio que o prejuízo para todos está maior. Diversas localidades são atendidas somente pela Telefônica, e agora não terão este serviço. As empresas terceirizadas, que não geram nenhum problema para o Speedy, suam a camisa e que possuem tecnologia especializada na execução dos serviços foram seriamente afetadas. O plano de ação da Telefônica deveria ter sido cobrado anteriormente, e discutido com a Anatel. Infelizmente o processo foi inverso.
Inter IT: Você falou que teme as demissões em massa (principalmente das empresas terceirizadas). Mas o problema não seria muito maior, porque o histórico recente de problemas da Telefônica é grande e afetando um enorme número de pessoas (consumidores)? V.M.S.: Se está havendo problemas,
vamos enfrentá-los de forma conjunta com discussões específicas. Como poderemos solucionar estes problemas, se as empresas terceirizadas não conseguirão manter seus funcionários por mais tempo? Sem a possibilidade de instalar o Speedy, a empresa não recebe e consequentemente não pode manter seus funcionários. Observe que estes funcionários foram formados ao longo dos anos, e perderemos todo este trabalho. A consequência no final para o consumidor será maior, pois o serviço poderá piorar, afetando a todos.
Inter IT: Qual seria a solução? O que a Anatel deveria ter feito e o que deve fazer nesse momento?
V.M.S.: A Anatel é normalmente em
suas decisões bastante ponderada. Considero que o aconselhável seria suspender esta proibição de venda, e montar uma equipe de discussão e acompanhamento do plano de ataque do problema sugerido pela Telefônica, com prazos e sanções bem definidas caso não fosse cumprido o prometido.
Inter IT: A decisão da Anatel em suspender a venda do Speedy, você não acha que foi mais um alerta para as outras empresas? V.M.S.: Fiquei muito surpresa com a decisão. As operadoras de telefonia conseguiram dar uma reviravolta no mercado com relação a número de te-
Inter IT: Como presidente, como você qualifica o serviço oferecido pelas Empresas Prestadoras de Serviços e Instaladoras de Sistemas e Redes de TV por Assinatura Cabo, MMDS, DTH e Telecomunicações? V.M.S.: É um trabalho de muito bom ní-
vel. É claro que necessitamos estar melhorando cada vez mais. O consumidor que há dez anos recebia seu telefone em um ano, hoje habilita em meia hora. Os serviços de internet não existiam. E com isso, obviamente, o consumidor se torna mais exigente. Hoje somos avaliados pelas operadoras de telecomunicações através de metas de prazos e satisfação do cliente, com graves multas caso não sejam atingidas estes indicadores.
PERFIL Vivien Mello Suruagy: Natural do Rio de Janeiro, graduada em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com Pós Graduação pela UFRJ. Atualmente é Presidente do SITESP, Presidente do SINSTAL, Vice-Presidente da FEBRATEL, Presidente do SINDINSTALAÇÃO e Diretora de Infra-Estrutura da FIESP.
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COLUNISTA
Mobile Banking baseado no SIM card Um passo concreto rumo a serviços financeiros seguros e fáceis de usar
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solução de Mobile Banking da Gemalto baseada no SIM card oferece, em uma única arquitetura, o alcance e a simplicidade de uma aplicação orientada por menus e a comprovada segurança do SIM. A solução permite que bancos, operadoras e empresas do ecossistema financeiro compartilhem os benefícios dos serviços financeiros no celular. Algumas outras soluções de Mobile Banking podem acabar não dando certo porque não conseguem atender as exigências de segurança e ao mesmo tempo ser fácil de usar. Mas, reunindo os mais altos padrões de segurança baseados no cartão SIM, uma interface intuitiva de menus de navegação e o mais democrático canal, o SMS, a solução baseada no SIM card concretiza as vantagens teóricas do Mobile Banking. Operadoras no México e na Colômbia já lançaram oficialmente serviços de Mobile Banking baseados no SIM, e em outros países da América Latina esse serviço está prestes a ser lançado. Usuários de celular desses dois países já estão fazendo operações de recarga de pré-pago, consultando o extrato e até mesmo pagando contas e fazendo transferências de fundos enquanto estão em trânsito. A solução traz vantagens concretas para os consumidores, que não precisam baixar nenhuma aplicação nem configurar nenhum parâmetro no aparelho celular. Totalmente orientado por menus, o serviço oferece uma interface conveniente para os usuários, eliminando os obstáculos comuns que comprometem o uso das aplicações móveis. Alavancando esses
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aspectos, os bancos investiram pesado na promoção da aplicação e na simplificação do processo de registro, despertando a conscientização do usuário e aumentando o uso da solução por assinantes de celular. À medida que o número de transações cresce rapidamente todos os dias, as partes interessadas começam a expandir o uso para incluir pagamentos, compras, recargas de créditos e transferências de dinheiro usando o celular. Tudo isso baseado na plataforma sólida e flexível fornecida pela arquitetura da solução baseada no SIM. Conforme o setor inteiro fica empolgado com as possibilidades de Mobile Banking, mais vantagens da solução começam a ficar evidentes à medida que os números vão aumentando. Uma dessas vantagens, por exemplo, é que a solução facilita operações de recarga. Considerando-se que a maioria dos usuários de telefone celular na América Latina são pré-pagos, a oferta de uma opção de recarga rápida e fácil representa uma ótima oportunidade para operadoras de telefonia celular. A solução de Mobile Banking da Gemalto facilita a recarga, bastando apenas dar alguns cliques. Além disso, como a solução é baseada no cartão SIM, a recarga pode ser acionada por qualquer outra aplicação baseada no SIM. Em termos práticos, esse mecanismo significa que, quando um usuário que não possui saldo suficiente tentar fazer uma ligação ou acessar conteúdo, ele poderá ser automaticamente direcionado para o menu de recarga, um recurso certamente de grande valor e
com grande potencial para as operadoras de telefonia celular. Para os bancos, as vantagens estão na cobertura oferecida pelo ecossistema de telefonia celular. Em muitos países da região, a penetração do celular ultrapassa de longe a da infraestrutura dos bancos. Para instituições financeiras, a solução oferece, assim, um jeito seguro e de boa relação custo-benefício para aumentar seu alcance. Os bancos poderiam considerar, por exemplo, o fornecimento de um serviço de atendimento ao cliente baseado no cartão SIM. Por fim, o fato de a adoção da solução exigir a troca do SIM pelo usuário final não deve ser encarado como um obstáculo. A dinâmica do mercado de SIM, particularmente na América Latina, mais do que compensa essa aparente ameaça para a expansão da solução. A natureza do mercado na América Latina sugere que, mesmo em países de grande penetração, pelo menos 1/3 dos usuários de telefone celular troca de SIM todo ano. Esses números são ainda maiores em países onde a penetração é baixa. Como as aplicações financeiras no celular têm um potencial enorme, mas apresentam exigências pesadas e arquitetura complexa, a solução baseada no cartão SIM oferece uma resposta pronta para implementação, capaz de explorar ao máximo esse potencial. À medida que o uso aumenta e mais atores do setor aderem ao SIM, a solução irá integrar mais recursos e tornar realidade casos avançados de uso, ampliando as vantagens e as possibilidades na expansão do Mobile Banking.
COLUNISTA
BPM é uma jornada Por Paulo Rodrigues (Sócio diretor da consultoria Firsteam)
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uito se fala em práticas de BPM. Vê-se esta terminologia ou conceito sendo dado para práticas de desenho, revisão, ou seja lá o que for, de processos. Isto é BPM? Podemos entender que sim, pelo menos na visão de quem faz este tipo de produto ou serviço. Por outro lado são vistas algumas tecnologias de software com uma enorme capacidade de orquestração de processos, permitindo uma forte automatização na sua realização, tirando muito deste fardo dos usuários, mas que na hora de implementar requerem um forte trabalho de “desenho de processos ou seja lá o que for” e um forte trabalho de programação, pois os processos a serem orquestrados são serviços ou aplicações que precisam existir e serem “integrados” a estes “orquestradores”. Isto é BPM, de novo, na visão de quem produz ou entrega estas soluções. Na verdade, o BPM precisa ser visto sob as duas óticas. Uma prática efetiva de desenho de processos, pois é a base de negócios que deve dirigir a tecnologia que irá suportá-la e de que forma, e uma prática de tecnologia de orquestração que permite automatizar estas funções. Fora isto é fundamental que o esforço para implementar estas tecnologias não seja absurdamente grande em termos de desenvolvimento, pois acabam inviabilizando os projetos nesta área. Este dilema tem que ser compreendido considerando três pontos importantes: 1º) É necessário desenhar os processos e ter um controle sobre eles. É
necessário buscar as melhores práticas e incorporá-las a estes processos. É necessário criar mecanismos de medição de desempenho destes processos para
“O BPM é uma jornada, em que temos que planejar grande e executar passo a passo” poder melhorá-los. Tudo isto pode levar anos para uma organização absorver; 2º) Uma vez tendo os processos desenhados podemos instrumentá-los com tecnologias de orquestração e, com isto, automatizá-los, deixando os usuários (humanos, com capacidade e inteligência de discernimento) com tarefas mais nobres de cunho analítico. De novo, trata-se de um trabalho que pode levar anos; 3º) Não tem como desacoplar este conceito (BPM) do SOA (Service Oriented Architecture), pois sem a possibilidade de re-usabilidade de serviços é impraticável construir uma camada de
orquestração com todo este desenvolvimento por baixo. O BPM é uma prática ou um conceito que as empresas irão adotar mais cedo ou mais tarde, por uma questão de competitividade. Um dia se tornará uma commodity, mas é fundamental o entendimento das diferentes fases de um BPM e não achar que ele se encerra dentro de cada uma delas individualmente. O BPM é uma jornada, em que temos que planejar grande e executar passo a passo, pois ele irá levar muito tempo para atingir certo nível de maturidade nas organizações. No entanto, com o tempo elas entram em um processo de melhoria contínua, que tende ao infinito. O grande segredo, se assim podemos chamá-lo, é que o sucesso reside fundamentalmente na capacidade de planejamento e de juntar negócios e TI, escalonar os passos dentro das prioridades corretas da empresa, para que os resultados retro-alimentem o seu processo de sustentação, financeiro e principalmente psicológico, para não cair no descrédito e morrer antes de atingir os objetivos esperados. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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TECNOLOGIA
A plataforma da vez Yavox utiliza a plataforma USSD para fornecer toda aplicação bancária e know how tecnológico através de uma equipe especializada Por Eduardo Mustafa
A
Yavox, precursora no Brasil em serviços de transmissão de dados através de celulares com foco especial nos serviços de mensagens de texto e multimídia, apresentou durante o II Mobile Banking & Mobile Payment, evento organizado pela Corpbusiness, no final de julho, o USSD Applicantions Server. Um serviço que é realizado através da plataforma USSD (Unstructured Supplementary Services Data), que pode ser utilizado por todos os celulares que possuem tecnologia GSM, sem a necessidade de qualquer registro prévio ou instalação de client no aparelho. A Yavox atualmente possui toda a infra estrutura necessária para oferecer imediatamente a seus clientes o acesso a serviços bancários, como, consulta de extratos, saldos, recarga de celular pré pago e até usá-lo como M-Token. Mas as perguntas que não querem calar:
O que é USSD?
Um serviço que garante uma conexão robusta para gerenciamento de informação através de um celular. É um canal na rede da operadora móvel usado para relacionamento com usuários pré-pagos. Sendo um canal extremamente robusto e com suporte a grande volume de transações.
Porquê utilizar USSD?
Por suas características proporcionarem acesso ágil a informações bancárias, com menu amigável, extremamente ágil, seguro, rápido inicio de operação e disponível em toda a base atual de celulares. 18
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Isso é apenas uma pequena explicação sobre a plataforma que a Yavox utilizará para proporcionar para você e a sua empresa grande negócios. A Yavox foi fundada em setembro de 2000 e tem criado para o mercado diversas soluções, modelos de negócios e ofer-
Gustavo Risio, Diretor Corporativo da Yavox
“A Yavox possui toda a infra estrutura necessária para iniciar o trabalho com os bancos e as operadoras” tas de produtos e serviços inovadores para o setor. Um lema da empresa é que desde a sua fundação eles adotaram o conceito Multi – Carrie. A Yavox tem pioneiramente ofertado ao mercado corporativo serviços que sempre disponibilizam cobertura 100% nas operadoras de celular nacionais. Em março de 2009 a Compera nTime anunciou a fusão com a Yavox, ambas atuantes no segmento de valor agregado para o celular. A transação incluiu a aquisição por parte da Compera nTime
da totalidade das ações da Intel Capital e da Wiz Information Technology Capital, ambas sócias da Yavox. A Compera nTime e a Yavox contam com 140 colaboradores e possuem escritórios em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Cidade do México. Após a fusão o portfólio da empresa se tornou o mais completo do Brasil, destacando-se por produtos maduros, bem como, por produtos inovadores. Entre os principais serviços ofertados pela empresa está incluído o conteúdo
TECNOLOGIA “O sistema é seguro e robusto, sendo verificado por órgãos independentes” gerado pelo usuário móvel, portais 3G, alertas de notícias, interatividade televisão e celular, comunidade móveis, jogos, músicas, imagens, vídeos no celular, torpedos, ordens de serviço corporativo e agora o USSD Applications Server da Yavox. “Utilizando a plataforma da Yavox, o Banco irá oferecer imediatamente a seus clientes diversos serviços bancários. O acesso a conta pode ser controlado a partir do registro prévio do SIM Card, em apenas uma etapa de forma simples e segura, usando os canais disponíveis atualmente, como agências, ATMs e Internet”, explicou Gustavo Risio, Diretor Corporativo da empresa. Vale lembrar que a questão de segurança é um dos itens mais buscado pelo usuário, sendo que nos últimos anos as fraudes no Internet Banking se tornaram mais constantes, o que obrigou os bancos a investirem em segurança. Um diferencial de usar a plataforma USSD da Yavox, é que através do celular o Banco pode enviar tais códigos de acesso ou segunda senha, utilizando o celular como um M-Token. “A maioria dos algoritmos criptografados são suportados pela plataforma USSD, o que significa que o Banco poderá usar seus sistemas já existentes. O sistema é seguro e robusto, sendo verificado por órgãos independentes e atende os níveis 2 e 3 da norma FIPS 140-2 do departamento de comércio dos Estados Unidos”, ratificou Risio. Em sua palestra proferida no II Mobile Banking & Mobile Payment, Gustavo Risio confirmou que a entrega de senha no celular demora de dois a três segundos, sendo que as informações não ficam armazenadas no aparelho. “Vários são os aspectos que confirmam positivamente o uso da plataforma USSD
da Yavox. Todos os aparelhos 2G e 3G podem operar a plataforma, sem restrição, sendo que pode ser usado em qualquer local que disponibiliza sinal de celular, quer dizer, na grande maioria dos casos”. O executivo revelou que a Yavox possui toda a infra estrutura necessária para iniciar o trabalho com os bancos e as operadoras de telefonia celular. “Apresentamos no evento um trabalho que realizamos com a operadora Aeiou e um Banco criado pela Yavox para testar a solução, que foi o banco Fácil. Fizemos tudo como seria com qualquer Banco do nosso País, e conseguimos resultados expressivos, tanto de segurança, como de velocidade e custo. O mais importante é que estamos total-
mente preparados para atender. No evento duas operadoras e um banco vieram nos procurar e marcar uma reunião, eles viram realmente como funciona todo o processo. Ainda por cima premiamos algumas empresas com um celular e o serviço disponível, assim a pessoa pode da sua casa, ou mesmo do escritório ver como funciona a plataforma”, completou Gustavo.
Benefícios do USSD Applicantions Server 1) Acesso rápido e fácil: Os clientes podem gerenciar suas contas de qualquer lugar e a qualquer hora, com segurança e praticidade em apenas alguns segundos 2) Canal de uso barato e acesível: O USSD é acessível e fácil de usar, o que encoraja o usuário habituado a utilizar caixas eletrônicos e os serviços da agência a migrar para uma nova tecnologia e canal de contato com o banco. 3) Possibilidade de atingir novos segmentos: Com mais de 150 milhões de usuários no Brasil, o celular é uma ótima forma de atingir clientes sem acesso a internet ou agências bancárias, ou que simplesmente adoram os canais de comunicação via celular. 4) Sessão: No SMS aplica-se o “store & forward” (armazena e encaminha) o USSD trabalha com sessões, isto é, orientado a conexão. 5) Comunicação constante com o cliente: O Banco terá acesso constante ao cliente já que o milhões de usuários irão utilizar o acesso via celular para saldos, extratos e outros serviços, e este contato pode ser utilizado para a oferta de novos produtos e serviços a este público. 6) Conveniente: A qualquer hora, em qualquer lugar (mesmo em roaming nacional ou internacional), através de qualquer celular e sem necessidade de mudanças no SIM Card. 7) Simples: Registro com apenas uma etapa. 8) Segurança: Nenhuma informação fica armazenada no aparelho.
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SEGURANÇA
Direito Digital e Guerra Virtual entre as TVs Brasileiras. Por José Antonio Milagre (Advogado especialista em Direito Digital)
A
população brasileira pôde presenciar o início da maior demonstração de desrespeito para com telespectadores, desde os tempos da ditadura militar. A briga entre TVs mais do que desmascarou os tão apregoados “critérios de imparcialidade informativa”, o que agora sabe-se, são inexistentes, mas acima de tudo, evidenciou uma nítida agressão a direi-
ação de um grupo de hackers brasileiros, “Skynet Group”, que acessou indevidamente o site da Record e proferiu ofensas aos seus proprietários. Dúvidas à parte sobre tal ação ter sido patrocinada pela outra empresa, o fato é que esta conduta embasa uma série de reflexões que propomos no artigo. O fato é que, hoje percebemos que a motivação do atacante virtual não
“Hackerismo pode ser encomendado, assim como se encomenda um homicídio” tos difusos e coletivos. Você, seu pai, seu irmão ou seu amigo podem não saber, mas no momento em que as televisões em conflito exibiam “dossiês” em seu horário nobre, preterindo a qualidade da informação, milhões de usuários tinham direitos constitucionais agredidos e arranhados, sem se quer se darem conta. O quanto deixamos de nos informar enquanto lavava-se roupa suja em programas que deveriam ser informativos? Mas o pior, a batalha não ficou nas ondas hertazianas, e tivemos que assistir outras mídias do grupo das emissoras replicarem as ofensas ou contraataques, como numa ordem ditatorial top-down! Revistas, jornais e como se não bastasse, a Internet. Achávamos que já tínhamos visto tudo, mas tivemos conhecimento da 20
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é mais a mesma; Se outrora agia por emulação, visando destaque em seu grupo, em outro momento agindo impulsionado pela ideologia (comum em países do oriente médio), hoje sabemos que o hacker brasileiro age, preponderantemente, pelo dinheiro. Até aí nem uma novidade. Ocorre que agora este dinheiro pode ser da vítima, mas também pode ser do mandante do crime. O Hackerismo agora pode ser encomendado, assim como se encomenda um homicídio. No caso da Rede Record, a técnica utilizada é conhecida como “Defacement”, do inglês, ato de modificar a superfície de um objeto. O “deface”, no jargão geek é considerado uma técnica de “pichação”, onde o invasor modifica o site da vítima, normalmente com textos ofensivos.
Mas é crime alterar um “index” de uma página qualquer? Ora, qual seria sua reação se chegasse para trabalhar em sua empresa e a sede estivesse completamente em chamas? A analogia é pertinente, pois aquele que altera página da Internet de terceiros, mais que destruir a página inicial, afeta sua relação com clientes, terceiros e principalmente, gera o chamado impacto de imagem, um dos mais difíceis de serem contingenciados. Mas é possível punir estes criminosos, que realmente pensam que são úteis, libertários ou ideologistas? Para o mestre penalista Nelson Hungria, dados não poderiam ser objeto de destruição pelo crime de dano, eis que “o objeto material do crime de dano é a coisa imóvel ou móvel, devendo tra-
SEGURANÇA tar-se obviamente, de coisa corpórea ou no sentido realístico, pois somente pode ser danificada por ação física”. Por outro lado, esta interpretação não mais resiste a análise contemporânea, considerando que aplicando-se a chamada “interpretação históricoevolutiva” muitos juizes no Brasil já condenam por dano informático, crime previsto no artigo 163 do Código Penal, aqueles que destoem sistemas informáticos, de grandes ERPs à páginas na Internet. Tanto é verdade que no Projeto de Lei de Crimes de Informática, o PL 84/1999, já aprovado no Senado, teremos a criação clara do crime de “Dano Informático”, que expressamente prevê que dados digitais podem ser passíveis de destruição: Inserção ou difusão de código malicioso. - Art. 163-A. Inserir ou difundir código malicioso em dispositivo de comunicação, rede de computadores, ou sistema informatizado. - Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Inserção ou difusão de código malicioso seguido de dano - § 1º Se do crime resulta destruição, inutilização, deterioração, alteração, dificultação do funcionamento, ou funcionamento desautorizado pelo legítimo titular, de dispositivo de comunicação, de rede de computadores, ou de sistema informatizado: - Pena – reclusão, de 2(dois) a 4 (quatro) anos, e multa. - § 2º Se o agente se vale de nome falso ou da utilização de identidade de terceiros para a prática do crime, a pena é aumentada de sexta parte.” Assim, ao difundir código malicioso em sistema informatizado que resultou em mera “alteração” do funcionamento do website, estes hackers já poderiam ser punidos. Poderiam, não fosse a morosidade legislativa em aprovar o Projeto de Lei em análise. E se for constatado realmente que os ataques ao site da Record tiveram um “mandante”?
O Código penal deixa claro em seu artigo 29 que quem, de qualquer modo, concorrer para o crime, incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Assim, pela teoria monística, todo aquele que concorre para o crime, em verdade, causa-o. De modo que, autor é quem tem poder de decisão sobre a realização do fato e
“Soldados cibernéticos com superpoderes nas mãos” não só quem executa a conduta típica. Outro ponto merece reflexão. Ao pixar o site da Record e colocar um “logo” da Rede Globo, estes imaturos bandidos simplesmente nos enalteceram mais uma característica do Direito Digital: a facilidade de alterar o estado das coisas e atribuir a autoria de crimes a outras pessoas! Assim como no Direito Digital é possível furtar e deixar a coisa furtada, também é possível facilmente utilizar ou subtrair credenciais alheias, e usá-las para um crime virtual. Aqui
identificamos casso clássico de calúnia (art.138) e denunciação caluniosa (art. 339 do Código Penal). Agora, até “explicar que focinho de porco não é tomada...” Onde queremos chegar? Discernimento. Autoridades, peritos digitais e poderes constituídos terão que aprender rápido com os exemplos como este, cada vez mais gritantes em nossa sociedade, ou injustiças serão cometidas! Estes são os “novos soldados”, soldados cibernéticos com super-poderes nas mãos, capazes de achincalhar qualquer conceito de prova eletrônica concebido ou chacotear os métodos ortodoxos de investigação policial. Pessoas que são mais nocivas não por praticarem os crimes na Internet, mas por poderem se passar por qualquer outra pessoa e principalmente, por nunca revelarem a quem efetivamente servem.
Perfil José Antonio Milagre (www.twitter.com/periciadigital): Pesquisador em Cyber Cultura, Advogado especialista em Direito Digital, MBA em Gestão de Tecnologia da Informação, Professor de Pós-Graduação na Universidade Presbiteriana Mackenzie, SENAC e UNIGRAN. Co-autor do livro “Internet: O Encontro de 2 Mundos” pela Editora Brasport, 2008. Colaborador no Livo “Legislação Criminal Especial”, organizado pelo Professor Luiz Flávio Gomes, Editora RT, 2009.
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TECNOLOGIA
Revolução a vista SupportComm anuncia lançamento do serviço de autorrecarga para celular. Mobilidade, Segurança e Comodidade são as palavras do sucesso Por Eduardo Mustafa
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odos que atuam no setor de Telefonia Móvel já sabem da qualidade de serviço oferecido pela SupportComm, uma das principais empresas provedoras de serviços para telefonia celular do Brasil. A empresa que está há mais de dez anos no mercado, acabou de lançar um produto que vai revolucionar o setor Mobile. Em junho, a companhia anunciou o lançamento do autorrecarga, o serviço de recarga de crédito para celulares pré-pagos, onde a empresa vai disponibilizar a operação via web ou telefone, com mais segurança, comodidade e mobilidade. No momento o serviço está disponível para os clientes das operadoras Vivo e Oi. Até setembro a SupportComm espera disponibilizar a solução para os cliente de todas as operadoras. Segundo o diretor de Negócios da SupportComm, David Carvalho, a empresa realizou um estudo detalhado sobre as necessidades dos usuários do modelo pré-pago, sendo identificado um espaço no segmento de recarga, um verdadeiro mercado a ser explorado, principalmente através de meios virtuais. “Nós sabemos que 80% dos 150 milhões de usuários de celulares no Brasil são de linhas pré-pagas, que precisam de inserção de créditos para funcionar. Isso fez com que criássemos a autorrecarga, pois sabemos da necessidade do serviço desse porte via web ou telefone. Com toda a tecnologia que temos, não podemos deixar a
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pessoa sair de casa e ir a lotérica ou na banca apenas para comprar seus créditos”, comentou Carvalho. A SupportComm fez o lançamento em junho do serviço, primeiramente via web, sendo que a partir de setem-
David Carvalho, diretor de Negócios da SupportComm.
“Uma grande vantagem da SupportComm é ter um canal próprio de venda” bro a empresa vai usar outros meios de comunicação para disseminar o serviço, como televisão, revista, eventos e broadcast. “Estamos em fase de lançamento, nós começamos a trabalhar definitivamente o produto em junho, pois nosso plano é começar a divulgação via internet, para depois espalhar por todos os meios de comunicação possível”, explicou Aline Arasaki, gerente de
marketing da SupportComm. A autorrecarga é feita pelo *4040 via telefone, ou mesmo pelo site www. recarregueja,com.br, mediante a breve cadastro. A ligação e o cadastro são totalmente gratuitos. “Nosso objetivo é garantir mais comodidade ao públi-
TECNOLOGIA co que utiliza os celulares pré-pagos, com toda segurança e mobilidade. A SupportComm espera que até o final de 2009 o novo canal de compra conte com 1 milhão de recargas”, falou David Carvalho. Para se ter uma idéia da mobilidade, o usuário ao fazer o acesso no www. recarregueja.com.br, vai fazer um cadastro de login e senha, depois de confirmado o cadastro, o usuário leva pouco mais de um minuto para realizar a sua recarga, sendo apenas sete (7) segundos o tempo de fechamento para a obtenção dos créditos. Outra comodidade são as formas de pagamentos, sendo possível via cartão de débito ou crédito, das bandeiras Visa, Mastercard, American Express e Hipercard. “A inten-
SupportComm Uma das principais empresas provedoras de serviços para telefonia celular do Brasil. Há mais de dez anos no mercado, oferece um portfólio completo de soluções tecnológicas para dispositivos móveis, incluindo aplicativos customizados e conteúdos exclusivos. Essas soluções possibilitam a implementação de ações de mobile marketing, de comunicação corporativa e serviços de valor agregado para operadoras de telefonia celular. A qualidade dos seus serviços é comprovada, por exemplo, pela utilização maciça dos serviços de Portal de Downloads e Portal de Voz disponibilizados para duas das maiores operado-
“A SupportComm já possui uma estrutura enorme na questão tecnológica, nós iremos usar a experiência” ção da companhia é disponibilizar o serviço para todas as operadoras. Em um segundo momento o serviço deve ser estendido para o pagamento de outros itens, como lanchonetes, táxis e outros”, disse o diretor de negócios da empresa. Uma grande vantagem da SupportComm é ter um canal próprio de venda, assim sendo a empresa não vai entrar em conflito com as outras empresas do setor. A principal vantagem para as operadoras de telefonia será de entrar em uma região pouco explorada, pois o serviço virtual atualmente é de grande alcance. “A SupportComm já possui uma estrutura enorme na questão tecnológica, nós iremos usar a experiência da empresa para conseguir mostrar todo o benefício possível desse nosso novo serviço”,
ras de celular do país, respectivamente a Claro e a Vivo, suas parceiras. O canal de telefonia móvel tem, sobre as outras mídias, a vantagem de ser em tempo real, interativo, pessoal e independer de localização. A SupportComm possibilita a veiculação da mensagem ao público-alvo por diferentes tecnologias: SMS, MMS, WAP, Web Móvel, TV Móvel e Bluetooth. Conhecedora dos mercados mobile e de entretenimento, mantém em seu portfólio produtos que atendem aos desejos dos consumidores. Para isso, realiza constantes pesquisas com o objetivo de conhecer tendências de comportamento, estilo de vida e perfil cultural dos usuários de celulares dos vários extratos sociais. Ao mesmo tempo, cuida de adaptar produtos e serviços aos requerimentos técnicos e
regulatórios das operadoras de telefonia móvel. Todo esse conhecimento é compartilhado com seus clientes para alcançar os melhores resultados, em cada projeto.
SMS Corporativo Agilidade, custo baixo, falar com o público-alvo em qualquer horário e lowww.corpbusiness.com.br | Inter IT
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TECNOLOGIA
“A SupportComm oferece a mais completa solução de mobile marketing” cal são as principais vantagens da ferramenta SMS. Aplicado nos negócios, o SMS pode fazer do celular um importante aliado na comunicação corporativa. O SMS Corporativo, conjunto de soluções de SMS da SupportComm, foi desenvolvido com esse objetivo. Este conjunto de soluções reúne produtos customizados para vários segmentos de mercado, criados para otimizar a comunicação das empresas, facilitar o fluxo de informações com colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes. Alguns exemplos de utilização são o envio via SMS de avisos de prazos que estão para vencer, informações sobre faturas, confirmação de agendamento de consultas médicas e exames, pedidos de compra e mensagens de relacionamento.
Mobile Marketing Para atender às necessidades das agências e empresas de todos os segmentos, a SupportComm oferece a mais completa solução de mobile marketing. Para cada estratégia existe a ferramenta mais adequada, ou a combinação de várias delas. Ao fazer uma parceria com a SupportComm, sua empresa tem à disposição o que existe de mais avançado em tecnologia mobile. A evolução tecnológica dos celulares fez desses aparelhos um meio de comunicação ágil, interativo e com múltiplas aplicações. O mobile marketing, expressão usada para designar as campanhas de marketing para dispositivos móveis, chegou para ficar e vem proporcionando às empresas um canal
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de relacionamento direto e eficaz com os seus públicos. Veiculação de peças publicitárias, vinhetas, mensagens personalizadas, ações de relacionamento, notícias e oferta de produtos e serviços de entretenimento são algumas das formas possíveis de se fazer marketing pelo celular. Para isso, são utilizadas as ferramentas SMS (mensagens de texto curtas), MMS (mensagens com sons, imagens e vídeos), Portal de Voz, Bluetooth (conexão e troca de arquivos entre equipamentos móveis), WAP (acesso à internet móvel) e download de conteúdos digitais. Todas estas ferramentas combinadas são um poderoso meio de fazer a comunicação do marketing chegar ao cliente. O Bluetooth, por exemplo, permite a um consumidor localizado a alguns metros de uma loja ou outdoor receber em seu celular um arquivo relacionado aos produtos daquela loja ou ao conteúdo do outdoor, como avisos de descontos e promoções. A SupportComm se encarrega da implementação da campanha, desde a integração junto às operadoras, adequação do formato da mensagem aos vários tipos de celulares existentes até a entrega de relatórios para a análise de resultados. Você chegará ao consumidor, com uma mensagem cuidadosamente selecionada, e no momento apropriado. Todo esse trabalho fará com que seus objetivos de comunicação sejam atingidos, e da maneira mais eficaz, com impacto positivo sobre a imagem da empresa.
Novo Comando A SupportComm revelou em julho que tem um novo presidente. A companhia comunicou que Alberto Leite deixou o cargo, e em seu lugar assumiu Cesar frantz, que após dois anos no conselho administrativo, assume o cargo de CEO da SupportComm. O principal objetivo do executivo é manter o posicionamento inovador da companhia no desenvolvimento de soluções para telefonia celular. Em 1997 Frantz foi um dos fundadores da SupportComm e ocupou o cargo de CEO até meados de julho de 2007, quando assumiu a presidência do conselho administrativo. No setor financeiro o executivo atuou no Bankers Trust, ING Bank, Banco Crefisul/Citibank, entre outros. Frantz é graduado em Ciências da Computação pela Universidade Mackenzie.
COLUNISTA
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ENTREVISTA
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ENTREVISTA
Empresa Novo.... mas competente Erivelto Rodrigues, Presidente da Novo e-pay, recebeu a revista Inter IT em seu escritório em Barueri para explicar o novo modelo de negócio e as conquistas realizadas pela empresa em poucos meses de atuação Por Eduardo Mustafa / Fotos André Pera
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o começo de julho fui escalado para fazer a matéria de capa com o presidente da Novo epay, Erivelto Rodrigues. Para ser sincero não conhecia o trabalho da empresa e nada sobre o meu entrevistado, que por sinal é nada menos que o Presidente. Ao começar uma pesquisa sobre tecnologia, produtos, serviços e sobre a empresa, uma surpresa: Diversos estabelecimentos em Barueri são credenciados para receber pagamentos móveis da Novo e-pay. Quer dizer, o negócio realmente funciona, não está apenas no papel. Então marquei a entrevista no final de julho no escritório da Novo e-pay, que fica sediada em Barueri. Com isso eu pensei, vou uma hora antes do combinado para percorrer algumas lojas credenciadas e saber mais sobre o uso da tecnologia. E para minha grata surpresa, muita gente em Barueri é adepta ao pagamento móvel da Novo e-pay. Ao sentar em uma lanchonete, em questão de 20 minutos duas pessoas fizeram o pagamento utilizando o serviço. “Com certeza eu uso, afinal, não tenho gastos a mais por isso, tenho diversos benefícios, e ainda por cima posso deixar a minha carteira em casa e sair apenas com o meu aparelho celular”, comentou Isabela Freitas, após comer um salgado em uma lanchonete credenciada pela Novo e-pay.
“São diversas as vantagens de utilizar o pagamento móvel da Novo epay, mas o que fez eu começar a usar é que quanto mais eu gasto, mais são oferecidos créditos em dinheiro. Já que vou pagar, que seja com algo que me de retorno”, confidenciou Barbara Munhoz, que começou a utilizar o pagamento após o estabelecimento que trabalha credenciar o serviço da Novo e-pay. Outra surpresa que tive foi com as vantagens que a Novo e-pay oferece para as empresas que fizerem o credenciamento do pagamento móvel. Entre as vantagens estão: Para o estabelecimento comercial a menor taxa de administração; e a menor taxa de antecipação de recebíveis do mercado. “ “A Solução novo e-pay foi desenhada para obter o nível máximo no quesito segurança e suportar cinco tipos de chaves referentes a segurança requeridas para transações bancárias, que são, autenticação, autorização,
integridade, não repúdio e confidencialidade”, explicou Erivelto Rodrigues, antes de começar a entrevista. O executivo comentou que os planos da Novo E-pay não é ficar apenas em Barueri, mas sim atuar em todo o Brasil em um futuro próximo. “Queremos ser referência no mercado de transações eletrônicas, através de soluções completas, eficazes e criativas, trazendo mais conveniência, segurança e facilidade para os nossos clientes”. Para Rodrigues, o diferencial é alcançar um público que hoje não é atendido pelo mercado de crédito, oferecendo uma ferramenta de consumo para uma parcela da população que possui renda, mas que atualmente não tem acesso ao mercado bancário. “Potencializar o ramo de atividade de todos envolvidos dando subsídios para que todos cresçam de forma contínua e eficaz”, finalizou o bate papo. Confira aqui algumas questões que foram abordados com Erivelto Rodrigues, presidente da Novo e-pay.
A novo e-pay é formada por profissionais altamente qualificados e respeitados no mercado financeiro e de tecnologia. Usando tecnologia de ponta para garantir segurança, velocidade e qualidade nas transações financeiras, pronta para ser a líder do mercado.
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ENTREVISTA
Sua Missão é ser referência no mercado de transações eletrônicas, através de soluções completas, eficazes e criativas, trazendo mais conveniência, segurança e facilidade para os nossos clientes. Inter IT: Quais são as dificuldades de atuar na presidência da Novo e-pay? E.R.: O que eu percebi aqui na Novo
foi o seguinte, quando eu cheguei os projetos eram ótimos, mas o pessoal era muito técnico, então precisava criar um novo modelo de gestão, com mais eficiência. Um dos meus objetivos era de trazer a experiência do mercado financeiro, agregado a experiência técnica do pessoal, tudo para fazer a Novo e-pay crescer. Outra meta era de conseguir através do meu relacionamento com os Bancos a possibilidade da empresa fazer novos negócios e criar novos projetos.
Inter IT: Como vocês passaram pela Crise Financeira Mundial? E.R.: A crise não afetou em nada, pois
começamos em marco de 2009, então a crise estava praticamente no fim.
Revista Inter IT: Poderia falar um pouco mais do executivo. Onde você nasceu e qual a sua formação acadêmica? Erivelto Rodrigues: Eu tenho 51 anos, sou natural de São Paulo e formado como Administrador de Empresas pela PUC de São Paulo. Eu fui assessor da presidência da Serasa por 12 anos, fundei e sou sócio diretor da Austin Asis e Austin Rating, que hoje é a maior empresa de risco de crédito do País. Atualmente sou sócio e exerço o cargo de Presidente da Novo e-pay. Atuou com consultor de grandes bancos e empresas no Brasil e exterior. Comecei em março de 2009 aqui na Novo e-pay, ao analisar o convite percebi que a empresa tem grande potencial de crescimento, por isso aceite o desafio para o cargo.
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Inter IT: Como é a estrutura da Novo e-pay atualmente? Onde vocês estão atuando, qual é o público que vocês atingem, metas e objetivos? E.R.: Atualmente nos atuamos na gran-
de São Paulo, principalmente em Barueri. Nós pretendemos encerrar 2009 com dez mil clientes e dois mil estabelecimentos comerciais credenciados. Atualmente estamos com cinco mil clientes e 400 estabelecimentos comerciais, isso com quatro meses de atuação. Vamos atuar em todo o Rio de Janeiro a partir de setembro. Em agosto já chegamos em Campo Grande e em três cidades do interior de São Paulo. Nós investimos em tecnologia e marketing, tanto para os estabelecimentos comerciais, como para as pessoas físicas. Isso é para fazer um aumento da base de cliente e estabelecimento.
Inter IT: A “Visão” da empresa é atuar
com um público que hoje não é atendido pelo mercado de crédito? Qual é esse público e porque hoje ele não é atendido? E.R.: Um do segmento que a Novo con-
segue entrar é o segmento informal, onde as bandeiras tradicionais não conseguem atuar. A Novo e-pay consegue entrar em todo o lugar, como trabalhar com os camelos e os motoristas de taxi. A Novo também pode estar aonde não tem energia elétrica, isso é um grande diferencial. É muito fácil de usar, é só o aplicativo do consumidor, que é o celular, e o aparelho celular que nós fornecemos que faz o papel do POS nas empresas.
Inter IT: Qual é a vantagem que vocês oferecem aos clientes? E.R.: Nós oferecemos algumas vanta-
gens, para o estabelecimento comercial temos a menor taxa de administração. A nossa taxa de antecipação de recebíveis é a menor do mercado. Para o cliente pessoa física nós não cobramos anuidade e temos o esquema de utilização, quanto mais gasta, mais oferecemos créditos em dinheiro para o cliente. Em alguns estabelecimentos, como uma rede de postos de gasolina aqui de São Paulo, nós damos dez centavos a cada litro abastecido, se for ver é muito significativo no final do mês.
Inter IT: Acredito que a maior desconfiança do consumidor é em relação a “Segurança” do serviço. Como vocês trabalham essa questão? E.R.: Hoje o cartão de plástico é muito
fácil de ser clonado, e a nossa solução não tem como fraudar, se quiser copiar o usuário tem que colocar a senha e depois o token, então a cada compra tem um token diferente, o que dificulta por um todo o processo e inviabiliza
ENTREVISTA “A Novo consegue entrar no segmento informal, onde as bandeiras tradicionais não atuam” a fraude. Nunca tivemos problema de fraude. Apesar de ter um ano de vida, não tem como ter com a geração de token que utilizamos. Por isso o banco fornece o token atualmente, para não dar margem para a fraude. A Solução foi desenhada para obter o nível máximo no quesito segurança e suportar cinco tipos de chaves referentes a segurança requeridas para transações bancárias. Sendo elas a autenticação, autorização, integridade, não repúdio e confidencialidade.
Inter IT: Como funciona a sistemática do processo de pagamento? Outra coisa, o custo é competitivo em relação aos pagamentos tradicionais? E.R.: Olha, vou explicar todo o proces-
so. Uma pessoa pode se cadastrar tanto pela internet, ou pelos cadastros em papel nos estabelecimentos credenciados. Com isso nós liberamos o aplicativo no celular da pessoa e damos um limite de 20 reais de crédito na hora. Após fazemos uma análise de limite de crédito a partir de uma verificação da ficha cadastral, com isso liberamos em 24 horas o seu limite e a lista de estabelecimentos credenciados. Ele vai usar facilmente o serviço, sendo que no mês seguinte a pessoa recebe uma fatura pelo correio, ou pode baixar pela internet. O custo é competitivo, para o lojista a taxa de administração é menos de dois reais (R$ 1,98), a menor taxa do mercado. Como é um produto novo, tem a restrição do usuário em relação à segurança, mas após duas ou três transações o nosso cliente cria a confiabilidade e começa a usar com maior
freqüência. Você não precisa mais ter um terminal de POS, toda a transação é feita através da troca de mensagens entre os celulares. Portanto seu celular funciona também como terminal móvel podendo utilizá-lo em entregas delivery, dispensando inconvenientes como troco.
Inter IT: Atualmente as pessoas estão habituadas em usar o cartão de crédito e debito. Você acredita que o pagamento pelo celular irá substituir o modelo atual, ou irá agregar? E.R.: Eu acho que o estouro do Mobile Payment vai ser em 2011, para isso quero estar grande o suficiente para fornecer a tecnologia com muita qualidade a todos.
“Eu acho que o estouro do Mobile Payment vai ser em 2011” A visão da empresa é de alcançar um público que hoje não é atendido pelo mercado de crédito oferecendo uma ferramenta de consumo para uma parcela da população que possui renda, porém que não tem acesso ao mercado bancário. Potencializar o ramo de atividade de todos envolvidos dando subsídios para que todos cresçam de forma contínua e eficaz.
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Tendências & Inovação Políticas Públicas e Estratégias Privadas A Editora Aduaneiras acaba de lançar o livro Serviços Financeiros e Internacionalização das Empresas Brasileiras: Políticas Públicas e Estratégias Privadas, organizado pelo economista, mestre e doutor em Ciências Políticas, Ricardo Sennes, e o economista e ex-presidente do Unibanco, Tomas Zinner. O livro destaca o papel da América Latina na estratégia de internacionalização e consolida a troca de ideais entre os responsáveis pelo avanço dos temas financeiros relacionados à internacionalização das empresas. O desafio foi avaliar e sugerir caminhos para incrementar os instrumentos financeiros de apoio à internacionalização das empresas sediadas no Brasil.
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(14 a 17 polegadas)
Capa protetora de neoprene oferece compartimento de tecido aveludado para manter os notebooks, de 14 a 17 polegadas, seguros e sem riscos. O exclusivo design com robusto zíper metálico e assimétrico, a torna ideal para o acesso fácil ao equipamento do topo para a lateral. É possível usar a pasta dentro de outra bolsa para facilitar o transporte, ou sozinha para a utilização no local de trabalho. A Belkin oferece garantia lifetime. Disponível nas cores branco/rosa, branco/verde, preto/vermelho e marrom/azul.
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Executiva Status Com o objetivo de facilitar o dia a dia de quem precisa levar com segurança, conforto e praticidade o notebook para o trabalho e para reuniões, a Multilaser acaba de lançar a Maleta Executiva Status. Resistente e elegante, o modelo é confeccionado em couro sintético preto, oferece a excelente proteção anti-shock e possui design moderno. A Maleta Executiva Status é ideal para acomodar notebooks de até 15”. Além de oferecer compartimento com divisória para o computador, a novidade da Multilaser facilita a organização dos papéis e objetos ao possuir compartimento frontal com porta-celular e um total de três bolsos internos, sendo que dois deles contam com fechamento em velcro. Outros atrativos são a prática alça de ombro ajustável e acolchoada, com fechos de metal, e a presença de zíperes que podem receber cadeados. O modelo mede 415x70x345mm.
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Tendências & Inovação
Radical Cam Minigeladeira Nada melhor do que ser uma pessoa preparada para diversas ocasiões. Se você for viajar e onde estiver indo não tem energia elétrica, a melhor opção é a compacta Minigeladeira, que traz praticidade e conveniência ao dia-a-dia. Com 18 cm de altura, ela pode ser acionada através do acendedor de cigarros no carro. Outra função inovadora é a opção “HOT”, que facilita bastante a vida de quem curte os passeios, mantendo aquecidas as refeições. Também armazena até seis latas de 355 ml.
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Finger Mouse Diferente dos modelos de mouses existentes no mercado, o produto permite que o usuário tenha controle total sobre o ponteiro do mouse, de uma forma simples e fácil, como se fosse a extensão de seu próprio corpo. Operado entre o dedo indicador e o polegar, somente da mão direita, o Finger Mouse possibilita que o usuário escreva ou digite enquanto usa o mouse, encurtando o tempo entre estas tarefas e sem perda de performance. Um elástico-anel permite o ajuste ideal do produto ao dedo até uma posição confortável para a movimentação suave do mouse. Os dois botões de seleção e o “scroll” são acionados pelo polegar. Para usar o Finger Mouse, basta conectá-lo a uma porta USB, já que o produto não necessita instalação. Com apenas 35g de peso, resolução de 800 dpi e cabo de 1,20m, o mouse é compatível com os sistemas operacionais Windows ME/2000/2003/XP.
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EVENTOS
O MAIOR evento do setor Quais são as tendências no mercado de Mobile? Essa pergunta foi respondida durante o II Mobile Banking & Mobile Payment, evento realizado pela Corpbusiness que movimentou as Instituições Financeiras, Operadoras e as empresas do nosso País Por Eduardo Mustafa / Fotos André Pera
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uando vamos usar o celular para efetuar um pagamento? O que os bancos precisam fazer para garantir segurança ao usuário? As operadoras irão investir no setor de pagamentos móveis? Essas questões e muitas outras foram temas de discussões no II Mobile Banking & Mobile Payment, evento realizado em São Paulo e organizado pela Corpbusiness. Foram dois dias de palestra e networking no maior evento de negócios do setor de M-Banking e M-Payment do Brasil. O Patrocínio Oficial do evento foi da Gemalto; Patrocínio Gold foi da Yavox, Coda Mation, HTC e SupportComm; Patrocínio Silver da MobileBroker, Novo e-pay e Ever Mobile; e Patrocínio Vip ficou por conta da Human Mobile e Todos. O evento foi realizado no Hotel Meliá Jardim Europa, nos dias 29 e 30 de julho, e contou com 246 executivos tomadores de decisões (Presidentes e Diretores) das principais empresas do setor. Uma recente pesquisa divulgada pela Insigth-Corp revelou que oito aplicações financeiras para telefones celulares irão tornar parte da rotina diária de cerca de 2,2 bilhões de usuários móveis no mundo nos próximos cinco anos. Segundo o relatório, são elas: Mobile banking; mobile stock tranding, mobile proximity, mobile payment, mobile barcoding (códigos de barra), mobile P2P; e mobile gambling. Para os 32
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especialistas, as aplicações irão gerar cerca de US$ 124 milhões para os desenvolvedores de aplicativos e para as operadoras móveis que provêm acesso a estas aplicações. No Brasil o momento é de expectativa. Um grande número de empresa testa a solução e busca o melhor modelo de negócio. Atualmente no País o maior obstáculo de serviços de Mobile Payment é a falta de acordo entre os principais envolvidos nas tran-
sações, que são os Bancos, empresas de cartão de crédito e operadoras de celulares. Outra tendência mundial é a integração da NFC (Near Field Communication) em cartões SIM, por exemplo, apresenta oportunidade de negócios para as operadoras móveis que buscam soluções colaborativas para trocar conteúdo com ou sem conexão à internet, seja música, fotos, mensagens e etc. Acompanhe o que foi debatido durante os dois de evento.
EVENTOS Primeiro dia - 28/07/2009 9:00 - Como se apresenta a convergência entre os setores de Telecom móveis e serviços financeiros? Panorama, condições, perspectivas e oportunidades; - Players e aliança, investimento necessário e fatores determinantes; - Tempo de penetração do serviço; - Estado do mercado móvel na América Latina; - Potencial no mercado de remessas; - Processos de adoção do Mobile Banking. Para Frank Maylan, Business Partner da KPMG, esse é o momento mais adequado para discutir o mercado de MBanking e M-Payment, pois as empresas estão necessitando de inovações. Os principais fatores para o pagamento móvel se aceito no mercado são: simplicidade e usabilidade; Universalidade; Interoperabilidade; Segurança, Privacidade e Confiança; Custo; Agilidade; e Transpor fronteiras nas formas de pagamento. “Como o novo canal pode afetar os tradicionais? Isso depende do custo e da abrangência do serviço que será disponibilizada ao usuário. Atualmente todos os bancos estão atuando com algo relacionado ao Mobile Banking. Isso é um bom começo”. Uma pesquisa realizada durante 2009 questionou quem já realizou alguma transação bancária via dispositivo móvel. Sendo que 81% disseram que não e apenas 19% responderam que sim. O por que foi: 42% segurança; 17% inconveniente; 12% custo; 11% tecnologia; e 18% serviço indisponível na agência. “As operadoras estão disponibilizando quase tudo pela internet. Agora a tendência é começar via Mobile. Não há um único modelo de Mobile Payment. O sucesso requer a colaboração entre os modelos. Novos dispositivos handset com a interface com o usuário aperfeiçoada estão estimulando novas aplicações e aprovação. A adoção dos serviços de m-payment poderá ser grande onde há necessidade imedia-
ta de opções de serviços que cubram gaps existentes. Tal como serviços para a comunidade “não bancarizada” em países em desenvolvimento, particularmente onde a utilização de dispositivos móveis é grande”, finalizou Maylan. Finalizando o primeiro painel foi convidado Julio Puschel, Gerente de Projetos da Yankee Group, o executivo começou a sua palestra falando do potencial do mercado de Mobile na América Latina, onde em 2013 mais de 78% das pessoas devem usar o dispositivo móvel, sendo para falar, ou até mesmo realizar uma transação bancária. Desse montante, cerca de 30% das linhas devem ser 3G (tecnologia de terceira geração) daqui à quatro anos. “Atualmente nós temos mais de cinco milhões de usuários 3G acessando dados. As
operadoras tem um papel de grande importância nesse mercado. Algumas caminhando mais para serviços e produtos, terceirizando as redes. E outras no canal inverso”, comentou Puschel. Segundo o executivo, a tecnologia 3G atualmente já está abrindo o caminho para a utilização do Mobile Banking, mas os envolvidos precisam enxergar o SMS como a grande oportunidade do setor, pois é um serviço que alcança 100% dos aparelhos no País. “O potencial do Mobile Banking está em usar em pessoas que não utilizam o serviço bancário. Para dar certo é necessária uma interface de uso simples, com segurança e segmentar o uso da plataforma”, completou. 10:00 - Palestra Internacional (Case da África) www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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EVENTOS A primeira palestra internacional foi de Aletha Ling, Head of Business Development and Executive Director da Fundamo. Segundo a executiva, as empresas precisam oferecer o serviço de uma maneira que o usuário perceba que tem uma introdução rápida e fácil na hora de efetuar os pagamentos móveis. “Tome a iniciativa. Mas aprenda com os outros países, sempre construa alianças que as partes interessadas se conhecem. Com isso você vai ter a segurança de viabilização de serviço”, completou. 11:00 – Integrando Mobile Banking e Mobile Payment de forma inovadora Esse painel começou com a apresentação de Marcelo Sarralha, Diretor de Produtos da Visa, explicando que a estratégia da empresa é de estender a utilização de produtos, soluções e transferência de dinheiro e serviços de valor agregado. A Visa desenvolveu uma plataforma e no final de 2008 apresentou um projeto piloto de Mobile Payment, com foco inicial em pagamento delivery. “Deve existir uma contribuição contínua de cada um dos players, desde as instituições financeiras, como os fabricantes de celulares e as operadoras de telecomunicações. Temos vários cases e projetos, mas ainda com dificuldade de inserir no mercado”. A outra palestra do painel foi de Rubens Salvador Bordini, Vice-Presidente e Diretor de Gestão de TI do Banrisul, que foi fundado em 1928, está presente em cerca de 400 cidades do Rio Grande do Sul e atualmente conta com três milhões de clientes. O Banrisul em 2008 utilizando o Internet Banking movimentou mais de 68 milhões de transações, sendo um valor superior a 71 bilhões de Reais. “Mesmo em um segmento de mercado como o bancário, onde se pode agrupar de forma mais consistente os usuários (faixa de renda, idade, sexo e área de atuação), a criação de produtos de boa aceitação é um desafio”, disse Bordini”.
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O executivo apresentou o Case do Banrisul com a EverMobile e a Vivo. Sendo que em março de 2007 a solução BANRISUL Celular foi lançada e permitiu aos clientes da instituição efetuarem suas transações bancárias (Consultas saldo/extratos). No final de 2007 foi lançada a primeira solução completa e integrada de M-Banking com M-Payments que permite compras nos mais de 60 mil estabelecimentos afiliados à rede BANRICOMPRAS. Em dezembro de 2008 aconteceu o lançamento da primeira solução de m-Payment com leitura de cartão e impressão de voucher. “As principais funcionalidades é de consultar o saldo e extrato, o pagamento de títulos, tributos e arrecadação. E também a transferência entre contas. Para concluir a sua palestra, Bordini comentou que o crescimento e a pulverização do telefone celular já consolidaram este segmento como um potencial canal de negócios. E que a diversidade tecnológica, causando uma falta de padrão, irá dificultar o desenvolvimento de aplicações. “O estabelecimento de um padrão para uma carteira eletrônica vai impulsionar o uso do mobile payment. As soluções baseadas em NFC vão atender o segmento de micro pagamentos, existe espaço para outras tecnologias que atendam outros segmentos. O bancário é um
mercado com grande potencial, mas as soluções de segurança devem avançar para viabilizar as aplicações”, finalizou. 12:00 – Mobile Banking: A implementação da rede USSD no Brasil - Não necessita a mudança de SIM Card e nem a troca de aparelho celular; - Alta capilaridade no mercado; - Alta usabilidade e baixa necessidade de alfabetização digital; - Fácil implementação; - Viabilização de novos modelos de negócio. Gustavo Risio, Diretor Corporativo da Yavox, comentou que a rede USSD é um serviço que garante uma conexão robusta para gerenciamento de informação através de um celular. “Atualmente é um canal na rede da operadora móvel usado para relacionamento com usuários Pré-Pagos. Um canal extremamente robusto e com suporte a grande volume de transações”. Segundo Risio, os pontos fracos da tecnologia são: Ponto de entrada nas redes sem capacidade de billing; acesso entre redes é inexistente; e exige uma concentração em uma arquitetura de segurança única. “A principal vantagem é que está disponível em toda a base atual de celulares, sendo um menu amigável, extremamente ágil, seguro e
EVENTOS que possuem a tecnologia NFC são poucos, eles ainda estão chegando no País. “Tenho certeza que a tecnologia NFC pode substituir o sistema atual de transporte público com muito mais eficiência, mas para a tecnologia vingar, é necessário que as pessoas usem, não apenas projetos pilotos”, contestou Benevento. 14:20 – O lançamento de novos negócios em mobilidade no Banco do Brasil
com rápido inicio de operação”. Em sua palestra, o executivo explicou que uma grande vantagem para os Bancos seriam de utilizar o aparelho celular como token, atualmente o internet Banking é utilizado como segundo fator de autenticação o Token físico (chaveiro). “Os Tokens físicos possuem alto custo de aquisição, além de um custo de logística, distribuição e controle. Um fator de complicação adicional é não estar sempre com o usuário, podendo ser perdido, impedindo assim a realização das transações. A solução seria o aparelho celular funcionar como um smart card. Desta maneira, o celular de qualquer pessoa pode seru sado como um segundo fator de autenticação”. O executivo revelou que a Yavox possui toda a infra estrutura necessária para iniciar o trabalho com os bancos e as operadoras de telefonia celular. “Realizamos com a operadora Aeiou e um Banco criado pela Yavox para testar a solução, que foi o banco Fácil. Fizemos tudo como seria com qualquer Banco do nosso País, e conseguimos resultados expressivos, tanto de segurança, como de velocidade e custo. O mais importante é que estamos totalmente preparados para atender”, Gustavo Risio. 14:00 – Aplicações de pagamentos NFC (Near Field Communication)
- A tecnologia NFC tem um grande potencial para mudar a forma como os dispositivos móveis são usados. Esta tecnologia é ideal para pagamentos, transportes coletivos, bilheterias e catracas. A primeira palestra após o almoço foi de Bruno Benevento, Sales & Product Application Support, da NXP Semicondutores. Para o executivo, o celular atualmente é indispensável como a carteira ou a chave de casa, e na atualidade os aparelhos estão preparados para a convergência, disponibilizando rádio, televisão, fotografia e filmagens. “Hoje nós levamos o aparelho celular para tirar foto, fazer filmes, escutar uma rádio, para ver televisão e utilizamos como despertador em alguns casos. Porque não servir para o serviço de Mobile Banking e Mobile Payment”. Vale lembrar que a tecnologia NFC trata-se de uma comunicação sem fio, onde há apenas dois dispositivos envolvidos. O protocolo regula a comunicação sem fio entre dispositivos eletrônicos em uma freqüência. O que caracteriza a tecnologia é a curtíssima distância em que se dá a troca de dados: de zero a vinte centímetros. Na prática isso significa que para iniciar a comunicação é preciso encostar os dispositivos um no outro. No Brasil os aparelhos celulares
O Gerente Executivo – Cartões PF do Banco do Brasil, Raul Moreira, começou explicando que a estratégia do Banco no setor mobile é a convergência das ofertas de soluções de autoatendimento, relacionamento e meios de pagamento num único pacote de “conveniência” para o cliente final. “Nós juntamos o Mobile Banking, SMS Banking e o Mobile Payment. Isso tudo faz a convergência e a integração com a plataforma de atendimento”, explicou Moreira. Segundo o executivo, a tendência no setor de Mobile é o uso da tecnologia USSD, que é o alinhamento entre a possibilidade de massificação e o potencial de negócios. “O USSD traz fácil usabilidade, principalmente levando-se em consideração o público de baixa renda. É acessível a partir de qualquer modelo de aparelho celular, sem necessidade download de aplicação. Com grande segurança e tempo de resposta baixo. E o melhor, baixo custo para implementação e manutenção pelo Banco”. Em sua apresentação foram apresentados dados referentes ao mercado de mobilidade, sendo que atualmente (junho) existem 875.543 usuários dos serviços de mobilidade, sendo que 42% estão na faixa etária de 21 a 30 anos. Em junho foram registradas quase seis milhões de transações via mobile. “O grande desafio é conseguir uma convergência de modelos, que é prioridades e interesses dos bancos, e que precisa ser coordenada pela Febraban. Precisamos de uma maior integração das estratégias dos bancos com as
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EVENTOS operadoras”, concluiu. 14:40 – Fatores críticos de sucesso em serviços financeiros móveis “Percebemos que a tecnologia não é o problema, isso resolvemos faz tempo, o desafio é descobrir o modelo de negócio”. Essa é a opinião de Raul Pavão, Diretor de Marketing e Alianças da EverMobile. O executivo abriu sua palestra falando que a EverMobile é uma empresa orientada a comercialização de soluções, produtos e serviços de valor adicionado para uma completa gama de tecnologias e dispositivos wireless, com o foco em serviços financeiros móveis. Entre vários cases de sucesso, destaque para o Mobile Banking – Auto-Atendimento Banco do Brasil; Banrisul - Mobile Banking e Mobile Payments; e RedBanc – Chile (solução de Mobile Banking implementada para os bancos afiliados a rede de caixas eletrônicos no Chile). “Se alguém me perguntar qual é a melhor tecnologia a ser implantada eu respondo que não existe, pois cada empresa se enquadra em um formato. Podemos ter na mesma solução o uso de várias tecnologias”. Segundo Pavão, uma decisão importante é decidir se você vai terceirizar ou desenvolver a tecnologia. “Muita coisa precisa ser decida ao começar o investimento no mundo Mobile. Por exemplo, ação de marketing e comunicação são determinantes para o sucesso do Mobile Banking. Você precisa disseminar o serviço e produto antes de tudo”, finalizou. 16:00 – MobileBroker: Oportunidade e desafio no mercado de mobile stock trading. - A adoção de soluções móveis para negociação de ativos é uma realidade e uma tendência que, aliada à popularização da bolsa de valores no Brasil, se torna regra para as instituições financeiras O painel contou com a palestra de Italo Bastos Borsatto, Diretor Executivo
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da Mobile Broker, o executivo falou que o mercado nacional de mobile payment ainda não é explorado, sendo que existe uma enorme gama de serviço. “Estava vendo uma pesquisa que falava que no Brasil existe 0,83 celular por habitante, enquanto que no Japão é 0,9%. Mas no Brasil os investidores individuais chegam a 0,28%, sendo que no Japão é 30%”, explicou. Segundo o executivo, uma pesquisa realizada pela Unisys em 2008 confirmou que 67% das pessoas dificilmente iriam usar o aparelho celular para pagamento, sendo que 11% podem vir a utilizar o serviço, e apenas 2% já usavam. “A questão de segurança é o principal vilão do Mobile Payment, mas temos que lembrar que foi assim quando surgiu a internet. Se você trabalhar com empresas sérias, não terá problema”, concluiu. 16:30 – Governos, regulação e ambiente jurídico - Importância da regulação adequada para o desenvolvimento do mercado; - Normas, mecanismo de proteção do usuário, entraves burocráticos e carga tributária; - Responsabilidade e integridade financeira nas transações móveis. O primeiro palestrante foi Mardilson Fernandes Queiroz, Assessor do Deban do Banco Central. O executivo explicou que o pagamento móvel bancário envolve toda uma cadeia, sendo o Governo, que precisa promover a eficiência econômica no uso da moeda, com credibilidade e eficiência no uso dos instrumentos de pagamento. O Cliente, que necessita ter confiança, conveniência, simplicidade, rapidez, mobilidade e preço razoável, para adotar a tecnologia e utilizá-la. E as Instituições Financeiras, que tem como objetivos estratégicos e comerciais reter e aumentar o valor para cliente existentes, aumentar a participação de mercado, aumentar penetração, trabalhar com pessoas não servidas pelo sistema e escolha da plataforma técnica. “O desafio é construir um ecossistema estável e susten-
tável a fim de prover valor a todos os participantes e que todos percebam os verdadeiros benefícios. Provedores necessitam trabalhar juntos se querem criar serviços financeiros móveis que sejam suficientemente amigável, rápido e seguro para seus clientes”, comentou Queiroz. Segundo o Assessor do Deban, para obter um ecossistema estável e sustentável é importante reconhecer o valor do diálogo entre reguladores e provedores. “É necessária a cooperação entre bancos e operadoras, pensando sempre em servir seus clientes. Novos modelos de negócios irão surgir, motivados pelo que a regulação permitir”, encerrou Mardilson.
Segundo dia – 29/07/2009 9:00 – Micropagamentos: O desafio de transformar o celular em cartão de crédito / carteira móvel. Quem inicio o segundo dia de evento foi Roberto Rittes, Diretor Geral da Oi Paggo. O executivo falou que experiência de uso é tudo, com transações rápidas, convenientes, fáceis e confiáveis. Ainda com Oi Paggo o SMS de confirmação da transação ainda inclui limite disponível para compra e resumo dos gastos mensais. “Nós proporcionamos conveniência e segurança em todos os tipos de transações remotas. Na internet, entregas de comida, ou farmácias. E até compras realizadas por terceiros, no caso de crianças, esposa, parentes, ou empregadas domésticas”. A Oi Paggo não se propõe a cobrir todos os estabelecimentos que aceitam os cartões tradicionais, porém busca que alguns lojistas naturalmente só aceitem Paggo, principalmente pequenos e micro comerciantes. “Proporcionamos flexibilidade para se posicionar com MDRs superiores aos atuais, associados a menor período para pagamento. Os procuramos iniciar o cadastramento de segmentos mais estruturados, como os taxistas e feirantes”, revelou. Para finalizar o executivo explicou que a recargas é o produto principal. “Temos um processo rápido e fácil via SMS. Com múltiplas possibilidades do uso de minutos
EVENTOS to, Debíto e Pré-Pago. Preciso ter escala, o nosso cliente no Brasil precisa ser atendido com a mesma eficiência que as pessoas são atendidos na Europa, Estados Unidos e China por exemplo”. Na visão de Roncato as oportunidades de mercado estão principalmente nas classes C – D – E, pessoas não bancarizadas que possuem aparelho celular. “As classes A e B não deixarão de ser atendidas, afinal, existe uma demanda nesse mercado, mas as outras classes tem uma importância gigantesca”, encerrou. 10:20 – M-Cash / Mobility Pass: A maneira mais moderna e prática de gerenciar as despesas corporativas com táxi.
para ações de marketing do produto. Em breve a implementação de um programa de fidelização com “cash-back” em minutos”. Em sua apresentação o Diretor Executivo de Marketing e Produtos da RedeCard, Ronaldo Varela, falou que é necessário superar alguns mitos e desfazer outras barreiras referente ao serviço de Mobile Banking e Mobile Payment. Entre os Mitos foram citados; O celular é só para micropagamentos; Celular irá substituir o cartão de crédito; O pagamento móvel só desenvolve em países sub-desenvolvidos, com baixa penetração bancária; Mobile Payment tem que ser de celular para celular; e Não existe regulamentação para Mobile Payment no Brasil. “O celular não pode ser um meio de pagamento stand-alone, tem que ser aceito também em qualquer lugar que possui qualquer outro meio de pagamento. Os países desenvolvidos também estão alcançando cases de sucesso, o celular também oferece conveniência e comodidade para usuários já bancarizados. No Brasil existe demanda e oportunidade de negócios para o topo e a para a base da pirâmide sócio-eco-
nômica com pagamento via celular”, explicou Varela. O executivo finalizou a palestra comentando sobre as barreiras que necessitam ser ultrapassadas para o sucesso do Mobile Payment. O diretor disse que é necessário equacionar custos e investimentos, desenvolver tecnologia que suporte todos os requerimentos e todos os players, avanço da segurança, Mudança de hábito e de uso e adequar um modelo de negócio. “Investimentos precisam ser remunerados, qualquer que seja a empresa prestadora do serviço. Os bancos exigem padrão tecnológico, bandeiras exigem adoção do seu padrão, isso complica o sucesso do setor. Os clientes querem simplicidade, rapidez, conveniência e confiabilidade”, completou Ronaldo Varela. Para finalizar o painel foi convidado Guilherme Roncato, Diretor de Advanced Payments da MasterCard. O executivo falou que a empresa acredita que o maior obstáculo do sucesso do Mobile Banking e Mobile Payment está na forma de pagamento, e não na questão tecnológica. “O cliente brasileiro precisa ser atendido nas três formar: Crédi-
A apresentação ficou por conta de José Roberto Arruda, executivo de Marketing da Sodexho Cheques e Cartões de Serviços no Brasil. O executivo abriu a palestra citando números atuais da empresa, sendo que a Sodexo no mundo possui 355 mil funcionários, em mais de 30 mil unidades e atuando em 80 países. “No Brasil temos mais de 400 funcionários, cerca de 5,5 milhões de usuários, outras 250 mil estabelecimentos credenciados e 50 mil empresas que são atendidas com o nosso serviço”. A apresentação foi do Mobility Pass, um serviço que busca a simplicidade, baixo custo e que reduz a burocracia. “As empresas ao disponibilizarem táxis aos funcionários perderam um pouco o controle de gastos, com isso criamos o produto. Em uma empresa de médio porte são pequenos valores em diversas transações, o que gera um trabalho enorme na empresa e muitas vezes sem controle. Com o Mobility Pass esse problema não existe mais”. Para a criação do projeto a empresa M-Cash foi convidada, afinal a empresa está a cinco anos no mercado atuando com desenvolvimento de soluções de autenticação pelo celular. Segundo Gastão Mattos, Presidente da M-Cash, a solução foi desenvolvida em três vertentes, sendo M-Payment (captura e autenticação), M-Voucher (pré-pagos e vale presentes), e M-Authentication (autenticação e token mobile). “Nós não www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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EVENTOS nologia de cartões inteligente e Mobile Payment. - Vantagens estratégicas sobre competidores que ainda não aderiram a tecnologia; - Inovar com esta tecnologia pode prover redução de custos dos processos; - Vantagens econômicas obtidas pode superar o investimento inicial de implementação; - Aplicações e a convergência dos cartões U-SIM.
utilizamos plataformas via SMS, aplicativos ou contact less. O nosso modelo de negócio é por voz. Não existe problema de uso porque todo o processo é via voz, falando ao celular, isso é um grande diferencial do serviço, usamos uma URA, com uma confirmação de senha. Operando dessa maneira conseguimos atingir todas as operadoras, aparelhos de celular e modelos pré e pós pagos”, finalizou Mattos. 11:00 – Conferindo mais segurança no acesso aos serviços financeiros e sigilo de dados do consumidor. - Proteção contra vírus, roubo de identidade e fraudes; - Proteção para perdas ou roubos do dispositivo; - Biometria, certificação digital e criptografia. A palestra foi conferida por Leonardo Carissimo, da Unisys, o executivo comentou que existem diversos fatores de risco na adoção do Mobile Payment, pois existe uma variedade de sistemas operacionais, cada qual com suas características e vulnerabilidades. Sendo que nesta década, os recursos dispo38
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níveis nos telefones móveis aumentaram exponencialmente e a segurança não evoluiu da mesma forma. “Entre os riscos estão as dificuldades de aplicar as mesmas políticas e ferramentas de segurança que aquelas adotas nos computadores, os fabricantes não disponibilizam correções com freqüência, dificuldades de governança em geral, pois o telefone é propriedade do usuário e não da empresa. Em geral, o usuário de smartphone sincroniza-o com o seu computador na sua casa ou empresa”, frisou Carissimo. Algumas recomendações foram citadas em sua palestra, como desliguar o Bluetooth e Wifi quando não estiver em uso, fazer download de fontes confiáveis, cuidado com os arquivo que recebe (seja por email, Bluetooth, MMS, sincronização), utilize anti-vírus e mantenha-o atualizado. “Tenho várias recomendações que devem ser utilizadas por todos, as pessoas precisam certificar que não haja informações confidenciais desprotegidas no telefone, sendo necessário investimento em comunicação e conscientização aos usuários da sua empresa”, concluiu. 11:30 – Analisando a interação entre tec-
“Sabemos que o mercado de cartão de crédito domina, mas estamos criando a família Novo”, essa foi uma das frases citadas por Erivelto Rodrigues, Presidente da Novo e-pay. A empresa que tem seis meses de fundação está sediada em Barueri, mas com presença em alguns pontos estratégicos como em Portugal, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos. “É irreversível a não utilização do celular, o mercado ainda não definiu o padrão do mobile payment, mas nós estamos trabalhando com muito sucesso em cima do USSD”. 12:00 – Case de Sucesso: Redeban Multicolor Colômbia. O SIM card como plataforma segura na implementação de serviços financeiros confiáveis. Alencar Nunes, Solutions Sales Manager da Gemalto, iniciou a apresentação falando sobre os diversos serviços prestados pela empresa, sendo: Mobile Banking - Saldos, administração de cartões, pagamento de contas, transferência entre contas; M-Payment P2B - Pagamento ao comércio mediante transferência e autorização de débito; M-Payment P2P - Transferência de valores (alcance nacional); mTopUp - Recarga pré pago (air time), ticket e transporte; Mobile Money Transfer (MMT) - Transferência de valores internacionais; NFC Payment - Pagamento ao comerciante através de um telefone NFC; mAuthentication – Autenticação segura mediante OTP e PKI; e M-Signature - Assinatura digital de documentos e transações. O executivo apresentou alguns
EVENTOS números referentes ao case realizado na Colômbia. O projeto começou em março de 2007 e até abril de 2009 foram efetuadas mais de 12 milhões de transações de M-banking e M-Payment. “Nós lançamos em 2007 e estamos atualmente trabalhando com cinco Bancos da Colômbia. O estudo relatou que mensalmente são agregados cerca de 20 mil clientes ao serviço, e a grande maioria são pessoas não bancarizadas”. 14:00 – Experiência de consumo em Mobile Payment. Os pagamentos via celular estão ganhando cada vez mais espaço, mas dificilmente substituirão os cartões de débito e crédito. Após o almoço a palestra de abertura do painel foi de David Carvalho, Diretor Comercial da SupportComm. O executivo relatou detalhes do lançamento do novo serviço da empresa, que é a recarga virtual. “A Supportcomm identificou uma oportunidade no mercado de recarga para telefones pré-pagos em canais virtuais e fez uma pesquisa de mercado para identificar as necessidades dos clientes, hábitos e atitudes em relação à recarga nos diversos canais”. A pesquisa quantitativa foi via telefone sobre as motivações e estímulos ao consumo da recarga virtual. “O estudo revelou que o perfil de usuário do nosso serviço são pessoas de 20 a 30 anos, das classes B e C, sendo que 58% seriam do sexo feminino e 42% masculino, com uma recarga em média de 40 Reais”, explicou. Entre as vantagens da recarga virtual estão: Comodidade de fazer a recarga no horário e local que quiser; Pela segurança do processo estar ligado a uma instituição financeira; Praticidade; e Prazo de pagamento. As desvantagens ficam por conta da percepção geral de complicação no processo e burocracia no pedido de informações, problemas de bloqueio no cartão de crédito quando as pessoas erram as informações, dificuldades para alterações no cadastro e limitação de recarga. “Há uma percepção de complicações e burocracia em relação à Recarga Virtual, mas as vantagens do canal são bem identificadas”,
finalizou. “O mundo mobile está aberto e precisa de massificação. Precisamos entender como segmentar o mercado”. Essa foi a declaração de Rodrigo Byrro, Diretor Executivo da HTC. Para o executivo o que influência diretamente a adoção de novas tecnologias, como o Mobile Payment são: Conveniência do serviço, disponibilidade, segurança, incentivos (fidelidade, custo baixo e nova fonte de crédito) e preço. “Atualmente as tecnologias estão totalmente conectadas, o público que utiliza o serviço é o jovem, que tem entre 20 e 30 anos, mas o que dificulta um pouco é que o serviço é um pouco caro para esse público”. Segundo Byrro, o que falta é a massificação do serviço de Mobile Payment, afinal, as plataformas tecnológicas, as ferramentas e os serviços estão disponíveis para a utilização, sendo necessário apenas que as pessoas acreditem no serviço. 14:40 – Palestra Internacional: Mobile Payments/Mobile Transfer uma tecnologia em expansão no mundo. Na apresentação de Fabio Duarte, Diretor de Vendas da TecnoTree, o executivo relatou que as transações executadas através de redes, pagamentos feitos por meio de dispositivos móveis e autenticação de operações on-line estão mudando os métodos e o ritmo de fazer negócios. Com a utilização do Mobile Banking as instituições bancárias podem ampliar a oferta de serviços bancários antes feitos através de serviços baseados em voz ou internet utilizando-se agora telefones móveis. “Esta nova possibilidade de atendimento a base de clientes, oferece a utilização de serviços de uma forma ampla e de acordo com a conveniência dos clientes. Neste sentido o Mobile Banking se torna uma ferramenta importante para a fidelização de clientes diminuindo os custos operacionais”. No médio prazo outros serviços deverão ser disponibilizados ao mercado, como, o mobile stock trading (negociação de ações em bolsa), localização móvel, aplica-
ções para o varejo, cartão de crédito móvel, código de barras móvel, aplicações móveis ponto a ponto, games e apostas móveis. 16:00 – Gerenciando a diversidade de plataforma de devices móveis sem sacrificar a qualidade de sua aplicação. O último painel contou com duas palestras, sendo aberto por Leonardo Vieira, Diretor Comercial da Certifield Technologies, que explicou que desenvolver aplicações voltadas para devices móveis é mais complexo do que a maioria da comunidade que atua no setor de Tecnologia da Informação possa imaginar. “Diferentemente de aplicações web ou mesmo de plataforma distribuída, as aplicações para devices móveis contam com um componente de complexidade a mais”, comentou. Segundo o executivo, a diversidade de sistemas operacionais sobre os quais as aplicações irão roda é enorme, e no mercado brasileiro é ainda maior, pois ainda existem em operação devices operando sob outra tecnologia. Quem encerrou o evento foi Marcelo Costa de Oliveira, Diretor da Minutrade, que iniciou sua palestra falando sobre os benefícios de trabalhar com a empresa, sendo que a Minutrade é a primeira plataforma de micro-recompensa do país, que é um programa de aquisição, gerenciamento e distribuição de “minutos” de telefonia celular através de programas de incentivos e recompensas. “Usando o nosso modelo de negócio você va ter uma alta atratividade da premiação, aonde as pessoas irão ter a percepção de valor real, é simples, usando a pessoa ganha. São prêmios com baixo custo individual e eficácia na logística”. Segundo o executivo o cliente cadastra na promoção via site ou via SMS, informando o celular para resgate dos minutos. A MinuTrade credita os minutos e envia SMS de confirmação para o celular do cliente. “Essa é a mecânica de interatividade divulgada nas campanhas de publicidade, não tem segredo”, finalizou Oliveira.
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COLUNISTA
Economia e produtividade Será que devemos buscar soluções quando a crise bate em nossa porta? Por Cláudio de Sá (Presidente da Teclan)
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or incrível que pareça, a resposta é não. A redução de custos e o aumento da produtividade são imprescindíveis para a saúde de qualquer central de atendimento e em qualquer época. Em tempo de crise, esta necessidade fica apenas mais visível. Preciosismos à parte, a verdade é que manter controle rígido sobre os custos da operação e o emprego de técnicas que melhoram a produtividade são responsáveis pela longevidade e rentabilidade de call centers de todos os portes. Mas o aumento da produtividade precisa andar a ‘par e passo’ com a qualidade dos contatos da central, desafio que deve ser contemplado no direcionamento estratégico. Reduzir custos, aumentar a produtividade e aprimorar a qualidade dos serviços oferecidos é possível com a implantação de políticas de melhoria de qualidade e decisões de economia interna aliados ao uso de sistemas tecnológicos de gerenciamento que permitem configurar e higienizar mailings, além de configurar campanhas considerando o perfil dos agentes, best time to call, tratamento de fusos horários, feriados, higienização dos mailings etc. O fato é que a tecnologia tem dado respostas rápidas às demandas do setor de telesserviços, que enfrenta momentos diferenciados nos últimos meses. Em meio à crise econômica, a leis que exigem atendimento em poucos minutos, priorização de itens de menu de URA – Unidade de Resposta Audível
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-, listas ‘do not call’, as centrais têm mobilizado todo o arsenal possível para manter os altos níveis de atendimento, atender às mais diversas exigências, cumprir seu papel social de empregador de quase um milhão de pessoas, muitas em seu primeiro emprego e, principalmente, continuar a marcha de profissionalização acelerada que teve início há alguns anos, sem perder de vista o negócio e o retorno do investimento realizado. Neste sentido, soluções que fazem o acompanhamento de toda a operação são importantes para fazer frente a tantos desafios. Por meio de relatórios gerenciais por agente, por grupo e por campanha, o gestor consegue ter uma visão ampla de todo o Call Center, provendo dados para agir proativamente, evitando ou minimizando gargalos, especialmente em centrais com tempo especificado por lei para o atendimento. Normalmente, estes sistemas de gerenciamento fazem parte de suítes de discagem automática, fundamentais para aumentar a produtividade, que contam ainda com módulos para supervisão avançada de campanhas. Recursos como acesso, em tempo real, permitem acompanhar o desempenho de cada campanha e dos agentes em qualquer momento, intervindo em caso de problemas. O gestor também pode navegar entre as campanhas que estão em andamento, de forma a fazer ajustes para que as metas pré-definidas sejam atingidas. Este procedimento pode ser
feito durante a execução da campanha, evitando descumprimento de cláusulas contratuais, por exemplo. Como se sabe, o capital humano neste segmento é um dos fatores mais importantes no sucesso da operação, seja ela ativa ou receptiva, e as centrais têm investido muito na capacitação constante dos profissionais de atendimento telefônico. A gravação dos contatos, que recentemente tornou-se obrigatória para SACs, cada vez mais, tem sido utilizada para treinamentos individualizados independente do perfil do call center, uma vez que garantem o direcionamento da capacitação para as reais necessidades de cada agente. Um agente educado e treinado é capaz de identificar oportunidades únicas junto aos clientes!
COLUNISTA
Otimizando custos com serviços de telecomunicações Por Jorge Leonel (Diretor, Prática de Comunicações e Tecnologia da Booz & Company)
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comportamento de compra de produtos de telecomunicações por parte do mercado corporativo experimentou um crescimento na sofisticação nos últimos anos. Uma grande parte das companhias exibe, no processo de aquisição de facilidades de comunicação, uma demanda por atributos de serviço caracterizada por requisitos mais rígidos em relação a capacidade, funcionalidades, pró-atividade na gestão de falhas e desempenho e níveis de serviço para reparo e manutenção (SLA). Entretanto, um aspecto que continua válido é a preocupação das corporações em buscar contínuas fontes de economia no sourcing e consumo destes serviços. Uma pesquisa junto às empresas que fazem parte do ranking “Fortune 500” constatou que as despesas com comunicações (telefonia fixa, celular, dados, vídeo) representam, em média, cerca de 3.6% do faturamento das mesmas, e que o item ‘Custos com Telecomunicações’ está posicionado entre as principais preocupações dos gestores de serviços de tecnologia nestas organizações. Em virtude da acentuação da competição no segmento de mercado corporativo, já é possível observar reduções nos patamares de preço médio dos principais serviços ao longo dos últimos anos. Mesmo assim, um número substancial de organizações ainda despende montantes elevados
“Despesas com comunicações representam, em média, cerca de 3.6% do faturamento” com comunicações – não somente em razão do volume de ligações telefônicas, mensagens e dados transmitidos – mas também porque não fazem uso de algumas práticas que, coletivamente, podem contribuir para a captura de ganhos importantes. Uma das mais relevantes iniciativas diz respeito à obtenção de um amplo entendimento sobre a demanda: compreender claramente as necessidades de uso de comunicação por parte da força de trabalho é requisito fundamental. Diferentes níveis hierárquicos em diferentes áreas funcionais costumam apresentar - irrespectivamente da setor vertical onde a companhia opera - necessidades de comunicação efetivamente distintas, em razão da natureza das atividades e freqüência de troca de informações por meios eletrônicos. Faz-se necessário complementar este entendimen-
to com uma visão ampla sobre o patamar histórico e atual de despesas por tipo de usuário. Segmentar os usuários em grupos caracterizados por comportamento e perfil de gastos no que tange à comunicação contribui para estabelecer um baseline que funciona como ponto de partida na busca por soluções menos onerosas, mas que atendam às necessidades dos clientes finais. Baseado nas demandas - e com auxílio de um processo de inventário de dispositivos e produtos - é possível delinear um conjunto mínimo de políticas de uso de serviços, de modo que o “mix” de usuários, aparelhos e facilidades de comunicação esteja adequadamente equilibrado, ao mesmo tempo em que são estabelecidos limites de consumo. Serviços do tipo ‘push-to-talk’, chamadas em longa distância internacional e acesso mó-
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COLUNISTA
“O mercado corporativo pode beneficiar-se de economias significativas na contratação” vel a e-mail, por exemplo, devem ser disponibilizados a quem efetivamente necessita fazer uso destas funcionalidades para a execução de tarefas profissionais, e mesmo assim com o emprego de tetos de consumo (o controle pode ser feito pela própria operadora, por terceiros/prestadores de serviços ou pela própria empresa, através do uso de ferramentas de software de gestão e controle). A adoção de uma sistemática de planejamento de compras centralizada, especialmente para companhias que detêm presença geográfica em múltiplos países e regiões, facilita a obtenção de descontos em razão de efeito escala. Além disso, o relacionamento com players integrados (ie., operadores de telecomunicações que prestam serviços de telefonia fixa E celular) também pode trazer ganhos – por exemplo, por ocasião da aquisição de serviços combinados em pacotes ou bundles. Muitas vezes, apenas uma iniciativa coordenada de
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re-adequação/negociação de planos de minutos (ou de serviços como 0800) costuma render vantagens expressivas. O emprego de plataformas tecnológicas que possibilitam algum grau de redução nos custos em virtude da forma como as conexões são efetivadas também cresce em popularidade. O rol de soluções vai desde interfaces e “gateways” em equipamentos de telefonia até sistemas de comunicações unificadas calcados em transporte de voz sobre redes de dados (estima-se que a diferença de custo em US$/terminal, ao longo de um período de 5 anos, entre infra-estrutura convencional e VoIP, represente cerca de 30%). Some-se a isso também o surgimento, nos últimos anos, de novas modalidades de serviço, em especial por parte de operadores com presença pan-regional, objetivando baratear chamadas telefônicas e transmissão de dados originadas em telefones ce-
lulares; um exemplo é um serviço que re-direciona (através de um pequeno software instalado, “over the air”, no smartphone do funcionário da empresa) tentativas de ligações internacionais para um ponto de presença da operadora na cidade onde a chamada é originada, sendo posteriormente completada por meios com custos mais competitivos em comparação com a sistemática tradicional.
Em suma O mercado corporativo pode beneficiar-se de economias significativas na contratação e consumo de serviços de comunicação através da adoção integrada de um conjunto simples de iniciativas, baseadas no conhecimento da demanda e suas necessidades, no estabelecimento políticas de uso, na otimização de contratação, na readequação de planos de contratos e adoção de novas tecnologias e modos de serviço.
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EVENTOS
Marcando espaço no setor Corpbusiness realizou em agosto a segunda edição do E-commerce – O consumo que não pára de crescer. O evento contou com cerca de 120 executivos e foi mais uma vez um sucesso Por Eduardo Mustafa / Fotos Andre Pera
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m evento que está sendo marcado pelo crescimento e a importância do mercado de comércio eletrônico. Essa foi a segunda edição do E-commerce – O consumo que não pára de crescer. Um evento que aconteceu em São Paulo, no Hotel Meliá Jardim Europa, no dia 20 de agosto. O encontro foi organizado pela Corpbusiness, com patrocínios do Shopping UOL, PagSeguro UOL, Chleba, ClearSale e EarSet. Os 120 executivos que estiveram presentes participaram de 14 palestras, que debateram os mais variados assuntos do setor de e-commerce, como, comportamento de consumo e tendências, case sobre redes sociais, o lado físico do comércio virtual, meios de pagamentos, marco regulatório do setor, e-commerce analytics e segurança. Os lojistas devem ficar atentos ao crescimento do comércio eletrônico no país. O e-commerce será a melhor alternativa para aumentar as vendas, diminuir os gastos e fugir da crise econômica. Segundo pesquisa da e-bit, o comércio eletrônico brasileiro ainda deve crescer entre 20% e 25% em 2009, atingindo a marca de R$ 10 bilhões. Apesar da crise financeira que surgiu no final de 2008 e início de 2009, o comércio eletrônico pela Internet no Brasil fechou o ano passado com um crescimento de 30%, faturando um total de 44
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R$ 8,2 bilhões. O Natal, novamente, foi o período mais lucrativo, registrando vendas de R$ 1,25 bilhão. E se 2008 foi bom, a perspectiva do para 2009, apesar da crise, também tem sido positiva. O comércio pela internet deve alcançar a marca inédita de dois dígitos de bilhão de faturamento, crescendo nominalmente entre 20% e 25% em relação a 2008, alcançando, pelo menos, R$ 10 bilhões no final de 2009.
Segundo Leonardo Galvão, Diretor do MercadoLivre, um fato muito importante é estar bem “rankeado” nos sites de buscas, pois o consumidor brasileiro é um consumidor que dá muita importância as buscas. “Hoje em dia temos uma parte de classificados, sendo um produto novo. Com os links patrocinados nós conseguimos medir tudo sobre o internauta, e o melhor é que fazemos isso em tempo real”, explicou
EVENTOS Galvão. As vendas por meio da internet devem garantir às principais redes de varejo um crescimento porcentual superior ao das lojas físicas em 2009, apesar dos percalços provocados pela crise internacional. De olho na tendência de crescimento do comércio eletrônico, as redes estabelecidas estão reestruturando suas operações online e novas entram em operação. Empresas com capital aberto na Bolsa de Valores de São Paulo, como Ponto Frio (Globex) e Extra (do Grupo Pão de Açúcar), além de outras, como Casas Bahia, Wal-Mart, Magazines Luiza e Pernambucanas, tentam avançar sobre a líder absoluta do mercado, a B2W, que reúne os portais de venda Submarino e Americanas.com. Até setembro de 2008, B2W respondia por mais da metade do faturamento do setor Desde então, entraram no mercado eletrônico a rede varejista Wal-Mart, em outubro, e a Casas Bahia, em fevereiro. A título de comparação, nos Estados Unidos, a líder Amazon não tem 10% de market share. Para Mauricio Grandeza, Diretor-Presidente do Aprovare, o maior problema está em não cumprir o prometido ao consumidor, ou seja, a pessoa realizar a compra e o produto estar com defeito, errado ou até mesmo a demora em entregar. “O cliente online é diferente, quando ele tem uma boa experiência logo vicia na compra online. Mas o complicado é que a pessoa que compra um CD tem a mesma expectativa de quem compra uma banheira, mas a logística de entrega para a empresa é totalmente diferente”, comentou Grandeza. Os concorrentes estão focando sua expansão no e-commerce em itens como linha branca, eletrodomésticos e eletrônicos. As empresas aproveitam negociações de compra para as lojas físicas para oferecer preços mais atrativos na tentativa de fidelizar clientes na internet. Segundo uma fonte do setor de comércio, a B2W oferece mais de 200 mil itens, enquanto outras lojas têm, em média, entre cinco mil e dez mil. Em fevereiro deste ano, a Casas
Bahia, estreou na internet. A expectativa da rede é de que o faturamento com as operações de comércio eletrônico atinjam cerca de R$ 280 milhões em seu primeiro ano de atividade, o que representaria algo próximo a 2% da receita total. Já para os próximos dez anos a rede quer movimentar 20% deste mercado. Desde outubro do ano passado, o varejo online conta também com outro representante de peso, o Wal-Mart. Das grandes redes que atuam no Brasil, falta apenas a entrada do Carrefour, que diz desenvolver estudos para iniciar suas operações de comércio eletrônico. No entanto, a perspectiva do mercado é de que a empresa lance suas operações na internet apenas no próximo ano. Em resposta ao acirramento do mercado, a B2W anunciou, durante teleconferência sobre o desempenho de 2008, que vai repassar aos clientes os ganhos de eficiência, previstos para ocorrerem em razão da unificação dos centros de distribuição, na forma de preços e promoções. Desde o agravamento da crise, a empresa desacelerou seu ritmo de crescimento. Nos nove primeiros meses do ano passado, a receita líquida teve uma evolução de 36,4% em relação ao mesmo período de 2007, passando a 16,4% na comparação para quarto trimestre Em comparação com os Estados Unidos, nota-se que o E-commerce no Brasil tem muito espaço ainda para crescer. Tanto para grandes, médias, pequenas e micro empresas quanto para profissionais liberais e autônomos. “O consumidor mudou e muito. As vezes esquecemos do tempo de inflação, quando a pessoa não podia comparar preços e pensar no futuro, mas hoje está diferente. Uma revolução que começou a mais ou menos 15 anos”, esse é o pensamento de Renato Meirelles, Sócio da Avenida Brasil, que explicou que sete entre dez cartões de crédito estão nas mãos de pessoas da classe C,D ou E. Sendo que mais de 50% do dinheiro movimentado no setor também estão nessa classe da sociedade. “A verdade é que existe mi-
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EVENTOS lhões de consumidores com bolso de classe média e cabeça de baixa renda. A comunicação não é o que você falam mas sim o que o intelecutor entende na mensagem. Faz toda a diferença em saber anular o medo do consumidor. O desafio é saber trabalhar com pessoas de um mundo diferente, outras classes sociais e linguagems”, complementou Meirelles. Uma pesquisa da consultoria Mercedes Sanchez Usabilidade e Pesquisa sobre os sites de comércio eletrônico e revela porque as páginas de produtos perdem vendas. A pesquisa levantou os principais problemas presentes nas páginas de produto: 1) Informação relevante para o usuário não tem destaque: Em primeiro plano, muitas vezes vem o que a empresa quer “empurrar” para o cliente: vendas casadas, venda de acessórios, de garantia estendida, etc. A descrição do produto, que é o mais importante para o usuário decidir a compra, fica em segundo plano; 2) Falta conquista: Muitos sites focam apenas na ação final de comprar. Desconsideram que a compra é um processo, não conhecem ou desrespeitam a vontade do usuário, não sabem conquistar o cliente e perdem vendas; 3) Imagens que não ajudam a vender: A maior parte dos sites disponibiliza poucas imagens, muitas vezes pequenas e de baixa qualidade, que não mostram detalhes dos produtos. Como ninguém quer comprar um produto sem ver antes, o usuário vai procurar imagens melhores no site concorrente; 4) Letra difícil de ler: Muitos sites ainda usam letra muito pequena, com pouco contraste (“cinzinha”), o que dificulta a leitura de informações essenciais para decidir a compra: características do produto, prazo de entrega, garantia, etc; 5) Navegação não privilegia a compra: Quando o usuário fica em dúvida e quer ver produtos similares, tem dificuldades. Filtros por marca, faixa de preço e características não existem, e os menus secundários desaparecem na página de produto; 6) Descaso na descrição do produ-
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to: A informação aparece incompleta, incorreta, com erros de ortografia e de digitação. Há uso excessivo de termos técnicos sem explicação e textos marketeiros em detrimento de textos informativos; 7) Cadê o botão de “Comprar?”: Por incrível que pareça, em muitos sites não é fácil achar ou identificar o botão “Comprar”. Ele não tem destaque, fica abaixo da rolagem, e possui formato, ícone ou texto fora dos padrões da web. Foram avaliadas as páginas de produto dos sites: Casas Bahia, Compra Fácil, Extra, Fnac, Gimba, Kalunga, Netshoes, Saraiva, Submarino, Polishop, Sack´s, Wal-Mart e lojas da Claro, TIM e Vivo.
Para Pedro Reis, Diretor da F-biz, uma ferramenta de grande importância é o Google Analytics, pois a informação que você necessita para entender melhor o consumidor está disponível na ferramenta. “Você não deve organizar os produtos como você pensa ser melhor, mas sim conforme o consumidor deseja. O menu lateral leva de 30 a 40% do consumidor na home. Vale lembrar que a grande maioria dos visitantes entram no site através de links, campanhas e buscas”. Segundo Reis, encare links patrocinados com mais atenção, e que comprar mídia é fazer uma boa aquisição, sendo mais barato errar um pouco, mas errar na hora certa. “As pessoas precisam entender que errar é humano, mas é necessário errar na hora
EVENTOS certa, afinal, tem que atuar em todos os lados”, finalizou o diretor da F-biz. A questão de seguranço no comércio eletrônico ficou com Patrícia Peck Pinheiro, Sócia do PPP Advogados. Em sua apresentação a advogada reiterou que as fraudes aumentaram pela má inclusão digital realizada no Brasil e também pela massificação do e-commerce. “O Brasil é atualmente o quinto no ranking de crimes eletrônicos, o brasileiro quer levar vantagem até na internet”. Para Patrícia Peck, a segurança eletrônica precisar ser melhor questionada pelos players que atuam no setor, porque a internet está saindo dos computadores e chegando no mundo mobile, sendo uma outra preocupação de fraude. “Todas as mães ensinaram sempre para nunca aceitar nada dos outros. Mas depois que inventaram a internet as pessoas esqueceram desse conselho e começaram a copiar e colar tudo que acha interessante na internet. Esquecendo de citar autor e saber sobre segurança”, finalizou Pinheiros.
Próximos eventos da Corpbusiness IT Banking Service Summit – 29/10/2009
O principal objetivo é de estimular a integração entre instituições financeiras e apresentar soluções inovadoras. Que são capazes de gerar resultados promissores. Principalmente para a área financeira, bem como levar ao mercado os novos produtos das instituições, que estão em constante ascensão, sendo assim, incentivar a participação de dirigentes de instituições bancárias.
II Universidades Corporativas – 18/11/2009
O encontro é voltado a diretores e gerentes ligados ao planejamento estratégico e educação corporativa das organizações públicas e privadas; aos diretores e coordenadores das universidades e faculdades que tem interesses em fornecer conteúdo para as universidades corporativas; a provedores e consultores de tecnologia de educação e e-Learning; a secretários estaduais e municipais de educação; e a dirigentes de associações empresariais e profissionais
II TI Verde – 26/11/2009
O congresso tem por objetivo neste encontro alinhar como sua empresa pode se posicionar dentro do movimento “TI Verde” e promover uma troca de experiência e conhecimento através de apresentações e debates, contando com a participação de diversos players da cadeia de TI, discutindo os desafios e elaborando sugestões e alternativas para resolvê-los, contribuindo para sua efetiva alavancagem. Neste contexto, pretende-se abordar aspectos estratégicos e de inovação ao tentar compreender o potencial do conceito atualmente em TI, mapeando as principais experiências e tendências no cenário nacional, bem como, aspectos regulatórios e legais incluindo riscos e responsabilidades.
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MERCADO
Investindo em certificação Commitment All Easy anuncia investimento em capacitação da área operacional, além de apostar em profissionais e em tecnologia de ponta Por Eduardo Mustafa
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m 1995 Demétrio Filippos fundou a Commitment All Easy, com o principal objetivo de fornecer produtos e serviços baseados em Tecnologia da Informação para empresas dos setores: Financeiros, Seguros, Manufatura, Varejo, Utilities, Mídia, Comunicações, Logística, Telecomunicações e Governo. Atuando há quase 15 anos no setor, a empresa vem se destacando durante todo seu percurso por investir em tecnologia de ponta, profissionais altamente qualificados e principalmente o desenvolvimento de produtos e serviços que agregam valores diretos na estrutura de empresas. Devido à crise no final de 2008 e inicio desse ano, uma das estratégias de crescimento da Commitment All Easy consiste na revitalização de seus departamentos e na qualificação de seus colaboradores. Partindo deste pressuposto, uma das áreas de maior investimento dentro da empresa é a Operacional, vista como alavanca para fechamentos de projetos e satisfação dos clientes. Desta forma, a empresa iniciou no começo de julho o Treinamento em Certificação de Aplicações. “Encerramos a primeira turma em julho, com uma equipe em certificação de aplicações. Nosso objetivo é formar pessoas para a realização de certificação de sistemas; entender a atuação do profissional de qualidade 48
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e seu contexto e objetivos dentro do ciclo de vida do projeto; além da prática na leitura e execução de roteiros de testes. Técnicas para execução e necessidades para o implemento de um bom teste também foram abordados”, revelou Hugo Cavalheiro, diretor operacional da empresa. O treinamento consiste em 40 horas de duração e conta com dois palestrantes: Hugo Cavalheiro - Diretor Operacional na Commitment Alleasy, que tem em seu currículo profissional passagem pelas principais empresas nacionais e multinacionais do setor. Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Santana, MBA em Gestão Estratégica de TI pela FGV Management em 2002 e possui o CSM – Certified Scrum Master (Scrum Alliance); e Maria Verônica - Analista de Teste desde 2008 na Commitment All Easy, durante um ano atuou na área de Help Desk em um grande banco nacional, possui conhecimento em Lógica de Programação em Banco de Dados SQL Server 2000. Para a seleção dos candidatos, que totalizam dez pessoas, a área de recursos humanos da Commitment All Easy buscou profissionais com aptidão básica para a realização de testes, através de sites de busca e divulgação interna do curso. “Estamos oferecendo uma experiência inicial diferenciada e dando oportunidade de acesso à carrei-
ra. Ao término, vamos contratar alguns profissionais e auxiliá-los no processo de colocação no mercado, dependendo do desempenho dos mesmos”, argumenta Hugo.
Investindo em Tecnologia Para obter sucesso, a Commitment All Easy está investindo em seus produtos, como o Outsourcing, que inova em sistemas de manutenção corretiva e evolutiva; suporte funcional; testes de
MERCADO sistemas; homologação; implantação de aplicações; treinamento e performance, garante estabilidade e segurança a seus clientes e conseqüentemente um menor impacto em custos e prazos pela assertividade que o sistema proporciona. Além disso, caminha constantemente no desenvolvimento de softwares como o NetEasy e sistemas eficientes como o de Premiação da Força de Vendas, bem como serviços de gerenciamento de segurança como o MSS, que permite que a rede da empresa contratante seja monitorada e gerenciada 24 horas por dia. Destaque também em seus serviços, a área de Recursos Humanos que conta em seu quadro, com psicólogas capacitadas para aplicação de testes e critérios de Seleção e Recrutamento para atender as necessidades de seus clientes em Projetos. “Commitment All Easy entende as necessidades do cliente, o que faz a empresa agregar valores e personalização ao processo produtivo”, disse Cavalheiro. Outro ponto destacado pela empresa é o que se refere a seus diferencias que vão desde seus profissionais qualificados e experientes, até as ferramentas de trabalho disponibilizadas em tempo real. Este objetivo da empresa pode ser exemplificado através de seu portfólio, que inclui clientes como, Itaú Seguradora, Brinks, Serasa Experian, Grupo Abril, dentre outros. “Nosso objetivo principal, e também meta de crescimento, está baseada em nossos especialistas, na ação holística sobre o problema, na transparência com o cliente e, claro, em nossas ferramentas de trabalho”, complementa o presidente da empresa Demétrio Filippos.
Investindo em Certificação Um dos investimentos da empresa de maior ênfase no momento é a certificação de aplicações. Com uma experiência de mais de 250 projetos de certificação no último ano, nas plataformas WEB, Client Server e Mainframe. Devido ao sucesso do primeiro treinamento, onde mais de 60% dos profis-
sionais que concluíram o curso foram colocados no mercado de trabalho em menos de uma semana. A empresa optou pelo investimento no segundo treinamento, iniciado com uma turma formada por nove profissionais, porém com uma carga horária mais extensa de 46 horas. “A empresa decidiu investir neste tipo de treinamento pela dificuldade em identificar profissionais em início de carreira, com uma formação mais completa na área”, explica o diretor operacional da empresa. Para a seleção dos candidatos, a área de recursos humanos da Commitment All Easy buscou profissionais com aptidão básica para a realização de testes, “Oferecemos uma experiência inicial diferenciada e damos oportunidade de acesso à carreira. Ao término, auxiliamos estes profissionais no pro-
cesso de colocação no mercado, dependendo do desempenho dos mesmos”, argumenta Hugo. Para os futuros treinamentos, que devem ocorrer nos próximos meses, os interessados devem enviar seu currículo para o email vagas@commitment. com.br.
Investindo em Teste de Software Através do uso de três ferramentas, e-Services, e-Process e e-Quality, a empresa diferencia-se em comprometimento. Já os pré requisitos para a certificação podem ser exemplificados pelo Diretor Operacional da empresa, Hugo Cavalheiro. “Para a realização de um bom processo de certificação fazse necessário o pleno entendimento dos requisitos funcionais e técnicos da aplicação. Essas informações são obtiwww.corpbusiness.com.br | Inter IT
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MERCADO das através da leitura de documentação, entrevistas com os solicitantes da aplicação e leitura dos padrões técnicos para o desenho dos produtos, sendo essenciais para a elaboração dos roteiros de teste e assegurar, que os mesmos, consigam certificar que a aplicação atende aos requisitos”. Ao término do processo de certificação são gerados os produtos; Plano, Roteiros e Evidências de Teste, além do Relatório com sugestão de melhorias. Durante o projeto de certificação de uma aplicação, a Commitment All Easy disponibiliza ferramentas para acesso on-line à situação da execução dos testes, garantindo desta forma a comunicação com o cliente. Essas ferramentas permitem a elaboração de workflow que auxilia na apresentação das não conformidades identificadas de forma a agilizar a correção assim que as mesmas são relatadas. Ao final de cada ciclo de testes, o relatório de evidências e índice de aceitação da ferramenta é apresentado ao contratante. Os modelos de contratação podem ser internos ou externos, dependo da necessidade da empresa. “A capacitação da equipe da Commitment All Easy possibilita a manutenção de altos níveis de excelência independente do ambiente aonde o serviço vai ser estabelecido”, explica Demétrio Filippos presidente da empresa. O retorno sobre o investimento é conseguido ao serem apontadas as falhas mais comuns capacitando a minimizá-las, além de eliminarem a ocorrência das mesmas. Isso reduz o custo de trabalho, o prazo médio para conclusão das aplicações e melhora a qualidade da aplicação na primeira entrega. “O próprio processo de certificação tende a ter o seu esforço de aplicação modificado com o melhor entendimento da aplicação e graças ao uso das ferramentas que possibilitam a guarda e reuso dos roteiros de teste”, finaliza o diretor operacional.
Entrevista A revista Inter IT conversou com Hugo 50
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“Um dos investimentos da empresa de maior ênfase no momento é a certificação de aplicações” Cavalheiro, Diretor Operacional da Commitment AllEasy. O executivo explicou o foco de atuação da empresa, revelou os investimentos e um pouco mais sobre as certificações. Confira!!!
Revista Inter IT: Queria saber um pouco mais da empresa. Foco de atuação, desde quando a empresa está no mercado, metas e objetivos para o segundo semestre de 2009? Hugo Cavalheiro: A Commitment All
Easy, fundada por Demétrio Filippos, atua no mercado de Tecnologia há 15 anos. A empresa atua com profissionais altamente qualificados e, principalmente, no desenvolvimento de produtos e serviços que agregam valores diretos na estrutura de empresas de diferentes setores. Aprimorando seus produtos, como o Outsourcing, que inova em sistemas de manutenção corretiva e evolutiva; suporte funcional; testes de sistemas; homologação; implantação de aplicações; treinamento e performance, garante estabilidade e segurança a seus clientes e, conseqüentemente, um menor impacto em custos e prazos pela assertividade que o sistema proporciona. Além disso, caminha constantemente no desenvolvimento de softwares como o NetEasy e sistemas eficientes como o de Premiação da Força de Vendas, bem como serviços de gerenciamento de segurança como o MSS, que permite que a rede da empresa contratante seja monitorada e gerenciada 24 horas por dia. Nosso objetivo principal, e também meta de crescimento, que está em torno de 20% para o ano de 2009, está baseada em nossos especialistas, na ação holística sobre o proble-
ma, na transparência com o cliente e, claro, em nossas ferramentas de trabalho. Este objetivo da empresa pode ser exemplificado através de seu portfólio, que inclui clientes como, Itaú Seguradora, Brinks, Serasa Experian, Grupo Abril, dentre outros.
Inter IT: Aonde são realizados os treinamentos? Quanto a empresa investiu nos últimos meses? H.C.: Os treinamentos são realizados na cidade de São Paulo, foco de atuação da empresa. Para os dois treinamentos o custo total de preparação e de realização foi R$ 13 mil.
Inter IT: A empresa vem investindo em profissionais e tecnológicos. Qual é a razão, uma lacuna nesse mercado? H.C.: Sim. O objetivo seria atender a
demanda crescente de profissionais de qualidade com visão completa de ciclo de testes. Uma necessidade atual da empresa.
Inter IT: Poderia explicar um pouco mais sobre os treinamentos: horas de duração, local, foco do treinamento, público alvo e resultados obtidos. H.C.: O tempo de duração dos treina-
mentos totalizou 86 horas, o local foi na própria sede da empresa, situada em São Paulo. O público alvo foi pessoas com ensino médio concluído, com familiaridade com o uso do Pacote Office, Browser de Mercado (IE ou Firefox) e uso do computador. Os resultados obtidos foram a colocação destes profissionais no mercado que totalizaram uma média de 50% dos formandos.
MERCADO
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Experiência que traz qualidade “Londres 2012 será a sexta Olimpíada como parceira mundial de TI”. Veja a entrevista exclusiva com Michele Hyron, chefe de integração da Atos Origin para os Jogos Olímpicos de Londres Por Eduardo Mustafa
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enho certeza que você conhece a Atos Origin, empresa de serviços internacionais de tecnologia da informação, que tem como objetivo direcionar a visão dos clientes para resultados através da aplicação de consultoria, integração de sistemas e gerência de operações. Imagino que você acompanha a cada quatro anos os Jogos Olímpicos, sendo que em 2012 a competição será realizada em Londres. Mas uma coisa que talvez você não saiba é que: A Atos Origin é o Worldwide Partner de Tecnologia da Informação para os Jogos Olímpicos e tem uma clientela internacional de empresas blue-chip em todos os setores. A Atos Origin anunciou recentemente que juntamente com outros parceiros de tecnologia e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos (LOCOG), está liderando a integração da infraestrutura e sistemas de tecnologia para os Jogos Olímpicos de 2012 em Londres. Dessa forma, a empresa garantirá que grandes volumes de dados possam ser processados e fornecidos sob demanda para os comentaristas, jornalistas, telespectadores e visitantes. A tecnologia desempenhará um papel crítico em duas áreas nos Jogos Olímpicos: acesso aprimorado à informação e sustentabilidade ambiental. A Atos Origin está trabalhando com o LOCOG para avaliar o uso de novas tecnologias, tais como virtualização, para que a próxima olimpíada utilize menos ener-
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gia e hardware do que os Jogos de Pequim. O Remote INFO, um serviço que oferece acesso à intranet de Londres 2012, será utilizado para ajudar a reduzir as sete milhões de folhas de papel que foram impressas em Pequim, fornecendo os cronogramas e os resultados das competições diretamente para os computadores dos jornalistas. “Londres 2012 aproveitará as diversas inovações tecnológicas para aprimorar o acesso às informações e oferecer os Jogos Olímpicos mais sustentáveis já feitos. Pela primeira vez implementaremos uma nova solução - a Olympic Data Feed - projetada juntamente com o IOC, para consolidar todos os dados para newswires, sites e intranet em um único canal, de modo a oferecer um serviço mais eficiente e sustentável”, afirma Michele Hyron, integradora chefe da Atos Origin. Em Pequim, a Atos Origin processou de maneira segura 60% mais dados de competição do que em Atenas, totalizando 1,5 milhão de mensagens. Como o público mundial espera que informações mais detalhadas sejam fornecidas em tempo real para uma rede cada vez mais complexa de canais, essa demanda deve aumentar ainda mais nas Olimpíadas de Londres. “Londres 2012 será a sexta Olimpíada da Atos Origin como parceira mundial de TI”, disse Patrick Adiba, vice-presidente executivo dos Jogos Olímpicos. “Com a nossa ampla experiência no
fornecimento dos sistemas e da infraestrutura tecnológica, de forma ágil e dentro do orçamento, trabalharemos com o LOCOG e os demais parceiros para garantir que os Jogos Olímpicos e os Jogos Paraolímpicos de Londres sejam os mais bem-sucedidos”.
Exclusividade
A revista Inter IT conversou com exclusividade com Michele Hyron, chefe de integração da Atos Origin para os Jogos Olímpicos de Londres. Na en-
MERCADO trevista foi revelado o planejamento para 2012, a preocupação em fazer uma Olimpíada mais sustentável e muitas outras questões tecnológicas. Confira!!!
Revista Inter IT: O que está sendo planejado e feito pela Atos Origin em relação aos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres? Michele Hyron: Vamos fornecer nos Jo-
gos Olímpicos em Londres 2012 algo relacionada a virtualização, com a preocupação para inovações mais sustentáveis. Serão soluções novas que ajudarão a fornecer tecnologia com maior agilidade e com uma infraestrutura que proporcione um menor orçamento. Sendo asseguradamente um dos mais bem sucedidos Jogos Olímpicos. Hoje a Atos Origin está trabalhando com a LOCOG (Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos), sendo a ligação tecnológica para projetar a infra-estrutura e os sistemas para os Jogos Olímpicos. Como parte da fase de projeto, que será terminada no fim do ano, a Atos Origin está trabalhando para avaliar o uso de tecnologias novas, tais como a virtualização, de modo que a Londres 2012 use menos energia e ferragem (infraestrutura) do que em Beijing em 2008. A informação remota, um serviço que fornecesse o acesso a intranet pode reduzir cerca de sete milhões de folhas de papel, fornecendo as programações e os resultados da competição diretamente aos computadores dos jornalistas.
Inter IT: O que foi feito nas olimpíadas passadas (2008) que não será realizado na próxima (2012)? M.H.: Nós aprendemos lições valiosas em cada Jogos Olímpicos que participamos, e que podem ser usada no próximo. De fato, o sucesso de cada edição dos Jogos depende do conhecimento e da experiência que estamos obtendo dos jogos anteriores. As inovações para 2012 incluem: - Alimentação de dados: Serviço “brandnew”, isso simplifica e dinamiza sistemas precedentes que irá entregar uma solução mais sustentável e mais eficiente. Vai ser usado pela primeira vez em Londres 2012, e consolidará
alimentações de dados em uma única agência de notícia. - CIS remoto: Foi usado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Beijing em 2008. Aonde 15 rádios difusores no mundo inteiro poderiam alcançar o CIS dos estúdios em seus países de origem através do serviço remoto. Isto significa que mais equipes de transmissões podem alcançar os resultados e os dados da competição em tempo real, sem ter que viajar aos Jogos. Para os rádios difusores, o serviço novo ajuda a reduzir custos e igualmente a quantidade de gastos com carbono. O CIS remoto será usado para Londres.
Inter IT: A questão de sustentabilidade é o que mais preocupa no momento? M.H.: Para termos uma Olimpíada mais
sustentável, a tecnologia tem um importante papel. Tanto para as pessoas que irão assistir os jogos de sua casa e como as pessoas que irão viajar para Londres. O progresso já começou em Beijing em 2008, em comparação com outros Jogos. Para Londres, nós estamos preocupados em como podemos fornecer soluções para reduzir as emissões de carbono. E pensamos o seguinte: - Execute a tecnologia que usa menos energia; - Projete uma arquitetura que exija menos equipamento; - Reduza a impressão (um bilhão de folhas de papel impressas nos jogos 2008 de Beijing); - Serviços remotos.
Inter IT: Você acha que a imprensa, telespectadores e visitantes estão preparados para as mudanças? M.H.: Sim. Nós trabalhamos com o
Comitê de Organização, os rádios difusores e os jornalistas durante toda a preparação dos Jogos. Queremos assegurar-se de que os sistemas e os serviços que nós estamos trabalhando tornem o trabalho de todos muito mais fácil e com maior sustentabilidade.
Inter IT: Em Pequim (2008) a Atos Origin processou 60% mais dados do que em Atenas (2004). Qual é a previsão de aumento da Olimpíada de Pequim (2008) para a de Londres (2012)? M.H.: A Atos Origin transmitiu nos Jogos de Beijing uma quantidade extraordinária de dados, e isto tende a aumentar para Londres. Nós estamos criando sistemas para assegurar e processar ainda mais dados nessa próxima Olimpíada, entregando a informação direta e no momento adequado. Para isso planejamos: - Jornalistas: Em 2012 trazer um acesso mais fácil à informação. O jornalista vai receber a informação dos Jogos em seus próprios laptops. Com isso os profissionais irão receber diretamente as classificações de medalha, as biografias dos atletas e tudo sobre os Jogos. - Visitantes do web site dos Jogos de Londres: Trazer uma informação mais detalhada e em tempo real.
Inter IT: Gostaria que vocês deixassem um recado sobre o que podemos esperar para 2012. Um panorama da Atos Orign sobre a Olimpíadas de 2012 em Londres? M.H.: Estamos a três anos dos Jogos Olímpicos de Londres e toda a tecnologia está no caminho certo. Estamos muitos satisfeito em fazer parte da equipe de Londres e conduzir parcerias tecnológicas mais sustentáveis.
Atos Origin As receitas anuais da empresa são de 5,8 bilhões de Euros, empregando mais de 50 mil pessoas em 40 países. A Atos Origin é o Worldwide Partner de Tecnologia da Informação para os Jogos Olímpicos e tem uma clientela internacional de empresas blue-chip em todos os setores. A Atos Origin é cotada na Paris Eurolist Market e negócios como Atos Origin, Atos Worldline e Atos Consulting.
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COLUNISTA
Comportamento - Muito além de um aplicativo de localização Por Rafael Siqueira (CTO do Apontador MapLink)
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Nokia fez o anúncio para Maio de 2009 do lançamento da Ovi Store, para distribuição de aplicativos, jogos da plataforma NGAGE, vídeos, widgets, podcast e não podia faltar LBS (Serviços baseado em localização) para os Nokia Serie 40 e Serie 60, ou seja, uma base instalada de dezenas de milhões de celulares. A Microsoft lançará no segundo semestre a Windows Mobile Marketplace, enquanto o Android vem com aplicativos pagos e novos fabricantes adotando este sistema operacional. Já a RIM fez o anúncio da sua entrada nesse meio com o Blackberry App World. Com o crescimento e popularização desse mercado, passaremos a encarar o celular não somente como um meio de nos comunicar, mas também como uma fonte de milhares de serviços e aplicações. Muitas empresas já estão investindo em desenvolvimento de aplicativos com algum recurso de localização, que acaba gerando maior interesse dos usuários devido ao contexto e a relevância que isto traz. A Smule, em 2008, lançou o aplicativo Sonic Lighter, que acabou virando febre. O aplicativo que obteve mais de 70 mil downloads consiste em acender o isqueiro, movimentar a chama através do sopro, acender a chama ao aproximar um aparelho do outro, e outras distrações. Quando os usuários brincam com o aplicativo, as informações de 54
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localização são mandadas diretamente para um sistema que permite que o usuário visualize a área com maior concentração de pessoas, ou seja, o mapa fica pegando fogo. Isso fez com que muitos franceses e japoneses começassem a se deslocar pela cidade para aumentarem estas manchas de fogo. Entramos numa nova era da mobilidade, em que o objetivo da distribuição de aplicativos é induzir os usuários a dizerem de forma indireta onde estão e o que estão fazendo. Por traz de todos estes aplicativos já existem empresas e universidades que vem investindo em estudos do comportamento humano baseado no contexto da sua localização e interesse. Dependendo da forma que você utilize, a hora que utilize, o tipo do aplicativo que você utilize é possível anonimamente determinar o perfil daquele usuário, onde ele mora, onde ele trabalha, quando gosta de ir ao cinema, o que faz de sábado a tarde, seu nível social, faixa etária, sexo, etc. Essa coleta de informações levanta a movimentação dos usuários, os agrupa em tribos, assim começa-se a entender em tempo real o que esse usuário quer e leva até ele o que é realmente relevante para aquele momento. Esse fornecimento de serviços leva por trás muita inteligência embutida, onde é possível fazer estudos de concentração de pessoas, ajudando as empresas a entenderem o padrão da cidade e de seus
clientes. A publicidade começa a ser direcionada, com as empresas focando seus clientes reais e suas necessidades. Para quem mora em San Francisco, Califórnia, um serviço chamado Citysense vem chamando a atenção. Através dele você pode visualizar de forma ampla as opções de balada, bares e locais de agito, e onde está concentrado o maior número de pessoas de mesmo interesse que você através da tela do celular. Conforme o usuário usa o programa, a aplicação aprende sobre os lugares que o mesmo gosta de ir, através de suas preferências e histórico. Dessa forma, o usuário poderá visualizar no mapa e escolher o local aonde irá, dependendo de onde está concentrado um maior número de pessoas com preferências parecidas com as suas ou um local com pessoas de gostos diferentes. Tudo isso se mantendo em cima da privacidade, onde as informações jamais serão compartilhadas.
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