REGISTRO
Coisa boa é a cidade crescer e manter essas tradições, esses espaços que, embora renovados, são mantidos no calor da amizade e não perdem a essência acolhedora do tempero com afeto. O Armazém Cruzeirinho foi fundado por Valter Thiago de Sá em 1957, mudando-se para o endereço atual em 1962. Aposentou-se no início dos anos de 1990. A filha mais nova, Valéria, assumiu o negócio, transformando-o gradualmente em
lanchonete introduzindo os pastéis em 1994, mas ainda mantendo alguns secos e molhados. A partir de 2001 o comando passou para a irmã Walquíria, transformando o espaço exclusivamente em lanchonete, tendo os pasteis como principal produto. E cada nova geração finca raízes nas suas origens, no desejo de perpetuá-lo mantendo o charme de balcão de seus tempos de mercearia. Hoje ela e o sócio, Carlos Ronan, conduzem o estabelecimento, que não fechou um dia sequer nesses mais de 60
O CARNEIRO QUE TRAVA
Uberlândia sempre despertou a vocação inovadora, nos mais diferentes produtos e serviços.
Uma dessas iniciativas está prestes de completar 70 anos, o Freio Carneiro, primeiro sistema antifurto de veículos no mundo, hoje Trava de segurança Carneiro.
Sua história é interessante e como todas nasce pela criatividade e coragem de transformar problemas em oportunidades.
O criador desse sistema foi o pernambucano Antônio Carneiro que veio para Uberlândia na primeira metade do século passado.
Ao ter as ferramentas roubadas da sua camionete Studebaker, Carneiro, utilizando uma latinha de talco, criou um sensibilizador por onde passava uma corrente elétrica que acionava a
anos de atividades. Mesmo no contexto da pandemia, seguindo os protocolos legais de segurança, não deixaram de trabalhar.
Comer um pastel no Cruzeirinho não é apenas fazer um lanche. É ter uma experiência gastronômica extraída de um momento simples, em um espaço sem grandes luxos, onde, a cada mordida, saboreiam-se as histórias que por ali circularam. É como parar no tempo pra ver a vida passar. E isso também nos alimenta!
buzina quando encostassem no carro. “Viajou para São Paulo em 1958 para patentear a peça. Como na época ninguém estacionava o carro engatado, lhe responderam que com uma peça dessas, ninguém ia dormir em São Paulo”, conta o filho Villal.
Carneiro decidiu então criar um mecanismo que impossibilitasse tirar um carro estacionado do lugar.
O primeiro modelo, patenteado em 1961, pesava 4.350 kg. Depois passou a pesar apenas 300 gramas.
Antonio Carneiro faleceu em 1994, aos 70 anos, mas a invenção continua viva com revendas por todo o país, além de Portugal, Uruguai, Argentina, México, Peru e Chile.
Atualmente, a Trava Carneiro oferece também bloqueadores automotivos com outras finalidades.
TOP SAUDAÇÕES
Pela quarta vez promovemos a premiação Top of Mind Uberlândia S.A., em reconhecimento às marcas que estão no topo da memória das pessoas. Responsabilidade que assumimos a partir do encerramento das atividades do jornal Correio de Uberlândia que o realizou por 19 anos.
Temos procurado torná-la a cada ano mais cobiçada e valorizada pelo mercado local. Ainda que reconhecida como premiação, o “Top of Mind Uberlândia S.A.” não é uma conquista outorgada por critérios aleatórios, é uma premiação técnica, fundamentada numa pesquisa, ampla, abrangente. E o mais importante consistente, isenta. Por isso sua credibilidade e repercussão. O critério com que fazemos essa pesquisa, que envolve 400 pessoas dos diferentes segmentos, classes sociais, faixa etária, nível de escolaridade e regiões da cidade, funciona como um valioso termômetro que mede a saúde das marcas.
Quem considera este reconhecimento apenas pelo lado da vaidade, perde o que ele tem de mais importante: seu valor comercial.
A pesquisa é ferramenta valiosa para definir estratégias, rever rumos, explorar possibilidades.
Um dos mais respeitados publicitários de nosso país, Nizan Guanaes, fala disso com propriedade: “quem é top of mind consegue melhores condições comerciais e melhor lugar na gôndola”. Conquistar esse reconhecimento, especialmente num ano de pandemia, atípico como está sendo este, é motivo de justa comemoração.
Nossos cumprimentos a todos e nossos agradecimentos pelo prestígio que o Top of Mind Uberlândia S.A. vem alcançando. Pela reputação que o diferencia e personaliza. Pela responsabilidade enorme, mas que nos motiva e enche de orgulho de promover ano após ano..
Obrigado a todos Boa leitura
Celso Machado
SUMÁRIO
Trava Carneiro o primeiro de 1961 e o criador Antônio Carneiro - sucesso internacional PORNO TOPO DA MENTE, NO CENTRO DO CORAÇÃO E...NA PREFERÊNCIA DO CONSUMIDOR Paschoal Fabra Neto
“Tem 1.001 utilidades”. “O primeiro Valisérie, a gente nunca esquece”. “Você conhece, você confia”.
“Não é assim uma Brastemp”. “Desce redondo”.
Aposto que você se lembrou imediatamente de pelo menos uma dessas frases, ou slogans, como são chamadas tecnicamente. E arrisco dizer que você reconheceu todas. Sem muito esforço. Identificando, inclusive, as marcas e produtos donos dessas assinaturas.
E sabe o que impressiona? Algumas delas têm 30 anos ou mais. Mas estão aí, intactas, na sua memória. Este rápido teste de associação que acabamos de fazer tem um valor incalculável na vida de empresas e anunciantes. Ser naturalmente lembrado por um consumidor é o que a publicidade chama de “Top Of Mind”. Topo da Mente, numa tradução livre. É também o nome da pesquisa mais aguardada do mercado, realizada pelo Instituto Datafolha, que aponta as marcas mais lembradas pelos brasileiros.
E como se atinge esse pedestal tão valioso? Antes de tudo, com a excelência do produto e a verdade do propósito da marca, mas também com o valor do Branding e com uma comunicação diferenciada e proprietária.
É justamente aí que, como homem de Comunicação, Branding e Inovação, eu meto a minha colher. Nos meus 30 anos de carreira, pude, alguma vezes, dividir com os clientes este momento único: o de ser eleito Top Of Mind. Na minha opinião, o maior reconhecimento que uma agência de comunicação e um time de marketing podem alcançar. Porque não se trata de uma premiação. É mais do que isso. Não há um júri elegendo vencedores. Quem manda, neste caso, é o consumidor.
É quando alguém abre um armário chamado “memória”, onde estão todas as experiências, imagens, sons e sabores que marcaram sua vida, competindo com a avalanche de informações que recebemos 24 horas por dia das mais diversas mídias e plataformas, no meio de tantos produtos
que uma pessoa já viu e consumiu, puxa uma gaveta desse armário e espontaneamente menciona o nome da sua marca.
Ajudar a construir casos de sucesso tem sido a minha busca nas últimas três décadas. Por isso, são marcantes na minha vida as campanhas que criei para a Brastemp (“Não é assim uma Brastemp”), para a Brahma (“A número 1”) e para Italac (“Lá em casa tem”). E lembro com carinho da agência e o cliente celebrando esses momentos.
Verdadeiros marcos para as marcas.
Aprendi o quanto é importante estabelecer uma relação de proximidade com seu público. Isso talvez explique porque, das 25 categorias pesquisadas no Top Of Mind 2020, 15 tiveram marcas locais como vencedoras. Empresas que conhecem como ninguém o seu consumidor, como a Start, com um crescimento impressionante nos últimos anos, superando potências nacionais. Empresas que querem ter mais do que consumidores, querem ter fãs.
Não tenho dúvida de que uma campanha de comunicação é arma poderosa para tudo isso. Mas desde que se aponte para a admiração e a simpatia do consumidor buscando a memória e a confiança dele. Ou, em outras palavras, desde que se mire no cento do coração para acertar no topo da mente.
Netao é Partner-CEO/CCO- F&QBrasil/M&C Saatchi Group- Founder e Presidente do Conselho da Nós Innovators, plataforma de Inovação, e o mais importante de tudo: filho de uma mineira de Uberaba. Como dizem os uberlandenses: “ninguém é perfeito”. Faz questão de enfatizar que, como criador/mentor/founder ou qualquer outro título que lhe queiram atribuir, seria simplesmente ninguém se não tivesse sempre consigo um time coeso, melhor do que ele, ao seu lado, sendo ele mesmoapenas uma peça desta engrenagem fascinante chamada comunicação.
POR CELSO MACHADOODELMO Leão Carneiro
MAIS 4 ANOS A SERVIÇO DE UBERLÂNDIA
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
Como se sente sendo eleito para o quarto mandato e com uma votação tão expressiva?
Odelmo Leão: Em primeiro lugar, eu agradeço à Deus e a confiança da população no meu trabalho e na de toda a equipe que tem estado comigo nessa trajetória. Foi essa vontade popular que me permitiu chegar até aqui, às vésperas de assumir o quarto mandato, como prefeito dessa cidade pujante e progressista que é Uberlândia. Estejam certos de que, assim como fiz em todos esses anos de vida, vou continuar honrando esse apoio que tenho recebido. A minha história sempre foi baseada em muito trabalho, em estar ativo e presente em todas as coisas que me propus a fazer, em buscar soluções e estar ao lado do que é melhor para o nosso povo. Eu acho que, independentemente da expressividade da votação, o homem público eleito tem que ter o compromisso com a população, com a cidade. Portanto, é uma obrigação de todos aqueles que são gestores. Os desafios sempre foram muitos e agora não será diferente, mas eu me sinto honrado por estar mais uma vez à frente dessa luta que, com a união e ajuda de todos, vamos vencer.
O que os empresários da cidade podem aguardar para os próximos quatro anos?
Odelmo Leão: A nossa gestão frente à Prefeitura de Uberlândia sempre procurou olhar com atenção para todos os setores da sociedade, valorizando e estimulando seu desenvolvimento
com muito trabalho e determinação. Especificamente para o empresariado, nesta última gestão, procuramos fortalecer políticas que apoiassem desde o micro e pequeno empreendedor até as grandes indústrias, não só atraindo investimentos para a nossa cidade, mas favorecendo o crescimento de quem já está aqui. Desde 2017, conseguimos atrair quase R$ 3 bilhões em investimentos privados, dos quais mais de R$ 800 milhões apenas neste ano, gerando emprego e renda apesar de estarmos em um cenário nacional de pandemia, com grandes impactos para economia em geral. Esse cenário só tem sido possível porque trabalhamos com planejamento, visão estratégica e diálogo direto com a sociedade, promovendo avanços importantes de infraestrutura e modernização do serviço público. Não à toa conseguimos viabilizar, mesmo com todas as dificuldades, mais obras de mobilidade pelo Uberlândia Integrada e a ampliação na captação e tratamento de água pelo Sistema Capim Branco.
Além disso, iniciamos um processo de modernização do Executivo, com a informatização de mais de 90% dos serviços do Município.
São ações que impactam positivamente na qualidade de vida de todos e que, podem ter certeza, serão ampliadas. Soma-se a isso a prioridade e o cuidado de sempre que demos e damos para avançar na Saúde, na Educação e na área Social.
Tudo isso, pensamos, favorece o ambiente de negócios e traz confiabilidade aos investidores.
Esse espírito de progresso com sustentabilidade vai continuar nos guiando na próxima gestão e, sem dúvida, queremos o empresariado ao nosso lado.
A pandemia desestruturou setores da economia e deixará muitas sequelas, sobretudo nas pequenas e médias empresas, o que a prefeitura pretende fazer para minimizar esse impacto?
ALMANAQUEOdelmo Leão: Primeiro, quero destacar que esse é um momento que exige a presença de todos nós, pois vamos enfrentar grandes desafios na economia, maiores que os vistos até aqui. Por exemplo, o auxílio emergencial vai terminar. A persistir a pandemia, temos que entender que os recursos injetados pelo governo federal também se encerram em dezembro. Temos que buscar alternativas, mas precisamos entender que estamos atrelados à economia nacional e à economia internacional. Eu acho que é um momento de união e espero contar com o Legislativo para nos apoiar naquilo que for bom para a nossa cidade. Vamos seguir com os
investimentos em mobilidade urbana e teremos o Uberlândia Integrada III, que é um jeito do Município fazer a sua parte, ajudando a movimentar a economia. Estamos conduzindo pesquisas sobre o pó de basalto, que é um remineralizador de solo abundante em nossa cidade e pode se promover a terceira revolução agrária do nosso país. Em breve, vamos inaugurar o Polo Tecnológico Sul - o primeiro loteamento empresarial público da cidade, voltado para empresas de base tecnológica e cujas obras de infraestrutura estão em fase de conclusão. Estamos trabalhando também na implementação de um espaço público de coworking, com cursos para os empreendedores de pequeno e médio porte. Além disso, vamos oferecer mais capacitações para as pessoas que buscam emprego. Também vamos continuar a modernização do serviço público para que o Município sempre seja um facilitador para todos, inclusive, os empresários.
Como o prefeito vê o reconhecimento do Top of Mind Uberlândia S.A., às empresas que, mesmo na pandemia, conseguiram sobressair?
Odelmo Leão: Eu vejo esse reconhecimento como um estímulo ao desenvolvimento da nossa cidade. Acredito muito que a vida é constituída pelo trabalho e que é preciso valorizar todo esforço que esteja voltado para o bem comum, que, neste caso, é o do povo de Uberlândia, que é o do município. Esse é o princípio que tem norteado toda a minha vida pessoal e pública, desde a época do Sindicato Rural, passando pelo Congresso Nacional e todas as gestões em que estive à frente da Prefeitura de Uberlândia.
RODRIGO BORGES, empresário Social Bank 17. ANUNCIO HSGHelvécio Alves Carneiro
UMA VIDA DEDICADA AO TRABALHO
O EMPRESÁRIO, FUNDADOR DO GRUPO CARPE, FALECEU RECENTEMENTE, AOS 90 ANOS
POR NÚBIA MARA DA MOTTA
Era véspera de Natal, exatamente no dia 21 de dezembro de 1930, quando o penúltimo dos 12 filhos de Rivalino Alves dos Santos e Laudelina Alves Carneiro veio ao mundo, na Fazenda do Pombo, no município de Uberlândia, dando início a uma história cheia de lutas e conquistas. Desde cedo, Helvécio Alves Carneiro mostrou que nasceu para o trabalho e acreditava ser esse o único caminho para ajudar as pessoas e dar sentido à própria vida. Com a morte do pai, em plena Crise do Zebu (1945-1950), que provocou a falência de pecuaristas em todo Brasil, o jovem de 16 anos precisou administrar sozinho a parte da fazenda que lhe ficou de herança. Cuidou do gado e da terra e, após terminar o ensino médio no Lyceu de Uberlândia, se mudou para Viçosa (MG), onde fez o curso técnico em agronomia no que viria ser a Universidade Federal de Viçosa (UFV).
E foi na Zona da Mata mineira, que o menino uberlandense se tornou o pupilo do geneticista e engenheiro agrônomo Antônio Secundino de São José, o fundador da Agroceres e pai da semente híbrida de milho. De lá, Helvécio Carneiro voltou para o Triângulo Mineiro. Em Capinópolis (MG), passou a plantar arroz, onde conseguiu fazer um pequeno patrimônio.
Na época, a terra herdada do pai foi vendida para o irmão mais velho, Francisco Paulo dos Santos, mais conhecido como
Chico do Rivalino, que anos mais tarde veio a ser vice-prefeito de Uberlândia no mandato de Raul Pereira, entre 1963 e 1966.
Com o montante, Helvécio Carneiro comprou um trator usado, começou a abrir as primeiras estradas da região e a traçar o seu destino e de muitas pessoas que passaram a trabalhar para ele. No início dos anos 50, ao lado do irmão Edésio Alves Caneiro e do primo Orvenor Fernandes, Helvécio Carneiro criou a construtora RAS, das iniciais do pai, Rivalino Alves dos Santos. Na época, o cunhado Genésio de Melo Pereira, Chico do Rivalino e Hugo Pereira tinham a Construtora Alves e Pereira (CAP). As duas empresas então se uniram e formaram a Paviterrana, sigla de Pavimentação e Terraplanagem Nacional Ltda, que logo se tornou uma gigante.
A Paviterrana abriu as principais estradas da região e do país, como a que liga Itumbiara a Prata, Araguari a Uberaba, Itumbiara a Bom Jesus de Goiás, Anápolis a Niquelândia, Franca a Passos, entre várias outras. Os sócios chegaram a administrar 8 frentes de trabalho simultaneamente, com cerca de 1 mil pessoas em cada uma.
Devido à distância da cidade e o longo tempo para conclusão dos trabalhos, os funcionários levavam as famílias para os acampamentos, onde eram montadas escolas, salas de cinema para sessões de filmes aos sábados à noite e campos de
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| UBERLÂNDIA S.A. ALMANAQUEfutebol para as partidas de domingo. “Os funcionários também eram convidados a estudar, porque muitos eram analfabetos. Só trabalhava quem quisesse aprender alguma coisa. Meu pai priorizava as pessoas aprenderem, não só o estudo em si. Para ele, a pessoa tem que ser boa em alguma coisa. Muitos antigos funcionários foram bem sucedidos e chegavam em mim e diziam que só se tornaram alguma coisa na vida, graças ao meu pai. Meu pai era uma pessoa diferente mesmo”, disse Rogério Carneiro.
Mesmo no meio do mato, nos acampamentos, Helvécio Carneiro chamou a atenção de gente de longe. Ao inovar, por conta própria, o sistema de freio dos tratores usados nas obras, ele foi convidado a ser mecânico de teste da Caterpillar, uma empresa multinacional de origem estadunidense que fabrica máquinas, motores e veículos pesados. “Ele (Helvécio) é que dava assistência nas obras e para as máquinas. Porque, na época, transportar uma máquina de 30 toneladas para consertar era muito difícil. Todos os sócios eram homens excepcionais e muito simples”, disse José Maurício Borges, antigo funcionário da Paviterrana.
Com o saldo do caixa da construção das estradas, os sócios começaram a investir em outros ramos. Formaram o Moinho de Trigo Sete Irmãos, a Brasil Investimentos (Bracinvest), o Banco do Planalto, a Cagigo, a Granja Planalto,
entre outras. Em 1961, criaram a Vallée, que se tornou líder no mercado nacional e da América Latina na fabricação de vacinas contra a febre aftosa. “A vizinhança toda acostumou comprar ovos da granja e o pessoal do Dr. Genésio me autorizou a vendê-los na hora do almoço e eu ganhava um lucrinho. Com este dinheiro, fiz a minha lua de mel. Era uma granjinha em gaiolas de madeira e aí aquilo foi crescendo, crescendo e a firma toda crescendo muito. Depois, fui para a Paviterrana, onde fiz a contabilidade.”, disse José Mauricio.
Devido à proximidade com ex-governador Rondon Pacheco, Helvécio Carneio e Genésio de Melo Pereira ajudaram ainda a formar o que hoje é a Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em 1964, o Grupo Carpe, holding de todas as empresas (antiga Carfepe), comprou o inacabado prédio onde seria o seminário dos padres salesianos e doou a área no entorno para dar início ao campus Santa Mônica. Foram eles ainda que fizeram toda a terraplanagem do campus Umuarama, para a dar início a Faculdade de Medicina. Genésio Pereira foi o fundador da Faculdade de Engenharia e o primeiro reitor da UFU.
Em 1972, a Carpe comprou da família do ex-prefeito, Tubal Vilela da Silva, que já era falecido há 10 anos, a ITV Urbanismo, responsável por lotear cerca de 1/3 de Uberlândia. A partir daí, a empresa doou ainda outras áreas importantes para o
desenvolvimento de Uberlândia, como o terreno onde foi construída a Ceasa, parte do Parque do Sabiá, a área do bairro Tancredo Neves, onde foi construído um Conjunto Residencial da prefeitura, o Presídio Jacy de Assis e todo Cemitério Campo do Bom Pastor, onde Helvécio foi sepultado neste ano, O empresário faleceu no dia 4 de maio de 2020, aos 90 anos, na cidade que ajudou a construir. Deixou dois filhos, Dóris e Rogério, a viúva Mary Lucy, a única irmã ainda viva, Delmira, 5 netos, 9 bisnetos e um exemplo a ser seguido.
Em agosto, a trincheira no fim da avenida Getúlio Vargas, no trevo Ivo Alves (trevo do Topas), foi inaugurada com o nome do empresário uberlandense, em um local por onde passam aproximadamente 100 mil veículos, além de beneficiar mais de 30 mil usuários do transporte público.
Na solenidade, fechada devido à pandemia do coronavírus, estiveram presentes autoridades e familiares de Helvécio Carneiro. “Trincheiras, viadutos, pontes simbolizam ligação e o papai também construiu muitas pontes. Pontes em estradas, pontes simbólicas entre pessoas. Desejo que a Trincheira Helvécio Alves Carneiro simbolize também o caminho para uma Uberlândia melhor, cheia de oportunidades de emprego, com gente honesta, educada, trabalhadora que se preocupa com o próximo, assim como o nosso pai foi”, disse Dóris Carneiro, em seu discurso.
Anna Paula Granboski
POR CELSO MACHADO
A BELA QUE TAMBÉM É FERA!
Sou a Anna Paula Granboski, tenho 31 anos de idade, sou mãe, meu filho Antônio tem 11 anos. Gosto muito de bichos. Estou na Landix, uma empresa fundada pelos meus pais. Ela tem 20 anos de mercado. Assumi como CEO há pouco mais de 2 anos e a gente vem crescendo bastante. Estou a frente desta expansão tanto de produto como de território.
Meu pai foi responsável por trazer a internet para Uberlândia.
Meu pai foi responsável por trazer a internet para Uberlândia
Foi ele quem trouxe o BBS e a internet para cá. O BBS em 91 e a internet em 94, 95 com a Triang net. Naquela época não tinha Google para pesquisar, meu pai pegava um ônibus aqui na sexta feira depois do trabalho, ia para a biblioteca da Embratel no Rio de Janeiro na Embratel copiava os manuais de como fazer a Internet funcionar no papel porque não podia tirar xerox nem tirar o livro da biblioteca e voltava no domingo a noite. Na segunda ia montando o provedor, na época o mercado era fechado. A Triang foi, se não me engano o décimo sétimo provedor do Brasil. Assim Uberlândia teve internet na frente de várias capitais, e isso acaba que associando porque Uberlândia tem tanta tecnologia no dia a dia.
Entrei como estagiária na Landix na oitava colocação numa seleção de 10 vagas
Meu pai nunca me forçou a trabalhar na Landix, pelo contrário, sempre falava que eu tinha que ir para o mercado aprender outras coisas antes de vir para cá. Em 2008 estava no segundo
período de Administração na UFU e comecei a procurar onde fazer estágio. Aí falei com ele que queria trabalhar na Landix. Ele respondeu: se você quiser manda seu currículo, vai fazer entrevista e participar pelo processo seletivo de seleção terceirizado igual todo mundo. Eu entrei em oitava colocação na seleção de 10 vagas. Fui selecionada e entrei como estagiária de atendimento ao cliente, mesmo sem saber quase nada de tecnologia, aprendi tudo estudando extra e com 3 meses de estágio descobri que eu estava grávida. Aí foi uma um belo tumulto, mas hoje falo que foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Mas foi bem desafiador e esse processo de gravidez e casamento com 19 anos de idade.
Em 2018 fiz a proposta de assumir como CEO
Foi quando fui para a área comercial, mais flexível quanto a horários. Lá eu me identifiquei porque converso mais do que tudo, então juntou as minhas características fortes assim numa área que estava crescendo, aí eu fui crescendo, virei vendedora, depois fui para a área de marketing e em 2012 meu pai me ofereceu uma opção de compra e fiquei sócia da Empresa e passei a Diretora Comercial. Em 2018 fiz a proposta de assumir como CEO. Porque meu pai era um gênio e ele precisa ficar focado em inventar coisas novas, não em tocar uma empresa.
Ele perdia muito tempo com a administração da Empresa ao invés de fazer aquilo que ele era bom.
E aí a gente inverteu os papeis, fiquei CEO e ele assumiu a Diretoria de Tecnologia que contemplava todas estas áreas e começou o desenvolvimento da nova geração de produtos.
Infelizmente ele faleceu este ano e foi um choque muito grande. Minha vida virou de cabeça pra baixo.
Desde 1937, construindo o futuro.
A gente está com um plano de pegar tudo aquilo que ele construiu e fazer ficar maior ainda; fazer jus a tudo o que nos foi dado e fazer crescer.
Sofri muito mais por ser jovem do que por ser mulher
Sofri muito mais por ser jovem do que por ser mulher, acho que as pessoas da minha geração já tendem a ter uma postura menos machista e mais igualitária. Quando eu assumi como Diretora Comercial eu tinha 24 anos de idade. Aí ia negociar com Vice Presidente de uma indústria multinacional na ,faixa dos 50/60 anos de idade e não era fácil. Não foi uma nem duas vezes que a pessoa perguntava: cadê seu chefe? eu não vou falar com você? Com o tempo a gente vai engrossando o coro, a gente aprende a se posicionar aprende a falar grosso, e por ter conteúdo com cinco
minutos de conversa está tudo tranquilo e a gente consegue avançar.
Você pode ser feminista e ser feminina
Aqui em Uberlândia uma mulher que admiro é a Tomaides. Falo que ela é um exemplo porque ela consegue ser feminina, impecável e ao mesmo tempo cala a boca de todo mundo com muito conteúdo, com muita competência, com um currículo maravilhoso. Você pode ser feminista e ser feminina, querer os homens perto entendeu, não é uma coisa que é um ou outro, é todo mundo junto. Eu acho que ela faz este papel muito bem de ser uma liderança na cidade e um exemplo né para mostrar que toda mulher sim pode ser uma baita consultora uma baita executiva e estar andando num sapato Louboutin de 15 cm e está tudo bem.
Confiança é algo que se constrói com o tempo. No nosso caso, desde 1937.
Sonhando com a construção de um futuro melhor, nos tornamos uma das primeiras loteadoras do Brasil. Temos o privilégio de trabalhar com o urbanismo planejado, o que, na prática, significa construir vidas e uma cidade melhor. Por isso, continuamos sonhando e realizando sonhos, usando a confiança conquistada em tantas décadas como o alicerce de toda grande obra. Pois acreditamos que o poder da transformação começa no lote, que se transforma em bairros planejados, que por sua vez se tornam cidades mais sustentáveis, onde habitam pessoas mais felizes.
Já são mais de 75 mil lotes e 36 milhões de m²
Mais informações
Hoje na Landix mais da metade das gerentes são mulheres27. ITV ANUNCIO
EDELWEISS Teixeira Júnior
EDELWEISS, UM HUMANISTA MÉDICO
Ocaráter, a ética e a dignidade de uma pessoa podem ser medidos no dia da sua despedida. Foram muitas as pessoas que se surpreenderam com a partida do pediatra Edelweiss Teixeira Júnior e as centenas as homenagens a ele nas redes sociais demonstraram o quanto era querido e como o seu profissionalismo causou gratidão nas pessoas. Por ironia do destino, a ida se deu em 17 de outubro, véspera da data em que é celebrado o Dia do Médico. O médico, embora “uberlandino”, nasceu em Prata, viveu parte da vida em Ituiutaba e Uberaba e veio para cá cursar Medicina na Universidade Federal de Uberlândia, especializando-se em pediatria. Aqui conheceu a esposa, Lígia Machado, com quem se casou em 1972 e teve quatro filhos: Frederico Machado Teixeira, casado com Daniela Teodoro Sampaio, ambos biólogos, Fídias Augusto Machado Teixeira, engenheiro elétrico, Felipe Machado Teixeira, casado com Renata Brito de Castro, ambos advogados e pais de Pedro Castro Teixeira, Ligia Inês Machado Teixeira da Cunha, enfermeira, casada com o médico Rodrigo Junqueira da Cunha, pais de Melissa Teixeira da Cunha. Edelweiss, mesmo que muitos não soubessem, tinha na filantropia algo inerente à sua personalidade. Além de não colocar a questão financeira como prioridade em seus atendimentos, ele se entregava ao voluntariado.
O terceiro dos quatro filhos de Edelweiss, Felipe, lembra exatamente assim do pai, alguém que cuidava de todos que o procurassem e desapegado das coisas materiais. “São infinitos relatos de pacientes que foram atendidos sem sequer cobrar consultas e ainda ajudava com os medicamentos daqueles mais necessitados. Ele definitivamente tinha uma missão aqui na terra. Sempre foi
um pai presente, participativo das fases e conquistas na vida dos filhos.
Felps conta ter ficado emocionado com a carreata que seguiu o seu cortejo fúnebre, mesmo não tendo velório por causa da pandemia do coronavírus. “Foram mais de 100 carros, num domingo de manhã. Emocionante ver tanta demonstração de carinho de amigos, colaboradores e pacientes.”
Felipe conta que, em casa, o chamava de “zé sacolinha”, pois o seu ponto fraco era sempre estar comprando comida. Como pediatra, era muito criterioso, pontuando fases e etapas da vida do neto, como avô, não fugia do conceito da “casa de vó”, repleta de comida e doces. “A gente ria muito dele. Lembro que ele tinha dois refúgios. Um familiar e outro particular. O descanso tinha mesmo era na pescaria, ele amava ir para o Rancho do Sossego, um recanto que tinha com os amigos no Rio dos Bois, em Porteirão/GO.”, revela Felipe Felps.
O mais velho dos irmãos, o biólogo Frederico Machado Teixeira lembra que uma simples caminhada ao shopping com o pai levava horas pelos encontro a clientes e conhecidos. “Nós últimos anos, eu já morando há 20 anos fora de Uberlândia, era reapresentado ou apresentado pela primeira vez aos novos clientinhos cujos pais ele havia tratado quando criança. Meu pai sempre estava atrasado, desde que me lembro em criança, sei hoje, que muitas das vezes, é porque estava atendendo ou ajudando alguém”, conta Frederico.
Ele menciona que a família encontrou anotações de Edelweiss com frase do tipo: “sonho em ajudar a todos que me procuram independentemente de sua situação financeira e ser reconhecido em todos os cantos da minha
POR CARLOS GUIMARÃES COELHOcidade como um homem digno, honesto e de bem”. “Acho que pelo reflexo que vimos nestes dias após sua morte ele conseguiu atingir isto de alguma maneira.”, aposta o filho, que muitas vezes o viu comprando remédios do próprio bolso para dar a alguém que estava precisando, sendo esta pessoa cliente ou não. “Estas ações são as que mais me trazem recordações”, diz o filho.
A filha Lígia Inês Teixeira considera que seu pai foi um ser humano único, no seu jeito de ver a vida e de enxergar o próximo, Trabalhando muito e ajudando tantas pessoas que não tinham condições financeiras através da medicina e do seu humor. “Exercia a profissão com amor, com brilho nos olhos. Nunca se importou com os bens materiais, sempre tinhamos o necessário. Gostava de uma mesa farta e rodeada da família, onde a sua melhor versão de contador de histórias se apresentava . Veridicas ou não ele prendia a atenção de todos e nos levava as lágrimas de tanto rir... como vai deixar saudades!!! Querido por todos que o conheceram nos ensinou junto com minha mãe a sermos pessoas de bem, humildes, honestos, trabalhadores, a termos orgulho das nossas conquistas e que um sorriso vale mais que qualquer quantia.”, orgulha-se Inês.
excelente e dedicado profissional.”, conta Lígia.
Para Lígia, o grande legado deixado pelo marido foi a carga de valores extremamente éticos, como humildade, caridade, honestidade e amor ao próximo. “Ele foi um homem honrado, com um coração imenso, um ser especial que fará muita falta, não somente para nós mas também para muitas pessoas que cruzaram seu caminho”, enfatiza a saudosa esposa.
Para Góia Naves, cliente e amiga de longa data, que teve seus filhos e netos sob os cuidados médicos de Edelweiss, a perda do médico foi como se fosse alguém da família.. “Na verdade, centenas de mães ficaram com o coração dilacerado por ter que dar adeus a uma das pessoas mais queridas de Uberlândia. Quantas noites me socorreu com filhos e netos. Sempre carinhoso e paciente. Filhos estudando na mesma escola, crescendo juntos. Olhava pra ele e sentia uma intimidade tão grande! Ele era minha família. Todas as mães que confiavam seus filhos a ele, sabem do que estou falando. Ele foi um anjo da guarda, anjo dos meus filhos, dos meus netos”, relata Góia.
O jornalista Celso Machado lamenta a partida dele por diferentes aspectos: “Era um amigo generoso, um parceiro solidário e participativo. Conversar com ele era um aprendizado e um estímulo para iniciativas válidas. Tenho muito orgulho de o ter como parceiro nos últimos anos em tantas homenagens prestadas pela Unimed à classe médica de nossa cidade. Sempre de forma totalmente desinteressada e autêntica. Registros valiosos que estão aí para a eternidade produzidos graças à sua sensibilidade e paixão. Edelweiss vai fazer falta e muita. Ele é daquelas pessoas que não têm como repor: é reverenciar e relembrar. E também inspirar em seu exemplo dar continuidade a suas meritórias iniciativas”.
Para a esposa Lígia, o marido tornou-se tão popular não só pelo profissionalismo, mas também por ser muito comunicativo e bondoso com os que dele precisavam, tratando a todos com o mesmo respeito e carinho. “Isso fazia com que a parte profissional fluisse , sua maneira de ser transformava clientes em amigos verdadeiros. Por isso a grande comoção que sua partida inesperada provocou. Ele adorava ser pediatra e era um POR O
Seu colega de profissão, Sávio de Moraes, presidente do Conselho de Administração da Unimed Uberlândia, não economiza elogios à pessoa e ao profissional médico que foi Edelweiss. ´´Embora o meu
convívio com ele tenha sido quase sempre profissionalmente, não é possível dissociar a pessoa do profissional. Foi uma pessoa extremamente marcante. A convivência pessoal com ele foi algo extremamente fácil, pela simplicidade, pelo grau de amizade que ele sempre demonstrava, um carinho imenso por todos que o rodeavam. Marcante também pelo jeito pessoal que tinha: o sorriso. Uma pessoa que, mesmo nos momentos mais difíceis, tinha um sorriso pra vida, um sorriso pra gente, um sorriso em todas as situações. Aqui na Unimed, convivemos com ele por sete anos. Era uma pessoa que se mostrava extremamente dedicada, companheiro, com um carinho imenso por todos os colaboradores. Era daquele tipo de pessoa que viajava e, no retorno, trazia um doce, um queijo, um mimo qualquer. Saia pra tomar um café e trazia um brownie para as cola doras. Uma simplicidade extremamente mineira. Ele tinha uma maneira de viver muito mineira, muito hospitaleiro, muito próximo de todo mundo. E como pediatra, o reconhecimento é na sociedade como um todo. Um médico de uma capacidade e de uma proximidade com seus clientes e familiares impressionantes. Mais do que lamentar a sua ausência, devemos agradecer o período que ele esteve conosco, que pode dividir conosco os seus dias e nos ensinar tanto, nos trazer tanto carinho, tanto cuidado, como ele sempre demonstrou. ´´ ressalta Sávio. Essa popularidade toda não foi por acaso. Edelweiss viveu em vida os valores nos quais acreditava, se pautando sempre pela solidariedade, um tipo de “missão” que a profissão requer. Transmitiu alegria e confiança. Por isso, conquistou amigos que lhe devolviam o afeto, pelo visto centenas, quiçá milhares.
31. SANKHYA - ANUNCIOALEXANDRINO GARCIA
ALGAR 90 ANOS
POR CARLOS GUIMARÃES COELHOEle veio menino de Portugal e foi aqui que teve contato pela primeira vez com energia elétrica. Quem diria que aquele imigrante lusitano,com apenas o primário, viria a ser o fundador de um dos mais proeminentes grupos empresariais do país.
Sua vocação era trabalho.
Quem conheceu Alexandrino Garcia sabe que ele era um operário. Um obreiro obstinado que não temia desafios e não só acreditava como fazia do trabalho sua inspiração e motivação. Mesmo depois de se tornar empresário respeitado, não se deixou levar pela vaidade, cuidou pessoalmente da solução de todos os problemas das empresas e de ver as suas metas alcançadas. Foi dessa forma, se misturando com os seus colaboradores e colocando as mãos à obra, que ergueu a Algar, conglomerado empresarial que hoje carrega as iniciais do seu nome e completa neste 2020 nove décadas de existência.
Para celebrar a data vários eventos estavam previstos ao longo do ano. Os planos foram interrompidos pela pandemia, mas a alegria e orgulho dessa celebração permaneceram, fazendo com que, da forma que fosse
possível, o momento não passasse despercebido e os relevantes 90 anos da empresa fossem comemorados, destacando a participação da família Garcia no desenvolvimento de Uberlândia e de nosso país.
No fim do ano passado, foi realizado um encontro familiar para lembrar os 100 anos da chegada dos Garcia, de origem portuguesa, à cidade. Eram os anos de devassidão da Europa com o estouro da primeira guerra mundial. Espanhóis, italianos e portugueses escolheram países de oportunidades e facilidade da língua para fugir da miséria e desemprego. Nesta rota migratória, o Brasil foi um dos destinos prediletos. Entre eles, estava José Alves Garcia, que veio para a região trabalhar na construção da estrada de ferro Mogiana. Juntou recursos para buscar a esposa Josefina e os primeiros quatro
filhos do casal, mas teve de investir tudo em um tratamento médico, após quebrar a perna em um acidente. Diante deste imprevisto financeiro, ao retornar para Portugal, José Alves Garcia já havia desistido de recomeçar no Brasil. Foi Josefina quem deu a palavra final, já com a bagagem pronta e nela contendo mudas de couve e de Carvalho. Determinada e corajosa, respondeu que os planos estavam mantidos e que viriam de qualquer maneira. E vieram. Prevenida trouxe na bagagem sementes de couve tronchuda que plantou assim que chegaram a Uberlândia. Duas semanas depois já estavam na sopa que servia aos filhos e esposo.
Outras sementes como a da determinação, do esforço, da luta, da coragem também vieram nessa bagagem tão valiosa.
ALEXANDRINO E SEUS IRMÃOSPouco tempo depois, José Alves, preocupado com a sobrevivência e o futuro dos filhos, montou a primeira empresa: uma máquina de beneficiar arroz, que passou a se chamar Alexandrino Garcia e Irmãos e, posteriormente, Irmãos Garcia. Essa última fase foi quando o negócio se expandiu, passando a ser posto de gasolina e agenciamento de veículos da marca Chevrolet. Até surgir, em 1954, a oportunidade que seria o divisor de águas na história da empresa e alçaria a família ao posto de um notável empreendedorismo em nível nacional. Por meio da atuação de Alexandrino Garcia com a Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) e diante da urgente demanda de atender os anseios de progresso de Uberlândia e região nascia a CTBC, Companhia de Telefones do Brasil Central, hoje Algar Telecom.
Foi um desafio assumir uma empreitada dessa natureza. Em meados do século passado, com uma tecnologia ainda muito incipiente, uma simples ligação telefônica era algo de difícil operação. Havia fila de espera e, em muitas ocasiões, necessário insistir por vários dias para que ela fosse completada. E eram, em princípio, ligações muito rudimentares. A empresa teve de descobrir caminhos, atalhos e fórmulas não só para facilitar essa comunicação, gerando comodidade aos consumidores, como também para acompanhar – e em vários
casos implantar – uma evolução tecnológica para o setor. Nesse campo visionário, a empresa seguiu o legado do seu fundador e sempre esteve um passo à frente, fosse em meados do século passado, descobrindo rotas facilitadas para a conversa telefônica, ou nas décadas mais recentes, contribuindo com as comunicações em território nacional, com iniciativas pioneiras, como a implantação da fibra óptica para as redes ou o lançamento do primeiro telefone pré-pago no Brasil.
Impressiona como a batuta é transferida nessa linha sucessória a cada geração, sem perder a importância, o peso da responsabilidade e o espírito de pioneirismo sempre marcantes em toda a história da empresa e no DNA do sobrenome Garcia. De José Alves, passando por Alexandrino, depois seu filho Luiz Alberto e atualmente os netos Luiz Alexandre e Eliane Garcia Melgaço. O interessante é destacar que, em se tratando de uma linha marcada pelos preceitos de empreendedorismo não contaminado por vaidades pessoais, em determinado momento a empresa abriu mão de seu caráter familiar, se modernizando ao formato de gestão profissionalizada, dando autonomia a gestores de reconhecida trajetória em nível mundial, como, entre outros, o
italiano Mário Grossi, que permaneceu alguns anos na liderança do Grupo.
Indo além de todas as histórias da Algar, cada uma delas relevante para a cidade, é preciso destacar também a responsabilidade social assumida pelo Grupo. Foi, por exemplo, a primeira empresa a chamar os seus funcionários de “associados”, honrando o slogan “Gente servindo Gente”. Criou também o Instituto Algar, com ampla e notória atuação em vertentes como educação, esporte, voluntariado e cultura, assumindo intensa parceria com as escolas públicas da cidade. E, para perpetuar cada momento desses 90 anos recheados de grandes histórias, colocou no ar o portal Memória Algar, interativo e com registros de acontecimentos e fatos marcantes da história. Lá também há a “cápsula do tempo”, onde a pessoa pode depositar arquivo em texto ou vídeo mandando uma mensagem para seu eu do futuro. Daqui a dez anos, no centenário do Grupo, receberá a mensagem de volta.
Embora Luiz Alberto Garcia, presidente de honra do Conselho de Administração do Grupo, se refira ao passado com saudosismo, sobretudo dos valores patrióticos que acha que deveriam ser melhor perpetuados, segue a linha visionária no futuro e entrega às novas gerações a
oportunidade de expandir ainda mais os negócios da Algar. Ela adentra o território brasileiro, conquistando agora, de alguns anos pra cá, as regiões Sul e Nordeste, mas também de olho no mercado internacional.
A Algar Tech está na Colômbia, no México e na Argentina. O Grupo já trabalha com cabo submarino, ligando o porto de Santos a Boca Raton, nos Estados Unidos.
Para Luiz Alberto Garcia, mais importante até mesmo do que essa expansão do Grupo e do que a lucratividade que possa surgir a partir dele, é a empresa ser eternizada com os princípios engendrados pelo seu pai. Ele menciona a ênfase paterna na necessidade de as pessoas associadas às empresas da holding se sentirem donas delas. Ao fim, na sua opinião, a permanência é da empresa. As pessoas são transitórias, incluindo os seus sócios-fundadores. E é exatamente por terem consciência disso que sempre pensam a empresa daqui a 100 anos. O primeiro século já está quase totalmente escrito pela família Garcia. O próximo tem milhares de
autores que compõem o grupo Algar. O sucessor de Luiz Alberto, seu filho Luiz Alexandre, credita o sucesso do Grupo, em primeira instância, à paixão. Para ele, ela começa quando o seu fundador, um imigrante português, veio para o Brasil e somente aqui veio conhecer a luz elétrica. Daí em diante, tudo foi iluminado e a força do empreendedorismo escreveu as linhas da história, escrevendo-a até os dias de hoje. Luiz Alexandre destaca a importância das pessoas que integram o Grupo. Segundo ele, o negócio só pode ser perpetuado quando existem pessoas que se dedicam em manter os valores e princípios do Grupo, que são seu alicerce desde a década de 1930. Para Luiz Alexandre, o futuro é o grande desafio, enxergando-o em um cenário de inovação, onde o cliente está no centro de tudo. “Essa é a grande mudança, compreender a mente do consumidor e transformar a tecnologia em um valor que seja tangível para ele. As inovações têm de ter o cliente no centro e conseguir captar os novos hábitos de consumo. Elas têm de ser sustentáveis e em integração com toda a sociedade.
Só assim a empresa será querida pelo cliente”, orienta Luiz Alexandre.
Para ele, as relações no futuro, de trabalho ou de consumo, não serão 100% digitais, mas o contato presencial virá com um sentido diferente. “Os próprios ambientes de trabalho encontrarão mais sentido na interação social do que no cumprimento da agenda”, opina Luiz Alexandre.
Luiz Alexandre Garcia não ignora o peso de estar como herdeiro e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo. “É grande a responsabilidade de assumir o legado da organização. Somos a terceira geração de uma família empresarial.
A única maneira possível de perpetuar isso é com o engajamento e a motivação de todos os nossos públicos. Temos a responsabilidade cultural de gerar o bem pelo bem, de sermos pessoas do bem compondo uma empresa do bem. Esse propósito é que vai nos levar para a empresa que queremos ver no futuro”, finaliza Luiz Alexandre Garcia.
ALMANAQUE ALGAR UBERLÂNDIA,A CABEÇA DE TOURO QUE NÃO SAI DA CABEÇA DOS CONSUMIDORES JAYME TANNUS
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
No século passado, empreendedorismo era muito mais do que ter boas ideias e jogá-las na internet. Era preciso ir além do potencial criativo e ter coragem, espírito de bravura e disposição física para romper fronteiras, territoriais inclusive. Assim foi com o empresário Jayme Tannus, na vizinha cidade de Monte Alegre de Minas, na década de 1950, quando adquiriu a manteiga Cabeça de Touro, criada nos arredores de Tupaciguara nos anos de 1920, e incrementou a sua produção e distribuição para todo o país. O produto, com os seus 92 anos de história, hoje é visto em gôndolas por todo o território nacional, agora administrado por um dos filhos de Jayme, Ricardo Agel Tannus.
No início Jayme Tannús e Nilton Vilela eram sócios e produziam duas marcas de manteiga: “A Noiva” e a “Cabeça de Touro”. Quando desfizeram a sociedade muitas pessoas diziam que Nilton ficaria com a “Noiva” e Jayme com os “ Chifres”. Por ironia do destino, foram os chifres da Cabeça de Touro que permaneceram para a posteridade.
Sem perder de vista o passado do qual tem orgulho, Ricardo elege o futuro para novos desdobramentos e perpetuação da marca oriunda da força aguerrida de seu pai.
Quando Jayme adquiriu a Cabeça de Touro, ele e o sócio, Nilton Vilela, produziam em Monte Alegre a manteiga Noiva. Ricardo lembra da história divertida que o pai contava sobre a ruptura dessa sociedade.
Quando ela foi desfeita, segundo os montealegrenses, Nilton ficou com a “noiva” e Jayme com os “chifres”. Por ironia do destino, foram os chifres da Cabeça de Touro que permaneceram para a posteridade. E adquiriram asas. Na época, como relatou Ricardo, o seu pai fez a manteiga chegar a vários pontos do país, incluindo cidades longínquas como Manaus. Mesmo sendo de difícil acesso naqueles tempos, os compradores se surpreendiam com a agilidade da entrega das mercadorias, uma semana após os pedidos. Elas iam nos chamados aviões cargueiros, muito utilizados pelos Correios na época. Em decorrência desse desbravamento de Jayme, até hoje a região Norte é um dos mercados mais expressivos da empresa.
Jayme Tannus, embora visionário e empreendedor, era um homem simples e de pouca escolaridade. Teve como meta de vida desenhar um futuro promissor para os filhos Jayme Tannus Júnior, Ricardo Agel Tannus e Sérgio Agel Tannus. E assim o fez. Garantiu que os três fossem estudar no Rio de Janeiro, a melhor opção em uma época quando não existia formação acadêmica de qualidade na região. Júnior, o mais velho, graduou-se em Engenharia Civil, Ricardo em Engenharia Mecânica e Sérgio, o mais novo, em Administração. Após as respectivas graduações, retornaram para ajudar o pai em seu empreendimento. E foram de grande ajuda. Preparados para o empreendimento paterno, buscaram aprimorar os conhecimentos em visitas técnicas às indústrias de países como Dinamarca, Suécia, Holanda, França e Inglaterra.
Foi um período de expansão da empresa. A fábrica de Tupa ciguara continuou existindo e uma nova foi erguida em Uberlândia, no distrito industrial. Para lelamente, a família adquiriu também a fábrica Vigor, na vizinha cidade de Araguari. E procurava sempre inovar no mercado, como com a pioneira ideia de oferecer as embalagens de leite em meio litro.
Eram os anos de 1980 e 1990. Em meio ao retorno dos filhos e mudanças ex pressivas na empresa, Jayme Tannus se despediu da vida, em 1990, em decorrên cia de um câncer pulmonar. A empresa já vinha enfrentando uma crise difícil, oriunda das modificações políticas e pe ríodos inflacionários do final dos anos de 1980. Mesmo já com grande patrimônio, mas sem capital, a empresa se viu em um momento complicado, exatamente quando buscava a expansão, pois havia muito leite em estoque e a intenção
de ampliar a linha de produtos para iogurtes, outros tipos de manteigas, leite Longa Vida e leite em pó. Os planos minguaram diante da crise. A solução foi buscar financiamentos dando o pa trimônio como garantia para pagar os fornecedores.
Os irmãos, com o falecimento do pai e as diferentes visões do negócio, resolveram romper a sociedade. Júnior e Sérgio ficaram com a marca Cabeça de Touro e Ricardo com a fábrica dos demais produtos. Em 2014, Ricardo adquiriu a marca de volta dos irmãos e inaugurou uma nova etapa no empreendimento.
O pioneirismo da empresa, ao longo de todos esses anos, tem conquistas em nível nacional. Ela foi responsável, por exemplo, pelo primeiro iogurte em saquinho do país, da marca Tourinho, o que barateava consideravelmente o preço final ao consumidor. Também bateu de frente com o monopólio da marca Yakult no Brasil, ao lançar um modelo similar do leite fermentado e deixar a concorrente em polvorosa, tanto que chegou, algumas vezes, a comprar todo o estoque do mercado com vistas a impedir que o produto caísse na preferência popular. E, para quem não sabe, marcas próprias de alguns hipermercados, como Pão de Açúcar (Qualitá), Carrefour, supermercado Dia e até mesmo a manteiga que se consome em toda a rede Outback são produzidas e embaladas aqui, pela empresa de Ricardo Agel Tannus.
Em Uberlândia, são 95 funcionários e, em Tupaciguara, o número oscila entre 25 e 30 colaboradores. Entre eles, há
EM 2021 GRANDES NOVIDADES COMO RELANÇAMENTO DE PRODUTOS E MODERNIZAÇÃO DE MAQUINÁRIOS
alguns muito antigos. Ricardo cita o francês Georges Gravade, que veio para a região trabalhar na empresa Polenghi. Saindo dela, passou a ser colaborador da Tourinho, contribuindo inclusive com a criação de produtos e fará parte da formação societária de um novo projeto empresarial do grupo.
Atualmente, as fábricas produzem manteiga em tablete, em pote, em lata e em blocos de 5 e 25 quilos, além de estar introduzindo no mercado o formato blister, utilizado no café-damanhã das redes hoteleiras.
Para Ricardo Tannus, o sucesso da marca vem de algo que o pai deixou como legado: a orientação de que a qualidade da matéria-prima deve ser sempre mantida. Segundo ele, o pai dizia que não se melhora uma matériaprima, ela tem é de ser muito bem selecionada. Tannus explicou que as marcas da empresa não competem entre si e a diferenciação entre elas se
dá mais pelos mercados aos quais se dirigem. No Norte do país, por exemplo, pela tradição e tempo de consumo, prevalece a Cabeça de Touro, embora a Tourinho também tenha boa aceitação. maquinários, tanto de produção como de análise de produtos, e pretende relançar alguns produtos que saíram de linha na fábrica. Para o empresário, pode se dizer que a empresa hoje vive um de seus melhores momentos. Um de seus filhos, Ricardo Pedreiro Tannus, veio somar forças na administração.
É uma história comum, como de tantas outras empresas familiares brasileiras, resultante de muita luta, com momentos oscilando entre o mais absoluto sucesso e o risco dos investimentos. Mas, inspirado pela força, determinação e vontade demonstradas pelo patriarca, Ricardo Agel Tannus sempre apostou no sucesso. E na manutenção da qualidade de seus produtos, um deles já prestes a atingir um século.
COM A MORTE DO PAI E AS DIFERENTES VISÕES DO NEGÓCIO A SOCIEDADE ENTRE OS IRMÃOS FOI ROMPIDANONNONONONONNO, nononononononononononononono
IVALDO Vicente Naves
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
Onome de Ivaldo Naves não é apenas uma referência de empreendedorismo e sucesso empresarial. Ele carrega consigo uma história singular, de uma infância marcada pelas conseqüências de um erro judiciário que marcou a sua família, mas fez isso o Norte para a superação e a busca por um futuro que o tirasse da situação de vulnerabilidade na qual foi colocado.
o seu potencial administrativo para abrir mercados e conquistar clientes, mesmo em se tratando de uma criança de cinco anos. Observava, por exemplo, as casas que tinham alpendres, com mais chances de maior número de sapatos para engraxar, o que era feito de maneira organizada, ali mesmo no alpendre da casa. Aos sábados, tinha uma clientela especial. Uma casa de meretrício no meio de seu habitual trajeto. A inocência infantil não o deixava compreender a razão de tantos e variados sapatos femininos, mas era o que lhe garantia a matinê de cinema do domingo, variando entre os dois cinemas da cidade, um mais caro e outro mais popular, respectivamente Rex e Lux, dependendo do seu faturamento. pesquisadores insistindo em reacender a memória do acontecido.
Ivaldo nasceu após o seu pai sair da prisão. Ele era um dos irmão Naves, presos injustamente em uma história de equívocos e abusos policiais, na vizinha cidade de Araguari, que rendeu filmes, dissertações acadêmicas e publicações de livros.
Quis o destino que Ivaldo não se curvasse ao infortúnio e lamentasse a sua sina. Tratou mesmo foi de alterar os rumos da história, ditando o seu próprio destino. Da infância pobre e cheia das adversidades comuns à família de um ex-presidiário, por mais que a injustiça tenha sido esclarecida, ele lembra de, já aos cinco anos de idade, correr atrás de seu futuro, fosse engraxando sapatos ou vendendo jabuticabas na cesta, enquanto a mãe lavava roupas para as famílias de Araguari. Desse período, Ivaldo relatou estratégias que já revelavam
Embora muito dedicado ao trabalho, a infância de Ivaldo também buscava refúgio e esperança no conhecimento. Percebendo a vocação do filho para os estudos, o pai conseguiu transferi-lo da escola pública Visconde de Ouro Preto e matriculá-lo em um semi-internato em uma escola católica, de grande rigor e disciplina, onde concluiu o ensino fundamental e médio da época, vindo depois para Uberlândia, estudar no conceituado Colégio Museu, fazendo ali o chamado nível Clássico. A boa formação não impediu Ivaldo de ter os pais como grande referência para o seu desenvolvimento humano e intelectual. Lembra deles orientando a família a esquecer o doloroso passado e seguir em frente, mesmo com imprensa, judiciário e pesquisadores insistindo em reacender a memória do acontecido.
Ivaldo admirava também a fé, a humildade e o espírito caridoso de seus pais. Lembra das idas às missas, enfatizando
“A VIDA EXIGIU MUITO DE MIM”
A JORNADA DE IVALDO É UMA HISTÓRIA FANTÁSTICA DE DETERMINAÇÃO E FÉ. DE QUEM NUNCA DESISTIU DE SEUS SONHOS, NEM ABRIU MÃO DE SEUS PRINCÍPIOS PARA SE TORNAR UM DOS EMPRESÁRIOS BRASILEIROS MAIS RESPEITADOS NO SETOR DE TRANSPORTE DE VALORES.
“SOU FILHO DE UM DOS IRMÃOS NAVES ACUSADOS INJUSTAMENTE. MEU PAI SÓ FOI INOCENTADO QUANDO A SUPOSTA VÍTIMA APARECEU”
que não eram semanais, mas sim diárias. Isso fez com que o adolescente tivesse experiências como coroinha e sacristão, inclusive quase se tornando um seminarista. Os preceitos da fé católica ainda o acompanham.
Mirando no exemplo dos pais, Ivaldo revela ter aprendido não a esperar, mas buscar. Para ele, o fato de o pai ter sempre procurado provar a sua inocência o ensinou a isso.
Quando, por exemplo, as famílias diziam não ter sapatos para ele engraxar, insistia para que eles procurassem, pois haveriam de encontrar algum. E essa insistência sempre dava certo. As pessoas retornavam dois, três pares de sapatos. ``Quer dizer a gente tinha que buscar, não esperar. Isso eu sempre aprendi com o meu pai, com a minha mãe. Minha mãe também foi uma guerreira, uma filósofa´´, conta Ivaldo.
Mesmo com sinais de empreendedorismo na infância e adolescência, a trajetória profissional de Ivaldo começou de fato a partir dos 17 anos, a partir da perda de seu maior exemplo, a figura paterna. Com o falecimento do pai, ele veio para Uberlândia. O irmão Ivo lhe arrumou um trabalho na seção de dívida ativa da Prefeitura. Depois foi convidado a trabalhar na secretaria do Cajubá Country Clube. Ali ele acabou despertando para sua primeira empreitada a entrega em domicílio de correspondências bancárias. Observava o fluxo de funcionários de diferentes bancos indo varias vezes ao clube, fez uma
pesquisa informal de mercado e sondou com os gerentes que conhecia a viabilidade de concentrar e aprimorar, com mais segurança, estes serviços em uma única fonte.. Percebeu ali uma oportunidade de negócio e montou sua primeira empresa, chamada IVENE, iniciais do seu nome.
E assim, aos 20 anos de idade, começava a história de sucesso de Ivaldo Naves. Foi um início árduo. Dos 14 bancos existentes em Uberlândia, 13 estavam com Ivaldo. Apenas o Banco do Brasil não aderiu inicialmente, por entraves burocráticos e necessidade de concorrência, algo difícil dado o ineditismo da iniciativa. A jornada de trabalho ia das seis até 22 ou 23 horas. Ivaldo foi prosperando e aproximando de seus sonhos, como a aquisição de um automóvel karmann Ghia e a abertura de filiais em cidades vizinhas. A prosperidade da empresa de Ivaldo em seus anos iniciais foi tamanha que começou a incomodar a concorrência. Após uns dois anos de atividade, recebeu uma carta da diretoria do Correio dando 60 dias de prazo para encerrar as atividades pois estava ferindo o monopólio postal. E de fato, era algo irreversível. No entanto, o que poderia ser a derrocada, acabou se tornando a oportunidade de expansão para Ivaldo Naves. Ao contornar esse empecilho em seu promissor negócio, surgiu a chance de atuar com de transporte de correspondência de compensação integrada. Contraiu um empréstimo, adquiriu três veículos e mudouse para Belo Horizonte. De lá, surgiu a possibilidade de um polo em Montes Claros, depois em Governador Valadares, em seguida para o estado do Rio, para São Paulo e a coisa foi crescendo e Ivaldo passou a viabilizar os pólos de compensação em cidades como Jataí, Uberaba, Patos, Paracatu, Campinas , Ribeirão Preto, entre outras. E novamente acirrou a concorrência.
Empresas de transporta de valores, parte delas internacional, começaram a se interessar pelo transporte de correspondência de compensação integrada a apresentar propostas para esse tipo de prestação de serviços. Foi quando Ivaldo decidiu também entrar no negócio de transporte de valores. Adquiriu uma pequena empresa do Banco do Progresso chamada Progresso Transporte de Valores que trabalhava somente para o próprio banco. Ivaldo, como era parte de sua natureza, transformou-a em uma empresa grande, a quarta do Brasil em transporte de valores, atrás apenas de multinacionais e sendo sempre assediado por elas para vender a empresa, o que só fez bem recentemente, para a norte americana Brink´s, decisão tomada pela periculosidade do negócio e por razões pessoais, mercadológicas e familiares, e permaneceu s com as empresas de outros setores de negócios como a parte de empreendimentos e agronegócios. No Agronegócio, Ivaldo Naves deposita a
sua fé. ``Acho que o futuro do Brasil está muito atrelado a esta área e vai ser o grande o irmão abastecedor do mundo, pelas condições da terra , localização, o povo, o clima, tudo é muito favorável e o mundo está cada vez mais devorando tudo. Não tem muita coisa para crescer fora. A China não tem jeito de crescer a sua produção, nem os Estados Unidos ou a Europa. A coisa está mais por aqui mesmo´´, afirmou o empresário.
Para Ivaldo, a Rodoban é como uma filha, que criou e agora vê emancipada. Se preocupou em deixar um ótimo trabalho, uma prestação de serviços que fosse impecável. E assim foi. Ele afirma nunca ter colocado o dinheiro em primeiro plano e considera que o sucesso financeiro veio não como meta, mas sim consequência o de seu compromisso com a qualidade.
´´Eu falava que o serviço não poderia ser só ótimo, tinha que ser impecável. Isso me dava satisfação pessoal. O crescimento patrimonial veio em consequência disso.
Nunca falei em trabalhar para ganhar dinheiro. Nunca usei essa palavra.
Eu prestava um bom serviço e, com certeza, vinha mais depois. O serviço foi aumentando porque tinha qualidade´´, explicou Naves.
O empresário se considera uma pessoa
simples, mas muito exigente, seja com a família ou com os empregados. ´´Sou muito exigente em praticamente tudo, mas com respeito e sem ferir a dignidade de ninguém. Sou exigente porque a vida exigiu muito de mim. A vida me virou do avesso, enquanto a vida não desanimou de me bater eu não r não comecei a levantar. Mas eu aguentei até foi assim uma persistência, eu apanhava e falava vou ter que apanhar mais, apanhava e continuava vou apanhar mais, vou apanhar até que as coisas começam a acontecer, comece a soprar uma coisa favorável. Você precisa ter fé, ter esperança, ter caridade, ter ideais. Eu falo muito para os jovens que a gente deve acreditar na força das nossas asas. Se você quer voar acredita nelas, senão voce não decola. Achar um espaço por menor que seja: eu não fui achar um espaço deste tamaninho?
Em 1970 ninguém pensava em terceirização e foi o que eu fiz. Eu tenho muito orgulho da minha família. Orgulho de minha empresa que criei redonda. Uma empresa que nunca teve um problema fiscal, nenhum problema de RH, que goza de um conceito excelente junto ao mercado bancário, que que está dentro dos mais avançados padrões de compliance.
FACHADA do Super Maxi“EU VIA QUE CHEGAVA UM CONTÍNUO DE BICICLETA E ENTREGAVA OS AVISOS DE UM BANCO. DEPOIS VINHA OUTRO E MAIS OUTRO. ERAM UNS 5 POR DIA FAZENDO O MESMO SERVIÇO DE BANCOS DIFERENTES”
“DIGO QUE TENHO DUAS FILHAS, A ISABELA FILHA CONSANGUÍNEA E A RODOBAN QUE É UMA FILHA QUE CRIEI”
Do passado na infância de privações em Araguari, Ivaldo não coleciona lamentos. Ao contrário, lembra com orgulho de seu esforço e de obedecer ao sábio conselho materno para seguir em frente. Seguiu em disparada, sem tempo de alimentar sonhos ou de estabelecer metas matematicamente elaboradas. Caminhou pela intuição em uma jornada vitoriosa.
Suas conquistas vieram como conseqüência.
“Sacrifiquei muitas coisas da minha vida em função do trabalho, mas tudo valeu a pena. E continua valendo. Tenho muito oxigênio ainda, muita coisa que pretendo fazer, muita vida pela frente. Vocês ainda vão ouvir falar bastante de mim”, finaliza Ivaldo Vicente Alves.
“SE VOCÊ QUER VOAR ACREDITA NA FORÇA DE SUAS ASAS, SENÃO VOCÊ NÃO DECOLA. ACHAR UM ESPAÇO POR MENOR QUE SEJA: EU NÃO FUI ACHAR UM ESPAÇO PEQUENINO E VENCI?”
JOSÉ HENRIQUE Guimarães
ARROZ NÃO É COMMODITY
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
Com essa definição, o empresário, industrial do ramo de cerealistas e transportes, José Henrique Guimarães demonstra o seu comprometimento com as origens, o consumo interno e a ética na condução de seus negócios, entre eles a bem sucedida marca Cocal Alimentos. Suas origens atestam um percurso de resiliência e determinação rumo à prosperidade.
José Henrique não foi uma criança rica, nem pobre. O pai era fazendeiro e ele e os sete irmãos aprenderam desde cedo, como tantas outras crianças brasileiras, o que era tirar o sustento do próprio solo e produzir o próprio alimento. Não tinha energia elétrica, o alimento se conservava e se cozinhava na banha, se produzia farinha, a mandioca era ralada para a produção de farinha de trigo e a carne de vaca da própria fazenda também mantida na banha em latas.
Aos oito anos, José Henrique, assim como os irmãos, já trabalhava bastante na fazenda do pai. Ele era o candeeiro à frente do carro de bois nas idas às fazendas distantes para buscar milho, em trajetos quase sempre repletos de aventuras na serra. E assim, quando não estavam na escola, os garotos da família lidavam com as demandas do campo, como banhar os porcos e colher mandioca.
A HISTÓRIA DE UM EMPRESÁRIO QUE TRANSFORMOU ADVERSIDADES EM OPORTUNIDADES SAI DO
Chegando à idade adulta, José Henrique teve de decidir entre continuar trabalhando na fazenda ou estudar. Serviu o exército quando alcançou a maioridade e, depois disso, chegara o momento dessa decisão. Até ali, o pai não permitia que os filhos trabalhassem, a não ser na fazenda. Optou por interromper os estudos. Ou seja, não ingressar em uma faculdade, e permanecer na fazenda. Nesse período, já namorava com a esposa, Maria Tereza. Com apego à terra, disposição para o trabalho e certa ambição pela prosperidade, tratou logo de ampliar a lavoura e começou a planta arroz. Esse desejo de plantar e prosperar veio muito pela intenção de contrair matrimônio e constituir família com Maria Tereza, e com ela se casou, aos 24 anos de idade. Os dois já haviam engatado um namoro sério. Moravam ambos nas imediações do UTC (Uberlândia Tênis Clube). Durante a semana, Henrique
FACHADA do Super Maxipermanecia na fazenda e aos sábados e domingos encontros românticos principalmente nos cinemas, sempre acompanhados por alguém, como era praxe naqueles tempos. E assim foi até o casamento se concretizar e Maria Tereza mudar-se para a fazenda, ajudando no trabalho do marido, principalmente cozinhando para os cerca de 60 trabalhadores do campo, tarefa com a qual inicialmente se embaraçou bastante.
As histórias de agricultores, não raras vezes permeadas pelo espírito de desbravamento, também é repleta de intempéries e de saídas pela tangente para driblá-las. José Henrique, em uma de suas colheitas, se deparou com a brusone, até aquele momento um fungo meio desconhecido para os produtores e com alto poder destrutivo nas plantações. Frente à realidade de conseguir recuperar apenas uns 20% de sua colheita, veio para Uberlândia com a esperança de amenizar o prejuízo, ´´limpando´´ um pouco mais do produto contaminado. A experiência foi bem sucedida. Ela a estendeu para outros produtores, até decidir abandonar a lavoura, mudar-se definitivamente para Uberlândia e beneficiar arroz. Com o aval e a sociedade do pai, prorrogou as dívidas no banco, contraiu mais empréstimos e deu início à sua história de sucesso como empresário do ramo de alimentos.
o governo Figueiredo lançou a campanha Plante Que o João Garante. Aproveitou a oportunidade, percorreu os bancos e armazéns e fez a sua marca deslanchar em um mercado promissor.
Mas, foi também quando a região Sul do país começou a se revelar com uma potente produtora de arroz. Começou a compra o arroz do Sul, mas em condições não muito favoráveis, que o deixavam bem desanimado. Atravessou alguns anos difíceis.
Tempos depois, José chamou um de seus colaboradores, que já comprava arroz para ele no estado de Mato Grosso e o convidou para visitarem as terras paraguaias e uruguaias e com eles estabelecerem parcerias comerciais.
Sua cerealista começou a atrair pessoas de toda a região e passou a ter grande fluxo de produtores e comerciantes, varejistas e atacadistas. José Henrique batizou o arroz com o nome da fazenda da família, Cocal, terra hoje pertencente à cunhada do empresário. E inovou na apresentação do produto, até então oferecido em sacos de papel. Trouxe a embalagem plástica, com uma ``janelinha´´, por onde o consumidor final poderia visualizar o produto. Nas cinco décadas de existência do arroz Cocal, como em qualquer outro negócio, houve tempos excelentes e tempos sombrios. José Henrique honrou as dívidas contraídas no período da lavoura e se jogou no novo empreendimento. Mas, lembra de ter atravessando momentos muito difíceis, quando tinha de fazer contas até na hora de colocar combustível. Segundo ele, a decolada de seu arroz Cocal se deu quando ERA DESCONHECIDA
Com essa perspectiva chegou a financiar alguns produtores de lá. E novamente a marca deslanchou no mercado em um cenário um pouco mais confortável que os anos anteriores.
Como o sucesso sempre é algo provocador, que estimula as pessoas a irem além, chegou um momento em que era preciso pensar na expansão dos negócios. O filho mais velho de José Henrique, Sérgio Guimarães, foi trabalhar com o pai. Obviamente, a energia juvenil contribuir para mais e melhores desdobramentos do negócio de beneficiamento de arroz e trouxe também a possibilidade de um novo negócio: a Cocal Transportes. Comprou alguns caminhões e deu início à empreitada, em um movimento crescente que acabou compondo uma frota de 400 caminhões, oito anos atrás, percorrendo rotas até mesmo de empresas multinacionais, por vários estados brasileiros. Houve uma tentativa também de abraçar o mercado atacadista, mas acabou não dando certo e a iniciativa foi transformada no negócio de cestas básicas, conduzido por seu outro filho, Eduardo Henrique.
José Henrique se orgulha muito dessa proximidade com os filhos. Se diz um homem muito ´´família``. Adora vê-los reunidos na fazenda ou na cidade e, principalmente, trabalhando juntos. Tentou, inclusive, trazer a filha, Fabiana, para junto dos negócios. Mas, ela preferiu seguir o seu próprio caminho, em uma outra vertente profissional que nada tem a ver com o ramo da família. Muito criativa desde criança, ela se enveredou pelos caminhos da moda. Tornou-se um grande nome do setor em nível nacional. É a estilista Fabiana Millazo.
Para os filhos que trabalham com ele – Eduardo Henrique, Sérgio e Ricardo – José Henrique sempre enfatiza a necessidade de conhecer bem o produto principal com o qual a família lida. ´´Arroz não é commodity. O arroz tem várias características, o arroz tem umidade, tem tempo de colheita, tem vários tipos de
semente, cada uma delas com umidade própria...Arroz você tem que conhecer demais. Acho que pouca gente que mexe com arroz, conhece o arroz ...são muitos detalhes´´, orienta o produtor.
José Henrique deposita muita esperança em perpetuar o negócio para a terceira geração por meio da neta Júlia, filha de Eduardo Henrique, que acaba de completar 18 anos e mora fora. ´´Quem vai aprender comigo é a Julia.Eu quero trazer a Julia para conhecer o arroz. Ela é muito ambiciosa e nela vejo o perfil de empresária, de empreendedora. Então, vai ter que conhecer o arroz. Quero ensinar.
Quando Julia chegar aqui, o primeiro lugar que vou levá-la é ao armazém, orgulha-se o avô, acrescentando qual o seu maior desejo para a família e para a empresa. ´´ Daqui a 50 anos eu quero um dos meus netos sendo homenageado porque a Cocal fez 100 anos.
Não sei quem vai estar lá na Presidência dela, mas vai ter um e isso é uma coisa que eu desejo para a Cocal, que ela tenha mais 50 anos com esse mesmo sucesso. Ou mais, finaliza o empresário.
É lógico que a Cocal é prioridade.
E o que vamos fazer na Cocal de imediato? Smpre relutei em construir qualquer coisa no Paraguai. Tenho empresa lá mas não tem sede, não tem escritório. Vou construir uma empresa lá para receber arroz, porque como aumentou muita a concorrência, senti que agora é necessário ter uma base para receber arroz do pequeno produtor dentro de Paraguai. Isso eu vou fazer agora. Era para ter feito este ano que passou mas a covid pegou a gente de calça curta e o Paraguai é muito mais fechado que aqui. Lá não entra nada nada. Então a Cocal vai construir uma base no Paraguai. E vamos construir aqui na saída de Uberaba perto do Posto do Décio, do lado esquerdo.Nós compramos uma área de dois alqueires de chão, é para daqui há uns anos a minha neta tirar a
Cocal daqui e levar para lá. Enquanto isso vamos colocar já uns silos para 10, 12 mil toneladas lá para armazenar arroz. E no Pará estamos com lavoura de soja. Este ano nós já plantamos em torno de 4.500 hectares de soja e nós temos um projeto que há 5 anos era de 10.000 hectares, mas nós estamos pensando em aumentar ele um pouco. Quando eu comprei não tinha nada. Construí silo, construí secador, estamos fazendo casa, fazenda de soja, então tem estes 3 projetos que nós vamos fazer. Aí a minha filha fala pai você é doido. Está com setenta e tantos anos para que trabalhar! Ela a maria Tereza também de vez em quando. Mas não sei ficar sem ter o que fazer.
Meu pai sempre foi um homem muito honesto, muito integro, eu acho que isso aí que ele me deixou, ser uma pessoa honesta ser uma pessoa íntegra e humana. Meu pai era muito humano então é isso que ele me deixou e é isso que eu tento deixar para os meus filhos, que eu acho que esta parte de integridade eu consegui passar para eles e ser humano ainda falta um pouquinho mais tem tempo ainda de ser mais humano. A Maria Tereza é mais humana do que eu.
PARA A MAIORIA DOS LAVOURISTAS. TIVE UMA PERDA ENORME. FIZ OS CÁLCULOS E VI QUE NÃO DAVA PARA PAGAR NEM 20 POR CENTO DO QUE DEVIA NO BANCO TINHA UMA JANELINHA. AQUILO FOI BOM PORQUE TODO MUNDO QUERIA VER O ARROZ DA JANELINHA”
QUANDO TEM UM PROBLEMA VOCÊ TEM QUE RESOLVER. E TEM QUE RESOLVER DO MELHOR MODO. AÍ SURGE UM CAMINHO, AQUI NA COCAL SEMPRE FOI ASSIM
LUIZ MAURO Coelho Nascimento
HISTÓRIA DE VIDA
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
Ahistória do profissional da medicina, de um modo geral, passa, necessariamente pela força de vontade, talento e obstinação para atualizar conhecimentos e descobrir mais e melhores caminhos na profissão; profissão esta que às vezes parece incompatível com a administração financeira da receita que ela possa gerar. Quando o esforço alavanca a força do associativismo e desencadeia a formação de cooperativas, a classe médica parece dar um respiro, se sente respaldada e adquire fôlego para prosseguir na jornada. Uma das conquistas nesse sentido foi o surgimento da Unicred-Aliança, que traz sustentação e segurança à vida financeira destes profissionais. No início dos anos de 1990, na região Sul do País, surgia um movimento com o intuito de organizar setorialmente a movimentação financeira dos profissionais da Medicina. Começou em torno das Unimeds e de alguns médicos, com o convite para que migrassem suas movimentações financeiras dos bancos tradicionais para essa nova forma de cooperativa da área médica. Com o intuito de conhecer melhor este formato, os médicos Luiz Mauro Coelho Nascimento e Carlos Salomão foram a uma convenção das Unimeds em São Paulo. E de lá trouxeram o embrião do que seria a Unicred Uberlândia, cujo nome foi alterado para Unicred Aliança e hoje engloba 19 cidades, com cerca de 130 colaboradores. Para Luiz Mauro Coelho Nascimento, um dos fundadores e atual presidente do conselho de administração da Unicred, o mais interessante da cooperativa é a abertura que se dá a todos os médicos e o interesse comum na prosperidade dos profissionais da área.
Segundo ele, apesar de feita por médicos, sem formação em administração, eles se mostraram capazes de consolidar e gerir estrategicamente a Cooperativa.
“Foi um grande desafio se estabelecer no mercado, concorrendo com outras empresas, com os bancos tradicionais e até mesmo com as outras cooperativas de crédito, ou seja, com todo o sistema financeiro, mantendo a credibilidade, um padrão de excelência no atendimento e de acessibilidade às pessoas da área”, relata Luiz Mauro.
O médico conta, por exemplo, que em todas as cidades da área de atuação, exceto Belo Horizonte, as Unimeds trabalham quase 100% com a Unicred, além de outras instituições como associações médicas e Uniodonto. A Unicred, na verdade, tem na Unimed a imagem de uma progenitora. E na entidade mãe, que completa cinco décadas em Uberlândia, Luiz Mauro está há 34 anos, desde os tempos em que saiu da residência em Medicina na faculdade. E se orgulha de presidir uma cooperativa abrigada pela Unimed. “Fico muito feliz de estar dentro de uma instituição que nasceu dentro da Unimed e hoje poder homenagear, uma entidade tão importante para todos os médicos em Uberlândia. Todos, todos sem exceção”, afirma Luiz Mauro.
Luiz Mauro se sente prestigiado com a adesão dos médicos à Unicred. Segundo ele, são muitos os cooperados, hoje em torno de 8.600, e são pessoas que se sentem contempladas pelas propostas da cooperativa, o que gera um alto índice de fidelização. “Os médicos nos prestigiam muito. Alguns são meio retraídos, mas acabam aderindo quando conhecem melhor
a cooperativa. E são muito fiéis, acreditam na entidade, gostam dela e se sentem valorizados de fazer parte disso. Não só em Uberlândia, mas em todos os lugares onde a Unicred Aliança atua. Isso é notório quando gente vai às cidades participar de assembleias, apresentar resultados, etc., dá pra sentir a satisfação de todos”, relata o médico.
Luiz Mauro divide hoje o seu tempo entre a administração da cooperativa e o seu consultório médico, este às vezes perdendo espaço para as responsabilidades que o primeiro acarreta. Mas, ao descrever essa escolha, Luiz Mauro não amarga nenhum arrependimento. Ao contrário, não esconde o entusiasmo no relato das experiências com os cooperados, desde o auxílio na realização de pequenos sonhos às situações emergenciais ou empreendedoras dos médicos clientes. Orgulha-se de ter ajudado a consolidar essa oportunidade para o setor, de uma entidade que esteja com eles e os auxiliem nos cuidados financeiros aos quais, não raras vezes, os médicos têm alguma dificuldade.
A trajetória dele até aqui, mesmo não existindo queixas, também não foi das mais fáceis. Talvez por isso e pelas afinidades da profissão, se dê tão bem com os cooperados. Luiz Mauro chegou à cidade, vindo de Ribeirão Preto, no fim da década de 1970, em 1977. Por lá, ele pertencia a uma família de 11 irmãos, dos quais era um dos mais novos e o primeiro a nascer em um hospital. Por ironia do destino, tornou-se o único médico entre os irmãos. Antes, viveu a infância e adolescência com muitas pessoas, entre amigos e familiares. Por aqui se sentiu meio deslocado. Morava na
casa dos tios, se mantinha com recurso do crédito educativo do FIES e o seu convívio pessoal restringia-se basicamente aos colegas da faculdade. Até casar-se com Adriana, cuja família era toda daqui.
A curiosidade que ele possuía desde a infância, que o fazia mergulhar em leituras de livros por horas a fio, o acompanhou durante o curso, curso este que escolheu aleatoriamente, sem planejamentos, como alguns têm, desde a adolescência.
Mas, pelo qual se apaixonou e nunca mais pensou em fazer outra coisa. Chegou a lecionar até no término do curso. Na faculdade detectou sua preferência pela área cirúrgica e fazia amizade com os médicos residentes, que acabavam permitindo-lhe acompanhar as cirurgias.
Saindo de lá, com um empreendedorismo nato, passou a compor o corpo clínico do extinto Hospital Santa Terezinha, depois de perceber que lá não existia um médico formal dentro de sua especialidade, a Urologia. Também é da época de recém-formado a sua proximidade com a Associação Médica e a Unimed.
Luiz Mauro também passou pelo serviço de saúde pública, na prefeitura e no estado, atuando em postos de saúde e na Unidade de Atendimento Integrado (UAI). Houve um período em que colegas destes locais o chamavam de Dr. 3 Empregos, por causa da jornada tripla que ele praticava. Tudo isso para atingir a meta de ser um bom médico. “Eu trabalhava muito e trabalhava muito tentando ser um bom médico.
Isso foi sempre uma preocupação minha, de estudar, fazer cursos e atender bem as pessoas , tendo um relacionamento bom com o paciente”, conta Luiz Mauro. No setor público, lá em 1986, chegou a realizar cirurgias gratuitamente que não constavam no rol dos atendimentos disponíveis, como fimose e vasectomia.
Com a ajuda das assistentes sociais, verificava a necessidade e ausência de recursos do paciente e dava um jeito de realiza-las.
Para Luiz Mauro, o exercício da medicina vai além das aptidões e do talento. Ele considera que é preciso enxergar o mundo com outros olhos. “É preciso exercitar a tolerância. A gente aprender a olhar e saber que nem sempre você está certo. Não é sempre que o seu pensamento é o melhor, que a sua conduta é a melhor. É preciso tolerância e humildade. Ceder muito, ceder. Então quando eu digo tolerar é aquela coisa de não impor aquilo que você acha que deve, que é o seu pensamento, o seu jeito de ser. Na realidade é você, é saber dar, saber receber.
Buscar a empatia com as pessoas, respeitar os outros, respeitar o sentimento e a ideia das pessoas”, conclui o médico.
E é com base nesse pensamento, sabendo que a razão e a sensibilidade movem as grandes ações médicas, que se entende a necessidade de os médicos terem em quem confiar, com segurança, as suas finanças, com a mente tranquila para o exercício humanizado da profissão.
55. ANUNCIO SINDICATO
Desde a pesquisa que pela primeira vez foi realizada por telefone, no “aquecimento” que era para ter sido em encontros presenciais que teve que ser alterada para “lives”; a premiação que foi nas próprias empresas vencedoras e por fim o evento de homenagem aos líderes que aconteceu de forma restrita.
Ainda assim conseguimos alcançar nossos objetivos de promover esta 23ª edição do “Top of Mind Uberlândia S.A.” em alto nível, para que a cada ano cresça em prestígio e reputação.
O TOP DA PANDEMIA
CONTEÚDOS DE VALOR
O formato desses encontros que havíamos programado antes da pandemia seria presencial, porém face à Covid-19, fomos obrigados a remodelar para não deixar de compartilhar a riqueza das vivências de pessoas marcantes, gente top!
Assim, realizamos 4 lives entre junho e outubro, as quais estão disponíveis gratuitamente no YouTube, Canal Uberlândia S.A. que, aliás, é outra novidade para compartilhar mais conteúdo de valor.
A primeira live, realizada em 12 de junho possibilitou uma reflexão sobre os impactos nos negócios, ideias e possibilidades na economia pós pandemia.
Ela foi conduzida pelo presidente da ACIUB, Paulo Romes e teve as participações do CEO do Grupo Martins, Flávio Martins, do Diretor Presidente da Algar Telecom, Jean Carlos Borges, do diretor de produtos da Luiza Labs, Ricardo Rocha.
Em 15 de setembro, o tema foi Marca
como estratégia para superar os impactos da pandemia, conduzida pelo sócio da Xtrategie, Frederico Melazzo que recebeu o diretor da Start Química, Marcos Pergher, Pascoal Fabra Neto da F&Q Brasil e Henrique Damião sócio da SIC Works.
“Feitas para durar: como empresas quase centenárias continuam fortes num mundo disruptivo” trouxe Luiz Alexandre Garcia, presidente do conselho de Administraçao da Algar e Ricarddo Angel Tannus, presidente da Tourinho Alimentos, ambas com mais de 90 anos de vida. Para conduzir esse encontro, tivemos a participação do co-autor do livro “A gestão do amanhã”, Sandro Magaldi.
Claro que não poderia faltar a presença da mulher para compartilhar riquezas de superação e inovação. Marly de Souza Araújo, fundadora da Marly Festas e Anna Paula Graboski, CEO da Landix, foram as participantes da live “Liderança feminina na aceleração dos negócios”, transmitido dia 4 de novembro. A condução foi de José Geraldo Gomes.
São essas lições genuínas, de gente como a gente, que temos orgulho de contar e recontar. Conteúdos de valor, produzidos para enriquecer ainda mais o seu aprendizado. Vivências para inspirar, ressignificar e praticar.
PREMIAÇÃO DAS MARCAS TOP
Como não seria possível reeditar o evento de premiação dada as restrições da pandemia, decidimos por fazer isso presencialmente na própria empresa.
Durante duas semanas fizemos isso em todas as empresas, documentando a entrega que era feita por um diretor da ACIUB.
Acabou que isso mostrou ser uma iniciativa interessante pois levou a entidade até as empresas e permitiu aos seus dirigentes que a premiação fosse testemunhada por aqueles que são os grandes responsáveis por ela, seus colaboradores.
O EVENTO
A necessidade de cumprir a determinação das autoridades quanto ao limite de pessoas em evento presencial nos levou a fazer a entrega da premiação deste ano do “Top of Mind Uberlândia S.A” nas próprias empresas vencedoras. Acabou sendo uma experiencia interessante e muito bem recebida. As homenagens as empresas “feitas para durar” que completaram 90 anos, aos “Líderes que nos Inspiram 2020” e pela primeira vez a um líder
ruralista foi realizada na sede da ACIUB para um número reduzidíssimo de pessoas, basicamente os homenageados e familiares.
Tanto essas homenagens com os depoimentos de suas vidas, quanto o registro da entrega da premiação nas empresas foram exibidas em vídeo pelo canal da ACIUB no You Tube.
Mesmo correndo tudo bem, com experiências bastante válidas que vão ajudar a modelar para 2021 uma edição ainda mais atrativa, tanto os promotores, organizadores, como patrocinadores agradecem a compreensão de todos e torcem para que ano que vem possa ser realizado um evento maior.
Celso e Galeria Ivaldo, Penka e folho Ivaldo, Penka e folho Ricardo e Tannus Ricardo e Tannus Massaro e José Henrique Massaro e José HenriquePAULO ROMES Junqueira
PRESIDENTE ACIUB
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
Arazão de ser de uma entidade representativa é estar ao lado dos associados em todos os momentos e demonstrar a força do associativismo. Assim tem sido com a ACIUB, ao longo de suas quase nove décadas de existência, e desta forma que também está enfrentando os desafios da pandemia e mostrando sua força e engajamento contínuos na luta pelo empresariado. A ACIUB Esteve ao lado dos interesses de todos os segmentos econômicos da cidade, promoveu eventos virtuais com foco no desenvolvimento empresarial e realizou em novo formato a premiação Top of Mind Uberlândia S.A destacando as marcas mais presentes na memória dos consumidores, além das homenagens aos líderes que nos inspiram e às empresas quase centenárias de Uberlândia.
O presidente Paulo Romes Junqueira, que acaba de ser reeleito para seu segundo mandato comenta sobre este ano turbulento.
CGC: Paulo, qual a relevância de homenagear empresários em um período de tantos desafios no contexto da pandemia?
Paulo Romes: As dificuldades dessa pandemia foram muitas: temos associados que ficaram sem faturar por até mais de quatro meses, e quando puderam voltar a trabalhar, o problema foi o abastecimento. Olhando para o empresário, a gente percebe que há sempre desafios a enfrentar, mas sobreviver nessa pandemia foi uma luta árdua. Portanto é importante para a ACIUB, enquanto entidade de classe, fazer o reconhecimento àqueles que, conseguem sobressair num momento tão difícil
por meio de uma iniciativa tão séria quanto é o Top of Mind Uberlândia S.A.
CGC: Mesmo com restrições e limitações, esta edição do Top of Mind Uberlândia S.A. superou as expectativas. Qual a ressonância dessa premiação para a ACIUB?
Paulo Romes: Primeiro houve, tanto por parte dos homenageados como dos associados, um reconhecimento autêntico, com critérios legítimos e verdadeiros. Nós paramos um determinado momento para prestar atenção àqueles que estão indo bem. Neste ano também inovamos na entrega aos vencedores, pois fomos até a empresa homenageada. Foi um momento diferente, mas muito bacana, muito positivo.
CGC: Essa atitude de diretores da Aciub, entregarem presencialmente as premiações, dentro das empresas homenageadas, foi positiva para a entidade?
Paulo Romes: A Aciub sair de suas instalações e ir até o associado, em função do momento, nos levou a uma ação muito positiva, que foi poder homenagear e estar presente na empresa do associado, juntamente com os seus funcionários, que são as pessoas que fazem acontecer. Assim todos se sentiram homenageados e foi muito bacana! Eu penso que a gente vai continuar fazendo isso. Certamente, nesses próximos anos, faremos reuniões presenciais para homenagear um representante da empresa, mas continuar indo até as empresas para fazer a entrega, eu acho fundamental.
CGC: E essa outra novidade deste ano que foi a homenagem aos Líderes que nos inspiram e as empresas que completaram 90 anos ser na própria ACIUB?
ALMANAQUEPaulo Romes: O evento acontecer pela primeira vez dentro da entidade, é algo muito especial para todos nós. Foi uma honra levar tanto a homenagem para dentro das empresas, quanto o nosso associado, que foi o homenageado em algumas categorias especiais, vir receber o prêmio dentro da nossa casa. Isso foi espetacular e lá, no momento da homenagem, teve ainda toma uma emoção. As pessoas estavam com saudades de se reunirem, e seguimos todos os critérios de segurança. Foi como se estivéssemos assistindo a um filme de vida real e o ator principal estivesse na sala de cinema com a gente. Foi esse o sentimento, de muita emoção. Conseguimos ver que retratar a vida de uma pessoa, em um momento muito especial, é como dar uma parada pra dizer: ‘olha, estou te agradecendo por tudo o que você fez e estou te homenageando pelos seus resultados’. Pena que esse evento, pela recomendação do grupo de enfrentamento ao Covid-19 teve que ficar restrito apenas para os homenageados e poucos familiares.
CGC: E as lives que antecederam o evento, com debates importantes sobre o mercado e sobre o enfrentamento à pandemia, como você as avalia?
Paulo Romes: Vamos dividir, com foco na pandemia. Fomos para a empresa por causa da pandemia, recebemos com restrições por causa da pandemia e fizermos as lives por causa da pandemia. Na verdade,
essa pandemia nos abriu os olhos e nos fez enxergar muitas oportunidades. E algumas coisas não vão deixar de acontecer. Essa interlocução pelo meio virtual veio para ficar. E a live também. Na verdade, o que aconteceu foi que levamos informações muito ricas, com especialistas nos assuntos, com pessoas que dificilmente conseguiríamos trazer aqui, usando a tecnologia, usando a possibilidade das lives com a tecnologia disponível, mas o mais importante foi levar o conteúdo e o conteúdo não se restringiu à pandemia. Falamos de assuntos diversos, remando com esse remo que é a ajuda da tecnologia, essa força nova, esse jeito novo de fazer. Pra mim, é isso que fica. Abriu muitos horizontes.
CGC: O que esperar dessa nova gestão da Aciub? Qual a expectativa para esse próximo biênio?
Paulo Romes: Esse novo momento nos faz tomar decisões de mais curto prazo. A ACIUB sempre foi uma entidade que trabalhou de forma estruturada, de forma organizada, com afã de curto, médio e longo prazos muito bem definido. Meu primeiro biênio deparou com esse problema que nasceu com o vírus, na verdade, assustou a população, as autoridades, e fez com que se fechasse o comércio, as indústrias, aeroporto, e que as pessoas parassem de consumir e de levar a vida da mesma forma que antes. Isso fez com que faltassem produtos. Se a indústria fechou lá no seu ponto de origem, faltou o seu produto. Comprometeu o abastecimento.
Essa pandemia também trouxe um rico aprendizado. Para a ACIUB, nos próximos dois anos, teremos muitos desafios, e nosso foco será confiarmos e ajudarmos principalmente as pequenas e micro empresas a retomarem, de forma segura, as suas atividades. Muitos vão precisar de ajuda, especialmente alguns segmentos que foram muito afetados, e não foi por escolha do empresário. Por mais capaz que ele seja capaz, terá dificuldades e temos que apoiá-lo. Claro que também tem alguns segmentos que foram beneficiados, como os que trabalham com material
de higiene e limpeza, pois as pessoas começaram a gastar mais com isso. Porém, houve um outro desafio, que era o de abastecimento. Tem outras empresas, como as de “showbusiness”, que tiveram extrema dificuldade. Houve gente que fez investimento alto para fazer uma casa de shows, por exemplo, mas na hora que ia começar a faturar, veio um ano que não pode sequer abrir as portas. A o pior é que a dificuldade dele não está em suas mãos para resolver. Então, nós da ACIUB, fazendo o papel dela de representar essas categorias, junto ao governo, junto aos bancos, faremos isso com muita firmeza e buscaremos formas de apoiálos para seguir em frente, defendendo especialmente aqueles que mais precisam de apoio nesse momento.
CGC: A ligação como Top of Mind Uberlândia S.A. vai continuar?
Paulo Romes: Certamente estaremos dentro das próximas edições. É um prêmio que está alinhado ao escopo da associação. Essa parceria entre a entidade e a Nós Projetos será cada vez mais fortalecida. A ACIUB terá esse prêmio de reconhecimento para o seu associado – ou não, pois não sabemos se serão contemplados só associados -, para fazer algumas homenagens. Especialmente aos líderes inspiradores. Para isso, foi definida uma métrica, as empresas devem ter no mínimo 50 anos de atuação. Ou seja, nós temos um universo de empresários que se enquadram aí, são pessoas que têm experiência, as suas histórias e os seus resultados. Não há o que se questionar, são pessoas que foram experimentadas e com resultados altamente eficazes. Nada mais justo do que continuarmos homenageando pessoas assim.
UMA CIDADE QUE RECONHECE
Ainda que de certa forma propagada, chegou com rapidez e intensidade impressionantes.
O clima de pânico que tomou conta logo no início provocou reações diversas. Muitos ficaram paralisados e outros se movimentaram rapidamente.
Vários setores sofreram mais do que outros e por consequência os desdobramentos junto a população foram enormes. Aqui em nossa cidade, empresas, entidades, poder
público e a comunidade criaram o movimento Juntos por Uberlândia que teve início em março de 2020 para ajudar no enfrentamento do Covid 19.
Em razão da seriedade e relevância dessa iniciativa, a premiação “Top of Mind Uberlândia” a homenageou com o troféu “Honra ao Mérito”.
Legenda – Ricardo Rocha, presidente do Instituto Projeto de Vida, membro do Conselho do Movimento Juntos por Uberlândia, recebeu a premiação das mãos do ex-presidente da ACIUB, Luiz Alexandre Garcia.
TRIBUTO A QUEM FEZ TANTO POR TANTOS
Exemplos inspiradores ecoam para sempre, mesmo com a ausência daquele que, generosamente, compartilhou conosco suas lições, o belo e valioso legado de referencia que nos deixou.
José Oscar Bredariol, que era tesoureiro da ACIUB, estava sempre com a gente nas edições do Top of Mind Uberlândia S.A., nos apoiando, incentivando e contribuindo. E sua contribuição não era só nessa entidade, mas também no Praia Clube onde era o diretor social, no CDL, na Unedi e em várias outras instituições representativas da cidade.
A ele nosso preito de reconhecimento e reverencia.
Ricardo Rocha, presidente do Instituto Projeto de Vida, membro do Conselho do Movimento Juntos por Uberlândia, recebeu a premiação das mãos do ex-presidente da ACIUB, Luiz Alexandre Garcia. O filho Breda Jr, junto com a mãe Rosali e a irmã.... recebe das mãos do presidente da ACIUB, a homenagem da entidade José Oscar BradariolOTop of Mind 2020 teve sua 23ª edição aberta pelo governador do estado de Minas Gerais, Romeu Zema, que por vídeo falou os empresários sobre o empreendedorismo nato dos uberlandenses e a situação em que se encontra o estado, não somente em suas grandes conquistas, mas também em suas mazelas e as perspectivas otimistas para contorná-las.
GOVERNADOR ABRIU O TOP OF MIND UBERLÂNDIA S.A.
Zema citou Uberlândia como uma grande referência mineira para todo o país, uma cidade citada em nível nacional como sendo altamente empreendedora, ressaltando, desse modo, a importância da Aciub e da premiação Top of Mind. O governador lamentou que o cenário de pandemia do coronavírus Covid-19 tenha impactado a economia, mas enfatizou o fato de, mesmo neste contexto, muitas empresas conseguirem avançar.
“Todos os ramos foram afetados, de maneiras distintas, alguns mais que os outros”, disse o governador, se comprometendo a colaborar no que for possível. Em seu pronunciamento, ele mencionou, por exemplo, algumas ações a favor dos empreendedores em nível estadual, como extinguir exigência de alvarás para mais de 600 atividades, eliminar centenas de portarias e decretos que só serviam de obstáculos para quem empreende, ambientar de forma mais célere os procedimentos das secretarias de Fazenda, Agricultura e Meio Ambientes, com processos digitalizados para evitar deslocamentos para repartições públicas.
O governador disse que Minas Gerais bateu recorde em atração de investimentos para o estado. Segundo ele, em 2019 os
protocolos de intenção assinados foram na ordem de R$55 bilhões. Neste ano, está caminhando bem, até outubro eram R$22 bilhões. Ele disse também que muitos desses investimentos estão localizados no Triângulo Mineiro. E se orgulha em dizer que o estado tem consideração com quem trabalha bem e gera empregos.
Para Zema, o sucesso desse empreendedorismo todo e as ações do seu governo revelam que nem tudo depende de recurso financeiro, mas de gente capacitada, disposta e comprometida na execução das atividades. “E isso, felizmente, nós temos”, orgulhou-se o político. Romeu Zema disse também que o Brasil não terá solução se não houver reformas, principalmente a tributária. Para ele, tão importante quanto ela é também a reforma administrativa. E, depois de ambas, uma ampla reforma política, para ampliar a perspectiva da representatividade política.
“O mundo mudou completamente nos últimos 30 anos, mas as nossas leis, a maioria delas, foram feitas há muitas décadas e não preenchem mais as exigências para o mundo moderno. Sem reformas, o Brasil não vai avançar”, concluiu o governador.
Em 23 edições é a primeira vez que um Governador de Minas Gerais participa do Top of Mind Uberlândia S.A. Atestado da seriedade e da reputação desta iniciativa POR CARLOS GUIMARÃES COELHOPESQUISA
Pelo 4º ano consecutivo a Xtrategie realizou a pesquisa Top of Mind, a mais tradicional e aguardada pesquisa de marca da nossa região.
Neste ano com um desafio diferente. A pandemia do novo corona vírus exigiu a alteração no meio de captura de informações. Saímos das ruas e fomos para o telefone.
Realizamos entre setembro e outubro 402 entrevistas com moradores de Uberlândia, com a famosa pergunta: Qual a primeira marca que vem a sua cabeça
quando falo em .... Para todas as marcas citadas também é questionado a principal característica dessa marca. Esse volume de respostas nos garante uma margem de erro de 4,9% em um intervalo de confiança de 95%.
Os resultados podem ser conferidos em nossa plataforma BI, permitindo a avaliação da força da marca nas diversas regiões da cidade, por classe social e também por faixa de instrução, sexo e faixa etária se tornando assim um poderoso instrumento de avaliação de presença e planejamento de ações de marketing.
PESQUISA CONSUMO
ANÁLISE XTRATEGIE:
Apesquisa Top of Mind é um momento esperado pelo mercado para avaliar parte do resultado das ações ao longo do ano. Cercado de comemorações, a premiação das marcas TOP é seguida de homenagens aos empreendedores que fazem a história da cidade. Em 2020 esse momento está cercado de dúvidas e preocupações diferentes. Um momento único para a sociedade exigiu mudança de alguns hábitos, adoção de outros e alteração radical de prioridades de consumo.
Esse momento se reflete em diversos aspectos da pesquisa que se repete há mais de 15 anos. Quem hoje não tem um alcool gel próximo ou quando chega em algum estabelecimento logo não avalia se tem um disponível? São sinais dos tempos que impõe às marcas o desafio de se reinventarem. A Start surfou essa onda com amplo mix de produtos, presença constante nas novas formas de entretenimento e se desdobrando para atender a imensa demanda por seus produtos. Resultado, cresceu 24 pontos percentuais, Top of Mind em Produtos de Limpeza a frente de ícones nacionais como Omo e Ypê.
E tentando compreender todas as variações e oportunidades, avaliamos pela primeira vez a categoria Delivery de comida. Foi a categoria com maior número de citações diferentes, 91. Ainda assim chama a atenção o volume, em torno de 40%, de pessoas que
não se lembraram de um marca específica, indicando espaço para construção de novas marcas e consolidação das atuais. Ao contrário da categoria Drogarias e Farmácias onde apenas 0,6% do público feminino não se lembrou de uma marca.
O desafiador 2020 ainda não terminou e as marcas tem muito o que fazer para reforçar sua presença na mente do consumidor, se preparando para 2021 que não apresenta sinais que será mais tranquilo.
Quando o consumidor diz qual é primeira marca que lhe vem a mente em uma categoria ele está oferecendo uma indicação valiosa de hábito e propensão de escolha.
Antes de ser um prêmio, ser Top of Mind é um indicador. Assim como outros, participação de mercado e volume de vendas por exemplo, precisa ser acompanhado e avaliado pelos profissionais de marketing. Ser a marca
Top of Mind é a indicação de superação do primeiro desafio para qualquer marca que é se tornar lembrada, para em seguida ser consumida.
Por isso quanto mais informação o empresário tem à sua disposição para compreender sua posição e momento na relação com o consumidor melhor. Ele pode estar bem em uma região da cidade e não em outra e assim talvez seja preciso balancear a comunicação. Ser muito lembrado por adultos e pouco por jovens, podendo indicar uma necessidade de rejuvenescer a marca. É uma batalha que nunca tem fim.
Para compreender melhor as tendências e variáveis do seu mercado, mapear e melhorar a jornada do cliente, analisar a satisfação de seus clientes e os atributos associados que geram vendas para o seu negócio, conte com a Xtrategie! por Bárbara Campos – Analista da Xtrategie responsável pelo projeto Top of Mind.
RESULTADO GERAL VENCEDORES
Ser muito lembrado por adultos e pouco por jovens, podendo indicar uma necessidade de rejuvenescer a marca
AS MARCAS QUE SUPERARAM A PANDEMIA
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO ALMANAQUE |Se há uma palavra que defina o ano de 2020, ela seria susto. Empresários e profissionais de todos os setores foram tomados por ele. E tiveram a oportunidade e o desafio de sobressaltar a adversidade que acometeu a todos e colocou em risco os negócios de cada um.
O Top of Mind Uberlândia S.A. acabou identificando ações de coragem e empreendedorismo que resultaram em vitórias, em superação dessa inesperada adversidade.
Conquistar a mente dos consumidores não é nada fácil. Nunca foi. Uma série de questões precisam ser tratadas com muita atenção para que isso aconteça.
Numa época de pandemia como a que estamos vivendo, sem precedentes na história, então nem se fala. Estratégias, processos, comportamentos e atitudes tiveram que ser revistas para que a marca continue viva e valorizada por um público que a cada dia se torna mais cobiçado e inquieto: o consumidor.
Esta 23ª. Edição do Top of Mind Uberlândia é um atestado disso. Produzir esta pesquisa e premiação em 2020 foi extraordinariamente desafiador.
O tradicionalismo do resultado no ranking que vinha acontecendo nos últimos anos, neste trouxe mudanças significativas em categorias como bebidas, internet/telefonia e supermercado.
START, A MARCA TOP DAS TOPS
Amarca Start, além de ser a vencedora na categoria Produtos de Limpeza também foi a grande vencedora do ano, como a marca Top das Tops, ou seja aquela que teve o maior índice de citação dentre todas das 25 categorias pesquisadas.
A marca Start foi também a mais citada pelos homens e pelos jovens. Esse reconhecimento é mérito das ações mercadológicas da empresa que sempre esteve a frente de várias iniciativas no intuito de marcar participação contributiva em todas as camadas da população.
A MARCA QUE REPRESENTA UBERLÂNDIA
Apesquisa realizada anualmente pela XTrategie, junto a um público de 400 pessoas de todos os bairros, das mais diferentes faixas etárias, classes econômicas, níveis de escolaridade, além das marcas Top of Mind de cada uma das 25 categorias selecionadas, aponta a que o publico elege como a que representa a cidade de Uberlândia.
Pela quarta vez consecutiva, a Algar foi a grande vencedora.
Os irmãos Fábio e Marcos Pergher ao lado dos ex-presidentes da ACIUB, Luiz Alexandre, Rosalina, Rogério Nery e do atual presidente Paulo RomesAntônio Carneiro sucesso internacional Três gerações da famiia Garcia subiram ao palco para receber o troféu deste ano entregues pelo presidente Paulo Romes, o neto Caio Augusto, o filho Luiz Alexandre e Luiz Alberto GarciaApandemia não poupou segmentos, em todos provocou extraordinários desafios que precisaram ser enfrentados com muita determinação. A expressão “o novo normal” traduz isso muito bem. De repente a demanda por novos serviços específicos aumentou excepcionalmente e por outro lado o atendimento regular foi prejudicado pelo receio da contaminação.
Lidar com pacientes exigiu muito mais disciplina e cuidados por parte dos profissionais da área. Por isso conquistar o top of mind Uberlândia S.A. neste ano nas categorias Plano de Saúde, Hospital, Medicina Diagnóstica/Laboratório, Hospital de olhos/Clínica oftalmológica e Drogaria/ Farmácia é um verdadeiro atestado de competência e dedicação.
AS TOPS NA SAÚDE
POR CARLOS GUIMARÃES COELHOCOMPLEXO HOSPITALAR SANTA GENOVEVA
O Santa Genoveva Complexo Hospitalar mudou o fluxo de atendimento e isolamento de setores e colaboradores, além de ter sido redobrado os cuidados essenciais e paliativos na lida com os pacientes acometidos pelo coronavírus Covid-19. Chamou atenção um caso específico ocorrido em junho, quando uma senhora de 98 anos, com a dedicação e o empenho do corpo clínico do complexo hospitalar, curou-se da doença.
Presidente do Santa Genoveva, dr. José Afonso.....UNIMED UBERLÂNDIA
AUnimed-Uberlândia passou por grandes transformações este ano, principalmente no seu modelo de gestão, que adotou padrões rigorosos de “compliance”. Novo CEO e novo diretor comercial com comprovada competência na atividade foram contratados. Lançou planos de saúde capazes de aumentar a base de clientes atendidos e implantou inúmeras medidas para dar conta de atender e muito bem, a excepcional demanda que a pandemia do coronavirus 19 provocou.
O novo CEO da Unimed Uberlândia, Rodrigo Basilio com o troféu “Top of Mind Uberlândia S.A” O ex-presidente da ACIUB, Rogério Nery esteve presente na Unimed entregando o troféu e diploma de Top of Mind Uberlândia S.A. a diretoria da instituição.HOSPITAL SANTA CLARA
OHospital Santa Clara adotou uma série de providencias para superar os desafios da pandemia do coronavirus 19, adotando práticas eficazes para cuidar da saúde dos pacientes e também dos seus colaboradores. A iniciativa de levar informações para toda população por meio do blog “saúde em destaque”, tem contribuído para orientar e esclarecer de forma bastante acessível assuntos ligados sobre cuidados médicos, muitos pouco conhecidos, mas nem por isso menos relevantes.
ISO OLHOS
OISO Olhos, em virtude da pandemia do Corona vírus adotou restrições durante procedimentos para colaborar com as autoridades de saúde e proteger seus pacientes, durante consultas, exames e cirurgias. Orientou e estimulou cuidados sempre com o objetivo de preservar a saúde de todos.
O dr. Luiz Alessandro de Moraes, diretor Administrativo, ao lado da diretora Técnica Tania de Fátima Alves e da diretora Clínica Daniela Falqueto Alvim com o troféu e diploma do Top of Mind Uberlândia S.A. 2020 Dr. Mário Carvalho com o troféu da categoria Hospital de Olhos/Clínica Oftalmológica conquistado novamente pelo ISO Olhos nesta 23ª edição do Top of Mind Uberlândia S.A.SABIN MEDICINA DIAGNÓSTICA
Mesmo durante esta epidemia sem precedentes o Sabin, conseguiu cumprir seu compromisso de oferecer sempre serviços de excelência à população uberlandense. Ampliou seus processos de coleta domiciliar, passou a oferecer o drive-thru para exames de Covid 19 no conforto e segurança do carro de seus pacientes e implantou unidade exclusiva para exames de Covid 19.
Todo esse esforço, empenho e iniciativa foi muito bem avaliado pela população uberlandense que em 2020 o reconheceu novamente como marca Top of Mind Uberlândia S.A. na categoria Medicina Diagnóstica/Laboratório.
DROGARIA LÍDER
Acada ano tem sido mais desafiador para a rede Droga Lider ocupar a preferência na cabeça dos consumidores uberlandenses. Seus concorrentes são grandes redes nacionais que vem ampliando suas bases na cidade e várias iniciativas para conquistar mercado. Nesta pandemia a Droga Líder se destacou pela eficácia na entrega domiciliar, esmerando na rapidez e presteza com que tem atuado. Outra iniciativa, foi aumentar o número de suas filiais que já superam a casa dos 50, considerando Uberlândia e região.
MARCAS TOPS NA SAÚDE O gestor do Sabin, Washington Esteves com o troféu Top of Mind Uberlândia S.A. 2020, ao lado Os irmãos Daniel e Davi Rotelli recebendo das mãos da diretora da ACIUB, Raquel Ribeiro Paes Leme, a premiação Top of Mind Uberlândia S.A. 2020. 79. DROGA LÍDER - ANUNCIOOsetor de serviços, pela especificidade de suas diferentes ramificações, enfrentou desafios distintos diante da pandemia do Covid 19. Muitos segmentos tiveram suas atividades paralisadas sem perspectivas claras de como e quando poderiam ser retomadas. Receitas previstas simplesmente desapareceram, mas os custos não. Foram necessárias ações imediatas, transformadoras, com fortes impactos em processos, projetos e atividades. As consequências, muito provavelmente vão fazer com que modelos tradicionais de atuação sejam revistos e bastante modificados. A realidade do que se convencionou chamar de “novo normal” com seus impactos e desdobramentos tem sido e pelo jeito vai continuar sendo, bem ampla no seguimento de serviços.
AS TOPS EM SERVIÇOS
POR CARLOS GUIMARÃES COELHOPRAIA CLUBE
O Praia Clube com sua intensa frequência diária, que chega a milhares de pessoas no final de semana; suas escolinhas de esporte, seus concorridos eventos sociais, sua academia sempre lotada, seus bares e restaurantes sempre movimentados, suas quadras de esporte e campos disputadíssimos, sua sauna frequentada por dezenas, centenas de associados e outras atividades mais, de repente foram interrompidas. Paralisadas.
Administrar o imprevisível, conciliar interesses, reivindicações, preservar a saúde dos colaboradores, zelar pela manutenção indispensável para a preservação do patrimônio e outras questões foram desafios excepcionais que exigiriam muita dedicação, harmonia, paciência e equilíbrio da diretoria para contornar tudo isso.
O Clube seguiu rigorosamente as recomendações do comitê municipal de enfrentamento ao Covid 19 e buscou de diferentes formas manter o associado informado.
Um baita desafio para quem impacta diariamente na vida de tantas pessoas. Mas o Praia só é o clube extraordinário que é, por causa disso, pela seriedade e credibilidade como relaciona com seus diferentes públicos. É o cartão de visitas da cidade e o “Top of Mind Uberlândia S.A.” na categoria “Clube Recreativo” também em 2020.
Presidente do Santa Genoveva, José Afonso..... 81. CCAA - ANUNCIOMARCAS TOPS EM SERVIÇOS
COLÉGIO NACIONAL
Apandemia serviu para intensificar a exposição da marca como uma escola preparada para enfrentar as adversidades, incluindo essa grave crise sanitária que acometeu o Brasil e o mundo. Dois dias após a interrupção das aulas presenciais, o Nacional continuou, à distância, completamente on line, prosseguindo com os seus processos pedagógicos, em todos os níveis, seguindo instantaneamente o currículo e o calendário previstos.
O ano letivo não foi comprometido, revelando a capacidade da empresa de enfrentamento aos momentos difíceis.
Dentre tantas iniciativas, promoveu o “Inovanaça” estimulando alunos do ensino médio a protagonizarem ideias e projetos criativos e relevantes para nossa comunidade.
Os excelentes frutos em breve estarão sendo colhidos por todos.
CCAA
Para a escola de línguas CCAA o ano atípico pediu de cara uma desafiadora adaptação para levar o ensino de idiomas até a casa dos alunos. Isso foi possível graças à tecnologia e ao suporte dado pelo franqueador, de modo que as aulas prosseguiram on line e ao vivo.
Toda atenção, carinho não diminuíram e o CCAA conseguiu permanecer na cabeça e preferência como a escola de idiomas “Top of Mind Uberlândia S.A.” neste ano de 2020.
O gestor do Sabin, Washington Esteves com o troféu Top of Mind Uberlândia S.A. 2020, ao lado Os irmãos Daniel e Davi Rotelli recebendo das mãos da diretora da ACIUB, Raquel Ribeiro Paes Leme, a premiação Top of Mind Uberlândia S.A. 2020. 83. ANUNCIO NACIONALA Vivo é a de banda larga e móvel mais lembrada de Uberlândia.
Ninguém conecta tantas pessoas como a Vivo. Agradecemos Uberlândia pelo reconhecimento como a marca mais lembrada nas categorias Operadora de Internet Banda Larga e Operadora de Telefone Celular na 23ª edição do prêmio Top Of Mind Uberlândia S.A. Isso é o reflexo daquilo pelo qual trabalhamos: a busca constante por inovação, excelência de produtos e serviços e respeito aos clientes.
A Vivo está presente em 4.541 cidades segundo dados da Anatel de jul/20. Maior cobertura de internet móvel do Brasil de acordo com dados da Anatel. Maior número de cliente conectados na Tecnologia FTTH. Fonte Anatel jun/20. Vivo líder em market share segundo Teleco.MARCAS TOPS EM SERVIÇOS
VIVO MRV
AVivo com sua intensa exposição nacional em mídia num ano em que as pessoas ficaram muito mais tempo atentas ao consumo de internet e telefonia conquistou pela primeira vez, o Top of Mind na sua categoria. Outro fator que contribuiu para essa conquista foi o trabalho de ligações de redes de fibra ótica em diversos pontos da cidade. Dentre tantas iniciativas, promoveu o “Inovanaça” estimulando alunos do ensino médio a protagonizarem ideias e projetos criativos e relevantes para nossa comunidade. Os excelentes frutos em breve estarão sendo colhidos por todos.
AMRV ano após ano tem marcado sua presença no mercado imobiliário da cidade de Uberlândia. Afinal um em cada 20 uberlandenses vivem em um MRV. A premiação em um ano de desafios estimula a seguir esse caminho de acreditar na cidade, ciente de que Uberlândia sabe reconhecer quem a considera e contribui para seu desenvolvimento. A conquista em 2020 do “Top of Mind Uberlândia S.A.” na categoria “Construtora” é um feito da qual a MRV muito se orgulha.
O gestor do Sabin, Washington Esteves com o troféu Top of Mind Uberlândia S.A. 2020, ao lado Os irmãos Daniel e Davi Rotelli recebendo das mãos da diretora da ACIUB, Raquel Ribeiro Paes Leme, a premiação Top of Mind Uberlândia S.A. 2020. 87. MRV ANUNCIOIVAN NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS
Um dos segmentos que sofreu bastante o impacto da pandemia do Covid 19 foi o de negócios imobiliários.
Interrupção de atividades, demissões etc afetaram todas as áreas como como locação residencial, comercial e venda de imóveis. Foram necessários muito esforço, sensibilidade e capacidade de negociação para conciliar interesses distintos.
Felizmente a Ivan Negócios Imobiliários, com a reputação conquistada ao longo de 40 anos de atividades aliada a eficiência e qualificação de sua equipe de colaboradores conseguiu superar esses desafios para assegurar a todos os seus clientes a melhor negociação.
O reconhecimento veio novamente com a conquista também nesse conturbado ano de 2020 como a marca “Top of Mind Uberlândia S.A.” na categoria “Imobiliária”.
ESCOLA PIRLIMPIMPIM
Para as escolas infantis 2020 foi com certeza um ano muito difícil.
De repente as escolas que estavam acostumadas com as crianças em suas salas de aula ficaram completamente vazias e os pais que não estavam acostumados com a presença em casa dos “pequenos” no horário das aulas, tiveram que se adaptar.
A saída foi acelerar o processo do ensino à distância e criar mecanismos para tornar as aulas mais atraentes para a gurizada.
A escola Pirlimpimpim fez isso e conseguiu novamente ser a vencedora do “Top of Mind Uberlândia S.A”, categoria escola infantil.
PURÊ RESTAURANTE E CVC VIAGENS
Como temos feito anualmente, substituímos algumas categorias para dar maior movimentação á nossa premiação.
Este ano, em função das mudanças que o Covid 19 trouxe incluimos a categoria restaurante delivery.
Quem ficou em primeiro lugar na memória das pessoas foi o “Purê Restaurante”, pela qualidade, fartura de seus pratos e pela agilidade das entregas.
Outra categoria, esta que voltou em 2020 foi “agência de viagens” com a franquia local da CVC viagens sendo a marca “Top of mind Uberlândia S.A.” no seu segmento de atuação.
Nenhum segmento foi poupado de grandes e complicadas situações diante da avalanche terrivelmente rápida e abrangente da pandemia do Covid 19. O varejo, dentre tantas enfrentou algumas bastante críticas: a interrupção de funcionamento de estabelecimentos, a retomada muito mais lenta do que se previa e por fim, a dificuldade de reposição do estoque pela interrupção de produção das fábricas no início da quarentena. Superar isso está sendo altamente desafiador, assim como estar presente na mente dos consumidores. Cada uma das marcas que conquistaram o Top of Mind Uberlândia S.A. adotaram medidas que lhes permitiram continuar fortes e valorizadas junto ao exigente mercado uberlandense.
AS TOPS EM VAREJO
POR CARLOS GUIMARÃES COELHOSTART QUÍMICA
A Start Química, que atua há 34 anos no mercado, além de medidas preventivas internas para garantir a saúde de seus mais de 4 mil colaboradores, teve importante desempenho ao acelerar e multiplicar o processo de produção do álcool 70 e em gel, para que não faltasse no mercado. Lançou novos produtos para higienização. Fez mais, participou apoiando diferentes iniciativas como lives de artistas famosos, eventos de arrecadação para atender os mais necessitados etc. Orientou ações preventivas e de cuidados com a higiene para evitar a contaminação. Esteve e está presente como uma organização que inova sempre para crescer com solidez e princípios.
Zilmar Souza Santos e o filho recebendo a premiação das mãos da diretora da ACIUB, Isabel Rosita. Os irmãos Fábio e Marcos Pergher recebendo a premiação do ex-presidente da ACIUB, Rogério NeryPNEUS PLANALTO
APneus Planalto adotou como estratégia principal, o incentivo à autoestima, sem desânimo, sem negativismo, mantendo o trabalho, mantendo as ações e acreditando na superação.
Foco positivo em novas mídias, contratação de pessoas e ampliação da empresa, com aquisição de nova loja e a incorporação de uma nova e valiosa bandeira.
Todos os cuidados preventivos tem sido tomados para que não só a saúde dos pneus e serviços que oferecem, como principalmente preservar a dos clientes e colaboradores.
Tem sido um período longo, difícil e trabalhoso, mas nada que supere a vontade e determinação firmes de continuar crescendo pela qualidade de seus produtos e serviços.
TECIDOS MIRAMONTES
Manter a relação de proximidade e confiança com sua clientela, mesmo diante de todas as restrições impostas pela pandemia do Covid 19 exigiu da Miramontes um esforço notável. Para conseguir esse intento, além da qualidade dos produtos que revende, contou com um dos seus maiores diferenciais: sua equipe de colaboradores que não poupam esforços e atenção para bem servir sua clientela. Este ano, a Miramontes foi a marca mais citada pelas mulheres dentre todas que foram pesquisadas nas 25 categorias selecionadas.
Por tudo isso, Tecidos Miramontes tem se tornado bem mais do que uma bem sucedida iniciativa no ramo, mas sobretudo uma referência de qualidade e de confiança em tudo que oferece. Não é à toa, que hà 22 anos consecutivos é a “Marca Top of Mind Uberlândia S.A.” na categoria “Tecidos”.
Rodrigo recebendo a premiação do presidente da ACIUB, Paulo Romes Em reconhecimento a relevância da atuação de seus colaboradores, José Luiz Rodrigues compartilhou com todos mais esta conquista da empresa MARCAS TOPS EM VAREJOAUTUS
Aempresa apostou na ala jovem de sua liderança, já na quarta geração, reinventando o modelo de vendas, de contato com o cliente e de divulgação, fazendo uso de novas mídias, como as redes sociais da internet. Uma situação nova, que gerou novos tipos de abordagens e acabou recebendo um reconhecimento do público.
ELÉTRICA CIDADE
Mesmo tendo de abaixar as portas em alguns períodos, não houve desânimo e a empresa potencializou o atendimento pelos canais eletrônicos, continuando com as entregas em domicílio, de modo que conseguiram manter as vendas. Os clientes reconheceram esse esforço e pela 20º ano consecutivo a elegeram a Marca Top of Mind Uberlândia S.A. na categoria “Material Elétrico”.
O gestor do Sabin, Washington Esteves com o troféu Top of Mind Uberlândia S.A. 2020, ao lado Os irmãos Daniel e Davi Rotelli recebendo das mãos da diretora da ACIUB, Raquel Ribeiro Paes Leme, a premiação Top of Mind Uberlândia S.A. 2020. MARCASMARCAS TOPS EM VAREJO
RELOJOARIA SANTOS
Apoiado no princípio de que honestidade é fundamental Zilmar Souza Santos e sua equipe vem se desdobrando para corresponder a preferência conquistada.
A Relojoaria Santos tem se diferenciado pela quantidade de marcas que comercializa, todas absolutamente originais. Um trabalho criterioso estabelecendo uma relação de muita confiança com os clientes que os leva a indicar a Relojoaria Santos para outras pessoas.
CAFÉ CAJUBÁ
OCafé Cajubá é, reconhecidamente um dos ícones uberlandenses pela relação de prestígio e afeto que tem junto aos consumidores locais e regionais. É a principal marca da Icatril - Indústria de Café do Triângulo Ltda, que possui sede em Uberlândia e está há mais de 50 anos no mercado.
Além do café, a marca Cajubá está numa completa linha de produtos relacionados como café: café torrado e moído tradicional tipo almofada, exportação, gourmet, especial, vácuo puro, orgânico, moído na hora, expresso e cápsulas. Todos com certificação da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café). Comercializa também cappuccino instantâneo, café com leite, filtros, coadores, máquinas e acessórios para o preparo do café. Está presente em várias iniciativas culturais, esportivas e educacionais da cidade.
Este ano, mesmo com todos as questões e limitações da pandemia do Covid 19 lançou sua loja on-line para atender todo o Brasil. E foi novamente reconhecida como a marca “Top of Mind Uberlândia S.A.” na categoria “Café”.
Zilmar Souza Santos e o filho recebendo a premiação das mãos da diretora da ACIUB, Isabel Rosita. Márcio Reis Maia - Diretor ComercialHEINEKEN
MARCAS TOPS EM SERVIÇOS
Este ano a categoria “Cerveja” que em 2019 não fez parte dos seguimentos pesquisados trouxe uma mudança em relação ao ranking dos anos anteriores. Em 2017 e 2018 a marca vencedora foi a da Brahma com ampla margem sobre a segunda colocada que era a Skol.
Este ano, refletindo o crescimento excepcional que teve em Uberlândia em todos os segmentos, a Heineken foi a vencedora e praticamente com o dobro da pontuação em relação a Brahma, 37,6% contra 19.6%. Outras cervejas também caíram na lembrança dos consumidores como a Skol, Crystal, Budweiser. E duas subiram, a Petra e a Império.
A estratégia da Heineken de sair na frente como “sabor puro malte” fez com que ganhasse rapidamente a preferência entre os cervejeiros, que a consideram uma cerveja que “não dá barriga”, sonho de todos que apreciam uma “loira”. Mas é importante reconhecer o trabalho competente e muito bem feito da distribuidora local que tem sabido aproveitar o momento e incrementar as vendas da Heineken, inclusive levando na carona a outra marca que oferece, Amstel.
A Heineken é uma prova de que a marca que vem primeiro na lembrança do consumidor é também a que mais vende...
CONSÓRCIO PRIMO ROSSI ABC
Para manter a prestação de serviços e os empregos diante da série de novidades que as mudanças da pandemia trouxeram para a sociedade a diretoria do Consórcio Primo Rossi ABC fez com que a empresa se reinventasse rapidamente no novo modelo de home office. A primeira atitude dos diretores foi de amenizar o pânico entre as pessoas, natural no início da pandemia. Com foco prioritário na saúde dos funcionários e dos clientes, a empresa agiu para despertar o senso de responsabilidade e promover a serenidade entre os colaboradores, com o intuito de dar continuidade às atividades. A capacidade para a adaptação foi o maior aprendizado. A comunicação com os clientes foi fundamental, prevalecendo o respeito e a compreensão de todos.
Tudo isso foi premiado com o Consórcio Primo Rossi ABC sendo novamente em 2020 a marca “Top of Mind Uberlândia S.A.” no segmento consórcio.
Zilmar Souza Santos e o filho recebendo a premiação das mãos da diretora da ACIUB, Isabel Rosita. Monica Rossi, presidente do Consorcio Primo Rossi ABC: 2020 foi um ano de muito aprendizado!Na primeira metade da década de 1980, nascia em Juiz de Fora um conceito diferenciado de hipermercado. Suas origens tem a ver com este diferencial. Inicialmente era um bar, que foi se configurando como uma mercearia e crescendo até se tornar o Bahamas. Quando chegou o momento de expandir para outros municípios, Uberlândia foi eleita para essa expansão. Aqui, a empresa foi bem acolhida e os empreendedores encontraram um público consumidor receptivo. Começou com uma unidade, que aumentou para duas, três e hoje é uma rede com o nome impregnado na mente do consumidor, a ponto de, em 2020, receber o prêmio Top of Mind, que celebra as marcas que alcançam essa proeza.
Os empresários alegam a escolha por Uberlândia por ser um polo muito importante para a expansão de mercado. “Nós entendemos que aqui havia muita oportunidade de expansão dos nossos negócios. A cidade foi onde definimos para começar a fazer esta expansão e a partir daqui todo o Triângulo”, explicou Rodrigo FULANO DE TAL.
O diretor conta que o ano de 2020 foi um divisor de águas na história do Bahamas. Ano de grandes mudanças no marketing, de repaginada em todos os formatos de comunicação e de implantação de soluções e programas que não existiam antes na empresa, explicando que a rede tem seis bandeiras: a bandeira Mix, que é o atacado, a loja Bahamas hiper, o Hipermercado, Bahamas Super, o supermercado de proximidade, a bandeira Mercado, a loja um pouco menor e também próximo da casa
BAHAMAS NO TOPO
das pessoas, a loja Modelo Empório e a loja Express. “Para 2021 nós podemos chegar com uma bandeira nova ,o Bahamas Empório, uma loja que traz um conceito mais prime onde você encontra produtos um pouco mais diferenciados”, adianta o empresário.
A operação do negócio no contexto da pandemia trouxe grandes desafios. “Lembro que era complicado achar o ponto certo do abastecimento de loja no início da pandemia. As pessoas queriam encher suas despensas, sem saber o que viria pela frente. Em vez de fomentar o consumo, orientamos as pessoas a não se desesperarem, pois tínhamos um estoque para garantir o abastecimento da população. Desde o início, a nossa preocupação foi com os clientes e com nossos funcionários. Foi, para todos, um processo de reeducação. Tivemos que aprender de uma forma bem rápida.
Isso mudou bastante o modelo do nosso
negócio”, explica Rodrigo.
Mesmo com esse cenário e estimulando os clientes a não saírem de casa, a empresa obteve um crescimento de vendas.
“Conseguimos resultados inclusive acima da meta para o ano. Parte desse resultado vem do trabalho feito internamente, de aproveitar algumas oportunidades de negócios que surgiram e levar isso até o cliente da melhor forma possível, evitando aglomeração”, diz o empresário.
O Grupo Bahamas também tem programas sociais como o “Troco Solidário”, com doações a hospitais e instituições filantrópicas, entre outros, como relata Rodrigo, dizendo ser grato à Uberlândia pelo acolhimento e reconhecimento ao trabalho da empresa, o que lhe dá ainda mais certeza da assertividade na escolha da cidade e facilita ainda mais os seus projetos de melhorias e ampliação da rede.
O diretor Rodrigo... 101. BAHAMAS ANUNCIOJOSÉ HUMBERTO Barbosa Afonso
GINECOLOGISTA E OBSTRETA
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
Omédico ginecologista e obstreta José Humberto Barbosa Afonso se orgulha de estar à frente do Hospital Santa Genoveva, uma instituição que considera exemplar e mostrou-se única no atual contexto de enfrentamento à pandemia do coronavírus Covid-19. Para ele, 2020 foi um ano de fortes emoções, que fez com que a unidade hospitalar se reorganizasse com o desafio de renovar, mantendo o mesmo padrão de qualidade pelo qual é conhecida.
O médico considera que esse enfrentamento, que incluiu mudança no fluxo de atendimento e isolamento de setores e colaboradores, foi feito em nível de excelência, de um modo que poucos hospitais no Brasil tiveram condições de fazer.
Para ele, essa reação emergencial ao imprevisto só foi possível pelo fato de a instituição já trazer em seu escopo de atuação diferenciais que primem pela segurança da saúde e por valores essenciais ao ser humano, como, entre outras ações, a valorização do material humano, promovendo sempre a inclusão. O hospital possui em seu quadro de funcionários 33 pessoas com deficiência. Ele ressalta também a presença feminina no complexo, relatando que o Santa Genoveva tem, em seu quadro de colaboradores, 63% de mulheres. No corpo clínico, 30% são médicas, muitas delas ocupando cargos de destaque na sociedade.
E não é somente pela preocupação com a diversidade e a inclusão que o complexo hospitalar se destaca. O histórico
do hospital é pautado por grandes conquistas na área médica. Ano passado, o complexo hospitalar conquistou a creditação Qmentum International, concedida pelo IQG – Health Services Accreditations. Com essa acreditação, o Santa Genoveva passa a ser um dos poucos hospitais no Brasil a seguir padrões internacionais. As instituições certificadas pelo IQG cumprem normas rigorosas nos cuidados de saúde. Ao receber a acreditação, o hospital passa a ser acompanhado e reavaliado anualmente.
No contexto da Covid-19, além do destaque pelas medidas preventivas implantadas, o hospital se destacou também pelos cuidados médicos com as pessoas contaminadas, tornando-se notícia ao ter uma paciente de 98 anos curada após a internação no Santa Genoveva. Em junho, Carmélia Maria Calegari, após uma internação de 24 dias, foi curada do Coronavírus. Por se tratar de uma paciente nonagenária, o hospital ofereceu a dona Carmélia mais do que os cuidados essenciais de praxe, com fisioterapeutas e medicamentos adequados pela idade avançada da paciente, de modo que ela pudesse vencer a doença.
Um dos diferenciais do Santa Genoveva em relação a outros hospitais da cidade é o fato de ser o único a realizar transplante de medula óssea em Uberlândia. O primeiro procedimento desse tipo aconteceu há um ano e meio.
De lá para cá, já contabiliza 29 procedimentos. Ano passado, para celebrar as quatro décadas do primeiro transplante acontecido no Brasil, a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea realizou um concurso
de fotografias, que contou com a presença de quase todos os 79 centros transplantadores. O Santa Genoveva Complexo Hospitalar foi o vencedor. A imagem vencedora é sobre a chegada em casa de um paciente após realizar o segundo transplante para tratamento de um Mieloma Múltiplo.
O Santa Genoveva também foi o primeiro hospital da região a receber o prêmio Nutricionistas 5 Estrelas, entregue pelo Conselho Regional de Nutricionistas. O prêmio foi conquistado no início do ano passado e é destinado a instituições que trabalhem o direito à alimentação adequada
com foco na Segurança Alimentar e Nutricional.
O Santa Genoveva Complexo Hospitalar tem quase cinco décadas de atividades. Ele foi inaugurado em 1975, em uma época quando Uberlândia tinha apenas 125 mil habitantes. O hospital surgiu da demanda da população, uma vez que a Santa Casa de Misericórdia passava por dificuldades financeiras e era preciso atender às pessoas beneficiárias do INSS, em uma cidade que crescia vertiginosamente. O Santa Genoveva passou então a funcionar no lugar da Santa Casa e passou a cumprir esse papel.
Da década de 1970 até hoje, 11 presidentes dirigiram o hospital que atualmente reúne mais de 200
médicos em 40 especialidades e é considerado o maior complexo hospitalar privado de Uberlândia.
O Santa Genoveva chega a atender diariamente cerca de 190 pessoas no pronto atendimento, podendo chegar a uma média mensal de 5.800, o que mostra a confiança das pessoas nos serviços ofertados.
Em setembro passado, o Santa Genoveva Complexo Hospitalar inaugurou o Pronto Atendimento Cardiológico, local adaptado e equipado para atender as mais diversas urgências e emergências cardiológicas. A equipe no novo Pronto Atendimento Cardiológico é composta por 50 cardiologistas e vários enfermeiros especializados, técnicos e profissionais administrativos.
MARLY com o cantor Zezé Di Camargo, fã incondicional do delicioso feijão tropeiro que ela prepara.
JÚLIO CÉSAR Pereira
UM SENHOR RURALISTA
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
Ouberlandense Júlio César Pereira veio de uma família ruralista há várias gerações, todos nascidos aqui. Nascido e criado na fazenda, houve também um período em que estudou em colégio interno na vizinha cidade de Araguari. A educação que trouxe do campo e o conhecimento oriundo dessas escolas o embasaram a tornar-se uma referência como produtor rural na região. Lembra-se do período de internato, quando os colegas não podiam ir para casa em feriados prolongados porque distâncias, mesmo próximas como o estado de Goiás, naqueles tempos, eram de difícil acesso. As estradas eram precárias e intransitáveis, ressaltando as transformações que ocorreram no sistema viário do país, o que contribuiu para o desenvolvimento do setor agropecuário.
O empresário trouxe do berço a vocação para o negócio. Nasceu e cresceu na fazenda. Nunca imaginou a vida fora de uma propriedade rural. Mas, não se acomodou ao modo de vida dos produtores rurais mais antigos, que se contentavam com pequenas plantações e algumas vacas de leite para lhes garantir a sobrevivência. Buscou a evolução tecnológica e os avanços da genética para transformar essa realidade.
De sua trajetória profissional, o ruralista considera que a Cooperativa Agropecuária Leiteira de Uberlândia (Calu) tenha sido a sua grande escola. Quando ainda era estudante do curso de Contabilidade, seu tio, Walter Carneiro, diretor comercial da cooperativa, o convidou para trabalhar lá. Permaneceu como funcionário por três anos, até a conclusão de seu curso, e retornou para a fazenda.
Ficou lá algum tempo, se casou e alguns anos depois
retornou à Calu, como membro do Conselho Fiscal, cuja atribuição, entre outras, era de dar parecer ao balanço fiscal.
A cooperativa passava por um momento difícil e delicado e ele viveu uma situação complicada por não ter dado um parecer favorável ao balanço, já que ele não espelhava a realidade.
Mesmo ainda jovem, a sua postura ética e responsável acabou rendendo admiração de boa parte dos cooperados. A Calu passou por uma intervenção. O interventor, general da Polícia Militar, Geraldo Costa Coelho, inclusive convidou o jovem Júlio para ser seu assessor, convite prontamente recusado, uma vez que sua atitude não tinha o propósito de obter nenhuma vantagem e sim apenas ajudar a regularizar a situação da cooperativa cuja fundação ele presenciou.
Após a intervenção na Calu, com a instituição pronta para um recomeço, pelo seu mérito e colaboração, ele foi convidado a compor a diretoria, em 1978. Foi diretor administrativo em uma gestão, comercial em outra e, por fim, por duas vezes consecutivas, presidente. Como era quase uma obrigação uma representação da Calu na cooperativa central Leites Paulista, Julio foi convidado a assumir o posto. Embora tenha aceitado não conseguiu implantar o modelo de gestão para a cooperativa, que considera excelente, devido ao distanciamento. Também não houve ânimo dos produtores para integrar as cooperativas brasileiras numa única grande empresa de laticínios. Júlio considera valioso que o empreendimento rural seja passado de geração a geração, como é o caso dele, que herdou a vocação do pai, por sua vez herdara do avô e, nessa linha sucessória, chegando até o bisavô.
Júlio considera valioso que o empreendimento rural seja passado de geração a geração, como é o caso dele, que herdou a vocação do pai, por sua vez herdara do avô e, nessa linha sucessória, chegando até o bisavô.
O filho agrônomo e economista e a filha advogada estão preparados para perpetuar o negócio. “É um pacote! É como uma empresa familiar. Na sociedade com os filhos, existe a soma. As novas gerações trazem as atualizações necessárias para a propriedade”
O que mais marcou Júlio em seu percurso como produtor rural é a evolução tecnológica. É o caso dos equipamentos utilizados atualmente na lavoura, mais avançados e confortáveis. Ele se lembra da primeira colheitadeira que teve, com o operador engolindo poeira e levando espirros de grão na face.
Hoje, ele diz possuir o que há de mais moderno em colheitadeiras, tratores e plantadeiras, em alguns casos, até com ar-condicionado, tudo computadorizado, sem operações manuais, poupando o esforço de quem as manobra. Essa evolução toda o impressiona: “Sou da época da tração animal, quando o plantio e a colheita eram feitos manualmente. Essa mudança toda me entusiasma”, diz o produtor.
Entre a cidade e o campo, orgulhase de sua propriedade rural, cuja sede remonta a 1876, construída pelo bisavô. Ele a considera uma fazenda feliz, enfatizando que cada geração procurou melhorá-la.
Mesmo estando em plena atividade, já a considera dos filhos. Admira a qualidade que eles agregam ao negócio, sobretudo em se tratando de evoluções tecnológicas, e se sente gratificado por isso, endossando
todas e quaisquer melhorias que eles propuserem. E sonha com os netos trilhando esse mesmo caminho.
Para ele, foi motivo de muito orgulho ter sido escolhido por unanimidade pela diretoria do Sindicato Rural de Uberlândia para receber a homenagem deste ano como “Líder Ruralista”.
OOassociativismo, de um modo geral, encontra sua força na conveniência, na necessidade mesmo de o indivíduo ser beneficiado por um esforço sindical que gere benefícios coletivos. E assim a vida segue, com uns agindo em prol de todos. Se predominasse a consciência da coletividade em todos os momentos, nos bons e nos ruins, certamente o país estaria em outro patamar. Vez ou outra, alguns contrariam a premissa dos convenientes e comprovam, na prática, o valor que pode ter uma associação pela soma de seus associados. Assim é com o Sindicato Rural de Uberlândia, instituição que atravessou quase nove décadas na defesa dos produtores rurais e hoje se moderniza e amplia as possibilidades de acesso a essa força corporativa.
SINDICATO RURAL DE UBERLÂNDIA
SUPERANDO DESAFIOS
O engenheiro agrônomo e produtor rural Gustavo Galassi Gargalhone é quem está à frente da entidade há três anos. Se despede dela sem intenção de ser reconduzido ao cargo. Já foram muitos anos, mais de 20, compondo a diretoria, antes de tornar-se presidente, e passa a integrar o conselho consultivo, do qual participam os ex-presidentes vivos, cinco no total. Agora quer novos ares e dedicar-se aos seus empreendimentos pessoais. Sai com a sensação de missão cumprida. Relata as conquistas de sua gestão, como um processo evolutivo, resultantes também do empenho e trabalho das gestões anteriores. Galassi confessa não acreditar muito em reeleições. Para ele, é preciso alternar sempre qualquer tipo de liderança, em todos os âmbitos. O sindicalista disse que foi uma gestão desafiadora, para a
qual houve muito esforço, muita energia empenhada para atingir os resultados alcançados. O contexto não era muito favorável. Houve queda drástica de receita sem a obrigatoriedade da contribuição. Mas, apesar de todas as adversidades, as conquistas foram tangíveis. Não consegue destacar uma. Para ele, a somatória de todas é que fez valer a pena. Menciona, por exemplo, a evolução nos leilões, hoje uma grande referência em todo o estado de Minas Gerais, e os eventos promovidos, com alcance surpreendente de público. São três os eventos próprios: a Femec, cuja última edição alcançou quase 70 mil pessoas, oriundas basicamente do setor agro; o Camaru, a festa mais popular da entidade que reuniu um público eclético de quase 300 mil pessoas e a grande surpresa para todos, o festival Minas à Queijo e Viola, cuja primeira edição ano passado atingiu um público em torno de 15 mil pessoas e se configurou, inesperadamente, em uma grande feira gastronômico-musical.
Para Gustavo, foram três anos bastante intensos. Até mesmo em uma grande bandeira da diretoria houve resultados positivos: o enfrentamento pacífico às invasões de terras. Ele conta que em Uberlândia, considerada a capital nacional das invasões até 2017,com mudanças na lei sobre o tema, não houve, depois disso, nenhum registro delas. Segundo ele, esse quadro mudou em decorrência do conjunto de forças do sindicato em parceria com entidades políticas e policiais em todos os âmbitos.
O advento tecnológico também foi abraçado pelo sindicato. E trouxe comodidades aos produtores. Foi lançado o Apporteira, com facilidades à palma da mão, como emissão de notasfiscais e guias, de modo que o produtor não tenha mais de deslocar do campo para a cidade com esse fim, feed de notícias que possam ser interessantes ao setor, oportunidades de negócios, como um Marketplace, onde há grupos de compras com poder de barganha e campanhas promocionais específicas, e até mesmo segurança, com a possibilidade de apertar um “botão de pânico” em caso de sinistros, incêndios ou quedas de energia, entre outras ocorrências. O sucesso do aplicativo foi tão grande que ele passou a ser adotado por vários sindicatos rurais da região, extrapolou as fronteiras do estado e já foi adotado também em Goiás, com ainda mais possibilidades de expansão.
O trabalho da diretoria é voluntário. Até há alguns anos havia remuneração. O diretor anterior, embora com direito a ela garantido em estatuto, abriu mão do recurso. Na atual gestão, a primeira providência foi uma alteração estatutária que abolisse o pagamento para o exercício dos cargos. Entre os vários benefícios gerados pelo sindicato, destaca-se a representação institucional e jurídica para todos. Segundo Gustavo, ao contrário do que muitos pensam, o sindicato não existe apenas para os grandes produtores.
Ele conta que os pequenos e médios produtores são os mais assistidos e beneficiados pelas ações propostas, já que os grandes, quase sempre, já possuem profissionais, instrumentos e recursos para solucionar quaisquer tipos de problemas.
Além da representatividade local e regional, o Sindicato Rural de Uberlândia se destaca no núcleo de sindicatos rurais do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, do qual participam 44 sindicatos, sendo entre eles estruturalmente maiores os de Uberlândia e Uberaba. Do grupo, saem conquistas relevantes para todas as populações, como melhorias de rodovias e até mesmo redução de impostos, como
o acordo selado com a receita e com o governo de Minas para diminuição do ITR, entre outras demandas surgidas do coletivo de sindicatos.
Internamente, também houve muitas mudanças. Se por um lado houve melhorias significativas para os mais de 20 colaboradores da instituição, por outro, diante das dificuldades financeiras surgidas principalmente pelo fim da obrigatoriedade de contribuição, esse quadro precisou ser enxuto. O sindicato está em uma área com mais 330 mil metros quadrados, onde funciona também o Parque de Exposições Camaru – Centro de Amostras e Aprendizagem Rural de Uberlândia. Muitas obras foram executadas ali nos últimos anos, várias delas com vistas à economia dos recursos e à captação de novas possibilidades de leilões e eventos. Um exemplo é a implantação de um novo centro de eventos, há dois anos, e a troca do sistema elétrico por Led e o investimento atual em energia fotovoltaica.
Gustavo diz ter feito pelo setor o que desejava e o que era possível. Não há nada, para ele, que gostaria de ter feito e não fez. Em seguida, lembra de algo.
Queria ter implantado o Museu Rural, resgatando a história do agronegócio na cidade. Mas, não encontrou parceiros com a expertise e a disponibilidade de assumir junto a empreitada, já que demandava tempo, conhecimento, experiência e captação de recursos.
Seria, de fato, uma boa história para
estar formatada em espaço de visitação. O Sindicato Rural de Uberlândia data de 1933, quando iniciou por meio de fusão com a entidade comercial da cidade, atual Aciub. Na época tinha o nome de Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Uberlândia, ACIAPU, e funcionava na avenida Vasconcelos Costa, onde foi criado também o Parque de Exposições, ali permanecendo até o início dos anos de 1980, quando transferiuse para o Camaru. Em 1943, as duas entidades se dividiram e formou-se a Associação Rural, que assumiu em 1965 legalmente o nome de Sindicato Rural de Uberlândia.
Presidentes
• Misael Rodrigues de Castro (1948/52)
• Nicomedes Alves dos Santos (1952/56)
• Odilon Custodio Pereira (1956/58)
• Virgílio Galassi (1958/63)
• Bolívar Ribeiro (1963/65)
• Geraldo Migliorini (1965/70)
• Paulo Ferolla da Silva (1970/73)
•José Rezende Junqueira Junior (1973/80)
• Walter Alves Carneiro (1980/83)
• Odelmo Leão Carneiro Sobrinho (1983/90)
• Luiz Humberto Carneiro (1990/98)
• Paulo Roberto Andrade Cunha (1998-2009)
• Paulo Ferolla da Silva (2009-2012)
• Thiago Soares Fonseca (2012-2018)
• Gustavo GalassiGargalhone (2018-2021) atual
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO D. DIRLENE, com a filha Ariana e o sobrinho MarcinhoMilson Borges
SUPER MAX, CONHECENDO AS NECESSIDADES DOS BAIRROS
A SORTE SEMPRE BATE À PORTA DE QUEM SABE EMPREENDER E SE DEDICA AO TRABALHO
POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
Uma história que começa como tantas outras histórias brasileiras. A família que migra para uma cidade maior, em busca de novas oportunidades, e alcança patamar próspero em um negócio promissor. O pai do empresário Milson Borges, XXXXXXX, ao lado da esposa, YYYYYY, junto dos dois filhos mais velhos, Nilton e Nilzânea, vieram de Indianópolis para Uberlândia há mais de cinco décadas. Por aqui, o casal teve mais dois filhos, Milson e Enio, e seguiu em uma árdua jornada que desencadeou o sucesso da rede de supermercados Super Maxi.
XXXXX desejava um futuro melhor para os filhos. Na cidade de origem não via muitas perspectivas para isso e o seu trabalho limitava-se ao campo. Em Uberlândia, começou como motorista de caminhão e de ônibus até conseguir uma vaga no Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), onde inclusive participou da implantação da Estação de Tratamento de Sucupira, uma das mais avançadas da época e até hoje referência nacional.
Como bom empreendedor, XXXX queria deixar de ser empregado e tentar conduzir o seu próprio negócio. Seu irmão possuía um pequeno açougue no bairro Tibery e ensinou-lhe o ofício de açougueiro. Uma vez preparado, comprou um açougue no bairro Martins, a Casa de Carnes Melo, na praça Nicolau Feres. E a família inteira passou a trabalhar no novo negócio, à exceção de Milson, ainda muito criança na época.
Pouco tempo depois, os proprietários pediram o imóvel e a
família deslocou-se para o bairro Saraiva, onde até hoje existe uma loja do grupo. Foi quando a mãe teve a ideia de oferecer no açougue itens alimentícios que ela própria semeava em seu quintal, como alface, cheiro-verde e molhos preparados por ela. Milson passou a ajudá-la nessa tarefa. Daí, ela começou também a buscar outros itens na Ceasa. Ia de ônibus e contratava um frete de carroceiro para o retorno. Junto aos legumes e às verduras foram introduzidos produtos como balas, suspiros, etc., além de um novo balcão, até a iniciativa de YYYYY se configurar como um minissacolão com o açougue.
Na época existia em Uberlândia uma unidade de atacado de balcão conhecida como Boca Quente. XXXX encheu a sua Variant, veículo que possuía na época, de produtos como sal, sabão, arroz, macarrão, entre outros. Colocou essas mercadorias em uma gôndola lá no pequeno sacolão. E assim o açougue passou a funcionar também como uma pequena mercearia, em um período quando esta fusão de atividades ainda não era comum. Logo o negócio se transformaria no Supermercado Modelo.
A sorte sempre bate à porta de quem sabe empreender e se dedica ao trabalho. A grande virada do empreendimento familiar se deu quando foi estabelecida uma parceria com o Grupo Martins. A empresa atacadista estava lançando uma frente varejista que seria o projeto Smart. A família mergulhou na oportunidade, começando com o mais absoluto sucesso pelo bairro Luizote de Freitas, um dos mais populosos da cidade, com duas lojas por lá, expandindo depois para os bairros Cidade Jardim, Martins e Canaã, nessa ordem.
Embora grata pela oportunidade, a família percebeu que poderia continuar avançando, mas de maneira independente do Grupo Martins. Foi quando surgiu a marca própria: Super Maxi. A família começou a adquirir pequenos supermercados que estavam fechando, localizar alguns pontos estratégicos, estabelecer parcerias com proprietários de terrenos, buscar investidores, entre outras ações de expansão da rede. De lá para cá, a empresa cresceu bastante. E não somente em Uberlândia. São 17 lojas aqui na cidade, mais cinco em Uberaba e uma em Monte Alegre, estas com 1600 colabores diretos. Há a previsão de inaugurar nos próximos meses mais duas unidades em Uberlândia e uma em Uberaba, assim como de um plano estratégico de expansão bem agressivo para o ano que vem, que prevê mais sete lojas e um novo centro de distribuição, além de apostar também na loja do e-commerce.
Segundo Milson Borges, hoje o Super Maxi atua basicamente no formato de loja de bairro, loja de vizinhança. “Porque a gente trabalha com o conceito de lojas menores e o mix que atende a necessidade do bairro. Acreditamos que sendo uma boa loja, com bom mix de produtos e preços competitivos, as pessoas não se deslocam para comprar em outro local, como faziam até há bem pouco tempo. Se a gente consegue atender às necessidades do
bairro, a pessoa fica mais próximo de onde está a sua casa”, explica o empresário, que também se mostra disposto a apostar em novos mercados, seguindo a sua tendência de expansão. Mas, afirma que só fará isso quando sentir que os mercados já existentes estejam com a estrutura ideal que ele almeja.
Para chegar até isso, os quatro irmãos contam hoje com um suporte administrativo consolidado, incluindo um CEO (Chief Executive Officer), além de Diretor Comercial, Diretor de Recursos Humanos, Diretor de TI, entre outros, que gera a confiança necessária para que os proprietários possam trabalhar em suas metas. “A gente fica mais na visão estratégica do nosso negócio. O nosso negócio é estar perto do consumidor, estar junto na operação de loja, porque isso é nosso sangue, nós começamos ali. O trabalho desde décadas atrás nos permitiu conhecer um pouquinho de cada coisa. Quando você é pequeno você tem que fazer de tudo, ser limpador de chão, repositor de mercadoria, tem que ser o açougueiro... nós fomos padeiros, fomos açougueiros, fomos entregadores de bicicleta cargueira... isso nos permitiu conhecer um pouquinho do nosso negócio. Então esse conhecimento hoje nos traz também essa segurança para a gente trocar experiências com o nosso colaborador”, orgulha-se Milson Borges.
O NOSSO NEGÓCIO É ESTAR PERTO DO CONSUMIDOR, ESTAR JUNTO NA OPERAÇÃO DE LOJA, PORQUE ISSO É NOSSO SANGUEFACHADA do Super Maxi 117. ITAIPAVA - ANUNCIO
QUARENTA E CINCO ANOS BEM CONTABILIZADOS
SINDICATO DOS DE UBERLÂNDIA CONTABILISTAS GA COMUNICAÇÃO
Quem contabiliza os anos financeiros das empresas, não raramente perde as contas do seu próprio tempo e de quanto dele foi dedicado à organização de uma classe. Alguns profissionais da cidade dedicaram 45 anos de suas vidas à consolidação do Sindicato dos Contabilistas de Uberlândia, fundado em meados da década de 1970.
Aqui na cidade essa história se consolidou, em quase cinco décadas, honrando uma das mais antigas profissões do mundo, posto que a Contabilidade já era exercida na Suméria há quase 6.000 anos. Dos pergaminhos da época aos teclados virtuais de hoje, fica sempre o desafio de acertar na matemática e ajudar no desenvolvimento empresarial do município e na saúde financeira das empresas.
Há unanimidade em reconhecer como protagonista local o contabilista Benedito Torres. Por sua iniciativa é que surgiu, em 1975, a Associação dos Contabilistas de Uberlândia, três anos mais tarde transformada em sindicato. Somaram-se a ele dezenas de outros nomes,alguns deles participando, como diretor ou presidente, de todas as gestões da diretoria, caso de Luís Fanini. Torres lembra que a cidade, à época
da fundação do sindicato, já estava em vertiginoso crescimento e a prestação de serviços contábeis consolidada Segundo ele, existiam entre 350 e 400 escritórios de contabilidade em Uberlândia. Hoje eles somam em torno de XXXXXX. Ele relata que o setor era um tanto desorganizado, o que acabava configurando uma concorrência desleal entre os profissionais da área, pois não havia parâmetros para precificar e executar essa prestação de serviços. Nesse sentido, o sindicato veio trazer luz ao mercado.
O contabilista diz também que, nestes anos todos, além de vários benefícios oferecidos pelo sindicato aos profissionais da classe, sempre houve uma grande preocupação em disponibilizar ferramentas para a capacitação técnica, fosse através dos informativos semanais publicados no site ou das palestras e cursos frequentes oferecidos na sede.
Para Benedito Torres, a grande alteração no cenário da profissão veio com ao advento tecnológico. Se por um lado, a tecnologia facilitou a vida do setor em vários aspectos, por outro demandou também mais qualificação dos que atuam nele. “Essa mudança foi evidente.
O sistema era todo manual. Mudou da água para o vinho ao tornar-se quase todo eletrônico. Mas, o empresário não
necessita só do trabalho de praxe, ele precisa de apoio fiscal e contábil. Para isso, tem de ter preparo”, afirmou o contabilista.
Ele ressaltou também outro grande avanço trazido pelo sindicato aos profissionais da área: aumentou a representatividade. Não existiam representantes do setor nos conselhos regional e federal de contabilidade. Com a sindicalização em Uberlândia isso passou a acontecer e hoje há contabilistas representando a cidade em ambos os conselhos. Primando também pela valorização interna da classe, o sindicato premia anualmente um profissional da área como o “contabilista do ano”.
Dos primórdios do sindicato à atualidade, Benedito Torres soma 21 anos dedicados a essa representação. Presidiu a entidade em sua fundação retornando, anos mais tarde, para presidi-la por mais 12 anos.
Ele afirmou que não consegue se ver sem estar inserido nessa missão. “Esse
tempo dedicado é a melhor coisa que me aconteceu. Enquanto eu viver, estarei trabalhando pelo sindicato”, promete Torres.
Ao lado de Benedito, quando a classe se organizou em torno da associação e posterior sindicato, estava Luís Fanini.
Ele era o primeiro secretário. Desde então, com uma dedicação à área pouco vista em quaisquer militâncias sindicais, esteve como diretor em todas as gestões.
E também foi presidente em algumas ocasiões. “Antigamente não havia tanta complexidade nos trâmites contábeis e os profissionais da área não eram muito unidos. O sindicato veio com a tentativa de promover essa união e de oferecer oportunidades para as pessoas que atuam na área. A tecnologia evoluiu e a profissão evoluiu. A legislação complicou um pouco e os processos ficaram mais complexos, o que só fez aumentar os desafios do sindicato”, explica o contabilista. Luís
Fanini honra bastante o protagonismo de Benedito Torres. E orgulha-se dele. “Benedito foi o grande mentor de tudo isso. E fez um belo trabalho nestes anos todos”, afirma.
O Sindicato dos Contabilistas de Uberlândia tem hoje cerca de XXX associados. Em setembro último celebrou os 45 anos de sua fundação. Nos anos de 1990 conseguiu o terreno para a sua sede própria e , nos anos de 2000, foi anexado a ela o salão de eventos, com área total de 300 m2 e capacidade para realização de palestras, eventos e festas, comportando até 200 pessoas, contando com completa infraestrutura mobiliária, sonorização, projeção, refrigeração de ambiente, cozinha etc., merecendo destaque o fato de que essa obra foi realizada integralmente com recursos da própria classe, uma classe cuja valorização e aprimoramento o sindicato busca fomentar.
O Sindicato dos Contabilistas de Uberlândia tem hoje cerca de XXX associados.
Em setembro último celebrou os 45 anos de sua fundação
GAUDIUM, O ESPAÇO DE EVENTOS QUE NASCEU DE UM SONHO!
Gaudium é expressão latina que significa alegria. Essa foi a atmosfera buscada pelo empresário Celso Carvalho para a semente para um novo sonho: o de um dia criar o espaço ideal para acolher eventos formatados nos sonhos de outras pessoas. Está sendo construído o Gaudium Hall, um moderno, agradável e sofisticado centro de convenções em localização privilegiada no bairro Morada da Colina, a poucos minutos do centro.
Celso é empresário uberlandense, há mais de 30 anos no ramo de tecnologia e investidor à frente do espaço, que identificou como possibilidade de inovação no segmento de eventos sociais e corporativos em Uberlândia, mas que toda a região também se beneficiasse. Sua inspiração veio de referências internacionais e de espaços renomados, cujas propostas fossem modernas e atualizadas.
O empreendimento foi anunciado em 2019, com previsão para entrega no segundo semestre de 2020. Com a pandemia, embora o ritmo pudesse ser mantido e o fornecimento de materiais até há bem pouco tempo não estivesse comprometido, por uma questão de responsabilidade, os gestores acharam por bem conduzir a obra de modo menos acelerado e adiar a inauguração para o ano de 2021.
A espera vai valer a pena. Aliás, já está valendo. A população de Uberlândia se mostra encantada com o prenúncio do que está por vir junto com a obra. As três praças do entorno têm sido objeto de contemplação e parada obrigatória para registros em fotos.
A Praça do Amor e a Praça da Paz ficam bem em frente ao empreendimento. A Praça Nossa Senhora do Carmo fica uma quadra adiante, próxima à avenida Nicomedes Alves dos Santos. Na primeira, há um totem de concreto com a frase Eu Amo Uberlândia, cenário ideal para o hábito contemporâneo de tirar fotos. A proposta conceitual das duas praças coladas no empreendimento é a de sociabilidade, de demonstração do afeto pela cidade e exploração de todos os sentidos frente à natureza. Para isso, foram criados os jardins sensoriais, com cascatas, vasos olfativos e placas em braile. Nas duas praças há também mandalas no chão, em cujos centros estão escritos, respectivamente, as palavras Amor e Paz. Os dois lagos das praças são abastecidos por poços artesianos. Em ambas, assim como dentro do empreendimento, buscou-se o conceito da sustentabilidade, priorizando o reaproveitamento das águas.
A terceira praça, criada a pedido da prefeitura, presta uma homenagem à padroeira da cidade. Ela traz uma imagem
tridimensional de Nossa Senhora do Carmo, de 7,5 m de altura, cuja vista do alto remete ao manto da santa. A oliveira, árvore representativa do cristianismo, estará presente na praça, que também será adornada por flamboyants.
A gerente de marketing e vendas da empresa, Renata Rodrigues é paulista, radicada em Uberlândia há quatro anos e, no novo empreendimento, une sua experiência profissional em comercialização e produção de eventos com o design de serviços. O CEO do Gaudium Hall, Elcio Adriani é empresário uberlandense, músico e com vasta experiência na produção de shows e eventos.
A obra já está bem adiantada, com a parte de alvenaria praticamente concluída. Serão três amplos espaços com capacidades variadas, que comportarão eventos sociais e corporativos, em diferentes formatos. O diferencial está na possibilidade de eventos acontecerem simultaneamente, sem que
comprometa a realização de algum.
Dois pavimentos subterrâneos servirão de área de estacionamento, com capacidade de até 150 veículos e serviço de manobrista. O lugar disponibilizará plataformas elevatórias pela lateral do prédio, de modo que será possível expor produtos de grande porte, como carros, tratores, etc.
A capacidade total do espaço será de até 4.500 pessoas, no caso de utilização de todo o complexo para shows, eventos culturais e feiras e de 2700 pessoas em formato auditório para eventos corporativos e técnico-científicos. Compartimentando, serão nove espaços atendendo de 120 até 590 pessoas em formato auditório ou em banquete de 90 a 480 pessoas.
Renata contou que já há muita procura pelo local, mas adiantou que só será
possível realizar agendamentos e negociações a partir dos primeiros meses do próximo ano. Por enquanto, ela compõe uma lista de interessados para entrar em contato quando a parte de comercialização for iniciada.
O local, embora venha com uma proposta de integração com a natureza e com estética arquitetônica de forte apelo visual ao público transeunte externamente, teve o mérito – e o cuidado – de, internamente, não impor-se demais aos seus usuários, de modo que ele possa ali (re)criar os seus sonhos, sem “molduras” que os sobrepujam ou os ofusquem. A “moldura” pensada ali é a de oferecer a estrutura, profissionalismo, conforto, praticidade e ambiente ideal para que eles se concretizem.
Afinal, a ideia nasceu do sonho de um con sumidor, alguém que desejava um lugar para abrigar um momento que ficasse para
sempre na memória. E foi essa pessoa que empreendeu no espaço, pensando-o como ideal para a realização de todos os sonhos. E para acolher a alegria. Algo assim, no melhor estilo “carpe diem”, com bastante Gaudium.
POR CARLOS GUIMARÃES COELHONão são tempos fáceis. Mas o empreendedorismo segue cumprindo o papel de entregar produtos, serviços, gerando emprego e renda a milhares de famílias de Uberlândia. Prova disso são as marcas premiadas nesta 23ª edição do Top Off Mind Uberlândia S.A 2020.
A Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) parabeniza os vencedores e homenageados e convida a todos a olhar para o futuro. Este 2021 será extremamente desafiador e, ao mesmo tempo, cheio de oportunidades.
Use os produtos e serviços da Aciub para apoiá-lo nesse caminho. Conheça as vantagens de fazer parte de uma rede de empreendedores composta por empresários de todos os segmentos. É fácil, visite o nosso site (www.aciub.com.br) e nos siga nos canais digitais.
Estamos prontos para os novos tempos oferecendo produtos e serviços nas mais diversas áreas bem como integrando interesses dos mais variados segmentos de negócios por meio do Aciub Mulher, Aciub Jovem, Fade e programa Empreender. Vamos juntos fazendo negócios e cuidando das pessoas para que a sua marca continue forte e alinhada aos desafios do futuro. Conte sempre com a Aciub. Afinal, já são 87 anos de história defendendo o desenvolvimento econômico sustentável de Uberlândia e região.
SEMPRE AO LADO DO EMPRESÁRIO E DO EMPREENDEDOR.
Unindo e fortalecendo mulheres empreendedoras Inspiração para jovens empresários
Promoção do desenvolvimento setorial Fundação para apoio ao desenvolvimento empresarial