IPHONE 4 INVADE O MUNDO CORPORATIVO
ATRAIR E RETER TALENTOS: FUNÇÕES VITAIS PARA ORGANIZAÇÕES DE TI TI VERDE E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA BANDA LARGA É LENTA E CARA, APONTA ESTUDO
RENATO OSATO Vice-Presidente da Amdocs Brasil
“O desafio é simples: é crescer” 1
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EDITORIAL Go mobile!
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ão há como negar, a mobilidade é, cada vez mais, parte integrante da vida do ser humano moderno, uma criatura estranha e sempre apressada, que muitas pessoas hoje convêm em chamar de “Homo Conectadus”. Vivemos na sociedade da informação, onde ideias, insights, pensamentos, notícias e opiniões voam pelo mundo cada vez mais rápido; e o Homem Moderno (ou Homo Conectadus) não pode nem pensar em ficar fora desse ciclo virtuoso (por que não dizer vertiginoso?) de informações que gira a sua volta. Onde quer que estejamos – presos no trânsito, fazendo compras no shopping, caminhando pelo parque ou esperando o avião na sala de embarque de um aeroporto em Bangcoc - queremos estar informados, acessíveis aos outros e acessando tudo aquilo que veríamos se estivéssemos em casa ou no escritório. Não que exista a obrigação de nos mantermos online full time, pelo menos não para todos, ainda assim precisamos ter a sensação de ter aquela informação à mão para o momento que nos der vontade de acessá-la. Acredite, por mais que alguns neguem, a grande maioria já se acostumou e gosta dessa vida conectada “anytime, anywhere”. Quer uma amostra disso? Veja a explosão nas vendas dos celulares inteligentes, que – além dos tradicionais serviços de voz e SMS – integram funções de conectividade com a internet, e-mails, redes sociais etc. para fora do mundo corporativo, chegando a cada vez mais usuários finais. Muito disso se deve às verdadeiras “estações de entretenimento” que aparelhos como o iPhone e os Androids são, é fato. E a toda diversão que proporcionam aos usuários, por assim dizer, não profissionais de smartphones, mas não se pode ignorar a sobrecarga que esses novos dispositivos com funções de conectividade mais amigáveis causaram nas redes de dados de grandes operadoras mundo afora. Por isso eu digo que, hoje, estar conectado é mais que um luxo ou diferencial, é quase uma necessidade da vida moderna. E o Homo Conectadus é o representante mais ferrenho dessa nova realidade, principalmente no mundo dos negócios, onde não se pode mais ficar preso às velhas convenções e formatos. Uma tarde de reuniões no escritório pode ser bastante produtiva, é fato. Mas deixar de responder um e-mail que chegou as 18h05 porque já desligou o notebook e saiu do escritório pode ser (e provavelmente será) a diferença entre o sucesso e o fracasso no fechamento de um negócio. Vocês concordam? Discordam? Me mandem um e-mail ou um reply para @ Corpbusiness, vou dar uma saída do escritório, mas fiquem tranquilos que, onde estiver, responderei.
Diogo Pastori
Escreva para a Redação Mande críticas, opiniões, sugestões, comentários e dúvidas editor@corpbusiness.com.br Publicidade Participe das próximas edições (11) 3666-5208 (11) 3661-2785 comercial@corpbusiness.com.br
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Redação Editor Chefe Danilo Pádua danilo.padua@corpbusiness.com.br Repórter Bruna Cruz bruna.cruz@interit.com.br Designer Alan Basilio Colaboradores André Pera (fotos), Bianca Machado Branco, Christian Zaharic, Ione Almeida Coco, Marcelo Castelo, Marcelo Gonçalves, Márcio Lopes Sanson, Marco Galaz, Rodrigo Moura Fernandes, Sandra Takata, Wagner Bernardes Marketing e Eventos Leila Silva Publicidade Executivo de Contas Webert Melchior Atendimento Tatiana Lima Gerentes de Negócios Sandro Souza Eventos Jane Silva, Jaqueline Ferreira, Priscila Rocha Logística Circulação São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul e Minas Gerais Revista Inter IT Avenida Angélica, 2503 – Conjunto 148 CEP: 01227-200 Higienópolis São Paulo-SP (11) 3661-2785
Abraços.
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Diretor Diogo Pastori diogo.pastori@corpbusiness.com.br
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Assine nossas newsletters diárias e receba em seu e-mail as principais notícias dos mercados de TI e Telecom no mundo. Revista Inter IT 11, ano 3, outubro de 2010, é uma publicação bimestral da Pastori & Associados. Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista. Edições anteriores: acesse o site da revista e visualize todas as edições já publicadas em formato Virtual Paper. A Inter IT não admite qualquer tipo de publicidade redacional.
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SUMÁRIO 0MERCADO 36 China x Google: quem ganha? 52 Crescendo a passos largos TECNOLOGIA
16 Gartner destaca as principais tendências de TI para os próximos anos
38 Más escolhas custam caro 44 Reciclando solidariedade 48 Contagem regressiva para a Certificação Digital
50 Convergência digital: como fazer o site entrar no celular?
EVENTOS
20 40 Economia em alta, crédito de volta Mobilidade a toda prova
COLUNISTAS
14 A revolução das mídias digitais e TVs por assinatura
CAPA
28
Quer pagar como?
Maior empresa de pagamentos digitais do mundo, PayPal inicia operações no Brasil e abre seu primeiro escritório na América Latina em São Paulo
19 Novos obstáculos ao setor de TI 26 O excesso de informação e a desinformação 27 Como atingir a excelência operacional 33 Solução M2M cresce entre indústrias no Brasil
46 A sua imagem trabalha contra ou a seu favor? 51 A revolução da velha senhora 54 Internet quarentona ainda não se mostrou
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inteiramente ao Brasil
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CORREIO
Escreva: mande seu e-mail para editor@corpbusiness.com.br Não esqueça de colocar o nome completo e a sua cidade.
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“A revista está de parabéns! Foi um grande furo essa entrevista com o Mario Mello, presidente da PayPal no Brasil. A empresa sequer tinha anunciado o início das operações no País ainda. Eu mesma, como usuária do serviço, sequer desconfiava que eles estavam montando uma equipe e abrindo escritório aqui em São Paulo.” Paola Mendes São Paulo - SP
“Incrível como a Apple consegue criar ‘best sellers’, verdadeiros objetos de desejo. Esse iPad mesmo é um exemplo. Depois de venderem ‘montanhas’ de iPhones, ainda assim criaram um hype tão grande em cima de um aparelho que sequer possui entrada USB e venderam mais de 2 milhões de unidades nos primeiros dois meses nas lojas. Steve Jobs: meus parabéns!” Carlo Fiore São Paulo - SP
“Mobilidade é mesmo um tema muito interessante, um mercado que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos e as novas tecnologias parecem mesmo que vieram para ficar e definitivamente fazer parte do negócio das companhias. Fiquei muito interessado no congresso Mobile Intelligence 2.0, quando será a próxima edição?” Ricardo S. Sobreira Duque de Caxias - RJ
“A revista está de parabéns! Foi um grande furo essa entrevista com o Mario Mello, presidente da PayPal no Brasil. A empresa sequer tinha anunciado o início das operações no País ainda. Eu mesma, como usuária do serviço, sequer desconfiava que eles estavam montando uma equipe e abrindo escritório aqui em São Paulo.” Paola Mendes São Paulo - SP
Google VS Censura chinesa de novo? Ainda bem que eles se acertaram, não aguentava mais ouvir essa conversa furada. O Google jamais iria sair de um mercado tão grande quanto o chinês, nenhuma empresa de tecnologia que consegue entrar lá quer sair, mesmo o Google que, em matéria de buscas, sequer é líder lá, como é no resto do mundo. Acho que eles só queriam chamar um pouco de atenção, pois pra mim foi tudo marketing.” Paulo A. Vieira Porto Alegre - RJ
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TELECOMEXPRESS.WORDPRESS.COM
TELECOMNEWS
Telefónica finaliza compra da Vivo
Nokia contrata executivo da MS como CEO
Em setembro, a Telefónica confirmou a conclusão da compra da participação que a Portugal Telecom detinha no controle acionário da operadora brasileira de telefonia móvel Vivo. Seguindo o cronograma acertado entre as companhias, o grupo espanhol pagou aos portugueses a 1ª parcela no valor de 4,5 bilhões de euros. Os 3 bilhões de euros restantes da transação, avaliada num total de 7,5 bi; serão quitados em mais duas parcelas: uma em 30 de dezembro, de 1 bilhão de euros, e o pagamento final de 2 bilhões de euros, a ser efetuado em 31 de outubro de 2011.
Maior fabricante de celulares do mundo, a finlandesa Nokia anunciou, em setembro, a contratação de Stephen Elop como novo CEO da companhia, em substituição a Olli-Pekka Kallasvuo, para quem a companhia procurava um substituto há vários meses. Elop ocupava o cargo de chefe da divisão de negócios da Microsoft e assume o posto com a missão de reconduzir a fabricante de volta à briga pelo mercado de smartphones, onde perdeu terreno para a Apple, e seu iPhone, a RIM, com o BlackBerry, e os smartphones Android, de diversas fabricantes, como Motorola e Samsung. Stephen Elop, de 46 anos, é o primeiro executivo não finlandês a assumir o comando da Nokia. Antes da fabricante e da Microsoft, o executivo atuou como chefe de operações da Juniper Networks e também foi presidente global de operações da Adobe.
Versão oficial do Skype está disponível para Android No início do mês de outubro, o Skype anunciou em seu site oficial a disponibilidade de seus serviços de comunicação para o sistema operacional mobile Android, do Google. Para ter acesso ao serviço, os usuários precisam verificar se a versão do sistema operacional é a 2.1, ou superior. O aplicativo poderá ser baixado no próprio site do Skype ou na própria loja virtual do Android. “Skype foi testado em aparelhos HTC e Motorola com Android OS 2.1 e superior. Ele pode funcionar em outros telefones Android, mas não podemos garantir total funcionalidade ou compatibilidade. Nós estamos cientes de alguns problemas com o Samsung Galaxy S, mas nós estamos considerando estas diferenças para o futuro”, declarou a companhia. Usuários chineses e japoneses não terão acesso a ferramenta por meio da Android Market.
Visa testa m-payment no metrô de NY Em setembro, a Visa anunciou sua participação em um projeto piloto de pagamentos móveis via “contactless” (tecnologia sem contato físico utilizada em terminais específicos tanto com cartão de crédito quanto com celular) no sistema público de transportes da cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Segundo o anúncio da companhia, a partir de agora será possível aos usuários do sistema pagarem as tarifas do metrô com seus cartões de crédito Visa ou seus celulares. O piloto também está funcionando para pagamento das tarifas nos trens e ônibus da cidade norte-americana. O projeto piloto de Nova York utiliza a tecnologia Visa payWave, baseada em um pequeno chip eletrônico incorporado ao telefone celular ou aos cartões de pagamento que se comunica de maneira segura com leitores específicos para o “contactless”, em transações semelhantes às que vemos nos ônibus, trens e metrôs da cidade de São Paulo, com o uso do cartão do Bilhete Único.
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INTERITNEWS
Ações de Apple e Google são negociadas no Brasil No último dia 5 deste mês, a Apple e o Google passaram a ter suas ações negociadas no Brasil. Além das duas gigantes da tecnologia, outras 8 empresas estrangeiras passaram a ter seus papéis negociados na BM&FBovespa. Somente fundos de investimentos, administradores de carteiras e instituições financeiras podem negociar os papéis dessas empresas, por meio de certificados de ações estrangeiras, BDRs - Brazilian Depositary Receipt. O grupo alemão Deutsche Bank é o responsável por receber os depósitos dos ativos. Uma ação ordinária da Apple negociada pela Nasdaq será equivalente a dez BDRs no mercado brasileiro.
Novo Android da Acer vaza na internet Em setembro, um blog russo de tecnologia divulgou imagens do novo smartphone Android da Acer, o Liquid Metal. O aparelho terá o corpo inteiramente metalizado e rodará a última versão do sistema operacional Android – a 2.2 – codinome Froyo (Frozen Yogurt). Das poucas especificações conhecidas a respeito do novo aparelho, sabe-se que terá tela capacitiva sensível ao toque de 3,6 polegadas com resolução de 800x480 pixels; processador Qualcomm de 800 MHz, além de uma unidade de processamento gráfico (GPU) dedicada. O aparelho terá memória RAM de 512 MB, conectividade via Bluetooth 3.0 e suporte a cartões micro SD. Nenhuma informação a respeito de preço do novo aparelho é conhecida.
Zuckerberg: o mais influente da Era da Informação
Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, foi eleito pela revista Vanity Fair como o homem mais influente da “Era da Informação” em 2010. A lista divulgada pela publicação é composta por 100 nomes dos mais variados segmentos. Zuckerberg, de 26 anos, criou a rede social mais popular do planeta, com mais de 500 milhões de usuários, em 2004, quando estava na Universidade de Harvard. Em segundo lugar da lista está Steve Jobs, CEO da Apple, seguido dos fundadores do Google, Sergey Brin e Larry Page, e do atual CEO do gigante das buscas, Eric Schmidt.
Nokia “reina” na publicidade móvel Segundo pesquisa da InMobi, principal rede de publicidade móvel do mundo, a Nokia detém hoje quase 50% do mercado global de publicidade móvel, percentual maior até que a sua participação no próprio mercado de celulares. O relatório traz a Nokia a frente da popular Apple, com seu iPhone. Em julho, 48% dos anúncios da InMobi foram para os celulares da companhia finlandesa ou seus smartphones, com sistema operacional Symbian, que tiveram 26% e 22% de participação, respectivamente. A Apple, com o iOS, ficou com 8% dos anúncios, enquanto os smartphones Android, e os BlackBerry - da RIM - receberam somente 3% da publicidade da InMobi, cada. O WebOS, da Palm, teve 1% das ações, enquanto outros sistemas ficaram com os 37% restantes das ações. 8
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Google lança Street View no Brasil Em setembro, o Google lançou oficialmente o serviço Street View no Brasil. Para quem não conhece, a função presente no Google Maps permite aos usuários visualizarem as ruas (no nível do chão) em 360° através de imagens capturadas por veículos equipados com câmeras especiais. De acordo com a própria empresa, o serviço inicialmente estará disponível para 51 municípios brasileiros, incluindo as principais cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte; além de suas respectivas áreas metropolitanas.
Ex-executivo da Cisco assume o Skype No início deste mês, Tony Bates foi anunciado como novo chefe-executivo da empresa de serviços de comunicação online Skype. Bates, até então, era responsável pela unidade de negócios de pequeno porte na Cisco, uma divisão com receitas anuais de US$ 20 bilhões e cerca de 12.500 empregados. Além disso, ele também foi o encarregado pela tecnologia de voz do grupo. Joshua Silverman, atual executivo do cargo, se afastará e a expectativa é que Bates assuma o posto ainda no final do mês de outubro. O executivo possui 43 anos e já atuou numa série de conselhos de empresas de tecnologia como o YouTube.
Apple “facilita” vida da Adobe A Apple está facilitando a vida dos desenvolvedores de aplicativos para suas plataformas e, por consequência, dando mais abertura a alguns fornecedores de tecnologia, inclusive a sua “arqui-inimiga” Adobe, com o famigerado Flash. A companhia de Steve Jobs começou a autorizar o uso limitado de ferramentas controladas por terceiros, como é o caso do Flash, na criação das aplicações para a App Store. A Apple havia sido duramente criticada por diversos programadores em função de suas exageradas restrições a determinadas tecnologias nas aplicações para seus dispositivos, o que impedia os desenvolvedores de apps de utilizarem uma ferramenta amplamente usada como o Flash nos aplicativos para iOS, sistema operacional dos populares iPhone, iPod Touch e iPad.
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Office Online chega as contas brasileiras do Hotmail No final de setembro, a Microsoft divulgou que as principais funções do Office Web Apps, versão online de seu pacote de produtividade, foi disponibilizada para os usuários brasileiros do Hotmail. Através dele, qualquer usuário do Hotmail que acessando sua conta - visualizar a opção Office disponível no menu do e-mail, terá a possibilidade de utilizar o pacote Office Web Apps - que inclui o Word, Excel, PowerPoint e o OneNote - através de qualquer computador, tendo ele - ou não - o Microsoft Office instalado. Informações dão conta que, a partir de dezembro, o serviço do Web Apps será integrado completamente ao Hotmail no Brasil, ficando disponível para todos os usuários.
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Leitores inseguros sobre o M-payment
Durante o mês de setembro, perguntamos aos leitores do portal CorpBus!ness, sobre seus níveis de confiança a respeito das tecnologias disponíveis hoje para os pagamentos móveis. A grande maioria indicou que acredita nas tecnologias existentes, embora alguns o fizessem com ressalvas. Boa parte dos participantes da enquete afirmaram conhecer pouco o assunto para formatar uma opinião, e quase nenhum mostrou total descrença em cima do m-payment. Quase 100 leitores responderam à pergunta: “Você confia nas tecnologias de Mobile Payment?” Confira o final da enquete: 1º) Sim, mas não em todas as tecnologias – 34% 2º) Sim, completamente – 28% 3º) Desconheço o assunto pra opinar – 20% 4º) Não confio no funcionamento do m-payment – 10%
Twitter tem novo CEO Com uma mensagem no blog oficial da empresa, Evan Williams, cofundador do Twitter, informou que não é mais o CEO da rede de Microblogs. Ele deixou o comando executivo da companhia alegando estar mais preparado para ajudar na estratégia de expansão da empresa, e ficará focado exclusivamente na área de estratégia de produtos. O comando do Twitter ficará nas mãos do diretor de operações, Dick Costolo, que trabalha na companhia a cerca de um ano. “Construir coisas é a minha paixão, e eu nunca estive mais animado e otimista sobre o que temos de construir. É por isso que eu decidi pedir ao nosso COO, Dick Costolo, para se tornar CEO do Twitter. A partir de hoje, eu vou estar totalmente focado em estratégia de produto”, escreveu Williams. 10
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CORPNEWS
Blockbuster abre concordata A pirataria e o crescente consumo por vídeos online têm produzido um reflexo negativo para locadoras físicas de filmes. A Blockbuster, por exemplo, foi uma das principais redes do meio e, em setembro, deu entrada com um pedido de concordada, em função de suas dívidas, avaliadas em cerca de US$ 1 bilhão. A rede encaminhou o pedido mediante a um pré-acordo com mais de 80% dos credores da empresa com o objetivo de reduzir a dívida para US$ 100 milhões. Mesmo com esta situação, a companhia afirma que por enquanto nenhuma unidade norte-americana será fechada. “Atualmente, todas as três mil lojas da companhia nos Estados Unidos continuarão abertas”, informou a empresa em comunicado. A rede encaminhou o pedido mediante a um pré-acordo com mais de 80% dos credores da empresa com o objetivo de reduzir a dívida para US$ 100 milhões. Mesmo com esta situação, a companhia afirma que por enquanto nenhuma unidade norte-americana será fechada. “Atualmente, todas as três mil lojas da companhia nos Estados Unidos continuarão abertas”, informou a empresa em comunicado.
Google completa 12 anos de existência
Uma das principais empresas de tecnologia do mundo, o Google completou 12 anos de existência no dia 27 de setembro, data na qual, em 1998, foi registrado o domínio Google. com. Com mais de 21 mil empregados espalhados por diversos escritórios ao redor do mundo, o Google hoje vai muito além das buscas na internet, atuando também com publicidade online, redes sociais, plataforma de blogs e armazenamento de fotos, processamento de documentos, mapas, dicionário, sistemas operacionais para celulares e notebooks, navegador web e web TV. Até mesmo um telefone celular próprio, o modelo Nexus One, o Google já lançou, embora a empreitada não tenha sido tão bem-sucedida. Para comemorar a data, a empresa substituiu o logo tradicional de sua página inicial na web, por uma ilustração feita pelo pintor Wayne Thiebaud, de 89 anos, em homenagem à companhia.
HP contrata ex-CEO da SAP No final de setembro, a Hewlett-Packard finalmente anunciou o nome do substituto de Mark Hurd - que renunciou ao cargo - na presidência-executiva da companhia. Depois de muita especulação em cima do nome de executivos de diversas companhias de tecnologia, inclusive concorrentes diretas da HP, Leo Apotheker, ex-SAP, foi escolhido como novo CEO da companhia. Apotheker atuou por mais de 20 anos na desenvolvedora alemã, e deixou a companhia no começo deste ano, quando ocupava o posto de CEO, cargo exercido por ele por quase dois anos. Apotheker assume definitivamente o posto a partir do dia 1º de novembro.
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Top 5 Confira abaixo os cinco softwares mais baixados de cada uma das principais plataformas durante a última semana de setembro, no portal Superdownloads (de 18/09/2010 até 25/02/2010):
Windows Posição atual
Posição Anterior
Software
Semanas na Lista
Downloads semanal/ total
1
avast! Free Antivirus 5.0.677
1
319
236.675 22.474.263
2
Windows Live Messenger (MSN) 2010 15.4.3002.8010 Beta 2
3
14
223.474 23.039.112
3
Avira 2010 – Antivírus Grátis 10.0.0.39
13
182
168.085 7.824.102
4
AVG Antivírus 9.0.851
5
353
159.504 28.875.588
5
Windows Live Messenger 2009 (Build 14.0.8117.0427)
6
321
144.765 924.636.461
Posição Anterior
Semanas na Lista
Downloads semanal/ total
MAC Posição atual
Software
1
VLC Media Player 1.1.3
1
160
671 79.397
2
Skype Mac 2.8.0.851
2
165
628 35.383
3
RAR 3.9.3
3
50
620 38.001
4
Microsoft Messenger for Mac 8 Beta
4
27
492 15.039
5
Easy YouTube Video Downloader 3.6
10
78
455 32.720
Posição Anterior
Semanas na Lista
Downloads semanal/ total
Linux Posição atual
12
Software
1
aMSN 0.98.3
1
290
1.372 860.430
2
DetectVideo 0.4 Betav
2
61
822 86.713
3
Mozilla Firefox 3.3.6.10 Beta
3
157
750 112.275
4
Adobe Flash Player Linux 10.1.85.3
9
298
563 486.996
5
RAR Linux 3.93
5
265
545 250.012
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3 Corporativas º Universidades
Alinhando a educação corporativa às estratégias do negócio
18/11/2010 Sua empresa já possui algum projeto de
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COLUNISTAS
TI Verde e a Educação a Distância Por Bianca Machado Branco
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ecnologia da Informação ecologicamente correta não é uma onda passageira. A demanda por tecnologia “verde”, ou seja, tecnologia que reduza as emissões de carbono na atmosfera e permita o consumo de energia eficiente já é uma realidade. Em 2009 surgiram as primeiras certificações de Gestores de TI com especialização em projetos verdes como a GIM – Green IT Management - ao passo que grandes players adotaram o SAAS (Software como Serviço) como uma estratégia verde. Baseada na tecnologia SOA (Arquitetura Orientada a Serviços), essa modalidade de venda de software reduz os custos fixos para os clientes, na medida em que elimina as licenças de uso e introduz o pagamento de uma taxa que varia conforme a utilização. As companhias desenvolvedoras de software estão se adaptando às novas exigências do mercado, partindo de atitudes simples como: realização de vídeo conferências a fim de reduzir o uso de meios de transportes poluentes (minimizando o deslocamento de pessoal); desenvolvimento de softwares que exijam menos capacidade do hardware, ou seja, gastem menos energia por demandarem menos tempo de operação e, ainda sejam capazes de configurar impressoras que imprimam folhas em frente e verso, economizando papel. Outra medida verde que vem tomando corpo e crescendo é o emprego da educação a distância (EAD) para treinamento de funcio14
“Para pensarmos no desenvolvimento sustentável de uma companhia é preciso que novas formas de fazer negócio, soluções, treinamentos e relacionamento com os clientes sejam colocados em pauta.” nários e clientes, permitindo a atualização constante de ambos e uma melhor gestão do tempo de cada um. Para se ter ideia, as possibilidades da EAD nesse sentido vão muito além das usuais. Em uma consultoria de implantação de sistema de gestão, por exemplo, com o uso de EAD, esta atividade pode ser realizada sem a presença física do consultor, o que agiliza as implementa-
ções do software e permite a rápida intervenção da empresa desenvolvedora em qualquer eventualidade. Flexibilidade e redução de custos são palavras-chave na modalidade EAD. Em termos de qualificação de colaboradores a EAD é uma ferramenta extremamente útil. O segmento de TI sofre com a carência de profissionais e, para suprir a demanda por mão-de-obra qualificada as de-
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COLUNISTAS senvolvedoras estão criando pólos de tecnologia próximos aos centros de excelência em ensino, muitas vezes distantes de suas matrizes. Nesses casos, a EAD é fundamental para viabilizar o treinamento destes funcionários, sem comprometer as operações atuais. A EAD também é uma excelente alternativa para estreitar o relacionamento com os clientes, principalmente porque existe uma tendência de migração de empresas da região Sudeste para o Norte, Nordeste ou interior por conta dos incentivos propostos pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A pulverização de clientes atuais e potenciais para regiões mais distantes pode gerar custos de deslocamentos de pessoal e perda de agilidade no atendimento, o que afeta a logística de distribuição dos fornecedo-
res de software e onera a prestação de serviços. Essa situação, entretanto, não representa ameaça para as empresas desenvolvedoras que já empregam a EAD como estratégia de atendimento. Sendo assim, para pensarmos no desenvolvimento sustentável de uma companhia é preciso que novas formas de fazer negócio, soluções, treinamentos e relacionamento com os clientes sejam colocados em pauta. Os benefícios que a TI verde e o uso de EAD oferecem às companhias são objetivos e precisos. Por isso, é fato que em breve, todas as empresas que não aderirem à redução de poluentes e de consumo energético terão que responder aos seus acionistas, parceiros e reguladores, assim como aos clientes
e à opinião pública. Porém, com a adoção de algumas das medidas citadas é possível a essas mesmas empresas reduzirem seus custos operacionais, e ainda valorizarem a sua própria imagem no mercado. * Bianca Machado Branco possui MBA em Gestão Empresarial e formação em Análise de Sistemas. Trabalha com tecnologia da informação desde 1998. Atualmente é coordenadora de projetos na ABC71.
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MERCADO
Tweet or Not Tweet? That’s a corporative question
Rede de microblogs cresce e ganha mais espaço como ferramenta para grandes empresas, mas será que ela vem sendo bem utilizada? Por Bruna Souza Cruz
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cada dia que passa fica mais difícil encontrar uma pessoa que não conheça ou ao menos tenha alguma noção do que é o Twitter, o novo fenômeno da internet em matéria de rede de comunicação social. O serviço de microblogs já conta com mais de 160 milhões de usuários cadastrados em todo o mundo. As mensagens originadas no Brasil representavam, ao final de junho, 11% de todas as mensagens no mundo, segundo recente pesquisa realizada consultoria francesa Semiocast. Fundado em 2006, por Jack Dorsey, o Twitter tem ganho grande notoriedade desde sua criação, tendo recentemente atingido a marca de mais de 21 bilhões de mensagens (“tweets”) postadas através dele. As postagens, ou tweets, com seu conteúdo enxuto (no máximo 140 caracteres) e a facilidade com que podem ser encaminhadas (pela própria página, por softwares de gerenciamento de redes sociais e até por SMS) podem ser apontadas como boas razões para o sucesso crescente do serviço. Em 2009 a companhia divulgou crescimento de 900% em apenas 2 anos de existência, entre os anos de 2006 a 2008. Pela sua popularização e massificação crescentes o Twitter vem sendo utilizado por diversas empresas como canal de comunicação com seus clientes, um exemplo disso é a cafeteria Starbucks que direcionou grande parte de seu investimento em mícias sociais. A companhia considera a interação com o cliente um ponto
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“(O Twitter) É um grande gestor do que está acontecendo no momento, ele tem essa característica” Alessandro Barbosa chave para seu sucesso. “No primeiro semestre de 2009 ainda com cerca de 120 mil seguidores no microblog, a cada 8 segundos (e mais de 3 milhões de menções) alguém no mundo citava Starbucks, hoje, a empresa conta com mais de 814.000 seguidores, um crescimento de quase 700% em menos de um ano” explicou o consultor de mídias sociais, Ulysses Curcino, da consultoria IZO Brasil. Cursino ainda ressalta que a tendência da web 2.0 em segmentar assuntos tornou as ferramentas de redes sociais mais atraentes aos usuários. Em relação ao twitter a interação e uma maior aproximação entre clientes e empresas foi um dos fatores que resultou na forte populariza-
ção. “Com a vinda do Twitter a idéia de personalização foi colocada à toda prova, o fato de ter um canal realtime com o usuário faz a marca se aproximar do que o cliente quer ou qual a dúvida dele tornando a experiência do cliente muito mais agradável”. Para o Diretor da E.life, especializada em monitoração de redes sociais, Alessandro Barbosa Lima essa popularização se deu também ao forte apelo social que o twitter adquiriu para notícias rápidas e práticas que podem ser filtradas pelo próprio usuário. Um estudo realizado pela consultoria sobre hábitos de uso e comportamento dos internautas brasileiros em mídias sociais apontou que uma das principais razões para
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MERCADO que eles estivessem no twitter era para se manter informado e ler notícias (69,4%). “[Twitter] É um grande filtro de informações e ele acaba sendo um resumo diário de jornais, revistas e pessoas importantes. É um grande gestor do que está acontecendo no momento, ele tem essa característica”, disse Alessandro. Qu ase 40% dos entrevistados o consideram como a principal mídia social. Quando perguntados sobre quais mídias eles mais usavam 68% responderam acessar o twitter. (O estudo foi realizado com jovens de alta renda e residentes nas grandes capitais). Os políticos também estão mudando sua relacão com as redes sociais muito impulsionada pelo sucesso do Twitter. Hoje governadores, prefeitos e principalmente candidatos a próxima eleição, realizada agora em outubo, já aderiram a ferramenta. O Governo de São Paulo é um dos casos de sucesso no twitter e já possui quase 17 mil seguidores. Ele utiliza a rede social para divulgar ações gorvernamentais, projetos culturais e serviços úteis aos cidadãos, tudo isso com o intuito de se aproximar dos eleitores (No entanto, por conta da legislação eleitoral o perfil não será atualizado até o fim das eleições.) Luiz Yassuda, responsável pelas estratégias de comunicação em mídias sociais da marca LG, acredita que a relação dos políticos e instituições governamentais com as redes sociais. “No fim, todos ganham com isso: os governantes, por conseguirem se comunicar com o público além de citações em notícias e da propaganda obrigatória; o público, por ter um contato com política de uma maneira próxima, dentro de uma linguagem a que eles estão acostumados, e na Internet, que permite o questionamento e a rápida consulta aos mais diferentes tipos de opinião. Quem sabe isso não fomente a discussão sobre política também no cotidiano das pessoas” afirmou Yassuda. Mas o que esperar do Twitter, corporativamente falando? Uma moda passageira? Apenas um SAC “moderninho”? Ou realmente uma ferramenta de trabalho com potencial,
“O fato de ter um canal realtime com o usuário faz a marca se aproximar do que o cliente quer, ou qual a dúvida dele, tornando a experiência do cliente muito mais agradável” Ulysses Curcino inclusive, para a obtenção de lucro? A ferramenta no ambiente corporativo para o Gerente de Desenvolvimento de Negócios para Sites do Canal Sony Luiz Gustavo E. Pinto se tornou um elo entre empresas e clientes. “Bem utilizada, a ferramenta pode ser uma aliada na comunicação das propriedades da marca - seja um produto ou serviço. Mais do que simplesmente informar e comunicar sobre o produto, permite a interação da marca com o público, diretamente”, disse Luiz Gustavo. O especialista em mídias sociais Luiz Yassuda ainda completa “O Twitter pode ser trabalhado por toda e qualquer empresa, mas de maneira adequada a cada perfil. Isto veio para ficar. Enquanto houver contato entre pessoas no Twitter e elas falarem sobre produtos e serviços prestados por empresas, elas deverão estar pelo menos de olho no que acontece por ali. O importante é que, mais do que simplesmente estar no Twitter, a empresa deve entender que o relacionamento de consumidores com a marca e a presença dela em Mídias Sociais acontecerão independentemente de sua vontade”. Sobre a relação dos usuários comuns com o twitter, a gerente de relacionamento da Universidade Cruzeiro do Sul, instituição que contratou uma agência para gerenciar as ações 2.0, ressalta que muitos dos usuários acessam a ferramenta para se atualizar e que isso a tornou um meio de comunicação ideal. “Um dos objetivos principais do usuário ao entrar no Twitter é estar atualizado. Visto por esse ângulo, ele pode ser considerado como uma ferramenta ideal, porque a informação é simples, direta e rápida. Acredito que essas qualidades farão com que ele não se torne um fenômeno passageiro. No âmbito corporativo, ele se tornou uma maneira rápida e eficiente de passar informações e um ótimo veículo de
divulgação (novidades, avisos, promoções). Ou seja, ele pode ser um “facilitador” do relacionamento com toda a comunidade”, declarou Stephania Fincatti. Para a empresa Money Fit, que promove cursos e treinamentos para o desenvolvimento pessoal e financeiro, e que utiliza a ferramenta como meio de comunicação com seus clientes, defende são os usuários que irão determinar o sucesso ou não da ferramenta. É preciso se preocupar com a qualidade e não com a quantidade das mensagens expostas. “As empresas usam o twitter para comunicar promoções, fazer um marketing viral de produtos e lançamentos, saber a opinião dos consumidores de uma forma rápida e barata. Resta saber se o twitter não será tão “banalizado” como foi o Orkut. Mas quem determina o sucesso ou fracasso de um produto são seus usuários. Se continuar a verdadeira enxurrada de mensagens tipo “olha, eu tomei banho”, “eu sou o cara”, “comi a batata frita”, “cala a boca Galvão” (que não adiantou em nada. Bastava trocar de canal), não vejo muito futuro pro Twitter. As pessoas não sabem usar essas ferramentas como se deve. E por isso que elas morrem. Confundem quantidade de mensagens com qualidade de mensagens”, defendeu o CEO da Money Fit, Antonio Fernando De Julio. Ainda existem diversas opiniões sobre ele, mas de fato esta ferramenta se tornou um fenômeno mundial. Um serviço de microblog que inicialmente deveria ser usado apenas para expor “O que você está fazendo agora” em 140 caracteres, se transformou num veículo de informação, ferramenta para negócios e meio de aproximação de empresas e clientes. Agora resta esperar os próximos passos e futuras funcionalidades a serem descobertas pelos usuários do Twitter. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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COLUNISTAS
Mobilidade em diversos campos: Uma questão de competitividade Por Wagner Bernardes
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ais de 1 bilhão de profissionais em todo o mundo irão utilizar, até o final deste ano, algum tipo de dispositivo móvel como ferramenta de trabalho – muito mais do que como um mero telefone portátil. É o que aponta um estudo recém-divulgado pela consultoria IDC, que projeta um crescimento contínuo da adoção da mobilidade na força de trabalho. Em 2013, ela deve atingir 1,2 bilhão de usuários corporativos, ou 35% da força de trabalho mundial. Diante da expressividade desse número, também chama a atenção uma característica muito importante dessa movimentação: a presença e o grande potencial da mobilidade em uma infinidade de segmentos. No ramo industrial, há diversos cases que envolvem o emprego do conceito de M2M (Machine-to-Machine), que abrange o uso de tecnologias móveis para gerenciar, à distância, a movimentação e o funcionamento de máquinas. Se pesquisarmos no mercado, também veremos projetos de mobilidade já concluídos ou em implantação em ramos como transporte de cargas valiosas e pesadas; portos e ferrovias; terceirização de mão de obra; medição, distribuição e consumo de energia elétrica, água, gás natural, petróleo e derivados; e monitoramento de caixas eletrônicos, máquinas dispensadores (vending machines) e elevadores. A maior procura por soluções de mobilidade em segmentos diversos, seja para fins de comunicação ou para gerenciar remotamente a mo18
vimentação de pessoas e ativos, é em parte resultado da grande flexibilidade e aderência das tecnologias móveis às características operacionais de cada setor. Isto permite, por exemplo, que celulares, smartphones e handhelds possam operar em combinação com tecnologias complementares. Uma delas é a telemetria, usada para realizar mensura-
da equipe de vendas e de serviços técnicos em campo, além de ERP e CRM móvel. O crescente emprego da mobilidade pode ser visto, em parte, como uma resposta do setor de computação aos efeitos da recente crise econômica global. Em 2009, a venda global de PCs sofreu uma queda de 6,4% em relação ao ano anterior,
“A onda da mobilidade corporativa já atinge em cheio o mercado brasileiro, onde as vendas de notebooks caminham a passos firmes para superar as de computadores de mesa” ções complexas de forma remota e automática. Independente do setor, a onda da mobilidade corporativa já atinge em cheio o mercado brasileiro, onde as vendas de notebooks caminham a passos firmes para superar as de computadores de mesa. Ainda de acordo com o IDC, 38% das empresas nacionais de grande e médio porte já utilizam aplicações móveis de dados, enquanto 67% utilizam redes sem fio internas (as chamadas WLANs). Por enquanto, a principal aplicação ainda é o e-mail móvel, o que por si só já é capaz de aumentar significativamente a produtividade. Entretanto, diversos segmentos brasileiros já investem em aplicações mais sofisticadas do que o e-mail, incluindo soluções de automação
totalizando 11 milhões de unidades comercializadas. Mas os notebooks começam a equilibrar a balança, tendo alcançado um volume de vendas 19% maior em 2009, chegando a 3,8 milhões de unidades vendidas. O uso da mobilidade é impulsionado, principalmente, pelos avanços tecnológicos, pela crescente velocidade da internet e, por que não, pela busca de uma maior qualidade de vida. Trabalhadores e especialistas em TI consideram que celulares, smartphones, notebooks, netbooks, tablets, etc. proporcionam um maior equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, já que em muitos casos ‘substituem’ a presença física por um bom trabalho desempenhado à distância. Isto sem falar nos benefícios operacionais, com maior eficiência e
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COLUNISTAS “O uso da mobilidade é impulsionado, principalmente, pelos avanços tecnológicos, pela crescente velocidade da internet e, por que não, pela busca de uma maior qualidade de vida” rapidez nas tarefas e eliminação de despesas e prejuízos com deslocamentos, reuniões e atrasos nos fluxos de trabalho. Passada a fase de massificação do uso da telefonia celular no Brasil – superação mais do que atestada nas últimas semanas, com números da Anatel indicando que o País já possui mais de um celular por habitante (189,4 milhões de aparelhos, no total) –, a preferência agora é por maior desempenho e durabilidade no momento de escolher dispositivos móveis, principalmente para uso corporativo. Com a maior diversificação de segmentos interessados
em adotar soluções de mobilidade, é importante identificar projetos com dispositivos e equipamentos adaptados para as características de cada setor. No caso de ambientes industriais, por exemplo, deve-se considerar condições críticas como umidade, temperatura, iluminação e poluição. Independente do nível de sofisticação em mobilidade, o mercado brasileiro precisa pôr em prática medidas para evitar a defasagem de sua estrutura. Na região da Ásia-Pacífico, por exemplo, 37,4% do total de trabalhadores devem se tornar ‘móveis’ nos próximos três
anos. Já os EUA continuam ostentando a maior concentração local de trabalhadores móveis – em 2008 já eram mais de 70% do total de empregados, percentual que deve subir para 75,5% em 2013. Na Europa, a previsão é de que mais de 50% de seus empregados estejam utilizando tecnologias móveis em um futuro próximo. Aos poucos, a mobilidade torna-se mais que um diferencial de mercado. Nesse momento, caminha para ser, também, um meio de manter a competitividade das indústrias frente à concorrência interna e estrangeira – e do País diante da concorrência internacional. * Wagner Bernardes é Diretor de Marketing e Vendas da Seal Tecnologia.
SÃO PAULO
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EVENTOS
Como, quando e porque recompensar CorpBus!ness realiza congresso sobre metodologia Balanced Scorecard como modelo de desenvolvimento estratégico de pessoas através da avaliação de sua contribuição para os resultados de uma organização. Por Danilo Pádua / Fotos: André Pera – Divulgação CorpBus!ness
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o último mês de abril, foi realizada pela CorpBus!ness, na cidade de São Paulo, a primeira edição do congresso Balanced Scorecard: As Melhores Práticas em Gestão de Pessoas. Durante o evento foi dado aos presentes um panorama geral sobre a metodologia criada pelos professores da Harvard Business School David Norton e Robert Kaplan, muito utilizada em diversas empresas na medição e gestão do desempenho de seus colaboradores. O congresso 20
também contou com a apresentação de cases, onde as organizações demonstraram como foi o processo de implantação e os resultados obtidos por elas com o uso do Balanced Scorecard em suas respectivas gestões. A primeira edição do BSC contou com uma repercussão bastante positiva e teve a presença de cerca de 100 congressistas que tiveram a oportunidade de realizar muito network profissional e acompanharam as apresentações de empresas como
a Symnetics, dbdireto, AES Eletropaulo, Nodal Consultoria, Unimed Vitória e VolksWagen do Brasil, além da apresentação de um case da Aon Affinity Latin America e da palestra do especialista em Gestão e TI Marcelo Prauchner Duarte, blogueiro do site Inter IT. “Essa é uma oportunidade única, muitas empresas deixam de explorar seu potencial produtivo e comercial pela falta de uma metodologia adequada para gerir seus processos e a produtividade de seus colaboradores.
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EVENTOS O Balanced Scorecard se apresenta como uma solução na medida para as organizações de qualquer porte, por isso não podíamos perder a chance de discutir esse tema junto com um time de executivos tão gabaritado quanto esse que reunimos para o congresso”, declarou Diogo Pastori – diretor-executivo da CorpBus!ness – ao comentar os motivos que o levaram a idealizar o congresso. “Acredito que teremos discussões de alto nível durante o congresso hoje, conseguimos reunir muitas pessoas do mais alto nível, tanto entre os palestrantes quanto entre os congressistas”, completou um animado Pastori, antes do início das apresentações. As atividades do dia iniciaram com a apresentação de Fanny Schwarz, sócia diretora da Symnetics, empresa especializada em soluções e projetos de gestão, que trouxe a apresentação “Como implementar e gerir a estratégia expressa pelo Balanced Scorecard através da gestão de pessoas”, onde falou sobre a importância de alinhar toda a organização dentro da estratégia/metodologia adotada através do BSC para se obter os resultados esperados. “Não basta uma liderança qualificada e comprometida, tem que levar (os procedimentos) aos colaboradores, alinhando a organização para criar sinergias”, diz Fanny. A executiva aproveitou para exemplificar a implantação do BSC em uma organização apresentando como a Symnetics atua com seus clientes nesse tipo de projeto. Em seguida enfatizou a importância da metodologia. “O Balanced Scorecard traduz a estratégia da empresa em uma relação clara de causa e efeito (...) através das metas você define o ritmo da estratégia e do crescimento da empresa”, comentou. Fanny deu prosseguimento a sua palestra mostrando aos congressistas um modelo básico de Balanced Scorecard e finalizou sua participação mostrando o case da implantação da metodologia na Gerdau Açominas, cliente de sua empresa. Em seguida foi a vez de Marcelo Prauchner Duarte, especialista em Liderança, Gestão e TI, que falou so-
“Não basta uma liderança qualificada e comprometida, tem que levar (os procedimentos) aos colaboradores, alinhando a organização para criar sinergias” Fanny Schwarz bre a importância dos líderes na implantação de metodologias dentro de uma equipe de profissionais, criando aquilo que Marcelo chamou de “uma equipe que se auto-lidera”. Sobre os líderes de equipe, o executivo falou que “é preciso ter coragem, e através dela buscar a realização”. Marcelo deu prosseguimento indicando tópicos importantes para uma liderança eficiente como conhecimento, apoio, senso de dono, liberdade e – principalmente – autonomia para a equipe. “Se eu quero ter uma equipe que se auto-lidera, autonomia é um termo importante”, enfatizou. Antes de finalizar sua apresentação, Marcelo mostrou aspectos importantes que são itens fundamentais na construção de um líder. Para ele, esse líder não só deve transmitir seus conhecimentos, como também renová-los através da troca de experiências com sua equipe. “Ninguém sabe mais ou tudo, sempre podemos aprender com as pessoas”, finalizou. Com o tema “Aplicação do Balanced Scorecard como sistema de gestão e avaliação de desempenho” o executivo Agustín Sylvester, diretor da
dbdireto, comandou a terceira apresentação do dia, onde falou de aspectos técnicos referentes a aplicação da metodologia BSC, principalmente no que tange a escolha, captura e análise correta dos dados que serão utilizados pela empresa como indicadores de desempenho para uso da metodologia. Agustín indicou que muitas empresas falham na hora de aplicar o BSC em suas atividades justamente em função dos problemas na administração dos dados que usam para discutir e elaborar suas respectivas estratégias. O executivo finalizou sua apresentação falando de algumas ferramentas que podem otimizar a escolha e a administração dos indicadores para o BSC e melhorar o resultado final de sua implantação dentro das organizações. Na sequência veio a apresentação do case da Aon Affinity Latin America, trazido pela executiva da empresa Soneli Angelini, que falou sobre a mudança/renovação de estratégia, iniciado em 2008, que a Aon adotou mediante uma situação de mercado que começava a desfavorecê-la, quando a www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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EVENTOS
Fanny Schwarz
Sócia - Diretora da SYMNETICS
“Ninguém sabe mais ou tudo, sempre podemos aprender com as pessoas” Marcelo Prauchner
companhia via seu setor – seguros – em franca expansão no Brasil com a entrada de novos players, mas com a ausência de capital humano especializado. Nesse momento, segundo Soneli, a Aon encontrava-se em processo de crescimento e ramificação de seus negócios, mas com uma estrutura funcional fragmentada e via a necessidade de seguir para uma maior especialização de seus profissionais para se solidificar no mercado. A transformação dentro da empresa foi bem grande, iniciada na mudança de sua Missão, Visão e Valores (MVV), passando pela conscientização de toda a equipe e alinhamento dos profissionais à estratégia da Aon através do Balanced Scorecard. A empresa, porém, para dar maior efetividade a mudança, precisou, também, transformar-se estruturalmente, mudando o foco da companhia de produtos para processos e unificar sua infraestrutura organizacional que – de acordo com Soneli – estava dividida em “feudos”, fato que levou a Aon a redesenhar sua estrutura organizacional, definindo um novo perfil 22
para contratações além do alinhamento das competências estratégicas. O processo de mudança acabou trazendo muito mais importância para o papel do setor de Recursos Humanos da Aon, que passou a ser parte ativa dentro de sua estratégia e crescimento dos negócios. Soneli encerrou sua apresentação explicando como a Aon usou o BSC como direcionador de sua educação corporativa, trazendo maior conhecimento técnico e de negócio para seus profissionais e aplicando o MVV da companhia aos colaboradores através de seu mapa estratégico. A última apresentação antes da parada para o almoço foi do executivo Gilson Teichholz, da AES Eletropaulo, que falou da implementação das estratégias da AES Brasil, mostrando o case “Mapa de Aprendizagem”, onde a empresa unificou suas decisões empresariais, ações e comportamentos de negócios tendo como parâmetro seus Valores. De acordo com Gilson, os gestores, gerentes e diretores da companhia foram os multiplicadores desse processo.
Gilson encerrou sua apresentação mostrando a matriz que a AES Brasil adotou para o processo, chamada mapas de aprendizagem. Após o almoço foi a vez de Jarbas Guimarães, sócio diretor da Symnetics, que apresentou o painel “Como implementar e gerir a estratégia e o Balanced Scorecard”, onde falou sobre a importância da participação dos gestores, segundo ele, “figuras essenciais” no processo de implantação do Balanced Scorecard em qualquer organização. A apresentação do diretor da Symnetics seguiu apresentando alguns modelos de matrizes estratégicas que, para a empresa, especializada na implantação de projetos relacionados a gestão de pessoas, são essenciais na implantação do Balanced Scorecard, como a necessidade de difundir a visão e a estratégia da companhia dentro dela própria fazendo com que os próprios colaboradores e equipes, conhecendo os valores e estratégias, possam ter poderes para agir por conta própria em nome dessa visão e estratégia. Outra citação de destaque dentro da palestra de Jarbas foi a questão do “incômodo”, de acordo com ele, “alguém precisa ‘se incomodar’ com algo dentro da empresa para iniciar um processo grande de mudança”, como é o caso da implantação do BSC. Na sequência o Gestor de BSC da Volkswagen do Brasil, Christopher Davies Junior, contou um pouco do “case” de Balanced Scorecard da unidade brasileira da montadora alemã de automóveis. Segundo contou o executivo, o BSC não é uma diretriz corporativa, tanto que a unidade brasileira foi a primeira a implantar a metodologia e – pelos seus resultados positivos (é a 3ª no mundo que mais vende, ficando atrás somente da China, 1ª, e da matriz na Alemanha) – acabou por despertar a “curiosidade” de outras unidades da montadora que, atualmente, têm pesquisado informações sobre o case brasileiro e estudando a possibilidade de implantar o BSC. Christopher mostrou como foi a
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EVENTOS implantação do projeto na Volks do Brasil, feito através de uma campanha interna que conta com diversas ações motivacionais e de comunicação, como mascote especialmente criado, revista em quadrinhos, mapa de aprendizagem e um programa de reconhecimento, que tem – inclusive – uma grande festa na qual são premiados os funcionários de destaque de acordo com as metas estabelecidas. A palestra do executivo terminou com a apresentação de alguns resultados obtidos com a ação, quando, segundo ele, o engajamento dos colaboradores brasileiros dobrou e o dos executivos aumentou em mais de seis vezes, as sugestões e ideias quase dobraram, a frequência de acidentes mostrou sensível queda e as vendas, em 2009, apresentaram crescimento (não informado por ele). O painel seguinte, intitulado “A execução da estratégia e comprometimento da alta administração como fatores críticos de sucesso do Balanced Scorecard”, foi comandado por Fabíola Azavedo Grijó, Superintendente de Desenvolvimento Organizacional da Unimed Vitória (ES), no qual a executiva falou sobre algumas dificuldades de gestão enfrentadas por uma companhia do tamanho da Unimed, detentora de uma estrutura muito grande. No caso da empresa de saúde, de acordo com Fabíola, ainda há o agravante de se tratar de uma cooperativa de médicos, o que faz com que o comando fosse descentralizado e cada unidade independente uma das outras, inclusive em sua gestão. Fabíola contou sobre o histórico da empresa, que adotou em 1995 um sistema de gestão – que foi usado para unificar diretrizes e melhorar resultados – e que, somente em 2003, aderiu ao Balanced Scorecard. De acordo com ela, a Unimed atualmente utiliza um evento de escala nacional, além de ações internas de cada unidade, para divulgar a estratégia definida pela empresa para seus colaboradores e cooperados. A apresentação que finalizou a primeira edição do evento foi permeada de bom humor e informação, comandada por Germán Alfonso, só-
“O RH tem que participar das decisões em nível diretivo” Germán Alfonso cio diretor da Nodal Consultoria, especializada em gestão e estratégia. Muito a vontade, inclusive porque muitos clientes de sua empresa estavam presentes entre os congressistas, Germán comandou o painel “Aplicar a metodologia Balanced Scorecard na Gestão dos Recursos Humanos”, e enfatizou bastante a importância da participação da área de Recursos Humanos no rumo dos negócios de uma companhia. Para ele, “o RH tem que participar das decisões em nível diretivo” e – para alcançar esse status – precisa “juntar dados, monitorar e mensurar informações para ganhar mais poder de decisão”. Germán continuou sua palestra falando sobre as formas que uma organização pode adotar para estabelecer metas e estratégias, com planos que passam desde os trimestrais chegando aos trienais, e seguiu indicando tópicos fundamentais na elaboração da estratégia, que começa com a definição da Missão, Visão e Valores da empresa, segue por uma análise estratégica de seu negócio, passa pela definição dos objetivos e termina com as iniciativas, de fato, para que o plano definido aconteça. O executivo, antes de finalizar sua apresentação, enumerou outros tópicos indispensáveis à adoção do BSC, como o estabelecimento de métricas para o valor esperado dos
profissionais e monitorar seus desempenhos em cima dessas metas; o planejamento orçamentário, estratégias para a gestão dos talentos e do desempenho. Para finalizar, Germán indicou que nem todas empresas necessitam seguir à risca a metodologia apresentada por ele, mas indicou ser indispensável a construção de um processo de gestão para o sucesso da implementação do Balanced Scorecard. O encerramento do evento foi marcado pelos comentários e observações dos congressistas presentes, muito satisfeitos e elogiando o conteúdo apresentado e discutido durante todo o dia de palestras, além do networking e troca de contatos, tão tradicional em eventos com esse nível de profissionais.
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TECNOLOGIA
Operadoras de telefonia sob fiscalização Da Redação
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Plano Nacional da Banda Larga foi lançado pelo governo com o objetivo de universalizar a internet de alta velocidade no Brasil. Desde então as prestadoras deste serviço tem ganhado ainda mais visibilidade mediante aos desafios que elas terão que enfrentar não só para que o Plano seja colocado em prática, como também para que o serviço em si seja condizente com a legislação. A expectativa em relação ao Plano é grande, estima-se que o serviço de banda larga aumente de 11,9 milhões de domicílios para quase 40 milhões até 2014 com tarifas reduzidas a preços populares. Um recente estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec – sobre o valor e a
“Precisamos universalizar a banda larga” Estela Guerrini, advogada do Idec velocidade dos serviços de banda larga, oferecidos por empresas de telefonia, apontou que um dos fatores a serem melhorados é em relação a garantia da velocidade ofertada, pois nenhuma das operadoras analisadas asseguram que a velocidade paga pelo consumidor é a mesma que a operadora realmente dispõe. O levantamento, feito com base nas informações disponíveis nos sites de cada empresa, dos contratos e nos Serviços de Atendimento ao Consumidor, ainda ressalta que o consumidor, ao contratar os planos de velocidades menores, acaba pagando muito mais caro pelo Megabit. Segundo a advogada do Idec, 24
responsável pela pesquisa, Estela Guerrini, o objetivo da pesquisa foi buscar evidências que comprovassem que o atual cenário do serviço de banda larga no Brasil precisa mudar, tanto na esfera normativa quanto na fiscalizatória. “Essa mudança é necessária para que todas as pessoas, independentemente da condição socioeconômica ou da localidade, tenham acesso a um serviço de banda larga de qualidade e em harmonia com a lei consumerista. Ou seja, precisamos universalizar a banda larga”, explicou. Um problema pontual observado pelo estudo é o descumprimento da oferta dos serviços de banda larga.
O próprio Idec já iniciou Ações Civis Públicas (ACP) contra as operadoras Telefônica, Oi, Net São Paulo Brasil Telecom e Anatel devido a equivocos nas cláusulas contratuais e propaganda engosa. Como solução paleativa, enquanto o julgamento não é definido, foi liberada uma liminar que obriga essas empresas a informar em toda publicidade de banda larga o alerta: “a velocidade anunciada de acesso e tráfego na internet é a máxima virtual, podendo sofrer variações decorrentes de fatores externos”. O objetivo é alertar o consumidor de que ele pode não receber 100% do sinal emitido pelas operadoras. Outra obrigação das empresas que a oderm judicial impõe é garantir que o consumidor possa rescindir o contrato em nenhuma multa for comprovada a má qualidade no serviço.
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TECNOLOGIA blico. “As desigualdades não podem mais prosperar, visto que, mais do que um simples serviço, o acesso à internet em alta velocidade é hoje essencial para a efetivação dos direitos humanos e da democracia e para a realização plena da diversidade cultural brasileira”, disse Guerrini.
“O acesso à internet em alta velocidade é hoje essencial para a efetivação dos direitos humanos e da democracia” Valores oferecidos pelas operadoras No período de março a maio de 2010, foram analisadas as operadoras Oi , GVT, Net, Ajato e Telefônica, nas cidades de Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Belo Horizonte e São Paulo. Dentre os planos de banda larga pesquisados, a NET é a que oferece o serviço de menor tarifa em São Paulo cobrando R$ 29,80 por 512 Kbps (Kilobits por segundo). Enquanto que a GVT, é a operadora com os valores mais altos do mercado, seu plano sem o serviço de voz integrado vai de R$ 204,50, por 1Mbps a R$ 434,50, por 10 Mbps. As companhias Ajato e Telefônica atuam somente em São Paulo e possuem valores próximos, no entanto, possuem grande diferença entre as velocidades oferecidas. A primeira varia de R$ 74,90, por 4 Mbps a R$ 199,90, por 16 Mbps. Já a Telefônica oferece de R$ 54,90, por 500 Kbps a R$ 199,90, por 8 Mbps. Como destacado anteriormente
nenhuma das empresas garante a entrega da velocidade ofertada. A maioria segundo o estudo, se compromete a entregar apenas um percentual mínimo de conexão. Em resposta ao Instituto, a Ajato e Telefônica alegaram que todas as cláusulas contratuais atendem as determinações da Lei quanto a disponibilização do serviço. A GVT informou que assume total responsabilidade pelo serviço até o momento em que o consumidor se conecta à rede. Após a conexão, a empresa não se responsabiliza por eventuais problemas. Já a NET destaca que a velocidade pode sofrer inúmeras variações por se tratar de um meio compartilhado. Ela ressaltou que esta variação é informada no contrato, no site e na publicidade. A operadora Oi não quis se manifestar. Para concluir, o Idec defende que a banda larga é como um direito fundamental, que deveria ser acessível a todos, independente de localidade ou condição socioeconômica, garantido pelo Estado, prestada em regime púwww.corpbusiness.com.br | Inter IT
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AGENDA DE EVENTOS 2011
4º Mobile Intelligence 2.0
4º Congresso de Crédito e Cobrança
Data: primeira quinzena de Março
Data: segunda quinzena de Março
Descrição do evento: Evento destinado à os impactos das convergências digitais, novas formas de acesso a internet, a questão da mobilidade e as mudanças de hábitos do internauta com a popularização das bandas largas móveis (principalmente 3G). Também discutiremos as redes de relacionamento, TV Digital, TV Móvel, portabilidade numérica, dentre outros.
Descrição do evento: Neste evento, discutiremos o impacto da crise de crédito no Brasil e no exterior e suas perspectivas, além de aspectos relacionados às metodologias de análise de crédito, custos, impacto do crédito nos negócios, reabilitação de crédito, dentre outros. Realizamos o evento em 2008, e temos uma perspectiva de que ele receba um número maior de participantes, em função da preocupação com os impactos que a crise financeira pode gerar no setor.
As Melhores Práticas em Gestão de Pessoas - 2ª Edição
Human Resources Summit - 2ª Edição
Data: primeira quinzena de Abril
Data: segunda quinzena de Junho
Descrição do evento: Esta segunda edição, tem por objetivo ajudar as organizações a compreender as características, práticas e atitudes que conduzem à criação de uma excelente gestão, afinal, capital humano é considerado o ativo mais importante para as empresas. Apresentaremos boas práticas das empresas de gestão de pessoas, bem como os melhores desempenhos corporativos em gestão com base na maior qualidade do ambiente de trabalho.
Descrição do evento: O objetivo do evento é debater e ajudar os profissionais de RH a mensurar sua contribuição ao negócio, construindo um instrumento de integração entre a estratégia, a gestão de pessoas e os resultados organizacionais, com isso, pretendemos reunir grandes lideres de RH do mercado para a troca de experiências e a realização de networking.
Digital Media Conference - 4ª Edição
4º E-Commerce Expo Brasil
Data: primeira quinzena de Junho
Data: segunda quinzena de Agosto
Descrição do evento: Serão abordadas questões relacionadas às mídias online, e de que maneira as novas metodologias de aferição de audiência e recall - proporcionadas pela tecnologia - impactam no planejamento de mídia de uma empresa. Também serão discutidos aspectos relacionados à eficácia destas mídias, seu papel em um mix de propaganda, benefícios, custos, vantagens e desvantagens.
Descrição do evento: Este evento tem como objetivo discutir todos os aspectos relacionados ao tema, abordando questões mercadológicas, metodologias para incrementar as vendas, divulgação de lojas através de banners e links patrocinados, questões relacionadas à logística, segurança, dentre outros aspectos importantes.
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AGENDA DE EVENTOS 2011
4º Mobile Payment Summit
Talent Management Stategies Conference - 2ª Edição
Data: primeira quinzena de Agosto
Data: segunda quinzena de Setembro
Descrição do evento: Trata-se do primeiro evento do Brasil a discutir a questão dos novos meios de pagamento móveis, além das formas de acesso ao sistema financeiro através deste tipo de dispositivo. O objetivo é discutir as novas tecnologias de mobile payment e mobile banking, suas aplicações, vantagens, desvantagens, e como as instituições ligadas ao sistema financeiro podem transformar estas ferramentas em um canal de aproximação com seus clientes. Também serão discutidos aspectos relacionados à crise financeira, e de que maneira as ferramentas de acesso móvel ao sistema financeiro podem tornar a relação cliente-banco mais confiável.
Descrição do evento: Este congresso tem por objetivo apresentar as melhores práticas para atração, desenvolvimento e retenção de talentos. Serão analisados casos de empresas bem-sucedidas que encontraram soluções para reter seus melhores talentos dentro de uma acirrada competitividade e agressivas propostas de remuneração da concorrência. Como identificar, agregar valor ao negócio e melhorar resultados implementando um modelo de retenção de talentos.
3º IT Banking Services Summit
4º Universidades Corporativas
Data: primeira quinzena de Outubro
Data: segunda quinzena de Novembro
Descrição do evento: Objetivo é estimular maior integração entre instituições financeiras e apresentar soluções inovadoras, capazes de gerar resultados promissores principalmente para a área financeira, bem como levar ao mercado os novos produtos das instituições, que estão em constante ascensão, sendo assim, incentivar a participação de dirigentes de instituições bancárias dos países.
Descrição doevento: O objetivo é discutir a implantação das chamadas “Universidades Corporativas”, turmas “in-company”, bem como outras estratégias que as empresas estão adotando para o treinamento e o aperfeiçoamento de funcionários e colaboradores. É um evento que deverá receber grandes empresas, já que são estas as maiores interessadas na questão das universidades corporativas. Educação corporativa não mais é do que uma estratégia de gestão de conhecimento que precisa adotar as características de permanência, consistência, proatividade, além de privilegiar os objetivos organizacionais. Portanto, para ser legítima a educação corporativa precisa extrapolar a mera oferta de um curso em parceria com uma instituição de ensino superior.
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ENTREVISTA
Faça mais em um
mundo conectado
Uma das principais empresas especializadas no desenvolvimento de softwares e serviços para o setor de Telecom, a Amdocs possui entre seus clientes algumas das maiores operadoras do mundo. E a Revista Inter IT conversou com o responsável pela operação da empresa no Brasil, Renato Osato. Por Bruna Souza Cruz / Fotos: Divulgação
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ENTREVISTA
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aça mais em um mundo conectado”, este é o lema da companhia que soma 28 anos no mercado de telecomunicações e está presente em mais de 60 países. A Amdocs é uma das principais empresas especializadas no desenvolvimento de software e serviços para as operadoras de Telecom e provedores de conteúdo. Listada em primeiro lugar nos rankings das consultorias IDC, Gartner e Stratecast Partners pelos serviços de OSS (Sistemas pra suporte de operações de redes), billing e sistemas de telecomunicações, a companhia é uma empresa global com receitas de 2,86 bilhões de dólares no ano fiscal de 2009. Seus principais centros de produção e operações se encontram na China, Chipre, Índia, Irlanda, Israel e Estados Unidos. Nas Américas a Amdocs possui escritórios no Canadá, Costa Rica, México, Estados Unidos e Brasil. E como principais clientes na América Latina, ela conta com a Telmex, Alestra, Claro Brasil, TIM Brasil, ICE, Claro Puerto Rico, Claro Codetel, CANTV, Movilnet, Antel, Claro Argentina e Claro Paraguai. Em entrevista exclusiva a revista Inter IT, Renato Osato, principal executivo da Amdocs no Brasil, relata como a companhia observa o mercado de telecomunicações brasileiro e ressalta a importância que o País exerce neste segmento. Além disso, Osato fala sobre como as operadoras terão que lidar com, a presente e constante, demanda dos usuários brasileiros. Acompanhe a seguir os principais momentos da entrevista: Inter IT: Há quanto tempo está como vice-presidente da Amdocs e qual o panorama da companhia no mercado brasileiro? Renato Osato: Eu estou na empresa há três anos, sou o vice-presidente responsável pela operação da gente no Brasil. O desafio é simples: é crescer. Aproveitar a onda de crescimento da indústria e fazer a empresa crescer. A gente está no Brasil há 11 anos
“O Brasil, junto com outros mercados emergentes, representa a possibilidade da gente diversificar nosso negócio e ajudar nossos clientes” mais ou menos e a gente sempre foi muito focado em nossos clientes. Mas de uns anos pra cá a gente tem visto uma série de novas oportunidades no mercado. E a gente está fazendo um investimento no Brasil praticamente pra ver este crescimento. Pra você ter uma ideia quando eu entrei aqui na empresa a gente tinha mais ou menos duas pessoas trabalhando especificamente na área de vendas, hoje a gente tem seis aqui no Brasil. A gente tinha uma equipe – do que a gente chama de “delivery” - que trabalha na implementação de projetos, que era uma coisa de pouco mais de 100 pessoas e hoje a gente está chegando perto de 150 e o plano é passar de 200 pessoas no ano que vem. Então, basicamente, é levar a empresa a crescer. Inter IT: Qual a estratégia da Amdocs pra se manter na liderança? R. Osato: Basicamente a gente tem três pilares para nossa estratégia. O primeiro grande pilar é a Inovação, estamos sempre em busca de alguma empresa ou para adquirir ou uma nova tecnologia para desenvolver. O segundo pilar é a Satisfação dos usuários. No mundo de tecnologia hoje, no qual somente 70% dos projetos são implementados com sucesso, a gente implementa 95% de nossos projetos com sucesso. E o terceiro grande pilar são as Nossas pessoas. A qualidade das nossas pessoas é um compromisso muito grande para a Amdocs. Ter as melhores pessoas, treiná-las e retê-las na companhia. Inter IT: Quais os principais desafios da Amdocs? R. Osato: Primeiro o mercado é extremamente competitivo. Agora a gente também tem um desafio muito grande que é levar uma forma dife-
rente de trabalhar e levar valor agregado para os nossos clientes. Porque nossos clientes já não querem mais comprar um sistema, eles querem comprar uma solução para um problema de negócio. Então a gente transformar nossa empresa pra que ela possa falar e mostrar como resolver problemas de negócios com os nossos projetos é o nosso principal desafio interno. É transformar esta nossa cultura. O terceiro grande desafio que a gente tem é mostrar para os clientes que a gente pode fazer muito mais do que a gente já fazia. Quando eu cheguei aqui a gente tava muito focado em duas áreas a do faturamento e a do atendimento ao cliente e nosso portfólio de produtos e serviços é muito maior do que isso. Então hoje se você olhar nosso pipeline de vendas ele já está em outras áreas. Ele está na área de aplicações móveis, a maior parte hoje no nosso pipeline de vendas está em sistemas pra ajudar a fazer a gestão das redes de telecomunicação e claro na área de CRM, na área de atendimento e faturamento. Mas o importante é que a gente estava muito focado numa área e agora a gente está ampliando nossa área de cobertura. Inter IT: O que o Brasil representa para Amdocs hoje? R. Osato: Uma oportunidade de crescimento. O Brasil, junto com outros mercados emergentes, representa a possibilidade da gente diversificar nosso negócio e ajudar nossos clientes. Todas as grandes operadoras são empresas na casa de várias dezenas de bilhões de dólares, então qualquer projeto pra eles é um projeto grande, são grandes investimentos. Então a gente quer fazer parte desse processo. Inter IT: E em volume de negówww.corpbusiness.com.br | Inter IT
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ENTREVISTA cios? R. Osato: Não, esses números eu não posso falar. A gente pode falar que tem vários negócios, mas não estou autorizado a falar [números]. Tem um problema de confidencialidade com os clientes também. Certas coisas que a gente faz não são “segredos de estado”, mas fazem a diferença para o nosso cliente. Então eles não permitem que a gente fale sobre isso de forma específica.
com elas pra ajudar elas a fazerem isso. Inter IT: Qual o “carro chefe” da empresa atualmente? R. Osato: São os Sistemas pra Suporte de Operações de Redes, os chamados OSS. Você vê todo dia no jornal alguém falando que vai investir vários bilhões de dólares na rede e quando as pessoas investem vários bilhões querem evidentemente otimi-
“E acho que é isso que está faltando para as operadoras, elas têm bons sistemas para tratar a parte de voz, algumas coisas para tratar dados, mas quanto a gestão do conteúdo e a disponibilização deste conteúdo todas elas têm uma ou outra solução, mas nenhuma delas têm uma solução robusta o suficiente.” Inter IT: Quais os principais clientes brasileiros? R. Osato: A gente trabalha pra Claro, TIM e Oi. Na Claro a gente faz a parte de faturamento e estamos implantando um sistema novo de atendimento e temos outros pequenos projetos lá também. No caso da TIM e da Oi a gente trabalha com a parte de atendimento, que a gente chama de CRM. Inter IT: O que a Amdocs pretende em relação aos seus clientes? R. Osato: “Onde o cliente está, nós estamos indo atrás”, esta é mais ou menos a filosofia de trabalho da gente. Inter IT: E em relação as operadoras? R. Osato: A Amdocs é uma empresa que trabalha há muito tempo com telecomunicações. E está é uma indústria que e stá se consolidando muito rapidamente e neste processo de consolidar as empresas normalmente elas levam as soluções de um lugar para o outro ou tentam fazer os processos de padronização. Então neste processo a gente acaba indo 30
zar o investimento. Ao contratar este tipo de projeto, nessa área de OSS, você na verdade está trabalhando pra fazer duas coisas: otimizar sua rede através do planejamento de rede e reduzir o custo de operação da sua rede. Especialmente no Brasil, a cada dez projetos que estamos buscando fechar mais ou menos cinco deles são de OSS, o resto vai para faturamento, atendimento, entre outros. Inter IT: Quais os principais concorrentes da Amdocs? R. Osato: Hoje o principal concorrente é a Oracle. Mas assim, a gente tem uma especialização no ramo das telecomunicações, 95% do meu faturamento mundial vem de telecom. Já a Oracle tem uma parte, uma divisão dela que é telecomunicações. Eu tenho vinte mil coisas para me preocupar, mas eu só me preocupo com uma, só quero fazer este pedaço dar certo. Essa é a grande diferença entre a gente. Outros concorrentes de nicho são a Telcordia nessa área de OSS e a Convergys na área de faturamento, mas a grande concorrente hoje é a Oracle. Inter IT: E como funcionam os investimentos na área de pesquisa e
desenvolvimento? R. Osato: A nossa área de pesquisa e desenvolvimento é toda centralizada. Temos alguns centros de desenvolvimento pelo mundo na Índia, Israel e nos Estados Unidos que fazem o desenvolvimento de nossos produtos. Mas eles são feitos a partir de uma definição central. Temos nossos grupos onde a gente captura as necessidades de negócio e transfere tudo isso para o pessoal de pesquisa e desenvolvimento que ai fazem as modificações em nossos produtos. Inter IT: Qual prioridade da companhia em relação a comercialização de produtos e serviços? R. Osato: Bom a prioridade para gente é o OSS porque o mercado está demandando. Mas isso não é só aqui, no mundo inteiro. E a segunda coisa, que ainda é muito pequena do ponto de vista de resultados em faturamento, mas que a gente crê que o futuro está aí é o conteúdo digital. A gestão, a distribuição, as aplicações, tudo que está em volta disso, da internet, da internet móvel e etc. A gente está fazendo um trabalho extenso de empacotar e investir dinheiro para oferecer para os nossos clientes capacidade de fazer vídeo on demand, de fazer gestão de conteúdo, transformação desses conteúdos, geração desses conteúdos e tudo isso num mundo que é o que as pessoas chamariam do conteúdo digital, que vai pra mobilidade, internet e etc. Pouco dinheiro ali ainda, muito dinheiro de investimento, mas a gente crê que as empresas vão se tornar cada vez mais digitais nesse sentido. Inter IT: Em relação aos altos impostos taxados no Brasil, a Amdocs sentiu alguma dificuldade em comercializar suas soluções e produtos no País? R. Osato: Na verdade evidente que nós tivemos que fazer um trabalho de adaptação para as condições de negócio do Brasil. A gente é uma organização global, a gente opera de
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ENTREVISTA forma global, então um trabalho que é feito aqui, uma parte do trabalho é feito aqui e a gente trabalha em cooperação com o pessoal da Índia para fazer o desenvolvimento. Então hoje a gente conseguiu encontrar um equilíbrio, no qual, a gente está operando de forma satisfatória dentro dos parâmetros legais que a gente tem disponível, mas a gente continua trabalhando para melhorar isso. Porque a forma com que você trabalha impacta diretamente em seu preço e os preços estão caindo continuamente, então a gente sente que tem sempre que trabalhar para otimizar isso. Inter IT: Como funciona a nova estrutura de operadoras virtuais móveis – MNVOs (No Brasil ainda está em processo de homologação pela Anatel)? Quais os benefícios que ela vai trazer ao Brasil? R. Osato: Vamos falar de duas coisas diferentes, uma coisa é o que significa para o consumidor final e a outra é o que eu como indústria farei para ajudar as operadoras a atender a demanda deste novo consumidor. Bom, a primeira coisa que a gente vai ter que trabalhar é para melhorar claramente a qualidade do serviço. A Anatel está querendo modificar a regulamentação e impor novas regulamentações para melhorar a qualidade da banda larga, do atendimento e etc. Então qualidade vai ser a primeira coisa que as operadoras vão trabalhar e que vão ter que mudar junto com essa nova super estrutura que elas têm. Agora você não vai olhar só a qualidade do seu serviço de banda larga, você vai falar assim “a minha banda larga está ruim, mas é a mesma operadora que faz a parte de celular e que também está ruim e a minha imagem da televisão também não está boa”, então a qualidade agora vai ficar um aspecto mais presente para o consumidor final. A segunda coisa que o consumidor final vai procurar é preço. “Ao invés de comprar uma coisa você comprar três. Aí eu vou querer um descontinho”. Tem um montão de gente falando vários números, – claro que as
operadoras não gostam de falar dos números – mas a expectativa é que você tenha uma redução de preços. Varia muito ao redor do mundo, mas eu diria que no mínimo o pessoal está esperando uns 10% de redução. Claro que é só para o produto empacotado, não é pra todos os produtos, mas tem uma expectativa do mercado para isso. E a terceira coisa que o mercado espera é que as coisas fiquem mais simples. “Antes eu tinha que ligar para a Net para ter a minha TV a cabo, para a telefônica para ter o meu telefone fixo e minha banda larga e eu ligava pra Claro pra pedir o meu telefone celular ou pra Oi”. Então o cliente vai esperar que as coisas sejam mais simples, ou seja, vai ter uma fatura, um demonstrativo, um call center pra ligar e uma pessoa só pra vir mexer na minha casa. Então se você olhar do ponto de vista do cliente final ele espera uma série de comodidades. Eu diria que fora a expectativa natural das pessoas em torno dessas três coisas vai uma quarta coisa vai acontecer junto a tudo isso, que é relacionado a explosão dos dados. Estas são três coisas que naturalmente você espera de uma super empresa. Agora pega o caso da Apple, por exemplo, está vindo aí o iPad [no mercado brasileiro], o que o iPad vai significar quando ele tiver dentro das redes de dados com a versão 3G?! Vai significar que vou ter um aparelho que eu vou poder ler meu jornal, ver minha novela no mesmo momento que a minha avó está vendo para quando eu chegar em casa eu comentar sobre a novela. Então com essa quarta coisa que está vindo aqui com os aparelhos novos estão se criando novos modelos de negócio que vão fazer com que se crie uma segunda ou quarta pressão racional sobre as operadoras. Inter IT: E quais pressões seriam estas? R. Osato: Então se você pensar sobre todas essas pressões, o que a operadora vai ter que fazer?! A operadora do lado de cá vai ter que pri-
meiro integrar todas as operações. Já que o cliente não vê três ou quatro empresas diferentes, só vê uma o meu call center também vai ter que ser um, o meu pessoal de operação também vai ter que ser um, o meu sistema também vai ter que ser um. A segunda coisa é que as operadoras vão ter que ter uma estrutura mais enxuta em questão de números, tem que concentrar e otimizar essa estrutura. E a terceira coisa é replanejar a rede e fazer investimentos, mas como a grana está curta, eu vou ter que planejar melhor o meu investimento em rede e vou ter que ser mais inteligente ao utilizar a capacidade ociosa da rede. Inter IT: O Brasil está preparado para absorver a demanda por dados? R. Osato: O Brasil tem muita coisa ainda a trabalhar por alguns aspectos. Primeiro tem todo o investimento que as próprias operadoras se programaram a fazer, então elas admitem que é necessário fazer um investimento muito grande para incluir as pessoas no mundo da banda larga, dos celuwww.corpbusiness.com.br | Inter IT
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ENTREVISTA lares. E por outro lado o Brasil também precisa mudar um pouco a forma como a gente vai suportar todo esse crescimento. Olhando pro lados das operadoras, para fazer toda consolidação elas vão ter que rearranjar as organizações, processos e sistemas para fazer tudo isso daqui. Antes eles só tratavam de voz, agora uma empresa como a Vivo tem mais de 10% do seu faturamento ligado a dados, significa que ela tem que controlar bilhões de transações por mês, então tem que ser um sistema de verdade. E acho que é isso que está faltando um pouco para as operadoras, elas tem bons sistemas para tratar a parte de voz, algumas coisas para tratar dados para oferecer 1MB, 2MB, mas quanto a gestão do conteúdo e a disponibilização deste conteúdo todas elas tem uma ou outra solução, mas nenhuma delas tem uma solução robusta o suficiente. Porque o que está vindo serão bilhões de transações. Se você reparar todas as operadoras estão criando um grupo vertical, um grupo que vai tratar de transportes, outro de saúde e etc. Mais do que ter a banda larga, você precisa ter dispositivos conectados e todos eles precisam de sistemas, processos e modelos de negócio muito específicos. Então essa também é uma nova realidade que está se colocando na frente das operadoras e que elas também têm uma dificuldade em fazer isso. Porque uma coisa é você tratar de 40 milhões de clientes outra coisa é quando você vai tratar de uma vertical de um modelo de negócio totalmente diferente. Então o desafio para as operadoras é bastante grande nesse sentido. Inter IT: E isto seria questão apenas de tempo? R. Osato: Elas vão precisar de um tempo, mas eu acho que elas vão precisar também de parceiros. Isso é um pouco complicado na cabeça das operadoras, ela sempre esteve acostumada a fazer ela alguma coisa, mas agora como o mundo está mudando 32
“Se você reparar todas as operadoras estão criando um grupo vertical, um grupo que vai tratar de transportes, outro de saúde e etc. Mais do que ter a banda larga, você precisa ter dispositivos conectados e todos eles precisam de sistemas, processos e modelos de negócio muito específicos.” tão de pressa, as especialidades são tão diferentes é preciso pensar primeiro em focar, mas também em sair atrás de parceiros. Movimentos como MVNO são a chance de trazer parceiros especializados naquela área e que possam ajudar eles a serem mais rentáveis. Mas para isso é preciso mudar uma cultura. Aquelas que fizerem vão ser mais bem sucedidas. Eles precisam de tempo? Precisam, mas a pergunta é: e o mercado vai dar esse tempo? Inter IT: As operadoras estão demonstrando certa resistência com este novo modelo de negócio? R. Osato: Acho que elas não são resistentes a ideia, a grande dificuldade delas é de implementação no como fazer. Porque todo mundo sabe que tem que mudar, que tem que facilitar a vida do cliente, que tem que
ter produtos integrados, a pergunta é como? É aí que mora a grande dificuldade de todos eles. Inter IT: E lá fora está dando certo a implantação? R. Osato: Lá fora há um movimento similar ao do Brasil de consolidação das operadoras. Muitas operadoras estão se tornando grandes corporações que oferecem tudo ao cliente, do móvel a banda larga, TV e etc. A pergunta é um pouco complicada, a gente não mede um modelo analisando se ele deu certo ou não. A gente observa o que é inexorável, independente se ta dando certo ou errado, eu digo assim que está dando certo para o cliente. O cliente está vendo valor nisso, ele quer isso. E quem oferecer isso está na frente, está ganhando espaço na percepção do cliente.
Quem fala: Renato Osato é o principal executivo da Amdocs no Brasil e tem ampla experiência em negócios e consultoria de TI e gerenciamento de tecnologia de grandes empresas da America Latina (mobile, wireline e pay-TV). Sua área de especialização inclui negociação, design e integração de projetos complexos, incluindo tecnologia, processos e estratégias de negócios. Osato ainda tem experiência em projetos em áreas específicas, como gestão de relacionamento com cliente (vendas, call center, base de dados do mercado), billing, engenharia de Telecom e planejamento produção de recursos. Antes de atuar na Amdocs, Renato Osato trabalhou em empresas como EDS, Unisys, Oi e Accenture. O executivo é bacharel em Engenharia Mecânica pela Universidade Mauá.
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COLUNISTAS
Reter talentos: um desafio significativo Por Marcelo Gonçalves
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omo já se tornou notório no Brasil diante de seu crescimento e desenvolvimento nos últimos anos e das perspectivas de manutenção desta tendência, temos à frente um grande desafio que é representado pela necessidade de dispormos de um número significativo e crescente de profissionais capacitados para encarar os avanços tecnológicos e as demandas por uma gestão eficiente, seja nas empresas privadas, ou no setor público. Mesmo registrando avanços significativos na formação educacional do brasileiro - especialmente em razão da inclusão de grandes contingentes de jovens no ensino superior devido ao crescimento da oferta de vagas e pela consolidação de programas oficiais que concedem bolsas de estudos em instituições de ensino particulares -, sabemos que a procura por mão de obra qualificada tem sido maior do que a oferta de pessoal adequadamente capacitado para as exigências do mercado de trabalho. É fácil perceber, portanto, que os talentos disponíveis são, a cada momento, mais e mais valorizados. A disputa pelos profissionais qualificados torna-se acirrada, e as armas utilizadas pelos agentes do mercado para atraí-los têm cada vez mais apelo e potencial de sedução. Torna-se claro que as corporações têm de se manter atentas para não perder para o mercado os ta-
lentos existentes em seus quadros. Conhecemos o alto custo que representa a preparação, formação, capacitação e adequação de um funcionário às características e necessidades de cada atividade. A perda para o mercado (muitas vezes para a própria concorrência) de um talento já formado e adaptado às rotinas de uma empresa, órgão ou entidade equivale ao desperdício de vultosos recursos investidos na preparação daquele profissional e, também, à necessidade de dispêndio de mais tempo e dinheiro na descoberta, contratação e adequação de seu substituto. Desta forma, reter os profissionais talentosos torna-se um grande desafio. Para encará-lo, é preciso atenção, conhecimento, comunicação e investimento. Primeiramente, o empregador e seus gestores devem estar atentos e conhecer bem os anseios, as necessidades e as ambições de seus colaboradores para traçar um perfil bem definido que sirva como referência para o desenvolvimento da carreira de cada talento. Manter uma comunicação eficiente, que integre de fato todos os níveis de gestão da corporação, é essencial para evitar surpresas em razão de possíveis descontentamentos ou desentendimentos. Com informações e o conhecimento em mãos, é possível traçar estratégias de gestão de pessoal que valorizem de fato os
melhores talentos, com a oferta de capacitação, treinamento e formação constantes e de perspectivas de ascensão profissional, aliada a políticas de incentivo e concessão de benefícios atrativos. Construir, oferecer e valorizar um ambiente de trabalho saudável, adequado e estimulante é, ao final, a “cereja do bolo” para reter os melhores profissionais. Empresas, órgãos ou entidades precisam estar atentos aos movimentos do mercado de trabalho para evitar surpresas inesperadas, como a perda de profissionais não plenamente contentes ou que venham a receber propostas mais atraentes. Enquanto nosso País não tiver capacidade de equalizar adequadamente as necessidades de formação de profissionais qualificados, a balança entre a oferta e a procura de talentos seguirá desequilibrada. Por isso, manter os bons profissionais é uma atitude que deve ser efetivamente valorizada pelas corporações.
“A disputa pelos profissionais qualificados torna-se acirrada, e as armas utilizadas pelos agentes do mercado para atraí-los têm cada vez mais apelo e potencial de sedução” www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES iPhone 4 A nova geração do smartphone de sucesso da Apple conta com uma série de inovações em relação ao modelo anterior do dispositivo, o iPhone 3GS. O novo aparelho é mais fino que sua versão anterior, possui uma nova tela - chamada “retina” - com maior resolução (960x640 - 4x maior que o 3GS), câmera traseira de 5 MP com flash e frontal utilizada para videoconferências, através da nova ferramenta Facetime. O iPhone 4 também é totalmente compatível com a nova versão do sistema operacional mobile da Apple, o iOS 4, que traz funções como o multitarefa, melhor gerenciamento de bateria, edição de vídeos – em HD – no iMovies, entre outros. Consulte preços e planos nos sites das operadoras Vivo, Claro, TIM e Oi.
Alto-falante SP-HF500A da Genius Com design arrojado, acabamento em madeira e 14 watts Hi-Fi são as principais características do novo alto-falante da Genius. Ele possui um painel na cor preto polido, que combina com qualquer tipo de ambiente, seja em casa ou no escritório. Por meio de um tweeter (1”8Ω) e de um woofer (3”8Ω) poderosos, o SP-HF500A reproduz um som de qualidade em suas caixas de som compactas de 3 polegadas, resultando em graves surpreendentes. O novo modelo vem com um fone de ouvido para você ter privacidade, mas também inclui uma entrada adicional para conectar iPod, leitor de CD ou MP3/MP4, sem ter que desligar os alto-falantes do PC. O preço sugerido para o consumidor final é de R$ 149,00. www.clubegenius.com.br
Cartão SDXC de 64 GB da Kingston - Classe 6 Velocidade, performance e confiabilidade para assegurar que as fotos, filmes, músicas ou outros arquivos sejam acessados com rapidez e sem perda de dados, estas são as características do novo cartão Secure Digital eXtended Capacity de 64 GB da Kingston. Com velocidade classe 6, equivalente a até 20 MB/s em gravação, os cartões SDXC Ultimate Classe 6 são versões de memórias SD de alta performance para atender às demandas de armazenamento das mais modernas câmeras fotográficas e de vídeo. O dispositivo segue as especificações do padrão SDA 3.01 e possui proteção contra gravação para prevenir perda de dados acidental. O lançamento tem preço sugerido de R$ 1199,00, garantia vitalícia e suporte técnico. www.kingston.com.br 34
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TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES Notebook VPC-EA20FB da Sony Maior praticidade de uso e recursos inovadores, estes são itens que a fabricante Sony ressalta em seu novo notebook com processador único no mercado. O novo processador de 1.86 GHz proporciona desempenho na realização de diversas atividades simultâneas, ideal para o consumidor que precisa criar uma planilha, por exemplo, mas também quer ouvir músicas ao mesmo tempo. O modelo dispõe de tela de 14 polegadas, teclado isolado, saída HDMI, memória de 4GB, disco rígido de 500GB, sistema operacional Windows 7 Home Premium, Bluetooth, Wi-Fi banda N e até 3 horas de duração de bateria. Chega ao mercado pelo preço sugerido de R$ 2.599,00. www.sonystyle.com.br
Monitor 3D W2363D da LG Os usuários que desejam mais emoção ao jogar e assistir filmes no computador agora podem contar com o monitor LG W2363D. O modelo é preparado para reproduzir conteúdos em terceira dimensão a partir da utilização de óculos NVIDIA 3D Vision e computador equipado com placa de vídeo NVIDIA GeForce. Com 23 polegadas, resolução Full HD e taxa de atualização de 120Hz, o aparelho tem baixo cross-talk, área de sobreposição entre duas imagens necessárias para formar o efeito 3D. Além disso, possui alto índice de contraste dinâmico de 70.000:1 e ampla conectividade, com duas entradas de alta definição HDMI e uma DVI. O preço médio sugerido do monitor 3D é R$ 1.199,00 e do Kit NVIDIA 3D Vision é de R$ 699,00. www.lge.com.br
Câmera Stylus Tough 3000 da Olympus Bonita, funcional e resistente. É dessa forma que a nova Stylus Tough 3000 chega ao mercado brasileiro para se unir aos outros dois modelos da linha (Stylus Tough 6000 e Stylus Tough 8000). Com 12MP de resolução, zoom óptico grande angular de 3,6x e zoom digital de 5x, é compatível com cartão SD, tem LCD de 2,7” e memória interna de 1GB (632MB disponíveis). Com ela é possível registrar imagens debaixo d´água a uma profundidade de até três metros ou em temperaturas de até -10ºC. Além disso, o modelo suporta uma queda de até 1,5 metro sem sofrer dano algum. A nova Stylus Tough 3000 está disponível nas cores vermelha e azul pelo preço sugerido de R$ 1.299. www.olympusamericalatina.com www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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EVENTOS
M-Payment já é realidade no Brasil 3ª edição do Congresso Mobile Payment Summit, realizado pela CorpBus!ness nos dias 4 e 5 de agosto, discute o futuro do mercado de transações financeiras via celular. Por Danilo Pádua / Fotos: André Pera – Divulgação CorpBus!ness
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ma pesquisa recentemente divulgada afirma que - em 2014 - teremos mais de 245 milhões de usuários ativos de serviços de transações financeiras via celular. Ainda assim, apesar do aspecto positivo do crescimento do segmento de pagamentos e bancarização móveis, as operadoras têm um grande desafio pela frente, pois precisam encontrar formas eficientes de integrar seus clientes pré-pagos, que não fazem uso dos serviços bancários, a sua base de operação móvel. Durante dois dias, em 4 e 5 de agosto, a 3ª edição do Congresso Mo36
bile Payment Summit, realizada pela CorpBus!ness, reuniu grandes empresas relacionadas ao setor de pagamentos móveis que expuseram seus pontos de vista e discutiram o futuro e as possibilidades que se existem para o segmento. Empresas como Banrisul, Visa, A.T. Kearney, OpiceBlum Advogados Associados, Novo ePay, Wappa e Oi Paggo, entre outras, marcaram presença em alguns dos diversos painéis e palestras programados para os dois dias de congresso, que contou – inclusive – com a apresentação de dois cases internacionais, da Fundamo e da PayPal.
“Nós fomos os primeiros a discutir esse tema (Mobile Payment) aqui no Brasil, lá em 2008, quando realizamos a primeira edição do M-Payment Summit. Esse mercado praticamente não existia no País, e alguns poucos profissionais e empresas trabalhavam em cima dos pagamentos móveis, criando ou aprimorando soluções que pudessem se encaixar dentro da realidade brasileira, que era bastante defasada tecnologicamente, em comparação ao que já temos hoje, com a popularização dos smartphones, com celulares de maior capacidade, além de redes de dados melhores e mais baratas”,
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EVENTOS comenta Diogo Pastori, diretor executivo da CorpBus!ness e idealizador do Mobile Payment Summit. Questionado sobre os motivos que o levaram a realizar a primeira edição do congresso, quando o mercado ainda não era uma realidade no País, Pastori argumentou que “é tudo uma questão de feeling. Eu sou um aficcionado por tudo que é ligado à tecnologia e comunicações, pesquiso e leio muito a respeito dos mais variados segmentos dentro dessa vertente (TIC), suas realidades e potencialidades, tanto dentro do Brasil quanto no exterior”. “Já se falava bastante do M-Payment fora do Brasil, muitos países – como o Japão – já vivem essa tecnologia como uma realidade desde meados dos anos 1990, e o Brasil, que já vinha absorvendo as comunicações móveis com extrema rapidez, principalmente após as privatizações das teles, dificilmente ficaria fora dessa vertente, que não é só uma tendência como uma facilidade bastante eficiente e segura na vida das pessoas”, analisou. 1º Dia – 4 de agosto O primeiro dia de apresentações contou com a presença de José Augusto Vilhena, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Amdocs, como presidente de mesa, coordenando todos os painéis apresentados na parte da manhã. A primeira apresentação do dia foi comandada por Silvana Machado, da A.T. Kearney, que falou um pouco das perspectivas para o mercado de mobile payment, indicou seis fatores que, na visão da empresa, são razões para o sucesso na implantação de uma tecnologia de m-payment. Silvana finalizou sua apresentação falando sobre o modelo de m-payment que vem sendo discutido pela Febraban para o Brasil, além da necessidade de, talvez, se tentar popularizar os pagamentos via celular através de transações cotidianas, de menor valor, como transporte público, alimentação, entre outros. Na sequência foi a vez de Marcelo Sarralha, Diretor de Tecnologia e Produtos e Canais Emergentes da Visa, apresentar o painel “Convergência
“Nós fomos os primeiros a discutir esse tema (M-Payment) aqui no Brasil, lá em 2008, quando realizamos a primeira edição do Mobile Payment Summit” Diogo Pastori dos Serviços Financeiros para o Celular”, mostrando o case da Visa com a implantação do programa payWave, que faz uso da tecnologia NFC (Near Field Communication), capaz de realizar a leitura do chip do celular e realizar uma transação apenas pela aproximação do device a um leitor específico, sem a necessidade de contato físico entre o aparelho e o terminal de vendas. Sarralha apresentou um pouco da visão da visa a respeito do segmento de mobile payment que, para a companhia, é bastante atraente por ser um segmento com enorme potencial de expansão, uma vez que existem mais de 4 bilhões de aparelhos celulares em todo o mundo. A próxima apresentação do dia foi comandada por Aletha Ling, COO da Fundamo, que trouxe o primeiro case internacional da edição de 2010 do evento, onde o uso das tecnologias de pagamentos através do celular em diversos países do continente africano, foi possível trazer pessoas que não eram bancarizadas para o sistema formal de transações financeiras. “Pense como um banco, e ‘dance’ como uma telco”, comentou Aletha, para ilustrar qual foi o pensamento da companhia, uma multinacional fundada em 2000 e hoje presente em diversos países do mundo, para apostar nos segmentos de mobile banking e m-payment como forma de contornar uma dificuldade estrutural existente no continente. Em seguida foi a vez de Luiz Rodrigo da Silva, gerente sênior da Accenture, que apresentou o painel “Serviços Financeiros Móveis: Desafios e Oportunidades para a Expansão no Mercado Brasileiro”, no qual falou sobre o desenvolvimento e a penetração do mobile na realidade atual de outros segmentos e as possibilidades de crescimento dentro do setor financeiro também. Luiz mostrou, por exemplo, que hoje cerca de 30% dos acessos
ao Facebook – principal rede social do mundo, com mais de 500 milhões de usuário – é feito através de dispositivos móveis, uma taxa de penetração infinitamente superior a dos serviços bancários e financeiros móveis em praticamente todo o mundo. O executivo também reforçou a ideia de que o mobile pode ser uma importante forma de trazer usuários não bancarizados ao sistema formal, lhes dando acesso a uma forma de pagamento além do dinheiro. Luiz concluiu sua apresentação falando que as MVNOs, operadoras móveis virtuais, podem ser grandes viabilizadoras do mobile payment, e finalizou apresentando um case da MVNO do correio italiano (Poste Italiane), a Poste Mobile, que possuía cerca de 95% de sua base de assinantes com serviços financeiros também ativados. Após o almoço, Ricardo Ferro, responsável pela Gerência Mobile do provedor de internet iG, assumiu a presidência da mesa de debates. O primeiro palestrante da tarde foi Rubens Bordini, do Banrisul, falar um pouco sobre o banco e mostrar o andamento do processo de implantação do mobile banking/payment no banco. Segundo Bordini, a ideia do Banrisul – em relação ao m-payment, que já vem sendo implantado desde 2009 – é fazer uso da tecnologia NFC para transações menores, os micropagamentos, enquanto outras tecnologias devam ser adotadas para servir aos demais segmentos de pagamentos móveis. Falando do mercado brasileiro de celulares, com mais de 185 milhões de dispositivos, Bordini indicou que o Banrisul está atento a ele, e as possibilidades de expansão que ele apresenta, principalmente com o crescimento exponencial da base de aparelhos, que aumentou quase 16% nos 12 meses anteriores. www.corpbusiness.com.br | Inter IT
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EVENTOS A apresentação seguinte foi comandada por Alfredo Jones, da WAU Movil, que falou sobre os diversos tipos de pagamentos móveis disponíveis atualmente, como débito em conta telefônica, SIM Tollkit, P2P, contactless, aplicativo para smartphones, Premium SMS e WAP Billing; estes dois últimos, principais focos da apresentação de Jones. O executivo também falou do alto uso dos pagamentos móveis em pequenas transações para aquisição de bens digitais e virtuais, como músicas e itens e bônus especiais em jogos eletrônicos, muitos desses, presentes nas redes sociais, os conhecidos “social games”. Jones aproveitou para ilustrar o argumento mostrando um pouco do case da Zong, que fatura milhões de dólares anualmente com pequenas transações pagas “in game” em seus jogos presentes nas redes sociais, como o Farmville, jogo de maior sucesso dentro do Facebook em 2009. A palestra seguinte foi comandada por Armindo Mota Jr, presidente da Wappa, empresa carioca de pagamentos móveis cujo case de sucesso de implantação do sistema de pagamentos móveis para táxis no mercado corporativo teve e ainda tem grande repercussão no setor. Armindo falou sobre a empresa, fundada há quatro anos e que hoje se tornou uma bandeira de pagamentos dentro do segmento corporativo e que lidera o setor de gestão de despesas via celular para o setor. Em seguida, Armindo mostrou como foi o processo de desenvolvimento da tecnologia de m-payment da Wappa, que primou pela simplicidade e escala, ao adotar o SMS como tecnologia, atingindo todas as operadoras da região e qualquer
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aparelho celular, por mais simples que fosse. O executivo seguiu a apresentação analisando os pontos positivos e negativos da tecnologia SMS para pagamentos móveis, as vantagens do m-payment na gestão das despesas com táxi em comparação aos tradicionais boletos e vouchers e finalizou comentando sobre a visão de sua empresa para os próximos anos, com o lançamento de aplicações para smartphones; fato esse já consolidado, com o lançamento de um app da empresa para iPhone, semanas após o congresso. A última apresentação do primeiro dia de evento foi comandada por Jorge Batista, executivo da Novo ePay, outra empresa pioneira no segmento de pagamentos móveis, predominante na região de Barueri, grande São Paulo, que – inclusive teve seu presidente Erivelto Rodrigues, como entrevistado da edição número 7 da Revista Inter IT. Batista falou sobre o crescimento da companhia dentro do setor de m-payment, que está presente hoje em países como Portugal, Índia e Emirados Árabes, entre outros, e que tem obtido sucesso em seu modelo de tecnologia própria para uso dos pagamentos móveis, sem estar ligada a operadoras de telefonia celular para a realização de transações. Jorge também falou sobre a realidade brasileira, em que mais de 80% dos celulares são pré-pagos, e como isso influenciou na estratégia adotada pela companhia em seu modelo de negócio. O final da apresentação de Batista foi marcado por alguns minutos de demonstração prática das tecnologias da Novo ePay, como o NFC, transferência e pagamentos P2P entre outros.
2º Dia – 5 de agosto As apresentações do segundo dia do Mobile Payment 2010 foram comandadas pelo presidente de mesa Gustavo Risio, diretor da Send IT. A primeira apresentação do dia foi de Gabriel Ferreira, executivo da Oi Paggo, que comandou o painel “Visão das operadoras sobre os Serviços Financeiros Móveis e sua evolução no cenário nacional”, onde – com uma apresentação descontraída – mostrou as principais características do sistema de pagamentos móveis da operadora Oi, além da visão da companhia para esse mercado em franca expansão. Segundo ele, em pesquisa feita pela empresa, constatou-se que entre 70 e 75% dos usuários da Oi Paggo, que também possuam ou não cartão de crédito/débito para pagamentos, consideram o sistema da operadora mais seguro. Gabriel completou sua apresentação mostrando aos congressistas presentes, diversas situações hipotéticas nas quais um serviço como o Oi Paggo poderia ajudar na vida de um usuário.A apresentação seguinte foi de Amol Patel, Head de Mercados Emergentes da PayPal, que trouxe o segundo case internacional do evento. O executivo iniciou sua apresentação mostrando um vídeo institucional da empresa falando sobre o aplicativo da PayPal para iPhone, explicou mais detalhadamente como é o funcionamento dos serviços da empresa, que agrupa diversos tipos de transação financeira dentro de um único cadastro e comentou que “para a PayPal, o mobile é a nova web”, ao falar sobre um estudo indicando que o número de usuários de dispositivos móveis com acesso a internet supera-
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EVENTOS rão os de PC muito em breve. Amol completou sua apresentação falando sobre como os smartphones melhorarão a experiência dos usuários de pagamentos móveis e comentou um pouco sobre os planos da companhia para sua solução PayPal X, específica para m-payment. Na sequência foi a vez da apresentação de Hideraldo Dwight Leitão, executivo do Banco do Brasil, falar um pouco sobre o histórico do banco com sistemas e formas de atendimento, a mudança de padrões com o surgimento do autoatendimento, como isso transformou a relação entre os bancos e clientes e a chegada do mobile banking no BB, que ainda está mais restrito a serviços comuns de internet banking, além da possibilidade do correntista do banco realizar saques emergenciais, mesmo sem cartão magnético, nos caixas eletrônicos do BB, dentro de um limite de até R$ 100 no saque. A última apresentação antes da pausa a para o almoço foi de Leonardo Rochadel, CEO da WiAxis Mobile, que trouxe aos congressistas um pouco da visão de sua empresa sobre o segmento de mobile payment. “O aparelho celular é O canal, e não apenas mais um canal”, comentou ao avaliar a importância do mobile nos serviços financeiros do futuro. Para Rochadel, o futuro dos pagamentos móveis presenciais está ligado ao NFC. Outro ponto apontado pelo executivo é a importância de se estabelecer padrões para o m-payment no País, coisa que a Febraban já vem discutindo. O executivo finalizou sua apresentação enfatizando que o Brasil é o 5º maior mercado móvel do mundo, com mais de 185 milhões de devices e enormes
oportunidades de crescimento para empresas que estão apostando no segmento. Depois da parada para o almoço, foi a vez de Bruno Benevento, executivo da Oberthur, falar um pouco mais sobre tecnologia, mais especificamente sobre o NFC – Near Field Communication –, tecnologia de pagamento por aproximação, mas sem contato. Benevento falou um pouco sobre diversas variantes da tecnologia disponíveis no mercado, como o NFC SWP (Single Wired Protocol), cujo dispositivo responsável pela comunicação NFC do celular está conectado ao SIM Card e à antena do aparelho. Descreveu, também, uma nova tecnologia de SIM Card próprio para NFC, onde diversas aplicações e protocolos de segurança e outras funcionalidades da tecnologia já vem embarcados no SIM, melhorando o uso da tecnologia. E, por último, falou sobre o SIM & Wave, tecnologia capaz de transformar qualquer celular, mesmo os modelos mais simples, em um dispositivo compatível com o NFC, fazendo apenas uso de uma antena flexível conectada ao SIM que é colocada dentro do device, o que pode ajudar a acelerar a adoção do NFC e do mobile payment, por consequência. Na sequência foi a vez da apresentação de Filipe Roup Rosas, do Mobile Entertainment Forum - MEF, que falou sobre mobile commerce (m-commerce), ressaltando a penetração dos dispositivos móveis que – são cerca de 4 bilhões em todo o mundo – alcançam 70% da população global. Filipe também apresentou números interessantes em sua palestra, mostrando que o mercado mundial de entretenimento móvel movimenta cerca de US$ 36 bilhões, em sua grande parte através de
microtransações, e que o faturamento da Amazon em 2009, somente com m-commerce, superou a casa do US$ 1 bilhão. Filipe concluiu destacando a grande quantidade de download de aplicações que são baixadas diariamente nas lojas virtuais de fabricantes de aparelhos e operadoras de Telecom; e indicou que estudos apontam que, em 2015, 8% das transações online já serão realizadas através de celulares. A última apresentação do dia tratou de uma temática diferenciada em relação às demais, mas nem por isso menos importante. O advogado Renato OpiceBlum, especialista em direito digital da OpiceBlum Advogados Associados, falou sobre aspectos legais e regulatórios e riscos inerentes à oferta de serviços financeiros móveis. “Tudo que não é proibido pela Lei, é permitido”, ponderou. Renato deu, também, dicas a respeito da segurança e garantias dentro de transações desse tipo, citando aos congressistas que toda e qualquer prova eletrônica, por menor e mais simples que seja, possui validade jurídica para a decisão de qualquer tipo de disputa na Justiça. Renato finalizou sua apresentação, antes de responder aos questionamentos dos congressistas presentes, contando um caso interessante, de que a primeira ação de quebra de sigilo de torpedo SMS, em todo o mundo, aconteceu no Brasil. Após dois dias intensos de apresentações, debates e bastante networking; os executivos presentes na sala de conferência se despediram da 3ª edição do congresso Mobile Payment com uma salva de palmas, durante o encerramento do evento.
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A importância da TI na prevenção e combate às fraudes Por Leonardo Silva
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o atual cenário corporativo, a crescente informatização de processos de negócio, em especial das rotinas financeiras, traz para as organizações inúmeros benefícios. Mas essa mesma informatização costuma representar uma exposição maior às fraudes corporativas, que são caracterizadas por falsificação ou alteração de registros ou documentos, por omissão de transações nos registros contábeis, por registros contábeis sem comprovação e, ainda, pela aplicação de práticas contábeis indevidas. Para melhor compreender as fraudes corporativas é importante saber o que motiva a execução de atividades fraudulentas. Entre os principais fatores podemos destacar: 1) Oportunidade: o fraudador não planeja, mas percebe algumas falhas no sistema de controle interno, o que lhe da oportunidade de entrar em ação; 2) Motivação financeira: são comuns por necessidade de pagamento de uma divida, aquisição de um bem etc.; 3) Insatisfação profissional e insegurança: são decorrentes do sentimento de desvalorização profissional. Somado aos motivos listados acima, a ausência de um ambiente de controles internos adequado propicia as condições necessárias para a ocorrência deste tipo de situação. É neste contexto que a TI tem fundamental importância para a prevenção e o combate às fraudes corporativas. Por exemplo, um sistema que não restrinja o acesso a rotinas de lançamentos manuais na contabilidade, 40
ou, ainda, que possibilite o acesso diretamente ao banco de dados, pode permitir que um profissional “manipule” o resultado, escondendo uma queda de desempenho ou o alto grau de endividamento da empresa. Tais situações podem ser controladas ou ter sua probabilidade de ocorrência reduzida com a implantação de medidas eficazes de prevenção, identificação e combate à fraude. A área de TI, por meio de uma prática de governança de TI alinhada à corporativa, deve auxiliar as áreas de negócio com a adoção de boas práticas de controle. Alguns exemplos de praticas que visam fortalecer o ambiente de controles internos são a adoção de controles automatizados, preventivos e detectivos, nos sistemas informatizados que suportam os principais processos de negócio; modelos adequados de segregação de função, por meio de perfis de acesso que considerem o mínimo de acesso necessário à realização das atividades de cada um dos profissionais; e mecanismos de autenticação, identificação de usuários e registro de logs.
Esses logs serão utilizados para a identificação e rastreabilidade de ocorrências. Dentre essas soluções, o desenvolvimento de perfis de acesso com adequada segregação de funções é uma das mais importantes. Não é para menos, pois cada vez mais são comuns os casos em que funcionários mal intencionados valem-se do acesso disponível em beneficio próprio. Vide o recente caso da Receita Federal, onde um profissional usou o acesso que tinha disponível, mas que não estava relacionado às suas atividades, e acessou informações sigilosas. Especula-se que a informação tenha sido utilizada para elaboração de um dossiê sobre determinado político. É crescente também a especialização e a utilização dos meios eletrônicos para a realização de atividades fraudulentas. Nesse sentido, a segregação de função surge como um mecanismo de controle interno que contribui significativamente para o combate de fraudes ou para minimizar a probabilidade de ocorrência desse tipo situação.
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Anúncio “impresso” na versão iPad da revista? Nããão!!! Por Marcelo Castelo
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argado! É assim que o meu computador pessoal ficou depois que comprei o iPhone. Entretenimento e trabalho – resolvo a maioria das coisas que preciso com ele. Assim que soube do lançamento do iPad comecei a pensar em como ele afetaria o meu dia-a-dia. Obviamente fiz comparações entre ele e diversos devices como o iPhone, Kindle e Notebooks. Quando ele chegou, percebi que deixei um “device” muito importante de fora dessa comparação: os veículos impressos. Ao compararmos com uma revista ou jornal, praticamente não há mudança de consumo. E por mais paradoxal que pareça, esta “não mudança” é que é revolucionária. O iPad é um misto de digital com “real” e a maior diferença é que eu não vou sujar minhas mãos para ler. Os principais veículos impressos já estão criando a sua versão para iPad – The Wall Street Journal (WSJ), Reuters, USA Today, BBC, Men’s Health, entre outros. O WSJ, por exemplo, já apresenta resultados bem bacanas. Dos “primeiros” 1 milhão de donos de iPad, o serviço já foi contratado por mais de 64 mil pessoas. E isso, em apenas um mês de disponibilidade na App Store, embora muitos deles possam ter ficado apenas na edição gratuita que está sendo oferecida como “degustação”. Mas... Como o conteúdo “migra” para o iPad? Em relação ao formato, ele não deve ser um “print screen” do jornal, mas também não precisa ser um site. O mais interessante é manter o formato do jornal adicionando a 42
“Em relação ao formato, ele não deve ser um ‘print screen’ do jornal, mas não precisa ser um site” interatividade que o aparelho pode proporcionar. Podemos ver os vídeos da notícia, comentar, ver galerias de fotos, ouvir podcast e músicas. Com a instantaneidade, o conteúdo passará de frio e geral, para quente e segmentado. Antes que alguém fique bravo e diga, “Já temos tudo isso que você falou neste parágrafo em qualquer computador”, eu volto no ponto inicial... Agora teremos isso sem substituir o hábito de consumo do impresso, ou seja, deitado tranquilamente no sofá, e isso é demais! Outro fator que deve ser levado em consideração para a produção de conteúdo deste “novo jornal” é a localização. É como se estivéssemos falando do mobile, só que com a tela grande! Podemos identificar onde o usuário está e oferecer conteúdo diferenciado para ele. O mesmo vale para a publicidade no iPad. Hum... Aqui temos outra questão! A publicidade no iPad. A quantidade de aplicativos baixados entra na tiragem de determinado veículo, ou nos pageviews do site? Quanto custa esse anúncio? Teoricamente, no iPad ele deveria ser mais caro. Ele é mais rico, interativo e proporciona maior engajamento. Mas na prática eu não sei como vai ser. No começo ele pode até ser oferecido como bonificação. Mas se você, anunciante, utilizar esta mídia (mesmo que como bonificação), tente aproveitá-la da melhor maneira possível, não faça um banner “paisagem” que não leva o consumidor a
lugar nenhum. Abuse da criatividade na peça e na landing Page! É, no iPad o seu “anúncio de jornal” leva o consumidor para algum lugar. Diferente do mobile, não é necessário criar um site específico para iPad, mas no mínimo é interessante ver como o seu site fica no aparelho. Vale a pena lembrar que o iPad não aceita Flash . Coincidência, ou não, até agora, a maioria das publicidades pelas quais fui impactado, me levaram para um vídeo no Youtube. Isso mostra que os anunciantes sabem o que estão fazendo (já que não direcionam a publicidade para um site em Flash – fato que acontece constantemente em mobile), mas, ao mesmo tempo, dá uma sensação de que foi feito de última hora, do tipo “Surgiu uma oportunidade. Vamos anunciar no iPad?”. Isto é natural, já que toda nova mídia “exige” sempre uma fase de adaptação dos anunciantes e agências. Pra mim, a pergunta mais interessante é: No próximo relatório do Intermeios, esta verba publicitária entrará para os jornais e revistas, ou para a internet? Façam suas apostas. E, se você está lendo este artigo no iPad, clique aqui e acompanhe uma entrevista comigo sobre o assunto. Se não... Sentiu a diferença? * Marcelo Castelo é publicitário, sócio da agência F.biz e autor do blog www.mobilepedia.com.br.
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2ª EDIÇÃO
IT Banking A eeciência e a solidez do setor bancário brasileiro em alta tecnologia
Em novembro a Corpbusiness realiza o 2º IT BANKING SERVICES SUMMIT Para esta edição traremos os principais assuntos da atualidade na cadeia nanceira; tendências e inovações - tecnologias para bancos e seguradoras, a importância das redes sociais como canal de comunicação e relacionamento com o cliente, praticas de prevenção a fraudes, panorama de Mobile Payment no Brasil e os Impactos da certiicação PCI DSS e benefícios conquistados.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: (11) 3822-0624 www.corpbusiness.com.br
São Paulo
24/11/2010
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completa do evento
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TECNOLOGIA
Internet completa sua 15ª primavera Da conexão discada a velocidades de 10 MB (ou mais), de 1995 para cá muita coisa mudou no universo online. Há alguns anos baixar um arquivo de email, por exemplo, demorava minutos, hoje não passam de míseros segundos. Por Bruna Souza Cruz
Lançada em 1995, a Internet comercial tomou proporções dignas de admiração. Sua revolução mudou hábitos e conceitos dos usuários brasileiros. Ainda há desafios a serem superados, mas de fato ela possibilitou inúmeras mudanças positivas para o País. Pouca variedade de recursos e informações, textos curtos, páginas pequenas e longa espera para conexão. Brasileiros com menos de 25 anos não devem se lembrar de características tão comuns a Internet dos anos 90. Com início tímido, a rede mundial de computadores veio ganhando força com o passar dos anos até se tornar parte integrante no dia-a-dia das pessoas seja de para uso pessoal ou profissional. Em agosto deste ano, a Internet comercial completou 15 anos de existência no Brasil. Da conexão discada a velocidades de 10 MB (ou mais), de 1995 para cá muita coisa mudou no universo online. Há alguns anos baixar um arquivo de email, por exemplo, demorava minutos, hoje não passam de míseros segundos. Ari Meneghini, atual Diretor Executivo da IAB Brasil, no mesmo ano do lançamento da Internet montou sua primeira empresa desenvolvedora de sites. O executivo conta que ela foi a responsável, em São Paulo, pela criação dos primeiros portais voltados a cultura da região. Tempos depois optou pela carreira de consultor no segmento de presença digital. Compreender “como as empresas passaram a se colocar na até então 44
“A Internet é um reflexo da sociedade e dos indivíduos” Michel Lent Schwartzman Web 1.0” foi um dos fatores que estimulou Meneghini a mudar seu foco profissional. Com a rápida evolução da Internet, o executivo em 1997 deixou os trabalhos focados apenas em atividades culturais para se envolver apenas com a Internet. “Como todo mundo que presenciou o começo da internet, eu tive que aprender toda a parte técnica, como funciona um servidor, como é que funcionavam os protocolos de comunicação entre as máquinas”, explica. Dados recentes divulgados pelo Ibope Nielsen apontam o País fechou agosto com 41,6 milhões de usuários ativos de Internet, valor que representa um crescimento de 11% em relação ao mesmo período de 2009. O Instituto Brasileiro de Geogra-
fia e Estatística (IBGE) divulgou números agora em setembro que destacam um crescimento de 112%, de 2005 a 2009, no número de pessoas que declararam ter navegado na Internet. De 2008 para 2009, o Brasil registrou uma alta de 21,5% somando 67,9 milhões. Para quem pensa que é nos Estados Unidos que existem pessoas que mais passam tempo navegando pela web, está muito enganado. A região ocupa o terceiro lugar no ranking com em média 40 horas mensais na rede. Já a Inglaterra fica com a segunda posição gastando em torno de 43 horas por mês, de acordo com outra pesquisa também realizada pelo Ibope Nielsen. E quem é o país que mais gasta horas em navegação na
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TECNOLOGIA Internet? Acertou quem disse o Brasil. Sim, o País atingiu a posição de número um com em média 45 horas mensais. Michel Lent Schwartzman, General Manager e Creative VP da Ogilvy Interactive Brasil, que viu os primeiros computadores equipados com browsers ao estudar em Nova York, ressalta que a Internet deixou de ser algo limitado e se tornou parte do cotidiano dos brasileiros. “A Internet no Brasil hoje é parte da realidade dos brasileiros. Deixou de ser algo especial, limitado, estranho e se transformou em parte do cotidiano. A evolução nacional seguiu o desenvolvimento do país na última década. Em 2000 eram pouco mais de 3 milhões de usuários, mas com a estabilidade econômica e o aumento do poder aquisitivo da população, a Internet se difundiu rapidamente, sempre tida como uma prioridade por integrantes de todas as classes sociais”, declara. E para o futuro, o executivo acredita que ela “se torne ainda mais integrada ao nosso dia a dia. A Internet ainda é vista como algo a parte, a que pouco menos de 50% da população tem acesso. A tendência é que ela esteja disponível para quase toda a população, na mesma medida que outros serviços de infra-estrutura, como água encanada, saneamento básico e luz elétrica”. Diante desta realidade, podemos observar um pouco da evolução, recente, da rede no ambiente nacional. A velocidade com que a informação passou a ser transmitida superou diversas barreiras. “[Internet] foi uma coisa avassaladora, realmente ela modificou os costumes das pessoas no País e no mundo. Pra mim o grande mérito da Internet é ter possibilitado a criação para qualquer pessoa poder de criar sua mídia”, ressalta Meneghini. A interatividade que ela permitia anos atrás estimulou o desenvolvimento de novos conceitos. “A Web 1.0 já era interativa, mas a web 2.0 tornou essa interatividade e esse acesso muito mais fácil. As pessoas precisam saber muito menos da parte técnica para produzir seu veículo. E essa é a grande diferença da Internet
“[Internet] Foi uma coisa avassaladora, realmente modificou os costumes das pessoas no País e no mundo” Ari Meneghini e de todas as experiências de mídia anteriores”, acrescenta o executivo. Além disso, novos paradigmas foram surgindo, novas estruturas de interconexão e até mesmo de mobilidade foram criadas. E por falar em mobilidade, a Internet vem ganhando fortes aliados. Com a rápida expansão do mercado de dispositivos móveis, como celulares, smartphones e tablets, o acesso facilitado a web tem conquistado ainda mais usuários. A possibilidade de acessá-la em qualquer lugar, a qualquer momento são algumas das características chave para o sucesso da comercialização destes produtos. Um relatório feito pela NetMarketShare aponta que o acesso por meio de dispositivos móveis tem crescido constantemente. Em setembro a consultoria registrou alta de 2,81% no total de acessos. No início de 2009 este número ficou em torno de 0,59%. A expectativa para o País, segundo o diretor do IAB Brasil, é que aconteça aqui o que acontece nos outros países onde a Internet se torna “cada vez mais móvel”. Diversas pesquisas ressaltam que a revolução das redes sociais, como Orkut, Twitter e Facebook, atraíram ainda mais usuários para a Internet. E com o Brasil não foi diferente. Atualmente ele já ocupa o posto de segundo país no mundo com o maior número de amigos virtuais. Em média o internauta brasileiro possui 231 amigos em suas redes sociais, de acordo com o levantamento feito pela empresa de pesquisas TNS. “As redes sociais fazem sucesso, pois o brasileiro é bastante sociável, na internet há um espelhamento dessa realidade e também uma diminuição de fronteiras físicas”, disse Meneghini. “O brasileiro sempre gostou de tecnologia, ele sempre foi muito aceito a novas tecnologias, as novidades. É uma coisa cultural nossa, não há muita resistência a novidades tecnológicas”, acrescenta.
A tendência é que grande parte destes números continuem numa crescente, tanto no Brasil, como no mundo. Mas nem tudo é flores, não podemos esquecer as barreiras, relacionadas ao acesso a rede, que o País ainda precisa superar. Fatores como as altas taxas cobradas pelas operadoras para o fornecimento de serviços de banda larga, dificuldades na prática da inclusão digital, velocidade de navegação inferior as já utilizadas em outros países e a possível escassez de endereços eletrônicos (IP), são alguns dos problemas a serem enfrentados pelo Brasil. Em relação aos últimos desafios citados, Schwartzman se diz otimista. “Acho que estamos falando de uma reformulação de infraestrutura bastante considerável. Há diversas frentes para se atacar, desde a questão de protocolos de IP mais elásticos, até a mudança de roteadores, largura de banda, armazenamento local. Mas junto da Internet há bastante interesse comercial e isso me tranquiliza, pois onde há dinheiro, há desenvolvimento e isso não vai deixar de acontecer com a Internet”. “A Internet é um reflexo da sociedade e dos indivíduos. (...) Refletimos na Internet como somos na vida”, conclui o executivo.
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TECNOLOGIA
Recenseamento High Tech Censo 2010 utiliza de novas tecnologias para otimizar a coleta de dados da população brasileira. Da Redação
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Censo Demográfico 2010 iniciou no dia 1º de agosto com diferentes métodos de trabalho em comparação as edições anteriores. Por meio de novas tecnologias, o IBGE, realizador do trabalho, prevê a transferência e integração de toda a base territorial para o modo digital, com o objetivo de assegurar de uma maneira mais eficaz as informações da população brasileira. Para colocar em prática a expectativa do órgão de economizar o trabalho de 7 meses de atualização, a Microsoft Brasil e a LG foram escolhidas para desenvolver em parceria novos métodos de arquitetura e infraestrutura para otimizar a coleta de dados. Este “é o maior case mundial de Windows Mobile”, afirmou Celso Winik, gerente de mobilidade da Microsoft Brasil. “O Censo 2010 é um projeto cuja sofisticação da tecnologia móvel permitiu que pudéssemos exercer o trabalho, de fato, de uma só Microsoft”, afirmou Paulo Cunha - Diretor de educação e setor público da Microsoft Brasil. “Para um país com as dimensões do Brasil, a tecnologia é fundamental para termos uma riqueza de dados que possa ser utilizada para um planejamento futuro. Foram distribuídos aos recenseadores, colaboradores contratados pelo IBGE, mais de 150 mil computadores de mão fabricados pela LG. Já a Microsoft buscou reunir diversas áreas para desenvolver a tecnologia mais adequada para o serviço utilizando os sistemas Windows Phone, Windows 7, Windows Server, System Center, SQL Server 2008 e Visual Studio. O dispositivo móvel utilizado pelo Instituto é uma adequação exclusiva
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do modelo de smartphone LG Smart GM750, que possui uma tela de 3 polegadas, GPS e conexão Wi-Fi. “Para a realização do recenseamento, foram realizadas algumas adaptações, como bloqueio do acesso à internet e ao sistema de telefonia, inclusão do aplicativo do Instituto para o Censo 2010, desenvolvimento de capa emborrachada, entre outras customizações de software e hardware”, afirmou Andre Niggli, gerente de vendas e projetos especiais da LG Electronics no Brasil. Desde 2006 a Microsoft vem trabalhado com o Instituto no projeto do Censo 2007 para Contagem de População (em 30 milhões de domicílios) e Censo Agropecuário (em 5 milhões de estabelecimentos agropecuários). Nesta parceria inicial foram utilizados 82 mil PDAs com Windows Mobile e GPS, recurso que reduziu em seis meses o tempo de processamento das informações, além do aumento da produtividade do recenseador em
três vezes. “Este projeto mostra todo o potencial e flexibilidade da plataforma Windows Mobile. A Microsoft investe há mais de 10 anos nesta tecnologia no Brasil, trabalhando para construir um ecossistema completo de fabricantes e parceiros. A base instalada de equipamentos com Windows Mobile no Brasil é estimada em 1.5 milhão de equipamentos”, destacou Winik. O IBGE economizou R$70 milhões na aquisição de 150 mil novos equipamentos “As operações censitárias já eram todas automáticas, menos a da coleta de dados que até agora era feita na base por meio de questionários preenchidos que depois eram transformados para dados eletrônicos. Esse projeto coloca o IBGE no topo dos órgãos de estatísticas no mundo”, afirmou Paulo Cesar Simões CIO do IBGE.
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COUNISTAS
Candidatos nesta eleição têm de se lembrar que nada se apaga na internet Redes sociais e doações de pessoas físicas por meio de sites poderão não fazer efeito nestas eleições, mas mudarão o relacionamento entre políticos e eleitores no futuro. Da Sandra Takata
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specialistas políticos estão reticentes em relação à arrecadação pela internet de pessoas físicas para os candidatos, permitida durante estas eleições. Dizem que a falta de confiança na política brasileira não dará frutos para este novo sistema. Já na cabeça da população deve vir a ideia de que “laranjas” doarão e que tudo terminará em pizza. No entanto, inicia-se aqui um divisor de águas nos hábitos eleitorais dos brasileiros. A construção de um maior engajamento político começa agora. Talvez plantado para as futuras gerações que já estão acostumadas em navegar na internet e se expor nas redes sociais, respondendo as perguntas mais cabeludas no Formspring, e mantendo a frase “minha vida é um livro aberto”; mais atual que nunca. Mas uma nova fase inicia-se agora. E um caminho sem volta. A internet traz inúmeras mudanças e talvez uma moralização na política brasileira. Nos bastidores, marketeiros políticos começam a sentir que suas verbas de campanha estão reduzidas este ano. Isto porque muitas empresas, que antigamente não precisavam se identificar como doadoras, não querem agora aparecer e ter seu nome ligado a partido ou a candidatos, e configurar em sites com o da ONG Transparência Brasil (www. transparenciabrasil.org.br) empenhada em combater a corrupção em terreno verde-amarelo.
“É esta transparência, a qual os jovens estão tão acostumados na internet, que guiará as campanhas daqui pra frente” E é aí que está o X da questão. Os sites, as redes sociais são armas importantíssimas para fazer com que a honestidade e transparência se tornem uma obrigação no meio político. É esta transparência, ao qual os jovens estão tão acostumados na internet, que guiará as campanhas daqui pra frente. Para os que optaram por fazer a arrecadação pelo site por meio de doações de pessoas físicas terão de obedecer regras muito rígidas do Tribunal Superior Eleitoral, pois se houver alguma irregularidade na hora da prestação destas contas, o candidato corre o risco de ter sua posse impugnada ou nem participar de futuras eleições. Mas os que forem ousados em apostar nesta nova ferramenta, cumprindo claramente as suas propostas, terão armas poderosas de fidelização de eleitores. Afinal quem tira o dinheiro do bolso para apostar num político é porque acredita muito em seus projetos. Muda-se o relacionamento do candidato com o eleitor. O doador se torna um cliente que comprou um produto e quer testá-lo. E se não aprovar, pode ter certeza de que ele não pensará duas vezes para criar blogs, postar em seu YouTube, Facebook
ou Twitter que sua escolha não foi bem feita. Hoje jovens já bloqueiam candidatos que tentam fazer aproximações sem nenhum propósito nas redes sociais. Portanto, políticos ainda podem driblar as pessoas que ainda não têm acesso à internet atualmente (infelizmente mais de 60% da população brasileira) e não conseguem obter tanta informação. Mas não por muito tempo, pois se dizem que o brasileiro não tem memória, isso não será mais o problema, pois na internet nada se apaga. * Sandra Takata – diretora de Atendimento e Mídia Digital da Versátil Comunicação Estratégica
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EVENTOS
Mídia digital não para de crescer CorpBus!ness e principais players do setor analisam e discutem o mercado de mídia digital, em franca expansão, na 3ª Edição do DMC - Digital Media Conference. Por Danilo Pádua / Fotos: André Pera – Divulgação CorpBus!ness
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o último mês de junho, a CorpBus!ness e a revista Inter IT realizaram a terceira edição do congresso Digital Media Conference, onde alguns dos principais players e especialistas no segmento de mídia digital discutiram o setor, apresentando cases de suas companhias e/ou clientes e indicando os próximos passos para o segmento que deve, em breve, se tornar o principal foco das grandes organizações ao pensarem em publicidade e propaganda, em detrimento dos meios tradicionais. O dia de apresentações teve início com Mirko Mayeroff, CEO do site Superdownloads, como presidente de mesa. O primeiro painel apresentado – “As Tendências, Barreiras e Oportunidades - Mídias Digitais - O Consumidor no Controle - Transformação no Comportamento do Consumidor e a Demanda Mudanças na Estratégia das Empresas” – teve como pales48
trantes três grandes especialistas em mídia; Gustavo Reis, diretor de mídia on e off-line da McCann Erickson, Marcelo Coutinho, da Diretoria de Inteligência de Mercado do Terra América Latina, e Michel LentSchwartzman, gerente geral da Ogilvy Interactive. Gustavo Reis iniciou sua apresentação falando sobre a presença da internet nas empresas, e a popularização dela – também – na casa das pessoas e como isso tem mudado e ampliado a relação das pessoas com a tecnologia e as novas mídias. Falando de aspectos como digitalização, conectividade, comunidade, conhecimento e colaboração, entre outros tópicos, Gustavo mostrou um pouco da importância de as empresas se abrirem para as novas mídias e apostarem nesses novos formatos onde, até mesmo um texto postado em um blog, ou uma curta mensagem no Twitter podem ter, tanta ou mais reper-
cussão que um anúncio todo pensado para veículos tradicionais como jornais, revistas, e até rádio e televisão. Em seguida foi a vez de Marcelo Coutinho, do Terra, se apresentar. Coutinho falou dos desafios da mídia digital e dos diversos formatos de comunicação que essa nova realidade permite, além de – até mesmo – a convergência entre formatos, como uma combinação citada entre as diversas redes sociais e a rede de computadores. Coutinho também mostrou, em números, o crescimento das mídias digitais e da internet como um todo que, se ainda não é proporcional à queda de audiência de meios como a TV, já mostram uma certa tendência, em ambos os meios. Michel Lent complementou o painel falando sobre a importância do crescimento da internet no mercado de publicidade, a convergência entre as diversas mídias que integram o
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EVENTOS segmento digital e a importância do conteúdo para o novo consumidor, que não só recebe a informação como também quer – e precisa – interagir com ela. Na sequência Rene Mollinedo, diretor de Marketing, Inovação e Mídia Digital da Trendylab, comandou o painel “Consumer insights, inovacão e tendências como base para o planejamento e Inteligência Estratégica de Marketing na era digital e em uma sociedade em constante mudança”, no qual falou sobre as metodologias de pesquisa e análise de tendências, comportamento social e de consumo que ajudam em tomadas de decisões estratégicas e a identificar oportunidades a partir da imersão na realidade subjetiva dos consumidores. O painel seguinte, intitulado “Relacionamento: Consumidor x Marcas, na era das Mídias Sociais - Como travar uma agenda positiva”, foi comandado por André Zimmermann, Diretor Geral da Media Contacts, e pelo especialista em mídia social Diego Monteiro, da Direct Labs. Zimmermann falou bastante sobre a influência das mídias sociais e apresentou números de diversas pesquisas sobre a internet, como os que mostram que dois terços dos usuários atuais da web acessam redes sociais ou blogs, além de mostrar que hoje o acesso às mídias colaborativas já supera o acesso ao e-mail, por exemplo, fazendo com que as mídias sociais sejam o quarto tipo de acesso mais popular na rede. Números relacionados a essas mídias no Brasil também foram mostrados. Diego Monteiro deu prosseguimento ao painel falando um pouco sobre a abordagem e a visão que uma empresa precisa ter antes de entrar nas mídias sociais. “Não é possível ter uma estratégia 2.0 com uma gestão 1.0”, disse. O especialista também apontou as diferenças de postura que as organizações devem adotar neste novo universo, onde é impossível ter 100% de retornos positivos sobre sua marca, e absolutamente errado ignorar os retornos negativos, uma vez que – nas mídias sociais – a opinião do usuário vale tanto quanto ou mais que a de uma marca/empresa. “Nas
“Nas redes sociais as marcas são reais (...) relacionamento é saber lidar com as divergências e não evitá-las ou escondê-las” Vinicius Tsugi
mídias 1.0, as marcas são como príncipes encantados, não têm defeitos. Já nas redes sociais as marcas são reais (...) relacionamento é saber lidar com as divergências e não evitá-las ou escondê-las”, concluiu. Vinicius Tsugi, Especialista em comunicação e estratégia de marketing da Direct Performance, comandou o painel “Métricas e Business Intelligence para Campanhas Publicitárias em convergência”, onde falou sobre a busca e a análise de dados para otimização de uma campanha, planejamento e cultura de resultados, KPIs, metodologia para análise das informações e gestão de métricas para avaliação dos resultados, entre outros. Após a parada para o almoço, Alexandre Canatella CEO do site Cyber Cook Cyber Diet foi o primeiro a palestrar. O executivo comandou o painel “Geração Z (zapping) pessoas nascidas a partir de 1990, o que elas podem ensinar e antever do uso futuro da comunicação, de produtos e serviços”, e falou sobre as diferenças entre as gerações que hoje convivem juntas e são “bombardeadas” por todo tipo de informação, através das mais variadas mídias; como cada uma delas reage e melhor ou pior e é menos ou mais receptiva a determinadas abordagens e fontes de informação. A palestra seguinte foi comandada por Fernanda Magalhães, Gerente de Soluções da Mobext, que comandou o painel “Mobile Marketing: novas formas de interatividade quando associados às mídias online e offline”. Fernanda falou sobre convergência de mídias e ações de marketing padrão e de realidade aumentada, principalmente focadas no mobile. Ela também mostrou um pouco das dúvidas mais recorrentes quando as empresas vão aderir a um projeto de mídia com ações mobile. O último painel do dia, chamado “Performance em publicidade online”,
contou com três rápidas apresentações e quase uma hora de bate-papo com o CEO do Superdownloads, Mirko Mayeroff, com o diretor do site iMasters, Tiago Baeta, e com o Diretor da Hotwords, Thiago Cassini. Os três discutiram bastante com os congressistas, e também com trocas de opinião entre si, temas como os sistemas Adwords e Adsense, do Google, Links Patrocinados, tags, palavras-chave, entre outros tópicos; e, principalmente, apontaram diversos erros que muitas empresas cometem ou podem cometer a partir do momento que resolvem se aventurar pelo “mundo” da publicidade online sem estarem preparadas. Bem humorados, os três responderam diversas perguntas dos congressistas presentes, muitos profissionais do segmento de publicidade digital e executivos de diversas empresas interessadas em aderir à publicidade na web, muitas delas – inclusive – especializadas em comércio eletrônico. O final do evento foi marcado pelo tradicional networking entre os executivos presentes e tido como um sucesso, pela calorosa salva de palmas recebida pelos três palestrantes que encerraram o dia.
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TECNOLOGIA
O potencial do 3D está se tornando realidade Por Christian Zaharic
A capa 3D da Playboy que está nas bancas é uma pista de como os recursos tridimensionais vão explodir nos próximos anos, sobretudo entre computadores – do que pouco se comenta. Mesmo sem ter planejado, a modelo paraguaia Larissa Riquelme inaugurou um marco na indústria editorial brasileira: a popularização da tecnologia 3D para visualizar fotografias. O que pode parecer apenas uma ação de marketing inteligente é, na verdade, a ponta do iceberg da revolução que a experiência dos consumidores com quaisquer tipos de conteúdo está prestes a ocorrer. De um lado, a indústria de televisores não pára de produzir modelos para essa nova tendência. Para citar apenas as principais, Samsung, LG e Panasonic estão entre as que já lançaram TVs com recursos 3D. Nos EUA, a venda de aparelhos 3D deve representar 10% do mercado neste ano e a previsão para 2011 é de que esse percentual suba para 30%. Do outro, falta conteúdo para ser exibido. Embora alguns testes em transmissões esportivas tenham sido feitos e redes como a ESPN e a Discovery já tenham anunciado a produção de conteúdos tridimensionais, ainda não há perspectivas de eventos de grande porte, como o Super Bowl norte-americano ou o Campeonato Brasileiro de Futebol serem transmitidos massivamente em 3D. Em uma iniciativa pioneira – e piloto, pois o projeto envolverá apenas as cidades ao redor de Stuttgart -, a empresa alemã de TV por assinatura, Sky Deutschland, anunciou que a partir de outubro transmitirá gratuitamente parte de sua programação 50
em 3D. Será que não há conteúdo por ausência de público que o consuma ou não há público por ausência de conteúdo que o motive? Nas salas de cinema, o estardalhaço costuma ser maior, por envolver as maiores somas publicitárias. Enquanto apenas 15 filmes foram produzidos em 3D entre 2005 e 2008, somente neste ano serão 70. Muitos deles, contudo, não conseguirão chegar à sala de exibição mais próxima do espectador por falta de estrutura técnica. E é claro, vale ressaltar que para conquistar o cliente e o fidelizar nesse momento inicial é importante que a experiência proporcionada seja realmente impactante, senão ele não volta. Filmes de ação e ficção, via de regra, justificam mais o preço elevado do ingresso do que outros gêneros, por exemplo. Assistir, onde quer que seja, no cinema ou em casa, a tramas românticas com casais passeando no parque em tecnologia 3D é um desperdício high-tech e uma questionável jogada comercial. O PC 3D vem crescendo na surdina, sem tanto barulho quanto as demais plataformas, mas com um êxito que chama atenção. Programas de edição de imagens ainda esse ano oferecerão aplicativos para o tratamento de fotos 3D. Sites de hospedagem e visualização de fotos em breve anunciarão seus dotes na transformação de fotos comuns em mídias tridimensionais. Isso sem falar nos sites de vídeo, que não tardarão a anunciar suas novidades. Segundo dados recém-divulgados pelo IBGE, mais de um terço dos domicílios brasileiros já possui um microcomputador e as perspectivas de
crescimento deste mercado são cada vez maiores. As vendas de PCs portáteis deverão subir 19% ao ano até 2014, segundo a In-Stat, e as vendas de smartphones aumentarão 55,4% em 2010, de acordo com a consultoria IDC. E não há dúvida de que a tecnologia 3D poderá pegar carona nessa boa maré digital. O preço, hoje, de um PC 3D completo gira em torno de três mil reais, valor não muito distante dos aparelhos convencionais. Além disso, “tridimensionalizar” seu PC ficou simples. Basta adquirir o monitor adequado, óculos especiais e uma boa placa de vídeo. Além disso, o conteúdo 3D disponível para computadores é infinitamente maior do que aquele destinado às demais interfaces. Só os games 3D para PC disponíveis no mercado são mais de 500. E os títulos devem se tornar cada vez mais numerosos, se levarmos em conta que o setor cresce a uma taxa média de 10% ao ano no mundo. Só no Brasil a expectativa é de que a indústria de desenvolvimento de jogos cresça mais 50% em 2010. Com tamanha ascensão do segmento e o lançamento progressivo de máquinas compatíveis com a tecnologia, não surpreende que os atuais gamers do país se multipliquem rapidamente. O 3D é um caminho sem volta, assim como aconteceu com as câmeras digitais em relação às analógicas, pois os consumidores retornam da experiência com níveis mais elevados de exigência. * Christian Zaharic é diretor de Marketing da NVIDIA no Brasil.
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COUNISTAS
Prejuízos com a perda ou uso indevido de dados corporativos Por Rodrigo Moura Fernandes
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ual é o seu ativo mais valioso? Sem dúvida, a resposta a essa indagação seria: informação. Listas de clientes, informações de produtos, dados de mercado, preço, custo, promoções ou descontos, dados pessoais de clientes, funcionários ou parceiros, emails, contratos, prontuários médicos e a lista poderia seguir indefinidamente. Mas e se essas informações, por algum motivo, não estiverem mais sob controle de sua empresa? Estudos publicados por diversas organizações e institutos de pesquisa mostram que a perda de dados é mais comum do que parece: centenas de milhões de registros são comprometidos a cada ano, no mundo inteiro. Milhares de incidentes acontecem diariamente, no entanto apenas alguns se tornam públicos, como o recente episódio que expôs os dados de 12 milhões de estudantes do Enem. O mais completo estudo desse tipo de incidente foi conduzido pela Digital Forensics Association (DFA) e computou mais de 2800 incidentes ao longo de cinco anos, envolvendo o vazamento ou roubo de mais de 720 milhões de registros em 28 países. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, o episódio recente do Enem representaria menos de 2% dessa fatia. De acordo com a mesma pesquisa, 49% de todos os casos estudados foram ocasionados pela perda de computadores portáteis e em 95% desses casos o notebook foi roubado. A contar pelo número de registros, o vetor que mais influenciou foi o dos “hacks”, compostos por acesso e
“Estudos publicados por diversas organizações e institutos de pesquisa mostram que a perda de dados é mais comum do que parece: centenas de milhões de registros são comprometidos a cada ano, no mundo inteiro” uso indevido, roubo de credenciais, malware, SQL Injection, com 327 milhões de registros afetados. O segundo maior vetor de perda de dados, porém, foi a categoria Drive/Mídia (discos e pen drives) com quase 150 milhões de registros violados. Observa-se que essa categoria vem ampliando seu grau de vulnerabilidade em decorrência da onipresença dos dispositivos USB, apesar de ser tão facilmente mitigado com a utilização da criptografia. Os vazamentos não detectados podem ser particularmente perigosos. Não se pode remediar uma situação desconhecida e, talvez, quando o episódio se torne conhecido seja tarde demais. Por isso, políticas de segurança e controles devem ser cada vez mais reforçados. Outro dado preocupante é que, no Brasil, ainda não há legislação que torne obrigatória a divulgação pública por empresas que sofram esse tipo de violação e que as mesmas notifiquem as partes afetadas, como determina a legislação em 46 dos 50 estados norte americanos. Porém, mesmo nos Estados Unidos, não existe um órgão que centralize essa regulamentação e as leis variam muito de estado para estado. Nesse contexto, o vazamento ou a
violação de dados corporativos é uma grave ameaça ao maior patrimônio das empresas, podendo causar danos irreparáveis. E tudo isso pode custar caro: segundo estudo do Instituto Ponemon, nos Estados Unidos, o custo médio das empresas pesquisadas com a perda ou roubo de informações foi de US$ 6,75 milhões, gerando uma perda de receita / negócios associada de US$ 4,5 milhões. O maior prejuízo identificado custou US$ 31 milhões para ser remediado. E seus dados? Estão protegidos? E seus dados? Estão protegidos? * Rodrigo Moura Fernandes é country manager da AlertBoot no Brasil. Especialista em segurança da informação, possui 15 anos de experiência na área.
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COLUNISTAS
Criatividade e inovação: fundamentais no novo cenário das Telecomunicações Da Redação
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ecentemente, a Anatel divulgou informações sobre o processo de venda da frequência 4G que, ao que tudo indica, será oferecido a partir do segundo trimestre de 2013. A nova freqüência que aumentará a velocidade da navegação móvel de banda larga em cerca de 10 vezes, em relação à rede 3G, possibilitará a aceleração de transferências de dados, afetando de forma positiva serviços como mensagens instantâneas, TV móvel e vídeochamada. Se levarmos em conta que o consumidor de hoje não é mais apenas um cliente e sim um parceiro que pode gerar e vender conteúdo, veremos o quanto isso afeta também as operadoras que deverão passar de empresas de telecomunicações para empresas de comunicações reajustando inclusive sua infraestrutura para abrigar este novo modelo de negócio. 52
Nesse cenário, espera-se ainda que os operadores explorem soluções convergentes e que, em curto prazo, os consumidores sejam surpreendidos com novas e melhores propostas. Se boa parte do benefício aos usuários virá da redução de preços, será ainda mais relevante o valor da inovação que os provedores consigam introduzir na sua oferta de serviços, conquistando o tão sonhado “fator de diferenciação” que permitirá o sucesso de seus respectivos modelos de negócio. Sem dúvida, outra questão relevante será a disponibilidade de acesso à telefonia e internet móvel para uma significativa parte da população que, principalmente por problemas de cobertura, estava impossibilitada de usufruir desses serviços. A pergunta que surge agora é como os consumidores, as empresas e as instituições reagirão diante deste novo padrão, no qual contarão com todas as ferra-
mentas que lhes permitirão criar, empreender e desenvolver como nunca antes. De acordo com o cronograma aprovado pela Anatel, o início da análise de licitação do edital, que possibilitará às operadoras de telefonia celular o acesso à faixa de frequência de 2,5 gigahertz (GHz) para oferecer a tecnologia 4G, deve começar no final de novembro. Em 2011 aguarda-se a realização da consulta pública para sugestões e por fim que sua publicação seja em setembro do mesmo ano. No final de 2012, a previsão é que os tramites para autorização das empresas vencedoras esteja finalizado. É justamente aqui onde se abrem oportunidades de desenvolvimento, tanto para os próprios operadores como para novos atores, os quais por meio de soluções ou conteúdos poderão tirar vantagens desse novo mercado potencial. Para concluir, os desafios que se apresentam atualmente na indústria são interessantes. Há que se esperar algum tempo para ver quem são os que estão administrando sua inovação de maneira coerente e conquistarão um vínculo estreito com os consumidores e suas necessidades futuras. * Marco Galaz é diretor de telecomunicações da everis Brasil
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TECNOLOGIA
BI em franco crescimento na América Latina O mercado de Business Intelligence gerou em 2009 cerca de US$ 504 milhões na região da América Latina. Só o Brasil aplicou em torno de US$ 251 milhões neste segmento. Da Redação
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egundo estimativa do IDC Brasil, especializado em inteligência de mercado, consultoria e eventos para as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, o País pode registrar ainda neste ano um crescimento de 14% neste mercado. Já para a companhia brasileira Business Mobile, esta tendência vem sendo observada e, por isso, a empresa optou por investir em sua capacidade produtiva e em seus profissionais visando oferecer consultoria em BI. Desde então a companhia passou a elaborar e implementar o modelo de dados, desenvolver processos de extração, transformação e interface, tudo com foco neste segmento. Em julho deste ano a companhia recebeu o prêmio TOP of Business 2010 nas categorias de desenvolvimento de produto inovador e qualidade na prestação de seus serviços Outra tendência destacada pela empresa é em relação aos investimentos em serviços de TI. Um levantamento realizado pela consultoria Gartner apontou que o Brasil somará cerca de US$ 22,1 bilhões de investimentos no setor de serviços em 2013. Ainda este ano estima-se que sejam aportados US$ 16,5 bilhões nos serviços de TI brasileiros Diante desta realidade futura Business Mobile investe também em sistemas móveis e web voltados principalmente para os setores de
seguros, indústria e comércio. “Nossa metodologia de desenvolvimento envolve diretamente o cliente, que participa ativamente de todas as fases do projeto opinando, criticando e avaliando os pré-resultados visando adequação a suas necessidades”, declarou a companhia. Dentre seus produtos já comercializados, a empresa destaca alguns: Guia Médico, Sistema para Pesquisas, Questionários e Check List, Sistema de Força de Vendas, Simuladores de Vida e Previdência, Indicadores de BI, Sistema de Gestão de Medicina Preventiva, Sistema de Gestão de Pacientes Crônicos, entre outros.
No primeiro semestre do ano a companhia lançou em parceria com a Neel Brasil, provedora de soluções em tecnologia de identificação e processamento, um produto destinado a feiras, eventos e ações de marketing, o eEvent. Esta solução é focada na captação de dados em campo, especialmente em operações relacionadas a vendas e cadastro de clientes. O objetivo do sistema é otimizar e auxiliar na tomada de decisão e gerenciamento das informações do evento no próprio local.
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COLUNISTAS
Marco civil da Internet já é utilizado pela Justiça Brasileira em decisões Por José Antonio Milagre
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anteprojeto do Marco Civil Regulatório da Internet Brasileira, fruto da grande consulta pública digital que ocorreu desde 2009 em http://culturadigital. br/marcocivil/ ainda não é sequer um projeto de Lei, sendo que a estimativa é que ingresse no Congresso Nacional para votação no começo de 2011. Porém no Brasil, alguns juízes e desembargadores já utilizam o texto do aspirante a primeira lei que regulamente os direitos e deveres dos atores da Internet, mesmo que ainda não em vigor, para fundamentar seus julgados em casos relativos a direito da tecnologia da Informação. Caso recente ocorreu no Rio de Janeiro, em junho de 2010, na 39. Vara Cível da Comarca da Capital, processo número 000813632.2010.8.19.001, onde um cidadão, alegando violação de sua conta de e-mail, e já tendo os dados IP (Internet Protocol) do suspeito, ingressou com ação cautelar de exibição de documentos, em face do provedor de acesso NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO LTDA, responsável pelo IP identificado. A medida foi concedida pelo Juiz de Direito, tendo a empresa requerida recorrido por via de agravo de Instrumento ao Tribunal de Justiça do Estado, alegando em síntese, impossibilidade técnica de cumprimento da decisão. O Recurso, recebeu o número 0013822-08.2010.8.19.0000, e foi julgado pela vigésima câmara cível do TJ/RJ, tendo como relatora a Desembargadora Letícia Sardas, que assinou digitalmente seu julgado.
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“Neste ponto, pela primeira vez em um Tribunal Brasileiro, elenca a decisão do Tribunal do Rio de Janeiro, que o Marco Civil é quem estabelece os direitos dos cidadãos na Internet” No acórdão, a relatora fundamenta inicialmente acerca da fase embrionária do direito da tecnologia da informação, onde posições sobre a matéria ainda não se concretizaram, contudo, infere que isto não pode afastar a aplicação da Legislação que se tem em mãos. Neste ponto, pela primeira vez em um Tribunal Brasileiro, elenca a decisão do Tribunal do Rio de Janeiro, que o Marco Civil é quem estabelece os direitos dos cidadãos na Internet, e que obriga aos provedores de acesso a manterem os registros de conexão dos usuários que acessam a rede. No que tange ao registro de acesso aos serviços de internet, informa a decisão que o provedor de acesso não tem obrigação de registrar tal atividade, mas se o fizer terá que “informar o usuário” e nos termos do Marco Civil. Após amparar-se no Marco Civil Regulatório da Internet Brasileira, a Corte decide afastar por completo a alegação da parte requerida de impossibilidade técnica de cumprimento à decisão, mantendo a decisão de primeira instância, obrigando o Provedor de Acesso NET a apresentar logs de acessos de operações realizadas em setembro de 2009. A decisão, amparada no Marco Civil determina, por fim, ao provedor NET, não só a informação
dos dados físicos do usuário que utilizou IP (Internet Protocol) atribuído pelo provedor na horário da invasão, mas também a informação dos sites da Internet que foram acessados no curso da utilização. O referido acórdão, embora demonstre a sintonia da Câmara com o estágio regulatório da Internet, gera controvérsias pois primeiramente, utiliza-se uma norma ainda não vigente, e que pode ser alterada (e deverá ser) pelo Congresso Nacional, para se decidir, agora, sobre direitos e liberdades de pessoas, que apresentam casos na Justiça. Outrossim, a decisão pode gerar um precedente, a medida em que nela o Tribunal reconhece por direito e determina a um Provedor de Acesso, que em tese deveria registrar tão somente registros de conexão ou dados físicos de seu cliente, que informe também os registros de navegação ou de acesso a serviços, o que sabe-se, pelo marco civil, imprescindirá de autorização prévia do usuário para serem custodiados e principalmente, não seria obrigação de um Provedor de Acesso, como a NET, vejamos: Art. 10 A provisão de conexão à Internet impõe a obrigação de guardar apenas os registros de conexão, nos termos da Subseção I da Seção
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COUNISTAS III deste Capítulo, ficando vedada a guarda de registros de acesso a serviços de Internet pelo provedor. A decisão poderá ser adotada e citada em outros casos por advogados e autoridades para que se possa pleitear de Provedores de Acesso, registros relativos a acesso à serviços e histórico de navegação, como demonstração de capacidade técnica, o que destoa do atual cenário das decisões majoritárias relativas ao tema, onde Provedores de Acesso tem sido obrigados tão somente a fornecer registros de conexão ou dados cadastrais, nada mais. Deste modo, talvez sem saber, o Tribunal do Rio de Janeiro é o primeiro do Brasil a embasar uma decisão no Marco Civil, desde já dando publicidade ao modus interpreativo que vem se aplicando ao anteprojeto. Logicamente, outras decisões surgirão e o cenário ainda é cinzento e embrionário, porém desde já reascende a discussão sobre a premente necessidade do texto ser aperfeiçoado no Congresso Nacional, afim de evitar falhas de interpretativas inerentes a uma matéria técnica, como a Internet. Abaixo a ementa da primeira decisão no Brasil que considera o Marco Civil Regulatório da Internet Brasileira: AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1ª Ementa DES. LETICIA SARDAS - Julgamento: 30/06/2010 VIGESIMA CAMARA CIVEL “AGRAVO DE INSTRUMENTO. CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. SIMPLES ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE TÉCNICA DE CUMPRIMENTO DA DECISÃO QUE NÃO MERECE PROSPERAR. SUMULA 372 STJ. APLICABILIDADE. MULTA DIÁRIA EXCLUIDA. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO. 1. No caso dos autos, alegando violação de sua conta de e-mail, o agravado quer que a agravante lhe forneça os dados necessários para identificação dos invasores de sua conta de e-mail. 2.
“A decisão poderá ser adotada e citada em outros casos por advogados e autoridades para que se possa pleitear de Provedores de Acesso, registros relativos a acesso à serviços e histórico de navegação” Haja vista a fase embrionária jurídica em relação ao assunto, ainda não se concretizaram definitivamente as posições no tocante à matéria. 3. Contudo, ainda que existam muitos nichos desconhecidos em relação à internet, esse mesmo argumento não pode servir para justificar ou escusar a não aplicação da legislação que se tem a mão. 4. O Marco Civil da Internet no Brasil, submetido à segunda consulta pública, estabelece os direitos dos cidadãos brasileiros na internet.5. Ponto muito importante e positivo do Marco Civil é a forma como propõe regular os direitos e deveres relativos aos vários dados gerados pelo usuário quando navega. 6. Os registros relativos à conexão (data e hora do início e término, duração e endereço IP vinculado ao terminal para recebimento dos pacotes) terão que ser armazenados pelo provedor de acesso à internet. 7. Em relação ao registro de acesso aos serviços de internet (e-mails, blogs, perfil nas redes sociais etc.), o provedor não tem obrigação de armazenar os dados. Mas, se o fizer, terá que informar o usuário, discriminando o tempo de armazenamento. 8. Assim, resta claro que a simples alegação de impossibilidade técnica de cumprimento à decisão, tendo em vista não mais possuir armazenados os logs de acesso com as informações das operações realizadas no mês de setembro de 2009 não tem o condão de afastar a determinação judicial concedida nos autos da Medida Cautelar. 9. Além disso, medida não trará nenhum prejuízo ao agravante já que este estará apenas fornecendo os dados necessários para identificar os possíveis violadores da conta de e-mail do autor da ação. 10. Por outro lado, em se tratando de ação de exibição de documentos, aplica-se
ao caso a S. 372, STJ. 11. Mantémse, contudo, a decisão recorrida que determinou o fornecimento dos nomes, endereços e todos os dados que a NET tiver em seus arquivos, relativos a seus contratantes que das 22:00 horas do dia 19.09.2009 às 00:44 horas do dia 20.09.2009, se utilizaram dos IPs indicados no item 1 da petição inicial (cf. fls. 60), especificando os horários de inicio e fim da utilização, be m como os sites na internet que foram acessados no curso da utilização. 12. Parcial provimento do agravo de instrumento para excluir a imposição da multa diária para caso de descumprimento.” Ementário: 38/2010 - N. 14 30/09/2010 Precedente Citados: STJ REsp 513707/SP, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, julgado em14/02/2006; REsp 954548/RS, Rel. Min. Castro Meira,julgado em 18/10/2007. TJRJ AI 2009.002.06961, Rel.Des. Azevedo Pinto, julgado em 29/04/2009 e AI2009.002.00710, Rel. Des. Pedro Freire Raguenet,julgado em 17/03/2009.
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