Revista Inter IT - nº 10

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InterIT nº 10

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Julho 2010

Eventos III Mobile Intelligence 2.0 discute o presente e o futuro das tecnologias móveis em favor dos negócios das grandes empresas

Ano 2 - nº10 - Julho de 2010 R$ 10, 90

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Mercado

Operadora de telefonia IP projeta dobrar faturamento em 2010

Mercado

Google x China

x Colunistas

Más escolhas custam caro - Artigo sobre mobilidade, escrito pela Garota Sem Fio Como atingir a excelência operacional

Mário Mello Presidente da PayPal no Brasil

“O Brasil é um dos principais vetores do crescimento da PayPal na América Latina” 1

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25 a 28 de outubro Transamerica Expo Center | São Paulo

CONGRESSO 2

Premium

Master Gold Sponsors APOIO EDUCACIONAL

PATROCINADORES já confirmados

O Mais Qualificado Evento de Telecom e TI da América Latina em sua 12ª edição.

Cordenadores de Painéis Carlos Alberto Sardenberg

Christiane Pelajo

Eduardo Levy

Guido Orlando Jr.

Graça Sermoud

José Márcio Mendonça

Maria Lydia Flandoli

Mauro Peres

Diário do Comércio

CNT Gazeta

Silvio Genesini

Thais Costa

Globo

CBN

Heloísa Magalhães

José Fernandes Pauletti

Miriam Aquino

Nadja Haddad

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Organização e Promoção:

Brasil Econômico

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EDITORIAL Muito por fazer

E

stamos sempre correndo atrás de alguma coisa nova em nossas vidas, mesmo dentro de nossa rotina diária (trabalho, casa, faculdade etc.), cada dia é uma busca incessante por novos desafios, afazeres e conquistas. A frase que dá título a este editorial volta e meia marca presença nas conversas entre colegas, quando relatamos tudo o que temos feito em nosso dia a dia e normalmente somos interpelados com a expressão “Nossa! Quanta coisa, hein!?”, e acabamos respondendo que isso não é nada, que ainda falta muito por fazer. Esse ano de 2010 começou com ritmo acelerado para nós, em todos os sentidos. Enquanto aqui na redação acompanhamos dezenas de novidades já nos primeiros meses do ano, como o lançamento do iPad - tablet da Apple -, o novo iPhone, o nascimento e a “quase morte” do celular NexusOne, do Google, a “guerra” dos smartphones com o crescimento massivo do sistema operacional Android, que chega cada vez mais em novos e modernos modelos candidatos a “iPhone Killer”. No campo corporativo, a movimentação está ainda maior, não paramos um instante sequer aqui na Inter IT / CorpBus!ness, com novas edições dos congressos de sucesso que realizamos anualmente (como o Mobile Intelligence e o Crédito & Cobrança, que você confere nesta edição), e com a primeira edição de novos eventos que – com certeza – marcarão o mercado tanto quanto nossos eventos já estabelecidos (sobre eles falaremos mais na próxima edição). Pois é, 2010 está na metade, não paramos um instante sequer desde quando começou e – sem querer cair no lugar comum – ainda temos, de fato, muito por fazer. Ainda discutiremos ao longo do ano temas relevantes como banda larga, TI Verde, Universidades Corporativas, entre outros. Isso sem contar a Futurecom desse ano, que já está logo aí. E vocês, o que andam fazendo de bom? Até a próxima! Um abraço!

Publisher Diogo Pastori diogo.pastori@corpbusiness.com.br Editor Responsável Danilo Pádua danilo.padua@corpbusiness.com.br Jornalista Responsável Arte Wilson Hiramatsu (Designer Gráfico) Colaboradores Ailtom Nascimento, Bia Kunze, Emílio Loures, Marcel Touma, Marcos Kinzkowski, Marcos Morita, Roberto Carlos Mayer, Rosely Jorge. Executivos Comercial Nacional José Perez Departamento Comercial Jane Silva, Jaqueline Ferreira e Sandro Souza, Priscila Rocha (Gerentes de Negócios) Logística Circulação São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Gerais Revista Inter IT Avenida Angélica, 2503 – Conjunto 148 CEP: 01227-200 Higienópolis São Paulo-SP (11) 3661-2785

Danilo Pádua

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Eventos e Congressos Informações sobre os eventos e congressos organizados pela Corpbusiness (11) 3666-5208 (11) 3661-2785 contato@corpbusiness.com.br SITES www.corpbusiness.com.br www.interit.com.br www.mediaweek.com.br

Assine nossas newsletters diárias e confira no seu e-mail as principais notícias do mercado de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Inter It é uma publicação bimestral. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista.


SUMÁRIO 0MERCADO 36 China x Google: quem ganha? 52 Crescendo a passos largos TECNOLOGIA

16 Gartner destaca as principais tendências de TI para os próximos anos

38 Más escolhas custam caro 44 Reciclando solidariedade 48 Contagem regressiva para a Certificação Digital

50 Convergência digital: como fazer o site entrar no celular?

EVENTOS

20 40 Economia em alta, crédito de volta Mobilidade a toda prova

COLUNISTAS

14 A revolução das mídias digitais e TVs por assinatura

CAPA

28

Quer pagar como?

Maior empresa de pagamentos digitais do mundo, PayPal inicia operações no Brasil e abre seu primeiro escritório na América Latina em São Paulo

19 Novos obstáculos ao setor de TI 26 O excesso de informação e a desinformação 27 Como atingir a excelência operacional 33 Solução M2M cresce entre indústrias no Brasil

46 A sua imagem trabalha contra ou a seu favor? 51 A revolução da velha senhora 54 Internet quarentona ainda não se mostrou

44

inteiramente ao Brasil

35

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Carta do Leitor

“Sou profissional de TI e gostei muito da entrevista com o Cesar Castelli (edição nº 9), presidente da TCS. Concordo com ele em partes, pois acredito que uma boa metodologia de processos e serviços garante maior organização na hora de apresentar, desenvolver, implantar e manter um projeto; mas nada substitui o talento e a arte na hora de solucionar os imprevistos que surgem no decorrer do caminho.” Dalmo Carvalho, Blumenau-SC

“O colunista Christian Barbosa está coberto de razão(Artigo: Você é um E-mala?). Não há coisa pior do que um ‘e-mala’ que fica encaminhando correntes, e-mails bonitinhos com frases fofas e lições de moral. Além de lotarem a caixa postal alheia, esses e-malas perdem tempo lendo e retransmitindo essas bobagens quando poderiam estar produzindo algo de útil.” Claudinei Carvalhal, Santo André-SP

“Gostei bastante da matéria sobre o Congresso Universidades Corporativas, organizado por vocês (Matéria: Uma Aula de Evento), que estava presente na edição passada. Esse segmento de e-learning e e-training é muito interessante e gostaria de participar da edição desse ano.” Fábio Rodrigo de Paula, Itajubá-MG

“Olá amigos! Gosto bastante da revista e atuo na área de distribuição de produtos e serviços de informática e conheci a revista através de um amigo, executivo de uma companhia que até foi entrevistado pela Inter IT um tempo atrás. Gostaria de pedir um favor: falem mais de virtualização e cloud computing, são dois assuntos em alta que vocês não podem perder a oportunidade de mostrar para os leitores.” Manuela A. Rodrigues, Rio de Janeiro-RJ

Se você tem alguma sugestão ou comentário, mande um e-mail para contato@corpbusiness.com.br Não esqueça de colocar o nome completo e a sua cidade. 6

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TELECOMEXPRESS.WORDPRESS.COM

Skype sobre 3G chega ao iPhone Em maio, a Skype anunciou o lançamento de uma nova versão de seu software que propicia aos usuários do iPhone a possibilidade de realizar chamadas para seus contatos do Skype usando a rede 3G do iPhone. Anteriormente, só era possível o uso do Skype pelos usuários do aparelho através de conexões Wi-Fi. A novidade, por enquanto, está disponível gratuitamente para os usuários, mas deve passar a ser tarifada a partir do último trimestre de 2010.

TELECOMNEWS

Facebook ganha versão mobile gratuita O Facebook lançou, em maio, uma nova versão da rede social para celular. O aplicativo, divulgado em fevereiro, finalmente foi lançado e se chama Facebook Zero. Os usuários de algumas operadoras poderão acessar gratuitamente, resultado da parceria com mais de 50 operadoras de telefonia celular em 40 países. No Brasil a única operadora a oferecer o serviço é a TIM. Para acessar o aplicativo basta digitar o endereço no browser web 0.facebook.com. Seu conteúdo não conta com imagens permitindo ao usuário apenas atualizar status, ler recados, comentar outros posts e acessar notícias. No entanto, existe a opção para clicar no link de visualização de fotos, mas um alerta será enviado sobre o custo da operação.

Anatel empossa novos conselheiros Em maio, o Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), empossou três novos integrantes. A cerimônia ocorreu na sede da agência e contou com a presença do presidente da agência, Ronaldo Sardenberg. Cláudio Marcelo ficou encarregado de uma vaga das entidades representativas da sociedade, Alfredo Horácio Ferrari Martin representará as empresas de telecomunicações e Édio Azevedo ocupará uma das vagas do Poder Executivo. Marcelo atualmente é presidente da Associação Nacional das Empresas de Soluções de internet e Telecomunicações (RedeTelesul). Já Martin é o vicepresidente da Nextel e Azevedo consultor jurídico do Ministério das Comunicações. O Conselho é constituído por 12 membros designados por decreto do presidente da República e representa o órgão de participação da sociedade nas decisões da Anatel. Cada órgão seja ele Senado, Câmara dos Deputados, Poder Executivo, entidades de classe das prestadoras de serviços de telecomunicações, entidades representativas dos usuários ou entidades representativas da sociedade são constituídos por dois representantes no Conselho.

Visa lança pagamento contactless para iPhone A DeviceFidelity, empresa especializada tecnologias plug-andplay em soluções para pagamento bancário, anunciou o lançamento de sua nova solução para pagamentos móveis o In2PayÔ, para iPhone 3G e 3GS. Com a tecnologia baseada no MicroSD, o aparelho permite a realização de transações bancárias sem necessidade de contato através do sistema Visa payWave. As companhias tentam aliar a tecnologia de pagamentos sem contato da Visa à tecnologia In2Pay para transformar um telefone celular com microSD em um dispositivo de pagamentos móveis sem contato. De acordo com a Visa, a parceria poderá acelerar a adoção de pagamentos móveis sem contato em âmbito global, principalmente em países onde os estabelecimentos comerciais já fizeram o upgrade de seus terminais de pagamento para aceitar transações sem contato. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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INTERITNEWS

Apple: 2 milhões de iPads em 2 meses No final do mês de maio, a Apple divulgou os números das vendas do iPad. A companhia de Steve Jobs afirmou ter rer vendido 2 milhões de unidades do tablet, somente nos Estados Unidos, nos dois primeiros meses de comercialização, iniciada em março. Apenas no primeiro mês de vendas, a Apple afirmou que o tablet alcançou a marca de 1 milhão de unidades vendidas, menos da metade dos 74 dias que o iPhone, por exemplo, levou para atingir a mesma vendagem. Espera-se que com as vendas internacionais do iPad, iniciada dias antes do anúncio dos 2 milhões de unidades vendidas, esse número aumente consideravelmente.

Smartphones consumirão 87% do tráfego de dados De acordo com pesquisa realizada pela ABI Research, nos próximo 4 anos os smartphones e dispositivos de computação conectados representarão mais de 87% do total de tráfego de dados das operadoras de rede dos EUA. O relatório aponta que a interatividade dos dispositivos móveis pode levar ao alto tráfego registrando um crescimento de 48% em 4 anos, que será conduzido por smarthphones como o iPhone, Motorola Droid e o Ommia Samsung. Em 2009 o consumo de dados dos smartphones foi líder em participação e até 2014 os dispositivos de computação conectados serão os lideres sociais. A pesquisa prevê o aumento de 90% na conexão de tráfego destes produtos. 8

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Dia das Mães bate recorde no e-commerce

O Dia das Mães foi aquecido para o comércio eletrônico. De acordo com dados levantados pela e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce, foram realizados cerca de 1,6 milhão de pedidos em lojas virtuais durante o período de 25/04/2010 a 09/05/2010, o que contribuiu para um faturamento de R$ 625 milhões, crescimento de 42% em comparação aos R$ 440 milhões registrados em 2009. Dessa forma, a previsão da empresa para a data sazonal de 40% de crescimento foi superada. O bom desempenho do setor na data foi, inclusive, superior ao varejo tradicional. Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o crescimento foi de 9,43%. Além disso, o Dia das Mães também apresentou-se acima da linha de crescimento do setor, estimada pela e-bit em 30% para esse ano.


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Santanna espera “bom senso” das operadoras Durante evento do setor de informática e inovação, realizado na cidade de São Paulo, o recémnomeado presidente da Telebrás, Rogério Santanna, declarou que espera “bom senso” por parte das operadoras de Telecom na questão da reativação da Telebrás, que irá gerir o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), para que as teles não “judicializem” o processo. Santanna afirmou que as operadoras têm interesse em negociar e, por isso, o processo em relação a gestão do PNBL e a reativação da Telebrás não deve acabar sendo travado por questões judiciais.

Google lança loja de apps no Chrome O Google lançou uma loja online com diversos aplicativos como jogos, revistas, entre outros dentro de seu navegador, o Chrome. O anúncio foi feito durante a conferência anual de programadores da empresa, realizada em São Franscisco, nos EUA, durante o mês de maio. A Chrome Web Store estará acessível através do browser do Google e, segundo o anúncio da empresa, deve estar disponível em breve.

INTERITNEWS

Adobe CS5 chega ao mercado brasileiro A Adobe Brasil lançou a família de produtos CS5 para os clientes brasileiros. Em evento ocorrido na cidade de São Paulo, os presentes puderam conferir a apresentação das mais de 250 novas funcionalidades. A apresentação ficou sob a batuta de Fábio Sambugaro, country manager da Adobe Brasil, com apoio dos consultores da Adobe Brasil, Alexandre Keese, Alexandre Corradini, Leon Kulikowski e Paulo Franqueira que juntos demonstraram os benefícios de produtividade e integração nas áreas de design, vídeo, web e dispositivos móveis. O evento que enfocou interatividade, desempenho e produtividade, contou com a presença da HP e da Wacom, as quais exibiram, respectivamente, Workstations e mesa digitalizadora, que ajudam a aproveitar ao máximo as novas características da CS5. O lançamento contou, ainda, com a participação do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias. A Adobe Brasil apoia, como parceiro institucional, as iniciativas da organização de terceiro setor, que tem a missão de inserir jovens de baixa renda no mercado de trabalho, a partir de um programa de formação sociocultural e técnica na área audiovisual.

EUA aprovam compra da AdMob pelo Google Em maio, os órgãos reguladores de mercado e questões antitruste dos Estados Unidos, após muito adiar, aprovaram a aquisição da AdMob, companhia de publicidade móvel, pelo gigante das buscas Google. Em comunicado, a Comissão Federal de Comércio justificou a demora pela preocupação do órgão quanto a uma possível combinação entre as duas companhia, mas que, no entanto, a entrada da Apple no segmento (através da aquisição da Quattro Wireless e do posterior lançamento do iAd), acabou por abrandar as preocupações. A AdMob foi adquirida pelo Google em novembro do ano passado, em uma transação avaliada em US$ 750 milhões. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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CORPNEWS

Microsoft perde posto de maior empresa de tecnologia para Apple Mais uma disputa envolve as rivais Apple e Microsoft. Em maio, a companhia de Steve Jobs superou em valor de mercado da desenvolvedora do Windows, assumindo o status de maior empresa do mundo em tecnologia. O valor de mercado de uma companhia é o valor que ela tem na bolsa, reflete o quanto o mercado avalia essa companhia, independente do patrimônio real que tenha. No meio do pregão eletrônico Nasdaq de ontem, a Apple chegava aos US$ 227,970 bilhões. Na mesma hora, o valor de mercado da Microsoft rondava os US$ 226,550 bilhões. Os dispositivos móveis como o iPod, o iTouch e o iPhone foram os responsáveis pelo crescimento da fabricante do Macintosh, que há anos concorre com o sistema operacional Windows da Microsoft. Hoje em dia os Mac não chegam a um entre cada dez computadores vendidos no mundo, mas a Apple diversificou seus produtos, apostando sempre no design. A sua loja virtual iTunes, por exemplo, é a maior do mundo para adquirir produtos de música.

PayPal anuncia Gerente Geral para o Brasil Mário Mello foi anunciado como novo Gerente Geral da empresa de pagamentos online PayPal no Brasil. O executivo ficará alocado em São Paulo. Mello tem mais de 20 anos de experiência no segmento de pagamentos e serviços financeiros, com passagens pelo Banco Safra, Banco Real e pela Visa, entre outros. Especula-se que PayPal deva iniciar suas operações no Brasil em agosto. 10

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Para leitores, Adobe está com a razão

Durante o mês de maio, esteve no ar uma movimentada enquete no portal CorpBus!ness, que questionou os leitores sobre a briga e “troca de farpas” entre Apple e Adobe a respeito do veto da companhia de Steve Jobs à tecnologia flash em seus dispositivos móveis, como o iPhone, o iPod Touch e o tablet iPad. “Para você, na briga entre Apple e Adobe sobre o Flash, quem está certo?”, perguntou a enquete que mostrou certo equilibrio no resultado final. Com quase 100 votos contabilizados, a Adobe contou com o “apoio” da maioria dos leitores, em segundo ficou a Apple com a “razão” e em terceiro um alto número de pessoas que consideravam as duas companhias erradas no meio da confusão toda. Confira o final da enquete:

1º) A Adobe está certa – 33% 2º) A Apple está certa – 25% 3º) As duas estão erradas – 22% 4º) Não sei – 16% 5º) As duas estão certas – 2%


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CORPNEWS

BI brasileiro crescerá 14%, prevê IDC O IDC Brasil, especializado em inteligência de mercado, consultoria e eventos para as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, prevê crescimento de 14% do mercado de Business Intelligence no Brasil. A expectativa foi divulgada no último dia 4 de maio no Semiannual Business Intelligence and Analytcs Applications Tracker no Brasil e América Latina. Segundo estudo realizado pela companhia, em 2009 o setor investiu US$ 504 milhões na América Latina com a previsão de crescimento de 12%. “Só o Brasil investiu US$ 251 milhões. Isso mostra que o cenário está bastante positivo e que o investimento em BI vem também de pequenas e médias empresas, o que não acontecia antes. Esperamos um crescimento no país de 14% este ano”, declara Samuel Carvalho, analista de mercado de software da IDC. A pesquisa revelou também que a grande prioridade de investimento foi no segmento de segurança, seguido pelos sistemas de ERP. “Muitas empresas dispõem de informações organizadas, mas têm a necessidade de visualizá-las de uma forma mais dinâmica para acompanhar a evolução de diferentes dados e melhorar o controle sobre vendas, estoque e orçamento. É aí que entra a aplicação nas ferramentas de BI”, completa o analista da IDC. De acordo com o estudo, as empresas que utilizaram soluções de Business Analytics/Intelligence conseguiram reduzir custos, melhorar processos de negócio, aumentar a retenção de clientes e colaboração de dados, reduzir tempo na geração de relatórios, melhorar o gerenciamento de riscos, aumenta as vendas, identificar novas oportunidades de desenvolvimento de produtos, melhorar a governança / compliance e melhorar os níveis de estoque. Para 2010 são esperados investimentos, principalmente, dos segmentos de finanças, manufatura, varejo, distribuição, governo e saúde.

IBM compra empresa da AT&T por US$1,4 bi A IBM anunciou o acordo definitivo de US$ 1,4 bilhões para aquisição da Sterling Commerce, empresa que pertence a AT&T. O acordo vai complementar os serviços da empresa com os recursos business-to-business da Sterling Commerce integrando os principais processos de negócios. Mais de 18 mil clientes usam as ofertas da empresa de serviços de integração de software. A organização ressalta que os cerca de 2.500 funcionários da Sterling Commerce serão integradas dentro da organização após a transação da compra, que está prevista para o segundo semestre de 2010.

Oi emite R$ 1,5 bi em promissórias Em meados de maio, a operadora de Telecom Oi enviou comunicado a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informando que irá emitir notas promissórias no valor total de R$ 1,5 bilhão. A emissão foi aprovada pelo conselho de administração da operadora, e os títulos serão emitidos em uma série única, com 10 notas de R$ 150 milhões cada. A taxa DI acrescida de 1,15% servirá como cálculo de remuneração e o prazo de vencimento será de 90 dias contados a partir da data de emissão. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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CORPNEWS

Top 5 Confira abaixo os cinco softwares mais baixados de cada plataforma durante a última semana de fevereiro no portal Superdownloads (de 20/02/2010 até 27/02/2010): Windows Posição atual

Software

Posição Anterior

Semanas na Lista

Downloads semanal/ total

1

avast! Free Antivirus 5.0

1

289

269.769 14.361.682

2

AVG Antivírus 9.0.686

2

323

223.474 23.039.112

3

Avira AntiVir Personal – Antivirus Gratuito 9.0.0.15

4

152

192.917 3.891.899

4

Windows Live Messenger 2009 (Build 14.0.8089.726)

3

291

186.424 19.523.525

5

WinRAR 3.92

5

343

92.066 9.491.399

Posição Anterior

Semanas na Lista

Downloads semanal/ total

MAC Posição atual

Software

1

Layout de Teclado Brasileiro ABNT 2 para Mac

10

20

1.887 31.133

2

aMSN 0.98.1.1

5

135

1.131 101.356

3

VLC Media Player 1.0.5

2

130

936 80.803

4

Microsoft Messenger for Mac 7.0.2

3

135

866 71.331

5

UnRar 2.2

4

97

845 62.229

Posição Anterior

Semanas na Lista

Downloads semanal/ total

Linux Posição atual

12

Software

1

DetectVideo 0.4 Beta

1

31

2.579 41.688

2

aMSN 0.98.1.1

2

260

738 836.678

3

Mozilla Firefox 3.6

3

127

670 94.172

4

Curso Básico do Ubuntu 8.04

8

29

584 14.143

5

Wine 1.1.39

5

268

429 281.596

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COLUNISTA

A revolução das mídias digitais e TVs por assinatura Por Marcos Morita

F

oi publicado no site da ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações - estatísticas sobre o mercado de TVs por assinatura, e os números são bastante consideráveis. Em janeiro de 2010, mais de 7,5 milhões de domicílios contavam com o serviço. O crescimento observado representa uma evolução de 18,24% em 2009. As regiões Norte e Nordeste foram as que apresentaram maiores taxas de crescimento, respectivamente 33,94% e 24,85%. Trago também outra informação relevante. Pesquisa realizada pela Nielsen indica um crescimento mundial de 82% no tempo gasto pelos internautas em redes sociais - Twitter, Orkut e Facebook. O tempo médio mensal saltou de 2 horas e 10 minutos em 2007 para 5 horas e 35 minutos em 2009. Impressiona também o número de internautas conectados, mais de 307 milhões no mundo todo. A mesma pesquisa aponta um contingente de 31 milhões de brasileiros navegando nas redes sociais, o que nos coloca bem atrás de Estados Unidos e Japão, com 142 e 47 milhões de usuários respectivamente. Considerando o número de horas, estamos bem acima da média mundial com 4 horas e 33 minutos, porém atrás da Austrália com 7 horas, Estados Unidos, Inglaterra, Itália e Espanha. 14

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Os números crescentes da TV por assinatura e das redes sociais confirmam a tendência de queda da TV aberta. Em meu ponto de vista, inexorável. Conforme pesquisa de audiência do IBOPE, a média de aparelhos ligados no horário nobre - aquele das novelas e noticiários - caiu 56% em novembro na Grande São Paulo, um dos maiores recordes negativos. Bons tempos aqueles em que os índices de audiência batiam nas alturas. Irmãos Coragem, Roque Santeiro, Vale Tudo e Senhora do Destino eram vistos

em milhões de lares. O capítulo final era o grande ápice. Como numa final de Copa do Mundo verde e amarela, éramos milhões torcendo contra as vilãs. Odete Roitman e Nazaré, interpretadas com maestria por Beatriz Segall e Renata Sorrah. Vivíamos a cultura do bebedouro, conforme apregoa Chris Andersen, jornalista do portal Wired, destinado aos amantes da tecnologia. O assunto nas segundas-feiras estava sempre relacionado à programação exibida na TV aberta. Nada surpreendente,


COLUNISTA considerando as vastas opções existentes. Cultura, SBT, Globo, Record, Gazeta e Bandeirantes era tudo o que tínhamos. As empresas e gerentes de marketing tinham como trabalho definir o público-alvo, selecionar os canais e programas que melhor se enquadravam no perfil definido e acompanhar os índices de audiência. Com quase toda certeza seu consumidor estaria de olho na telinha no horário marcado. Hoje o trabalho é bem maior. Seu cliente pode continuar o mesmo, mas encontrá-lo está bem mais difícil. Neste novo cenário, definir o plano de investimentos em publicidade tornou-se fundamental. Segundo estudo do jornal Meio & Mensagem, o faturamento publicitário na Internet cresceu mais de

44% em 2008, fechando 2009 em aproximadamente 1 bilhão de reais, conforme estimativa da IAB Brasil Interactive Advertising Bureau. Este valor corresponde a pouco mais de 4% do total investido em publicidade no país. A TV aberta ainda reina absoluta com 60,71%. Não me espantaria se a verba publicitária digital ultrapassasse as revistas, hoje na terceira colocação com 7,64%. Banda larga, smartphones, venda recorde de computadores e notebooks, proliferação de LAN Houses e programas de inclusão digital corroboram a hipótese. Esta mudança nos meios publicitários e na maneira como os consumidores consomem conteúdo, trouxeram oportunidades incríveis aos pequenos e médios empresários. Excluídos do mer-

cado publicitário nos tempos de TV aberta, hoje podem competir pela atenção dos consumidores através de ferramentas como links patrocinados, banners, estratégias de SEO e propagandas em TVs por assinatura. A época da cultura de massa está com seus dias contados. Encontrar pessoas que leram as mesmas revistas ou assistiram aos mesmos programas é tarefa cada vez mais difícil na hora do café. Que se cuidem Jornal Nacional e as novelas arrasa quarteirões das nove. *Marcos Morita é mestre em Administração de Empresas e professor da Universidade Mackenzie. Especialista em estratégias empresariais, é colunista, palestrante e consultor de negócios. Há mais de quinze anos atua como executivo em empresas multinacionais.

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TECNOLOGIA

Gartner destaca as principais tendências de TI para os próximos anos Previsões abrangem ativos de TI, Facebook, transações eletrônicas, TI Verde, mobilidade e marketing pela Internet Da Redação

O

Gartner, instituto especializado em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, destacou as principais previsões que abrangem mudanças no enfoque das organizações e das pessoas sobre TI para os próximos anos. As principais previsões do Gartner para 2010 apontam tendências e eventos que mudarão a natureza dos negócios. As previsões foram selecionadas de diversas áreas de pesquisa do Gartner como as tendências mais urgentes e críticas. Os tópicos abordados na lista deste ano falam sobre a mudança do equilíbrio do poder e do foco em TI. “Ao mesmo tempo em que as organizações fazem planos para percorrer a recuperação econômica e se preparar para o retorno do crescimento, o foco de nossas previsões para 2010 está no impacto das mudanças críticas no equilíbrio do controle e do poder em TI. Com o maior cuidado financeiro e regulatório para todas as decisões de investimentos nesta área, poucas organizações não serão afetadas”, afirma o vice-presidente do Gartner, Brian Gammage. “Para muitas organizações, os desafios econômicos e orçamen16

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tários de 2009 levaram a importantes mudanças na governança geral das decisões de investimentos em TI, acelerando a tendência de uma maior prestação de contas e transparência”, diz o vice-presidente de pesquisas do Gartner, Daryl Plummer. “Com forte ênfase em justificativas para cada negócio, os diretores financeiros (CFOs) assumiram um papel mais ativo. Embora muitas organizações tenham

entrado em 2010 preparando-se para o retorno do crescimento, é improvável que esse cuidado financeiro seja enfatizado tão logo. Para os líderes de TI, uma maior fluência na linguagem dos negócios tornou-se uma exigência”, completa Plummer. O objetivo das previsões do Gartner é alertar os leitores a agirem e se posicionarem para aproveitar as vantagens das mudanças


TECNOLOGIA que se aproximam, e não serem prejudicados por elas. As principais previsões do Gartner para os próximos anos são: Até 2012, 20% das empresas não terão ativos de TI Muitas tendências inter-relacionadas estão impulsionando esse movimento de reduzir os ativos de hardware de TI, tais como virtualização, cloud computing e profissionais usando sistemas de desktops e notebooks em redes corporativas. A necessidade de hardware de computação, seja nos data centers ou nas mesas dos funcionários, não desaparecerá. Porém, se a propriedade do hardware passar para terceiros, então haverá mudanças maiores em cada faceta da indús-

delos de crescimento de receitas não lineares (que não estão diretamente correlacionados ao crescimento baseado no trabalho) e trabalhando com esforços de pesquisa & desenvolvimento (P&D) de interesse, especialmente na área de computação em nuvem. O trabalho coletivo dos fornecedores centralizados na Índia representa um segmento importante dos agregadores em nuvens do mercado, que oferecerão opções de terceirização que viabilizem nuvens (também conhecidos como cloud services). Até 2012, o Facebook vai se tornar o hub para integração de redes sociais e socialização Web Por meio do Facebook Connect e outros mecanismos similares, o

“O foco de nossas previsões para 2010 está no impacto das mudanças críticas no equilíbrio do controle e do poder em TI” (Brian Gammage) tria de hardware de TI. Por exemplo, os orçamentos empresariais de TI vão se contrair ou serão realocados para projetos mais estratégicos; a equipe de TI das empresas será reduzida ou reeducada para atender às novas exigências e/ou a distribuição do hardware terá que mudar radicalmente para atender às exigências dos novos pontos de compra de hardware de TI. Até 2012, as companhias de serviços de TI centralizadas na Índia vão representar 20% dos principais agregadores em nuvens do mercado (por meio de ofertas de serviços em nuvem) O Gartner vê as companhias de serviços de TI centralizadas na Índia alavancando as posições de mercado e os níveis de confiança estabelecidos para explorar mo-

Facebook vai dar suporte e terá um papel fundamental no desenvolvimento da web social distribuída e interoperável. Na medida em que o Facebook continua a crescer e a superar outras redes sociais, essa interoperabilidade vai se tornar crítica para o sucesso e a sobrevivência de outras redes sociais, canais de comunicação e sites de mídia. Outras redes sociais (incluindo o Twitter) vão continuar a evoluir, buscando maior adoção e especialização com áreas de comunicação e conteúdo, mas o Facebook representará um denominador comum a todas elas. Até 2014, a maioria dos cases de negócios de TI vai incluir os custos da correção do carbono Hoje, a vitalização dos servidores e o gerenciamento da energia

dos desktops demonstram economias substanciais nos custos com energia e essas economias podem ajudar a justificar os projetos. A incorporação dos custos do carbono nos negócios fornece mais uma medida das economias e prepara a organização para um maior exame do seu impacto de carbono. As pressões econômicas e políticas para demonstrar responsabilidade pelas emissões de dióxido de carbono vão forçar mais empresas a quantificar os custos do carbono nos negócios. Os fornecedores terão que fornecer estatísticas sobre o ciclo de vida do carbono para seus produtos ou encarar a erosão de sua participação no mercado. A incorporação dos custos do carbono nos negócios vai apenas acelerar levemente os ciclos de substituição. Uma estimativa razoável para o custo do carbono em operações típicas de TI seria um ou dois pontos porcentuais dos custos gerais. Portanto, a prestação de contas sobre o carbono vai, provavelmente, alterar o market share, mas não o tamanho do mercado. Em 2012, 60% das emissões de gases estufa na vida total dos PCs terão ocorrido antes que o usuário ligue a máquina pela primeira vez O progresso no sentido de reduzir a energia necessária para montar um PC tem sido lento. Por todo o seu ciclo de vida, um PC típico consome dez vezes seu próprio peso em combustíveis fósseis, mas cerca de 80% do uso energético total de um PC ocorre durante a produção e o transporte. A maior consciência entre os compradores e aqueles que influenciam a compra, a maior pressão dos rótulos ecológicos (ecolabels), as crescentes pressões de custo e a pressão social alertaram a indústria de TI para o problema das emissões de gases estufa. Agora, os pedidos de oferta (RFPs) buscam critérios relacionados ao ambiente nos produtos e nos fornecedores. A consciência ambiental e a www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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TECNOLOGIA pressão legislativa vão aumentar o reconhecimento das emissões de dióxido de carbono na produção e nas atividades de uso. Os provedores de tecnologias devem prever que lhes será solicitado que forneçam dados sobre as emissões de dióxido de carbono para um número crescente de clientes. O marketing via Internet será regulamentado até 2015, controlando mais de US$250 bilhões em gastos mundialmente Apesar dos esforços internacionais para eliminar “spams”, as “sujeiras” de marketing são abundantes em todos os canais de marketing. A pressão por uma maior prestação de contas significa que a reação de consumidores incomodados vai provavelmente direcionar a legislação para regulamentar o marketing pela internet. As companhias que focam a internet primariamente com objetivos de marketing deverão se ver impossibilitadas de comercializar com os clientes de forma eficaz, colocando-se em desvantagem competitiva quando as novas leis entrarem em vigor. Apesar do alto crescimento, os fornecedores que concentram-se unicamente e vendem predominantemente soluções de marketing via internet vão se defrontar com um mercado em declínio, pois as companhias vão dirigir os fundos de marketing a outros canais para compensar. Até 2014, mais de 3 bilhões de pessoas poderão efetuar transações eletronicamente via tecnologia de celulares ou internet As economias emergentes verão rapidamente o crescimento da adoção de celulares e da internet até 2014. Ao mesmo tempo, os progressos nos pagamentos, comércio e operações bancárias via dispositivos móveis estão facilitando as transações eletrônicas via celular ou Internet no PC. A combinação dessas duas tendências cria uma situação na qual uma maioria significativa da população adulta do mundo vai poder efetuar tran18

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Até 2014, haverá uma taxa de penetração de dispositivos móveis de 90% e 6,5 bilhões de conexões móveis sações eletrônicas até 2014. A pesquisa do Gartner prevê que, até 2014, haverá uma taxa de penetração de dispositivos móveis de 90% e 6,5 bilhões de conexões móveis. A penetração não será uniforme, pois continentes como a Ásia (excluindo-se o Japão) verão uma penetração de 68% e a África, 56%. Embora nem todas as pessoas que tenham um celular ou acesso à internet vão efetuar transações eletrônicas, cada uma delas poderá fazer isso. As transações em dinheiro continuarão a ser dominantes nos mercados emergentes até 2014, mas as bases para as transações eletrônicas estão em andamento para a maioria do mundo adulto. Até 2015, o contexto será tão influente para os serviços móveis de consumo e relacionamento quanto os mecanismos de busca são para a web Enquanto a busca fornece a “chave” para organizar informações e serviços para a web, o contexto será a “chave” para oferecer experiências personalizadas por meio de smartphones ou qualquer interação que um usuário final tenha com a tecnologia da informação. Os sistemas de busca são centrados na criação de conteúdo que chame a atenção e possa ser analisado. O contexto vai se concentrar em padrões de observação, particularmente a localização, presença e interações sociais. Além disso, embora a busca tenha sido baseada em um conjunto de informações da web, os serviços enriquecidos com contexto vão, em muitos casos, pré-propagar ou extrair informações para os usuários.

A posição mais poderosa no modelo de negócios de contexto será a de um provedor de contexto. Provedores de Web, dispositivos, plataformas sociais, serviços de telecomunicação, fornecedores de software e fornecedores de infraestruturas de comunicação vão competir para se tornarem provedores de contextos significativos nos próximos três anos. Qualquer fornecedor da web que não se torne um provedor de contexto arrisca-se a ceder a propriedade efetiva do cliente a outro provedor de contexto, que vai impactar os negócios clássicos e móveis dos fornecedores. Até 2013, os telefones celulares vão ultrapassar os PCs como dispositivo mais comum para acesso à web De acordo com as estimativas do Gartner, o número total de PCs em uso chegará a 1,78 bilhão de unidades em 2013. Até 2013, a base instalada combinada de smartphones e telefones equipados com navegadores vai ultrapassar 1,82 bilhão de unidades e, dali em diante, será maior do que a base instalada de PCs. Tipicamente, os usuários de dispositivos móveis estão preparados para dar menos cliques em um site web do que os usuários que acessam em um PC. Embora um número crescente de sites e aplicações baseadas na web ofereça suporte para dispositivos móveis pequenos, muitos ainda não o fazem. Os sites que não forem otimizados para formatos de tela menores vão se tornar uma barreira de mercado para seus proprietários - muito conteúdo e muitos sites terão que ser reformatados/reconstruídos.


COLUNISTA

Novos obstáculos ao setor de TI Por Roberto Carlos Mayer

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ara, de fato, conseguirmos construir no Brasil um setor de Tecnologia de Informação forte e respeitado, há diversos aspectos que precisam ser trabalhados e debatidos. No entanto, além da falta de um planejamento estratégico, benefícios fiscais e de capacitação de mão-de-obra, novos obstáculos surgem para atrapalhar ainda mais a caminhada das empresas do setor. Apenas para contextualizar, é importante sempre ressaltar que o setor de TI no Brasil é formado basicamente por pequenas empresas. Temos casos de grandes companhias, reconhecidas internacionalmente. No entanto, a grande maioria é formada por pequenos empresários. De acordo com os últimos dados disponíveis, a indústria brasileira de software e serviços de TI reúne mais de 67 mil empresas. Deste total, quase 85% são de pequeno porte. Se não bastasse a elevada carga tributária, recentemente, os avanços de propostas relacionadas à legislação trabalhista têm tirado o sono de muitos destes empresários. Os principais pontos de atenção são a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, com o aumento do valor da hora extra, e o projeto de lei de terceirização. Especificamente na área de desenvolvimento de software e suporte, sabemos que a maioria das empresas opta pela terceirização de serviços. O chamado outsourcing é uma prática comum e constante no setor. No entanto, se

aprovado, o projeto de lei poderá decretar o fim a toda esta cadeia. O principal ponto de atenção com relação ao projeto diz respeito à transferência de responsabilidades trabalhistas. Hoje, ao terceirizar, as empresas tomadoras transferem toda a responsabilidade fiscal para a empresa prestadora do serviço. Se aprovado, porém, o projeto de lei abre a possibilidade de o funcionário, ou consultor de uma empresa prestadora de serviço, questionar na justiça o pagamento de encargos trabalhistas à empresa contratante do serviço. Neste novo cenário, questionase: porque uma empresa irá terceirizar um serviço se, a qualquer momento, pode sofrer um processo de um funcionário da empresa prestadora? A solução será simplesmente desenvolver todas as atividades localmente, evitando ao máximo a terceirização. O projeto também prevê cláusulas que permitem ao tomador do serviço contratar os colaboradores da empresa terceira a qualquer tempo, sem dar nenhuma satisfação, independente de quem tenha realizado a formação e qualificação deste profissional. Se não bastasse, além disso, é preciso ressaltar a forma como foi elaborado o projeto de lei. A proposta foi debatida às portas fechadas, pelo MTE e sindicatos, sem representação do setor empresarial. A ausência de entidades empresariais numa tomada de decisão relevante às relações de emprego no País é, sem dúvida, questionável.

Mudanças nas leis trabalhistas e regulamentação de atividades não contempladas pela legislação atual são extremamente necessárias, principalmente com foco na desoneração da folha de pagamento. O setor de TI brasileiro tem tudo para conquistar um lugar de destaque mundialmente. Porém, mudanças como estas apenas inviabilizam qualquer tipo de investimento e reduzem cada vez mais a nossa competitividade frente a outros países. Se o projeto for aprovado sem ressalvas, mais uma vez, os obstáculos farão com o que o Brasil fique um passo atrás de países como Índia, Rússia e China, onde o outsourcing gera emprego, desenvolvimento e renda. * Roberto Carlos Mayer é presidente da Assespro-SP e diretor da MBI www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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EVENTOS

Mobilidade a toda prova 3ª Edição do Congresso Mobile Intelligence 2.0, realizado pela CorpBus!ness, conta com grandes empresas de diversos setores para discutir e apresentar cases de aplicação dos avanços das tecnologias móveis em favor do crescimento de seus negócios. Por Danilo Pádua / Fotos: André Pera – Divulgação CorpBus!ness

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banda larga móvel de terceira geração, conhecida também como 3G, já conta com mais de xx milhões de usuários em todo o mundo. Somente na América Latina são cerca de 19 milhões de usuários, desse total 11,9 milhões (62,6%) estão somente no Brasil. Muitos países já têm mais aces20

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sos à internet – tanto via dispositivos móveis como em PCs – através destas conexões sem fio do que pela tradicional banda larga fixa. Esse avanço considerável tem sido possível, principalmente, por dois fatores: a popularização dos dispositivos móveis capazes de aproveitar na totalidade as possibilidades oferecidas pelas redes 3G, como

os smartphones, e a própria melhoria das redes de terceira geração que, com a grande demanda de usuários – tanto os insatisfeitos com as redes cabeadas como os que sequer possuem acesso à elas –, se viram “obrigadas” a passar por uma rápida expansão que dificilmente estava prevista pelas operadoras. Some-se ao crescimento expo-


EVENTOS nencial da banda larga 3G os demais serviços de dados que – até então – eram predominantes no mercado de telefonia celular: SMS, MMS, Bluetooth, Wi-Fi, geolocalização, redes EDGE, CDMA, WAP e GSM. Na realidade, muitos desses serviços e conexões ainda predominam em diversas regiões, tanto no Brasil quanto na América Latina. Além deles, podemos colocar nessa conta dos serviços móveis, outro que também não é tão recente: a TV Digital. Veja aí a quantidade de possibilidades e canais para se chegar ao usuário de um telefone celular, artigo que hoje é praticamente um item de primeira necessidade na vida das pessoas, mesmo em países com economias pequenas e/ou frágeis (como grande parte da América Latina) ou emergentes como o Brasil. Essa conta também se aplica aos sofisticados smartphones e outros handsets cada vez mais presentes na vida – pessoal ou profissional – das pessoas. Essa tendência de múltiplos canais e convergência foi notada há um certo tempo pelos fabricantes dos dispositivos, bem antes das próprias responsáveis por estas redes e tecnologias, as operadoras. O que começou e foi testado com recursos multimídia como câmera fotográfica, Bluetooth, vídeos, rádio e o MP3 (que hoje já são praticamente recursos padrão em aparelhos celulares medianos), foi popularizado e descobriu-se uma grande demanda dos usuários não somente pelos tradicionais serviços de comunicação – voz e mensagens de texto –, mas também por conteúdo. No início do ano, a consultoria norte-americana ABI Research - Business Mobility Market Data, divulgou um estudo, dizendo que o faturamento das empresas do segmento “Mobile Content” deve crescer 17% em 2010. Até 2014, a consultoria prevê um crescimento anual de 12% neste segmento. Dentre os serviços móveis oferecidos aos usuários de celulares,

os cinco de maior penetração são:

1. Mensagens (SMS, MMS, E-mail, Mensagens Instantânea); 2. Entretenimento (Música, Ringtone, Imagens, Jogos, TV e Vídeo); 3. Acesso à internet e banda larga; 4. Redes Sociais; 5. Marketing (propaganda via SMS) e Adverstising.

No Brasil, finalizamos o ano passado com mais de 170 milhões de aparelhos celulares e um crescimento médio na casa dos 20 milhões de novos aparelhos entrando em circulação a cada ano. Em 2009, o mercado de celulares teve um crescimento bastante significativo em toda a região da América Latina, principalmente após a chegada maciça de novos modelos mais avançados, completos e “inteligentes”. Um bom exemplo disso é o iPhone que, embora tenha sido lançado em 2007, chegou à “parte de baixo” da América em 2008, ainda com preços proibitivos e, com o passar do tempo, ficou mais acessível à realidade econômica da região onde também se transformou em uma verdadeira coqueluche, como já fora na maior parte do planeta. A evolução para o modelo 3G do aparelho, lançado no decorrer de 2008 e que aqui aportou mais efetivamente em 2009, também colaborou para a popularização dos celulares inteligentes em toda a região. Até então, somente os smartphones BlackBerry – da fabricante canadense Research In Motion – tinham números considerados representativos no País, ainda assim fechados em um único nicho: o corporativo. A finlandesa Nokia, líder mundial em celulares e smartphones, com seus modelos para todos os gostos e bolsos também merece ser lembrada como parte desse “boom”, embora – em meu ponto de vista – o aparelho da Apple seja a principal causa da “febre dos smartphones. Até agora falamos somente dos aparelhos e das tecnologias, mas e as operadoras das redes de dados

das quais esses poderosos e cada vez menores dispositivos farão uso, onde ficam? As teles já se encontraram dentro dessa realidade e vem cada vez mais oferecendo conteúdos e aplicações capazes de fazer uso da transmissão móvel de dados, como uma navegação na internet mais parecida com a tradicional nos computadores, email, games, vídeochamadas, GPS, redes sociais, mobile marketing, entre outros; voltados tanto para o segmento profissional/corporativo quanto para o usuário final. As redes sociais, aliás, são outro capítulo à parte no crescimento dos serviços de dados móveis em todo o mundo. Serviços de mensagens têm sido cada vez mais uma forma fundamental de interação entre os usuários de blogs pessoais e redes como Facebook, MySpace e Twitter, entre outros. Essa abordagem foi muito bem sucedida nos EUA, onde as operadoras têm comercializado serviços de mensagens (SMS e MMS) como um canal em suas ofertas para as redes sociais. Como resultado, o tráfego de mensagens por usuário nos EUA é duas vezes superior à média global. Já a receita com banda larga móvel será maior na América do Norte entre 2010 e 2014, mas o mercado crescerá, principalmente na Europa Oriental e no Oriente Médio, alcançando 27% e 26% do segmento em 2014, respectivamente. O setor de download de aplicativos deve crescer principalmente na Ásia. Até 2014, a maior parte da renda média por usuário virá da Europa Ocidental e da Ásia. O cenário é absolutamente propício, algumas empresas já veem essas oportunidades em torno dos serviços móveis como uma fonte de potencial crescimento para seus negócios. Desde 2008, a CorpBus!ness realiza o congresso Mobile Intelligence 2.0 que, nessa sua 3ª edição, em 2010, colocou em pauta temas como as oportunidades de negócios em cima das cowww.corpbusiness.com.br | Inter IT

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EVENTOS municações e serviços móveis, as dificuldades e problemas de segurança ainda enfrentados nas redes e dispositivos móveis, a publicidade móvel, o cenário e as tendências para as aplicações móveis, o mercado de SVAs, cases de sucesso de empresas que já apostaram e ganharam bastante apostando no mobile. A edição de 2010 do Mobile Intelligence 2.0, realizada no último mês de março, contou com o patrocínio de empresas como o UOL PagSeguro, o portal e provedor de internet iG, a desenvolvedora de sistemas e aplicações móveis Business Mobile e a Blue Bits, empresa de mobile marketing. O congresso também contou com o apoio do site MobilePedia, da Acate, Abeprest e da IAB Brasil. O congresso contou com a presença de 100 participantes, e reuniu apresentações, cases e palestras com executivos de alto nível de empresas como iG, Alcatel-Lucent, Nielsen, Sabesp, Ericsson, PagSeguro, Cyrela, Media Contacts, F.Biz, Mobext e Oi. Após um café de boas-vindas a palestrantes e congressistas, o evento teve início com a introdução do Presidente de Mesa Ricardo Ferro, Gerente de Mobile do iG, que foi o responsável pela mediação dos debates realizados entre os painéis apresentados na parte da manhã. A primeira apresentação foi de Thiago Moreira, Gerente Geral de Produtos para América Latina da Nielsen Telecom Practice Group, que falou do mercado de Telecom móvel, e iniciou seu painel falando de aspectos da realidade econômica no Brasil, principalmente em relação à crise financeira global, onde uma pesquisa apontou que 64% dos consumidores brasileiros não acreditavam que o país estava e recessão, além de indicar que 43% dos brasileiros planejavam investir em novas tecnologias assim que superado definitivamente o período da crise. Outro número in22

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teressante indicado pelo executivo foi uma pesquisa apontando que 71% dos brasileiros desejam cortar seus gastos com telefonia. Em seguida, Moreira falou do mercado de Telecom brasileiro e global, citando os mais de 173 milhões de celulares que existiam no País ao final de 2009 e o potencial de crescimento dos serviços móveis em regiões onde ainda não é tão concentrado, como o nordeste brasileiro. Thiago mostrou uma pesquisa da Nielsen apontando a intenção dos usuários brasileiros de trocar de celular nos próximos meses, com média entre 35% e 45% de pessoas que desejavam ou já iriam comprar um novo aparelho em 2010. Entre os que desejavam ou iriam trocar de operadora em 2010, uma média perto dos 15% em ambos, com destaque para a cidade de Porto Alegre, com 21% de usuários que desejavam mudar de operadora e 18% que já haviam decidido realizar a troca. Outro aspecto que mereceu destaque na apresentação foi onde o mesmo estudo apontou as razões para escolha da operadora móvel, a principal – como era de se esperar – era o preço (44%), e a segunda, qualidade da rede (22%); à frente até das promoções (11%). Thiago finalizou sua apresentação falando do mercado de smartphones no Brasil, as principais features (câmera, geolocalização, MP3, TV, rádio, entre outros) desejadas nos aparelhos que os brasileiros planejavam adquirir, e uma comparação com os objetos de desejo dos mexicanos, segundo maior mercado de smartphones da América Latina, atrás ainda, mas já ganhando terreno e se aproximando do Brasil, com 24,4% contra 30,9% dos aparelhos da região. A segunda apresentação do dia foi de Paulo Perez, da área de Soluções de Segurança da AlcatelLucent, que falou sobre as dificuldades e problemas de segurança ainda enfrentados nas redes e dispositivos móveis. Paulo mostrou o

atual cenário dos dispositivos móveis em relação à segurança, com o crescimento do número de acessos 3G sobre as demais tecnologias de banda larga e a expectativa em torno do crescimento das tentativas e ciber-ataques aos dispositivos móveis, em função do grande volume de dados trafegados via smartphones, celulares e outros dispositivos móveis. Em seguida, Paulo Perez apontou quais eram as principais ameaças potenciais aos dispositivos móveis e o crescente número de novas ameaças que foram descobertas nos meses anteriores. Ameaças como vírus, worms, spywares, cavalos de troia, ataques diretos remotos ou com acesso direto aos dados do aparelho, interceptação de informações trafegadas e o roubo de dados de autenticação por hackers. Na sequência, Perez demonstrou exemplos de como essas ameaças já estão presentes em dispositivos populares como o iPhone e os smartphones Android, e finalizou o painel sobre segurança indicando os principais passos que devem ser seguidos pelos usuários para protegerem seus dados – tanto trafegados quanto os guardados em seus handsets – como não manter senhas armazenadas nos próprios dispositivos, não confiar somente nas proteções oferecidas pelas redes e sites e, principalmente, a criptografia das informações armazenadas e trafegadas, deixando-as acessíveis somente através de senha e recomendou o uso, também, de algumas das aplicações de antivírus disponíveis também nos dispositivos móveis. Em seguida foi a vez de Tiago Pereira, executivo da Ericsson, que falou sobre os cenários, atual e futuro, da banda larga móvel, suas tendências, novos mercados e aplicações. Tiago indicou que – com o crescimento da tecnologia 3G, a popularização de dispositivos mais sofisticados e aplicações de comunicação, como Skype e as redes sociais – uma boa porcentagem dos


EVENTOS

serviços de comunicação no Brasil, em 2014, serão feitos através de dispositivos móveis. O executivo falou sobre a perspectiva da migração da popularidade de serviços de comunicação como SMS e MMS para aplicações de comunicação que façam uso da internet móvel. A influência da web 2.0 na relação entre empresas e consumidores também foi apontada como fator de mudança desse panorama. Pereira finalizou o painel indicando qual vem sendo a atuação das operadoras dentro dessa nova perspectiva de realidade de mercado, onde elas estão tentando se transformar na “Nova Internet”, oferecendo aos consumidores escolhas ilimitadas de plataformas e dispositivos com conteúdo agnóstico (o mesmo conteúdo capaz de ser visto/utilizado em diferentes dispositivos e plataformas), aplicações e serviços. Após uma pausa para o café e network profissional, o Mobile Intelligence 2.0 continuou com a apresentação de dois cases de Sabesp e Cyrela, empresas que apostaram e melhoraram consideravelmente a eficiência de algumas áreas de seus negócios com o uso inteligente de aplicações móveis. O primeiro a se apresentar foi Wagner Manzatto, Coordenador do Projeto Siges (Sistema de Ges-

tão de Serviços de Campo) da Sabesp, contando como foi que a empresa aplicou a mobilidade em suas atividades de operação de campo; automatizando, padronizando e tornando mais ágeis os processos com a integração de seus sistemas aos PDAs dos técnicos atuando em campo. Em seguida foi a vez da executiva Sandra Regina, da incorporadora Cyrela, que apresentou como foi a implantação do Sistema de Automação da Assistência Técnica na empresa através do uso de dispositivos móveis. Anteriormente, na Cyrela, quando havia alguma reclamação de um cliente quanto a problemas em seu imóvel, todo o processo de agendamento e realização de vistorias, além indicação dos problemas encontrados aos responsáveis por sua resolução era feito manualmente, anotado em uma ficha de vistoria em um processo que poderia levar algumas semanas para ser somente registrado no sistema da empresa para que fossem tomadas as devidas atitudes. “O controle do andamento do chamado bem como a baixa da vistoria eram feitos apenas uma vez por semana, o que dificultava o acompanhamento da ocorrência junto ao cliente”. “A morosidade dos processos de vistoria impac-

tava os negócios da empresa, que não sabia seu estágio de produção, administração de problemas etc.”, afirmou Sandra. Após indicar os gaps existentes no padrão que existia dentro da empresa, Sandra mostrou como ficou a situação após a implantação da automatização desse processo, onde os chamados técnicos recebidos pelo call center da empresa são agendados já no momento da ligação, após consulta da agenda do encarregado pelo empreendimento que – em seguida – consulta sua agenda de vistorias em um Pocket PC com cobertura 2G ou 3G, realiza a vistoria junto ao cliente e atualiza e dá baixa na ficha de vistoria com os problemas efetivamente encontrados; ficha essa que, com os problemas devidamente registrados, o próprio encarregado já indica as medidas corretivas a serem adotadas que são passadas – imediatamente – via sistema do Pocket para os responsáveis pela solução, e à medida que são resolvidas já é feita sua respectiva baixa em sistema até o término da ação e o encerramento da ordem de serviço que foi gerada pelo encarregado na vistoria. Sandra indicou o ganho expressivo de produtividade, qualidade da informação e satisfação dos clientes obtido através da adoção desse sistema legado na Cyrela. E finalizou apresentando o funcionamento do sistema e contando que esse atual sistema permite que sejam realizadas reuniões semanais com o intuito de melhorar os indicadores de Utilização (horas trabalhadas/disponibilidade), Eficiência (Horas estimadas x trabalhadas), Produtividade (horas estimadas/ trabalhadas) através das informações do Sistema de Automação. A última apresentação da manhã foi comandada por Fernando Carril, Gerente do UOL Celular – UOL PagSeguro, que apresentou um pouco da estratégia adotada pelo portal, desde 2000, para mobile, que até 2006 foi basicamente www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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EVENTOS a mesma e passou por uma grande melhora em 2007, com maior foco e segmentação, adaptação da visualização do portal conforme a tela/modelo do celular ou smartphone onde ele estiver sendo visualizado. Com o portal UOL para celulares “relançado” no mercado, a visão de negócio no segmento foi ampliada, “levar o UOL para além do computador” era o intuito do portal, que foi o primeiro do País a atuar com publicidade e links patrocinados nos celulares. Carril indicou como foi o processo de adaptação do site, da internet tradicional para os celulares, e os cuidados que as empresas precisam tomar na escolha da tecnologia utilizada ao adotar esse caminho. Fernando mostrou as vantagens de ter o portal também nos celulares, citando o caso do apagão energético de 2009, quando a audiência do portal mobile do UOL cresceu 14 vezes durante o período em que o País ficou às escuras. Carril seguiu sua apresentação mostrando as soluções adotadas pelo UOL para a publicidade na conversão do portal para os dispositivos móveis, com banners em diferentes formatos – também levando em conta a tela do celular onde está sendo visualizado, a adoção do marketing de campanhas através do envio de SMS para os usuários do site e o sistema clique e ligue (click-to-call), onde o cliente pode comprar o produto/serviço anunciado com apenas uma chamada telefônica, realizada diretamente através de um botão no anúncio. O click-to-call é utilizado principalmente pelos anunciantes do segmento de varejo e serviços. Os últimos pontos destacados na apresentação de Fernando Carril foram as versões especiais do site criadas para iPhone e BlackBerry, os sistemas Omniture, da Adobe, e Doubleclick, do Google, adotados pelo UOL como métricas para a publicidade online nos celulares, os hotsites mobile criados especialmente para grandes eventos, 24

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como a Copa e as Olimpíadas e indicou aqueles que o portal acredita serem os grandes desafios e oportunidades para expansão no segmento em 2010: os tablets, principalmente o iPad, da Apple. Após a volta do almoço foi a vez de Marcelo Castelo, sócio diretor da agência de marketing digital F.Biz e fundador do portal MobilePedia comandar os debates e apresentações do segmento da tarde. O primeiro painel “Os Desafios das Agências Digitais Sobre o Mobile Marketing”, trouxe três cases de sucesso em Mobile Marketing: Oi, TIM e Citröen. O primeiro case foi da operadora Oi, apresentado por Sérgio Messiano, Gerente de Interatividades. Messiano trouxe a pauta o modo como uma empresa do porte da Oi deve focar no Mobile Marketing para obter sucesso. Tópicos como: “O cenário Internacional justifica foco em Mobile Marketing?”, “O cenário nacional é favorável?”, “Definição do “ecosistema” que viabiliza o desenvolvimento sustentável”, “O posicionamento da Oi em 2010” e “Como 2010 pode ser decisivo para o sucesso de 2011” nortearam a agenda da apresentação. Sérgio mostrou diversos exemplos de como grandes empresas globais estão focando suas estratégias no Mo-

bile, principalmente na questão da publicidade, como o Google e a Apple, que – em 2009 – adquiriram companhias do segmento: AdMob e Quattro Wireless, respectivamente. Citou também, como exemplos, ações como aplicativos com publicidade embutida e campanhas que misturam o celular a outras mídias, como a realidade aumentada ou QR Codes em mídias impressas complementando ações a serem visualizadas nos celulares. Falando do cenário nacional, Sérgio explicou que o negócio é relativamente novo no País, está em expansão e encontra as dificuldades normais para todo processo que ainda não está totalmente estabelecido. Questões como a falta de padronização, sem definições concretas, o Mobile Marketing acaba sendo visto como algo totalmente customizável, principalmente por parte das operadoras. Outros pontos de dificuldade citados estão relacionados às dificuldades com regulamentação, com órgãos como a Anatel e o Ministério Público querendo controlar esse mercado com legislação específica. As métricas, ainda em estágio de definição também foram abordadas. Após questionar os presentes sobre quais seriam as pessoas/ empresas que – de fato – estariam lucrando com o Mobile Marketing


EVENTOS no Brasil, Sérgio falou sobre o posicionamento da Oi em relação ao tema e suas perspectivas de crescimento do segmento dentro do negócio da operadora nos próximos anos. Messiano indicou que o Mobile Marketing tem enorme potencial de crescimento no Brasil, com a base de celulares aumentando mês a mês, o cenário econômico interno favorável, o apoio que grandes anunciantes do País já têm dado ao Mobile, e o, já bom, número de usuários de internet móvel e MMS; além do crescimento dos smartphones e do iPhone no País. Para Sérgio, os players do setor, mesmo diante desse cenário favorável, ainda não se localizaram corretamente dentro do negócio, o que é normal dentro de um cenário em definição, mas que talvez venha impedindo que o mercado deslanche de vez, e colocou como pontos fundamentais para que essa situação mude a necessidade do trabalho conjunto, para que cada empresa saiba exatamente qual seu papel dentro da cadeia de valor, facilitando a tarefa de trazer seus clientes cada vez mais às mãos do seu público alvo. Em seguida foi a vez de Fernanda Magalhães, da agência Mobext, apresentar o case da campanha de dia dos pais da operadora TIM, cliente da agência, desenvolvido em parceria com a McCannErickson e que teve grande repercussão internacional, conquistando, inclusive, premiações no exterior. Fernanda mostrou os “bastidores” da criação da campanha, apresentou as questões que foram discutidas no processo, como os padrões tecnológicos a adotar, range de público a ser atingido (somente clientes da operadora ou não), mecânicas de aplicação da campanha, terceirização ou não da criação e produção da campanha, entre outras. Na sequência apresentou um pouco da estratégia que foi adotada, a convergência de mídias (internet, TV etc.) adotadas na divulgação da ação e o re-

sultado final que foi obtido com a campanha já pronta, onde os filhos indicavam no hotsite da campanha o número do telefone de seus pais que recebiam um SMS com a mensagem sobre o “presente” que eles receberam através da operadora, que podia ser um vídeo, uma imagem ou um ringtone – que foi a preferência de escolha da grande maioria, com 65% dos downloads realizados. Em 28 dias de ação, foram enviados quase 10 mil “presentes” aos pais. O último case do painel foi da Citröen, sobre a ação de lançamento do modelo C4 Hatch, apresentado por André Felix, diretor da Media Contacts, agência especializada em mídias digitais, que iniciou a apresentação falando sobre os números do setor de Mobile Marketing, citou que o Mobile é a “terceira tela”, após a TV e a internet, e apresentou os resultados da campanha, com o retorno obtido pela ação em números. Após os três cases, teve início a última apresentação do evento, comandada por Melissa Beltrão, responsável por soluções móveis no Yahoo! Brasil. Melissa iniciou comentando muitos números do mercado que já tinham sido discutidos durante todo o dia, confirmando a força real da tendência de crescimento ainda maior do mobile no Brasil, como o número expressivo de celulares com capacidade de acesso à internet e que ainda são pouco ou não são utilizados para essa finalidade; a disparidade existente entre a participação da voz e a de serviços de valor agregado (VAS) na receita das operadoras. Mostrou os números da penetração da banda larga móvel no País, a crescente presença dos smartphones e celulares 3G no Brasil e contou que hoje o celular já é considerado o segundo item mais importante no dia a dia dos brasileiros, perdendo apenas para a televisão e à frente de PC e rádio. Após “situar” os presentes sobre o cenário brasileiro de mobile, Me-

lissa apresentou as três pontas do ciclo de mercado, que conta com o acesso (planos de dados, 3G), o crescimento dos smartphones e a produção, personalização e localização do conteúdo, que é justamente onde entra o Yahoo!. De acordo com ela, a versão móvel do portal/buscador teve crescimento superior a 200% entre 2008 e 2009, muito disso impulsionado pelos smartphones (destaque para o iPhone), responsáveis por mais da metade do volume de tráfego do site. Em seguida ela detalhou um pouco da estratégia adotada, com a segmentação de serviços (e-mail, buscas, notícias por tema de interesse), formatação específica para o sistema de buscas através do portal mobile, de acordo com grupos de temas mais buscados apresentados dentro dos termos utilizados na busca, estratégias de distribuição – onde o portal é a ferramenta de buscas exclusiva das duas principais operadoras do País – e o uso de ferramentas para o Mobile Advertising como o click2call, click2mail e o click2AppStore. A parte final da apresentação de Melissa foi dedicada ao resumo de alguns cases de ações de Mobile Marketing realizadas pelo Yahoo! com seus anunciantes, como uma campanha regional da América do Sul, realizada em quatro países, para o lançamento do filme Anjos & Demônios, da Sony Pictures; e o lançamento do aplicativo para iPhone do Seguro Auto do Banco do Brasil, onde um hotsite do serviço disponível para outros modelos de celular emulava a aparência e algumas funções do App para o celular da Apple. O encerramento do evento foi marcado pelos comentários e observações dos congressistas presentes, muito satisfeitos e elogiando o conteúdo apresentado e discutido durante todo o dia de palestras, além do network e troca de contatos, tão tradicional em eventos com esse nível de profissionais. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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COLUNISTA

O excesso de informação e a desinformação Por Marcel Touma

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m um mundo globalizado, altamente tecnológico e pósmoderno, a informação para a tomada de decisão é um dos mais valiosos bens que se pode ter. E não é à toa. É ela que subsidia e orienta o processo decisório, dissipa incertezas, contribui para atuações mais criativas, aumenta a produtividade, reduz custos e riscos, aponta oportunidades, capacita a empresa a trabalhar com altos níveis de qualidade. E é aí que mora o problema. Com a evolução tecnológica, o volume crescente de dados que chegam por sistemas de informação como ERPs e CRMs, por email, redes sociais, feeds, mídias convencionais, newsletter etc. é incrivelmente grande e a esmagadora maioria dos profissionais e executivos não consegue ler tudo e filtrar o que é importante para o seu negócio. Tanta informação disponível torna-se desinformação. Em meio a tantos dados, perdemos tempo e ainda corremos o risco de não encontrar o que precisamos. Sabemos que o excesso de informação se torna ruído, o que requer uma estratégia de filtragem e distribuição eficiente. Em outras palavras, é preciso transformar estes dados em informações de negócios. Por outro lado, a demanda e as necessidades do mercado precisam ser atendidas cada vez mais 26

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rapidamente. Qualquer que seja o projeto ou o segmento em que se atua, dois fatores são primordiais: tempo e qualidade. Sabe-se que o direcionamento das mais variadas ações dentro da organização, e mesmo a criatividade delas, está diretamente relacionada à qualidade da informação. E tão importante quanto a adequação desses dados aos negócios é a agilidade que chegam aos tomadores de decisão. Sim, a agilidade é um dos preceitos destes tempos e exige de fornecedores, parceiros e mesmo do staff da empresa, rapidez na descoberta e aproveitamento das informações adequadas. Mas como manter o fluxo de informação e filtros capazes de entregar somente o que de fato interessa com tantos dados que chegam à empresa? A resposta está na própria tecnologia. A instalação de filtros, dentro dos parâmetros adequados, diretamente no servidor, elimina um volume enorme de dados que circulam e que nada mais são do que lixo, do ponto de vista da utilidade para a companhia. É imprescindível obter as informações importantes, adequadas, na medida em que elas ficam disponíveis. Utilizar novas tecnologias para agilizar o processamento de dados é vital e garante que as informações venham até nós, agilizando os processos internos. A atual conjuntura globalizada

exige que as empresas desenvolvam projetos ou produtos criativos, adequados às necessidades dos clientes, com alto valor agregado, diferenciais competitivos e de forma muito ágil. E a informação de valor está intrinsecamente ligada a estes resultados. De fato, estamos falando em inteligência de negócio e quem tem mais informações, consegue fazer mais rápido e acerta mais. Marcel Touma, é diretor de criação da Form4.biz, especializada em soluções diferenciadas de design digital.


COLUNISTA

Como atingir a excelência operacional Por Ailtom Nascimento

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xcelência se alcança por meio de um longo e contínuo processo que requer, sobretudo, comprometimento. Mais do que uma aspiração, excelência é o ponto para o qual nossos passos se dirigem. Só assim seremos sempre líderes e nunca seguidores”. Essa afirmação do visionário Ratan Tata, Chairman do Grupo que leva seu sobrenome, reforça a ideia de que para aportar com êxito no destino é fundamental traçar muito bem as rotas a serem seguidas. Para implementar técnicas gerenciais que tornam as operações mais eficientes, é necessário avaliar, em primeiro lugar, qual o posicionamento atual da empresa - e, de preferência, encomendar essa avaliação de fora da corporação para que o rigor e a imparcialidade sejam preservados. Após obter um retrato fiel dos processos em andamento e mapear o modo como os vários stakeholders se relacionam, provavelmente será necessário aprimorar a estratégia da companhia de modo a direcioná-la ao preenchimento das lacunas constatadas. Saber se a organização que você dirige é um Jaguar ou um Jipe é essencial para escolher o caminho que lhe proporcionará mais vantagens competitivas. Importar processos da matriz ou seguir exemplos supostamente bensucedidos no mercado nem sempre

atendem à demanda da sua empresa e podem, ao contrário, gerar ainda mais entraves. Costumo dizer que metade da batalha está ganha se for escolhido um modelo de processo que consiga se moldar perfeitamente às peculiaridades do cliente. E de acordo com a abrangência das melhorias que se pretende promover na empresa, investir nos canais de comunicação

interna pode ser vital, uma vez que os profissionais precisam estar envolvidos no processo e não apenas submetidos a ele. Justamente porque a eficiência operacional não é o objetivo estratégico da empresa e sim o meio pelo qual este será alcançado, ela requer monitoramento constante. Acompanhar os processos de perto é a forma mais eficiente de mitigar riscos e garantir agilidade na resolução dos problemas. Com periodicidade pré-definida é importante checar se as prioridades

estabelecidas ainda são válidas ou se é necessário reavaliar as metas, para melhor adequá-las às mudanças de cenário. Ao analisar os resultados obtidos com a implementação desse tipo de projeto muitas empresas recorrem exclusivamente à equação “investimento x ROI” e nem sempre ela é a mais precisa. No momento imediatamente posterior à implantação de um projeto de eficiência operacional, é essencial considerar os soft benefits, benefícios que não podem ser traduzidos diretamente em aumento do faturamento, mas que por automatizarem processos ou aumentarem a satisfação dos clientes podem gerar resultados de negócio no médio prazo. Manter positiva a balança comercial corporativa (alta produtividade com baixo custo) é uma jornada sem fim. Muitas empresas não dão o primeiro passo, pois não conseguem enxergar o final da estrada, mas se a jornada rumo à melhoria de processos é planejada com critério, o custo inicial e o investimento na capacitação dos profissionais serão seguramente recompensados. A persistência é o caminho para se atingir tudo aquilo que vale a pena. Como os indianos costumam dizer: “é preciso trabalhar para reduzir o trabalho”. * Ailtom Nascimento é vice-presidente comercial da Tata Consultancy Services do Brasil. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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ENTREVISTA

Quer pagar como? Por Danilo Pádua (colaborou Bruna Souza Cruz) / Fotos: Divulgação

Maior empresa de pagamentos digitais do mundo, PayPal inicia operações no Brasil e abre seu primeiro escritório na América Latina em São Paulo. Mário Mello, entrevistado dessa edição, foi escolhido para comandar a adaptação da companhia à realidade do mercado nacional.

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ENTREVISTA

I

magine a seguinte situação: você está navegando tranquilamente pela internet e, de repente, visualiza um banner ou recebe um e-mail que lhe chama a atenção, o conteúdo? Uma câmera fotográfica digital profissional com todos os recursos que um fã de fotografia poderia querer, alta resolução, diversos itens configuráveis, kit de lentes completo e diversificado, filtros etc. Você se interessa, mas quando vai conferir o preço do “brinquedo”... um absurdo para a realidade do seu bolso. Você desanima, mas como bom brasileiro que é, parafraseando o bordão daquela conhe-

mundo, escrito PayPal. Fundada em 1998, e adquirida em 2002 pelo eBay, um dos maiores portais de leilões online do mundo, a PayPal hoje é a principal empresa de pagamentos digitais do mundo, através de uma conta cadastrada no serviço, o usuário pode realizar uma série de transações financeiras, desde compras em portais credenciados pela empresa a transações com outros usuários diretamente sem que isso envolva a troca de informações bancárias, números de cartão de crédito e coisas do gênero, tudo através do e-mail que o usuário tiver cadastrado no serviço.

Na América Latina, o primeiro escritório a ser estabelecido é o brasileiro e, em seguida, a colocação do escritório no México. cida campanha publicitária, não desiste nunca e decide vasculhar os locais mais longínquos e obscuros da grande rede mundial e encontrar teu objeto de desejo a um preço acessível. Depois de alguma pesquisa, você finalmente encontra a mesma câmera, por um terço do valor cobrado no primeiro site, um achado! O problema é que a máquina está a venda em um portal minúsculo e desconhecido de Portugal e você se pergunta: e agora, o que fazer? Confio ou não? Faço a compra? E se for um golpe? E se os dados do meu cartão de crédito caírem nas mãos de algum criminoso? Como a oferta é muito boa e você decide arriscar a compra, você não conhece muito bem o site, mas – pelo menos – a tensão quanto aos seus dados bancários é dissolvida ao encontrar as formas de pagamento disponíveis e ver um pequeno botão, ao lado das bandeiras mais usadas de cartão de crédito no

A empresa faturou, em 2009, US$ 2,8 bilhões, e hoje está presente em mais de 190 países, com mais de 200 milhões de usuários, uma parte deles – aproximadamente 2 milhões – no Brasil, “a Paypal, ela já está em português, ela já funciona a gente fala pra transações internacionais”, afirma Mário Mello – presidente da operação brasileira da empresa, que deve se iniciar nesse mês de agosto – ao ser questionado sobre a “entrada da companhia no Brasil”. De fato a PayPal já opera no País há dois anos, mas somente os usuários com cartão de crédito internacional conseguem utilizá-lo, mesmo que a transação seja feita somente entre usuários locais - já que ainda não existe presença, de fato, da empresa no mercado brasileiro. “é um dado que infelizmente ainda não posso compartilhar, porque é um dado de concorrência. É o nosso lançamento pro mercado doméstico, ou seja, brasileiros comprando de brasileiros”, se

esquiva o experiente Mello. Com cerca de 20 anos de experiência no mercado financeiro, e passagens por Bank Boston, Banco Real, Visa e Banco Safra, Mário Mello foi o homem escolhido para conduzir a entrada definitiva da PayPal no mercado brasileiro e conduzi-la ao mesmo sucesso que tem em todo o mundo, onde é responsável por cerca de 15% das transações de pagamento online do planeta. O grande desafio de Mello, no momento, é fazer expandir esse potencial de mercado que a companhia possui no Brasil, pois cerca de 5% apenas das transações na internet são feitas por meios eletrônicos, ficando concentradas em boletos e cartões de crédito. Em meio a suas muitas viagens de uma “quase ponte-aérea” São Paulo-EUA, desde que foi escolhido como presidente da operação brasileira que a PayPal inicia este ano, Mário Mello conversou com a Revista Inter IT

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ENTREVISTA Revista Inter IT: Como está o andamento da chegada da PayPal no Brasil, conforme divulgado anteriormente, será mesmo em agosto, já é oficial? Mário Mello: Então, para começar,

na verdade a Paypal já funciona no Brasil, nosso site já está em português e hoje nós temos 2 milhões de clientes no país, que fazem compras no exterior ou que recebem pedidos de clientes nossos - que são mais de 200 milhões de clientes no mundo - de comércio e vendedores no brasil. A Paypal, ela já está em português, ela já funciona a gente fala pra transações internacionais. O que ainda é um dado que infelizmente ainda não posso compartilhar, porque é um dado de concorrência é o nosso lançamento pro mercado doméstico, ou seja, brasileiros comprando de brasileiros. Compradores e Vendedores transacionando no Brasil. E a gente está com todo o ferramental, o que significa isso? Significa hoje o brasileiro já consegue vender ou comprar com a máquida com a solução da Paypal em português, na Paypal do Brasil, lá fora. Agora jogar isso, essa força essa segurança que a marca Paypal traz no comércio eletrônico, essa simplicidade de pagamento pro mercado brasileiro requer algumas adaptações sistêmicas. Uma que muita gente já ta falando em mercado que é nossa adaptação sistêmica para o parcelado lojista, parcelamento de compra. Isso está em teste e a gente pretende lançar, mas a data especificamente, a gente acredita que é um segredo de concorrência, e eu não quero despertar meus concorrentes pra data, infelizmente não tem uma data que eu possa compartilhar sobre nosso lançamento no Brasil.

Revista Inter IT: Já são 2 milhões de usuários no Brasil, atualmente, fazendo transações através do uso de cartão de crédito internacio30

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nal. Com a chegada mais forte da PayPal para transações dentro do mercado brasileiro, quais as expectativas em se tratando de conquistar participação no mercado, clientes etc? Mário Mello: Então, o que eu pos-

so te falar é que temos ofertas muito agressivas para o mercado brasileiro, mas como somos uma empresa pública e temos dados

que fazem parte de informações que não posso compartilhar com o mercado, pelo fato de se tratar de informação sigilosa.

Revista Inter IT: Como é a atuação do PayPal no restante da América Latina? Está presente oficialmente em quais países? Mário Mello: A PayPal funciona em


ENTREVISTA 194 países, e a gente tem as moedas desses países atreladas ao sistema. Hoje, na América Latina, o primeiro escritório a ser estabelecido é o brasileiro e, em seguida, a colocação do escritório no México. Dependendo do sucesso desses dois mercados a gente vai tentar estabelecer um crescimento nesses outros mercados. Mas, para esse ano, temos os escritórios no Brasil e no México, que já foram anunciados.

Revista Inter IT: Pelas suas palavras, nota-se grande importância nos resultados do escritório brasileiro, o que representa o Brasil dentro da estratégia do PayPal? Há alguma estratégia em especial para o mercado brasileiro? Mário Mello: Ah sim, o Brasil é um dos principais vetores de crescimento da PayPal na América Latina. O comércio eletrônico no Brasil está muito maduro e temos uma estimativa que indica que o mercado já está faturando - entre compras e varejo – uma soma que já passou de 10 bilhões de dólares de faturamento, é o que acreditamos.

Revista Inter IT: Algum diferencial em especial para apostar tanto no mercado nacional? Mário Mello: A gente acredita que

a PayPal é o instrumento mais seguro de compra com o cliente, nossa promessa de valor é que a gente nunca compartilha as informações bancárias e privadas do cliente com o comércio. Então hoje muitos consumidores no Brasil ainda usam boleto, pagam convert em conta. Então aqui gera um componente de complexidade no pagamento ao comércio. O que a gente trás, como a gente é uma ferramenta de altíssimo nível de segurança e a nossa promessa de valor pro cliente é você não vai ter suas informações financeiras compartilhadas com milhares de comércios cada vez que você faz uma compra ou dezenas de

O comércio eletrônico no Brasil está muito maduro e temos uma estimativa que indica que o mercado já está faturando - entre compras e varejo – uma soma que já passou de 10 bilhões de dólares de faturamento. banco de dados, essa promessa ela se alavanca e o cliente acaba utilizando nossa solução de pagamento que é a PayPal. Só pra você ter uma ideia, no mercado americano a gente fez um estudo em 2007, e 18% dos clientes dizem que só estão fazendo comércio eletrônico por causa da PayPal, na Inglaterra são 37%. Acabou de sair uma pesquisa no Brasil, que diz que 75% das pessoas no Brasil ainda têm medo de fazer compra na internet, elas se sentem inseguras. E aí que a gente vai entrar nesse mercado. A Paypal funciona de forma segura, ela gera valor nos mercados que ela entrou e a gente vai garantir essa segurança pro cliente pela nossa metodologia e forma de pagamento seguro.

Revista Inter IT: Você comentou a respeito de adaptação de ferramentas da PayPal para a realidade do mercado brasileiro. Qual o tipo de dificuldade encontrada no Brasil que não foi vista em outros países com nível econômico semelhante nos quais iniciou operações? Mário Mello: Sim, eu acho que existem ajustes pequenos de linguagem, funcionamento, mas eu acho que o grande fator de ajuste em nosso sistema é o de parcelamento, que é um componente importante do mercado brasileiro.

São dados públicos, que indicam que hoje mais de 60% dos clientes compram parcelado. Então, o volume de parcelados no Brasil é muito forte e para podermos concorrer tem que ter essa funcionalidade básica que está intrínseca no comportamento do consumidor brasileiro.

Revista Inter IT: Qual sua parcela no mercado mundial de pagamentos eletrônicos? Mário Mello: Nós nos considera-

mos líder no setor de pagamentos pela internet. Nós temos hoje mais de US$ 87 bilhões de faturamento no mundo, mais de 200 milhões de clientes ligados ao sistema PayPal, são dados do final do ano passado., E a PayPal tem o market share superior a 14% em nível global. Então nós nos consideramos um dos líderes no mercado de pagamento pela internet.

Revista Inter IT: A expectativa é repetir e esse mesmo sucesso aqui no mercado brasileiro, certo? Mário Mello: Então nosso próximo

desafio é esse, trazer essa força, funcionalidade, de segurança, de facilidade, de garantia de proteção ao cliente e facilidade de adesão ao sistema do vendedor pro mercado brasileiro e repetir o mesmo sucesso dos mercados americano, inglês, francês, do australiano, entre outros. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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ENTREVISTA Revista Inter IT: Em um primeiro momento, qual será a estratégia adotada para uma chegada mais massiva ao mercado brasileiro, a conquista dos assinantes/clientes ou dos varejistas/lojas? Mário Mello: O negócio de paga-

mentos na internet é um balanço entre a conquista de cliente e a conquista de comércio. A gente tem uma estratégia estabelecida para uma conquista massiva de comércio que é uma estratégia de atribuição de comércio e a gente tem uma estratégia também com parceiros de aquisição de clientes. Eu não posso te dizer especificamente com que a gente fechou o contrato que tudo isso faz parte de informações de concorrência que vão ta sendo anunciadas quando a gente oficializar a nossa entrada no brasil. Mas, de uma forma geral, ela parte pra uma estratégia de através de parceria de aquisição massiva de comércio e de parceria de aquisição massiva de clientes. Agora importante dizer que a gente já tem 2 milhões de clientes no Brasil, esses clientes eles são os nossos embaixadores, eles sabem da segurança, eles sabem da informação e é um número importante, 2 milhões de clientes é um número importante. Então também a gente tem que direcionar esses clientes são os embaixadores da solução PayPal porque eles usam bastante nossa solução internacionalmente e a gente acredita que eles vão nos dar a prova, a oportunidade, quando a gente viabilizar os comércios no Brasil e utilizar essa solução também domesticamente.

Revista Inter IT: Como vem sendo montada a operação brasileira da PayPal, qual será o tamanho da equipe de profissionais atuando no projeto? Já há uma ideia quanto a esse número? Mário Mello: A gente chega no

Brasil aproximadamente 20 pessoas na equipe da PayPal pra esse 32

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ano. Estamos trabalhando numa equipe muito sênior, alavancando a infraestrutura que temos a nível global. Então a gente vai ter uma diretoria financeira, que já está contratada, uma diretoria de pagamentos, que já está contratada, temos uma diretoria de vendas e uma diretoria de produto e marketing. Embaixo disso tem as estruturas de apoio pra cada diretoria. A gente também tem uma área legal, uma ret da operação pra dar apoio jurídico e temos, assim, o time brasileiro. Vamos chegar a 20 pessoas até o final desse ano, prontos pra poder entregar um serviço que acreditamos ser superior para os clientes brasileiros.

Revista Inter IT: Falando em números, quanto o PayPal já investiu ou pretende investir no Brasil? Mário Mello: Ainda não há permissão para falar em valores específicos, a única informação que eu posso passar é que estamos investindo alguns milhões de dólares no País.

[Sobre a equipe brasileira] Vamos chegar a 20 pessoas até o final desse ano, prontos pra poder entregar um serviço que acreditamos ser superior para os clientes brasileiros Quem fala: Nome: Mário Mello Idade: xx anos

Cargo: Presidente da PayPal no Brasil Natural de:

Histórico de Carreira: “Eu tenho 20 anos de experiência de mercado, eu comecei minha carreira no (Bank) Boston, onde saí como diretor adjunto. Dai eu trabalhei na Visa, onde saí como vice-presidente executivo de produtos marketing da América latina. Depois eu trabalhei no Banco Real, onde saí como diretor estatutário. Eu era responsável e trabalhava na área de cartões e cart imobiliário. E eu tive uma passagem mais curta pelo Safra, onde eu fui vice-presidente do Safra na área de varejo”.


COLUNISTA

Solução M2M cresce entre indústrias no Brasil Por Marcos Kinzkowski

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á alguns anos a imagem de máquinas se conversando deixou de ser um ingrediente dos filmes de ficção científica e se tornaram uma realidade presente. Hoje o mercado de máquina-amáquina, conhecida como M2M, movimenta bilhões de dólares e está ganhando espaço entre empresas de vários segmentos. Segundo a renomada empresa de consultoria McKinsey and Company, entre 2002 e 2009 o mercado de M2M faturou cerca de US$100 bilhões, combinando os mercados dos Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão. No Brasil, a previsão é que o país atinja um crescimento de três a cinco vezes o seu tamanho atual ainda este ano, e por aqui o setor automotivo concentra o principal foco de atuação. Sozinha, a área automotiva representa mais de 50% deste mercado, não apenas em rastreamento, mas também em gerenciamento de frota e soluções em logística. O setor ainda poderá receber um impulso extra de crescimento caso seja aprovada a resolução 245 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Se aprovada, a nova lei exigirá a instalação de bloqueadores em todos os veículos novos nacionais e importados (inclusive caminhões). Estima-se que, em 2010, surgirão mais de 5.5 milhões de veículos no mercado brasileiro, o que deverá aumentar ainda mais as possibilidades de investimento para os

fabricantes de módulos GSM. Um dos setores com destaque no mercado M2M é o de segurança. A Abese, Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança registra crescimento anual maior de 10% ao ano. Além disso, a demanda por módulos menores e compactos que se encaixem nos pequenos aparelhos direcionados ao uso diário dos clientes aumentará durante a próxima década e atender esta exigência de mercado deverá se tornar uma das prioridades das empresas especializadas em telecomunicações. Em franca expansão para soluções com conectividade GPRS, a Segurança Patrimonial representa atualmente 15% de toda a demanda nacional de módulos celulares para soluções em M2M, devido ao incremento de segurança que estas aplicações permitem, uma vez que a comunicação não pode ser facilmente interrompida com o simples cortar de um fio. Adicionalmente, facilidade de atuar e receber informações das centrais de alarmes no próprio celular está estimulando a implementação de novos sistemas e redes. O mercado de M2M não se limita a rastreamento e segurança, e seu potencial é tão grande quanto à engenhosidade humana para a criação de novas soluções. Novas soluções para atender as necessidades de Automação Industrial e de Telemedição estão

sendo implantadas para atender ao mercado de serviços públicos (“Utilities”), com a função inicial de diminuir índices de perdas e de desperdício. Em uma segunda fase, novas implementações para o aprimoramento da qualidade no sistema de gerenciamento estão em desenvolvimento, uma vez que todo o controle passa a ser administrado online. Este processo está sendo liderado pelo setor de eletricidade, no entanto as empresas de gás e água também estão aderindo a esta mudança.

Desafios Os desafios advindos deste crescimento exponencial de mercado devem ser suportados por crescentes investimentos em infraestrutura de rede de transmissão e no aumento de qualidade e confiabilidade das novas aplicações. As empresas atuantes no mercado devem ser capazes de suportar o aumento instantâneo de demanda, uma vez que um novo leque de soluções se apresenta, expandindo significativamente a demanda atual. Além disso, estas novas aplicações devem ser suportadas por novos produtos, mais robustos e menores, aumentando as funcionalidades técnicas e a capacidade operacional. *Marcos Kinzkowski é Vice-Presidente de Vendas da Telit Wireless Solutions para o Brasil e América Latina. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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Tendências & Inovação

Webcam NewLink Com formato arredondado, semelhante ao de uma lente de câmera fotográfica profissional, e presilha, a novidade destaca-se por oferecer resolução de 1.3 megapixels, que pode chegar a 5.0 megapixels no modo interpolado. Microfone embutido, botão snapshot para fazer fotos instantâneas e conexão USB são outras características da Webcam Tube, que também é ideal para uso em videoconferências e chats online. O lançamento possui velocidade de transmissão de imagens nas opções 640px x 480px (30fps)/ 800px x 600px (15fps), tem balanço de brilho automático e conta com um ano de garantia. Compatível com Microsoft Windows 7, 2000, XP, Vista ou Macintosh OS 9.0 ou superior, a Webcam Tube tem o preço médio sugerido para o consumidor final de R$ 89,00 (valor válido até o final de março de 2010).

www.newlink.com.br

Pen Drive Sandisk Cruzer Blade O SanDisk Cruzer Blade (CZ 50) - o menor (4x2x6cm - AxLxP) dispositivo portátil de armazenamento com memória flash da empresa, pesando apenas 20g. O CZ 50 possui design moderno e elegante, alta velocidade de gravação (até 10 Mb/s), o que na prática torna a transferência de arquivos e documentos mais rápida e prática. Além disso, oferece ampla capacidade de armazenamento (2, 4, 8 e 16GB), permitindo ao usuário gravar e compartilhar (1.200) imagens, (1.000) músicas e (8 horas) vídeos no mesmo dispositivo. Compatível com os sistemas operacionais Windows ME, XP, Vista, MAC e Linux.

www.sandisk.com.br

Livro Manual do Detetive Virtual Quanto mais a internet se espalha, mais a privacidade das pessoas diminui. Ou seja, é mais fácil ter alguém bisbilhotando a sua vida ou os seus negócios. Ainda mais com certos recursos tecnológicos ao alcance de qualquer leigo. E tem muita gente por aí que não faz ideia dos perigos aos quais se expõe. O autor deste livro, um dos maiores peritos brasileiros do mundo internético e que poderíamos chamar de “detetive virtual”, mostra alguns dos casos que desvendou, e também dá dicas para você evitar problemas no mundo da internet. Motivos para insegurança é que não faltam. Autor: Wanderson Castilho

www.matrixeditora.com.br

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Tendências & Inovação

Notebook Acer Aspire AS 1410 Com aproximadamente 1,4kg, o notebook Acer Aspire AS1410 oferece recursos de grande desempenho em um tamanho de netbook. Em um display de 11,6”, o consumidor pode desfrutar de música, vídeo, fotos e muito mais; além de um teclado completo de tamanho padrão e bateria de longa duração, com 6 células, que garantem até 6 horas de trabalho ininterrupto. A tecnologia do processador Intel Celeron, Windows 7, 2GB de memória e grande disco rígido, complementam o Acer Aspire AS1410 que vem com avançado Wi-Fi Intel 802.11a/b/g/Draft-N e rede Fast Ethernet Gigabit LAN para garantir uma experiência de navegação na internet superior. O lançamento tem a tecnologia Acer Crystal Eye webcam e microfone digital para qualidade de vídeo e voz superior próprios para conferências em tempo real ou soluções de voz por IP.

www.acer-group.com

Multifuncional 5 em 1 TX515FN da Epson O mais recente lançamento da multinacional japonesa no Brasil é a TX515FN. Com tantos benefícios em um só aparelho, ela é uma bela opção para escritórios e pequenas empresas. Ela possui conexão de rede Ethernet, funções de impressora, scanner, copiadora e fax, visor LCD de 2 linhas, e ótima resolução para impressão e escaneamento e garantia de 2 anos. A TX515FN oferece alta velocidade, imprimindo documentos e fotos em 38ppm, em preto, e 20ppm em cores, e economia, uma vez que os cartuchos possuem alto rendimento e são individuais. Eles são até quatro vezes mais baratos, e o custo de impressão é muito menor do que o de uma impressora laser colorida equivalente, conforme estimado ao padrão ISSO combinando preto e colorido.

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Mini Teclado Multi Laser Com 88 teclas macias e silenciosas no estilo slim, semelhantes à dos notebooks, a novidade conta ainda com 10 teclas de atalho, que facilitam o dia a dia do usuário ao permitir acesso direto a ferramentas como media player, internet e ferramentas de busca. Outros atrativos são a prática conexão USB, a instalação plug and play e o belo design. Disponível na cor preta, o lançamento está de acordo com as normas da ABNT.e tem o preço médio sugerido para o consumidor final de R$ 29,90 (valor válido até o final de março de 2010).

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MERCADO

China x Google: quem ganha? Principal site de buscas do mundo ameaça fechar operação local e encerra a autocensura na China após sofrer ataques hacker vindos do território chinês. Governo se diz inocente mas quer forçar companhia a “cumprir as regras”. Por Danilo Pádua

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urante o mês de janeiro, o Google anunciou sua intenção de encerrar a prática de censura prévia aos resultados das buscas realizadas através da versão chinesa do motor de buscas (www. google.cn). A empresa também ameaçou encerrar as atividades de sua operação no país. O motivo das ameaças do Google? Um ataque hacker altamente sofisticado, originário do território chinês, sofrido pelo Google em meados de dezembro do ano passado. Esse ataque, segundo um texto assinado pelo vice-presidente sênior da companhia, David Drummond, resultou em um “roubo de propriedade intelectual do Google”. Na verdade, não só propriedade intelectual do próprio Google. Ainda de acordo com a mesma mensagem de Drummond, postada no blog oficial da companhia, as contas do Gmail - serviço de e-mail do Google - de diversos dissidentes políticos, jornalistas, empresários e ativistas chineses dos direitos humanos foram invadidas pelos hackers durante o ataque, o que levou a empresa a considerar os órgãos chineses de controle da informação como possíveis autores ou mentores dos ataques. Enquanto usuários chineses do portal lamentavam a possível saída 36

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da empresa do país, mas parabenizavam sua decisão de contestar a censura prévia aos resultados das buscas, as autoridades chinesas se apressavam em responder as acusações sobre a possível autoria dos ataques, classificando as acusações do Google como infundadas, e ratificar sua posição quanto ao controle das informações que trafegam pela internet. Para a China, sites com teor pornográfico, conteúdo político “delicado” ou opiniões devem ser “orientados” de forma a proteger a segurança das informações na internet. O governo chinês também fez questão de deixar claro que as empresas estrangeiras, de qualquer setor, continuavam sendo bem-vindas no país, desde que respeitassem as regras. Após investigações iniciais, uma universidade e uma escola técnica de Pequim foram identificadas como focos dos ataques que colocaram, não somente as relações entre o Google e as autoridades chinesas em xeque, mas também criaram atritos entre os governos de Estados Unidos e China, com a secretária de Estado norte-americana Hilary Clinton indicando o apoio dos EUA ao Google na questão da censura e, até mesmo, aconselhando o governo chinês a

x rever suas políticas de censura na internet. Os chineses, obviamente, não aprovaram os comentários norte-americanos e veículos da imprensa estatal chegaram a indicar a existência de uma conspiração dos EUA, usando o Google como uma ferramenta de ataque à China. Apesar da troca de “gentilezas”, tanto o governo americano quanto o chinês parecem não querer fazer da súbita cruzada do Google contra a censura chinesa (uma vez que o serviço operava no país seguindo essas regras de censura prévia desde 2006) um embate ideológico e comercial entre os dois países. Assim que a mídia local dis-


MERCADO parou críticas aos EUA, o Ministério do Exterior chinês afirmou que não queria que a disputa com o Google abalasse a recente estabilidade de relacionamento, “criada com muito esforço”, com os EUA. Posteriormente, o governo americano também se eximiu de qualquer participação na decisão do Google de desafiar as políticas de censura na internet da China, e Barack Obama recomendou conversa entre a empresa e os chineses. Apesar de o Google ter mantido conversas com o governo chinês, uma solução para a disputa parece distante, e a cisão entre ambos se mostra como um quadro cada vez mais palpável, já que nenhum dos lados parece disposto a ceder. Enquanto a China permaneceu irredutível, e indicou ao Google que

a autocensura é uma exigência não-negociável para as empresas que desejem permanecer operando no país, o Google decidiu, por conta própria, dar fim a autocensura em seu portal na China, passando a direcionar os usuários que acessassem o endereço chinês do site para o portal de Hong Kong (www.google.hk), onde a regulamentação de controle de informação é muito mais branda e o conteúdo suprimido pelo governo chinês é completamente acessível. Até o fechamento desta matéria, o acesso ao Google na China – e às buscas sem censura – ainda estavam disponíveis, mas o governo chinês já havia manifestado a possibilidade de tomar uma medida em breve, manifestando sua insatisfação com o Google e alegando que

a companhia, ao deixar de censurar os resultados das buscas, havia quebrado uma “promessa escrita” feita ao governo chinês, quando começou a operar no país em 2006. Ainda não está claro o que poderá acontecer nessa disputa, mas o que se pode notar é que, até o momento, ambos os lados saem perdendo. O Google, pois sai de um mercado que representa cerca de 1/6 da população global. A China, pois vê, novamente, suas políticas autoritárias questionadas em todo o mundo, e por uma empresa do porte do Google. E, principalmente, os usuários chineses, que continuam sem acesso livre e irrestrito à informação e à internet no país, e ainda perdem acesso à uma das principais ferramentas da internet em todo o mundo.

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TECNOLOGIA

Más escolhas custam caro Por Bia Kunze

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o escolher um dispositivo móvel -- smartphone, netbook, mini-tablets etc -- muita gente fica perplexa diante de tantas opções de escolha. Para quem quer o aparelho como uma ferramenta de trabalho ou, no mínimo, gerenciamento pessoal, essa é uma tarefa de grande responsabilidade. Dela vai depender o sucesso na otimização da rotina. Ou levar à uma imensa decepção. Um dos meus clientes me chamou para ajudá-lo a ser mais produtivo no dia-a-dia, incorporando ferramentas de organização e workflow, e adaptando-as à uma rotina móvel. Ele tinha acabado de comprar seu primeiro smartphone, um top de linha lançado há pouco tempo, e estava feliz da vida. Percebi que teria um problemão pela frente ao avaliar sua rotina de trabalho, suas necessidades e usos de ferramentas do desktop. O aparelho que ele comprou não conseguiria fazer tudo o que ele queria. E algumas dessas coisas, só da maneira mais complicada, por “gambiarras” e comprando softwares de terceiros. Foi duro explicar para ele que seu super-gadget continuaria sendo um ótimo aparelho para entretenimento, mas para trabalho, ele ficava devendo. Comecei do zero, avaliando as ferramentas e recursos indispensáveis para seu trabalho, as apenas desejáveis e as não necessárias. Montamos uma lista e, a partir do resultado, descobrimos que tudo o que ele precisava aparelhos mais 38

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baratos faziam muito bem, e de forma automática, sem stress. Ele ficou estupefato ao ver que as 5 opções que apresentei custavam entre R$ 500 e R$ 900. São R$ 1000 a menos do que ele pagou no seu super smartphone novinho em folha! Não vou citar qual é o aparelho para não gerar interpretações erradas, pois esse dispositivo topo de linha é excelente. Só não era adequado às necessidades do usuário. Ele havia decidido comprar o aparelho primeiro, e só depois começar o treinamento e incorporar as ferramentas. Tinha certeza que,

comprando um topo de linha com mil recursos, seria possível até lavar, cozinhar, fazer massagem e passar cafezinho… Também já tive que resolver pepinos no outro extremo. Comprar um aparelho de R$ 500 que as operadoras oferecem para desovar seus estoques, mas que ficam devendo em funcionalidades que seriam importantes, é tão frustrante quanto descobrir que um aparelho de R$ 2000 não entregará aquilo que você queria. Geralmente, nessas promoções, os aparelhos já estão obsoletos. Para usuários de voz


TECNOLOGIA e SMS, isso não fará diferença. Mas para o profissional móvel, podem faltar recursos que se integrem às ferramentas mais modernas. E é igualmente frustrante constatar que o seu celular “canivete suíço”, caríssimo e cheio de recursos, é subutilizado para 2 ou 3 coisas, que às vezes qualquer celularzinho básico faz. Tem também a história de um cidadão cuja operadora, com o maior canto de sereia, ofereceu um smartphone (que na verdade não é smartphone) e um super pacote de dados 3G, mas o aparelho não tinha nem browser decente, só um “wap” tosco! Contornei o problema instalando o Opera Mini, mas na banda larga móvel não tem jeito. Não é de dar ódio pagar por um pacote de dados EDGE (a geração anterior do 3G, mais lenta) o mesmo que pagase por 3G? E não tem conversa com a operadora, o preço é o mesmo e ponto final. Muita gente só precisa de um smartphone para navegar e ler emails, e nem sonha que um aparelho de R$ 400, desbloqueado, fará isso primorosamente. Minha mãe é um exemplo. Ela já passou pela situação de comprar aparelhos caríssimos e não usar metade dos recursos. Ela tem um Nokia N90, comprado logo que saiu, e que era objeto de desejo na época. Mas até hoje, os recursos mais avançados que ela usou foram o calendário e a câmera fotográfica… E o dilema dos planos de dados? Sim, são caros. Mas há casos em que a pessoa só quer usar internet no celular, ou num smartphone de sistema operacional mais enxuto, cuidando de seus emails, conversando no MSN, e navegando. Tarefas básicas. E ninguém diz a ela que há planos por menos de R$ 50 ao mês que permitem usar à vontade. Os grandes devoradores de banda hoje são aparelhos como o iPhone e Android -- esse focado em redes sociais, “alwayson”. Os demais se viram bem em planos mais econômicos.

Quando tecnologia demais atrapalha Já aconteceu de você trocar um dispositivo altamente tech por um outro com recursos mais modestos, não por motivos financeiros, mas por considerar que o excesso de tecnologia às vezes atrapalha? É o que vem acontecendo recorrentemente com muitos usuários. Em todos os casos, o problema maior é o 3G. São usuários de aparelhos antigos, como Palms Treo e alguns Blackberry, que migraram para as novíssimas gerações com internet de alta velocidade, a “tetéia” do momento. E para seu imenso desespero, a queda na produtividade foi brutal. Verdade que o 3G trouxe streaming de música e vídeos, além do carregamento mais rápido de páginas e mapas. Mas as baterias não aguentam nada! Como foi dito antes, assim como é frustrante gastar num aparelho que não faz o que você queria, mais ainda é empacar uma nota num topo de linha que ficará subutilizado Mas… e quando você se frustra com alguma tecnologia que ansiava demais? Vejam as telas sensíveis ao toque. Muitos usuários de longa data de teclados físicos embarcaram na

moda só para descobrir que não conseguem escrever uma única frase com um mínimo de destreza. Resultado: os Blackberries “econômicos” estão ganhando mais terreno no Brasil. Não só por causa dos preços mais em conta, tanto no dispositivo quanto nos planos, mas porque eles cumprem o que prometem. Daí vem a legião de usuários satisfeitos. Outros aparelhos no mesmo estilo, com teclado físico, rodando Symbian ou Windows Mobile, são igualmente bem avaliados. O caso do 3G é bem sério. Eu adiei a troca do meu principal smartphone de trabalho por muito tempo, cerca de 3 anos, até ter certeza que o novo teria tão boa autonomia. Não foi fácil achar o modelo perfeito. E, para cada um de nós, há um “aparelho perfeito” diferente. Quem só quer navegar, ler emails, acessar uma ou outra rede social e usar os MSNs da vida, não precisa de muito mais do que um aparelho intermediário oferece. Sem “altas tecnologias”, sem complicações no uso. E, sinceramente, não é isso que a maioria dos usuários quer? Bia Kunze é dentista homecare, consultora em tecnologia móvel e autora do blog Garota Sem Fio (www.garotasemfio.com.br) www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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EVENTOS

Economia em alta, crédito de volta 3ª Edição do Congresso Crédito & Cobrança, realizado pela CorpBus!ness, trouxe cases e apresentações de empresas como Carrefour, Ticket, KPMG, AeC, dbdireto, Malta Assessoria de Cobrança, Pinheiro Neto Advogados e Claro.

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o mês de março, a CorpBus!ness realizou em São Paulo a terceira edição do congresso Crédito & Cobrança, onde foram discutidas as principais questões relacionadas à análise e recuperação de crédito, gestão de riscos, o impacto das novas tecnologias e a forma como as empresas têm lidado e podem lidar com esse item tão importante ao “core 40

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business” de grande parte dos principais setores que movem a economia global. O momento, período de póscrise econômica, apontado por diversos especialistas em todo o mundo, era bastante apropriado, uma vez que – após a forte retração da economia ocorrida em todo o mundo desde o final de 2008 – diversas economias ao

redor do mundo, entre elas a do Brasil, começavam a “pôr a cabeça para fora do buraco” e dar mostras mais efetivas de recuperação. Alguns países, como a China, apesar da diminuição do ritmo, cresceram mesmo durante o ano de 2009, fato importante para o Brasil, principalmente este exemplo, levando-se em conta que a China já é um dos principais


importadores de matéria-prima, insumos e produtos brasileiros. No Brasil, diverso indicadores já davam conta de uma recuperação até mais rápida que em outras partes do planeta, empresários já demonstravam um otimismo há muito não visto, e o comércio varejista se preparava desde o início do ano para 12 meses de forte “arrancada”, após um 2009 sem grandes prejuízos, mas praticamente estagnado. Para exemplificar o otimismo dos empresários, podemos citar uma pesquisa da Fecomércio-SP, divulgada no início do ano, onde 97% das empresas da região metropolitana de São Paulo – principal mercado consumidor do País – afirmavam que iriam ampliar seus investimentos no ano de 2010. Esse é só um dos muitos exemplos que podem ser citados entre os que foram discutidos durante o dia de apresentações do congresso. A 3ª edição do Crédito & Cobrança, contou com o patrocínio das empresas PluSoft, Earset, Malta Assessoria de Cobrança, Teledata e Comunika, além do apoio da Aserc – Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito. O congresso também trouxe cases e apresentações de empresas como Carrefour, Ticket, KPMG, AeC, dbdireto, Malta Assessoria de Cobrança, Pinheiro Neto Advogados e Claro. Fora isso, grandes ideias, políticas e alternativas para o melhor desenvolvimento do setor também foram discutidas, além do sempre produtivo network profissional que ocorre entre os participantes, em sua grande maioria executivos de alto nível, como diretores, gestores, vice-presidentes e outros decisores. Os trabalhos foram iniciados por José Roberto Romeu, presidente da Aserc, que fez uma pequena introdução com uma visão geral sobre o setor de crédito no Brasil e, como presidente de mesa, comandou as apresentações e debates da primeira parte do evento. A primeira apresentação foi do

diretor comercial da desenvolvedora de soluções em Telecom e Informática Teledata, Clayton Carlos Nogueira, que falou sobre uma certa saturação no mercado de crédito, em função do grande número de empresas existentes. Clayton também falou do período de recuperação vivido pelo mercado, onde a segmentação – com uma grande variedade de carteiras – pode se transformar em ótima oportunidade de negócios aos que souberem aproveitar. A parte final da apresentação trouxe informações sobre tecnologias e ferramentas que podem ser implantadas para otimizar o funcionamento de um call center com foco em recuperação de crédito e produtos derivados, além de sistemas que permitem a integração entre tecnologia de telefonia e sistemas de CRM. Na sequencia o advogado Dr. André Marques, da Pinheiro Neto Advogados, apresentou o painel sobre os aspectos jurídicos do tema crédito, e como os meios judiciais e extrajudiciais modernos possibilitam a agilização da recuperação de crédito; quais as prin-

cipais modalidades de garantia de crédito como cessão e alienação fiduciária, penhor e hipoteca. Na sequência André tratou das formas de execução de hipotecas e alienações fiduciárias sobre bens móveis e imóveis e finalizou sua apresentação explicando como funcionam processos de recuperação judicial, extrajudicial e falência. Em seguida o Diretor de Risco de Crédito do Carrefour, Sandro Almeida, mostrou um pouco do que é a visão de uma grande empresa varejista – como é a rede francesa de hipermercados – sobre o tema “os desafios futuros da concessão e o uso consciente do crédito”; falou sobre os números crescentes do consumo no País tanto em itens básicos, como gêneros alimentícios, quanto dos não-básicos, nas classes C, D e E, mesmo durante o ano de 2009, período de maior apreensão quanto ao consumo em função da crise econômica global. Sandro conduziu a parte final mostrando um pouco de como o Carrefour tem trabalhado nesse cenário positivo dentro do Brasil, com diversos produtos relacionados

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EVENTO

à crédito, como cartões, seguros, crédito consignado, entre outros; quais as principais ferramentas de análise de crédito que o grupo utiliza e a adaptação do portfólio de produtos ao perfil dos clientes. Finalizou sua palestra falando do tema Educação Financeira, e de sua importância uma vez que, de acordo com ele, “ignorância financeira influi e atrapalha as políticas de crédito de uma empresa”. Na sequência foi a vez da apresentação do case da Ticket, com o tema “A Importância da Informação Positiva na Eficiência e Lucratividade dos Negócios de Crédito”, comandada por Gemerson Bertin, Gerente Financeiro da companhia. Emerson conduziu o início da apresentação com números sobre as expectativas de retomada do ritmo de crescimento pré-crise em 2010, e apontou a importância do crédito nesse quadro, já que ele representa 47% do PIB brasileiro. Mostrou que o desempenho de diversos setores da economia sofreu com os impactos negativos, a grande maioria por sinal, enquanto alguns mantiveram-se estáveis e uns poucos chegaram a apresentar melhora. Voltando à questão da informação positiva, Emerson citou que a cada R$ 100 mil pedidos em crédito, R$ 11,9 mil são perdidos justamente por causa da informação negativa; citou as diferenças que se deve observar no comportamento do crédito à empresas e aos consumidores e finalizou a apresentação observando 42

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a força da informação positiva nas políticas de crédito, com a necessidade de observação aos dados cadastrais do postulante nas mais variadas instituições com o compartilhamento dessas informações, o gerenciamento do ciclo de negócios do cliente, o incentivo ao uso do cadastro positivo e – novamente – a necessidade de educar financeiramente os clientes. Após o almoço teve início a segunda parte dos trabalhos, com o comando do executivo Kendi Sakamoto, da Contact Center Consulting, e autor de diversos livros sobre crédito, como presidente de mesa. A primeira apresentação da tarde foi de Salvatore Milanese, da KPMG, que falou sobre o tratamento de crédito em carteiras inadimplidas e quais as melhores práticas para se lidar com elas e recuperálas, na medida do possível. Após algumas indicações e números sobre o mercado de crédito brasileiro, Salvatore falou sobre os NPL’s, carteiras de alto risco de não recebimento cujo valor nominal supera o dos ativos que os garantem; os diversos tipos de carteira em que se podem enquadrá-los (consumer, comercial, imobiliária, entre outras), o histórico do mercado de NPL’s e as principais oportunidades e ameaças existentes no mercado nacional de NPL’s, finalizando com os aspectos legais que implicam ao se lidar com esse tipo de carteira. A apresentação seguinte abordou uma temática geralmente pou-

co explorada dentro do tema crédito: o marketing na recuperação de crédito. A palestra foi conduzida em duas metades, cada uma apresentada pelos diretores da dbdireto, Antonio Carletto e Agústin Sylvester. Carletto iniciou sua parte mostrando as características e quais as ferramentas utilizadas no marketing para cobrança, modelos preditivos para crédito, formas de observação de behavior do usuário desse crédito e Credit Score. Em seguida foi a vez de Agústin, analista de formação, explicar mais detalhadamente a metodologia utilizada para aplicação do marketing dentro das políticas e ferramentas de cobrança além das principais formas de segmentação do público a ser abordado (obviamente aquele identificado como o de maior propensão a quitar suas pendências), como o RFV: Recência (período de inadimplência), Frequência (oportunidades em que alguém ficou inadimplente) e Valor (da dívida) que – de acordo com ele – representam 70% das informações necessárias para a prática de uma boa oferta, que representam os 30% restantes, para assegurar a recuperação do crédito cedido. Logo na sequência foi a vez da apresentação conduzida pelo executivo Claudio Gameiro, da operadora Claro, que mostrou alguns cases e campanhas que obtiveram sucesso dentro da empresa na recuperação de dívidas em aberto e recuperação de clientes inadim-


EVENTOS

plentes através do bom uso da base de dados que a operadora detinha em mãos. O primeiro case mostrado por Claudio foi o da campanha de Natal de 2009, onde a operadora teve que usar as informações de sua base para enviar boletos de cobrança somente aos clientes com maior possibilidade de pagamento, reduzindo assim os custos da operação e ampliando o potencial de retorno da ação. Na campanha, foi selecionado dentro de uma base com mais de 700 mil clientes negativados um total de 242 mil, que passaram por uma avaliação de retorno após 45 dias do envio da correspondência. Essa base foi selecionada baseando-se em ferramentas de Collection Score da Serasa Experian e na informação positiva, onde foram avaliados como clientes de bom potencial de pagamento aqueles que tivessem quitado dívidas no mercado durante o período imediatamente anterior à campanha. O resultado acabou sendo bastante positivo para a operadora, que obteve um índice de recuperação superior a 12%, bem acima da expectativa inicial de retorno, que girava na casa dos 9%. Outro case de destaque apresentado foi o da campanha de Dia das Mães, onde a operadora aplicou metodologia semelhante para comparar o retorno desse tipo de ação, com o envio de uma segunda carta com boleto somente com “bons pagadores”, em comparação às ações tradicionais de cobrança na mesma base, onde

foi detectado um índice superior de retorno em todas as faixas de atraso com o segundo boleto, que obteve – em média – índice de recuperação quase 500% superior aos métodos tradicionais. As duas últimas apresentações trataram da participação de empresas de relacionamento com clientes especializadas no segmento na eficiência das ações de cobrança. A primeira palestra foi comandada por Eduardo Tambellini, da Malta Assessoria de Cobrança, que falou sobre a terceirização de serviços de cobrança e a valorização das empresas especializadas, que já são mais de 1.800 em todo o País, num mercado com faturamento anual superior a R$ 8,6 bilhões e expectativa de crescimento na casa dos 20% para 2010. Eduardo explicou como é a forma de uma empresa de call center especializada em cobrança poder melhorar os resultados em campanhas de recuperação de um cliente desde que pratique políticas internas de remuneração e qualidade adequadas às necessidades de cada cliente, entendendo o seu negócio e saindo das ações padronizadas, entendendo as regras do business do cliente, fazendo uso das ferramentas adequadas em cada situação e investindo na gestão financeira de cada carteira para obter bons resultados. O tema apresentado por Eduardo foi complementado pela apresentação de Luiz Gustavo Marinho, Superintendente de Operações da

AeC, que trouxe à pauta a criação de um novo modelo de cobrança baseado nas estratégias de CRM, onde um dos pontos primordiais para sua efetividade passa pela compreensão e analise do ciclo de relacionamento com clientes, desde suspects, prospects, clientes de fato até os ex-clientes; os motivos e as vantagens do uso de uma ferramenta de CRM na gestão de carteiras e ações de cobrança. “O CRM atrelado ao processo de crédito e cobrança permite gerar informações baseadas no histórico do cliente para a criação de Credit Score, Behavior Score, e Collection Score. Desta maneira pode-se criar estratégias diferenciadas para cada grupo de cliente”, comentou. Mostrou todos os principais pontos ao redor das informações do CRM que podem ser mais facilmente acessados através de sua utilização, os principais aspectos agregados à adoção de uma ferramenta de CRM que podem influenciar não só na cobrança, mas também em todo o negócio da empresa e finalizou a apresentação com o exemplo de resultados obtidos com a adoção dessa metodologia de cobrança nos clientes da AeC. Mais uma vez os presentes demonstraram sua satisfação com a salva de palmas que marcou o encerramento do evento e no período em que ainda mantiveram-se no local trocando ideias, experiências e opiniões mesmo após o término da última apresentação do dia. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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TECNOLOGIA

Reciclando solidariedade Lixo eletrônico de empresas é transformado em terminais para beneficiar instituições carentes.

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omputadores antigos ou obsoletos que para empresas de diversos ramos de atividade representam uma incômoda sucata eletrônica estão sendo recuperados para operar como terminais leves e doados para as áreas administrativas ou programas de inclusão digital realizados por entidades e instituições que atendam a comunidade. A idéia é da CRMG Network & Security, empresa especializada em soluções para informática, que resolveu doar a mão de obra do trabalho de recuperação dos equipamentos que seriam descartados pelos seus clientes. Com o objetivo de promover a inclusão digital nas instituições beneficentes, assistenciais ou de ensino que não dispõem de verba para a aquisição de equipamentos de informática, a CRMG Network & Security vem oferecendo gratuitamente estações de trabalho montadas com computadores e acessórios que, para muitos, não passam de lixo eletrônico. Os antigos computadores são transformados em eficientes terminais leves capazes de executar os programas básicos de texto e imagem. Para permitir a utilização dos computadores em rede (estação de trabalho para o atendimento simultâneo de vários usuários) e o acesso à internet, a CRMG procura parceiros interessados em ampliar este projeto de informática social. 44

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A própria empresa já adquiriu alguns servidores e switches para atender as primeiras solicitações de entidades, mas necessitará de parcerias para tornar essas doações perenes. Segundo dados do Greenpeace, são descartados anualmente de 20 a 25 milhões de toneladas de produtos eletrônicos, grande parte de forma inadequada. Por conter materiais pesados e tóxicos, como mercúrio, chumbo, cádmio, belírio e arsênico, o descarte irresponsável gera riscos de

contaminação humana, da água e solo. De acordo com a Fecomércio - Federação do Comércio do Estado de São Paulo -, apenas 10% dos computadores são reciclados no mundo.

Destinação consciente Ao modernizar a área de informática, as empresas sequer contam um local adequado para o descarte dos equipamentos que para elas está sucateado. A maior parte delas desconhece a possi-


TECNOLOGIA Os antigos computadores são transformados em eficientes terminais leves capazes de executar os programas básicos de texto e imagem. bilidade de recuperação desses computadores que terão grande utilidade principalmente para as entidades ou instituições que prestam serviços à sociedade carente e que não disponibilizam de verba para a aquisição de equipamentos novos. É o caso dos monitores antigos que estão sendo substituídos pelos novos modelos de LCD. “Estas estações de trabalho atendem com excelência os usuários, seja na área administrativa, aulas de informática, consultas escolares ou qualquer outro programa ou projeto de inclusão digital por oferecerem todas as ferramentas básicas (editor de texto, planilha eletrônica, editor de imagem, navegador de internet, correio eletrônico etc.) e, ainda, garantirem uma solução consciente e inteligente para o lixo eletrônico”, lembra Carlos Roberto Monteiro Guimarães, diretor da CRMG Network & Security, empresa sediada em Campinas, especializada em soluções de informática. A idéia de recuperar os computadores obsoletos de seus clientes, entre eles o Center Fabril, BFETTO, Escola Associativa Waldorf Veredas e o Ateliê da Notícia, amadureceu justamente pela consciência dessas empresas, que atuam nos mais diferentes ramos de atividade, quanto aos conceitos da TI Verde (tecnologia da informação aplicada de forma sustentável), incorporados aos seus projetos de informática. “Algumas das empresas, inclusive, já estão nos solicitando projetos para verificar se parte dos equipamentos antigos pode ser ainda aproveitada em algumas áreas

operacionais, como na recepção e atendimento, por exemplo, que exigem pouco da capacidade dos equipamentos. Com isso, essas empresas acabam conseguindo uma grande economia nos custos com a compra e manutenção de máquinas (hardware), com a aquisição de programas (softwares) e até com a redução do consumo de energia elétrica”, lembra Carlos Guimarães.

Equipamentos recuperáveis Para ser transformado em um terminal de trabalho, os computadores antigos precisam ter apenas uma placa mãe, um processador (a partir do k6-2) e 128 Mb de memória, além, é claro, de uma placa de rede. Isto porque todos os dados (arquivos) e o sistema operacional estarão armazenados somente no servidor, que compartilha o uso das funcionalidades (CD-ROM, DVD, impressoras etc.) com os usuários dos demais terminais. O servidor a ser utilizado será dimensionado de acordo com o número de terminais que a ele serão conectados e com as aplicações que os usuários necessitarão. Para que uma rede com até seis terminais tenham uma velocidade bastante satisfatória, por exemplo, será necessário um processador (do tipo AMD Athlon XP 1700, 1024 de memória e um HD de 60 GB). Não há gastos com software já que o sistema operacional utilizado é o Ubuntu (Linux), um software livre, ou seja, não precisa ser comprado, pois é disponibilizado gratuitamente a qualquer interessado. Já o servidor e o switch para

permitir o trabalho em rede e a conexão dos equipamentos à internet precisam ser adquiridos e custam cerca de R$ 800,00 e R$ 60,00, respectivamente, mas, muitas vezes os antigos podem ser reaproveitados quando da substituição por modelos mais potentes. “Alguns deles nós compramos para garantir a doação do sistema operacional completo e pronto para a utilização pelas entidades e instituições. Mas estamos também procuramos parceiros que tenham interesse em doar estes equipamentos para ampliarmos o atendimento aos projetos e programas de informática social”, acrescenta Carlos Guimarães. Embora existam empresas que se ofereçam para comprar a sucata eletrônica, o valor pago é irrisório: R$ 0,10 o quilo, na Sucatas Bim, por exemplo, empresa que já se comprometeu com a CRMG a doar os equipamentos em condição de recuperação para doação às instituições. Por isso é muito mais razoável recuperar esses equipamentos e doá-los para quem precisa. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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COLUNISTA

A sua imagem trabalha contra ou a seu favor? A nossa imagem é a primeira impressão que é estabelecida num instante e dizemos que uma pessoa tem estilo quando esta impressão se mantém ao longo do tempo em um mesmo padrão de apresentação. Por Rosely Jorge

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ercebemos e tomamos decisões com base nas imagens captadas, sendo o inverso também verdadeiro, ou seja, somos também avaliados pela imagem que transmitimos aos outros. Tão instantâneo quanto o olhar, é a imagem que fazemos de tudo e principalmente de nós mesmos. Aliás, não existe julgamento de valor mais importante, fator mais decisivo para o autodesenvolvimento do que a avaliação que fazemos de nós mesmos. Essa avaliação é algo geralmente sentido, não um julgamento consciente e verbalizado, mas uma sensação – mais precisamente uma impressão – que é difícil de discriminar e identificar, porque nunca deixa de estar presente; é o pano de fundo de todas as outras sensações; o contexto básico ou o reduto de todas as reações. Esta auto-impressão particular afeta profundamente o processo de pensar, as emoções, os desejos, os valores, as metas e a maneira de interpretar o sentido de determinados acontecimentos. É a única chave de que dispomos para o nosso comportamento. Se você já sabe o que fortalece a sua auto-estima e o que fazer 46

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para protegê-la, e em que medida sua auto-estima influi em suas escolhas e reações, você atingiu um alto grau de compreensão de si mesmo. O grau de sua auto-estima influi profundamente em todos os aspectos de sua vida: como você constrói a sua imagem, como você se apresenta nos vár ios contextos, tanto social quanto profissional, pessoal, familiar e afetivoamoroso, influenciando no como você se relaciona com as pessoas e até consigo próprio.

Auto-estima: fator determinante de sua imagem

A auto-estima se traduz por uma sensação de capacidade para enfrentar os desafios da vida e de ser digno de felicidade. Traz em si dois elementos: a sensação de eficiência e auto-respeito. Daí é muito simples concluir que a sua imagem é a materialização da sua auto-estima projetada. A auto-estima é o primeiro referencial para construirmos a nossa imagem, e poderíamos dizer que ela é o filtro de nossa avaliação dos demais. A nossa imagem é a primeira impressão que é estabelecida num instante e dizemos que uma pessoa

tem estilo quando esta impressão se mantém ao longo do tempo em um mesmo padrão de apresentação. É quase uma marca e uma singularidade que distingue uma pessoa, dando-lhe identidade. A imagem possui dois caminhos: o interior (como você se vê)


COLUNISTA e o exterior (como você é visto) e um trabalho direcionado para a melhoria de sua imagem deve considerar como você gostaria de ser percebido. Se você concorda com a teoria “a primeira impressão é a que fica”, que se baseia em numerosas pesquisas sobre poder e influência, em apenas dez segundos alguém o terá avaliado da cabeça aos pés e decidido se o leva a sério ou se o descarta de uma vez. E tudo o que ele fez foi olhar para você. Os julgamentos são feitos a partir de informações adquiridas não apenas com os olhos, mas com todos os sentidos.

Os Elementos da Imagem Imagem corporal Muito se comunica por outros meios que não a aparência, a voz e as palavras. Embora a sua fisionomia seja o centro da sua comunicação, os gestos através de seu corpo gritam mensagens o tempo todo. Até sem dizermos uma palavra, podemos ser notados pela postura. Seus olhos são as janelas de todo o seu corpo e transmitem todo o estado de ânimo daquele momento. A imagem corporal é, de modo geral, inconsciente e precisa, indo muito além do que você possa ter como peças de seu vestuário. Apesar dos avanços da medicina estética, não escolhemos os atributos físicos com os quais aportamos no mundo e a natureza física de cada um é algo que temos que saber administrar. A apresentação pessoal positi va é saber compor todos os seus recursos, internos e externos, em movimentos harmônicos com os seus objetivos para realização. Imagem falada Seu modo de falar, que diz respeito ao seu tom de voz, ao volume (alto ou baixo) que adota, ao tom (grave ou agudo), à velocida-

de, à dicção e a ressonância, bem como, o seu sotaque. O conteúdo do que diz não é menos importante do que a forma como diz. O bom conhecimento do idioma que você utiliza como expressão, faz a diferença. Imagem escrita Os textos que você escreve revelam muito a re speito de sua imagem pessoal e daquilo que representa: uma organização, uma profissão, uma associação. O texto ruim projeta imagem ruim e com o avanço tecnológico em que as pessoas são linha e staff de seu próprio trabalho, é óbvio que em um simples envio de e-mail a sua imagem está sendo percebida. Podemos dizer que uma ima-

gem bem construída deve levar em conta três pilares de sustentação: Conhecimento e conteúdo – (interno e externo) que define a competência com a qual construímos a nossa imagem, face aos objetivos que queremos alcançar. Relacionamento – que é o seu networking fazendo com que sua imagem encontre um campo fértil para realizar seus objetivos. Apresentação – que a adequação ao contexto de atuação, seja pela linguagem corporal, pessoal, escrita ou falada. *Rosely Jorge é psicóloga clínica e organizacional com mais de 20 anos de experiência em Planejamento de Vida e Carreira, Marketing Pessoal e Administração do Stress. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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TECNOLOGIA

Contagem regressiva para a Certificação Digital Empresas brasileiras têm até o final de junho para adotar a certificação digital, pois toda a comunicação com a Receita Federal do Brasil terá que ser, obrigatoriamente, feita por documento eletrônico. Da Redação

U

ma verdadeira corrida pelo documento digital deverá ocorrer nos Brasil nas próximas semanas. Até o final de junho deste ano, as 1,4 milhão de empresas brasileiras que optaram pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido deverão apresentar as declarações à Receita Federal do Brasil com a utilização da certificação digital. A orientação é que os empresários não deixem a aquisição para a última hora, evitando, assim, congestionamento e o risco do não-cumprimento do prazo estipulado pela Receita Federal do Brasil. A data limite para a adesão da certificação digital às empresas com regime de Tributação baseado no Líquido Presumido é no dia 30 de junho. Até lá, para atender de forma ágil e facilitada a essa nova demanda, a Fenacon (Federação Nacional de Empresas Contábeis, de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas) e a Certisign, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de certificação digital, assinam na próxima terça-feira (dia 23.02) uma parceria para facilitar a utilização do certificado digital no Brasil. Para os empresários de todo o país, a principal vantagem da parceria está na possibilidade de 48

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Data limite para a adesão da certificação digital às empresas com regime de Tributação baseado no Líquido Presumido é no dia 30 de junho adotar o sistema com uma logística facilitada a preços mais justos, gerando economia e segurança no processo. Segundo a Receita Federal do Brasil, a medida valerá a partir deste ano, mas se aplicará às declarações de qualquer exercício, não somente das referentes aos períodos de apuração de 2010. “Essa mudança afetará um universo de 1,4 milhões de contribuintes, com um custo para a emissão do certificado de aproximadamente R$ 200,00 para o recebimento do smartcard e/ou token e a instalação do programa no computador”, explica o presidente da Fenacon, Valdir Pietrobon. Ele destaca que o uso da certificação digital é um estímulo para a informatização na comunicação de dados e adoção de tecnologias de ponta no sistema empresarial brasileiro.

Segurança e desburocratização

Entre as vantagens da certificação digital para as empresas brasileiras é a segurança na hora de enviar documentos importantes. “Com o certificado digital é seguro declarar os impostos. É a assinatura eletrônica que garante a identidade de quem está enviando a declaração”, ressalta Pietrobon. Outro ponto positivo é o menor tempo, pois a certificação digital possibilita o acesso de informações online, permitindo, por exemplo, a impressão de declarações já enviadas e o envio de novas informações à Receita Federal do Brasil, sem precisar ir pessoalmente para tais atos. Pietrobon também destaca que os processos serão menos burocráticos. “Antes, tudo o que era solicitado tinha que ter a assinatura do responsável, autentica-


TECNOLOGIA dado de forma equivocada leve quatro semanas por ano para ser encontrado. A certificação digital é uma tecnologia sem volta e imprescindível para qualquer profissional”, reforça.

Certificação digital

Com o certificado digital é possível fazer pesquisa da situação fiscal, negociar parcelamentos, fazer ratificações dos DARFs, solicitar certidão negativa e obter cópia de declaração ção, reconhecimento de firma em cartório. Agora, com o certificado digital, você elimina todos esses procedimentos, garantindo confiabilidade e agilidade ao processo”, enfatiza. A tecnologia proporciona também agilidade e redução de custos com a desmaterialização de processos que possibilita a eliminação de papel, além do maior aproveitamento do espaço físico, já que todo e qualquer documento assinado digitalmente tem validade jurídica.

Para José Luiz Poço, presidente da Certisign, é fundamental que o país se adeque à chamada ‘Era Paperless’. “Ainda mais quando se têm dados de que devido à má gestão, a cada 12 segundos, um documento é perdido e resulta em um custo médio de US$ 120 para recuperá-lo. Com a enorme demanda de informações e dados que as empresas precisam armazenar, somente no Brasil são guardados cerca de 84 bilhões de documentos. E as pesquisas comprovam que um documento guar-

O certificado digital é um documento eletrônico de identidade de pessoa física ou jurídica. Com ele, é possível fazer pesquisa da situação fiscal, negociar parcelamentos, fazer ratificações dos Documentos de Arrecadação de Receitas (DARFs), solicitar certidão negativa e obter cópia de declaração. “Pela internet, o certificado digital é uma forma de garantir a legitimidade das transações e a segurança das partes envolvidas”, explica o presidente da Fenacon. A assinatura eletrônica de documentos pela internet é feita passando um cartão pessoal (smart-card) e digitando a senha numa máquina de leitura ótica conectada ao computador. É utilizada para garantir a autenticidade, a privacidade e a inviolabilidade das mensagens e documentos tramitados eletronicamente. Por ser pessoal e intransferível, ela funciona como uma espécie de carteira de identidade virtual que permite a identificação segura do emissor e do destinatário da mensagem em rede. O processo de certificação utiliza procedimentos lógicos e matemáticos bastante complexos para assegurar confidencialidade, integridade das informações e confirmação de autoria. Para isso, são utilizados dados do titular, como nome, e-mail, CPF, chave pública e assinatura da autoridade certificadora que o emitiu. Diversos setores da economia e do cotidiano brasileiro adotam a certificação digital. Planos de saúde, bancos, sistemas de segurança, cartórios e empresas que exportam produtos têm na certificação digital uma ferramenta de uso constante. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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TECNOLOGIA Convergência digital: como fazer o site entrar no celular? Com o crescimento da utilização de smartphones no Brasil, especialmente do iPhone da Apple, sites e portais comerciais começam a ganhar sua versão especial para celulares.

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brasileiro é o povo que mais gasta tempo na internet, cerca de 45 horas por mês de acordo com o Ibope Nielsen Online. Com a convergência digital para o aparelho celular e o barateamento da telefonia móvel esse número de horas deverá aumentar e impulsionar a criação de home-page para o telefone. Hoje, praticamente todos os serviços gratuitos do Google, Flickr, Evernote e Twitter já tem a versão para iPhone. Com o crescimento da utilização de smartphones no Brasil, especialmente do iPhone da Apple, sites e portais comerciais começam a ganhar sua versão especial para celulares. “No geral, a procura ainda é pela otimização do site tradicional”, explica Estevam Romera, sócio da agência de webdesign VSEIS. A demanda é quase exclusiva para o iPhone da Apple. Grandes sites nacionais, como o Globo.com e o UOL, e também internacionais, como o Google e o Flickr, optaram por sites específicos para o iPhone. “Para se ter uma idéia, em diversos portais que monitoramos na VSEIS, o iPhone é o único que realmente aparece nas estatísticas. Por exemplo, há sites que registram 261 acessos por Linux, 169 acessos por iPhone e apenas um por Blackberry, ou seja, embora o Blackberry domine o mercado corporativo, o iPhone é o único celular realmente usado para acessar a internet”, explica. 50

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Esses sites apresentam layout mais vertical, com botões e letras maiores, facilitando a navegação e leitura em telas pequenas. E também são mais enxutos porque a área para dispor as informações é menor. No mercado, existem duas opções para se criar uma versão para smartphones. A mais procurada é uma otimização do site original que não compromete a navegação no iPhone, já que ele ainda não suporta uso do flash e alguns recursos Ajax. A segunda, mais cara, é desenhar um site exclusivo para telefones celulares. O custo para redesenhar o site para o telefone celular depende do tamanho que possui a página a ser transposta, mas pode chegar a 80% do custo de uma home page tradicional. Para o usuário, a diferença principal é a diagramação mais adequada à tela do telefone e também a velocidade de navegação, já que o site para celular costuma ter menos imagens e mais texto. Essa tendência deve se consolidar. Dados do instituto de pesquisas Gartner mostram que as vendas de iPhone cresceram 141% no segundo trimestre deste ano no Brasil. De acordo com o levantamento, foram comercializados nesse período 108,2 mil unidades do aparelho, contra 44,8 mil celulares vendidos nos primeiros três meses de 2009 apenas para o mercado doméstico, não incluindo

vendas para empresas. Isso representa 1% do mercado de celulares do Brasil. O BlackBerry representa 1,8%, com cerca de 300 mil aparelhos vendidos no país. Ainda segundo o instituto, o segmento que mais cresce na indústria mobile é o da venda de smartphones. Em 2009, a venda mundial desse tipo de aparelho já alcançou a marca de 40 milhões de unidades vendidas, um crescimento de 27% na comparaç&ati lde;o a 2008. Esse crescimento provoca. Exemplo disso é a empresa LCA, uma das maiores consultorias econômicas do Brasil, que recentemente disponibilizou seu site para navegação em celulares porque seus clientes utilizam muito o acesso móvel. O perfil de seus clientes é de pessoas que utilizam o smartphone para obter informações de forma rápida, em qualquer horário, e de qualquer lugar. “Seguindo a tendência de mercado, e principalmente atendendo ao perfil do nosso cliente e à demanda por uma base de dados precisos que o auxilie na tomada de decisões, disponibilizamos todo conteúdo do nosso site para dispositivos móveis. Dessa forma, nosso cliente pode ter acesso ao nosso banco de dados e às demais publicações, a qualquer momento - no trânsito, durante uma reunião, no in tervalo de seus compromissos”, explica José Gregório Rodriguez, Diretor de Marketing da LCA.


COLUNISTA

A revolução da velha senhora *Por Marcelo Safatle

T

ecnologia que nasceu nos mainframes da década de 60 e chegou aos PC´s nos idos de 1998, a virtualização nunca foi tão atual e revolucionária. Especialmente por sua capacidade de viabilizar a computação em nuvem que promete ser a primeira possibilidade real de levar soluções sofisticadas em sua essência, mas simples em sua utilização, por preços acessíveis para as pequenas e micro empresas. Como já foi comprovado, se bem gerenciada, ela diminui a utilização de espaço físico - até então ocupado por inúmeros servidores - reduzindo assim os gastos com energia elétrica. Adicionalmente, oferece total flexibilidade para instalação de aplicações, que vão desde hospedagem de sites, sistema corporativo, plataformas voip, servidor de games e tudo mais que é utilizado na computação tradicional. Tudo isso, porque basicamente a virtualização viabiliza servidores virtuais que tem a capacidade de rodar diferentes sistemas operacionais, ao mesmo tempo, tendo a possibilidade de executar diferentes aplicações. De acordo com estudos da consultoria ID, foi constatado que atualmente 42% das grandes e médias empresas brasileiras já utilizam a virtualização em TI. Os pequenos empreendedores também já enxergam na virtualização a possibilidade de ampliar seu próprio negócio e ao mesmo tempo visam às vantagens desta tecnologia.

O espaço físico, sobrecarga de servidores, refrigeração e os gastos com energia elétrica, grandes problemas para os data centers, são amenizados com a adoção total ou parcial da virtualização. Afinal, só a conta de energia pode sofrer queda de 30% no final do mês. E o impacto mais positivo ainda vai parar na conta do cliente. Uma pesquisa do Gartner Group, realizada no final do ano passado, constatou que em 2009 o faturamento mundial de software de virtualização cresceu cerca de 43%. Isso resultou na economia de aproximadamente US$ 2,7 bilhões. Para este ano, a expectativa é que este número cresça ainda mais. Com esse conjunto de fatores e acompanhando de perto este ni-

cho de mercado, percebi que este impulso no fluxo de crescimento na utilização desta tecnologia não deve parar de crescer tão cedo. Posso afirmar que esta tecnologia tem a capacidade de promover impactos significativos de retorno aos investimentos feitos pelos pequenos e médios empreendedores em pouco tempo. Sem dúvida alguma a virtualização hoje é um exemplo de consolidação de uma tecnologia que atende sob medida a real necessidade das pequenas e médias empresas, que buscam soluções cada vez mais ágeis e confiáveis para o crescimento e consolidação de seu próprio negócio. *Marcelo Safatle é diretor executivo da Hostlocation. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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MERCADO

Crescendo a passos largos Oparadora de telefonia IP Tesa Telecom cresce ano após ano e projeta dobrar o faturamento em 2010 com perspectivas de melhora na qualidade e alcance da banda larga em todo o País.

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ascida na cidade de Porto Alegre, durante o ano de 2005, a Tesa Telecom aproveitou o crescimento do mercado de banda larga no Brasil para também crescer no segmento de telefonia IP. A empresa, que teve entre seus primeiros clientes de serviços e soluções VoIP, o grupo RBS – subsidiária da rede Globo no Rio Grande do Sul – e o portal Terra – um dos maiores da América Latina, hoje já figura entre as principais operadoras de telefonia IP do Brasil. Não somente pelos clientes de renome, como o WTC São Paulo, o Terra e a RBS, mas também pelo reconhecimento de mercado de marcas como o Click to Call e o Softphone, ferramentas desenvolvidas por ela, a Tesa tem chamado atenção no mercado. Em 2009, a companhia faturou R$ 12 milhões, e para 2010 tem previsão de faturar em torno de R$ 25 milhões. O otimismo quanto ao crescimento vem de diversos fatores, desde a adoção da política de canais de venda, ocorrida há dois anos atrás, até o desenvolvimento tecnológico e a expansão da cobertura da banda larga no País e chega a vislumbrar o Plano Nacional de Banda Larga, com anúncio por parte do governo prometido para o mês de abril desse ano. Em uma breve conversa com o Diretor Comercial e de Marketing da Tesa Telecom, Luciano Monte52

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negro de Menezes, a Revista Inter IT pode descobrir um pouco mais sobre a empresa gaúcha.

Revista Inter IT: Como foi o surgimento da Tesa Telecom? Como se desenvolveu o processo de nascimento da companhia? A idéia de atuar nesse segmento, histórico de atuação dos fundadores etc. Luciano Menezes: A TESA foi fun-

dada pelo seu atual presidente Roberto Miranda, logo após sua saída do Grupo RBS. Atento a uma necessidade dos grandes grupos de mídia no segmento web, iniciou-se um trabalho para criação de um software de Telecom que os atendesse nas novas demandas que estavam surgindo. A empresa também investiu no crescente mercado IP e concentrou seus esforços através de sua plataforma de software, gerando serviços de telecom. A empresa nasceu em Porto Alegre onde ainda mantém filial com seu grupo de desenvolvedores, a fundação da matriz em São Paulo foi devida a estratégia de multiplicação do negócio, que tem superado os objetivos atuando com o modelo de negócio do tripé de software, serviços de Telecom e minutos.

Revista Inter IT: Como é o modelo de negócios e a forma atual da Tesa atuar? Quais as principais diferenças entre fornecer software

de telefonia IP e atuar como uma operadora de Telecom realmente? Luciano Menezes: A TESA atua

atualmente com operação 100% focada no cliente, oferecendo um extenso portfólio de produtos de Telecom, com forte atuação em serviços baseados em sua plataforma IP. A empresa também


MERCADO oferece o serviço de Outsourcing e passou a operar recentemente em grandes empreendimentos como o complexo WTC São Paulo, Office Tamboré, West Point, Murano e West Side. O diferencial da empresa é oferecer diversos serviços através de seu software. Com a criação do Softphone e produtos como Clik to Call, que ganharam a confiabilidade do mercado, a TESA ganhou uma grande força e hoje é responsável por 90% destes serviços prestados no país. Já na área de telefonia a TESA não somente presta serviços como é uma operadora STFC com número válido e CSP 038, além disso a empresa tem se diferenciado com a prestação de serviços personalizados e com a flexibilidade de atender aos clientes conforme sua real necessidade.

Revista Inter IT: Qual foi e como foi o processo de conquista do primeiro cliente (ou os primeiros) da Tesa? Luciano Menezes: Os dois primei-

ros clientes da TESA foi o Grupo RBS com a inovadora ferramenta de ligação via Call Back o Click to Call e o portal Terra com a criação de um softphone totalmente personalizado, que é comercializado até hoje através do Terra VoIP aos clientes do Terra.

Revista Inter IT: Em termos de números e resultados (carteira de clientes, distribuidores, parceiros, faturamento, lucro, investimento, cobertura etc.), qual o histórico de desenvolvimento da empresa em seus quatro anos de existência? Luciano Menezes: A TESA em seu

primeiro ano faturou R$ 500 mil, no segundo ano R$ 2 milhões, no terceiro ano R$ 7 milhões, e quarto ano R$ 12 milhões e a previsão para 2010 será de R$ 25 milhões. A carteira de clientes acompanhou esta evolução de faturamento e outra grande força para esse crescimento foi a política de canais

de venda iniciada há dois anos e que hoje conta com mais de 120 em todo país. Nossa força de vendas está concentrada em São Paulo, e recentemente operando também na filial em Goiânia, na região de Campinas, RJ e BH.

Revista Inter IT: Qual foi o lucro da companhia em 2009? Luciano Menezes: O lucro não é divulgado.

Revista Inter IT: Em 2009, a empresa cresceu 37%, quais os principais fatores que levaram a esse resultado? Quais as metas e previsões – em termos de resultado – para o ano de 2010? Luciano Menezes: O principal fa-

tor para este crescimento foi: crescimento da carteira de clientes através da força de nossos canais de vendas, aquisição de novas carteira de clientes, abertura de uma nova unidade de negocio para Outsourcing de Telecom em empreendimentos. A meta segue na mesma linha que 2009 com um crescimento previsto de 12 milhões para 25 milhões em receita.

Revista Inter IT: A qualidade da atual infraestrutura de banda larga (fixa e móvel) no Brasil já possibilita chamadas IP eficientes, com a qualidade esperada? Luciano Menezes: Sim. Sabemos

que existe espaço para melhora, mas já esta bem melhor do que 5 anos atrás. O crescimento das chamadas IP esta diretamente ligado a BL. Se a banda larga tivesse crescido em proporções maiores, certamente a TESA ao invés de crescer 37% dobraria ou triplicaria de tamanho.

Revista Inter IT: Como a empresa enxerga a difusão da banda larga pelo País, prometida pelo Governo Federal através do Plano Nacional de Banda Larga? Será positivo para o segmento da empresa ou ainda não há uma idéia clara de

como essa banda larga chegará ao restante do País? Luciano Menezes: Com certeza

este fator é importantíssimo e positivo para nosso segmento, mas Banda Larga por si só não surge efeito no nosso segmento, é muito necessário que haja qualidade e velocidade na conexão. Uma coisa é a democratização da BL para conexão de internet, acesso web e outra coisa é uma conexão que suporte voz com qualidade. Muitas cidades no Brasil ainda não possuem uma internet de qualidade suficiente para uma conexão IP.

Revista Inter IT: Novas tecnologias de banda larga móvel, como o LTE e o WiMAX, têm, de fato, potencial para revolucionar o setor? Luciano Menezes: Sem duvida nenhuma. Obviamente sempre levando em conta a questão anterior de qualidade e velocidade na conexão IP.

Revista Inter IT: A telefonia IP pode superar (ou já supera) em números, a telefonia convencional fixa e móvel? Luciano Menezes: De forma alguma, tem muito campo a ser explorado. Em alguns países a conexão IP já foi superada, mas não no Brasil.

Revista Inter IT: A Tesa trabalha com ações voltadas para sustentabilidade, meio ambiente e/ou responsabilidade social? Se sim, quais? Luciano Menezes: Desde o inicio

a empresa tem a atenção voltada a ações de sustentabilidade. Hoje a nossa atuação é principalmente com ações internas devido ao fato de ser uma empresa jovem, mais que tem resultados devido a seus colaboradores também serem jovens e aderirem facilmente a essa conscientização. Mais há muito o que ser feito e em 2011 temos em nosso planejamento ações para que a nossa atuação seja fortalecida também no ambiente externo. www.corpbusiness.com.br | Inter IT

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COLUNISTA

Internet quarentona ainda não se mostrou inteiramente ao Brasil Por Emílio Loures

O

mundo atual é inconcebível sem internet. Após 40 anos desde que dois computadores de uma universidade se conectaram na Califórnia (EUA), 1,5 bilhão de pessoas fazem parte da rede mundial de computadores em todo o mundo, concretizando o que o filósofo Marshall McLuhan previu na década de 60: a transformação do mundo em uma aldeia global. Hoje é possível acompanhar em tempo real a situação na Palestina pela visão de seus moradores, realizar cirurgias à distância, desenvolver projetos colaborativos espalhados por diversos países, trocar mensagens com amigos e fazer compras sem sair do conforto de casa. Os principais fatores para essa propagação da internet foram o aprimoramento da tecnologia, o desenvolvimento e popularização dos computadores pessoais, além da diminuição do preço da conexão. Para se ter uma idéia, a maioria das casas na Coréia do Sul possui internet veloz, com conexões entre 50Mb/s e 100Mb/s, a um preço inferior a US$ 20 por mês. Em outros países, no entanto, seus habitantes não tem as mesmas possibilidades de conexão, muitas vezes pagando caro por isso e com um uma qualidade de acesso inferior. O Brasil é um desses tristes exemplos. Em algumas áreas do país as pessoas vivem como se a internet ainda não tivesse sido desenvolvida. São milhões de habi54

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tantes que não podem provar os seus benefícios e se preparar para atuar na sociedade do conhecimento do século XXI, que necessariamente passa pela alfabetização digital. Em muitos locais, é possível encontrar apenas conexão discada, com velocidade só existente nos primórdios da internet. Mesmo nos locais com acesso à banda larga, como São Paulo, o consumidor tem que escolher entre uma variedade limitada de prestadoras de serviços, conexões com velocidades que nem de longe lembram as dos países maduros e pagar um dos preços mais caros do mundo. Segundo um estudo divulgado pela Cisco, a penetração da banda larga no Brasil é de pouco mais de 5%, sendo que em algumas regiões, como o Nordeste, ela não chega a 2%. A propagação de dados Banda larga é critica para um país como o Brasil e a tecnologia WiMAX é uma alternativa para conectar o território com um excelente custo-benefício. Considerando as proporções continentais do nosso país, é fácil deduzir as dificuldades de se alcançar regiões remotas por cabo. Imagine conectar cidades amazônicas via cabo. Seria uma tarefa praticamente impossível. A tecnologia WiMAX foi desenvolvida dentro de um padrão de mercado e é uma solução criada para a transmissão de dados. Além

disso, tem a melhor relação custobenefício, com performance superior, além de poder ajudar a reduzir o abismo tecnológico e promover a inclusão digital. Essa possibilidade é um dos principais impulsionadores da adoção da tecnologia no mundo. Atualmente já há mais de 480 implementações nos diversos países e mais de 180 produtos certificados pelo WiMAX Fórum. E a tendência é de crescimento. Um estudo da Telecoms & Media aponta que 66 milhões de pessoas utilizarão WiMAX ao redor do mundo em 2012. O Brasil não precisa esperar mais para conectar sua população ao século XXI, pois concentra condições ideais para isso. Já existe uma cadeia produtiva preparada para atender a demanda e produtos certificados. O espectro, no entanto, é o fator crucial. Entendemos que a faixa de 2,5 GHz , agora em discussão, oferece uma ótima oportunidade para tanto, desde que preparada de forma neutra e flexível. Outro ativo fundamental nesse processo é a faixa de 3,5 GHz, cujo leilão foi interrompido em 2006. Para que haja melhor oferta competitiva de serviços de banda larga sem fio em áreas hoje precariamente atendidas não há grande mistério: as tecnologias estão disponíveis, a indústria possui os equipamentos e a demanda continua reprimida. *Emílio Loures é Diretor de Assuntos Corporativos da Intel Brasil


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