Créditos a João Bidu
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Redação: Diretor Geral: Caio Augusto Colaboradores: Douglas Elias; Glauco Mariani; Felipe Campos; Hugo Lapa; Orlando Aparecido; Jean de Ogum; Claudio Vieira; Bruno Stanchi; Maria Aparecida; Rosana Souza; Equipe Para Sempre Umbanda EAD; Roberta de Souza; Pablo Araújo Correção e textos: Equipe Geral Artes e Distribuição: Caio Augusto
NOTA: Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que autores enviam seus textos e trabalhos e é comunicado à na mídia Umbandista, cada um tem total responsabilidade por seu texto, então o jornal em geral só si responsabiliza pela montagem e divulgação!!! Boa leitura. (Algumas imagens de fonte de internet)
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Holger Kersten nasceu em 1951. É um escritor alemão muito conceituado por seus textos sobre mito, lenda, religião e assuntos esotéricos. Ele é mais conhecido por seus livros a respeito dos primeiros anos de Jesus e os anos posteriores na Índia, em que releva o lado oculto da real história de vida do Messias. Em 2005, dirigiu uma expedição à procura do local de nascimento de Mitra. Em Jesus Viveu na Índia, o escritor e teólogo apresenta evidências incontestáveis que fornecem respostas a muitas questões intrigantes a respeito da vida do Cristo em sua juventude e após sua crucificação. Kersten dedicou-se por cerca de cinco anos pesquisando indícios que comprovassem como e onde Jesus viveu na adolescência e na juventude, o que não se encontra em sua biografia na Bíblia ou mesmo em outros livros históricos. Outro aspecto dessa pesquisa era investigar o que verdadeiramente ocorreu com o corpo de Cristo, que simplesmente sumiu de seu túmulo, e nosso autor não se convenceu disso. Então, foi em busca da real história da vida de Jesus após sua aparente morte na cruz e sua posterior ressureição. Para isso, esteve em várias localidades, como Israel, Oriente Médio, Afeganistão e Índia. O resultado dessa investigação está nas páginas deste livro fenomenal que agora você tem em mãos e que vem causando muitas discussões sobre o assunto em diversos países mundo afora.
Autor(es)
Holger Kersten
Paginas
368
Tamanho
16x23
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COLOQUE-SE ACIMA DAS COISAS É certo que estamos nesse mundo apenas de passagem. Então, para que dar tanto valor e importância aos problemas, as coisas e as situações que vivemos? Daqui a pouco tudo isso acaba...pode ser antes mesmo do que pensamos. Vamos morrer, para depois retornar a vida eterna do espírito. Por isso, procure viver plenamente, sendo uma luz para outras pessoas, sem se importar com conforto, sem se apegar a nada. Seja desprendido e livre... Não dê importância demasiada as coisas. Quanto tempo você já perdeu na vida dando valor a coisas que não tinham valor? Quanto tempo perdeu com preocupações vãs e sem sentido? Quanto tempo você já perdeu na vida vivendo a vida de outras
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pessoas ao invés de viver a sua? Quanto tempo já perdeu esperando alguém que não vai voltar? Quanto tempo você perdeu remoendo problemas que não tinham solução? Quanto tempo você perdeu sofrendo por coisas que hoje você percebe que não tinham nenhuma importância? Para que dar tanto poder as coisas e pessoas? Tudo passa... estamos aqui apenas por um curto espaço de tempo. Depois tudo termina e deixamos nossa vida escorrer por nossos dedos, tentando segurar coisas que não deveriam ser capturadas. Procure se colocar acima das brigas, das ofensas, das perdas, da morte, das confusões, do barulho, etc. Colocar-se acima das coisas e pessoas não é sentir-se melhor e superior, mas ter humildade e não se deixar envolver e amarrar pelos pequenos conflitos da existência material. Se uma pessoa quer impor a vontade dela, deixe ela.... a briga dela é com ela mesma, não com você. Se uma pessoa quer ser melhor do que você, deixe ela achar que é melhor... Se uma pessoa quer te destruir, te humilhar, te ofender, te agredir, te enganar... não se envolva, não se afete, não se deixe influenciar por isso. Esteja acima desses probleminhas humanos... Estejas sempre num nível além, sem se importar com as coisas pequenas da vida. Nossa essência não pode ser aprisionada pelas demandas, misérias, miudezas e pelos limites desse mundo. Somos infinitamente mais vastos, transcendentes e livres de tudo isso. Há uma infinitude de bençãos espirituais, de felicidade e paz esperando por todos aqueles que não brigam pelas coisas do mundo... e que tem a coragem de se desfazer do pequeno, para aderir ao infinito e ao eterno. Viva doando a si mesmo para a obra do infinito na Terra....
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(Paulo Ludogero)
Agradecer Agradecer por ontem, Agradecer por hoje, Agradecer por amanhã! Ser umbandista é tentar todos os dias ser melhor, respeitar o sagrado é dever de todo umbandista. A imagem publica da Religião depende exclusivamente de nós Umbandistas! Terreiro é lugar sagrado! Não é lugar para arrumar namorado (a), não é lugar de encontro para marcar baladas. Terreiro é lugar de encontrar o Divino e o Divino está em nós em forma de amor e Fé. Se o Terreiro é Divino, o mínimo que temos que fazer é respeitar o chão que pisamos. Se você não consegue enxergar o Terreiro como Divino, algo está errado e é hora de repensar a sua vida. Diante do meu altar, encontro a paz e a conexão com o Divino e é no Divino que encontro forças para melhora a cada dia
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O SIMBOLISMO DA IMAGEM DO SAGRADO GUARDIÃO EXÚ TRANCA-RUAS DAS ALMAS As imagens e seu simbolismo na Umbanda Iremos começar a dissertar sobre esse assunto a partir de uma indagação que me fez um irmão com relação às imagens dos nossos amados guardiões da esquerda, os senhores Exus e as senhoras Pomba-Giras, a pergunta é essa e me foi feita da seguinte forma: irmão porque as imagens dos Exus e PombaGiras são tão depreciativas? Eu lhe sorri e disse: realmente algumas são carregadas de excesso! Na hora me veio a cabeça uma voz já minha conhecida a dizer: para que responder tão rápido assim, toda pergunta merece um tempo para reflexão. Se debruce sobre o assunto, peça um momento ao seu irmão e lhe responda algo com conteúdo ou se cale, pois o silêncio seria mais propício ou mais elegante que essa resposta vazia. Um sorriso discreto tomou meu rosto e disse ao meu irmão de tenda, espere um pouco, as coisas não são assim tão simples... Gargalhei um pouco. Após alguns minutos de reflexão, cabisbaixo e com o ouvido esquerdo a postos, finalmente um sorriso de contentamento surgiu na minha face, sabe um daqueles sorrisos que brota no rosto de quem foi contemplado com a explicação de uma dúvida surgida e esclarecida? Então... Olhei para o irmão com esse mesmo sorriso e lhe falei: Irmão, tudo tem uma razão de ser, as imagens da umbanda são simbólicas e nos revelam por trás das suas muitas ou poucas indumentárias, a qualidade divina que por aquela linha de trabalho está ali representada, me veio a mente a imagem do Sagrado Guardião Tranca-Ruas das almas, no qual utilizei como exemplo a imagem de um elegante senhor de meia idade que cujo os membros inferiores os pés eram representados na imagem como pés de bode. Ele teve uma expressão de surpresa, pois justamente era sobre essa imagem que ele gostaria que eu
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lhe falasse, pois era seu guardião espiritual a esquerda e o “seu” Exu de trabalho. Eu lhe sorri e lhe disse que talvez seja “ele” que esteja nos ensinando através daquela inspiração. Continuei... As patas de bode significa exatamente isso! E ele disse: isso o que? Quem tem a qualidade de trancar algo na criação divina? Ele me respondeu Deus! Sim mas Ele o faz através de qual princípio Divino? Ele disse: não sei! Quem tranca ou prende ou deixa trancafiado alguém aqui na nossa sociedade? Quem tem esse poder e autoridade para realizar uma prisão? Ele me respondeu, a polícia? Isso!!! disse eu entusiasmado. A polícia está a serviço de quem? Ele me respondeu: da Lei. Quase gritando eu disse: maravilhoso!!! Agora transporte isso para o nosso mundo religioso e saberá de quem é a função de trancar ou prender, ele rapidamente disse: é da Lei Maior e da justiça Divina, eu disse: a justiça Divina julga e não aprisiona, a lei executa e ela sim aprisiona, cada um no seu campo, certo? Ele disse: nossa como tudo tem um porquê, sim o acaso na criação divina não existe! Mas voltando ao assunto, em nosso mundo religioso quem prende ou tranca? A lei Divina, certo? Sim! e quem a representa na Umbanda, ele respondeu: Pai Ogum! Perfeito. E continuei com a reflexão: então quem rege a linha do sagrado guardião trancaruas das almas? Ele disse, isso é fácil e todo mundo sabe que seu “Tranca” é de Ogum! Eu lhe disse: e o porquê “ele” é de Ogum? Porque Ogum é senhor dos caminhos... E que mais? Ah ele também tem como qualidade divina a função de trancar, cujo o atributo maior pertence a Lei Divina no qual Ogum é seu representante e manifestador desse princípio Divino. Mais uma vez disse: maravilha irmão!!! Perguntei, e aí agora entende? E meu irmão disse entende o que? Eu continuei, a função divina de trancar é uma das infinitas funções que pertence a Lei Maior, função essa que é um de seus Edição 03/18 contato: portalcdo@bol.com.br
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infinitos atributos divino. Sendo um princípio Divino, seu aplicador na criação é o sagrado pai maior Ogum que é a divindade representante dessa qualidade de Deus, que é trancar tudo e todos que atentam contra a vida e seus princípios divinos. Sendo essa função de trancar regida por uma qualidade de Ogum que na umbanda se manifesta como a linha de trabalho tranca Ruas, cujo atributo pertence ao senhor Ogum e a atribuição de executar essa qualidade está nos campos do orixá Exu que é por excelência um executor final da lei, além de outras infinitas atribuições Divina. Pois embora a atribuição de TRANCAR pertença ao divino Ogum, aqui a nível espiritual ela se realiza através do orixá Exu que se tornou responsável por toda a reatividade ou reação à algum desequilíbrio na criação, por isso entendemos que o sagrado senhor Ogum, não é o “senhor da guerra” e sim do Diálogo, pois a guerra representa um desequilíbrio ou uma ausência do diálogo, ou seja, a guerra é uma ausência de diálogo e de ordem e se o Pai Maior Ogum é em sí a ordem e o diálogo, logo quem vive a guerra ou no ódio está ausente do divino Pai Ogum, e como os Orixas do alto e da direita só atuam a partir da presença divina gerada por nós “ diálogo” quem assumiu toda as reações das divindades Orixas do alto foi o sagrado pai orixá Exu, cuja atribuição é atuar de fora para dentro a partir das ausências divinas momentaneamente geradas por nós, quando por desequilíbrio ficamos momentâneamente ausentes de Deus e geramos e fomentamos a guerras, ódio, vingança, devassidão, etc, todos esses sentimentos gerados somente por nós e que não encontram eco em Deus o gerador das virtudes, cujos vícios representam sua ausência. Bem, voltando ao assunto: Exu é o orixá responsável por esgotar essas ausências que em momento de dificuldade ou desequilíbrio geramos em nosso íntimo. Sendo assim, o Sagrado guardião tranca-ruas das almas atua trancando os pensamentos e as faculdades mentais de tudo que em liberdade, atentam contra a vida do próximo. Sendo assim ele tranca tudo que atenta contra a vida e destranca tudo que esgotado e cansado de atentar contra a vida, resolve servir a vida. Enquanto estamos positivos ele nos protege e nos ampara contra as ausências divinas geradas contra nós. E quando ausentes e em desequilíbrio, ele tranca nossas ações para que não cometamos erros e nem venhamos a atentar contra a vida e a liberdade alheia. Se existe o livre arbítrio, pois essa é uma lei Divina, também existe um mistério de Deus denominado trancador, cujo atributo e atribuição é de trancar tudo e todos que deram mal uso ao seu livre arbítrio e atentam contra a vida alheia, seja física, verbal ou Edição 03/18 contato: portalcdo@bol.com.br
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mentalmente. Se existe a lei do livre arbítrio, também existe a Lei do “orai e vigiai” e Ogum rege todas as Leis na criação, e o mistério trancador está no princípio dessa lei, vigiando com seus olhos atentos, todos os maus pensamentos que atentam contra a vida. Então o porquê do pé de bode na imagem do senhor tranca Ruas das almas? Perguntei ao meu irmão, continuei… Pé representa o que? Ele respondeu: Estabilidade? Certo, mas além de estabilidade, representa: locomoção, movimento e finalmente caminho, certo? Certo! “ruas” simbolicamente representa o que? Caminhos ou trânsito comum de ida e vinda de pessoas ou “ espíritos” certo? Certo! Trancar ruas é trancar um caminho coletivo por onde transita os seres, certo? Certo! Agora trancar ruas ou caminhos das “almas” ai já tem um outro significado, pois se ruas são caminhos onde transita pessoas, “ caminho das almas “ ou “ruas das almas” são caminhos evolutivos onde transitam espíritos de um nível para outro ou de uma “ rua para outra” e quem rege a evolução e as passagens e níveis vibratório? Não me lembro! No cemitério quando alguém é enterrado e deixa de fazer parte do nosso caminho ou dessa vida ou desse nível material, qual é símbolo que se fixa numa cova? A cruz! Muito bem! Na lápide, na data de nascimento está qual símbolo? A estrela! E na data de falecimento? A cruz. Então simbolicamente e inconscientemente constatamos que a estrela simboliza vida e a cruz simboliza o fim da evolução de uma vida vivida nesse nível material, correto? Sim! Edição 03/18 contato: portalcdo@bol.com.br
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E quem rege a evolução e os estágios ou níveis evolutivos na nossa religião? Obaluaê! Correto! E o Nascimento da vida pertence a quem? A mamãe Iemanjá! Correto. Aqui nesse exemplo vimos que a cruz representa a transmutação de um nível para o outro, Tal como a pipoca, por exemplo. (Quando eu falei pipoca, ele fez uma cara do tipo, o que tem de ver pipoca com nível vibratório?) Eu notando isso disse sorrindo: calma que eu explico a pipoca! A pipoca é um grão que na nossa religião e consagrado a qual orixá? Pai Obaluaê! Certo! A pipoca, para virar pipoca tem que passar por um processo que denominamos transmutação, passando de um grão duro e seco que após aquecido se transmuta em um grão esponjoso e maleável, e esse princípio transmutador é regido por Obaluaê, certo? Sim! E ele com cara de espanto disse: nossa!!! Tudo está ligado, uma coisa na outra!!! Eu disse sorrindo, adoro essa fisionomia de eureca!!! Continuei… não é a toa que a pipoca na nossa liturgia pertence ao Sagrado Pai Obaluaê que na mitologia africana é regente e cura tudo que “pipoca” inclusive a varíola, por isso ele é o senhor da varíola, pois cura e acalma essa manifestação cutânea. Nossa, nossa, nossaaaaa!!!! Ele disse! Continuei... então vimos o significado do fator transmutador do pai Obaluaê até na pipoca e aqui transmutação significa alteração de um estado ou nível para o outro. A decomposição é um atributo também ligado ao orixá Obaluaê e ao senhor Omolu, pois a decomposição é a atribuição de transmutar algo, porém é uma transmutação de algo que já morreu e quem rege a morte é o senhor Omulu que está no fim de tudo ou que dá finalidade à tudo, pois enfim a morte é a finalidade e a certeza da vida, certo! Ele só concordou com a cabeça. Agora sim, a imagem de tranca Ruas das almas com os pés de bode significa isso: a lei maior que atua o tempo todo na vida e nos caminhos evolutivos dos espíritos, que ao se desequilibrarem e atentarem contra a vida, tem a sua liberdade de ir e vir trancada momentâneamente por esse mistério, até que esgotado de suas ações ausentes de Deus, volte a vibrar vida e vontade de caminhar sobre a presença divina do Pai Maior. O que é o bode? Ele me respondeu de imediato, um animal! Certo! E o que diferencia um ser humano de um animal o que é? Sua racionalidade presumo! Certo! O animal é um ser instintivo e o ser humano é racional, certo?
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Correto! O sagrado orixá Exu é uma qualidade divina que atua em nós de fora para dentro, correto? Sim! Se Ele atua de fora para dentro, isso quer dizer que ele atua a partir dos nossos instintos ou nossas ausências ou a partir das nossas ações ausentes de racionalidade, certo? Sim! E quando agimos sem pensar e de forma irracional, nos parecemos com o que na criação? Com os bichos... Correta a afirmação! Sendo assim se Exu atua a partir dos nossos instintos, e por isso ele no culto de nação é o regente dos axés animais, nada melhor e mais simbólico do que um pé de bode, pois é um membro inferior de um animal cujo membro tem a função de se locomover, que significa caminhar e que significa evoluir. Ou seja, ele atua trancando os caminhos daqueles que decidem evoluir de forma instintiva atentando contra a liberdade da vida alheia” ( por isso o pé de bode, pé = ser humano, pata = animal, pé meio de locomoção e movimento humano = espécie racional e pensante, pata meio de locomoção de animais = espécie instintiva e irracional, a pata simboliza caminhar instintivos, Exu tranca Ruas atua trancando os caminhos de quem se locomove de forma irracional e por instinto. Ele concluiu: por isso o pé de bode confeccionado na imagem dele, certo? Correta dedução meu querido irmão!). Ele ainda disse: nossa fiquei estarrecido em como as coisas estão ligadas e tudo tem um sentido. Eu lhe disse: eu também irmão, pois pode ter certeza que a cada pergunta que me fazem eu aprendo na mesma hora em que falo com vocês, é assim, a Umbanda nos encanta em todos os sentidos e hoje ela encantounos através do sentido do conhecimento, que não é nem melhor ou pior que os outros sentidos, mas tão importante quanto todos eles, pois o conhecimento sem fé é vazio e a fé sem o conhecimento é fraca. Nos abraçamos e lhe falei ao seu ouvido: As imagens de Pomba-Gira que às vezes chocam os “fiéis” quando mostradas com os seios de fora, está gritando no mais alto do seu silêncio, o mesmo seio exposto na imagem da mãe Iemanjá que representa a vida e que amamenta o filho, pois é fonte de vida, é também o mesmo seio que em mim estimula o prazer para que a vida na carne se conceba. Lembre-se : tudo faz parte de um mistério Maior! Quando ele ia me perguntar mais alguma coisa: ouvimos um grito: vamos fechar o terreiro e largar vocês dois aí dentro!!! Demos um sorriso de contentamento e fomos embora seguir as Edição 03/18 contato: portalcdo@bol.com.br
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nossas vidas. Fim
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Nas diferenças da fé 2 Vivemos hoje em uma sociedade intolerante, preconceituosa, sem limites quando se trata de religião, pois muitos são os donos da verdade e aqueles que pensam ou agem diferente são os errados na história, não prestam e muitas vezes são taxados como loucos, por sonharem com um mundo melhor sem brigas, sem guerras, com mais amor, paz, tolerância, irmandade e fraternidade. Todos nós somos a imagem e semelhança do Pai Maior, de uma Energia Cósmica, uma força Maior, seja Ele chamado de Deus, Ala, Zambi, Olorum, Obatalá. Portanto devemos nos ater aquilo que nos faz semelhantes, parecidos e não naquilo que nos afasta, nos diferencia. Devemos sempre exaltar aquilo que os irmãos fazem de melhor, não importando a religião, não importando a vertente.
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Temos que ter a consciência que todos nós seres humanos somos diferentes uns dos outros, cada um com sua individualidade, cada um com suas necessidades e essências. Por conta disso é que existem muitos tipos diferentes de religiões, nenhuma melhor que a outra, todas são boas, pois cada uma se encaixa melhor na vida de cada pessoa, sendo a verdade delas, escolhidas por elas. Então podemos concluir que todas as religiões são boas, todas fazem bem para as pessoas que as seguem e isso já as fazem dignas de respeito, pois pode não fazer para você, mas para o outro faz, é a verdade dele, que não é melhor nem pior que a sua religião, que a sua verdade, APENAS DIFERENTE! Hoje as pessoas fazem questão de se distanciarem, de apontarem o dedo, de criticarem, de fazerem o discurso politicamente correto, mas sempre faltando com respeito para com o próximo que não partilha da mesma fé. Portanto devemos nos abrir mais para o diálogo entre religiões, para que com isso possamos nos desfazer das ignorâncias, dos preconceitos, trazendo mais conhecimento e com isso muito mais respeito para com os outros irmãos de outras religiões, passando assim a convivermos em uma sociedade melhor, mais respeitosa, com mais amor, paz e união, pois como diz na bíblia: - "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, ali estarei". Saravá a Umbanda... Salve todas as Religiões...
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Sereias na Umbanda!
Entre as várias linhas de Umbanda, temos na linha do povo do mar: as Sereias. Essas entidades espirituais, quando incorporam, não costumam falar. Emitem um som que imita um canto, mas é um mantra retido o tempo todo. Quem as viu, descreveu-as tal como nos mitos sobre sereiais gregas: metade mulher, metade peixe! Têm os cabelos longos e a parte mulher é belíssima. Esses espíritos "metá-metá" que vivem no mar são tão intrigantes que,ou acreditamos no mito das sereias pi ficamos sem explicá-los. Mas a espiritualidade superior explica-nos esse mistério desta forma: na criação divina há tantas formas de vida que não devemos nos surpreender com nenhuma delas e sim entendê-las. Edição 03/18 contato: portalcdo@bol.com.br
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Há na criação dimensões da vida que são, em si, realidades plenas e destinadas a formas de vida específicas. Também há dimensões que não tem início ou fim, pois são infinitas e totalmente aquáticas. São oceanos, só oceanos, tal como os conhecemos aqui na Terra, e dentro deles há tanta vida quanto Deus criou. A evolução ensina-nos que, para caminhar sobre a terra, temos que ter pernas e que, para viver na água, se deve ter nadadeiras. Espíritos que sempre viveram e evoluíram dentro da água também receberam de Deus tudo de que precisavam para se adaptar ao meio destinado a eles. A metade humana indica que são espíritos. A metade peixe indica que se adaptaram a meio durante sua evoluções. São seres "encantados" da natureza aquática e também estão evoluindo! São como Deus quis que fossem, e ponto final. Essas sereias, como tudo mais nos mares, são regidas por Yemanjá e têm na conta de mãe divina de todas. Elas a servem com dedicação e amor e gostam de nós porque, após concluírem o estágio encantado da evolução, irão para o estágio natural onde, como a borboleta que sai do seu casulo, também deixarão de ter o corpo de peixe, da cintura para baixo, e terão daí em diante um corpo feminino igual aos dos espíritos humanos. Na evolução tudo é transitório e basta conhecermos essa transição para não nos surpreendermos com nada. Essas sereias mão são como as lendas, que as descrevem como seres que atraem os pescadores e os arrastam para o fundo do mar, sumindo com eles. Isso é lenda criada pelo imaginário popular, em colônias de pescadores que, por não terem como explicar o desaparecimento deles, atribuíram às sereias tal coisa. São só seres da natureza aquática, mas em seu lado espiritual, pois no lado material são só lendas porque não pertencem a ele. Esses espíritos híbridos são possuidores de formidáveis poderes que, se colocados em nosso auxilio, muito nos ajudam. Como o arquétipo já existia em função dos mitos e das lendas sobre elas e das visões desses seres encantados, então não foi surpresa elas se manifestarem quando se canta para Yemanjá. Tanto que, na Umbanda, Yemanjá é tida como a mãe-sereia, a mãe dos peixes, diferenciando-a de forma acentuada da Yemojá Nigeriana, que não conhecia o mar, pois aquele país não faz limite com ele. Na Nigéria, Yemojá é associada às águas doces e há até um rio com o seu nome. Edição 03/18 contato: portalcdo@bol.com.br
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O que todos precisam entender ĂŠ que os OrixĂĄs foram reinterpretados e adaptados Ă Umbanda e Ă nossa cultura ocidental (greco-romana). Na Umbanda, YemanjĂĄ ĂŠ a dona do mar e tem sua hierarquia de auxiliares, que sĂŁo os Exus, Pombagiras e Exus-Mirins do mar; que sĂŁo os Marinheiros, os Caboclos e as Caboclas do Mar. E hĂĄ as Sereias, que sĂŁo seres encantados que, se incorporarem em suas mĂŠdiuns, umas ficam sentadas como que de lado e outras ficam em pĂŠ. As que ficam sentadas movem o tronco e os braços como se estivessem nadando e se banhando nas ondas. As que ficam em pĂŠ, tal como os marinheiros, movem-se com passos de danças e fazem uma linda coreografia mĂĄgico-religiosa, pois, nos seus movimentos, vĂŁo recolhendo todas as cargas energĂŠticas negativas dos seus mĂŠdiuns e da assistĂŞncia dos centros. Muitos autores umbandistas jĂĄ as descreveram como higienizadoras e isso ĂŠ correto, pois tĂŞm um poder de limpeza e purificação inigualĂĄvel pelas outras linhas de Umbanda. O arquĂŠtipo ĂŠ poderoso porque tem por trĂĄs os OrixĂĄs femininos das ĂĄguas, as forças primordiais da criação. No estĂĄgio encantado sĂŁo sereias. mas, quando alcançam o estĂĄgio natural, passam a ser denominadas ninfas. As ninfas sĂŁo uma transição para um estĂĄgio posterior quando tornam a encantar-se e transformam-se em YemanjĂĄs, Oxuns e NanĂŁs da natureza. Elas, ao reencantarem-se e tornarem-se orixĂĄs da natureza, adquirem o direito de manisfestarem-se jĂĄ como mĂŁes-OrixĂĄs em seus mĂŠdiuns, ao quais amparam e conduzem em suas evoluçþes. Que o arquĂŠtipo ĂŠ poderoso, nĂŁo tenham dĂşvidas. Que traz em si um imensurĂĄvel poder de realização, colocado Ă disposição de todos, isso ĂŠ certo. Salve as Sereias! ��♀� Salve nossa mĂŁe YemanjĂĄ! đ&#x;‘‘ đ&#x;’™ đ&#x;ŒŠ đ&#x;“š đ&#x;“š đ&#x;“š Livro: Os arquĂŠtipos da Umbanda - As hierarquias espirituais dos OrixĂĄs Autor: Rubens Saraceni Editora: Madras
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Registros da revista Espirita de Umbanda (Diretor Chefe Marques Rebelo)
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Comunicado importante No próximo dia 06/05/2018, domingo, às 16:00hs, teremos nova reunião para os Magos Iniciadores e Magos em geral
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