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Redação: Diretor Geral: Caio Augusto Colaboradores: Matuka Castro; Caio Cassola; Sebastião Cabral; Kelli Garcia; Krsna Fonseca; Daniel Grecco; Hugo Lapa; Pablo Araújo; Janine Oliveira; Alex S. de Oliveira Correção e textos: Equipe Geral Artes e Distribuição: Caio Augusto João Paulo Capa: @tracosaruanda artistas responsáveis Traços de Aruanda! Facebook: Portal Caminhos de Ogum Instagram: @PortalCaminhosdeOgum Telegram: Portal Caminhos de Ogum
NOTA: Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que autores enviam seus textos e trabalhos e é comunicado na mídia Umbandista, cada um tem total responsabilidade por seu texto, então o jornal em geral só se responsabiliza pela montagem e divulgação!!! Boa leitura. (Algumas imagens de fonte de internet)
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Aonde a flecha caiu! Janeiro é um mês do guerreiro, um mês que toda a Umbanda entra em festa com a força de pai Oxóssi com a força dos caboclos e caboclas, com a força das matas dos seres das matas dos encantados da natureza, com a força dos Pajés, com a forças dos sábios naturais, e o que isso muda em nossa vida? Por mais incrível que pareça entramos janeiro já com essa força de renovação, sim Oxóssi renova nossa garra, nossa vontade, quando mudamos um ano a primeira coisa que pensamos é “como vai ser esse ano” quais as nossas metas? Oque preciso ter para conquistar? E tudo isso está relacionado a garra de Oxóssi ao conhecimento, o senhor que vai expandir o conhecimento em nossas vidas, na relação geral pois o conhecimento é expansão em todos os nossos campos. No trabalho precisamos crescer para render cada dia mais, na nossa vida precisamos renovar e ter mais conhecimento para cada dia mais conquistarmos espaço de um novo momento, nas relações o conhecimento ajuda a expansão de novos contatos, novos amigos, renovação e muito mais, quando vemos um Orixá agir na nossa vida precisamos entende o seu polo como um todo em nosso dia a dia, e eles estão para nós como uma fonte fecunda jorrando sua energia em nossa existência, fora isso Oxóssi é cura, cura da nossa mente, das nossas mazelas, cura do nosso ser interior, o conhecimento é a única ferramenta que pode mudar a vida de um ser por todos os lados, pois só ele não é tirado, é intocável é único está estabelecido em nossas crenças em nossos atos e em nossa fé. Aonde você vem empregando seu conhecimento? Aonde vem usando as ferramentas que pai Oxóssi lhe dá todos os dias? Pense e reflita sobre isso estamos começando mais um ano mais uma jornada, a vida Edição 11/21 contato: centralcdoemail@gmail.com
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é como um livro cada dia um novo capitulo, uma nova folha a ser escrita e o conhecimento e a garra desse pai junto a sua fartura nunca vão nos abandonar! Firmeza simples a Oxóssi: Pegue 03 milhos e coloque em um prato ou recipiente com sua própria casca cubra esse prato deixe os limpos, coloque eles um em cada direção (direita, esquerda, e frente) coloque 03 moedas, uma vela verde (ou branca) ao lado e um copo com água, consagre esses elementos a Pai Oxóssi elevando a cima de sua cabeça, peça toda prosperidade, fartura, e energia para poder ter um ano de 2022 abençoado para ti, sua casa, sua família seus animais e etc, após 3 dias pode recolher os elementos. Uma firmeza só tem força de realização quando é feita com o coração, então faça isso em um lugar calmo que você poça estar concentrado entregue, pode ser colocado em uma mesa ou em algum local limpo aonde não vai ser mudado por terceiros. Clique na Imagem conheça minha casa! Contato: centralcdoemail@gmail.com
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Ruth era uma linda jovem que, ainda criança, passou por situações que nenhum ser gostaria de vivenciar. Isso lhe causou sofrimentos em vida terrena e em espírito, mas eles não lhe deixaram marcas em seu corpo, e sim em sua alma, ferindo sua essência e dignidade. Sua mãe, ainda em vida, a fim de não mais querer que Ruth passasse por tais situações, resolveu tomar uma decisão, que a levaria a ser julgada por um juiz e seria condenada à morte. O juiz, mesmo tendo as afirmações da ré como sendo a culpada, ainda não estava certo de sua sentença… mas nada pôde fazer, pois a ré, mãe de Ruth, assumiu perante todos que era a responsável pelos fatos. Mesmo sabendo que, após sua morte, poderia sofrer as consequências, Rute seguiu com seu plano de vingança, traçando caminhos em direção às trevas. Mas das trevas se fez a luz. Um Ser que vivia na mesma egrégora que Ruth é pego por Guardiões de Lei, e é forçado a desfazer uma demanda que ele próprio vibrara. Tempos depois, esse mesmo Ser é apresentado a força de um Guardião Maior, e lhe fora concedido permissão de carregar o nome de TrancaRuas. Junto a seus aliados, Exu Sete Capas, Exu do Ouro e outros Guardiões e Guardiãs, Tranca-Ruas rege um plano a fim de resgatar Ruth, a linda jovem que, também tendo ajuda de Rosa Negra, carregaria o nome da Guardiã Maior: Maria Padilha das Almas, a Guardiã das Setes Catacumbas.
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OS ESPÍRITOS FALAM DO CONHECE-TE A TI MESMO
919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal? “Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.” a) — Conhecemos toda a sabedoria desta máxima; porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo? “Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticou durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que fez, rogando a Deus e ao seu anjo guardião que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: “Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?” Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado. Edição 11/21 contato: centralcdoemail@gmail.com
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“O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhoso julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos. Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não a podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm em mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorarse, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas. Faça o balanço de seu dia moral, como o comerciante faz o de suas perdas e seus lucros; e eu vos asseguro que a primeira operação será mais proveitosa do que a segunda. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida. “Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Ora, que é esse descanso de alguns dias, turvado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a ideia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos capazes de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos.” SANTO AGOSTINHO Que a todos aguarda. (Hugo Lapa) me siga no facebook!
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Insegurança no atendimento Espiritual É muito comum que muitos irmãos e irmãs umbandistas, assim que terminam a fase do desenvolvimento mediúnico e são autorizados a dar atendimento espiritual com seus guias à assistência, sintam-se inseguros e desconfortáveis com esta nova função exercida dentro dos terreiros de Umbanda e acabam ficando muito preocupados ou até desenvolvem um nível de ansiedade que os desestabiliza e os reprime. Naturalmente isso ocorre, devido o fato de iniciar-se um trabalho ativo dentro do terreiro e da religião, onde o contato com os guias aumentará durante a incorporação e também vem à tona o peso da responsabilidade de atender pessoas necessitadas que procuram o terreiro em busca de auxilio e conforto. Acredito que todos os médiuns atuantes na religião de Umbanda, desde os mais experientes até os iniciantes, tenham passado por tal situação onde muitas vezes nos sentimos inseguros em alguma atividade ou função, o que por si só já o desestabiliza e desperta a ansiedade, causando fragilidade emocional em nosso mental e reprimindo nosso ser. O pensamento constante é que ainda não se conhece o suficiente para iniciar uma nova atividade, ou que ainda não se sente firme com o seus guias durante a incorporação, ou mesmo que a pessoa ainda é muito confusa se consegue mesmo atender algum consulente e se ela conseguiria mesmo Edição 11/21 contato: centralcdoemail@gmail.com
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ajudar, entre outros pensamentos constantes que invadem a mente do médium que terminam por minar a sua confiança em si e em seus guias. Trazendo um momento de reflexão sobre o assunto, que tem por finalidade auxiliar a mente e retomar a confiança desses irmãos e irmãs, farei alguns comentários que aprendi e me ajudaram durante minha jornada como médium de atendimento espiritual, que já tem 15 anos de história, também como sacerdote de Umbanda e professor de cursos de Umbanda e Magia Divina. Em primeiro lugar, é importante entender que é natural sentirmos medo e insegurança, pois isso é uma forma de conseguirmos raciocinar sobre o que iremos fazer, sobre as responsabilidades e a importância da atividade espiritual e das consultas à assistência, pois, realmente, é um trabalho que devemos encarar com seriedade e compromisso de fazer o bem as pessoas, assim como foi feito a nós quando entramos pela primeira vez em um terreiro de Umbanda e fomos atendidos por um médium incorporado com seu guia espiritual de braços abertos. Em segundo lugar, temos que entender que essa autorização não acontece do nada. Existe todo um trabalho anterior a isso, que dependeu muito do esforço do médium em se desenvolver mediunicamente e em aprimorar-se como uma ferramenta viva das divindades de Deus, que a parir de então manifestará em seus guias com amor e respeito. O guia chefe de um terreiro observa atentamente a evolução de cada médium pertencente ao seu templo, acompanhando cada um desde a sua chegada no templo e durante os seus estudos e verificando a progressão dos médiuns. Quando o guia chefe de um terreiro autoriza que um médium comece a atender com os seus guias é porque ele confia no médium que se mostrou pronto a iniciar uma nova etapa de sua jornada
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evolutiva, onde terá a presença de seus guias pessoais como mestres que irão guia-lo e desenvolvê-lo mais ainda. Portanto, não é algo aleatório. É um processo de crescimento contínuo que acelera a evolução desse médium, pois, a partir dessa nova etapa, iniciará um processo de aprendizagem diferente, em que seus guias tem condições de ensinar e expandir a consciência desse médium iniciante durante as consultas, que frequentemente encontramos em nossos irmãos da assistência os mesmos problemas e dificuldades que passamos. Essa experiência de atender com nossos guias nos traz um novo olhar para situações em que já vivenciamos, ou mesmo ainda iremos vivenciar, em que o guia orientará cada consulente com uma outra perspectiva, que também se aplica a nós. É um aprendizado constante. Incorporar nossos guias e poder atender com eles trará a visão de um mestre, de um espirito que evoluiu muito e se desenvolveu em vários sentidos, e que hoje tem plenas condições de trazer bons ensinamentos e aconselhar muitos irmãos e irmãs. Trabalhar espiritualmente com os guias é ser guiado por esses mestres astrais, ensinando-nos pelo exemplo, pela postura, pela firmeza, pelo carinho, pela delicadeza, pela sensibilidade, pela bondade por sua compaixão em dispor-se a ajudar qualquer pessoa, em distinção de pessoas. Assim como o guia chefe de uma casa nos acolhe quando chegamos, ele também nos guia como um mestre durante nosso período de desenvolvimento mediúnico, até que estejamos prontos para uma nova etapa, onde novos desafios chegam e novos mestres se apresentam, que são nossos guias espirituais, pois estes já estão conosco desde o início de nossas vidas no plano material. Somos amparados e sustentados o tempo todo por eles, nossos guias espirituais, que se despuseram a ligar-se a nós e nos auxiliar em nossa jornada evolutiva no plano material.
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Então, irmãos e irmãs, tenhamos confiança pois somos todos muito amparados. Lembrem-se de todo o trajeto de vida que percorreu, todo o período de estudos e o que aprendeu. Lembrem-se de como eram antes de chegar ao terreiro, quais eram as suas dificuldades e veja o quanto você evoluiu até agora. É certo que ainda não acabou e não aprendemos sopre tudo, mas é justamente nessa etapa onde aprenderemos mais, na prática, na vivência, na atividade espiritual benéfica e experienciando a caridade. Sempre haverá dificuldades e resistência a um novo início, cabendo a nós persistir no crescimento e no aprimoramento íntimo. O proposito maior de uma pessoa desenvolver-se médium da religião de Umbanda e começar a atender com os seus guias é o sentimento de gratidão, porque em algum momento do passado, essa pessoa foi atendida e auxiliada por um médium incorporado com o seu guia, e esta ajuda foi tão significativa que começou a transforma esta pessoa de tal forma que sua vida mudou para melhor em todos os sentidos. Lembrem-se que sempre terão o apoio daqueles que te amam. Espiritualmente, por parte dos seus guias espirituais e dos guias chefes do terreiro, e materialmente por nosso dirigente espiritual que confia em nós e nos ampara. Todos, sem exceção, amam seus iniciados. Portanto, sejamos firmes mentalmente, emocionalmente, fisicamente e espiritualmente no propósito da gratidão, que seremos amparados e sustentados por nossos mestres da luz. Um abraço fraterno a todos. Edição 11/21 contato: centralcdoemail@gmail.com
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Tenha fé Existe uma fala que diz para apoiarmos o comercio local quando se trata de produtos, compra e venda certo? Se passarmos a mesma fala para religião, mas direcionada a Umbanda, como ficaria? Falo de nossa cidade como exemplo: Será que não temos terreiro bons e honestos por aqui? Será que não temos bons cursos por aqui? Será que não temos boas escolas de curimba e canto por aqui? Será que não temos bons compositores de pontos por aqui? Será que não temos bons escritores por aqui?( com livros lançados acredito que não, mas não seria por esse fato que ninguém nos representa?
Será que não tem representantes da religião por aqui?
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Será que não existe ninguém a frente de uma causa e lutando por ela por aqui? Será que não existe nenhum terreiro precisando de ajuda por aqui? Será que não existe nenhum dirigente precisando de ajuda por aqui? Será que não existe nenhum canal ou mídias sociais boas para serem seguidos por aqui? Será que nenhum dirigente é integro para dar orientações por aqui? Será que não há evento que une a religião por aqui? Entre outros tantos serás que não mencionamos, se mesmo assim, você continuar achando que não há, indique pessoas, terreiro , cursos e tudo descrito acima de outras cidades para seus amigos. Médiuns, continuem indicando amigos para outros locais, Pais e Mães, continuem indicando fora daqui e fica tudo como está. Caso o texto tenha feito algum sentido, reavalie, temos um mundo dentro da nossa cidade de coisas boas, pessoas boas entre outras citadas, conheça seus irmão de religião, não há necessidade de indicar somente irmãos de outras cidades como os detentores do saber. Tenha orgulho do que há em sua cidade, em seu bairro, ou vizinhos, muita
coisa é deixada de lado por vaidade.
“Não vou indicar meu concorrente” , e a cada repetição dessa, somos nós mesmo que perdemos, nossa religião perde, nossa cidade perde.
Conto pelo menos com a compreensão na leitura de todos, contem comigo, Saravá.
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NOTAS SOBRE A PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DO CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS EM 15 DE NOVEMBRO DE 1908
LÁRESERÁ & DIAMANTINO FERNANDES TRINDADE É impossível ao historiador a imparcialidade. Desde a coleta de documentos até a redação do trabalho são feitas escolhas, que não são casuais. Qualquer tentativa de escrever sobre um fato ou período histórico envolve seleção, julgamento e pressupostos metodológicos. A História não pode ser nunca puramente descritiva, pois sempre haverá elementos de avaliação em qualquer relato. Sendo assim, o máximo que um historiador pode fazer no seu trabalho é alcançar uma face da verdade, que não é absoluta e sim variável de acordo com as condições que se apresentam no momento da escrita. Para melhor localizar os leitores, citamos que Leal de Souza foi o primeiro a escrever sobre o Caboclo das Sete Encruzilhas, Zélio de Moraes e a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade respectivamente em 1925, na obra No Mundo dos Espíritos e, em 1932, na obra O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda. – Existe uma ata sobre a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas em 15 de novembro de 1908? Vejamos alguns trechos do artigo intitulado O verdadeiro local da primeira manifestação do Caboclo das 7 Encruzilhadas, escrito pelo nosso irmão Renato Guimarães, pesquisador sobre a História da Umbanda: Embora não seja um consenso entre os umbandistas, a maioria considera o dia 15 de novembro de 1908, data da primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas no médium Zélio Fernandino de Moraes, como sendo a data de fundação da Umbanda. Os relatos mais popularizados sobre a primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas foram compilados no início da década de 1970, de forma independente, pelos jornalistas Ronaldo Linares e Lília Ribeiro. Em ambas as histórias, obtidas através de entrevistas com o próprio médium Zélio de Moraes, podemos ler que a primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, naquele médium, teria ocorrido em uma sessão realizada na Federação Espírita do Rio de Janeiro, em Niterói, no dia 15 de novembro de 1908. Buscando encontrar registros históricos que comprovassem a veracidade do fato relatado por Zélio de Moraes, o médium Márcio Petersen Bamberg, também conhecido como Mestre Thashamara, entrou em contato com o Instituto Espírita Bezerra de Menezes, nome atual da antiga Federação Espírita
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do Estado do Rio de Janeiro, e foi informado que no Livro de Atas nº 1, da federação, não constava nenhuma sessão realizada naquele dia. Um renomado pesquisador da história umbandista, o médium José Henrique Motta de Oliveira, também conhecido como mestre Arashakamá, chegou a lamentar na página 94 da sua obra Das Macumbas à Umbanda, que se o fato realmente tivesse ocorrido, poderia não ter sido na federação de Niterói, mas em algum centro espírita filiado a ela, cujo nome teria se perdido ao longo da tradição oral. Embora ainda não tenha como comprovar com registros históricos, o nome do centro espírita onde teria ocorrido a primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas não se perdeu: o nome dele é Grupo Espírita Santo Agostinho. E como cheguei a esse nome? Tentarei resumir a história para vocês. A primeira ideia veio do próprio médium Márcio Bamberg: naquele mesmo contato com o Instituto Espírita Bezerra de Menezes, ele foi informado que a Federação Espírita do Rio de Janeiro não possuía sede própria em 15 de novembro de 1908, ocupando uma sala na Rua da Conceição nº 33, no centro de Niterói, então capital do Estado do Rio de Janeiro. Nas diversas vezes em que eu li essa informação, nunca me chamou a atenção o fato de a federação não possuir sede própria. O estalo para isso veio quando eu li o livro No Mundo dos Espíritos, de Antônio Eliezer Leal de Souza. Lá, em sua página 368, Leal de Souza nos diz que a Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro era filha do Grupo São João Baptista e abrigava nas salas de sua sede, além deste grupo, mais dois centros espíritas, isso em 1924. Quando eu li essa informação, pensei na hora: se a federação abrigava centros espíritas em suas dependências em 1924, será que a sala que ela ocupava em 1908 não era uma sala da sede do Grupo São João Baptista, centro que lhe havia dado origem? Com essa ideia na cabeça, entrei em contato com o próprio Instituto Espírita Bezerra de Menezes, buscando comprovar a veracidade dessa informação do Leal de Souza. Para minha surpresa, descobri que a sala que a federação usava como sede em 1908 não pertencia ao Grupo São João Baptista e, sim, ao Grupo Espírita Santo Agostinho. Nesse mesmo contato, fui informado que ambos, Grupo São João Baptista e Grupo Espírita Santo Agostinho, eram dois dos centros fundadores da Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro, em 30 de junho de 1907, e que dessa data até algum momento da década de 1910, a federação funcionara na sede do Grupo Espírita Santo Agostinho, na Rua da Conceição nº 33, no centro de Niterói, então capital do Estado do Rio de Janeiro. Assim sendo, quando Zélio foi à Federação Espírita de Niterói, em 15 de novembro de 1908, ele na verdade foi à sede do Grupo Espírita Santo Agostinho, local onde funcionava a federação. Talvez nunca saibamos qual era a instituição que realizava a sessão naquele dia, mas muito provavelmente não era a federação e sim o Grupo Espírita Santo Agostinho. Por que suponho isso? A dica foi deixada pelo próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas:
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"(...) que na Federação Kardecista do Estado do Rio, presidida por José de Souza, conhecido por Zeca e rodeado de gente velha, homens de cabelos grisalhos, um enviado de Santo Agostinho chamou meu aparelho, me chamou, para sentar-se à sua cabeceira. (...)".(Transcrição do áudio da fita 52, gravada pela jornalista Lilia Ribeiro, em novembro de 1971). Segundo a tradição oral registrada independentemente pelos jornalistas Lilia Ribeiro e Ronaldo Linares, quem convidou o médium Zélio de Moraes a se sentar à mesa foi o senhor José de Souza. Daquele contato do médium Márcio Bamberg com o Instituto Espírita Bezerra de Menezes, que citei bem mais acima, sabemos que o senhor José de Souza não fazia parte dos quadros da federação em 1908. E como o próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas nos diz na transcrição aqui acima, o senhor José de Souza era um enviado, um representante de Santo Agostinho. No momento só podemos especular, mas me parece que o Santo Agostinho ao qual o Caboclo se referia não era o santo propriamente dito, mas sim o nome do Grupo Espírita representado pelo senhor José de Souza. Vamos agora fazer alguns comentários sobre a tradição oral. A história oral é uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar sobre acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspectos da história contemporânea. Começou a ser utilizada nos anos 1950, após a invenção do gravador, nos Estados Unidos, na Europa e no México, e desde então difundiu-se bastante. Ganhou também cada vez mais adeptos, ampliandose o intercâmbio entre os que a praticam: historiadores, antropólogos, cientistas políticos, sociólogos, pedagogos, teóricos da literatura, psicólogos e outros As entrevistas de história oral são tomadas como fontes para a compreensão do passado, ao lado de documentos escritos, imagens e outros tipos de registro. Caracterizam-se por serem produzidas a partir de um estímulo, pois o pesquisador procura o entrevistado e lhe faz perguntas, geralmente depois de consumado o fato ou a conjuntura que se quer investigar. Além disso, fazem parte de todo um conjunto de documentos de tipo biográfico, ao lado de memórias e autobiografias, que permitem compreender como indivíduos experimentaram e interpretam acontecimentos, situações e modos de vida de um grupo ou da sociedade em geral. Isso torna o estudo da história mais concreto e próximo, facilitando a apreensão do passado pelas gerações futuras e a compreensão das experiências vividas por outros. https:cpdoc.fgv.br Pois bem, alguns dos detratores de Zélio de Moraes insistem na falta de documentos sobre a primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas em 15 de novembro de 1908. Curiosamente, contudo, esses mesmos críticos não apresentam documento algum a amparar seu discurso, valendo-se da já superada alegação de que, antes de Zélio, já se manifestavam espíritos de caboclos e africanos na Macumba carioca, bem como de que já se conhecia a palavra Umbanda, abstraindo, todavia, que, muito embora tudo isso seja fato histórico indiscutível, inexistia um culto – ou religião – doutrinária e liturgicamente organizado a partir desses elementos comuns à Macumba e sob Edição 11/21 contato: centralcdoemail@gmail.com
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o nome distintivo de Umbanda). De todo modo, não só os escritos de Leal de Souza são documentos historicamente válidos, como também o são as entrevistas independentes com Zélio gravadas por Ronaldo Linares e Lilia Ribeiro, bem como as gravações de Zélio e do próprio Caboclo das 7 Encruzilhadas narrando essa história. Como vimos anteriormente a história oral é, sim, um documento válido de pesquisa e muito utilizada nos meios acadêmicos atuais, em particular a história de vida fundamentada na Fenomenologia, tão utilizada como forma de pesquisa acadêmica há muito tempo. A Fenomenologia, nascida na segunda metade do século XIX, a partir das análises de Franz Brentano sobre a intencionalidade da consciência humana, trata de descrever, compreender e interpretar os fenómenos que se apresentam à percepção. Propõe a extinção da separação entre "sujeito" e "objeto" (opondo-se ao pensamento positivista do século XIX) e examina a realidade a partir da perspectiva de primeira pessoa (Wikipédia). Poderíamos citar vários exemplos sobre história oral. Vamos aqui nos deter em exemplo significativo: a maravilhosa história do povo yorubá, em particular a sua religiosidade, registrada na tradição oral nos versos do Ifá. Como uma descrição étnica, o termo yorubá foi registrada pela primeira vez, em referência ao Império de Oyó, em um tratado escrito por volta do século XVI pelo estudioso Ahmed Baba. Tornou-se popular pelo uso haussá e pela etnografia escrita em Árabe e Ajami (O termo Ajami vem da raiz árabe para "estrangeiro" ou "estranho, é aplicado às ortografias arábicas usadas para escrever diversas línguas africanas) durante o século XIX, originalmente referindo-se a Oyó exclusivamente. Então porque duvidar do relato de Zélio de Moraes e de seus familiares e amigos? Seria ele, por acaso, um mentiroso? Uma das coisas que mais nos incomodam é a omissão da família de Zélio. Onde estão eles que não levantam um dedo, não dão um pio para defender a linda e profícua obra do pioneiro do Movimento Umbandista que visa resgatar a tradição perdida há milênios do Aumbandam? Alguns pesquisadores ligeiros dizem que o insigne Grão-Mestre da Umbanda Esotérica, W. W. da Matta e Silva desprezou e nunca registrou a obra de Zélio de Moraes. Será? Vejamos uma parte do que ele escreveu na segunda edição da sua impactante obra Umbanda e o Poder da Mediunidade: Somente em agosto de 1978, a segunda edição desta obra pronta, na gráfica, conseguimos um raro exemplar do “livrinho” que PRIMEIRO falou e descreveu sobre a Umbanda do Brasil. E foi mesmo Leal de Souza, com o mesmo título de sua entrevista: “Espiritismo, Magia e as Sete Linhas de Umbanda” –, editado em 1933, com 118 páginas, nas antigas oficinas gráficas do Liceu de Artes e Ofícios, na Avenida Rio Branco, 174, Rio. Esse “livrinho” de Leal de Souza é uma Coletânea de Artigos, desde o “Mundo dos Espíritos” (de 1925) até o Diário de Notícias, de 1932. Com isso estamos restabelecendo a verdadeira história da Umbanda do Brasil.
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Como essa questão do Caboclo das Sete Encruzilhadas – através de seu médium Zélio de Moraes – foi muito pesquisada e citada em artigos e livros, quase tudo seguindo as mesmas linhas de esclarecimentos (inclusive nós, em grande parte), achamos por bem registrar que realmente quem, também, primeiro escreveu sobre essa Entidade foi Leal de Souza. Também achamos por bem transcrever a verdadeira versão do porquê do nome Caboclo das Sete Encruzilhadas, feito na revelação dessa Entidade Espiritual, ao próprio Leal de Souza, que assim diz na página 77: “O Caboclo das Sete Encruzilhadas pertence à Falange de Ogum (A família de Zélio de Moraes diz que o Caboclo das Sete Encruzilhada pertence à Falange de Oxóssi) e, sob a irradiação da Virgem Maria, desempenha uma missão ordenada por Jesus. O seu ponto emblemático representa uma flecha atravessando seu coração, de baixo para cima; – a flecha significa a direção, o coração sentimento, e o conjunto – orientação dos sentimentos para o alto, para Deus”. Não poderíamos deixar de registrar que Benjamim Figueiredo, médium do Caboclo Mirim e grande baluarte da Umbanda, proveniente de importante família espírita do Rio de Janeiro, foi preparado ou “feito”, no linguajar popular de terreiro, por Zélio de Moraes. Gradativamente também os ataques contra W. W. da Matta e Silva e Benjamim Figueiredo vem ganhando corpo entre os neo-umbandistas, que não estudam e pesquisam, e entre os acadêmicos. Com certeza a obra dos três pilares que pavimentaram o caminho da Umbanda: Zélio de Moraes, Benjamim Figueiredo e W. W. da Matta e Silva não irá para a lata de lixo da história. Ficará para sempre registrada nos anais do Astral Superior e na mente e no coração dos umbandistas sérios. Já a história dos que atacam esses três pioneiros pode acabar na lata do lixo. Considerações finais Os principais argumentos apresentados pelos detratores da obra de Zélio de Moraes são sempre os mesmos: – Antes de 15 de novembro de 1908 já ocorriam manifestações de Caboclos e Pretos Velhos. – Verdade. Pelo menos há trinta anos dizemos isso (vide a obra Umbanda e sua história, de Diamantino Fernandes Trindade, 1991). Desde o Século XIX já havia essas manifestações em alguns cultos afro-brasileiros, principalmente nas macumbas cariocas, mas não em um culto chamado Umbanda. Pesquisamos por dez anos em mais de mil periódicos, entre o Século XIX e o início do Século XX, mas nada encontramos sobre um culto denominado Umbanda, mesmo na portentosa obra de João do Rio, em 1904, intitulada As Religiões do Rio. Quando alguém apresentar um documento válido que mostra que antes de 1908 já havia um culto denominado Umbanda, seremos os primeiros a divulgar o fato e mudaremos nossos conceitos. – A Umbanda seria originária dos cultos bantu. – Em diversos livros sobre as práticas de origem bantu encontramos referência ao fato, principalmente na portentosa obra Ilundu (1958), do escritor, poeta, jornalista e ensaísta angolano, Óscar Ribas. Vejamos o que ele diz: Edição 11/21 contato: centralcdoemail@gmail.com
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A religião tradicional angolana, embora assente nos mesmos fundamentos, nem sempre, no entanto, apresenta a natural uniformidade, quer na concepção do mesmo mistério, quer na efetuação da mesma liturgia, não apenas de região para região, mas até de ocultista para ocultista. Umbanda e Uanga, na liturgia dos Quimbundos, representam os dois polos: o primeiro denominado Ciência do Quimbanda, arte de curar, cerimônia ou prática ritual (efetuadas por quimbanda), e o segundo, Ciência dos Feiticeiros, malefício, veneno ou droga nociva (propinados por ocultistas). São quatro as entidades que constituem os ministros do culto: quimbanda, quilamba, muloji e múkua-mbanda. O quimbanda é o adivinho-curandeiro, o necromante, o exorcista. Trata as enfermidades, diagnosticando por adivinhação. Quando tratando alguém ou dirigindo um ritual, assume a qualificação de Pai de Umbanda ou Mãe de Umbanda. Representa um tratamento afetivo. Quer dizer na subordinação do ato, o paciente contrai um laço moral para com o seu mentor. Como podemos ver, entre os Quimbundos, Umbanda é Ciência do Quimbanda (o sacerdote) e, Pai de Umbanda e Mãe e Umbanda são termos que designam o quimbanda em rituais específicos. Esta é a nossa contribuição para o esclarecimento sobre a polêmica, desnecessária, instaurada sobre estes fatos. Sugerimos aos que ainda insistem em atacar Zélio De Moraes, por meio de “denúncias vazias”, que também pesquisem seriamente e escrevam sobre o tema contribuindo para a sua elucidação.
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