Mês de abril ogum

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Diretor geral: Caio Augusto

Novidades, textos, eventos, matérias, tudo que você Umbandista procura. portalcdo@bol.com.br

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Editorial: Olá amigos e irmãos meu saravá fraterno, esse mês é um mês que temos Nosso Padroeiro a frente mês do Guerreiro nosso Pai Ogum, Ogum é parte da história da Umbanda um dos Orixás mais cultuados no Brasil, senhor e regente da Lei maior, é força proteção, guarda e vitoria Ogum é um sentido ordenador na vida do ser e que ele continue iluminando nossa vida, pois não aja armas de fogo, armas cortantes, correntes ou cordas que posam nos amarrar Saravá Ogum! “Palavras não são pedras, mais quando jogadas com força machucam”

Ass: Caio Augusto Presidente do Jornal. NOTA: Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que autores enviam seus textos e trabalhos, e é comunicado na mídia Umbandista, cada um tem total responsabilidade por seu texto, então o jornal em geral só si responsabiliza pela montagem e divulgação!!!!! boa leitura.

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(Caio Augusto)

U

m dia Pedro meio cabisbaixo com raiva da vida, por estar sem emprego

perder a esposa, ter problemas em casa, sai a andar pelas ruas de sua cidade, Pedro nunca tiveras percebido como era lindo o luar, o ar fresco da noite pois, ele sempre vivia a correr e nunca teria dado valor as coisas simples da vida. Muito atarefado Pedro só pensava em seus problemas e em uma das encruzilhadas Pedro viu um homem bem humilde de trajes bem velhos e de roupa bem surrada, esse homem se aproximou de Pedro e lhe disse, -eis você irmão por que andas assim tão cabisbaixo o que aflige, Pedro por sua vez diz: eu ando assim pois, já tenho tantos problemas na vida que não sei mais aonde achar solução, creio que se existe um poder maior ele já me abandonou. O homem diz: Se todos os problemas que você tem fossem meio que os meus com certeza já teria desistido, da sua vida e da sua existência. portalcdo@bol.com.br

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Saibas que Deus quando o criou não pensou em ver sua face de tristeza e sim o criou para ver a sua evolução, como um passe de mágica o homem coloca a mão no ombro de Pedro, e assim eles começam a viajar no tempo. Pedro quase morrendo de tanto medo começa a exclamar ao homem, "Mais que raios esta fazendo quem é você, você é da terra, tire a mãos de mim... Ai o homem com um sorriso lhe diz: Pedro vou lhe mostrar tudo que você tem e que outros queriam ter e veras que Deus esta com você, nesse momento eles chegam a um hospital Pedro já ofegante e pessoas as pencas morrendo sem saúde com doenças o homem diz: Veja Pedro isso é o que você mais tem saúde, força no corpo, e pernas para andar veja essas pessoas não conseguem nem se locomover umas a morrer, o que acha agora de seus problemas Pedro? Em minutos estavam em uma favela, pessoas sem comida sem casa, e o homem diz: -Veja Pedro você tem casa? Pois essas pessoas não tem, você tem alimento ? Pois essas pessoas não tem, você tem vestimenta ? Pois essas pessoas não tem. Voltando para encruzilhada Pedro mais pálido que tudo coloca a mão na cabeça e pensa, pensa sobre tudo que tem e o homem fala: - O que eu precisa lhe fazer já fiz, pense que Deus esta mais presente na sua vida que a sua ignorância de achar que o mundo tem que rodar e girar em sua volta levanta e vá atrás dos seus objetivos pois quem vive a esperar nunca alcança nada e padece ao clarão do luar. Inspiração do Mestre Tranca Ruas laroiê 07/04/2014

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(Lara Orlow)

C

onviver com diferenças não é tarefa lá muito fácil.

As expectativas com relação à convivência é sempre a melhor possível. Acreditamos que as pessoas ao nosso redor estarão sempre com o humor de acordo com o nosso. Esperamos que as atitudes alheias sempre serão parecidas com as nossas. Mas se nem nós mesmos estamos sempre da mesma forma, como esperar que o outro esteja? Se nós mesmos estamos repletos de particularidades em cada momento de nossa existência, porque acreditar que com o outro seria diferente? Ninguém vem com um manual de instruções, não há nenhum papel que nos diga faça assim, seja assado. Nenhuma indicação de comportamento ou de como lidar com características diferentes das nossas. E quantas são as situações que nós mesmos falamos: “nem eu estou me entendendo hoje”. Porque esperar entender o outro, quando estamos incapazes de nos entender? E como esperar que o outro nos entenda então? Somos todos diferentes, seja num olhar, numa opinião ou nas atitudes. Ninguém, absolutamente ninguém, é igual a ninguém. O máximo que podemos encontrar é pessoas com ideais afins. Pessoas que compartilham opiniões parecidas, que buscam coisas em comum. Mas no contexto geral, mesmo essas pessoas terão infinitas diferenças entre si. Diante dessa diversidade incomensurável podemos afirmar que basta sermos tolerantes com as diferenças para que tudo fique bem, mas ser tolerante é portalcdo@bol.com.br

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muito pouco. Porque quem tolera, na verdade está fazendo um esforço para aceitar as características alheias, está se colocando numa posição de superioridade e se policiando para ter paciência com aquilo que é diferente de si; mas não está sendo natural nessa aceitação, não está de coração aberto diante daquilo que não faz parte de sua realidade. Assim a tolerância está muito longe de ser o ideal de convivência. Para que haja um equilíbrio entre quem sou e quem o outro é, e que nossas diferenças se somem nas experiências da vida, é preciso comunhão, interação, aceitação. É preciso olhar o outro como ele é, com seus defeitos e suas qualidades, e integrar-se com o outro. Viver em sociedade requer isso. Aceitar as opiniões, manifestações religiosas, questões culturais, atitudes, etc. isso não significa anarquia, mas significa dignificar o ser humano em todas as suas potencialidades. Significa encontrar a chave fundamental para a vida em comum. Quando nos deparamos com essa questão, pode vir à mente o fato de que, se passarmos a aceitar tudo o que vem do outro, sem um padrão do que seria certo ou errado, então entraríamos num caos. E de fato o caos até poderia acontecer, mas para que aceitemos o outro e sejamos aceitos sem tornar a nossa sociedade uma confusão de valores, é importante pensar na coletividade. Eu sou um EU independente de você. Você e um EU independente de mim. Somos diferentes em milhares de aspectos emocionais, intelectuais, conceituais e culturais. Nossas diferenças devem se somar para o bem coletivo, porque enquanto seres humanos, somos individuais, mas dependemos da coletividade para coexistir. Se pensarmos sob essa ótica todas as diferenças desaparecem, e passamos a ser iguais, na coletividade. Então a tolerância passa a ser uma ferramenta de desigualdade, e a aceitação começa a ser a única saída. O bem comum da coletividade humana é a esperança de dias melhores, é a capacidade de elaborar um beneficio que atinja a todos os seres viventes, sem pecar contra a individualidade, e, é a possibilidade de desenvolver as habilidades inatas da humanidade, enquanto seres que interagem em busca da evolução. portalcdo@bol.com.br

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Assim, individual e coletivamente estaremos crescendo enquanto seres em ascensão, e estaremos proporcionando o bem incondicional. Não teremos ainda as respostas para conhecer nosso EU mais íntimo, mas teremos o caminho para nos harmonizar no coletivo., então voltamos para nós mesmos, e percebemos que a chave está em aceitar o outro, não para que ele também nos aceite, mas, para aceitar a nós mesmos.

(Caio Augusto)

Templo da Luz Azul

Bem amigos estamos aqui com nosso irmão, Dirigente Claudio Vieira do templo Luz azul seja muito bem vindo irmão: Boa tarde portalcdo@bol.com.br

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Bem irmão conte-nos um pouco sobre o seu começo na Umbanda? Bom... Nasci dentro da Umbanda... Minha mãe era médium incorporante e sempre a acompanhei por todos os terreiros que ela passou. Desde 1986 passamos a frequentar o Centro Afro Brasileiro Sinhá Mariana D´Aruanda, que foi o terreiro que ela iniciou seu trabalho espiritual e a partir de então frequentamos esse terreiro, onde eu comecei como cambone e mais a frente iniciou-se todo o meu desenvolvimento mediúnico. Como foi essa experiência o primeiro olhar a Umbanda o sentimento com a religião? A religião sempre foi muito presente na minha vida e com muito amor sempre a pratiquei com muita fé. Independente de ser médium ou não, sempre tive meu congá armado, fazia minhas firmezas, banhos, enfim... Sempre tive muita fé e amor pela Umbanda.

Como foi o começo do templo? Então... Nesse Centro que frequentava com minha mãe foi onde comecei meu desenvolvimento e tive as primeiras incorporações. Fiquei lá até 1997, quando o terreiro fechou e passei a fazer as giras na casa da minha sogra, depois na minha casa e posteriormente no Santuário de Umbanda. Em 2003 fui fazer o curso de Doutrina e Cultura Umbandista ministrado por Mãe Mônica Berezutchi, dirigente espiritual do Templo da Luz Dourada. A partir desse curso passei a ser médium do terreiro dela e a fazer vários cursos umbandistas com ela, dentre eles, o curso de Portal de Luz do Pai Obaluaiê, Ervas na Umbanda e Sacerdócio de Umbanda Sagrada. Em 2004, a pedido do caboclo Pena Branca, que é o guia chefe do nosso terreiro e com as orientações de Mãe Mônica e seus guias espirituais, abrimos nosso espaço, o Templo da Luz Azul. portalcdo@bol.com.br

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Nesse gancho o que você como um Sacerdote pensa sobre a postura do qual, o que você da de dica aos irmãos que estão se dedicando a chegar nesse posto ?

Ser Sacerdote de uma religião é ser o representante dela em todos os momentos de sua vida. Independente de pessoa ser dirigente espiritual, pois há uma diferença nessas duas posições, o sacerdote será aquela pessoa que terá o conhecimento de sua religião, representará e a defenderá sempre que for necessário. É um caminho lindo com uma rosa, porém com alguns espinhos como a própria rosa possui, pois sempre encontraremos obstáculos a serem vencidos no decorrer do exercício do sacerdócio. A quem deseja ser um Sacerdote de Umbanda oriento que tenham amor a sua religião, respeito as suas divindades (Orixás e Guias Espirituais), determinação, estudo frequente e paciência para lidar com o ser humano, pois irá lidar com vários tipos de pessoas, culturas e posturas das pessoas.

Nos de Sua opinião o que acha que vem mudando na Umbanda para ou bem ou para o mal dela, já que já freqüenta há bastante tempo ela ? O que vejo de mudança benéfica é a oportunidade de estudo que temos na Umbanda, uma vez que até pouco tempo a literatura e o próprio estudo da nossa religião era escasso. Vejo também que existem dirigentes espirituais que acabam se unindo, para trocas de experiências, ajudas espirituais e até muitas portalcdo@bol.com.br

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vezes materiais, quebrando o termo "concorrência" do quais muitos travam uma verdadeira guerra entre dirigentes na prática da religião. Quanto ao mal existente na religião, são alguns dirigentes e terreiros que usam da Umbanda para seu próprio benefício, cobrando consultas, abusando moralmente de seus médiuns e outros absurdos que acontecem dentro e fora dos terreiros e usam o nome da Umbanda como forma de prática desses absurdos.

Temos muitos debates de pessoas que acham errado ter cursos cobrados ou coisas assim no templo, qual sua opinião sobre? Posso falar com relação aos cursos que ministro no Templo da Luz Azul e até em outros terreiros... O valor que é cobrado dos alunos é revertido para a manutenção do terreiro, que no meu caso inclui aluguel , IPTU, água, luz, telefone, divulgações, compra de materiais de limpeza, materiais de uso nas giras e nos assentamentos do terreiro (velas, bebidas, sementes, ervas, etc). Não vejo como sendo abusiva essa cobrança, desde que revertida para o terreiro ou alguma causa social. O que não aceito é a cobrança nos atendimentos espirituais. Isso sim deve ser gratuito.

O que você acha que os Umbandistas deveriam fazer daqui em diante para continuar o crescimento da Umbanda? portalcdo@bol.com.br

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Os umbandistas devem assumir sua religião com muito orgulho, sem vergonha de dizer que praticam a Umbanda e/ou frequentam um terreiro e dessa forma estudarem mais e conhecerem sua religião, praticando com fé, seriedade e confiança, sem teatro, sem dinheiro envolvido e sim com a verdadeira religiosidade e beleza natural que nossa religião tem e merece ter para sempre!!! Se você definir sua casa, qual seria a linha que ela segue? O Templo da Luz Azul segue a linha de Umbanda Sagrada, com o culto aos 14 Orixás de Umbanda e trabalhando com as seguintes linhas de Guias Espirituais: Caboclos, Preto Velho, Criança, Baiano, Marinheiro, Boiadeiro, Cigano, Malandro, Cangaceiros, Exu, Pombagira, Exu Mirim e Pombagira Menina. Quais os dias que funciona a casa? Os atendimentos espirituais acontecem toda 6a. Feira, a partir das 20h30. Temos diversos cursos que são ministrados também no terreiro, como o curso de Doutrina Umbandista, Descarrego, Transporte e Cura na Umbanda e Ervas na Umbanda, Exu e Pombagira, Desenvolvimento Mediúnico, Atabaque (Canto e Toque), Sacerdócio de Umbanda, Oferendas e Comida de Santo, sendo que esses cursos tem sua agenda programada e divulgada pelo nosso site. Qual a forma de contato que os amigos leitores podem procura ? e também o endereço ? O contato, a agenda de cursos e outras informações podem ser obtidas pelo nosso site: www.templodaluzazul.com.br ou pelo email: templo@templodaluzazul.com.br. O terreiro fica na Rua Pirajussara, 411 Butantã. Estamos a 100 metros da estação Butantã do metrô (Linha Amarela). Irmão para encerrar nosso bate papo, deixe uma mensagem para os Umbandistas que estão lendo você no momento!. Agradeço a oportunidade de expressar um pouco do que sinto e pratico dentro da religião de Umbanda, ainda mais nesse mês de Abril de 2014 que faço 21 anos de incorporação e de prática da religião como médium atuante. Como Babalorixá, Sacerdote e Dirigente Espiritual de um terreiro de Umbanda, sei o quanto é difícil praticarmos nossa religião frente a todo preconceito que sempre tivemos da sociedade num todo, mas se tivermos amor, respeito, estudo e seriedade em nossas práticas, o preconceito diminuirá e acima de portalcdo@bol.com.br

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tudo, nós, umbandistas praticantes dessa religião tão pura e bela, poderemos levá-la adiante cada vez mais !!! Que Pai Oxalá abençoe à todos e nosso divino Pai Ogum ordene nossos caminhos espirituais para sempre !!! Axé à todos !!! Obrigado por participar muito axé e sucesso a casa!. Obrigado ao irmão Caio pela iniciativa desse jornal maravilhoso, que é uma forma de comunicação e divulgação de nossa religião. E pode contar comigo e com o Templo da Luz Azul sempre que precisar!!! Sucesso para todos nós! (fotos Daya Lima/TLA.)

(Douglas Elias)

*vovô florentino de agodô inspirado a douglas o elias* encontre o silencio. eleve a sua mente para o topo das montanhas das questões da vida sinta o ar fresco e puro despolua a tua alma há a calma. desconstrua o quê das tuas razões nada mais é; e o que foi já não mais importa. sê livre no poder de ser você e de você esvaia o mausoléu de lembranças ingratas não se atenha no “uma por uma” portalcdo@bol.com.br

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elimine todas neste mutirão purificador, sem sentir vergonha, sem culpas, sem justificar. crê que é melhor deixar de se culpar... ... e de culpar... ... e desculpar. ... e lamentar. está leve... quase pode tocar o céu azul que clareia ainda mais vê agora a tua própria luz que te invade na permanência do seu tudo tua infinitude é além da vastidão do mundo sabe agora que tudo poderá transformar... ...vivificar... ...criar... ...gerar! comemore sua decisão você se renovou para a vida; e a tua vida! como o sol gerando vidas no nascente saberá doravante tratar corretamente o ciclo do dia entendendo que é vida também quando o sol é poente você é o seu guia e se reinicia vencido o que lhe impedia de ser feliz no mundo. portalcdo@bol.com.br

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ainda assim haverá novas situações para lhe testar estará mais forte para fazer as melhores escolhas e das várias opções do que tua vontade quer obter da vida poderá escolher como se relacionar, proceder, expressar. contudo, a única realidade que não poderá questionar, é o amor que deve estar em tudo o que vive e viverá. sem o amor, o submundo das baixas emoções te faz confuso. e a dor lhe avisa que não deve ser de sofrimento o seu mundo. que é para ser, como se diz? (simbora), ser feliz!

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(Felipe Campos)

S

empre penso que o estudo da teologia deve ser acompanhado

com o olhar filosófico, e explico. A filosofia nos trouxe a importância e quase que o dom de pensar, de não ser conformista, de analisar, e o estudo da teologia também não deve ser algo onde o teólogo fala, e os alunos apenas ouvem e decoram, não. O estudo da teologia deve ser feito com questionamento, raciocínio, tentar explicar o que muitas vezes não é explicável, pois religião lhe dá com crenças, planos intangíveis, envolve a crença não o fato da ciência. Porém, ao vermos o estudo da teologia como o estudo de uma religião, sempre temos o lado oposto, onde religião é para ser sentida e não necessariamente precisa ser entendida. Mas nos deparamos com outro impasse, teologia quem produz é o religioso, ou seja, é a pessoa que vê, percebe e sente a religião de perto e de dentro, como um pai que observa o crescimento de um filho. Mas ao analisarmos os impactos de uma crença na sociedade e para ela ganhar o status de religião, é necessário um estudo mais aprofundado que geralmente é feito pelas áreas da antropologia e sociologia, numa visão mais acadêmica. Estudos nesse tema no século passado se tornou algo mais comum no Brasil, principalmente com a cultura afro-brasileira. Temos como exemplo Pierre Verger, francês que veio ao Brasil portalcdo@bol.com.br

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justamente para estudar o Candomblé, e acabou virando um dos maiores Babalorixás da Bahia, mas por algum tempo o estudo se focou no Candomblé. Tivemos também grandes contribuições do médico Nina Rodrigues que dedicou grande tempo seu a estudo das culturas afro-brasileiras, mas a Umbanda entra um pouco mais em foco quando o francês Roger Bastide vem ao Brasil num intercambio promovido pela Universidade de São Paulo, onde Roger assume uma cadeira de sociologia. Seus estudos foram voltados ao Candomblé, onde acabou se iniciando, e talvez influenciado pela ótica do Candomblé acabou não percebendo o que era realmente a Umbanda, e a criticou dizendo que era uma tentativa de embranquecimento das culturas negras, que a Umbanda era na verdade a traição do negro com sua cultura. Eu particularmente penso que a deficiência de Roger Bastide ao perceber a Umbanda como religião, foi por um fenômeno muito comum até aos dias de hoje quando falamos em candomblecistas entenderem a Umbanda, pois, penso que o problema está no fato deles tentarem entender a Umbanda com base de sua visão do Candomblé, e não se atentarem que são religiões diferentes, com visões diferentes, que a única semelhança é ser uma religião mediúnica que tem crença em Orixás e ponto, logo sempre que algum conhecedor do Candomblé tentar enxergar a Umbanda comparando com o Candomblé, com certeza ficará confuso, e não vai entender suas bases e fundamentos, correndo o risco de dizer que tal religião não possui base ou fundamento. Porém, esse erro de Roger Bastide foi corrigido com seu aluno e discípulo Renato Ortiz, que deu continuidade nos estudos de portalcdo@bol.com.br

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Roger, porém totalmente focados na Umbanda e declarando que Roger Bastide havia reconhecido seu erro e havia declarado que a Umbanda era sim uma religião brasileira de cultura afro e mediúnica. Também podemos citar como pioneiros nos estudos da cultura afro-brasileira e de Umbanda nomes como o de Arthur Ramos e Edison Carneiro, posteriormente temos nomes importantes como o de Lisias Negrão, Candido Procópio Ferreira de Camargo, Maria Vilas Boas Concone, Diana Brown, PatriciaBirman e Zélia Seiblitz. Podemos e devemos ler todo material estudado e publicado por todos esses nomes citados, e devemos entender e agradecer suas contribuições para que a Umbanda fosse considerada sim uma religião brasileira legitima, e que pudesse aproveitar de seus direitos e também de seus deveres, porém, sempre ao ver tais contribuições e informações, devemos sempre olhar com os olhos e o filtro umbandista, e entender que estes estudos foram feitos por quem está de fora e de longe da religião, são olhos frios que apenas refletem o que podem ver, e não o que sentem, e como religião a Umbanda possui muito forte em seu seio a máxima do sentimento, como foi dito acima, não devemos nos prender tão somente ao que nós vemos acontecer dentro dos terreiros ou com a sociedade umbandista, mas sim com o que sentimos dentro de um terreiro e de fronte com uma entidade da umbanda, e entender o que as palavras não podem dizer.

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Empregos O Portal Caminhos de Ogum, vem ajudar os irmãos que estão precisando de emprego e trabalho como todos precisamos de um modo de viver, para as pessoas que tiverem vagas (que são reais) podem mandar para nos via e-mail portalcdo@bol.com.br vamos nos unir e ajudarmos a quem precisa

Empresa nacional de médio porte do segmento de TI / Telecomunicações para o mercado corporativo (Banda Larga, VoIP, Links dedicados, TI, etc.), localizada em São Paulo busca o/a profissional abaixo:

VAGA URGENTE: DIRETOR DE OPERAÇÕES EM TELECOMUNICAÇÕES- SÃO PAULO-SP Responder pela gestão da equipe técnica de operações, instalações, visadas, infraestrutura, suporte e desenvolvimento/programação, atendendo as especificações e compromissos assumidos com o cliente. Tem como áreas subordinadas: Infraestrutura; Operações e Planejamento. RESPONSABILIDADES portalcdo@bol.com.br

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Coordenar as ações de toda equipe técnica; Elaborar, propor e implantar projetos; Melhorias nas funções da equipe técnica; Planejamentos de novas redes; Treinamentos periódicos para a equipe técnica, comercial e administrativa; Responsável técnico perante a ANATEL; Relatórios de SLA; Anatel; Indicadores de Performance de Redes; etc. Pré-requisitos e especificações de carreira: Instrução e especializações: Graduação em engenharia elétrica / eletrônica; especialização e experiência em gestão de equipes; cursos de especialização na área de telecomunicações. CCNA – Cisco; Protocolos de Roteamento e rede de alta velocidade; Redes Wireless; TCP/IP – Básico e Avançado; MBA em gestão de negócios e tecnologia; Engenharia de Telecomunicações; Redes de Acesso (SDH e PDH); Telefonia básica; Telefonia Celular (GSM, TDMA e CDMA). Experiência técnica em telecomunicações e em gestão de equipes técnicas. REQUISITOS Experiência anterior em posição de Diretoria. Formação superior em Engenharia Elétrica, Eletrônica ou Telecomunicações. Cursos de Especializações / Pós Graduação na Área. Inglês fluente. A EMPRESA OFERECE Excelente ambiente de trabalho em empresa que valoriza seus profissionais e clientes como as principais causas de sua existência. Contratação efetiva (CLT); Salário: A combinar, dependendo muito das qualificações e experiências do candidato (envie sua pretensão salarial que será avaliada). Benefícios: - Assistência Médica e Odontológica de Primeira Linha, extensiva a dependentes; – PPR/PLR – Ótimo VR – Seguro de Vida – Estacionamento - e demais pertinentes à posição e compatíveis com o mercado.Enviar CV com pretensão salarial para o emailspeedconsult@speedrh.com.br – e colocar no assunto: DIRETOR DE OPERAÇÕES – SP. Indique o horário desejado. VAGAS: ENFERMEIRA UTI NEONATAL PLENO – São Paulo – SP ATIVIDADES, REQUISITOS E EXPERIÊNCIA (08 Vagas) -Receber plantão, tendo conhecimento de todas as ocorrências e interagindo com os turnos de trabalho positivamente, passando comunicados ou outros avisos quando necessário -Participar de visitas médicas e de enfermagem portalcdo@bol.com.br

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-Participar ativamente no trabalho da unidade prestando cuidados integrais ao RN e suporte aos seu familiares -Fazer a distribuição de atividades diárias na unidade, cooperando com a enfermeira coordenadora no desempenho dessas atividades -Realizar o S.A .E. e supervisionar todos os prontuários e anotações de enfermagem -Manter a manutenção , conservação e limpeza dos equipamentos -Promover bom relacionamento da equipe multidisciplinar -Acompanhar os pais e avós em visitas aos RN -Solicitar acompanhamento de especialistas conforme orientação médica -Facilitar dados e criar infra-estrutura para relatórios e estatísticas mensais e anuais -Ter boa experiência anterior na função. -Feminino Graduação em Enfermagem Pós Graduação em UTI NEONATAL Completa OBSERVAÇÕES: Horário de Trabalho: De Segunda a Sexta das 07:00 às 16:00 / Sábado das 07:00 às 11:00 Local de Trabalho: Bairro do Paraíso / Av. Paulista. Contratação efetiva CLT. Salário Inicial: R$ 4.086 – Após a experiência: R$ 4.598 – No 12º mês: R$ 4.944 (Insalubridade R$ 135,60 mais Adicional Noturno quando aplicável). Benefícios Benefícios: Cesta Básica; Restaurante no local (Café da manhã gratuito); Vale transporte; Assistência Médica e Odontológica.

Enviar CV com pretensão salarial para o email speedconsult@speedrh.com.br – e colocar no assunto: ENFERMEIRA UTI NEONATAL – SP.

VAGA: ANALISTA DE FOLHA DE PAGAMENTO (DATAMACE) – São Paulo – SP portalcdo@bol.com.br

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DESCRIÇÃO E RESPONSABILIDADES Alimentar e efetuar as conferências dos lançamentos efetuamos na folha como: Diferenças de Pagamentos, Rescisão, benefícios, admissão; Controlar a realização de lançamentos variáveis para folha de pagamento. Efetuar conferência de lançamentos, Folha e encargos e os respectivos pagamentos; Prestar assistência a Coordenadora do Departamento Pessoal. Atender e orientar funcionários e gestores. Ter conhecimento em avançado em Informática. Imprescindível conhecimentos no Sistema de Folha de Pagamento DATAMACE. Imprescindível experiência na elaboração e fechamento de Folha de Pagamento. Graduação completa nas áreas afins e Pós-Graduação completa ou cursando.

FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA Graduação: Administração, Ciências Contábeis ou afins – pode estar cursando.

OBSERVAÇÕES FINAIS: Horário de trabalho: das 07 às 17 horas (de segunda a quinta-feira) e das 07 às 16h horas (na sexta-feira). Salário: Inicial: R$ 3.221,00 – Após a Experiência: R$ 3.752,00 Benefícios: Cesta Básica; Refeição no local; Vale transporte; Assistência Médica e Odontológica. Local de Trabalho: Bairro do Paraíso / Av. Paulista. portalcdo@bol.com.br

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Contratação efetiva CLT.Enviar CV com pretensão salarial para o email speedconsult@speedrh.com.br – e colocar no assunto: ANALISTA FOLHA DE PAGAMENTO PARAÍSO– SP.

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(Caio Augusto)

Esta obra pretende mostrar aos umbandistas, e a todos que se interessarem, que os Exus Guardiões, as Pombagiras e demais entidades da Esquerda em geral são trabalhadores da Luz, que promovem benfeitorias aos consulentes, reequilibram e ordenam os trabalhos espirituais e os templos umbandistas. O Anfitrião do Campo-Santo vem para mostrar que o trabalho realizado por esses amigos e amigas espirituais do ser humano é primoroso e fundamental. Traz, em quatro relatos, ensinamentos que nos levarão a uma profunda reflexão e, em alguns casos, a mudanças de conceitos e paralisação de preconceitos. Atentem para os mínimos detalhes desta obra, como, por exemplo, a visão de uma gira de Umbanda a partir do “lado de lá”, trazida a nós por este Mestre da Luz, o Senhor Exu Caveira. Aproveitem esta obra e retirem dela o néctar dos seus ensinamentos.Pode ser adquirido nas melhores livrarias, assim como no site www.madras.com.br, ou, pelos emailsandrecozta@gmail.com/umbandaemagia@gmail.com.

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(Adriano Camargo) Meu Saravá, meu Axé, meus cumprimentos a todos os povos e culturas. Que Papai Criador nos abençoe. A natureza divina é maravilhosa. Ervas não escolhem seu quintal pela raça ou classe social de seu dono para nascer espontaneamente. Uma flor desabrocha para o negro, o branco ou o amarelo da mesma forma. A chuva cai para o rico ou para o pobre do mesmo jeito. Diante de um tsunami, somos todos semelhantes sem distinção religiosa ou social. Diante da Natureza somos todos iguais e nossas diferenças são visíveis apenas diante de nossos olhos materiais. Deus, Nosso Pai Criador, está em tudo e em todos os lugares e se manifesta de formas diferentes e variadas em toda a Natureza. As diferentes religiões procuraram, na sua fundamentação, ordenar o conhecimento sobre as ervas de tal forma que ficasse sob seu controle e não caísse em mãos erradas. Isso é louvável do ponto de vista da necessidade de sobrevivência cultural e religiosa. No entanto, quanto do conhecimento prático não foi enterrado junto com seus detentores? Muitos levaram para o túmulo receitas de preparos com ervas, garrafadas, rezas e encantamentos maravilhosos. Na maioria das vezes por receio, medo mesmo, de ensinar. Não adianta discutir a propriedade do conhecimento quando esse conhecimento está em tudo. Cada um tem uma forma de vê-lo e ativá-lo. Não adianta trazer para si a propriedade do que Nosso Pai Criador mostra a todo instante, a todos nós. As ervas trazem em si vibrações específicas, compostas, isoladas ou não, que podem ser ligadas, ativadas e acordadas de muitas formas. A magia e a religião provam isso. E cada uma tem seu valor. Os tratados de Paracelso, Dr. Bach, as pesquisas no campo botânico, os estudos étnicos portalcdo@bol.com.br

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trazem tudo isso pra gente. As ervas carregam suas ligações vibratórias com os Orixás, sem dúvida nenhuma. E cada um, dentro de seu contexto, tem uma forma de ativá-las. Seja por um canto, evocação, reza, enfim, cada nicho religioso trata isso de uma forma diferente. A própria função da erva muda de um contexto para outro. São as máximas do Amor e Bom Senso é que devem ser constantes. Amor: Fé e Respeito pelo elemento natural – Acreditar e entender que tudo na natureza tem seu aspecto positivo e negativo e dependem do uso que se dá ao elemento: o resultado e o objetivo. Use uma erva para curar e ela curará. Bom Senso: O conhecimento básico de que a diferença entre remédio e veneno é a dose, a forma e quantidade de uso, lembrando que muitas ervas entendidas como curadoras podem ser muito tóxicas. Banhos, defumações, práticas ritualísticas não estão imunes a essas regras, independente de religião. Use ervas de ótima qualidade e procedência, elaboradas e preparadas por quem as conhece e segue as regras de amor e bom senso. Cuidado com os enganadores. Deus está na simplicidade das coisas e Nossos Amados Pais e Mães Orixás estão presentes em tudo, e especificamente nas ervas, carregam sua vibração com intensidade. Vamos nos servir dessas bênçãos com respeito e com certeza iremos ao encontro dos objetivos de Nosso Pai Criador: nossa evolução. Saúde, sucesso e muita magia a todos! Bênçãos de Mamãe Natureza em nossas vidas

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Leni W.S. RECADO DE VÓ BENTA - Todos nós fomos feitos à imagem e semelhança do Pai, mas isso não quer dizer na aparência exterior. Carregamos uma centelha divina e isso nos faz iguais, mas habitamos em espírito um corpo que apresenta em cada existência terrena uma personalidade e isso nos diferencia, nos faz únicos. Respeitar essa diferença é respeitar a Lei, a divindade. Vovó Benta ===== A lei só nos cobra o que é de direito, mas ela é infalível. Quanto mais atrasamos o pagamento de nossas dívidas, maiores elas ficam. Por isso camboninho, negra velha sempre diz para os filhos que a caridade é moeda valiosa que todos possuímos, mas que poucos de nós a usa. Se não acordamos sozinhos, na hora exata a vida liga o “desperta-dor” e às vezes acordamos assustados com a barulheira que ele faz. Vovó Benta ==== - O ventre de uma mulher é templo sagrado para onde o Criador envia espíritos necessitados de um corpo carnal. É ali que, num verdadeiro milagre, juntam-se células para formar uma nova vida, uma nova história. É como se Ele lançasse uma semente para brotar no solo, precisando ela ser regada pelo sentimento de amor. Mas nem sempre a semente encontra solo fértil, uma vez que a falta de cuidados com este solo no passado, pode ter deixado a erosão levar embora seus nutrientes e mesmo que agora seja regada pelo amor, a sementinha perece. Vovó Benta ===== “O perdão a nós mesmos e aos outros pelas faltas cometidas, não é aquele da boca para fora, mas o arrependimento e o verdadeiro sentimento de humildade e entendimento que todos ainda somos seres falíveis. Devemos fazer do erro do outro e dos nossos, um aprendizado com o objetivo firme de evoluir.” Vovó Benta ==== “Carregar culpas é como andar juntando pedras no caminho e carregá-las nas costas.Vai chegar um momento em que teremos que parar, pois o peso vai se tornar insuportável. A borracha que apaga as culpas do passado se chama caridade.” Vovó Benta ======

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Não vos deixeis cair na tentação de usar aquilo que é sagrado para colocar moedas no bornal de quem for, pois a cada centésimo ganho com a venda da mediunidade, há de se fazer milésimo de arrependimento no além túmulo. Vovó Benta

===== . Mesmo estando deste lado da vida, não temos o poder de ultrapassar as leis divinas e transformar o carma ou escolha dos filhos. Acima de tudo, precisamos respeitar vosso livre arbítrio.

. Nego véio sabe que aos olhos de uma mãe, todo filho sempre é inocente e perfeito. Mas o que não pode esquecer é que nossos filhos são espíritos endividados e errantes que vem às nossas mãos para reajuste e não para serem criados como pequenos príncipes cheios de mordomias. As asperezas do caminho, as dificuldades por que passam os pais, não devem ser omitidas ao restante da família. O amor zi fia, não é proteção contra as dores do mundo, mas deve ser ensinamento dado pelo exemplo. Vovó Benta

Psicografia médium Leni W.S.

Arte https://www.facebook.com/lojadeartigosreligiososestrela?fref=ts

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(Joice Piacente) Todo médium umbandista de uma forma ou de outra sofre assédio. Este assédio pode ser por preconceito e discriminação de pessoas que desconhecem a beleza e fundamentos da Umbanda, de médium para com outro médium, o que para meu entendimento é uma situação muito triste. Triste no sentido de que ao invés de procurar o conhecimento, de se melhorar como pessoa se incomoda com aquele que se dedica no que faz, mas estes assédios de certa foram é fácil de não se deixar contagiar e não baixar a sua vibração, é só ter a consciência de o que se está fazendo é para ajudar o próximo e que cada um tem seu tempo para se modificar, para ter sua reforma intima e continuar sempre dando o seu melhor. O assédio de que quero comentar é o assédio de que todo médium umbandista e terreiros sofrem do embaixo, dos seres habitantes do umbral. Mas por que sofremos este assédio? Lendo o livro Jardim dos Orixás, obra psicografada por Norberto Peixoto ditado por Ramatís, tem uma explicação de fácil entendimento. O médium umbandista por atuar diretamente no umbral, nas esferas inferiores com mais desenvoltura, situação essa que se intensifica a cada minuto diante do caos em que estamos vivendo, da violência, da perda da moral , do caráter e de valores, do sexo pelo sexo, acaba fazendo com que essas egregoras do mal se fortaleçam cada vez mais, e em conseqüência, médiuns umbandista sofrem esses assédios, que como disse, por atuarem diretamente e dependendo de sua conduta resulta na baixa de sua vibração. Os vaidosos são presas fáceis e a possibilidade de que alguns infelizmente vêem em ter ganho fácil se tornam alvo e presa fácil , ou como Ramatís diz, repasto vivos destes espíritos portalcdo@bol.com.br

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sofredores ou magos negros que não querem que esta situação mude, pois se mudar eles perdem seus reinos do mal. Porém, isto não quer dizer que os médiuns umbandistas ficam desamparados, pelo contrário, nossos abnegados guias e guardiões nunca nos desamparam e estão ininterruptamente nos protegendo. Nós, com nossas falhas, é que não conseguimos perceber o trabalho árduo que eles têm em nos proteger e de dissolver estas egregoras maléficas para a evolução da humanidade. Esse assédio impõe aos médiuns maior necessidade de reposição energética através dos banhos de ervas, idas aos pontos de força na natureza e sintonia com seus guias que renovam nossas energias e alinham os chakras que são centros de energias ou canais receptores de energia vital. Não podemos esquecer também que pensamentos e emoções geram e atraem energias afins desta e de outras dimensões sendo positiva ou negativa dependendo da nossa vibração, por tanto, não adianta banhos com ervas e ir aos pontos de força da natureza se não colaborarmos com nossos guias e guardiões com as nossas vibrações e pensamentos sendo eles sempre negativos.

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(Glauco Mariani) Com certeza você que freqüenta um terreiro de Umbanda, já presenciou a defumação, este é um método utilizado para limpeza e purificação espiritual, bem como a preparação do espaço onde serão realizados os trabalhos espirituais. Não se sabe com precisão quando ou como surgiu a defumação, sabe-se porém, que é uma prática antiga e milenar mais ou menos da época do Egito antigo e com o passar do tempo foi moldando-se para os fins necessários. Como saber quando se deve realizar uma defumação; muitas vezes sentimos na nossa residência ou local de trabalho, uma certa sensação de peso, com brigas acontecendo com certa freqüência, discussões e desentendimentos e sentimos uma certa irritação com isso. Nesse caso o ambiente está carregado de partículas e fluidos negativos, que vão se espalhando e tomando conta de todo o ambiente em questão. Tais fluidos são trazidos por entidades baixas que sentem prazer no sofrimento alheio, muitas vezes essas entidades não tem consciência do mal que estão causando e de certa forma são atraídas por pensamentos baixos de freqüência vibratória com a qual se identificam. Não adianta defumar e manter pensamentos baixos ou atitudes que atraem essas energias baixas, mude seus pensamentos mantendo uma boa vibração. Essa fumaça aromática pode relaxar, estimular e aumentar nossa energia, nos levando para um momento de paz e tranqüilidade. O ato da defumação também pode ser realizado na sua residência ou local de trabalho, lembrando que para limpeza deve ser feito de dentro para fora e para atrair algo, por exemplo, clientes para seu trabalho a defumação deverá ser feita de fora para dentro. Abaixo temos o exemplo de algumas ervas utilizadas para limpeza/descarrego: portalcdo@bol.com.br

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ALECRIM DO CAMPO: Defesa dos males, inveja e olho gordo, protege de magias. ARRUDA: Descarrego e defesa dos males, proteção e remove o efeito de feitiços. BELADONA: Limpeza de ambientes BENJOIM RESINA e CANELA: Limpa o ambiente e destrói larvas astrais. CARDO SANTO: Defesa, quebra olho gordo CIPÓ CABOCLO: Elimina todas as larvas astrais do ambiente FOLHA DE BAMBU: Afasta vampiros astrais GUINÉ: Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios. INCENSO: Tanto a erva como a resina (pedra) são bons para limpeza em geral. MIRRA: Descarrego forte, afasta maus espíritos PALHA DE ALHO: Afasta más vibrações Na defumação, assim como em todo ritual de Umbanda deve-se ter respeito e fé.

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(Orlando Garcia)

Era filho único de uma família militar onde meu pai serviu ao trono a vida inteira, tornando-se um oficial respeitadíssimo; não pude fugir ao meu destino. Em minha família o tratamento com todos sempre foi muito sério e até mesmo severo; logo de pequeno já era tratado como um mini soldado. Antes de passar a fase adulta, ainda na adolescência já me encontrava entre as fileiras da tropa real, mesmo sendo filho de um oficial não tive privilégios, comecei como um qualquer, pois esse era o desejo de meu pai. No quartel comecei aprender táticas de guerrilha e contra-guerrilha que me salvaram de inúmeras batalhas. Lá também tínhamos Ordem Unida, aquelas marchas que os soldados fazem em fileiras com comando ou sem comando ensaiadas, usadas principalmente em desfiles. Tínhamos também o combate corpo a corpo onde simulávamos lutas como na vida real. Lá aprendi que o filho chora e a mãe não vê e também que dentro do exército, nosso pai é a pátria e nossa mãe a bandeira. Atuava pela infantaria, tropa que dá o primeiro combate e tenta fazer o maior estrago possível ao adversário. O risco de morte é maior, a tropa inimiga está completa, sem baixa alguma. Perdi vários companheiros e outros que conseguiram voltar, estavam mutilados de algum membro. Aos poucos fui ganhando o respeito da tropa e dos comandantes, embora jovem, a batalha estava no meu sangue. Por isso nunca me casei e pouquíssimas mulheres conhecí, não queria deixála viúva, sabia que saía, não sabia se voltava. Com o coração empedrecido, durante a batalha não poupava ninguém, homens, mulheres e até mesmo crianças. Inimigo era inimigo. Assim foi a vida desse soldado, promoções e medalhas recebi várias, o que deixava meu pai coberto de orgulho. Anos depois perdi minha mãe, isso fez com que meu pai se debilitasse, adoecendo e contraindo o Mal de Alzheimer, nem de mim mesmo se lembrava. Agora sozinho no mundo me dediquei de corpo e alma ás batalhas, isso só me dava mais confiança. A espada que era de meu pai agora era minha, comecei a fazer marcas ao lado dela para cada vida que eu tirava, até ela estar marcada por inteiro.

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Um dia já com a batalha vencida, fui recolher um dos meus soldados que estava ferido ao solo, quando senti o aço da espada me dilacerando pelas costas, só deu tempo de virar e ver o responsável pela minha morte. Era um menino de doze a treze anos, segurando uma pequena espada na mão e tremendo muito. Ainda tinha força para lhe cortar a cabeça, mas simplesmente o agradeci. Agora eu estava livre, não mais teria batalhas terrenas para lutar. Depois de muito tempo vagando entre as sombras, fui resgatado, tratado e trabalho ainda na infantaria, abrindo o caminho dos muitos que procuram ao meu filho, ajudando-os nas suas batalhas diárias, sob a bandeira da Umbanda e o comando do nosso pai Ogum. OGUNHÊ!!! PATACORI OGUM !

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(Maria Aparecida Linares)

Homenagem a um grande homem

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que fez seu passamento dia 06 de abril: meu querido e amado pai! ARLINDO, sinônimo de alegria, irreverência e autenticidade, a começar pela própria explicação para seu nome: - "Quando nasci minha mãe olhou para fora e disse: que ar-lindo!" E assim amanheceu o dia em que se reencontrou com ela. No outono de 2014, o dia 07 de abril amanheceu ensolarado e, quando olhei para o céu, não pude deixar de sorrir quando pensei: "Que ar-lindo!" Eduardo,Arlindo e Rafael

Assim nasceu e viveu. Nunca mudou seu jeito de ser para agradar ninguém e, até por isso foi muito querido. Portador de uma veia artística singular, alegrava o local onde estivesse. Em casa seu lugar para ensaios era o chuveiro e os vizinhos acabaram conhecendo as letras de Santa Lucia, Mamma son tanto felice, Fígaro e outras tantas. Conheceu a Geórgia e aconteceu o primeiro milagre de suas vidas: dois líderes natos se casaram. Segundo milagre: ficaram juntos por 62 anos. Não é a toa que viviam como cão e gato, brigando por tudo e por nada. Mas até suas discussões eram engraçadas e sempre lembradas com boas risadas. Meu pai romântico e sonhador, mas com os dois pés bem fincados no chão, sabia bem o que queria. Minha mãe altiva, resoluta e prática, também sabia o que queria e como seus objetivos eram compartilhados, viveram como quiseram e nunca ninguém decidiu nada por eles. Brigavam um com o outro mas, se alguém ou algo colocasse em risco o que para eles era importante, transformavam-se numa muralha intransponível. Meu pai amava sua família. Orgulhava-se de seus pais e procurou estar ao lado dos irmãos sempre que pode. Resultado: de Rural, Corcel ou Opala íamos felizes e acompanhados para Campinas, Itu, Vinhedo, Suzano, Santos e Belenzinho. Que domingos deliciosos. Muito preocupado ajudou todos os irmãos que precisaram sem nunca esperar algo em troca. Era comum ouvir suas conversas: - "Geórgia, faça uma compra que vou levar para fulano." "Tal pessoa me pediu tanto emprestado. Vou dar tanto e dizer que não precisa se preocupar em devolver."; "Geórgia vou fazer tal coisa para fulano por causa disso ou daquilo...". E ajudaram também os pais e irmãos da minha mãe que deles necessitaram. Nunca ouvi reclamação de nenhum deles e também nunca nos faltou nada em casa. portalcdo@bol.com.br

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Ainda muito jovens começaram a família Dindo, Mauro, Ângelo, Maria, Alexandre. A casa sempre cheia, sempre alegre. O domingo era dia de receber visitas e lá estava o Tio Zé tocando violão e todos cantando: "Saudades do matão" e " Índia" e num instante a cozinha estava cheia e a cantoria ia domingo afora. Nossa casa era pequena e fazíamos bailes no terracinho de 3x1m. E olha que dançávamos em roda, todos de mãos dadas: "Eu sou a filha da chiquita bacana...." Hoje quando olho o espaço não consigo entender como isso acontecia. Vaidoso dava croques na nossa cabeça quando pisávamos nos seus sapatos. E quando esbarrávamos no seu topete, meu Deus! Como trabalhava em três horários nunca estava a mesa nas refeições e eu ficava olhando ansiosa ele comer na marmita porque esperava o finzinho que ele deixava para mim. Suas palavras eram como um martelo em nossas cabeças dizendo: -"Nunca gaste tudo o que ganhar. Se ganhar muito guarde mais, se ganhar menos guarde menos, mas... guarde!" Ele deu o exemplo que foi seguido pelos netos Rafael, Carolina e Eduardo, pois, desde muito jovens sempre foram responsáveis pelas próprias conquistas e sucessos, ainda que sempre pudessem contar conosco. Ainda bem menina lembro quando minha mãe pendurou um cartaz em casa que dizia: SÓ O AMOR CONSTROI UMA OVA! Apesar de parecer irônico e desdenhoso, enquanto crescia percebi que para construir algo além do amor é necessário atitude, trabalho, suor, coragem e lágrimas. No último sábado meu pai não teve forças para ir ao banheiro e nem para chamar alguém resultado: molhou a roupa. Quando cheguei ouvi: - "Hoje teve uma chuvinha aqui, mas sua mãe já cuidou de tudo." Imediatamente me lembrei do cartaz. Realmente, além de amor é necessário atitude, força física, entrega e respeito. Arlindo, Geórgia, Dindo, Mauro, Angelo, Maria, Alexandre, Lúcia, João Rodolfo, Inês, Rafael, Carolina, André, Eduardo, Giovana, Roberta, Allana, Márcia, Rômulo e Henrique, só os de casa somam vinte e não precisa ter motivo para estarmos todos lá, num domingo comum, almoçando ou tomando um café. Apesar do Rafael estar na Alemanha e a Gi no Canadá, de repende alguém levava o telefone pro meu pai: - "É o Rafael: - Oi vô, tudo bem por aí?" Quantas contas enormes esse menino deve ter pago porque meu pai não tinha a menor pressa para falar e nem o Rafa pra desligar. Enquanto isso, aparecia um i-pad com a Giovana: -"Oi vó, tudo bem aí?" Pronto, família reunida, simples assim! Quando o Bruno (cuidador do Dindo) começou a trabalhar com ele, o Clinalto, mais experiente foi dando as dicas: - "Olha Bruno aqui é assim: a gente passa no final de semana pra tomar um cafezinho e aí chega alguém com um bolo, aparece outro com um salgado e quando você se dá conta, a mesa está cheia de coisas gostosas e a casa cheia de gente. Cara, é um barato! Não conheço outra casa igual a esta." Dizem que um homem deve fazer três coisas: ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Bom, filhos teve muitos; comprou um sítio logo com 12 alqueires - plantou um bocado e livros escreveu três:

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O 1o foi O LIVRO DO PUM. Quando ouvíamos as gargalhadas gostosas vindas o quarto da Roberta perguntávamos: - "Que foi Rob"? - "O livro do meu vô". O 2o foi sobre MEU TRABALHO NA VILLARES. Homem de pouco estudo, autodidata e, apesar da idade avançada, nunca pode ser dispensado da função de Chefe da Fundição porque os engenheiros dependiam dele para resolver os problemas mais sérios da produção. Quando o diploma era determinante para a ocupação de cargos elevados e valores salariais, meu pai incomodava os letrados, mas só deixou a empresa quando decidiu fazê-lo. O 3o foi O LIVRO DOS ANIMAIS QUE CONHECI. Este ficou incompleto porque as viagens ao Pantanal foram já com a idade avançada e precisou dividir o tempo com a produção das Sacolas Eternas. Com surpresa recebi a incumbência de terminá-lo. Além desses, uma pasta com poesias que me pediu para guardar porque achava que era de valor inestimável. Conclusão que compartilho totalmente. Quando o Dindo quis estudar medicina o Alexandre era pouco mais que um bebê e ele trabalhou como nunca. Não precisou de nenhuma ajuda pública. Instalou o Dindo numa república e o sustentou até que conseguisse caminhar com as próprias pernas. Recebeu em troca o orgulho de vê-lo clinicar com todo o amor de seu coração. O Dindo recebeu muito mas também soube retribuir. Além de ser muito presente proporcionou momentos mágicos aos dois e alguns deles foram as inesquecíveis viagens ao Pantanal que tanto os maravilhou. No hospital era a alegria dos pacientes e enfermeiros com seu jeito espontâneo e irreverente de reagir às situações. Durante a visita do cirurgião, médico educadíssimo, reclamou que a dra. Yves havia apertado seu pulso inflamado até sair a secreção, ouviu do médico que era assim mesmo. - "Mas doeu muito." - "Mas ela tinha que fazer." - 'É porque não era no seu braço." - Paaaai! Em outra ocasião, sua cama foi rodeada por residentes que ouviam atentos a explicação técnica do professor doutor sobre seu problema, viu o médico se aproximar e me perguntar se era sua filha. -"Seu Arlindo quantos anos tem?" - "Vou fazer 95." O médico incrédulo olhou para mim e, ao olhar para ele novamente ouviu a calma explicação: -"Mas por enquanto tenho 85." Os alunos explodiram numa gargalhada logo interrompida pelo olhar do professor que agradeceu e se retirou. Paaai! -"Ué, eu tava quieto..." Alegre e orgulhosa o vi cantar Santa Lucia durante a sessão de quimio na semana do natal. Os anjos vestidos de voluntárias do Mário Covas que alegram os dias daqueles que contém em seus corações apenas dor e esperança, filmavam e fotografavam encantadas com a voz que já não tinha o mesmo timbre, mas ainda com força para os agudos e apenas a mais velha delas, vestida de mamãe noel é que conhecia a música e fez questão de acompanhá-lo. Muito religioso soube agradecer a Deus tudo o que Dele recebeu e numa véspera de Natal escreveu a "ORAÇÃO DO FIM DO DIA" que distribuía a todos orgulhoso. Já muito fraquinho as vezes se confundia com as palavras e pedia coisas que não conseguíamos entender. Ele ficava nervoso e um dia me disse que gostaria que eu fosse mais inteligente. Pode deixar pai, vou me esforçar o máximo para que, quando chegar a sua idade, possa fazer jus ao seu nível de exigência. portalcdo@bol.com.br

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Amava a vida e fez questão de vive-la até o último momento. Alguns minutos antes de nos deixar recebemos um enfermeiro para lhe aplicar uma injeção. - Pai, o enfermeiro vai aplicar uma injeção para o senhor parar de vomitar. Tudo bem?" - "Tá bom." - "Oi seu Arlindo, sou o Tito, enfermeiro do Einstein." - "Ah!, melhor." Curiosamente o enfermeiro, mesmo dispensado e morando longe não foi embora ficando conosco até parte da madrugada. O médico que o atendeu em casa, como todo geriatra está acostumado a conviver com despedidas, mas, ao sair do quarto pediu licença para lhe dar um beijo e deixou nossa casa chorando. Terceiro milagre: não sentiu dor em nenhum momento. Assim se despediu. Havia uma linha segurando a vida de um herói e quando ela se rompeu Jesus o amparou. Sempre valorizou os rituais de passagem e acompanhou todos os irmãos em suas despedidas. Quando chegou a sua vez fizemos com que tudo fosse da forma tradicional. Quando seu sobrinho Pe. Beto terminou suas orações, seu sobrinho Zé Carlos reuniu todas as forças e cantou a plenos pulmões "Creio em Ti". Fechei meus olhos e ouvia sua própria voz como tantas vezes já a tinha ouvido. Um momento sublime e admirável que nos deixou embevecidos porque crescemos ouvindo suas cantorias e a cantoria o acompanhou até o aquele instante. Quando chegamos na minha mãe, meu Deus, contei 21 pessoas. O clima era triste mas não pesaroso. A mesa foi posta e enquanto tomávamos um café era impossível não rir das bobagens gostosas do meu pai até o último instante que respirou. Me peguei pensando: Que mágica é essa pai? Como você consegue? Assim é nossa casa. Assim é nossa família. Tudo junto e misturado e daqui pra frente ainda mais próximos. Arlindo, lindo, pai, papai, tio, cumpadre, Arlindão, vô, biso, o mundo perdeu uma figura, mas o céu está mais alegre. Receba esta homenagem de coração pra coração de sua filha Maria Aparecida.

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(André Cozta) É no mês de abril que nós, umbandistas de todo o país, homenageamos este Divino Orixá, manifestador das qualidades ordenadoras, da retidão, do caráter, da Lei Maior de nosso Pai Olorum, nosso Criador. Senhor Ogum Yê é, sem sombra de dúvidas, ao lado da Divina Iemanjá Yê, o mais popular Orixá neste país tropical chamado Brasil. É certo que isto se deve, muito, ao sincretismo dele com São Jorge, também popularíssimo pelos quatro cantos deste país. Mas é preciso que esclareçamos algumas coisas, como por exemplo, o fato de homenagearmos este Sagrado Orixá (assim como todos os outros) dentro de um calendário festivo católico. Algumas pessoas, advindas dos cultos de nação, chegam à Umbanda trazendo conhecimentos e ideias que acabam excluindo todo e qualquer tipo de relação de São Jorge, o santo guerreiro, com o Orixá Maior Ogum Yê, que é a Lei de Deus manifestada como divindade ordenadora da Criação. Ora, se nos detivermos a estudar a ciência dos entrecruzamentos (Ciência do X), nas obras de Rubens Saraceni, perceberemos que o santo guerreiro, São Jorge, pertence à hierarquia do Orixá Maior Ogum, assim como todos os seus filhos aqui encarnados, animais, plantas e minerais que estão sob a sua regência. Então, se em sua hierarquia, o Divino Pai Ogum Yê possui, por exemplo, os orixás intermediários Ogum Megê, Ogum Matinata e Ogum Yara, devemos ter, então, o esclarecimento de que o Senhor São Jorge também pertence à sua hierarquia. É um Senhor Ogum Intermediário. Os santos são espíritos humanos elevados à esta condição pela igreja católica, por suas realizações terrenas nas ditas encarnações, mas, também e principalmente, por que ascenderam consciencialmente e espiritualmente, chegando à este nível. O sincretismo foi adotado (aqui no Brasil) pelos escravos que precisavam preservar sua religiosidade. Portanto, a Umbanda absorveu o sincretismo em seus rituais, apenas. portalcdo@bol.com.br

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Todo este meu discurso, neste momento, acontece por que eu penso que está mais do que na hora de todos os umbandistas, de todos os segmentos, linhas de pensamento e atuação, tomarem um único rumo no que se refere á algumas questões, tendo esta, do sincretismo, como especial. Precisamos enxergar, de uma vez por todas, que a Umbanda é dirigida pelos Sagrados Orixás e tem como executores deste direcionamento, os Mestres da Luz e nossos guias espirituais. Nós, encarnados, somos trabalhadores, executando aqui, no plano material, o que pelo Alto é determinado. Por que, quando trilhamos a via contrária, todos sabemos, a coisa não funciona como deve. Enquanto não enxergarmos a Umbanda de lá para cá (do divino e do astral para o material) e insistirmos em vê-la daqui para lá (do material para o espiritual e, em conseqüência, para o divino), remaremos com conceitos tacanhos e definições equivocadas, na minha humilde opinião. Por isso, sugiro às irmãs e irmãos umbandistas que, durante as homenagens, neste mês de abril, elevemos nossos pensamentos ao Alto e peçamos ao Divino Ogum Yê que ordene e potencialize nossos mentais, para que possamos, com maior compreensão, ampliar nossos conhecimentos, manifestando em nossos trabalhos espirituais a Lei Maior, que é o Divino Ogum Yê, através dos Senhores Oguns que em nossos terreiros se manifestam, auxiliando e promovendo a ordenação de tudo e todos que estiverem ao nosso alcance. E que estas manifestações venham banhadas no conhecimento real, de como funciona, de fato, a relação entre o Divino, o Espiritual e o Material. Por que, só assim, compreenderemos e manifestaremos corretamente as qualidades, atribuições e atributos do Senhor Ogum Yê e de todos os Orixás. E então, a partir do conhecimento teológico já trazido ao plano material por Pai Benedito de Aruanda, através do Mestre Rubens Saraceni, ampliaremos nosso raio de visão, aplicando este conhecimento nos trabalhos espirituais, expandindo estes ensinamentos à todos aqueles que a ele ainda não tiveram acesso. Dos livros para o congá, promoveremos a disseminação do ensino teológico umbandista, no que se refere à Criação de Olorum, ao Divino Ogum e também à todos os Sagrados Yês (Orixás) do nosso divino ritual, enriquecedores da nossa fé, fortalecedores da nossa crença. Saravá, meu Pai Ogum!

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(Claudio Vieria) No mês de abril, mais precisamente dia 23, os terreiros de Umbanda comemoram o dia de Pai Ogum, nosso amado Orixá da Lei Maior, que rege a nossa vida, direcionando, abrindo caminhos e quebrando demandas. Ogum é o responsável pelo equilíbrio da linha divisória entre a nossa razão e a nossa emoção. É o aplicador da Lei Divina, agindo com rigidez e firmeza com relação à conduta de seus filhos. Ogum entende-se como sendo os “olhos” de Deus vigiando a tudo e a todos, o tempo todo. É o senhor do movimento, o senhor dos caminhos e das estradas, o senhor que quebra as demandas, que arrebenta as amarras e que nos liberta. Orixá da ordenação, do direcionamento, da abertura de caminhos, enfim, Ogum, nosso Pai da Lei Maior, está em tudo e em todos os sentidos da vida, ordenando nossos caminhos em benefício de nossa evolução. O elemento de Ogum é o ferro e o aço. Suas ferramentas: espadas, lanças e escudos. Suas pedras: granada, hematita, rubi, magnetita, sodalita e ágata azul. Suas cores: azul escuro, vermelho, branco e prata. Saudação: Ogunhê meu Pai ! Sincretismo: São Jorge (Rio de Janeiro e São Paulo) e Santo Antônio (Bahia)

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Ervas: Espada de Ogum, Losna, Jurubeba, Aroeira, Carqueja, Folha de Pitanga, Pinheiro, Eucalipto, entre outras. Oferenda Ritual: Velas brancas, azulão e vermelho, cerveja branca ou vinho tinto licoroso, uva rubi, manga, goiaba vermelha, flores vermelhas diversas, cravos vermelhos, espada de São Jorge. Tudo isso entregue nos campos abertos, caminhos, encruzilhadas, etc. Características dos filhos de Ogum: Os filhos de Ogum costumam ter um gênio muito forte. Não admite injustiças e costumam proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquela pessoa que quer proteger. São sempre leais e corretos. São francos, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não fazem rodeio para dizer as coisas. Não admitem a fraqueza, a falsidade e a falta de garra nas pessoas. São metódicos e impulsivos, raramente mudam de opinião. Não gostam de ser criticados e também não perdoam facilmente. São egocêntricos, orgulhosos, francos e intransigentes, porém difíceis de serem odiados. Não desistem de seus objetivos diante dos obstáculos. Continuam lutando onde qualquer outro já teria abandonado a batalha. São guerreiros por excelência. Possuem um humor mutável, ora tendo furiosos acessos de raiva e se tornando mal humorados, ora tendo o mais tranquilo comportamento, sendo a pessoa mais agradável do mundo. Seu sucesso é construído por seus próprios méritos. São românticos, porém sem muito “grude” com a pessoa amada quando estão em público. Já quando estão a dois adoram mostrar que são protetores e leais. São ciumentos e possessivos com relação a sua família, amigos e pessoa amada. Descrevo abaixo algumas falanges do Orixá Ogum, dos quais trabalhamos nos terreiros de Umbanda: Ogum Sete Ondas, Ogum Sete Espadas, Ogum Linhas, Ogum Sete Estrelas, Ogum Yara, Ogum Beira Mar, Ogum Megê, Ogum Rompe Mato, Ogum de Lei, Ogum Xoroquê, Ogum de Ronda, Ogum Naruê, etc. Pontos de Ogum Nessa casa de guerreiro / Ogum... Vim de longe pra rezar / Ogum... Rogo a Deus pelos doentes / Ogum... Na fé de Obatalá / Ogum... portalcdo@bol.com.br

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Ogum salve a casa santa / Ogum... Os presentes e os ausentes / Ogum... Salve nossas esperanças / Ogum... Salve velhos e crianças / Ogum... Preto Velho ensinou / Ogum... Na cartilha de Aruanda / Ogum... E Ogum não esqueceu / Ogum... Como vencer a demanda / Ogum... A tristeza foi embora / Ogum... Na espada de um guerreiro / Ogum... E a luz do romper da aurora / Ogum... Vai brilhar nesse terreiro / Ogum... A primeira espada quem ganhou foi ele A primeira espada quem ganhou foi ele Mas ele é, ele é Ogum Beira Mar Ele veio de Aruanda Pra seus filhos saravá Ogum partiu pra guerra Ogum tocou clarim E todo regimento Foi pra mandar partir Salve Ogum Yara Salve Ogum Megê Salve Ogum Beira Mar Salve Ogum Naruê

(Sebastião Cabral) estes dias que antecedem a quaresma, todos que praticamos o culto aos irixás ou trabalhamos com a espiritualidade, talvês seja o mes que escutamos falar muito de exú, que tem toda a pasciência do mundo com todos nós que somente nos aproximamos deles para pedir. e nunca agradecemos o que recebemos de graça deles, se tudo que pedimos recebemos, logo damos graças á deus, que portalcdo@bol.com.br

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já fês sua parte, nos criou. nunca damos graças a exu ou pombo gira, que cuidou de nossos caminhos, mas quando não dar muito certo, logo dizemos exu não ajudou. eu queria pedir aos exus um pouco de sua humildade, para suportar ouvir um consulente pedindo ao exu para dar uma passada em sua cama na madrugada e não sentir vontade de o mandar tomar um copo de vergonha. tambem queria pedir á exu um pouco de pasciencia, para não olhar certos mediuns supostamente virados em suas pombo giras se comportando de maneira extremamente vulgar e colocando a culpa nessas entidades maravilhosas que tanto nos encantam, e o pior, se prostituem e colocam a culpa em suas lebaras, as roupas mais parecem ter sido compradas num sex shop. tambem vou pedir á exu um pouco mais de pasciencia para não julgar as atitudes alheias, porque isso não está em minha alçada, quero fazer com meus irmãos como exu faz com todos nós, quero nunca julgar, um dia quando eu conseguir este feito, eu vou entender um pouco mais o porque exu tem tanta grandeza. laroiê exu, laroiê pombo gira.

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