InterIT nº 09
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Dezembro 2009
Eventos II IT Banking, organizado pela Corpbusiness, coloca a sinergia tecnologia e bancarização em discussão.
Ano 2 - nº 9 - Dezembro de 2009 R$ 10, 90
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Eventos II Universidades Corporativas reúne time de empresas vencedoras para discutir o ensino a distância, e-Learning e a educação dentro das corporações
Colunistas Os 7 Pecados das Redes Sociais Como o Twitter está ajudando o Mobile Marketing
Internet O novo visual do portal Corpbusiness
Cesar Castelli Presidente da TCS Brasil
“Queremos transformar a TI, torná-la menos ‘arte’ e mais processual” 1
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Gabarito
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EDITORIAL O que vem agora?
O
ano de 2009 acabou, e para todos - inclusive para o mercado de tecnologia - ele foi bem difícil. Iniciamos em meio a um enorme emaranhado de dúvidas, suposições e - não se pode negar - com as piores perspectivas possíveis. Muitas empresas readequaram seus planejamentos, cortaram pessoal, redefiniram metas, projeções e reviram seus orçamentos. Dentro desse quadro de dificuldades no qual o ano de 2009 começou, pouquissímas pessoas - mesmo as mais otimistas - poderiam imaginar que chegaríamos a dezembro “vivos”, quem dirá da maneira como chegamos, já iniciando uma - ainda tímida - recuperação. Não serei eu leviano em apontar que tudo já melhorou completamente, que a crise econômica que assolou os mercados, derrubou empresas tradicionais (vide o Lehmann Brothers, a GM, entre outras) e virou o mundo financeiro de cabeça para baixo já acabou. Mas também não se pode negar os sinais de melhora. Executivos e especialistas com quem conversamos dizem já poder ver alguma chance de melhora, uma esperança de retomada em 2010, enfim, uma luz no fim do túnel. Em suma, 2009 terminou bem melhor do que 2008, e - diante desse quadro - 2010 entra em cena trazendo consigo um quadro muito melhor de se ver do que víamos em janeiro de 2009. Ainda há uma ceerta tensão no ar quanto ao que irá acontecer nesse novo ano, mas quase todos concordam que 2010 trará oportunidades e resultados melhores do que os do ano que se encerrou. Aliás, falando em ano que se encerrou, em novidades e planos, o leitor mais atento deve ter notado uma sútil mudança em nossa equipe, bem no alto dessa coluna ao lado, essa cheia de nomes, com todos os que, direta ou indiretamente, colaboram com a realização de cada nova edição da revista INTER IT. A novidade é este que vos escreve estas humildes linhas, jornalista recém-chegado ao mercado de Tecnologia da Informação e Comunicações após abraçar o promissor projeto editorial da Corpbus!ness, e que agora passa a comandar o conteúdo dessa reconhecida publicação. Desde a edição passada eu integro a equipe Corpbus!ness e INTER IT, espero que com o mesmo brilhantismo dos que aqui já passaram e desejando preparar um caminho ainda melhor para os que estão por vir, pois, como havia dito, 2010 será um ano de muitas novidades! Um abraço!
Participe da Revista Inter IT Escreva para a Revista Inter IT Mande sua opinião, reclamações, elogios e dúvidas contato@corpbusiness.com.br Publicidade Participe da próxima edição da Revista Inter IT (11) 3666-5208 (11) 3661-2785
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Eventos e Congressos Informações sobre os eventos e congressos organizados pela Corpbusiness (11) 3666-5208 (11) 3661-2785 contato@corpbusiness.com.br SITES www.corpbusiness.com.br www.interit.com.br www.mediaweek.com.br
Publisher Diogo Pastori diogo.pastori@corpbusiness.com.br Editor Responsável Danilo Pádua danilo.padua@corpbusiness.com.br Jornalista Responsável Arte Wilson Hiramatsu (Designer Gráfico) Colaboradores Armando Levy, Cesar Castelli, Marcelo Castelo, Leda Regina Blagevitch, Profº Mario Faria, Miguel Martinez, Nelson Ito, Oscar Clarke e Walter Sabini Junior. Gerente Comercial Nacional Tatiana Barbosa José Perez Departamento Comercial Jane Silva, Jaqueline Ferreira e Sandro Souza (Gerentes de Negócios) Logística Circulação São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Gerais Revista Inter IT Avenida Angélica, 2503 – Conjunto 148 CEP: 01227-200 Higienópolis São Paulo-SP (11) 3661-2785
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SUMÁRIO 0MERCADO 20 22
Imagen é tudo
52
TI para gente grande
Executivos de TI se reúnem para criar nova empresa
0TECNOLOGIA 16
Gartner identifica as dez principais aplicações móveis para 2012
24
O que as pessoas não sabem sobre biometria
40
Convergência digital: como fazer o site entrar no celular?
0EVENTOS 28
IT Banking 2009: Tecnologia financeiraem foco
42
Uma aula de evento
0SEGURANÇA 48
McAfee adverte sobre “Os 12 Golpes Natalinos
na Internet” mais frequentes na época de festas”
0COLUNISTAS 14
Como o Twitter está ajudando o mercado de mobile marketing?
19 21 26 34
Você é um “e-mala”
45 46
IPTV: A guerra dos Meios
54
O show deve continuar
CAPA
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A ARTE DE CRIAR PROCESSOS
Com filosofia de qualidade diferenciada, a TCS quer deixar a TI mais eficiente, diminuindo o espaço para “lampejos” criativos em detrimento de uma atividade mais processual.
Use a roda para inovar Longevidade, a alma do negócio
09
Email marketing: Se me permite, regulamentar foi preciso
WiMAX e desenvolvimento econômico no Brasil
50
35 www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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Carta do Leitor
“A entrevista de capa da edição número 08, com o (Márcio Dobal) presidente do SAS foi bastante relevante, mas vocês poderiam ter se aprofundado mais no assunto crise financeira global. Fora isso, foi muito interessante a história de como O SAS surgiu. Sou profissional da área de tecnologia e já tinha certa admiração pela renomada empresa, agora tenho ainda mais.”
Mercado Uma conversa exclusiva com o gerente de vendas da Nero no Brasil sobre seus novos lançamentos
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Ano 2 - nº 8 - Outubro de 2009 R$ 10, 90
Segurança Quanto vale a segurança de uma urna eletrônica?
Telecom Um ano de portabilidade numérica com números expressivos
Mercado Vivo e RIM lançam BlackBerry por menos de R$ 500
Colunistas No Coração da TI Verde
Márcio Dobal
Presidente do SAS para o Cone Sul
Cassiano de Oliveira Marques, Assis-SP
“Até o final desse ano nós esperamos crescer 15% no Brasil” 1
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“Gosto bastante das seções Telecom News, Corp News e Inter IT News; é através dessas notinhas que me mantenho bem informada sobre o que aconteceu de mais relevante no mercado tecnológico, embora algumas notícias ali pudessem ser trabalhadas em matérias completas. Só tenho uma crítica: A REVISTA TEM QUE SER MENSAL!!!” Letíssia Caldeira, Niterói-RJ
“O José Antonio Milagre mais uma vez foi genial (Artigo: Quanto vale uma falha de segurança na urna eletrônica brasileira?) na edição passada. Acompanho o trabalho dele tanto na revista quanto na internet, sempre aborda temas diferentes do comum com uma ótica aguçada e perspicaz.” Fabrício Ramos, Santo André-SP
“Ainda tenho muitas dúvidas quanto a real efetividade e o sucesso do mobile payment no futuro, mas graças a Inter IT tenho esclarecido algumas delas, além de conhecer alguns dos principais nomes dessa indústria que ainda engatinha no Brasil, como é o caso do ‘pioneiro’ Armindo Mota, entrevistado da edição passada.” Adriana Antunes, São Paulo-SP
Se você tem alguma sugestão ou comentário, mande um e-mail para contato@corpbusiness.com.br Não esqueça de colocar o nome completo e a sua cidade. 6
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Em suas mãos, a mais inteligente ferramenta para recuperação de crédito Recupere mais clientes gastando menos Minimize os custos com diferentes políticas de descontos e acordos Antecipe o recebimento de dívidas vencidas dos consumidores com maior propensão ao pagamento Incentive os clientes a priorizar a regularização das dívidas com sua empresa A Serasa Experian coloca em suas mãos a ferramenta mais eficaz e rentável para recuperação de crédito: a Solução Integral de Cobrança, um recurso que permite à sua empresa combinar as informações internas com as informações de mercado para direcionar as melhores estratégias de recuperação considerando o perfil dos consumidores em atraso. Solicite informações sobre a Solução Integral de Cobrança ao seu consultor de negócios Serasa Experian e prepare-se para o retorno desse investimento.
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.:Na web:.
O portal Corpbusiness está de cara nova Aproveitando o sucesso de audiência e a parceria recente com o UOL, o portal Corpbusiness passou por uma repaginada em seu visual e está mais bonito e funcional para o nosso leitor. Confira as principais novidades e funcionalidades do portal:
Revista Inter IT: aqui você encontra um link direto para poder visualizar todas as edições da Revista Inter IT em Virtual Paper, em qualquer lugar e a qualquer hora.
- Principais notícias do dia: agora, além das últimas notícias do dia, também ficam destacadas na Home aquelas notas mais importantes que “balançaram” o mercado.
- Enquetes: Todos os meses temos uma nova enquete para o leitor manifestar sua opinião sobre os assuntos mais relevantes propostos pela nossa redação.
- Ranking Super Downloads: para facilitar ainda mais a vida dos leitores, os principais programas baixados no portal Super Downloads estão disponíveis a um clique de distância já em nossa página inicial.
- Colunistas: Não deixe de conferir, a cada semana um novo artigo escrito por especialistas e pelos principais nomes do mercado de Tecnologia da Informação e Comunicações.
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O que você achou? Não deixe de mandar sua opinião, críticas ou elogios para : editor@corpbusiness.com.br. 8
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TELECOMEXPRESS.WORDPRESS.COM
Nokia lança novo celular musical
Em dezembro, a Nokia, maior fabricante de celulares do planeta, anunciou o lançamento de um novo modelo de celular musical, da sua bem sucedida linha “Comes With Music”. O novo modelo 5235 “Comes With Music” possui touch screen, câmera de 2 MP e opera com OS Symbian, sistema operacional apoiado pela Nokia. O aparelho deverá custar cerca de 145 euros - o modelo mais barato da linha de smartphones da fabricante - e deve chegar às lojas no primeiro trimestre de 2010.
TELECOMNEWS
Oi lança loja virtual para aparelhos desbloqueados No início de dezembro, a operadora de telefonia móvel Oi colocou no ar a sua nova loja virtual, desenvolvida em parceria com a distribuidora Brightstar, para a comercialização de aparelhos celulares e smartphones desbloqueados. Segundo anúncio da operadora, o objetivo da loja é facilitar a aquisição de aparelhos aos usuários que tenham sido bonificados com créditos para compras na aquisição de planos pós-pagos. Ainda é possível, com esses créditos, também adquirir aparelhos em qualquer loja da operadora podendo desbloqueá-los já no ato da aquisição. A loja virtual da Oi (www.oi.com.br/equipamentos), conta com modelos das marcas Nokia, Samsung, LG, Motorola, Sony, HTC e BlackBerry; além de oferecer frete grátis e parcelamento em até 10 vezes. Toda a operação da loja virtual ficará a cargo da distribuidora Brightstar.
BlackBerry disponibiliza App World em português A RIM disponibilizou a BlackBerry App World já está disponível em Português para usuários de smartphones BlackBerry. A loja oficial de aplicativos para os dispositivos BlackBerry reúne uma grande variedade de aplicativos tanto para uso pessoal quanto profissional. Agora os usuários brasileiros do smartphone podem navegar pela loja de aplicativos em sua língua nativa, através do endereço www.blackberry.com/appworld ou mobile.blackberry.com a partir do smartphone ou de um computador pessoal. Atualmente, os usuários no Brasil podem escolher baixar a BlackBerry App World em Inglês, Espanhol ou Português. No entanto, a BlackBerry App World na América Latina ainda suporta apenas aplicativos gratuitos. Aplicativos pagos, de acordo com a RIM estarão disponíveis futuramente. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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INTERITNEWS
Cisco comemora seus 25 anos com trabalho voluntário A Cisco completou em dezembro seu 25º aniversário com um chamado ao trabalho voluntário. O chairman e CEO da companhia, John Chambers, convocou cada funcionário a trabalhar voluntariamente por quatro horas em suas comunidades locais durante o ano fiscal 2010 (julho de 2009 a julho de 2010). O objetivo é atingir 200 mil horas de trabalho voluntário, que soma aproximadamente 25 anos de serviços para a comunidade global. “Não consigo pensar em uma maneira melhor para marcar os 25 anos da Cisco do que focar ainda mais no talento de nossos colaboradores e na energia dos serviços prestados à comunidade”, diz John Chambers. “Ajudar as pessoas a se comunicarem a colaborarem não é só parte de nossos negócios, é o núcleo de nossos valores”, finalizou.
Redecard economiza com TI Verde A Redecard anunciou recentemente uma marca importante. De acordo com informações divulgadas no Portal Baguete, a empresa que administra terminais POS para transações eletrônicas multibandeira atingiu a marca de mais de R$ 10 milhões economizados em ações de TI Verde. Segundo o presidente da Redecard, Roberto Medeiros, até agora a empresa poupou 20 milhões de folhas de papel através da adesão de, aproximadamente, 80% de seus clientes à versão online do extrato. Outra medida divulgada pela companhia é a reciclagem diária, em média, de 3,2 mil terminais POS, o que deve render entre 3,3 e 4,8 toneladas de sucata, sendo cerca de 37% de plástico, 12% componentes diversos (conectores e outros metais), 11% papelão, 13% fios de cobre e alumínio, 21% placas e LCDs e 6% baterias. 10
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Telefônica diz que 'Vivendi fez gol de mão' para ter GVT
Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica no Brasil, deu declarações a respeito da recente aquisição da operadora GVT pelo grupo francês Vivendi. O acordo oferecido pelos franceses - que superou a oferta da própria operadora espanhola, também postulante à aquisição - está sob investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "A sensação que nós temos é que o jogo foi decidido por gol de mão", declarou Valente, durante encontro com jornalistas, sobre a transação de compra da GVT pela Vivendi que foi anunciada em 13 de novembro. Porém a transação anunciada pela Vivendi está sob investigação do órgão regulador desse tipo de negócios, a CVM, que tem dúvidas quanto a veracidade de algumas das informações divulgadas pela companhia francesa. Para a CVM, não estão claras as informações sobre o direito de compra de 19,6% das ações da GVT que pertenceriam ao Tyrus, uma vez que o fundo britânico - na época do anúncio da compra das ações - declarava oficialmente possuir somente 6,6% dos papéis da GVT. A CVM tem dúvidas quanto a capacidade do fundo honrar seus compromissos quanto ao restante das ações "prometidas" para a Vivendi. A Telefônica espera o resultado das investigações da CVM para agir. "Depois que a CVM tomar uma decisão, provavelmente vamos fazer alguma coisa", disse Valente, sem especificar se irá à Justiça.
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Tivit deve contratar empréstimo de R$ 150 milhões no BNDES
No início de dezembro, o conselho de administração Tivit aprovou a contratação de um empréstimo no valor de R$ 150 milhões junto ao BNDES. De acordo com o comunicado divulgado pela companhia, o objetivo desse empréstimo é obter recursos para investir na ampliação e modernização de seu parque tecnológico, implantação de programas de qualidade, captação de recursos humanos e pesquisa e desenvolvimento para melhorar a qualidade dos serviços. A empresa ainda informou que o dinheiro também deverá ser investido em ações de marketing e na aquisição de máquinas e equipamentos de fabricação nacional, que estejam enquadrados dentro dos critérios do Finame, no âmbito do Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (Prosoft Empresa).
INTERITNEWS
LG lança Application Store para o Brasil Em dezembro, a LG Eletronics anunciou o lançamento oficial da versão brasileira de sua Application Store - loja de aplicativos para smartphones. O Brasil é o segundo país da América Latina a receber uma versão exclusiva do serviço, atrás apenas do México. Em moldes semelhantes às lojas de aplicativos de outras fabricantes, a LG Application Store traz diversos tipos de aplicativos - gratuitos e pagos - para seus smartphones, com as mais variadas funcionalidades, subdivididos em categorias como: Jogos, Produtividade, Negócios, Saúde, Viagem, Educação etc. Na loja da LG estarão disponíveis aplicativos desenvolvidos pela própria fabricante e por terceiros, previamente aprovados pelo controle de qualidade da companhia. Para a empresa, essa iniciativa vem completar sua estratégia de oferecer aos usuários valor agregado à compra dos celulares da marca, já que ela também lançou neste ano o site de conteúdos para celular – o LG Mobile.
Nokia cria joint venture para ganhar mercado na China A finlandesa Nokia, maior fabricante de celulares do mundo, anunciou uma parceria para o mercado chinês. A fabricante firmou acordo com a companhia de investimentos chinesa New Alliance para a criação de uma joint venture que tem como objetivo impulsionar seus negócios com serviços móveis no mercado de celulares e internet na China. "A China é o maior mercado móvel e de internet do mundo. A Nokia está entrando no mercado de serviços na China, e estabelecer essa joint venture é um passo natural para nos ajudar a trazer maior relevância localmente em serviços móveis para os consumidores chineses", declarou Niklas Savanader, vice-presidente da Nokia Services. A Nokia Alliance Internet, nome dado a joint venture, deve iniciar suas operações em janeiro de 2010. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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CORPNEWS
Top 5 Confira abaixo os cinco softwares mais baixados de cada plataforma durante a primeira semana de dezembro no portal Superdownloads (de 05/12/2009 até 12/12/2009): Windows Posição atual
Software
Posição Anterior
Semanas na Lista
Downloads semanal/ total
1
Windows Live Messenger 2009 (Build 14.0.8089.726)
2
280
165.206 17.834.203
2
avast! Home - Free antivirus 4.8.1356
3
278
132.587 12.393.780
3
AVG Antivírus 9.0.686
1
312
129.937 21.363.623
4
Windows Live Messenger 8.5
4
108
80.393 7.398.584
5
Ares 2.1.2
5
106
44.608 3.805.014
Posição Anterior
Semanas na Lista
Downloads semanal/ total
MAC Posição atual
Software
1
Adobe Shockwave Player 11.5.2.602
1
96
1.887 31.133
2
Microsoft Messenger for Mac 7.0.2
2
124
1.131 101.356
3
Adobe Photoshop CS4 Extended
4
70
936 80.803
4
DOCX Convert Office 2007
3
82
866 71.331
5
aMSN 0.98.1
5
124
845 62.229
Posição Anterior
Semanas na Lista
Downloads semanal/ total
Linux Posição atual
12
Software
1
aMSN 0.98.1
1
249
2.729 816.871
2
RealPlayer 11
2
257
1.881 280.768
3
Easy YouTube Video Downloader 1.8
3
37
1.697 54.827
4
Adobe Flash Player 10.0.42.34 (32 e 64-bit)
6
257
1.176 468.029
5
DetectVideo 0.4 Beta
4
20
1.156 22.321
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IBGE: banda larga cresce, mas exclusão digital ainda é grande No começo de dezembro, foram divulgados alguns números da pesquisa Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o acesso a internet e celular no Brasil. Os dados em questão integram um suplemento da Pnad realizada em 2008 e mostram situações ao mesmo tempo interessantes e conflitantes. Pelo relatório, entre 2005 e 2008, o número de usuários que acessam a internet no Brasil aumentou 75%; no mesmo período, o número de usuários que acessam a rede através de banda larga dobrou - passando de 41,2% dos internautas residenciais em 2005 para 80,3% em 2008. Mas a mesma pesquisa aponta que 104,7 milhões de pessoas com 10 anos ou mais declararam não ter acessado a internet nos três meses anteriores à realização da pesquisa, 65,2% do total. Os motivos de não utilização foram divididos em três: não achavam necessário ou não queriam (32,8%); não sabiam utilizar a internet (31,6%) e não tinham acesso a computador (30,0%) - sendo que no Norte e no Nordeste, o motivo mais citado foi não saber utilizar a internet (38,7% e 40,1% respectivamente). Dentre outras coisas, o IBGE destacou a mudança na principal razão para o acesso a rede pelo usuário brasileiro, hoje 83,2% responderam ter utilizado a internet em 2008 para se comunicar com outras pessoas, enquanto em 2005, o principal motivo era educação ou aprendizado, que ficou em terceiro lugar na pesquisa atual.
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Android é o preferido Pesquisa realizada durante o mês de novembro no site da CorpBus!ness apontou o sistema operacional mobile do Google como o preferido na escolha dos potenciais compradores de smartphones. Excluindo a opção de escolha do sistema do iPhone, o Android ganhou disparado dos concorrentes. Confira o resultado final: 1º) Android – 38% 2º) BlackBerry – 22% 3º) Symbian – 22% 4º) Windows Mobile – 16%
Tellus contrata ex-CIO do Habib's O executivo Geraldo Espírito Santo Júnior deixou o cargo de CIO da rede de fast food árabe Habib's, posição que ocupava desde 2006, com destino a Tellus. Ele assumiu a posição de CIO para América Latina da companhia de contact center que conta com seis sites no Brasil, dois no Peru entre outras atividades e operações desenvolvidas na região latino-americana. O executivo é graduado em administração de sistemas no Centro Universitário Ibero-Americano. Pós-graduado na Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) e no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo) e terá como primeiro desafio coordenar o processo de fusão com a TMS Call Center, empresa concorrente que foi adquirida pela Tellus em outubro. No lugar de Geraldo no Habib's assumiu, temporariamente, o diretor de operações da companhia, José Antônio, que acumulou as funções dos dois cargos.
CORPNEWS
Motorola Milestone: 1º Android 2.0 do Brasil Aproveitando a chegada do Natal, a Vivo e a Motorola anunciaram a chegada do primeiro smartphone equipado com o OS Android 2.0 do mercado brasileiro, o Milestone. O aparelho tem processador de 550 MHz, suporte a gráficos 3D, e-mails Exchange, POP e IMAP, USB 2.0, câmera de 5.0 MP com flash, teclado slider QWERTY, reprodução de vídeos em qualidade de DVD (720x480), conexão 3G e Wi-Fi e somente 1,37 cm de espessura. Além disso, conta com uma tela enorme (3.7 polegadas), a maior para smartphones Android. O preço sugerido é de R$ 1.899,00 para a versão desbloqueada e sem subsídio de planos. Já adquirido em conjunto com o plano Vivo Você 200 mais um plano de dados de 500 Mb (mensalidade de R$ 169 em São Paulo), o aparelho sai por R$ 599 e, dependendo do plano contratado, poderá custar até R$ 299. O aparelho chegou ao mercado nacional com exclusividade temporária da Vivo, mas deve chegar às demais operadoras no início de 2010.
U2 transmite show ao vivo pelo YouTube Em 25 de outubro, a banda de rock irlandesa U2 transmitiu para 19 países – inclusive para o Brasil, em tempo real, um show ao vivo realizado no estádio Rose Bowl de Pasadena, Costa Oeste dos EUA. "O grupo queria fazer este tipo de coisa há algum tempo", afirmou na época o agente do grupo, Paul McGuinness, em um comunicado divulgado no site da banda. "É a ocasião ideal para que a festa vá além do estádio. Os fãs percorrem longas distâncias para ver o U2, mas desta vez a banda irá até eles, ao mundo inteiro". A apresentação foi um sucesso e foi vista por mais de 1,3 milhão de pessoas através do canal oficial do U2 no portal de vídeos. "O YouTube está encantado em oferecer a seu público em todo o mundo uma apresentação ao vivo de um dos maiores grupos do planeta", declarou Chris Maxcy, um dos responsáveis do portal. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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COLUNISTA
Como o Twitter está ajudando o mercado de mobile marketing? Por Marcelo Castelo
P
or trabalhar com mobile há algum tempo, já cansei de ouvir perguntas do tipo: “Castelo, eu vou comprar um celular. Qual é o melhor?” e “Castelo, vou trocar de operadora. Que plano devo fazer?”. Nos últimos tempos, surgiu uma nova pergunta: “Castelo, como eu faço para usar o Twitter no meu celular?”. Essa pergunta e as possíveis respostas para ela me motivaram a escrever este artigo. Voltando a pergunta acima, ela pode ter diferentes respostas: • Acesse o m.twitter.com • Baixe um aplicativo para o seu aparelho • Utilize algum serviço de SMS Um ponto interessante é que muitas dessas pessoas que me fizeram a tal pergunta, nunca haviam baixado um aplicativo para celular e o fizeram pela primeira vez por causa do Twitter. O mesmo acontece em relação ao acesso à internet móvel. É ai que surgem novas perguntas, “Estou pagando por isso?”, “Quanto custa?”, “Tem também para o Facebook?”. O Twitter pode abrir as portas do mobile para muitas pessoas. Esse gráfico do Google Insights for Search pode deixar claro o que eu quero dizer. Os termos “aplicativo para celular” e “twitter celular” têm praticamente o mesmo volume de buscas nos últimos três meses. 14
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Esse movimento me faz lembrar quando minha mãe começou a utilizar a internet. O computador sempre esteve ali, mas ela nunca deu bola! Até que, um belo dia, a Ana Maria Braga começou a convocar suas telespectadoras a conferir as receitas do programa no site. Foi ai que eu ouvi: “Filho, como liga isso aqui? Preciso ver uma receita que vi no programa da Ana Maria hoje de manhã!”. A partir daí, minha mãe começou a conhecer e, posteriormente, navegar constantemente na internet. A Ana Maria Braga está para o relacionamento da minha mãe com a internet, assim como o Twitter pode estar para o relacionamento de muitas pessoas com aplicativos para celular e até a internet móvel. Voltando as perguntas do primeiro parágrafo, algumas das pessoas que as fizeram são anunciantes. Isso significa que, além de adquirir novos adeptos, o mercado de
aplicativos e a internet móvel ficam muito mais visíveis para as marcas. Um bom exemplo disso é que, há um tempo, uma VP de uma grande empresa me perguntou como fazia para utilizar o Twitter em seu celular (um Blackberry, no caso). Indiquei um aplicativo para ela e mostrei como baixá-lo. Ela gostou muito e se surpreendeu com a facilidade do processo. Resultado: em uma reunião, tempos depois, consegui negociar facilmente uma proposta que contemplava um aplicativo e um site móvel. A marca entendeu a importância de ter o seu logotipo ali, no desktop do celular. Porém, a batalha não acaba por aqui. Após a negociação, novas questões começam a entrar em pauta: “Como as pessoas vão saber que meu App existe?”, “Que tipo de conteúdo ele deve ter?”, “Só conseguimos fazer para iPhone?” etc. Em se tratando de distribuição,
COLUNISTA existem algumas possibilidades: Bluetooth marketing, App Stores, pré-embarcar o aplicativo direto no celular, banners em sites móveis (ou outros aplicativos), distribuição via deck das operadoras, call-toactions via SMS etc. Já temos cases que exploram todos estes formatos por aqui! Para quem pensa em desenvolver um aplicativo para iPhone, uma pesquisa da AdMob apresenta como os usuários do aparelho encontram aplicativos. Busca, Navegação pelos top aplicativos ranqueados e o “boca a boca” ocupam as três primeiras posições, respectivamente. A divulgação está longe de ser o único ponto de atenção para uma marca que procura lançar um aplicativo para celular. Alguns outros pontos merecem destaque: • Apesar de você “oferecer” o aplicativo gratuitamente, o usuário, muitas vezes, precisará pagar pelo tráfego de dados (e em alguns aparelhos, configurar a conexão) • Pense bem quais os aparelhos que você vai “portar” o aplicativo. Vale lembrar que temos entre 200 e 500 mil iPhones no Brasil. E os outros 160 milhões? Em alguns casos, portar o aplicativo para 600 aparelhos deveria ser o padrão. • Guarde um dinheiro para a manutenção do aplicativo. Novas funcionalidades e novo porting podem ser obrigatórios para o sucesso dele • Em vários casos é melhor fazer um site móvel do que um aplicativo (é mais barato e mais rápido o desenvolvimento/manutenção) • Não esqueça! No iPhone, a Apple precisa aprovar o seu aplicativo e no Blackberry, a navegação é “diferente”, em virtude da navegação pela “bolinha”. • Cuidado! Em vários celulares, os aplicativos com mais de 100Kb não funcionam O último ponto, talvez o mais óbvio, mas com certeza o mais importante, é que o conteúdo deve ser relevante. O usuário precisa
ter vontade de abrir o seu aplicativo! A competição no “hardware” é extremamente dura! (veja o desktop do meu aparelho na imagem abaixo) O Twitter no celular pode ser a porta de entrada para o relacionamento de diversos usuários com diversas features do celular. Hoje eu falo do Twitter, amanhã pode ser uma nova rede social ou até a Ana Maria Braga divulgando recei-
tas pelo celular. Fato é que cada vez mais pessoas, com diferentes perfis, estão ampliando o seu campo de relacionamento com seus celulares. Você já está preparado? Marcelo Castelo (twitter.com/ mcastelo) é sócio da F.biz, uma das principais agências digitais do Brasil, e editor-chefe do principal blog do mercado de mobile, o www. mobilepedia.com.br // www.twitter.com/mcastelo. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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TECNOLOGIA
Gartner identifica as dez principais aplicações móveis para 2012 Transferências financeiras, navegação, pagamento e pesquisa em dispositivos móveis são algumas das tendências para os próximos anos.
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Gartner, consultoria global de pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, anuncia as dez principais aplicações móveis para 2012. A lista avalia o impacto das aplicações sobre os consumidores e players da indústria, levando em consideração o faturamento, fidelidade, modelo de negócio, valor para o consumidor e penetração de mercado estimada. “As aplicações e os serviços móveis de consumo não são mais privilégios das operadoras móveis. O crescente interesse dos consumidores por smartphones, a participação de players de Internet no espaço móvel e o surgimento de lojas virtuais de aplicações estão reduzindo o domínio das operadoras”, afirma a diretora de pesquisas do Gartner, Sandy Shen. De acordo com a analista, cada participante desse mercado vai influenciar o modo como a aplicação é entregue e vivenciada pelos consumidores que, por sua vez, definem para quais opções direcionar sua atenção e seu poder de compra. “A competição entre os setores da indústria é pelo controle do ecossistema e da experiência dos usuários. O proprietário deste ecossistema terá o maior benefício em termos de receita e fideli16
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TECNOLOGIA dade dos usuários”, analisa. Segundo a analista, a previsão é que a maioria dos usuários não usará mais do que cinco aplicações móveis ao mesmo tempo e que a maioria das oportunidades futuras virão de “killer applications” (aplicações realmente inovadoras capazes de evidenciar o valor de uma nova tecnologia, levando à sua adoção maciça). As dez principais aplicações móveis de consumo em 2012 serão:
1) Transferência de fundos Este serviço permite a operação de transferência de dinheiro utilizando o Short Message Service (SMS). Seu custo menor, maior velocidade e conveniência comparados com os serviços tradicionais de transferência - têm um forte apelo para os usuários nos mercados em desenvolvimento, e a maioria dos serviços conseguiu milhões de usuários em seu primeiro ano. Porém, há desafios em termos de regulamentação e riscos operacionais. Em virtude do rápido crescimento das transferências de fundos via dispositivos móveis, os reguladores de muitos mercados estão investigando o impacto sobre os custos dos consumidores, segurança, fraudes e lavagem de dinheiro. No aspecto operacional, as condições de mercado variam, da mesma forma que os recursos locais dos provedores de serviços. Por isso, os fornecedores precisam de diferentes estratégias de mercado.
2) Location-Based Services (Serviços com base na localização) Location-based services (LBS) fazem parte dos serviços sensíveis ao contexto, um serviço que, segundo o Gartner, deverá ser um dos que causarão maior impacto nos próximos anos. O Gartner prevê que a base de usuários de LBS vai crescer, em termos glo-
bais, de 96 milhões em 2009 para mais de 526 milhões em 2012. LBS está na segunda posição em virtude do alto valor percebido pelos usuários e sua influência na fidelidade dos mesmos. Seu alto valor é consequência de sua capacidade de atender a uma ampla gama de necessidades, que vão desde a produtividade e o cumprimento de metas, até redes sociais e entretenimento.
3) Pesquisa Móvel O principal objetivo da pesquisa móvel é impulsionar as oportunidades de venda e de marketing nos telefones móveis. Para atingir essa meta, primeiro a indústria precisa melhorar a experiência dos usuários de pesquisa móvel para que as pessoas retornem. Os consumidores permanecerão fiéis a alguns serviços de busca, mas em vez de ficarem com um ou dois provedores na Internet, o Gartner acredita que a fidelidade no telefone móvel deverá ser compartilhada entre alguns provedores que tenham tecnologias únicas para a pesquisa móvel.
4) Navegação móvel A navegação móvel é uma tecnologia amplamente disponível, presente em mais de 60% dos aparelhos vendidos em 2009 - número que, segundo o Gartner, deverá aumentar para aproximadamente 80% em 2013. Os sistemas de Internet móvel têm o potencial de oferecer um bom retorno dos investimentos às empresas. Eles envolvem custos de desenvolvimento muito menores do que o código nativo, reutilizam muitas das técnicas e ferramentas já existentes e podem ser ágeis – entregues e atualizados rapidamente. Portanto, o sistema de web móvel será uma parte fundamental das estratégias móveis corporativas de B2C (Business-to-consumer).
5) Monitoramento móvel da saúde O monitoramento móvel da saúde refere-se ao uso da TI e da comunicação móvel para monitorar pacientes de forma remota. Este serviço pode ajudar governos, instituições de saúde e usuários de serviços de saúde a reduzir os custos relacionados a doenças crônicas e melhorar a qualidade de vida de seus pacientes. Nos mercados em desenvolvimento, o aspecto da mobilidade é um fator chave, pois a cobertura da rede móvel é superior à da rede fixa na maioria dos países. Atualmente, o monitoramento móvel da saúde está nos primórdios da maturidade de mercado e da implementação, e os projetos ainda se limitam a pilotos.
6) Pagamento móvel Normalmente, o pagamento móvel atende a três propósitos. Primeiro, é uma forma de efetuar pagamentos quando há poucas alternativas disponíveis. Segundo, é uma extensão do pagamento online pelo acesso fácil e pela conveniência. Terceiro, é um elemento adicional de autenticação para aumentar a segurança. O pagamento móvel está nesta lista graças ao número de partes interessadas (operadoras móveis, bancos, comerciantes, fornecedores de equipamentos, reguladores e consumidores) e do crescente interesse dos mercados desenvolvidos e em desenvolvimento. Em virtude das muitas opções de tecnologias e modelos de negócio, assim como das exigências regulatórias e das condições locais, o pagamento móvel será um mercado altamente fragmentado. Não haverá práticas de implementação padronizadas, portanto os participantes precisarão encontrar uma solução de trabalho caso a caso.
7) Near Field Communication Services www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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TECNOLOGIA Near Field Communication (NFC) permite a transferência de dados sem contato entre dispositivos compatíveis, bastando colocar um próximo ao outro, cerca de 10 centímetros. A tecnologia pode ser usada, por exemplo, nas compras de varejo, transportes, identificação pessoal e cartões de fidelidade. NFC está em sétimo lugar porque pode aumentar a fidelidade dos usuários aos provedores de serviços e terá um grande impacto sobre os modelos de negócio das empresas. Porém, seu maior desafio é chegar a um acordo comercial entre operadoras móveis e provedores de serviços, como bancos e empresas de transporte. O Gartner acredita que as implementações em grande escala acontecerão a partir do final de 2010, quando os telefones com a tecnologia NFC deverão ser vendidos em grandes volumes, com a Ásia liderando as implementações, seguida pela Europa e pela América do Norte.
8) Propaganda Móvel A propaganda móvel continua crescendo em todas as regiões, mesmo durante o desaquecimento econômico, levada pelo interesse dos anunciantes por essa nova oportunidade e pelo uso crescente de smartphones e Internet sem fio. O gasto total com propaganda móvel em 2008 foi de US$ 530,2 milhões, e o Gartner acredita que esse valor chegue a US$ 7,5 bilhões em 2012. A propaganda móvel está na lista porque será uma forma importante de as empresas lucrarem com conteúdo móvel, oferecendo aplicações e serviços gratuitos aos usuários finais. O canal móvel será utilizado como parte de grandes campanhas de propaganda em várias mídias, incluindo TV, rádio, mídia impressa e outdoors.
9) Mensageiro instantâneo móvel Os problemas de preço e fun18
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“As aplicações e os serviços móveis de consumo não são mais privilégios das operadoras móveis” (Sandy Chen) cionalidade têm dificultado historicamente a adoção de mensageiros instantâneos móveis (Mobile Instant Messaging – IM), ao mesmo tempo em que barreiras comerciais e modelos de negócio incertos têm impossibilitado a ampla difusão e promoção dessa tecnologia. Mobile IM está na lista do Gartner em virtude da demanda latente por parte dos usuários e de condições de mercado que contribuem para sua adoção futura. Tem um apelo particular em usuários de mercados em desenvolvimento, que podem ter nos telefones móveis seu único dispositivo de conectividade, e apresenta uma oportunidade para a propaganda móvel e para as redes sociais.
10) Música Móvel O mercado de música móvel tem sido decepcionante até agora – exceto os ring tones e ring-back tones, que se tornaram serviços de muitos bilhões de dólares. Por outro lado, não se pode diminuir o valor da música móvel, pois os consumidores querem música em seus telefones. Observamos esforços de vários players em termos de modelos inovadores, como pacotes de equipamentos ou serviços, para solucionar questões de preço e funcionalidade. O iTunes faz com que as pessoas paguem pela música, o que mostra que uma experiência superior para os usuários realmente faz a diferença nesse caso.
COLUNISTA
Voce é um ‘‘e-mala”? Por Christian Barbosa
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ue o e-mail é um grande problema corporativo ninguém precisa duvidar, mas você já parou para observar quantas pessoas no ambiente corporativo tem hábitos nada produtivos com eles, o que faz a situação piorar ainda mais? Em uma das pesquisas que a minha empresa conduziu, descobrimos que o brasileiro gasta em média três horas por dia para lidar com os seus e-mails, o que pode ser manda é imediato e precisa ser feito na hora, se você liga depois de enviar um e-mail e pergunta se a pessoa viu seu e-mail urgente, existe algo errado com seu planejamento pessoal e sua rotina diária. • Caixa de Entrada Lotada – Todo e-mala possui mais de 100 emails na Caixa de Entrada. Em geral é a pessoa que vive comentando que não recebe os e-mails dos outros, que pede informações que chegaram no e-mail mas ele não sabe pois não leu ainda. É comum também demorar um tempão para achar uma mensagem no meio de tantos e-mails não lidos ou mal organizados. • Copia todos – É sempre melhor que todos fiquem sabendo do assunto do que apenas um, certo? Talvez lá na escola você adorasse que todo mundo parasse para ouvir suas histórias, não é? Em geral também gosta muito de responder a todos, pois é o botão maior no Outlook e ele sempre salta no seu clique. • Assuntos Bizarros – O conteúdo do seu e-mail fala sobre o
resultado da última reunião de diretoria, mas o assunto é algo do tipo: “O gato subiu no telhado” ou qualquer coisa do gênero. Em um e-mail o assunto deve resumir em uma frase o conteúdo do mesmo e não ser uma frase criptografada que até um hacker teria dificuldades em decifrar. • Correntes – O e-mala adora mandar correntes com frases bonitas, apresentações divertidas, vídeos engraçados, tem medo que caia sua orelha ou que Deus fique bravo com ele se a mensagem não chegar a 20 pessoas pelo menos. • E-mails sem ação – A maioria dos e-mails é composta de informações e ações que devem ser tomadas, mas o e-mala só sabe passar a informação e deixa os próximos passos indefinidos ou ambíguos. • E-mails longos – Todo e-mala tem o DNA do mala clássico, que você sempre evita. Adora ficar falando horas sem ter muito o que agregar e que sempre acaba atra-
palhando. Isso aplicado no e-mail cria mensagens muito extensas, sem objetividade e chatas de ler. O ideal é manter um e-mail com menos de quatro parágrafos (aproximadamente 1000 caracteres). Estas são as características mais marcantes do “E-MALA”, o que não significa que se você tem apenas uma ou outra característica, não possa se tornar um no futuro. Pense a respeito e evite que isso aconteça. *Christian Barbosa - Maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade, é fundador da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Ministra treinamentos e palestras para as maiores empresas do país e da Fortune 100. Autor dos livros A Tríade do Tempo e Você, Dona do Seu Tempo, Estou em Reunião e co-autor do Mais Tempo, Mais Dinheiro. www.triadedotempo.com.br e www.maistempo.com.br www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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MERCADO
Imagem é tudo Pesquisa: design é fundamental para consumidor brasileiro Estudo da Intel mostra que design do produto é fundamental para o consumidor brasileiro. Para a classe C, a adoção de tecnologia garante status.
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omputadores cinza, sem personalidade ou individualidade e a necessidade de diferentes equipamentos para realizar uma única tarefa parecem ter ficado para trás no imaginário do consumidor brasileiro. Uma pesquisa realizada pela Intel demonstra que design e multifuncionalidade serão itens cada vez mais importantes para as empresas fabricantes de equipamentos tecnológicos, como computadores. Para as pessoas ouvidas pela Intel no Brasil, a tecnologia está frequentemente associada a equipamentos coloridos, compactos, fáceis de carregar e fáceis de usar. Para os entrevistados, a tecnologia também evoca modernidade, inovação e propicia benefícios como praticidade, agilidade na comunicação, economia de tempo, conforto, conhecimento e até mesmo felicidade. “A pesquisa confirma que consumidores de todos os perfis socioeconômicos percebem o valor que a tecnologia agrega ao seu dia-a-dia, seja no trabalho, lazer ou estudo. Por isso, desejam o melhor equipamento disponível. Como os lançamentos sempre estão relacionados ao estado da arte em tecnologia, as novidades são sempre o sonho de consumo. Isso não significa que eles possam ser complicados. Cada vez mais os aparelhos terão que ser ‘plug and play’, descomplicados”, afirmou Cássio Tietê, 20
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diretor de marketing da Intel Brasil. Em relação ao uso dos equipamentos, multifuncionalidade é a palavra-chave da tecnologia. Segundo a pesquisa, o que o consumidor mais deseja é que os equipamentos sejam portáteis, práticos e rápidos. Para o consumidor, essas características possibilitam acessar diversas funções em um único aparelho como ouvir música, acessar jogos, comunicação com outras pessoas e acesso a internet em equipamentos cada vez menores e mais finos. Ao dividir os consumidores por classe social, a Intel identificou que diferentemente dos demais segmentos, para a classe C, novidades em tecnologia possibilitam a inclusão digital, inserção no contexto social, além de prover status aos seus usuários. Mas na hora da decisão de compra, as crianças possuem um papel importante
por serem nativos digitais e terem maior conexão com o universo tecnológico, especialmente nesse segmento social. Todos os públicos, no entanto, concordam em um ponto, a necessidade da convergência dos aparelhos tecnológicos com a internet, que é considerada indispensável para que todos os benefícios da tecnologia sejam aproveitados ao máximo. “O Brasil é um dos países com menores taxas de penetração de banda larga no mundo. O índice não chega a 6%, sendo que em alguns Estados, não ultrapassa 1%. A sociedade já compreendeu todos os benefícios que ela pode obter da tecnologia, basta apenas que as políticas para a adoção de uma banda larga eficiente e barata sejam adotadas o mais rápido possível”, afirmou Tietê.
COLUNISTA
Use a roda para inovar Por Cesar Castelli
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novar é palavra de ordem das empresas há muito tempo, mas normalmente só é percebida como uma necessidade real e não apenas um jargão empresarial quando a companhia passa por um momento de estagnação e investir em inovação torna-se crucial para sua sobrevivência no mercado. Em tese as empresas já deveriam nascer inovando: na forma como estruturam suas operações, como se relacionam com os clientes, como utilizam os recursos disponíveis. Inovar, portanto, não é (apenas) ter ideias criativas. E isso já vem sendo dito à exaustão pelos mais variados gurus empresariais. Algo tão simples como enxugar as beiradas e queimar as gordurinhas para se tornar mais ágil no mercado podem ser conduzidos de forma inovadora. A despeito do que muitos ainda pensam, é fundamental criar processos de inovação, por mais paradoxal que isso possa parecer. Vale lembrar que a inovação só é possível quando há uma parceria entre a instituição e seus colaboradores. Se o papel deste último é procurar a formação contínua, para daí extrair novos subsídios, estudando a “jurisprudência” do que já foi tentado e quais os resultados, o papel da empresa é fornecer as ferramentas necessárias para que esse empenho não seja em vão. Ao contrário, uma empresa inovadora, antes de mais nada, tem um processo de negócio inteligente que mune o funcionário de dados para que ele, com sua experiência e arcabouço intelectual, possa
correlacioná-los de forma a produzir resultados concretos e, por que não, faturamentos maiores. No ramo do entretenimento, onde o público é ávido por novidades e os atrativos são sempre tão lúdicos, é difícil imaginar que exista uma forte estrutura de tecnologia da informação (TI). Por muitos anos os investimentos da gigante
“Vale lembrar que a inovação só é possível quando há uma parceria entre a instituição e seus colaboradores” Sony Pictures Entertainment, por exemplo, se restringiram à manutenção de seus sistemas básicos de informática. Até que em determinado momento o board se deu conta de que a parceria com seu fornecedor de TI poderia se tornar mais abrangente e gerar resultados em vendas e não apenas em processos. Por meio dos laboratórios de inovação do fornecedor
e reunindo todo o know-how de negócio do cliente foi possível avançar com uma solução que promete revolucionar o universo cinematográfico: a concepção de um sistema de marca d’água para filmes digitais à semelhança do que já ocorre com imagens e fotos no ambiente virtual. E a tecnologia da informação, por fornecer ferramentas práticas e facilmente manuseáveis, vem justamente ao encontro desse ideal corporativo: faturar mais gastando menos. Existem hoje no mercado inúmeros programas voltados para otimizar a infraestrutura disponível, elevar a eficiência operacional e organizar as informações de modo a permitir que a tomada de decisão e a consequente implementação do projeto ocorram balizadas por fatores mais estratégicos que operacionais. A partir do cruzamento de informações sobre os hábitos dos clientes dos mais variados setores, sejam eles varejistas ou instituições financeiras, é possível conceber produtos personalizados com probabilidade de êxito próxima aos 100%. Recorrer a soluções desenvolvidas por especialistas nas mais variadas áreas de negócios e com eficácia comprovada é fugir da nada salutar tentação de reinventar a roda - a atitude mais anti-inovação que uma empresa pode ter. * Cesar Castelli é presidente da Tata Consultancy Services do Brasil e entrevistado dessa edição da Revista Inter IT. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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MERCADO
Executivos de TI se reúnem para criar nova empresa Inove Consulting reúne três experientes executivos da área, nasce já com quatro clientes de grande porte e receita de R$ 3,5 milhões. (Da Redação Corpbusiness & Inter IT)
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proveitando o bom momento do BI, modalidade de software de apoio à decisão que auxilia os executivos a melhor gerirem os seus negócios e que possui um mercado em expansão, os executivos Fabrício Oliveira, Luciano Fernandes e Júlio Moravia se uniram e criaram a Inove Consulting, que nasceu com a proposta de oferecer ao mercado soluções de Business Intelligence inovadoras. “Inovação, para a Inove Consulting, está relacionada à tecnologia, ao negócio, à organização, à metodologia, ao design, à abordagem e à concepção de soluções”, diz Luciano Fernandes, profissional com 14 anos de experiência no mercado de consultoria de TI, atuando por seis anos como Diretor de Operações na Keyrus Consulting e Diretor de Negócios e Marketing na Relacional Consultoria. Também trabalhou na Value Team Management Consulting e ConsultBrasil. Fernandes assume na Inove Consulting como COO (Chief Operating Officer). Fabrício Oliveira, o novo CTO (Chief Technology Officer), acumula uma experiência de 14 anos no mercado. Foi diretor na Microstrategy e na Relacional Consultorian entre outras empresas. Júlio Moravia, exe22
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cutivo com 25 anos de experiência, foi vice-presidente da Relacional Consultoria, passou pela Value Team Management Consulting, Grupo Mendes Junior, e PricewaterhouseCoopers. Na Inove Consulting ocupará a posição de CFO (Chief Financial Officer). Enquanto Luciano Fernandes, como COO, assume a área de Negócios, Marketing e Alianças Estratégicas. “Em função da grande expertise e amplo relacionamento adquirido em todos estes anos pelos três sócios, a nova empresa já conquistou quatro clientes, onde conduz 15 projetos, o que nos assegura uma receita de R$ 3,5 milhões ainda este ano. São as empresas SEM, do setor
farmacêutico, Vicunha, do setor têxtil, Magneti Marelli, autopeças, e Tropical Bioenergia, Ethanol”, declara Luciano Fernandes. Cerca de 31 pessoas compõem a equipe da Inove Consulting. “Para 2010 nossa expectativa é conquistarmos no mínimo dez clientes, 55 profissionais na equipe e um faturamento da ordem de R$ 6,5 milhões”, afirma Júlio Moravia. “Também, a partir do conhecimento construído nas principais verticais de mercado, planejamos desenvolver soluções segmentadas. Para esta finalidade iremos direcionar recursos da ordem de R$ 1,5 milhão em dois anos”, completa Fabrício Oliveira.
ESTRATÉGIAS PARA UM MUNDO CADA VEZ MAIS CONECTADO O comportamento dos consumidores vem se transformando de forma radical e o maior desafio das empresas é se adaptar a esse novo mundo com a mesma velocidade da mudança dos hábitos dos seus clientes. Cont com a Chleba Agência Interativa para Conte planejar, criar, desenvolver e integrar essa transformação em sua empresa e deixá-la cada vez mais conectada. Acesse www.chleba.net e assista ao vídeo Mundo Conectado.
Suzana Viltermman, 9 anos Acessa redes sociais todos os dias pelo celular e já tem mais de 1000 amigos. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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Agência Interativa
TECNOLOGIA
O que as pessoas não sabem sobre biometria Por Armando Levy
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m banco brasileiro anunciou que começará a identificar transações de seus clientes em caixas automáticos através da leitura das veias da palma da mão. No Japão, empresas de tecnologia e de crédito se juntaram para lançar um sistema transacional onde, para fazer compras, o cliente não usa cartão ou sequer celular, mas a impressão digital de seu polegar. Bancos estrangeiros já identificam clientes por meio de leitura da íris. No Brasil, a Justiça Eleitoral está anunciando a identificação dos eleitores pela leitura do polegar para 2014 e empresas e condomínios de todos os tipos e tamanho começam a identificar as pessoas por leitura das digitais. O avanço da identificação biométrica está se dando de modo natural, irresistível, sem que a sociedade se questione, minimamente, acerca de suas implicações. Uma vez tomada a decisão de implementação desses sistemas, os bancos, as empresas, as instituições que os adotam costumam divulgálos como uma grande conquista tecnológica e eliminam a possibilidade de que os usuários, clientes ou empregados mantenham as formas tradicionais de acesso, seja através de senhas ou crachás. As antigas senhas numéricas, que as pessoas criavam e guardavam em papéis, logo se tornarão parte do passado. 24
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Mas há coisas que a sociedade precisa saber – e ainda não sabe – sobre sistemas de identificação biométricos. Sistemas de informação – entre os quais se situam os sistemas de identificação biométricos – são sistemas digitais e, portanto, utilizam códigos binários para o processamento de informação. O que isso significa? Que toda informação processada por esses sistemas é transformada em códigos numéricos binários. Dessa forma, quando um sistema “lê” a íris, a impressão digital ou as veias da palma da mão de um ser humano, ele atribui um código numérico a essa informação. Como a íris, a digital ou as veias da palma da mão diferem de pessoa a pessoa – apenas em tese, porque há a possibilidade de surgirem desenhos similares – os códigos atribuídos pelas máquinas a essas informações serão diferentes, preservando assim certa “individualidade” nessas informações.
“Dessa forma, quando um sistema “lê” a íris, a impressão digital ou as veias da palma da mão de um ser humano, ele atribui um código numérico a essa informação”
COLUNISTA
No entanto, o que não está sendo considerado é que os códigos atribuídos a íris, digitais e veias da palma da mão ficam registrados em bancos de dados que são “guardados” dentro das organizações que os usam. Ainda que bancos, administradoras de cartões e empresas argumentem que há toda uma segurança protegendo essas informações, a verdade, nós já o sabemos, é uma só: bancos de dados são vulneráveis e podem tanto ser acessados e copiados por pessoal interno à organização (como funcionários insatisfeitos, por exemplo), quanto por pessoal externo, que eventualmente consiga se infiltrar nos sistemas das instituições (como crackers, por exemplo). Se uma senha criada por um cliente de banco é roubada, basta mudar a senha para seguirmos adiante com nossa vida, limitando assim eventuais transtornos. Mas se alguém rouba os dados numéricos relativos a íris, digitais e veias da palma da mão, assume regis-
tros que não podem ser mudados, podendo, assim, se apropriar da identidade da pessoa, cometer atos em seu nome, sacar dinheiro, comprar e vender, entrar e sair. Estamos dando a empresas, bancos, governos e tribunais eleitorais o poder de definir nossa identidade, atribuindo a nós, de maneira inquestionável, responsabilidades que podem ser de outros, especialmente daqueles milhares de técnicos que vão controlar o acesso a estes bancos de dados. No Brasil, funcionários da Receita Federal venderam o banco de dados com informações sobre todos os CPFs e CNPJs, que hoje são negociadas por camelôs na Praça da Sé. O que vai acontecer quando funcionários de bancos ou de tribunais eleitorais começarem a vender códigos de digitais e de íris da população? O Governo Federal deveria regular o uso dessa tecnologia, evitando deixar essa decisão para empresas, bancos e tribunais elei-
torais. Mais ainda: as organizações que adotam esses sistemas deveriam ser obrigadas a dar opção aos usuários, mantendo sistemas tradicionais de identificação por senha para aqueles que se recusarem a ser catalogados “biometricamente”. Com o avanço da identificação biométrica veremos, em futuro não muito distante, pessoas serem irremediavelmente lesadas sem ter como provar que não foram elas que sacaram determinada quantia de dinheiro ou entraram em determinada empresa. Mas, pior que isso: por não terem como mudar íris, digitais ou veias da palma da mão, não poderão impedir que continuem a ser lesadas ou culpadas por atos que não cometeram. * Armando Levy é jornalista, professor de Cultura Organizacional e Tecnologia da Informação Aplicada a Negócios da Universidade Metodista de São Paulo e Consultor do Núcleo de Formação Profissional da Câmara Brasil Alemanha. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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Longevidade, a alma do negócio Por Leda Regina Blagevitch
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m tempos de relacionamentos fugazes, qualquer tipo de compromisso mais duradouro pode parecer “démodé”. Essa verdade quase absoluta cai por terra quando aplicada ao universo corporativo, especialmente no competitivo mercado de prestação de serviços de TI (Tecnologia da Informação), que demanda por fornecedores com alta capacidade de adaptação, capazes de atuar nas mais diversas realidades empresariais. Com o amadurecimento do outsourcing de tecnologia, que conquista cada vez mais relevância entre as empresas, a maneira de se relacionar com o cliente também evolui, à medida que se torna diferencial competitivo atender necessidades específicas das organizações. A terceirização, incontestavelmente, é encarada de forma estratégica e ocupa posição de destaque na agenda dos CIOs. Nesse cenário, fidelização torna-se a alma do negócio. Mas como estabelecer uma relação de longevidade? Infelizmente, não há fórmulas prontas. Na verdade, a regra é justamente não ter regras. É como um casamento, no qual cada casal encontra um denominador comum para que a relação flua sem maiores transtornos. Flexibilidade e transparência, na vida pessoal e corporativa, são essenciais e benvindas. Depois da conquista do contrato, as empresas que atuam como prestadoras de serviço precisam enfrentar grandes desafios. Um 26
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deles é conseguir atender as expectativas do contratante, compreendendo com exatidão suas necessidades e desejos, estabelecendo, paralelamente, uma relação de parceria, baseada na transparência e no diálogo. A tarefa, como vemos, não é nada fácil, mas essencial para a construção de uma relação sólida e marcada pela longevidade. Equipes motivadas, que tenham foco no negócio do cliente, com profissionais perseverantes e incansáveis na busca da excelência operacional também são elementos essenciais na fidelização de contratos. Afinal, a longevidade de uma organização é resultado de relacionamentos de alta qualidade. Sem sombra de dúvidas, o melhor cartão de visitas para incrementar a carteira de clientes é a opinião positiva do contratante a respeito da atuação do fornecedor. Vale dizer que o segmento de TI, nesse momento pós-crise, continua oferecendo boas possibilidades de negócios, já que de maneira geral as empresas têm feito um uso mais intensivo de tecnologia. Os números comprovam esse cenário. Segundo pesquisa da consultoria ASM – Applied Scientific Methods, em 2008 o mercado de outsourcing atingiu a cifra de R$ 15,8 bilhões e nesse ano o setor terá um crescimento de 12%, fechando com R$ 17,7 bilhões em receita. Já para 2010, a cifra tende a chegar em R$ 20,4 bilhões e daqui a cinco anos, em 2013, a estimativa de faturamento é de R$ 31,4 bilhões.
Diante desse amadurecimento do setor, sairão na frente as empresas que consigam quebrar paradigmas, oferecer respostas rápidas e, acima de tudo, surpreender positivamente seu cliente. Para tanto, é necessário que haja flexibilidade por parte do contratante, demonstrando facilidade para colocar em prática mudanças e adequações. Disciplina, metodologia e obstinação, estrategicamente planejadas, trazem e perpetuam a longevidade. Afinal, como já afirmado pelo saudoso Rolim Amaro, “a diferença entre o teimoso e o obstinado só pode ser o sucesso”. Vamos a ele! * Leda Regina Blagevitch é diretora de novos negócios da Asyst International.
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EVENTOS
IT Banking 2009: Tecnologia financeira em foco Tecnologias a favor do setor financeiro entram em discussão na 2ª Edição do IT Banking Services Summit. Evento organizado pela Corpbusiness e a Revista Inter IT reuniu quase 100 congressistas discutindo os principais temas e soluções para o setor.
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m outubro deste ano, a Corpbusiness e a Revista Inter IT organizaram a segunda edição do congresso IT Banking Services Summit. O evento teve o patrocínio de Accenture, OP Services, Ápice Consultoria, Thomas Greg & Sons e Care Plus e contou com a presença de quase 100 congressistas das principais empresas e instituições ligadas ao setor financeiro que compartilharam não apenas muitas experiências e cases de sucesso, como conhecimento e realizaram importantes contatos e networking para suas organizações. A relevância do tema pôde ser comprovada não só pela presença maciça de executivos do mais alto escalão, tanto palestrando quanto acompanhando os debates, mas também pelos próprios dados da Federação dos Brasileira de Bancos – a FEBRABAN. Entre as empresas brasileiras, aquelas ligadas ao setor financeiro figuraram entre as que mais lucraram no ano de 2008. A FEBRABAN apresentou relatório informando que, somente em 2008, o setor financeiro movimentou mais de R$ 16 bilhões em investimentos no setor de tecnologia; gastos com desenvolvimento e aquisição de softwares e hardware foram os maiores, representando 36% do total investido, mas não foram os únicos. E para esmiuçar melhor esse 28
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mercado promissor é que chegou a 2ª edição do Congresso IT Banking, que contou com apresentações, palestras e debates do mais alto nível. Temas como crime e segurança digital, Outsourcing, estrutura e logística para Mobile Payment, Governança, DDA e até sustentabilidade, entre outros, estiveram em pauta durante o evento. O dia de apresentações teve início com Rubens Bordini – Vice-Presidente e Diretor de Gestão e TI do Banrisul – e Raul Moreira, Gerente Executivo de Cartões Pessoa Física do Banco do Brasil que comanda-
ram o painel Perspectivas e Novas Tecnologias:O Impacto das Tecnologias nas Estratégias dos Bancos. Enquanto Bordini apresentou a implantação do BI no Banrisul e o case de Mobile Payment do banco gaúcho, Raul Moreira trouxe à tona os cases de sucesso do Internet Banking do BB e dos cartões BNDES e Agrícola. Em seguida aos dois, foi a vez de Márcio Gonçalves, Gerente Comercial da OP Services, detalhar o trabalho e os padrões desenvolvidos pela companhia para melhorar e potencializar a Governança em TI.
EVENTOS O Diretor de Sistemas Aplicativos da TIVIT, Fabiano Funari, comandou a apresentação seguinte, trazendo um importante painel sobre DDA – Débito Direto Autorizado – sistema novo de pagamentos via boletos exclusivamente digitais que será gerenciado pela companhia nos próximos anos. O executivo também discursou sobre o potencial de crescimento econômico do Brasil, tema que acabou levando diretamente a apresentação seguinte, do economista Roberto Troster que, com muita didática e competência, resumiu muito bem o atual panorama econômico global e do País e as potencialidades brasileiras frente aos mercados externos, e o mais incrível: tudo isso em pouco mais de 20 minutos! Após o almoço, a segurança e a legislação digital entraram no foco da discussão, o debate foi presidido pelo especialista em segurança e crimes digitais José Antonio Milagre, colunista assíduo da Revista Inter IT. O advogado Rony Vainzof, Sócio da OPICEBLUM, e o executivo William Alevate, da Módulo, comandaram as apresentações sobre a temática da segurança. Vainzof apresentou os mais variados tipos de “crimes digitais”, alertou os presentes quanto a ausência de legislação específica para o tema no Brasil, além de explicar como, e em quais situações, é possível enquadrar crimes e infrações cometidas exclusivamente no âmbito digital dentro das leis penais brasileiras. “A grande questão é: o que se modifica é o meio e não o crime em si”, comentou sobre o enquadramento de crimes digitais dentro do código penal brasileiro, apesar da falta de lei específica. William Alevate entrou em seguida, complementando os temas abordados pelo Dr. Rony Vainzof. Alevate trouxe aos debates o Compliance Legal, a Gestão de Riscos e o Combate às Fraudes Bancárias; a
atuação de organizações criminosas que montam esquemas fraudulentos e golpes. Citou também o combate das instituições financeiras à essas organizações e a migração desses criminosos para outros meios e canais – menos seguros ou protegidos – afim de continuar praticando seus crimes. “Não nos basta conhecer bem a tecnologia, mas sim aplicá-la de modo eficaz e um modelo de governança é que pode resolver isso”, afirmou ele sobre os altos investimentos em tecnologia de segurança que são feitos por instituições e clientes, mas que nem sempre obtêm os resultados esperados. Saindo do tema segurança digital, o executivo Caio Rainerio Silva, da Accenture, trouxe uma apresentação sobre outsourcing voltado para o setor de seguros e a aplicação da TI na gestão e geração de novos negócios e incorporações de empresas. “Hoje o outsourcing no Brasil está muito separado, há o outsourcing de desenvolvimento e o outsourcing da manutenção, e ele acaba não contemplando o ciclo total do produto, ele não contempla todo o mecanismo que é necessário pra você desenvolver (o produto) e chegar ao mercado de maneira mais coesa, mais simplificada”, afirmou. Já na reta final do evento, Eduardo Henrique Diniz, da FGV, apresentou Modelos e Cases de Bancarização, painel que mostrou a história da cidade de Autazes, com 30 mil habitantes espalhados em cerca de 40 povoados ribeirinhos no interior do Amazonas que, dois anos após a chegada de sua primeira instalação bancária – um posto de serviços do Bradesco na agência dos Correios da cidade –, teve um crescimento exponencial em sua economia e, hoje, já tem mais de cinco agências bancárias no local. “A população da cidade vivia – em sua maioria de repasses do governo – e só podiam receber esse dinheiro e pagar contas em Ma-
naus. Por isso, acabavam fazendo as outras atividades que envolviam dinheiro – compras etc. – também lá, o que deixava a economia local sem movimento. O correspondente bancário melhorou muito a situação lá, e hoje a cidade já tem economia e comércio estabelecidos, o que justificou, até, a abertura de uma agência do Bradesco lá”, contou. O congresso foi encerrado com um tema que está cada dia mais em voga na sociedade: Sustentabilidade, e também tecnologia “verde”, temas da palestra de Aron Belinky, diretor da Ecopress. Aron apresentou diversos dados sobre o espantoso crescimento da população global – que dobrou nos últimos 40 anos – e do consumo de energia. Explicou também as relações existentes entre os avanços tecnológicos da sociedade e os crescentes níveis de poluição, produção de lixo eletrônico, reciclagem e a norma de responsabilidade social ISO 26000, que deve ser implantada no mercado até o final de 2010. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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ENTREVISTA
A arte de criar processos Com filosofia de qualidade diferenciada, a TCS quer deixar a TI mais eficiente, diminuindo o espaço para “lampejos” criativos em detrimento de uma atividade mais processual. Quem contou isso à Revista Inter IT foi Cesar Castelli, presidente da companhia no Brasil. Por Danilo Pádua / Fotos: Divulgação
“E
les são muito fortes!” – foi com essa exclamação que o Diretor de Redação da Revista Inter IT recebeu a notícia ao saber da entrevista que tínhamos agendado com o Presidente da Tata Consultancy Services – ou simplesmente TCS – no Brasil. Aproveitando o período positivo e o clima de confiança vivido por muitas empresas do mercado de tecnologia no final de 2009, decidimos procurar conversar com alguma empresa de representatividade no mercado, e a Tata “caía como uma luva” naquele perfil que precisávamos para a última capa do ano. A TCS é a empresa de Tecnologia da Informação do Grupo TATA, de origem indiana, foi fundada em 1968 e, hoje, figura no 11º lugar do ranking de empresas de TI do mundo. A companhia opera em mais de 42 países e conta com mais de 143 mil profissionais em todo o planeta. No Brasil, a empresa conta com 1.300 funcionários – distribuídos em dois Centros de Desenvolvimento, em Barueri e Brasília – e tem, no comando de toda essa operação que mistura a criatividade brasileira com a expertise da Índia, um dos países mais fortes no segmento de TI, o experiente executivo Cesar Castelli, que teve papel de destaque na fundação da subsidiária brasileira em 2002, saiu após três anos e, no final de 2007, voltou para ocupar o cargo máximo da companhia no Brasil. Em uma produtiva conversa realizada em duas sessões – a primeira na sede da companhia em Barueri, complementada por uma conversa via e-mail – a Revista Inter IT conheceu um pouco mais da TCS e mostra agora para você, caro leitor.
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ENTREVISTA Revista Inter IT: Como foi o processo de criação da TCS no Brasil? Cesar Castelli: A TCS está no Bra-
sil desde 2002, eu comecei junto (com a empresa) a operação no País, fiquei por três anos, saí, e voltei em 2007. Foi um processo de muitos desafios, porque ninguém conhecia o nome TATA, ninguém conhecia o que a TCS fazia. Nós não tínhamos marca, não tínhamos referências e nem clientes, então foi um processo iniciado cheio de desafios que foram vencidos bem mais devagar do que nós gostaríamos que tivessem sido, mas foram vencidos.
Revista Inter IT: A TCS chegou ao Brasil com pouco, ou quase nenhum, reconhecimento dentro do segmento no País. Qual foi o primeiro cliente a abraçar o projeto da TCS? Como foi esse processo de ‘conquista’ do primeiro cliente? Cesar Castelli: Quando a TCS che-
gou ao Brasil ela tinha apenas dois colaboradores, eu e a secretária. E como fomos a primeira empresa indiana a aportar aqui, as pessoas ainda não nos conheciam. Perguntavam-nos, inclusive o que era essa tal de “Tatá”. À medida que fomos apresentando os serviços que tínhamos para oferecer e quem era e o que representava o Grupo TATA no mundo, as pessoas ficavam menos resistentes. Nosso primeiro cliente foi a Renault, no Paraná. O diretor, na época, ligou para nós e disse que em alguns meses ia querer uma reunião conosco. Perguntei por que esperar tanto e peguei o primeiro avião para lá. Alguns meses depois já estávamos prestando nossos serviços inclusive a partir do Brasil para outras filiais da montadora.
Revista Inter IT: Hoje a operação da TCS é completamente estabelecida aqui no Brasil? Cesar Castelli: Sim, é uma operação estabelecida. Temos um lugar ao sol hoje, eu diria (risos). Estamos
competindo no mercado com todas as principais empresas nacionais e internacionais – que não são poucas, nem as nacionais nem as multinacionais.
Revista Inter IT: Quais as principais atividades que a TCS desenvolve aqui no Brasil? Cesar Castelli: Hoje ela é muito vin-
culada ao suporte de aplicações, desenvolvimento de sistemas e, estamos no início de nossas atividades de BPO aqui (no Brasil).
Revista Inter IT: E quais os principais serviços oferecidos pela TCS? Cesar Castelli: A TCS é a maior em-
presa de software e serviços da Índia, opera em 42 países e conta com mais de 143.000 profissionais. Para dar um noção da magnitude, a companhia encerrou o ano fiscal 2008-2009 com faturamento de US$ 6 bilhões. Quanto às soluções, oferecemos pacotes completos que vão desde o desenvolvimento e implementação de plataformas tecnológicas, à sua integração com sistemas preexistentes, promoção de melhorias, atualizações e adaptações às realidades locais, suporte e manutenção de aplicativos, IT outsourcing, fábrica de software, implementação e integração de sistemas ERP, fábrica de testes, consultoria de TI e Business Process Outsourcing (BPO), além, é claro, da entrega de projetos com qualidade e dentro dos custos e prazos preestabelecidos.
Revista Inter IT: Quantas pessoas compõem a estrutura da TCS no Brasil e na América Latina? Cesar Castelli: Bom, a região pos-
sui hoje cerca de 7200 colaboradores, sendo 1300 apenas no Brasil. Para acompanhar esse crescimento em números, teremos que multiplicar o quadro de profissionais e já estamos começando as contratações. Só este ano já foram absorvidos 100 consultores e até o final
do nosso ano fiscal, em março de 2010, serão incorporados mais 100. É claro que o ritmo de contratações continuará ascendente, mas no momento ainda não podemos precisar quanto. Posso afirmar, porém, que os treinamentos se tornarão ainda mais numerosos e o número de participantes, apenas em 2010, deverá ultrapassar a marca de 850 profissionais.
Revista Inter IT: Em 2008, a TCS foi listada entre as 35 empresas de tecnologia que mais cresceram. Para 2009, apesar da crise econômica global, a expectativa é registrar novamente um crescimento acentuado? Cesar Castelli: Estamos estimando, e cada vez mais perto de concretizar (esse objetivo), encerrar o ano crescendo 15% frente a 2008. E quando eu disse “mais perto de concretizar” é porque nós já estamos – no calendário da TCS – no segundo semestre, porque nosso calendário vai até março, nosso ano fiscal vai até março de 2010.
Revista Inter IT: Qual a previsão de crescimento para os próximos anos? Cesar Castelli: No corrente ano
fiscal (que termina em março de 2010) a TCS está crescendo 15%. A verdade é que nossas metas são sempre bastante audaciosas e, com muita dedicação, temos conseguido cumpri-las. Para se ter uma ideia, o atual CEO da TCS tem dito publicamente que sua intenção é dobrar a participação da América Latina – e do Brasil como seu motor-propulsor – nos próximos quatro anos. No ano passado a região representava 4,6% da fatia global e hoje já subiu para 5%. Nossa meta, portanto, é chegar em 10% com o Brasil puxando esse crescimento.
Revista Inter IT: E como atingir a metas tão ousadas? Cesar Castelli: Acompanhando o desempenho da equipe muito de www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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ENTREVISTA perto e fazendo-a perceber muito claramente quais as suas prioridades. Semanalmente promovemos reuniões com os gestores de cada projeto e já revisamos as metas para a próxima semana. Se algo não estiver tão bem, corrigimos a rota com bastante agilidade. Aliado a esse trabalho de gestão de projetos, temos também um forte suporte do departamento de recursos humanos.
Revista Inter IT: Falando novamente em crise financeira global, como a TCS lidou, mundialmente e no Brasil, com a crise? A empresa foi muito afetada? Ocorreram demissões?
Cesar Castelli: Eu diria que o primei-
ro semestre foi de muitas incertezas, vinculado a muitas solicitações dos clientes para revisar contratos – obviamente sempre para baixo, sempre para reduzir custos – e de necessidade de encontrar novas formas de atender aos clientes com menos custos. Mas essas incertezas foram sendo superadas e, sobretudo no segundo semestre, os clientes começaram a apostar mais e entender que a Tecnologia da Informação podia colaborar com eles em termos de conhecer melhor o consumidor, melhorar processos, reduzir custos nas empresas e também, sob os drives dados pelo CIO, ajudar a expandir as operações local e internacionalmente dessas empresas. 32
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Revista Inter IT: Como a TCS trabalha para mostrar e convencer seu cliente que a TI é um caminho para reduzir custos, aumentar a produtividade e os resultados? Cesar Castelli: Eu diria que os CIOs das empresas têm uma visão muito clara de como a TI vai ajudar suas empresas a reduzir custos e aumentar a participação no mercado. Então, basicamente, eles chamam o fornecedor que eles acreditam que possa oferecer serviços e produtos mais de acordo com suas necessidades e que lhes mostra mais confiabilidade para realizar esses processos.
Revista Inter IT: Muitas empresas do setor de TI reclamam da falta de profissionais qualificados no mercado. A TCS também lida com essa escassez de talentos? De que maneira? Cesar Castelli: A escassez de mão
de obra na área de tecnologia é fato. Uma projeção divulgada recentemente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia prevê que haverá um déficit de 130 mil profissionais de TI em 2013. Para garantir a quantidade e a qualidade de profissionais de que precisamos, fechamos parcerias com diversas entidades de ensino e oferecemos aos estudantes a oportunidade de colocar seu conhecimento em prática. No Brasil nosso programa de alianças acadêmicas foi criado há três anos e já ajudou a formar e garantir emprego a mais de 400 estudantes de tecnologia. A TCS possui um programa global de interface acadêmica, similar ao nosso modelo, com 500 instituições parceiras. E, recentemente, foi lançado na Índia o “TCS Research Fellows”, um novo programa que fomenta o desenvolvimento de pesquisa acadêmica de qualidade no país. A TCS vai financiar 200 doutorandos por um período de cinco anos para fazerem PhD em renomadas entidades indianas na área de ciências da computação.
E nossa intenção, no Brasil, é seguir esses mesmos passos trilhados pela matriz: incentivar a inovação e colaborar para o aprofundamento do conhecimento em TI. Em tempos em que a introdução de novas tecnologias no mercado está mudando tão rapidamente os modelos de negócios, a necessidade de incentivar pesquisas que nos permitam permanecer na vanguarda é cada vez maior. Aliado a isso temos uma forte estrutura interna de treinamentos para promover a qualificação permanente dessas pessoas. Na TCS há inclusive pessoas que entraram como estagiárias e hoje já coordenam grandes projetos e equipes. E isso é motivo de muito orgulho para nós. Na minha visão, a TCS Brasil é uma empresa composta por uma forte metodologia indiana, cujo modelo de entrega é padronizado em todas as suas operações pelo mundo – o chamado Global Delivery Model - e uma equipe altamente criativa, sempre disposta a promover melhorias nos processos e sugerir novas soluções para problemas antigos.
Revista Inter IT: A empresa trabalha com ações e projetos baseados em conceitos de TI Verde e Sustentabilidade? Cesar Castelli: A TCS tem uma série
de iniciativas, sobretudo, quanto aos materiais que se utiliza. Que eles estejam em compliance com uma tendência de TI Verde. Mas é algo que temos que melhorar mais, que conscientizar mais sobre a importância desse tema, tanto internamente quanto os clientes.
Revista Inter IT: O que você considera ser a tendência de TI para os próximos anos? Business Process Outsourcing tem um futuro promissor? Cesar Castelli: Sem dúvida, as
empresas brasileiras estão começando a perder o medo da terceirização, abrindo muitas
ENTREVISTA oportunidades. A verdade é que quando as companhias delegam para empresas especializadas a responsabilidade sobre suas áreas mais técnicas, além de ganhar agilidade, elas diminuem seus custos drasticamente. E uma área que vem despontando e que ainda deve crescer muito no Brasil é o Business Process Outsourcing, que agrega um serviço de maior valor adicionado aos clientes. Quanto à tendência para o mercado, acredito que, sobretudo as empresas de varejo e de serviços ao consumidor terão de rever a forma como entram em contato com seus clientes. Por meio das redes sociais, do Twitter e similares podem-se conhecer os hábitos do consumidor e, consequentemente, não fabricar o que eles não vão comprar, evitando geração de estoque. Além disso, sabendo de antemão quais são as suas necessidades, a empresa consegue oferecer mais rapidamente o produto que seu cliente quer. E isso vai requerer investimentos enormes em tecnologia.
Revista Inter IT: Como funciona, para a TCS, essa integração da expertise indiana em TI que a empresa naturalmente possui com a atuação dos profissionais brasileiros? Há algum diferencial relevante? Cesar Castelli: Vou falar primeira-
mente em termos genéricos e depois especificamente da TCS Brasil. Em termos genéricos, eu diria que o conhecimento está uniformemente espalhado pelo mundo, ele não é propriedade de nenhuma nação. E o diferencial da Índia no setor de TI vem, primeiro porque existe um plano nacional muito bem delineado quanto a posição que o país quer ocupar no mercado de TI, e segundo, agora passando para a TCS – internacionalmente falando, antes de passar para a TCS Brasil – que é uma empresa que está tentando transformar a TI, para que ela deixe de ser
uma “arte” e passe a se transformar um pouco mais em processos. Então, os investimentos que estão sendo feitos em qualidade, em todo o modelo de “Delivery Certainly”, que é o lema da empresa, de “Entregar Com Certeza”, são para que a atividade de criação e fabricação de códigos passe a ser muito mais um processo do que uma arte. E esses investimentos, feitos por todo o grupo, foram bastante significativos. Agora, como isso se aplicou ao mercado brasileiro, é como eu disse no começo – o conhecimento está uniformemente espalhado –, mas a adesão a processos em que a geração de produtos passasse a ser algo processual e menos uma “arte”, está ainda muito mais vinculada ao modelo de qualidade TCS do que ao modelo de qualidade das empresas brasileiras ou das empresas que atuam no Brasil. De início houve uma certa resistência dos profissionais porque não era um costume, não era dessa maneira que se trabalhava no País, que era uma atividade muito mais criativa do que uma atividade processual. Não estou falando que tenha que ser somente criativo ou processual, estou dizendo que hoje, se queremos qualidade, eficiência e produtividade temos que passar a ser menos criativo e mais processual. Mas hoje eu diria que, vencida essa resistência inicial, a turma adotou os processos. Até por isso pudemos nos certificar no Brasil, se não tivéssemos adotado os processos, não teríamos nos certificado no Brasil (nota do editor: a unidade brasileira da TCS, foi a primeira empresa do País a obter a certificação CMMI – Capability Maturity Model Integration – em seu nível 5, uma das importantes certificações do mundo para o setor de Tecnologia).
Revista Inter IT: Qual a relação entre a unidade brasileira com a matriz na Índia? E com as demais
operações espalhadas na América Latina? A unidade brasileira possui uma posição de destaque dentro da TCS Internacional? Cesar Castelli: A TCS Brasil, em ter-
mos de aderência a processos, está entre as melhores (unidades localizadas) nos países emergentes, e melhor, inclusive, que alguns dos centros da empresa situados na Índia. Também temos, tanto o Brasil quanto as demais unidades da América Latina, uma posição de destaque no quesito geração de negócios, cada vez crescendo mais. Não é a toa que o CEO global da TCS, N. Chandrasekaran, visitou recentemente a unidade brasileira e, por acreditar que o nosso mercado deve crescer ainda muito, cobra metas de resultado extremamente agressivas. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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COLUNISTA
Email marketing: Se me permite, regulamentar foi preciso Por Walter Sabini Junior
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ue a publicidade, o relacionamento e a oferta de serviços através do mundo online vai ocupar a maior parte dos investimentos em marketing num futuro não muito distante, já sabemos. Que o número de mensagens indesejadas na web aumenta constantemente por conta desse avanço, também. O que ainda não nos demos conta é que utilizar a Internet a favor de todos, com respeito e responsabilidade, pode e deve ser regra fundamental para um bem muito maior: o da sociedade. Empresas se movimentam contra o spam, empresas se movimentam a favor do spam, infelizmente, ainda em maioria, consciente ou inconscientemente. Na outra ponta, entidades, provedores e empresas de email marketing buscam um novo cenário para o uso da web, mais especificamente, para a utilização do email enviado para divulgar conteúdo comercial, informativo e de serviço. O Código de Autorregulamentação para a prática do email marketing chegou. Elaborado minuciosamente por especialistas nesse setor, que se reuniram diversas vezes para buscar todas as informações possíveis com o objetivo de orientar o mercado, o documento traz uma série de recomendações e regras. O foco principal é colocar o envio de mensagens de cunho comercial, informativo ou de serviço, como uma ação que deva ser 34
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praticada com muita educação e, principalmente, ética e pertinência junto aos receptores. O que hoje é intitulado como email marketing permanecerá como tal, mas com uma diferença: sua característica tanto conceitual como usual contribuirá agora, realmente, para o aumento das boas práticas na comunicação digital. E o mercado? Saberá, literalmente, que a ética deve fazer parte de suas ações não simplesmente pelas punições propostas para quem não aplicá-la, mas pela responsabilidade de colocar sua imagem como positiva ou negativa, pois agora, além das empresas, o consumidor tem acesso, livremente, às regras do jogo. O Código é fruto do que vivencio diariamente. Muito além de comercializar serviços para email marketing, desenvolver e disponibilizar uma plataforma para as campanhas digitais do mercado, a preocupação com a imagem das companhias que nos buscam é constante e fundamental. Há tempos falo de ética, boas práticas e reitero a imaturidade das empresas quando praticam a invasão de privacidade na web. O email para disparar conteúdos sem autorização prévia, não condizentes com suas bases, muitas vezes pouco trabalhadas e sem dados que possam ser aproveitados corretamente, ainda é enviado, sem permissão, sem respeito.
O consumidor não só pode como tem o direito de receber o que quer ver, como feito no mundo real. Ele vai atrás do que quer ou, pelo menos, é ofertado com mais educação. Ninguém pode te obrigar a receber o que não deseja. No mundo online não pode ser diferente. Mas o preço da força também é alto. O email marketing ganhou muito espaço nos formatos de comunicação. Tudo que ganha notoriedade precisa de regra.
COLUNISTA A ideia de disponibilizar e divulgar um Código de Autorregulamentação veio de Jaime Wagner, Conselheiro do CGI (Comitê Gestor de Internet), ao tomar conhecimento do Projeto de Lei 21/2004, que tem como relator o Senador Eduardo Azeredo (PSDB) e disciplina o envio de mensagens eletrônicas. Jaime Wagner reuniu entidades que representam consumidores, provedores, portais de conteúdo, agências digitais e de marketing direto, empresas fornecedoras de plataformas de email marketing, entre outros. O objetivo foi analisar o impacto da lei no mercado e contribuir com um novo panorama. Nos unimos para analisá-lo e sugerir informações, de acordo com nossa especialização. O assunto permeou a formação do Código, que hoje tem o propósito de regulamentar as práticas dos envios de email marketing e é fonte subsidiária no contexto da legislação. O Código pode ser conferido clicando aqui, mas listo alguns pontos altos que merecem destaque para a prática dos envios. A aplicação do conceito soft-opt-in, que caracteriza o envio de mensagens a partir da prévia e comprovável relação comercial ou social entre o remetente e o destinatário, o envio de emails sem anexos – exceto certificação digital -, dois recursos de descadastramento (opt-out) - um automático através de link e pelo menos mais uma alternativa de contato para a mesma finalidade -, também fazem parte do documento. Eis algumas das informações que fazem do Código um verdadeiro manual para boas práticas. Quem não segui-lo sofre advertência e caso não sejam tomadas as devidas providências pode receber a recomendação de bloqueio de domínio do remetente pelas entidades que integram o Código. Para esse processo funcionar será criado, em até 180 dias, um Conselho de Ética permanente.
O Conselho também será responsável pela análise dos reports de abuso que, a partir das regras do Código, poderão ser denunciados pelos destinatários, por email, que julgarem as mensagens indesejáveis, caracterizadas pela falta de ética. O que precisamos é mudar esse panorama. É um trabalho de aculturamento e toda mudança requer propostas de melhoria. O Código não modificará por inteiro a cultura atual praticada pelas companhias nem em curto, nem em médio prazo, mas certamente contribuirá para uma drástica queda nos números de spams. Walter Sabini Júnior é CEO da Virid Interatividade Digital, empresa especializada em email marketing. jr@virid.com.br
*O presente Código de Autorregulamentação foi elaborado pelas entidades ABEMD – (Associação Brasileira de Marketing Direto), ABRANET (Associação Brasileira dos Provedores de Internet), AGADI (Associação Gaúcha das Agências Digitais), ABRAREC (Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente, APADI (Associação Paulista das Agências Digitais), CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil), FECOMÉRCIO (Federação do comércio do Estado de São Paulo), IAB (Interactive Advertising Bureau), InternetSul (Associação Rio Grandense dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet), PRO TESTE (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), tendo em vista a intenção da própria indústria em melhorar o uso do e-mail Marketing. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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Tendências & Inovação
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Tendências & Inovação
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TECNOLOGIA Convergência digital: como fazer o site entrar no celular? Com o crescimento da utilização de smartphones no Brasil, especialmente do iPhone da Apple, sites e portais comerciais começam a ganhar sua versão especial para celulares.
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brasileiro é o povo que mais gasta tempo na internet, cerca de 45 horas por mês de acordo com o Ibope Nielsen Online. Com a convergência digital para o aparelho celular e o barateamento da telefonia móvel esse número de horas deverá aumentar e impulsionar a criação de home-page para o telefone. Hoje, praticamente todos os serviços gratuitos do Google, Flickr, Evernote e Twitter já tem a versão para iPhone. Com o crescimento da utilização de smartphones no Brasil, especialmente do iPhone da Apple, sites e portais comerciais começam a ganhar sua versão especial para celulares. “No geral, a procura ainda é pela otimização do site tradicional”, explica Estevam Romera, sócio da agência de webdesign VSEIS. A demanda é quase exclusiva para o iPhone da Apple. Grandes sites nacionais, como o Globo.com e o UOL, e também internacionais, como o Google e o Flickr, optaram por sites específicos para o iPhone. “Para se ter uma idéia, em diversos portais que monitoramos na VSEIS, o iPhone é o único que realmente aparece nas estatísticas. Por exemplo, há sites que registram 261 acessos por Linux, 169 acessos por iPhone e apenas um por Blackberry, ou seja, embora o Blackberry domine o mercado corporativo, o iPhone é o único celular realmente usado para acessar a internet”, explica. 40
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Esses sites apresentam layout mais vertical, com botões e letras maiores, facilitando a navegação e leitura em telas pequenas. E também são mais enxutos porque a área para dispor as informações é menor. No mercado, existem duas opções para se criar uma versão para smartphones. A mais procurada é uma otimização do site original que não compromete a navegação no iPhone, já que ele ainda não suporta uso do flash e alguns recursos Ajax. A segunda, mais cara, é desenhar um site exclusivo para telefones celulares. O custo para redesenhar o site para o telefone celular depende do tamanho que possui a página a ser transposta, mas pode chegar a 80% do custo de uma home page tradicional. Para o usuário, a diferença principal é a diagramação mais adequada à tela do telefone e também a velocidade de navegação, já que o site para celular costuma ter menos imagens e mais texto. Essa tendência deve se consolidar. Dados do instituto de pesquisas Gartner mostram que as vendas de iPhone cresceram 141% no segundo trimestre deste ano no Brasil. De acordo com o levantamento, foram comercializados nesse período 108,2 mil unidades do aparelho, contra 44,8 mil celulares vendidos nos primeiros três meses de 2009 apenas para o mercado doméstico, não incluindo
vendas para empresas. Isso representa 1% do mercado de celulares do Brasil. O BlackBerry representa 1,8%, com cerca de 300 mil aparelhos vendidos no país. Ainda segundo o instituto, o segmento que mais cresce na indústria mobile é o da venda de smartphones. Em 2009, a venda mundial desse tipo de aparelho já alcançou a marca de 40 milhões de unidades vendidas, um crescimento de 27% na comparaç&ati lde;o a 2008. Esse crescimento provoca. Exemplo disso é a empresa LCA, uma das maiores consultorias econômicas do Brasil, que recentemente disponibilizou seu site para navegação em celulares porque seus clientes utilizam muito o acesso móvel. O perfil de seus clientes é de pessoas que utilizam o smartphone para obter informações de forma rápida, em qualquer horário, e de qualquer lugar. “Seguindo a tendência de mercado, e principalmente atendendo ao perfil do nosso cliente e à demanda por uma base de dados precisos que o auxilie na tomada de decisões, disponibilizamos todo conteúdo do nosso site para dispositivos móveis. Dessa forma, nosso cliente pode ter acesso ao nosso banco de dados e às demais publicações, a qualquer momento - no trânsito, durante uma reunião, no in tervalo de seus compromissos”, explica José Gregório Rodriguez, Diretor de Marketing da LCA.
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EVENTOS
Uma aula de evento Corpbusiness e Inter IT reúnem time de empresas vencedoras para discutir o ensino a distância, e-Learning e a educação dentro das corporações na segunda edição do Congresso Universidades Corporativas. Por Danilo Pádua / Fotos: André Pera
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er sucesso no mercado hoje é muito mais do que simplesmente ter bons resultados na área comercial. É fundamental que a empresa tenha colaboradores qualificados, ligados às necessidades do mercado e, principalmente, que estejam alinhados com as políticas e ações da empresa. Por estes motivos é que a educação corporativa se destaca como uma das melhores 42
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alternativas para as organizações se manterem competitivas. De acordo com a pesquisa da Global Industry Analysts (GIA), o mercado global de e-Learning deve alcançar cerca de US$ 52 bilhões até 2010. No Brasil, estima-se hoje que 600 empresas e entidades usem o e-Learning. É pouco se comparado ao número de universidades que dispõem de toda in-
fraestrutura necessária para que os alunos consigam concluir o ensino superior. A mudança de enfoque na concepção e implantação dos cursos on-line aconteceu principalmente porque as empresas de educação começaram a alinhar os investimentos em capacitação profissional de uma forma mais rápida e eficiente, utilizando o ambiente virtual como sala de aula. Outra
EVENTOS propulsora desta reformulação foram as empresas de TI, que iniciaram um processo de disseminação de uso em seus softwares, gerando soluções de treinamento e comercializando-as no mercado como uma nova estratégia de negócio da empresa. Dentro dessa realidade, a Corpbusiness e a Revista Inter IT organizaram, no último mês de novembro, a segunda edição do Universidades Corporativas, congresso que contou com a presença de mais de 120 executivos de alto nível e reuniu cases e palestras com os principais executivos de empresas e organizações como BIC Brasil, TAM, Ferramentas Gerais, Avon, Cengage, Fundação Getúlio Vargas, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil, o Hospital Moinhos de Vento e a ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância. Além de apresentar diversos modelos de aplicação e ferramentas que podem ser utilizados no ensino a distância, o Congresso Universidades Corporativas colocou em pauta temas polêmicos a respeito do e-Learning nas empresas, como a aplicação de cursos ou a exigência de estudo e atividades fora do horário de trabalho, o que pode ser considerado como “hora extra” que, se não remunerada, fere os acordos e leis trabalhistas vigentes no Brasil. Todas as companhias palestrantes se mostraram atentos a essa “dificuldade” técnica, afirmando disponibilizar infraestrutura (salas equipadas com computadores) e horários dentro do período de atividade da empresa para que seus cursos e treinamentos sejam realizados. A edição de 2009 do Universidades Corporativas contou com o patrocínio da FGV Online, da Cengage, da ESAB e da Pearson. O congresso começou com uma apresentação de Marcos Rezende Vieira, Diretor da ABED e presidente do WebAula, empresa especializada em e-Learning e apoiadora do evento. Marcos falou sobre a
realidade do mercado brasileiro de ensino a distância, o preconceito sofrido por uma “pseudo” falta de qualidade na comparação com o ensino presencial e mostrou diversos números sobre a Associação e o EAD (Ensino a Distância) no País. Marcos informou que o e-Learning teve um crescimento de 45.000% entre 2008 e 2009, hoje já possui cerca de 2,6 milhões de alunos estudando na modalidade à distância, sendo que – estima-se – 1 milhão destes seriam somente no ensino superior. Em seguida foi a vez de Patrícia Machado, da Avon, falar sobre o programa de formação e aperfeiçoamento de revendedoras que hoje a empresa mantém no Brasil. Patrícia citou que a companhia possui mais 20 milhões de clientes que são atendidos pelas cerca de 1,4 milhão de revendedoras espalhadas pelo País, todas elas formadas através dos cursos fornecidos pela empresa com boa parte, inclusive, através de ensino a distância.
Logo após a Avon, foi a vez da BIC Brasil apresentar seu bem-sucedido programa de universidade corporativa, através da palestra de seu Diretor-Geral Horácio Balseiro. Balseiro contou um pouco da história da BIC, o nascimento da empresa e o conceito de inovação que, até os dias de hoje, permeia a mentalidade da companhia, inclusive em seu programa de universidade corporativa, que a companhia utiliza como uma forma de aperfeiçoar a prestação de seus colaboradores, prepará-los para novos processos e procedimentos e, até mesmo, para novos cargos, através de uma ferramenta que possibilita o acompanhamento direto de seus gestores e superiores diretos. Após uma breve pausa para o café e o natural network entre os mais de 120 congressistas ali presentes, foi a vez de Kátia Carlini, da TAM Linhas Aéreas, contar como foi o processo para implantação do eLearning na companhia e a mudança de sistema ERP ocorrida durante
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EVENTOS o ano de 2009, processo do qual ela e sua equipe de treinamentos tiveram participação muito ativa, treinando todos os profissionais da TAM que passariam a lidar com a nova ferramenta. Kátia contou como era o trabalho com a antiga ferramenta de gerenciamento da companhia, o e-TAM, cujo treinamento das agências de viagem que usavam essa ferramenta oferecida pela TAM foi o primeiro ministrado a distância pela sua unidade. Ela também contou como foi o primeiro projeto de e-Learning desenvolvido pela TAM para o público interno, o “Líder Educador”, desenvolvido em 2006 que ocasionou uma economia de R$ 1 milhão, ao final do primeiro ano, com a redução das despesas de deslocamento e hospedagem dos profissionais para São Paulo onde eram, anteriormente, ministrados todos os treinamentos técnicos da companhia. Desse projeto piloto nasceu a Uni TAM, que hoje conta com mais de 63 mil pessoas certificadas através dos cursos disponíveis na ferramenta de e-Learning da companhia. Seguindo o nível de grandes palestras, veio a FGV Online com a apresentação da Profª Elizabeth Silveira, que explicou o funcionamento e a estrutura dos cursos a distância, semi-presenciais, e parcerias com empresas, universidades e organizações que hoje a Fundação oferece através de sua ferramenta. Profª Elizabeth citou, como exemplo, o curso desenvolvido pela FGV em parceria com o departamento de Antropologia da UFRJ, para professores de escolas que atendem indígenas. A ESAB seguiu caminho semelhante ao da FGV, e apresentou um pouco da infraestrutura, tecnológica e de conhecimento, que hoje ela oferece aos seus mais de 30 mil alunos em todo o País. Nildo Ferreira, presidente da ESAB comandou a palestra e aproveitou para mostrar o Campus Online, um concei44
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to avançado de LMS – sistema de gestão de e-Learning – que reúne em uma única ferramenta/software todo o processo de gestão do EAD, com interface de aluno e professor em um único banco de dados. Após a ESAB, a Ferramentas Gerais, através da executiva Simone Marisco apresentou o painel Academia FG: Renovação da Gestão do Conhecimento, onde contou um pouco da trajetória da companhia nascida no Rio Grande do Sul e seu programa de e-Learning, desenvolvido para a formação e aperfeiçoamento dos vendedores e técnicos que trabalham com os produtos fabricados e comercializados pela companhia, além da formação interna de seus gestores. A palestra seguinte foi comandada por Siliane Troggian - do Hospital Moinhos de Vento, também sediado na região sul do País – que apresentou como foi a aplicação e as utilizações do sistema de ensino a distância através da internet desenvolvido para o público interno da instituição, com orientações, dicas, informações e procedimentos atualizados continuamente para
uso dos funcionários de todas as unidades do hospital. O dia de palestras e apresentações foi finalizado por Rafael Reis, executivo da editora Cengage, especializada na produção de processos e conteúdo de ensino a distância para empresas e universidades corporativas. Reis citou a necessidade de adaptação dos conteúdos para sua aplicação no e-Learning, coisa que muitas empresas não fazem, simplesmente “portando” o conteúdo impresso de um curso presencial para uma infraestrutura online, não desenvolvendo potenciais de interatividade além de dificultar o estudo em si. Essa é uma das expertises da editora, formatação de conteúdo voltado para o e-Learning. Ao final das apresentações, foi realizado o encerramento do congresso com o sorteio de diversos presentes dos patrocinadores aos congressistas, interação essa que só veio coroar o sucesso do evento, e com o tradicional network entre os presentes, comum em eventos desse porte com tantos executivos de alto calibre.
COLUNISTA
IPTV: A guerra dos meios Por Nelson Ito
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uantos serviços sua operadora oferece entre canais de TV, telefonia e Internet? E os “combos”? Uma infinidade de vantagens e benefícios. Mas você tem de ser fiel: ou assina esta ou aquela operadora. A IPTV, por sua vez, é a liberdade de decisão do que, quando e como se assiste à televisão. O mercado das comunicações está cada vez mais disputado e democrático. A disputa publicitária pelo horário nobre, entre as empresas de telecomunicações e as de TV a cabo, é uma programação à parte para os telespectadores. Programação, transmissão e conteúdo emergem na nova era da comunicação e do entretenimento de modo bastante diferente em relação ao formato que todos nós conhecemos. A IPTV possibilita a transmissão, via IP (Protocolo de Internet), de conteúdo que pode ser acessado pelo computador ou pela própria televisão. Assim como os celulares, a IPTV deve mudar seu status, em breve, de artigo de luxo para item básico e praticamente obrigatório no dia a dia das pessoas. A consultoria ABI Research estima que o mercado mundial de IPTV crescerá, anualmente, cerca de 32% nos próximos cinco anos. No final de 2014, haverá aproximadamente 79 milhões de assinantes deste tipo de serviço em todo o mundo. De acordo com a consultoria, as taxas de crescimento de platafor-
mas convencionais de TV por assinatura, como satélite e cabo, desacelerarão nos próximos anos, à medida que a IPTV avançar. A IPTV é mais uma mídia que desponta para a transmissão de conteúdo multimídia. Não será mais necessário ir à locadora, pois esta tecnologia permite assistir, em sua casa, aos lançamentos de filmes e a seus programas preferidos, ou seja, com total flexibilidade e liberdade de escolha. A expansão do serviço também enfrenta desafios. Além de questões regulatórias, sua transmissão demanda banda larga de qualidade, de 15 Mbps (megabits por segundo) a 20 Mbps, e esta infraestrutura, por enquanto, é acessada pela menor parcela da população. A propósito, a IPTV representa uma excelente oportunidade para as operadoras de TV a cabo, já que a economia agregada pela tecnologia IP permite até dobrar o número de canais disponíveis e, ainda, possuir banda suficiente para ampliar os serviços - entre eles uma oferta melhor e mais ampla de interatividade, sem muita alteração na rede destas empresas. Trata-se da convergência entre a programação televisiva e a capaci-
dade de interatividade da Internet. O sistema de conteúdos digitais de TV, áudio e vídeo, por meio da banda larga, é a transição para a distribuição digital destes conteúdos. Esta é a verdadeira convergência digital já anunciada e esperada pelos consumidores, que, por sua vez, estão cada vez mais exigentes em relação à liberdade de escolha. E com qualidade, é claro. É uma profunda modificação no mercado de comunicações e do entretenimento. O novo mundo das comunicações se abre para todos. A “guerra dos meios” é irreversível e ganha cada vez mais força. Agora, cabe às empresas investirem em infraestrutura (e publicidade) para que, assim, a melhor vença a “guerra”. * Nelson Ito é gerente de negócios estratégicos da D-Link para a área de Services Provider www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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COLUNISTA
WiMAX e desenvolvimento econômico no Brasil Por Oscar Clarke
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massificação da internet permitiu o surgimento e o florescimento de empresas de diferentes segmentos e tamanhos, que se beneficiam da rede mundial de computadores para transformar milhões de internautas em potenciais consumidores. Livres das amarras dos intrincados esquemas de estoques e distribuição das grandes cadeias varejistas, o comércio eletrônico não depende mais de grandes sucessos de vendas para sobreviver e pode apostar no mercado de nicho. A banda larga não oferece apenas a possibilidade de um comércio eletrônico variado. Estudos realizados pelo Instituto Connected Nations, do estado de Kentucky nos Estados Unidos, mostraram que um incremento em 7% no acesso à internet banda larga pode gerar 250 mil novos empregos... É a tecnologia funcionando como um impulsionador da economia e melhoria de vida. O Brasil, no entanto, está longe de aproveitar todos os benefícios proporcionados pela difusão da internet e, mais recentemente, pela banda larga. Mais de 90% das empresas existentes no território nacional são pequenos e médios empreendimentos cujo alcance, na maioria das vezes, não é superior ao seu raio de atuação local, não havendo qualquer interação com consumidores virtuais. 46
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Podemos dizer que alguns dos principais entraves para isso são dimensões continentais do Brasil, as quais, aliadas à falta de investimento consistente em tecnologia, fazem com que a nossa taxa de penetração da banda larga não chegue a 6%. Em algumas regiões do país, como o Nordeste, esse índice não ultrapassa 1%. Como obter a solução para esse problema de uma forma simples, barata e escalonável? Não é possível pensarmos em cabos conectando cidades e vilarejos
distantes. E é nesse ponto que entra o WiMAX. Criada desde o princípio para a transmissão de dados, esta tecnologia permite o fornecimento de serviços de banda larga sem-fio a qualquer momento, em qualquer lugar. O padrão IEEE 802.16 foi desenvolvido para fornecer conectividade non-line-of-sight (NLoS) entre uma estação assinante e uma estação base em um raio típico de celulares, o qual varia entre três e dez quilômetros. Por tratar-se de uma tecnolo-
COLUNISTA “Estudos mostraram que um incremento em 7% no acesso à internet banda larga pode gerar 250 mil novos empregos” gia não proprietária, ela também permite a chegada de banda larga até mesmo aos mais distantes rincões do país, por meio de um acesso rápido e barato, sem os altos custos de infra-estrutura dos cabos. Atualmente existem mais de 480 implementações em todo o mundo, conectando milhões de pessoas em diversos países, desde os Estados Unidos até a Índia e o continente africano. Além da tecnologia, que já está consolidada e provada como um meio econômico e efetivo de co-
nexão, também temos uma ampla cadeia de produção de equipamentos e operadoras prontas para oferecerem seus serviços e produtos ao mercado nacional. O grande diferencial do WiMAX é a interoperabilidade dos equipamentos, resultando em uma grande economia de escala e assegurando que, quando os provedores de serviços comprarem equipamentos de mais de uma empresa, as tecnologias serão interoperáveis. Esbarramos, entretanto, na fal-
ta de espectro eletromagnético para que o país dê continuidade ao acesso amplo à banda larga. Em 2002, houve o leilão da faixa de 3,5 GHZ, mas apenas 14% do total dessa faixa foi comercializada, sendo adquirida por cinco operadoras. Um estudo realizado pela consultoria especializada em telecomunicações Guerreiro Consult demonstrou que a liberação imediata do espectro restante traria benefícios econômicosociais para o país da ordem de R$ 3,8 bilhões. O país não pode mais esperar, não pode perder o bonde da história. É preciso ter espectro disponível e a indústria alinhada para prover serviços de conexão, com liberdade de escolha de tecnologia, seja ele na faixa de 2,5 GHZ ou 3,5 GHZ. *Oscar Clarke é presidente da Intel Brasil
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SEGURANÇA
McAfee adverte sobre “Os 12 Golpes Natalinos na Internet” mais frequentes na época de festas O final do ano é um período em que os cibercriminosos costumam tirar proveito da época de festas para roubar o dinheiro, a identidade e as informações financeiras dos consumidores
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proveitando o clima de final de ano e a pulsante época de compras, a McAfee está revelando os “12 Golpes Virtuais Natalinos” mais perigosos que os cibercriminosos começam a aplicar no período de festas de fim de ano. De acordo com a pesquisa “Consumer Reports” (ou Relatório sobre Consumidores, em português) de 2009, realizada pelo instituto State of the Net dos EUA, os cibercriminosos roubaram US$ 8 bilhões de dólares dos consumidores internautas nos últimos dois anos. “Os cibercriminosos usam seus melhores golpes durante as festas de fim de ano para roubar o dinheiro, as informações de cartão de crédito, os números de documentos e a identidade das pessoas”, afirma Jeff Green, vice-presidente sênior do McAfee Labs. “Esses ladrões acompanham tendências sazonais e criam sites natalinos, golpes e outros e-mails convincentes que podem enganar até mesmo os usuários mais cautelosos”. Para que os consumidores possam se prevenir, a McAfee aponta os 12 golpes mais comuns.
Golpe I: Golpes de Phishing Beneficentes – Fique Atento ao fazer doações Durante as festas natalinas, os hackers aproveitam a generosidade das pessoas, enviando e-mails que parecem vir de organizações beneficentes legítimas. Na realidade, são sites falsos criados para roubar as doações, informações de cartão de crédito e identidades dos doadores.
Os 12 Golpes Virtuais Natalinos
Golpe III: Redes sociais – Um Cibercri-
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Golpe II: Faturas falsas de serviços de entregas para roubar seu dinheiro Durante as festas, os cibercriminosos muitas vezes enviam faturas e avisos de entrega falsos que aparentemente provêm da Federal Express, da UPS ou do Serviço Aduaneiro dos EUA. Eles enviam e-mails aos consumidores solicitando informações de cartões de crédito para reembolso na conta, ou solicitam que os usuários abram uma fatura on-line ou um formulário da alfândega para receber uma encomenda. Se a pessoa seguir as instruções, suas informações serão roubadas ou programas mal-intencionados serão instalados automaticamente em seus computadores.
minoso “Quer ser seu amigo” Os cibercriminosos tiram proveito deste período social do ano, enviando e-mails aparentemente autênticos de “Solicitação de nova amizade” de sites de redes sociais.
SEGURANÇA Os usuários da Internet devem saber que clicar nos links desses e-mails pode instalar automaticamente programas mal-intencionados nos computadores e permitir o roubo de informações pessoais. Golpe IV: Os perigos dos cartões de Natal virtuais Os cibercriminosos lucram com os consumidores que enviam cartões de Natal virtuais em uma tentativa de ser ecologicamente conscientes. No último Natal, o McAfee Labs descobriu um worm disfarçado de cartões virtuais da Hallmark e de promoções de Natal do McDonald’s e da Coca-Cola. Anexos de e-mail com PowerPoints natalinos também são bastante usados pelos criminosos virtuais. Cuidado com os links nos quais você clica. Golpe V: As ofertas de joias no Natal custam muito caro Recentemente, o McAfee Labs descobriu uma nova campanha de Natal que leva os compradores a sites cheios de malware que oferecem presentes de luxo “com desconto” das marcas Cartier, Gucci e Tag Heuer. Os cibercriminosos utilizam até mesmo logotipos falsificados da Better Business Bureau para induzir os internautas a comprar produtos que nunca receberão. Golpe VI: Compre com segurança no Natal para não ter a identidade roubada A Forrester Research Inc. prevê o aumento das vendas de Natal pela Internet neste ano, em busca de promoções. Enquanto os usuários compram e navegam em pontos de acesso abertos, os hackers podem espionar a atividade deles para tentar roubar suas informações pessoais. A McAfee orienta os usuários a nunca fazer compras pela Internet usando computadores públicos ou redes Wi-Fi abertas. Golpe VII: Pesquisar por itens de Natal pode ser perigoso Durante a época de Natal, os
“Os cibercriminosos roubaram US$ 8 bilhões de dólares dos consumidores internautas nos últimos dois anos” hackers criam sites natalinos falsos para as pessoas que procuram toques de celular ou papéis de parede com temas natalinos, letras de canções de Natal ou um protetor de tela festivo. Baixar arquivos com temática natalina pode infectar um computador com spyware, adware ou outros programas malintencionados. Golpe VIII: Desemprego – Golpes de emprego por e-mail Recentemente, a taxa de desemprego nos EUA atingiu um pico de 10,2%, o nível mais elevado desde 1983. Os golpistas estão
à caça de pessoas desesperadas em busca de emprego em má situação financeira, com a promessa de empregos bem remunerados e oportunidades de lucros trabalhando em casa. Quando a pessoa interessada envia suas informações e pagam sua ‘taxa de inscrição’, os hackers roubam seu dinheiro em vez de dar continuidade à oportunidade de emprego prometida. Golpe IX: Cobrindo o lance para o crime – Estelionato em sites de leilões Muitas vezes, os golpistas ficam à espreita em sites de leilões durante a época de Natal. Os comprawww.corpbusiness.com.br | Inter IT
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SEGURANÇA de minutos. Também é comum que eles distribuam spam da conta do usuário para seus contatos. Golpe XI: Golpes de banco pela Internet Os cibercriminosos induzem os consumidores a divulgar seus dados bancários, distribuindo e-mails com aparência oficial, supostamente das instituições financeiras. Eles solicitam que os usuários confirmem as informações das suas contas, inclusive nomes de usuário e senhas, avisando que as contas serão bloqueadas se não seguirem as instruções. Assim, é frequente que os criminosos vendam essas informações através de um mercado negro virtual. Nesta época de Natal, é comum que aconteça esse tipo de golpe já que as pessoas monitoram atentamente seus gastos e compras. Golpe XII: Um resgate pelos seus arquivos – Golpes de “Ransomware” Os hackers assumem o controle dos computadores das pessoas através de vários desses golpes, até mesmo atuando como sequestradores virtuais, roubando os arquivos dos computadores e criptografando-os, tornando-os ilegíveis e inacessíveis. O golpista sequestra os arquivos do usuário e exige o pagamento de um resgate em troca da devolução desses arquivos. A seguir vemos cinco dicas selecionadas pela McAfee a todos os usuários da internet para protegerem seus computadores e suas informações pessoais:
dores devem ficar atentos a oportunidades em leilões que parecem ser muito boas para serem verdadeiras, porque, muitas vezes, essas compras nunca são entregues. Golpe X: Golpes de roubo de senhas O roubo de senhas aumenta de maneira desenfreada no final do ano, pois os ladrões virtuais utilizam ferramentas de baixo custo para 50
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descobrir a senha das pessoas e distribuir programas mal-intencionados para gravar a digitação, conhecidos como “programas de captura de digitação” (ou keyloggers). Quando os criminosos conseguem acesso a uma ou mais senhas, eles passam a ter acesso irrestrito às informações bancárias e de cartão de crédito dos consumidores e podem limpar as contas em questão
1. Nunca clique em links de e-mails: Vá diretamente ao site da empresa ou da organização beneficente, digitando o endereço ou utilizando um mecanismo de pesquisa. Nunca clique em links enviados em emails. 2. Use um software de segurança atualizado: Proteja seu computador contra malware, spyware, vírus e outras ameaças com suítes de seguran-
SEGURANÇA ça atualizadas. O software McAfee Total Protection oferece proteção completa contra as ameaças atuais e as ameaças que estão surgindo. Ele também é distribuído com a tecnologia McAfee SiteAdvisor, que apresenta uma barra de ferramentas de pesquisas seguras avisando aos consumidores sobre a classificação de segurança de um site e atua como proteção contra phishing. Ela utiliza ícones intuitivos vermelhos, amarelos e verdes para classificar sites potencialmente perigosos quando eles são pesquisados no Google, no Yahoo! ou no Bing. 3. Faça compras e transações bancárias em redes seguras: Verifique suas contas bancárias ou faça compras pela Internet apenas em redes seguras em casa, no trabalho, sejam elas com ou sem fio. As redes WiFi devem sempre ser protegidas
por senha para que os hackers não possam acessá-las e espionar as suas atividades na Internet. Além disso, não se esqueça de comprar apenas em sites que começam com https://, e não com http://, e procure sites de confiança contendo selos de proteção. 4. Use senhas diferentes: Nunca use as mesmas senhas para mais de uma conta na Internet. Diversifique as senhas e use uma combinação complexa de letras, números e símbolos. 5. Use o bom senso: Se ficar em dúvida sobre a legitimidade de uma oferta ou de um produto, não clique. Os cibercriminosos estão por trás de muitos dos negócios aparentemente “ótimos” na Web. Portanto, tenha cuidado ao pesquisar e comprar.
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MERCADO
TI para gente grande Solução OpMon, da gaúcha OpServices, promete visualização e gerenciamento completo em todos os processos relacionados a área de TI. Da Redação / Imagens: Reprodução
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a maioria das organizações, existe a necessidade de atender demandas de mercado para cumprimento e adoção de normas como ISO, SOX, OSHAS, SENASA, ANMAT e BCRA, entre outras, muitas vezes diretamente relacionadas ao negócio da empresa. Há, ainda, empresas que precisam implantar ITIL, COBIT, PMI, RUP, CMMI, plano diretor, BSC, etc, que também têm relacionamento intrínseco aos seus negócios. Na maior parte das vezes, o gerenciamento de todos esses itens é feito por meio de soluções independentes. A OpServices, empresa de tecnologia com sede no Rio Grande do Sul e atuação no Brasil e em vários países da América Latina, criou uma solução capaz de, sozinha, atender de forma integral essas demandas. Trata-se do OpMon, que, por meio de indicadores, permite que em uma única console sejam disponibilizadas visões gerenciais. O OpMon é capaz de integrar qualquer solução de mercado ou própria (mediante análise detalhada), possibilitando que os segmentos do negócio tomem decisões e gerenciem seus processos de forma rápida e ágil. Com isso, as áreas de TI passam a operar integradas, disponibilizando informações importantes, além 52
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de participar de processos de decisão das organizações. A maioria dos executivos concorda que, para responder competitivamente às demandas dos clientes e do mercado, as empresas dependem diretamente do conhecimento e da clareza de seus colaboradores sobre suas responsabilidades, processos e procedimentos. Neste mundo cada vez mais competitivo, elevar a produtivi-
dade, reduzir custos, melhorar a qualidade e aumentar a satisfação dos clientes internos e externos são os objetivos fundamentais das organizações. O OpMon promete a solução para esses desafios, proporcionando as ferramentas necessárias para uma ágil gestão das informações, de forma simples e com custos de acordo com a necessidade e demanda de cada cliente, buscando, assim, a melhoria contínua dos processos e inte-
MERCADO gração de Tecnologia da Informação (TI) ao negócio. É comum deparar-se com as organizações trabalhando com soluções de Business Intelligence (BI) que promovem alto custo de tempo e dinheiro, enquanto soluções dinâmicas e simples, mais acessíveis e confiáveis, estão disponíveis. O OpMon representa um ganho de qualidade significativa em todos os processos tanto pela geração de indicadores quanto pela capacidade de oferecer a recuperação de informações armazenadas para cruzamento de dados. Também informações em tempo real, como, por exemplo, dentro da cadeia de suprimentos (supply chain), são gerenciadas com eficiência pela solução da OpServices, com a vantagem adicional de otimizar recursos e reduzir custos operacionais e de licenciamento. O OpMon possibilita à empresa ter uma visão estratégica de toda sua estrutura de negócios, inclusive relacionando os sistemas aos processos, ou seja, integrando totalmente a TI ao negócio.
Processos A flexibilidade que a solução OpServices apresenta e que a diferencia da concorrência foi desenvolvida, aplicada e aprimorada ao longo dos anos para atender principalmente as áreas de negócios das organizações. O objetivo é que o OpMon possa integrar-se aos sistemas desenvolvidos por qualquer fabricante, coletando e armazenando Indicadores e métricas mais importantes, alarmando via e-mail ou SMS, de acordo com a especificação de cada cliente. Quer dizer, cada Indicador utilizado poderá ter uma forma de alar-
me e escalonamento diferenciado e isso vale tanto para gestão da área de negócios quanto para Governança de TI. Abaixo, estão elencados alguns exemplos simples dessas possibilidades, com indicadores tanto de negócios quanto para TI: Service desk: incidentes abertos, incidentes por analista, incidentes por departamento, tempo médio do ticket na fila; Vendas: % da meta diária, % da cobertura da carteira de clientes; Call center: usuários em espera, tempo médio de espera na fila, tempo médio da duração da ligação, número de ligações perdidas; ERP: todo e qualquer Indicador que possa ser visualizado no sistema e que seja importante, devendo ter um acompanhamento periódico (a cada 5 minutos, por exemplo), sem gerar os relatórios associados; Maquinário chão de fábrica: quantidade de itens produzidos, quantidade de itens não produzidos, problema na máquina x; Portal: tempos de resposta de transações realizadas, quantidade de itens vendidos; Câmeras de segurança: quantidade de câmeras em operação, quantidade sem operação; VOIP: qualidade e quantidade de ligações telefônicas, etc. Todos os exemplos mencionados podem ser gerenciados por meio do OpMon, que possibilita aos usuários analisar graficamente
a disponibilidade dos serviços ou processos, a capacidade, e, ainda, determinar em cada um dos indicadores de gestão, caso se torne indisponível, que informe via e-mail ou SMS ao responsável ou responsáveis. Essa instantaneidade permite que a tomada de decisão a respeito possa ser imediata. Dessa forma, os usuários passam a contar com o registro e histórico dos problemas ocorridos no ano, no mês, na semana, etc, visualizando de forma clara e objetiva como todos os processos de negócios, TI e infraestrutura da empresa estão atuando, e, com isso, podendo elaborar relatórios de projeção futura, cortes verticais (ano, mês, dia, horário), etc. O OpMon se torna, o que se convencionou chamar de cockpit único, no qual os gestores, principais executivos ou toda empresa poderão visualizar via intranet, internet, telões ou tevês de plasma, indicadores tanto da área de negócios quanto da de Tecnologia da Informação. A ferramenta se torna uma grande aliada dos executivos da área de negócios, tecnologia e de toda empresa, proporcionando a gestão dos principais e importantes indicadores, além de efetuar com eficiência a governança dos processos de TI, desde o nível mais simples de infraestrutura de tecnologia das operações, até as camadas mais complexas relacionadas ao alinhamento de TI ao negócio. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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COLUNISTA
O show deve continuar Por Miguel Martinez
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atual ambiente de negócios está mais complexo do que nunca. Normas regulatórias do governo e da indústria, desastres naturais e outras ameaças, como pandemias ou terrorismo, fazem com que seja necessário um plano que garanta a continuidade de seus negócios, independente da circunstância. Um exemplo recente foi a possível pandemia causada pelo vírus Influenza A (H1N1) , também conhecida como gripe suína. No México, a situação chegou a tal ponto que crianças não iam mais às escolas, o comércio estava fechado e os escritórios funcionaram com o mínimo de pessoal possível, causando um dano à economia do país em cerca de 0,5% do PIB, conforme estimativas de mercado. Para minimizar este efeito negativo, muitas empresas — tanto no México como em outros países afetados pelo vírus — colocaram seus planos de continuidade de negócios em prática, estimulando o trabalho remoto. Isto foi viável graças à evolução tecnológica adotada pelas companhias, que permitiu o acesso a distância a sistemas corporativos, inclusive por meio de celulares e outros dispositivos móveis. A tecnologia também foi amplamente utilizada para comunicar, alertar, prevenir e informar a sociedade sobre a enfermidade. Para se ter uma ideia, no ápice do alerta do Influenza A, 6% das mensagens das mídias sociais 54
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Twitter e Facebook trataram a questão da possível pandemia. Também foi possível acompanhar, pela Internet, o registro de casos confirmados e suspeitos em diversos países. Como mencionado anteriormente, pandemia é apenas um dos vários tipos de eventos que podem afetar a continuidade dos negócios nas organizações. Outros acontecimentos podem ter um impacto ainda maior e, por isso, ter um plano de contingência é crítico para evitar a diminuição dos negócios e do desempenho do data center, que gera perda de receita, redução da produtividade e insatisfação dos clientes. Ter um bom plano de contingência pode fazer a diferença para a continuidade e a longevidade de seus negócios. É preciso estar preparado, levando em consideração o quão benéficos serão para os negócios, no caso
de um desastre, aspectos como: recuperação rápida e confiável de dados; previsibilidade de disponibilidade; redundância de servidores; ferramentas automatizadas para diagnosticar, solucionar e reparar falhas; manutenção e gerenciamento simplificado. É claro que desenvolver, implementar e testar um plano de recuperação de desastres e continuidade de negócios exige dedicação, comprometimento, conhecimento e recursos apropriados. Alinhar os objetivos de negócios com potenciais riscos, justificando investimentos e identificando soluções que funcionam para a empresa, podem ser tarefas desafiadoras e que consomem muito tempo. Mas, é preciso estabelecer esta estratégia, afinal, o show deve continuar. * Miguel Martinez é vice-presidente da Sun Microsystems América Latina
Agora a palavra de ordem é prevenção.
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