Terapias naturais 03

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Terapias complementares

A revista TERAPIAS NATURAIS é propriedade da Editora Vivência.

Ano 1 – edição 03

fevereiro/março 2018

O link para a versão digital está disponível em nossa página do facebook: www.facebook.com/revistaterapiasnaturais

Contactos para publicidade e redação: Fone (351) 936 568 061 E-mail: editora.vivencia@hotmail.com Editor-chefe e diretor comercial Victor Rebelo Conselho editorial Noémia Rodrigues Revista TERAPIAS NATURAIS Edição bimestral. Portugal. 4 mil exemplares com distribuição gratuita em lojas de produtos naturais, ervanárias, clínicas terapêuticas, institutos, feiras e eventos na área de medicina complementar. As opiniões e artigos publicados nesta revista são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do editor. O conteúdo desta revista é gratuito. Para reprodução, na íntegra ou parcial, na internet ou de forma impressa, é necessário comunicar à Editora Vivência e divulgar a fonte e autor do artigo. Foto de capa: bigstockphoto.com A revista TERAPIAS NATURAIS é uma parceria com:

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NATUROPATIA www.apna.pt ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FITOTERAPIA CLÁSSICA http://fitoterapiaclassica.wixsite.com/apfc.

Precisamos buscar trabalhar com cada área do conhecimento humano, a partir de uma abordagem integral e holística, ou seja, uma área a complementar outras, para o bem do organismo como um todo. Por exemplo, uma pessoa que portadora de diabetes. Em primeiro lugar, ela deve buscar a orientação e acompanhamento médico. Mas também pode somar ao seu estilo de vida, de forma gradativa e com a supervisão médica, alguma atividade física, de acordo com suas condições. Pode ser um esporte ou uma atividade como o Yoga ou o Tai Chi Chuan. Além disso, precisamos buscar uma alimentação saudável, ou seja, aquela alimentação que supre as necessidades diárias que o corpo tem de proteínas, carboidratos, vitaminas, sais minerais, etc. Também temos as diversas terapias complementares à nossa disposição... Portanto, temos várias ferramentas para buscarmos mais saúde e bem-estar, mas temos que ter consciência de que todo trabalho deve estar sempre aliado a um processo de busca por mais autoconhecimento e mudança de hábitos nocivos por aqueles que a Ciência e a experiência própria comprovam serem mais saudáveis. Victor Rebelo é comunicador e Life Coach Editor-chefe da revista Terapias Naturais Agende uma sessão de Life Coaching Contactos: editora.vivencia@hotmail.com

ÍNDICE 04 – ALIMENTAÇÃO E SAÚDE 06 – MACROBIÓTICA: SAÚDE INTEGRAL 10 – COGUMELOS DO IMPERADOR 12 – A ÁRVORE DOS MIL USOS 14 – VAMOS LARGAR O AÇÚCAR! 16 – RESPIRE! 18 – ERVA DE S. ROBERTO 20 – ERVA FURA-PAREDES 22 – A ORIGEM DAS MASSAGENS


Alimentação e saúde II Congresso Internacional de Naturopatia e Fitoterapia abordará os temas alimentação, obesidade e diabetes Por Noémia Rodrigues

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o âmbito do trabalho desenvolvido pela Associação Portuguesa de Naturopatia – APNA – e da Associação Portuguesa de Fitoterapia Clássica – APFC –, o mesmo passa pelo esclarecimento e educação à população portuguesa sobre a maneira de ter uma alimentação saudável, que é o tema central do II Congresso Internacional de Naturopatia e Fitoterapia, a ser realizado no Fórum Lisboa (antigo cinema Roma), nos dias 17 e 18 de março. Convidamos pais, mães, escolas, profissionais de cozinha, todos os profissionais de saúde (convencional e não convencional) e toda a população em geral a estarem presentes neste evento gratuito. Durante dois dias assistiremos a oradores de excelência, que irão desfilar todo o seu conhecimento e aprendizado, granjeados ao longo de muitos anos. É necessário aprender a manter o equilíbrio, de forma fácil e natural, e a reforçar a sua energia vital. Tratar-se como um todo – corpo, mente e espírito – é um dos caminhos para a saúde. Corpo equilibrado é um corpo com maior nível de protecção e defesa e com muito menor risco de sofrer inflamações, infecções ou outras patologias. Se existir uma correcta alimentação, haverá uma melhor saúde. Como disse Hipócrates: “Que seu remédio

seja seu alimento e que seu alimento seja seu remédio”, “somos o que comemos”. A má alimentação, a falta de higiene, incompatibilidades alimentares, stress, tal como maus hábitos, são razões suficientes para a falta de saúde, obesidade, diabetes, etc. Alimentação saudável não é apenas evitar alimentos gordos, açucarados e salgados, ingerir frutas e verduras, não saltar refeições, evitar conservantes e refrigerantes etc. Tudo isto é importante,


DIABETES O relatório da OCDE sobre saúde indicou Portugal como o país da Europa com a mais alta taxa de prevalência da doença. Em 2015, éramos mais de um milhão de diabéticos com idades compreendidas entre os 20 e 79 anos. Infelizmente, este número tem vindo a aumentar. Mundialmente, a diabetes provocou 5 milhões de mortes em 2015. A cada seis segundos morre uma pessoa por diabetes. A OMS considera atualmente a pandemia do século XXI, prevendo que até 2040 possa existir um aumento de 20% na população mundial.

mas não o suficiente. Outra recomendação é dar preferência a produtos biológicos e aos produtos da época. Com uma alimentação correcta podemos aliviar ou mesmo evitar algumas patologias ou quiçá resolvê-las. O alimento é o combustível para manter o bom funcionamento do nosso organismo. Usar alimentos biológicos é ter combustível de qualidade. Caso não possamos usar alimentos biológicos, sugiro procurar aqueles

com o menor teor de tóxicos. Quer aprender, como manter um bom funcionamento do organismo, a melhorar a sua qualidade de vida, aprender a reduzir o seu peso e prevenir doenças? Venha ao Congresso, participe, coloque as suas questões e esclareça dúvidas. Aprenda com os excelentes palestrantes. Entrada gratuita! Noémia Rodrigues é terapeuta e presidente da APNA e da APFC. Contactos: 927 608 600. E-mail: geral@apna.pt

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O que é macrobiótica? Muito mais que um padrão alimentar, a macrobiótica é flexível e adequa-se a todas as idades e géneros Por Ana Luísa Bolsa

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macrobiótica é um modo de vida que orienta as escolhas individuais em alimentação, atividade física e estilo de vida. É um sistema de princípios e práticas que visam o equilíbrio em benefício do corpo, da mente e do planeta. A origem da palavra vem do grego antigo — macro (grande ou longa) e bios (vida ou forma de vida)”. Esta é a definição de macrobiótica acordada em novembro de 2017, por 45 professores de macrobiótica de diversos países, presentes na Conferência Internacional de Macrobiótica, realizada em Berlim. E é por aqui que quero começar a

George Ohsawa* Nyoichi Sakurazawa (18-10-1893 / 24-04-1966). Em 1949 muda o nome para George Ohsawa, altura em que começa a chamar macrobiótica ao conjunto dos seus ensinamentos. É considerado o fundador da macrobiótica moderna, cujos princípios começou a estudar de forma sistemática a partir de 1916. Na década de 1930 já apresentava palestras em várias partes do mundo, principalmente em França.

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falar-vos desta proposta de orientação de vida que dificilmente nos deixa indiferentes pela sageza, atualidade e importância cada vez maiores das suas premissas. Vamos então analisar com detalhe este pequeno texto. “A macrobiótica é um modo de vida” – significa que envolve tudo aquilo que direta ou indiretamente está relacionado com a forma como vivemos; “que orienta as escolhas individuais” – dando-nos bases para fazermos escolhas conscientes; “em alimentação, atividade física e estilo de vida” – ou seja, em tudo o que se relaciona com o que comemos, com o nosso grau de atividade ou de sedentarismo e com o modo como nos relacionamos com a nossa própria vida e a sociedade em geral. E de que forma a macrobiótica nos orienta? Através de “um sistema de princípios e práticas” – significa que a macrobiótica tem na sua base um conjunto de conhecimentos teóricos que se concretizam em aplicação prática; “que visam o equilíbrio” – com o objetivo de nos manter em equilíbrio, balanceando os contrastes e as semelhanças daquilo que sentimos, pensamos e fazemos; “em benefício do corpo, da mente e


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Aveline Kushi* Tomoko Yokoyama (27-02-1923 / 23-07-2001), adota o nome de Aveline. Foi casada com Michio Kushi e teve um papel essencial na divulgação da culinária Macrobiótica.

do planeta” – integrando-nos e responsabilizando-nos totalmente com o nosso próprio bem-estar e o do meio que nos rodeia, o planeta Terra. Por aqui podemos facilmente perceber que reduzir a macrobiótica a um padrão alimentar é uma atitude simplista e redutora da visão holística e integrativa que nos proporciona. George Ohsawa, partindo da sua experiência particular originária do Japão, estruturou um sistema que reúne conhecimentos ancestrais de várias partes do 8

mundo e que nos apresenta a vida de um ponto de vista universal em que tudo está interligado num movimento contínuo de expansão e de contração, a polaridade de energia yin e yang. Deste ponto de vista, o objetivo último da macrobiótica será então o de encontrar o equilíbrio entre estas duas polaridades, desenvolvendo dinâmicas opostas e complementares como, por exemplo, recorrer à meditação se o nosso dia a dia é demasiado acelerado, misturar alimentos crocantes com macios ou doces com salgados, fortalecermo-nos no verão para passarmos bem o inverno.

Na vanguarda

Mas para além desta visão dinâmica da vida, a macrobiótica trouxe-nos desde o início questões fundamentais, como o equilíbrio dos ecossistemas, a preservação


da biodiversidade, a sustentabilidade dos recursos naturais do planeta, a ética da produção alimentar, o excessivo consumo de alimentos de origem animal, a degradação dos alimentos de origem vegetal pelo uso abusivo de produtos químicos na agricultura, a preferência por produtos integrais, locais e sazonais. A agricultura biológica e a produção de alimentos integrais foram amplamente impulsionados pela macrobiótica na década de 70 e todos estes temas permanecem atuais e, mais do que nunca, decisivos para o futuro da humanidade.

Evolução

Michio Kushi, Aveline Kushi e muitos outros, prosseguiram o trabalho de Ohsawa desenvolvendo a macrobiótica até aos nossos dias. Em Portugal, Francisco e Eugénia Varatojo tiveram um papel fulcral na sua consolidação, proporcionando aprendizagem a muitos alunos que agora repetem o caminho dos seus professores, continuando o processo de evolução da macrobiótica enquanto saber e modo de vida, aplicando diariamente estes conhecimentos em consultas de orientação alimentar, em atividades de formação do público em geral, na preparação de refeições completas com fins terapêuticos ou simplesmente nas decisões do dia a dia para bem-estar pessoal. Ao contrário do que muitos pensam e escrevem, a macrobiótica é extremamente flexível e adequa-se a todas as idades, géneros, atividades profissionais ou físicas. Os seus princípios éticos são pertinentes e atuais. Enquanto padrão alimentar não é exclusivo para quem está doente, mas é

Michio Kushi* Depois de Ohsawa, Michio Kushi (17-05-1926 / 28-12-2014) é a figura central da expansão da Macrobiótica nos EUA e na Europa.

extremamente benéfico para recuperar o bem-estar e mantê-lo no dia a dia, e não cria mais deficiências nutricionais do que qualquer outro padrão alimentar quando é inadequado para a condição da pessoa ou é aplicado incorretamente. Mas a macrobiótica apresenta um fator distintivo determinante – a autorresponsabilização, a consciência individual perante as nossas escolhas e as nossas atitudes, porque qualquer estado de doença ou de bem-estar é multifatorial. A presença ou ausência de stress físico e emocional têm um papel significativo, assim como a nossa constituição e o nosso estilo de vida entre outros fatores. Tal como a medicina evoluiu durante séculos pela intuição e persistência, pela tentativa e erro, e pela sistematização da experimentação, também a macrobiótica progrediu ao longo do século XX, encontrando-se nestas primeiras décadas do século XXI numa nova fase de consolidação e de reconhecimento. * FONTE: History of Macrobiotics (1715-2017): Extensively annotated, Bibliography and Sourcebook, de William Shurtleff & Akiko Aoyagi. Soyinfo Center, 2017, EUA. Ana Luísa Bolsa | Fundadora Espaço 4 Elementos; Membro de Macrobiotics International. Contacto: alb@4elementos.pt

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Cogumelos do imperador As propriedades do Cordyceps Sinensis

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lém de suas propriedades imunoestimulantes, a nutrição com cogumelos tem uma longa história de uso, como tónicos estimulantes. O principal exemplo é o cogumelo Cordyceps sinensis. Conhecido em chinês como Dong Chong Xia Cao, “inseto de inverno, erva de verão”, este exemplar de cogumelo cresce na natureza como um parasita, nas larvas da lepidoptera (mariposas), em forma de dedo que emerge do solo, na primavera. Era tão raro e considerado tão precioso que, originalmente, era reservado exclusivamente para uso dentro do palácio do imperador. Tem ocupado um lugar especial dentro da classe médica chinesa. Referenciado

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como um tónico por excelência nas fraquezas severas, bem como pela sua capacidade de tratar impotência e emissões seminais, dores na zona lombar e joelhos. Estudos em animais mostram o seu efeito nos níveis de lipídios no sangue, bem como o aumento da espermatogênese em ratos e coelhos. Estudos clínicos em humanos confirmaram seu valor no tratamento de disfunção sexual masculina. Felizmente, o cordyceps sinensis agora é cultivado em substratos naturais nãoanimais, tornando seus benefícios disponíveis, a preços acessíveis para um mercado muito mais amplo. Mais informações: EWH Produtos naturais. Fone: 21 484 9620



Óleo de coco: superalimento para o corpo

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A árvore dos mil usos

Artigo de Renate Hoorntra

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m sânscrito, os coqueiros são chamados “a árvore que fornece todas as necessidades da vida”. Em malaio são conhecidos como a “árvore de mil usos” e, no geral, também são chamados de “árvore da vida”. São, portanto, muito importantes para muitas culturas tropicais. A polpa do coco pode ser usada fresca ou seca, em receitas, e pode ser extraída para fazer óleo de coco. O óleo de coco é um superalimento que pode ser usado para cozinhar (como ingrediente, mas também untar formas ou para fritar) e é também usado em cosméticos.

Cozinhar com óleo de coco Durante muito tempo o óleo de coco não foi aconselhado, porque se pensava que as gorduras saturadas que ele contém contribuiriam para doenças cardiovasculares. Mas pesquisas provaram que este não é o caso. Pelo contrário, as populações que consomem regularmente óleo de coco têm realmente menos risco. O óleo de coco contém ácido láurico, ácido cáprico e ácidos graxos de cadeia média e longa, por causa de ser digerido de forma diferente de outros óleos. Ele não requer enzimas pancreáticas para ser digerido, por isso, cozinhar com óleo de coco coloca menos pressão sobre o pâncreas. É a melhor opção para pessoas que sofrem de problemas de má absorção. Devido ao alto teor de ácidos graxos de cadeia média, o óleo de coco não é armazenado como gordura corporal, mas na verdade até a reduz. Aumenta a queima de gordura e inibe o crescimento de bactérias e vírus.

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Contém, ainda, antioxidantes, como a vitamina E, a provitamina A, polifenóis e fitosteróis e fornece nutrientes importantes para o cérebro e tiróide. O óleo de coco, de preferência virgem-extra e biológico, é um óleo de cozinha muito saudável e o seu sabor é também muito agradável.

Em cosméticos O óleo de coco tem propriedades antibacterianas, antifúngicas e antivirais que o tornam um ingrediente muito versátil e útil para cosméticos. É ótimo para produtos capilares, porque tem sido cientificamente provado que evita danos no cabelo. Também ajuda a desembaraçar o cabelo, impede o cabelo estático, protege os cabelos dos danos causados pelo sol e ajuda a combater a caspa. Também é uma grande ajuda para a pele, porque contem vitamina E, que protege naturalmente a pele dos danos do Sol e a hidrata eficazmente. Retarda o envelhecimento e estimula a produção de colagénio. Outro benefício é que a fragrância exótica de champô, amaciador e gel de duche com aroma de coco pode levar a nossa mente para as ilhas tropicais, abanando folhas de palmeiras, com praias e férias relaxantes! Mais informações sobre óleo de coco: Site: www.efeitoverde.com Telm. 964 671 561



Vamos largar o açúcar! Modificar seus hábitos de consumo deste “doce vilão” pode ajudar na prevenção de diversas doenças Por Dra. Manuela Cerejeira

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abe por que gosta de doces? Porque se habituou ao seu sabor e aos seus efeitos! Porque lhos deram desde pequenino, porque lhos deram quando estava triste ou a passar por um mau momento! Mas, e se nunca tivesse provado nada doce... sentiria a sua falta ou seria infeliz? Claro que não!

Açúcar e doenças

“Em Portugal, […] os hábitos alimentares inadequados (19%) surgem como o fator de risco que mais contribui para o total de anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa. Os hábitos alimentares inadequados incluem a ingestão excessiva de açúcares simples, […] adicionados aos alimentos e bebidas pela indústria alimentar, pelos manipuladores de alimentos ou pelos consumidores e, os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sumos de fruta e concentrados de sumo de fruta.” – Documento da Direcção-Geral da Saúde – Redução do consumo de açúcar em Portugal: evidência que justifica ação. Como sabe, o consumo constante de açúcar condiciona níveis crescentes de 14

produção de insulina, que, por sua vez, irá condicionar o depósito de gordura que levará ao aumento de peso. Um corpo obeso e metabolicamente desregulado terá como futuros possíveis: hipertensão arterial, aumento de colesterol e triglicéridos no sangue, doenças cardiovasculares (aterosclerose, enfarte cardíaco e acidentes vasculares cerebrais), indo até à insuficiência renal, doença neurológica periférica (podendo condicionar amputações dos membros inferiores), cegueira… Não é inteligente esconder a cabeça debaixo da areia! Como talvez não saiba, a ingestão de açúcar (directamente ou nas bebidas e alimentos processados que o incluem) causa a acidificação e a inflamação de todo o organismo, condicionando desde dores articulares, osteoporose, até alterações no sistema nervoso central, tais como: dificuldade de concentração, dificuldade de aprendizagem, hiperactividade e deficit de atenção, distúrbios de comportamento, alterações de humor e… contribuindo


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também para a doença de Alzheimer. Isto não sabe mesmo: o consumo de açúcar altera a constituição da nossa flora intestinal, condicionando o crescimento de bactérias dependentes de açúcar. Que consequências? À medida que cresce o número destas bactérias, maior é a “fome de açúcar” que sentimos! A compulsão para doces decorre daqui!

Vamos lá ter mais saúde!

Gostamos dos sabores que gostamos porque nos habituámos a eles. À medida que nos formos habituando a menor intensidade de doce, essa dose passa a ser sentida como “boa” também. Como acontece para outros hábitos, o hábito de consumo de açúcar pode ser alterado. Qualquer novo hábito demora apenas 21 dias a ser integrado na nossa rotina! É pouco tempo numa vida, certo? Dedique apenas três semanas da sua vida a introduzir um hábito que irá durar para toda a restante vida. Vamos a isso? Em cada semana diminua o consumo

de açúcar para metade! Evite todos os doces durante uma semana: como as bactérias só vivem 20 minutos, no final de uma semana já não voltará a sentir a compulsão pelos doces e o seu humor vai ficar muito mais estável! E, se costuma ter dores articulares (apesar de não ter artroses), estas irão desaparecer! Truque genial: cada vez que apetecer um doce, beba um bom copo de água! Preenche o estômago e ajuda a eliminar açúcar pela urina, baixando os níveis de açúcar no sangue e contribuindo para a perda de peso! E se essa água for alcalina e com propriedades antioxidantes, os seus efeitos serão ainda mais benéficos por ser antiinflamatória e por contribuir para a reversão da diabetes, como está demonstrado cientificamente. Açúcar hoje, doença amanhã! Pense nisso e, no próximo mês, cada vez que lhe apetecer um doce, beba um bom copo de água, de preferência alcalina e antioxidante e mudará a sua vida para sempre! 15


Respire! A qualidade da nossa respiração dita os rumos da nossa vida

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osso poder pessoal começa a surgir quando respiramos corretamente. A respiração é um processo natural e, em sua maior parte, inconsciente, pois vamos ao longo de nossa vida respirando sem nos darmos conta dessa dádiva concedida pelas leis do universo. A qualidade da nossa respiração dita os rumos da nossa vida. A forma como conduzimos o oxigénio para o interior de nosso organismo responsabiliza-se pelo nível de saúde que podemos despertar. Portanto, está intimamente ligado ao processo de regulação da energia vital. A respiração correcta tem inúmeros objetivos, entre eles, capacitar saúde e revitalizar as células, dando a elas vida, energia, vigor e capacidade de reação aos ataques inesperados, executados por agentes inimigos. O ideal é promovermos sempre o menor desgaste possível e guardarmos nossa energia como recurso indispensável no cenário das interações diárias, onde a rotina desgastante pede sabedoria na condução correcta da máquina humana. A respiração é aliada inconteste, pois através dela temos como conquistar os benefícios para a saúde, assim como a maneira correcta de respirar possibilita 16

processos intuitivos importantíssimos, jamais imaginados. Quando respiramos de maneira adequada, passamos a enxergar as coisas com mais clareza e discernimento; sentimos nossa força interior desabrochar. A respiração consciente, que gera a atenção plena, é fundamental para o ser se sentir conectado ao universo, fazendo-o sentirse parte integrante e responsável, por colaborar directamente no seu processo de transformação. Quando respiramos, oxigenamos o cérebro e melhoramos a nossa capacidade de concentração. Maurício Meireles Góes, pneumologista, afirma: “Todos precisam prestar atenção na sua respiração. Se tem alguma dúvida, há exames para detectar se você respira direito”.

Exercício

Reserve de 5 a 10 minutos do seu dia para “respirar”. Coloque suas mãos abaixo da costela, em cima do umbigo, inspire o ar pelo nariz, encha todo o tórax, tanto a parte de cima do peito quanto à parte da barriga. Depois solte o ar pela boca até que não consiga mais soltá-lo. Faça esse movimento durante dez minutos diário, de forma lenta, sem forçar demais a ponto de sentir desconforto.

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Por Ubirajara Tederiche



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Erva de São Roberto

á ouviu falar na erva de São Roberto? Encontra-se em terrenos húmidos e zonas sombrias um pouco por todo o nosso país. Contém um óleo essencial (geraniol, citronelol, linalol, terpineol) com ação antisséptica, antiviral, anticancerígena e reguladora hormonal. Contém também taninos com ação regeneradora, adstringente e hemostática; e flavonoides (rutina, derivados da quercetina e campferol) com ação antioxidante e estimulante do sistema imunitário. Os seus constituintes amargos (geraniína) têm propriedades digestivas. Esta erva inclui ainda ácidos fenólicos com ação anti-inflamatória. Existem estudos científicos que já testaram os benefícios desta planta, por exemplo, juntamente com outras plantas medicinais (ganoderma, codonopsis e angelica chinesa). A

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Erva de São Roberto conseguiu diminuir a leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos) em 105 pacientes oncológicos a fazerem quimio ou radioterapia, de acordo com dados divulgados pela Phytotherapy Research, em 2009. É recomendada em casos de problemas gastrointestinais, nomeadamente úlceras de estômago, azia, digestões difíceis e/ou diarreias. Pode ser utilizada também como um estimulante do sistema imunitário. É ainda coadjuvante em oncologia, principalmente no cancro do tubo digestivo (Fonte: www.naturalbyl.pt). A Natural by L desenvolveu um suplemento alimentar à base deste planta, sem conservantes quimicos nem artificiais. Para mais informações, basta acessar a página no Facebook da Natural by L ou contactarnos pelo telm. 916 822 740.



Erva fura-paredes Nesta edição, conheça a parietaria officinalis, também conhecida como alfavaca de cobra, erva de Nossa Senhora, etc.

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Por Noémia Rodrigues

eria bom que todos os profissionais se unissem em prol do respeito ao paciente, de forma que a sua saúde futura seja melhorada, e relembrassem sempre que, ainda hoje, as plantas fazem parte de muitos medicamentos químicos. Existem diversas forma de se tomar remédios à base de plantas: infusão, decocção, maceração, sucos, tinturas, pó, cápsulas, xaropes, óleos, vinhos tónicos, pomadas, cremes, loções, cataplasmas, compressas, inalações e banhos. Vejamos duas delas. Infusão: é a colocação de parte da planta em recipiente de vidro ou barro e colocar por cima a quantidade de água fer-

vente adequada. Fechar hermeticamente o recipiente, deixar descansar determinado tempo, passar por um passador e tomar conforme o indicado pelo profissional. A infusão é feita, principalmente, com partes sensíveis da planta: folhas, flores... Decocção: Colocar a parte da planta necessária num recipiente que possa ir ao lume com a água aconselhada. Deixar ferver lentamente determinado tempo. Quando estiver pronto, desligar o fogo, deixar arrefecer um pouco, passar por um passador e tomar conforme a indicação do profissional. Faz-se essencialmente, com partes rijas, tal como raizes, troncos, cascas, sementes...

Parietaria officinalis

Neste artigo vou falar sobre esta planta selvagem, considerada invasora, bastante conhecida, existente em moitas, na proximidade de ruínas, espaços húmidos, sombrios ou assolarados, zonas pedregosas, beiras de caminhos. Planta vivaz, pode atingir até 60 cm de altura ou mais, de tronco avermelhado, de folhas pecioladas e lanceoladas, verde-escuro brilhante na face superior e verde claro coberta de pelos na face inferior, possui flores com tom esverdeado, as sementes são escuras e pequenas. Nome científico: Parietaria officinalis 20


de estômago e intestinos, flatulência, zona, catarros, tosse e afecções pulmonares, problemas arteriais, problemas hepáticos, fissuras (ânus e seios), gretas da pele, febres inflamatórias, inflamações, edemas, feridas, chagas, queimaduras, dores de dentes (mastigar a planta em cru, deixar o suco na boca e deitar fora a planta mastigada). Pode ser usada em infusão, banhos, irrigações e cataplasmas. Usada interna e externamente. Esta planta pode ser usada na culinária, tal como em saladas, sopas, pastéis. Usar folhas tenras ou “os olhinhos da planta”. Atenção: se sofrer de febre dos fenos ou tenha outras alergias, não use a planta. Não colha esta planta ou outras plantas, junto de estradas, rios, pomares ou zonas poluídas. Se não conhecer bem esta ou outras plantas, não as colha. Existem plantas tóxicas! A toma de qualquer planta deve ter sempre o aconselhamento de um profissional. Cada caso é um caso. Noémia Rodrigues é terapeuta e presidente da Associação Portuguesa de Fitoterapia Clássica. Contactos: Tel. 927 608 600. geral@apna.pt

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Família: (urticaceae) Possui vários nomes populares, tais como: alfavaca-de-cobra, parietária, erva fura-paredes, fura-paredes, vassourados-fornos, erva-de-nossa-senhora, ervade-vidro, helxina, erva-das-muralhas, saxifrágia, parte-pedras, erva-dos-muros, vitríolo, erva-de-santa-ana, erva-cobra, cobrinha, pulitária, pulitaina, tiritana; albahaquilla de río (espanhol); pellitory, (inglês); espargoule (francês); mauerkraut (alemão). Deve ser colhida no verão, quando em flor (julho a outubro). Composição: mucilagem, taninos, flavonóides e enxofre. Partes a utilizar: folhas e partes aéreas Propriedades: diuréticas, cicatrizantes, digestivas, preventivas (retenção de urina), balsâmicas (feridas e queimaduras), emolientes, hepáticas, fortalecedoras renais, leve laxante e calmantes. Indicações: nefrites, cálculos renais, inflamação dos rins, cólicas renais, cistites, infecções urinárias, prostatites, retenção de líquidos, oligúria, hepatites, problemas


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Origens da massagem

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Um método de tratamento natural, cujos primórdios remontam à pré-história

assagem é a prática de aplicar força ou vibração sobre tecidos macios do corpo, incluindo músculos, tecidos conectivos, tendões, ligamentos e articulações, para estimular a circulação sanguínea, a mobilidade, a elasticidade ou alívio de determinadas dores corporais. Mas qual é a origem da massagem? Porque gostamos tanto, ou ainda, porque algumas pessoas tem aversão a algo tão natural quanto o próprio corpo? Desde que a humanidade surgiu, surgiu também a massagem, e isso é bem simples de entender. O toque é a forma mais primitiva e intuitiva de cuidar, e desde sempre, a maioria das culturas pratica algum tipo de toque terapêutico. A palavra massagem é de origem grega e significa “amassar”. Quando sentimos alguma dor em qualquer parte do corpo, nossa reação instintiva é a de friccionar ou segurar a área afetada na tentativa de diminuir o desconforto. Estudos arqueológicos indicam que já na pré-história as pessoas promoviam o bemestar geral e adquiriam proteção contra lesões e infecções por meio de fricções no corpo. Seriam os primórdios do que hoje se entende por massagem.

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Há registos de que antigas civilizações, tais como egípcios, hindus, chineses, japoneses, gregos e romanos, há cerca de 300 a.C., já utilizavam a massagem como forma de gerar bem-estar. No entanto, os primeiros a reconhecer e sistematizar as propriedades curativas da massagem foram os chineses, que possuem a literatura mais remota sobre o assunto: o Nei Ching, mais conhecido no ocidente como o Livro do Imperador Amarelo, escrito em 2800 a.C. Ao longo dos milénios, cada civilização desenvolveu seu próprio estilo de massagem, com base na sua cultura. No Oriente algumas destas técnicas perduram até hoje, como o Shiatsu e a Massagem Ayurvédica, que se espalharam pelo mundo. Já no Ocidente, a massoterapia teria sido banida da Europa durante a Idade Média. O contacto físico era considerado como algo pecaminoso pela Igreja Católica. Isso pode explicar porque algumas pessoas até hoje têm uma visão distorcida sobre o tema, sempre associando o ato de fazer massagem com o despertar da libido ou estímulos sexuais. Perdem a chance de desfrutar de algo tão agradável e poderoso, que é o toque terapêutico. Fonte: www.inspirar.com.br




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